a deficiente história dos deficientes

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Prof. Esp. Rosely Modesto Silva A DEFICIENTE HISTÓRIA DOS DEFICIENTES

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slides sobre a história da deficiência

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Page 1: A Deficiente História Dos Deficientes

Prof. Esp. Rosely Modesto Silva

A DEFICIENTE HISTÓRIA DOS DEFICIENTES

Page 2: A Deficiente História Dos Deficientes

SILVA apresenta em sua obra dados históricos extremamente ilustrativos de como os homens se relacionavam com os deficientes físicos desde a Idade da Pedra lascada, passando pelas culturas antigas (egípcia, hebraica, grega e romana), pela Idade Média, Renascimento, até o séc. XX. Mais especificamente, no caso da história do Brasil, desde o período colonial até os dias atuais.

Deixa claro, em sua obra, a evolução, nas diferentes culturas, da forma de tratamento atribuído a “pessoa portadora de deficiência”.

INTRODUÇÃO

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Nas culturas primitivas que sobreviviam basicamente da caça e da pesca, os idosos, doentes e portadores de deficiência eram geralmente abandonados, por um considerável grupo de tribos, em ambiente agrestes e perigosos, e a morte se dava por inanição ou por ataque de animais ferozes. O estilo de vida nômade não somente dificultava a aceitação e a manutenção destas pessoas, consideradas dependentes, como também colocava em risco todo o grupo face aos perigos da época.

IDADE PRIMITIVA

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Na antiguidade pode-se observar basicamente dois tipos de atitudes para com as pessoas doentes, idosas ou portadoras de deficiência: uma atitude de aceitação, tolerância, apoio e assimilação e uma outra de eliminação, menosprezo ou destruição.

A concepção de que a deficiência é um sinal de desarmonia ou obra dos espíritos, acompanhou o homem pelas diferentes épocas da história. Entre os Hebreus,por exemplo, toda doença crônica ou deficiência , ou qualquer deformação corporal simbolizava impureza ou pecado.

IDADE ANTIGA

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Os indivíduos que apresentavam qualquer “deformação física” tinham poucas chances de sobrevivência, tendo em vista a concepção dominante de que essas pessoas possuíam poderes especiais, oriundos dos demônios, bruxas e/ou duendes malignos.

Apesar dos esforços eventuais dos grupos religiosos ou mesmo da própria doutrina cristã, o povo em geral acreditava que um corpo deformado somente poderia abrigar uma mente também deformada.

IDADE MÉDIA

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Somente nesse período a situação social das pessoas portadoras de deficiência conseguiu caminhar rumo à superação desta fase da história do homem.

Este período vai desde o fim do séc. XIV até o fim do séc. XVI, significando um marco no campo dos direitos e deveres dos deficientes.

Apesar da situação de marginalização dos deficientes neste período não ter sido alterada significativamente, modificações ocorreram nas relações entre os homens considerados “normais” e os “deficientes”. Por exemplo, na Inglaterra, foi criada a “Lei dos Pobres” pelo Rei Henrique VIII, que obrigava os súditos a recolherem a chamada “taxa da caridade” que tinha a função de auxiliar os pobres, velhos e “deficientes”.

PERÍODO RENASCENTISTA

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Na frança foi fundado (1554) o “Grand Bureau des Pauvres”, que era composto por burgueses importantes e as contribuições recolhidas eram destinadas à manutenção dos hospitais da Trindade e das “Petites Maisons” que atendiam doentes pobres, paralíticos, amputados, cegos e portadores de outras deformações.

Outro fator que contribuiu para a melhoria nas relações com os deficientes refere-se ao fato de grandes personalidades, em cada época, serem portadoras de alguma anomalia congênita ou adquirida, sendo eles: Luís de Camões, poeta, que perdeu um olho; Galileu Galilei, matemático, astrônomo, inventor do telescópio e da teoria heliocêntrica, que ficou cego nos últimos quatro anos de vida; Johamnes Kepler, astrônomo alemão, estudou os movimentos dos planetas, deficiente visual; Ludwig Von Beethoven, gênio da músico, ficou totalmente surdo nos últimos anos da sua vida; Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, grande escultor brasileiro.

PERÍODO RENASCENTISTA

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Segundo SOUTHEY, SANTOS FILHO e SILVA, era raríssimo se encontrar aleijados, cegos, surdos-mudos, coxos entre os indígenas brasileiros nos primórdios da colonização.

Dados históricos afirmam que as poucas anomalias físicas que alguns índios portavam eram frutos de guerras ou acidentes na selva. Nos casos congênitos as crianças eram sacrificadas pelos pais após o nascimento.

As doenças mais comuns na época eram “cegueira noturna, raquitismo, beribéri e outras”, resultantes da carência alimentar, e eram as responsáveis pelas anomalias da época, na grande maioria da população branca. O grande contingente de escravos inválidos na época era devido os maus tratos, castigos físicos ou acidentes no trabalho dos engenhos ou lavouras de cana.

HISTÓRIA DOS DEFICIENTES NO BRASIL

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Em 1854, D. Pedro II ordenou a construção de três organizações destinadas ao amparo destes indivíduos. São elas: O Imperial Instituto dos Meninos Cegos; Instituto dos Surdos-Mudos (1887) e o Asilo dos Inválidos da Pátria, destinado aos ex-combatentes mutilados na guerra em defesa da pátria.

Até por volta do século XVIII, a população de maneira geral e os deficientes eram carentes de cuidados médicos e de reabilitação. Segundo SANTOS FILHO, a história da medicina no Brasil pode ser dividida em três grandes fases:

Medicina dos físicos e cirurgiões, curiosos e feiticeiros; Medicina pré-científica (1808); Medicina científica.

HISTÓRIA DOS DEFICIENTES NO BRASIL

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Cerca de mais de 13 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência.

De acordo com o Plano nacional de ação conjunta para integração das pessoas deficientes, este percentual distribui-se nas diferentes deficiências da seguinte forma:

Deficiência Mental – 6 milhões e 500 mil – 5% Deficiência Física – 2 milhões e 600 mil – 2% Deficiência Auditiva – 1 milhão e 950 mil – 1,5 % Deficiência Múltipla – 1 milhão e 300 mil – 1% Deficiência visual – 600 mil – 0,5%

SÉCULO XX E A DEFICIÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

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Devido à grande falta de apoio e assistência às pessoas deficientes, em 1975 a ONU proclamou a “Declaração dos Direitos do Deficiente”.

Esta significou um grande marco na história das lutas destas pessoas, na medida em que obrigou os países-membros da ONU, mesmo que de forma precária, traçarem políticas de apoio a elas.

O Estado brasileiro não se preocupou efetivamente com as questões dos “deficientes”, antes do início da década de 80.

A Portaria Ministerial nº 13, de 1º de fevereiro de 1938, combinada com o Decreto 21.241/38, Art. 27 letra b, item 10, excluía sumariamente os df não somente das aulas de Educação Física, como também da escola, sendo esta descriminação fruto da doutrina militar e higienista dominante na década de 30.

SÉCULO XX E A DEFICIÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

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