a crise no g12, updated 02 08 2006

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Meu nome é Alisson Teles Cavalcanti, e sou proprietário e moderador da lista Modelo dos 12, que creio ser a maior e mais antiga lista sobre o G12 no Brasil. Eis alguns endereços: http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12 (site da lista no Yahoogrupos) http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12-geral (site da lista-irmã, para assuntos diversos) Neste breve relato, tentarei retratar a crise dentro da estrutura do G12 através do que presenciei, como moderador das listas G12. Antes, um breve histórico meu. Moro em Campina Grande na Paraíba, aonde pela graça e misericórdia divinas sou presbítero da Igreja Evangélica Congregacional de Alagoa Nova e dirigente em uma de suas congregações, a IEC Semeando Vida, de linha reformada e “renovada”. Na época em que estávamos para iniciar os trabalhos da congregação, à época, independente (chamada Comunidade Cristã Semeando Vida), eu buscava aprender sobre os diversos modelos de igrejas em células existentes. Isto foi em meados de 1999. Até que cheguei ao G12, mas por causa das mensagens e denúncias que circulavam na época sobre a má fama do G12, inicialmente posicionei-me contra. Mas após tomar conhecimento de um documento escrito pela então Pra. Valnice Milhomens refutando a maioria das acusações feitas, acabei “aderindo” a este modelo. E por causa do intenso fogo cruzado que havia nas listas de discussão na época, em abril de 2000 fundei a lista Modelo dos 12. No início era tudo maravilhoso. Fui para a congregação local da igreja da Valnice (INSEJEC-CG), sendo por causa disto expulso da igreja na qual era líder. Lá na INSEJEC fiz pré-encontro, encontro, iniciei o pós-

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Page 1: A Crise no G12, updated 02 08 2006

Meu nome é Alisson Teles Cavalcanti, e sou proprietário e moderador da lista Modelo dos 12, que creio ser a maior e mais antiga lista sobre o G12 no Brasil. Eis alguns endereços:

http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12 (site da lista no Yahoogrupos)http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12-geral (site da lista-irmã, para assuntos diversos)

Neste breve relato, tentarei retratar a crise dentro da estrutura do G12 através do que presenciei, como moderador das listas G12. Antes, um breve histórico meu.

Moro em Campina Grande na Paraíba, aonde pela graça e misericórdia divinas sou presbítero da Igreja Evangélica Congregacional de Alagoa Nova e dirigente em uma de suas congregações, a IEC Semeando Vida, de linha reformada e “renovada”.

Na época em que estávamos para iniciar os trabalhos da congregação, à época, independente (chamada Comunidade Cristã Semeando Vida), eu buscava aprender sobre os diversos modelos de igrejas em células existentes. Isto foi em meados de 1999. Até que cheguei ao G12, mas por causa das mensagens e denúncias que circulavam na época sobre a má fama do G12, inicialmente posicionei-me contra. Mas após tomar conhecimento de um documento escrito pela então Pra. Valnice Milhomens refutando a maioria das acusações feitas, acabei “aderindo” a este modelo. E por causa do intenso fogo cruzado que havia nas listas de discussão na época, em abril de 2000 fundei a lista Modelo dos 12.

No início era tudo maravilhoso. Fui para a congregação local da igreja da Valnice (INSEJEC-CG), sendo por causa disto expulso da igreja na qual era líder. Lá na INSEJEC fiz pré-encontro, encontro, iniciei o pós-encontro e a Escola de Líderes (estes dois últimos sem concluir, contudo) e também o reencontro. Um ano depois, minha igreja chamou-me de volta. Tentei durante quase três anos, em vão, implantar o que havia aprendido na Insejec e pela internet, com os materiais que eram trocados pelos líderes da lista de comunhão. Mas algo não “encaixava”. Isso causou-me uma grande confusão e decepção, porque havia sido doutrinado a rejeitar todo fracasso e esperar pelas “multidões”, que viriam atraídas pela “unção” que a dita “visão” traria sobre meu ministério. Mas que nada! Elas não vieram.

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Fiquei muito confuso, porque acreditava de todo coração naquilo. Diante do “fracasso” (hoje sei que não houve fracasso nenhum!), duvidei até do Chamado que o Senhor me fez para o ministério pastoral, e pensei em liberar as ovelhas para irem para outras igrejas, e extinguindo a congregação. Achava que as estava privando de serem abençoadas. Convoquei uma reunião, expus o que estava tencionando fazer, mas após uma comoção geral os irmãos reafirmaram o amor e confiança que tinham por mim e disseram que não iriam a lugar algum. Isto me animou a buscar outras causas para o aparente “fracasso” em que me encontrava.

Foi a partir daí que passei a questionar aquilo que os líderes do G12 estavam de fato pregando. Na teoria, não havia muito do que se questionar. O modelo dos 12, como me foi apresentado, nada mais era que um modelo de estrutura para igrejas em células como qualquer outro. Era algo como uma Escola Dominical, que embora tenha sido “inventado” por presbiterianos, foi adaptada e implantada em praticamente todas as igrejas evangélicas. Não havia esse messianismo exclusivista que hoje é tão comum. Embora já muitos diziam na naquela época, nas entrelinhas, que quem não está na Visão está fadado ao fracasso, havia um entendimento mais ou menos geral de que a igreja em células no modelo dos 12 era uma ferramenta para edificação de TODO o Corpo de Cristo. Aos poucos, porém, a Visão tornou-se exclusivista e triunfalista, até ao ponto de crerem que poderão, sozinhos, serem capazes de evangelizar o Brasil todo e torná-lo um país totalmente cristão! Isto é o que tenciona o René, com seus slogans “em 2008, o Brasil será outro” e “2010, o Brasil a seus pés” (é claro que isto não é dito a viva voz, porém é o que claramente se deduz a partir das visões, revelações, ministrações, atos proféticos e demais aberrações que são produzidas lá). Seria maravilhoso se fosse verdade...

Então, aconteceu o improvável. No início de 2005, René Terranova enviou uma carta ao César Castellanos e também para seus discipulados comunicado o seu desligamento do ministério de César. Transcrevo tudo o que circulou na net a respeito do caso mais abaixo. Digo improvável porque a principal “arma” de controle do monstro que se tornou o G12, feita incansavelmente pelo próprio René, era a de que quem quebra uma aliança está sob maldição. Todos devem estar submissos ao seu discipulador, desde o novo convertido até os mais altos “escalões”, formando uma pirâmide no topo da qual estaria logicamente o César, tendo o René logo abaixo. Mas

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parece que ele queria mesmo é estar por cima... Rompeu com o César, e levou consigo todos os que estavam sob sua liderança, provocando um racha totalmente inesperado na estrutura mundial do G12.

Abaixo coloco minhas impressões sobre os rumos que o G12 tomou desde que o conheci, e que foram enviados à lista modelo dos 12 logo que essa bomba estourou:

1. Quando abracei a visão no início de 2000, o que mais me chamava a atenção era a cooperação e comunhão que havia entre pastores de diferentes denominações e linhas teológicas, sem no entanto haver qualquer tipo de ligação formal entre eles. Era apenas o engrandecimento da obra de Deus que os movia! O que vejo hoje é uma imensa e intrincada "teia" de coberturas e legitimações em forma de pirâmide que se assemelha e muito à estrutura de Roma. Me perdoem pela franqueza, mas é esta a impressão que tenho hoje. Vejo fogueira de vaidades que inflamam os que querem galgar posições dentro da pirâmide, mas muito pouco daquele frescor de comunhão que é tão precioso para mim e creio que muitos, senão todos, desta lista!

 2. Já em 2000, no congresso do Ibirapuera, ouvi da

boca do próprio Pr. César, e foi confirmado pelos outros presentes, que o problema que o G12 estava enfrentando na época no Brasil fora gerado por um "espírito de superstição" que se infiltrou na visão, e que provocou todas aquelas aberrações que os opositores da visão propagavam e ainda propagam para justificarem-se. Nem convém lembrá-las. Todos sofremos na época. Me perdoem por escrever isto amados, mas creio FIRMEMENTE que este "espírito de superstição" tomou conta da visão, ou de pelo menos a sua liderança, porque desde então tenho visto todo tipo de coisas estranhas à visão serem incorporadas à ela. Uma destas superstições/misticismo, creio eu, está no abuso no uso de símbolos e festas da cultura judaica (que são sombras) e a quase adoração ao povo judeu que se faz hoje em dia em muitos arraiais. Amo o povo judeu de coração, mas não posso nunca concordar em adotar os seus costumes, que em última análise são SOMBRAS do que hoje temos de concreto, que é a pessoa de Cristo. Prefiro Cristo, e só.

 

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3. Desde o início, também, foi propagado aos quatro ventos que a visão é de ESTRUTURA e não de DOUTRINA, portanto perfeitamente adaptável a qualquer igreja. Hoje tudo mudou, e incorporado ao G12 vem uma doutrina bastante perigosa de submissão, que, temo eu, estará transformando em breve o G12 num monstro denominacional parecidíssimo com a Igreja Católica Apostólica Romana. Repito - perdoem-me pela franqueza. Repito e parafraseio o que alguém disse em um texto escrito há mais de 5 anos: "Pra quê os títulos: apóstolo, bispo, '12 nacional de fulano', '12 estadual de ciclano', se todos são servos?" Hierarquizar só produz odres velhos. A submissão é bíblica, mas submissão uns aos outros, MUTUAMENTE, e não submissão a líderes onipotentes.

 4. Outra vez, desde o início, havia aquele frescor da

operação do Espírito Santo; a Sua operação livre era enfatizada. Falávamos que "os outros" pegavam o Espírito Santo e O colocavam numa caixa de sapatos e o diziam: "Fique aí!". Lembram? O que vejo hoje é que quem está fazendo isso são as igrejas da visão. Como? Vejo redes se formando e já formadas para envio de materiais, de liturgias, de roteiros, de manuais, de coisas do tipo "ei, como vocês fazem o encontro tal?" e coisas semelhantes. Amados, me digam: O ESPÍRITO SANTO PODE OPERAR LIVREMENTE COM UM ENGESSAMETNO DESSES? Parece que, ao invés de buscar na Palavra e no Espírito inspiração para pregarmos, é bem mais fácil ler no Manual, não é? Por outro lado, tenho visto a Palavra sendo torcida em seu sentido claro e lógico em favor de devaneios criados para solidificar algum "princípio" mirabolante e chamado de "rhema". Amados, creio na lógica do rhema, mas lembro que o rhema SEMPRE estará atrelado ao LOGOS. Aliás, sequer existe rhema sem logos. Ninguém pode ir além do que a Palavra diz e usar isso como fonte de doutrina e ensino para ensinar a outros.

 5. Tenho visto também um forte sentimento de

rejeição a toda igreja/pessoa que "não está na visão". Neste erro confesso que caí também. Raras foram as vezes em que, falando de outras igrejas, não nutria um certo orgulho de pertencer à "visão dos últimos dias". Hoje compreendo que o G12(pelo menos do que entendo ser o núcleo atemporal e não doutrinário) é APENAS

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UMA das muitas formas de Deus operar para se fazer cumprir os Seus planos. Há muitas outras hoje e no passado, e certamente poderão haver muitas mais no futuro. Há um certo preciosismo em relação à visão, um certo orgulho de "pertencer" à ela que só tem contribuído para a sua própria queda. Lamento profundamente isto.

 6. Também se falava nos tempos passados que é

humanamente impossível um pastor tomar conta de mais de 100-120 pessoas ao mesmo tempo, sozinho, e com isto concordo completamente. Com um G12, um pastor poderia tomar conta de qualquer rebanho que o Senhor lhe confiasse, mas NUNCA um grupo maior que 12. O que ocorre hoje? Cada líder "grande" tem seu G12 local mas também tem uma infinidade de G12's - 12 estaduais, 12 nacionais, 12 internacionais, etc. Bem, se é impossível alguém "tomar conta" de 100-120 pessoas, digamos assim, "normais", como é possível tomar conta de múltiplos G12's compostos por outros pastores que têm outros múltiplos G12's, cada um com necessidades espirituais tremendas para serem supridas pelo seu líder? Por outro lado, ter um G12 exige uma caminhada juntos que não pode se resumir numa reunião semanal, muito menos mensal ou anual. Como pode um ser humano suprir necessidades de múltiplos G12's, muitos deles distantes milhares de quilômetros uns dos outros? Como ele aguenta? Obviamente, há algo extremamente errado nisto.

 7. Também tenho visto grandes ministérios sendo

levantados no Brasil, EUA, Colômbia, etc. Mas e países que REALMENTE precisam desesperadamente de igrejas como aqueles da Janela 10/40? Aonde entram as missões dentro da visão? Me corrijam se estiver errado, mas não vi ainda nenhum movimento dentro da visão de plantação de igrejas em campos novos. Muito dinheiro é gasto em incontáveis palestras, encontros, reencontros, congressos regionais, nacionais e internacionais, mas quanto dinheiro é EFETIVAMENTE empregado para o que a Igreja tem de mais urgente hoje, que é a evangelização de povos que NUNCA ouviram falar de Cristo, que não tem NINGUÉM que pregue para eles? Por favor, ME CORRIJAM SE EU ESTIVER ERRADO!!!

 

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8. Diante de tudo que expus acima, depois de muito meditar, pensar, orar, gemer, ler, analizar... Decidi cortar toda e qualquer ligação da igreja aonde sirvo com o G12 "institucionalizado" que hoje existe. Isto ocorreu gradativamente desde o início do ano passado. Aqui na igreja tenho tentado apenas pregar "Cristo, e este crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos".

Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12/message/15116

 

Agora, vou passar a descrever a crise que tomou conta do G12.

Até o início de 2005, aqui no Brasil haviam três “apóstolos legitimados” pelo pr. César Castellanos para liderarem o G12: René Terranova de Manaus, Sinomar Fernandes de Goiânia e Valnice Milhomens de São Paulo. Até onde sei, os dois últimos, Sinomar e Valnice, especialmente esta última, nunca foram de se envolver com política ou terem ministérios vistosos, ao contrário do René, que apoiou Garotinho nas últimas eleições e até “profetizou” que ele ganharia! (neste endereço há informações sobre isto: http://www.martelo.parbar.com.br/2006/06/profecia.html ) Também mantém uma estratégia de realizar todos os anos, em Porto Seguro, na Bahia, um congresso nacional aonde, ano após ano, “declara” que os demônios que regem o Brasil estão sendo destronados para que a Igreja tome o lugar deles como governante do País, e realiza diversos “atos proféticos” com esta finalidade. Este congresso é recheado de práticas inúteis e supersticiosas, porém carregadas de suposta “unção” e “autoridade” que supostamente estariam “gerando nos céus um novo país”. Para saber mais basta ir no site do MIR: www.mir12.com.br.

Pois bem. O René, aparentemente, parece que foi meio como um estorvo para o César. Como citei acima, César falou a todos os presentes à Segunda Convenção das Igrejas em Células no Modelo dos 12, em 2000, que um “espírito de superstição” estava por trás da perseguição ao G12 que à época se fazia. Só quem sabia dos bastidores saberia do que ele estava falando.

René foi a Bogotá e de lá trouxe o g12 ao Brasil junto com Valnice em anos anteriores. Porém, ao contrário desta última,

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tratou logo de editar livros e mais livros, inclusive o famigerado “Manual do Encontro” tão falado, a titulo de facilitar o aprendizado de novos seguidores. Em Bogotá não é assim, pois tudo se aprende na prática, segundo se falava. Não se faziam “manuais” tão queridos por nós, brasileiros. Sobre isto lemos a própria Valnice falar na lista por várias vezes, pois tinha muita dificuldade em captar as técnicas pois estava acostumada a ter tudo escrito para poder aprender e aplicar convenientemente, coisa que César era terminantemente contra. Algumas mensagens da Valnice:

http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12/message/34http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12/message/181

Renê, segundo o que se comentava, também foi o autor de grande maioria das “novidades” feitas nos encontros, como o segredo absoluto, a queima de papéis com os “pecados” das pessoas escritos, a exacerbação das emoções e euforia coletiva, etc. Segundo li, ele trouxe essas práticas dos Encontros de Casais com Cristo, do qual era um “expert”. No congresso de 2000, estava sendo preparado o material oficial que deveria ser adotado pelas igrejas do G12 no país, que até então só bebiam da fonte do René, já que César não queria editar manual ou livro didático algum. Valnice conseguiu convencê-lo a editar algo, e então ele ouviu de René que este deixaria de editar os livros próprios para adotar o que era a partir de então, “oficial”. Isto também foi anunciado naquele congresso pelo próprio Renê. Me parece que não foi bem isso que aconteceu na prática, já eu os livros dele continuaram a serem vendidos e até outros livros apareceram.

Quanto a este período que foi crucial para mim e tantos outros líderes que ingressaram no então modelo dos 12, e para entender melhor os questionamentos que faço neste relato, vale a pena ler as mensagens trocadas pelos membros da lista Modelo dos 12 em seu início:

http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12/messages/

As coisas continuaram andando normalmente a partir daí. Foram realizados outras convenções em 2001, 2002, 2003 e 2004, das quais não participei. Acompanhava tudo pela lista, já que alguns irmãos postavam suas anotações pessoais das palestras que ouviam. Valnice também participava da lista, tirando dúvidas dos pastores que estavam implantando o G12

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em suas igrejas e nos informando das notícias em primeira mão. Depois retirou-se.

Recebíamos poucas notícias de Renê. Ele parecia ter tomado um rumo ligeiramente diferente, embora participasse de todas as convenções importantes do G12 e fosse um dos líderes da visão no Brasil. Só que ele parecia distante... Não sabíamos, mas como a Valnice deixa transparecer em sua carta que transcrevo abaixo, havia desde 2003 um desejo de ruptura por parte do René, que só não se concretizou logo naquela época porque parece que colocaram panos quentes, demovendo-o. Só ficamos sabendo disto porque a sua carta vazou pela internet, revelando um pouco do que acontecia nos bastidores. Coloco-a também mais a frente.

Porém, soube através de outros pastores em mensagens particulares que já em 2004, no congresso de Porto Seguro, ele havia avisado aos seus mais chegados que tencionava desligar-se da cobertura de Castellanos, o que só aconteceu em 2005.

Minha fonte de informações sobre o G12 era a lista, e lá não se comentava absolutamente nada até a “bomba” estourar. Não sei se por falta de informação ou mesmo omissão, tudo ia às mil maravilhas. Porém, no dia 22 de Março de 2005 foi postada pelo Pr. Tony Silveira do Canadá a seguinte mensagem na lista:

Queridos fiquem orando pelas Igrejas da visão celular. Nos Estados Unidos o pastor Larry Stockstill deixou de ser 12 do Pr Cesar, no Brasil há uma tendência semelhante e aqui no Canadá as coisas estão indo na mesma direcção...(...)Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12/message/15101

No dia 24, ele postou esta outra mensagem:

Tudo indica que o Pastor Colin Dye está também em mudanças...O site do Kengsinton Temple  (http://www.kt.org) tem o anúndio da Conferência da Páscoa em

http://www.kt.org/site/dce/?PHPSESSID=7ebd346ffa4655518a6e17a2612b3298

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O Tema é: Dando um Novo Propósito á visão celular (Construindo a Igreja em Células através do Modelo dos12)

O logotipo tem o número 12 mas não a letra "G" e um dos artigos de fundo tem por título: "O Princípio de 12"

Nota: As Palavras "Modelo dos 12" e "Princípio de 12" estão substituindo a sigla "G12" nas igrejas que continuam na visão mas que se estão demarcando da liderança da Colômbia. Todas estas igrejas estão dando crédito ao Pr César Castellanos mas é claro que se estão demarcando.

Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12/message/15151

Isto causou certo frisson na lista, porque os dois pastores citados eram, nada mais nada menos, que os líderes do G12 nos EUA e Inglaterra.

Logo no dia seguinte o site www.g12harvest.org que era até então o principal site G12 na Europa, ligado ao Pr. Larry Stockstill, colocou esta nota em sua página inicial e que foi traduzida por um pastor da lista:

Desenvolvimentos na visão G12

Em janeiro 2005 Pastor Cesar Castellanos anunciou que a visão G12 estava organizada em uma única rede global, para o mundo inteiro. Isto era para que aqueles que querem seguir o G12 em sua pureza pudessem ser acompanhados por Bogotá, e monitorados na visão.

Interesses Internacionais

Os vários líderes ao redor do mundo expressaram ao Pastor Cesar Castellanos que esta nova organização do G12 poderia excluir muitos pastors que quiseram continuar a crescer na visão G12 mas que, para várias razões, não poderiam se unir a nova rede. O nome G12 e o "logo" seriam retirados daqueles que não eram parte da rede.

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Porque seria difícil para alguns permanecerem na nova rede:

Para muitos povos no G12, a rede global não apresentará nenhuma dificuldade, mas alguns de nós não poderão se juntar. Estão aqui algumas razões:

a nova rede cortaria o vínculo denominacional hoje existente;

a nova rede porá eficazmente cada pessoa no G12 sob a autoridade direta de Pastor Cesar Castellanos;

a nova rede significará que não pode haver nenhuma outra rede oficial na visão G12;

a nova rede limitará o G12 a uma expressão "worldwide" que poderia conduzir a uma estrutura global exclusiva.

O lugar para mais de uma expressão da visão

Pastor Cesar Castellanos fêz ao corpo de Cristo um serviço enorme ao desenvolver a visão do modelo de 12. Tem plantado com sucesso uma visão profética e apostólica nova. É o pai desta visão, e é correto honrá-lo no papel que o Espírito Santo lhe deu.

Agora, com muitos povos que estão sendo excluídos do G12 face a nova rede, parece que o Espírito Santo estará chamando para expressões diferentes da visão ao redor do mundo. Estes devem ser verdadeiros à visão e aos valores do G12 recebidos no caminho aberto pelo Pastor Cesar Castellanos e devem ser fiéis aos princípios colocados por ele, mas deve também haver uma liberdade para se desenvolver esta visão na forma como o Espírito Santo conduzir ao redor do mundo.

Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/modelodos12/message/15152

Posteriormente o site foi desativado e em seu lugar está o site “Cell Explosion” que divulga a nova rede formada após a ruptura com César. Seria por utilizar a “marca G12”?

Neste mesmo dia, 24 de Março, finalmente tomamos conhecimento do final da aliança entre René Terranova e César Castellanos através desta carta escrita por René e enviada aos

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seus discípulos e também ao Pr. César. Foi postada na lista modelodos12-geral pelo Pr. Wagner Tenório de Brasília, ligado a Renê:

Queridos discípulos no Brasil e exterior,

Hoje venho, respeitosamente, comunicar ao público da Visão Celular no Governo dos Doze, que estamos tomando decisões que, no futuro, serão melhores esclarecidas pelo testemunho que nunca nos faltou. Não queremos que ninguém seja desonrado, mas que a nossa decisão seja considerada e respeitada pelo público que nos acompanhou durante esses seis anos em todo o território de maneira aberta, e durante os sete anos que estamos mergulhados na visão G12 no Brasil.  

 A Visão é uma ferramenta poderosa de Deus – isso é inegável – e fomos impactados e ampliados para novas conquistas. Tão implementados estamos na consciência de ampliar os territórios, que decidimos o que segue abaixo. Obrigado a Colômbia, César e sua equipe; que o Senhor os faça prosperar de maneira sobrenatural.

 Segue a carta que foi enviada para o Rev. César Castellanos Dominguez e, em seguida, o Documento Único que é direcionado para você. Que sejamos abençoados e a graça, que é maior que a vida, nos honre nesse momento tão impoluto. Apóstolo Terra Nova

___________________________________

Flórida (USA), 10 de Março de 2005.

"Publique (escreva) a visão para que aqueles que passem possam ver e ler corretamente". (Hc 2:2)

Querido César Geraldo Castellanos Domingues,

Gostaria de começar declarando o meu amor, admiração e profundo respeito pela sua pessoa e ministério. Sei do tremendo homem de Deus que você é e como Deus tem lhe honrado e abençoado.

Bem, César, na tentativa de falar com você pessoalmente e obtendo todo o insucesso desses contatos, sendo ignorado em cada um deles, e até mesmo indo ao seu encontro com hora marcada e você não

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comparecendo, como no encontro de São Paulo dia 28 de fevereiro, decidi escrever esta carta.

Venho lhe fazer alguns pronunciamentos os quais estarei pronto a relatar-lhe pessoalmente, quando houver uma oportunidade, que certamente virá; estou a sua disposição e crendo que o Senhor nos levará a bom termo.

Em Porto Seguro 2004, estive reunido com o G12 Nacional com a sua maioria absoluta presente, e comuniquei que, se decisões fossem tomadas, como as que esboçarei logo em seguida, eu decidiria por caminhar com os discípulos que sustentam a mesma proposta inicial.

Na última reunião de Brasília, no Congresso da Visão Celular no Governo dos Doze, dia 07 de julho de 2004, estive falando com você e em seguida com a nossa equipe junto a você (na sua presença, dirigindo a palavra diretamente ao amado irmão), sobre algumas considerações no campo da Visão, sobre os céus do Brasil e a postura do líder. Participei-lhe que não compartilharia com um líder que andasse em tais posturas, como por exemplo, anular o ministério de colegas, ou denominacionalizar, ainda que desse um outro nome as igrejas, mas extinguir o ministério de pastores que foram chamados por Deus e não por nós. Tais posturas estariam fora da ética e da proposta de conquista de território, de tudo que nos tem sido apresentado através de uma visão. 

Gostaria de comunicar que devido a tais decisões compartilhadas previamente, e que hoje são fato, ESTOU OFICIALMENTE ME DESLIGANDO DA SUA COBERTURA.

Guardo no meu coração o amor e respeito por você e pela Prª Claudia, tremenda mulher de Deus, juntamente pelas suas filhas que são pérolas nessa geração. Reafirmo, César, que nutro respeito e carinho pela sua pessoa e sei que Deus o usará na terra em que estiver plantado, desatando essa unção de fé e conquista, e cumprindo o plano dEle na sua vida assim como na vida daqueles que andam na presença dEle.

Como conheço essa nação dentro da Visão melhor que qualquer outra pessoa (até mesmo você, com respeito falo), pois por sete anos ininterruptos palmilhei os quatros cantos da nação BRASILEIRA, encontrei jóias raras as quais o mundo não é digno delas, e as consolidei. Gostaria que a voluntariedade de cada uma delas decidisse essa caminhada comigo, as quais já declinam esse desejo.

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 Trabalhei para que conhecessem você, sua equipe e sua nação. Incentivei e levei esse povo, no Senhor, a amar a Colômbia, que faz fronteira com meu estado, Amazonas. Somos ligados na proximidade de território, compartilhamos a mesma floresta e o mesmo rio (Negro), e em fronteira (Tabatinga) compartilhamos dos mesmos costumes e comércio. Estamos muito próximos, mas o que mais nos ligou foi a Cruz do Calvário e o fato de servirmos o mesmo Deus e compartilharmos os mesmos sonhos. Você me estimulou em muitas coisas e respondi como bom aliado aos sonhos de Deus.

 Por estarmos vivendo em contextos diferentes e com propostas que divergem da tônica da proposta inicial, com temor no coração e profundo respeito a sua pessoa, equipe e Nação, desligo-me da sua COBERTURA, sabendo que a VISÃO é um estilo de vida e a tenho ABSORVIDO na sua inteireza. Gostaria de comunicar que de forma irredutível, irrevogável e sem retorno estarei caminhando com os discípulos do Senhor, que querem conquistar essa nação, na expressão da liberdade que o Senhor nos confiou, até chegarmos aos confins da Terra como é a promessa destilada aos que crêem.

 Sou Visão Celular no Modelo dos Doze inquestionavelmente, como Deus nos imprimiu desde o início. Precisamos do resgate dessa vida que na sua excelência, sem perder a simplicidade, continua efetivando relacionamentos sólidos, pois o REINO pessoal destrói relacionamentos. Eu sou a VISÃO pela unidade das denominações e igrejas  interdenominacionais não com a proposta de um reino pessoal, pois os traumas já são muitos nessa nação e eu não quero ser cúmplice de mais um.

Obrigado pelo investimento que você me fez, ao qual lhe ofereci satisfatório retorno, deixando a dívida impagável que o Senhor nos ensinou: “A ninguém devais coisa alguma a não ser o amor". Queira-me bem e deixe-me ir. Amo você, pela Cruz, onde somos filtrados para a novidade de vida, sem mácula alguma. Sua bênção, pelo temor do Senhor e pelo Senhor Jesus, a quem devo a minha vida e todo o meu tempo. 

Renê de Araújo Terra Nova2008, o Brasil será outro!2010, o Brasil aos Teus Pés!

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Manaus/AM, 16 de março de 2005.

Aos queridos discípulos,Documento único 

Amados, por muito tempo estava pensando como chegar até vocês  para lhes colocar a par de tudo o que tem nos ocorrido nesses últimos meses.

Temos passado por um momento muito difícil nos últimos dias... Depois de regar tudo em oração, por dez dias nas madrugadas, buscando a Deus de formas específicas, recebi da parte do Pai direções para o mover de Deus na Visão Celular no Brasil que beneficiarão a todos e não causarão nenhum prejuízo ou, pelo menos, amenizarão alguns resultados. Tudo isso em nome de uma grandiosa e completa conquista ainda maior a ser estabelecida em nossa nação para a glória e honra do Senhor Jesus Cristo.

Hoje eu quero entrar na cláusula da sabedoria dos sábios e achar graça diante do Rei dos reis, pois é demasiadamente doloroso e desconfortante o que deve ser feito, mas se postergarmos tal ação poderemos somar resultados que trarão dores e complexidades diante da caminhada que fizemos ao longo de sete anos com alguns e introduzida em menos tempo em outros.

Com isso, quero dizer que tenho a convicção de que a Visão Celular no G12 é uma ferramenta indubitavelmente dada por DEUS como instrumento de redenção das nações e que o Senhor usará o Brasil para essa hora.

Deus nos chamou, enquanto  Brasil,  para uma conquista no sobrenatural, a qual ninguém jamais poderá anular ou desviar essa nação do propósito central. A Nação Brasileira é carro chefe de um Mover que só o Trono de Deus é testemunha.

Deus nos usou nessa nação na vida de muitos líderes e sou grato ao meu Rei por tamanha honra. Durante esses sete anos de caminhada por todo território nacional e no estrangeiro, encontrei alguns homens cuja terra não é digna deles. Homens santos, íntegros, fiéis em detalhes e que não negociam as suas convicções por mais que a proposta seja vantajosa, pois sabem o preço da redenção de um território.

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Conheci homens guerreiros da Última Hora, que me estimularam e me deram ânimo novo para que continuasse a conquista de estabelecimento da Visão Celular por toda nossa nação, pois a vida deles refletia, de fato, o caráter de Cristo e a sede de ver esta terra redimida.

Todavia, encontrei também  alguns líderes nessa nação que trabalham e legislam em causa própria. Alguns outros que a motivação era plenamente equivocada e interesseira. Outros que não se pronunciam, mas agem no silêncio, tanto para coisas boas, como para coisas ruins.

E em tudo isso algo ficava mais claro para mim que era a extrema pressa do Espírito Santo  de Deus em estabelecer esta Visão gloriosa em nosso território para ganhar, consolidar, discipular e enviar os líderes restaurados, bem como ganhar, consolidar, discipular e enviar os que precisavam de restauração para que também, uma vez imergidos na Visão, pudessem utilizar este mesmo instrumento de Deus em seus ministérios, chegando a um fim comum, a saber, a redenção da nação brasileira.

Diante de todo um contexto global e dos rumos da Visão Celular, mediante tantos choques de decisões sobre a Visão no Brasil e no mundo, além de tomadas de posição e novas direções advindas do líder da Colômbia, Rev. César Castellanos, durante estes últimos tempos, fomos levados a tomar algumas decisões.

Ao perceber as novas direções impostas pela MCI e ao analisarmos todos esses processos, debaixo de um contexto de busca e oração na presença do Senhor e de ouvir algumas pessoas (Conselho) em nível nacional e internacional e em nosso próprio presbitério local, fomos levados a passar 10 dias sem concluir nenhuma madrugada de sono (sem dormir mesmo), diante de Deus por tais  situações. Pude conhecer de perto um Getsemani, buscando a Deus em plena agonia de alma.

Decidi, então, pela boca do Senhor, falando-me especificamente, da maneira que só Ele sabe falar para que não tivesse dúvida alguma, a SAIR DA COBERTURA DO REV. CÉSAR CASTELLANOS.

Tudo isso por perceber que a situação de caminhada com o Rev. César Castellanos Dominguez, tornou-se plenamente fora da proposta inicial de cobertura espiritual em nossa caminhada de conquista de nossa nação.

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Embora consideremos e respeitemos  os pensamentos que o mesmo expressa no momento, não nos convém concordar com os mesmos uma vez que temos uma clara consciência de uma chamada para nós enquanto nação.

Tudo isso porque ainda queima no nosso peito a chamada para a conquista do Brasil e dos confins da Terra, como é a chamada para todos os que crêem (Sl 2:8).

Deus tem planos para o Rev. César , não duvido disso, mas como  legítimos desta terra, ninguém tem autoridade de nos impedir a colheita no território que o Senhor nos entregou por herança. Falo isso com temor e sabendo que o Senhor que perscruta todas as coisas está nos observando.

Os discursos que estão sendo apregoados pelo Rev. César assustam-me mais do que me ministram paz. Se depender de mim, não teremos nenhuma igreja dividida, nem fora da rota da liberdade a qual o Senhor nos confiou.

Sair da cobertura do Rev. César Castellanos não é uma ruptura, é um direito de cidadania no Reino. Eu creio que pela maturidade de ambos poderemos nos olhar nos olhos, cumprimentarmo-nos e calorosamente nos expressarmos em amor, pois para isso serve também a Cruz do Calvário.

O que lhes participo através deste, já foi dito ao Rev. César Castellanos, e da melhor maneira chegamos a essa conclusão.

Os que são nossos discípulos e têm amor, peso e carga por essa nação como legítimos desse território, em se dispondo, poderão continuar avançando juntamente conosco. Pois vocês, discípulos, nos conhecem e sabem quem de fato somos pelo tempo que caminhamos juntos, e que o nosso único interesse é ver nossa nação gritando que Yeshua, Jesus, o Cristo, é o Senhor.

Diante desses dias difíceis algumas pessoas tocadas por Deus vieram a minha casa na Flórida. Trouxeram-me consolo e conforto em visitas que jamais esperava, com palavras de Deus e ordenando no Senhor a minha alma.Vi, compreendi e experimentei que quem faz verdadeiros discípulos nunca fica só.

Agradeço desde já o que Deus colocou no coração de cada um de vocês. Vamos estar orando juntos nesta nova caminhada, pois a conquista da nação e dos confins da Terra continuará.

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E se você não puder cooperar conjuntamente conosco, peço-lhe, encarecidamente, que também não nos atrapalhe.

A serviço e no amor dAquele que nos uniu.E como sempre me dirigi, e não será diferente,

PaipóstoloRenê de Araújo Terra Nova2008, o Brasil será Outro!2010, o Brasil aos Teus PésBRASIL, o teu destino é O PORTO SEGURO!

Para duvidas e esclarecimentos favor escrever para:[email protected]

Atenciosamente,

Gabinete ApostólicoElionaldo Costa / Luiz R Costa92 - 8112-1312

(infelizmente este documento foi postado como axexo ao email do Pr. Wagner, sendo descartado pelos servidores do yahoo e impossibilitando a sua leitura.)

Este, sim, causou alvoroço geral. Seria como se o então Cardeal Ratzinger falasse para o Papa que iria deixar o cardinalato e a ICAR e ser missionário da Assembléia de Deus! Algo inteiramente impensável, inesperado e de conseqüências desastrosas.

Diante destas notícias, decidimos mudar o nome da lista novamente para “modelo dos 12”, pois havíamos mudado no passado deste nome para “governo dos 12” já que César havia orientado aos seus para deixar de usar a palavra “modelo” porque ele dizia que “modelos há vários, mas governo há um só”!

Houve um grande alvoroço, como falei, pelas conseqüências que este ato traria para a visão. René repetidamente reafirmava sua aliança com Castellanos durante os anos anteriores. E quando se fala em “aliança” no vocabulário dele, está-se falando de algo inviolável e eterno, passível de maldição se quebrada, como falei. Havia o ensino de que um discípulo deveria seguir todas as orientações de seu discipulador e NUNCA, repito, NUNCA sequer pensar em contrariá-lo, isto

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baseado em uma fraca e errônea interpretação do que são autoridades na Bíblia. Imagine o que causaria no “mundo” G12 se um dos líderes que mais enfatizava este caráter eterno e inviolável da aliança de repente quebrasse esta aliança, e ainda mais uma aliança com seu discipulador-chefe, o líder supremo do G12 mundial, apóstolo da Visão?

No dia 04 de Abril, o ap. Sinomar Fernandes colocou esta outra carta em seu site:

MINHA OPINIÃO

Queridos e demais pastores da Visão Celular no Brasil,

Recebi a poucos dias um telefonema do pastor César Castellanos me pedindo o telefone do pastor Renê Terra Nova, pois o mesmo havia lhe enviado uma correspondência com acusações sem consistência - não verdadeiras - e que ele, César, estava muito preocupado.

Orei a Deus, compartilhando com a minha esposa e fiquei na expectativa de novas informações. Tentei falar com a apóstola Valnice e com o apóstolo Márcio Valadão, mas não consegui. Viajei. Quando chequei, hoje, dia 30 de março, o circo estava pegando fogo. A notícia estava por todos os lados: Renê Terra Nova rompeu a sua aliança com o Pr. César Castellanos. Fiquei estupefato! Atônito, estarrecido!

Pensei: Isso não pode acontecer. Isso não procede de Deus. Eu disse para o meu secretário: Isso está cheirando a carne.

O que levaria um homem do calibre de Renê a tomar uma decisão tão extremista e inoportuna?

• Seria vaidade? Não posso acreditar nisso.

• Estaria o Pr. César em pecado? Não. Não está.

• A presença do Pr. César seria uma ameaça para os seus projetos? Me recuso a aceitar esta hipótese. Oxalá viessem para o Brasil centenas de novos obreiros com uma visão de conquista. O reino não é de ninguém. O reino é de Deus. Outra coisa: O Pr. César é um homem simples com uma grande visão e a sua presença em solo

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brasileiro é uma benção para todos nós e jamais uma ameaça a quem quer que seja.

• Estaria o Pr. César reivindicando coisas impossíveis? De mim particularmente ele nunca pediu nada, exceto o amor fraterno. Nunca pediu dinheiro. Nunca exigiu de mim presença obrigatória em Bogatá. Aliás, em janeiro deste ano eu não pude comparecer, mas ele compreendeu perfeitamente e me abençoou. Pr. César sempre foi muito ético.

• Seria uma rebelião declarada? Não acredito. O pastor Renê confessou "ene" vezes que as equipes de doze levantadas em outros estados brasileiros eram do pastor César e que ele, com pressa de promover a visão na nação, fazia essas coisas. Os discípulos, dizia Renê, devem obedecer ao comando de Bogotá - da fonte. Renê sempre atacou a infidelidade com veemência. Fez uma aliança publica com o pastor César, deu-lhe um anel, fez cerimônia do quebrar a taça, etc...etc...

• Renê disse muitas vezes: Brasil e Colômbia estão aliançados pelo casamento de Eliemerson e Jolanne. Dizia: Isso é profético - um brasileiro comanda a igreja em Bogotá e um colombiano está no Brasil para organizar a visão e consolidá-la.

• Estaria o pastor César manipulando pastores? Em Brasília, com sua equipe nacional (Renê estava ausente), o pastor César foi categórico em dizer que as ovelhas são propriedades de Deus e que não devem ser manobradas por nenhum líder, por mais convincente que seja.

• Seria uma questão de relacionamento? De andar juntos? Disparidade de idéias? Eu entendo que muitas vezes podemos encontrar pedras pelo caminho. Paulo e Barnabé também tiveram opiniões diferentes sobre certo assunto e "não houve entre eles pequena contenda", porém, sob o comando do Espírito Santo, permitiram que o bom senso prevalecesse. As flores existem para nos compensar dos espinhos.

Raciocino da seguinte maneira: "Em qualquer coisa que alguém faça, essa pessoa deve primeiro pensar se ela própria concordaria em que todo mundo procedesse da mesma maneira.

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Ninguém tem o direito de fazer o que lhe apetece, se a sua decisão vai causar escândalo e prejuízo para o Corpo de Cristo. Precisamos ser constantes em nossos compromissos, custe o que custar. Sem constância não haverá amor, amizade, nem virtude no mundo.

Em sendo assim, quero deixar clara a minha posição, pois muitos sem a minha autorização, estão liberando inverdades a meu respeito:

Primeiro: Sou um homem de aliança. Tenho profundo amor pelo Renê - Deus é testemunha - e profunda admiração, mas não concordo com a sua decisão de afastar-se e não recomendo a ninguém que cometa essa imprudência. Eu, particularmente, não tenho nenhum motivo para romper com o pastor César e com Claudia Castellanos.

Segundo: Sou pela unidade. Prego esta mensagem tão enfatizada por Jesus, em todo o mundo. Não posso ser incoerente. Creio que a unidade é a força da Igreja. A visão G-12 veio para aproximar líderes e ministérios. Fazer o contrário é estar na contra-mão.

Terceiro: Li as razões do pastor Renê e não me convenci de que a Visão Celular no Brasil tenha que passar por essa vergonha por causa de colocações desencontradas e por causa de informações duvidosas precipitadas.

Algumas inverdades a respeito do pastor César têm sido disseminadas pelo Brasil por pessoas maldosas, "pastores", inclusive, mas nada melhor do que um dia após o outro. Deus é fiel e jamais deixará seus servos envergonhados.

Fico deveras preocupado com alguns líderes que acusam e atacam a autoridade espiritual. Temos exemplos de sobra na Bíblia para mostrar que os que praticam tais coisas ficarão sob o juízo divino.

Quarto: Sou a favor da fidelidade. Creio que essa decisão do apóstolo Renê, precioso homem de Deus, pode abrir uma brecha para a infidelidade na Igreja brasileira. Quem é fiel o é em qualquer situação. Jesus foi fiel até à morte e hoje se veste com um manto de fidelidade (fiel e verdadeiro) e com ele voltará para a sua noiva. Alguém

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disse que a lança do soldado romano não feriu tanto a Jesus como o beijo de Judas.

Quinto: Penso que a nossa dívida com o pastor César é impagável. Devemos a ele  uma  gratidão  eterna.  A  visão  que  recebeu  de  Deus, compartilhou-a conosco. Nada exigiu. Não procurou honra e nem glória para si.Acho que a gratidão é o maior de todos os mandamentos. J. Setanti disse: "A quem te der a mão para subir, beija-a a cada instante". Aos discípulos sempre digo: Ao beber água, lembra-te da fonte.

Sexto: Pergunto: Quem vai levar vantagem com tudo isso? Deus está sendo glorificado? Penso que o inferno está em festa. Caso tudo isso se materialize, as palavras: amor, humildade, obediência e fidelidade devem ser riscados da nossa Bíblia.

Sétimo: Pergunto: A Visão Celular não gerou uma só linguagem? Então porque usar a mesma linguagem com outro sotaque? G-12, M-12 ? Isso é uma vergonha!

Oitavo: Definitivamente não concordo com o Apóstolo Renê, embora tenha por ele um profundo amor. Acho que sua motivação não está coerente; sua decisão irrevogável e inegociável (texto enviado ao pastor César) impede qualquer ação do Espírito Santo nesta questão.

Oro para que o Deus da Paz interfira de algum modo nessa desastrada iniciativa, para que os corações de milhares de obreiros não sejam seduzidos por uma proposta que, com certeza, não nasceu no Coração de Deus.

Creio no Ministério do apóstolo Renê, creio que o seu projeto de conquistar a nação brasileira está em consonância com a vontade de Deus; creio que é correto o seu amor por Jerusalém e creio que o seu coração pulsa pelas almas, mas não creio que o seu rompimento com o Pai da Visão Celular no mundo tenha o "sim" de Deus. O pastor César abriu para todos nós uma nova perspectiva de crescimento e frutificação. Penso que podemos ter uma floresta, mas não podemos nos esquecer de quem nos deu as sementes.

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Amados, a grandiosidade não depende da importância do comando de um homem, mas da maneira pela qual esse homem o exerce.

Esta é a minha opinião

Com amor fraterno,

Sinomar F. Silveira

Vosso servo

Fonte: <http://www.mlp.org.br/index_noticias_destaques/index_carta_sinomar.php> (Não mais disponível)

Estávamos a esta altura esperando a posição de Valnice. Ela finalmente chegou de forma indireta no dia 08 de Abril através de um “vazamento”, já que ela posteriormente falou que esta carta jamais deveria ter sido divulgada. Porém, graças a esta carta soubemos um pouco do que estava acontecendo nos bastidores, como já falei. Ei-la:

Amados companheiros no Reino e na perseverança! Graça, paz e misericórdia lhes sejam acrescentadas. Estamos em meio a um período especial de jejum e oração para que Deus nos livre de "queda do teto moral." A palavra profética é que temos vencido por não ultrapassar a linha. Perguntamo-nos: "Que linha?" "Enganoso é o coração; desesperadamente corrupto. Quem o conhecerá?" Deus envia "uma palavra de sabedoria," "uma palavra de conhecimento." Nunca todo o conhecimento, nem toda a sabedoria. Ele nos conservará na dependência do Seu Espírito, que nos guiará um passo de cada vez.

Um dos pastores chamou-me a atenção para o fato de que a INSEJEC é um sinal profético na nação e isso poderia ser relacionado com o Corpo de Cristo. Nestes últimos 13 dias tenho refletido sobre a palavra profética, relacionando dois incidentes: um passado, já consumado e outro um projeto futuro. Teto do templo em Brasília. O que aquele templo representava? Eu sempre disse: "Faremos um memorial do triunfo da visão celular, onde a grande perseguição começou." Tudo naquele templo se relacionava com 12 e

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144. Era o período em que eu estava no jejum de um ano pelo triunfo da visão no Brasil. Foram construídos 12 círculos para neles plantar 12 palmeiras reais. Havia 11 colunas na frente, com tochas e o lugar para a décima segunda. O teto caiu e não foi mais levantado. O projeto foi interrompido. Mas era algo pequeno, apesar do significado. Quais as conseqüências? Vidas ceifadas (3) e algumas feridas. Processos jurídicos, indenizações, etc. Assunto da mídia local por um ano. Dois anos depois os pastores Castellanos chegam a Brasília. Pra. Cláudia numa função de governo e Pr. César para fortalecer a visão, assistindo aos pastores. O que tem a INSEJEC (IMSEJEC) a ver com isso? Tudo. A IMSEJEC foi o instrumento de Deus para trazer os pastores Castellanos ao Brasil para as Convenções anuais e divulgar os valores da igreja celular no modelo dos doze na nação; A IMSEJEC foi responsável por traduzir e publicar todo o material em português. Hoje são 31 publicações; A IMSEJEC entrou nos altos níveis de guerra espiritual, jejum e voto pelo triunfo da visão, e o Espírito do Senhor me falou no dia em que pessoalmente completava 9 meses de jejum que estávamos gerando-a não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Anos atrás fiz algumas sugestões aos pastores Castellanos, do que nasceu em meu espírito. Considerando que o Brasil foi a nação primogênita, que abraçou de uma forma expressiva a visão celular:

Que enviasse um casal de discípulos seus, para representá-los no Brasil;

Que registrassem oficialmente a MCI no Brasil; Que abrissem a editora a fim de manter a

neutralidade (enquanto isso não acontecesse, nós publicaríamos os livros);

Que morassem um tempo no Brasil para organizar os pastores.

Pr. César nada fez à respeito, talvez tenha até se esquecido, mas as circunstâncias foram surgindo nessa direção e hoje todas são um fato. Que parte teve a

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IMSEJEC? Grande. Logo na primeira vinda da família, a primogênita se apaixonou por um brasileiro, casaram-se (fui uma das madrinhas) e hoje Eliemerson e Johanna presidem a Igreja em Bogotá. As nações aliançadas pelo casamento. Nós trouxemos toda a família e pagamos suas passagens. Franck e Patrícia terminaram vindo para São Paulo. Para terem residência no Brasil, a INSEJEC fez o convite oficial e se responsabilizou pela família. Hoje já adquiriram a residência porque tiveram um filho brasileiro. Eles têm ajudado muitos pastores em todo o Brasil, além de terem iniciado uma igreja local, seguindo os passos e princípios da visão. Um outro casal para Curitiba está com o visto de missionário também mediante convite e responsabilidade da IMSEJEC, pois como ocorre com outros países, para um estrangeiro ter visto, uma igreja nacional deve se responsabilizar. Foi assim que Raquel conseguiu visto para entrar no Japão e ali tem permanecido sob responsabilidade de Igreja japonesa. A editora G12 está sendo aberta em São Paulo e passará a publicar todo o material, como já o faz nas demais línguas. Estamos na fase de transição do material da Palavra da Fé para a G12.

A MCI apoiou o candidato Álvaro Uribe à presidência da Colômbia, o que resultou em sua eleição. Este ofereceu uma embaixada à Pra.Cláudia, dando-lhe a liberdade de escolher a nação. O Brasil foi escolhido. O casal deverá morar em Brasília por um ano.

Apesar de eu me ter esforçado para que a sexta convenção fosse promovida pelos doze nacionais, na última hora voltou para as mãos da IMSEJEC e eu fui a tesoureira. A conta teve que ser no nome da INSEJEC de Brasília. Mas eu disse ao Pr. César: "Seis dias trabalharás, e ao sétimo descansarás." Ele agora está promovendo as convenções regionais e o fará através da Editora G12.

Pr. César teve um encontro com pastores em Brasília, no qual havia mais de 600. Desafiou a todos com uma mensagem muito inspiradora. Ali fez declarações que denunciavam certas posturas, enfatizando o fato de que

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ele nunca pediu que as igrejas na visão dessem 10% ou ofertas para a MCI e que havia gente no Brasil fazendo isso; disse que só Jesus morreu pelas ovelhas e não somos donos delas; combateu o espírito de controle e a tentativa de dobrar a vontade das pessoas.

Ao chegarem no Brasil reuniram logo a equipe para apresentá-la à diplomacia colombiana e compartilhar. A equipe tem tido bastante ocasião de estar especialmente com o Pr. César, numa boa comunhão. Apenas Ap. René tem estado ausente por se encontrar estudando inglês no EE.UU. Há exatamente duas semanas Pr. César telefonou-me e perguntou-me se tinha notícias de Renê. Disse que não. Informou-me, então, que recebera uma carta dele com acusações infundadas e não parecia Renê. No mesmo dia falei com Renê em Manaus. Vi o quadro de um escândalo formado e me perguntei se esse não era o projeto do inimigo para desacreditar a visão. "Desliguei-me" por alguns dias a fim de encontrar serenidade, pois veio sobre mim uma terrível opressão. Parecia que no mundo espiritual eu estava sendo puxada para um lado e para outro. Fui lançada numa situação extremamente delicada. Pr. César tem confiado em mim de forma inequívoca. Seu respeito e consideração são sempre manifestos. Ele ressalta de público a forma como tratei Franck como verdadeira marca de um apóstolo, que tem a visão do Reino e não se sente ameaçado por outro ministério. Renê, naturalmente gostaria que eu o seguisse no seu rompimento. Voltando da minha auto-reclusão, encontrei vários e-mail de pastores nossos. Para dar uma visão mais clara do que se passa, enviarei a correspondência que Renê mandou para o Pr. César e distribuiu pelo Brasil, juntamente com o que escrevi, na tentativa de aconselhar a ambos. Fiquei estarrecida com um e-mail recebido de Alfran, que diz: "Soube ontem em Recife que o Ap. Renê Terra Nova rompeu com o Pr. César Castellanos, em função do Pr. César querer tornar as Igrejas em células no Brasil uma grande MCI, sendo ele o Presidente e tendo o controle de tudo, inclusive o financeiro. A não aceitação desta idéia

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pelo Ap. Renê e o fato do Pr. César se negar a ouvi-lo é que terminou com o rompimento. O Bispo Marcel foi quem reuniu os pastores de Recife e terminou a reunião perguntando quem iria ficar com o Ap. Renê ou com o Pr. César e a resposta quase unânime foi com o Ap. Renê. Gostaria de que me fosse confirmada essa informação e, se verdadeira, com quem a Igreja Mundial está? Acho essa informação muito importante e delicada para a visão celular no Brasil, por isso minha preocupação com a veracidade dela."

Não quero acreditar que Marcel tenha dito isto. Todavia aí está uma amostra de que teremos danos morais terríveis. O inferno deve estar em festa. Estou sabendo que a equipe de Renê, que está tendo reuniões em diversos lugares, para arrebanhar os pastores a fim de que fiquem com René da divisão, insinuam que eu estou com ele. Mas não concluirei nada, sem ouvir da primeira fonte. Os próximos dias prometem muito desgaste para mim, o que quer dizer, para a IMSEJEC. Rogo as suas orações. O mês de abril do nosso jejum deverá ser devotado à Guerra Espiritual, segundo nosso programa inicial. Que Deus nos dê estratégias nessa guerra e nos conduza em triunfo.

Terei, naturalmente, de me pronunciar diante da nação à respeito dessas coisas. Mas que situação mais delicada!!! O Pr. César no Brasil, René na América e essa confusão louca "eu de César" e "eu de Renê." Há muita coisa que vejo, sei quais as raízes, mas tenho que me manter calada à respeito. Nossas armas são espirituais. Como IMSEJEC temos pago um alto preço pela redenção desta nação e sofremos com o que mancha o bom nome da liderança na nação. Que Deus tenha misericórdia de todos nós. Os motivos invocados por Renê infundados. Pr. César não vai fazer nada disso. Quanto mais conheço os Castellanos, mais aprecio sua simplicidade, humildade, generosidade e integridade. Certamente Pr. César é duro no ataque a questões de caráter e disciplina, o que choca. Mas não se pode dizer que tenha ambição ao dinheiro ou ao poder. Ele não vai atacar, não vai brigar. Disse à equipe que cada um estava livre para sair, se o quisesse. Sente que o amor que Renê sempre confessou a ele se transformou em ódio. O que ele fará durante este ano? Dedicar-se-á a fortalecer os pastores que quiserem, ajudará a MCI em São Paulo e

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em Curitiba e realizará as convenções regionais e nacional. Pr. César nunca nos pediu nada. Nunca tentou nos controlar. Nunca exigiu o que quer que seja. Mantemos excelente relacionamento com Franck e Patrícia. Já realizaram seus cultos em nosso templo por um período, mas nunca houve uma única atitude que ferisse a ética. Dentro de um ano, quando os Castellanos deixarem o Brasil, ficará demonstrado que a calúnia é falsa. No entanto seu nome estará maculado pelos muitos comentários negativos que foram liberados. Oremos e vigiemos. Que o Pai, em Sua graça e misericórdia nos preserve de todo o mal. Naturalmente Renê tem uma série de frustrações em relação ao Pr. César, que não me compete mencionar. Pr. César também tem suas razões para não satisfazer certas expectativas de Renê, que não compete também julgar. Deixei claro que minha discordância não se refere ao deixar a cobertura do Pr. César, até porque ele nunca seguiu as orientações do Pr. César em grande parte. Minha discordância tem a ver com a forma. Mobilizar os pastores em nome do Pr. César e romper com ele, chamando-os para segui-lo sob a mesma bandeira da visão celular no modelo dos doze é que me parece extremamente perigosa. É um golpe em sua autoridade espiritual. É um precedente para um espírito de divisão e infidelidade. Mas só podemos orar.

Amo Renê e amo Pr. César. Já lhes disse que os dois são muito parecidos no temperamento. Que poderiam ser bons amigos ou não.

A despeito de tudo, prossigamos. Nosso alvo é Cristo. Evitemos a todo custo entrar em discussões, julgamentos e críticas. O diabo quer que canalizemos nossas energias para essas coisas a fim de embaraçar nossos passos. Em temor e tremor, gemendo por uma nação abalada, Com muito amor,

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Valnice CARTA A RENÊ Querido filho Renê, Depois de ouvi-lo ao telefone e ler seu documento endereçado ao Pr. César, fiquei meditativa. Perdi o sono nas madrugadas e passei a orar. Depois veio o documento endereçado aos que estão sob sua cobertura. Dois dias após nossa conversa, à noite, em quietude, veio uma visão espiritual. Um temor se apoderou de mim. O temor do Senhor. Nenhum de nós está livre das astutas ciladas do inimigo que nos faz camuflar nossas motivações reais, que só Deus pode perscrutar. O que me veio foi bastante claro e compartilharei com temor e tremor. Amo-o como filho e quero o seu bem. Como mãe, falarei. Com muito amor, mas também com muita transparência. BANDEIRA DA VISÃO CELULAR NO MODELO DOS DOZE Profecias - Fui testemunha das profecias liberadas pelo Pr. César sobre sua vida. Fui testemunha do cumprimento de muitas delas, atestando que de fato ele é um profeta de Deus. Além das profecias de crescimento, que um dia seria como um mês e um mês como um ano, que Deus lhe daria doze que o ajudariam a edificar o ministério que Ele lhe confiou. Isso se cumpriu em sua vida e mais poderá se cumpri. Nada é automático. Comissionamento - Você foi comissionado pelo Pr. César, como membro de sua equipe, recebendo generosamente a visão. Viajou o Brasil representando a visão e o Pr. César, deixando claro por onde passou que você era discípulo dele e agia como representante da visão, sob sua bênção. Não era a visão de Manaus, mas a de Colômbia. Há um

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líder natural dessa visão. Descartá-lo e ostentar a mesma bandeira não será uma rebelião? Mobilização - Quando você começou a organizar a visão no Brasil, formando grupos de doze nos Estados, sempre ressaltou diante do Pr. César e dos pastores que eles estavam sob a cobertura do Pr. César. Em outras palavras, você reconhecia publicamente que não se tratava de algo que nasceu com você, mas que recebeu dele e agia em seu nome, não fazendo questão, portanto, de passar para sua cobertura direta quem ele escolhesse para tanto. Arrebanhar esses líderes sob sua cobertura não seria no mínimo uma postura espiritualmente perigosa?

Desencontros - Acompanhei suas lutas com Pr. César. Vi seu descontentamento quando você passou a publicar seus próprios livros, lutei, orei, intervim, fiz tudo para que você e ele se entendessem e estivessem juntos. Alianças foram feitas. Compromissos foram assumidos à Mesa do Senhor. Para mim na Convenção de 2003, tudo tinha ficado bem entre vocês, até que em abril você falou do desgaste em relação à Bolívia e estava pronto para romper. Mas na conversa no Hotel, depois da sexta convenção, pensei que dúvidas quanto à vinda do Pr. César foram sanadas. E quando você enviou aquele e-mail justificando sua ausência da Conferência Profética, entendi que seu coração estava tranqüilo. Lembra-se do seu sonho do trem? Você estava numa rota de colisão. Tomava o trem para Bogotá e os que estavam atrás de você terminavam chegando e agradeciam porque você os esperava. Será que você não está entrando em rota de colisão? Unção de Bogotá - Após a última Convenção você escreveu um artigo no seu site atacando a "convenção paralela" e defendendo as medidas tomadas em Bogotá, vendo grande significado na liderança de um brasileiro (Eliemerson) em Bogotá e de um colombiano (Pr. César) no Brasil. Você declarou que o motivo do crescimento do seu ministério eram as constantes idas a Bogotá. Não me lembro quantas dezenas de vezes. Que sua igreja era a maior igreja celular no mundo (se bem que Bogotá é maior e há várias na Coréia também de grande porte). Mas entendi que você queria dizer depois de Bogotá e no

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modelo dos doze. Suas declarações recentes, portanto, apontavam para um posicionamento ao lado do apóstolo da visão e a bênção de este hoje se encontrar na nação. Se você honestamente atribui seu crescimento ao beber da fonte, você poderia estar entrando numa rota de declínio? Que questionamentos se levantarão na mente do povo? Motivações de rompimento - Você invocou na carta ao Pr. César dois motivos para romper com ele: -"Anular el ministério de los colegas (otros pastores que tuviesen entrado en la Visión) -Y denominacionalizar, aun que diese otro nombre a las iglesias, mas extinguir el ministerio de los pastores que fueron llamados por Dios y no por nosotros." Meu filho, você não acha que é uma grave acusação? Onde estão os pastores cujos ministérios foram anulados pelo Pr. César? Você o ouviu sobre o incidente de São Paulo a fim de conhecer suas reais motivações? Costumo dizer que corremos sempre o risco de ser injustos quando julgamos sem o devido conhecimento de causa. Tenho uma leitura diferente, ouvindo quem estava presente. Acho que aqui há de se considerar tratar-se de um caso isolado e não uma política de ação. Vendo o tamanho de São Paulo ele manifestou a visão de que forças se unissem para edificar uma grande igreja celular que impactasse São Paulo. Conversou com Júlio, esposo da advogada que tem trabalhado com Franck e agora Pr. César. Perguntou ao Pr. Júlio qual outro pastor que poderia fazer isso. Pr. Júlio sugeriu Pr. Abude, o que Franck depois condenou, por tratar-se de alguém que está sob sua cobertura. Diante da proposta do Pr. César ele disse que iria orar. Pr. César não forçou, nem insistiu, nem ficou tentando aliciar os pastores. Ele nunca me fez tal proposta e o que Roberto disse no e-mail que você me reenviou é uma aberração. Quando estivemos para perder a Igreja? Por que ele disse isso? Porque se reuniam em nosso templo? Nunca faltaram com a ética. Justiça seja feita. Pr. César nunca me exigiu nada. Não seria melhor não generalizar

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as coisas? Ficará demonstrado que ele não está fazendo isso. Se pastores em São Paulo quiserem se unir, porventura o fariam forçados? Acho que conhecemos o Pr. César o suficiente para saber que hoje ele está ajudando o Brasil, mas amanhã, quando sair, não ficará querendo controlar o ministério de ninguém. Alguém que deixa a Igreja em Bogotá e vai começar tudo de novo em Miami; deixa tudo em Miami e vem para o Brasil, não está apegado a nada. Querido, vejo tudo isso como uma tremenda guerra, neste momento em que Pr. César está na nação, para que a visão seja desacreditada e você também. A imagem mais ferida em tudo isso será a sua. Como justificar todas as suas confissões anteriores com as de agora? Parecerá uma grande ambigüidade. Seria mais sábio você sentar-se com o Pr. César e conversar sobre o incidente antes de fazer dele uma bandeira. Podemos pecar por julgamentos distantes da realidade. O direito de romper e o modo de fazê-lo - Jamais discutiria algo que você me afirma ser uma palavra do Senhor para você. O que me veio na noite a que me referi é isto: Por seis anos (você fala de sete, mas a primeira convenção aconteceu em junho de 1999, depois da qual você passou a aceitar os convites. Em junho completar-se-ão seis anos). Sim, por seis anos você percorreu o Brasil empunhando uma visão que você representava, em nome do apóstolo que Deus levantou. Você reuniu os que haviam já abraçado a visão, embora muitos a conhecessem através de você, outros através das convenções anuais e outros através de Bogotá. Mas não importa como a conheceram, a fonte era Bogotá, e o líder o Pr. César. Se você chegou à conclusão de que seu tempo sob sua cobertura terminou, a forma de sair sem pendências espirituais seria liberando os pastores que abraçaram a visão de Bogotá para que permanecessem sob a cobertura do líder que você apenas representava. Meu querido filho Renê, veio claro ao meu espírito que a atitude que você está tomando de querer continuar

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comandando a visão celular no modelo dos doze, rompido com Pr. César, é o espírito de Absalão. Você não precisa disso e está se metendo num caminho perigoso. Um dia você declarou (mais que um dia) que Deus lhe falara que não podia ficar com o bóton da visão porque ela fora confiada ao Pr. César. Ele não está aqui para construir um reino pessoal. Você sabe muito bem que ele tem um coração generoso e nunca exerceu um controle sobre nós. Temo por você. A maneira como você está saindo é grave. É um escândalo. O reino não terá lucro disso. Deixe os pastores livres. São de Jesus. Cumpra seu ministério profético na nação e deixe que Pr. César cumpra o seu com a visão dos doze. Você, para mobilizar a nação, não tem que ser com a bandeira que foi confiada a outro que por um tempo você representou. Se você agir de forma correta e não deixar-se levar por conselhos imaturos, nem atacar quem você tanto exaltou, Deus o honrará. Naquela noite veio ao meu coração como saí da Junta de Missões Mundiais. Entendi que a obra levantada através da minha instrumentalidade não era minha. Era de Deus, sim, mas através dos batistas brasileiros. Eles me enviaram. Fui em seu nome. Se tive uma experiência que me levou a mudar minha posição teológica, por uma questão de integridade, fidelidade e honestidade, compartilhei com o "chefe" o que Deus fez em minha vida, disse que não me considerava melhor, apenas que era responsável por andar na luz que tinha. Jamais critiquei a Junta. O amor, a honra e o respeito foram preservados. Passei tudo para os que me foram me substituir no mais profundo respeito, e recebi despedida honrosa. Saí sozinha e nunca sequer respondi uma carta para não ferir a ética. Pastores que foram batizados no Espírito Santo e saíram da Convenção, fizeram-no sem a minha influência e bem depois de minha saída. Meu querido Renê, o temor do Senhor caiu sobre mim e percebo forças das trevas tentando lançar fundamentos por terra. O momento é de serenidade. Mas meu filho, feche os seus ouvidos às críticas e evite julgar o Pr. César com palavras pesadas, porque ele é servo de Deus. Veja os resultados de uma visão que Deus lhe confiou em sua

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própria vida, do seu ministério e de tantos outros. Para você sair não tem que atacar. Isso só prejudicará a sua imagem. Todos temos defeitos, mas Deus tem misericórdia de nós. Vou "sumir" por uns dias. Lutei para que nunca houvesse uma divisão. Você já pensou que coisa mais trágica você cobrindo um grupo e o Pr. César, na nação, cobrindo outro? O filho da visão em confronto com o pai? Sinto a guerra nos ares. Estou triste. Temo por você. Temo os prejuízos para o Reino. Que Deus tenha misericórdia de todos nós e nos livre do mal. Querido, não falo de discordância. Há modo correto de se discordar. Não falo de saída; há modo correto de se sair. Que o Pai lhe dê graça, sabedoria e humildade para discernir todas as coisas. Gemendo pela nação e a Igreja de Cristo nela, Valnice

Como falei, recebi a carta acima indiretamente, através de outra lista. Entrei em contato com Valnice para que ela confirmasse se foi ela mesma quem escreveu o texto, já que não se pode confiar em tudo o que se recebe por email, e ainda mais quando a mensagem é passada e repassada “ad infinitum”. Eis a sua resposta:

Querido Alisson,Graça e paz!

Sim, a correspondência é autêntica, mas sua divulgação fugiu totalmente à ética. Fiquei abismada quando soube de sua divulgação. Sou transparente no trato pessoal, mas muito discreta em comunicações públicas, porque gosto

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de preservar ao máximo as pessoas. Daí meu silêncio público a respeito dos acontecimentos. Pedi minha assistente pessoal, Pra. Anacharlene, para investigar e pedir ao moderador da lista a sua remoção. Hoje sei que tal correspondência circula pelo Brasil, como fogo que se alastra sem controle. Nada mais posso fazer, a não ser lamentar que correspondência pessoal tenha se tornado pública.

Havia três apóstolos brasileiros na equipe internacional do pastor César,incluindo ap. Renê e eu. Sempre compartilhamos tudo, como bons companheiros. Ambos nutrimos carinho especial por Renê. Ele como um pai, e eu como uma mãe. Quando ele tomou conhecimento do ocorrido, procurou-me, mas não me encontrou. Passei uma semana "sumida." NINGUÉM sabia onde eu estava. Que queria estar longe de tudo, aquietar meu coração porque a situação para mim era de um nível de guerra muito alto. Não queria atender ninguém. Sabia que teria de me pronunciar oficialmente, mas antes de fazê-lo teria de buscar muito a face do Pai. Até agora estou calada e chocada com o mundo de mentiras a respeito do Pr. César que estão sendo divulgadas, dentro e fora da visão.

Quando o outro companheiro me localizou ao telefone, conversamos. Ele sugeriu que trocássemos a correspondência. Assim sendo, ele enviou-me a carta que escreveu para o ap. Renê e eu enviei-lhe a que escrevi, juntamente com a que enviei para o pr. César e para meus pastores da INSEJEC. Mas pedi aos meus que não passassem nada adiante, não criticassem, não julgasse, apenas orassem. Enviei várias correspondências aos meus e sei que seguiram minhas instruções. Como resultado da pesquisa feita por minha assistente, fiquei sabendo que meu colega passou a correspondência para seus pastores. Certamente algum deles passou para um amigo e, já sabemos: foi parar na internet. O que fazer? Creio não ter havido má fé. Senti-me constrangida, pois não gostaria que se tornasse pública uma conversa franca com alguém tão próximo e que tenho como filho. Mas repouso em Romanos 8:28.

Diante do exposto, dou-lhe liberdade de compartilhar esta nota com o grupo, acrescentando que teremos uma reunião com a equipe nacional na próxima semana,

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quando elaboraremos um documento oficial da equipe. Como Pr. César estava fora da nação, esperei que ele retornasse a fim de o ouvirmos acerca de algumas questões colocadas no comunicado do ap. Renê. Só gostaria de pedir aos amados para evitassem a todo custo colocar combustível na fogueira. Os críticos da visão já estão escrevendo aberrações. Calúnias sem fim contra o pr. César estão sendo espalhadas. Será que esta é a forma de a Igreja Brasileira recompensar aos pastores Castellanos o que deram graciosamente à nação? Exatamente quando se encontram no Brasil? Dar ocasião para que seu bom nome seja maculado, quando estão aqui numa função governamental?

Temos que orar e jejuar muito. Que Deus nos dê olhos para ver e coração para discernir todas as coisas. Esta divisão é uma brecha irreparável em nossas fileiras. Essas calúnias uma legalidade terrível para o inimigo atuar. O MELHOR QUE FAZEM OS É FALAR POUCO E ORAR MUITO!

No amor de Cristo,

Valnice

Como ela relatou, César e o que sobrou da sua equipe se reuniram para discutir a situação e escrever um documento oficial, que transcrevo abaixo:

Diante de graves calúnias e boatos espalhados pela nação a respeito do perfil de liderança do Pr. César Castellanos, líder espiritual do mover de Igreja em Células no Modelo dos Doze, conhecido como G12, além de inúmeros pedidos de esclarecimento sobre uma baixa em suas fileiras, reuniu-se a equipe nacional em Brasília, no dia 18 do mês em curso, com o propósito de manifestar ao seu líder natural solidariedade e, ao mesmo tempo, ouvi-lo sobre as questões contra ele levantadas, bem como elaborar um documento que reflita a posição oficial do grupo sobre as questões em pauta.

PERFIL - Quanto mais convivemos com este servo de Deus, mais apreciamos sua simplicidade, humildade, integridade e generosidade. Humano, como todos nós,

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mas indubitavelmente um líder quebrantado diante de Deus, de caráter ilibado e coração de servo, com uma visão de conquista de perdidos do mundo inteiro através de uma simples visão que busca restaurar o papel de ganhador de almas de todos os discípulos e o discipulado contínuo através de grupos pequenos, no máximo doze, o tamanho do grupo que Jesus discipulou, entendendo que este é o máximo que se pode manejar para um discipulado eficaz. Para ele as multidões não superam o valor de uma verdadeira equipe e é isto que o grupo de doze representa. Com ela as multidões poderão ser conquistadas, mas sem ela não haverá como consolidá-las.

POSTURA EM RELAÇÃO A MINISTÉRIOS DISTINTOS - Nenhum de nós jamais se sentiu ameaçado a ter seu ministério por ele anulado. Pelo contrário, estimulado e motivado ao crescimento, sem importar qual seja nossa denominação. Em tempo algum houve qualquer interferência em nossas igrejas locais ou domínio sobre nós. Nenhuma imposição ou controle sobre nossas vidas. Nenhuma atitude de "ou você faz isto ou não é meu discípulo".Nenhum tipo de tratamento como se fôssemos ovelhas do rebanho que Deus lhe confiou (a MCI). A relação com pastores de ministérios distintos é mais no nível de servir com os princípios e valores de uma visão de discipulado revestida de uma simplicidade assombrosa, mas de eficácia comprovada, do que de controle de suas ações. Ele certamente nos tem tratado como líderes maduros, com ministérios distintos, de características próprias. Repetidamente tem dito: "Tudo que trata de dobrar a vontade das pessoas, é diabólico".Ele é avesso ao controle dos discípulos, dizendo que "só Jesus morreu por eles"; é partidário da humildade, ensinando que "quando subimos um degrau na unção, devemos descer dois na humildade"; é inimigo da pressa na implementação da visão, repetindo constantemente: "não é por se correr mais depressa, que se chega mais longe, mas por se correr estrategicamente".Vemo-lo como um grande motivador, conduzindo-nos a alvos corretos e não como um dominador.

PROVEITO FINANCEIRO - O nível de cobertura que temos recibo é dentro do modelo celular por ele experimentado, e só, sem qualquer intromissão nas questões internas das igrejas locais. Por crer tratar-se de uma estratégia bíblica com frutos comprovados,

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apaixonado por Jesus e pelas almas perdidas, imbuído de um espírito missionário, quer naturalmente dar de sua experiência aos pastores que o buscam, sem interessar-lhe qual a denominação a que pertencem, nem cobrar-lhes um centavo. Em tempo algum foi imposta ou mesmo sugerida qualquer contribuição financeira de nossas igrejas ao seu ministério. Se alguma igreja porventura desejar fazer uma oferta, é expressão de sua voluntariedade e não de um pedido, muito menos uma exigência. Ganância, ostentação e busca de vantagens financeiras certamente são estranhas ao seu perfil.

PRESENÇA NO BRASIL - Vemos a presença dos Castellanos no Brasil como um presente e não como uma ameaça. Uma oportunidade de ouro para receber mais de perto de sua experiência e ministração, que só enriquece. Somos gratos a Deus por sua presença entre nós porque, como diz um dos companheiros da equipe, "você pode hoje ter uma floresta, mas nunca se esqueça de quem lhe deu as sementes".Sua vinda não fazia parte dos planos do casal. Havia três anos estavam em Miami e solidificavam ali a Igreja, após adquirir novas instalações, quando o Presidente Uribe ofereceu à Pra. Cláudia o cargo de embaixadora da Colômbia no Brasil. Dra. Cláudia, formada em ciências políticas, recebeu um chamado de Deus para influenciar sua nação no campo político, quando nenhum evangélico havia chegado lá, e foi a primeira senadora evangélica. Fundou um partido político que tem elegido representantes tanto para a Câmara de Vereadores quanto deputados e senadores. Nas últimas eleições presidenciais, o apoio do Partido ao Dr. Uribe levou-o à vitória, o que toda a imprensa reconheceu. Na Convenção anual do ano passado foi comovente ouvir o testemunho do Presidente a respeito do caráter dos discípulos da MCI e sua influência na paz nacional, além de sua disposição de receber semanalmente os pastores Fajardo para ministrar-lhe a Palavra de Deus e orar por ele. Portanto, a presença do casal no Brasil deve-se a uma missão diplomática. E esta é uma oportunidade que Deus lhe concede para influenciar o governo com o Evangelho de Jesus Cristo. Entraram na nação pela porta da legalidade diplomática, por providência Divina, e recebemos essa bênção como presente do Pai.

PAPEL NA NAÇÃO - O casal Castellanos compreendeu que essa porta inesperada tinha um propósito Divino.

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Portanto deixou Miami e, desde dezembro passado, encontra-se em Brasília, como sua base. Enquanto a Embaixadora Cláudia cumpre seu papel de diplomata, Pr. César serve aos pastores que buscam seu auxílio na nação, para além de suas constantes viagens internacionais. Estando no Brasil, pela primeira vez a equipe nacional, como um todo, tem tido a oportunidade de privar mais do convívio com ele, sendo sempre enriquecida e abençoada com suas ministrações e influenciada pela simplicidade que orna o caráter dos verdadeiros servos, que não deixaram o sucesso subir-lhes à cabeça. Não temos qualquer sombra de dúvida sobre sua honestidade e motivação de servir de forma desinteressada aos pastores

brasileiros que desejam receber do que Deus lhe confiou. Somar foi e continua a ser sua atitude, alegrando-se sempre com as conquistas de cada um de nós e motivando-nos a outras maiores, pois "o conquistado não é desafio." Temos crescido como equipe e estado mais juntos, sendo abençoados pelo seu modo humilde de agir. Atestamos, tanto os que caminham com ele já por anos, quanto os mais novos, que ele é um santo homem de Deus, com uma visão e autoridade espiritual incontestáveis e estamos felizes com sua presença na nação e gratos a Deus pela cooperação que nos tem dado para melhor conquistarmos nosso território para Cristo.

POSIÇÃO - Foi mais uma vez ratificada sua posição de serviço aos pastores e não de domínio ou controle de seus ministérios, o que certamente todos poderão ver comprovado, quando findar sua missão em nosso País. Manifestamos nosso apreço, gratidão e amor por tudo quanto através deste humilde servo de Deus temos recebido, desejando que seus dias em nosso meio sejam de enriquecimento mútuo. Estamos unidos, pois, como um só corpo, sem levar em conta nossas diferenças denominacionais, teológicas ou nacionais, movidos por uma só paixão de ver a nação aos pés de Cristo, sem competições ou tentativa de domínio sobre o rebanho de Cristo ou seus líderes, dentro dos princípios de respeito pela nossa diversidade, mas unidos numa visão de fazer de cada discípulo um líder e em cada oikós (casa, nível de relacionamento) uma célula, buscando motivar todos os discípulos de Jesus Cristo a ganhar vidas para Ele, consolidá-las na fé, discipulá-las através de um

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treinamento que faça deles discipuladores, enviando-os a reproduzir a missão, de geração em geração, até que Cristo volte, no espírito de 2 Timóteo 2:2.

PERDÃO - Reconhecemos que é na crise que o que de fato está dentro de nós se manifesta. Conviver, portanto, com o Pastor César e ver como reage diante das críticas, das calúnias, das distorções de suas palavras e dos juízos, é uma lição prática de humildade, perdão e respeito que só encontramos nos servos forjados no meio de muitas batalhas e quer buscar refletir o caráter de Cristo. O espírito de perdão aos ofensores, que gera a sobriedade, é evidente em seu caráter. Pudemos ler por trás de suas palavras emocionadas, o nível do perdão de quem já foi vítima até de ataque fatal: "depois de sofrer a humilhação de receber cinco tiros e estar às portas da morte..." porventura não suportará todas as coisas em humildade e perdão?

PROPOSTA - A visão celular no modelo dos doze (G12) continuará sua trajetória na nação com a mesma proposta inicial. Embora um dos nossos amados e nobre companheiro, Renê Terra Nova, tenha deixado a equipe, invocando razões para as quais não encontramos respaldo em nossa experiência com o Pr. César, entendemos que o Reino de Deus está acima de todos nós, que cada um de nós dará contas ao Senhor de suas próprias atitudes, que não nos compete julgá-lo ou emitir sentença. Reafirmamos nosso amor e respeito por ele, desejando que os eternos propósitos de Deus sejam cabalmente cumpridos em sua vida e ministério, mas diante do Senhor, em sã consciência, depois de analisar exaustivamente todas as coisas e ouvir as partes envolvidas, nossa leitura dos fatos difere da sua. Prosseguiremos a missão a nós confiada, no temor do Senhor, servindo os irmãos mais novos, como representantes do Pr. César, com aquilo que, por sua instrumentalidade, temos recebido. A proposta de ontem, é a mesma de hoje: equipar pastores para um maior nível de crescimento na conquista da nação, respeitando sua identidade denominacional, administrativa e doutrinária.

PLURALIDADE - Compreendemos que a redenção do Brasil não virá por um só homem ou um ministério, mas pela instrumentalidade de todos os ministérios que Deus levantou nesta nação, pelo que a unidade bíblica que tem Cristo como o ponto de convergência, deverá ser

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preservada acima de nossas diferenças. Que a visão celular não é um "Messias," mas apenas uma ferramenta que nos equipa a uma ofensiva evangelística e discipuladora, com o propósito de cumprir a grande comissão em nossa geração. Como diz Paulo, "um planta, outra rega, mas Deus dá o crescimento" e só Ele deve levar a glória. Clamamos, pois, para que Deus nos ajude a andar no espírito de amor e humildade, reconhecendo em cada ministério seu valor e contribuição para a redenção da nossa Pátria, usando a visão celular como estratégia, mas não fazendo dela um ídolo ou motivo de suposta superioridade ou vanglória. Na pluralidade dos ministérios levantados é que está o TODO que Deus tem para a conquista da nação.

POSICIONAMENTO - Sob a liderança internacional dos pastores Castellanos, que reconhecemos como apóstolos da Visão Celular no Modelo dos Doze (G12); compreendendo que sua maior contribuição na nação é o adestramento de lideranças brasileiras nos valores e princípios da visão; mas compete a nós a conquista do seu povo para Cristo, estendemos nossas mãos a todos, como companheiros entre iguais, para servir-nos uns aos outros naquilo que temos, buscando a glória de Cristo, o Senhor, unidos em torno da visão de conquista desta nação para Cristo.

PROCLAMAÇÃO - Comprometemo-nos a trabalhar pela unidade do Corpo de Cristo na nação, em amor e respeito, proclamando sobre nós e toda a Igreja do Senhor a oração de Jesus: "A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim" (João 17:21-23).

PRÓXIMA CONVENÇÃO - Conclamamos a todos para a sétima Convenção Anual, a ter lugar em Brasília, de 6 a 8 de Julho (a confirmar), cujo tema é: TOCANDO O CORAÇÃO DO PAI. Isto sugere que a visão celular no modelo dos doze é UM MODELO DE PATERNIDADE/MATERNIDADE e não de domínio ou controle. Um ciclo se encerra (7) e um novo tem início.

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Busquemos revestir-nos das armas espirituais e comecemos a jejuar e orar para que o Espírito do Senhor nos marque, capacitando-nos a uma grande colheita de almas, até que vejamos o Brasil rendido aos pés do Senhor Jesus.

Por uma nação Redimida e uma Igreja triunfante, irmanados no amor de Cristo, Senhor de todos, e a serviço do Seu Reino,

(Dois casais da equipe não aparecem na foto, por não poderem estar presentes, mas também subscrevem o documento que lhes foi submetido para apreciação).

Delmir Bolzan e Mara Zani Bolzan Porta da Paz São Paulo - www.portadapaz.com.br

Franck e Patrícia GonzálesMissão Carismática Internacional São Paulo

João Batista e Gissele da SilvaIgreja Batista Missionária Internacional)Feira de Santana – BA

Joaquim e Dalva Antunes Igreja do Evangelho QuadrangularBelo Horizonte - www.g12brasil.com.br

Laudjair e Eline Guerra Igreja Batista Celular InternacionalBrasília

Márcio e Renata ValadãoIgreja Batista da LagoinhaBelo Horizonte - www.lagoinha.org.br

Moisés e Cristina RomeroMinistério Internacional AbundanteAnápolis

Sinomar e Elizabeth Fernandes SilveiraLuz Para os Povos) Goiânia - www.luzparaospovos.org.br

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Valnice Milhomens Coelho Igreja Mundial do Senhor Jesus Cristo) São Paulo e Brasília - www.insejec.com.br

TESTEMUNHO DOS PASTORES DELMIR E MARA BOLZAN

Pastoreamos a Igreja Porta da Paz há nove anos. Em 2000 tivemos o nosso primeiro contato com a Visão Celular no Modelo dos Doze, diretamente em Bogotá-Colômbia, durante a V Convenção Internacional. Fomos completamente impactados e transformados pela Unção desta Visão. Foram dois anos em busca de esclarecimentos e apoio para transicionarmos toda a igreja de uma visão convencional para a Visão Celular. Muitos foram os acertos, mas muitos foram também os erros pela precipitação e até pela falta de uma visão clara de todo o processo.

Participamos de todas as Convenções Internacionais em Bogotá, bem como todas as nacionais, fizemos o Encontro e Reencontro de Jovens em Bogotá. Algo sempre bateu muito forte no nosso coração desde o princípio, que foi abraçar a Visão que Deus entregou aos nossos Pastores Castellanos, com inteireza e fidelidade para que a sua pureza fosse preservada. Comprometemo-nos diante do Senhor a não acrescentar e nem tirar nada daquilo que tão graciosamente recebemos dos nossos pais espirituais. Aprendemos pela própria experiência, que o crescimento não é imediato e o resultado corresponde à espécie da semente. Podemos dizer que já os primeiros frutos começaram a surgir.

Sentimo-nos privilegiados e enriquecidos por termo sido convidados pelo Pr. César a fazer parte dos seus doze no Brasil. Desde então temos sido agraciados por um discipulado em Amor, honestidade e transparência, muito peculiar a líderes comprometidos com o Reino. A admiração tem sido crescente, a cada abraço, a cada olhar e a cada oração e ensino. Temos nos sentido agraciados de tamanha vocação no Senhor, não porque somos quem somos, mas porque nossos Pastores César e Cláudia, são quem são nas mãos do Senhor!

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Somos testemunhas oculares da retidão, integridade e santidade deste casal que, providos de uma ética impecável, nos tem conduzido na direção dos perdidos para a conquista da nossa nação!

Temos muito que caminhar e aprender sobre a Visão Celular no Modelo dos Doze, mas como nos ensina a Palavra "Pagai a todos o que lhes é devido:... a quem respeito, respeito; a quem honra, honra". Temos uma dívida de respeito e honra para com os Pastores Castellanos, com sua casa, com MCI e a própria Colômbia.

Que o Senhor seja, ainda mais gracioso e exalte o Seu Santo Nome sobre eles. Na unidade do Espírito Santo.

Delmir e Mara Bolzan.

TESTEMUNHO DOS PASTORES LAUDJAIR E ELINE GUERRA

Há sete anos somos pastores da IGREJA BATISTA CELULAR INTERNACIONAL. Começamos a aplicar a visão no ano 2000 com uma célula e chegamos a 972 células em Dezembro 2004. Nós últimos meses tivemos o privilégio de receber várias vezes os pastores César e Cláudia Castellanos em nossa igreja.

Em todos estes anos aplicando a visão celular, nunca nos cobraram um centavo para estar conosco, nunca nos constrangeram ou obrigaram a usar seus livros. Jamais insinuaram de longe que nos tornássemos MCI. Em nada anularam nosso ministério ou nossa identidade. Pelo contrário; têm sido instrumentos de Deus para nosso crescimento. Tudo que pudemos receber deles e de sua família foi por amor e auxílio desinteressado. Ampliaram nosso horizonte, levaram-nos a sonhar mais alto e mais longe. O fruto de suas visitas e ministrações logo se constatou.

Agradecemos a Deus pelos nossos pastores César e Cláudia Castellanos que com tanto amor deixaram tudo que tinham para vir ao Brasil nos ajudar. Eles têm sido profetas de Deus nesta nação, trazendo avivamento e multiplicação. A Deus, nossa gratidão por enviá-los a nós.

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Laudjair e Eline Guerra.

TESTEMUNHO DOS PASTORES JOÃO BATISTA E GISSELE DA SILVA

Somos pastores na Igreja Batista Missionária Internacional, em Feira de Santana, BA. Na 5ª Convenção G12 de São Paulo, fomos convidados a participar de uma reunião juntamente com outros Pastores, cujo motivo era levantar no Brasil a equipe de Doze. Depois de explicar a todos os líderes presentes a finalidade da reunião com bastante clareza, e tendo como resposta um "SIM" de cada presente convidado, participamos de uma CEIA, que selava a unidade do grupo e o reconhecimento dos Pastores César e Cláudia como nossos líderes no G12. Foi uma reunião muito especial. "DEUS ESTAVA PRESENTE SELANDO AQUELE PACTO".

Tendo, desde então, andado com o Pastor César, juntamente com os demais da Equipe. Por conhecê-lo e saber ser um homem de Deus de grande envergadura e humildade, destituído de vaidade e glória humana, continuaremos debaixo de sua cobertura espiritual como nosso líder, não vendo jamais nele nada que nos leve a quebrar com ele a aliança firmada em São Paulo. Como foi dito, se Bogotá é a fonte, não quero sair dela.

Pastor César, confirmamos nossa aliança contigo nestes momentos difíceis por que passa a Visão. Conte conosco, e com todos aqueles que estão sob a nossa cobertura. Eles não são nossos. São seus discípulos, pois foram gerados dentro do contexto da Visão Celular.

Há uns oito anos atrás, antes de conhecermos a Visão Celular, estávamos envolvidos nos Grupos de Crescimento, quando poucos estavam em "Evidência" na Nação. Chegamos a ter 130 Grupos. Levamos à Nação Coreana, em Seul, caravanas por três anos para atenderem ao CGI (Church Growth International), onde havia Pastores de muitas Nações. Até hoje recebemos correspondências da Coréia com assinaturas do Pastor Cho e sua Equipe, pois éramos líderes de caravana e intérprete. Uma coisa Excelente no Pastor César é vê-lo expressando seu amor, admiração e reconhecimento ao Pastor Cho, de quem recebeu a tocha da visão celular, e isto diante das Nações do Mundo, em Bogotá.

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Pastor César, o senhor é realmente um Líder de Excelência. Deus o abençoe.

TESTEMUNHO DE SINOMAR E ELIZABETH FERNANDES SILVEIRA

Conheci a visão Celular em 1999, mas me envolvi nessa estratégia gloriosa a partir do ano 2000. Não fui convencido por ninguém, mas ouvi o Espírito Santo me dizer: "Este é o meu mover para esta última hora; entre nele e não faça adaptações". Obedeci.

Hoje todas as igrejas do Ministério "Luz Para os Povos", no Brasil e no exterior, operam na visão G12. A nossa história mudou. Hoje ouço todos os nossos pastores brasileiros e estrangeiros dizerem com convicção: "Nós vamos conquistar nossas cidades".

Deus levantou o Pr. César e Pra. Cláudia para liderar esse poderoso mover do Espírito Santo em todo o mundo. Deus escolheu um casal simples, humilde e que não procura para si nenhuma honra ou glória. Deus sabia que a visão Celular aglutinaria milhares de pastores, e Deus precisava, então, de um casal maduro, simples, equilibrado e íntegro para não se aproveitar da "Visão" ou tirar proveito próprio.

Pr. César nunca exigiu nada da sua equipe Internacional, a não ser um crescimento explosivo, fidelidade e o amor de cada um.

Quando nos reunimos, somos ministrados, somos motivados ao crescimento e ele sempre pede para que cada um de nós estabeleça suas próprias metas para o ano em curso. E, em sendo assim, ele ora por todos nós.

Três coisas que sempre me impressionaram no Pr. César:

1- Seu caráter irrepreensível;

2- Sua visão de conquista;

3- Sua disposição para servir sem nada reivindicar.

Embora tenha dificuldades para achá-lo, isso não diminui ou abala a minha fidelidade a ele. Hoje, graças a Deus, formamos uma grande equipe brasileira e, unidos em

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torno de uma grande visão, conquistaremos o Brasil de norte a sul, de leste a oeste.

A presença do Pr. César e da Pra. Claúdia em solo brasileiro é profética: A visão aqui se consolida definitivamente. Perdemos um companheiro – Renê Terra Nova – homem precioso, mas a igreja celular no país continua rompendo barreiras, quebrando os grilhões e se multiplicando a cada dia.

Dou graças a Deus, todos os dias, pela fonte de onde jorram as águas desse maravilhoso mover.

TESTEMUNHO DE VALNICE MILHOMENS

Desde que fui a Bogotá, por uma expressa palavra do Espírito Santo, em junho de 1998, minha visão de Igreja local passou por uma revolução. Algumas coisas em especial, que testemunhei, tocaram o meu coração, e com elas me identifiquei prontamente:

- A intensidade da oração, começando às 5h da manhã e permeando todas as reuniões em todos os lugares. O dia todo, por onde se passava, o glorioso som de pessoas orando com intenso fervor. Os programas de jejum coletivo que precederam a explosão de crescimento. O nível de guerra espiritual e dependência do Espírito Santo. Quanta ênfase a deixar que o Espírito Santo seja o pastor da Igreja e nós apenas seus auxiliares!

- A paixão com que todos - crianças, adolescentes, jovens e adultos - se referiam aos perdidos como alvo do nosso amor. Até hoje guardo o rosto de um menino de nove anos dizendo-me: "Sabe qual o segredo, pastora? O amor!" E com que fervor falava sobre ganhar almas, começando com seu pai, que era um "bêbado." O resultado disso é a impressionante quantidade de pessoas se entregando a Jesus em todos os cultos. Todos ganham vidas. A cada ano, um crescimento assombroso.

- A unidade em torno de uma visão estratégica. Todos descreviam o programa de ação em quatro palavras: ganhar, consolidar, discipular e enviar. Uma visão tão clara, tão simples e tão transferível!

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- A simplicidade e ausência de afetação por parte dos presidentes César e Cláudia Castellanos, refletida em toda a liderança. Quase sete anos depois, tendo acompanhado o crescer da influência do avivamento colombiano em todo o mundo; depois de tanta convivência com os Castellanos, continuo a ser abençoada por seu jeito tão simples de ser, tão humilde, generoso, avesso a títulos e quebrantado diante de Deus. A cruz é seu assunto preferido, e levar todos a uma experiência com o significado da cruz o coração de suas ministrações.

- A simplicidade das ministrações. Tanta simplicidade em tudo, que confunde! Simplicidade no falar, no pregar, no ministrar... Mas quanto resultado!

- A linguagem da fé e sua manifestação. Uma visão clara. Metas específicas. "At'q onde queres chegar?" E poderia prosseguir, mas isto basta.

Vi em Bogotá muitos dos ensinos bíblicos que enfatizo aplicados no contexto da Igreja local e dando fruto abundante. Apaixonei-me por esse mover tão simples e sobrenatural. Mas logo desesperei-me. Não havia materiais escritos. Pr. César insistia: "Essa visão é captada no espírito. Não é uma técnica".Mas como entender essa estrutura? Como transferi-la? "É no espírito que ela é entendida".Cedo descobri que é uma questão de valores e não de estrutura; é um ser guiado pelo Espírito e não uma técnica. Pesquisei bastante, entrevistei bastante gente até entender a estrutura e colocá-la no papel, mas a cada encontro, a cada visita, topo com valores que ainda não havia percebido. É um desafio constante.

Como tenho uma aliança com o Pai: "tudo que deres à tua serva ela dará à tua Igreja"; vinha trabalhando no que chamo de estratégia da "força aérea" para a conquista da nação; entendendo que Deus confiara uma tremenda estratégia de "infantaria" ao Pr. César, quis que ela fosse passada para as igrejas do Brasil, como ferramenta para acelerar a evangelização da nossa Pátria. Como estou convicta de que é a totalidade dos ministérios que Deus levantou, cada um fazendo a parte que lhe cabe, que Deus usará para a redenção do Brasil, meu coração desejou que os pastores brasileiros fossem abençoados pela experiência de Bogotá. Convidamos, então, o casal Castellanos para vir ao Brasil, em junho de 1999 e, desde

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então, promovemos a Convenção Anual com o propósito de que os que o desejassem pudessem ser ministramos diretamente por eles. Na quinta Convenção, um sonho se cumpriu: nasceu a equipe nacional e a sexta Convenção foi promovida pela mesma.

Devotei-me ainda à tradução em português e publicação dos materiais que foram surgindo ao longo dos anos. Hoje já somam 31. Entendi que poderia servia a nação, sobretudo, promovendo as convenções e publicando a literatura, até que a editora oficial fosse instalada na nação e houvesse uma equipe que desse continuidade às Convenções. Desejei, orei e sugeri que os Castellanos passem um tempo no Brasil. Sua primogênita apaixonou-se por um brasileiro na primeira Convenção. Casaram-se e esperam o primeiro filho. Meus sonhos foram se cumprindo e hoje, por um milagre de Deus, eles se encontram no Brasil e sei que a unção de Deus sobre suas vidas será uma bênção para tantos quantos queiram receber do espírito desses humildes servos de Deus.

Em todos estes anos fui tratada com o máximo respeito e consideração. Absolutamente nada jamais me foi exigido. Fizemos o convite oficial ao casal Gonzáles, seus discípulos, para servirem no Brasil. Responsabilizamo-nos por ele na obtenção do visto. Oferecemos nosso templo para suas reuniões. Por um tempo seus cultos eram em nosso templo. Dele saíram para as ruas a fim de ganhar perdidos. A primeira fonovisita aos frutos foi feita usando nossos telefones. Nunca faltaram com a ética. Nenhum dos membros de nossa igreja foi levado por eles e jamais Pr. César pediu ou insinuou pedir que nos tornássemos MCI. Sempre disseram e demonstraram que não importa qual a denominação do pastor. A visão celular é para todos. E eu poderia escrever um tratado de testemunho pessoal demonstrando tratar-se de boato o que corre a nação, acusando-o de exigir "royalties" das igrejas sob sua cobertura e querer fazer delas uma MCI sob sua presidência. Até os direitos autorias dos seus livros têm sido aplicados no Brasil. É um desinteresse financeiro total. Quanto mais os conheço, mais os admiro. Nunca esquecerei o quadro testemunhado no último encontro da equipe: esse humilde servo de Deus prostrado em pranto, em oração a favor da nossa Pátria, de sua equipe brasileira e do companheiro que partiu.

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Achei que minha missão, como membro da equipe, já havia terminado; que meus sonhos tinham todos se cumprido; que já fizera minha parte, tendo deixando meu próprio ministério de lado para servir ao Corpo. Com o nascimento da equipe e a vinda do casal, proclamei: "Seis dias trabalharás, mas ao sétimo descansarás." No entanto, diante dos últimos acontecimentos, reafirmo aos pastores Castellanos e à equipe nacional que me disponho a servir no que estiver ao meu alcance, rogando ao Pai que conceda a todos nós a graça da humildade e do amor cristão que nos leva a caminhar em respeito pelas diferenças sem agressões verbais ou de qualquer sorte. Temos um único Senhor e uma Igreja. Embora tenhamos temperamentos e estilos diferentes, temos a consciência de que servimos ao mesmo Reino, sob a liderança suprema do mesmo Senhor a Quem representamos.

No espírito de amor, respeito e unidade forjada na diversidade, a serviço da Igreja de Cristo, por um Brasil aos Seus pés.

Valnice Milhomens

Fonte: http://www.g12brasil.com.br/oficial_g12.htm

Posteriormente, alguns ministérios também se separaram do Renê, a exemplo da Comunidade Cristã de Ribeirão Preto, presidida pelo Pr. Danilo Figueira. Recentemente ele comunicou seu desligamento da cobertura do MIR através deste documento:

DESLIGAMENTO DO "GOVERNO DOS DOZE"Ribeirão Preto, 12 de junho de 2006.  

Queremos comunicar aos amados que acompanham nossa caminhada na visão celular, o desligamento do nosso ministério do chamado “Governo dos Doze” e da cobertura do Ap. René Terra Nova.

Deste o início, quando aceitamos o convite para fazer parte desta aliança, deixamos claro que permaneceríamos nela enquanto princípios inegociáveis para o nosso ministério fossem guardados, entre eles, o respeito à autonomia de cada igreja local e o compromisso de não se

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usar a visão como instrumento de imposição de doutrinas, métodos e materiais.

Para nosso desapontamento esses princípios foram quebrados recentemente em Porto Seguro, quando nos vimos impedidos de divulgar e fornecer nosso material de Escola de Líderes, que tem sido benção para muitas igrejas no Brasil e exterior, sob a alegação de que o Ap. René estaria apresentando o seu e a exposição do nosso poderia causar algum tipo de “confusão de entendimento” e “desconforto”, em que pese ele mesmo tê-lo qualificado como “muito bom, simples e sem contradição teológica”.

Nas comunicações trocadas com o Ap. René após esse incidente, ele explicitou sua intenção de fazer com que o material produzido em Manaus seja adotado por todos os ministérios que andam sob sua cobertura, intenção que julgaríamos legítima, desde que não fosse imposta e não ultrapassasse as raias da nossa liberdade, constrangendo-nos a não divulgar e fornecer o material que produzimos.

Por entendermos que a visão não deva se tornar argumento de imposição ou monopólio do que quer que seja e que o chamado “Governo dos Doze” evidencia cada vez mais um tipo de hierarquização e centralização de poder que não vemos como saudável, sentindo-nos impotentes para mudar esse curso e temendo deteriorar relacionamentos que prezamos muito, decidimos que a atitude mais coerente da nossa parte seria desligar-nos, coisa que já fizemos definitiva e oficialmente.

Ressaltamos que não estamos rompendo relacionamentos, mas apenas deixando a estrutura chamada “Governo dos Doze”, por percebermos nela sinais de desvirtuamento. De nossa parte, desejamos manter o companheirismo e não temos porque negar o respeito ao Ap. René Terra Nova e sua equipe ministerial, reconhecendo que têm sido um tremendo instrumento de Deus para o crescimento do nosso ministério. A discordância em relação a princípios e posturas que se evidenciam não roubará nosso sentimento de gratidão.

Fique claro que estamos deixando uma estrutura de apoio e não a essência da visão celular no modelo dos doze, que seguirá sendo uma forte ênfase no nosso ministério. Nossa decisão tem o propósito de manter-nos livres para seguir

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nesta visão da maneira como cremos, simples e sem amarras. Ousamos oferecer nossa vida e serviço para provar que é possível conquistar sem abrir mão da simplicidade de Cristo, da liberdade do Espírito, do respeito à autonomia de cada igreja. Desejamos ser modelo de uma visão que não se torne instrumento de manipulações, de monopólios, de interesses financeiros, onde os pastores se relacionam e cooperam por inspiração, obedecem e adotam materiais e métodos porque os avaliaram e concluíram que são bons, e não porque estão constrangidos ou sem direito de escolher. É nisto que cremos, é nisto que investiremos!

Aos ministérios que nos entenderem como bom referencial, continuaremos dando o nosso melhor. Aos pastores que desejarem seguir-nos, julgando-nos como um modelo inspirador, procuraremos não decepcionar, embora não tenhamos nenhuma intenção ou ação no sentido de persuadir quem quer que seja a seguir-nos nesta decisão de deixar a cobertura do Ap. René Terra Nova. Se alguém o fizer, será por decisão e motivos próprios. Obviamente as portas no nosso ministério estarão sempre abertas para todos os que quiserem aprender da visão, ser discipulados ou simplesmente manter a comunhão fraternal.

Nossos materiais e experiências continuarão disponíveis ao Corpo de Cristo. Ninguém nos tirará essa liberdade e dever de repartir aquilo que nos abençoa, assim como não abdicaremos da responsabilidade de escolher o que é melhor e mais adequado para nosso rebanho. Somos livres, graças a Deus, e aos que são livres serviremos com todo recurso que tivermos.

Não estaremos descobertos. Além da pluralidade de nosso ministério local e de mantermos uma rede de relacionamentos santos e saudáveis com tantos outros ministérios, temos em Harry Scates um apóstolo que nos inspira, conhece e a quem nos submetemos há anos. Não ficaremos órfãos! Acima de tudo isto, confiamos na graça do nosso Pai Celestial, que por um motivo incompreensível e soberano, decidiu nos abençoar até aqui.

No temor de Cristo,

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Prs. Danilo e Mônica Figueira

Pelo Presbitério da Comunidade Cristã de Ribeirão Preto

Fonte: http://www.comcrist.org/mensagens/desligamento.asp

Estas são as informações relevantes até o momento (Julho de 2006).

Uma última palavra.

Se formos analisar o G12 a partir da prática de seus líderes como César Castellanos ou Valnice Milhomens ou René Terranova teremos motivos de sobra para rejeitar tudo. Porém, digo como alguém que conheceu a fundo a questão: é possível separar o joio do trigo. Chamo-o de modelo dos 12(com “M” minúsculo) para diferenciar do G12 de Castellanos ou da visão dos 12 de Renê e cia. Há elementos úteis para o Corpo de Cristo, que não são parte de uma nova revelação mirabolante e apocalíptica, mas simplesmente uma ênfase em áreas que não são muito desenvolvidas em algumas de nossas igrejas como o discipulado pessoal (e bíblico!) o companheirismo, os pequenos grupos como ferramenta de evangelização, cuidado e despertamento mútuos, etc.

Pode-se dizer: “na minha igreja há tudo isto e muito mais, e não somos uma igreja celular nem muito menos estamos implantando o modelo dos 12”. Glória a Deus por isso, mas há muitas outras igrejas aonde as pessoas não participam do culto, mas assistem ao culto. Há outras, ainda, aonde não há uma preocupação em cuidar das pessoas; apenas em ganhá-las para Cristo. Nestas igrejas, o modelo dos 12 ou qualquer outro “modelo” que seja bíblico pode ser útil, não como misticismo evangélico, mas como uma boa estratégia para suprir necessidades e mostrar o rumo certo, sem jamais perder de vista o Senhor Jesus, a quem qualquer modelo DEVE se ajustar.

Em Cristo, que é nosso Supremo e Infalível Modelo,Alisson Teles Cavalcanti

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