a construçao do conhecimento no ensino da língua inglesa
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A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO ENSINO DA
LÍNGUA INGLESA
Ensino e aprendizagem são processos complementares, mediados pelo uso da
linguagem. Ensinar envolve inúmeras variáveis e pode ser considerado como algo estático,
tradicional, monólogo, mas também aberto a experiências dialógicas, nas quais questões
da comunicação são consideradas como essenciais, pois aprendizagem e construção do
conhecimento são dialógicas por si mesmas, como afirma SMOLKA:
Os métodos de ensino/aprendizagem podem ser vistos como
orientações para que o professor comece a refletir sobre os processos
envolvidos, possibilitando construir sua própria visão informada pela
prática diária. 1
O professor é, de certa forma, influenciado pela sua experiência anterior como
professor ou aluno de Língua Estrangeira, acrescentando também o papel da visão de
mundo que o professor detenha, o que o leva a identificar-se mais com um método do que
com outro. É possível, então, que o professor “(...) demonstre um discurso mais tradicional
ou, por outro lado, mais aberto a mudanças, a interações com o outro. O importante é estar
disposto a uma reflexividade sobre a complexidade da sala de aula”. (SOARES,
1999:108).
O aluno também é influenciado por pressupostos do que seja ensinar/aprender e isto
também interfere no seu processo de ensino/aprendizagem, levando-o a identificar-se
melhor com um ou outro método.
O conceito de método aponta para um conjunto sistemático de práticas de ensino que
tem como base uma teoria de ensino/aprendizagem.
Richards e Rogers (1986) citam vários níveis: abordagem, método, desenho,
procedimentos. A abordagem tem a ver com os pressupostos teóricos sobre a natureza da
linguagem e da aprendizagem, que servem de ponto de partida para estabelecer práticas e
princípios.
Para Soares, métodos e abordagens são caminhos, construções no social. Então, é
preciso pensar novas propostas tendo em vista as práticas sociais contemporâneas, as
questões da modernidade tardia ou pós-modernidade. A globalização, o sistema mundo e o
1 (1989:78)
mercado, as migrações, o turismo e as redes de comunicação precisam ser levadas em
consideração para orientar novas abordagens de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, a proposta de trabalho de Língua Inglesa nos ensinos fundamental e
médio, fundamenta-se na preocupação em desenvolver no aluno, não só um domínio
técnico das formas linguísticas, mas também em capacitá-lo a desempenhar
competentemente seu papel de usuário da língua, ou seja, pretende-se que o aluno torne-se
ativo e participante podendo utilizar a língua como instrumento de acesso a informações e
a outras culturas e grupos sociais,
O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
Na relação professor-aluno, o diálogo é fundamental. A atitude dialógica no
processo ensino-aprendizagem, parte do professor ao transmitir o que sabe, aproveitando
os conhecimentos prévios e as experiências do aluno.
Aprender uma nova língua na escola, possibilita aumentar a autopercepção do aluno,
sendo capaz de se engajar e engajar outros no modo de agir no mundo social. Percebendo
a importância e a utilidade, torna-se ainda mais necessária a aprendizagem da língua como
forma do aluno agir no mundo para transformá-lo.
Como afirma Almeida Filho.
Língua estrangeira é (...) um conceito complexo que o professor
precisa contemplar, e sobre ele refletir, no exercício da profissão.
Pode significar língua dos outros ou de outros (...). A compreensão do
termo se aperfeiçoa se o tomarmos como língua que só a princípio é
de fato estrangeira, mas que se desestrangeiriza ao longo do tempo de
que se dispõe para aprendê-la.2
A aprendizagem dessa língua implica entrar em relação com outros numa busca de
experiências mais profundas, capaz de novas compreensões. Conforme Almeida filho,
“aprender Língua Estrangeira é crescer numa matriz de relações interativas na língua alvo
que, gradualmente de desestrangeiriza para quem a aprende”.3
O homem faz uso de uma língua que é “um produto social da faculdade de
linguagem e um conjunto de convenções necessários, adotados pelo corpo social para
2 (1999: 11,12)
3 Idem, p.15.
permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos”.4
Skinner argumentava que a língua é adquirida através do reforço, afirmando que:
O reforço é um estímulo que segue a ocorrência de uma resposta e
afeta a probabilidade de esta ocorrer novamente ou não. O estímulo,
resposta e reforço, e a aquisição da língua é uma forma de
comportamento condicionado pela formação de hábitos.5
Para o autor, se o estímulo for positivo, aumenta a probabilidade da resposta ocorrer
novamente, se for negativo, esta probabilidade é reduzida.
Segundo McLaughlin, antes dos três anos de idade, a criança adquire as duas línguas
(língua materna e língua alvo) de forma simultânea, e após essa idade, o processo de
aquisição ocorre de forma sucessiva.
A aquisição simultânea ocorre quando a criança tem pais que fala línguas diferentes.
A aquisição sucessiva ocorre quando Skinner (1957) define como interlíngua. A
interlíngua reflete padrões sistemáticos de erros e de estratégias comunicativas. Erros que
desaparecem se o aprendiz receber um imput suficiente e apropriado.
A hipótese do imput se relaciona à aquisição da língua à qual o aprendiz está
exposto. “Quando a aquisição (...) está acontecendo existem estágios nos quais o aluno
está recebendo linguagem – linguagem que de algum, a maneira está sendo posta dentro
do aluno, embora eles decidam se querem ou não recebê-la”.6
De acordo com essa hipótese, o aluno progride de forma natural quando ele recebe o
imput da segunda língua. Segundo Krashen, pode-se dizer que o imput é o entendimento
súbito do que se estava falando ou ensinando.
A aquisição faz com que o aprendiz se comunique de forma espontânea. A função da
aprendizagem, segundo Krashen, postula que seja necessário o aprendiz ser exposto a um
monitor para que possa usar as regras conscientemente. Para isso é necessário pôr em
prática três condições:
1. Tempo: o aprendiz deve ter tempo para pensar no que vai falar, e usar
conscientemente as regras.
2. Enfoque na forma: o aprendiz deve concentrar-se na forma como vai transmitir a
mensagem.
4 SAUSURE, 1975:17.
5 SKINNER, 1957:97.
6 HARMER, 1994:40.
3. Conhecimento das regras: o aprendiz precisa usar as regras gramaticais. A correção
ocorrerá somente se o mesmo distinguir a forma correta da não correta.
Para a aprendizagem eficaz da segunda língua, é necessário que o aprendiz tenha
afetividade, para torná-la algo que ele goste. A afetividade como um filtro. Esse filtro
afetivo age no sentido de facilitar a aquisição da língua. É preciso também que o indivíduo
esteja motivado, pouco ansioso para não ter bloqueios na aprendizagem da língua alvo.
O filtro afetivo é “um bloqueio mental que impede o indivíduo de utilizar totalmente
o imput compreensível que ele recebe para a aquisição da língua”.7
Portanto, as atividades na sala de aula sempre devem enfocar tópicos interessantes e
relevantes que encoraje o aluno a expressar suas ideias, opiniões e sentimentos.
A LÍNGUA INGLESA E A INTERAÇÃO NO MUNDO SOCIAL
O ensino de Língua Inglesa propicia ao aluno a oportunidade de engajamento e
interação no mundo social, e também faz entrar em contato com outras civilizações e
culturas, competência enfatizada como um dos principais eixos do ensino. Para tanto, é
necessário incentivar o estudante, desde o princípio, a observar as diferenças de valores e
costumes que permeiam a compreensão de textos, diálogos, histórias, mensagens
eletrônicas, etc. Podendo o entendimento dessas diferenças interferir de forma positiva ou
negativamente na comunicação e harmonia entre os povos ou até mesmo entre os grupos
sociais de um país, pois a linguagem é usada no mundo social como reflexo de crenças e
valores.
Esse enfoque interacional do ensino da língua inglesa permite uma melhor
compreensão da importância da percepção da pluralidade cultural que hoje direciona o
ensino de inglês. Além de comunicar-se em inglês, o aluno precisa inteirar-se dos valores
que norteiam outras culturas.
O aluno se tornará mais confiante e participativo ao verificar que pode realmente
utilizar o idioma em situações do dia a dia.
MÉTODOS
1. MÉTODO COMUNICATIVO (“COMMUNICATIVE LANGUAGE
7 KRASHEN, 1985:3.
TEACHING” OR “COMMUNICATIVE APPROACH”): A unidade básica da língua é
o ato comunicativo ao invés da fala, ou seja, o método tem como foco a realidade da
comunicação do dia a dia dos alunos, tanto dentro como fora da sala de aula.
A meta desta abordagem é tornar os alunos comunicativamente competentes. Assim, a
aprendizagem linguística é vista como um processo de comunicação no qual o simples
conhecimento das formas da língua alvo, seu significado e funções, são insuficientes. É
preciso ser capaz de usar a língua apropriadamente dentro de um contexto social. O falante
tem de saber escolher entre diferentes estruturas a que melhor se aplica às circunstâncias
da interação entre ele e o ouvinte ou, entre o escritor e leitor. Isso envolve o domínio não
só de competência gramatical ou linguística, mas também de habilidades sociolinguísticas,
discursivas e estratégicas. O uso de material autêntico como artigo de revista, jornal,
trechos de programas de rádio e TV também é muito importante para que os alunos
tenham acesso à língua como ela é, usada efetivamente por seus falantes. Exploram-se
muito atividades de conversação em pequenos grupos, dessa forma, maximiza-se o tempo
de uso da língua pelos alunos.
2. MÉTODO AUDIOLINGUAL (AUDIO-LINGUAL METHOD): Esse método
objetiva levar o aluno a comunicar-se na língua alvo através da formação de novos hábitos
linguísticos. O papel do professor é controlar o processo e tentar evitar o erro do aluno. A
grande ênfase é nas estruturas linguísticas; os diálogos apresentam estruturas e vocabulário
para serem aprendidos por interação e repetição. O papel do aluno é passivo, ele não é
encorajado a tomar a iniciativa e deve esquecer, como se fosse possível, da língua alvo.
Portanto, a meta deste método é tornar os alunos capazes de usar a língua alvo
comunicativamente. Há uma constante interação entre aluno-aluno, especialmente nos
jogos de repetição quando estes se revezam nos diferentes papéis do diálogo. Nada deve
ser escrito, tudo é feito oralmente.
3. MÉTODO DA APRENDIZAGEM EM COMUNIDADE (COMMUNITY
LANGUAGE LEARNING): Esse método visa a aprendizagem em grupo. Uma das
principais crenças desse método é a de que os alunos devem ser vistos como “pessoas por
inteiro” 8, onde não só os sentimentos e intelecto de cada um contam, mas principalmente
8 LARSEN FREEMAN, 1986:89.
o modo como relacionam suas reações físicas, instintivas e sua vontade de aprender entre
si. O professor precisa estar sempre alerta para a necessidade de apoio que seus alunos têm
com relação a seus medos e inseguranças na aprendizagem. Para isso, é fundamental
construir um bom relacionamento comunitário na classe. Para isso, próprio professor
deverá ocupar uma posição menos autoritária e ameaçadora, sentando-se na mesma
posição dos alunos. Estes necessitam estar sempre bem informados quanto ao que deve
acontecer em cada atividade, e suas limitações individuais devem ser levadas em conta na
hora da cobrança. Deste modo, sentem-se mais seguros. É importante que os alunos
sintam-se de certa forma com o controle da interação para tornarem-se mais responsáveis
pelo seu próprio aprendizado. A cooperação, e não a competição deve ser incentivada. A
aprendizagem linguística visa à comunicação e expressão de ideias. A língua nativa pode
ser usada como apoio pelos alunos, que muitas vezes constroem frases a partir de blocos
de palavras traduzidas pelo professor. É costume os alunos gravarem estas frases em
pedaços e depois transcrevê-las por inteiro em textos. Novas frases podem ser criadas a
partir dessas iniciais e pontos gramaticais, de pronúncia ou de vocabulário podem ser
extraídos. Os alunos são constantemente convidados a dizer como se sentem e o professor
deve ser capaz de compreender suas reações e conduzi-los a uma aprendizagem sempre
melhor.
4. MÉTODO DA TRADUÇÃO E GRAMÁTICA (GRAMMAR-
TRANSLATION METHOD): Tem a finalidade ajudar os alunos com relação ao estudo
da literatura estrangeira. A língua literária é superior à língua falada. Nesse método não há
interação entre os alunos e a pronúncia das palavras não recebem atenção. A avaliação é
feita por meio de testes escritos, com exercício de tradução. O aluno não é levado a pensar.
A tradução do texto não é questionada. A aprendizagem só ocorrerá através da
aprendizagem de regras gramaticais. Os passos para a aprendizagem da língua são:
memorização prévia de uma lista de palavras, conhecimento das regras necessárias para
juntar as palavras em frases, exercícios de tradução e versão (tema). O objetivo final é
levar o aluno a apreciar a cultura e a literatura da língua alvo.
5. MÉTODO DIRETO (DIRECT METHOD): Método semelhante ao método da
Tradução e Gramática. O professor deve usar a língua alvo na sala de aula, despertando no
aluno o interesse de aprender. A transmissão do significado se dá através de gestos e
gravuras sem recorrer a tradução. O aluno deve aprender a “pensar na língua”. A ênfase
está na língua oral, mas a escrita pode ser introduzida nas primeiras aulas. O exercício oral
deve preceder o exercício escrito. A técnica da repetição é usada para o aprendizado
automático da língua. O professor é mediador das atividades. Há ênfase no vocabulário e
as quatro habilidades são trabalhadas. Não há interação entre os alunos. Eles podem
conversar entre si, mas através de jogos de pergunta e resposta.
6. MÉTODO SILENCIOSO (SILENT WAY): Consiste fundamentalmente no
ensino da língua através de pequenos bastões coloridos que o professor utiliza para criar as
mais diferentes situações de aprendizagem, juntamente com gráficos coloridos, para o
ensino da pronúncia. A segunda língua é adquirida à medida que o aluno vai manipulando
os bastões e consultando o gráfico. O professor permanece calado a maior parte do tempo.
Neste método, tudo é ensinado através de gestos, gravuras. Não se há fala, usa-se mímica.
Esta aprendizagem visa à expressão do pensamento, percepção e sentimento dos alunos.
Para isso eles precisam desenvolver autoconfiança e independência. É o aluno quem
constrói seu aprendizado, sendo que o professor pode incitar sua percepção, provocar seu
raciocínio. O “silêncio” é uma ferramenta para esse fim. O professor dá uma situação,
propõe uma estrutura, por exemplo, “Take a red...”, (olhando para uma ficha vermelha) e
depois se silencia (os alunos devem perceber que ele pediu a cor vermelha). A todo
momento os alunos são incitados a pensarem e o silêncio do professor os obriga a se
ajudarem mutuamente. Fichas com cores, ou sinais que representem sons ou palavras são
constantemente usados. Os alunos começam seu aprendizado pelos sons da língua, vendo
o professor manipular essas fichas. Cada cor representa um som. Pouco a pouco, os alunos
vão formando palavras com a associação dessas fichas. O professor cria situações que
focalizam a atenção dos alunos para a estrutura da língua. Com o mínimo de pistas faladas,
os alunos são conduzidos a produzir a estrutura.
7. MÉTODO DA RESPOSTA FÍSICA TOTAL (TOTAL PHISYCAL
RESPONSE METHOD): Basicamente consiste no ensino da língua alvo através de
comandos emitidos pelo professor e executados pelo aluno. A premissa fundamental do
método é de que se aprende melhor uma língua depois de ouvi-la e entendê-la. Pratica-se
as quatro habilidades. O aluno aprende primeiro pela associação, não precisando falar para
responder, mas obedecer aos comandos orais. Tem prioridade as ações.
Um dos enfoques desta abordagem é a aprendizagem prazerosa da língua. Espera-se
que o estudante realmente goze do prazer de aprender. Para isso usa-se muitas atividades
divertidas e engraçadas e, o movimento corporal é um grande recurso para ajudar na
compreensão. Muitas estruturas são aprendidas e praticadas através de comandos. O
professor dá um comando, por exemplo, hands up9, e mostra o gesto para que os alunos
assimilem a ordem e o movimento certo. Quando os alunos já repetiram uma série de
comandos, eles então passam a demonstrá-los ao resto da turma. Após terem domínio de
uma série deles, os alunos aprendem a lê-los e escrevê-los e, somente após uma certa
exposição às novas estruturas, começa-se a falar e ditar outros comandos.
8. MÉTODO DA SUGESTOLOGIA (SUGESTOPEDIA METHOD): O método
parte do princípio de que a aprendizagem linguística é normalmente “atrasada” em
decorrência de “barreiras” que o próprio aprendiz se impõe, por medo ou autossugestão.
Enfatiza os fatores psicológicos da aprendizagem, que devem ser favorecidos até pelo
ambiente físico. A sala de aula deve ser confortável, a fim de proporcionar o ambiente
mais agradável possível para reduzir a ansiedade. As quatro habilidades são ensinadas ao
mesmo tempo, principalmente através de longos diálogos lidos pelo professor com
constantes variações de entonação.
A apresentação do conteúdo é feita em duas etapas. Na primeira, chamada de fase
receptiva, o professor lê um diálogo ao ritmo de uma música de fundo. Este procedimento
não só ajudaria a manter o ambiente relaxante como também ativaria os dois lados do
cérebro dos estudantes. Estes acompanham a leitura do professor e checam a tradução.
Posteriormente, o professor repete a leitura enquanto os alunos apenas ouvem e relaxam.
Em casa, eles releem o mesmo texto antes de dormir e quando acordam a fim de fixarem o
conteúdo. A segunda fase, a fase ativa, visaria à prática das novas estruturas. Nesse
momento, os alunos organizam atividades de dramatização, jogos, música e exercícios de
pergunta-resposta.
A ABORDAGEM COMUNICATIVA E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
Na Abordagem Comunicativa a unidade básica da língua, é o ato comunicativo ao
9 Mãos para cima.
invés da frase,
Nesse contexto, a Abordagem Comunicativa surgiu como uma mudança do
paradigma no ensino de Língua Estrangeira. Na verdade, não é um método em si, mas
pressupostos teóricos que orientam o ensino de Língua Estrangeira.
O potencial funcional e comunicativo da linguagem torna-se o centro de discussão.
A palavra e a sentença não devem mais ser pensadas isoladamente, pertencente a um
sistema abstrato, mas pensados como um enunciado pleno de vida e ação. Segundo
Bakhtin, como um conceito de dialogia, de gêneros discursivos, como tipos estáveis de
enunciado, linguagem como atividade, ligada à ação.
Citando os linguistas ingleses Halliday e Widdowson, como as questões do uso da
linguagem devidamente contextualizada, privilegia-se o uso que engloba a forma.
Esses conceitos constituem a base teórica da Abordagem Comunicativa, que surge
na Europa, com a necessidade crescente de ensinar as principais línguas europeias,
O objetivo da Abordagem Comunicativa era desenvolver a competência
comunicativa , diferente da noção de competência de Chomsky que, segundo Lopes-Rossi,
fala de “(...) um falante ideal de uma comunidade de fala homogênea e que não é afetado
por condições momentâneas como distração,falta de interesse e problemas de memória”. 10
A Chomsky interessa esta competência ideal e não o desempenho que seria o uso
real da língua.
Chomsky usa o termo competência para designar o conhecimento que o falante tem
da gramática de sua língua. Segundo ele, a criança, ao adquirir sua língua, desenvolve
também sistemas de desempenho cuja natureza e forma também seriam determinadas
geneticamente. Para Chomsky, tanto o conhecimento quanto o comportamento lingüístico
seriam geneticamente determinadas. Afirma que a língua é uma habilidade criativa e não
memorizada, e que não são as regras da gramática que determina o que é certo e o que é
errado, mas sim o desempenho de um native speaker que determina o que é aceitável ou
inaceitável.
Para Piaget, o conhecimento resulta de uma atividade estruturadora por parte do
sujeito. Esse conhecimento, segundo ele, resulta do próprio comportamento, que gera
esquemas de ação através da interação do sujeito com o objeto da aprendizagem. Cada
aluno constrói seu próprio aprendizado num processo de dentro para fora baseado em
experiências de fundo psicológico.
10 (2002:143)
Comparando a visão piagetiana à chomskyana, percebe-se que para Chomsky o
sistema da competência e do desempenho são independentes, enquanto para Piaget o
comportamento, ou a ação, é a base para o conhecimento,
Chomsky dá mais atenção à maturação biológica do que à experiência, enquanto
Piaget enfatiza a interação do organismo, como ambiente, da criança com o objeto da
aprendizagem.
Vigotsky, por seu lado, mostra que a criança é capaz de fazer um objeto representar
outro, apenas simulando os gestos do objeto representado. Vigotsky liga o conceito da
consciência à noção de controle, e afirma que esse tipo de consciência surge depois que
esta tenha sido praticada inconsciente e espontaneamente, ou seja, no estágio avançado do
desenvolvimento de uma função.
Stephen Krashen estabelece uma distinção entre estudo formal e assimilação natural
de idiomas e conclui que o ensino de línguas eficiente não é aquele que depende de
receitas didáticas em pacote, de prática oral repetitiva, ou que busca apoio de
equipamento, mas sim aquele que explora a habilidade do instrutor em criar situações de
comunicação autêntica, não necessariamente dentro de uma sala de aula, que enfatiza o
intercâmbio entre pessoas de diferentes culturas.
Para o sociolinguista Dell Hymes, ao adquirir uma competência Comunicativa,
adquire-se o conhecimento e habilidade para o uso da língua. Faz-se necessário citar os
teóricos Canale e Swain, que identificaram quatro dimensões da competência
comunicativa, sendo a gramatical, a sociolinguista que compreende a compreensão do
contexto social no qual ocorre a comunicação, a discursiva que compreende interpretar a
mensagem em termos de coesão e coerência do discurso, e a estratégica.
O domínio linguístico ou competência linguística por si só, não leva a competência
comunicativa. É preciso que se desenvolvam estratégias e habilidades comunicativas a
partir do uso real da língua. Os erros são tolerados, pois são vistos como produtos naturais
do processo de desenvolvimento de habilidades comunicativas. É fundamental que o aluno
se comunique e envolva o uso da língua de forma apropriada, dependendo do contexto. O
aluno precisa dominar as formas, os significados e funções da língua e ser capaz de
adaptá-las aos contextos, levando em consideração o processo de negociação do
significado.
O significado é construído na interação, no dialogia, como afirma Bakhtin, “o
enunciado é dialógico por natureza e busca o outro no discurso”. O professor atua como
facilitador, um observador participante dos jogos dialógicos na busca de solução de
problemas do uso da linguagem. O aluno tem seu papel como sujeito participante desta
construção de significados.
Segundo LOPES-ROSSI,
A Abordagem Comunicativa é mais uma abordagem do que um
método, no nível da implementação, dos procedimentos, há
divergência e inúmeras propostas. Acredito que enquanto abordagem
(...) ela oferece visões coerentes e boas oportunidades de
aprendizagem real da língua.11
A Abordagem Comunicativa se caracteriza por ter o foco no significado e na
interação entre os sujeitos que estão aprendendo uma nova língua.
O ensino comunicativo é aquele que organiza as experiências de
aprender em termos de atividades/tarefas de real interesse e/ou
necessidade do aluno para que ele se capacite a usar a língua-alvo
para realizar ações autênticas na interação com outros falantes
usuários dessa língua.12
Percebe-se que na Abordagem comunicativa é preciso levar em conta a adoção de
uma metodologia que favoreça a motivação aos estudantes a fazerem coisas com a
linguagem que eles estão aprendendo. Sabemos que o ensino tradicional, em que o aluno é
submetido a exaustivos e repetitivos exercícios que o deixam desinteressado e limitado em
sua expressão linguística, não é adequado para que ele adquira a língua escrita, embora ele
possa sabê-la conhecendo a gramática.
Assim, nas palavras de Geraldi (2003), o conhecimento gramatical não é, em seu
todo, necessário para aquele que quer aprender a ler criticamente e a escrever
exitosamente. Portanto, a Abordagem comunicativa baseia-se na hipótese de que a
aprendizagem de uma língua se dá quando os estudantes são orientados pelo professor a
usarem a linguagem de forma pragmática para mediar significados para um propósito.
Torna-se maior a probabilidade de que o aluno se envolva nas tarefa, tenha mais liberdade
de se expressar e, consequentemente, de adquirir a língua escrita.
A expressão “aprendizado de línguas” abrange dois conceitos claramente distintos,
porém, raramente compreendidos. Um deles é o de receber informações a respeito da
11 (2002:82)
12 ALMEIDA FILHO, 1993.
língua, transformá-la em conhecimento através de esforço intelectual e acumular este
conhecimento pelo exercício da memória. Conceito este denominado language learning,
que depende de esforço intelectual e procura produzir conhecimento consciente a respeito
da estrutura da língua e de suas irregularidades, e preconiza a memorização de vocabulário
fora de situações reais. O outro refere-se ao desenvolvimento da habilidades funcional de
interagir com estrangeiros, entendendo e falando sua língua. Processo denominado
language acquisition, responsável pelo entendimento e pela capacidade de comunicação.
Isso ocorre através da familiarização com a característica fonética da língua, sua
estruturação de frases e vocabulário, tudo decorrentes de situações reais.
Language acquisition refere-se ao processo de assimilação natural, fruto da interação
em situações reais, de convívio humano, em que o aprendiz participa como sujeito ativo. É
semelhante ao processo de assimilação da língua materna pelas crianças, processo este,
que produz habilidade prático-funcional sobre a língua falada e não conhecimento teórico.
Uma abordagem inspirada em acquisition valoriza o ato comunicativo e desenvolve
a autoconfiança do aprendiz.
O ensino comunicativo, conforme argumenta Almeida Filho, implica
(...) a organização das “experiências de aprender em termos de
atividades/tarefas de real interesse e/ou necessidade do aluno para que
ele se capacite a usar a língua-alvo para realizar ações de verdade na
interação com falantes-usuários dessa língua.13
Portanto, a abordagem de ensinar se compõe do conjunto de disposições de que o
professor dispõe para orientar todas as ações da operação global de ensinar uma língua
estrangeira. Esse conjunto compreende-se o planejamento, a produção criteriosa de
materiais, a escolha e construção de procedimentos para experienciar a língua-alvo e nas
maneiras de avaliar o desempenho dos participantes.
O LÚDICO DA LÍNGUA INGLESA
Sabe-se que, muitas vezes na nossa prática, o ensino de Língua Estrangeira limita-se
a atividades em que a tarefa do aluno é reproduzir, mecanicamente, as formas da língua
descritas nas gramáticas. Essa prática que convencionou chamar de “ensino tradicional”,
13 (1998:47)
adota o paradigma de interação que “privilegia a fala do professor e oferece poucas
oportunidades de participação do aluno”.14
Entretanto, o aluno deve ser guiado para um pensamento mais adequado, tornando
seu aprendizado mais fácil. Os jogos têm a função de consolidar os esquemas já formados
e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança, tornando-se um agente da aprendizagem.
Segundo Vigotsky, o lúdico influencia o desenvolvimento da criança. É através do
jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e
autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da
concentração.
Através do jogo ou da brincadeira, a criança aprende coisas que ninguém pode
ensinar. A brincadeira contribui para que a criança entenda o mundo a sua volta e como se
relacionar com ele.
O lúdico na sala de aula faz com que, tanto o aluno quanto o professor sejam
instigado a saber mais, querer mais, procurar algo mais complicado e tentar resolver, testa-
se limites, enfrenta-se desafios, a atividade torna-se mais animada.
Portanto, a atividade lúdica apresenta-se como uma alternativa de facilitar o
aprendizado, e estimular o prazer em aprender, principalmente em Língua Estrangeira.
AS QUATRO HABILIDADES
Quase todas as crianças terão aprendido a falar e a ouvir, na altura em que estiverem
a iniciar a escola - mesmo que algumas delas não tenham tido a experiência com a língua
falada pelas outras.15
As capacidades da fala e da audição são aprendidas gradual e
naturalmente. As capacidades de escrita e leitura podem ser aprendidas da mesma forma.
Nosso grande desafio como professor é preparar os alunos não para o mundo em que
vivemos hoje, mas para o mundo em que eles vão viver amanhã.
O ensino de línguas deve ser orientado para além dos objetivos instrumentais
(compreender, falar, ler e escrever), para os objetivos educativos (contribuir para a
formação da mentalidade, desenvolvimento do hábito de observação e reflexão) e culturais
(conhecimento da civilização estrangeira e capacidade de compreender tradições e ideais
de outros povos, inculcando no aluno noções da própria unidade do espírito humano).
14 PAIVA, 2001:272.
15 LANDERS, 1997
LISTENING
A habilidade de audição desenvolve a capacidade de entender os falantes nativos do
inglês, sendo fundamental para a obtenção do sucesso no diálogo.
O listening ajuda a melhorar a compreensão da língua inglesa, incluindo a
velocidade da resposta, seleção de informações, facilitando a realização das atividades.
O desenvolvimento das habilidades de compreensão das palavras permite ao leitor
realizar os processos ao nível das palavras. Incluem o reconhecimento de palavras, a
distinção de palavras-chave, o emprego de pistas estruturais para acessar os significados
das palavras de um texto e a predição do significado das palavras recorrendo ao contexto
sintático e/ou semântico.
Para que as habilidades de compreensão das palavras possam ser desenvolvidas, o
leitor deve ter um certo conhecimento de vocabulário. A construção do significado do
texto depende do sucesso na busca dos significados de palavras isoladas.
La Berge e Samuels (1985) acreditam que a compreensão leitora depende não
apenas da ampliação do vocabulário, mas também da facilidade com que ele consegue
acessar os significados das palavras em sua memória. Os significados de palavras isoladas
são difusos e ambíguos e só se tornam definidos quando se interrelacionam no discurso.
Para ser compreensivo, o texto deve ter um tema consistente, constituído de eventos ou
argumentos logicamente organizados, ou seja, deve ser coerente.
Objetivando elaborar os processos ao nível das frases de modo efetivo, o leitor deve
procurar desenvolver as habilidades de compreensão das frases na Língua Estrangeira.
Segundo Berman16
, os leitores devem possuir um certo conhecimento da sintaxe da língua
que lhes permita entender como as palavras interrelacionam-se dentro de um texto.
READING
A habilidade da leitura, ajuda no desenvolvimento da leitura em língua inglesa de
diversas maneira, como a análise das ideias, a leitura rápida, e de textos básicos,
favorecendo uma boa pronúncia da língua inglesa.
Em Língua Estrangeira, o leitor inicia seu processo de aprendizagem de leitura com
16 BERMAN (1984:139-159).
um conhecimento linguístico bastante diferente daquele do aprendiz de leitura em língua
materna.
No processamento textual interativo, o leitor deve elaborar os processos ao nível das
palavras, das frases, dos conceitos e do texto de modo simultâneo e interativo para que
consiga estabelecer relações de sentido com o texto. Para alcançar esse objetivo, o leitor
precisa desenvolver as habilidades de compreensão das palavras, das frases e do discurso.
Em língua estrangeira, o desenvolvimento dessas habilidades requer um certo domínio do
vocabulário e da estrutura gramatical básica dessa língua. Torna-se necessário, portanto,
que o leitor atinja um limiar de proficiência lingüística para que ele consiga ler textos em
língua estrangeira.
Ao processa-se um texto, não se processam suas letras, palavras e frases
isoladamente. Os processos em cada nível são influenciados pelos processos tanto de
níveis superiores, como de níveis inferiores.
O desenvolvimento das habilidades de leitura das palavras e das frases do texto
asseguram ao leitor o processamento ligado e engloba desde estratégias de leitura flexível
(scanning, skimming, etc.) e as estratégias de estudo para se obter o máximo de toda
informação disponível (título, diagramas, índice, etc.) até as habilidades necessárias para
que o leitor consiga processar as palavras, as frases, os conceitos e o valor comunicativo
do texto.
Ler em Língua Estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os diferentes
tipos textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma determinada comunidade
que utiliza a língua que se está aprendendo – literatura, publicidade, jornalismo, mídia.
Cabe ao professor criar condições para que o aluno seja um leitor crítico e que reaja aos
diferentes textos com que se depare. Para isso, o aluno deverá perceber que por trás de
cada texto há um sujeito, com uma história, com valores particulares e próprios da
comunidade em que está inserido e sempre carrega uma intenção. Além disso, o aluno
deverá ser capaz de perceber que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não
assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do
contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode
esquecer que a leitura se refere também aos textos não-verbais – estejam eles combinados
ou não com os textos verbais.
É claro que o leitor de língua estrangeira será um leitor diferente do leitor de língua
materna, não se pode esperar a mesma fluência, mas o que se deve garantir é que o aluno
receba subsídios para que consiga, gradualmente, compreender os enunciados na língua
alvo.
WRITING
A habilidade da escrita ajuda a identificar e expressar ideias através da escrita e de
atividades práticas desenvolvidas de forma a contribuir para que os alunos desenvolvam o
estilo de escrita e aprimorem sua capacidade de redação necessária no dia a dia e no
serviço.
Com relação a escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, deve ser significativa.
O aluno deve perceber que, entre outras coisas, há a necessidade de adequação ao
gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística adequada
(formal/informal). Ao realizar escolhas que dependem da sua intenção, do interlocutor a
que se dirige e da construção de um estilo, o aluno estará desenvolvendo a sua identidade e
se constituindo como sujeito crítico. Também na escrita, é fundamental que o professor
proporcione ao aluno subsídios para que ele consiga expressa-se na Língua Estrangeira.
SPEAKING
A habilidade da fala focaliza as funções gerais da língua inglesa como a conversação
geral, incluindo a pronúncia e o uso efetivo do inglês em situações reais.
O speaking enfatiza o desenvolvimento da habilidade de comunicação oral
necessária para uma participação efetiva em discussões em sala de aula.
É preciso levar o aluno a desenvolver a sua capacidade de expressar-se oralmente e
compreender enunciados orais. Para se atingir esse objetivo é necessário que se criem
condições de prática significativa, que o aluno pratique a sua oralidade para compreender e
produzir enunciados que sejam realmente plenos de significado – perguntar a um aluno “o
que é aquilo?”, apontando para um quadro que está na parede não é significativo;
significativo seria perguntar qual a sua impressão sobre o quadro, por exemplo.
É preciso que o aluno perceba que, mesmo oralmente, há uma diversidade de
gêneros, que existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes
situações, tal como ocorre na escrita e em língua materna.
Enfim, se o objetivo é que o aluno consiga interagir na Língua Estrangeira para
ampliar seu conhecimento de mundo e ser capaz de interferir criticamente na sociedade, é
necessário que ele desenvolva a sua capacidade de ler, escrever, produzir e compreender
enunciados orais.
Se o discurso, em seus infinitos gêneros e diferentes modalidades é o eixo do estudo,
esses conhecimentos deverão ser utilizados simultaneamente. Além disso, é preciso levar
em conta, que esse conjunto de conhecimentos perpassará as quatro práticas fundamentais
da realização da língua.
Essas práticas podem ser trabalhadas juntas, simultaneamente, ou pode enfatizar-se
uma ou duas delas, dependendo do discurso (verbal-oral/escrito ou não-verbal) com que o
aluno interage, do interesse dos aprendizes e das condições em que acontece a prática de
ensino-aprendizagem.
Tendo em vista a formação do aluno crítico e capaz de interferir na sociedade, o
ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira deverá assumir uma nova perspectiva. O eixo
central deverá ser o discurso nas suas infinitas possibilidades e propiciar aos alunos
subsídios para que sejam capazes de compreender e produzir significados na língua alvo,
superando as práticas tradicionais que fixavam o foco em regras gramaticais ou estruturas
específicas.
Para tanto, as práticas fundamentais da realização da língua – ler, escrever, falar e
compreender auditivamente – e os conhecimentos necessários para a sua efetivação
deverão ser trabalhados sempre juntos, pois são indissociáveis. Pode-se sim, enfatizar um
ou outro, dependendo do contexto, mas nunca estudar uma única prática ou um único
conhecimento isolado.
A apreensão simultânea desses elementos garantirá uma aprendizagem efetiva de
Língua Estrangeira, pois propiciará a interação do aluno, através do discurso, com a
cultura e os valores da língua alvo.
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