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  • 8/17/2019 A derrota por tras da vitória.pdf

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    Política e cultura segundo o ponto de vista da esquerda democrática

    Democracia Política e novo Reformismo

    domingo, 12 de outubro de 200 8

    Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 0 8: 27 Ne nh um co m en tá ri o:

    FRASE SELECIONADA “O político em ação é um criador, um suscitador; mas não cria do nada, nem se

    move no vazio túrbido dos seus desejos e sonhos. Baseia-se na realidade

    fatual. Mas, o que é esta realidade fatual? É talvez algo de estático, ou não é

    antes uma relação de forças em continuo movimento e mudança de

    equilíbrio?”

    (Gramsci – em Prev isão e perspectiva - )

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     A derrota por trás da vitória

    José de Souza Martins*

    DEU EM O ESTADO DE S. PAULO /ALIÁS

    Expansão municipal do PT mostra que quem ganhou não foi o partido da

    luta, mas o do clientelismo

    Num país em que os grandes partidos têm sua i dentidade anulada por um número excessivo

    de pequenos partidos sem perfil ideológico e sem projeto político, os resultados de eleições

    como a eleição municipal recente são, no geral, enganadores mesmo quando não sãosurpreendentes. Desde que o clientelismo cedeu lugar ao populismo na política brasileira,

    nosso processo político é dominado por grandes eleitores invisíveis, como é o caso da nossa

    cultura comunitária, e partidos ocultos, como é o caso das alianças de ocasião.

    O Brasil é um país em que o partidário e o propriamente político nem sempre caminham

     juntos. Esse desencontro manife stou-se nestas elei ções. Nessa perspectiva, é possível ver n a

    expansão municipal do PT não a vitória do partido, mas sua derrota. Nas pequenas

    localidades de regiões pobres fracassou o PT da l uta em favor do PT do poder e do

    neoclientelismo do Bolsa-Família.

    Não é estranho que o petismo venha sendo engoli do pelo luli smo, como não serão estranhos

    os efeitos a médio prazo dessa metamorfose que faz de um partido de esquerda um partido

    populista. A prática do PT no poder não o confirmou como partido de esquerda e suas

    estratégias políticas o mergulham numa cultura de desgaste e perda de identidade. O PT já

    não é um partido alternativo, como se propunha o PT dos primeiros tempos, simplesmente

    porque não pode ser alternativo a si mesmo.

     Além disso, o carisma de Lula, que não é necessariamen te medido pelos 80% de suapopularidade, começa a encontrar seu limi te. O pessoal e di reto envolvimento do presidente

    Luiz Inácio nas campanhas eleitorais dos candidatos petistas, em São Paulo e no ABC de seu

    domicílio e de sua origem política, não refletiu esse carisma. Não só porque carisma é

    intransferível, mas também porque no caso de Lula, excetuadas as regiões remotas do País, é

    ele considerado pessoa para se admirar, mas não necessariamente político para se obedecer e

    seguir. Lula pode, até mesmo, estar tirando votos dos candidatos de seu partido. Isso,

    provavelmente, aconteceu tanto em São Paulo quanto no ABC.

    Nesse cenário, a derrota do PT é acachapante. Em São Bernardo, lançou como candidato a

    prefeito um ex-ministro apoiado pel o maior cabo el eitoral do país, o presidente da República.

     Ali , Lul a e o PT, sem o p retenderem, t ransformaram a el eição municipal num plebi scito para

     jul gar o governo da Repúbli ca. Ao não vencerem a el eição n o primeiro turno, perderam mui to

    mais que uma eleição municipal. O mesmo vale para São Paulo, em que o PT entrou com o

    suposto capital social de uma candidata que é ex-prefeita e ex-ministra e também teve como

    cabo eleitoral o próprio Lui z Inácio. A derrota foi imensa, sobretudo porque aqui o maior 

    eleitor de São Paulo, que é o governador José Serra, não se envolveu diretamente na

    Uma contribuição para o di álogo en tre correntes

    de opinião política identificadas com as

    conquistas do Estado Democrático de Direito e

    com obje tivos de reforma social, contra velhas e

    novas desigualdades.

     Apresentação

    Luiz Carlos Azedo: A porteira e ozelador 

    • Antes mesmo das redes sociais,com a dem ocratização, o motorista,a ex-mulher, a secretária e o caseiroforam protagonistas de grandes ...

    Dora Kramer: A estrela desce

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    Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 0 8: 21 Ne nh um co m en tá ri o:

    campanha nem do candidato de seu partido nem do candidato da ali ança política em que se

    apóia.

    O que se agrava com a insistência na retórica de que a candidata do PT é de esquerda e

    representa os pobres e o candidato do DEM é de direita e representa os ricos. O que não tem

    apoio no patrimônio declarado da candidata petista, de mais de R$ 10 milhões, o dobro do

    patrimônio do candidato do DEM. O PT, em São Paulo, tornou-se prisioneiro e vítima de um

    periferismo antipolítico. Isso vem desde a administração de Luiza Erundina. Duas prefeitas que

    foram prefeitas da periferia e em nenhum momento tiveram clareza sobre a complexidade

    política do que vem a ser o urbano, a cidade e a metrópole. O PT revelou que não tem um

    projeto de revolução urbana, que transforme profundamente as condições de vida da

    população da metrópole. No lado oposto, desde que José Serra assumiu a Prefeitura e desde

    que Kassab o substituiu, fica evidente que o PSDB tem um projeto nesse sentido, ainda que

    tímido, numa concepção moderna e culta de metrópole.

    Enquanto os votos de Kassab predominam no núcleo interior do município, os votos de Marta

    se di stribuem num círculo ao redor desse núcleo. Há uma dinâmica nessa espacialidade

    eleitoral que se revela no fato de que Kassab ganhou eleitores onde Marta teve maior votação

    há quatro anos. E Marta não cresce onde Kassab se firma. O que tem sentido na perspectiva

    social-democrática, à qual o DEM aderiu na conjuntura de um pacto político que regeu sua

    vitória no primei ro turno.

    O grande problema do PSDB, porém, é que o partido não se proponha aberta e

    pedagogicamente como partido da social-democracia. Num momento em que o PT já não

    tem condições de dizer publicamente que é um partido socialista, essa timidez do PSDB

    diminui o impacto que poderia ter na política brasileira. Na mesma linha de raciocínio, eu

    diria que o PSDB subestima e m esmo desconhece um dos grandes eleitores da política

    brasileira, que é a cultura comunitária de extensa parcela da população votante. O PT se

    apoderou desse comunitarismo sem entendê-lo e o interpretou como lealdade cega e

    obediente, coisa que ele não é, m enos ainda em face de candidatos ricos que se passam por 

    pobres. O PSDB aliado com o DEM, no caso de São Paulo, também sem entender exatamente

    o que é esse comunitarismo, empenhou-se no entanto, justamente, em governar em nome devalores comunitários, em gestos concretos de amor à cidade, em medidas civili zadas como a

    entrega domiciliar, regularmente, de medicamentos para os que dele necessitam, na

    continuidade de obras como os CEUs em nome do bem comum, porque governar é continuar o

    que é bom e inovar em relação ao que não o é.

    No conjunto, os resultados das eleições passaram longe da concepção de que no Brasil de

    hoje são elas reguladas pela retórica da l uta de classes e dos antagonismos sociais. Ao

    contrário, tanto onde o PT foi vi torioso quanto onde foi derrotado, o el eitorado mostrou-se

    conservador no voto e, em casos como o de São Paulo, mostrou-se conciliatoriamente

    moderno nas aspirações. Os eleitores recusaram a concepção depreciativa e anticomunitária

    de que política é o bate-boca de porta de botequim.

    *José de Souza Martins é professor titular de sociologia da Faculdade de Filosofia da USP

    e autor, entre outros títulos, de A Aparição do Demônio na Fábrica (Editora 34 )

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    Maldição de Kondratieff 

    Nas Entrelinhas :: Luiz Carlos Azedo

    DEU NO CORREIO BRAZILIENSE

    Quando a política não é suficiente para resolver o

    problema e o sistema entra em colapso, a solução é a

    lei dos mais fortes, ou seja, a “mão invisível” do

    mercado

    Não acredito numa derrocada capitalista. Tenho meus motivos. Só houve duas crises gerais do

    capitalismo: a Grande Depressão de 1873-1893 e a Grande Depressão de 1929-1941. Na

    primeira, coube à Inglaterra liderar a recuperação da economia mundial; na segunda, foi a vez

    dos Estados Unidos. Em ambas, a saída resultou da intervenção do Estado. O mundo

    capitalista foi criado na dependência de um mercado internacional e sempre dependeu docomércio. Os estados nacionais surgiram dentro dessa lógica e as tensões entre eles, nos

    momentos de crise econômica, resultaram em duas guerras mundiais e centenas de conflitos

    armados. O pior numa crise como a atual seria a história se repetir dessa forma. De 1834 até

    hoje, os Estados Unidos passaram por 35 ciclos econômicos e crises, das quais sempre saíram

    mais fortes. Não acredito que ocorra di ferente agora. A União Européia ou a China não

    reúnem condições para assumir a liderança.

    Crise geral

     A força propulsora da ati vidade capital ista é o l ucro. Para serem competi tivas, as empresas são

    obrigadas a aumentar a produtividade e conseguir menores custos unitários. O crescimento do

    capital fixo em relação ao produto (capitalização) é a condição para isso. A contrapartida é a

    taxa de lucro decrescente. Isso possibilita lucros maiores para uma empresa ou segmento

    tecnológico inovador, mas a taxa média de lucro do sistema declina progressivamente. A

    longo prazo, isso diminui a demanda por investimentos e aumenta a capacidade ociosa. Os

    governos entram em campo para evitar a recessão, mas chega uma hora que não conseguem

    imagem do ex-president...

    Gilva n Cava lcanti de Melo

    Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,

    Brazil

    (5/12/1935, Limoe iro (PE). Na

    década de 1950 foi dirigente estudantil e,

    posteriormente, dirigente dos servidores federais,

    até março de 1964 . Colaborava com os jornais

    pecebistas "Folha do Povo" (PE), “A Hora” (PE) e

    “Novos Rumos” (Rio). Estudou no Instituto

    Superior de Ciências Sociais (Moscou). Com

    golpe militar(1964) esteve preso, em Recife, até ju lho de 196 5. F oi dem iti do do serviço púb li co

    (Ato Institucional nº1). Transferiu-se para o Rio

    de Janeiro, na cland estinidade, até nova prisão

    em 1970/1972. Respondeu a vários processos na

    Justiça Militar (UNE/UBES, IAPB, PCB, etc.) e foi

    condenado a revelia. Esteve exilado no Chile e

    em Cuba. Foi anistiado com a promulgação da

    Lei de Anistia de 1979, entre os primeiros 326 da

    lista, divulgada na imprensa (JB, 31/8/1979). Fez

    parte da fundação do PPS, (janeiro de 1992).

    Desde então, faz parte da sua direção nacion al.

    Nos anos de 1980 participou da Cooperativa

    Brasileira de Cine ma e d o Conselho Editorial da

    revista Presença. Hoje, é m embro do Conselho

    Editorial da revista Política Democrática, da

    Fundação Astrojildo Pereira.

    Visualizar meu perfil comp leto

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    ▼ out 12 (9)

    FRASE SELECIONADA

     A d errota po r trás da vitó ria

    Maldição de Kondratieff 

    "Circuit breaker" p lanetário

    Remoção de obstáculos

    Quem apóia quem

    Fisiologismo

    Circuit breaker x Laissez faire

    O QUE PENSA A MÍDIA

     Arquivo do blog

    ocracia Política e novo Reformismo: 12/10/2008 http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2008_10_12_arc

    9 04/02/20

  • 8/17/2019 A derrota por tras da vitória.pdf

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    Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 0 8: 14 Ne nh um co m en tá ri o:

    mais. A estagnação vem para destruir os capitais mais fracos, provocar desemprego e arrochar 

    salários. Decorre da própria forma de acumulação de capital, não pode ser evitada pela

    intervenção do Estado, por mais progressista que seja. Quando a política não é suficiente para

    resolver o problema e o sistema entra em colapso, a solução é a lei dos mais fortes, ou seja, a

    “mão invisível” do mercado. Se isso ocorrer na crise atual, teremos uma nova crise geral. Acho

    difícil. Mas vamos supor que isso ocorra: o mundo não vai acabar.

     A melhor hipót ese é ou tra: um longo cicl o econ ômico está se fechando. Dois economi stas se

    dedicaram ao estudo desse assunto. O pioneiro foi o russo Nikolai Kondratieff, que durante 20

    anos analisou indicadores econômicos da França, Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha:

    preços, juros, salários, comércio, consumo de energia e crescimento demográfico. A cada 50

    anos, concluiu, ocorre um ciclo econômico longo, cuja expansão é caracterizada por grandes

    investimentos em bens de capital, enquanto a retração decorre da depreciação dos ativos. A

    primeira onda teria durado de 1790 a 1844, a segunda de 1851 a 1890 e a terceira de 1896 a1929. Inovações tecnológicas desempenharam papel crucial nesses ciclos.

    Novo ciclo

    Kondratieff pagou com a vida por suas idéias, que contrariavam as teses de Stálin sobre a

    produtividade do trabalho, o planejam ento estatal centralizado e a crise geral do capitalismo.

    No Brasil, o único economista a utilizar a teoria dos ciclos longos de investimento de

    Kondratieff foi Inácio Rangel, que publicou o ensaio “Dualidade Básica da Economia

    Brasileira”em 1957. Na década de 80, em plena crise do petróleo, previu o esgotamento do

    modelo de “substituição de importações” e a necessidade de privatizações para resolver a crise

    de financiamento do setor público e retomar o crescimento. Estava certo.

    O austríaco J. Schumpeter, professor de Havard, deu continuidade aos estudos de Kondratieff .

    Reiterou o papel das inovações tecnológicas na expansão capitali sta e identificou um quarto

    ciclo longo. Começou com a petroquímica, o motor elétrico, a radiofonia, a televisão, a

    energia nuclear e a aviação comercial. Chegou aos satélites, à microeletrônica, à robótica, à

    fibra ótica e outras inovações que hoje fazem parte do nosso cotidiano, como internet. Sem

    elas, as bolsas do mundo não enlouqueceriam, não haveria tanta especulação com títulos nomercado futuro. A jogatina financeira em tempo real que está quebrando bancos e

    seguradores pelo mundo afora. E o Brasil não sofreria a inesperada desvalorização cambial

    não-declarada d a semana passada.

    Tanto Kondratieff como Schumpeter foram ridi cularizados por seus “esquematismos”, mas a

    teoria dos ciclos longos está se confirmando. Parece uma praga do economista russo.

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    Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 0 8: 04 Ne nh um co m en tá ri o:

    "Circuit breaker" planetário

    Eliane Cantanhêde

    DEU NA FOLHA DE S. PAULO

    BRASÍLIA - O mundo está em pânico e sem saber o que fazer. Cada um fala uma coisa, e a

    idéia que parece mai s sensata partiu justamente do mai s insensato número 2 (só perde para

    Bush): o primei ro-ministro da Itáli a, Sil vio Berlusconi, sugeriu que as Bolsas de todo o mundo

    fechem não necessariamente para balanço, mas até que surja uma proposta consistente para

    enfrentar a maior crise mundial desde o "crash" de 1929.

    Um "circuit breaker" pl anetário, estendendo para todas as Bolsas, simultaneamente, o

    instrumento acionado para interromper os pregões sempre que as quedas atingem um ponto

    insuportável.

     A crise está exatamente assim: insuportável.Não é preciso ser um gênio da e conomia, nem de

    coisa nenhuma, para saber a esta altura que a crise não é apenas gravíssima, como

    imprevisível, fora de controle. Nem para saber que a pior reação é tentar minimizar as suas

    dimensões.

    No Brasil, o tom dos analistas ainda é de otimismo, inclusive o do economista Gustavo Franco,

    presidente do BC no primeiro mandato de FHC. Mas, num canto da página, el es dizem que acrise é financeira e das grandes potências, não chegará ao mundo real e aos emergentes.

    No outro canto, vêm as notícias sobre sólidas companhias como a Votorantim, a Sadia e a

     Aracruz, que tiveram perdas bil ionárias provenien tes de operações com câmbio. Se isso não

    chega ao mundo real, o que pode chegar?Um segundo contraste: nos EUA, Bush e os demais

    líderes descabelavam-se com a crise financeira; no Brasil, Lula caprichava no penteado para

    tirar fotos com aliados -ou "neo-aliados", como Eduardo Paes, no Rio-, enquanto se preparava

    para sumir no mundo.

    Lula bateu em 80% de popularidade surfando nos cinco anos mais ensolarados e de maior 

    crescimento do mundo, mas pega em dose única toda a intensidade das cinco crises

    internacionais da era FHC.

    FHC não fez o sucessor. Ele fará?

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    Remoção de obstáculos

    Dora Kramer 

    DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

    Terminado o período de engalfinho nas elei ções municipais, PT e PSDB vão se

    unir para investir no projeto de acabar com o instituto da reeleição, em vigor há pouco mais de

    10 anos por obra dos tucanos que, ao chegarem à Presidência da República em 1994,

    acharam pouco um só mandato, usaram a maioria parlamentar para mudar a Constituição econseguiram governar por oito anos.

    Os argumentos da época - mandato muito curto, adaptação às regras de democracias mais

    avançadas e oportunidade do cidadão dobrar o tempo de governos bem avaliados - hoje foram

    substituídos por um genérico "não deu certo".

    Isso, no caso dos tucanos adeptos da tese. O PT apresenta-se muito mais a cavaleiro nessa

    parceria marcada para entrar em atividade aos primeiros acordes do ano legislativo de 2009,

    porque na ocasião votou contra e agora basta invocar o desejo de restabelecer relações com a

    coerência.

    Patrono assumido de qualquer uma das emendas que tramitam no Congresso propondo a

    revogação do direito à di sputa por um segundo mandato consecutivo para presidentes,

    governadores e prefeitos, o governador de São Paulo, José Serra, tem o apoio explícito do

    presidente da Câmara, o peti sta Arlindo Chinaglia e, segundo consta, o aval implícito do

    presidente Luiz Inácio da Si lva.

    Lula não aborda o assunto publicamente, mas, de acordo com o governador de São Paulo, osdois já conversaram três ou quatro vezes sobre o assunto e chegaram a um entendimento

    comum de que a reeleição alimenta o uso da máquina administrativa, faz do governante um

    permanente candidato e desequilibra fortemente as disputas em favor do postulante à

    reeleição.

    De fato, os números confirmam o crescimento do índice de reeleitos. Levantamento feito pela

    Confederação Nacional dos Municípios mostra que, em 2000 e 2004, 58% dos prefeitos foram

    reconduzidos aos cargos e agora o porcentual subiu para 66%.

    Em tese, essa constatação serviria para consolidar o instituto da reeleição, entre outros motivos

    porque prefeitos e governadores não emprestariam seus apoios à mudança da Constituição

    para a volta do mandato único, mas de cinco anos.

    Como há pesquisas indicando que a maioria (80%) da população apóia a chance de reeleger 

    um governante e as lideranças políticas "de ponta" oficialmente haviam recuado da posição

    de acabar com a reeleição quando começou a circular a versão de que o presidente Lula

    tentaria um terceiro mandato, a história parecia enterrada.

    O único que continuou defendendo a proposta foi José Serra, alegando a condição de

    contrário histórico, inclusive quando da aprovação para favorecer Fernando Henrique Cardoso.

    Mas, nem bem terminou o primeiro turno da eleição municipal uma semana atrás, ficou

    patente que não falava sozinho. Do lado do PSDB o senador Álvaro Dias já se animou a

    levantar a bandeira e o presidente da Câmara declarou-se também favorável, acrescentando

    que a maioria das emendas em tramitação na Casa trata do fim da reeleição.

     A idéi a é escolher uma e da r prosseguimento ao debate.

    Sobre as chances de prosperar é difícil fazer um prognóstico, porque não há consenso nos

    partidos e, além disso, existe no meio a realidade: como derrubar algo que favorece quem está

    no poder e, ainda por cima, conta com apoio popular?

    Só existe uma maneira: os que almejam ou detêm o poder maior se engajarem na causa.

    E o que os levaria a enfrentar uma batalha tão dura para desfazer o feito há tão pouco tempo,

    se poderiam investir na melhoria no lugar de apostar no fim do instrumento? Por que nãoobrigar o governante a sair do cargo na campanha ou reduzir a tolerância com o uso da

    máquina numa boa ali ança com a Justiça Eleitoral?

    Porque fala mais alto o i nteresse imediato daqueles que precisam produzir uma alternância de

    resultados. Em português mais claro: fazer andar mais depressa a fila de espera de

    pretendentes ao Palácio do Pl analto.

    Só nos lugares mais visíveis há três, não por coincidência todos do PSDB e do PT: José Serra,

     Aécio Neves e Luiz Ináci o da Si lva. Mantida a regra atual, o rodízio l evaria 24 ano s.

     Alterada a norma para o mandato único de ci nco anos, a rodada completa se faz em 15. Isso

    sem contar os imprevistos surgidos no percurso.

    Trata-se, portanto, de criar um atalho, remover obstáculos para mais gente conseguir com mais

    rapidez acesso à rampa do Planalto, enquanto dispõem de patrimônio político para tal.

    coisas que aí está (NOVO)

    Luiz Sérgio Henriques - A confusão sob os céus(NOVO)

    Luiz Werneck Vianna - O reino dos interesses e apolítica (NOVO)

    Luiz Werneck Vianna - 'Este ano não vai ser igualàquele que passou' (NOVO)

    Luiz Sérgio Henriques - Duas ou três coisas sobre2013 (NOVO)

    Luiz Werneck Vianna - M odernização periférica eseus problemas (NOVO)

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    Luiz Werneck Vianna - O poder, esse sedutor (NOVO)

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    Marco Aurélio Nogueira - A hegemoniaimperfeita (NOVO)

     Alf redo Rei chl in : O m und o e stá m uda ndo

     Ana Amé li a M . C. M elo - Graci li ano Ram os: anegação do mundo e a experiência damodernidade

     Ana Amé li a d e M .C. d e M el o:" A g arota que opartido matou"

    Brasilio Sallum Jr.- Marxismo, sistema e açãotransformadora (NOVO)

    Crer e perseverar - Fernando Henrique Cardoso

    FHC::O papel da oposição

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    Fernando Henrique Cardoso - As classes médiasna berlinda

    Fernando Henrique Cardoso - Cartas na mesa(NOVO)

    Fernando Henrique Cardoso - Herança pesada(NOVO)

    Fernando Henrique Cardoso - Hora de bal anço(NOVO)

    Fernando Henrique Cardoso - Melancoli a erevolta (NOVO)

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    Fernando Henrique Cardoso - O poder em tem pode Facebook (NOVO)

    Fernando Henrique Cardoso - Pessoas e estórias(NOVO)

    Fernando Henrique Cardoso - Política e meios decomunicação

    Fernando Henrique Cardoso - Política e moral

    Fernando Henrique Cardoso - Sem d isfarce nemmiopia (NOVO)

    Fernando Henrique Cardoso - Sinal de vida(NOVO)

    Fernando Henrique Cardoso: Para onde vam os?

    Francisco de Ol iveira -“18 de brumário” de L uisInácio Lula da Silva

    Gilvan Cavalcanti de Melo - Diálogo com asociedade (NOVO)

    Gilvan Cavalcanti de Mel o - Um olhar carioca(NOVO)

    Gilvan Cavalcanti de Melo: Armando Nogueira,democrata e digno

    Gilvan Cavalcanti de M elo:Congressoconstituinte? Não.

    Giuseppe Vacca: A esquerda italiana e o

    reformismo do século XXGiuseppe Vacca: Um certo comuni smo d oOcidente

    José Serra: Discurso de despedida do governo deS. Paulo

    Luiz Sérgio Henriques - 'Americanalhamo-nos',sem dúvida (NOVO)

    Luiz Sérgio Henriques - A canção que nosembala (NOVO)

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    Luiz Sérgio Henriques - Arte da guerra, arte dapolítica

    Luiz Sérgio Henriques - De dramas epersonagens (NOVO)

    Luiz Sérgio Henriques - De volta a questãodemocrática (NOVO)

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    Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 0 7: 57 Ne nh um co m en tá ri o:

    Lula, por exemplo. Uma coisa será a tentativa de volta cinco anos após deixar o poder; outra

    diferente, oito anos e o risco do surgimento de novas lideranças depois.

    Claro que os porta-estandartes da bandeira repudiam interpretações desse jaez. Preferem a

    tese da melhoria i nstitucional para o País, pois, da mesma forma como entrou no cenário em

    vistoso embrulho de avanço "republicano", a reeleição é vestida para sair em figurino de

    dourada pílula.

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    Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 0 7: 50 Ne nh um co m en tá ri o:

    Quem apóia quemMarcos Coimbra

    Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

    DEU NO ESTADO DE MINAS

    Quando mui tos candidatos se dizem apoiados pelas mesmas pessoas, os eleitores se

    confundem e ficam com o sentimento de que, no sistema político, tudo se mistura, tudo é a

    mesma coi sa, reforçando a idéia de que partidos e alinhamentos nada querem di zer -->Nem

    bem recomeçou a campanha eleitoral, um dos assuntos que mais centralizaram as atenções no

    primeiro turno voltou a ocupar o discurso dos candidatos e o interesse da imprensa. Em muitas

    cidades onde o segundo turno está em andamento, ele chega a ser o eixo principal das

    discussões.

    Trata-se do velho tema dos apoios, de quem está do l ado de quem na elei ção. Quando havia

    muitos candidatos em disputa, cada um insistia nas ligações que tinha com os políticos de

    prestigio na cidade, como modo de atrair a atenção do elei tor. Todos os principais candidatos

    a prefeito e muitos a vereador fizeram isso Brasil afora.

    Os apoios mais cobiçados eram os de Lula e do governador do estado, salvo, é claro, dos

    impopulares. Para ter o direito de se proclamar “o candidato” de um ou outro, houve brigas que

    chegaram aos tribunais. Como raramente a questão veio a ser decidida neles, o que vimos

    foram dois, três, quatro candidatos dizendo, ao mesmo tempo, que eram eles os apoiados por 

    um, outro ou ambos.

    O segundo turno costuma resolver esse problema. Ao l ongo da eleição, acontece uma

    progressiva depuração das várias candidaturas com que começa o processo, culminando nos

    dois nomes que melhor expressam os lados principais da vida política local. Esquerda vs.

    direita, mudança vs. continuidade, polaridades como essas se expressam nitidamente nas duas

    candidatu ras restantes.

    É bom que seja assim. Quando muitos candidatos se dizem apoiados pelas mesmas pessoas,

    os eleitores se confundem e ficam com o sentimento de que, no sistema político, tudo se

    mistura, tudo é a mesma coisa, reforçando a idéia de que partidos e alinhamentos nada

    querem dizer.

    Nestas eleições, existem lugares onde as coisas são cl aras. São Paulo é o melhor exemplo,com os dois lados tradicionais da pol ítica da ci dade tendo, cada um, apenas um candidato ou

    candidata para representá-lo. É o que ocorre também em São Luís e algumas cidades médias,

    onde Lula e o governador do estado estão claramente com alguém, sendo que, às vezes, os

    dois apóiam o mesmo candidato, às vezes candidatos diferentes. Sobre isso, o eleitor não faz

    confusão.

    Há lugares em que não há diferenças nas ligações e nos apoios nacionais dos candidatos,

    como em Salvador. João Henrique e Walter Pinheiro pertencem a partidos que estão na base

    do governo federal e integram grupos políticos que se representam no ministério de Lula. No

    plano estadual, porém, cada um tem seu lado. Lá, ninguém quer deixar os eleitores em

    dúvida.

    O caso mais extraordinário destas eleições acontece em Belo Horizonte. Desde o começo, Lula

    deixou subentendido que apoiava Márcio Lacerda ou, pelo menos, que via com bons olhos

    sua candidatura. Aliás, foi com alguma atuação sua que a Executiva Nacional do PT acabou

    assimil ando a ali ança de Aécio e Pimentel em torno de Lacerda. Não podia, no entanto,

    ultrapassar esse ponto, pois candidatos de vários outros partidos que integram seu governo

    estavam na disputa. Todos podiam usar seu nome e se dizer próximos a ele sem querer confundir os eleitores, pois ele não tinha se manifestado em favor de nenhum. Lacerda e

    Leonardo Quintão fizeram isso l egitimamente.

    Mas e quanto ao apoio de Aécio Neves? O governador disse com todas as letras que apóia

    Márcio Lacerda e que o vê como o mais qualificado para ser o prefeito da cidade. Isso,

    normalmente, deveria bastar para esclarecer a questão.

    Para Quintão, no entanto, é como se uma manifestação dessas não tivesse qualquer 

    significado. Na sua propaganda eleitoral, nas declarações à imprensa durante o primeiro e

    agora no segundo turno, ele parece que não ouve ou não entende o governador. Toda vez

    que pode, afirma contar com o apoio de Aécio.

    Parece que Quintão quer que os eleitores de Belo Horizonte se esqueçam de que há dois

    lados na eleição e que o dele não é o de Aécio.

    Luiz Sérgio Henriques - Democracia ehegemonia petista

    Luiz Sérgio Henriques - Esquerda, partidos einstituições (NOVO)

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    agora (NOVO)Luiz Sérgio Henriques - Política e antipolítica naItália (NOVO)

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    desenvolvimentoLuiz Werneck Vianna - Problemas de repertório,o Barcelona e nós

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    Luiz Werneck Vianna: Novo ambi ente nãopermite que Dilma repita Lula

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    Fisiologismo

    Merval Pereira

    DEU EM O GLOBO

    NOVA YORK. A supremacia do PMDB no quadro partidário

    brasilei ro, e a consolidação da força política governista no

    Nordeste, onde a decadência do antigo PFL deu lugar aocrescimento de PT, PSB e PDT, que duplicaram o número

    de municípios sob seus comandos na região - tendências

    confirmadas no primeiro turno das eleições municipais -,

    seriam sinais de que o fisiologismo estaria predominando

    no atual quadro políti co brasilei ro?

    O cientista político Fernando Lattman Weltman, da Fundação Getuli o Vargas, tem uma visão

    bastante pragmática sobre o PMDB, que a ele parece "menos um caso de falta de identidade

    ou programa do que uma combinação muito específica de vantagens e desvantagens

    competitivas derivadas, ao mesmo tempo, de sua grande e relativamente sólida capilaridade

    em todo o território nacional, de par com a falta compreensível de lideranças nacionais

    incontestes na legenda".

    Para Weltman, de tanto ser uma espécie de condomínio de grupos políticos locais, sem uma

    figura nacional que o unificasse, "o PM DB parece que aprendeu a extrair o m áximo benefício

    de não poder fazer o presidente, mas ser necessário a qualquer um que por lá chegue. Como

    se costuma dizer: aprendeu a fazer limonada de seus limões".

    Com sarcasmo, ele diz que, "se isso é ser fisiológico, então sou forçado a reconhecer que, além

    de válido, isso pode ser politicamente muito interessante".

    Fernando Lattman Weltman diz que o fisiologismo é um tema "muito controverso e pouco

    claro". Deixando de lado a corrupção, que pode estar ligada ao fisiologismo, mas é tipifi cada

    como ilegal, Weltman procura uma definição de fisiologismo na política: É buscar o poder 

    pragmaticamente? É não possuir i dentidade ideol ógica e/ou programática?

    Para ele, "dependendo do m odo como conceituamos o "fisiologismo", o PT, o PM DB e outros

    partidos se ajustam ou não à qualificação". Tanto o PT quanto o DEM e o PSDB se encaixam

    perfeitamente na definição de serem partidos que buscam o poder pragmaticamente, mas não

    na de falta de identidade ideológica.

    Weltman diz que não parece claro que haja "uma oposição necessária entre pragmatismo e

    eficiência na competição eleitoral - coisas que talvez possam ser associadas a fisiologismo -,

    de um lado, e consistência ideológica e programática, de outro".

    Ele lembra que, como já propuseram outros teóricos, "a ideologia de um partido pode ser muito i mportante justamente por diferenciar um partido ou candidato em relação a seus

    concorrentes em especial, quando não há grandes divergências sobre questões de fundo e os

    partidos se dirigem para o centro, ou em busca do eleitor-médio, majoritário".

     Assim, diz ele, a mudança permanente de identi dade "é perfeitamente natural no nosso

    quadro partidário - e alhures -, em especial para partidos com vocação de poder". Isto se daria

    por força, ao menos, de dois fatores "de grande plasticidade":

    a) As características proporcionais e altamente competitivas do nosso sistema partidário - que

    facilitam o surgimento, o colapso e a mudança de status das siglas partidárias;

    b) O dinamismo da nossa estrutura social, essa sim, em mutação permanente e acelerada em

    momentos de crescimento econômico, migrações internas e abertura para a globalização.

    O sociólogo Hamilton Garcia, do Centro de Ciência do Homem da Universidade Estadual do

    Norte Fluminense, acha que o novo perfil popular da classe média, "despolitizado e

    consumista, sem sombra de dúvida embala o PT na direção do populismo, além de amputar 

    espaços sociais de seus oponentes à esquerda (PSOL) e à direita (PSDB), cujas inscriçõespopulares têm as marcas, respectivamente, do vanguardismo e do elitismo".

    Paulo Roberto Figueiredo, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, por sua vez, crê

    que os dados do primeiro turno reforçam sua tese de que "há um descolamento entre o

    "lulismo" e o "petismo", dada a postura personalista de Lula, que talvez impeça uma maior 

    institucionalização do petismo como força partidária ideológica, independentemente do

    carisma do presidente".

    Ele ressalta que muitas pesquisas apontam queda da identificação partidária do PT. Para ele,

    a nova classe média que nasceu nos últimos anos no país, fruto da distribuição de renda

    através de programas sociais e aumentos reais do salário, "talvez seja muito mais "lulista" que

    petista - o que é um problema grave para o partido, dado que ele perdeu parte de suas

    tradicionais bases nas grandes cidades", l embrando que o PT não governa hoje nenhum

    estado do Sul-Sudeste, que outrora foi sua principal base.

    O dilema do PT seria, na visão de Figueiredo, recuperar parte das bases mais ideológicas hoje

    Luiz Werneck Vianna: T ópicos para um deba tesobre conjuntura

    Luiz Werneck Vianna: entrevista na RevistaPolítica Democrática nº 24"um clássicomoderno"

    Luiz Werneck Vianna:O fim da História ou umnovo começo

    Manifesto de fundação do PPS

    Marco Aurélio Nogueira - A arte política deincorporar o atraso sem prejudicar o progresso

    Marco Aurélio Nogueira - A cidade q ue sereiventa (NOVO)

    Marco Aurélio Nogueira - A corrupção ainda no

    primeiro plano (NOVO)Marco Aurélio Nogueira - Depois de Junho(NOVO)

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    Marco Aurélio Nogueira - Redes, partidos epolítica (NOVO)

    Maria Ali ce R. de Carvalho - Entrevista comWerneck Vianna

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    PPS defende formação de bloco de oposiçãopara as eleições de 2010

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    Roberto Freire: Muros que ainda resistem

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    Werneck Vianna: PT recuperou era Vargas; Lulaé um Getúlio há tempos

    GIlvan Cavalcanti de Melo - Diálogo com asociedade (NOVO) http://portal.pps.org.br/portal/showData/252990

    Gilvan Cavalcanti - Um olhar carioca (NOVO)

    Gilvan Cavalcanti - 2014: come çar a pensar ocaminho (NOVO)

    Gilvan Cavalcanti - A esquerda dem ocráticacomo alternativa e esperança

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    Gilvan Cavalcanti - Introdução: Valores

    Um novo reformismo democrático de esquerda

     A fa vor d a d em ocrac ia

    "Irrelevante" e "ridículo"

     A esqu erda dem ocrát ica e a con strução de umnovo reformismo

     A qu estão da Previ dên cia

     A tra nsição Blo que ada

     Armê ni o Gu ede s

     As bases au tori tári as do sistema parti dári obrasileiro

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    Democracia e reforma

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    Gramsci: um ino vador 

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    O resgate da po lítica nas eleições de 1998

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    Roberto Freire,

    Cláudio Carraly r 

    Marcilio Domingues

    Gilvan e Graziela na

    reunião do Diretório

    Nacional do PPS, S.

    Paulo, 21 e

    22/5/2010

    Giuseppe Vacca e

    Gilvan no lançamento

    do livro "Por um novo

    reformismo"

    Gilvan e Zelito

    Vianna

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