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A CRIAO DE COLEIRO

Criao de Coleiro

26

Datcenter Computao Adalberto Cacillo Pedroso

A CRIAO DE COLEIRO

Alosio Pacini Tostes

Ornitologista

C

ontinuando na linha de bem informar o leitor e na seqncia de dicas sobre a criao dos principais pssaros canoros brasileiros, no poderamos deixar de mencionar a criao do Coleiro.

Sem dvida, o mais popular dos pssaros brasileiros, como disse o amigo Epaminondas Jr. em seu artigo no Jornal do CUBIVALE N. 11. Seu tamanho diminuto facilita o manejo. a maior paixo de crianas que gostam de pssaros. Esse lindo passarinho cantador quase sempre o primeiro tipo de pupilo dos passarinheiros. Foi o meu primeiro, quando tinha 6 a 7 anos, l pela minha Manhuau. Havia centenas deles por perto de minha casa. Hoje bem mais escasso, mas ainda , certamente, o que existe em maior nmero pelo Brasil afora. Conhece-se, pelo menos, quatro ou cinco formas diferentes:

o coleiro de gola e do peito branco, o Sporophila caerulescens caerulescens;

o cabea preta do peito amarelo, o Sporophila nigricollis nigricollis;

o de gola e do peito amarelo, o Sporophila caerulescens hellmayri. Sobre

o cabea preta do peito branco no h uma clara definio sobre o nome cientfico preciso mais clareza dos tcnicos e dos livros existentes sobre a questo para se ter a certeza sobre o nome correto.

H ainda citaes sobre o Sporophila ardesiaca e o Sporophila melanops, como Coleiro mineiro e Coleiro de Gois, respectivamente. difcil, tambm, conhecer as fmeas de cada um deles, so idnticas. O mais comum o de gola, coleira e de peito branco, o de dupla coleira - e aquele que mais se cultiva, o espcie tpica. Afirmam os mais entendidos que o mais valente e cantador. Conhecido tambm como: Coleirinha, Coleirinho, Papa-Capim, Coleira - Coleiro Laranjeira e Papa-Arroz - um pssaro de porte pequeno, 11 cm de comprimento, envergadura 17 cm, com 14 penas grandes em cada asa. De cor preta chamuscada na cabea e costas; abdome branco ou amarelo; mosca branca nas asas; garganta preta em cima de uma gola branca para ter logo abaixo uma coleira de um preto bastante intenso. Os olhos enegrecidos so circundados com pequenas penas claras, formando um gatinho. Bico delicado e possui tons amarelados, cor de laranja. H um marcante dismorfismo sexual: a fmea tem a cor diferente do macho. Ela parda, castanho claro, a mesma cor dos machos jovens que vo gradativamente se tornando pretos, e j procriam pardos com a idade de 7/8 meses.

Distribui-se por grande parte do Brasil, especialmente o Centro-Sul e pases limtrofes. Na natureza, costuma procriar entre os meses de novembro e maro.

Preferem as beiradas de matas, pomares, pastos, brejos, capoeiras e praas das cidades. um pssaro territorialista, isto , quando est chocando demarca uma rea geogrfica em torno do ninho onde o casal no admite a presena de outras aves da espcie. Canta muito e assim delimita seu territrio. Quando no esto na poca da reproduo, contudo, podem ser vistos em pequenos grupos junto com os filhotes. Esto sempre procura de alimentos, tipo semente de capim verde. Para isso, agarram-se aos finos talos dos cachos para poderem se alimentar; so especialistas nisso. Embora o braquira, seja um capim extico, apreciam muito sua semente e ele tem ajudado muito como alimento. Nos meses de julho e agosto costumam se juntar em grandes bandos, especialmente nos anos de seca prolongada. Nessas ocasies, o fogo costuma destruir os capinzais fazendo com que os nossos queridos pssaros desesperados e famintos procurem os locais onde possam encontrar comida, muitas vezes at no interior das cidades.

Seu canto simples, melodioso e a frase musical tem, em geral, poucas notas; entre cinco ou dez. No repetem o canto, mas retomam muito rpido em alguns casos um a dois segundos de espao entre um canto e outro. Existe uma infinidade de dialetos; na verdade, cada ecossistema possui um prprio. Todavia, h alguns que so mais apreciados e cultivados pelos criadores. So eles: o tu-tu-zero-zero ou tu-tu-zel-zel (o mais comum), exemplo desse canto est na fita do Cabrito; j nos cantos mais sofisticados, considerados clssicos, o Coleiro emite a terceira nota, assim: tu-tu-grom-grom -grom-ze-ze-zel-zel-zell ou tu-tu-tcho-tcho-tcho-tch-tch-tcha e outras variaes, para frases bem parecidas. A diferena est apenas no entendimento e na interpretao de segmentos de criadores nas nomenclaturas onomatopicas das notas. Exemplo desse tipo de canto so as gravaes dos Coleiros Mirante e Capricho. Em ambientes domsticos a caracterstica principal do Coleiro gostar de passear e de ser submetido a muita lida, isto , quanto mais manuseado (mexido) mais canta. E seu desempenho nos torneios de canto e fibra est em relao direta com a dedicao que seu dono lhe dispensa. Depende muito disso. , todavia, de fcil entrosamento e fica muito manso com um pouco de carinho. Em suma, o Coleiro uma ave muito apreciada por todos os segmentos de passarinheiros e para vrios objetivos, especialmente os torneios de canto.

Agora, pela Portaria 057 do IBAMA, s podem ser transacionados, sair de casa e participar de torneios aqueles que forem criados em ambientes domsticos e que tiverem anilha fechada, como prova disso.. Est a, tambm, a Portaria 118, que a de criadouro comercial, a pessoa fsica ou jurdica que quiser montar um s falar com o IBAMA, em sua respectiva Superintendncia Estadual. Dessa forma, compete-nos ento, reproduzi-los em larga escala para poder preserv-los e suprir a grande demanda que est a. Quem quiser e puder praticar a sua procriao, ter, com certeza, sucesso garantido.

O Coleiro reproduz-se com mais facilidade que o bicudo e o curi e com uma produtividade excelente. uma ave longeva, vive por volta de trinta anos, dependendo de sua sade e do trato que se lhe dispensa.

A alimentao bsica deve ser de gros, notadamente o alpiste 50%, paino amarelo 30%, senha 10%, niger 10%, acrescentar periodicamente o paino portugus legtimo. salutar que de disponibilize, tambm, rao de codorna misturada a 50% com milharina adicionando Mold-Zap base de 1 gr. por quilo. Dois dias por semana administrar polivitamnico tipo Orosol, Rovisol ou Protovit, este base de 2 gotas para 50ml d'gua. J sua alimentao especial para a fase de reproduo dever ser a seguinte. Quando houver filhotes no ninho, em uma vasilha separada, colocar 3 vezes ao dia, farinhada assim preparada: 6 partes de milharina, 1 parte de farelo de soja torrado,/ 1 parte de germe de trigo, / premix F1 da Nutrivet (4 colheres de sopa para 1 quilo), / sal 2 gr. por quilo, / Mold-Zap 1 gr. por quilo, / Mycosorb 2 gr. por quilo. Aps tudo isso estar muito bem misturado, coloque na hora de servir uma gema de ovo cozido e uma colher cheia de "aminosol" para uma colher bem cheia de farinhada. D-se larvas, utilizando a chamada "praga da granja"; (tipo de Tenbrio molitor, em miniatura, muito comum em granjas de avicultura industrial), a melhor e tem mais digestibilidade. Essa larva diminuta e condizente com o tamanho do bico do Coleiro. Oferecer at o filhote sair do ninho.

bom, tambm, colocar sempre disposio das aves "farinha de ostra" batida com areia esterilizada e sal mineral (tipo aminopan). Outra questo importante diz respeito ao lugar adequado para que eles possam exercer a procriao. Esse local deve ser claro, arejado e sem correntes de vento. A temperatura ideal deve ficar na faixa de 25 a 35 graus Celsius e umidade relativa entre 40 e 60%.

O sol no precisa ser direto, mas se puder ser, melhor. A poca para a reproduo no Centro Sul do Brasil de novembro a maio, coincidente com o perodo chuvoso e com a choca na natureza. Deve-se utilizar gaiolas de puro arame, com medida de 60cm comprimento X 30cm largura X35 cm altura, com quatro portas na frente, comedouros pelo lado de fora para dentro da gaiola. A tala, a medida entre um arame e outro no pode ser maior do que 13mm. No fundo, ou bandeja da gaiola, colocar papel, tipo jornal, para ser retirado todos os dias logo que a fmea tomar banho. Logo depois se deve retirar a banheira para coloc-la no outro dia bem cedo.

O ninho, tipo taa, tem as seguintes dimenses: 6cm de dimetro X 4 cm de profundidade, e ser colocado pelo lado de dentro da gaiola. Pode ser feito de bucha ( Luffa cylindrica) por cima de uma armao de arame. Para estimular a fmea prender raiz de capim ou fiapos de casca de coco, assim ela cobrir o ninho com estes materiais. O nmero de ovos de cada postura quase sempre 2.

Cada fmea choca 3/4 vezes por ano, podendo tirar at 8 filhotes

por temporada. As coleiras podem ficar bem prximas umas das outras separadas por uma diviso de tbua ou plstico, mas no podem se ver, de forma alguma. Seno, matam os filhotes ou interrompem o processo do choco, se isto acontecer.

Utilizar um macho de excelente qualidade, de preferncia um campeonssimo, para 5 fmeas. Nunca deix-lo junto pois ele quase sempre prejudica o processo de reproduo, e mata os filhotes. O melhor, coloc-lo para galar e imediatamente afast-lo da fmea. O filhote nasce aos treze dias depois de a fmea deitar e sai do ninho tambm aos treze dias de idade e pode ser separado da me com 35 dias. Com 8 meses, ainda pardos, j podero procriar. As anilhas sero colocadas do 7 ao 10 dia, com anilha 2,2 mm de dimetro - bitola 1 a ser adquirida do Clube onde seja scio. Pode-se trocar os ovos e os filhotes de me quando esto no ninho. Fundamental, porm, que se tenha todo o cuidado com a higiene. Lembremos que os fungos, a coccidiose e as bactrias so os maiores inimigos da criao, e tm as suas ocorrncias inversamente relacionadas com a higiene dispensada ao criadouro.

Armazenar os alimentos fora da umidade e no levar aves estranhas para o criadouro antes de se fazer a quarentena, so cuidados indispensveis. Os tipos de torneio mais comuns so: 1) Fibra - os pssaros so dispostos em crculo, a 20 centmetros do outro; aquele que mais cantar no final da prova o que ganha; 2) Canto livre - ganha aquele que mais cantar em 5 minutos, ele compete sozinho, no analisada a qualidade do canto; 3) Canto Clssico - A ave examinada sozinha durante 5 minutos; ganha aquela que tiver o canto mais perfeito dentro do padro pr-escolhido. Tem sido realizados torneios de Coleiros por quase todo o Brasil; sem poder citar todos, destacamos aqueles que tivemos a oportunidade de presenciar ou de ser convidado: Porto Alegre-RS , Florianpolis-SC SAC, Paranagu- PR , Jacare -SP-CUBIVALE , Ribeiro Preto-SP, Campos-RJ , Cachoeiro do Itapemirim-ES, Belo Horizonte -MG, Braslia-DF, So Paulo-SP SERCA, Duque de Caxias-RJ. Como vimos, as regies so as mais diversas, a paixo nacional, sem fronteiras.

Por fim, como sempre dissemos, no podemos deixar de mencionar essa importante questo: como em todos os tipos de pssaros canoros, os produzidos domesticamente tm muito mais qualidade do que seus irmos selvagens, isto porque poderemos cruzar os melhores com melhores. Esse o grande fator de incremento e de estmulo da criao. Quem poder duvidar disso, a seleo atravs da gentica funciona, e funciona bem. s testar. A confiana da classe grande, a responsabilidade tambm, os aficionados so muitos, a demanda enorme, as matrizes esto a, capturar proibido; da criatrios em ao, o respeito da sociedade e hobby preservado.

Alosio Pacini Tostes - Ornitologista - Ribeiro Preto - SP

*Agradecemos, pelas informaes recebidas dos criadores, Geraldo Magela Belo, Epaminondas Castaldelli Jnior, do cultivador de canto clssico Joo da Quadra e do expert no assunto Mrio Corra Leite, o competente Presidente da CUBIVALE.

Manejo de coleiros - Parte 1

Daniel - Rio de Janeiro / RJ

11/09/2004

No decorrer das ltimas semanas pude observar uma enxurrada de perguntas sobre como aprontar um pssaro depois que ele sai da muda, como fazer para um pssaro render mais em torneios ou puxadas, como fazer um pssaro aceitar fmea, etc.... Vou tentar passar para vocs abaixo um bsico da criao de coleiros mas no vou dizer quantas penas ele tem em cada asa, no vou dizer como reproduzir em cativeiro nem tampouco entrar em tamanhos de gaiola at porque existe uma matria nesse site de autoria do Alosio que formidvel para quem tenha as dvidas sobre os assuntos acima. O que vou passar agora so os to falados macetes ou manejo correto como assim prefiro chamar.

Quem j criou outros pssaros bem sabe que os coleiros tem um jeito todo especial para aprontar. Alguns pssaros aprontam sozinhos, outros nem mesmo param de cantar na muda mas com alguns coleiros diferente. A primeira recomendao que dou a de no deixar os pssaros fazerem muda em lugar escuro! Normalmente ouvimos que os pssaros em muda no devem ser mexidos e que devemos deixa-los com capa e quietos em um ambiente de penumbra e tal. Isso esta completamente errado! Na natureza os pssaros em muda entram realmente em um tipo de recesso canoro e procuram limitar suas atividades dirias mas isso no quer dizer que virem esttuas e no interajam mais com o mundo a sua volta.

O pssaro deve fazer a muda em um local tranqilo, de preferncia sem ouvir piados de fmeas nem de outros machos que talvez estejam mais prontos e possam perturb-lo, mas esse local no deve ser escuro, muito pelo contrario. Procure colocar o pssaro em uma gaiola maior para que ele faa a muda, de preferncia a gaiolas mais compridas, tipo voador para que o pssaro posso voar a vontade e se exercitar mais j que em perodos de muda os pssaros tendem a engordar. Coloque-o em um local arejado (arejado, no com correntes de ar) e claro. Sempre que possvel coloquem os pssaros no sol da manh, isso despertar o pssaro e far com que o mesmo tenha logo de cara uma postura diferente de quando estava no prego, sem contar que o sol benfico para a formao e manuteno das penas e para os ossos do pssaro. Se houverem outros cmodos tranqilos na casa procure variar de prego. Coloque o pssaro alguns dias em um cmodo e alguns dias em outro. Isso servir para quebrar um pouco o tdio e a monotonia em que o pssaro se encontra devido a muda. Lembrando que a monotonia um dos fatores agravantes para que o pssaro demore para voltar a cantar aps a muda. Assim como ns os pssaros tem quadros de stress e depresso e a simples troca de pregos durante o perodo de muda normalmente evita que tais sintomas se alonguem quando o pssaro terminar a mesma. Procure ministrar um polivitamnico para o pssaro duas vezes por semana, nessa dose no implicar em maiores problemas. Bom amigos, um assunto longo e em breve darei continuidade ao mesmo passando o manejo correto para o perodo ps-muda dos coleiros.

Manejo de coleiros - Parte 2

Daniel - Rio de Janeiro / RJ

23/09/2004

Vamos a segunda parte dessa matria, o perodo ps-muda do pssaro. Partindo do princpio que tudo que foi dito na matria anterior foi seguido, os pssaros saram da muda sem maiores problemas ou complicaes e esto prontos para um manejo um pouco diferente do que foi dado e ele na muda. nessa poca que surgem vrios dos problemas postados pelos amigos no grupo de discusso. Um dos erros primrios cometido por muitos ter o seguinte pensamento: Bom, meu pssaro j saiu da muda e eu estou doido para pux-lo. Ento, vou dar fmea pra ele que ele vai voltar a cantar logo. ERRADO! Na maioria dos casos isso ir atrasar o pssaro ainda mais pois o mesmo ainda no est preparado para ver fmea. Tal procedimento pode acarretar em mudas repetidas, falta de fibra e pssaros inconstantes. Estar com a muda seca, com as penas certas e novas no quer dizer que ele j entrou em processo de procurar um par. Para entender isso s simularmos essa mesma situao na natureza. O perodo de muda/recesso canoro normalmente no outono/inverno e o perodo de procura de par e reproduo na primavera/vero. Isso mostra claramente que existe um tempo at que o pssaro volte a se interessar por fmeas novamente. bvio que no ser necessrio esperar 4 meses ou o fim de uma estao para que seu pssaro aceite novamente fmea j que em cativeiro as coisas andam um pouco mais rpidas, mas a idia de aprontar o pssaro primeiro para depois dar fmea continua valendo. Outro erro comum aquela velha histria de dar uma talinha pra esquentar ou seja, ficar esfregando o pssaro em outro para ver se ele j esta com ordem. Em alguns casos, dependendo do pssaro, talvez ele realmente j esteja com certa ordem, mas podem ter certeza que ela nem se compara a ordem real que ele pode ter depois de realmente pronto. Se coloquem na situao do pssaro: Vocs esto vindo de um recesso de um ou dois meses, parados, com momentos febris e de mal estar constante. De repente, sentem uma leve melhora, mas ainda no esto seguros de si. A vem um cara e fica te instigando para brigar com outro, e com outro, e com outro. Ningum agenta! Pode parecer engraado mas essa a melhor maneira de compreender uma coisa : O pssaro no mquina! No tem cordinha para puxar! Tal procedimento pode acarretar em pssaros inconstantes, repetio de muda e falta de fibra. Percebem agora como ns mesmos criamos a maioria dos problemas postados?

Agora a hora de mexer com o seu pssaro de uma maneira que talvez ele no seja mexido a alguns meses. Passeio, muito, mas muito passeio. E nesse momento, a nica coisa a ser feita. Coleiros so conhecidos por alguns passarinheiros aqui no Rio como pssaro de criana pois assim como elas, gostam de rua, de baguna, de baderna. Leve o pssaro para ir comprar po, quando for jogar uma bola leve-o a tira-colo e pendure-o em uma arvore ou prego prximo, se for a casa de algum e puder, leve-o. Se tiver reas com mato, pendes e pssaros soltos prximos a sua casa ento, melhor ainda. Leve-o l, pendure-o, deixe ele se sentir bem, deixe ele observar o ambiente a sua volta, ver os pssaros soltos. Faa tais procedimentos diariamente, ou sempre que puder. Com certeza absoluta, no decorrer de algumas semanas voc ver que seu pssaro estar com uma postura e uma fogosidade bem diferente. O tempo varia de pssaro para pssaro, mas isso normalmente no leva mais do que algumas semanas. Se o pssaro no for do tipo que aceite fmea, ele estar pronto no fim desse perodo/procedimentos. Caso ele seja do tipo que apronta de vez com fmea, ainda faltam alguns detalhes a serem feitos. Bom, deixarei tais detalhes para a prxima matria. Um abrao a todos.

Manejo de Coleiros - Parte 3

Daniel - Rio de Janeiro / RJ

20/10/2004

Bom, como eu havia prometido, vai a ltima coluna que faltava para fecharmos esse assunto interessante que o manejo de coleiros. Acho que talvez essa seja a coluna de maior valor, pois no vejo na Internet e nem em nenhuma revista especializada tais dicas nem nenhuma semelhante. J falei sobre o perodo de muda, falei sobre como manejar corretamente o pssaro no ps-muda e vou terminar agora com um assunto mais complexo e s vezes difcil at para mim que j sofro para aprontar nossos amigos coleiros j tem um tempo. Como dar fmea a um pssaro para faze-lo render mais. difcil mesmo gente, no h uma frmula correta, no a um jeito infalvel, pois cada pssaro um pssaro, cada coleiro aceita ou no de um jeito peculiar e s vezes, o que funcionava em um pssaro no ir funcionar para outro. Vou passar pra vocs tticas que eu vi funcionar com pssaros de amigos meus e algumas com meus prprios pssaros.

Primeiro de tudo: S tentar qualquer uma das dicas abaixo aps o pssaro estar cantando por ele mesmo e com a muda seca. Porque? Por que alguns pssaros podem desandar completamente se tiverem contato com fmeas quando ainda no esto no mnimo, semi-prontos. s vezes ficam corridos, param de cantar, fazem repasse de muda ou at mesmo fazem a muda toda de novo! Isso vale para todos os pssaros? No, alguns s de ver a fmea, mesmo estando em muda, se animam, se alertam e cantam. Mas essas dicas no so para esses pssaros, so justamente para os pssaros que tem um segredo, que tem aquele jeito todo chato e especial para aprontar. Lembrando tambm que recomendvel que a fmea esteja seno pronta, semi-pronta pois de nada adianta colocar uma fmea que no macheie, que no voe com ordem, ou que ao menos no pie para levantar coleiros.

Vamos as dicas: Coloque a fmea em uma gaiola pequena, tipo a que usamos para os coleiros machos. Coloque um ninho nessa gaiola e fornea tambm sisal, fibra de coco ou barba de velho para que a fmea tenha com o que aninhar caso queira. Coloque a gaiola do macho acima da gaiola da fmea com os mesmo complementos que colocou na gaiola da fmea (com exceo do ninho. Alguns coleiros se assustam quando o ninho colocado na gaiola dele, olham meios desconfiados e alguns at correm, esfriam assustados. Observe seu coleiro para ver se ele aceitar o ninho em uma gaiola to pequena), de maneira que ele no a veja, somente a escute. O ideal colocar um prego encima do outro e colocar a gaiola do macho no prego de cima. Procure fazer isso em um local claro, pois isso estimular os pssaros a cantarem, piarem e comearem a interagir. No h tempo certo para deixa-los nessa posio. Depende de coleiro para coleiro, a observao ira ajudar muito nesse momento. Caso essa maneira no adiante se pode tentar encapar o macho, encapar a fmea ou encapar os dois.

Outro jeito que existe colocar a gaiola da fmea ao lado da gaiola do macho. Tente colocar ele encapado e ela desencapada. Alguns coleiros se animam e respondem bem ao ver a fmea pela capa enquanto a mesma voa em sua gaiola. Por isso recomendvel que a capa tanto dele quanto dela seja de um tecido fino, que favorea tal visualizao. Caso isso no adiante, inverta a capa e coloque nela e deixe-o desencapado. Por ltimo pode-se tentar encapar os dois. Um fato curioso: Em vez da capa pode-se tentar colocar um compensado, um jornal ou o que seja entre eles e fazer um furinho no meio. Isso mesmo! Um furinho. Existem coleiros que gostam de ver a fmea por esse furinho e ficam doidos. engraado mas d certo em alguns casos, um dos meus coleiros s apronta assim. O furo deve ser do tamanho da unha do dedinho da mo mais ou menos. Uma maneira tambm colocar a gaiola da fmea a uma distncia de 4 ou 5 metros da do macho e encapar ela (com uma capa fina!!). O ideal que de onde ele fique tenha total viso da gaiola dela. Pode-se tentar deixar ambos desencapados tambm, mas nesses casos, recomendo uma distncia inicial maior, talvez uns 6 metros e ir chegando mais perto dependendo da reao do coleiro. Alguns coleiros gostam de voar junto com a fmea (Tal dica arriscada...Dependendo da fogosidade da fmea e do grau de aceitao dele perante o macho, ele pode acabar levando uma surra ou o contrrio tambm pode acontecer...CAUTELA!). Nesses casos, recomendvel um voador bem grande, do tamanho do que usado para criar canrios da terra e se possvel for, maior. Coloque ninho, sisal, fibra de coco, barba de velho, o que lhe convir, mas sem excessos. Solte primeiro a fmea, deixe-a nesse voador por um dia e no dia seguinte, coloque o macho. Caso isso no de certo se pode tentar fazer o inverso, soltando primeiro ele, dando um tempo e depois ela. Explicao? A maneira como cada um demarca seu territrio influencia nesses casos. A grande maioria dos coleiros gosta de ver outros de sua espcie soltos, ainda mais se os que esto soltos sejam fmeas. Pode-se tentar simular isso em um quarto (no cmodo pequeno, um quarto). Coloque a gaiola do macho pendurada, seja em um prego na parede, em um gancho no teto, o que seja. O importante que ele no fique no cho porque pode se distrair com voc ou com a proximidade do cho e ignorar a presena da fmea. Deixe-o se acostumar um pouco no quarto, dar uns cantos de preferncia e aps isso entre com a gaiola da fmea, deixe-o ver ela distncia e solte-a no quarto. Cuidado com armrios, cmodas ou algo em que a fmea possa ficar presa, o importante no estress-la demais pois esse procedimento se no for feito corretamente, pode ser traumtico para o pssaro. O tempo varia mas no recomendo mais do que 5 minutos por vez. Bom amigos, os jeitos e macetes que conheo so esses se no me falha a memria. Caso eu lembre de mais algum prometo postar no grupo para conhecimento de todos vocs. No mais, isso. Espero que essas colunas venham a ajudar bastante a todos que assim como eu gostam de criar nossos to queridos amigos : os coleiros.

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Pssaros com Stress

Alex Barbosa Carrilho - So Mateus / ES

25/10/2004

Pssaros com Stress

Stress: Condio de tenso que afeta as emoes, os processos do pensamento e as condies fsicas de um ser. O termo mais ou menos moderno e pode ser substitudo por estafa.

Podendo ser considerado como cansao, ou trabalho que causa fadiga.

As causas variam de caso pra caso, podendo ser desde sustos repentinos ate m alimentao, ou at mesmo forar demais os pssaros, transporte por longas distncias, perodo noturno prximos a luz, etc.;

Sintomas:

Sonolncia: o coleiro geralmente fica muito quieto dentro da gaiola, ou seja, no se movimenta muito, geralmente fica inchado e parado no poleiro sem muita movimentao;

Fezes: ao nos aproximarmos da gaiola o coleiro defeca;

Abatimento: Diminuio acentuada da atividade normal no organismo, perda do animo;

Esta pode ser devida a alguns criadores deixarem as luzes acesas durante a noite, onde os pssaros deixam de dormir e consequentemente diminuem sua carga horrio de sono interferindo diretamente no organismo do pssaro;

Assustado: o pssaro mesmo que manso, ao nos aproximarmos da gaiola demonstra medo, debatendo-se de uma lado ao outro da gaiola,

Tumulto no plantel, viagens longas podem ser uma das principais causas;

Tratamento: Administrar vitaminas, eliminar os barulhos, as causas de fadiga, alimentao insuficiente, mudanas de temperaturas e excesso de parasitas. Administrar vitamnicos:

Segue o nome de alguns medicamento indicados:

Perila: semente recomendada com anti-stress;

Orosol: Indicado como auxiliar de hipovitaminoses, caso de stress, anemias , desnutrio e postura.

Glicosol Plus: Indicado como anti-stress, para pssaros debilitados ou enfraquecidos; intoxicao; revitalizante e re-hidratante

Outros:

necessrio dar ateno especial quanto alimentao uma boa dieta alimentar pode complementar ainda mais a qualidade de vida dos pssaros, manipulando assim alimentos ricos em clcio, ferro, etc., alguns que recomendo milho verde e sementes de perila;

Deve-se ateno especial a no forar o pssaro o levando a disputas ou rodas durante este perodo, mantendo-os afastado dos demais pssaros que por ventura possam estar no mesmo recinto, mantendo-os em um local arejado e com bastante luminosidade;

ARRANQUE DAS PENAS

No normal que as aves arranquem as penas das outras aves, as suas prprias ou at mesmo as dos filhos quando estes se encontram nos ninhos.

Se tal acontece, porque algum desequilbrio existe na manuteno e, sobretudo na parte alimentar. Efetivamente, esse procedimento nunca aconteceria se as aves estivessem em liberdade, tendo sua disposio tudo o que necessitam.

Em cativeiro, o fato mais conhecido no s nas aves (veja-se o caso das galinhas) como at nos prprios mamferos. O que se passa que a ave procura nas penas (tal como os mamferos o fazem nos plos) o alimento de origem animal que lhe falta na dieta diria fornecida pelo criador.

esse o nico recurso que tm sua disposio. Por vezes, claro, isso se torna um vcio, mesmo depois de restabelecido o equilbrio.

Teremos, portanto, toda a vantagem em evitar que tal acontea, mas no se diga - e temos muitas provas disso - que o vcio no se pode curar.

Por vez, um ambiente demasiado seco tambm pode desencadear o mesmo procedimento, assim como uma falta de vitaminas ou sais minerais.

Como evidente, necessrio ento deixar uma banheira junto a gaiola e no esquecer os alimentos que forneam vitaminas e sais minerais.

Um abrao a todos.

ERROS x ACERTOS

Daniel - Rio de Janeiro / RJ

01/04/2005

Onde esto os erros e onde se escondem os acertos?

Vejo sempre no grupo alguns participantes querendo frmulas mgicas para que seus pssaros rendam bem, recebo emails que perguntam sobre remdios que podem ministrar para seus pssaros aprontarem mais rpido, sementes que deixem o mesmo fogoso e diversas outras coisas do tipo.

O que algumas pessoas ainda no perceberam que no existem milagres na criao de pssaros. Ns, criadores de pssaros silvestres ainda estamos engatinhado no conhecimento e aprendizado da reproduo em cativeiro se comparados aos criadores de canrios belgas, manons, mandarins e diversos outros pssaros que j esto a anos e anos sendo reproduzidos com sucesso em gaiolas. E se observamos os grandes criadores veremos que eles se preocupam com 2 fatores bsicos : Alimentao adequada e qualidade do plantel.

Vamos partir do seguinte princpio: Corpos bem alimentados, bem nutridos no precisam de complementos vitamnicos e nem de nenhum outro substituto para se manterem saudveis. E esse um dos grandes erros que vejo hoje em dia nas criaes de pssaros silvestres. um tal de d 3 gotas disso, 5 gotas daquilo, mistura tantas gramas na gua que eu sinceramente chego a rir. As vezes ns compramos pssaros e vamos vidos ao grupo perguntar como faze-lo render mais e l vem um turbilho de emails com as frmulas mgicas mas o que ns esquecemos de nos perguntar o que render mais???

O pssaro no um rob que podemos puxar a cordinha e manda-lo cantar sem parar e podem ter certeza que nenhuma frmula mgica ajudar. Um pssaro bem nutrido, bem tratado j canta o seu mximo por si s. Se ele esta triste, se o mesmo no rende o que rendia pode-se ter 90% de certeza de que o tpico alimentao correta e balanceada no deve estar sendo seguido direito.... O simples o belo....O simples o correto.

Concentrem-se em uma alimentao correta, balanceada e nutritiva que nunca mais na vida de vocs precisaram gastar dinheiro com nenhum outro suplemento. Isso sem contar que vitaminas mal usadas e suplementos em excesso pode desencadear crises srias na sade de nossos pssaros. Vitaminas lquidas principalmente podem sobrecarregar rins e fgado a ponto de levar a ave ao bito.

Agora vocs devem estar se perguntando: T, mas qual a rao ideal ento? Resposta: No existe a rao ideal, existem sim, diversas raes no mercado e algumas muito boas. Com a evoluo e crescimento desse tipo de mercado surgiram agora as raes extrusadas. Considero elas como o futuro da alimentao dos pssaros em cativeiro. So completas, balanceadas, contm probiticos e so muito bem aceitas pelos pssaros.

As sementes tem um srio problema de serem bastante suscetveis a contaminao externa isso sem contar que elas do ao pssaro a possibilidade de escolher o que ele prefere comer e isso no uma coisa boa no manejo. Ao chegar no recipiente de rao e encontrar uma mistura de sementes a maioria dos coleiros costuma comer primeiro os painos, por serem fceis de se descascar. Mas no s por isso...So ricos em acar e acar gera energia. O problema que uma alimentao que contenha mais paino do que alpiste pode fazer com que os pssaros engordem em excesso isso sem contar a carncia vitamnica que vai se instalando no pssaro visto que s um ou outro tipo de semente no atende todas as necessidades que o organismo dele tem. E a que comea a bola de neve : O pssaro come mal, rende menos e l vem de novo as perguntas sobre remdios milagrosos, semente mgicas, etc...

Por isso fazendo-se uso de raes extrusadas de certa forma obrigamos os pssaros a comer de tudo um pouco j que a rao normalmente granulada de maneira que o tamanho, cor e cheiro fiquem iguais em cada partcula. Isso no quer dizer que voc tenha que alimentar os seus pssaros somente com extrusadas. Os prprios fabricantes dizem que voc pode ministrar em conjunto com as mesmas 20% de sementes. E acho de bom tamanho. Tenho uma ressalva com relao a verduras e legumes. Se no forem bem lavados podem causar problemas as aves e alguns deles em excesso podem causar problemas como diarria e priso de ventre. Caso queira fazer uso deles, faa, mas em pequenas quantidades e nem sempre.

Outra coisa que percebo que alguns dos nossos amigos do grupo acham mais fcil perguntar ao menor sinal de dvida do que pesquisar um pouco por conta prpria. O verdadeiro passarinheiro no aquele que alimenta suas muitas dvidas com respostas alheias. O verdadeiro passarinheiro aquele que forma sua prprias opinies mediante muita pesquisa e observao e soma as suas opinies o que peneira em um resposta ou outra j que afinal, ningum dono da verdade absoluta.

Uma das melhores maneiras para evoluir no aprendizado e no manejo de pssaros a observao. Considero a observao a melhor das ferramentas para se conhecer de verdade o seu pssaro. O comportamento animal no uma rea muito pesquisada em se tratando da criao em cativeiro de nossos pssaros. E no comportamento deles que se escondem muitas das respostas para nossas dvidas. Observar como seu pssaro se alimenta, como ele voa, se voa pesado, se voa leve, se tem alguma mania aparente, se sua sade mental parece clara, se transparece vigor ao cantar e ao se defrontar com outro de sua espcie. Detalhes....uma boa criao feita principalmente da ateno aos detalhes.

Vamos agora ter uma rpida viso sobre qualidade do plantel. Vejo no grupo de discusso alguns amigos comeando a tirar filhotes de pssaros silvestres em cativeiro e acho isso simplesmente maravilhoso! O que a maioria das pessoas no percebe que de nada adianta tirar filhotes de pssaros que no sabemos a procedncia, no sabemos a filiao, no sabemos se o histrico de seus pais era bom e depois de toda essa falta de informao queremos saber a frmula para fazer campees. Eles podem ou no vir a ser campees mesmo que fossem filhos de bons pais....Que dir sendo filhos de deus sabe quem. No digo que a reproduo no deve ser tentada s porque no sabemos de onde vieram nossas matrizes.

Tentem-na, at a nvel de aprendizado e experincia mais plantem a semente da busca da qualidade gentica dentro de vocs. Esse o futuro, esse o caminho. Cruzar os melhores com os melhores, sempre e cada vez mais e investir em uma boa alimentao at que em um futuro no muito distante, ns estejamos no mesmo patamar que os criadores de canrios, calopsitas e diversos outros pssaros que j esto com o manejo em cativeiro muito bem difundido e maduro.

PREPARAO

Descanso

O pssaro deve comear a dormir a partir das 19:00 h, para que no dia do torneio o pssaro no esteja cansado.

Cuidados

Coloque a banheira direto para o pssaro, no dia do torneio ao entrar na roda coloque a banheira com gua at a 1 marcao.

Gaiola

recomendado manter o pssaro alguns dias no gaiolo, para que o mesmo possa pegar um preparo fsico, dois dias antes do torneio retire o pssaro e coloque o em uma gaiola pequena, pois a gaiola pequena evita que o pssaro fique voando muito.

Alimentao

Evite colocar semente como senha, utilize jil, sementeira natural, paino verde. No dia do torneio evite colocar excesso de comida.

Coleiro Femeado

Trs dias antes do torneio coloque a gaiola da fmea em baixo da gaiola do macho. No dia seguinte coloque a fmea do lado e um ninho dentro da gaiola do macho. Deixe o pssaro at o dia do torneio nesta condio. No dia do torneio coloque a capa na gaiola e pronto, t lanada a sorte.

OBS.: Tm criadores que levam a fmea para o torneio, essa atitude deixa o pssaro totalmente dependente da fmea

Coleiro sem Fmea

Para o coleiro sem fmea, procure passear no mato com o pssaro dois dias antes do torneio, faltando um dia leve-o para disputar em pequenas rodas. Coloque a capa na gaiola um dia antes de ir para o torneio.

Ao chegar no torneio tire a capa a 100 m da roda, espere o coleiro cantar e vai se aproximando at chegar nela.

OBS.: Coloque o coleira do lado de um coleira bom na roda, pois se o pssaro tiver que cantar ele vai cantar e render, ao contrrio o seu pssaro pode desanimar do lado de um pssaro parado.

ACASALAMENTO

Jos Carlos - Zeca BH

TEMPORADA DE ACASALAMENTO: OUTUBRO A MARO

Deixe a gaiola do macho ao lado da fmea, sem se verem, de vez em quando, mostre-o fmea por 1 ou 2 minutos. Voc pode separar as gaiolas com um papelo ou madeira.

Ponha capim (corda de bacalhau desfiada ou de coco), tanto na gaiola do macho quanto da fmea, um incentivo e gostam de brincar com a corda. Assim pode-se observar se o casal est ficando no "ponto" para o acasalamento.

Quando a fmea abaixar ao ver o macho, voc poder junt-los, no dia seguinte. Deixe os dois juntos por alguns minutos (o macho s vezes vai para o ninho e chega at a deitar por minutos, para "demarcar seu territrio").

Volte o macho para a gaiola dele e coloque a separao para no se verem. Deixe-os cruzarem umas duas vezes ao dia, durante 2 a 3 dias.

Um erro que cometi, foi deixar o macho galar inmeras vezes, no necessrio e pode ser prejudicial, pelo desgaste fsico do macho, podendo interferir na fertilidade.

Em geral, s vsperas de botar, a fmea j no aceitar mais o macho. Retire a gaiola do macho deixando-a longe. Portanto deixe a fmea sozinha, pois ela ir botar, encubar e galar sem a presena do macho e ir tratar sozinha.

Gaiolas para choca: Utilizo gaiolas com as seguintes dimenses: 34 Cs de altura, 50 Cs de comprimento, 28 cm de profundidade (largura).

O ninho em forma de taa semelhante ao utilizado para curi, porm de dimenso menor.

As fmeas que esto chocando ou esto com filhotes, deixe em um cmodo separado como se fosse uma maternidade. O local deve ser bem iluminado.

Aps a ecloso dos ovos, oferecer a farinhada umedecida, ou seja, para cada duas colheres de sopa, acrescento uma gema de ovo cozido (cozido durante 25 minutos), que passo em uma peneira e misturo. A me ir alimentar os filhotes aproximadamente 35 dias, quando podero ser separados.

Cuidados no perodo de incubao em perodos de baixa umidade do ar, deixe ligado um aparelho que permita uma umidificao do ar, e durante os 5 ltimos dias anteriores ecloso dos ovos, borrife os ninhos embaixo ou seja, pela parte posterior com gua quase morna (30 graus).

Nesta minha primeira temporada, perdi duas ninhadas antes de adotar tal processo, pois, os ovos no eclodiram. No tive mais este problema. O perodo de incubao de treze dias.

Devemos ter todo o cuidado para, principalmente em poca de calor, no deixar a mistura azedar (torna-se meio para proliferao de bactrias e fungos).

Durante todo o ano ofereo uma dieta balanceada, 60% de alpiste, 30% painos variados (verde, amarelo do tipo alemo), 10% de senha. Em um porta vitaminas uma vez por semana, ofereo paino portugus, este ltimo, no deve ser oferecido em abundncia pelo seu fator constipante. A dieta pode sofrer variaes.

Exemplo: Se os pssaros esto engordando, aumento a proporo de alpiste e diminuo a de paino (devido ao seu alto teor calrico). A senha possui baixo teor calrico, assim como baixo teor protico.

Tambm forneo pequenas larvas de tenbrio ou as "larvas de amendoim". Devem ser oferecidas diariamente at a separao dos filhotes. Para a prxima temporada, deve substituir as larvas por farinha de minhoca.

Voc poder oferecer algum polivitamnico, pode ser o Protovit, 2 gotas para 50ml de gua. Quando utilizo para pssaros adultos uso 3 a 4 gotas para 50ml. Utilizo mais freqentemente o Aminosol 2 gotas para 50ml.

Oferea um desses durante trs dias seguidos na semana, trocando a gua todos os dias. Aps em mdia 35 dias os filhotes podero ser separados. No h um critrio para separar as ninhadas. Podero at ficar 1 a 2 meses juntos em um gaiolo para exercitarem. Eu fao um manejo diferente, porque uso cabines de vetorizao de canto, e dois dias aps sarem do ninho (em mdia 15 dias), colho material para sexagem.

Pois irei deixar nas cabines os filhotes machos, o mais precocemente possvel. J ia me esquecendo, aps a separao dos filhotes, ofereo a mesma alimentao dos adultos.

Mantenho a farinhada por uns dois meses, seca, isto , sem misturar com gema de ovo.

Um apelo que fao a todos, no fornecer qualquer tipo de antibitico como preveno de doenas. Antibiticos curam, no previnem!

O primeiro mandamento para a criao de coleiros e outros pssaros a pacincia, persistncia e traar metas.

O que eu pretendo? Disponho de espao para chocar quantos casais? Quero coleiros para canto ou fibra? So muitas as perguntas!!!!

Iniciar com boas matrizes, a quantidade a meu ver no leva qualidade! Metas do Criatrio "Paraso".

Pretendo para a prxima temporada tirar em torno de 30 filhotes e iniciar a vetorizao de canto o mais precoce possvel e aprender mais!!!

Lembre-se, o mais importante uma boa higiene, sempre!!!!!

A minha fmea botou sem ser galada, o que eu fao?

freqente fmeas botarem sem serem galadas. um bom sinal, tenho trs filhotas que no completaram 1 ano e que tambm botaram, assim como fmeas mais velhas. O que eu fao o seguinte: - as fmeas mais velhas, se esto deitadas, deixo-as assim por 5 ou 6 dias, quando ento retiro os ovos, assim como o ninho. Deixo-as tomar um banho de sol, um bom banho de banheira, tudo isto para sair do choco. Em geral da a 2 ou 3 dias coloco novamente o ninho e quase sempre logo j esto pedindo gala.

A a coisa vai mais fcil. Com relao s filhotas, retiro ovos e o ninho, geralmente botam mesmo sem o ninho. So adolescentes, muitas vezes podem at galar, mas nem sempre deitam ou esto maduras para chocar e tratar.

O ideal colocar a fmea para choca por volta de 2 anos no mnimo.

Qual material devo fornecer fmea para ela usar no ninho?

Eu uso corda desfiada, cortada em pedaos de aproximadamente 6 a 8 cm. Os coleiros adoram, ajuda a prepar-los, mas apenas brincam, quando esto chocando as fmeas deitam nos ninhos sem que qualquer capim esteja l (s vezes muito pouco).

Qual o melhor ms p/ fornecer Fertvit aos coleiros ?

Nesta temporada pretendo preparar os coleiros para choca no final de setembro e iniciar oficialmente a temporada em novembro. Ano passado forneci o Fertvit antes e fiz a bobagem de tambm fornecer farinhada que j continha em sua composio a vitamina E.

Temos de ter cuidado com excesso de Vitamina E por ser lipossolvel, portanto sobrecarregar o fgado. Pela minha experincia, ainda pequena, a temporada dos coleiros tem o seu incio com melhor produtividade bem no final do ano, pois temos chuva em outubro e novembro. Claro que existem variaes pelo clima de diferentes regies

Criadouro Paulista

As dicas a seguir tem como origem anos de experincias e muita observao, so dicas de criao de curi essas dicas podem ser teis para criadores de coleiro iniciantes e at mesmo para os mais experientes, afinal estamos sempre aprendendo e com certeza por mais conhecimento que tenhamos vamos sempre encontrar uma ou outra coisa da qual ns nunca tnhamos ouvido falar e que de fato funciona.

Gala difcil: Durante a poca de reproduo necessrio que o criador disponha de tempo para observar seus pssaros, caso contrrio podero ocorrer alguns problemas que podem vir a comprometer o bom desenvolvimento de sua criao, um dos motivos freqentes, se refere ao fato de algumas fmeas acasalarem com o canto de um determinado macho e este no ser o escolhido pelo criador como reprodutor para aquela fmea.

Neste caso, uma boa dica ainda bem cedo antes de amanhecer ou comear qualquer movimento no criadouro, soltar o macho com a fmea, normalmente ela deve se colocar em posio de cpula antes mesmo de verificar se o macho por ela escolhido.

Lembrando ainda que isso deve ser feito antes do dia claro, caso contrrio a fmea certamente rejeitar o macho.

A fmea no pede gala: Pode ocorrer o fato de algumas fmeas aprontarem o ninho e no pedir gala para o macho, em alguns casos, o que o criador pode fazer retirar a gaiola da prateleira e leva-la para fora do criadouro, com isso a fmea que territorialista sente-se intimidada e acaba por aceitar a cobertura. Isso com certeza deve ocorrer com fmeas de pouca idade, passado esse perodo, provvel que ela venha a agir normalmente.

Quando a fmea no sabe tratar dos filhotes: As fmeas, filhas de boas criadeiras, normalmente herdam da me esta qualidade, no entanto pode acontecer de uma ou outra no saber tratar de sua prole, se isso no for notado rapidamente pelo criador pode acarretar na perda da ninhada. Uma boa dica jogar dentro do ninho com os filhotes recm-nascidos, alguns farelinhos da rao de tratamento, como o curi muito cuidadoso com a higiene do ninho, a fmea certamente ir pegar os farelos e com isso passar a oferece-los aos filhotes adquirindo assim o hbito de alimenta-los. Talvez funcione com o coleira.

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outras dicas

COLEIROS

A carinha pode ser sria, mas ele um bom sujeito. No tira o terno nem quando fica vontade em sua casa, ao lado da companheira que, por sinal, daquelas bem ciumentas.

Os apelidos e nomes populares sempre se justificam. Quem j no ouviu um sujeito loiro ser chamado de alemo? Ou aquele indivduo de bigode cuja fama se fez em cima de seu buo cabeludo? H milhares de apelidos e os brasileiros sempre foram prolficos em arrumar os nomes mais engraados para todas as coisas. Por que no chamar ento aquele passarinho com uma listra no pescoo de Coleirinha?

Esse o nome popular do Sporophila C. caerulescens, uma ave com aproximadamente 13 cm (o macho, contando-se a cauda que mede de 5 a 6 cm) e que muito passarinheiro tem ou j teve em casa. Espcie original do sul da Amaznia at o Rio Grande do Sul, ele tambm atende por Coleira Virado, Coleiro da Bahia, Coleira Estrela e Papa Capim. Alis, este ltimo apelido tambm facilmente explicvel como o nome Coleirinha.

Tudo acontece porque onde h capim, h uma Coleirinha. Em seu habitat, ele se alimenta da semente de gramneas, ou seja, espera o capim comear a dar semente para chegar em bandos sobre o matagal e atacar os pendes com sementes. Isso no significa, porm, que ele despreza outras sementes mais "nobres" como as plantaes de arroz e outros campos arados.

VESTIMENTA SBRIA

No se pode dizer que o forte do Coleirinha seja seu colorido. Sua plumagem praticamente branca e preta com leves tons de cinza esverdeado no dorso, cauda e em algumas penas das asas. A carinha, fronte, nuca e abaixo da gola aparecem em preto, assim como os ps e a ris. O bico contrasta com a sobriedade de tons, destacando o amarelo esverdeado.

As fmeas, por sua vez, possuem uma colorao mais mortia, num cinza azeitonado e com o ventre branco. Os filhotes, at atingirem a idade adulta, so muito parecidos com elas. Foi aqui que nasceu a expresso "coleiro virado": o Coleirinha macho cuja plumagem est se modificando, adquirindo o colar preto.

Para um filhote macho virar Coleiro definitivamente preciso um ano de idade.

O curioso desta espcie que, apesar de bastante popular, ainda h dvidas quanto sua classificao. Alm do caerulescens, tambm so considerados Coleiros o Sporophila c. hellmayri, com peito amarelo ao invs de branco e cinzento esverdeado nas partes superiores. Esta variedade mais comum no Brasil Central.Outros passeriformes que no apresentam coleira esto enquadrados no grupo, como o Sporophila ardesiaca, cujo peito branco e a cabea e o pescoo cinzento-escuros, o que lhe confere o formato de uma carapua. Ele mais comum na regio de Minas Gerais, So Paulo e Esprito Santo. Outro que integra o bando o Sporophila nigricollis, de um cinza-esverdeado nas costas e na carapua e amarelo no peito, um filho legtimo do Brasil Central, Norte e Nordeste. Por fim, o Sporophila albogularis, de origem nordestina e com a garganta toda branca e pequeno espelho (manchas brancas) nas asas.

LINHA DURA COM OS COLEGAS

Um bom macho de Coleirinha conhecido pelo canto, bastante agradvel aos ouvidos humanos. Esse canto s no bem-vindo por outro macho na poca da reproduo. Nesta poca eles deixam de andar em bandos e marcam seu territrio com a preciso de um bom latifundirio deixando ficar no pedao apenas a patroa. Quando outro macho adentra seus domnios, o Coleirinha sai para enfrent-lo e expuls-lo. Algumas vezes acontecem brigas, mas no comum que um dos pssaros saia machucado, pois eles se respeitam.

A mesma regra vale para uma fmea. S que com uma diferena: se uma fmea invade o territrio de um macho, a sua companheira que se encarregar de expuls-la. Ser que esta cena no lembra um pouco o civilizado cotidiano dos humanos?

Sendo um animal de ndole pacfica, o Coleirinha adapta-se bem vida em gaiolas e viveiros. No fica agitado voando de um lado para outro, no se bate contra as grades e nem se machuca. Ele se limita a cantar, como o Curi e o Azulo, o que faz dele uma isca perfeita para os passarinheiros - caadores inescrupulosos que o utilizam para atrair outros pssaros e vender no mercado negro.O coleirinha um pssaro da fauna brasileira. Para cri-lo necessrio obter autorizao do IBAMA.

CARACTERSTICAS E CUIDADOS

Mdia de vida: At 30 anos, em boas condies.

Gaiola: as ideais so o nmero 3, com 70x40x30cm e onde se acomoda um casal. Como esta espcie costuma fazer seu ninho em arbustos e rvores baixas, aconselha-se usar viveiros arborizados ou colocar areia nas gaiolas comuns e, se possvel, algumas folhagens artificiais. O ninho em forma de taa pequeno.

Alimentao: sendo um passeriforme granvoro, ou seja, um comedor de sementes, o Coleirinha deve receber alpiste e paino. Na poca da reproduo, bom acrescentar um ovo cozido sua dieta, alm de larvas de Tenbrio.

Reproduo: Pode ser criado tanto em viveiros como em gaiolas. As fmeas pem de 2 a 3 ovos, que so chocados durante 11 13 dias. Aps esse perodo, os filhotes nascem e permanecem no ninho por mais 11 13 dias.

Com 30 a 35 dias, j esto aptos para comer sozinhos.

Azulo

Aloisio Pacini Tostesl, em 13/2/2004

Criao

Iremos falar agora sobre a criao de AZULO, compreendendo as trs formas diversas ocorrentes no Brasil. Como sempre, vamos adotar a classificao de Sybley, que cita quatro subespcies: Cyanocompsa cyanoides, C. brissonii, C. parellina e C. glaucocaerulea. Eles existem em quase todos os pases da Amrica. Consideramos como o C.brissonii, o existente de Gois em direo ao Sul do Brasil at a Argentina, 16 a 17 cm mais longilneo, o macho adulto possue penas azul escuro e fmea de penas marrom cor de terra; o C.cyanoides o do Nordeste brasileiro at a Amrica Central, 16,5 a 17,5 cm mais corpulento, o macho adulto possue penas azul claro e a cabea bem esbranquiada; a fmea de penas marrom claro; o C. glaucocaerulea, o AZULINHO, menorzinho de 13 a 14 cm, e populao bem mais restrita, ocorre no Sul do Brasil de Santa Catarina at a Argentina. O C. parrellina existe na Amrica Central e no no Brasil. Esto, como no podia deixar de ser, tambm ameaados de extino, especialmente pela caa predatria e pela degradao do meio-ambiente. No Centro Sul do Brasil, procriam na natureza, do incio da primavera at o incio do outono, ou seja; de setembro a maro. A partir desta poca, param de cantar, fazem a muda anual e juntam-se em bandos, os adultos e os jovens. Este procedimento os ajuda na tarefa de alimentao nos meses de escassez. Seu ambiente natural preferido so as grotas, os brejo, as bordas de matas e as florestas ralas, sempre por perto de muita gua. A verdade que eles no so exigentes com o habitat, adaptam-se bem em variados tipos de locais. Quando no processo de reproduo, torna-se um pssaro extremamente territorialista, cada casal demarca a sua rea e no permite a presena de outros adultos da mesma espcie; o macho canta intermitentemente a todo volume para delimitar o seu espao. O AZULO, alm de ser um pssaro belssimo, tambm muito apreciado pelo seu canto maravilhoso. De modo recente, tem despertado interesse para a criao domstica. Da, como se faz com os outros passeriformes preciso a intensificao da reproduo para suprir a demanda. A Lei 5.197, est em vigor e ela diz que o animal silvestre propriedade do estado e proibida a sua captura. Contudo, notadamente com objetivos de preservao, a sociedade permite que se conviva com eles desde que sejam nascidos em criatrios domsticos, e os que esto j cativos so plenamente suficientes para o incremento da reproduo. As Portarias do IBAMA, a 118 (para profissionais) e a 057 (para hobistas), estabelecem condies para a procriao. S falta, ento, entrarmos em ao e mos obra, para reproduzir o AZULO. Quem sabe, no futuro, poderemos efetuar os necessrios repovoamento; com este pssaro muito fcil faz-lo. Tem-se tido notcias de vrios criadores, embora de criao ainda um tanto esparsada; o certo que ele procria com muita facilidade, de fcil manejo, muito dcil e manso; dos passeriformes, o mais manso de todos, muitas vezes, aceita ser pego pela mo de determinada pessoa e no demonstra nenhum medo. Dificilmente suas unhas crescem. Na natureza, a alimentao muito variada, consomem semente de capim de preferncia, ainda verdes; pequenas frutas silvestres e adoram todo tipo de insetos, o bico forte mas aprecia muito as comidas macias. Seu canto muito mavioso e pode ser dividido em dois tipos: a) o canto normal compe-se de uma frase de cerca de 10 notas repetindo um som tipo tifliu- em variados tons, este o canto usual e corriqueiro; so inmeros dialetos, cada regio tem um, ou mais longo ou mais melodioso que o outro; b) a surdina, mata-virgem ou alvorada que querem dizer a mesma coisa neste caso ele chega a cantar certa de 2 minutos sem parar repetindo um mdulo de mais ou menos 6 notas ti--t--tu, como exemplo. A surdina , sem dvida, um dos sons mais bonitos que se pode ouvir de um pssaro cantando. O AZULO, consegue ir alternando o tom e o volume das notas medida que vai cantando, dando a impresso a quem escuta que est longe e depois mais prximo. Ele no aprende o canto de outro pssaros, pelo contrrio, o curi principalmente que assimila muito bem o seu canto. Nos pequenos anncios deste AO, est l a gravao de Carb, que apresenta os dois tipos de cantos mencionados acima. Considera-se que o melhor canto o oriundo do Estado do Paran. No Rio Grande do Sul, h torneios de qualidade de canto e de fibra, sob os auspcios da FOG. Vive, se bem tratado em ambientes domsticos por volta de 20 anos. A alimentao bsica de gros deve ser: alpiste 50%, paino 20%, aveia 10%, arroz em casca 10% e niger 10%. Dois dias por semana administrar polivitamnico tipo Orosol, Rovisol ou Protovit, este base de 2 gotas para 50ml dgua. No recomendamos a utilizao de verduras de espcie alguma, provoca diarria e o AZULO muito susceptvel a este mal. Para suprir suas necessidades nutricionais o mais importante fazer a farinhada e ali se ministrar grande parte dos ingredientes necessrios sade da ave. Pode ser elaborada da seguinte forma: 5 partes de milharina, 1 parte de germe de trigo; 1 parte de farelo de protena de soja texturizada; 4 colheres de sopa de suplemento F1 da Nutrivet para um quilo; 1 gr de Mold-Zap para um quilo da mistura; 1 gr. de sal por 1 quilo da mistura; 2 gr. de Mycosorb por quilo, e 2 gr de Lactosac (probitico). Aps tudo isso estar bem misturado, coloque na hora de servir, duas colheres de sopa cheias dessa farinhada uma colher de sopa cheia de Aminosol. Importante tambm, ferver durante 20 minutos os gros alpiste, paino, arroz em casca, lavar bem e misturar farinhada. Quando houver filhotes no ninho adicione o ovo cozido. Outra mistura importante deve ser feita com farinha de ostra 20%, Aminopan 30% e areia 50%. preciso, tambm ministrar inseto vivo, tipo larvas de tenbrio, base de 5 de manh e 5 tarde, por filhote. Em suma, o AZULO consome quase de tudo, muito fcil aliment-lo adequadamente. Os grandes problemas deles so: a diarria inespecfica e a muda encruada decorrentes, quase sempre da alimentao inadequada, s corrigir, conforme discriminado acima. Alm disso, so muito propensos a serem afligidos por caros especialmente de penas, utilize Permozim para combater. S falta, ento a escolha do local apropriado, ele deve ser o mais claro possvel, arejado e sem correntes de vento. A temperatura deve ficar na faixa de 20 a 30 graus Celsius e a umidade relativa na faixa de 40 a 60%. A poca para a reproduo no Centro Sul do Brasil de setembro a fevereiro, coincidente com o perodo chuvoso e com a choca na natureza. Pode-se cri-los em viveiros, grandes ou pequenos, todavia no o aconselhamos. Em viveiro, o manejo difcil e controle do ambiente impossvel, ali os filhotes costumam cair do ninho e morrem. Para quem optar por utilizar gaiolas que tm a relao custo/benefcio menor - elas devem ser de puro arame, com medida de 60cm comprimento x 40cm largura x 35 cm altura, com quatro portas na frente, comedouros pelo lado de fora para dentro da gaiola, e com um passador lateral. A do macho pode ser a metade disso. No fundo, ou bandeja da gaiola, colocar grade que ter que ser lavada e desinfetada uma vez por semana, no mnimo. Utilizar ninhos, de preferncia de bucha, de dimetro 7 cm e 5 cm de profundidade no centro. No esquea de pendurar bastante raiz de capim e pedaos de corda de sisal para estimular a fmea. Sabe-se que uma fmea est pronta quando ela comea a voar muito, a arrancar papel do fundo, carregar capim no bico e lev-lo para o ninho. No manuseio do macho, o melhor coloc-lo para galar e imediatamente afast-lo para outra gaiola, assim pode-se utilizar um macho para at 6 fmeas. Elas podem ficar bem prximas umas das outras em prateleiras, separadas por uma diviso de tbua ou plstico, mas no podem se ver, de forma alguma. Seno, matam os filhotes ou interrompem o processo do choco, se isto acontecer. O nmero de ovos de cada postura quase sempre 2, s vezes 3. O filhote nasce aos treze dias depois de a fmea deitar e sai do ninho aos dezesseis dias de idade podendo ser separado da me com 35 dias. Importante a administrao de Energette, atravs de uma seringa graduada, no bico dos filhotes enquanto eles esto no ninho para ajudar a fmea no tratamento. Pode-se trocar os ovos e os filhotes de me quando esto no ninho. As anilhas sero colocadas do 7 o ao 10o dia de vida, com dimetro de 3,0 mm - bitola 4, a ser adquirida no Clube onde seja scio. Cada fmea choca 4 vezes por ano, podendo tirar at 8 filhotes por temporada. Quase todas as AZULONAS so excelentes mes, cuidam muito bem dos filhotes, por isso, muitos criadores as utilizam como babs para criar filhotes de bicudos. Fundamental, porm, que se tenha todo o cuidado com a higiene. Lembremos que os fungos, a coccidiose e as bactrias so os maiores inimigos da criao, e tm as suas ocorrncias inversamente relacionadas com a higiene dispensada ao criadouro. Armazenar os alimentos fora da umidade e no levar aves estranhas para o criadouro antes de se fazer a quarentena, so cuidados indispensveis. Como recado final, confiamos que todos aqueles criadores que apreciam este maravilhoso pssaro, passem efetivamente a se preocupar com a reproduo deles e que com o respectivo aprimoramento gentico buscando conseguir exemplares de alta qualidade e que assim se possa combater o trfico ilegal, como tambm o respeito da sociedade pelo real trabalho de preservao executado. Agradecemos pelas informaes recebidas dos criadores Claro Santos (0XX55) 5121177 e Antonio de Moraes Neto (0XX12) 3512429, bem como do Diretor da FOG, Fbio Souza Jr (0XX51) 3214326.

Escrito por Alosio Pacini Tostes, em 2/9/2003

Azulo um pssaro fantstico

Reproduzir para sustentar

O Azulo um pssaro belssimo e de um canto maravilhoso, deveramos dar a ele um lugar de destaque que merece; so pouco os criadores que reproduzem porque at h pouco ficava fcil "legalizar" um sem ter que ter o trabalho - sempre difcil - de reproduo domstica; a situao est mudando e esperamos que doravante tenhamos inmeros criatrios deles; no nenhuma dificuldade em reproduzi-los, pelo contrrio, comem de tudo e as fmeas so extraordinrias mes, tem at servido para tratar filhotes de outros pssaros com excelncia - as fmeas abaixam falso, s se deve por o macho junto quando os ninhos esto prontos; ter-se cuidado com piolhos - so muito susceptveis - ; pouqussima verdura para no provocar diarria, uma farinhada bem balanceada facilita o processo; no mais as tcnicas so as mesmas empregadas para o bicudo e o curi.