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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 3 À 5 ANOS
ANA LUCAS DA SILVA
ORIENTADORA
Mª. DINA LÚCIA CHAVES ROCHA
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 3 À 5 ANOS
Rio de Janeiro
2010
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicomotricidade. Por: Ana Lucas da Silva
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, aos meus
filhos, marido e amiga Norma que nessa nova etapa da minha vida sempre estão torcendo pela minha vitória; aos professores do curso de Psicomotricidade que me fizeram olhar novos horizontes que jamais percebera.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu pai e aos professores de
Psicomotricidade e a todas as crianças que através da
Psicomotricidade estão resignificando a sua infância.
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RESUMO
Este estudo tem o objetivo de proporcionar o conhecimento sobre o que é a
Psicomotricidade e qual é a sua contribuição para o Desenvolvimento na
Educação Infantil para crianças de três a cinco anos. Atentando assim,
segundo o olhar de Piaget, Wallon, Vitor da Fonseca, Fátima Alves, Geraldo
Peçanha, Dina Lucia, David L. Gallahue e John C. Ozmun, entre outros. Esse
estudo permite também abordar o histórico da Psicomotricidade e
Desenvolvimento da Criança, principalmente de três a cinco anos. Estudar o
complexo Desenvolvimento da Criança, que se encontra no sentido da
Psicomotricidade, de onde é determinante o desempenho motor, cognitivo e
emocional da criança dentre todas essas ações, todas estão atreladas e todas
dependem uma das outras, ou seja, elas não estão isoladas. É nessa relação
com seu corpo, mente e afeto que a criança é capaz de ser relacionar com o
meio dentro de um conjunto de experimentações que lhe forem permitidas, ou
não, no seu contexto social. Segundo Piaget, a partir do momento que as
funções nervosas permitem a criança libertar-se do automatismo, aquilo que
era reflexo começa a dar lugar ao aprendido. Ou seja, a partir do
comportamento inteligente e esquema corpo paralelo ao meio a cerca das
emoções, que a criança permeia é o que uma integração qualitativa ou
quantitativa a cerca do domínio de transformação do Desenvolvimento
Psicomotor da criança de maneira harmoniosa ou não.
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METODOLOGIA
1. A pesquisa se dará na busca da contribuição da psicomotricidade para o desenvolvimento da criança de 3 a 5 anos onde se propõe a debruçar acerca das questões que permeiam sobre a historicidade da psicomotricidade com o compromisso de enfocar o desenvolvimento segundo Piaget entre outros.
2.a pesquisa qualitativa exigira uma postura interpretativa e compreensiva a cerca dos tempos e dos autores de acordo com cada olhar.
3. Enquanto pesquisador delimitar distanciar se do senso comum a fim de controlar as inclinações pessoais.
4. A pesquisa qualitativa busca descrever detalhadamente estudo abordo pelo assunto que direcionam o tema.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I PSICOMOTRICIDADE 09
CAPÍTULO II O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 3 À 5 ANOS 33
CAPÍTULO III O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR EM CRIANÇAS DE
3 À 5 ANOS 45
CONCLUSÃO 58
BIBLIOGRAFIA 60
WEBGRAFIA 62
ÍNDICE 63
FOLHA DE AVALIAÇÃO 65
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como finalidade investigar sobre A Contribuição da
Psicomotricidade no Desenvolvimento Infantil da Criança de três a cinco anos.
E buscar compreender o histórico dessa “nova” modalidade de atendimento,
possibilidades e limites a partir do Desenvolvimento Psicomotor da Criança de
três à cinco anos. É ainda necessário ressaltar a importância significativa da
psicomotricidade acercada sua produção cientifica relevância e atualidade.
A Psicomotricidade vai dar conta da relação real entre a motricidade,
a mente, a e emoção (afetividade).
O estudo aqui apresentado busca refletir sobre a atuação
significativa do enigmático desenvolvimento humano, onde Jean Piaget (1896-
1980, psicólogo e filosofo suíço pioneiro em pesquisas infantis, vai nos
impactar com a afirmativa que o desenvolvimento da criança passa por quatro
estágios psíquicos: sensório motor; pré- operatório (este se refere à criança de
três a cinco anos, do qual se refere o presente estudo); das operações
concretas e das operações formais.
Enquanto Piaget determinou os estágios psíquicos, Le Boulch
aborda as três etapas do desenvolvimento psicomotor humano,(este é claro a
partir das experimentações e evoluções individuais de cada um ser humano) e
idade cronológica.
Dentre os parâmetros apresentados fica claro que o
desenvolvimento da criança nos reporta ao complexo sistema psicomotor, onde
sua plenitude só estará “completa”,quando suas habilidades de coordenação e
equilíbrio; esquema corporal; lateralidade; orientação e espaço e orientação
temporal,estariam atrelados ao seu desenvolvimento com um todo. Onde a
qualidade do seu desenvolvimento também depende da maneira que sua
afetividade é imposta no seu convívio social.
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.
CAPÍTULO 1
PSICOMOTRICIDADE
1.1- O que é a Psicomotricidade?
Psicomotricidade é ação que resultará no integral e perfeito
desenvolvimento do ser humano; corpo, mente, meio e alma.
A Psicomotricidade nos seus primórdios foi estudada, baseada na
busca da compreensão, voltadas aos aspectos neurofisiológicos, anatômicos e
locomotores equilibrados e coordenados no espaço e tempo.
Hoje, embora seu estudo contínuo, a Psicomotricidade compreende
através da ação e da relação do ser humano com a tomada da consciência que
se entrelaça o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza, o ser
social e o ser emocional.
A Psicomotricidade está intimamente associada à afetividade e a
personalidade, pois a partir das experimentações que o sujeito vive ele se
utiliza do seu corpo se possibilitando demonstrar o que sente e caso haja no
sujeito algum tipo de problema motor consequentemente o mesmo apresentara
problemas de expressões e etc.
A Psicomotricidade assim está conquistando uma profunda e
significativa compreensão de “equilibrio” no que se refere aos aspectos do
desenvolvimento humano.
É ela que permitirá à criança adquirir mudanças no decorrer de sua
vida capaz de se ajustar, até mesmo mudar ou compensar o seu
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desenvolvimento ao manter ou adquirir habilidades, através de processo
continuo e amplo que o desenvolvimento exerce através dos diversos estádios
psicomotores, de acordo com Vitor da Fonseca.
O estudo do desenvolvimento perpassa da jornada orgânica a
concepção do ser humano até a maturidade e seguida à morte.
Os aspectos psicomotores no seu mais amplo e elaborado
condicionamento ao desenvolvimento, demonstra que os seguimentos da
maturação, por exemplo, é determinante por uma ordem fixa, de evolução, ou
seja, a ordem que a criança desempenhará suas habilidades “naturalmente” e
seguirá uma sequência podendo ser alterada apenas no ritmo individual.
Cada criança, de acordo com cada ambiente e experimentações
vivenciadas por ela, exercerão através das muitas possibilidades suas
aprendizagens, que poderão influenciar no seu processo de desenvolvimento
psicomotor. A história da Psicomtricidade apareceu advinda de um discurso
médico, mas se embasa á partir da cultura grega, onde se contemplava o
corpo. (COSTE, 1981.p.58)
Segundo a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade - SBP, o termo psicomotricidade aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no inicio do século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das regiões motoras.
É, justamente, a partir da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos fenômenos clínicos que se nomeia, pela primeira vez, a palavra PSICOMOTRICIDADE, no ano de 1870.
E ainda se essa mesma Sociedade Brasileira de Psicomotricidade-
SBP:
É a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo
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interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.
Psicomotricidade, portanto, é o estudo da ciência que irá classificar o
homem através do seu perfil mais complexo, onde o resultado das ações
concebidas entre mente e corpo, organizadas e integradas na maioria das
vezes ao meio externo e interno, resultarão condições favoráveis ou não do
sujeito, dentro das suas condições cognitivas, afetivas, sociais e etc.; a partir
da individualidade e também de acordo como o este sujeito se relacionará com
linguagem a socialização e principalmente com a busca da equilibro do seu
próprio eu.
Este estudo permitira observar que a psicomotricidade, não pode ser entendida através de um aspecto estático, pois condição é abordada através da motricidade; sistema nervoso; estimulação sensorial (englobando sensações, percepções, imagens, pensamentos, afeto, experimentações, etc.).
Os movimentos devem ser compreendidos, constatando a evolução dos movimentos reflexos, incoordenados á alcançar os coordenados, objetivando gestos de valor simbólico.
É importante ainda pensar, sem descartar, os estímulos eu sugerem a preparação.
A organização, temporal, a memória, a motivação, a atenção, concentração, ou seja, a parte cognitiva é de forma esplendidamente significativa.
Cada elemento da motricidade deve ser considerado no conjunto e na história que lhe dá significação. Por isso mesmo, a psicomotricidade deve ser compreendida em sua integridade, partindo de fenômenos que envolvem o desejar e o querer. (ALVES, 2008, p.16).
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Segundo Almeida (2009 p.17), psicomotricidade é um termo
empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em
função das experimentações vividas pelo sujeito (...). Dentro dessa concepção
fica claro que vai dar significado a “construção” do sujeito a partir do olhar da
psicomotricidade vai ser essa teia de inter-relações, que é capaz de dar
significado no desenvolvimento do homem.
1.2. Áreas de Atuação da Psicomotricidade
As áreas de atuação da psicomotricidade competem aos sistemas institucionais das áreas da saúde e educação, onde pretende reintegrar o
individuo no percurso natural do seu desenvolvimento, caso este esteja
sofrendo perturbações nesse processo ou simplesmente contribuir para o bom
equilíbrio no processo de desenvolvimento do individuo.
Segundo (Almeida, 2009, p.17) o profissional da psicomotricidade
pode ter uma atuação clinica e institucional.
Embora a posição do psicomotricista no momento presente esteja
em condição no mercado de trabalho de maneira tímida, o profissional da
psicomotricidade, aos poucos vem ganhando o mercado de trabalho. E o
mesmo encontrará condições de efetiva e satisfatória atuação na área de
saúde e da educação que através das pesquisas vem permitindo ajuda
prevenção cuidada ao individuo na aquisição, no desenvolvimento e nos
distúrbios da integração soma psíquica.
A atuação do profissional da psicomotricidade de acordo com
Almeida poderá ser realizada, com crianças em fase de desenvolvimento, tais
como bebês, crianças com necessidades especiais, deficiências sensoriais,
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motoras, mentais psíquicas e pessoas que apresentam apenas distúrbios,
perceptivos, motores e de relacionamento em consequência de lesões
neurológicas, família e pessoas idosas, crianças com atrasos no
desenvolvimento global; ou seja, nas áreas da linguagem, cognição e
desenvolvimento motor.
Suas áreas de atuação para psicomotricidade segundo Almeida, são: Educação, Clínica (Reeducação, Terapia), Consultoria e Supervisão. E a clientela atendida pelo psicomotricista são crianças em fase de desenvolvimento: bebês de alto risco, crianças com dificuldades/atrasos no desenvolvimento global, pessoas portadoras de necessidades especiais, deficiências sensoriais, motoras, mentais e psíquicas, pessoas que apresentam distúrbios sensoriais, perceptivos e relacionais em consequência de lesões neurológicas; família e pessoas da terceira idade”. (ALMEIDA, 2009, p.18).
Esse trabalho pode ser desenvolvido em creches; escolas especiais;
clinicas multidisciplinar; consultórios; clínicas geriátricas; postos de saúde;
hospitais e empresas, de acordo com Almeida.
1.2.1. Estimulação Psicomotora
A partir do processo do desenvolvimento infantil, o profissional da
psicomotricidade pode propor uma boa relação com a criança, de acordo com a
maneira como ele vai se inserindo no cotidiano da criança, propondo condições
favoráveis de carinho e aceitação integral, para que haja uma solida e
interessante confiança, integrada em ambas as partes. Com esta atitude, a
evolução de afetividade e equilibração da relação somarão pontos positivos no
desenvolvimento espontâneo da criança, e os aspectos físicos (materiais) que
serão vistos como complementos e não como o autor principal, no entanto,
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serão também muito bem vindos, e contribuirão indiscutivelmente nas áreas
psicomotoras interligadas a cognição, afetividade e linguagem.
Os estímulos psicomotores se fazem necessários em todo e
qualquer momento que se busque para criança uma plena desenvoltura no seu
processo das aquisições psicomotoras.
Perceber na criança a importância da estimulação psicomotora o
quanto antes contribui eficazmente para o significa dentro de uma ação
educativa, o comprometimento de base capaz de se posicionar em uma
relação de bem estar e de formação estruturada, expressando uma significativa
evolução psicomotora.
A partir do processo de estimulação, da observação e da análise dos
dados obtidos, os resultados comprovam os progressos obtidos na aquisição
das habilidades infantis, como por exemplo, o nível de independência e a
desenvoltura demonstrada por estas durante as atividades lúdicas propostas
pelas estimuladoras, auxiliando também no direcionamento das futuras
sessões de estimulação.
1.2.2- Educação Psicomotora
Na educação psicomotora, o sujeito se desenvolve integrado as
suas aptidões “normais” dentro do contexto do dia a dia, e o seu
desenvolvimento vão ampliando e modificando de acordo com suas
experimentações da maneira que o sujeito se permite a realizá-las estimulando
os a descoberta e curiosidade da criança.
A criança que passa por todos os estágios (etapas essas que
segundo Jean Piaget, obedece a uns impulsivos estágios: tônico emocional;
(dos seis aos doze meses, estágio sensório motor (dos doze aos vinte e quatro
meses); estágio projetivo (dos dois aos três anos); estágio personálitico (dos 3
aos 4 anos).
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No entanto para o autor Henri Wallon, através do seu contexto sócio-
histórico, ele baseia-se na interferência dos fatores biológicos como os fatores
sociais, especialmente quando a criança imerge em um contexto sócio social, a
construção e a riqueza de seu movimento, condição cognitiva e afetiva
tendendo a aumentar e são filtradas pelo tônus.
Sobre este aspecto a expressão da psiomotricidade começa então a
ser significativa permitindo a percepção movimentação e a inteligência cada
vez mais nos estágios de desenvolvimento da criança.
Se um estágio ou fase não está se desenvolvendo de maneira
satisfatória, os outros tenderam a ter problemas, pois os estágios não são
isolados, um está indiscutivelmente interligado com o outro.
Neste momento vou me referir especialmente ao estágio
personalístico voltado para criança de 3 a 4 anos, no qual se percebe na
criança se o desenvolvimento do se eu.
Neste momento “normalmente” a criança está voltada pra o seu
próprio “eu”, onde inicia – se a formação de sua “personalidade”. É também
neste momento que a educação psicomotora preocupa-se com uma educação
de base para a criança, pois suas vivencias experiências estarão voltadas para
a dinâmica de construção de sua personalidade, será a dialética do
desenvolvimento do processo motor, cognitivo, afetivo, que também
compensaram criança organicamente no contexto social. A educação
psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola
primária. (OLIVEIRA, 1997, p.35)
A educação psicomotora direcionada a criança na escola a partir dos
seus primeiros anos escolares proporcionará a criança a explorar todas as
aprendizagens levando a mesma a ter consciência do seu corpo, a adquirir
habilidades motoras entre gestos, lateralidade e movimentos.
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A educação psicomotora implica na persistência das ações ao
praticá-la, permitindo correções de condições não adequadas, no entanto
estruturadas.
A educação psicomotora tenderá a ser um facilitador no âmbito
escolar, e ainda pode ser observada como preventiva, de acordo com as
condições favoráveis do em seu meio, permitindo a criança o bem estar, na
concepção da sua desenvoltura psicomotora cognitiva e afetiva.
A criança que estiver motivada num bem estar através de suas
próprias experiências e o meio que a cerca, se sentira satisfeita nas suas
necessidades afetivas, sem bloqueios e como seu tônico emocional
equilibrado.
Na educação psicomotora é importante ressaltar importantíssimo
papel que o professor deve desempenhar obtendo a sensibilidade e a
habilidade de ter um olhar do seu aluno acerca do seu desenvolvimento
proporcionando a confiabilidade e afetividade em ambas as partes.
1.2.3. Reeducação Psicomotora
A Reeducação Psicomotora é uma intervenção no processo de
evolução psicológico do individuo. Não somente com um recurso pedagógico
mais, principalmente como parte integrante de toda ação educativa.
Estas se propõem em ser um facilitador, na vida da criança que
precisa de alguma forma ser compensada, (motor, cognição e afeição),
estimulando-a a buscar novas alternativas nas suas vivencias exploratórias ou
não, tudo isso deverá ocorrer de acordo com o comportamento da criança
frente ao seu comportamento e a sua necessidade. A Reeducação
Psicomotora trata-se de uma pratica terapêutica, de acordo com Almeida.
O sucesso da reeducação psicomotora para a criança irá depender
muito de uma série de condições satisfatória onde a relação entre o terapeuta
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(ou sujeito de intervenção), com a criança deverá se manifestar através de
aspectos seguros entre ambos. Aonde o comportamento da criança “conduzirá”
mediante o significativo desempenho da aplicação dos exercícios lúdicos, a
motivação e interesse da criança a sentir segura no executar, o que for
combinado.
Os aspetos técnicos da Reeducação Psicomotora podem ser
apropriados na reestrutura do esquema corporal. Necessidade de estruturação
no esquema corporal.
Neste caso a criança já esta contemplada pelas experiências de sua
maturação. No entanto, o que se busca é a estruturação da imagem do corpo
da criança (se não houver), permitindo formas de aprendizagem, condicionadas
como facilitadoras, onde a criança pode perceber, experênciar vivências de
prazer e movimentos com o próprio corpo, aprimorando as suas linguagens, ou
seja, sua maneira de agir de se expressar, consigo mesma e como meio.
É interessante “que a criança seja capaz de se perceber dentro de
uma “análise” ou investigação” do seu próprio “eu” através dos aspectos de
apreensão desenvolvidos e mediados junto ao profissional que conduz a
Reeducação Psicomotora.
É importante destacar que através da Reeducação Psicomotora, a
criança junto ao profissional busca a reeducação, manejos apropriados que
sejam capazes de qualificar a estimulação e a progressão do desenvolvimento
,tanto nas situações, (motoras, psíquicas, cognitivas, emocionais e ambientais).
Normalmente a Reeducação Psicomotora vai acontecer, por
exemplo, na escola quando se encontra alunos fadados pelo não desempenho
de ensino aprendizado, ou mesmo motor e emocional, talvez pela falta de
compreensão dos professores, são encaminhados a especialista da psicologia,
neurologia pediatrias entre outras; os especialistas buscam identificar através
de avaliações resultados seguros sobre o diagnostico da criança.
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A finalidade é permitir que criança interaja com o seu próprio “eu” se
relacionando com seu corpo e seu através comportamento psicomotor
satisfatório e comunicativo com meio.
1.2.4. Terapia Psicomotora
Tem como objetivo favorecer o desenvolvimento “integral” da
criança, propiciando o seu desempenho através de exercícios específicos, que
a criança neste caso tenha que reaprender. (descompensamento motor).
A Terapia Psicomotora busca criar condições que propiciem a
evolução dos estágios de desenvolvimento, permitindo igualmente a percepção
do próprio corpo, contundente a satisfação crescimento e aquisição da
consciência e domínio corporal.
A Terapia Psicomotora visa a cura através da reeducação
psicomotora da criança, marcado pela sua personalidade perturbações.
Consistirá em abordar técnicas eficazes de aprendizagem com
cunho relacional com forma de reconstruir dentro de um contexto também o
dialogo e a reabilitação da criança
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1.3. Psicomotricidade Funcional
Refere-se às alterações físicas do individuo em seu pleno
funcionamento e aspectos psicomotores ao longo do tempo, incluindo todas as
alterações físicas e fisiológicas.
1.3.1. Equilíbrio
O equilíbrio sobre a discussão gravitacional nos remete que todas as
massas estão sobre influência gravitacional da terra, do qual são três princípios
para alcançar o equilíbrio 1 centro de gravidade; duas linhas de gravidade de
três apoios.
Dentro da condição humana ósseo como objeto assimétrico e não
geométrico, onde existe o centro no ser humano o centro de gravidade,
modifica constantemente de acordo como deslocamento ou peso executado
pelo sujeito, O centro de gravidade muda conforme o corpo altera sua posição.
(GALLAHUE, DAVID L; OZMUN, JOHN C, 2005.p.93)
Para alcançar o equilíbrio, o centro de gravidade sempre haverá
transferência do movimento do peso adicional. Nos exercícios em que os
centros de gravidade continuam em posição estável, como manter-se em
pé,andar e etc.. São chamados de atividades estáticas de equilibrio.
Como o centro de gravidade, mantenha-se em continuo de
deslocamento como caminhar, pular etc. São movimentos de equilibrio
dinâmico, ou seja, se o centro de gravidade estiver o mais próximo possível do
centro de apoio maior será a estabilidade em qualquer apoio que seja individuo
esteja executando.
O equilibrio é a habilidade do individuo manter o seu corpo ereto
sem alterá-lo quando se coloca em várias posições.
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O equilibrio é a base de toda coordenação dinâmica global. É a noção de distribuição do peso em relação a um espaço e a um tempo e em relação ao eixo de gravidade. (BUENO, 1998, p.5.)
À medida que criança se relaciona com o meio e se desenvolve o
tônus se prepara simultaneamente ao seu equilibrio, do qual este irá se
aprimorar visto que o sujeito desempenha suas habilidade corporal,
proveniente da experimentação e em relação a manutenção de um corpo que
segue naturalmente o desenvolvimento.
A criança que estiver em perfeitas condições nas suas habilidades
globais, com seu equilibrio bem desenvolvido, evidenciará um grau de
maturidade e coordenação significativo das funções.
As habilidades, destrezas e coordenação da criança estarão prontas
quando a mesma exercer movimentos demonstrando de forma eficaz seu
desempenho.
Sentindo-se segura em realizar os movimentos de equilibrio estático
(ficar em pé, tocando no chão, elevar os calcanhares com os pés unidos) e
movimentos de equilibrio dinâmico, onde a criança estará pronta para realizar
movimentos locomotores como, marchar em uma reta determinada de um
ponto a outro.
Na evolução psicomotora da criança é necessário que ela tome consciência do seu contato com o solo e com a mobilidade da articulação do pé e do tornozelo para uma boa progressão do equilibrio. (BUENO, 1998, p.4)
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1.3.1.2. Coordenação Motora Global ou Ampla
A Coordenação Motora Global ou Ampla vai nos remeter a apuração
de todos os membros (superiores e inferiores).
A Coordenação Motora Global ou Ampla está diretamente ligada aos
movimentos corporais. Diz-se que quando uma criança está com sua
habilidade de equilibrio equacionada a sua coordenação global se completa, e
as suas habilidades se evidenciam, pois entram em ação os músculos amplos.
Quando a criança está ativando a coordenação motora global ou
ampla, através de seus movimentos e propicia condições de conquista
exploratórias ao se movimentar e relacionar com o mundo que a cerca,
desafiando e criando consciência da sua relação do seu corpo com o meio.
O movimento a partir das crianças mais tenras será a ponta pé para
desenvolver sua comunicação e a interação com o ambiente do qual ela faz
parte. Essa relação de movimento com o meio tenderá a acontecer, nas
maneiras mais lúdicas criativas onde a criança é capaz de desenvolver como
nas brincadeiras de (balanço, brincadeiras com bolas, saltar, e simplesmente
desafiar a descer do balanço ou escada).
1.3.1.3. Coordenação Motora Fina
A Coordenação Motora Fina, refere-se a condição da criança de
coordenar os pequenos músculos através de atividades que exigem
refinamento e sutileza.como recorte,colagem encaixe etc..
Dentro da Coordenação Motora Fina podemos observar a
coordenação Visio motora ou oculomotora; a coordenação viso manual; ou
óculo manual; e a coordenação musculofacial.
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A Coordenação Motora Fina vai utilizar dos movimentos de
pequenos grupos musculares, normalmente dos músculos das mãos e dos
dedos. As atividades executadas com as mãos com a preensão do lápis e
tensão normalmente são complexas e exigem delicadeza na precisão em que a
criança segura o lápis dirá muito sobre o seu desempenho ou não na
coordenação motora fina ainda como:
Preensão correta do lápis denotando possui coordenação; tonicidade muscular e letra legível e do mesmo tamanho, preensão correta do lápis na apresentação de rotação da folha ou com o braço curvo; ou letras de tamanhos diferentes na mesma palavra; preensão incorreta com má coordenação motora fina, letra irreconhecível, escrita com muita lentidão prejudicando a coordenação motora fina; hipotonicidade ou hipertonicidade. (OLIVEIRA, 2003, p.19)
A criança que desenvolve uma boa coordenação motora fina,
naturalmente apresentará uma boa tonicidade muscular nos membros superior
e inferiores.
A criança conseguirá apanhar copos cheios com água sem derramá-
los, poderá virar olhas de caderno sem derramá-los, poderá virar folhas de
caderno sem amassá-los, e ainda colorir desenhos sem utilizar de muita força,
ou seja, ela conseguirá conduzir ações complexas que requerem coordenação
motora fina com sutileza.
1.3.1.4. Esquema Corporal / Imagem Corporal
O Esquema corporal é um fator básico no que se refere a formação
da criança, principalmente no que se refere a sua personalidade.
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É através Esquema Corporal na relação com seu próprio corpo, que
seriamos capazes de observar o desenvolvimento das funções psicomotoras e
a maturidade da criança.
A maneira como a criança em desenvolvimento se percebe com o
seu corpo, seguramente terá condições de distinguir as partes do corpo em si
mesmo, como em outra pessoa. Tendo possivelmente condições ao desafio de
nome-la também em outra criança, bem como “descrever” suas funções,
observando sobre o que cada parte do corpo pode fazer. E ainda terá
condições obter conhecimento de como executar em alguns movimentos
satisfatoriamente, o conhecimento de seu próprio corpo permitindo dentro de
uma estrutura corporal a condição primordial para criança se relacionar com a
sua imagem corporal.
Um esquema corporal bem integrado implica: a percepção e o controle do próprio corpo; um equilibrio postural econômico; uma lateralidade bem definida; a independência dos segmentos em relação ao tronco e uns em relação aos outros; o controle e o equilibrio das pulsões ou inibição. (BUENO, 1998. p.5)
É muito importante para as crianças transportar para o papel o
esquema corporal de si mesma, pois representa o significado do seu próprio
corpo e como a criança se relaciona consigo mesma através, tanto dos
aspectos externos como internos.
Aos três anos aproximadamente a criança desenha uns rabiscos, um círculo com duas linhas simétricas indicando os braços; podem surgir também duas linhas descendentes, imitando as pernas. Estes rabiscos são um esboço da representação do corpo.
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Aos quatro anos e meio a criança desenha dois círculos, (um é a cabeça e o outro o corpo), já aparecem o olho a boca e o nariz. É ainda muito “rudimentar”. (OLIVEIRA, 2003. p.24)
O comportamento e desempenho da criança na atuação dessa
atividade reforçarão tanto o conhecimento sobre o esquema corporal bem
como o da imagem corporal.
A imagem corporal expressa essa intuição que temos do próprio corpo em relação ao espaço dos objetos e das pessoas. Ela se forma como uma imagem totalizada, mas é obtida pelas experiências fragmentadas no tempo e no espaço. (BUENO, 1998.p.5)
A Imagem Corporal está muito ligada ao conceito interno e a
realidade, onde a criança se comunica com seu corpo. A individualidade de
cada ser é o que nos torna especiais.
É importante o individuo se “autoperceber” dependendo do seu
conhecimento prévio, na altura, peso, e formas, pois esses componentes
comparados a realidade, ou seja, ao meio externo, comparados a realidade de
outras pessoas pode causar problemas com frustração, aneroxia e bulimia. É
de extrema necessidade que se estabeleça uma aceitação corporal realista já
na infância.
1.3.1.5. Lateralidade
Refere-se à dominância funcional do qual a criança se utiliza dos
movimentos a partir da função do hemisfério cerebral para uma das partes do
corpo.
Lateralidade é a capacidade motora de percepção integrada dos dois lados do corpo: direito esquerdo. É o
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elemento fundamental de relação e orientação com o mundo exterior. (BUENO, 1998. p.5)
A Lateralidade é uma condição em que vivemos através de suas
vivencias exploratórias e irá se desenvolvendo e se permitindo a utilizar se de
suas trocas e tentativas. Ao chegar neste estágio demonstra que a criança está
desenvolvendo significativamente o conceito de lateralidade.
Uma criança bem “consciente” da lateralidade provavelmente não
terá dificuldades no momento da execução escrita, tornando evidente que seu
desenvolvimento seguiu um percurso coerente das percepções, Visio- motoras,
táteis, visuais e de estrutura visual.
Para Le Boulch (1982), a lateralidade é a função da dominância, tendo um dos hemisférios a iniciativa da organização do ato motor, que incidirá no aprendizado e na consolidação das práxis. Esta capacidade funcional, suporte da intencionalidade, será desenvolvida de maneira fundamental nessa época da atividade de investigação durante a qual a criança vai confrontar-se com seu meio...permitir á criança organizar suas atividades motoras globais é a ação educativa fundamental.desse modo,coloca-se a criança em melhores condições para constituir uma lateralidade homogenia e coerente. (apud ALMEIDA, 2009, p.61).
É imprescindível destacar que a criança na fase de três a cinco
anos, é comum que ainda não esteja com a lateralidade definida, pois essa
condição se efetivará ou não em torno dos sete anos, caso contrário,os alunos
dessa faixa etária tenderão a encontrar dificuldades na aprendizagem escolar.
O termo lateralidade e dominância cerebral normalmente são
utilizados para nomear:
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Destro - quanto à dominância do indivíduo no lado direito na
organização motora.
Sinistro ou canhoto – quando a dominância da organização motora
e funções prevalecem no lado esquerdo.
Ambidestro – quando há a “dominância”, ou descrita atuação dos
dois lados, ou seja, a criança possui lateralidade cruzada. (ex: dominância do
olho direito e mão dominante esquerda.
1.3.1.6. Estrutura Espacial
Para que a criança se desenvolva é fundamental, que tenha
condições básicas dos componentes perceptivos motor. Para ficar mais claro, é
importante percebermos que nos colocamos e nos situamos no espaço
sentindo nosso corpo em relação ao meio e os objetos.
Caracterizamos a estrutura espacial, onde a crianças se permite ver-
se não apenas como centro único de tudo, mais capaz de adaptar e interagir
com seu no espaço.
A criança vai adquirir “noção” de estrutura espacial quando as
aquisições do desenvolvimento motivam a exploração do meio a partir do
próprio corpo na mais tenra idade, quando se faz o investimento na
manipulação dos objetos perto ou longe de seu alcance no subir, descer,
andar, percebendo e realizando ajustes em relação às noções de esquerda e
direita alcançando nesse estágio condições de conhecimento do domínio da
estrutura espacial, a criança garantirá um bom desempenho no momento do
aprendizado da leitura escrita.
27
Para que a criança assimile os conceitos espaciais é fundamental
que se tenha uma lateralidade bem definida que provavelmente ocorre aos seis
anos.
1.3.1.7. Estrutura Temporal
A estrutura temporal está intimamente relacionada à estrutura –
espacial e sistema musculares e modalidades sensoriais.
É de suma necessidade destacar que quando a criança não
desenvolve efetivamente uma das duas modalidades (estrutura
temporal/estrutura espacial), é possível que a falta e uma, a outra não
demonstre a sua capacidade máxima.
O tempo é a coordenação dos movimentos quer se trate do deslocamento físico ou movimentos no espaço quer se trate destes movimentos internos que são as ações simplesmente esboçadas, antecipadas ou reconstituídas pela memória, mas cujo desfecho e objetivo final são também especiais. (PIAGET apud, OLIVEIRA, 2009, p.11-12)
O corpo constantemente se permite aos movimentos físicos e
exploração interna e externa que se adéquam as suas ações e transformam-se
no tempo e espaço.
28
1.3.1.8. Ritmo
O Ritmo da criança e as suas experimentações com seu próprio,
corpo refere-se como ponto estratégico do mundo temporal estável. O ritmo não
é o movimento, mas o movimento é o meio de expressão do ritmo (DEFONTAINE in
GALLAHUE, 2002,26).
O Ritmo está principalmente ligado ao desenvolvimento biológico do
individuo, perpassa por várias áreas do nosso corpo. Há três tipos de ritmo:
motor, auditivo e visual.
O ritmo motor: estão relacionados aos movimentos que a criança
executa constantemente num intervalo de tempo. Ex: andar, correr etc..
O ritmo auditivo: na grande parte das vezes está ligado à algum
tipo de movimento .
As atividades para esgotarem as duas ações para criança
normalmente exploram na criança o cantar, dançar e tocar algum instrumento.
O ritmo visual: vai explora, o campo sistemático do ambiente de
forma ampla e fixa. Neste caso o que se deseja é que a criança estimule sua
desenvoltura na ritmicidade da leitura. Organizando seu ritmo além do espaço,
temporal, e espacial. Permitindo o maior poder de flexibilidade de movimento e
atenção e concentração.
Quando a criança freqüenta a escola no maternal deduz-se que a
sua coordenação global esteja “esgotada”. Imediatamente o que se deve
possibilitar na criança é que ela se sinta estimulada a desenvolver o seu ritmo
natural, através das condições favoráveis que o meio lhe oferecer (brincadeiras
prazerosas etc..). Percebendo isso, devem-se introduzir tempos rítmicos
através da dança etc.
29
1.4. Psicologia Relacional
Psicologia Relacional é a possibilidade de relatar, analisar e
gerenciar dentro de um processo contínuo as condições conflitantes ou não em
que um indivíduo se encontre através da inter relação como outro.
1.4.1. Comunicação
Um dos fatores mais propícios para a comunicação humana é a
linguagem verbal. Dentro dos aspectos “normais” de desenvolvimento espera
se que a criança comunique e maneira compreensiva. Quando acontece dentro
do fato, algo diferente é notório observar as conseqüências que causam tal
incapacidade. Ela pode ser patológica (incapacidade de articulação da palavra
com ou não lesões cerebrais, distúrbio da ordem alfabética ou problemas de
linguagem.
“Segundo (Coste, 1981, p.72) a comunicação é uma função
essencial na reeducação psicomotora”.
Sem duvida a leitura e escrita terão fator primordial na aquisição da
linguagem da criança, no entanto, há diferentes formas de comunicação e
linguagens da qual se percebe como primeiro momento de comunicação no ser
humano será a comunicação entre mãe filho, ou seja, primeiro contato afetivo.
1.4.1.2. Expressão/Linguagem Corporal
Será um conjunto de atitude seguido de comportamento que se
entrecruzam tendo ambos os significados um para o outro.
A expressão vai de encontro com o efeito, de tono de repouso, ou “tono residual ou tono de fundo (segundo Wallon) a
30
substância do movimento pode se encontrar entre dois limites constituídos pela hipertonia e a hipotonia (COSTE, p.96, 1981)
A expressão que aborda plenitude corporal, só poderá ser observa a
partir da coordenação física psíquica e emocional integrada.
Se o profissional que estiver atuando com a criança possibilitar a
esta condições favoráveis a expressar suas potencialidades suas emoções aos
poucos ela vai perdendo a timidez oferecendo cada vez o seu corpo a vivenciar
experiências satisfatórias e agradáveis ou não.
Vai ser a descoberta como corpo entrecruzado com o meio que
envolverá a capacidade psicomotora do aluno na maneira de se expressar.
1.4.1.3. Agressividade
A agressividade pode desencadear o desejo de auto-afirmação
sobre o outro dentro de um conflito.
A agressividade também busca de alguma forma se auto projetar
dentro do seu contexto individual de busca interior. O excesso desse
comportamento bem canalizado possibilita a criança de esgotar seu sentimento
para que não cause prejuízos perturbadores interna.
É importante que o professor já com a criança nos primeiros anos
escolar perceba a agressividade e não o coloque a criança a reboque como se
fosse simplesmente um serzinho do mal e diferente, mas que tente resgatar–ló
se relacionando com ele através do diálogo e da à afetividade e dos jogos
psicomotores eficiente para esse contexto.
A agressividade também é uma maneira de comunicação, muitas
vezes na escola chamado pelo professor como o mecanismo que o aluno
31
encontrou para ser percebido, ou seja, a forma de chamar atenção mesmo que
e maneira “inadequada”. Ajuriaguerra (1980) comenta que a agressividade faz parte
do comenta afetivo do homem. (apud BUENO 1998, p.14)
1.4.1.4. Limite
O limite imposto a criança, sugeria a disciplina. A atuação do limite
frente à autoridade do adulto em relação a criança se dá pela quantidade de
moral que o sujeito impunha ao menor. Percebe-se que a concepção de limite
foi mudando com o decorrer dos anos diante de tanta repressão a liberdade foi
tomando conta no contexto social na busca da troca de respeito e não da
submissão.
Hoje a palavra limite é muito falada e escutada na no âmbito escolar.
Já que o que mais se percebe em algumas crianças é a falta de limite. Pois é
notório que o comportamento de algumas crianças extrapole nas suas
emoções, onde os quereres subjugam o respeito ao adulto.
É importante ressaltar que não há crescimento Psicomotor no seu
processo de desenvolvimento se a criança não adquirir uma boa relação
consigo mesma e com o mundo que a cerca. Utilizando sua liberdade e
mecanismo favoráveis no seu comportamento atribuindo uma importante
concepção de que limite e a liberdade conquistada e não descontrolada.
Limite não é dizer não o tempo todo e sim mediar o outro de maneira
que se alcance o respeito mutuo em torno da afetividade.
32
1.4.1.5. Corporeidade
Destina-se do entendimento da vivencia com o próprio corpo entre o
outro e o mundo.
A concepção de corporeidade esta intimamente ligada à maneira
como a criança vai estruturando de acordo com sua auto-imagem corporal. Tal
estrutura se formata na relação dela com ela mesma e com outro.
A partir das descobertas que irão acontecendo com ela e com o
meio logo sua identidade irá se formando. Permitindo seu corpo a experiência e
vivenciar totalmente suas funções corporais, sensória e emocional.
A corporeidade é entendida por nós como sendo a vivência do corpo na relação com o outro e com o mundo, condição básico para a qualidade de vida do individuo (BUENO, 1998, p.15)
No segundo capitulo este estudo vai desenvolver um pouco sobre o
processo de desenvolvimento da criança de três a cinco anos, com um olhar
Psicomotor.
33
CAPÍTULO II
O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 3 À 5 ANOS
O segundo capitulo vai abordar o desenvolvimento da criança de
três a cinco anos, no entanto, permitindo destacar o desenvolvimento é
pertinente destacar um pouco do desenvolvimento humano que engloba o
complexo que se inicia na concepção e cessa com a morte.
E dentro desta análise é notório destacar que o desenvolvimento
não está isolado, pois depende constantemente de vários fatores que se
entrevação nesse processo, aqui vou perpassar timidamente nos fatores
intrínsecos (ação de dentro para fora), extrínsecos (ação de fora para dentro).
Desenvolvimento: “individual hereditariedade, biologia, natureza, fatores intrínsecos; ambiente, aprendizagem, encorajamento fatores extrínsecos; fatores físicos e mecânicos” (GALLAHUE, OZMUN, 2005. p.4)
O presente estudo tenderá a examinar os aspetos de
desenvolvimento na faixa etário de três a cinco anos convicto que o
desenvolvimento é um contínuo do qual uma fase depende da oura para que a
outra se complete com a outra.
Um dos métodos mais utilizado e menos acurado é a classificação
do desenvolvimento pela idade cronológica / ou idade individual.
É necessário colocar que mesmo que o desenvolvimento esteja
condicionado à idade um não necessariamente depende do outro. Pois sua
modificação pode ser determinada por vários outros.
34
A idade biologia do individuo fornece informações sobre o provável
desempenho da criança em direção a maturidade.
2.1. Maturidade
Maturidade é quando abordada pelo ponto de vista biológico, é
basicamente inata a ser humano e ela é biologicamente determinante no
desenvolvimento.
A maturação perpassa por uma ordem fixa de progressão podendo
cada individuo ter o seu próprio “ritmo de desenvolvimento”.
Os níveis de desenvolvimento humano podem ser nome aos de varias maneiras. O comum a ser utilizado é a classificação pela idade cronológica “a idade cronológica ou idade do individuo em meses e/ou anos é de uso universal e constante. (GALLAHUE. OZMUN, 2005, p.12)
Ainda de acordo com os autores as idades podem ser classificadas da seguinte
forma:
Idade Biológica
A idade biológica se dá a partir do mento que tenho informações
sobre o processo de evolução de uma pessoa onde supõe o seu progresso
visando à maturação. Esse processo se dá a partir da concepção da criança.
Refere se a uma idade variável que sugere por voltada idade cronológica e
pode ser determinada medindo; (1) idade morfológica; (2) idade óssea; (3)
idade dental ou social / emocional.
35
Idade morfológica trata-se da medição do individuo relacionado ao
tamanho e peso do indivíduo. Essa técnica foi exaustivamente estudada por
Wetzel (1948), pelo desempenho a pesquisar milhares de pessoas realizando o
mapeamento de altura e peso. Os pediatras foram o que mais utilizaram essa
técnica, no entanto hoje os pediatras usam gráficos de crescimento físico,
desenvolvido pelo Centro Nacional de Estatística de Saúde (2000).
A idade óssea informa a capacidade do desenvolvimento da idade
biológica do esqueleto em desenvolvimento. Esse mapeamento é realizado
através de rx e fornecerá informações significativas, através de exames
laboratoriais, apontando o crescimento acelerado ou retardado.
A idade dos dentes é um meio preciso para determinar a idade
biológica, no entanto, pouco usada. A sequência do desenvolvimento do dentes
que começa desde o surgimento das pontas até o fechamento prevalece até o
fechamento da raiz, o que também nos diz muito sobre a idade de calcificação.
A idade sexual também é um método para determinar a idade
biológica, portanto, essa mediação é pouco utilizada, com variáveis
secundárias e primarias.
A medida precisa de medir a maturação sexual é a escala de Tanner
(1962), no entanto, por conta de condições sociais e culturais, não muito
utilizada.
Existem outros métodos que também incluem na classificação etária,
(1) idade emocional, (2) idade mental, (3) idade de autoconceito, (4) idade
perceptiva.
A idade emocional, esta de acordo com a medição referente à
socialização e o manejo para relacionar-se dentro do meio social e cultural.
A idade mental dá sentido ao complexo potencial mental que
compreende no individuo, tanto e função do aprendizado quanto da auto
percepção. Ele é sempre instável na vida do individuo.
36
A idade do autoconhecimento potencializa a medida de avaliação
que o individuo tem sobre seu próprio “eu”, seu valor, e sua honra.
A idade perceptiva é a avaliação do índice de extensão do individuo.
Todas as medidas de maturação são variáveis. Elas estão relacionadas a idade cronológica, mas não ao dependentes dela. (GALLAHUE, OZMUN, 2005, p.14)
Para Piaget (apud Gallahue e Ozmun, 2005, p.15), a partir da
concepção e teoria que acreditava e defendeu, destaca-se a fase do
pensamento da criança Pré–Operacional de 2 a 7 anos, (sabendo que a
criança já passou pela fase Sensória - Motor).
Nesta fase a criança vivencia a fase do pensamento pré - operatório,
que sugere que o principio da cognição ocorre, no entanto, na maneira com a
criança se relaciona com os objetos (manipula os objetos através de
movimentos, pois ela ainda não é capaz de realizá-lo mentalmente).
Percebe se ainda que esta fase encontre se muito ligada ao
comportamento da criança, que toda via se percebe através de implicações de
auto - satisfação para um comportamento social rudimentar.
A partir desse processo a criança começa a se “organizar” através
de suas experimentações e vivencias que colaboraram a dar significado ao
pensamento. Nesta fase a criança assimila o tempo todo, as novas
informações que chegam a ela. É a fase dos “porquês”, onde ela interage de
maneira “tímida” a sua adaptação ao meio que a cerca.
Neste processo, a criança ainda não consegue interagir com o
conceito de tempo nas suas relações. (Como aborda Piaget e não destacar que
nesse período a criança dinamiza um comportamento egocêntrico, ou seja,
voltado para si mesmo), porém capacitada em se relacionar com o mundo que
a cerca.
A linguagem neste período será de grande importância como
facilitadora na aprendizagem e na maneira de se expressar os pensamentos.
37
Um dos maiores contribuintes para o desenvolvimento da criança
nesta fase é brincadeira, pois é através da brincadeira que a criança
desempenha o seu papel no mundo que a cerca. Assimilando suas
experimentações, ela somente aumentará seu repertório de vivencias através
do brincar transformando - se um instrumento essencial para a ampliação do
seu desenvolvimento psicomotor. Quanto mais experiências através das
brincadeiras como: jogos; brincadeiras imaginárias; cirandas e etc.; a criança
experenciar, mais atributos ela terá favoráveis no seu contexto psicomotor.
Onde os estímulos, apropriados levaram a criança a desenvolver
cada vez mais a criatividade, o faz de conta, a “noção” de regras, dando
significado ao seu repertório linguístico, num contexto social, e cultural.
A criança vai tomando “posse” do mundo externo, o que vai levando
a compreensão dos papéis sociais (ex. família). Esse interagir com o social é
de extrema grandeza e importância para relação da criança com o mundo
externo.
De acordo com o que foi pesquisado segundo Gallahue, Ozmun será
de extrema importância as características do desenvolvimento físico e motor e
afetivo da criança.
1. No que se relaciona a altura e peso há uma variação entre
meninos e meninas que é avaliada por uma pequena
diferença nos polegares.
2. As habilidades perceptivas motoras se desenvolvem rápido, no
entanto, a consciência corporal, direcional (lateralidade),
temporal e espacial, ainda não está bem definida.
3. O bom controle a bexiga e dos intestinos é geralmente
estabelecido no final deste período, mas acidentes ainda
ocorrem.
4. As crianças nesse período aceleram rapidamente uma gama de
habilidades motoras fundamentais, como, saltar,
38
entretanto, apresenta mais dificuldades no
desenvolvimento unilaterais.
5. Neste período as crianças são significativamente enérgicas e
ativas preferem correr a andar, mas ainda precisam de
períodos de descanso.
6. As habilidades motoras da criança continuam se desenvolvendo
até o ponto que elas aprenderem a se vestir sozinhas,
geralmente precisando de ajuda na arrumação da roupa,
e abotoar algumas roupas.
7. As funções e os processos corporais regulam- se bem. Um
estado de homeostasia fisiológica (estabilidade fica
estabelecida).
8. As estruturas corporais tanto das meninas como meninos ficam
são similares. Portanto uma visão e meninos e meninas
de costas não mostra nenhuma diferença, estrutura que
se identifica imediatamente.
9. O controle motor refinado (coordenação motora fina),ainda não
está totalmente estabelecido .Embora o controle motor
rudimentar esteja se desenvolvendo rapidamente.
10. Os olhos ainda não estão aptos a período extensos de trabalhos
minuciosos
2.2. Características do Desenvolvimento Cognitivo
1). Existe uma habilidade continua de expressar pensamentos e idéias
verbalmente.
2). Uma imaginação fantástica leva a imitação tanto de ações como de
símbolos, com pouca preocupação coma precisão ou coma sequência lógica
dos eventos.
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3). Há continua pesquisa e descoberta de novos símbolos que tem
basicamente, referencia pessoal.
4). O “como” e o “porque” das ações da criança são aprendidas por meio das
quase constantes brincadeiras.
5). Trata - se de uma fase e raciocínio pré – operacional, resultando em um
período de transição de um comportamento de auto satisfação para
comportamentos socializados fundamentais.
2.3. Características do Desenvolvimento Afetivo
1) Nesta fase, as crianças são egocêntricas e supõem que todas as pessoas
raciocinam “da mesma maneira” que elas. Com resultado frequentemente
parecem ser briguentas e relutantes em compartilhar objetos e sentimentos em
socializar com os outros.
2) As crianças geralmente têm medo de situações novas, são tímidas,
introvertidas e não desejam deixar a segurança do que lhes é familiar.
3) Elas estão aprendendo a distinguir o certo e errado e começando a
desenvolver suas consciências.
4) Crianças de 2 a 4 anos têm comportamento incomum e irregular, enquanto
as de 3 a 5 anos de idade são estáveis e bem adaptadas.
5) O autoconceito está se desenvolvendo rapidamente. Uma orientação
criteriosa e experiências voltadas ao sucesso e o encorajamento positivo são
40
especialmente importantes nesses anos. (GALLAHUE, OZMUN, 2005. p.207 a
208).
As características do desenvolvimento da criança dentro de sua
especificidade é um processo dinâmico que corre de um setor complexo do
desenvolvimento que se entrecruza, um ao outro.
As crianças adquirem segurança no desenvolvimento físico, motor,
por exemplo, à medida que irá aumentando suas habilidades, bem como sua
estrutura corporal. É notório que muito do seu controle motor, encontra – se de
maneira rudimentar, mais não significa que a criança não será capaz de se
aprimorar e refinar de acordo com seu processo e fases percorrido no
desenvolvimento crescente. Dentro desse contexto as características do
desenvolvimento cognitivo e afetivo se interligam de modo “multidisciplinar”,
onde todas as ações se completam interagidas uma as outras.
Através dos potenciais mais acentuados no processo cognitivo, do
qual retoma a citar que não está isolado o motor, o físico, bem como o afetivo.
O desenvolvimento cognitivo tem como ferramenta visível assim como Piaget
denomina bem, como fase pré - operatória onde a criança experiência no seu
“desenvolvimento funções cognitivas que resultarão em raciocínio lógico e em
formulação de conceitos”. (GALLAHUE, OZMUN, 2005, p.205).
A criança nesta fase é extremamente egocêntrica, pensa que tudo
ocorre em torno de si mesmo. Nesta fase o que prevalece para criança é o seu
ponto de vista, elas não são capazes de compreender o outro que não seja ela
própria. Pois some o raciocínio lógico suas “conclusões” não precisam ser
justificadas.
Nesta fase sua relação com o mundo se baseia no que é vivenciado
e certamente influenciado por ela.
No desenvolvimento afetivo é importante observar a maneira como a
criança se envolve com ela mesma e o meio. Como neste momento é
41
determinante a fase egocêntrica, a criança tende a passar a “imagem” de
‘encrenqueira’ e relutante em compartilhar objetos como foi descrito por
Gallahue e Ozmun, nas características afetivas. Nesse processo também é de
suma importância a participação da mãe bem como nas fases anteriores da
criança, que normalmente é a figura mais presente no contato afetivo e
emocional da criança.
É importante nesse período ter cuidado sobre as implicações que
impunham na criança, pois ela ainda está desenvolvendo tarefas sócias –
emocional o que não significa que sua autonomia já seja determinante, por
tanto é necessário equilibrar situações onde a mesmo não precise tomar
decisões que se confronte no “pensamento lógico”, na escolha do sim ou não.
Ex: “você quer brincar lá fora”? “vamos brincar lá fora”?
O importante é estabelecer que a criança jamais deva ser
subestimada, pois a sua capacidade de expansão do mundo externo e interno,
que aguçará notoriamente o seu comportamento exploratório, onde seu
desempenho ativo fará desafiar a todo o momento novas vivências como
correr, pular, etc. onde expressará sua própria alegria. O importante é que a
criança seja estimulada a realizar experiências com satisfação no simples fazer
com maturidade. Pois o fracasso em determinada situações, caso seja
apontada pode se tornar um poderoso componente para o sentimento de
vergonha, desvalorização e culpa, desequilibrando todo o emocional da
criança.
No desenvolvimento da criança o autoconceito estável é
fundamental para que o desenvolvimento afetivo na criança se estabeleça de
maneira equilibrada e coerente, pois trarão efeitos sobre as funções cognitivas,
bem como psicomotoras.
Esse processo só será permitido através do triunfo cognitivo e do
vasto ritmo de ações psicomotoras realizadas pela criança.
42
Serão as brincadeiras e os jogos que ampliaram o repertório de
desenvolvimento psicomotor da criança como se a mesma estivesse a cada
minuto uma magnífica experiência nova a realizá-la.
A criança que tem a possibilidade de despertar a sua criatividade em todos os ambientes podendo se utilizar de “estratégias adequadas” na maneira como sente estará efetivamente contribuindo para o seu desenvolvimento psicomotor global (motor, afetivo, e cognitivo), ato descoberta, autoconceito, auto-expressão, auto-conceito positivo desabrochar, domínio imaginário (...), (Rocha, 2009, p.112).
Entre dois e três anos, a criança apresenta ainda o controle de
seus movimentos cautelosos, ganhando força e mais confiança por volta dos
seus quatro e cinco anos, dando lugar ao desafio de pensar sobre a forma de
imaginação ode “pular de grande altura”, escalar “altas montanhas” etc.
Através dessa perspectiva a criança constrói aos poucos a
possibilidade de resoluções com mínimo desembaraço a sua acerca de sua
confiança a realizar alguns movimentos.
A criança na educação infantil que freqüentam regularmente a o âmbito escola, nos parece plausível a maneira com desenvolvem suas habilidades psicomotoras consideravelmente superiores ou não. Dentro desse aspecto seu desenvolvimento depende de vários outros fatores. Ou seja, seu meio social muito interfere nesse aspecto.
Já no processo de desenvolvimento personalístico e de
ambientação da criança é de suma importância que o responsável por ela
perceba e compreenda seu desenvolvimento de maneira confortável e
prazerosa para que a criança se sinta impelida a fazer coisas que beneficiam
seu desenvolvimento á custa do próprio prazer emocional.
É fundamental que se respeite o limite e a criatividade da criança,
adquirindo assim conhecimento para estimular ou não experiências que
respeitem a necessidade e o interesse da criança.
43
Fases do desenvolvimento da criança e três a cinco anos, segundo
BUENO, (1998, pp. 35, 36):
A Infância
3 anos
• Utiliza o pronome “eu” tomada de consciência de si;
• Reconhece e explica ações;
• É capaz de classificar, identificar e comparar;
• Vocabulário em torno de 200 palavras;
• Demonstra cooperação;
• Usa talheres e quer vestir-se e calçar-se sozinho;
• Saltar em um pé só,dois ou três passos;
• Anda de velocípede;
• Sobe e desce escadas alternando os passos;
• A coordenação motora fina se aperfeiçoa;
• Idade dos “porquês”
• Começa a se meter na conversa dos adultos;
• Começa a usar a tesoura;
4 anos
• Tem mais elasticidade nas articulações, coordena o movimento das mãos na escrita, mas não apresenta freio motor;
• Inicia abstração e relações com os fatos, não distinguindo claramente a fantasiada realidade;
• Distingue frente e costa, veste-se;
• Salta com habilidade;
• Inicio a socialização; exploração e manipulação mais acentuada da área sexual;
• Sabe copiar carimbos, associa a figura a escrita;
• Pode copiar uma cruz;
• Anda na ponta dos pés;
• Reconhece as cores brancas e pretas;
44
• Ainda se vê do modo pelo qual pensa que as ouras pessoas as vêem.
5 anos
• Coordenação global desenvolvida, desenvolvimento do esquema corporal, utiliza a mão dominante reconhecendo direita e esquerda em si apenas;
• Coordenação viso motora e desenvolvimento, dissociação manual e digital;
• Protege as crianças menores, colabora gradativamente, gosta de ajudar em tarefa doméstica aceita responsabilidades e ordens;
• Salta alternando os pés, salta distancia com habilidade, ou seja, é
mais ágil;
• Agregação com crianças do mesmo sexo (simpatia ou antipatia);
• Formação de censura, certo e errado; segura lápis com mais
segurança mostrando os progressos neuromotores quando
desenha traços retos, conseguindo fazer círculos e quadrados;
• Distingue todas as cores
• Identificação com figuras de ídolos.
45
CAPÍTULO III
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR EM CRIANÇAS
DE 3 A 5 ANOS
A Psicomotricidade busca o engajamento de se relacionar como
fator primordial do Desenvolvimento da Criança. E é notório perceber a
contribuição significativa da Psicomotricidade, nos estádios frente aos ajustes
ou não do Desenvolvimento da Criança.
A Evolução da Psicomotricidade, segundo Wallon (apud FONSECA,
2008, p.32). Preocupa-se em perceber os movimentos da criança, acerca de
todas as suas vivencias e necessidades, onde através de suas habilidades são
progressivas, uma vez que o desenvolvimento se torna significativo.
A exploração do meio onde a criança se comunica através do corpo
e se comunica através das linguagens e jogos simbólicos são essenciais para
seu processo de desenvolvimento. Nesse período de acordo com Piaget a
criança encontra se na fase sensória motora e Wallon o denomina como
estádio sensório motor.
Onde as percepções externas e internas (corporais) atribuem as
descobertas e representações de si mesmo.
A criança vai se desenvolver através de um processo continuo.
.
A motricidade projetiva da criança, neste período, passa a ser simultaneamente uma ação e uma figuração mental , uma infra-estrutura psíquica fundamental, porque o seu gesto se transforma em um instrumento essencial de projeção das suas idéias.(FONSECA , 2008.p.32)
46
Após o estádio sensório motor, a criança entra no estádio projetivo,
(dos 2 aos 3 anos). Toda a sua diversidade e organização motora, cognitiva e
emocional, irão aprimorando de acordo com suas ações e estímulos que ele
recebe, de acordo com a maneira como a criança age corporalmente sobre os
objetos e imitações dos modelos no contexto social.
De 3 a 4 anos, a criança entra no estádio personalístico, no entanto,
o autor não relata o período de 5 anos, do qual a pesquisa é embasada.
No estádio personalístico a criança esta voltada para o seu próprio
eu para própria pessoa é o começo da construção da personalidade. Onde a
partir do estádio anteriores foi timidamente se construindo. É a partir de agora
que se habilitam o a linguagem contextualizada ao ato motor e mental,
esboçando as raízes da personalidade e a gnosia do seu corpo. “Ao tomar
consciência de si,a criança acaba por se diferenciar do outro , e assume a
construção da sua personalidade”.(FONSECA, 2008,p. 32).
Segundo Fonseca, a motricidade não pode se limitar a movimentos
musculares bem como a auto – imagem psíquica do corpo não pode ser
também reduzida a um fato neurobiológico, mas certamente localizada na zona
parietal do crebro.
Nesse estádio a criança amplia significativamente sua inteligência
sua expressão sua relação de afirmação, capaz de executar seu
comportamento numa relação de busca que se caracteriza entre crises de
oposição ao outro, contradição, reinvidicações, confronto e negativismo.
Todo esse esforço contextualizado ao sentimento de uma afirmação
pessoal
A construção da sua personalidade também mostra um
comportamento de sedução, onde a criança demonstra necessidade de ser
47
aceita, amada e agradável, ora exibindo timidez, ora demonstrando gracinhas
entre risos e brincadeiras divertidas.
Ele ainda percorrer por um longo processo de imposições da sua
vontade de aprovação e de exibição deparando se ora com o sucesso ora com
o fracasso.
A criança ainda expande seu processo criativo atraída pelos
múltiplos estímulos atribuídos ao contexto social do qual ela exerce suas
vivencias.
Vitor da Fonseca vai aborda os estádios do desenvolvimento
intelectual da criança, segundo Piaget; “segundo uma espécie de lógica triunfal
e segundo uma continuidade (..)”. Ele vai colocar que a ordem e sucessão das
aquisições são continuas e “dependem” da relação com o meio.
Que as estruturas construídas em uma dada idade denderão a ser
sustentadas na seguinte idade. “Um estádio corresponde a uma estrutura e não
a uma sobre posição de estruturas”; um estádio é uma aquisição integrada
determinante quando se há um grau de preparação e organização; a
continuidade dos estádios é o resultante a formação ou de uma gênese ou
deformas de equilibrio final. (FONSECA, 2008, p.88,89)
CARACTERÍSTICAS DOS ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO DE VITOR DA FONSECA
Reflexos 1º hábitos
motores
Inteligência
sensória
motora
Inteligência
intuitiva
Inteligência
concreta
Inteligência
abstrata
Sensório motor
0-1 meses
Sensório
motor
2-8 meses
Sensório-
motora
18-24 meses
Pré-
Operacional
2- 7 anos
Operacional
7 -11 anos
Formal
Mais de 12 anos
48
Herança
biológica
Primeiras
percepções
organizadas
Processo de
descoberta
por meio de
esquemas
de ação, isto
é retenção
Coordenaçã
o
perceptível-
motora
Pensamento
lógico
Generalização e
abstração
Tendências
instintivas
Condicionam
ento estáveis
Coordenaçã
o de ações
que já
exigem uma
sequência
espaço
temporal-
(inteligência
da ação)
Operações
concretas,
isto é,ações
interiorizada
s ( do tipo
combinaçõe
s e grupos
de
movimentos)
Classificaçã
o ,seriações
, correlações
matrizes
adição
multiplicaçã
o ,relações
de ordem
O pensamento já
ascende sobre
Primeiras
emoções
Coordenaçã
o da mão e
visão
Relação
diferenciada
entre criança
e os objetos
Apareciment
o da função
simbólica
Acabamento
de certos
sistemas de
conjuntos
A hipótese é uma
operação concreta
e a sua relação
com a conclusão é
realizada por
estruturas
operacionais de
conjunto
Reflexo de moro Reações
circulares
secundárias
Estruturas
de
categorizaçã
o sensório
motora e
táteis-
cinestécisica
Assimilação
de ação
Cooperação
lúdica
“Opera “ pó meio
de conjunção
espaço temporais
Marcha reflexa Manipulação
de objetos
Inteligência
pratica
Iniciação da
interiorizaçã
o dos
esquemas
de ação em
representaç
ão (3-4
anos)
Interiorizaçã
o mais
correta de
ações
concretas e
respectivas
consideraçõ
es pelo
sujeito
Soluções
hipotéticas
dedutivas em que
já entram as
estruturas lógicas
das posições
(identificações,neg
ações,
reciprocidades,
correlações)
49
Reflexo de
preensão
Diferenciaçã
o entre fins e
meios (8-9
meses)
Regulações
afetivas
(elementare
s)
Jogo e
imitação em
diferido
Transitividad
e (A<C se
A<B e B< C)
Elaboração por
pensamento por
agrupamento
lógico- gnóstico
mais complexos
Reflexo de
sucção
A visão
descobre a
mão
(preensão)
Gestos
como pré-
linguagem
Jogo de
imagem
Integração
lógico
matemática
das ações
Soluções
hipotético
dedutivas em que
já entram as
estruturas lógicas
das pro posições
(identificação,
negações,
reciprocidades,
correlações)
Reações
circulares
primárias
Noção de
superfície
corporal
Pré-
figuração
Interiorizaçã
o da
imitação
sem
apresentado
s objetos ou
dos modelos
As
operações
estão
limitadas
aos objetos
Elaboração por
pensamento por
agrupamento
lógico-gnósicos
mais complexos
Noção do corpo
(chupar dedo
Conquista do
mundo
Descentraliz
ação
corporal
progressiva
A imitação
acontece
dentro do
individuo (e
não n ação)
Aquisição
das
estruturas
de
manutenção
Reciprocidade nas
operações mentais
Noção do objeto
(biberão – não
seio)
Coordenaçã
o de
esquemas
secundários
(11-12
meses)
O sujeito
torna se um
objeto no
meio dos
rostos
A criança já
pode pensar
em coisas
para além
dos dados
espaciais e
temporais
do
movimento
Relação
adequada
entre
atividade e
instrumental
e simbólica
Formação da
personalidade
Egocentrismo
corporal
Domínio da
locomoção
Relações
passado
futuro
Combinação
entre o
figurativo e o
operacional
Pré-
sistematização do
raciocínio
50
Não há noção
do sujeito e
objeto
Aquisição da
marcha
Regulament
ação
representati
va (5-7
anos)
Correspond
ência termo
a termo
Inserção
intelectual e
afetiva na
sociedade do
adulto
Egocentrismo
total
Exploração
dos objetos
Noção do
objeto ,
espaço
tempo e
causalidade
já utilizada
na ação
efetiva
Operações
multiplicativa
s
Tentativas
intencionais
Organização
de
representaç
ões
assentes em
configuraçõe
s estáticas
Reações
circulares
terciárias
Diferenciaçã
o entre fins e
meios
A contribuição da psicomotricidade para o desenvolvimento da criança de três
a cinco anos, aparece também a partir da busca de pensar a complexidade
psicomotora da criança, tal como uma rede de condições não isoladas ao meio
e ao afetivo e sim um crescer e transformar através de todos os seus aspectos
de experimentação.
A psicomotricidade, segundo Henry Wallon, (webgrafia) médico
psicólogo, ocupa- se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundaste
como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon
51
relacionar o movimento ao afeto, a emoção ao meio ambiente e aos hábitos do
indivíduo.
Portanto vai ser toda dinâmica referente ao desenvolvimento, de
maneira complexa, e inesgotável que vai dizer como desenvolvimento se
elabora através de um processo significativo buscando permear por cada fase
ou etapa do processo psicomotor do homem.
Segundo Le Bouch apud ALVES, 2008, a primeira etapa se refere ao
– corpo vivido, que corresponde a fase da inteligência sensório – motora (do
nascimento aos três anos); de Jean Piaget.
A segunda etapa – Corpo Percebido ou “Descoberto” (3 a 7 anos).
O ajustamento espontâneo da primeira fase trasforma-se em um ajustamento mais controlado, embora a dissociação gestual ainda não seja boa. Isto quer dizer que a criança passa ter um maior domínio sobre o corpo. Ela aperfeiçoa e refina os movimentos adquirindo uma maior coordenação motora dentro de um espaço e tempo determinados. Ela tem um maior controle do próprio corpo. (OLIVEIRA, 2002, p.102).
Terceira etapa – Corpo Representado (7 a 12 anos), segundo
Oliveira, é nesta fase organiza seu esquema corporal.
Em suma, a comunicação corporal assume, pois, uma importância muito especial nas mais variadas situações sociais, desde o mais elementar cumprimento entre pessoas, passando pelas atitudes que expressam amizades, hostilidades, liderança ou submissão, até as atitudes e movimentos que se encontram e fazem parte de toda uma dinâmica psicosexual. (ALVES, 2008, p.54)
O foco do Desenvolvimento Psicomotor adequado e desejado da
criança está atrelado às áreas do desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo.
52
3.1. Características do Desenvolvimento Motor da Criança
É sabido que os primeiros anos a criança vivencia suas experiências
no mundo que a rodeia através das ações motoras, onde utiliza mais dos olhos
e mão. Ensaiando ao mesmo tempo o seu desenvolvimento intelectual e
convívio social.
Segundo (Gallahue, 2005, p.9), o desenvolvimento motor demonstra
sobre o desenvolvimento motor da criança passa por uma coleta de dados que
busca no caso da criança na Educação Infantil procedimentos que acomodem
sua natural personalidade independente do que sejam dotados.
Dentro desse contexto o Desenvolvimento Motor é estudado de três
maneiras: o estudo longitudinal, o estudo transversal, o estudo longitudinal
misto.
O método longitudinal, ainda segundo Gallahue coleta os dados
intencionando estudar um grupo de pessoas da mesma, objetivando explicar
mudanças de comportamento ao longo do tempo mapeando as características
do desenvolvimento motor do individuo.
Método de estudo transversal – exerce a pesquisa sobre um grupo
de individuo de variada faixa etária. Objetivando medir as diferenças
relacionadas á idade no comportamento.
Método longitudinal misto – è a intercessão com o método
longitudinal e transversal. Engloba todas as informações possíveis na
descrição e/ou explicação de diferenças ou alterações, no decorrer do tempo
tanto das funções do desenvolvimento, como etárias.
Segundos Rodrigues, o responsável pela maior parte do
desenvolvimento motor inicial é a maturação, no entanto, é necessário citar que
53
a maturidade fisiológica e o meio que a cerca são importantes componentes
para que a criança siga sua sequência ordenando seu desenvolvimento.
Serão as ações que a criança exerce através do crescimento do seu
corpo que contribuirá para o aperfeiçoamento de suas habilidades.
Todas as formas de conduta motriz são na realidade, atividades posturais. A ênfase de seu trabalho está na postura tanto estática como dinâmica. (RODRIGUES, 1992, p.17)
Segundo a autora vai ser a fase da pré-escolar que a criança
priorizará a atividade motora global, onde a curiosidade e comunicação
expressiva serão prioridades, nesta etapa acriança estará desenvolvendo suas
múltiplas habilidades motoras, grossa como a fina.
A criança ampliará sua atividade motora no ato de andar rápido e
sozinha relaciona-se mais com as pessoas e objetos que a cerca. No entanto,
através de suas novas investigações certamente em suas aventuras encontra-
se em situações de perigo inconsciente.
A partir dos 3 anos as crianças, segundo Bueno, a criança imita s
tarefas domesticas como varrer, espanar, lavar etc.; também se interessa por
brincar com crianças da mesma idade que a sua.
Sua habilidade motora demonstra um ganho significativo na
coordenação motora e lateralidade, bem como executar jogos de encaixe.
Apresenta ainda habilidade em vestir se calçar os sapatos, no
entanto, não domina a habilidade de abotoar e amarrar os próprios sapatos.
54
Gosta de desenhar e segura o lápis com “preensão” e também maneja o
velocípede com sucesso.
Aos quatro anos, possui a habilidade do equilibrio com eficiência.
Desenha com mais perfeição. Também se interessa por brinquedos de
construção tem a capacidade invertida aguçada, meninos preferem brinquedos
tais como ferramentas e miniaturas de carros e as meninas gostam de casas
de bonecas completas e bonecas.
Entre 5 e 6 anos, as crianças preferem brincadeiras ao ar livre,
especialmente os jogos com bolas, especialmente jogos; nesta fase os
brinquedos da fase anterior preferidos.
De acordo como autor dos 3 aos 6 anos o Desenvolvimento Motor
da criança e seu repertório de exploração motriz são extremamente
significativo frente suas realizações respeitando, normas e conduta.
O sentimento de descoberta e o desenvolvimento motor
impulsionam a criança explorar cada vez mais o mundo que a cerca
estimulando-a a desenvolver sua coordenação motora global e fina e ainda
sugerindo que seu sistema neuro muscular apresenta grande capacidade de
atividade corporal. Ou seja, correr andar, dançar, manipular escova de dente,
brincar de luta com os pais (meninos), e bonecas (meninas), só demonstra
como a criança vais avançado no seu comportamento motor ativo e eficaz.
Na pré-escola, as qualidades físicas e emocionais são claramente
visíveis quando as crianças manifestam tais ações: saltar, saltar para baixo,
55
saltar ar para cima, lançar pegar, utilizar de força, coordenação, visomotora,
flexibilidade na sua movimentação global, equilibrio estático e dinâmico,
velocidade e resistência.
3.2. Características do Desenvolvimento Cognitivo
No Desenvolvimento cognitivo segundo Piaget, refere-se com muita
clareza e sensatez a desenvolvimento cognitivo. Para Piaget o processo de
desenvolvimento cognitivo acontece través do processo de adaptação,
assimilação e acomodação.
Ainda em Gallahue e Ozmun, (2002, p.46). É encontrada uma tabela
onde Piaget deforma sistemática onde apresenta as fases do desenvolvimento.
FASE DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEAN PIAGET
Fase Características Faixa etária aproximada Evento definidor
I Sensório - motora O bebê constrói o significado do seu mundo pela coordenação de experiências sensoriais como movimento
Do nascimento aos 2 anos Assimilação básica e formação do esquema através do movimento
II Do pensamento Operacional
A criança pequena demonstra crescente pensamento simbólico pela ligação de seu mundo com palavras e imagens
De 2 a 7 anos Assimilação avançada usando a atividade física para realizar os processos cognitivos
III Das operações concretas
A criança raciocina logicamente sobre eventos concretos e consegue classificar objetos de seu mundo em vários ambientes
De 7 a 11 anos Reversibilidade com experimentação intelectual através da brincadeira ativa
IV Das operações formais O adolescente é capaz de raciocinar logicamente e de maneira mais abstrata e idealista
De 11 anos em diante Raciocínio dedutivo através da formulação de hipótese abstrata
56
3.3. Características do Desenvolvimento Afetivo
No Desenvolvimento Sócio Afetivo da criança é necessário estar
muito atento a conduta da criança. E quem deverá assumir e esse papel com
um olhar minucioso sobre este aspeto, é notório que seja a pessoa que mais
tem contato com a criança, normalmente a mãe. Vai ser a mãe a pessoa mais
indicada a “interpretar” e “interferir” se necessário na conduta da criança, pois
será ela a primeira pessoa que a criança demonstrara afetividade em um
contato mais direto e a primeira pessoa que terá a função de manter a criança
emocionalmente segura e aconchega. Buscando a capacidade de explorar e
ampliar seu comportamento sobre o desenvolvimento da criança e sua
conduta, afim colaborarem para o sucesso psicomotor da criança para o seu
desenvolvimento afetivo social no âmbito que ela permear.
Vai ser também a interação da criança como meio que ela atua que
poderá ser determinante na observação no comportamento da relação que a
criança exerce no meio.
O tipo de relacionamento que a criança está inserindo no pré-
escolar, segundo Bueno, realça que a criança começa a “deixar” o brinquedo
até então “seu companheiro” dando lugar aos amiguinhos. E se sente muito
importante em ter um amigo, valorizando neste momento mais que os pais, no
entanto a perda desse amigo causa grande sofrimento.
É notória, a grande incidência de atritos entre crianças no pré-
escolar, e muito destaca a autora que os meninos tendem a ser mais
agressivos que as meninas e existe segundo (Apud Bee,1984;Jersild,1964) ,
eles destacam, há dois tipos de agressão são: a instrumental hostil, a primeira
não há intenção de ferir, a criança toma o brinquedo, simplesmente para tomar
posse do mesmo; no segundo há intencionalidade de agressão, onde há a
57
intencionalidade ferir, a medida que a criança ficam maiores além do ataque
físico ela se utiliza da linguagem para agredir.
Portanto deverá ser a maneira de abordar afetivamente a criança
nessas situações através do diálogo e do relacionamento de segurança
transferido para a criança que contribuirão para o seu satisfatório e desafiador
do desenvolvimento sócio afetivo.
58
CONCLUSÃO
É importante destacar que o objetivo desse estudo foi abordar o
Desenvolvimento da Criança de 3 a 5 anos sobre o aspecto Psicomotor (é
notório que em muitos momentos cito as outras idades da criança, pois seu
desenvolvimento não é isolado apenas em uma faixa etária ou etapa).
Dentro desta proposta, permitir um olhar significativo acerca do
desenvolvimento psicomotor da criança de 3 a 5 anos, a partir dos diferentes
processos, características, fases e estádios, do desenvolvimento psicomotor da
criança.
Esclarecer, o que é Psicomotricidade foi um dos grandes desafios,
contudo é de suma importância a sua legitimidade acerca do desenvolvimento
do ser humano como um todo, principalmente na infância.
Ressaltar que à medida que o homem se desenvolve ele não está
isolado no seu desenvolvimento naturalmente a infância é a estrutura para
esse desenvolvimento através dos estímulos motor, afetivo, cognitivo que
jamais se encontram isolados. Onde a construção da criança se organiza
gradativamente na possibilidade de um desenvolvimento pleno e continuo.
Os conceitos psicomotores quando vinculados, bem observados
orientados na Educação Infantil (pré- escolar) se faz necessário da
Reeducação Psicomotora, portanto se necessária e em aplicada pelo
profissional da área, traz grande ganhos para a as crianças.
A brincadeira e o aprender, para criança para criança na fase de 3
a 5 anos muito contribui para ludicidade que transcende o amplo repertorio que
a criança é capaz de criar.
A curiosidade é crucial para o desenvolvimento da criança, para ser
satisfatório e eficaz deve ser capaz de colaborar com todos os conceitos
funcionais e relacionais acercado do desenvolvimento psicomotor da criança. A
59
criança que desenvolve com uma relação o com seu corpo e como meio, e é
estimulada a experenciar ações favoráveis ou não indispensavelmente adquire
uma gama de conhecimento indispensável ao seu desenvolvimento
psicomotor.
Para o profissional dar significado a prática e o aprendizado de cada
aluno com um olhar cheio de sensibilidade psicomotora é primordial para a
para o desenvolvimento da criança uma qualidade satisfatório em cada etapa
ou estádio do seu desenvolvimento.
É necessário que o profissional que atua na área da
Psicomotricidade seja apaixonado pela profissão, comprometido e capaz de
debruçar na sua pratica simplesmente acerca do simples prazer da profissão.
Sendo um profissional investigativo dando lugar a uma emoção
muito mais sofisticada e principalmente vivenciando muito mais
experimentações psicomotoras significativas com os alunos através de uma
relação harmoniosa imbuída de muito mais conhecimento da Educação Infantil.
60
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Disponível em: http://educaçãofisica.com. br. Acesso em 25/02010 – 23h02min.
63
ÍNDICE INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 9 PSICOMOTRICIDADE 1.1. O que é Psicomotricidade? 9 1.2. Áreas de Atuação da Psicomotricidade 12 1.2.1. Estimulação Psicomotora 13 1.2.2. Educação Psicomotora 14 1.2.3. Reeducação Psicomotora 16 1.2.4. Terapia Psicomotora 18 1.3. Psicomotricidade Funcional 19 1.3.1. Equilíbrio 19 1.3.2. Coordenação Global ou Ampla 21 1.3.3. Coordenação Motora Fina 21 1.3.4. Esquema Corporal 22 1.3.5. Imagem Corporal 24 1.3.6. Lateralidade 26 1.3.7. Estrutura Espacial 27 1.3.8. Estrutura Temporal 28 1.3.9. Ritmo 28 1.4. Psicomotricidade Relacional 29 1.4.1. Comunicação 29 1.4.2. Expressão 29 1.4.3. Agressividade 30 1.4.4. Limite 31 1.4.5. Corporeidade 32
CAPÍTULO II O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 3 À 5 ANOS 33 2.1. Maturidade 34 2.2. Características do Desenvolvimento Motor 38 2.3. Características do Desenvolvimento Cognitivo e Afetivo 39 CAPÍTULO III
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR EM CRIANÇAS DE 3 À 5 ANOS 45
3.1. Características do Desenvolvimento Motor 52
3.2. Características do Desenvolvimento Cognitivo 55
3.3. Características do Desenvolvimento Afetivo 56
CONCLUSÃO 58
64
BIBLIOGRAFIA 60
WEBGRAFIA 62
ÍNDICE 63 FOLHA DE AVALIAÇÃO 65
65
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 3 À 5 ANOS
Autor: Ana Lucas da Silva
Data: 22/08/2010
Avaliado por: Conceito: