a crise mundial do imperialismo e rosa luxemburgo - mario pedrosa

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  • 7/27/2019 A Crise Mundial Do Imperialismo e Rosa Luxemburgo - Mario Pedrosa

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    Coleo

    PERSPECTIVAS DO HOMEMVolume 128

    Mrio Pedrosa

    A Crise Mundial doImperialismo eRosa Luxemburgo

    civilizao

    brasileira

  • 7/27/2019 A Crise Mundial Do Imperialismo e Rosa Luxemburgo - Mario Pedrosa

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    Exemplar N l471

    Capa: DOUN

    Reviso:SILVIA CATUNDA MARQUES

    e REGINA BEZERRA

    Direitos desta edio reservados EDITORA CIVILIZAO BRASILEIRA S.A.

    Rua Muniz Barreto, 91-93Rio DE JANEIRO RJ

    1979

    Impresso no BrasilPrinted in Brazil

    Sumrio

    Prefcio 7I Introduo 17II A Primeira Falncia do Capitalismo 21III Um Ponto de Virada da Histria 28IV O Pensamento de Rosa Luxemburgo 33V A Querela: "Otimistas" e "Pessimistas" 47VI O Capitalismo 55VII O Amlgama do Estado e da Economia 63VIII A Mfia Que Sobrevive 80IX "Comrcio Singular" e Amrica Latina 89X Eplogo 106

    APNDICENota Explicativa 117

    I A Revoluo Russa 130II O partido bolchevique, fora motriz da Re-voluo Russa 134

    III Duas palavras de ordem pequeno-burguesa:partilha das terras e direito dos povos dedisporem de si mesmos 139

    IV A dissoluo da Assemblia Constituinte 148V Democracia e ditadura 154

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    Prefcio

    Em pleno sculo XIX, a Inglaterra era a nica

    potncia mundial capitalista em condies de novo arran-que para a acumulao. Estava ela, com efeito, em viasde uma nova abertura de vastos territrios no capita-

    listas capazes de permitir ao capital perseguir a repro-

    duo ampliada e entrar na fase de acumulao. E aquioutra vez a questo se levanta: quem so esses novosconsumidores? quem vai pagar, em ltima anlise, o no-vssimo emprstimo internacional? quem vai realizar a

    mais-valia das empresas fundadas nesse emprstimo?Rosa Luxemburgo num dos mais luminosos captulos desua obra, responde: "A histria do Egito e da Turquia

    fornece a resposta clssica a esta questo". Na segundametade do sculo XIX, a histria do Egito caracteriza-sepor trs pontos salientes: a criao de empresas modernasde envergadura, o crescimento inaudito da dvidapblica e o desmoronamento da economia campesina.A servido ali se manteve at a poca moderna, e o Walie o Khediva1 exerceram tranqilamente no domnio dapropriedade fundiria uma poltica puramente pessoal,

    1 Ttulo do vice-rei do Egito.7

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    I

    Introduo

    Tendo definido a crise na qual se est mergulhadocomo uma crise capitalista de mbito, enfim, mundial, oportuno que se v s estantes da imensa biblioteca,marxista j imersa na poeira dos tempos e que se peguenela a obra mais aberta a esse tema: "A acumulao docapital", de Rosa Luxemburgo. No uma obra irrefut-vel; longe disso, mas melhor, trata-se de uma obra aindaoportuna, atual, e cheia de contradies. E aqui pode-serender autora, um dos mestres do pensamento marxista,a homenagem mais alta, pois sua qualidade ressaltamelhor com a prova do tempo. Essa revolucionria, infe-lizmente abafada em seu mundo convulsivo e dilaceradoentre a Polnia e a Alemanha, era o esprito menos "eu-ropeu-centrista" de todos. Eis a razo de nossa reve-

    rncia a seu nome, nesse prembulo.

    A emergncia generalizada das multinacionais no fenmeno de um dia pouco venturoso nessa caticasegunda metade do sculo. antes o produto de uma

    Ou, mais precisamente, etnocentrista.17

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    crito, seno matematicamente medido, o segundo traofundamental do capitalismo, que foi pela primeira veze mais corajosamente definido por Rosa Luxemburgo:"... tambm o primeiro modo econmico incapaz de

    existir por si mesmo, uma vez que ele precisa de outrossistemas econmicos como um meio e um campo. Se bemque ele lute para tornar-se universal e que ele conte paraisso com sua prpria tendncia, ele dever curvar-se aessa circunstncia portanto, ele imanentemente in-capaz de tornar-se uma forma de produo universal.Em sua histria viva, ele uma contradio em si mes-mo, e seu movimento de acumulao traz uma soluoao conflito, mas ao mesmo tempo o agrava. A uma certaetapa de seu desenvolvimento escrevia Rosa Luxem-

    burgo em 1913 no haver outra maneira de sair dissoseno pela aplicao de princpios socialistas". E ela lem-bra ainda aos homens de seu tempo e aos do nosso que"o objetivo do socialismo no a acumulao, mas asatisfao das necessidades da humanidade trabalhadorapelo desenvolvimento das foras produtivas do mundointeiro. Assim, para ns, por sua prpria natureza, o so-cialismo um sistema econmico universal e harmo-nioso". Ou, pelo menos, deveria ser.

    20

    II

    A Primeira Falncia do Capitalismo

    Fritz Sternberg, em seu L conflit du sicle (Seuil,1956), ao resumir o desenvolvimento crtico do capitalis-mo, dos meados do sculo xix at os nossos dias, emiteuma opinio contrria ao otimismo geral quanto sperspectivas de um desenvolvimento continuado do ca-pitalismo. Ele inspira-se no pensamento de Rosa Luxem-burgo para escrever: "Perto da metade do sculo xix,o capitalismo no constitua ainda seno uma ilha cer-cada por todos os lados por um imenso oceano pr-capi-talista; meio sculo mais tarde, perto de um tero dahumanidade j estava submetido ao novo modo de pro-duo. Mais ainda: mesmo os territrios sobre os quaisainda dominavam os mtodos de produo pr-capitalis-

    tas passavam desde ento a sofrer, sem recurso possvel,o domnio poltico e econmico do capitalismo triunfan-te e a perder uns aps outros sua independncia. Con-tudo, mesmo no final desse perodo de expanso gigan-tesca, a maioria da populao de nosso planeta ainda notrabalhava diretamente segundo os mtodos de produocapitalistas: no Leste europeu, na sia, e na frica, cons-tata-se ainda no interior uma clara preponderncia deformas de produo pr-capitalistas, mais freqentemen-

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    prosperidade econmica. Tm conscincia de que suasestruturas capitalistas perderam o impulso interior queanima todo mecanismo sadio. Se ningum o diz em altavoz, os dirigentes comeam a saber que seu capitalismo

    est em recesso, em decadncia. Era a reviravolta.

    IV

    O Pensamento de Rosa Luxemburgo

    Antes de tratar do verdadeiro problema que nosocupa, acerca do desenvolvimento histrico do capitalis-mo sob a gide do imperialismo, segundo o pensamentode Rosa, retomemos o modo exemplar e isento com que

    Joan Robinson, um dos mestres da Escola de Oxford, seincumbiu de transmitir aos leitores ingleses esse pensa-mento to controvertido e fecundo, por ocasio da pu-blicao de sua obra The acumulation of capital em Lon-dres, em 1951. E para o esclarecimento dos leitores fran-ceses, confrontemos a apreciao crtica de Robinson coma de Irene Petit, que fez um trabalho mais modesto, masparalelo ao da economista inglesa, e com tanta isenoquanto habilidade, em sua introduo e traduo parcial(com Mareei Olivier) da mesma obra (L'accumulation ducapital, Maspero, 1972). O veredicto final das duas eco-nomistas uma inglesa e outra francesa, uma marxista,outra no, uma com mais de vinte anos de distnciada outra oferece bastante garantia de objetividade paraque nos apoiemos nelas.

    E agora escutemos Robinson: "Negligenciada tantopelos economistas marxistas quanto pelos universitrios,ela oferece uma teoria do desenvolvimento capitalista do-tada do maior interesse.

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    pela incitao para investir que se torna insuficiente medida que a base do consumo final torna-se mais es-treita em relao ao cume da produo de bens de capi-tal. A realizao cada vez menos possvel no seio docapitalismo. Donde o recurso crescente aos mercados ex-ternos e a penetrao das relaes sociais do capital nomundo inteiro, aps suas mercadorias. O processo depropagao-mundializao tambm, segundo Marx, oproduto fatal de uma outra contradio interna, agorado lado do abastecimento".

    V

    A Querela:"Otimistas" e "Pessimistas"

    Depois dessa explicao razovel dos pontos de vistade nossa autora por Joan Robinson, sigamo-la quandoela contorna a parte histrica do que a fascina. Ela comea

    por Sismondi, que, nico entre os economistas de seutempo, oferece, antes de Marx, uma teoria da reproduo.Isto permite-lhe discutir, volta do mestre suo, todosos economistas que ela situa historicamente no "primeiroround" de sua polmica: Malthus, Say, Ricardo, Mac-culoch. Depois, no segundo round, vm Rodbertus e vonKirchmann e a teoria da reproduo. No, "terceiro round,finalmente, a equipe dita dos russos, depois de Nikolaion,o tradutor do primeiro volume do Capital, o amigo deMarx, que, com Vorontsov, o terico da passagem di-

    reta da velha Rssia agrria ao socialismo, evitando afase do capitalismo. Estamos aqui em presena dos re-presentantes do "populismo russo", contra o qual selevantam no apenas os primeiros marxistas ditos legais,Strouve, Bulgakov, mas tambm os revolucionrios, comPlekhanov frente, at Wladmir Ilyin, que, na poca, nopassava de um estraalhador de populistas, aos quais ele

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    e se tornar efetiva. Na Amrica, uma economia monet-ria havia j sido estabelecida h mais de um sculo,enquanto na Rssia uma economia natural predominavaat recentemente. Devia ser claro, por conseguinte, queessa revoluo na Rssia estava condenada a ser muitomais brutal e violenta e acompanhada imensamente demais sofrimentos do que na Amrica". Essas palavrasprofticas vm de onde ou de quem? Do maior dos "mar-xistas" vivos, Engels, em pessoa, nas vsperas de suamorte (Cartas a Nikolaion, 17 de outubro de 1893). Seuparecer soa aqui contra o otimismo de seus discpulos,e de um certo modo em favor do pessimismo de seuamigo pessoal, mas adversrio "populista". O equvocodessa polmica entre "populistas" e marxistas mesmo

    revolucionrios no terminou por si mesmo, mas simfacciosamente, ou melhor, pela vontade revolucionriaque veio de fora, do bolchevismo, ou seja, do primeiroleninismo. Assim, ela terminou bruscamente, como ummotor em pane, que mergulha na lama da estrada. Osantigos mecnicos da velha Rssia, populistas e marxis-tas legais, no podem mais repor o carro em movimento.Novos mecnicos, ainda sem prtica, aparecem e se lan-am ao trabalho.

    VI

    O Capitalismo

    De todos os processos scio-econmicos que a hist-ria nos apresenta, o nico a interromper a rotina dostempos estabelecida pela preguia criadora do bom Deuse a se desenvolver ao longo de geraes e geraes de

    humanidade at nossos dias foi o sistema de trocas. Istose passou, se nos permitem falar brutalmente, quando asprimeiras virtudes sociais do agrupamento humano, ouseja, a doao, a troca, o escambo antes da moeda e amoeda, se institucionalizaram.

    Os antroplogos nos ensinaram a distinguir "as for-mas simples de circulao das 'mercadorias' 1 com ousem dinheiro, e as formas capitalistas de circulao demercadorias". E eles nos dizem: "Quando os bens foramproduzidos para a troca, e so trocados segundo taxas

    aprovadas, estamos em presena de formas de troca, por-tanto, de circulao mercantil sem moeda. Os povos pri-mitivos compreenderam sempre, desde os primeiros con-tatos, a lgica das doaes, e a do escambo e mesmo

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    1 No tomar a palavra 'mercadorias' na acepo que ela recebeu naeconomia capitalista, segundo a terminologia marxista.

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    jamais de ajudar, pois encontraro ali os meios mais seguros de ter esses jovens Estados sob tutela. apenasum passo, alis rapidamente dado, pois por essa tutela desabor ainda patriarcal (a tutela inglesa sobre os jovenspases da Amrica do Sul, no curso do sculo XIX)

    o velho Estado assume o controle total de suas finanas,suas atividades comerciais e alfandegrias, e mesmo desuas fontes de rendas e de impostos, enfim, esses alam-biques e aparelhos complicados onde os investimentos eas rendas de todo tipo so submetidos a operaes cheiasde desvios, mas que se realizam sem todavia deixar osimperialistas com excedentes sem colocao. No fundo,no h muito o de que se surpreender se, apesar dasobjees tericas srias de Rosa Luxemburgo, no ocorreum momento de desabamento total do capitalismo. Este cada vez mais uma conspirao, cuja essncia, de natu-reza oligoplica, o faz agir como uma mfia. As preten-siosas leis do capitalismo existem, mas no so muitoobedecidas. So sempre a astcia e a fora imperiais queatuam.

    IX

    "Comrcio Singular"e Amrica Latina

    Na primeira grande abertura imperialista do capital,com os emprstimos internacionais e grandes obras pbli-cas como as estradas de ferro, que so implantadas emquase todo o mundo, um outro captulo se abre, colocan-

    do na ordem do dia aquela parte pr-capitalista que ahistria dos tempos praticamente havia deixado de lado. uma hora decisiva para o futuro do capitalismo nomundo, uma srie de jovens Estados que nascem no meiode naes soberanas, em geral como embries de capita-lismo. Seu primeiro gesto quase sempre o de pedir di-nheiro s potncias que at ento eram investidoras. assim que perto dos anos vinte do sculo passadoLondres estava cheia de ttulos e de aes dos pasesmuito jovens chegados independncia na Amrica do

    Sul. nica ou quase nica herdeira de Napoleo, a Ingla-terra tornou-se o deus ex-machina de um mundo emconvulses. ela, com efeito, que defendeu, contra seusaliados da Santa Aliana, a independncia de todas essas

    jovens repblicas latino-americanas ( exceo do Brasil,que ao contrrio se proclamou imprio, sob Pedro, o prn-

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