a diversidade das práticas psicoterápicas · a diversidade das práticas psicoterápicas novas...

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A diversidade das práticas psicoterápicas Novas questões sobre a Psicologia e a informática são dis- cutidas no III Psicoinfo – Pág. 12. Fique de olho: VI Congresso Regional de Psicologia e I Mostra de Práticas em Psicologia – Págs. 13 e 17. A Tesouraria como prática política – Pág. 15. CRP-RJ discute Psicologia e Conciliação – Pág. 17. Psicólogos do Degase participam de evento no CRP-RJ – Pág. 18. II Seminário de Psicologia e Direitos Humanos de- bate a questão da medicalização – Pág. 20. Quando o assunto é psicoterapia, poucas questões são consenso. Confira nesta edição reportagem sobre as diversas abordagens da psicoterapia, suas diferenças e semelhanças - Págs. 3 a 11

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Page 1: A diversidade das práticas psicoterápicas · A diversidade das práticas psicoterápicas Novas questões sobre a Psicologia e a informática são dis-cutidas no III Psicoinfo –

A diversidade das práticaspsicoterápicas

Novas questões sobre a Psicologia e a informática são dis-

cutidas no III Psicoinfo – Pág. 12.

Fique de olho: VI Congresso Regional de Psicologia e I Mostra de

Práticas em Psicologia – Págs. 13 e 17.

A Tesouraria como prática política – Pág. 15.

CRP-RJ discute Psicologia e Conciliação – Pág. 17.

Psicólogos do Degase participam de evento no CRP-RJ

– Pág. 18.

II Seminário de Psicologia e Direitos Humanos de-

bate a questão da medicalização – Pág. 20.

Quando o assunto é psicoterapia, poucas questões são consenso.Confira nesta edição reportagem sobre as diversas abordagens da psicoterapia, suas

diferenças e semelhanças - Págs. 3 a 11

Page 2: A diversidade das práticas psicoterápicas · A diversidade das práticas psicoterápicas Novas questões sobre a Psicologia e a informática são dis-cutidas no III Psicoinfo –

Jornal do CRP-RJ Pág. 2

DDDDDiririririreeeeetttttooooorrrrria Eia Eia Eia Eia Exxxxxeeeeecucucucucutttttiiiiivvvvva:a:a:a:a:José Novaes - Presidente - CRP 05/980Marília Alvares Lessa - Vice-presidente - CRP 05/1773Maria Christina Magalhães Orrico - Secretária - CRP 05/927Pedro Paulo Gastalho de Bicalho – Tesoureiro - CRP 05/26077

MMMMMeeeeembmbmbmbmbrrrrros Efos Efos Efos Efos Efeeeeetttttiiiiivvvvvos:os:os:os:os:Alessandra Daflon dos Santos - CRP 05/26697Ana Lucia de Lemos Furtado - CRP 05/465Cecília Maria Bouças Coimbra - CRP 05/1780Fabiana Castelo Valadares - CRP 05/28553José Henrique Lobato Vianna - CRP 05/18767Luiz Fernando Monteiro Pinto Bravo - CRP 05/2346Maria Beatriz Sá Leitão - CRP- 05/3862Maria Márcia Badaró Bandeira - CRP 05/2027Nélio Zuccaro - CRP 05/1638Noeli de Almeida Godoy de Oliveira - CRP 05/24995Rosilene Souza Gomes de Cerqueira - CRP 05/10564

MMMMMeeeeembmbmbmbmbrrrrros Sos Sos Sos Sos Supleupleupleupleuplentntntntntes:es:es:es:es:Ana Paola Frare - CRP 05/26474Carla Silva Barbosa - CRP 05/29635Cynthia Maria da Costa Losada - CRP 05/16800Marcos Carlos Adissi - CRP 05/28455Mônica Maria Raphael da Roza - CRP 05/22833Paula Rebello Magalhães de Oliveira - CRP 05/23924Queiti Batista Moreira Oliveira - CRP 05/29630Sílvia Helena Santos do Amaral -CRP 05/10287Valéria da Hora Bessa - CRP 05/28117Valéria Marques de Oliveira - CRP 05/12410Walter Melo Júnior - CRP 05/19407

CCCCCooooomissão Editmissão Editmissão Editmissão Editmissão Editooooorrrrrial:ial:ial:ial:ial:Alessandra Daflon dos SantosCecília Maria Bouças CoimbraMaria Beatriz Sá Leitão

JJJJJooooorrrrrnalista Rnalista Rnalista Rnalista Rnalista RespespespespespooooonsávnsávnsávnsávnsáveeeeelllllMarcelo Cajueiro - MTb 15963/97/79

PPPPPrrrrrooooojejejejejettttto Go Go Go Go GráficráficráficráficráficoooooOctavio Rangel

RRRRReeeeedaçãodaçãodaçãodaçãodaçãoCarolina SelvaticiWang Pei Yi (estagiária)

PPPPPrrrrrooooodddddução Editução Editução Editução Editução EditooooorrrrrialialialialialDiagrama Comunicações Ltda.(21) 2232-3866 / 3852-6820

IIIIImpmpmpmpmprrrrressãoessãoessãoessãoessãoEdiouro Gráfica e Editora S/A

TTTTTiririririragagagagageeeeemmmmm26.000 exemplares

PPPPPeeeeerrrrrioioioioiodicidadicidadicidadicidadicidadddddeeeeeTrimestral

CCCCCooooonsensensensenselho Rlho Rlho Rlho Rlho Reeeeegggggioioioioional dnal dnal dnal dnal de Pe Pe Pe Pe Psicsicsicsicsicolooloolooloologggggia dia dia dia dia do Ro Ro Ro Ro Rio dio dio dio dio deeeeeJJJJJaneaneaneaneaneiririririro – CRPo – CRPo – CRPo – CRPo – CRP-05-05-05-05-05

Rua Delgado de Carvalho, 53 – Tijuca - CEP: 20260-280Tel/Fax: (21) 2139-5400 - E-mail: [email protected]

site: www.crprj.org.br

Filiado à União Latino Americana deEntidades de Psicologia (ULAPSI)

CCCCCararararartas partas partas partas partas para o Ja o Ja o Ja o Ja o Jooooorrrrrnal dnal dnal dnal dnal do CRPo CRPo CRPo CRPo CRP-RJ d-RJ d-RJ d-RJ d-RJ deeeeevvvvveeeeem sem sem sem sem ser er er er er ennnnnvvvvvia-ia-ia-ia-ia-das pardas pardas pardas pardas para a sea a sea a sea a sea a seddddde de de de de do Co Co Co Co Cooooonsensensensenselho ou parlho ou parlho ou parlho ou parlho ou para o e-maila o e-maila o e-maila o e-maila o e-mail

ascascascascascooooom@crm@crm@crm@[email protected]

Os conceitos emitidos nos artigos assinados são de responsabilidade dosautores, não refletindo necessariamente a opinião do CRP-RJ.

O Jornal do CRP-RJ é uma publicação do Conselho Regional dePsicologia do Rio de Janeiro.

Erramos

Este, inf elizmente, é

um edit orial dif erente.

Diferente, p ois n ão

estamos – como nos an-

teriores – colocando as

perspectivas ético-políti-

cas de nossa gestão e os

caminhos por nós percor-

ridos até aqui. Trata-se de um “editorial-home-

nagem” que ap onta também par a uma de ter-

minada política ética. Homenagem a uma guer-

reira, amiga e c ompanheira, r esponsável em

muito por este XI Plenário.

Margarete de Paiva Simões Ferreira faleceu

no dia 2 de dezembro. Foi colaboradora da Co-

missão de Saúde do C onselho Regional de

Psicologia do Rio de Janeiro e ex-integran-

te da Comissão Gest ora do C onselho R e-

gional de Psicologia. Meg, como era conheci-

da, foi militante ativa do Movimento da Luta

contra a AIDS e trabalhava no programa de pre-

venção à doença na Secretaria Estadual de Saú-

de desde 1992. Além disso, foi conselheira pelo

Rio de Janeiro no Conselho Federal de Psicolo-

gia no período de 2001 a 2004.

Margarete foi homenageada no dia 01 de de-

zembro, Dia Mundial de Luta contra a AIDS, em

um ato público realizado na Cinelândia. Um peque-

no filme será produzido com os depoimentos da-

dos por diversos ativistas e profissionais da área

de saúde durante o evento sobre os seus quase

15 anos de t rabalho no programa de pr even-

ção da doença.

Sua fibra e determinação vem inspirando a

trajetória deste XI Plenário. Todos nós, conse-

lheiros deste CRP-RJ, reconhecemos seu valor

como profissional e pessoa, seu compromisso

social com a profissão, seu engajamento nas lu-

tas pela diversidade traduzida em práticas soli-

dárias, seu esforço incansável na direção do de-

senvolvimento de uma psicologia que efetiva-

mente responda e atue na solução d os proble-

mas de nosso país.

Fica o ag radecimento de t odos os psicólo-

gos pelo trabalho de saneamento político, finan-

ceiro e étic o do CRP -05, projeto coletivo que

teve em Margarete uma das mais fervorosas atu-

antes. Pode estar c erta, amiga e c ompanheira:

continuaremos este trabalho.

“Amigo é coisa para se guardarNo lado esquerdo do peito,

mesmo que o tempo e a distância digam não,mesmo esquecendo a canção.

O que importa é ouvira voz que vem do coração.”

Canção da AméricaMilton Nascimento e Fernando Brandt

A edição de número 11 do Jornal do Conselho Regi-

onal de P sicologia do Rio de Janeiro, publicada em

setembro de 2006, trouxe um erro. Na matéria “Não es-

quecemos: c oncurso SMS-RJ”, publicada na pág ina 15,

consta a informação de que a convocação dos psicó-

logos aprovados no concurso foi feita sem respeitar a

ordem de aprovação. A informação está inc orreta. Não

houve nenhuma infração cometida por parte da Prefei-

tura no que diz r espeito à ordem de convocação dos

aprovados.

O site do CRP-RJ dispõe de uma ferramentaque pode ajudar muito aos estudantes e profissi-onais que querem se manter sempre atualizadossobre a Psicologia: o informativo eletrônico. O serviço,um boletim eletrônico semanal, envia as últimas novi-dades sobre cursos, eventos, seminários e concur-sos direto para o e-mail do psicólogo.

Para se inscrever é muito simples: basta clicar

no terceiro banner que fica à dir eita na pág inaprincipal do site e informar seu nome e seu en-dereço eletrônico.

Mais de 500 pessoas já estão inscritas no ser-viço e recebem o boletim a cada semana. Inscre-va-se você também e receba notícias sobre a psi-cologia diretamente em sua caixa de correio ele-trônico!

Informações sobre Psicologia por e-mail

Homenagem

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Jornal do CRP-RJ Pág. 3

Em maio de 2006, a partir de uma demanda do Conselho Regional de

Psicologia do Rio de Janeiro, a Assembléia de Políticas Administrativas e

Financeiras do Sist ema Conselhos decidiu p ela cr iação de um g rupo de

trabalho para discutir as questões da psicoterapia. O grupo, coordenado pelo CRP-

RJ e composto por representantes dos CRPs 02 (PE), 04 (MG) e 07 (RS) e do

Conselho Federal, ficou responsável por discutir e organizar um Fórum Nacio-

nal sobre psicoterapia, com a finalidade de debater essas questões com os

profissionais.

Diversos assuntos foram sugeridos para o debate no GT, e conseqüen-

temente no Fórum. Entre elas, uma série de questões clássicas da psicote-

rapia como a definição do campo, suas diferentes correntes e uma possível

regulamentação. Por acreditar que qualquer iniciativa visando uma regu-

lamentação deve ser precedida de um debate muito amplo e v isando in-

centivá-lo cada v ez mais, o CRP-RJ decidiu le vantar mais uma v ez essas

questões e perguntar: afinal, o que é psicoterapia? Existem padrões de com-

portamento ou diretrizes a serem adotadas pelos profissionais da área?

Na verdade, não. A psicoterapia é muito rica em teorias, que foram sen-

do desenvolvidas através da história. Cada uma gerou uma abordagem te-

rapêutica, que desenvolve um método diferente de terapia. Aqui apresen-

tamos diversas delas. Vale saliantar que além das práticas aqui menciona-

das existem muitas outras correntes neste vasto campo das psicoterapias.

O que se pr opõe é ap resentar algumas delas se m esgotar as discussões e

debates.

Podemos dizer que a t erapia, genericamente definida c omo cura pela

palavra, or iginou-se na psicanálise. Criada no final do século XIX, pelo

médico austríaco Sigmund Freud, a psicanálise inaugurou um conceito de

cura separ ado da cur a médica tr adicional, que tr ata o sint oma ou uma

doença. “Para a psicanálise, o processo de cura implica em passar pela sin-

gular experiência do inconsciente daquele que se submete ao método freu-

diano da associação livre”, diz o psicanalista e analista institucional Eduar-

do Losicer. Para a clínica psicanalítica, a “doença” tem um sentido que está

afastado da consciência. Ao pedir ao paciente que fale livremente, sem cen-

sura ou crítica, ela permite que a pessoa fale mais do que sabe, pois o que o

psicanalista pode ouvir do paciente, “não é apenas o que ele sabe e esconde

de outras pessoas (a c onfissão), mas p rincipalmente o q ue não sab e (o

inconsciente)”. Assim, a cura dos sintomas virá como conseqüência do pro-

cesso analítico e não como seu objetivo. E, longe de criar um diagnóstico

médico de doença, a psicanálise trabalha com a ininquadrável singularida-

de do sujeito. “Apesar de ter nascido da neurologia, com base no diagnós-

(Continua na próxima página)

A diversidade das práticaspsicoterápicas

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Jornal do CRP-RJ Pág. 4

tico da patologia orgânica, a psicanálise não é

classificatória”, afirma Eduardo, “Ela tem mais a

ver com o que a pessoa quer (inconscientemen-

te) do que com o que ela tem ou é (identidade)”.

A partir da teoria freudiana se originaram di-

versas outras correntes psicanalíticas. Desenvol-

vidas p or colaboradores ou não de F reud, elas

compartilham suas bases t eóricas com a psica-

nálise, mas têm focos em pontos diferentes (leia

box sobre a psicoterapia breve no fim da pági-

na). A psicanálise junguiana, por e xemplo. De-

senvolvida pelo suíço Carl Gustav Jung, colabo-

rador direto de Freud e responsável por uma sé-

rie de conceitos ainda adotados da psicanálise

freudiana, ela também trabalha com conceitos

como os de inconsciente e recalque, mas intro-

duz uma dif erença, que J ung chamava de “in-

consciente coletivo”. “Enquanto para Freud o in-

consciente é algo recalcado, para Jung o incons-

ciente tem também algo que não foi v ivido. O

psiquismo par a Jung t em um mo vimento em

direção a uma totalidade,

enquanto a consciência é

sempre algo parcial. Tudo

aquilo que falta na ‘mi-

nha’ parcialidade vai ser

expresso por esse incons-

ciente. Então, a psicaná-

lise junguiana não traba-

lha só com o inconscien-

te r ecalcado, mas tam-

bém com os potenciais de

desenvolvimento psíqui-

co”, afir ma C arlos Ber-

nardi, psicólog o c línico

junguiano e fundador do

grupo RUBEDO. A lém

disso, a psicanálise j un-

guiana é, segundo Carlos,

aberta à d iversidade.

“Jung acreditava que ne-

nhuma teoria dava conta

do psiquismo. Por isso ,

incentivava a leitur a de

outros autores e teorias.

Assim, dentro da própria

psicanálise junguiana, os

analistas trabalham com

técnicas muit o dif eren-

tes”.

A psicanálise reichia-

na também é derivada da

teoria freudiana. O aus-

tríaco Wilhelm Reich,

responsável pela sua ela-

boração, colaborou du-

rante muito tempo com

Freud, mas c omeçou a

buscar alternativas par a

a abor dagem clínica

freudiana q ue, segundo

ele, apresentava insufici-

ências em certas condi-

ções. “Reich começou a

prestar atenção não só no

conteúdo, mas na f orma

como as coisas eram ditas e a

perceber q ue det erminadas

propriedades, dinâmicas e ca-

racterísticas corporais tinham

relação dir eta c om a v ida

emocional”, diz Nicolau José

Maluf Junior, psicólogo ana-

lista reichiano, orgonomista e

diretor do In stituto de For-

mação e P esquisa Wilhelm

Reich, “Nesse momento, o

corpo real, não só o corpo re-

presentado, surge na clínica”.

A partir disso, Reich criou um

instrumental que visava a al-

cançar, mobilizar e reestrutu-

rar estas dinâmicas e os com-

portamentos corpóreos, mas

sem aband onar a dime nsão

inconsciente. Mas Nicolau sa-

lienta q ue, d evido à g rande

extensão dos int eresses de

Reich, hoje e xistem

muitas dif erenças en-

tre as int erpretações

sobre o q ue é uma

abordagem reichiana.

“Você tem hoje d esde

reichianos que têm pa-

rentesco c om u ma

abordagem estr ita-

mente corporalista até

reichianos que enten-

dem que o trabalho se

compõe de duas fren-

tes: a análise do cará-

ter (uma derivação da

análise das r esistênci-

as) conjugada a uma

abordagem corporal”.

Outra corrente que

segue os princípios do

tratamento psicanalí-

tico é a winnicottiana. Criada por Donald Woo-

ds Winnicott, um pediatra e psicanalista ing lês,

a psicanálise w innicottiana também usa o ma-

nejo da transferência, o respeito pela resistência

(Continuação da página anterior)

A psicoterapiabreve

Desde o inicio , a psicanálise pensa sob re

as possibilidades do seu método - a escuta ana-

lítica - ser aplicado nas instituições em geral e

nas instituições da saúde pública em particu-

lar. Para verificar estas possibilidades, há mui-

tos anos se mantém uma pesquisa clínica que

investiga sobre as p ossibilidades do método

freudiano na gen ericamente chamada “tera-

pia breve”. “Investigamos sobre os efeit os do

tempo curto na clínica analít ica, sem renun-

ciar a seus pressupostos básicos”, afirma Eduar-

do Losicer. “E os r esultados têm sid o bon s”,

completa.

“““““AAAAAcccccho qho qho qho qho que a noção que a noção que a noção que a noção que a noção queueueueue

singularsingularsingularsingularsingulariza a psicanáliseiza a psicanáliseiza a psicanáliseiza a psicanáliseiza a psicanálise

frfrfrfrfreeeeeudiana é a tudiana é a tudiana é a tudiana é a tudiana é a trrrrransfansfansfansfansfeeeeerência.rência.rência.rência.rência. S S S S Se háe háe háe háe há

uma tuma tuma tuma tuma teeeeeooooorrrrria,ia,ia,ia,ia, um c um c um c um c um coooooncncncncnceeeeeititititito qo qo qo qo que aue aue aue aue a

psicanálise rpsicanálise rpsicanálise rpsicanálise rpsicanálise reeeeevvvvveeeeelou,lou,lou,lou,lou, f f f f foooooi esse.i esse.i esse.i esse.i esse. Ela é Ela é Ela é Ela é Ela é

um cum cum cum cum coooooncncncncnceeeeeititititito usao usao usao usao usadddddo eo eo eo eo em oum oum oum oum outttttrrrrrasasasasas

abababababooooorrrrrdagdagdagdagdageeeeens,ns,ns,ns,ns, mas ap mas ap mas ap mas ap mas apeeeeenas nanas nanas nanas nanas na

psicanálise epsicanálise epsicanálise epsicanálise epsicanálise ela é analisala é analisala é analisala é analisala é analisada.da.da.da.da.”””””

EdEdEdEdEduaruaruaruaruardddddo Lo Lo Lo Lo Losicosicosicosicosiceeeeerrrrr,,,,, psicanalista e psicanalista e psicanalista e psicanalista e psicanalista e

analista instanalista instanalista instanalista instanalista institititititucioucioucioucioucionalnalnalnalnal

“““““AAAAAcccccho qho qho qho qho que a psicanálise jue a psicanálise jue a psicanálise jue a psicanálise jue a psicanálise junguiana seunguiana seunguiana seunguiana seunguiana se

difdifdifdifdifeeeeerrrrreeeeencia pncia pncia pncia pncia prrrrrimeimeimeimeimeiririririro po po po po peeeeela pla pla pla pla postostostostostururururura da da da da do analistao analistao analistao analistao analista

jjjjjunguianounguianounguianounguianounguiano,,,,, mais ab mais ab mais ab mais ab mais abeeeeerrrrrta,ta,ta,ta,ta, mais p mais p mais p mais p mais próxima,róxima,róxima,róxima,róxima, par par par par paraaaaa

cccccooooomparmparmparmparmpartttttilharilharilharilharilhar,,,,, e e e e enfrnfrnfrnfrnfreeeeentar o mntar o mntar o mntar o mntar o mundundundundundooooo..... P P P P Pooooorrrrrqqqqque oue oue oue oue o

analista é uma panalista é uma panalista é uma panalista é uma panalista é uma pessoessoessoessoessoa qa qa qa qa que ue ue ue ue ‘‘‘‘‘sososososofrfrfrfrfre e e e e ‘‘‘‘‘ooooo

incincincincincooooonscienscienscienscienscientntntntnte da mesma fe da mesma fe da mesma fe da mesma fe da mesma fooooorrrrrma qma qma qma qma que oue oue oue oue o

papapapapacieciecieciecientntntntnte.e.e.e.e. AAAAAlém dissolém dissolém dissolém dissolém disso,,,,, J J J J Jung pung pung pung pung peeeeensansansansansavvvvva umaa umaa umaa umaa uma

cccccoooooncncncncnceeeeepção difpção difpção difpção difpção difeeeeerrrrreeeeentntntntnte de de de de do psiqo psiqo psiqo psiqo psiquismouismouismouismouismo.....

EnqEnqEnqEnqEnquantuantuantuantuanto as ouo as ouo as ouo as ouo as outttttrrrrras cas cas cas cas cooooorrrrrrrrrreeeeentntntntntes da psices da psices da psices da psices da psicolooloolooloologggggiaiaiaiaia

tttttrrrrrabalham uma pabalham uma pabalham uma pabalham uma pabalham uma peeeeerrrrrspspspspspeeeeeccccctttttiiiiivvvvva pa pa pa pa pessoessoessoessoessoal,al,al,al,al, e e e e em qm qm qm qm queueueueue

as manifas manifas manifas manifas manifestações destações destações destações destações do inco inco inco inco incooooonscienscienscienscienscientntntntnte sãoe sãoe sãoe sãoe são

sssssubububububjejejejejetttttiiiiivvvvvas,as,as,as,as, J J J J Jung gung gung gung gung gosta dosta dosta dosta dosta de pe pe pe pe peeeeensar essensar essensar essensar essensar esse

incincincincincooooonscienscienscienscienscientntntntnte ce ce ce ce cooooomo omo omo omo omo obbbbbjejejejejetttttiiiiivvvvvooooo,,,,, ar ar ar ar arqqqqqueueueueuetípictípictípictípictípicooooo..... E, E, E, E, E,

ttttteeeeerrrrrccccceeeeeiririririrooooo,,,,, uma inc uma inc uma inc uma inc uma inclinação a alinação a alinação a alinação a alinação a accccceeeeeitaritaritaritaritar

pppppeeeeerrrrrspspspspspeeeeeccccctttttiiiiivvvvvas das das das das de oue oue oue oue outttttrrrrras escas escas escas escas escolas também.olas também.olas também.olas também.olas também. Ou Ou Ou Ou Ou

sesesesesejjjjja,a,a,a,a, uma p uma p uma p uma p uma pré-dispré-dispré-dispré-dispré-disposição a ouosição a ouosição a ouosição a ouosição a ouvvvvvir ouir ouir ouir ouir outttttrrrrrasasasasas

eeeeexplicações parxplicações parxplicações parxplicações parxplicações para o psiqa o psiqa o psiqa o psiqa o psiquismouismouismouismouismo..... ”””””

CCCCCarararararlos Blos Blos Blos Blos Beeeeerrrrrnarnarnarnarnardi,di,di,di,di, psicólo psicólo psicólo psicólo psicólogggggo co co co co clíniclíniclíniclíniclínico jo jo jo jo junguianounguianounguianounguianounguiano

e fundae fundae fundae fundae fundadddddooooor dr dr dr dr do go go go go grrrrrupupupupupo Ro Ro Ro Ro RUBEDUBEDUBEDUBEDUBEDOOOOO

A Psicanálise Freudiana

A Psicanálise Junguiana

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Jornal do CRP-RJ Pág. 5

positivada do pa-

ciente e o empre-

go da interpreta-

ção do r ecalcado

como instrumen-

to para a elabora-

ção dos c onflitos

afetivos. Só q ue

Winnicott enten-

dia que o método

clássico psicanalí-

tico era adequado

às c onfigurações

neuróticas, m as

não para os paci-

entes mais r egre-

didos que se aven-

turava a at ender.

“Por isso, ele de-

senvolveu um es-

tilo clínic o no

qual o psicanalis-

ta se disponibiliza para ser ‘usado’ pelo analisan-

do, não no sentido de um feixe de projeções de

fantasmas pré-existentes a serem interpretados,

mas no sentido de poder ser reconhecido como

uma substância diferente-de-si”, afirma Daniel

Kupermann, psicólogo e psicanalista membro da

Formação Freudiana e dout or em t eoria psica-

nalítica pela UFRJ. “O espaço terapêutico, na cor-

rente winnicottiana, pode ser definido como uma

área d e e xperimentação no meada d e brincar

compartilhado, e o psicanalista não pretende se

destacar das possibilidades criativas inauguradas

pela constituição de tal espaço. O que se espera é

que o analisand o possa, g radualmente, se d es-

pojar das posições reativas rumo ao gesto espon-

tâneo e ao v iver cr iativo. Em última instância,

que o paciente que não sabe brincar possa apren-

der a brincar com o psicanalista (este, claro, deve

saber brincar, o que muitos preferem esquecer)”.

Já o psicanalista J acques Lacan pr opõe uma

releitura do texto de Freud, levando às últimas

conseqüências a tese do inconsciente. Assim

como na psica-

nálise freudiana,

“o que é v isado

no tr atamento

não é tanto a

cura d os sint o-

mas, mas um tra-

balho de c ons-

trução de um sa-

ber inconsciente,

que determina o

sujeito e seu sin-

toma. Nesse sen-

tido a psicanálise

não se inc lui no

campo das psi-

coterapias”, afir-

ma Letícia Balbi,

p s i c a n a l i s t a ,

membro da Es-

cola Letra Freu-

diana e professo-

ra do Departamento de Psicologia da UFF. “Freud

funda a psicanálise ao escutar as pacientes histé-

ricas e v erificar

que suas q ueixas

eram det ermina-

das por uma outra

lógica, a lóg ica do

inconsciente -

também responsá-

vel p elo tr abalho

dos sonhos. Lacan

propõe uma relei-

tura de F reud ba-

seado em que tan-

to os sintomas his-

téricos como os

sonhos são consti-

tuídos fundamen-

talmente por ma-

téria verbal. Da

mesma for ma, a

sexualidade hu-

mana é determinada pela linguagem. Daí sua afir-

mação de que o inconsciente é estruturado como

uma linguagem”. Ela explica ainda que, na psica-

nálise, “mais fundamental do que fazer um diag-

nóstico baseado num saber técnico ou médico é

sustentar a singularidade da causa do desejo de

cada sujeito e de cada análise. Nesse sentido cada

análise reinventa a psicanálise. Neste campo, por-

tanto, não se tr ata de aplicação de técnicas psi-

coterápicas”. Letícia salienta que, por essas e ou-

tras esp ecificidades, muit os psicanalistas não

consideram a psicanálise como parte das psico-

terapias. “Enquanto o psicoterapeuta responde à

demanda de cur a, identificando-se ao lugar de

saber em que é colocado pelo paciente - respon-

dendo, por exemplo, com conselhos e prescrições

que garantem este saber -, o analista se abstém

dessa mestria, suspendendo seu saber, suas boas

intenções e até mesmo suas ambições terapêuti-

cas, par a que o analisant e p ossa desdobrar no

campo das associações livres, suas questões e sua

posição frente ao desejo e frente aos outros”. (leia

box na próxima página)

Podemos dizer que a terapia cognitivo-com-

portamental ( TCC)

é outra força entre as

psicoterapias. Dife-

rente da psicanálise,

a TCC parte do pres-

suposto que os seres

humanos são r esul-

tados de aprendiza-

gens. “Cada pessoa

aprende comporta-

mentos, se ntimen-

tos e pensamentos. E

esses nossos se nti-

mentos depe ndem

de como avaliamos

os ac ontecimentos.

O que ac ontece é

que m uitos d esses

“““““A pA pA pA pA prátrátrátrátrática rica rica rica rica reeeeeicicicicichiana sehiana sehiana sehiana sehiana se

difdifdifdifdifeeeeerrrrreeeeencia das ouncia das ouncia das ouncia das ouncia das outttttrrrrrasasasasas

cccccooooorrrrrrrrrreeeeentntntntntes psices psices psices psices psico-co-co-co-co-cooooorrrrrpppppooooorrrrraisaisaisaisais

não só pnão só pnão só pnão só pnão só pooooor er er er er ela sela sela sela sela ser ar ar ar ar a

ooooorrrrrigigigigiginal,inal,inal,inal,inal, no se no se no se no se no sentntntntntididididido do do do do de te te te te teeeeerrrrr

sidsidsidsidsido a po a po a po a po a prrrrrimeimeimeimeimeiririririra,a,a,a,a, mas mas mas mas mas

também ptambém ptambém ptambém ptambém pooooorrrrrqqqqque tue tue tue tue teeeeem umam umam umam umam uma

pppppeeeeerrrrrspspspspspeeeeeccccctttttiiiiivvvvva ta ta ta ta teóreóreóreóreórica mica mica mica mica muituituituituitooooo

mais ampla.mais ampla.mais ampla.mais ampla.mais ampla. M M M M Mas,as,as,as,as,

ppppprrrrrincipalmeincipalmeincipalmeincipalmeincipalmentntntntnte,e,e,e,e, e e e e ela se difla se difla se difla se difla se difeeeeerrrrreeeeencia pncia pncia pncia pncia pooooorrrrrqqqqque Rue Rue Rue Rue Reeeeeicicicicichhhhh

cccccooooonstnstnstnstnstrrrrruiuiuiuiuiu um pu um pu um pu um pu um peeeeensamensamensamensamensamentntntntnto into into into into intrrrrr inseinseinseinseinsecamecamecamecamecamentntntntnteeeee

cccccoooooeeeeerrrrreeeeentntntntnte,e ,e ,e ,e , p p p p p rrrrroooooddddduzinduzinduzinduzinduzindo uma lógo uma lógo uma lógo uma lógo uma lógiiiiica qca qca qca qca que pue pue pue pue peeeeerrrrrmitmitmitmitmite qe qe qe qe queueueueue

ccccceeeeerrrrrtas noções e qtas noções e qtas noções e qtas noções e qtas noções e questões puestões puestões puestões puestões peeeeerrrrrttttteeeeencncncncnceeeeentntntntntes ao pes ao pes ao pes ao pes ao peeeeensamensamensamensamensamentntntntntooooo

rrrrreeeeeicicicicichiano phiano phiano phiano phiano possam seossam seossam seossam seossam ser tr tr tr tr trrrrranananananspspspspspostas parostas parostas parostas parostas para oua oua oua oua outttttrrrrros campos campos campos campos campos.os.os.os.os.

MMMMMuitas ouuitas ouuitas ouuitas ouuitas outttttrrrrras abas abas abas abas abooooorrrrrdagdagdagdagdageeeeens basens basens basens basens baseiam siam siam siam siam suas puas puas puas puas peeeeerrrrrspspspspspeeeeeccccctttttiiiiivvvvvasasasasas

eeeeem analom analom analom analom analogggggias ou meias ou meias ou meias ou meias ou metáftáftáftáftáfooooorrrrras das das das das de uma fe uma fe uma fe uma fe uma fooooorrrrrma maisma maisma maisma maisma mais

pppppoétoétoétoétoética dica dica dica dica do qo qo qo qo que que que que que qualqualqualqualqualqueueueueuer our our our our outttttrrrrra ca ca ca ca coooooisa.isa.isa.isa.isa. “““““

NNNNNicicicicicolau Jolau Jolau Jolau Jolau José Mosé Mosé Mosé Mosé Malalalalalufufufufuf J J J J Juniouniouniouniouniorrrrr,,,,, psicólo psicólo psicólo psicólo psicólogggggooooo,,,,, analista analista analista analista analista

rrrrreeeeeicicicicichianohianohianohianohiano,,,,, o o o o orgrgrgrgrgooooonononononomista e dirmista e dirmista e dirmista e dirmista e direeeeetttttooooor dr dr dr dr do Io Io Io Io Instnstnstnstnstititititituuuuuttttto do do do do deeeee

FFFFFooooorrrrrmação e Pmação e Pmação e Pmação e Pmação e Pesqesqesqesqesquisa uisa uisa uisa uisa WWWWWilililililliam Rliam Rliam Rliam Rliam Reeeeeicicicicichhhhh

(Continua na

próxima página)

“““““WWWWWinnicinnicinnicinnicinnicott pott pott pott pott prrrrriiiiivvvvvileileileileilegggggiou o papiou o papiou o papiou o papiou o papeeeeelllll

dddddo ambo ambo ambo ambo ambieieieieientntntntnte na ce na ce na ce na ce na cooooonstnstnstnstnstititititituição dauição dauição dauição dauição da

sssssubububububjejejejejetttttiiiiivvvvvidaidaidaidaidaddddde e de e de e de e de e destaestaestaestaestacccccou asou asou asou asou as

figurfigurfigurfigurfiguras das das das das do to to to to trrrrrauma,auma,auma,auma,auma, da r da r da r da r da reeeeegggggrrrrressãoessãoessãoessãoessão

à dà dà dà dà deeeeepppppeeeeendência e dndência e dndência e dndência e dndência e do joo joo joo joo jogggggo noo noo noo noo no

manemanemanemanemanejo cjo cjo cjo cjo clíniclíniclíniclíniclínicooooo..... AAAAAlém dissolém dissolém dissolém dissolém disso,,,,, e e e e elelelelele

tttttrrrrrataataataataatavvvvva paa paa paa paa pacieciecieciecientntntntntes cujes cujes cujes cujes cujaaaaa

cccccooooonfigurnfigurnfigurnfigurnfiguração sação sação sação sação subububububjejejejejetttttiiiiivvvvva sea sea sea sea se

afastaafastaafastaafastaafastavvvvva das nea das nea das nea das nea das neurururururoses coses coses coses coses clássicas.lássicas.lássicas.lássicas.lássicas.

Ele dEle dEle dEle dEle deseeseeseeseesennnnnvvvvvolololololvvvvveeeeeu um estu um estu um estu um estu um estiloiloiloiloilo

ccccclíniclíniclíniclíniclínico no qo no qo no qo no qo no qual o psicanalista se dispual o psicanalista se dispual o psicanalista se dispual o psicanalista se dispual o psicanalista se dispooooonibnibnibnibnibiliza pariliza pariliza pariliza pariliza paraaaaa

seseseseser r r r r “““““usausausausausadddddooooo””””” p p p p peeeeelo analisandlo analisandlo analisandlo analisandlo analisandooooo,,,,, não no se não no se não no se não no se não no sentntntntntididididido do do do do de ume ume ume ume um

fffffeeeeeixixixixixe de de de de de pe pe pe pe prrrrrooooojeções djeções djeções djeções djeções de fantasmas pe fantasmas pe fantasmas pe fantasmas pe fantasmas pré-eré-eré-eré-eré-existxistxistxistxisteeeeentntntntntes aes aes aes aes a

seseseseserrrrreeeeem intm intm intm intm inteeeeerrrrrppppprrrrreeeeetatatatatadddddos,os,os,os,os, mas no se mas no se mas no se mas no se mas no sentntntntntididididido do do do do de pe pe pe pe pooooodddddeeeeer ser ser ser ser serrrrr

rrrrreeeeecccccooooonhenhenhenhenhecidcidcidcidcido co co co co cooooomo uma smo uma smo uma smo uma smo uma substância difubstância difubstância difubstância difubstância difeeeeerrrrreeeeentntntntnte-de-de-de-de-de-si.e-si.e-si.e-si.e-si.”””””

DanieDanieDanieDanieDaniel Kl Kl Kl Kl Kupupupupupeeeeerrrrrman,man,man,man,man, psicólo psicólo psicólo psicólo psicólogggggo e psicanalista meo e psicanalista meo e psicanalista meo e psicanalista meo e psicanalista membmbmbmbmbrrrrrooooo

da Fda Fda Fda Fda Fooooorrrrrmação Fmação Fmação Fmação Fmação Frrrrreeeeeudiana,udiana,udiana,udiana,udiana, d d d d douououououtttttooooor er er er er em tm tm tm tm teeeeeooooorrrrriaiaiaiaia

psicanalítpsicanalítpsicanalítpsicanalítpsicanalítica pica pica pica pica peeeeela UFRJla UFRJla UFRJla UFRJla UFRJ

A Psicanálise Reichiana

A Psicanálise Winnicottiana

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Jornal do CRP-RJ Pág. 6

sentimentos p o-

dem ocorrer a par-

tir d e a valiações

distorcidas”, afirma

Bernard Rangé,

professor d o p ro-

grama de pós-gra-

duação em psicolo-

gia da UFRJ, “Por-

tanto, o que cabe

é ajudar as pessoas

a fazerem uma ava-

liação mais objeti-

va, mais realista da-

quilo, sem a influ-

ência dessas distor-

ções. A TCC vai,

então, se caracteri-

zar por um questi-

onamento das in-

terpretações que as

pessoas traz em e

algo como um treino de habilidades para que as

pessoas possam manejar melhor seus estados de

ansiedade ou apren-

der habilidades soci-

ais. A terapia vai se

oferecer como uma

oportunidade de no-

vas ap rendizagens”.

Nesse sentido, a idéia

de um diag nóstico

faz par te da t erapia

cognitivo-comporta-

mental, mas não exa-

tamente a i déia d e

cura. “Acho que não

se pode mais pensa r

em cur a e sim em

prejuízo melhor ou

pior. Pensar em uma

cura para o transtor-

no o bsessivo c om-

pulsivo, por exemplo,

seria t eoricamente

fazer com que a pes-

soa deixasse de ser higiênica ou parasse de se pre-

ocupar com detalhes em documentos. O concei-

to de cura não faz sentido propriamente. O que

faz realmente sentido é você conseguir fazer com

que o paciente melhore a sintomatologia que o

fez procurar o tratamento”, afirma Bernard.

A corrente humanista também está e ntre as

psicoterapias e tem sua referência clássica na ges-

talt-terapia e na terapia centrada na pessoa. Sur-

gida nos anos 50, a psicoterapia centrada na pes-

soa foi criada pelo psicólogo e pedagogo Carl Ro-

gers e introduziu uma nova perspectiva nas te-

rapias, rejeitando a idéia de que todo ser huma-

no possui uma neurose básica. Além disso, mo-

dificou o pap el do t erapeuta, que não de veria

impor suas interpretações. “Aqui, a v ivência, o

que o sujeito fala de si é o foco principal da tera-

pia”, afirma Márcia Alves Tassinari, professora e

supervisora do Serviço de Psicologia Aplicada da

Universidade Estácio de Sá e sócia-fundadora do

Centro de Psicologia da Pessoa. “Rogers parte de

um pr incípio de t endência atualizante ou t en-

dência à realização. Segundo ele, todas as pesso-

as têm capacidade de crescimento e desenvolvi-

mento normais, então não há por que dirigí-las

de fora. A tarefa da terapia seria criar um ambi-

Várias instituições psicanalíticas não consi-

deram a psicanálise par te das psic oterapias e

vêm trabalhando para salientar essa difer ença.

Para estas instituições, a psicanálise contém uma

outra lóg ica ou, como afirmam as psicanalistas

paulistas Ana Mariza Fontoura Vidal, Liège Selma

Lise e M aria Benedita R odrigues Pavan no ar tigo

“Inocência é um belo romance”, publicado em 04 de

julho de 2004, quando da votação do projeto de Lei

2347/03 que pretendia regulamentar a profissão de

psicoterapeuta, “uma outra relação entre sujei-

to, objeto e v erdade, o que a imp ossibilita de

estar correlacionada a outros constructos teóri-

cos, todos pertencentes a uma mesma posição

lógica. Não se trata de uma questão de diferen-

ça de conteúdo teórico, mas sim de outro para-

digma de pensamento lógico. É isso que retira a

Psicanálise e Psicoterapiapsicanálise e sua práxis da apenas diversidade de

outras práticas psicoterápicas”.

Consequentemente, est es psicanalistas são

contra qualquer tipo de regulamentação da prá-

tica, por conta de sua formação específica. Di-

versos movimentos foram fundados para discu-

tir e lutar c ontra essa r egulamentação. Um dos

mais impor tantes é o M ovimento de Articula-

ção de Entidad es Psicanalíticas, do qual faz em

parte entidades como a Associação Brasileira de

Psicanálise, a Associação de Fór uns do Campo

Lacaniano, a Esc ola Brasileira de Psicanálise, a

Escola de Psicanálise Letra Freudiana, entre ou-

tras. Em carta à revista IstoÉ de nº 1839, em res-

posta à matéria “Enquadrando Freud”, a Articu-

lação afir ma mant er “uma luta ativa contra a

regulamentação da psicanálise, como forma de

salvaguardar e manter a especificidade de sua

disciplina. (...) Entendemos que qualquer en-

quadramento da psicanálise a regulamentos acadêmi-

cos ou profissionais compromete as condições de

seu exercício e de sua transmissão e ressaltamos

que a psicanálise no último século se desenvol-

veu à margem de qualquer regulamentação, na

base do confronto de idéias e práticas”.

“N“N“N“N“Na psicanálise ea psicanálise ea psicanálise ea psicanálise ea psicanálise encncncncncooooontntntntntrrrrramos uma passagamos uma passagamos uma passagamos uma passagamos uma passageeeeem dam dam dam dam da

abababababooooorrrrrdagdagdagdagdageeeeem tm tm tm tm teeeeecno-tcno-tcno-tcno-tcno-teeeeerrrrrapêuapêuapêuapêuapêutttttica parica parica parica parica para umaa umaa umaa umaa uma

pppppeeeeerrrrrspspspspspeeeeeccccctttttiiiiivvvvva éta éta éta éta ética,ica,ica,ica,ica, cuj cuj cuj cuj cuja oa oa oa oa orrrrrieieieieientação não é o tntação não é o tntação não é o tntação não é o tntação não é o trrrrriiiiiunfunfunfunfunfooooo

rápidrápidrápidrápidrápido soo soo soo soo sobbbbbrrrrre os sinte os sinte os sinte os sinte os sintooooomas,mas,mas,mas,mas, ou a r ou a r ou a r ou a r ou a reabeabeabeabeabilitaçãoilitaçãoilitaçãoilitaçãoilitação

psicpsicpsicpsicpsicossoossoossoossoossocial da loucurcial da loucurcial da loucurcial da loucurcial da loucura.a.a.a.a. A psicanálise não lidaA psicanálise não lidaA psicanálise não lidaA psicanálise não lidaA psicanálise não lida

apapapapapeeeeenas cnas cnas cnas cnas cooooom issom issom issom issom isso,,,,, e e e e ela lida cla lida cla lida cla lida cla lida cooooom a aliem a aliem a aliem a aliem a alienação dnação dnação dnação dnação dooooo

sssssujeujeujeujeujeititititito na cio na cio na cio na cio na civvvvvilização cieilização cieilização cieilização cieilização científica,ntífica,ntífica,ntífica,ntífica, q q q q que vue vue vue vue visa cisa cisa cisa cisa cooooom tm tm tm tm tooooodasdasdasdasdas

as sas sas sas sas suas técnicas e aparuas técnicas e aparuas técnicas e aparuas técnicas e aparuas técnicas e aparatatatatatos uma cos uma cos uma cos uma cos uma ceeeeerrrrrtatatatata

“““““ooooobbbbbjejejejejetttttificaçãoificaçãoificaçãoificaçãoificação””””” d d d d do so so so so sujeujeujeujeujeitititititooooo..... U U U U Uma análise dma análise dma análise dma análise dma análise deeeeevvvvveeeee

pppppossibossibossibossibossibilitar ao silitar ao silitar ao silitar ao silitar ao sujeujeujeujeujeitititititooooo,,,,, q q q q que assim o que assim o que assim o que assim o que assim o queueueueueiririririra,a,a,a,a,

ppppposicioosicioosicioosicioosicionarnarnarnarnar-se c-se c-se c-se c-se cooooomo dmo dmo dmo dmo deseeseeseeseesejjjjjantantantantante no laço soe no laço soe no laço soe no laço soe no laço social ccial ccial ccial ccial cooooommmmm

os ouos ouos ouos ouos outttttrrrrros.os.os.os.os. AAAAAssim,ssim,ssim,ssim,ssim, a me a me a me a me a medida étdida étdida étdida étdida ética dica dica dica dica de nossa ação é ae nossa ação é ae nossa ação é ae nossa ação é ae nossa ação é a

rrrrreeeeelação clação clação clação clação cooooom o dm o dm o dm o dm o deseeseeseeseesejo qjo qjo qjo qjo que a habue a habue a habue a habue a habita.ita.ita.ita.ita. A apA apA apA apA aposta daosta daosta daosta daosta da

análise é,análise é,análise é,análise é,análise é, p p p p pooooorrrrrtanttanttanttanttantooooo,,,,, o o o o opppppeeeeerrrrrar car car car car cooooom o dm o dm o dm o dm o deseeseeseeseesejo cjo cjo cjo cjo cooooomomomomomo

mememememedida ddida ddida ddida ddida de nossa ação e não ape nossa ação e não ape nossa ação e não ape nossa ação e não ape nossa ação e não apeeeeenas enas enas enas enas emmmmm

cccccooooonfnfnfnfnfooooorrrrrmidamidamidamidamidaddddde ce ce ce ce cooooom os idm os idm os idm os idm os ideais da culteais da culteais da culteais da culteais da cultururururura e da e da e da e da e de se se se se suasuasuasuasuas

ididididideeeeeolooloolooloologggggias.ias.ias.ias.ias.”””””

LLLLLeeeeetícia Btícia Btícia Btícia Btícia Balbalbalbalbalbi,i,i,i,i, psicanalista, psicanalista, psicanalista, psicanalista, psicanalista, me me me me membmbmbmbmbrrrrro da Esco da Esco da Esco da Esco da Escola Lola Lola Lola Lola Leeeeetttttrrrrraaaaa

FFFFFrrrrreeeeeudiana e pudiana e pudiana e pudiana e pudiana e prrrrrooooofffffessoessoessoessoessorrrrra da da da da do Do Do Do Do Deeeeeparparparparpartametametametametamentntntntnto do do do do deeeee

PPPPPsicsicsicsicsicolooloolooloologggggia da UFFia da UFFia da UFFia da UFFia da UFF.....

(Continuação da página anterior)

A Psicanálise Lacaniana

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Jornal do CRP-RJ Pág. 7

ente facilitador, para que

o sujeito possa ter opor-

tunidade de mudança,

para que ele possa se r

verdadeiramente quem

é”. A abordagem dada

por Rogers à t erapia de

grupo t ambém foi i no-

vadora. “Nos anos 60,

percebendo que os g ru-

pos p oderiam pot enci-

alizar a t endência atua-

lizante, ele desen volveu

uma metodologia muito

específica para trabalhar

com g rupos, que c ha-

mou de ‘grupos d e en-

contro’. Na década de 70,

ele começou a trabalhar

com grandes grupos, de

100, 200, 500, at é 2000

pessoas, na t entativa de

usar o s p rincípios d os

grupos de encontro e da

terapia na transformação da cultura, o que ele

veio a c hamar de ‘workshop de g rande g rupo’.

Isso é uma terapia com 2000 pessoas? Não. É uma

iniciativa par a potencializar esses g rupos par a

que ele s p ossam ser

multiplicadores em

suas comunidades”.

Também cr iada

nos anos 50, a ges-

talt-terapia foi inici-

almente baseada nas

idéias da psic ologia

da gestalt e consti-

tuiu sua visão de ho-

mem a partir da fi-

losofia humanista-

existencial. Dese n-

volvida por Friederi-

ch Perls, Laura Perls

e P aul Goodman

como modelo psicotera-

pêutico, a gestalt se u ti-

liza do método fenome-

nológico e c ombina

concepções exist encia-

listas, dialóg icas e de

campo ao processo de

transformação e cr esci-

mento dos ser es huma-

nos. “A gestalt vê c omo

o processamento per-

ceptivo que fazemos das

coisas pode ser trabalha-

do também dentro da

psicoterapia. Uma pro-

posta da gestalt é qu e

você possa e xperimen-

tar, ou se ja, vivenciar as

coisas. Não é algo que

passe só por um e nten-

dimento r acional, mas

por uma c ompreensão

integral”, afirma Alexan-

dra Tsallis, psicóloga e

psicoterapeuta e professora da UFRJ. Nesse sen-

tido, a gestalt-t erapia espera que o pacient e te-

nha a capacidade de perceber o que se passa den-

tro e fora de si no mo mento presente, em nível

corporal, me ntal e

emocional. “Se pen-

sarmos em uma cura,

ela é, na v erdade, o

aumento do leque de

possibilidades. N o

texto Teoria Parado-

xal da Mudança, Ar-

nold Beisse r discor-

rendo sobre o proces-

so psicoterápico diz:

‘Em outr as palavras

consiste nisso: a mu-

dança ocorre quando

“““““AAAAAs ts ts ts ts teeeeerrrrrapiasapiasapiasapiasapiascccccooooogggggnitnitnitnitnitiiiiivvvvvo-o-o-o-o-

cccccooooompmpmpmpmpooooorrrrrtametametametametamentaisntaisntaisntaisntaistêm stêm stêm stêm stêm suauauauaua

singularsingularsingularsingularsingularidaidaidaidaidaddddde noe noe noe noe norrrrreeeeecccccooooonhenhenhenhenhecimecimecimecimecimentntntntntoooooda impda impda impda impda impooooorrrrrtânciatânciatânciatânciatânciadddddos pos pos pos pos prrrrrooooocccccessosessosessosessosessos

cccccooooogggggnitnitnitnitnitiiiiivvvvvos cos cos cos cos cooooomo inflmo inflmo inflmo inflmo influências nosuências nosuências nosuências nosuências nossesesesesentntntntntimeimeimeimeimentntntntntos e cos e cos e cos e cos e cooooompmpmpmpmpooooorrrrrtametametametametamentntntntntos qos qos qos qos que nósue nósue nósue nósue nós

apapapapaprrrrreseeseeseeseesentamos.ntamos.ntamos.ntamos.ntamos. Não ap Não ap Não ap Não ap Não apeeeeenas issonas issonas issonas issonas isso,,,,, mas a mas a mas a mas a mas ainflinflinflinflinfluência mútuência mútuência mútuência mútuência mútua,ua,ua,ua,ua, r r r r reeeeecípcípcípcípcíprrrrroooooca,ca,ca,ca,ca, d d d d dososososos

sesesesesentntntntntimeimeimeimeimentntntntntos eos eos eos eos em rm rm rm rm reeeeelação aos plação aos plação aos plação aos plação aos peeeeensamensamensamensamensamentntntntntososososose ve ve ve ve vicicicicice-ve-ve-ve-ve-veeeeerrrrrsa e dsa e dsa e dsa e dsa e do eo eo eo eo efffffeeeeeititititito disso soo disso soo disso soo disso soo disso sobbbbbrrrrre ose ose ose ose os

cccccooooompmpmpmpmpooooorrrrrtametametametametamentntntntntos e também dos e também dos e também dos e também dos e também dosososososcccccooooompmpmpmpmpooooorrrrrtametametametametamentntntntntos eos eos eos eos em rm rm rm rm reeeeelação a issolação a issolação a issolação a issolação a isso..... Essa Essa Essa Essa Essa

eeeeeqqqqquação básica me paruação básica me paruação básica me paruação básica me paruação básica me pareeeeeccccce ce ce ce ce ceeeeentntntntntrrrrral naal naal naal naal nattttteeeeerrrrrapia capia capia capia capia cooooogggggnitnitnitnitnitiiiiivvvvvo-co-co-co-co-cooooompmpmpmpmpooooorrrrrtametametametametamental,ntal,ntal,ntal,ntal, j j j j juntuntuntuntuntooooocccccooooom a idéia dm a idéia dm a idéia dm a idéia dm a idéia de qe qe qe qe que nós soue nós soue nós soue nós soue nós somos rmos rmos rmos rmos resesesesesultaultaultaultaultadddddososososos

ddddde ape ape ape ape aprrrrreeeeendizagndizagndizagndizagndizageeeeens e a tns e a tns e a tns e a tns e a teeeeerrrrrapia é umaapia é umaapia é umaapia é umaapia é umaooooopppppooooorrrrrtttttunidaunidaunidaunidaunidaddddde de de de de de noe noe noe noe novvvvvas apas apas apas apas aprrrrreeeeendizagndizagndizagndizagndizageeeeens.ns.ns.ns.ns.”””””

BBBBBeeeeerrrrrnarnarnarnarnard Rd Rd Rd Rd Rangangangangange,e,e,e,e, p p p p prrrrrooooofffffessoessoessoessoessor dr dr dr dr do po po po po prrrrrooooogggggrrrrrama dama dama dama dama deeeee

pós-gpós-gpós-gpós-gpós-grrrrraaaaaddddduação euação euação euação euação em psicm psicm psicm psicm psicolooloolooloologggggia da UFRJia da UFRJia da UFRJia da UFRJia da UFRJ

“““““AAAAAcccccho qho qho qho qho que o que o que o que o que o que difue difue difue difue difeeeeerrrrreeeeencia a Tncia a Tncia a Tncia a Tncia a Teeeeerrrrrapia Capia Capia Capia Capia Ceeeeentntntntntrrrrraaaaadadadadadana Pna Pna Pna Pna Pessoessoessoessoessoa,a,a,a,a, até das ou até das ou até das ou até das ou até das outttttrrrrras tas tas tas tas teeeeerrrrrapias hapias hapias hapias hapias humanistas eumanistas eumanistas eumanistas eumanistas eeeeeexistxistxistxistxisteeeeencincincincinciais,ais,ais,ais,ais, é uma é uma é uma é uma é uma ‘‘‘‘‘ccccceeeeentntntntntrrrrraçãoaçãoaçãoaçãoação’’’’’ no c no c no c no c no clielielielielientntntntnte.e .e .e .e . O O O O Occccclielielielielientntntntnte é o guia de é o guia de é o guia de é o guia de é o guia do to to to to trrrrrabalho dabalho dabalho dabalho dabalho do to to to to teeeeerrrrrapapapapapeeeeeuuuuuta.ta.ta.ta.ta.

Ele tEle tEle tEle tEle teeeeem o sem o sem o sem o sem o seu pu pu pu pu pooooodddddeeeeer pr pr pr pr pessoessoessoessoessoal.al.al.al.al. N N N N Na va va va va veeeeerrrrrdadadadadaddddde,e,e ,e ,e , a a a a attttteeeeerrrrrapia não vapia não vapia não vapia não vapia não vai dar pai dar pai dar pai dar pai dar pooooodddddeeeeer a ninguém,r a ninguém,r a ninguém,r a ninguém,r a ninguém, e e e e elalalalalavvvvvai pai pai pai pai prrrrrooooopiciar qpiciar qpiciar qpiciar qpiciar que o cue o cue o cue o cue o clielielielielientntntntnte use see use see use see use see use seu u u u u pppppooooodddddeeeeerrrrr

pppppessoessoessoessoessoal,al,al,al,al, se ap se ap se ap se ap se aprrrrroooooppppprrrrrie die die die die deeeeele.le.le.le.le. AAAAAssim,ssim,ssim,ssim,ssim, e e e e ele vle vle vle vle vai seai seai seai seai sesesesesesentntntntntir cair cair cair cair cada vda vda vda vda vez mais liez mais liez mais liez mais liez mais livvvvvrrrrre pare pare pare pare para ea ea ea ea exxxxxeeeeerrrrrccccceeeeer o ser o ser o ser o ser o seuuuuupppppooooodddddeeeeer dr dr dr dr de esce esce esce esce escolha,olha,olha,olha,olha, d d d d de aue aue aue aue autttttooooonononononomia,mia,mia,mia,mia, d d d d de ge ge ge ge geeeeerrrrrir sir sir sir sir suauauauaua

pppppróprópróprópróprrrrria via via via via vida.ida.ida.ida.ida.”””””MárMárMárMárMárcia cia cia cia cia AAAAAlllllvvvvves Tes Tes Tes Tes Tassinarassinarassinarassinarassinari,i,i,i,i, p p p p prrrrrooooofffffessoessoessoessoessorrrrra ea ea ea ea e

sssssupupupupupeeeeerrrrrvvvvvisoisoisoisoisorrrrra da da da da do So So So So Seeeeerrrrrvvvvviço diço diço diço diço de Pe Pe Pe Pe Psicsicsicsicsicolooloolooloologggggia ia ia ia ia AAAAAplicaplicaplicaplicaplicadadadadada

da Uda Uda Uda Uda Unininininivvvvveeeeerrrrrsidasidasidasidasidaddddde Estácio de Estácio de Estácio de Estácio de Estácio de Sá e sócia-e Sá e sócia-e Sá e sócia-e Sá e sócia-e Sá e sócia-

fundafundafundafundafundadddddooooorrrrra da da da da do Co Co Co Co Ceeeeentntntntntrrrrro do do do do de Pe Pe Pe Pe Psicsicsicsicsicolooloolooloologggggia da Pia da Pia da Pia da Pia da Pessoessoessoessoessoaaaaa

(Continua na

próxima página)

O Teatro do Oprimido (TO) é um Método

Estético surgido no c omeço dos anos 70 no

Brasil, que utiliza Exercícios, Jogos e Técnicas

Teatrais com o objetivo de desmecanizar fi-

sicamente e int electualmente se us pra ti-

cantes, ao mesmo t empo e m q ue de mo-

cratiza o teatro. Criado por Augusto Boal,

o TO cria condições práticas para que o

“oprimido” se aproprie dos meios de produ-

zir teatro e assim amplie suas p ossibilidades

de expressão, além de estabelecer uma comu-

nicação direta, ativa e propositiva entre espec-

tadores e atores.

Dentre as várias técnicas do Teatro do Opri-

mido, uma que se destaca é o “Arco-Íris do De-

sejo”, um conjunto de técnicas t erapêuticas e

teatrais utilizado por psicoterapeutas de todo

o mundo. A técnica, desenvolvida para traba-

lhar questões interpessoais e indi viduais, foi

criada por Bo al e sua mulher, Cecília, que é

psicanalista. Nela, os at ores t eatralizam as

opressões internalizadas a fim d e resolvê-las.

Estão aí incluídas não só as opressões óbvias,

como a da polícia, mas opressões como a falta

de comunicação, o medo da solidão e a polí-

cia interna de cada um. A técnica busca de-

compor essas opressões e tr ansformá-las em

teatro, e m imagens. Seria a par tir da

visualização dessas imagens que se dar ia a

transformação dessas situações.

O TO trabalha com diversas outras técni-

cas e está hoje presente em instituições di-

versas c omo o sistema p risional e a r ede

de saúd e me ntal. O Centr o d e Teatro d o

Oprimido (CTO-Rio) realiza regularmen-

te o ficinas em sua sed e e vár ios projetos de

capacitação da metodologia do TO no Brasil e

no mundo.

O teatro doOprimido

A Terapia cognitivo-comportamental

A Terapia centrada na pessoa

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Jornal do CRP-RJ Pág. 8

(Continuação da página anterior)

“““““AAAAAcccccho qho qho qho qho que a gue a gue a gue a gue a gestalt-estalt-estalt-estalt-estalt-

ttttteeeeerrrrrapia estáapia estáapia estáapia estáapia está

ppppprrrrrincipalmeincipalmeincipalmeincipalmeincipalmentntntntnteeeee

vvvvvoltaoltaoltaoltaoltada parda parda parda parda para o aqa o aqa o aqa o aqa o aqui eui eui eui eui e

agagagagagooooorrrrra,a,a,a,a, e e e e entntntntnteeeeendndndndndeeeeendndndndndooooo

qqqqque o aque o aque o aque o aque o aqui e o agui e o agui e o agui e o agui e o agooooorrrrraaaaa

não são sinônimosnão são sinônimosnão são sinônimosnão são sinônimosnão são sinônimos

dddddo po po po po prrrrreseeseeseeseesentntntntnte,e,e,e,e, mas sim mas sim mas sim mas sim mas sim

dddddo qo qo qo qo que está pue está pue está pue está pue está prrrrreseeseeseeseesentntntntnteeeee

no mono mono mono mono momemememementntntntntooooo..... N N N N Nesse seesse seesse seesse seesse sentntntntntidididididooooo,,,,, e e e e ela tla tla tla tla trrrrrabalha cabalha cabalha cabalha cabalha cooooommmmm

o fo fo fo fo feeeeenômenômenômenômenômeno e eno e eno e eno e eno e ela tla tla tla tla trrrrrabalha eabalha eabalha eabalha eabalha enfatnfatnfatnfatnfatizandizandizandizandizando ao ao ao ao a

dimedimedimedimedimensão vnsão vnsão vnsão vnsão viiiiivvvvveeeeencial,ncial,ncial,ncial,ncial, ou se ou se ou se ou se ou sejjjjja,a,a,a,a, se p se p se p se p se peeeeensarnsarnsarnsarnsarmosmosmosmosmos

didatdidatdidatdidatdidaticameicameicameicameicamentntntntnte,e,e,e,e, c c c c cooooom aqm aqm aqm aqm aquilo quilo quilo quilo quilo que é uma mistue é uma mistue é uma mistue é uma mistue é uma misturururururaaaaa

dddddo po po po po peeeeensarnsarnsarnsarnsar,,,,, ag ag ag ag agir e seir e seir e seir e seir e sentntntntntiririririr.....”””””

AAAAAlelelelelexandrxandrxandrxandrxandra Ta Ta Ta Ta Tsalsalsalsalsallis,lis,lis,lis,lis, psic psic psic psic psicotototototeeeeerrrrrapapapapapeeeeeuuuuuta e pta e pta e pta e pta e prrrrrooooofffffessoessoessoessoessorrrrraaaaa

da UFRJda UFRJda UFRJda UFRJda UFRJ

“““““O pO pO pO pO prrrrrincipal da tincipal da tincipal da tincipal da tincipal da teeeeeooooorrrrriaiaiaiaia

sistêmica,sistêmica,sistêmica,sistêmica,sistêmica, o q o q o q o q o que aue aue aue aue a

singularsingularsingularsingularsingulariza,iza,iza,iza,iza, é esse é esse é esse é esse é esse

dddddesloesloesloesloeslocamecamecamecamecamentntntntnto do do do do de uma ve uma ve uma ve uma ve uma visãoisãoisãoisãoisão

intintintintintrrrrra-india-india-india-india-indivvvvvidididididual parual parual parual parual para umaa umaa umaa umaa uma

vvvvvisão risão risão risão risão reeeeelalalalalaciociociociocional,nal,nal,nal,nal, q q q q que cue cue cue cue colooloolooloolocacacacaca

o indio indio indio indio indivídvídvídvídvíduo seuo seuo seuo seuo sempmpmpmpmprrrrre ee ee ee ee emmmmm

cccccooooontntntntnteeeeextxtxtxtxtooooo..... E q E q E q E q E que eue eue eue eue entntntntnteeeeendndndndnde atée atée atée atée até

esse messe messe messe messe mundundundundundo into into into into inteeeeerrrrrno dno dno dno dno deeeeele cle cle cle cle cooooomo um mmo um mmo um mmo um mmo um mundundundundundo do do do do deeeee

rrrrreeeeelações,lações,lações,lações,lações, c c c c cooooomo se cmo se cmo se cmo se cmo se cooooonstnstnstnstnstrói um indirói um indirói um indirói um indirói um indivídvídvídvídvíduo auo auo auo auo a

parparparparpartttttir dir dir dir dir dessas ressas ressas ressas ressas reeeeelações.lações.lações.lações.lações.”””””

RRRRRosana Rosana Rosana Rosana Rosana Rapizapizapizapizapizooooo,,,,, mest mest mest mest mestrrrrre ee ee ee ee em psicm psicm psicm psicm psicolooloolooloologggggia cia cia cia cia clínica elínica elínica elínica elínica e

dirdirdirdirdireeeeetttttooooorrrrra da da da da do Io Io Io Io Instnstnstnstnstititititituuuuuttttto do do do do de Te Te Te Te Teeeeerrrrrapia dapia dapia dapia dapia de Fe Fe Fe Fe Família damília damília damília damília dooooo

RRRRRio dio dio dio dio de Je Je Je Je Janeaneaneaneaneiririririrooooo

uma pessoa se torna o

que é, e não q uando

tenta converter-se no

que não é’. Nesse sen-

tido, ‘a terapia é o pro-

cesso pelo qual a pes-

soa pode ser o que ela

já é’”, diz Alexandra.

A terapia s istêmi-

ca, iniciada a partir da

terapia d e família

também nos anos 50,

trouxe uma visão me-

nos intr apsíquica e

mais relacional às te-

rapias. “A terapia sis-

têmica c onsidera o

mundo interno como

parte de um mundo de relações. A forma de cada

um pensar é derivada de uma forma de relação e

implica outras formas de relação”, afirma Rosa-

na Rapizo, psicóloga, mestre em psicologia clí-

nica e diretora do Instituto de Terapia de Famí-

lia do Rio de Janeiro. “Então não usamos quase

as categorias de diagnósticos no tratamento, por-

que elas foram pensadas para o indivíduo e não

para relações”. Assim, segundo Tania Martins, psi-

cóloga e terapeuta de casal e família, não há um

objetivo fechado na t erapia sistêmica, mas “ele

vai sendo co-construído com o cliente na tera-

pia. O terapeuta sai da posição de especialista e

vê o paciente como especialista de seu próprio

sofrimento. O diag nóstico é , então , p ensado

como uma hipótese dinâmica e provisória, a ser

explorada no processo terapêutico. Ele pode ser

revisto e transformado à medida e m que o tra-

balho vai se desenvolvendo, já que o ser humano

está sempre em transformação”.

O psicodrama é outra abordagem importan-

te. Criado por Jacob Levy Moreno, médico psi-

quiatra romeno, o psic odrama or iginou-se d e

suas experiências em Viena, em 1924, com um

novo tipo de teatro, chamado de “Teatro da Es-

pontaneidade”, e desenvolveu-se a partir da dé-

cada de 30, nos Estad os

Unidos, para onde More-

no emigrou e se estabe-

leceu até se u falecimen-

to em 1974. O psicodra-

ma teve influência da fe-

nomenologia e da filoso-

fia existencialista e tam-

bém traz uma v isão sis-

têmica, do homem como

um ser-em-relação. “O

psicodrama funciona

através da dr amatização

espontânea de cenas das

questões trazidas por um

cliente ou p or todo um

grupo, nas quais são pos-

tos em ação, no contexto

dramático, os papéis privados e sociais dos mem-

bros do grupo. Segundo Moreno, nosso ego é for-

mado pelos diversos papéis que desempenhamos

na vida: filho, pai, mãe, profissional, amigo, po-

lítico, cidadão, etc. Estes papéis podem estar bem

desenvolvidos e harmo-

nizados entre si, ou po-

dem e star m al d esen-

volvidos, conflitivos, ge-

rando sofr imento. O

desempenho dos papéis

no contexto dramático

leva o cliente a entender

como seus papéis se for-

maram no contexto fa-

miliar e social e se t or-

naram fonte de proble-

mas e e xperimentar,

através da dr amatiza-

ção, formas de ir trans-

formando satisfat oria-

mente os seus papéis”, afirma Vitória Pamplona,

psicoterapeuta psicodramatista e coordenadora

de grupos de gestantes e casais grávidos. “Assim,

a terapia psicodramática tem como objetivo pro-

piciar a capacidad e do sujeit o de dar r espostas

A gestalt-terapia

A Terapia Sistêmica

novas e adequadas às situações, compreendendo

e levando em conta a si próprio, ao outro e à so-

ciedade (espontaneidade e a criatividade), desen-

volvendo a responsabilidade do homem por si e

por todos os outros e sua capacidade de viver en-

contros” (ver box sobre Teatro do Oprimido na

página anterior).

A clínica transdisciplinar é um outro tipo de

abordagem baseada em idéias desenvolvidas por

Espinoza, Nietzsche, Michel Foucault, Giles De-

leuze e Félix G uattari. No entanto, longe de ser

uma t écnica d iferente, “sustentada p or t eorias

repletas de categorias universais modeladoras, ela

é uma prát ica preocupada com a pr odução de

modos singulares e potentes de viver, agir e pen-

sar – out ros mo dos de subje tivação”, afir ma a

médica e analista Ana Rego Monteiro, “Enten-

demos que a clínica sempre se produz criando

ao mesmo tempo o objeto de sua intervenção,

ou seja, uma certa concepção de subjetividade”.

Nesse sentido, a necessidade de um diagnóstico

não cabe: “Partimos do pr essuposto de que os

quadros psicopatológicos descritos pela psiqui-

atria contemporânea

fazem par te do pr o-

cesso de produção da

subjetividade domi-

nante. Desta manei-

ra, afirmamos uma

prática clínica micro-

política, nos afastan-

do assim d e uma

perspectiva d e cur a

para afir mar uma

prática de sustenta-

ção de passagens.

Analisamos em cada

caso, com cada clien-

te, a trajetór ia d e

constituição do sintoma, como experiência sin-

gular de sofr imento que necessariamente se re-

laciona ao combate experimentado entre forças:

forças aprisionadoras da vida e forças liberado-

ras da potência coletiva de uma vida”. Ana tam-

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Jornal do CRP-RJ Pág. 9

“““““CCCCCrrrrreeeeeio qio qio qio qio que a gue a gue a gue a gue a grrrrrandandandandandeeeee

marmarmarmarmarca dca dca dca dca do psico psico psico psico psicooooodrdrdrdrdramaamaamaamaama

é não dicé não dicé não dicé não dicé não dicotototototimizar o seimizar o seimizar o seimizar o seimizar o serrrrr

hhhhhumano e sim intumano e sim intumano e sim intumano e sim intumano e sim inteeeeegggggrrrrrararararar

memememementntntntnte/ce/ce/ce/ce/cooooorrrrrpppppooooo,,,,, ação/ ação/ ação/ ação/ ação/

rrrrreeeeeflefleflefleflexãoxãoxãoxãoxão,,,,, e e e e emoção/moção/moção/moção/moção/

rrrrrazãoazãoazãoazãoazão,,,,, ho ho ho ho hoje/oje/oje/oje/oje/ontntntntnteeeeem/m/m/m/m/

amanhã,amanhã,amanhã,amanhã,amanhã, ciência/ar ciência/ar ciência/ar ciência/ar ciência/arttttte.e.e.e.e.

TTTTTalalalalalvvvvvez a pez a pez a pez a pez a prrrrrincipal difincipal difincipal difincipal difincipal difeeeeerrrrreeeeença ença ença ença ença em rm rm rm rm reeeeelação a oulação a oulação a oulação a oulação a outttttrrrrrasasasasas

ttttteeeeerrrrrapias seapias seapias seapias seapias sejjjjja inta inta inta inta inteeeeegggggrrrrrar ciência e arar ciência e arar ciência e arar ciência e arar ciência e arttttte,e,e,e,e, p p p p pooooois sis sis sis sis surgurgurgurgurgiiiiiuuuuu

dddddo to to to to teateateateateatrrrrro e se co e se co e se co e se co e se cooooonstnstnstnstnstititititituiuiuiuiuiu cu cu cu cu cooooomo um cmo um cmo um cmo um cmo um cooooorrrrrpppppooooo

cieciecieciecientíficntíficntíficntíficntíficooooo,,,,, se se se se sem pm pm pm pm peeeeerrrrrdddddeeeeer a vr a vr a vr a vr a veeeeeia aria aria aria aria artísttísttísttísttística e a aleica e a aleica e a aleica e a aleica e a alegggggrrrrria.ia.ia.ia.ia.”””””

VVVVVitóritóritóritóritória Pia Pia Pia Pia Pamploamploamploamploamplona,na,na,na,na, psic psic psic psic psicotototototeeeeerrrrrapapapapapeeeeeuuuuutatatatata

psicpsicpsicpsicpsicooooodrdrdrdrdramatamatamatamatamatista e cista e cista e cista e cista e coooooooooorrrrrdddddeeeeenananananadddddooooorrrrra da da da da de ge ge ge ge grrrrrupupupupupos dos dos dos dos deeeee

gggggestantestantestantestantestantes e casais ges e casais ges e casais ges e casais ges e casais grávrávrávrávrávidididididososososos

“““““A cA cA cA cA clínica tlínica tlínica tlínica tlínica trrrrransdiciplinaransdiciplinaransdiciplinaransdiciplinaransdiciplinar

se distse distse distse distse distingue das pingue das pingue das pingue das pingue das prátrátrátrátráticasicasicasicasicas

disciplinardisciplinardisciplinardisciplinardisciplinares e se ces e se ces e se ces e se ces e se cooooonfigurnfigurnfigurnfigurnfiguraaaaa

cccccooooomo uma pmo uma pmo uma pmo uma pmo uma prátrátrátrátrática ética ética ética ética éticicicicico-o-o-o-o-

pppppolítolítolítolítolítica.ica.ica.ica.ica. Ent Ent Ent Ent Entrrrrreeeeetanttanttanttanttantooooo,,,,, c c c c cooooomomomomomo

não se tnão se tnão se tnão se tnão se trrrrrata data data data data de te te te te teeeeeooooorrrrria,ia,ia,ia,ia, é a é a é a é a é a

parparparparpartttttir dir dir dir dir dos impasses,os impasses,os impasses,os impasses,os impasses, d d d d dososososos

incômoincômoincômoincômoincômodddddososososos

eeeeexpxpxpxpxpeeeeerrrrrimeimeimeimeimentantantantantadddddos no pos no pos no pos no pos no prrrrrooooocccccesso desso desso desso desso de dife dife dife dife difeeeeerrrrreeeeenciação dnciação dnciação dnciação dnciação deeeee

si qsi qsi qsi qsi que soue soue soue soue somos cmos cmos cmos cmos chamahamahamahamahamadddddos a intos a intos a intos a intos a inteeeeerrrrrvvvvviririririr..... M M M M Mas,as,as,as,as, se falamos se falamos se falamos se falamos se falamos

ddddde impasse,e impasse,e impasse,e impasse,e impasse, falamos d falamos d falamos d falamos d falamos de fe fe fe fe fooooorças drças drças drças drças de re re re re resistência qesistência qesistência qesistência qesistência queueueueue

se ese ese ese ese expxpxpxpxprrrrressandessandessandessandessando eo eo eo eo em mem mem mem mem meio a uma lio a uma lio a uma lio a uma lio a uma luuuuuta nos fazta nos fazta nos fazta nos fazta nos fazeeeeemmmmm

eeeeexpxpxpxpxpeeeeerrrrrimeimeimeimeimentar uma crntar uma crntar uma crntar uma crntar uma crise.ise.ise.ise.ise. AAAAAssim,ssim,ssim,ssim,ssim, cr cr cr cr crise,ise,ise,ise,ise,

dddddesestabesestabesestabesestabesestabilizaçãoilizaçãoilizaçãoilizaçãoilização,,,,, d d d d desvesvesvesvesvio são indicatio são indicatio são indicatio são indicatio são indicatiiiiivvvvvos dos dos dos dos deeeee

momomomomomemememementntntntntos dos dos dos dos de passage passage passage passage passageeeeem qm qm qm qm que oue oue oue oue occcccooooorrrrrrrrrreeeeem nam nam nam nam na

eeeeexpxpxpxpxpeeeeerrrrriência piência piência piência piência prrrrrooooocccccessessessessessual da cual da cual da cual da cual da cooooonstnstnstnstnstititititituição duição duição duição duição de si,e si,e si,e si,e si,

marmarmarmarmarcandcandcandcandcando o to o to o to o to o teeeeempmpmpmpmpo do do do do de uma me uma me uma me uma me uma muuuuutaçãotaçãotaçãotaçãotação.....”””””

AAAAAna Rna Rna Rna Rna Reeeeegggggo Mo Mo Mo Mo Mooooontntntntnteeeeeiririririrooooo,,,,, médica e analista. médica e analista. médica e analista. médica e analista. médica e analista.

bém explica que essas diferenças da clínica trans-

disciplinar influem no modo como a ética é pen-

sada: “Definimos a clínica não como um espaço

delimitado por fr onteiras mor ais dadas, mas

como atitude desviante que passa a afirmar uma

ética em oposição à moral. Nosso trabalho com-

porta a distinção e escolha entre dois modos pos-

síveis de subjetivação: o modo ascético e moral e

o modo de vida ético. No primeiro, temos um

modo assujeitado às prescrições do que “te-

nho que” fazer, pensar e crer de acordo com

os modelos difundidos como metas de “su-

cesso”. E um segundo, marcado pela atividade

crítica como condição de criação de outras ma-

neiras de v iver. É est e últ imo que define o q ue

poderíamos c hamar de atitud e crítico-clínica:

uma atitude que implica em escolhas ativas e de-

fine uma ética pela potência de afirmar um con-

tínuo e incessante processo de diferenciação”.

Apesar de terem visões tão diferentes quanto

ao método, a maioria das abordagens concorda

em relação ao objetivo das psicoterapias. Segun-

do A na Monteiro,

toda clínica trabalha

“com o sof rimento

humano”. Do mes-

mo mo do, Már cia

Tassinari afirma que

“todas as c orrentes

visam uma mudan-

ça, s eja na personali-

dade, seja no compor-

tamento”. Ou como

Tania M artins r esu-

me, toda terapia pro-

cura “criar um bom

encontro e ntre te ra-

peuta e c liente, d e

modo que se crie um

espaço fa vorável

para que as mudan-

ças aconteçam”.

Além disso, as diferentes abordagens também

concordam quanto à relação ética do terapeuta

com o pacie nte: o

respeito à aut ono-

mia do pacient e e o

conhecimento sobre

as p róprias limita-

ções são pontos cen-

trais nessa questão. É

como afirma Daniel

Kupermann: “O psi-

canalista deve se di-

recionar pelo q ue

podemos chamar de

uma ‘ética do cuida-

do’. Seu compromis-

so maio r é c om a

pessoa que padece, e

da q ual se dispõe a

tratar, buscando transformar o sofr imento res-

tritivo e facilitar a emergência de processos cria-

tivos.” Do mesmo modo, Bernard Rangé afirma

que “ética é respeitar o que o paciente traz. Acei-

tar a queixa que ele traz como algo significativo,

fazê-lo ver que você

está interessado em

sua melhora, mos-

trar c ompreensão

empática par a que

ele s e a bra e p ossa

compartilhar”.

Mas Eduar do

Losicer salienta que

nem sempre a ética

é vista pela socieda-

de em seu sentido

clássico: “A psicaná-

lise semp re t eve

mais a ver com um

rompimento c om

determinadas éticas

– a moral vitoriana

da época do F reud,

por e xemplo - d o

que com uma ética própria pré-definida. Mas o

que constatamos hoje é que a definição formal

de uma ética é um

problema do mercado,

não do ofício. O mer-

cado e xige uma nor-

malização na p rática,

que garanta a qualida-

de do ‘serviço’ a uma

clientela”. André Mar-

tins, filósofo, psicana-

lista e professor da Fa-

culdade d e Medicina

da UFRJ, concorda e

aponta que se o paci-

ente chega ao consul-

tório com essa idéia de

uma ét ica, de um

comportamento fecha-

do, cabe ao t erapeuta transformá-la: “Em um c erto

sentido, isso é o que acontece sempre. Acho que cabe

ao psicoterapeuta observar essa demanda não en-

trando nela. Se o p aciente chega com uma d e-

manda de uma normalização, não cabe ao tera-

peuta negá-la e nem tampouco corresponder a

ela. Cabe sim acolhê-la e ajudar a transformá-la.

Cabe a ele dizer, ‘vamos descobrir juntos’ o sen-

tido de sua demanda”.

Para alguns, “a linha teórica importa mais para

o terapeuta, porque ela é uma r eflexão que ele

vai fazer a posteriori, então ele tem que se sentir

confortável. Claro que as linhas são distintas e

isso faz diferença no modo de intervir, mas elas

não são hierarquicamente organizáveis, são ape-

nas diferentes”, como afirma Alexandra Tsallis.

O importante na verdade para que a terapia seja

ética, em qualquer corrente, é pensar em garan-

tir o respeito ao paciente. “Pensar só no resulta-

do seria dizer que os fins justificam os meios e

dentro da idéia d e ética é exatamente o contrá-

rio. Fim nenhum justifica um caminho que não

seja ético”, afirma André Martins.

AAAAAs es es es es entntntntntrrrrreeeeevvvvvistas fistas fistas fistas fistas feeeeeitas paritas paritas paritas paritas para estaa estaa estaa estaa estamatérmatérmatérmatérmatéria estão dispia estão dispia estão dispia estão dispia estão dispooooonívnívnívnívníveeeeeis na íntis na íntis na íntis na íntis na ínteeeeegggggrrrrraaaaa

no sitno sitno sitno sitno site wwwe wwwe wwwe wwwe www.cr.cr.cr.cr.crppppprjrjrjrjrj.o.o.o.o.orgrgrgrgrg.b.b.b.b.brrrrr

O Psicodrama

A Clínica Transdisciplinar

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Jornal do CRP-RJ Pág. 10

Sabemos que se há uma marca indelével nes-

te campo de diversas práticas que é a Psicologia,

decerto estamos nos referindo às implicações de

sua heterogeneidade epistemológica. Tal hetero-

geneidade, moeda corrente nos manuais de his-

tória da psicologia, nos aparece hoje de forma

monumental na profusão de práticas credencia-

das pelas agências de formação. Mal saída da in-

fância acolhedora que o século vinte lhe propor-

cionou, dando-lhe uma fac e eminen temente

adaptacionista e solícita aos int eresses de uma

sociedade que soube p rofessar, como nunca, o

mito da salvação individual e do controle coleti-

vo, vemos a Psicologia, neste início de século, em

sua tão esperada maturidade, atingida, justamen-

te, no centro nevrálgico de seu funcionamento,

isto é, em sua dimensão ética. Isto significa que,

se posta à prova, sua própria legitimidade passa

a estar em jogo.

O ensino da ética neste contexto sofre retra-

ção. Para a r eflexão ética é e xigido um t empo.

Um t empo ethopoiético (Gros, 2006) c ompro-

metido não apenas com os regimes de aquisição

de conhecimento, mas um tempo que engendre

modificações no modo de ser do sujeito, garan-

tindo um r edimensionamento mais afinad o de

sua conduta. Ou seja, o tempo oportuno de ma-

turação do eu ético, oposto ao modelo individu-

alista do ethos narcisista do cuidado contempo-

râneo. Tempo provavelmente ocioso e inútil para

A psicologia como dispositivo etopoiéticoa propalada ideologia do time is money, mas ra-

dicalmente necessário ao estranhamento ético,

fundamental à manutenção daquele que preten-

da velar pelo direito à vida e à liberdade.

Uma infinidade de questões — e xplicamo-

nos, questões jurídicas, educacionais, políticas,

administrativas, c ientíficas, religiosas, d entre

outras tantas — é ender eçada aos pr ofissionais

de psicologia que se vêem ocupados, recorrente-

mente, com uma pr odução maciça de r egula-

mentação de suas práticas cotidianas. As respos-

tas, como era de se esperar, tendem a encarnar

os pressupostos fundamentalistas distribuídos de

forma oportunamente ir refletida e dil uída nas

diferentes áreas de atuação, engendr ando uma

espécie de estetização do comportamento ético

profissional do psicólogo, ou seja, uma caricatu-

rização da dimensão ética de seu exercício pro-

fissional. Lamentável! Os códigos d e ét ica são

tomados como um fim em si mesmos. Para mui-

tos profissionais, basta c onsultar, cumprir e r e-

duzir o s i mpasses com o s q uais s e d efrontam

cotidianamente à obstáculos b urocraticamente

superáveis por todo um enredo jurídico-moral.

A fim de c ompreendermos o que t em sido

defendido como formação ética do profissional

de psicologia, realizamos uma pesquisa sobre éti-

ca na formação, em faculdades e universidades

que oferecessem cursos de psicologia, no estado

do Rio de Janeiro. Apesar de termos encontrado

algumas dificuldades de inserção nestas agênci-

as de formação, conseguimos entrevistar coor-

denadores de curso, coordenadores de SPA, pro-

fessores de Ética e al unos de psic ologia que já

tivessem cursado a disciplina de Ética.

Por conseguinte, convidamos o leitor a uma

reflexão sobre o que temos encontrado nas pro-

postas de trabalho ético dos profissionais envol-

vidos na formação dos psicólogos. Didaticamen-

te, apesar de pequenas variantes, podemos agru-

par estas pr opostas em duas g randes vertentes,

quais sejam, uma que toma a ética como sinôni-

mo d e obe diência e o rientação no motética, a

partir dos já elaborados códigos de ética profis-

sional e a outra que aposta no recurso e na sus-

tentação prescrita pelos numerosos sistemas éti-

cos produzidos pelas o bras da filosofia mo ral.

Deste modo, percebemos o que se tem entendi-

do como discurso ético indo desaguar, por um lado,

numa espécie de teia de normatização institucional e,

por outro, numa erudição estéril que está muito

aquém, quiçá além do mundo dos mo rtais (pa-

lavra dos alunos entrevistados!). Isto posto, res-

ta-nos indagar: afinal, ética é normatização, eru-

dição ou trata-se de outra coisa?

Em linhas gerais, podemos perceber o avan-

ço de preocupações de natureza ética no discur-

so d e profissionais distr ibuídos e m dife rentes

segmentos das p ráticas psicológicas institucio-

nalizadas. Na medida em que a pergunta sobre o

destino dos homens e mulheres esbarra, neces-

sariamente, nos efeitos do progresso tecnológi-

co sobre a natureza e os modos de existência de

contingentes significativos de indi víduos, prin-

cipalmente, em se tratando do campo da saúde,

o tema da ética se impõe na iminência de redefi-

nição do estatuto do conceito de vida e em todo

o aparato terapêutico proposto que vai orbitar

esta questão. As prát icas psic oterápicas, nest e

contexto, não se dissolvem devido a pregnância

de questões que seriam estrangeiras ao seu pró-

prio território, mas se vêem “convocadas” a pro-

duzir fór uns de r eflexão sobre o que t em sido

proposto e realizado com indivíduos que procu-

ram os serviços dos profissionais da psicologia.

A atualidade, marcada pela mercantilização da

vida e pela restrição do raio de ação de profissio-

nais que tomam exatamente a v ida como seu

“objeto” d e m anipulação requer u ma a tenção

cuidadosa no que se refere à reflexão ética. Espe-

cialmente, no caso das psic oterapias, apesar de

suas especificidades, não p odemos deixar de

compreendê-las em suas duas dimensões, ou seja,

como um campo de atuação prát ica e um cam-

Nádia FiloNádia FiloNádia FiloNádia FiloNádia Filomememememena Rna Rna Rna Rna Ribibibibibeeeeeiririririro da So da So da So da So da Silililililvvvvva,a,a,a,a, M M M M Marararararccccceeeeelo Slo Slo Slo Slo SantanaantanaantanaantanaantanaFFFFFeeeeerrrrrrrrrreeeeeiririririra e Ma e Ma e Ma e Ma e Marararararia ia ia ia ia AAAAAparparparparpareeeeecida dcida dcida dcida dcida dos Sos Sos Sos Sos Santantantantantos*os*os*os*os*

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Jornal do CRP-RJ Pág. 11

po d e p roblematização é tica, f ormando u ma

unidade inconsútil. A formação do profissional,

tema cr ucial em nossa p rópria p esquisa, d eve

garantir os subsídios mínimos para que o psicó-

logo – independente da escola a que se filie, no

caso das psic oterapias – possa c ompreender o

sentido histórico de sua própria época e não acate

a banalização do sofrimento humano e nem des-

conheça o atual estágio das pesquisas sobre a vida

humana, já que tais pesquisas produzem impor-

tantes impactos sobre aquilo que pensamos so-

bre homens e mulheres e a relação entre a exis-

tência e o sofrimento.

O profissional da psicologia, historicamente

situado em determinados campos de atuação em

que o c ontrole das existências é determinante,

não é apenas um técnico em relações humanas.

Para que se possa interpretar a sua própria épo-

ca, o profissional necessita de instrumentos for-

necidos por outros campos de problematização

do “humano” a fim de se desprender da incômo-

da identidade do “administrador de conflitos” e

do “apaziguador das tensões”. O discurso biolo-

gizante e cientificizante da atualidade foi incor-

porado pelas próprias práticas cotidianas, levan-

do-nos a crer que um remédio, uma cirurgia ou

mesmo uma terapia de última geração possam

nos eximir da responsabilidade sobre aquilo que

somos, o que nos tornamos e o que pr ecisamos

modificar. As diferentes psicoterapias não podem ser

a vítima inconseqüente da pedagogização da exis-

tência humana, já que o exercício ético da pro-

fissão pressupõe um certo “debruçar-se” sobre o

próprio tempo histórico em que nos situamos.

Para nós é notável no discurso de muitos pro-

fissionais de psic ologia a nec essidade do e xpli-

car-se e de justificar o caos ético-político insta-

lado nas sociedades contemporâneas. No senti-

do moral, são t entativas de s uportar, ao menos

em tese, a indiferença e a deformação (processo

inverso de formação) moral inerentes aos mo-

dos de subje tivação, ao e thos do cuidad o con-

temporâneo, que hoje se c onstituem como um

tributo à caixa registradora, ao mito da salvação

e do sucesso individual, projeto nada ético, diga-

se de passagem.

Para nós, repensar o projeto ético da psicolo-

gia trata-se, como diz Sp onville (2001), não do

desejo do que não temos ou do que não é (a fal-

ta, a esperança, a nostalgia), mas o conhecimen-

to do que é, a vontade do que p odemos (tentar

compreender!). Não mais a falta, mas potência

(deste tipo de análise), não mais a esperança, mas

a confiança e a coragem (de verdade!), não mais

a nostalgia, mas a fidelidad e e a g ratidão (pelo

que podemos pensar, ver e fazer). Ainda...

RRRRReeeeefffffeeeeerências brências brências brências brências bibibibibibliolioliolioliogggggráficas:ráficas:ráficas:ráficas:ráficas:

GGGGGrrrrros,os,os,os,os, F F F F Frédérrédérrédérrédérrédéric.ic.ic.ic.ic. “O cuidado de si em Michel

Ética na Formação do PsicólogoO grupo de trabalho do CRP -RJ “Ética na

Formação do Psicólogo: questões contemporâ-neas”, vem realizando, desde maio de 2005, umapesquisa junto às inst ituições de graduaçãoem psicologia do estado do Rio de Janeiropara c onhecer o modo c omo a Ética v emsendo apresentada e discutida nos cursos deformação em psic ologia. Com o objet ivo de ap re-sentar dados parciais desta pesquisa e realizar umareflexão crítica s obre como a é tica vem send otrabalhada nos centros de formação acadê-mica, o GT r ealizou, no dia 21 d e outubro,

Foucault”. In: Rago, M. & Veiga-Neto, A. Figu-

ras de Foucault. B.H.: Autêntica, 2006. p. 133.

CCCCCooooomtmtmtmtmte- Spe- Spe- Spe- Spe- Spooooonnnnnvvvvvililililille,le,le,le,le, AAAAAndréndréndréndréndré. A felicidade deses-

peradamente. São Paulo. Martins Fontes, 2001.

* Este texto é resultado das reflexões acontecidas

no Grupo de Trabalho “Ética na formação do psicó-

logo” que vem funcionando neste CRP-RJ.

AAAAAuuuuutttttooooorrrrres:es:es:es:es:

Nádia Filomena Ribeiro da Silva

Psicóloga da Universidade Federal Fluminense,

Pós-doutoranda em Psicologia Social pelo Instituto

de Psicologia da UERJ e professora da UNILAS-

SALE/RJ ([email protected])

Marcelo Santana Ferreira

Psicólogo, Doutor em Psicologia pela PUC-RJ

e Professor de Psicologia Social do Departa-

mento de Psicologia da UFF

([email protected])

Maria Aparecida dos Santos

Psicóloga, Pós-graduanda em Psicossomática e

Cuidados Transdisciplinares do Corpo pela

Faculdade de Enfermagem da UFF

([email protected])

no auditório da sede do CRP-RJ, uma jornada com otema “Ética na Formação do Psicólogo”.

Durante a jornada, a psicóloga e coordena-dora do GT , Nádia Filo mena Rib eiro da Sil va,explicou a proposta e o trabalho que vem sendodesenvolvido pelo GT, problematizando o proje-to ét ico contemporâneo e s uas implicações naformação e no exercício da profissão do psicólo-go. Em se guida, Marcelo Santana F erreira, pro-fessor adjunto do departamento de Psicologia daUFF, apresentou as bases teóricas usadas pelo GT,consideradas fundamentais para as discussões e

para a problematização das questões tr atadas.

A psicó loga Maria Aparecida dos Santos , ós-

graduanda em P sicossomática e C uidados

Transdisciplinares do Corpo pela Faculdade de

Enfermagem da UFFapresentou dados referen-

tes às análises parciais da pesquisa realizada comalunos, professores de ética e coordenadores doscursos de psic ologia em algumas inst ituiçõesdo Rio de Janeiro.

Uma nova jornada de ética esta sendo pre-parada pelo GT. Fique atento ao site do CRP-RJ (www.crprj.org.br) para mais informações.

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Jornal do CRP-RJ Pág. 12

Como parte da iniciativa de se aproximar dos

psicólogos do estado, o Conselho Regional de Psi-

cologia do Rio de J aneiro (CRP-RJ) realizou, no dia

21 de outubro, uma jornada na cidade de Campos. O

evento teve a participação do conselheiro presidente do

CRP-RJ, José Novaes, da conselheira atualmente res-

ponsável pela Comissão Regional de Direitos Hu-

manos (CRDH), Cecília Coimbra, e da c olabo-

radora da CRDH, Helena do Rêgo Monteiro.

A jornada foi aberta por José Novaes, que ex-

plicou aos presentes o funcionamento do Siste-

ma Conselhos e lembrou a todos da impor tân-

cia da par ticipação nos p ré-Congressos Regio-

nais de Psicologia e no próprio Corep, que serão

realizados em 2007. Em seguida, entregou as car-

teiras de identidade profissional aos novos ins-

critos presentes no evento (foto).

Depois de Novaes, Cecília Coimbra tomou a

palavra, explicando os objetivos da CDRH e sa-

lientando a impor tância, para o ple nário atual

do Conselho, da defesa d os Direitos Humanos

na prática da psicologia. Em seguida, foi exibido

o vídeo “Medicalização da vida escolar”, realiza-

do por Helena do Rêgo Monteiro.

À t arde, José Novaes realizou u ma p alestra

sobre Ética e Psicologia, quando explicou como

foi revisto o código de ética profissional, que pas-

sou a vigorar em 2005, e salientou a importância

de não se pensar em ética só pelo código: “A prá-

tica ética é muito mais do que seguir o código. É

preciso pensar o que o código diz dentro de um

contexto”.

Novas visitas à região já estão sendo programadas

com o objetivo de aproximar o Conselho da ca-

tegoria no Norte Flumimense. Fique atento ao site

do CRP-RJ (www.crprj.org.br) para a divulgação da

datas.

Nos dias 15 e 16 de novembro de 2006, o Con-

selho Federal de Psicologia (CFP) promoveu na

cidade de São P aulo o III Seminár io Brasileiro

de Psicologia e I nformática (PsicoInfo), t endo

como objetivo estimular o contato dos profissi-

onais da Psicologia com o universo da Informá-

tica. Estiveram presentes no evento aproximada-

mente 300 psicólogos, inclusive o c onselheiro-

presidente da Comissão de Orientação e Fiscali-

zação do CRP-RJ José Henrique Lobato e a psi-

cóloga e funcionária da COF Anne Meller.

O V Congresso Nacional de Psicologia (CNP)

já h avia a pontado a n ecessidade de d iscutir o

tema da Psicologia e Informática, tendo em vista

a crescente utilização dos se rviços tecnológicos

nas mais var iadas profissões. Foram levantados

no encontro alguns pontos como o compromis-

Psicologia e Informáticaso dos CRP s em dar c ontinuidade e apr imora-

mento à validação de site s que prestam serviços

psicológicos mediados por computador (ver box abai-

xo), a necessidade de se estimular produções de sabe-

res nas universidades que promovam o avanço da

relação entre a Psicologia e a Informática, e a di-

vulgação de trabalhos produzidos no âmbito das

interfaces Psicologia/Informática com o intuito

de avançar neste campo de atuação.

O Se minário apr esentou t emas var iados

como: Softwares, Jogos Eletrônicos, Tecnologia,

Inclusão Digital, Internet, Ensino à Distância,

Cibercultura, Testes Informatizados, Teleavalia-

ção, Sociedade em Rede e Serviços Psicológicos

mediados por c omputador, mostrand o como

novos conceitos se aproximam a passos largos da

Psicologia.

O CFP ainda não rO CFP ainda não rO CFP ainda não rO CFP ainda não rO CFP ainda não r eeeeecccccooooonhenhenhenhenheccccce o ate o ate o ate o ate o at eeeeendi-ndi-ndi-ndi-ndi-

memememementntntntnto psico psico psico psico psicotototototeeeeerrrrrapêuapêuapêuapêuapêuttttticicicicico vo vo vo vo via cia cia cia cia cooooompumpumpumpumputatatatatadddddooooorrrrr..... N N N N Nooooo

eeeeentantntantntantntantntantooooo,,,,, a r a r a r a r a resolesolesolesolesolução dução dução dução dução do CFP do CFP do CFP do CFP do CFP de nº 12/2005,e nº 12/2005,e nº 12/2005,e nº 12/2005,e nº 12/2005,

qqqqque rue rue rue rue reeeeegulamegulamegulamegulamegulamenta o atnta o atnta o atnta o atnta o at eeeeendimendimendimendimendimentntntntnto pso pso pso pso psicicicicicotototototeeeeerá-rá-rá-rá-rá-

picpicpicpicpico e ouo e ouo e ouo e ouo e outttttrrrrros seos seos seos seos serrrrrvvvvviços meiços meiços meiços meiços mediadiadiadiadiadddddos pos pos pos pos pooooor cr cr cr cr cooooompumpumpumpumputa-ta-ta-ta-ta-

dddddooooorrrrr,,,,, a a a a admitdmitdmitdmitdmite este este este este este te te te te tipipipipipo do do do do de ate ate ate ate ateeeeendimendimendimendimendimentntntntnto eo eo eo eo em cará-m cará-m cará-m cará-m cará-

ttttteeeeer er er er er expxpxpxpxpeeeeerrrrrimeimeimeimeimental,ntal,ntal,ntal,ntal, d d d d desdesdesdesdesde qe qe qe qe que o pue o pue o pue o pue o p rrrrrooooojejejejejettttto do do do do de pe pe pe pe pes-es-es-es-es-

qqqqquisa siguisa siguisa siguisa siguisa siga as ra as ra as ra as ra as reeeeegggggrrrrras da Cas da Cas da Cas da Cas da C ooooomissão Nmissão Nmissão Nmissão Nmissão Naaaaaciociociociocional dnal dnal dnal dnal deeeee

SSSSSaúdaúdaúdaúdaúde,e,e,e,e, d d d d d o Mo Mo Mo Mo M inistérinistérinistérinistérinistério da Sio da Sio da Sio da Sio da S aúdaúdaúdaúdaúde e de e de e de e de e d o CFPo CFPo CFPo CFPo CFP,,,,,

rrrrrespespespespespeeeeeititititite o Códige o Códige o Códige o Códige o Código do do do do de Éte Éte Éte Éte Ética Pica Pica Pica Pica Prrrrrooooofissiofissiofissiofissiofissional dnal dnal dnal dnal dooooo

psicólopsicólopsicólopsicólopsicólogggggo e qo e qo e qo e qo e que não seue não seue não seue não seue não sejjjjjam cam cam cam cam cooooobbbbbrrrrraaaaadddddos hoos hoos hoos hoos hono-no-no-no-no-

rárrárrárrárrários,ios,ios,ios,ios, e e e e entntntntntrrrrre oue oue oue oue outttttrrrrras eas eas eas eas exigências.xigências.xigências.xigências.xigências.

A rA rA rA rA resolesolesolesolesolução estabução estabução estabução estabução estabeeeeeleleleleleccccce ainda qe ainda qe ainda qe ainda qe ainda que seue seue seue seue serrrrrvvvvvi-i-i-i-i-

ços não-psicços não-psicços não-psicços não-psicços não-psicotototototeeeeerápicrápicrápicrápicrápicos pos pos pos pos pooooodddddeeeeem sem sem sem sem ser rr rr rr rr realiza-ealiza-ealiza-ealiza-ealiza-

dddddos vos vos vos vos via cia cia cia cia cooooompumpumpumpumputatatatatadddddooooorrrrr,,,,, c c c c cooooomo semo semo semo semo serrrrrvvvvviços diços diços diços diços de oe oe oe oe orrrrri-i-i-i-i-

eeeeentação psicntação psicntação psicntação psicntação psicológológológológológica,ica,ica,ica,ica, p p p p prrrrrooooofissiofissiofissiofissiofissional,nal,nal,nal,nal, d d d d de ape ape ape ape aprrrrreeeeen-n-n-n-n-

dizagdizagdizagdizagdizageeeeem e psicm e psicm e psicm e psicm e psicolooloolooloologggggia escia escia escia escia escolar e eolar e eolar e eolar e eolar e ergrgrgrgrgooooonômica,nômica,nômica,nômica,nômica,

cccccooooonsnsnsnsnsultultultultultooooorrrrrias a eias a eias a eias a eias a e mpmpmpmpmprrrrresas,esas,esas,esas,esas, r r r r r eabeabeabeabeabilitação cilitação cilitação cilitação cilitação cooooog-g-g-g-g-

nitnitnitnitnitiiiiivvvvva,a,a,a,a, id id id id ideeeeeooooomotmotmotmotmotooooorrrrra e ca e ca e ca e ca e cooooommmmmunicatunicatunicatunicatunicatiiiiivvvvva e ta e ta e ta e ta e testestestestesteseseseses

infinfinfinfinfooooorrrrrmatmatmatmatmatiiiiivvvvvos.os.os.os.os.

MMMMMais infais infais infais infais infooooorrrrrmações somações somações somações somações sobbbbbrrrrre esse asse esse asse esse asse esse asse esse assuntuntuntuntunto po po po po po-o-o-o-o-

dddddeeeeem sem sem sem sem ser or or or or obbbbbtttttidas na ridas na ridas na ridas na ridas na resolesolesolesolesolução CFP 12/2005ução CFP 12/2005ução CFP 12/2005ução CFP 12/2005ução CFP 12/2005

e também pe também pe também pe também pe também peeeeelo sitlo sitlo sitlo sitlo sit e wwwe wwwe wwwe wwwe www .p.p.p.p.pol.ool.ool.ool.ool.orgrgrgrgrg.b.b.b.b.br er er er er e

wwwwwwwwwwwwwww.cfp.cfp.cfp.cfp.cfp.o.o.o.o.orgrgrgrgrg.b.b.b.b.br/ser/ser/ser/ser/selololololo.....

Nos dias 21 e 22 de setembro foi realizado, noTeatro Noel Rosa do Centro Cultural da Uni-versidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj),o I Encontro de Arte & Saúde Mental. O even-to foi organizado pelo Espaço Artaud em par-ceria com o Departamento de Psicologia Clíni-ca d o I nstituto d e P sicologia da Ue rj, comapoio do CRP-RJ, do Departamento Cultural daUerj e da Faperj.

O encontro teve como objetivo pensar as prá-ticas nos dispositivos de Saúde Mental que, emgrande par te, ut ilizam a linguagem ar tísticacomo intervenção no t ratamento. Os pólos de

I Encontro de Arte e Saúde Mental reflexão foram divididos em quatro mesas-re-dondas temáticas: Literatura, Artes Plásticas, Ci-nema e Teatro, e foram discutidos por diversosprofissionais de P sicologia e d e Artes q uecompuseram as mesas. Além disso, os parti-cipantes puderam assistir a comunicaçõesorais, performances e participar de uma fei-ra de artesanato e de alimentos produzidos porusuários de di versas instituições do campo dasaúde mental.

No ano que vem, o Espaço Artaud promove-rá outros eventos, Fique atento ao site do CRP-RJ (www.crprj.org.br) para mais informações.

CRP-RJ realizajornada em Campos

Psicoterapia “on-line”

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Jornal do CRP-RJ Pág. 13

A cada três anos, os psicólogos brasileiros são

convidados a repensar sua prática profissional e

sua organização enquanto profissão regulamen-

tada e ainda a p ropor metas, questões e suges-

tões para os próximos três anos de gestão do Sis-

tema Conselhos de Psicologia.

O ano de 2007 traz pela sexta vez esse mo-

mento d e discussão e r eflexão, congregando e

estimulando todos os psicólogos do país a deba-

ter, através de seus representantes, o tema “Do

VI Congresso Nacional de Psicologiadiscurso do compromisso social à pr odução de

referências para a prática: construindo um pro-

jeto coletivo para a profissão” no VI Congresso

Nacional de Psicologia (CNP).

O VI CNP será precedido, a partir de janeiro,

por uma série de eventos preparatórios de livre

participação em seis regiões do estado do Rio de

Janeiro. Nesses eventos, os psicólogos terão opor-

tunidade de receber orientações, assistir a pales-

tras, entre outras atividades.

EEEEEvvvvveeeeentntntntntos pos pos pos pos prrrrreeeeeparparparparparatóratóratóratóratóriosiosiosiosios

27/01/2007 – N27/01/2007 – N27/01/2007 – N27/01/2007 – N27/01/2007 – Nooooovvvvva Ia Ia Ia Ia Iguaçuguaçuguaçuguaçuguaçu

Local: Subsede de Nova Iguaçu

De 9h às 18hs

02/02/07 - P02/02/07 - P02/02/07 - P02/02/07 - P02/02/07 - Peeeeetttttrópróprópróprópolisolisolisolisolis

Local: Universidade Católica de Petrópolis

A partir das 18hs

03/02/07 – N03/02/07 – N03/02/07 – N03/02/07 – N03/02/07 – Nooooovvvvva Fa Fa Fa Fa Frrrrribibibibiburgurgurgurgurgooooo

Local: Universidade Estácio de Sá

De 9h às 18hs

10/02/07 - C10/02/07 - C10/02/07 - C10/02/07 - C10/02/07 - Campampampampampososososos

Os Pré-Congressos do Rio de Janeiro estão

programados para março de 2007 e , em maio de

2007, acontecerá o VI Congresso Regional de Psi-

cologia (Corep), a etapa regional do VI CNP. Par-

ticipe! Inscreva suas pr opostas e c olabore para

pensar a psic ologia c omo uma p rática que

pode colaborar na trasnformação de si e do

mundo.

Mais inf ormações no site d o CRP -RJ

(www.crprj.org.br) ou pelo telefone: 2139 – 5400.

Local: Universidade Estácio de Sá

De 9h às 18hs

10/02/07 - R10/02/07 - R10/02/07 - R10/02/07 - R10/02/07 - Reseeseeseeseesendndndndndeeeee

Local: Universidade Estácio de Sá

De 9h às 18hs

PPPPPré-Cré-Cré-Cré-Cré-Cooooongngngngngrrrrressosessosessosessosessos

17/03/2007 – N17/03/2007 – N17/03/2007 – N17/03/2007 – N17/03/2007 – Nooooovvvvva Ia Ia Ia Ia Iguaçuguaçuguaçuguaçuguaçu

Local: Subsede de Nova Iguaçu

De 9h às 18hs

17/03/2007 – N17/03/2007 – N17/03/2007 – N17/03/2007 – N17/03/2007 – Nooooovvvvva Fa Fa Fa Fa Frrrrribibibibiburgurgurgurgurgooooo

Local: Universidade Estácio de Sá

De 9h às 18hs

17/03/07 – R17/03/07 – R17/03/07 – R17/03/07 – R17/03/07 – Reseeseeseeseesendndndndndeeeee

Local: Universidade Estácio de Sá

De 9h às 18hs

24/03/07 - C24/03/07 - C24/03/07 - C24/03/07 - C24/03/07 - Campampampampampososososos

Local: Universidade Estácio de Sá

De 9h às 18hs

Consulte o site do CRP-RJ para informa-

ções sobre os eventos do Rio e de Niterói.

Entrada Franca.

O psicólogo e a mobilidade humanaA Comissão de Orientação e Fiscalização

(COF) do C onselho Regional de P sicologia do

Rio de Janeiro realizou uma pesquisa para ten-

tar estabelecer o perfil do psicólogo que tra-

balha no trânsito. A iniciativa visa avaliar a

situação do atendimento psicológico nas clí-

nicas credenciadas pelo DETRAN e pr opiciar a

discussão do trânsito dentro da perspectiva da

necessidade de se debater as relações sociais e

questões relativas aos aspectos subjetivos pre-

sentes nos espaços de circulação e mobilida-

de humana.

A pesquisa foi realizada durante o Seminário

“Mobilidade Humana e cidadania: transitando

pela psicologia”, que aconteceu em agosto, pelo

CRP-RJ. Os dados obtidos foram apresentados

no último Congresso Psicologia: Ciência e Pro-

fissão, ocorrido em setembro deste ano, na cida-

de de São Paulo.

O CRP-RJ orienta e fiscaliza, periodicamen-

te, as clínicas do Rio de J aneiro registradas ou

cadastradas no Conselho. Estes questionários aju-

darão a nortear ações de orientação e contribuir

para as discussões que vêm sendo feitas, em con-

sonância com o Conselho Federal de Psicologia,

sobre a Psicologia e Mobilidade Humana.

O Fórum Nacional pela Demo cratização daComunicação (FNDC) realizou entre os dias 20e 22 de outubro, em Florianópolis, a XIII Plená-ria, que debateu o tema “Políticas Públicas e Or-ganização Social”.

O evento contou com a par ticipação de di-versas entidades , entre elas os CRPs de São Pau-lo (06), Rio de Janeiro (05)e Minas Gerais (04) eo Conselho Federal. Durante o evento foram dis-cutidos temas como o cenário atual das políticaspúblicas para a comunicação, os aspectos do mer-cado de tr abalho, a pr ofissionalização e acapacitação das pessoas c om a dig italização e oavanço dos grupos internacionais na mídia bra-sileira. Foram apresentadas na Ple nária sete te-ses que foram analisadas e aprovadas para seremcolocadas em prát ica pela gestão r eeleita d oFNDC, com mandato até 2008.

Fórum Nacional pelaDemocratização daComunicação

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Jornal do CRP-RJ Pág. 14

CRP-RJ prestando contasÉ preciso ter a clareza de que o mo do como

ocupamos os espaços envolve uma concepção de

mundo, exigindo um posicionamento sobre a fi-

nalidade da intervenção que fazemos, a qual en-

volve a certeza de que nossas práticas têm sem-

pre efeitos. D esta forma, ocupar o lugar de te-

soureiro não se r esume a ser “vigia d o

patrimônio”. A prestação de c ontas é um at o,

sobretudo, político. Em todas as edições do jor-

nal publicamos um balancete de forma resumi-

da, mas estamos sempre à disposição para quais-

quer dúvidas ou esclarecimentos.

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Jornal do CRP-RJ Pág. 15

A tesouraria comoprática política

Nos dias 16 e 17 d e dezembro, os conselhei-ros presidentes e t esoureiros de t odos os CRP sdo Brasil se reuniram na Assembléia de PolíticasAdministrativas e Financ eiras (Apaf). Em pau-ta: a realização do Fórum Nacional de Psicotera-pia e o r egimento para o pr ocesso eleitoral doSistema Conselhos de Psicologia de 2007, entreoutros assuntos.

As APAFs foram instituídas pelo II Congres-so Nacional de Psicologia, realizado em 1996, eacontecem duas vezes por ano. Seus objetivos são,entre outros, propor diretrizes para os orçamen-tos dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia,fixar parâmetros para a c obrança da anuidade eacompanhar a execução regional das políticas apro-vadas nos Congressos Nacionais da Psicologia.

Um Grupo de Trabalho, formado por repre-

sentantes dos CRPs 04(MG), 05 (RJ), 06 (SP) e

do Conselho Federal de Psicologia, é o responsá-

vel por sistematizar alterações no Código de Pro-

cessamento Disciplinar (CPD) do Sistema Con-

selhos de Psicologia. O GT foi criado na última

Assembléia de Políticas Administrativas e Finan-

ceiras (APAF), em maio de 2006.

Após uma série de discussões, foi decidido que

o atual CPD seria mantido e que os integrantes

do GT pr oporiam alterações nos po ntos que

necessitam de aperfeiçoamento. O grupo deu

início à discussão destes pontos em uma reu-

nião realizada no dia 26 de outubro, na sede

do CFP, e m B rasília, dand o maio r ênfase à

discussão sobr e as alt erações no t exto d o

Processo Disciplinar Ético, por ter sido con-

siderado o mais complexo e de maior incidência

nos processos que chegam às Comissões de Éti-

ca dos CRPs.

Atualmente, o GT está sistematizando as su-

gestões e as enviará aos Conselhos Regionais de

Psicologia para análise e posterior votação na

APAF de dezembro, em Brasília.

GT se reúne paradecidir alteraçõesno CPD

A Psicologia Brasileira se reuniu entre os dias

5 e 9 de setembro em São Paulo, no II Congresso

Brasileiro Psicologia: C iência & P rofissão, que

este ano discu tiu o t ema “Enfrentando as dív i-

das histór icas da sociedad e brasileira”. Dentre

outros conselheiros deste CRP presentes, esteve

o professor adjunto do Instituto de Psicologia da

UFRJ Pedro Paulo Gastalho de Bicalho que apre-

sentou sua pesquisa “Tesouraria como prática

política no Conselho Regional de Psicologia – 5ª.

Região”.

De acordo com Pedro Paulo, a idéia da pes-

quisa surgiu quando assumiu o cargo de Conse-

lheiro-Tesoureiro do XI Plenário e verificou que

o percentual de inadimplência aumentava a cada

“Acreditar no mundo significa

principalmente suscitar

acontecimentos, mesmo pequenos

(...) ou engendrar novos espaços”.

GILLES DELEUZE, em

“Conversações”.

ano, atingindo um nível s ignificativo no início

da Comissão Gestora e, desde então , tal índic e

vem diminuindo progressivamente, apesar do

percentual d e psicólogos ati vos c ontinuar e m

crescimento. Analisando os dados da tesoura-

ria, ele concluiu que esses números não eram

obra do acaso, mas refletiam a relação dos psi-

cólogos com o próprio Conselho, fato que tem

sido evidenciado pelo número de psicólogos

que participa de nossos eventos, ser cada vez

maior.

Diferentemente da idéia que a sociedade tem

sobre o trabalho burocrático da tesouraria, Pedro

Paulo busc ou, a par tir d o olhar da análise

institucional, desnaturalizar e pensar a tesoura-

ria como um analisad or. “Eu queria cr iar essa

análise para que as Comissões pudessem enten-

der que o tr abalho que eu esta va realizando ti-

nha conseqüências no trabalho delas, que a ges-

tão da tesouraria embasa as ações políticas”, dis-

se o Conselheiro.

No trabalho, o psicól ogo mostrou que zelar

pela boa ge rência dos r ecursos financeiros da

instituição e fazer demonstrativos das movimen-

tações disponíveis numa linguagem mais simples

para que possa ser entendida por toda a catego-

ria devem ser os objetivos da tesouraria.

Recebido com entusiasmo pelo plenár io do

CRP-RJ, por se r uma p esquisa pioneir a e um

desafio, o tr abalho foi também apr esentado na

reunião de tesoureiros do Sistema Conselhos du-

rante a Assembléia de Políticas Administrativas

e Financeiras (APAF), realizada em dezembro, em

Brasília. “Quero t ornar este t rabalho público,

colocar em e vidência que o tr abalho do t esou-

reiro é político. Aliás, como nos ensinou a pro-

fessora Sílvia Lane, toda ação humana é política

porque o u conserva o u t ransforma”, a firmou

Pedro Paulo.

Conselheiros dos CRPs seencontram em Brasília

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Jornal do CRP-RJ Pág. 16

Entre as finalidades dos Conselhos Regionais dePsicologia, inscritas em Lei, está a de “orientar, dis-ciplinar e fiscalizar o exercício profissional e zelarpela observância dos princípios éticos e disciplina-res da classe” (Lei 5.766 de 20 de dezembro de 1971,Artigo 1º). Está, portanto, claramente estabelecidaa competência legal dos Conselhos, por suas COE,nesta tarefa.

O Código de Ética, o Código de ProcessamentoDisciplinar, bem como as R esoluções do SistemaConselhos são elaborados após extensas discussõescom a categoria, através de Fóruns e Reuniões Re-gionais e Nacional ou dos Congressos Regionais eNacional de Psicologia. A participação da catego-ria é fundamental para que tais documentos repre-sentem o pensamento dos psicólogos brasileiros.

Cabe à COE r eceber e conduzir as representa-ções e processos éticos com base no Código de Ética enas Resoluções do Conselho Federal de Psicologia.

Havendo denúncia de infr ação ao Códig o deÉtica é protocolada representação em um CRP, en-caminhada à COE e distribuída a uma Comissãode Instrução. Esta é a fase inicial de análise da de-núncia; não configura obrigatoriamente a existên-cia de infração nem aponta para uma punição.

A seguir, considerando uma possível infração aoCódigo de Ética, a Comissão de Instrução cita opsicólogo denunciado para apresentar defesa pré-via e passa a analisar o caso, podendo convocar a(s)parte(s) par a esclarecimento. Tanto a defesa préviaquanto a(s) entrevista(s) de esclarecimento possibilitamampla defesa e a elaboração de argumentos confir-matórios / contestatórios acerca da denúncia.

É elaborado parecer, lido em reunião plenária,indicando a exclusão da denúncia e arquivamentoda representação ou instauração de processo ético.

Se um par ecer indicando o p rocesso ético foraprovado, instaura-se o processo ético-disciplinare é designada outra Comissão de Instrução paraconduzí-lo. O Psicólogo denunciado é citado paraapresentar de fesa escr ita, toma-se o depoiment oda(s) parte(s) e da(s) testemunha(s) buscando pro-vas que esclareçam o fato e suas circunstâncias.

Nesta fase de trabalho, abre-se espaço paraque a(s) par te(s) p roduzam t odo o mat erialque considerem fundamental para basear suasalegações com provas do cumentais, t estemu-nhais e, se necessário, periciais. A abertura deprocesso é oportunidade para novas argumen-tações serem elab oradas, v isando instr umen-

Ética e PsicologiaO Código de Ética Profissional dos Psicólogos precisa ser interpretado; ele é uma“obra aberta”, sempre em construção

tar a Comissão de Instrução em sua análise.Concluída a instrução do processo ético-disci-

plinar, é designado pelo Plenário um ConselheiroRelator e mar cada a sessão d e julgamento. Neste,a(s) parte(s) dispõe(m) de tempo para sustentaçãooral. O Plenário pode deliberar pelo arquivamentodo processo no caso de não existência de infraçãoética ou aplicação de p enalidade ao psicólog o –variando de advertência até a cassação do exercícioprofissional.

De toda decisão, cabe recurso ao Conselho Fe-deral de P sicologia, que reexamina o pr ocesso eemite sua posição, como última instância.

Demanda-se do CRP-05 fundamentos práticosque embasem, orientem e protejam os psicólogosem qualquer área de atuação. Podemos perguntar:o que significa “proteger” os psicólogos? Não aceitar adenúncia ou representação que nos é enviada? Ou de-longar o seu trâmite, “engavetá-la”, levá-la à prescri-ção por t empo decorrido além dos prazos previstosno Código de Processamento Disciplinar? Assumi-mos o CRP-05 justamente para reorganizá-lo e sa-neá-lo, expurgando as práticas que eram comunsnas gestões anteriores; uma delas era essa. Encon-tramos, ao assumir a Comissão Gestora em marçode 2003, mais de 90 (noventa) processos na COE para-lisados, e ngavetados ( não é f orça de expressão),vários deles já prescritos.

Não temos um viés punitivo, muito pelo con-trário: pretendemos enfatizar e priorizar a atitudede orientação e acompanhamento do Conselho, pormeio da C omissão d e Or ientação e Fiscalização(COF) e da Comissão de Orientação e Ética (COE).Não nos é possív el, no e ntanto, não ac eitar umadenúncia ou representação com base na suposiçãode que ela é apenas um expediente oportunista; porexemplo, usado por uma das partes num processoque tramita na justiça, visando atacar os fundamen-tos da parte contrária, entre os quais estaria a posi-ção assumida pelo ps icólogo. Não e ntramos, nãopodemos entrar na discussão do mérito aí envolvi-do. O que analisamos e julgamos é o tr abalho dopsicólogo denunciado, - a elaboração do laudo querealizou, como no exemplo hipotético acima -, edo ponto de vista ético, segundo os princípios e nor-mas contidas no Código de Etica Profissional. Opsicólogo que, submetido a tal processo, o enfrentae sai dele incólume, deve se sentir fortalecido, poisterá confirmado o estofo ético no seu exercício pro-fissional.

Não podemos aceitar “in limine” o pressupostode que o psicólogo denunciado esteja sendo injus-tiçado, de que a acusação contra ele seja caluniosa,falsa, traiçoeira, leviana, etc. Trata-se justamente,ao longo dos di versos momentos e fases por q uepassa a denúncia, até se transformar num processo(se isso ocorrer, pois ela pode ser excluída liminar-mente e arquivada) e daí até o julgamento (se che-gar a este momento, pois pode ser que o já proces-so seja considerado não-fundamentado) de cons-truir um corpo de fatos e argumentações que seaproxime o mais possível do acontecido, garantidoo amplo direito de defesa ao denunciado; e é issoque ocorre.

Os Conselheiros do Conselho Regional de Psi-cologia não têm que ter formação jurídica para jul-gar os psicólogos jurídicos; se assim fosse, teríamosque ter formação clínica para julgar os psicólogosclínicos, formação em Psicologia Organizacional edo Trabalho para julgar os psicólog os desta ár ea,em Psicologia do Esporte para julgar os psicólogosque aí atuam, etc. Nosso julgamento não é técnico:é ét ico. Estas c onsiderações se fundamentam e muma visão crítica dos especialismos em psicologia,que tendem a isolar g rupos de psicólogos em ni-chos de suas especialidades, torres de marfim queos protegem de considerações críticas, etc. que ve-nham de fora da especialidade.

Quanto à atuação do CRP-05 junto aos psicó-logos das mais diferentes áreas, reconhecemos: es-tamos apenas no início de um trabalho que estabe-leça normas e padrões de atuação e relação entrenós. No entanto, afirmamos: não é o CRP-05 quevai estabelecer e baixar as normas, esclarecer, siste-matizar e determinar as atribuições dos psicólogosem qualquer área de atuação. Os profissionais quenelas atuam é que devem fazê-lo, em conjunto como CRP-05, que atuará mais como facilitador.

A exemplo do que já fazemos com vários outrospsicólogos que atuam em diversas áreas: do DESI-PE, do DEGASE e c om psicólogos que atuam e minstituições que atendem cr ianças e ad olescentesvítimas de maus tratos, pretendemos fazer encon-tros com outros segmentos.

JJJJJosé Nosé Nosé Nosé Nosé Nooooovvvvvaaaaaes – ces – ces – ces – ces – cooooonsensensensenselhelhelhelhelheiririririro-po-po-po-po-prrrrresidesidesidesidesideeeeentntntntnte de de de de doooooCRPCRPCRPCRPCRP-RJ-RJ-RJ-RJ-RJ

AAAAAna Lna Lna Lna Lna Lucia Fucia Fucia Fucia Fucia Furururururtatatatatadddddo – co – co – co – co – cooooonsensensensenselhelhelhelhelheiririririra ca ca ca ca coooooooooorrrrrdddddeeeeena-na-na-na-na-dddddooooorrrrra da Ca da Ca da Ca da Ca da Cooooomissão dmissão dmissão dmissão dmissão de Ore Ore Ore Ore Orieieieieientação e Étntação e Étntação e Étntação e Étntação e Ética dica dica dica dica dooooo

CRPCRPCRPCRPCRP-RJ-RJ-RJ-RJ-RJ.....

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Psicologia, Mediação e ConciliaçãoO e vento “Psicologia, Mediação e Concilia-

ção” foi realizado em 24 de novembro na Uni-versidade Estadual do Rio de J aneiro. O evento,que faz parte de uma iniciativa do Conselho Fe-deral de Psicologia em par ceria com a Associa-ção Brasileira de Ensino de Psicologia, a Associ-ação Brasileira de Psicologia Jurídica e o Minis-tério da Justiça, teve como objetivo pensar criti-camente sobre os espaços de atuação dos psicó-logos nos p rocessos de mediação e c onciliação,no Judiciário e fora dele.

Uma mesa composta pelo conselheiro-presi-dente do CRP-RJ, José Novaes, pela conselheirae memb ro da C omissão Regional de Dir eitosHumanos, Cecília Coimbra, e pelo representan-te regional da ABEP, Sávio Valviesse da Motta,abriu o e vento. Os três e xplicaram o objeti vo efuncionamento do encontro. C ecília s alientouque “não se pode pensar a mediação ou concili-ação como algo eminentemente técnico. Não in-teressa abrir mais campos de trabalho para o psi-cólogo se ele os vai ocupar de forma acrítica, re-produzindo m odelos e preconceitos. É p recisopensar o técnic o não c omo neutro, mas c omopolítico”.

Em seguida, deu-se início a uma mesa de de-bates com a participação de Vera Malagutti Ba-tista, pr ofessora da U niversidade F ederalFluminense (UFF) e membro do Instituto Cari-oca de Criminologia, e de Vânia Izzo, represen-

tante do Instituto Mediare. Vera foi a primeira afalar, t raçando um panorama geral da h istóriado sistema judiciário. Segundo ela, durante todaa história, o sistema penal se adaptou às necessi-dades do mercado. “As penas e os discursos jurí-dicos são pendulares, dependendo da necessida-de de mão-de-obra. Assim, por exemplo, na épo-ca das colônias, a extradição e as galés eram pe-nas comuns”. Vera também explicou que, apenasa partir dos anos 70 do último século, o sentidoeconômico do trabalho na prisão é perdido, as-sim, começa-se a pensar em penas alternativas eem processos não-judiciais como a mediação e aconciliação. No entanto, ela salient ou a impor -tância de se evitar que essas alternativas expan-dam a mentalidade judicial a outras esferas, quejudicionalizem a so ciedade, p ois é o que v emacontecendo na c ontemporaneidade com a e x-pansão do c hamado Estado P enal. “Há que sepensar em novas metodologias de resolução deconflitos, mais do que em penas alternativas. Amediação não deve ser mais um instrumentopara punir”, afirmou ela.

Vânia iniciou sua fala e xplicando o que é otrabalho da instituição M ediare, uma e mpresaprivada que faz treinamentos e acompanha me-diações. Em seguida, explicou as diferenças en-tre os di versos níveis p ossíveis d e nego ciaçãoentre partes, antes do recurso à uma decisão ju-dicial, e esclareceu as diferenças entre mediação

e conciliação. Segundo ela, o objetivo da media-ção é pensar em um processo “ganha-ganha”, ouseja, em que todas as partes saiam da negociaçãosatisfeitas. “Podemos comparar a decisão judici-al e a mediação a jogos. Enquanto a decisão ju-dicial é um jogo de tênis, ou seja, você joga demaneira a fazer o outro perder, a mediação é umjogo de frescobol, em que os d ois ganham en-quanto não deixarem a bola cair”.

Após as palestras, houve um debate entre ospresentes. À tarde, os participantes foram divi-didos em grupos de trabalho, que discutiram e apre-sentaram propostas sobre conciliação e mediação. Aproposta final foi encaminhada ao Encontro Nacio-nal “Psicologia, mediação e c onciliação”, que foirealizado nos dias 7 e 8 de dezembro, em Brasília,por dois delegados eleitos durante o evento regi-onal: os psicólog os José Eduardo Menescal Sa-raiva e Lindomar Expedito Silva Darós.

A Comissão de Orientação e Ética (COE)doCRP-RJ realizou, no dia 6 de dezembro, a últi-ma Quart’ética do ano. O evento discutiu otema “O psicólogo e a escr ita – possibilida-des e limit es d e int ervenção” a par tir daprodução da subjetividade que confronta a pro-dução escrita e influencia a vida dos indivíduos.Segundo a conselheira da COE Ana Lucia Furta-do, o tema foi escolhido por aparecer muitas ve-zes sob forma de denúncias o u d úvidas n aCOE. O evento foi dedicado a psicóloga e co-laboradora da C omissão de Saúd e do CRP -RJ,Margarete de Paiva Simões Ferreira, falecida nodia 2 de dezembro.

Quart’ética: Opsicólogo e a escrita

A I Mostra Regional de Práticas em Psicolo-gia pretende abrir um canal de diálogo, promo-vendo um g rande encontro entre os p rofissio-nais do Rio d e Janeiro. Além dos psicólogos, oevento também será aberto a estudantes de Psi-cologia, que poderão enviar trabalhos desen-volvidos nos diversos campos de atuação dapsicologia, incluindo ati vidades d e e xtensãoacadêmica que promovam reflexões sobre os de-safios e impasses identificados por parte de seusproponentes.

Devido à grande dificuldade de conseguir umlocal com espaço suficiente para abrigar um

I Mostra Regional de Práticasem Psicologia

evento de tão g rande porte, o Conselho Regio-nal de Psicologia do Rio de Janeiro decidiu mu-dar a data da I Mostra. O evento passará de mar-ço, como havia sido noticiado no último jornal,para j j j j junho dunho dunho dunho dunho de 2007e 2007e 2007e 2007e 2007.

Além disso, a M ostra será mais um inst ru-mento para o Centro de Referências Técnicas emPolíticas Públicas (CREPOP), que vem realizan-do um mapeamento das práticas dos p rofissio-nais no estado do Rio de Janeiro.

Para mais inf ormações ac esse o sit ewww.crprj.org.br ou pelo telefone 2139 -5438.

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Seminário Nacional: A atuação dos psicólogosjunto aos adolescentes privados de liberdade

O Conselho Regional de Psicologia do Rio deJaneiro promoveu, no dia 28 de novembro, a ter-ceira r eunião c om os psicólogos do Sist emaDEGASE para discutir sua participação no siste-ma sócio-educativo. O encontro, uma iniciativado CRP-RJ para dar c ontinuidade à campanhanacional promovida pela Comissão Nacional deDireitos Humanos (CNDH) do Conselho Fede-ral de P sicologia (CFP) dest e ano, fez par te dapreparação regional para o “Seminário Nacional:A atuação dos psicólogos junto aos adolescentesprivados de liber dade”, realizado nos dias 8 e 9de dezembro de 2006, em Brasília.

O e vento c ontou c om a par ticipação deCristiana de Faria Cordeiro, juíza no estad o doRio de Janeiro; da psicóloga Ligia Ayres, técnicado Serviço de Psicologia Aplicada da UFF e dou-tora em P sicologia So cial pela UERJ , e deAparecida Kazue Ezaki, psicóloga do Criam/San-ta Cruz/Degase. As palestras foram iniciadas ecoordenadas p ela psicólog a e c olaboradora daComissão Regional d e Dir eitos Humanos d oCRP-RJ, Suyanna Baker. Suyanna falou sob re ainspeção no I nstituto Padre Severino, realizadano dia 15 de março deste ano, sobre a campanha

nacional contra o e ncarceramento e as ou trasreuniões realizadas anteriormente.

Em seguida, os participantes assistiram a umvídeo documental de Cristiana de Faria, juízada Vara de Infância e Família de Nilópolis. Se-gundo ela, os r elatos dos adolescentes nas au-diências causavam incômodo, por isso resol-veu realizar o vídeo. “Eu queria mostrar ima-gens reais das condições desumanas, os abu-sos e maus tratos que acontecem no sistema só-cio-educativo para colegas e outros profissionais.Depois do vídeo que eu fiz, alguns juizes muda-ram de pensamento”, afirmou Cristiana.

A psicóloga Lig ia Ayres f oi a segundadebatedora a falar . Ela disser tou sobre o papelpolítico da P sicologia dentro do sistema sócio-educacional, sobre a importância do psicólogo eda produção de um olhar não infl uenciado pormedo e rótulos. Aparecida f oi a t erceiradebatedora da mesa-r edonda, apresentando otrabalho no C riam de Santa C ruz, o funciona-mento da instituição e o relacionamento com osmeninos internos.

O debate que se seguiu contou com a partici-pação de psicólogos de diversas instituições, derepresentantes do Sindicato dos Psicólogos e domovimento Moleque (Mães do DEGASE). Dis-cutiu-se sobre a capacidade de indignação comas situações dent ro do DEGASE, a nec essidadede trazer a discussão par a a so ciedade a fim depromover uma prática mais justa e humana, ga-rantindo o direito dos adolescentes e tornando-os sujeito da narrativa.

Ao final da r eunião foram eleitos os dele ga-dos que r epresentaram o CRP -RJ no enc ontrode Brasília. Foram escolhidas Vanda VasconcellosMoreira, psicólog a do C riam de Nilópolis e apsicóloga e pesquisadora Ligia Ayres.

Para se discutir “Contribuições Técnicas ePolíticas dos Psicólogos par a avançar o SUS –Sistema Único de Saúde”, foi realizado, nos dias20, 21 e 22 de outubro, em Brasília-DF, o I FórumNacional de Psicologia e Saúde Pública. O objetivo doevento era promover a discussão das políticas públi-cas de saúd e implantadas em t odo o país e pr o-duzir propostas de intervenção da Psicologia.

Estiveram presentes ao Fór um 50 dele gadosvindos dos 16 CRP s, além de três delegad os doConselho Federal. A representação do CRP-RJ foicomposta pelo d elegado designado pelo ple ná-rio, conselheiro Nélio Z uccaro, e pelas psicólo-gas eleitas no Fórum Regional, Ana Carla SouzaS. da Silva e Marise Leão Ramoa – suplente subs-tituta da psicóloga Margarete de Paiva Simões -,além da psicóloga Sônia B atista, na função de

I Fórum Nacional de Psicologia e Saúde Públicaobservadora. O CRP-RJ também par ticipou daComissão Org anizadora Nacional do e vento,através da psicóloga Patrícia Jacques Fernandes,colaboradora da Comissão de Saúde.

Foram le vadas ao Fór um 577 p ropostasoriundas dos Fór uns Regionais, que, após umtrabalho de sistematização por par te da comis-são organizadora, resultaram em 208 propostasencaminhadas aos C onselhos Regionais par aapreciação dos delegados.

Conforme organização prévia e levando emconta o s e ixos d o F órum ( Desafios, Avanços,Formação e Prática), os delegados foram distri-buídos em três Grupos de Trabalho. O eixo Prá-tica, por conter um maior número de propostas,teve o seu conteúdo dividido entre os GTs. CadaGT teve como tarefas apreciar, votar, sistemati-

zar e ap resentar destaques de cerca de 70 t esesantes destas serem submetidas à ple nária final,no dia 22 de outubr o. Nela, todos os dele gadosreunidos tiveram nova oportunidade de apreci-ar as pr opostas debatidas nos GT s par a entãodecidir se as apr ovariam na íntegra ou se apr e-sentariam destaques de alteração do texto ou re-jeição integral da tese.

Foram analisadas na plenária final 108 propostas,sendo 16 rejeitadas, 48 aprovadas sem emendas, 27aprovadas com alterações e 17 não apreciadas.

A CA CA CA CA Cooooomissão dmissão dmissão dmissão dmissão de Se Se Se Se Saúdaúdaúdaúdaúde de de de de do CRPo CRPo CRPo CRPo CRP-RJ-RJ-RJ-RJ-RJdispdispdispdispdispooooonibnibnibnibnibilizará,ilizará,ilizará,ilizará,ilizará, e e e e em bm bm bm bm brrrrreeeeevvvvve,e,e,e,e, um ca um ca um ca um ca um cadddddeeeeerrrrrno dno dno dno dno deeeeettttteeeeextxtxtxtxtos cos cos cos cos cooooom as falas dm as falas dm as falas dm as falas dm as falas dos paros paros paros paros parttttticipanticipanticipanticipanticipantes dases dases dases dases das

MMMMMesas Resas Resas Resas Resas Reeeeedddddooooondas dndas dndas dndas dndas dos eos eos eos eos evvvvveeeeentntntntntos pos pos pos pos prrrrreeeeeparparparparparatóratóratóratóratóriosiosiosiosiosparparparparpara o Fóra o Fóra o Fóra o Fóra o Fórum Rum Rum Rum Rum Reeeeegggggioioioioional.nal.nal.nal.nal. C C C C Cooooonfirnfirnfirnfirnfira o sita o sita o sita o sita o siteeeee

wwwwwwwwwwwwwww.cr.cr.cr.cr.crppppprjrjrjrjrj.o.o.o.o.orgrgrgrgrg.b.b.b.b.br parr parr parr parr para mais infa mais infa mais infa mais infa mais infooooorrrrrmações.mações.mações.mações.mações.

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Se fôssemos, como é de praxe no final do ano,

fazer a p restação d e contas das ati vidades d o

CRP-RJ do ano que finda à cat egoria e à socie-

dade de modo formal e protocolar comumente

utilizado, seria assim que c omeçaríamos a ma-

téria. Afinal, somos um órgão públic o e nossas

comunicações e c ontatos com outros órgãos e

instituições públicas e particulares, com a cate-

goria e com a sociedade devem se pautar por es-

tes padrões. Segue, portanto, a lista c omentada

brevemente de nossas realizações e atividades em

2006, começando por...

Bem, se fôssemos, mas não vamos. Tentemos,

de novo, sair desta camisa-de-força, como já o

tentamos ano passado (ver nosso jornal de de-

zembro de 2005). Continuemos exercitando a

transparência: estamos intencionalmente usan-

do este tom porque ele permite que nos aproxi-

memos de modo mais amistoso e atraente, em-

bora respeitoso, à categoria e à so ciedade, após

anos de inércia, descaso e irregularidades na ges-

tão do CRP-05. Este período, que se prolongou

demais, produziu desinteresse, desconfiança e

descrédito dos profissionais psicólogos(as) e dos

usuários de seus serviços com relação ao Conse-

lho. E, já que nos r eferimos a esta situação , co-

meçamos pela atividade de recadastramento.

No jo rnal d e março de 2005, já tínhamos

apontado para esse problema, acumulado devi-

do à incúria administrativa em sucessivos anos

no CRP-05: o cadastro dos psicólogos estava pro-

fundamente desorganizado, faltando documen-

tos e informações, dificultando o contato com a

categoria. Tivemos que contratar uma empresa

através de processo licitatório, que durante oito

meses, de 09 de janeiro a 09 de setembro de 2006,

realizou este trabalho, sanando grandes dificul-

dades e impedimentos que tínhamos no conta-

to com a categoria, visando informá-la e orientá-

la. Mais de 31 mil pr ontuários foram trabalha-

dos/manuseados, mais d e 27 mil car tas for am

enviadas pedindo a r egularização da situação e

o envio de documentos faltantes, etc. A resposta

Em 2006, o CRP-RJ...dos profissionais psicólogos foi uma demonstra-

ção de que o esgarçamento em nossas relações já

está sendo superado. Recebemos de volta v inte

sete mil e noventa cartas com documentos, que fo-

ram arquivados nos pr ontuários. O r elatório do

recadastramento está à disposição do público.

Ainda no número de março de 2005, faláva-

mos do necessário trabalho de nossa C omissão

de Recursos Humanos para organizar o processo

de desenvolvimento profissional dos funcionári-

os do CRP-05, processo este no qual se destacava

a construção de normas e processos de avaliação

de desempenho. Este objetivo foi ampliado e foi

elaborado, através de uma consultoria, um novo

plano de cargos, carreiras e salár ios, que come-

çará a ser implem entado no início de 2007, já

aprovado pelo plenário do CRP-RJ em sua reu-

nião ordinária de novembro.

Esta p restação de c ontas não p retende se r

exaustiva; a se guir, destacamos as at ividades de

alguns setores. Os que não foram mencionados,

perdoem-nos. Não é omissão, é falta de espaço.

A Comissão Regional de Direitos Humanos

continuou a ter um papel central na definição de

nossa política: o eixo de nossas atividades conti-

nua sendo a defesa d os Direitos Humanos, pro-

curando ampliar seu alcance. A CRDH não ape-

nas define nossa política; ela também a executa.

Realizou o II Seminário de Psicologia e Direitos

Humanos, em novembro, na Uni-Rio, com mais

de 400 participantes; os “Trocando em Miúdos”,

encontros em que se discu tiram questões como

o direito à di versidade sexual, o Fór um So cial

Mundial e a situação das cr ianças de rua. Esteve

em reuniões em Nova Iguaçu, na subsede da Bai-

xada Fluminense, e em C ampos, por d emanda

dos psicólogos do Norte-Fluminense para a cri-

ação de uma subsede do CRP na região; e, final-

mente, deu um fecho de ouro em suas atividades

do ano organizando e realizando, por solicitação

do Conselho Federal de Psicologia, que por sua

vez atendia a demanda do Ministério de Justiça e

do Conanda, fóruns com os psicólogos, princi-

palmente os que t rabalham no judiciár io, para

discutir a questão da Mediação e Conciliação, e

com os psicólogos do DEGASE, que atuam com

crianças e adolescentes em estabelecimentos de-

nominados sócio-educativos.

A Comissão de Orientação e Fiscalização

(COF), além de suas tar efas rotineiras, realizou

um encontro sobre mobilidade humana, reunindo

principalmente psicólogos do trânsito. Nele, estiveram

presentes cerca de sessenta participantes, discu-

tindo questões ligadas às atividades da área.

A Comissão de Orientação e Ética (COE), sem

prejuízo de suas at ividades precípuas de análise

e tramitação das denúncias e representações que

a ela chegam, realizou vários encontros para dis-

cutir questões ligadas à Ética Profissional. Estes

encontros ocorreram em forma de oficinas, com

o título de “Ética para além das normas”, permi-

tindo um debate livre e vivo baseado nas experi-

ências dos pr esentes – pr ofissionais, estudantes

ou qualquer pessoa interessada no tema.

A Comissão de Saúde, afora inúmeros outros

eventos, organizou e realizou o Fórum Regional

de Psicologia e Saúde Pública, em que se discu-

tiu a inserção da Psicologia no Sistema Único de

Saúde (SUS).

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Page 20: A diversidade das práticas psicoterápicas · A diversidade das práticas psicoterápicas Novas questões sobre a Psicologia e a informática são dis-cutidas no III Psicoinfo –

MUDOU-SE DESCONHECIDO RECUSADO ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE O Nº INDICADO INFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SÍNDICO FALECIDO AUSENTE NÃO PROCURADO

REINTEGRADO AO SERVIÇOPOSTAL EM ___/___/___

EM___/___/___ __________________ CARTEIRO

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DEVOLUÇÃOGARANTIDA

ImpressoEspecial

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CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA - 5 ª REGIÃORUA DELGADO DE CARVALHO,53 TIJUCARIO DE JANEIRO - RJ - CEP: 20260-280

Mais de 400 pessoas, entre psicólogos, estu-dantes e outr os profissionais, se r euniram, nosdias 10 e 11 de novembro, para debater a ques-tão da medicalização da vida no II Seminário Re-gional de Psicologia e Direitos Humanos. O even-to, realizado no auditór io Paulo Freire da Uni-versidade Federal do Estado do Rio de J aneiro(Uni-Rio), foi organizado pela Comissão Regio-nal de Direitos Humanos (CRDH) e pela coor-denadoria técnica (Cotec) do CRP-RJ

O evento foi aberto pela psicóloga e membroda CRDH, Suyanna Barker. Em seguida, foi rea-lizada uma mesa de abertura com a presença deJosé Novaes, conselheiro-presidente do CRP-RJ;Cecília Coimbra, membro da CRDH; Vera Do-debei, coordenadora do P rograma de Pós-g ra-duação em Memória Social da Uni-Rio; Guara-cira Gouvêa de Sousa, do Programa de Pós-gra-

II Seminário Regional de Psicologia e DireitosHumanos discute a medicalização da vida

duação em Educação da Uni-Rio e, representando adecania da Universidade, o professor do Departamen-to de Museologia da Uni-Rio, Marcos Miranda.

Após a mesa, foi r ealizada uma c onferência,que contou com a presença da psicóloga e p ro-fessora da PUC-SP, Suely Rolnik, e foi coordena-da pela psicóloga, membro da CRDH, Ana CarlaSouza Silveira da Silva. Partindo do tema “Medi-calização: Estratégias contemporâneas de contro-le da vida”, Suely falou sobre como o capitalismoatual vem controlando as forças da subjetivida-de, impedindo a criatividade e, consequentemen-te, a potência de vida.

O segundo dia de atividades começou com amesa-redonda “Biopoder e Saúde ”, coordenadapela psicóloga Neide Ruffeil, membro da CRDH.A mesa foi composta pelo filósofo, psicanalista eprofessor da Faculdade de Medicina da UFRJ,André Martins; pelo filósofo e fundad or da Es-cola Nômade de Filosofia de São Paulo, Luiz Fu-ganti; e pelo militante do Movimento da Luta Anti-manicomial e mestr ando em M emória Soci-al da Uni-Rio, Edvaldo Nabuco (foto à esquerda).

A programação do II SRPDH continuou à tar-de com a e xibição do vídeo “Medicalização daVida Escolar”, de Helena do Rego Monteiro, e arealização da t erceira mesa d o e vento. C om otema, “Medicalização da Vida e Direitos Huma-nos”, esta mesa teve a presença de Maria Apare-

cida Moysés, pediatra e professora da Unicamp;Michel Lotrowska, representante da iniciativa deMedicamentos para Doenças Negligenciadas noBrasil e membr o da organização Médic os SemFronteiras e de Paulo Amarante, psiquiatra e pro-fessor da Esc ola Nacional de Saúde Pública daFioCruz. A mesa foi c oordenada pela psicólogaClaudia Tallemberg, membro da C omissão Re-gional de Direitos Humanos.

Todas as mesas realizaram debates após asexposições dos palestrantes. O evento se encer-rou com a apresentação da orquestra de cordasda Grota, formada por jovens da Grota do Suru-cucu, em Niterói (foto acima).

Dia 10 de dezembro foi o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Por acreditar que as práticas psicológicas e os Direitos Humanosnão podem ser desvinculados, o CRP-RJ convoca a todos os estudantes e profissionais a comemorar não só esta data, mas a celebrar os

Direitos Humanos sempre.

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