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A CUBE IN TWELVE PARTS UM CUBO EM DOZE PARTES RUI GRAZINA

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By Rui Grazina © 2014

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Page 1: A cube in twelve parts / Um cubo em doze partes

A CUBE IN TWELVE PARTS

UM CUBO EM DOZE PARTES

RUI GRAZINA

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A CUBE IN TWELVE PARTS

UM CUBO EM DOZE PARTES

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Textos Texts:

Amílcar Correia

Prefácio Preface:

Dominique Machabert

2012 © Rui Grazina

Fotografia Photography:

Nelson Garrido

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RUI GRAZINA UM CUBO EM DOZE PARTES

A CUBE IN TWELVE PARTS

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Índice Index

Um cubo em doze partes | A cube in twelve parts

Page 7: A cube in twelve parts / Um cubo em doze partes

PrefácioIntroduçãoMemóriaObjetoLuzCuboFormaJogoEquaçãoSegredo SombraPercepçãoCorteRetorno Nota BiográficaCréditos

PrefaceIntroductionMemoryObjectLightCubeShapeGameEquationSecret ShadowPerceptionCutReturn Biographic NoteCredits

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Prefácio “Pièces à conviction “

Do Porto, cujo fundo eu dragava há já mais de vinte cinco anos, nunca trouxera o nome de Rui Grazina. Sem dúvida encontrava-se ele ainda em Aveiro quando eu começava a transpor a porta de Siza e a de Souto de Moura.

Imagino-o, em casa de seus pais, dentro de um quadro de Edward Hopper, na costa do Maine que Aveiro me inspira. Uma luminosidade pálida emana do jovem homem que nos olha.

Para que nos encontrássemos eram imprescindíveis as circunstâncias da noite portuense e a própria claridade que o segue para todo o lado, mais do que aquelas dos meios onde cruzamos a profissão.

Era também necessária a contribuição de amigos cujo talento é o de assegurar a linha entre gentes de passagem e habitantes duma cidade que parece contar com tantos residentes quanto visitantes.Isto é verdade, pelo menos, no mundo da arquitetura que faz do Porto uma cidade seguramente cosmopolita.

Rui Grazina é no Porto um visitante, uma espécie de dandy alternativo como aqueles com quem nos cruzamos em Londres ou em Berlim, conectado a músicas novas, mas mais brando por causa do matiz luminoso.O seu nome evoca-me a Itália de Léonardo onde encontramos igualmente rostos pálidos.

Um cubo em doze partes | A cube in twelve parts

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Dominique Machabert

O seu nascimento em Maputo, Moçambique, não trará ao inquérito nenhum elemento novo sobre a personagem cuja candura ilude uma força obstinada. Mas gosto de imaginar que a herdou das fadas negras inclinadas sobre o seu berço.

Rui Grazina é o retrato-robô do homem procurado. A sua arquitetura e o seu design são as provas da sua passagem discreta. E admira-me que tanta discrição e humildade estejam na origem de um tal domínio, de uma tal mestria, de um traço tão seguro.

Retenho dele, agora menos certo de o ter apercebido, o fulgor silencioso que transmite aos seus trabalhos desprovidos de vaidade.

Os seus objetos ganham em convicção à medida que o trabalho os exorta à emanciparem-se de um design de bom tom, de bom gosto e de uma ambição que vise estritamente o Belo.

Ausência de vaidade, como se diria de uma árvore na paisagem, totalmente liberta.

É possível que um certo preciosismo envolva os objetos e a arquitetura de Rui Grazina. Trata-se do mesmo que é indispensável a um cipreste para que seja da Toscânia, a um sobreiro, do Alentejo.

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“Pieces of conviction”

Um cubo em doze partes | A cube in twelve parts

Preface

Having searched Porto for over twenty-five years, never had I found the name Rui Grazina. He was still possibly in Aveiro, when I began to approach the door of Siza and that of Souto de Moura.

I imagine him, at his parents house; inside an Edward Hopper painting of the coast of Maine that Aveiro inspires me.A pale glow radiates from the young man who contemplates us.

In order for us to meet, more than the usual environments where one crosses fellow professionals, the peculiar circumstances of the Porto nights were indispensable; in the same way as the light that follows him everywhere.

Our encounter was also due to the kindness of friends whose talent is to ensure the line between people of passage and residents of a city that seems to count as many inhabitants as visitors.It is true, at least, in the architecture world, that Porto is a cosmopolitan city.

In Porto, Rui Grazina is a visitor, a kind of alternative dandy as one we might find in London or Berlin, connected to new genres of music, but ever so delicate because of his luminecent tint. His name evokes to me the Italy of Leonardo where we always encounter pale expressions.

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Dominique Machabert

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The fact that he was born in Maputo, Mozambique, will not bring something new to the investigation, or about a character whose candor conceals an obstinate force. But I like to imagine that he inherited that strength from the black fairies leaning over his cradle.

Rui Grazina is the robot portrait of the man we seek. His architecture and design are the pieces of evidence of his discreet path. And I am surprised that such discretion and self-effacement conceal such authority, such mastery, and such self-possessed design.

I perceive now, less certain of ever becoming aware of it, the silent glow he conveys on his work devoid of vanity.

His objects acquire conviction, as their design releases them from an exclusive search for good taste, from an ambition to reach beauty exclusively.

An absence of vanity, as we might find in a tree on the landscape, completely free.

It may be that a certain preciousness envelops Rui Grazina’s architecture and objects. It is the same it takes for a cypress to belong to Tuscany; an oak, to Alentejo.

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This book proposes to be a personal trajectory of an exploration in twelve stages.The stages could be called Object, Light, Cube and Form. Or Game, Equation, Shadow, Perception, Cut and Return.

But Memory remains the permanent return point.It starts the same way it ends: Rui Grazina uses the cube as his base of work and research, both in architecture or in design. All these works connect, cut-up, dissect or assemble something.

Scale is not the most pertinent issue. The most relevant matter is to challenge form.

Introduction

Um cubo em doze partes | A cube in twelve parts

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Este livro pretende ser como uma viagem entre doze pontos de um percurso pessoal. As paragens tanto se podem chamar Objeto, Luz, Cubo e Forma. Ou Jogo, Equação, Sombra, Percepção, Cortee Retorno.

Mas a Memória é assumida como o permanente ponto de retorno.Parte-se da mesma forma como se regressa: Rui Grazina faz do cubo a sua base de trabalho e de investigação quer na Arquitectura quer no Design. Todas estas obras adicionam, dividem, desconstroem ou associam.

O que importa não é tanto a escala. O mais relevante é o constante desafio da forma.

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Introdução

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MEMÓRIAMEMORY

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A memória é a verdade distante que o tempo distorceu. Regresso-lhe por conforto, mas deixo-a por confronto. A que distância estarei eu?

Memory is the distant truth time has distorted. I return to it for comfort, but leave it by confrontation. How removed from it am I?

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E há sempre mais um de nós em tudo o que somos, como esta cidade que eu também sou. A memória também é a cidade que encontro.

There’s always another one of us in everything we are, as this city, which is equally part of me. Memory is also the city I encounter.

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OBJETOOBJECT

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O objeto tem a sua própria biografia. Fala de nós como fala de si. Intromete-se a nosso pedido; passa a fazer parte de nós.

The object has its own biography. It refers to us in the same way it speaks about itself. Intruding itself at our request, becoming part of us.

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O quadrado, como forma primária, como pura geometria.

The square as primary shape, as pure geometry.

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The potential of transforming plan into solid. The abstract becoming something we interact with.

A possibilidade de transformação do que é plano em sólido. Do que é abstrato em algo com o qual interagimos.

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LIGHT LUZ

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O desenho é uma dupla revelação, revela-me o que descubro. O desenho é uma luz que se pendura nas linhas.

Drawing works as a double revelation, it discloses what I bring into the light. Drawing is a light that hangs from the lines.

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Exploro.Aprendo.Procuro.Desenho.Descubro.

I explore.I learn.I search.I draw.I discover.

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A arquitetura é outra cidade que habita a minha memória.

Architecture is another city that inhabits my memory.

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CUBOCUBE

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O cubo retém pensamentos esquecidos.As caixas de segredo foram concebidas em Hakone, no Japão, durante o século XIX, para acautelar objetos ou documentos.

The cube preserves forgotten thoughts.The secret boxes were conceived in Hakone, Japan, during the nineteenth century, to safeguard objects or documents.

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Section by section, until we reach the core, the Himitsu-Bako unveil their secret.Piece from Kawaguchiko, Japan

Peça a peça, até ao âmago, as Himitsu-Bako decompõem-se. Peça oriunda de Kawaguchiko, Japão

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FORMASHAPE

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O cubo soma, subtrai, multiplica e separa. Esta é 1/12 avos das doze partes em que um cubo se divide. O cubo como forma elementar de trabalho e de investigação.O trabalho como desafio à forma.

The cube adds, subtracts, multiplies and divides. This is one of the twelve parts into which the cube is divided. The cube as a fundamental work and research tool. Design challenges form.

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RG00, 345 x 345 x 345 mm

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Each module might be used:independently,individually,horizontallyvertically.

Cada módulo pode ser usado:independentemente,individualmente,horizontalmente,verticalmente.

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JOGOGAME

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“Qualquer pessoa que pense sobre o assunto, mesmo que a sua linguagem não possua um conceito geral para o exprimir, poderá ver imediatamente que o jogo constitui uma coisa em si mesmo. O jogo não pode ser negado.

“Anyone who thinks about this, even if his language does not have an extensive concept to express it, can immediately see that the concept of game is a thing in itself. Game cannot be denied.

If we want, we can deny all abstractions: justice, beauty, truth, goodness, reason, God. We can refuse solemnity, we cannot refuse the concept of game. “

Johan Huizinga, in Homo Ludens

Se quisermos, podemos negar todas as abstrações: justiça, beleza, verdade, bondade, razão, Deus. Pode negar-se a solenidade, o jogo não“.

Johan Huizinga, in Homo Ludens

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RG01 800 x 800 x 420 mm

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A produção de arquitetura não se separa de todo da produção de mobiliário. As pequenas e grandes escalas são faces complementaresdo trabalho de projeto.

The production of architecture is not distinct from the production of furniture. Large and minute scales are reciprocal aspectsof design.

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RG01, as faces laterais como elementos de composição do objeto, parte activa do processo de descoberta, de jogo. Como forma de levar o utilizador a descobrir os segredos e a tridimensionalidade do objeto.

In RG01 the lateral surfaces are regarded as features of the complete object,as active elementsof the process leading the user to uncover the secrets and the full tridimensionalityof the object.

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EQUAÇÃOEQUATION

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Os cubos decompõem-se como uma equação. Revelam as diferentes escalas dos seus objetos.Seis faces diferentes, cinco gavetas, diferentes tamanhos, diferentes formas.

Cubes are fragmented as an equation. They reveal the different scales of their components. Six different sides, five drawers, different sizes, different shapes.

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W

To question what is inside and what is outside.

Questionar o que está dentro e o que está fora.

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W

RG02, 180 x 180 x 180 mm

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The multiple sides of an object reflect the diverse components of what we are.

As várias faces de um objeto correspondem às varias faces do que somos.

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SEGREDOSECRET

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O cubo revela a escala do seu segredo. A RG03a é um cubo de madeira, de inpiração Japonesa, que acolhe no seu interior uma peça preciosa. O que fazer? Como fazer? O que vou descobrir?

The cube unveils the scale of its secret. RG03a is a cube made of wood, of Japanese inspiration, which shelters a precious object. What shall I do? How shall I do it? What will I find?

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In its perfect geometry, the cube embodies a perfect base for research, enabling the search for form by subtracting and/or separating parts from the whole.

O cubo representa, através da sua geometria perfeita, uma base para a investigação, e permite a criação da forma pela subtração e/ou separação de partes do todo.

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RG03a, 76 x 76 x 76 mm

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SOMBRASHADOW

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A RG03b é uma descendência, misto de luz e de sombra. Por que será a necessidade de luz tão presente? Junichiro Tanizaki via na luz, ou na sua ausência, uma diferença de cultura entre ocidentais e orientais. Estará o essencial na eloquência da sombra?

The RG03b is a descendant, a composition of light and shadow. Why is the need for light so persistant? Junichiro Tanizaki saw light, or its absence, as a difference between Western and Eastern culture. Might the essential be in the eloquence of the shadow?

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RG03b, 76 x 76 x 76 mm

A RG03a está no centro do projecto e define as bases conceptuais, a escala e as dimensões específicas.A RG03b e seguintes, evoluem, partindo da mesma base dimensional, para outros desenhos, novas explorações.

RG03a is at the root of the project and defines the conceptual underpinning, scale and specific dimensions. The RG03b, and subsequent pieces, evolve from the same base dimension, towards other compositions and new explorations.

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PERCEPÇÃO PERCEPTION

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The wall frames the visual connection between building and garden. It changes the way the motion from inside to outside is registered in our perception.

A parede enquadra a relação visual entre o jardim e o edificado. É ela que transforma a percepção da passagem entre interior e exterior.

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RG04, 4150 x 2200 x 1450 mm

RG04, intervenção em jardim de habitação de 1870, no Porto

RG04, garden intervention in a 1870 house, in Porto

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A RG04 é um abrigo ou um segredo maior? Uma passagem entre o que está dentro e o que está fora.

Is RG04 a shelter or a secret on a larger scale? A path between what is inside and what is outside.

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CORTECUT

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A ordem nunca é a mesma, só a mutação permanece. A peça separa--se em quatro níveis, que correspondem a igual número de tabuleiros, que se organizam de forma distinta a cada momento. O corte não fere, reorganiza.

Order is never the same, only transformation persists. The piece splits into four levels, four trays, each able to assume a different position within the whole at any given time. The cut is not intrusive, it reorganizes.

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The object as architecture on a minute scale; as a small home.

O objeto como arquitetura numa pequena escala; como uma pequena casa.

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RG05, 170 x 170 x 170 mm

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RETORNORETURN

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Um cubo em doze partes | Capítulo/Chapter 12

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Retorno [ato ou efeito de retornar, regresso, volta, retornamento, retornança (...)]

Return [to go or come back, as to a former place, position, or state: to return from abroad (...)]

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A particular topografia do terreno, e a relação entre esta e espaço exterior e interior, conduzem à singular implantação da casa.

The distinct topography of the land, and its connection to public and private spaces, leads to the particular setting of the house on the landscape.

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Um cubo em doze partes | Capítulo/Chapter 12

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Habitação unifamiliar em, Barcelos

Private house in Barcelos, Portugal

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The house is a prime form. It articulates light and shadow, relates and separates the various features that compose us.

A casa é uma forma maior, articula a luz e a sombra, junta e separa as várias faces do que somos.

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Memory contracts and becomes distorted in recollection. I return to it for comfort, but leave it by confrontation. How far from it am I?

A memória retrai-se, distorcida, na evocação. Regresso -lhe por conforto, mas deixo-a por confronto.A que distância estarei eu?

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Rui Grazina é arquiteto, designer de produto e de mobiliário.

O seu trabalho já foi exibido em locais como 100% Design, em Londres, FAD, em Barcelona, ou Design+ em Lisboa. A RG02 foi uma das peças escolhidas no concurso de design para a loja de Design do Museu Berardo, em Lisboa, em 2008. Rui Grazina foi um dos designers convidados da edição de 2009 do Remade in Portugal, em Lisboa.

Em 2010 apresentou o seu trabalho na semana de Design do Rio de Janeiro, e expôs na Talents Ambiente, em Frankfurt em Fevereiro de 2011. Participou na edição de 2012 de Remade em Portugal, no Porto. Em Dezembro de 2012 o seu livro “Um cubo em doze partes” foi editado em Portugal, estando a sua edição em formato digital marcada para 2014. Lançou a peça RG08 no Remade em Portugal 2013, no Porto.

PLYWOOL é uma peça desenhada em parceria com a designer Americana Andrea Panico (Pico Litlle Architecture) e foi lançada em Novembro de 2013.

Foi um dos designers convidados do projeto More Design, More Industry, integrado no evento Art on Chairs 2014. O trabalho foi exibido na Beijing Design Week.Em Outubro de 2014 venceu o Lisbon Design Show com um serviço em prata para a marca Topázio. Em Dezembro apresentará a RG21 no âmbito do Remade em Portugal, na Fundação EDP.

As suas peças já foram vendidas para todo o mundo, estando representadas em lojas em Portugal, Alemanha, Inglaterra, e Brasil. Trabalhou como arquiteto numa vasta gama de projetos em Londres e no Porto, na sequência dos seus estudos na Faculdade de Arquitetura na Universidade do Porto. Nasceu em Maputo, Moçambique.

Nota biográfica

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Rui Grazina is an architect, product and furniture designer.

Rui Grazina has produced a range of furniture and products exhibited namely at 100% Design, in London; FAD, in Barcelona; Remade in Portugal and Design+, in Lisbon. Jewellery box RG02 won the design competition for the Berardo Modern Art Museum Design Shop, in Lisbon. In November 2010 Rui presented his work at Rio de Janeiro Design Week, and exhibited at Talents Ambiente, Frankfurt in February 2011. He participated in Remade em Portugal 2012, in Porto. In December 2012 his book “A cube in twelve parts” was published in Portugal, with worldwide digital edition set for 2014. Lauched RG08 in the 2013 edition of Remade em Portugal, in Porto.

PLYWOOL is a collaboration with American designer Andrea Panico (Pico Litlle Architecture) and was launched in November 2013.

He was one of the invited designers for the Art on Chairs 2014 project. The work was exhibited at the Beijing Design Week. In October 2014 he won the Lisbon Design Show with a silverware set for Portuguese brand Topázio.

In December he will present RG21 as part of Remade em Portugal, at Fundação EDP, in Porto.

Rui is represented is stores in Portugal, Germany, England and Brazil, and his pieces sold worldwide.

Rui worked as an architect on a wide range of projects in London and Porto. He has a diploma in Architecture from the University of Porto School of Architecture. He completed his education at the Faculty of Architecture, University of Porto. Born in Maputo, Mozambique.

Biographic note

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Um cubo em doze partes | A cube in twelve parts

Título/Title:

Um cubo em doze partes A cube in twelve parts

© 2012 Rui Grazina

Composição gráfica/Graphic layout:

Rui Grazina

Tradução/Translation:

Rui Grazina

Créditos das imagens/image credits:

Nelson Garrido,

excepto/except:Capítulo/Chapter:

1, 2, 3 e 4 - Rui Grazina;5 - Vergílio Ferreira; Carlos Cezanne

Revisão/Revision:

Maria Bleck, Vera Cabrita, Joana Gusmão, Laurent Scanga, Pedro Serrazina, Natalie Woolf

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Agradecimentos/Acknowledgments:

À minha família/ To my family;

Ana Luísa Ferreira, Maria Lurdes Melo;

Helena Simões, José Simões, Pedro Simões,

Casa da Arquitetura;

António Carvalho; Marta e Alexandre Cunha;

Agradecimentos/Acknowledgments:

Rachel Smart;

Tiago Machado;

Marta Fragata;

Rute Gomes;João Mesquita

Agradecimentos/Acknowledgments:

Amílcar Correia;

Dominique Machabert;

Nelson Garrido

Impressão/Printing:

Molográfica, Porto, Portugal

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© 2014 Rui Grazina Propriedade / Ownership:

Rrui Grazina

Fotografia/ Photography:

Nelson Garrido

Um cubo em doze partes | A cube in twelve parts

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Depósito Legal/Legal Deposit:

351362/12

Edição Especial /Special Edition:

Bags of Books Edições

[email protected]

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Um cubo em doze partes | A cube in twelve parts