a crise que ninguém entendeu - administração das naçōesadministração das naçōes

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04/10/2015 A Crise Que Ninguém Entendeu Administração Das NaçōesAdministração Das Naçōes http://blog.kanitz.com.br/aorigemdacrisemundial/ 1/3 A Crise Que Ninguém Entendeu ADMINISTRAÇÃO DAS NAÇÕES ECONOMIA ECONOMIA ADMINISTRATIVA HISTÓRIA ADMINISTRATIVA DO BRASIL NÃO DEIXE DE LER NOMINALISMO — 07 Abril 2013 Na Revista Veja, de 5 de setembro de 2007, um ano antes da crise de 2008, publiquei com todas as letras, o ano e montante da Crise. Bem diferente do publicitário Nouriel Roubini que desde 2003 previa sem data e valor. “...os bancos do mundo deixarão de emprestar 2 trilhões de dólares em 2008, só para poder se enquadrar nos ditames de Basileia I e II. Um tiro no pé dos bancos e na economia do planeta.” * Previsão confirmada em 5 de dezembro de 2008: Oppenheimer & Co analyst Meredith Whitney, among the earliest to turn bearish on the sector, said she expects lenders to pull more than $2 trillion of credit lines over the next 18 months, with severe consequences for U.S. consumers.” Lendo o artigo que republico aqui, fica claro que os EUA e a imprensa americana, não diagnosticaram corretamente as verdadeiras razões que geraram esta crise. Diagnósticos errados geram curas equivocadas e mais sofrimento, até morte. Artigo Original Por que os grandes emprestadores de hoje são os fundos de pensão, hedge fund, e as empresas de private equity, e não os bancos comerciais, com seus mais de 500 anos de tradição nessa área? A origem da crise atual remonta a 1933 e 1935, quando o governo americano instituiu uma série de regulamentos visando impedir que os bancos emprestassem além de sua capacidade financeira. Um tiro no pé dos bancos e na economia do planeta. Os bancos comerciais, para sobreviver, mergulharam de cabeça em outras atividades, como serviços, derivativos, securitização de recebíveis. No ano passado, somente os bancos americanos realizaram a loucura de 157 trilhões de dólares em derivativos, contra 500 bilhões em 1988. Hoje, os empréstimos não passam dos 6 trilhões; o negócio dos bancos comerciais agora é outro. No Brasil, sentimos o efeito dessa regra bancária insana em 1982 e 1983, quando a inflação americana atingiu 20%, obrigando os bancos a recolher 20% de seus empréstimos, por simples regulamentação governamental, criando a famosa crise da dívida externa, que nos causou uma década e tanto perdida. Acusaram‐nos na época de ser um país superendividado, de ter tomado empréstimos demais, quando na realidade eram eles que estavam sendo forçados a dar empréstimos de menos. Os bancos também foram acusados injustamente de ter emprestado sem rigor, o que resultou nesses acordos ainda mais rígidos de Basileia I e II, que mantiveram o absurdo original de usar como cálculo um capital corroído anualmente pela inflação. Um enorme retrocesso. Compare isso com a regra utilizada pelo Banco Central brasileiro até 1995: Os bancos poderão emprestar até doze vezes seu capital, corrigido anualmente pela inflação“. Se em vez de pedirem moratória, implorarem ...os bancos do mundo deixarão de emprestar 2 trilhões de dólares em 2008, só para poder se enquadrar na Basileia I e II. Um tiro no pé na economia do planeta. FAÇA O DOWNLOAD GRATUITO ARTIGOS RECENTES O Direito de Ir e Vir Mais Impostos a Partir de QuintaFeira Lula Estava Certo Novamente o Problema É o Vice Dilma Renuncia Até o Dia 27 de Setembro CREATIVE COMMONS Todos os Artigos Podem Ser Reproduzidos sob Licença 3.0 Creative Commons Atribuição do Site e Autor, Para Fins Não Comerciais HOME ECONOMIA POLÍTICA PBE FAMÍLIA COLABORADORES DICIONÁRIO DEBATE VÍDEOS ENTRE EM CONTATO ADMINISTRAÇÃO SOCIALMENTE RESPONSÁVEL ERRONOMICS ESTATÍSTICAS INTERESSANTES COMUNITARISMO ÉTICA NOSSOS MAIORES PROBLEMAS DICIONÁRIO POLÍTICO EDUCAÇÃO CONGRESSO E DEMOCRACIA CONTABILIDADE E AUDITORIA DIREITO

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04/10/2015 A Crise Que Ninguém Entendeu ­ Administração Das NaçōesAdministração Das Naçōes

http://blog.kanitz.com.br/a­origem­da­crise­mundial/ 1/3

A Crise Que Ninguém EntendeuADMINISTRAÇÃO DAS NAÇÕES ECONOMIA ECONOMIA ADMINISTRATIVA HISTÓRIA ADMINISTRATIVA DO BRASIL

NÃO DEIXE DE LER NOMINALISMO — 07 Abril 2013

Na Revista Veja, de 5 de setembro de 2007,

um ano antes da crise de 2008, publiquei com

todas as letras, o ano e montante da Crise.

Bem diferente do publicitário Nouriel Roubini

que desde 2003 previa sem data e valor.

“...os bancos do mundo deixarão de

emprestar 2 trilhões de dólares em 2008, só

para poder se enquadrar nos ditames de

Basileia I e II. Um tiro no pé dos bancos e na

economia do planeta.”

*

Previsão confirmada em 5 de dezembro de

2008:

“Oppenheimer & Co analyst Meredith

Whitney, among the earliest to turn bearish

on the sector, said she expects lenders to pull

more than $2 trillion of credit lines over the

next 18 months, with severe consequences

for U.S. consumers.”

Lendo o artigo que republico aqui, fica claro

que os EUA e a imprensa americana, não

diagnosticaram corretamente as verdadeiras

razões que geraram esta crise. Diagnósticos

errados geram curas equivocadas e mais

sofrimento, até morte.

Artigo Original

Por que os grandes emprestadores de hoje são

os fundos de pensão, hedge fund, e as

empresas de private equity, e não os bancos

comerciais, com seus mais de 500 anos de

tradição nessa área?

A origem da crise atual remonta a 1933 e 1935,

quando o governo americano instituiu uma

série de regulamentos visando impedir que os

bancos emprestassem além de sua capacidade

financeira.

Um tiro no pé dos bancos e na economia do

planeta.

Os bancos comerciais, para sobreviver,

mergulharam de cabeça em outras atividades,

como serviços, derivativos, securitização de

recebíveis. No ano passado, somente os

bancos americanos realizaram a loucura de 157

trilhões de dólares em derivativos, contra 500

bilhões em 1988.

Hoje, os empréstimos não passam dos 6

trilhões; o negócio dos bancos comerciais

agora é outro.

No Brasil, sentimos o efeito dessa regra

bancária insana em 1982 e 1983, quando a

inflação americana atingiu 20%, obrigando os

bancos a recolher 20% de seus empréstimos,

por simples regulamentação governamental,

criando a famosa crise da dívida externa, que

nos causou uma década e tanto perdida.

Acusaram‐nos na época de ser um país

superendividado, de ter tomado empréstimos

demais, quando na realidade eram eles que

estavam sendo forçados a dar empréstimos de

menos.

Os bancos também foram acusados

injustamente de ter emprestado sem rigor, o

que resultou nesses acordos ainda mais rígidos

de Basileia I e II, que mantiveram o absurdo

original de usar como cálculo um capital

corroído anualmente pela inflação.

Um enorme retrocesso.

Compare isso com a regra utilizada pelo Banco

Central brasileiro até 1995: “Os bancos

poderão emprestar até doze vezes seu

capital, corrigido anualmente pela inflação“.

Se em vez de pedirem moratória, implorarem

...os bancos do mundo deixarão

de emprestar 2 trilhões de dólares

em 2008, só para poder se

enquadrar na Basileia I e II. Um tiro

no pé na economia do planeta.

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ÉTICA NOSSOS MAIORES PROBLEMAS DICIONÁRIO POLÍTICO EDUCAÇÃO CONGRESSO E DEMOCRACIA CONTABILIDADE E AUDITORIA DIREITO

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http://blog.kanitz.com.br/a­origem­da­crise­mundial/ 2/3

Esses regulamentos foram sendo modificados

ao longo dos anos, e sua última versão são os

acordos de Basileia I e II.

Neles encontramos a regra básica comum a

todos: “Os bancos poderão emprestar no

máximo doze vezes seu capital e reservas,

corroídos pela inflação do ano, ano após ano”.

O gráfico acima mostra como os capital dos

bancos foi sendo corroídos ao longo da última

década, a base de 3% ao ano.

Deve ser a regra mais estapafúrdia e

incoerente da história econômica do mundo,

porque enfraquece a capacidade de emprestar

dos bancos ano após ano, justamente o

contrário do que queriam fazer.

Imagine o estrago que acarretaram ao setor

bancário vinte anos de inflação multiplicados

pela alavancagem de doze vezes o patrimônio

líquido.

Devido à inflação média somente deste ano,

os bancos do mundo deixarão de emprestar 2

trilhões* de dólares em 2008, só para poder

se enquadrar nos ditames de Basileia I e II.

por mais prazo, nossos negociadores tivessem

exigido a troca do “corroído pela inflação” por

um “corrigido pela inflação”, os bancos

americanos teriam tido o necessário espaço

para respirar e teríamos resolvido a não‐crise

numa boa.

Tínhamos até a obrigação de alertar o mundo

nesta crise de 2008, pois só os brasileiros

enxergam essas frases em itálico, calejados

que fomos pela inflação.

Mas, em 1995, Pedro Malan introduziu,

inexplicavelmente, a regra “corroído pela

inflação”, enfraquecendo nosso sistema

bancário, forçando‐o a ganhar dinheiro com

serviços, e não com empréstimos,

comprometendo o crescimento do Brasil –

mais um erro do governo FHC.

Agora no Brasil como nos Estados Unidos vale a

regra “Nosso bancos, a partir do Plano Real,

poderão emprestar somente até doze vezes

seu capital, corroído anualmente pela

inflação“.

Por isto o Brasil não cresce, FHC e seus

assistentes acadêmicos detonaram o nosso

setor bancário, que agora presta serviços em

vez de emprestar.

           

 

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