a democracia

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IMPK- 2013 I-Introdução: INTRODUÇÃO Neste trabalho irei abordar sobre a democracia que é um regime de governo em qu o poder de tomar importante decisões politicas esta com os cidadãos(povo),directa ou indirectamente por meio de representantes eleitos , forma mais usual. Um democracia pode existi num sistema presidencialista ou palamentista, republicano ou monárquico. Outros importantes na democracia incluem exactamnete quem é o povo, isto é quem terá direito ao voto; como os direitos de minorias contra a tirania da maioria e qual sistema deve ser usado para eleições de representantes ou outro executivo. Entre os 194 países deste mundo, que são reconhecidos pelas Nações Unidas, existem 123 democracias (www.freedomhouse.org).Mais que a metade de todos os estados estabeleceu assim uma forma de poder, na qual o povo está a participar de uma maneira ou de outra na governação.No entanto, o que se entende no fundo sob o termo democracia? Cada um e cada uma têm certamente a sua própria ideia do que significa democracia.Mas como ela pode ser explicada exactamente? O que faz parte de uma democracia? Quais elementos são necessários para estabelece-la e quais actividades são necessárias para consolida-la? Quais são as vantagens e onde se situam as suas fraquezas? 6

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Democracia

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IMPK-2013

I-Introduo:INTRODUO Neste trabalho irei abordar sobre a democracia que um regime de governo em qu o poder de tomar importante decises politicas esta com os cidados(povo),directa ou indirectamente por meio de representantes eleitos , forma mais usual. Um democracia pode existi num sistema presidencialista ou palamentista, republicano ou monrquico.Outros importantes na democracia incluem exactamnete quem o povo, isto quem ter direito ao voto; como os direitos de minorias contra a tirania da maioria e qual sistema deve ser usado para eleies de representantes ou outro executivo.Entre os 194 pases deste mundo, que so reconhecidos pelas Naes Unidas, existem 123 democracias (www.freedomhouse.org).Mais que a metade de todos os estados estabeleceu assim uma forma de poder, na qual o povo est a participar de uma maneira ou de outra na governao.No entanto, o que se entende no fundo sob o termo democracia? Cada um e cada uma tm certamente a sua prpria ideia do que significa democracia.Mas como ela pode ser explicada exactamente? O que faz parte de uma democracia? Quais elementos so necessrios para estabelece-la e quais actividades so necessrias para consolida-la? Quais so as vantagens e onde se situam as suas fraquezas?

1- Conceitos Fundamentais:

01. O QU DEMOCRACIA? O termo democracia provm do Grego e composto pelas duas palavras demos = povo e kratein = reinar. possvel traduzir democracia literalmente, portanto, com os termos reinado popular ou reinado do povo.A democracia como forma de estado est em demarcao com a monarquia, aristocracia e ditadura.Talvez j ouviste uma vez a definio mais conhecida de democracia: government of the people, by the people, for the people (governo do povo, pelo povo, para o povo - Abraham Lincoln).Traduzido de maneira simplicista possvel dizer: O poder surge do povo, est a ser exercido pelo povo e no seu prprio interesse.Esta descrio , por enquanto, muito geral, mas nas pginas seguintes sero descritas em mais detalhe as diferentes facetas da democracia.

02. ELEMENTOS CHAVE DE ESTADOS ORGANIZADOS DEMOCRATICAMENTE 02.1 LIBERDADES BSICAS E DIREITOS BSICOS Direitos humanos so mais do que apenas uma componente da democracia.Eles so a pr-condio para o funcionamento de um sistema democrtico.O desenvolvimento e a consolidao de direitos humanos apenas possvel, quando as pessoas vivem numa democracia, porque s a elas prprias concebem as suas leis e conseguem controlar publicamente os trs poderes - o poder legislativo (em muitos pases frequentemente o parlamento), o poder executivo (muitas vezes o presidente de estado e o governo) e o poder judicirio (por exemplo, um tribunal constitucional).Os direitos humanos podem, alm disso, s ser eficazes, quando o poder do estado for sujeito a uma lei e quando todas as pessoas forem tratados iguais neste tribunal.Para uma justia independente em democracias seja, por sua vez, necessrio uma diviso de poderes.Da resulta um tringulo composto por democracia, direitos humanos e diviso de poderes, os quais esto posicionados em dependncia mtua um do outro.Mas j estarias capaz de descrever exactamente o que so realmente os direitos humanos? Em termos de definio, chamamos a estes os direitos de proteco das intervenes do estado, direitos que competem ao indivduo e que so vlidos a partir da nascena de cada pessoa e que no lhe podem ser abjudicados.Eles constituem a base da convivncia de todas as pessoas, seja a nvel internacional, nacional, local ou familiar.Eles abrangem diferentes reas, que te explicamos brevemente a seguir: Os direitos pessoais constituem o ponto central dos direitos humanos, visto que eles abrangem, por exemplo, o direito vida e o direito a um desenvolvimento livre da personalidade.Atravs deles, o homem devia ser protegido de, por exemplo, abusos violentos e a sua dignidade deviam ser intangvel. Os direitos polticos e civis devem assegurar que cada cidado possa participar sem restries na vida poltica da sua comunidade.Isto significa, que ele ou ela no precisa ter medo de uma penalizao injustificada.So aqui especialmente importantes, tanto a liberdade de opinio e a liberdade de imprensa como tambm a liberdade de reunio e associao. Com a ajuda dos direitos sociais e econmicos deve ser assegurado o abastecimento bsico de todas as pessoas para a sua sobrevivncia.O direito educao, entre outros, tambm faz parte dos mesmos, visto que se deve partir do princpio que uma pessoa necessita de uma formao para mais tarde no ter que passar fome. Relativamente novos so os chamados direitos da terceira gerao.Estes devem demonstrar, que os direitos humanos podem se desenvolver e no permanecem para sempre no seu nvel inicial.Estes incluem, por exemplo, os direitos ao desenvolvimento, que visam a reduo do abismo entre os pobres e os ricos.Alm disso, eles incluem os direitos ambientais, que deviam assegurar que os habitados das pessoas no sejam danificados ou mesmo destrudos.Isto tudo soa bastante bem, mas provavelmente perguntas-te, como estes direitos possam ser impostos.Como puras frmulas vazias, eles trazem pouco benefcio s pessoas.Tens toda razo e tambm existem regras para isto: por iniciativa de vrios estados foram fundadas em 1945 as Naes Unidas, as quais hoje pertencem quase todos os estados do mundo.Esta unio publicou em 1948 a Declarao Geral dos Direitos Humanos (http:// www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID =por), a qual foi desde ento constantemente expandida.Para a sua superviso foram criadas vrias comisses, subcomisses e comits como, por exemplo, o Comit dos Direitos Infantis.Para o caso, que um estado atropele os direitos humanos, existe o Tribunal Internacional em Haia/Pases Baixos (http:// www.icj-cij.org/), que tem competncias para pronunciar sentenas.As Naes Unidas esto a ser apoiadas por um grande nmero de Organizaes No-governamentais (abreviado NGO em Ingls ou ONG em Francs) que, atravs da colaborao com protectores de direitos humanos activos em todo o mundo, publicam relatrios sobre atropelos dos direitos humanos e, com isto, conseguem obrigar governos a no tolerar mais violaes dos direitos humanos.Alm disso, existem muitos acordos regionais, que visam proteco dos direitos humanos, tais como, por exemplo, a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Direitos dos Povos (http://www.africa-union.org/About_AU/ au_in_a_nutshell.htm & http://www1.umn.edu/humanrts//instree/z1afch ar.htm).Esta foi adoptada em 1981 no seio da Organizao da Unidade Africana, cujo nome mais tarde foi mudado para Unio Africana, e deve especialmente tomar em considerao os valores da cultura Africana.Para a superviso deste acordo foi criada dentro da organizao um comit e um tribunal para os direitos humanos e os direitos dos povos.Na base de uma resoluo geral, o ulterior foi unificado em 2004 com o Tribunal Africano (http://www.africa-union.org/root/au/organs/Court_of_Justice_en.htm).Na maioria dos pases Africanos existem formalmente vrias ONGs e associaes, que se empenham pelo respeito dos direitos humanos.02.2 ELEIES Eleies constituem um dos mais importantes pilares da democracia.Como elas esto a ser organizadas em detalhe e como os votos depositados esto a ser convertidos em assentos no parlamento definido pelo direito de sufrgio.Este se subdivide num direito de sufrgio activo e num passivo.Cidados com um direito de sufrgio activo podem votar e os com direito de sufrgio passivo podem ser eleitos.Na maior parte dos casos so concedidos ambos os direitos ao eleitorado inteiro.Contudo, nem todo estado, no qual se realizam eleies, do mesmo modo democrtico existem tambm outras formas de governao, nas quais h eleies.Eleies democrticas devem preencher determinadas condies, que talvez j conheces: Eleies democrticas so livres, quando os cidados possam escolher entre vrios candidatos ou partidos polticos, que podiam candidatar-se sem quaisquer restries.Do mesmo modo, eles podem decidir livremente, se os eleitores querem aproveitar o seu direito votar ou abster-se. Eleies democrticas so iguais, quando cada cidado com direito a voto possui um voto e quando nem a sua descendncia nem o seu sexo, lngua, rendimentos ou posses, profisso, classe, identidade sexual, nvel educacional, religio e convico poltica tenham uma influncia na quantificao dos votos.Cada voto tem o mesmo valor. Em eleies democrticas no pode ser detectvel, em qual partido poltico ou em qual candidato o cidado individual votou.Elas so, portanto, secretas, quando cada eleitor possa meter, sem ser observado ou influenciado, numa cabine o seu boletim de voto dentro de um envelope e, a seguir, depositar na urna. Alm disso, eleies democrticas so pblicas e transparentes.Isto significa, por um lado, que cada cidado tem o direito de observar a contagem das urnas.Por outro lado, isto significa, que o caminho dos votos dos eleitores, a partir dos votos depositados na urna atravs do apuramento at o clculo das somas totais e de uma eventual distribuio de assentos, deve ser completamente compreensvel.Alm destas condies importante que eleies democrticas sejam realizadas periodicamente.Cada um sabe, quando se realizam as prximas eleies, para se poder preparar atempadamente.Deste modo assegurado que se trata sempre de um reinado a tempo determinado e que a populao tem a possibilidade de eleger um governo.O eleitorado devia representar a populao inteira, isto , para alm dos menores, nenhum grupo devia ser excludo.Por fim, os votos do eleitorado deviam ser definitivos.Entendemos com isto que os resultados das eleies tambm devem realmente ser implementados.Isto pressupe, que os resultados das eleies sejam aceites por todos como legtimos.Para a realizao de eleies existem em princpio dois diferentes sistemas: o sufrgio maioritrio e o sufrgio proporcional.Estes tm uma importncia fulcral.Os mesmos influenciam, por um lado, a estrutura poltica e, por outro lado, o processo da construo da vontade poltica.Na determinao do sistema eleitoral devem ser tomadas em considerao as tradies polticas, situaes histricas e condies sociais, visto que elas eventualmente permitam apenas uma das duas possibilidades.Tanto a ordem intra-partidria como tambm a relao entre os partidos polticos e a relao entre o governo e o parlamento varia de acordo com a implementao do sufrgio maioritrio ou do sufrgio proporcional.Se uma eleio for manipulada atravs do sistema eleitoral, ela perde sua funo principal.Os rgos eleitos no possuem nenhuma legitimidade.No sistema de sufrgio maioritrio, a regio das eleies subdividida em tantos crculos eleitorais como existem assentos (por exemplo, no parlamento).Aqueles candidatos ou listas de candidatos, que conseguem obter no crculo eleitoral a maior parte dos votos, recebem os assentos disponveis.Este sistema eleitoral traz consigo vrias vantagens: Os candidatos atraem com o seu programa uma massa larga para obter a maioria.Consequentemente os contedos esto, regra geral, moderados, evita-se opinies extremas.02.3 ESTADO DE DIREITO Num estado de direito existem princpios e procedimentos, que assegurem a liberdade do indivduo e garantam a participao na vida poltica.Em primeiro lugar est aqui o direito a um desenvolvimento livre da sua prpria personalidade.O poder do estado , portanto, comprometido de forma abrangente com a legislao.Assim, o estado de direito se encontra num antagonismo directo com o estado policial ou arbitrrio.Num estado democrtico de direito, todos os cidados so iguais perante a lei, tambm os titulares de funes pblicas no estado e na administrao.As autoridades podem apenas actuar, se a lei ou a constituio lhes atriburam competncias para tal.Um estado de direito assim tambm sempre um estado da lei e da constituio.Deste modo, a aco estatal torna-se para os cidados calculveis e lhes oferece uma oportunidade de se preparar antemo.Alm disso, nesta ordem regulamentada pelo estado possvel para os cidados a participarem livremente na vida poltica.Os procedimentos do estado de direito esto sujeitos a certos princpios bsicos, que aqui so brevemente explicados.A independncia da justia est consolidada na constituio de um estado de direito democrtico.Isto significa, que a jurisprudncia est estritamente separada do poder executivo e do poder legislativo.Sob o poder executivo deve ser entendido como j soubemos acima o poder que executa e sob o poder legislativo o poder que elabora e aprova leis.Apenas atravs de uma separao dos trs poderes pode ser garantido, que juzes possam seguir ao seu trabalho sem serem influenciados e de maneira independente.Eles servem apenas ao Direito e Justia e no podem ser destitudos do seu cargo sem a sua aprovao, enquanto eles prprios no atropelarem a lei.Alm disso, deve ser assegurado, que a justia tenha um monoplio de jurisprudncia.Porque para que serve, se um ru for libertado pelo juiz e a seguir, mesmo assim, preso pela polcia? Num estado de direito funcional, cada invaso da polcia, do exrcito ou dos gendarmes na esfera privada de um cidado pressupe a autorizao de um juiz.Um princpio bsico adicional a segurana jurdica, que torna cada actividade do estado mensurvel e previsvel.Os cidados esto informados, tanto sobre o que o estado pode fazer, como tambm sobre o que eles prprios so permitidos e proibidos a fazer.Ningum pode ser punido sem base legal e leis retroactivas so geralmente impossveis.Ligado ao princpio da segurana jurdica a conformidade com a lei da administrao.Esta pode s actuar na medida que lhe for aberta pela maioria no parlamento.Cada aco por parte do estado pode consequentemente ser deduzida a uma lei que, por sua vez, legitimado democraticamente.Esta regulao ligada jurisdio administrativa. O controlo pela justia deve assegurar que a administrao segue lei.Cada cidado, que considera algum acto administrativo como ilegtimo, pode dirigir-se com a sua contestao justia e, deste modo, forar uma verificao do respectivo acto administrativo.Visto que a conformidade com a lei da administrao seria uma frmula vazia, se o legislador pudesse actuar sem restries, est-se prevenir um possvel abuso das competncias atravs da primazia da constituio sobre a legislao.Um estado de direito amarra, portanto, a poltica legislao e ao direito, sujeita cada expresso estatal de poder a um controlo judicial e assegura, deste modo, a liberdade dos cidados.02.4 DIVISO DE PODERES Num estado existem trs poderes do estado: o poder legislativo elabora e adopta as leis, o poder executivo implementa as leis e a poltica do governo, o poder judicativo representa o quadro legal para o exerccio do poder.Talvez j sabes, que se pode entender sob o termo diviso de poderes a diviso do poder do estado em estes trs poderes.Num estado democrtico, o poder estatal pode, em primeiro lugar, ser controlado e influenciado de maneira eficaz por si prprio.Por isso, o poder estatal deve, portanto, ser distribudo por vrios rgos.Como o poder do estado distribudo aos diferentes rgos e competncias que estes recebem na maior parte das vezes, definido pela constituio de um pas.Regra geral, existem dois sistemas de governao, entre os quais podem ser distinguidos, o Parlamentarismo e o Presidencialismo.Estes aparecem em alguns pases tambm de forma misturada.No entanto, no o objectivo desta brochura de atordoar a ti ainda mais, mas de criar clareza! Por isso, iremos apenas tratar estes dois sistemas em detalhe para mostrar-te quo diferente pode ser a relao do poder legislativo e do poder executivo.2.5 O PARLAMENTO Mesmo que a distribuio de poder entre o parlamento e o governo possa variar bastante em democracias, os parlamentos tm principalmente sempre as mesmas funes.Estes cumprem com uma funo legislativa. Os mesmos tm o direito de submeter propostas de lei.No sistema de governao parlamentar, este direito assumido, muitas vezes, pelo governo, visto que este representa a maioria no parlamento, e a chance, que a lei for aprovada maior para este.Regra geral, uma maioria relativa suficiente para a aprovao de uma lei.Leis que, no entanto, dizem respeito a temticas importantes, tais como a constituio, necessitam frequentemente uma maioria de dois teros ou um plebiscito para obter validade.Como j foi exposto no ltimo captulo, o parlamento possui perante o governo uma funo de controlo.Sempre que houver dvidas em relao ao trabalho do governo, o parlamento pode nomear comisses de inqurito ou ordenar inquritos pelo poder judicativo.No sistema parlamentar, a assembleia nacional pode, alm disso, votar a destituio do governo.Neste sistema, o controlo realizado antes entre o governo e a oposio e menos entre o poder legislativo e o poder judicativo.Alm disso, os parlamentos so caracterizados pela funo de articulao e criao de vontade poltica.Isto significa: os deputados articulam a vontade da populao, visto que esta por ele representado. os deputados tentam informar a populao sobre o seu trabalho atravs de sesses abertas, reportagens nos mdias e eventos dirigidos e, ao mesmo tempo, apoiam a ela na criao da sua vontade poltica.Uma quarta funo, a funo de eleies, apenas vlida para as assembleias nacionais do sistema de governao parlamentar.Aqui so os deputados, que votam a favor ou contra o chefe do governo e, em alguns casos, o governo inteiro.Em alguns pases, os deputados elegem tambm os membros do tribunal supremo.Agora est claro, quais so as funes do parlamento na sua generalidade,.Mais quais tarefas so, de facto, dos deputados individuais ou, no caso de uma segunda cmara, dos senadores? Os deputados so eleitos para o par02.6 PLURALISMO DEMOCRTICO Em democracias, o pluralismo considerado e praticado como uma forma de ordem.Na rea da poltica, o pluralismo significa que existe dentro de uma sociedade um grande nmero de grupos de interesse e associaes livremente constitudos, os quais se encontram numa concorrncia recproca pela influncia social e poltica.Estes agrupamentos podem ser de natureza poltica, econmica, religiosa, tnica ou outra.A totalidade de tais agrupamentos constitui a sociedade civil.Uma sociedade pluralstica caracterizada pelo que todas as posies, no importa qual for a diferena, sejam respeitadas, aceites e reconhecidas e a sua disseminao e imposio no sejam suprimidas.O pluralismo baseia em discusses conflituosas, cujos resultados assentem, muitas vezes, em compromissos e, assim, sejam para todos os agrupamentos participantes satisfatrios ou, pelo menos, aceitveis.No pluralismo, os dilogos, trocas de opinies e discusses, bem como as ideias e opinies expressadas e debatidas, quo contraditrias, contrrias ao governo ou prximas oposio elas possam ser, obtm um carcter construtivo no sentido do processo de criao de opinies e de vontade poltica dentro da sociedade.Talvez j constataste vrias vezes, que alguns grupos de interesse numa sociedade pluralstica so tambm mais forte que outros e o princpio de concorrncia no funciona to perfeito na realidade como foi agora descrito.Exactamente por esta razo, o estado tem a tarefa de detectar e solucionar eventuais deficincias no sistema de concorrncia.Por exemplo, possvel oferecer s mais fracas associaes de interesse apoios adicionais para torna-las competitivas.Estas medidas regulativas do estado so moderadamente necessrias para manter o pluralismo.Em sociedades pluralsticas existem, parte da sociedade civil que tem uma influncia scio-poltica ou econmica, aqueles agrupamentos, que ambicionam directamente cargos polticos: os partidos polticos.Seguramente j te queixaste frequentemente, como muitos outros cidados, dos partidos polticos, porque anunciaram, por exemplo, uma medida que depois no foi 02.7 GOVERNO E OPOSIO A gesto de uma comunidade pode ser melhor assumida por apenas uma pessoa ou um grupo pequeno, enquanto a comunidade devia continuar ser capaz de agir.Num mbito mais pequeno, seguramente j viveste isto no teu dia-a-dia.Quando uma turma ou um grupo de seminrio tenha alguma coisa para discutir, na maioria dos casos nomeado no incio o moderador para que se mantm uma estrutura.Sem este moderador, a discusso decorre, muitas vezes, de maneira desorganizada e o resultado falha frequentemente.Se transmitssemos esta imagem para o estado, fica claro, porqu um governo necessrio.O governo, que sempre suportado pelo partido parlamentar ou presidencial maioritrio (com ou sem coligao com outros partidos), s pode funcionar se houver uma administrao estatal intacta e eficiente que implementa as suas resolues.A administrao apoia, por um lado, na elaborao de novas leis e, por outro lado, na sua implementao.Portanto, possvel dizer que o poder estatal no s dado pelo governo, mas que tambm so necessrios os conhecimentos de uma administrao para racionalmente gerir um pas.A administrao em pases democrticos em termos institucionais, de recursos humanos e ideologicamente no idntica com o partido maioritrio.Ela existe perenemente, servindo ao estado e no ao partido maioritrio, independente de qual seja o partido de maioria a formar actualmente o governo. parte do governo, existe num estado democrtico sempre tambm uma oposio.Nas eleies e nos diferentes rgos estatais (parlamento, senado, conselhos regionais e comunais, etc.) se confrontam, na maior parte dos casos, o partido ou a coligao governamental e um ou mais partidos de oposio.A oposio controla o governo.Ela necessria para garantir uma troca de opinies controversas.A democracia obtm a sua dinmica exactamente deste conflito contnuo de opinies e das discusses que da surgirem.Talvez te perguntas agora, desde quando os confli2.8 O PBLICO E OS MDIAS LIVRES O pblico de importncia decisiva para a democracia.Te perguntas porqu? A opinio pblica formada pelos cidados singulares ou por agrupamentos, que reflictam sobre a sua colectividade.Ela expressa crtica, propostas ou aprovao para influenciar a criao da vontade poltica.No entanto, no se pode falar de uma nica opinio pblica.Numa sociedade pluralstica sempre existem vrias posies.O pblico , portanto, um instrumento de controlo dos polticos que governam o pas.Ele de grande importncia para a oposio, visto que esta apenas tem um potencial perante o governo atravs do pblico.O qu que a oposio conseguia essencialmente mudar, se ela pudesse apenas expressar a sua crtica em quartos fechados? Pelo facto que a oposio defende as suas posies e opinies publicamente, o governo fica sob presso de reagir.Se no, ele risca no ser eleito pelos cidados.O pblico serve tambm populao inteira para expressar crticas ou sugestes.Cada cidado tem o direito de recolher informaes e contribuir para a criao da opinio pblica em que ele ou ela organiza, por exemplo, reunies para a troca de informaes.Neste contexto, a poltica e os direitos humanos sociais tm um grande papel: tanto a liberdade de opinio como tambm a liberdade de reunio e associao possibilitam aos cidados a participar, sem serem influenciados, na criao da opinio pblica.O pblico , portanto, um instrumento importante de controlo numa democracia.Isto significa ao contrrio, que apenas estes polticos, que enfrentam este pblico, possam ter um interesse srio nos interesses dos cidados.Quem que articula a opinio pblica, ou melhor, as opinies publicas? Como que tu, por exemplo, obtns informaes sobre o que acontece diariamente na poltica? E atravs de quais instncias consegues estar informado sobre as actuais controvrsias na sociedade? Em relao disseminao de opinies e posies, os mdias, portanto, a televiso, a rdio e os jornais e tambm, cada vez mais, a internet tm um papel decisivo.Na sociedade de hoje, a comunicao apenas pode ser feita atravs dos chamados meios de comunicao social.A troca de informaes no pode ser feita apenas com conversas directas, visto que as nossas sociedades, entretanto, so de mais populosas.Especialmente os partidos polticos dependem dos mdias para levar os seus projectos e posies populao.As democracias no so mais caracterizadas pela comunicao directa, mas antes atravs da comunicao dos mdias.Exactamente por esta razo, os mdias so chamados o Quarto Poder parte do poder judicativo, do poder executivo e do poder legislativo.Eles representam provavelmente o mais importante instrumento de controlo do pblico.No entanto, os mdias s podem ter uma funo de controlo se eles no estiverem sob influncia do estado.A liberdade de imprensa tem aqui um papel importante como mais uma liberdade poltica bsica.A nvel mundial existem muitas organizaes de utilidade pblica que assumiram como a sua tarefa observar a liberdade de imprensa em todos os pases e proteger os jornalistas, que se sintam ameaados por causa das suas investigaes.Talvez j ouviste falar da organizao Freedom House? Esta publica em intervalos anuais o relatrio Freedom of the press, no qual a imprensa em diferentes pases classificada como livre, parcialmente livre ou no livre (www.freedomhouse.org). parte das possveis restries pelo estado, existe tambm um desenvolvimento interno dos mdias que pe em risco reportagens pluralsticas no interesse do pblico.Tanto na imprensa como tambm na radiodifuso e televiso se constituem cada vez mais monoplios: vrios jornais ou vrias emissoras de televiso esto sob direco da mesma empresa.Isto pode ser explicado, antes de tudo, porque hoje em dia so necessrios bastante capitais e conhecimentos tcnicos para fundar uma emissora de televiso ou um jornal.A consequncia , que no todos os cidados tenham a oportunidade a participar no pblico.A maior preocupao consiste, no entanto, que se criem com esta concentrao monoplios de opinies, que no permitam mais reportagens pluralsticas, expresso de opinio, criao de opinio e da vontade poltica.Quando se considera ao mesmo tempo, que os mdias so muitas vezes chamados o Quarto Poder, este desenvolvimento preocupante.Ele pe em risco principalmente o estabelecimento de uma democracia pluralstica em pases em transformao.Em muitos pases no existe oficialmente uma censura da imprensa.Para a oposio e cidados que pensam diferentes, muitas vezes, o acesso aos mdias estatais , no entanto, muito difcil, ou seja, quase impossvel.. A DEMOCRACIA NO SE SUSTENTA SOZINHA! Na parte anterior talvez ficaste com a impresso, que uma democracia que contm todos os elementos chave mencionados, estivesse bem estabelecida e funcionria para sempre.No entanto, no se devia igualar a democracia com uma construo fixa, tais como, por exemplo, uma casa construda de maneira estvel que ir durar mais de cem anos.A democracia mais um processo, que deve ser permanentemente mantido e consolidado.No se trata de uma simples forma de estado e de simples procedimentos e mecanismos.Portanto, no suficiente que haja trs poderes estatais separados, que cidados se candidatem para deputados, que cada cinco ou quatro anos seja eleito um presidente de estado ou um presidente de municpio ou que existam vrios partidos polticos, etc.A democracia devia ser sustentada pela populao inteira e pela elite poltica inteira.Ela apenas pode estabelecer-se e consolidar-se, quando ela se torna numa convico da sociedade inteira, quando a maneira de pensar e os comportamentos, ou seja a cultura poltica, se baseiam e orientam em valores democrticos.Os pargrafos a seguir informam-te sobre seleccionados elementos importantes do processo democrtico de consolidao: descentralizao, valores bsicos democrticos e governao e, finalmente, educao poltica.03.1 DESCENTRALIZAO Quem decide no teu caso quando, por exemplo, deve ser construda ou reabilitada uma nova estrada ou um novo mercado? So os responsveis locais, comunais ou regionais ou o estado central, ou seja, o ministro ou o presidente de estado? Na descentralizao se trata de que a administrao de um pas no seja organizada centralisticamente, mas que os processos de tomada de deciso foram transferidos at um certo grau ao nvel da base (grass root).Portanto, faz mais sentido que certas decises sejam tomadas a nvel da regio, na qual as pessoas so directamente afectas pelas consequncias.Quando o sistema de governao organizado prximo da populao, a identificao das pessoas com esta regio pode aumentar e, com isto, tambm a sua participao poltica.Para as pessoas faz muito mais sentido participar na poltica, se elas possam tambm realmente tomar decises que afectam a elas prprias.No mbito da descentralizao, o estado central transfere, portanto, o poder e a autoridade a estruturas locais e regionais criadas fora do estado central para que as mesmas possam propriamente planificar, decidir e administrar.Tais estruturas locais e regionais so chamadas organismos locais de direito pblico.A frente de um organismo local de direito pblico est os eleitos que foram eleitos pela populao que l vive, ou nomeados por uma instituio superior.Paralelamente aos organismos locais de direito pblico existem as estruturas administrativas, que representam o estado central a nvel local, portanto, so chefiadas por funcionrios pblicos.Estes pertencem ao estado central e controlam e apoiam, ao mesmo tempo, aos eleitos locais.Os organismos locais de direito pblico organizam-se de acordo com os seguintes princpios: Aqueles assuntos so regulamentados naquele nvel, que so mais prximos aos problemas a serem resolvidos.Com outras palavras: a soluo de problemas deixada para os nveis subordinados, enquanto estes podem e querem solucionar os problemas.Este princpio chamado o princpio de subsidiaridade. No existe nenhuma subordinao administrativa dos organismos locais de direito pblico perante o estado central e os seus representantes locais. Os organismos locais de direito pblico administram a si prprios.Os organismos locais de direito pblico vivem da participao da sua populao.Foram lhes atribudas competncias de deciso e responsabilidades.Quando um estado for estruturado de maneira descentralizado, isto significa, portanto, que competncias de deciso e responsabilidades so transferidas aos organismos locais de direito pblico.Faz parte disto, que eles dispem de suficientes meios financeiros.A descentralizao til para a consolidao de estruturas democrticas.Ela facilita consideravelmente o acesso das pessoas a decises polticas.Ela aumenta a motivao das pessoas para participarem na poltica.Especialmente em pases grandes, as pessoas, que residem distante da sede do governo e das estruturas polticos interligadas, no tem nenhuma possibilidade de participar, para alm das eleies, na poltica quando no existam estruturas regionais.Mas a descentralizao no significa que o governo central se torna sem importncia.Exactamente o contrrio acontece, visto que o governo tem 3 EDUCAO POLTICA O engajamento pode se tornar nas democracias de hoje no problema principal, quando este for apenas diminuto.Um outro termo para isto o Cansao Poltico.Isto significa, que grandes partes da populao no tenham interesse na poltica, no participem em eleies e tambm no se engajem de outra maneira politicamente.Portanto, possvel falar ao todo de uma atitude negativa perante actividades e estruturas polticas.O qu que pode ocasionar este cansao poltico? Existem vrios factores que podem contribuir para isto: Primeiro, a relao entre os eleitores e os eleitos pode ser perturbada, quando os eleitos no cumprem, por exemplo, as leis e os seus compromissos.Por isso pode surgir do lado dos eleitores uma desconfiana.Alm disso, as expectativas dos eleitores podem ser desapontadas, quando os eleitos no reagem de forma adequada a problemas pertinentes.Provas para uma relao perturbada dos dois lados uma reduo no nmero de membros dos partidos polticos e uma baixa participao nas eleies.Isto especialmente problemtico visto que assim tambm colocado em questo a legitimidade dos polticos. Segundo pode surgir um cansao poltico se no houver suficiente educao poltica enquanto se verifica um aumento da complexidade dos processos polticos.Como descrito antes, isto tem como consequncia que a populao no consegue formar o seu prprio juzo e, deste modo, no pode participar na poltica. Terceiro, as pessoas tem, muitas vezes, a impresso de que os diferentes partidos no diferem muito por causa de uma falta de ideias e, como consequncia, no vo s eleies. Quarto existe no caso dos meios de comunicao social sempre a tendncia de informar antes negativamente que positivamente sobre acontecimentos na poltica.Sempre h reportagens mais recreativas, mas superficiais em vez de informaes importantes.Esta imagem transmite-se para a populao e inibe a motivao para participar politicamente. Quinto, as regras e instituies so parcialmente constitudos de tal maneira que dificultam uma participao por parte da populao.Naqueles pases, entre os quais alguns estados Africanos, que conheceram movimentos do povo no mbito da transio democrtica, as partes desapontados da populao tendem a ter posies negativas perante os governantes.A razo para tal so as reformas e transformaes exigidas pelo povo e que lhe foram prometidas, mas que no foram realizadas.Na maior parte dos casos, trata-se alm de reformas sociais e econmicas, de reformas institucionais bsicas (entre outros da constituio, da lei eleitoral, da lei dos partidos, da independncia da justia, da governao, da descentralizao, etc.).Especialmente aqueles pases dependem de bons democratas, que se encontram ainda no processo de transformao democrtica e que no se podem dar o luxo de cansao poltico e desobedincia civil.Porque quem que devia construir a democracia e suportar o desenvolvimento social? Para consolidar o engajamento social e a conscincia de valores democrticos, principalmente em democracias muito jovens, necessria a educao poltica.A educao poltica pode mudar a cultura poltica no interesse da democracia.Mas o qu exactamente podia aprender atravs da educao poltica? Alm da formao e da consolidao de uma conscincia de valores democrticos, se trata de melhor entender a estrutura bsica da poltica.Por exemplo, como que tu podes participar na poltica se no tens nenhumas informaes sobre como ela funciona e como algum pode de todo se engajar? Ensina-se conhecimentos orientadores para as mais importantes questes polticas, para que as pessoas estejam capazes a formar uma opinio prpria sobre o tema.Aqui se mostra exactamente o mesmo pro04. O FUTURO PERTENCE DEMOCRACIA? Significa isto agora que a paz, o bem-estar e a liberdade existem apenas numa democracia? Provavelmente no vai ser fcil responder esta pergunta.Mas est claro que uma democracia pode contribuir bastante para que as cidads e os cidados se sintam bem no estado, se podem expressar livremente, a economia cresa e a segurana seja garantida.Neste contexto se torna cada vez mais importante que os estados tambm cooperam um com outro e tentam a desenvolver padres conjuntos para a regio ou o seu continente.S assim pode-se conseguir que guerras so evitadas e que reinam a anarquia e o caos.Atravs dos meios de comunicao modernos, quase nenhum estado no mundo pode deixar os seus cidados sem informaes sobre quais direitos e liberdades existem em outros pases.Se o estado quer evitar que os cidados tentam uma revoluo, um golpe de estado ou praticam a desobedincia civil, tambm para exigir estes direitos, ele tem que proporcionar esta j antemo.O caminho ainda longo para que todos os estados nesta terra sejam governados democraticamente e todo o poder parte do povo.Muitos pases, entre estes muitos estados Africanos, passaram em finais dos anos 80 e princpios dos anos 90 por uma transio a caminho da democratizao.Os objectivos da democratizao consistem na substituio de estruturas de poder autoritrias, na definio de novos procedimentos, mecanismos e formas de controlo do poder e de participao social e, no por ltimo, na criao das condies sociopolticas necessrias para o desenvolvimento social.No se deve esquecer que a democracia representa um caminho para o desenvolvimento.O processo de democratizao leva, portanto, atravs da democracia ao desenvolvimento.Os novamente criados procedimentos, mecanismos, estruturas de poder e condies de desenvolvimento para tal naturalmente precisam ser consolidados.Como reas chave valem nisto o respeito e a promoo das liberdades e dos direitos bsicos, a democratizao das eleies, a promoo pluralstica dos mdias, bem como de sistemas de multipartidarismo funcionais, 30 EDUCAO POLTICA

DEMOCRACIA EM ANGOLA

Jornal de Angola, editorialOs angolanos vivem numa democracia aberta onde so respeitados os direitos humanos e amplas liberdades. Os ltimos 11 anos permitiram um desenvolvimento social e econmico sem paralelo no mundo. Quando terminou o esforo de guerra e foi possvel concentrar recursos no desenvolvimento, os angolanos perderam a conta s vitrias alcanadas, diariamente, sobretudo no que diz respeito s condies que sustentam a liberdade.A democracia s existe onde h direitos, liberdades e garantias. Mas todos os direitos e todas as liberdades. Angola partiu do nada e percorreu um caminho notvel. A esperana de vida aumentou mais na dcada de paz do que em todos os anos aps a Independncia Nacional. A mortalidade infantil est em queda acentuada h dez anos. Estes sucessos s foram possveis porque vivemos numa democracia real.

Pelo contrrio, a democracia est em causa em pases da Europa onde a mortalidade infantil tinha cado para nmeros baixssimos e nos ltimos trs anos aumentou perigosamente. Onde h crianas com fome, a democracia um simulacro ridculo.

A destruio sistemtica das indstrias e do comrcio, da rede de estradas, dos portos e aeroportos, de tudo o que eram equipamentos pblicos, provocou em Angola a depresso econmica e nveis elevadssimos de desemprego. Todas as guerras geram estes problemas. Mas graas democracia e paz, a economia angolana hoje cria milhares de postos de trabalho por dia. O desemprego na Europa, sobretudo nos pases da Zona Euro, mede-se aos milhes. S Portugal tem mais de um milho de desempregados, muitos sem qualquer proteco social porque perderam o direito ao subsdio. Esta realidade mostra o enfraquecimento da democracia ou mesmo a sua suspenso. Na Europa no h guerra, no foram destrudos os circuitos de produo e de distribuio, no houve o xodo em massa de milhes de pessoas. O desemprego alastra porque esto a ser confiscados direitos, liberdades e garantias. A democracia est em perigo.

Em Angola os criminosos so perseguidos e levados a Tribunal. Em Portugal a violao do segredo de justia, por parte de magistrados e outros agentes processuais, estimulado e aplaudido. Desde que sirva para vender papel de jornal e reforar audincias no audiovisual, est tudo bem. Mas ainda melhor se com base nesse crime, as vtimas forem julgadas na praa pblica, sem direito a qualquer defesa. Num pas onde agentes do Poder Judicial cometem crimes e ficam impunes, a democracia est em perigo. Nem se pode falar propriamente em democracia. Porque o Estado de Direito indissolvel da democracia.

Em Angola a reforma aos 60 anos. Mas se um trabalhador quiser continuar no activo, deixa de pagar Imposto sobre o Rendimento do Trabalho. A democracia isto. Proporcionar aos que esto no fim da vida activa uma vida digna, um imperativo democrtico. Angola est a criar todas as condies para dignificar os idosos. Em alguns pases da Europa o caminho inverso. Os reformados esto a ver as suas penses confiscadas. A idade para a reforma aumenta todos os anos. Os Governos mais radicais lanam impostos apenas sobre os que esto na reforma e perderam poder de reivindicao e de protesto. Em Angola o partido que ganhou as eleies teve 72 por cento dos votos. Mas no um partido dominante. Na Europa nenhuma organizao poltica, mesmo que em coligao, consegue semelhante feito. Mas preciso analisar porqu. A democracia na Europa perdeu fora porque os polticos perderam credibilidade e mentem aos eleitores. Em Angola est cada vez mais pujante porque os eleitores acreditam nos polticos. Em Portugal h dois partidos que tm nomes diferentes mas so o mesmo produto: PSD e PS. Os dois juntos tm mais ou menos a mesma votao do MPLA, que ganhou as ltimas eleies.

Em Angola a absteno baixa. Os angolanos vo em massa s eleies. Na Europa a absteno superior a 50 por cento. Mais os votos brancos e nulos, d nmeros superiores a 60 por cento. A democracia est em falncia. Pelo contrrio, as baixas abstenes, os votos brancos e nulos em nmero residual e a concentrao de votos no partido que d garantias aos eleitores, so sinnimo de fora democrtica.

A democracia angolana forte. As liberdades em Angola so amplas, sobretudo no que diz respeito s condies concretas que as suportam: emprego, habitao, educao, sade e medicamentos gratuitos. Em Angola ningum anda a espiar os telemveis dos lderes mundiais, violando grosseiramente direitos fundamentais. Angola no arma guerras para confiscar fundos soberanos depositados nos seus bancos ou roubar o petrleo. Nunca as Foras Armadas Angolanas invadiram pases soberanos ou derrubaram Governos legtimos. Algumas grandes potncias esto permanentemente a violar o Direito Internacional e a agredir estados soberanos. Angola nunca mandou ningum morrer em Lampedusa. A nossa democracia forte, real e profunda.

Publicada porPGINA GLOBAL(s)16:44Enviar a mensagem por e-mailD a sua opinio!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookPartilhar no PinterestEtiquetas:ANGOLA,COMPILADO,OPINIO,FRICAhttp://paginaglobal.blogspot.com/2013/10/democracia-em-angola.html

A democracia q os jovens desafiam

Gregos.A sua origem perde-se nos tempos. Hoje so mais de 11 milhes a viver no pas a que deram o nome, e onde a violncia urbana insiste em ficarCidados de pleno direito da UE, habitam um pas que faz parte do imaginrio mundialBalcs, mar Egeu, Mediterrneo. Palavras comuns a muitos povos, facto, mas se se lhe acrescentar uma outra - Atenas - ento fica claro que se est a falar dos gregos. A sua origem perde-se nos tempos, muito antes do VII milnio a. C. Cretenses, egeus, helenos/gregos, drios chegaram regio. Fundiram-se, influenciaram-se e acabaram por dar origem a uma civilizao que Alexandre o Grande se encarregou de levar para alm das fronteiras da Europa.Os antepassados dos mais de onze milhes que hoje habitam o pas - muitos mais se encontram espalhados pelo mundo - deram um imenso contributo humanidade: filosofia, literatura, arquitectura, navegao inclusive e a democracia. na cidade de Atenas que este sistema poltico nasce e se afirma. A mesma Atenas, que hoje conta com quatro milhes de habitantes e que, nos ltimos dias, tem sido palco de violncia. So os jovens do sculo XXI a desafiar uma democracia velha de sculos. Embora este no tenha sido sempre o sistema poltico vivido pelo povo grego que tambm teve de lutar pela independncia (da Turquia j no sculo XX), que foi actor da II Guerra Mundial, que viveu uma ditadura militar.Hoje, cidados de pleno direito da Unio Europeia, habitam um pas que faz parte do imaginrio mundial o que faz com que o turismo seja um dos maiores contribuintes para a economia grega.

ConclusoPor isso, a consolidao da democracia afecta a todos os grupos de interesse, todas as partes da populao, todas as reas e actores sociais.A democracia exige uma participao permanente dos cidados, porque ela, contrariamente s formas autocrticas de estado que exigem a subservincia dos sbditos, torna-se apenas forte atravs de cidados auto confiantes.Pesquisas revelaram que especialmente os jovens no se sintam atrados pela poltica.Uma razo para tal que os jovens abaixo de 18 anos, muitas vezes, no tenham um direito a voto.Eles so obviamente de pouco interesse para os actores polticos porque estes no podem ser eleitos pelos jovens.Quando falta o direito a voto, muitas vezes tambm falta a motivao para participar.Mas o importante exactamente, que os jovens podem influenciar os valores numa sociedade.Existem caminhos bem diferentes para participar.Tu, por exemplo, j pensaste uma vez em tornar-te membro de uma organizao? Participar no significa necessariamente que algum deve tornar-se um poltico. parte das instituies estatais, uma democracia s necessita um alicerce de organizaes, tais como, por exemplo, partidos, associaes, clubes ou movimentos cvicos, que apoiem democracia.Trata-se de assumir voluntariamente responsabilidades e participar.Se quiseres fazer alguma coisa, podias, por exemplo, ir uma vez a uma reunio no teu bairro ou num clube para ver, sobre o que est a ser decidido e talvez ainda contribuir com a tua opinio.Ou encontre-te com amigos para trocar informaes sobre acontecimentos polticos e discutir sobre os mesmos.Na participao se trata de exercer voluntariamente influncia nos processos de tomada de deciso, no importa a que nvel.S assim se constri, internaliza e mantm-se uma democracia! Tu tambm, e especialmente tu, s um actor da democracia! 32 EDUCAO POLTICA

2- Referncias Bibliografia

LIVROS, ARTIGOS E WEBLINKS www.freedomhouse.org http://www.africa-union.org /About_AU/au_in_a_nutshell.htm D@dalos: www.dadalos.org http://www.hsl.ethz.ch/pdfs/2003_4_S17_Papadopoulos.pdf United Nations Development Programme : Le rle de la gouvernance et de la dcentralisation dans la rduction de la pauvret.Rapport national sur le dveloppement humain, Madagascar 2000 United Nations Development Programme : Approfondir la dmocratie dans un monde fragment.Rapport mondial sur le dveloppement humain, Bruxelles 2002. Merkel, Wolfgang (Hrg.): Systemwechsel 1, Theorien, Anstze und Konzepte der Transitionsforschung, Opladen 1996 Merkel, Wolfgang / Sandschneider, Eberhard / Segert, Dieter (Hrg.): Systemwechsel 2.Die Institutionalisierung der Demokratie, Opladen 1996 Meyer, Thomas / Breyer, Nicole (Hrg.): The future of social democracy, SAMSKRITI + FES, Bona 2007

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