a concessão do vale transporte

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A CONCESSÃO DO VALE-TRANSPORTE Luiz Antônio Pinto* O vale-transporte para o deslocamento residência trabalho e vice-versa é um direito garantido ao empregado desde 1985 e sua aplicabilidade depende do empregado manifestar o seu pedido, especificando qual o tipo e a quantidade de condução utilizada para esse deslocamento. Da mesma forma, caso não haja o interesse na sua utilização (quando o deslocamento não depende de transporte público) é importante que o empregador tenha em seu poder “Termo de Renúncia” desse benefício pelo empregado, evitando-se assim, no futuro, questionamentos judiciais pela sua não- concessão. É estabelecido pela legislação que o empregado não pode arcar com mais de 6% de seu salário base no custeio de sua locomoção e retorno para o trabalho. É comum vermos o ex-empregado pleitear na justiça trabalhista indenização pela falta da concessão do vale- transporte. Vejamos uma situação hipotética, onde o empregado tinha como salário nominal R$ 1.000,00 e utilizava quatro conduções por dia de trabalho, com jornada de segunda a sexta-feira, e ainda que o valor da passagem utilizada fosse de R$ 1,75. DEMONSTRATIVO DA APURAÇÃO DO VALOR DO VALE-TRANSPORTE DEVIDO Atualizado para 16/04/2003 Mês/Ano Quantidade de passagens devidas Valor unitário da passagem Custo total do vale- transporte devido Encargos Fator de atualização Valor atualizado Empregado Empresa Jul/01 80 1,75 140,00 54,00 86,00 1,0586500 91,04 Ag/01 92 1,75 161,00 60,00 101,00 1,0560720 106,66 Set/01 76 1,75 133,00 60,00 73,00 1,0524560 46,83 Out/01 88 1,75 154,00 60,00 94,00 1,0507460 98,77

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Regras sobre concessão vale transporte.

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Page 1: A Concessão Do Vale Transporte

A CONCESSÃO DO VALE-TRANSPORTELuiz Antônio Pinto*

O vale-transporte para o deslocamento residência trabalho e vice-versa é um direito garantido ao empregado desde 1985 e sua aplicabilidade depende do empregado manifestar o seu pedido, especificando qual o tipo e a quantidade de condução utilizada para esse deslocamento.

Da mesma forma, caso não haja o interesse na sua utilização (quando o deslocamento não depende de transporte público) é importante que o empregador tenha em seu poder “Termo de Renúncia” desse benefício pelo empregado, evitando-se assim, no futuro, questionamentos judiciais pela sua não-concessão.

É estabelecido pela legislação que o empregado não pode arcar com mais de 6% de seu salário base no custeio de sua locomoção e retorno para o trabalho.

É comum vermos o ex-empregado pleitear na justiça trabalhista indenização pela falta da concessão do vale-transporte.

Vejamos uma situação hipotética, onde o empregado tinha como salário nominal R$ 1.000,00 e utilizava quatro conduções por dia de trabalho, com jornada de segunda a sexta-feira, e ainda que o valor da passagem utilizada fosse de R$ 1,75.

DEMONSTRATIVO DA APURAÇÃO DO VALOR DO VALE-TRANSPORTE DEVIDO Atualizado para 16/04/2003

Mês/Ano

Quantidade de

passagens devidas

Valor unitário da passagem

Custo total do vale-

transporte devido

EncargosFator de

atualização Valor

atualizadoEmpregado Empresa

Jul/01 80 1,75 140,00 54,00 86,00 1,0586500 91,04

Ag/01 92 1,75 161,00 60,00 101,00 1,0560720 106,66

Set/01 76 1,75 133,00 60,00 73,00 1,0524560 46,83

Out/01 88 1,75 154,00 60,00 94,00 1,0507460 98,77

Nov/01 84 1,75 147,00 60,00 87,00 1,0476940 91,15

Dez/01 80 1,75 140,00 60,00 80,00 1,0456790 83,65

Jan/02 88 1,75 154,00 60,00 94,00 1,0436090 98,10

Fev/02 80 1,75 140,00 60,00 80,00 1,0409120 83,27

Mar/02 80 1,75 140,00 60,00 80,00 1,0396950 83,18

Abr/02 88 1,75 154,00 60,00 94,00 1,0378700 97,56

Mai/02 84 1,75 147,00 60,00 87,00 1,0354290 90,08

Jun/02 80 1,75 140,00 60,00 80,00 1,0332870 82,66

Jul/02 92 1,75 161,00 60,00 101,00 1,0316250 104,19

Ago/02 88 1,75 154,00 60,00 94,00 1,0288930 96,72

Set/02 84 1,75 147,00 60,00 87,00 1,0263460 89,29

Out/02 92 1,75 161,00 60,00 101,00 1,0263460 103,46

Nov/02 80 1,75 140,00 60,00 80,00 1,0215160 81,72

Page 2: A Concessão Do Vale Transporte

Dez/02 64 1,75 112,00 46,00 66,00 1,0188220 67,24

Total atualizado: 1.625,57

*Luiz Antônio Pinto é gerente do produto Cálculos Trabalhistas, do Grupo Catho. É formado em Economia, com especialização em Administração de Pessoal (Trabalhista e Previdenciária). Tel.: (11) 3177-0700, ramal 310.