a consciÊncia histÓrica da inconfidÊncia mineira

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  • 8/18/2019 A CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA

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    PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785

     A CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DA INCONFIDÊNCIA MINEIRMateus de Moura Ferreira1

    RESUMO: O texto tem como propósito abordar alguns tópicos sobre o movimento inconfidente deflagrado nas Minas Gerais no ultimo quarto do século X

    tradição oral foi o primeiro veiculo de propagação da Inconfidência Mineira, tal instrumento definiu alguns mitos que posteriormente foram incorporados

    intelectuais do Republicanismo que construíram a imagem de Tiradentes como um mártir cívico associado a elementos religiosos de forte apelo popular,

    efeitos desta associação ainda estão presentes no imaginário popular.

    PALAVRAS CHAVE: Inconfidência Mineira – Tiradentes - República – mito

    1 – Introdução

    O estudo dos conflitos que ocorrerão no Brasil colonial, em

    especial nas Minas Gerais, invariavelmente abordará o conhe-

    cido movimento Inconfidente ocorrido no final do século XVIII,

    onde a elite da capitania contestou a opressão econômica per-

    petuada pela Metrópole portuguesa.

    O movimento Inconfidente foi deflagrado por ilustres re-presentantes da sociedade colonial das Minas, detentores de

    lavras mineiras, fazendas com vasta escravaria e títulos públi-

    cos como Tomas António Gonzaga, Claudio Manuel da Costa

    e Alvarenga Peixoto, mas, o movimento também contou com a

    participação de membros não tão abastados que permeados

    por ideais progressistas se imortalizaram na história do país,

    entre estes, a figura emblemática de herói nacional conferida a

    Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

    O mítico herói brasileiro, defensor da liberdade e opressão

    já foi objeto de inúmeras análises historiográficas de riquíssi-

    mo valor cultural2, isso mostra o valor atribuído ao personagem

    central da Inconfidência Mineira no imaginário brasileiro, princi-

    palmente após o fim do período monárquico.

     A análise da consciência histórica3  que a figura de Tira-

    dentes legou ao imaginário nacional é fruto de uma política de

    simbologismo e misticismo, perpetuada pelos republicanos no

    fim do século XIX onde a necessidade de heróis nacionais se

    mostrava latente na construção da identidade nacional.

    Desde então, a Inconfidência Mineira é considerada o mar-

    co inicial do processo de independência do Brasil Colonial que

    culminou4 no 7 de setembro de 1822. Analisar este movimentosob o prisma do discurso perpetuado pelos seus interpretes

    extemporâneos na construção de uma identidade nacional é o

    objeto deste artigo.

    2 – Tópicos sobre a inconfidência mineira

     A capitania de Minas Gerais foi durante o século XVIII o

    grande triunfo da coroa portuguesa, imensas jazidas de ouro

    e diamantes foram descobertas por desbravadores pau

    na região no final do século XVII levando a região das Min

    um rápido desenvolvimento urbano e cultural durante o sé

    posterior5.

     A Vila Rica de Ouro Preto6, encravada na região da S

    o Espinhaço, aos pés do Pico do Itacolomi, rodeada po

    quenos vilarejos mineradores que hoje vivem a decadênctempo, era o centro efervescência cultural, política e econô

    da capitania de Minas Gerais. Nesta comarca, reuniam-s

    principais lideranças administrativas e religiosas da Capit

    o conhecimento letrado oriundo da Universidade de Coim

    em Portugal desfilava pelas vielas apertadas e úmidas d

    gar a sombra de igrejas barrocas e casarões setecentistas

    seleto7 grupo de homens influentes articulava um process

    ruptura com os desmandos da Metrópole Portuguesa, i

    nados pela Revolução Americana que ecoou seus gritos

    terras tupiniquins.

    Os autos da devassa relacionam como alguns dos p

    pais integrantes do movimento: Tomas Antonio Gonzaga,

    cio José de Alvarenga Peixoto, Luis Vaz de Toledo Piza, J

     Álvares Maciel, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Joã

    Costa Rodrigues, José Resende Costa( pai e filho), Domi

     Abreu de Oliveira, Padre José da Silva Rolim, Manuel R

    gues Costa, Cônego Luís Vieira e Joaquim José da Silva Xa

    o Tiradentes8.

    Diante das dificuldades que o regime colonial trazia a

    pitania, cada vez mais a insatisfação com os desmando

    coroa lançava seus efeitos pelos rincões da terra, altos triba eminência da derrama9, imposições arbitrárias da cúpula

    ministrativa, argumentos que os inconfidentes acreditavam

    ver o espírito da população a sua causa, deflagrando o a

    popular na concretização da revolta.

     Acasos do destino impossibilitaram a ocorrência da R

    lução, como em um ato religioso que futuramente seria c

    parado ao feito, traidores delataram o movimento insurg

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    da capitania, rapidamente, o aparelho burocrata lançou sobre

    os revoltosos sua ira, o cárcere, a tortura e o fim de um sonho

    libertador sucumbia nas masmorras do Antigo Regime

      Diante disso, surge a figura de Joaquim José da Silva

    Xavier, por peculiaridades que o destino impõe aos mártires, o

    alferes Tiradentes foi e será sempre o incógnito homem oriun-

    do da comarca de Rio das Mortes, descendente de uma famí-

    lia tradicional da região, versado nas ciências naturais e ofíciosmédicos, feroz combatente da trupe maléfica do “Montanha”

    que saqueava os viajantes da Estrada Real na altura da Serra

    da Mantiqueira, projetista de aquedutos no Rio de Janeiro, fre-

    qüentador de tabernas e outros ambientes hostis a sociedade

    colonial, idealizador da liberdade ou mesmo um autentico repu-

    blicano engajado.

      O Alferes10, este homem singelo e peculiar, foi um

    grande articulador do movimento separatista, a sua habilidade

    médica lhe concedia um livre transito na comunidade mineira,

    difundir as idéias debatidas pelo círculo literato em Vila Rica era

    sua missão, regimentar novos entusiastas para o movimento setornava rotina, o alferes

    desenvolvia um papel crucial na trama e seus algozes não

    iriam deixar isso passar despercebido11.

      A terrível sentença imposta ao revolucionário,foi um

    dos elementos apropriados pelas futuras gerações na constru-

    ção do mito martirizado do alferes, a tradição inoculou seu suplí-

    cio no cárcere e a altivez perante a morte12 como ingredientes da

    memória nacional. Enforcado e esquartejado, o homem rústico

    das Minas Gerais ingressa no panteão da história como o herói

    da contestação do julgo dominador, liberdade ainda que tardia

    seria a tônica no século XIX.

    3 - Tiradentes e a Republica: a construção do mito

     Alguns dos primeiros escritos sobre a Inconfidência Mineira

    e o suplício de Tiradentes encontrados no fim do século XIX as-

    sim tratam do tema:

    “O heróico dentista, calmo e grave, foi levado, en-vergando a túnica dos condenados da prisão(...) acompanhado por dois padres e guardado por100 baionetas. Continuou sua adoração da Trin-

    dade e da Encarnação até chegar ao cadafalso. Ali, ofereceu ao carrasco seu relógio de ouro. Suasúltimas palavras, depois de repetir, com o confes- sor, o Credo de Atanásio, foram: “Cumpri minhas palavras, morro pela liberdade”. A gloriosa confis- são foi abafada por um rufar de tambores e soar decornetas. Às 11 horas, foi enforcado até a morte,decapitado e esquartejado, por um carrasco negro

    e seus ajudantes.(...)Assim, tragicamente e  sangue, terminou a “comédia”, no mesmo ano assistiu à decapitação do Bourbon; e mal se p sara uma geração, a Árvore da Liberdade e ddependência, regada pelo sangue do republicTiradentes, cresceu e espalhou seus ramos soo País.”( Burton, Richard Francis. Viagem do

    de Janeiro a Morro Velho. Belo Horizonte: ItatSão Paulo: Ed. USP, 1976. p.293)

    “...tinha 15 anos quando lhe noticiaram moraRua da Alfândega uma preta de nome Jacinta,contava perto de 120 anos.Conversando comque se achava no mais perfeito juízo, ela conque morava na rua dos Ciganos( atual Consção) quando se deu a execução de Tiradee que vira desfilar o préstito de volta da IgrejaLampadosa; que o mártir levava uma alva, tinh

     pescoço uma corda e nas mãos um crucifixo.  se lembra como se fosse hoje (disse ela) qucortejo parara à porta de sua casa, onde um fr lhe pedira um copo com água para dar ao con nado, no que ela foi buscar a água que o conddo bebeu com sofreguidão; que Tiradentes tin andar vacilante e uma fisionomia que causavaque ela então acompanhará o préstito até a foque ficava mais ou menos no ponto em que h se acha o Arquivo Nacional.”( Lima, Hermeto.

    que lugar foi enforcado Tiradentes? Jornal do  sil, Rio de Janeiro, 21 de abril de 1937, p.6)

    Observa-se nas passagens supra citadas a tópica reco

    te no século XIX sobre a Inconfidência Mineira e principalme

    memória relativa a morte do alferes, apesar de escrito no sé

    XX em pleno Estado Novo, a citação remete a lembrança

    autor oriundas do início do período republicano, momento

    que o imaginário passa viver com intensidade a história da R

    lução das Minas. Deve-se ressaltar que o fim do período mo

    quico e o início do republicanismo foi um momento de afirm

    do positivismo lógico obre o antigo regime, assim, relembrfiguras que combateram a retórica absolutista foi um exer

    primordial da elite acampada no poder que se inaugurava.

    O historiador americano Kenneth Maxwell na sua “Dev

    da Devassa” assim diz:

    “O heróico dentista, calmo e grave, foi levadovergando a túnica dos condenados da prisão acompanhado por dois padres e guardado

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    100 baionetas. Continuou sua adoração da Trin-dade e da Encarnação até chegar ao cadafalso. Ali, ofereceu ao carrasco seu relógio de ouro. Suasúltimas palavras, depois de repetir, com o confes- sor, o Credo de Atanásio, foram: “Cumpri minhas palavras, morro pela liberdade”. A gloriosa confis- são foi abafada por um rufar de tambores e soar

    de cornetas. Às 11 horas, foi enforcado até a mor-te, decapitado e esquartejado, por um carrasco negro e seus ajudantes.(...)Assim, tragicamentee com sangue, terminou a “comédia”, no mesmo ano que assistiu à decapitação do Bourbon; e mal se passara uma geração, a Árvore da Liberdade eda Independência, regada pelo sangue do republi-cano Tiradentes, cresceu e espalhou seus ramos sobre o País.( Burton, Richard Francis. Viagem doRio de Janeiro a Morro Velho. Belo Horizonte: Ita-tiaia; São Paulo: Ed. USP, 1976. p.293)

    Nas três passagens acima, escritas em contextos históricos

    diferentes, a figura do alferes e os pressupostos axiológicos da

    Inconfidência se adéquam ao discurso dominante de cada épo-

    ca na qual foram reproduzidas; eis um indÍcio de como a ma-

    nipulação da memória pode se adequar a horizontes distintos.

     A figura do alferes cercada de mistérios e heroísmo seduziu

    os artistas do final do século XIX, podemos citar Aurélio de Fi-

    gueiredo, Décio Villares, Pedro Américo, Eduardo de Sá e José

    Walsht13; todos eles construíram imagens que se adequaram as

    necessidades, a criação e o enraizamento dos mitos políticos

    que têm nas manifestações artísticas um elo de prospecção e

    afirmação; as representações da Inconfidência e principalmente

    de Tiradentes trazem a tona a idéia de liberdade, coragem, ab-

    negação, sacrifício, patriotismo — são parte integrante das ex-

    periências sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira,

    desde o século XVIII14.

     A figura republicana do mártir mineiro bem como a tradição

    que se instituía nestas imagens, refletia os anseios populares e

    elitistas de então, no limiar do século XX, permeado por idéias

    positivistas, surgia a construção de uma memória nacional atra-

    vés da representação romântica de seus personagens. A inconfidência estava viva na memória popular, mas ainda

    era um tema árduo para a elite culta do Segundo Reinado, pois

    o proclamador da independência era neto de D. Maria I, a rainha

    alvo dos rebelados inconfidentes15, o Brasil durante boa parte

    do século XVIX foi governando pela família Bragança, daí a difi-

    culdade em encontrar estudos consistentes neste período sobre

    o acontecimento mineiro. Com a queda da monarquia a figura

    do alferes passa a ser exaltada por meios oficias, uma trad

    nacional tem início, estátuas, quadros, ruas, avenidas, pra

    parques, medalhas são alguns dos instrumentos de propaga

    da memória da Inconfidência, principalmente de Tiradentes

    Sabiamente, os artistas republicanos apelaram a trad

    cristã do povo, criaram um Cristo cívico através de Tiradent

    assim, a consciência histórica segue a tradição instituída

    representações artísticas do final do século XVIX refletidahoje, um exemplo é a Medalha da Inconfidência concedida

    Governo do Estado de Minas Gerais no dia 21 de abril,

    da morte do alferes as pessoas de destaque na execução

    valores cívicos.

    4- Conclusão

    O estudo da Inconfidência Mineira ainda carece de m

    atenção, alguns pontos obscuros na biografia dos integra

    do movimento bem como no planejamento do levante são

    térios clamando pela elucidação, ocorre que a fascinação d

    movimento colonial, um folhetim de intrigas novelescas e ações heróicas constitui boa parte da memória cívica naci

    O alferes Tiradentes, herói republicano, Cristo cívico, márt

    liberdade nada mais é que uma figura humana, com me

    paixões; construir a identidade de um homem distante das

    lizações heróicas que a consciência histórica nós legou atr

    da tradição é um desafio aos pesquisadores contemporân

    talvez assim, pode-se conhecer melhor quais os fatores

    impulsionaram a construção da nação brasileira.

     REFERÊNCIASBurton, Richard Francis. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho.

    Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. USP, 1976. p.293.

    Carvalho, Jóse Murilo de. A formação das almas: o imaginário da R

    blica no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

    Fonseca, Thaís Nívea de Lima e Fonseca. A Inconfidência Mineira

    radentes vistos pela Imprensa: a vitalização dos mitos (1930-1960)

    vista Brasileira de História. São Paulo, v. 22, nº 44, pp. 439-462, 200

    Junior, Augusto de Lima. História da Inconfidência de Minas Gerais

    Horizonte: Itatiaia, 1996.

    Lima, Hermeto. Em que lugar foi enforcado Tiradentes? Jornal do B

    Rio de Janeiro, 21 de abril de 1937, p.6

    Luiz Carlos Villalta / Maria Efigênia Lage de Resende.História das M

    Setecentistas. vol 2. Belo Horizonte: Autêntica Editora / Companh

    Tempo, 2007.

    Maxwell, Kenneth. A devassa da devassa: A inconfidência Mineira

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    sil-Portugal - 1750-1808. São Paulo: Paz e Terra S/A, 2002.

    Vasconcelos, Diogo. História Média de Minas Gerais. Belo Horizonte,

    Itatiaia, 1974.

    História antiga de Minas Gerais. Belo Horizonte, Itatiaia, 1974.

    NOTAS DE RODAPÉ

    1. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Newton Paiva.

    2. “A formação das almas” (José Murilo de Carvalho), “Viagem do Rio

    de Janeiro a Morro Velho” (Richard Burton), “História da Conjuração

    Mineira” (Joaquim Norberto de Sousa Silva), “Arena contra Tiradentes”

    ( Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri) entre outros.

    3. Se a Inconfidência Mineira tem sido elemento de suporte a uma de-

    terminada construção historiográfica e a projetos e posicionamentos

    políticos desde as últimas décadas do século XIX, Tiradentes desponta

    como seu símbolo, síntese das idéias das quais o movimento seria o

    precursor, no Brasil.Ele se tornou, talvez, o personagem mais popular da

    história nacional, adquirindo contornos heróicos e status de mito político.

    (Fonseca, 2002, p.440)

    4. Será que realmente a Independência do Brasil ocorreu em 1822, ana-

    lisar por exemplo o judiciário brasileiro após este período nos leva a crer

    que não, uma vez que instâncias superiores da Justiça ainda se encon-

    travam alojadas em Portugal. Os marcos historiográficos de rupturas

    como o 7 de setembro podem conter contradições como a supra citada.

    5. (Vasconcelos, 1974)

    6. Vila Rica, a opulenta cidade do ouro negro fica a cerca de 15 dias de

    caravana de mulas da sede do vice-reinado, Rio de Janeiro. A estrada

    para a zona montanhosa brasileira, atravessando densa floresta tropicale contornando escarpas vertiginosamente altas, era perigosa e espeta-

    cular. (Maxwell, 2005, p. 108)

    7. Os autos da Devassa, instrumento judicial que condenou os Inconfi-

    dentes, traz a relação dos participantes deste movimento, mas, deve-se

    indagar afinal se houve mais integrantes no movimento uma vez que a

    parcialidade foi a tônica deste processo judicial.

    8. (Junior, 1996)

    9. A Derrama consistia na cobrança do que faltava para completa o míni-

    mo de cem arrobas de ouro anuais devidos a coroa. (Junior, 1996, p. 80)

    10. Em Vila Rica, no Rio de Janeiro, no Tijuco e nas ondas dos matos,

    estava sempre Joaquim José a praticar o ofício de médico e dentista,

    aprendendo com os velhos profissionais, dos quais se fazia amigo por

    seu temperamento prestativo e amável. (Junior, 1996, p. 68)

    11. A sentença condenou Tiradentes à forca, a ter a cabeça cortada e

    exibida sobre uma alta estaca, no centro de Vila Rica e mais, a ter o cor-

    po esquartejado e suas partes expostas nas vias de acesso à cap

    e naqueles lugares por ele mais frequentado. (Maxwell, 2005, p. 22

    12. A tranqüila dignidade com que Tiradentes enfrentou a morte f

    dos poucos momentos heróicos do fracasso sombrio. (Maxwell,

    p. 222)

    13. (Carvalho, 2011)

    14. (Fonseca, 2002, p.441)

    15. (Carvalho, 2011, p. 59)

    16. (Carvalho, 2011, p. 67)