a coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · quão bom e quão suave é que os...

14

Upload: phungphuc

Post on 24-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre
Page 2: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

"A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento." Platão

ovamente nos encontramos em mais uma edição. A cada Editorial, temos a oportunidade de chamar à reflexão nossos leitores sobre fatos de nosso

cotidiano, que, se não forem evidenciados e exaustivamente abordados, passarão à condição de aceitáveis, normais.

N

Normal, segundo o Dicionário Aulete, é o que não foge, em termos de comportamento, à regra da maioria das pessoas.

A falta de compromisso das pessoas com a coletividade, como se não estivessem inseridas em uma sociedade, focando, apenas, seus interesses particulares, através das lentes do materialismo, onde o verbo “mais que perfeito” a ser conjugado é o “Ter”, e ter cada vez mais, franqueia toda sorte de oportunidades aos “espertinhos” de plantão.

A exemplo da política que, apenas, gera interesse, se é que gera algum interesse ao brasileiro, no dia da votação. Passados alguns meses, muitos eleitores descomprometidos com o futuro do país - quando falamos futuro do país, referimo-nos ao nosso futuro - nem sequer lembram o nome do candidato em que votaram. Acompanhar sua atuação no desempenho do cargo, para o qual foi eleito, é pedir demais para um povo que troca seu voto por uma cesta básica ou um saco de cimento!

Os escândalos de corrupção, envolvendo nossos políticos, se tornaram “normais”, aceitáveis. Já não mais criam indignação, não mais aborrecem. São tão normais, que despertaram o humorista dentro de cada um, como uma sucursal do “Casseta e Planeta”, e se passou a fazer piada de tudo isso. Muito inteligente, rir de si próprio!

Queremos acreditar que nosso Grito de Alerta, um dia, desperte a consciência de alguns. Utopia ou não, continuaremos comprometidos com a solução e, jamais, por omissão, com o problema.

As pessoas precisam, mais do que nunca, reeducar-se. A começar no seio de seus lares, como pais e mães, pautando suas ações na moralidade, na ética. Dando bons exemplos, mesmo nas pequenas ações praticadas, pois são, e sempre serão, referência para alguém,

principalmente para seus filhos. Esta edição de junho, assim como as anteriores, vem

elucidar nossos leitores em vários temas. A matéria “A Bem da Ordem, da Verdade e do Conhecimento”, de autoria do Irmão Fernando Gueiros, é um belo exemplo disso, portanto, merecendo abrilhantar a coluna Destaques. Ainda, abrilhantando essa coluna e com o mesmo propósito e mérito, destaco a matéria “O Evangelho de São João e o Salmo 133”, de autoria do meu Confrade e Padrinho na Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, o acadêmico Jeová Neves Carneiro. Chamo especial atenção para a matéria de minha lavra, ilustrando a coluna Trabalhos, “O Processo Pedagógico Maçônico”, que visa conscientizar os Irmãos de que nossa Ordem, por ser uma Escola de Iniciação e ter suas instruções baseadas em símbolos, visa ao despertar do nosso mental abstrato, levando-nos a buscar sua interpretação nas entrelinhas, e não na letra que mata.

Na coluna Os Grandes Iniciados, a matéria “Os Essênios”, de autoria de Giselda Sbragia, revela peculiaridades de uma das Escolas de Mistérios por onde passou Jeoshua Ben Pandira, Jesus, o Cristo, durante seu processo de Iniciações, período dos 14 aos 30 anos, até se manifestar como o Avatara da Era de Piscis.

De autoria de Silvestre da Costa, a matéria que ilustra a coluna Reflexões, intitulada “Seja Feliz”, é a expressão mais sincera de nossa Revista Arte Real aos nossos diletos leitores. Como “Normal” é o que não foge, em termos de comportamento, à regra da maioria das pessoas, convocamos a todos a ecoarem nosso “Grito de Alerta”, na tentativa de reverter esse quadro caótico, a fim de que a dignidade, a honradez, o respeito ao próximo, o altruísmo, a moralidade, a ética, enfim, os bons exemplos voltem a ser os valores “Normais” de uma pátria, que, embora, ainda, desconheça tal fato, por força da Lei Divina, está destinada a ser o berço de uma nova civilização e da manifestação do Avatara da Era de Aquarius.

Ah, sim! Você lembra em quem votou nas últimas eleições? Bem, deixa isso pra lá!

Temos um encontro marcado na próxima edição!?a b

Capa – O Processo Pedagógico Maçônico......................CapaEditorial.....................................................................................2Destaques - A Bem da Ordem, da Verdade e do Conhecimento...3 - O Evangelho de São João e o Salmo 133............................4Informe Cultural - O Homem Passa, Mas Seu Trabalho é Imortal............6

Os Grandes Iniciados - Os Essênios.........................................7Ritos Maçônicos - Grande Priorato do Brasil.........................9Trabalhos - O Processo Pedagógico Maçônico.........................10 - São João Padroeiro da Maçonaria.......................11 - A Acolada na Consagração e na Investidura....13 Reflexões - A Crise.....................................................................13 - Seja Feliz.................................................................13

Page 3: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

A Bem da Ordem, da Verdade e do ConhecimentoA Bem da Ordem, da Verdade e do Conhecimento

Fernando Gueirosem sido muito discutida a origem da Maçonaria, tema, aliás, caprichosa e excessivamente abordado, com relatos e com devaneios absurdos. Há,

porventura, aqueles que acham que sua existência já era notada no Paraíso, no Éden, sendo o primeiro Maçom, Adão. Daí poder escalar todos os descendentes bíblicos é, apenas, pegar de lápis e papel e lá colocar que fulano, sicrano ou beltrano eram maçons. Aliás, o papel aceita qualquer espécie de texto, do lógico ao ilógico, do verossímil ao mais inverossímil.

T

Pois, bem, o mais aceito e mais facilmente documentável é sua existência vir das corporações, formadas de hábeis e diversos trabalhadores, que deteriam seu mister em segredos pessoais, para assim valorizarem sua arte e seus nomes. Alguém, até hoje inominado, resolveu cooptar 2, 3 ou mais hábeis trabalhadores, para, juntos, desenvolverem seus conhecimentos e misteres, pois, assim, ficariam mais fortes ainda. Nascem as corporações, pois a idéia é de forte base.

Essas corporações de trabalhadores manuais, por certo se espelharam em corporações, inúmeras, já existentes, de ordens religiosas, filosóficas, alquimistas, etc. Nelas, era mais facilmente recrutável o elemento humano, sem a especificidade de ser religioso, de ser alquimista, etc., talvez, por isso, tenha-se tornado maiores e mais numerosas, quanto mais diversos eram seus componentes.

Estes se reuniam mais intensamente em tabernas. Estas tinham uma função social muito importante naquela época (período medieval); serviam para descontraídas reuniões de entidades associativas e de intelectuais, para trocas de idéias e para o aperfeiçoamento.

Quando e como resolveram dar a nomenclatura de Maçonaria, ou a primeira corporação a assumi-la, jamais me atreverei a dizer, pois, de todos os relatos, havidos de contemporâneos de menos de um século, nenhum tem a afirmativa concreta.

Todavia, com certeza, podemos falar da Ordem Maçônica a partir de 1715, mais precisamente, a partir de 1717, quando foi criada a primeira Potência Maçônica, em 24 de junho (numa quinta-feira, dentro do solstício de verão e das festas de São João Batista), a qual se chamaria Grande Loja de Londres, formada por 04 lojas antigas, cujos nomes eram retirados das tabernas onde se reuniam: The Goose and Gridiron (O ganso e a grelha), The Aplle Tree (A Macieira), The Crown (A Coroa) e The Rummer and Crapes (O Copo e as Uvas).

Outro fator, que viria sedimentar a Maçonaria, foi a criação do primeiro Templo Maçônico, com a pedra fundamental, lançada a 1º de Maio de 1775 (numa segunda-feira), inaugurado e consagrado a 23 de Maio de 1776 (uma quinta-feira). Este Templo, ou Templos (pois eram vários) eram

chamados de Freemasons Hall. Já se haviam passados quase 59 anos, desde a criação da Grande Loja Inglesa.

Ainda, por curiosidade, no lançamento dessa Pedra Fundamental, foi colocada uma placa com a seguinte inscrição:

“Anno Regni Georgii Tertii Quindecimo, Salutis Humanae, MDCCLXXV, Mensis Maii Die Primo, Hunc Primum Lapidem, Aulae Latomorum (Anglice, Free and Accepted Masons) Posuerit Honoratissimus Rob. Edv. Dom. Petre, Baro Petre, de Writlle, Summus Latomorum Angliae Magister; Assidentibus Viro Ornatissimo Rowlando Holt, Argimero, Summi Magistri Deputato; Viris Ornatissimis Joh, Hatch, Et Hen, Dagge, Summis Gubernatoribus; Plenoque Coram Fratrum Concursu; Quo Etiam Tempore Regum, Pricipiumque Virorum Favore, Studioque Sustentatum – Maximus Per Europam Honores Occupaverat Nomem Latomorum, Cui Insuper Nomini Summum Angliae Conventum Praeesse Fecerat Universa Fratrum Per Ordem Multitudo e Coelo Descendit”.

Surgia, assim, a Maçonaria ordenada, com Leis e Diretriz. Outra mudança, que se tornaria fundamental para a Maçonaria Universal, e não, apenas, para a Inglesa, como assim pretendia, foi a criação da Potência Maçônica Francesa, dissociada da pretensão de uma Maçonaria obediente à lógica inglesa. Fez-se, a partir daí, uma Revolução Maçônica, diria, até, um cisma.

Esta é a Maçonaria não-mitificada ou mistificada, todavia, ressalto ser fundamental entendê-la como um “ser vivente”. Ela pulsa, ela pensa, ela vibra. A Maçonaria está dentro de nós. Ai daquele que pensa estar dentro da Maçonaria! Ai daquele que pensa que Grau Honorífico significa sapiência máxima! Este, jamais, deveria passar do segundo grau, talvez, nem devesse ter sido elevado, quanto mais exaltado.

Usa a Maçonaria e os Maçons a tripontuação, que significaria: O “Ne Varietur” (para que não se mude). A tripontuação foi muito usada no final dos textos canônicos por inúmeras editorias e editoras, para autenticá-los e para, nunca, nada ser mudado, permanecendo sua autenticidade. Usavam tanto o termo em latim "Ne Varietur", que alguns pensam ser francês, pronunciando Né Varieté, quanto a seqüência de três pontinhos (∴) Deverá haver, porventura, outras explicações, que espero aprender.

"Saber hoje mais do que ontem.” ?a b

Page 4: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

O Evangelho de São João e o Salmo 133O Evangelho de São João e o Salmo 133

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É comoo óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que

desce à orla de seus vestidos. Como o orvalho do Hermon, que desce sobre o monte de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre!”

Jeová Neves Carneiro*egundo alguns autores, a Maçonaria nasceu, cresceu e floresceu à sombra da Igreja, inicialmente, a Católica Romana, e, posteriormente, a Anglicana, a

partir de 1539.

SA Maçonaria especulativa tem suas origens na

Inglaterra, quando, em 24 de junho de 1717, ocorre a unificação da Maçonaria Inglesa, a partir da união de quatro Lojas Maçônicas, originando o Grande Loja de Londres, posteriormente, a Grande Loja Unida da Inglaterra, em 1813.

Na Maçonaria, os ensinamentos internos sempre foram influenciados pela Igreja. Em 1290, o rei Eduardo I expulsou os Judeus da Inglaterra (Grã-Bretanha); com isso, tudo o que era relacionado ao Velho Testamento foi banido juntamente com os Judeus.

Segundo Assis Carvalho & Salles Paschoal, o primeiro volume da Lei Sagrada, colocado em um Altar Maçônico, foi manuscrito do Evangelho, Segundo São João.

A primeira Bíblia impressa é a Alemã, por Guttenberg, em 1534, e a primeira impressa em inglês é de 1545. Na Inglaterra, portanto, só constava o Novo Testamento. O Evangelho, Segundo São João, passou para a posteridade da Maçonaria como sendo o Volume da Lei Sagrada.

O retorno dos Judeus à Inglaterra ocorreu a partir do ano de 1756, logo o Salmo 133 só veio para a Maçonaria recentemente.

O uso da Bíblia depende de cada Rito. No Rito de York, por exemplo, Ela é aberta, porém sem leitura. No Rito Alemão (Schröder), não se abre a Bíblia. No Rito Francês ou Moderno, foi abolido o uso da Bíblia na França. No Brasil, Ela retornou ao Triângulo dos Compromissos, em 08 de setembro de 1969, porém fechada.

No Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), é aberta em São João, onde são lidos os primeiros versículos (1, 1-5). No Brasil, adotou-se o Salmo 133. A adoção do Salmo 133 partiu das Grandes Lojas, após a cisão de 1927; posteriormente, foi adotado por outras Potências.

A leitura do Evangelho iniciava pelo primeiro capítulo e pelo primeiro versículo – “No início era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele e,

sem Ele, nada existiria. NEle estava a vida, e a vida era a Luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”.

Esses versículos representam, na realidade, a vitória da Luz sobre as Trevas. Segundo alguns autores, são fundamentais para o Grau de Aprendiz.

Page 5: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

Salmo 133: “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla de seus vestidos. Como o orvalho do Hermon, que desce sobre o monte de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre!”.

Quando da abertura dos trabalhos no Grau de Aprendiz, o Mestre de Cerimônias conduz o Irmão Orador ao Altar dos Juramentos, para a abertura do Livro da Lei e leitura do Salmo 133, que exulta a união entre os irmãos.

Salmo, do grego psalmos, tem o significado de instrumento musical feito de cordas. SALMO foi o nome dado aos hinos, destinados aos serviços corais do templo ou sinagogas de Israel. Em outras palavras, salmo significa cântico com o acompanhamento de um instrumento de cordas.

O Livro dos Salmos é uma coleção de 150 composições poéticas, as quais, através dos gêneros literários, apresentam conteúdo exclusivamente religioso.

Manifestam os mais variados sentimentos e circunstâncias, júbilo e pranto, triunfos e derrotas, tranquilidade e angústia, agradecimento e louvor, sempre com profunda suavidade.

O SALMO 133, Cântico dos Degraus de Davi, também, conhecido como o Salmo dos Peregrinos, é a peregrinação que faz o irmão para refrigerar sua alma, para fortalecer o seu corpo espiritual.

Descrevendo os termos citados no Salmo 133, tais como o óleo (“... é como o óleo precioso...”), era um perfume raríssimo, cuja fórmula era segredo da tribo de Levi, à base de óleo de oliva, mirra, canela aromática, cálamo aromático, cássia e várias especiarias, era para ser usado unicamente pelo Sacerdote; como “... a barba de Arão...”, pois a barba era considerada símbolo da austeridade moral. Os Israelitas, a que pertencia Arão, evidenciavam especial estima pela barba; a ela conferiam forte merecimento, que externava, pela sua aparência, sua própria dignidade; como “... Arão...”, por ser Ele membro da tribo de Levi, irmão de Moisés e seu principal colaborador, quando da libertação do jugo dos egípcios, possuindo um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus; como “... que desce à orla de seus vestidos...”,

já que essas vestes se revestiam de especial significado litúrgico e ritualístico, pertencendo àqueles que tinham por missão exercitar atos religiosos; “... o orvalho...”, porque representa todo o esplendor da natureza, com suas gotículas, os nutrientes da terra ávida de alimento; como “...do Hermon...”, uma vez que o Hermon é o ponto culminante do Maciço rochoso, situado ao sul-sudeste do Líbano, do qual se separa por um vale profundo e extenso, onde se cultivam cereais e frutos em abundância, em função do referido orvalho, que desce do topo desse monte, formando inúmeros regatos; como “...monte de Sião...”, já que tal monte é chamado de Monte de Deus; o Senhor o escolheu para sua morada, constituindo um refúgio seguro e inabalável; como “... porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre...”, pois a benção é a invocação das graças de Deus sobre o ser que a recebe. Para os Semitas, ela possui força própria, por isso é capaz de despertar a sua potencialidade energética, carregada de energia dinâmica e magia.

Meus irmãos, após esse breve relato sobre o Salmo 133, conclui-se não ser simplesmente, a leitura que vai produzir os efeitos almejados por Davi; as palavras escritas devem ser analisadas, e seu conteúdo compreendido em todo o seu significado!

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união!”.

Pertinente essa peça do Ir∴Jeová, subsídio aos "puristas" do R∴E∴A∴A∴. Vale a pena ilustrar a instrução com um texto do Castellani:

"No verdadeiro Rito Escocês Antigo e Aceito, a abertura (e leitura) do Livro da Lei é feita no Evangelho de São João, 1, 1-5, já que esse texto, que mostra a vitória da Luz sobre as trevas, é fundamental para o 1° Grau, no Real Escocismo, em todo o mundo. Um costume, que, introduzido pelas Grandes Lojas brasileiras, a partir da sua instalação (em 1927, após cisão no Grande Oriente do Brasil), acabou sendo seguido pelo Grande Oriente, atingindo, até, algumas Obediências no exterior: a leitura do Salmo 133 (da Fraternidade), embora muito bonito e sugestivo, não é usado no original Rito Escocês."

O Rito Escocês Antigo e Aceito História - Doutrina - Prática - Editora "A Trolha" Ltda. 2ª Edição - 1996, pg. 236, n. 8. ?

*Membro Efetivo da AMLMS - Academia Maçônica de Letras de MS - Titular da Cadeira Vitalícia nº 20

a b

Page 6: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

O Homem Passa, Mas Seu Trabalho é ImortalO Homem Passa, Mas Seu Trabalho é Imortal

Francisco Feitosa Sul de Minas, através da 14ª Inspetoria Litúrgica do Supremo Conselho do Grau 33º do R∴E∴A∴A∴ da Maçonaria para a República Federativa do

Brasil, sente-se devidamente orgulhoso, por ter sido o palco de uma justa e merecida homenagem prestada a um Irmão que dedicou sua vida à Maçonaria e à causa DeMolay.

O

Antes mesmo de falarmos da homenagem, faremos uma breve apresentação do homenageado. Sim, breve, porque, se fôssemos abordar, apenas, suas virtudes, nos obrigaria lançarmos uma edição especial. Trata-se do querido e saudoso Maçom e DeMolay João Alexandre Rangel de Carvalho, 33º. Em sua curta trajetória de trinta e sete anos de existência nesse plano terreno, pôde angariar uma seleta plêiade de amigos e Irmãos.

Quis o G∴A∴D∴U∴ que, na última segunda-feira de 2008, dia 29 de dezembro, fosse o dia de seu embarque rumo ao Oriente Eterno. Em meio às comemorações natalinas e de final de ano, semana, em que nos despedíamos do Ano Velho e nos preparávamos para um esperançoso Ano Novo, nossos corações ficaram partidos, porque não dizer dilacerados, com a abrupta notícia do passamento do nosso querido Irmão João Alexandre.

A notícia repercutiu de forma estonteante, pegando a todos de surpresa. Na Internet, roubou a atenção e a alegria de todos nós. Durante semanas, foi o assunto principal em todas as listas maçônicas e de DeMolays de todo o Brasil. Já passados quase seis meses do fato, ainda, é difícil lembrar o episódio sem não nos emocionarmos.

Apesar de sua pouca idade, dedicou mais de 23 anos de intensa vida à Ordem, marcada por dedicação, profissionalismo, respeito ao próximo e muita alegria.

Deixou um vasto currículo que preenche quase trinta laudas, compreendendo diversos cursos e cargos ocupados. Uma infinita lista de premiações, comendas, diplomas, honrarias, participação em Encontros, Congressos, Seminários no Brasil e no exterior, na Maçonaria Simbólica e Filosófica, na Ordem DeMolay, na Ordem Internacional das Filhas de Jó e na Ordem Internacional Estrela do Oriente. Além das Ordens Maçônica e ParaMaçônica, também, foi atuante no Rotary Clube do Rio de Janeiro, Jacarepaguá, onde foi presidente.

Em 25 de novembro de 2005, a Câmara Municipal da Cidade do RJ o condecorou com a Medalha “Pedro Ernesto”, em reconhecimento a seus relevantes serviços.

Professor Licenciado em Inglês e detentor de grande fluência na mesma, assessorou o Soberano Grande Comendador, como interlocutor, em quase todas as suas viagens ao exterior.

Quando falamos dele, logo, vem-nos à lembrança seu peculiar sorriso, a alegria e a confiança com que encarava os mais difíceis desafios.

Quando deixamos o Rio de Janeiro, há quase três anos, optando por melhor qualidade de vida,

escolhemos morar no Sul de Minas Gerais. Assim que começamos a visitar as Lojas da

região, a fim de estreitarmos os laços fraternais com nossos Irmãos mineiros,

sabedores de nossa condição de Grande Inspetor Geral da Ordem, 33º, logo, sondaram-nos quanto à possibilidade da reativação de alguns Corpos Filosóficos existentes e da retomada dos estudos filosóficos, adormecidos

por décadas, o que obrigava os Irmãos a se deslocarem cerca de 200 km, para

darem continuidade aos estudos do Rito Escocês, restando-lhes, ainda, a opção de fazê-

los em um Supremo Conselho, que não o nosso..Tarefa difícil, sabíamos, principalmente, porque, na

oportunidade, a região tinha a vacância de seu Inspetor Litúrgico. Tratava-se da 10ª Inspetoria, que abrangia todo o Sul de Minas, cujo território, para se ter uma idéia da dimensão, é bem maior do que todo o do estado do Rio de Janeiro.

Consultamos nosso saudoso Irmão, então, Secretário Executivo do Supremo Conselho, quanto à possibilidade de nos ajudar nessa hercúlea empreitada para a reativação desses Altos Corpos, assunto, prontamente levado por ele ao conhecimento do Soberano Grande Comendador. E, ainda, naquele ano, na Reunião da Plenária da GLMMG, em setembro, em Belo Horizonte, foi empossado o Irmão Jorge Alfredo Félix Buttrós, 33º, suprindo a vacância daquela Inspetoria.

Page 7: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

Sua influência foi fundamental, nos auxiliando na reativação da Excelsa Loja de Perfeição Visconde do Rio Branco, no Oriente de São Lourenço, fato, ocorrido em março de 2008, com a presença de Comitivas do Supremo Conselho do RJ e BH. Observando a enorme dificuldade, para se administrar uma Região tão abrangente, foi um dos responsáveis direto pela divisão do Sul de Minas, em duas Regiões Litúrgicas, assessorando o Soberano Grande Comendador na criação da 14ª Inspetoria Litúrgica de MG, para a qual fomos empossado, em julho de 2008, abarcando a mesma 15 cidades. Com isso, facilitou, em muito, nosso trabalho, o que nos fez dar um salto qualitativo nos estudos do Rito, na região.

Novamente nos socorremos do nosso saudoso Irmão, quando da reativação do Sublime Capítulo Rosa-Cruz Tufy Matuck, no Oriente de Caxambu, adormecido há mais de uma década.

Lamentavelmente, o ano de 2008 não foi, apenas, de vitórias. O Senhor dos Mundos o chamou para o Oriente Eterno, deixando uma lacuna que, até então, não se sabe como preenchê-la.

Em reconhecimento ao belo exemplo de dedicação e profissionalismo, a 14ª Inspetoria Litúrgica, demonstrando sua eterna gratidão, ao fundar o Conselho de Cavaleiros Kadosch, prestando uma justa homenagem, escolheu como seu Patrono nosso querido e saudoso Irmão João Alexandre Rangel de Carvalho.

O Conselho foi fundado na cidade Sul Mineira de Conceição do Rio Verde, no dia 18 de março de 2009, em homenagem à Ordem DeMolay, como reconhecimento por sua brilhante trajetória, ocupando quase todos os cargos, desde quando nela ingressou aos 14 anos de idade. O Conselho funciona no Templo da ARLS Justiça e Caridade nº 16, gentilmente cedido por seus valorosos Obreiros. Como seu primeiro presidente foi escolhido nosso Poderoso Irmão Francisco de Assis Chagas, 33º.

No dia 16 de maio último, foi realizada a Sessão Magna de Instalação, Posse e Sagração do Templo, além da Iniciação de cinco Irmãos ao Grau 19. Antes, porém, foi

realizada uma cerimônia pública, com a presença dos pais do Patrono, vindos, exclusivamente, do RJ para o evento, o nosso Irmão João Baptista de Carvalho, 33º, e a Cunhada Celis Maria de Carvalho. Na oportunidade, foram prestadas as homenagens ao Patrono, com entrega de placas comemorativas do evento aos seus pais e descerramento da cortina da Galeria de fotos do Supremo Conselho, onde se destaca a foto do Patrono do Conselho, e, também, com o discurso “João Alexandre: o que, por atuações valorosas, tornou-se imortal”, uma síntese comovente do perfil nobre desse emérito benfeitor, elaborado e proferido por quem o conheceu e, com ele, conviveu no Rio de Janeiro, o Irmão João Geraldo de Freitas Camanho, 33º.

Representando a Ordem DeMolay, registramos as presenças de nossos Sobrinhos Marcelo e Gustavo, companheiros inseparáveis do homenageado. Nosso

Soberano Grande Comendador, impossibilitado de se fazer presente, porém sensibilizado com a justa homenagem, nomeou o Membro Efetivo e Soberano Grande Inspetor Litúrgico da 1ª Região, nosso querido Irmão Carlos Roberto Roque, 33º, que muito nos tem contribuído para o sucesso desta Inspetoria, para presidir, mais uma vez, uma Comitiva de Irmãos de BH e representá-lo.

As cerimônias pública e maçônica foram banhadas de muita

emoção. Sua presença, embora em outro plano, pôde ser perfeitamente sentida. O carinho, com que tudo foi realizado, demonstrou enorme gratidão de todos em poder homenagear um Irmão singular, que, ainda, em vida, tornou-se imortal por sua conduta, carisma e dedicação a tudo em que se propôs a fazer.

Imortalizar o João, dando-lhe o nome ao Conselho de Cavaleiros Kadosch, não foi mais do que uma obrigação da 14ª Inspetoria, por tudo que recebeu desse Irmão.

Sei que a Ordem DeMolay e a Maçonaria Universal, em especial nosso Supremo Conselho, uniram-se a nós nessa merecida homenagem e, assim como nós, sentem-se honrados com essa justa e merecida homenagem.

O homem passa, mas seu trabalho é imortal! ?

a b

Os EssêniosOs EssêniosGiselda Sbragia

s essênios fazem parte de uma seita de judeus, que viviam numa área próxima de Qumrân, entre os quais Cristo teria passado sua juventude, até a idade de trinta anos. O termo essênio deriva de uma palavra síria, significando médico,

pois eles tinham como objetivo a cura dos doentes da mente, da alma e do corpo. Era uma associação de iniciados nos mistérios da lei de Moisés, o grande manu do povo hebreu.

OOs historiadores admitem que se originaram do Egito, ou, ainda, mais ao

Oriente, pois a maneira como jejuavam, meditavam ou oravam, em muito, assemelhava-

Page 8: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

se à usada por todos os homens sagrados do Oriente longínquo. O objetivo maior dos essênios era tornarem-se templos do Espírito Santo, o que só podia ser atingido mediante o progresso gradual da santidade, alcançado através da observância estrita dos Mandamentos e das Leis levíticas de pureza, contidas no Pentateuco, mortificando a carne e seus desejos e sendo humildes e pobres, já que isso os levaria à comunhão mais próxima com Deus. O rigor crescente na observância das rígidas Leis mosaicas obrigou os essênios a se retirarem totalmente do convívio de seus confrades judeus, para formarem uma comunidade à parte e viverem separados do mundo, já que o contato com qualquer pessoa, que não as praticasse, ou com qualquer coisa, que pertencesse a tal pessoa, tornava-os impuros.

Eles se dividiam internamente em duas categorias: uma de homens celibatários e outra de homens casados. Estes últimos, jamais, podiam ocupar os postos mais elevados da irmandade. Ao se separarem da nação judaica, o que quer que uma pessoa possuísse era depositado no tesouro comum, do qual as necessidades de toda a comunidade eram atendidas, por igual, por despenseiros nomeados pela irmandade. Não havia distinção entre eles; ricos e pobres, amos e servos viviam em paz entre si e reprovavam a escravidão e a guerra. Eram governados por um presidente eleito por toda a comunidade, que, também, agia como juiz.

Como era contrário às leis da pureza levítica comprar qualquer coisa de quem não as praticasse, tinham de conseguir o suprimento de todas as suas necessidades entre eles próprios.

Sendo o celibato a regra do Essenismo, as fileiras da irmandade tinham de ser preenchidas por recrutas da comunidade judaica em geral. Preferiam adotar crianças, educadas com o máximo cuidado, ensinando-lhes as práticas da Ordem. Cada candidato adulto tinha de passar por um noviciado de dois estágios, que se estendia por três anos, antes que pudesse, afinal, ser admitido na Ordem. Ao entrar no primeiro estágio, que durava doze meses, o noviço tinha de entregar todas as suas posses ao tesouro comum. Então, recebia uma cópia dos regulamentos da irmandade, bem como uma pá, a fim de enterrar seus excrementos; um avental, usado nas purificações, e um manto branco, para vestir durante as refeições, como símbolos da pureza. Durante esse período, não era admitido às refeições comuns. Se, ao término desse estágio, a comunidade julgasse que o noviço se tinha saído apropriadamente durante o ano de provação, era admitido no segundo estágio, que durava dois anos, e chamado de

postulante. Durante esse período de dois anos, era admitido a um convívio mais próximo com a irmandade e partilhava de seus ritos de purificação. Mas, ainda, não era aceito nas refeições comuns, nem em qualquer ofício. Se passasse satisfatoriamente pelo segundo estágio de provação, o postulante tornava-se associado ou membro completo da sociedade, quando era recebido na irmandade e partilhava da refeição comum.

Antes, porém, de ser admitido a um convívio íntimo, tinha de vincular-se por um juramento dos mais solenes (sendo esta a única vez em que os essênios usavam um juramento), para observar três coisas:

1. Amor a Deus;2. Justiça misericordiosa para com todos os homens;3. Pureza de caráter, o que implicava humildade, amor à

verdade, ódio à falsidade, rigorosa discrição quanto aos estranhos, a fim de não divulgar as doutrinas secretas a pessoa alguma.

Os três estágios, que consistiam no candidato, no postulante e no associado, eram subdivididos em quatro ordens, distinguidas umas das outras pelo grau de santidade. Tais distinções eram tão marcantes e sérias, que, se uma pessoa, pertencente a um grau mais elevado de pureza, tocasse uma de ordem inferior, imediatamente, tornava-se impura e só poderia reconquistar sua pureza por meio de purificações.

A partir do início do noviciado até a obtenção do mais alto estado espiritual, havia oito estágios diferentes, que marcavam o crescimento gradual

da santidade. Assim, depois de aceito como noviço e de ter recebido o avental, símbolo da pureza, o candidato obtinha:

1. o estado de pureza exterior ou corporal por batismos;2. o estágio que impunha a abstinência de relações sexuais,

ou para o grau de santidade que lhe permitia praticar o celibato;3. o estágio de pureza interior ou espiritual;4. o estágio em que se exige o banimento de toda ira e

malícia e o cultivo de um espírito humilde e modesto;5. Isto o levava ao ponto culminante de santidade;6. Nessa culminância, tornava-se o templo do Espírito

Santo e podia profetizar;7. o estágio que o habilitava a efetuar curas milagrosas e a

ressuscitar os mortos;8. finalmente, atingia a posição de Elias, o precursor do

Messias.O símbolo dos essênios era composto por certo número de

ferramentas de artífices, empregadas na construção de um templo dedicado ao Deus Vivo. O fato de possuí-las como símbolo evidencia que a Ordem foi a responsável pela criação da moderna Franco-Maçonaria. ?

a b

Page 9: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

Grande Priorato do Brasil*Grande Priorato do Brasil*

Ordens Unidas Religiosas, Militares e Maçônicas do Templo,de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta

avaleiros Templários e Cavaleiros de Malta - O título completo é: Ordens Unidas Religiosas, Militares e Maçônicas do Templo e de São João de

Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta. As Ordens se governam por um Grande Priorato.

CConsiderando esse título impressionante e a união de

duas Ordens, que eram rivais, apesar de não inimigas, realmente, deve apreciar-se que nenhuma demanda se faz a qualquer conexão histórica com as Ordens Militares medievais. Apesar das referências mais antigas da atividade de Cavaleiro Maçônico Templário nas Ilhas Britânicas, encontram-se, na Irlanda, os arquivos conhecidos mais antigos na Inglaterra; estão em Portsmouth, fechados em 1777. Na maioria dos casos, esses rituais parecem ter sido trabalhados baixo a autoridade de Cartas Patentes, existentes de certos Capítulos do Real Arco, como Graus acessórios, e não estavam maçonicamente organizados em qualquer sentido estrito da palavra. Somente, em 1791, constituiu-se um Grande Conclave com Sete Acampamentos Independentes, quando Thomas Dunckerley foi instalado como Grão-Mestre.

A expansão ao princípio foi sumamente lenta, particularmente, baixo a Grão Maestria de SAR, o Duque de Sussex (1812-1843), que não desejou convocar o Grande Conclave, e, por conseguinte, a atividade foi pequena até depois de sua morte. A razão para essa inatividade era, possivelmente, devida ao estado delicado dos assuntos maçônicos, imediatamente depois da União. As condições normais restauraram-se em 1845; o ritual foi estandardizado e houve um crescimento firme das Ordens Unidas. Atualmente, entra-se nas Ordens por convite, sendo altamente valorado. Os Graus praticados em mais de 490 Preceptorias, dependentes do Grande Priorato de Inglaterra, são:

1. Cavaleiro do Templo (Cavaleiro Templário);2. (a) Cavaleiro de São Paulo ou o Passo do

Mediterrâneo; (b) Cavaleiro de Malta.

Cavaleiro Templário: o Grau comemora as ações de um grupo de Cavaleiros aos quais foi concedido um lugar de hospedagem dentro dos sagrados recintos do Templo de Salomão, por Baldwin II, Rei de Jerusalém, em 1118. O Candidato para a Armadura tem o caráter e vai vestido de peregrino, exigindo-se dele sofrer um período de peregrinação e guerra, assim como assumir os votos de um Cruzado. Tendo-se comportado valentemente, institui-lhe que a penitência e a meditação são partes vitais na preparação para a Cavalaria Cristã. Finalmente, recebe-o, arma-o e proclama-o como um Cavaleiro do Templo.

Cavaleiro de São Paulo ou o Passo do Mediterrâneo: O Ritual dessa curta "passagem" de Grau nos informa que se

constituiu por volta de 1367, em consequência de certa batalha, que envolve os Cavaleiros de São João de Rodes, ao cruzar o Rio Ofanto, tingido com o sangue de seus inimigos vencidos. Através da vitória, os Cavaleiros conseguiram o reconhecimento para passar por todo litoral mediterrâneo sem serem incomodados. O grau trabalhado atualmente se confina nas leituras dos Fatos dos Apóstolos.

Cavaleiro de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta: Esse Grau de Cavalaria Cristã relata a história dos Cavaleiros de Malta e sua longa luta contra o infiel. Abarca o período de tempo, desde que deixaram Jerusalém, até que chegaram a seu último destino na Ilha de Malta. Atrai-se a atenção de todos os candidatos à presença de cinco Oficiais, que assumem o papel de pessoal do Estado Maior do Grão-Mestre, enquanto outros representam as cabeças das oito repartições, em que, antigamente, estava dividida a Ordem. O ritual tem um significado esotérico óbvio, tratando da ressurreição mística.

Qualificação: Cavaleiro Templário: ser Mestre Maçom e Maçom do

Real Arco.Cavaleiro de Malta: ser Cavaleiro do Templo *Matéria publicada no site www.madras.com.br ?

a b

Page 10: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

O Processo Pedagógico MaçônicoO Processo Pedagógico MaçônicoFrancisco Feitosa

s instruções maçônicas se utilizam de uma metodologia de aprendizagem muito especial. Muitas vezes, não é suficiente lê-las para

compreendê-las. O processo é mais que analítico e envolve, além da instrução escrita, um conjunto de outros fatores, sem os quais não poderemos, de fato, captar sua verdadeira essência.

A

Observa-se que toda instrução deve ser ministrada dentro de nossos Templos, em Loja aberta. Se tivéssemos que nos ater, apenas, ao que está escrito em nossos rituais, bastava, apenas, lê-los em nossa casa, pesquisar o assunto, fazer peças de arquitetura e enviar à Loja, como uma monografia. Processo, inclusive, utilizado em outras Ordens. Essa possibilidade de ensino a distância não existe na Maçonaria, justamente, porque se fazem necessários, além da instrução escrita, outros aspectos importantíssimos que compõem o processo pedagógico maçônico.

Um desses aspectos é o Símbolo, que, no sentido lato, é a representação de um aspecto da verdade, que independe da estática da fé, mas decorre da cinética do raciocínio. É certo dizer, portanto, que símbolo, à luz da Ciência Iniciática das Idades, é a síntese de um aspecto da Verdade Única. E, por esta mesma razão, sua forma gráfica, numérica, pictórica ou qualquer outra, atravessa incólume as idades, sem sofrer, intrinsecamente, as modificações aparentes das idéias, descobertas e invenções, pois, como síntese de algo real e imutável, assim, permanece através dos séculos.

Os símbolos, existentes em nossos Templos, têm uma finalidade mais ampla do que a decorativa. Todo símbolo, através de seu arquétipo, é uma vertente de energia. O Maçom interage com essa energia, essa informação oculta, que o símbolo emana. O estudo de nossas instruções, por si só, tem, apenas, uma atuação no intelecto, aspecto físico, enquanto o decifrar de um símbolo provoca, paulatinamente, um desenvolvimento no aspecto psíquico. As instruções, ministradas no Templo, em Loja aberta, sob a influência do egrégora milenar de nossa Ordem, completam o processo, atuando no plano mental, espiritual.

Esse entendimento foi se perdendo e, hoje, é pouco transmitido aos AAp∴ e CComp∴ por nossos Mestres. Infelizmente, muitas vezes, os cargos de 1º e de 2º Vigilantes passam a ser, apenas, um caminho natural para

se chegar ao Veneralato. E as preocupações desses, que são diretamente responsáveis pelas instruções, lamentavelmente, têm sido bem outras.

Para alcançarmos o perfeito entendimento de uma instrução maçônica, precisaremos fazer uso desse conjunto de fatores que estrutura esse especial processo pedagógico. Assim procedendo, nos tornaremos portadores das “Chaves” que abrirão as portas do perfeito entendimento. As chamadas Chaves do Conhecimento Iniciático.

Utilizando-nos das mesmas, iremos interpretar um diálogo entre o Ven∴Mestre e o 1º Vig∴, sobre determinada Instrução do primeiro Grau, quando este responde àquele o que representam as doze Colunas que ladeiam o Ocidente: “os doze Signos do Zodíaco, isto é, as doze Constelações que o Sol

percorre no espaço de um ano solar”.A Iniciação maçônica se

expressa no caminhar do Iniciado através dessas Casas Zodiacais, que em nosso Templo, fisicamente, ladeiam o Ocidente, mas, em verdade, formam um cinturão zodiacal, como um círculo. Nascendo em Áries, 0º com relação ao equador celeste - eixo central do Templo cruzando desde a porta do Templo ao Trono do Ven∴ Mestre, percorrendo o lado Norte até Virgem, concluindo o Grau de Ap∴ e retornando a 0º. Daí tem início o Grau de Comp∴ que

perpassará as colunas do lado sul, iniciando em 0º - Libra, símbolo da balança e do equilíbrio - atingindo seu ápice e chegando a Peixes, em 0º, novamente, portanto ao Mestrado, após vivenciar os equinócios e solstícios.

Essas colunas, iniciando em Áries, formam um calendário astrológico, símile do calendário judaico religioso, que inicia em 21 de março. É o início do ano solar, embora a compreensão deste seja bem mais ampla.

Início de um ciclo e começo de um grande trabalho de transformação moral. Os primeiros raios da Luz da Sabedoria começam a iluminar a mente do Aprendiz. Com essa Luz, nele se projetando, poderá observar, em sua silhueta, as deformações morais e iniciar o infinito trabalho de desbaste da Pedra Bruta. No Norte do Templo, não existe janela, pois a Luz vai, e não vem daquela direção.

No período do equinócio de outono e do solstício de inverno, temos pouca incidência de Luz, com dias menores e noites longas. Com isso, o Aprendiz tende a meditar (diria eu, ”me ditar”), a conversar consigo mesmo. Refletindo, poderá iluminar a trilha da Iniciação com sua Luz Interior, embora, ainda, de muito pouco brilho. Essa fria e tenebrosa trilha produzirá os reflexos de sua própria imperfeição.

Page 11: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

No lado Sul do Templo, há janelas que permitem alguns raios de Luz iluminarem, mais diretamente, a mente e o coração do Comp∴, revelando-lhe os primeiros mistérios da fonte inesgotável do saber maçônico. As Colunas deste lado do Templo estão ligadas às Casas Zodiacais de Libra a Peixes. No período do equinócio de primavera e do solstício de verão, temos maior incidência de Luz, com dias maiores e noites mais curtas. A Luz representa a retirada dos primeiros véus, desvelando, aos poucos, o mundo da espiritualidade. Afastada a ignorância moral pelos raios de Luz da Sabedoria, cada vez mais intensos, o seu caminhar não mais palmilha o solo, nem lhe exige uma só direção, porém a alvura do seu avental lhe recorda, constantemente, que, ainda, ignora, por certo, o caminho que deve seguir.

Após perpassar todas as Casas do Zodíaco, o iniciado vence o quaternário dos elementos, aos quais esses signos estão, diretamente, ligados. Com isso, encontra o 5º elemento e, conseqüentemente, a 5ª Essência, que tanto

buscava. Vencer o quartenário dos elementos é chegar ao Mestrado, transformando-se em um Sol, para iluminar o

caminho de novos AAp∴ e CComp∴. Isso está muito bem relacionado à entrada triunfante do Mestre Jesus, em Jerusalém, montando um animal, um jumento. Nessa

alegoria, Ele, como uma 5ª Essência, mostra o domínio sobre o quaternário da matéria.

“O Mestre aponta o caminho; o discípulo o segue sozinho, até encontrar, novamente, o Mestre, mas, dessa

vez, dentro de si mesmo.” (JHS.)O Mestre é um Sol latente no Iniciado,

que surgirá gradativamente, quando o mesmo perpassar as doze Casas Zodiacais, que tanto

valem como os Doze Trabalhos de Hércules ou, ainda, as doze

pétalas do Chacra Cardíaco, que o Maçom, em direção ao Mestrado, terá que superar e sublimar.

Após esta brevíssima interpretação sobre a resposta do 1º Vig∴ ao Ven∴ M∴, utilizando-nos

deste conjunto de fatores, que compõe o processo pedagógico de nossa Ordem, percebemos que, de posse

das Chaves do Conhecimento Iniciático, poderemos defrontar e decifrar os arquétipos da simbologia maçônica.

Ficaremos por aqui! ?a b

São João – Padroeiro da MaçonariaSão João – Padroeiro da Maçonaria

Guilherme Rehder*omecemos por fazer algumas distinções: o São João, de que ouvimos falar, é o São João Batista, que batizou Jesus e teve sua cabeça decepada por ser fiel aos seus

princípios. Esse Santo tem seu dia de comemoração, também, associado aos mistérios celestes, pois se comemora, exatamente, no dia do equinócio de inverno, ou seja, o dia mais curto do ano.

C

O solstício de inverno, no hemisfério sul, ocorre a 21 de junho, enquanto o de verão acontece a 21 de dezembro, invertendo-se no hemisfério norte, onde o de verão é em 21 de junho, e o de inverno, em 21 de dezembro. Por influência da Igreja, mentora das corporações, essas datas solsticiais acabaram confundindo-se com as dedicadas a São João, o Batista (24 de junho), e São João, o Evangelista (27 de dezembro), que não são, exatamente, as mesmas dos solstícios. E, graças a isso, os dois foram considerados patronos das corporações, hábito que chegou, em alguns casos, à Maçonaria dos Aceitos, também, chamada de “Especulativa”.

O Batista, filho de Zacarias e Isabel, foi o precursor de Jesus, anunciando a vinda do Messias e batizando-O, no rio Jordão. Anatematizou Herodes e foi encarcerado por este. Depois, Herodíade, amante de Herodes, mandou que sua filha, Salomé, exigisse, dele, a cabeça do João

Batista, que acabaria, então, sendo degolado, no ano 28 ou 29 da era atual.

O Evangelista, filho de Zebedeu, foi, como seu irmão Tiago, um dos apóstolos de Jesus. Era um dos companheiros constantes de Jesus e um dos preferidos por Ele. Foi o primeiro a reconhecê-Lo ressuscitado na Galiléia. Depois do ano 58, instalou-se em Éfeso, de onde continuou sua pregação, tendo sido o último apóstolo a morrer, no fim do primeiro século da era cristã, sob o reinado de Trajano.

De acordo com laguns historiadores, é em homenagem ao S. João Batista que as Lojas do Rito Escocês se dizem “Lojas de S. João”. E é em homenagem ao Evangelista, que, tradicionalmente, no Rito Escocês, abre-se o Livro da Lei Sagrada no Evangelho de São João, cap. 1, v. 1 a 5, mostrando o triunfo da Luz sobre as trevas, texto básico para o Grau de Aprendiz.

Page 12: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

Está feita a confusão: alguns historiadores associaram São João Batista como Patrono da Maçonaria, talvez, por ser o mais famoso e conhecido. Outros, o Evangelista, pelo fato de o mesmo ter sua data de comemoração associada ao solstício de verão, que ocorre em dezembro (data esta, em que eram eleitas às gestões das Lojas e, nesse solstício, a Maçonaria, também, realizava comemorações pela passagem do sol). Qual seria, então, o padroeiro? O Evangelista ou o Batista? E, se nenhum desses dois é Patrono da Maçonaria, quem o é? A quem nós abrimos nossas Lojas e trabalhamos sobre sua proteção? Atentai, belos IIr∴, há um terceiro São João, dentre tantos outros, o qual, dificilmente, é lembrado, não pelos Maçons, mas pelos profanos. No ano de 550 da era cristã, nasceu um menino na Ilha de Chipre, ao sul da Itália. Motivado por sua formação cristã e caridosa, o mesmo se encaminha para Jerusalém, com a intenção de montar um hospital que atendesse aos peregrinos que iam à Terra Santa, para visitar o Santo Sepulcro. Este é São João Esmoler, filho do rei de Chipre, que abandonou a pátria e renunciou seu trono, para seguir para Jerusalém, a fim de socorrer aos peregrinos e aos valeiros.

Nessa ocasião, ocorriam as sagradas Cruzadas, lideradas pelas Ordens de Cavalaria, em cujos métodos e conduta São João Esmoler, se inspirou. Veio a falecer no ano de 619, na cidade de Amatonto, na Ilha de Chipre. A história terminaria aqui, se fôssemos meros profanos, mas, para nós Maçons, iniciados na Arte Real, livres pensadores e perseguidores da verdade, a história não termina. Pois, ainda, resta-nos a pergunta: por que dedicar as Lojas a Ele? O que Ele fez em Jerusalém? Porque voltou a sua pátria? Ao sair de sua terra natal, levou o quinhão da fortuna de seu pai, que lhe era de direito, e, ao invés de viver uma vida sossegada, se deslocou para Jerusalém, onde construiu, com enorme dificuldade, um hospital para socorrer os enfermos.

A Ordem dos Cavaleiros Hospitalares, logo, foi transformada na Ordem dos Cavaleiros de Jerusalém, que,

agora, não só tomava conta dos hospitais, mas também ia em socorro dos doentes e dos necessitados aonde quer que os mesmos se encontrassem. Essa Ordem sobreviveu durante anos, ganhando enorme respeito dos Templários da época.

São João retornaria a sua pátria na Ilha de Chipre, por saber que a mesma estava à mercê de invasão dos turcos e o seu povo necessitava de ajuda. Nesse momento, a Ordem dos Cavaleiros de Jerusalém já andava com as suas próprias pernas.

Em Jerusalém, também, fundou a Ordem dos Cavaleiros de Malta, que tinha a dupla função de proteger os hospitais, ajudando os enfermos e feridos, e de lutar pela manutenção da paz e preservação da independência de sua pátria.

Os Cavaleiros de Malta foram conhecidos por seus atos como grandes defensores dos oprimidos e daqueles que precisavam de ajuda, assim como já eram os Cavaleiros de Jerusalém.

Após a morte de São João e sua posterior canonização, a Ordem de Cavalaria Templária associaria, fortemente, São João de Jerusalém como seu patrono e, ao se lançar em campo para as batalhas, sempre se colocava sobre a proteção do mesmo.

A Maçonaria copiou grande parte de seus ensinamentos e do modo de agir dos Templários e, também, associou São João como seu padroeiro, pois os ideais desse nobre homem, que foi elevado à condição de santo, combinavam com a doutrina maçônica de amor incondicional ao próximo e sua elevada determinação em lutar pela liberdade.

Por isso, todas as Lojas são abertas e dedicadas, a São João de Jerusalém, sendo conhecidas como Lojas de São João. Pelo amor dele, que nos contagiou, trabalhamos para socorrer àqueles que necessitam, como ele o fez, e levar a luz do conhecimento e da verdade a toda a humanidade. Sejamos como São João, pois, assim pode-se vislumbrar um futuro melhor para a nossa sociedade.

*Guilherme Augusto Corrêa Rehder - ARLS Templários da

Arca Sagrada nº 90 – GOSC ?

a b

Page 13: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

Acolada na Consagração e InvestiduraAcolada na Consagração e Investidura

Raimundo Pereiraerimônia de sentido translato, provindo do simbolismo contido em cerimônias de conferências para doações e dotes recebidos pelos descendentes dos ascendentes, ainda, em vida, a fim de igualar às dos legítimos herdeiros, e que passou, por analogia, a ser

utilizada pelas antigas Ordens de Cavalaria nas Cerimônias de Admissão e Recepção de um novo membro ou sua Colação de Grau Superior. Tal cerimônia consistia na aplicação de três pancadas. uma em cada ombro e uma na cabeça seguida de um ósculo da paz.

CO Ósculo da Paz era uma prática dos antigos cristãos em atenção ao contido nos

fechos das Epístolas de São Paulo, que diziam: “SALUTATE INVECEM IN OSCULO SANCTO” (Saudai-vos uns aos outros com o Santo Ósculo).

A Ordem Maçônica adotou, em suas cerimônias de Consagração e Investidura, a Acolada, procedimento análogo ao realizado pelas Antigas Ordens de Cavalaria, que consiste na aplicação da Bateria do Grau com o malhete na lâmina da espada sobre a cabeça do recipiendário, seguida do Ósculo e do Tríplice Abraço fraternais pelo Venerável ou substituto, habilitado a Oficiar Iniciação nos Graus Simbólicos, após o juramento do iniciando e precedendo as proclamações. Nos Graus Filosóficos, a Acolada é executada pelo Presidente do Corpo, praticando a Bateria do Grau com a espada sobre o ombro direito do recipiendário, à semelhança das antigas Ordens de Cavalaria. Antigamente, os Maçons saudavam-se à moda dos antigos cristãos, com o Ósculo da Paz; na atualidade, esse procedimento caiu em desuso, deixando, lamentavelmente, de ser um uso e costume tradicional de nossa Sublime Instituição. ?

a b

A CriseA Crise

Albert Einstein

ão pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia, da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias.

Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".

NQuem atribui a ela seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas

do que às soluções. A verdadeira crise é a da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise, não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise, não há mérito. É nela que aflora o melhor de cada um. Falar dela é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora: a tragédia de não querer lutar para superá-la". ?

a b

Seja FelizSeja Feliz

Silvestre da Costa universo inteiro conspira para que as pessoas se encontrem e resgatem algo uma com as outras. Discutir o que cada um nos traga, não nos mostrará nada, e, ainda, far-nos-á perder tempo demais, desperdiçando o de conhecer a alma dessa pessoa. Conhecer a alma significa conhecer o que sentem, o que, realmente, desejam de nós ou o que buscam no mundo,

pois, só assim, poderemos tê-las por inteiro em nossa vida. A amizade é algo que importa muito na vida do ser humano; sem esse vínculo, não teremos harmonia nem paz.

O

Page 14: A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso · Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

Preste bastante atenção em todas as pessoas, elas poderão estar trazendo a sua tão esperada felicidade. Quando sentir que alguém não lhe agrada, dê uma segunda chance de conhecê-la melhor, você poderá ter muitas surpresas, cedendo mais uma oportunidade. Ninguém conhece ninguém; nada, nessa vida, acontece por acaso, pois ninguém chega até nós e permanece em nossa vida por uma simples coincidência.

As pessoas, que entram em nossas vidas, sempre entram por alguma razão, algum propósito. Pessoas nos encontram ou nós as encontramos meio sem querer; não há programação da hora em que as encontraremos. Assim, tudo o que podemos pensar é que existe um destino, onde cada um encontra o importante para si mesmo.

Ainda que a pessoa, que entrou em nossas vidas, não nos ofereça nada, não entrou por acaso, não está passando por nós, apenas, por passar.

Precisamos de amigos para nos ensinar a compartilhar, a nos conduzir, a nos alegrar e, também, a cumprir nossa maior missão aqui na Terra: “amar ao próximo como a si mesmo“. Para que isso aconteça, é preciso que nos aceitemos em primeiro lugar, depois, olhemos para o próximo e enxerguemos o nosso reflexo.

Quando sentir que alguém é especial para você, diga-lhe o que você sente e terá feito um momento de felicidade na vida desse alguém. Há pessoas que entram na nossa vida de maneira tão estranha, que nos intrigam até. Mas cada uma delas é especial, mesmo que o momento seja breve; com certeza, elas nos deixarão alguma coisa de bom. Não deixe de observar a sua vida, comece a recordar todas quantas já passaram por você e o que cada uma já deixou.

Não deixe para fazer as coisas amanhã, poderá ser

tarde demais. Faça, hoje, tudo o que tiver vontade. Abrace a sua esposa, os seus filhos, seus pais, os seus irmãos, a sua namorada, seus amigos, dê um grande sorriso para todos, até para o seu inimigo, se o tiver. Se estiver amando, ame pra valer, viva cada minuto desse amor, sem medir esforços.

Você estará buscando a sua própria identidade, que foi sendo construída aos poucos, de momentos que aconteceram em sua vida e que, até hoje, interferem em seu caminho. Passamos por vários momentos em nossa vida, que nos marcam de uma forma surpreendente, nos transformam, nos comovem, nos ensinam e, muitas vezes, machucam-nos profundamente.

Seja alegre todas as manhãs, mesmo que o dia não prometa nada de novo, pois, só assim, você está passando pelo planeta Terra, sem deixar nenhum resquício de magoa, porque, um dia, quer queira, quer não, irá prestar contas de tudo aquilo que fez por egoísmo, pirraça, má fé ou por ignorância total, e do

que não fez por omissão. SEJA FELIZ, pois. ?

a b

rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta

como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para mais de 12.657 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores.

A

Ao completar dois anos de idade, no último 24 de fevereiro, sua Revista Arte Real, de cara nova, sente-se muito honrada em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho.

Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisor: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ − 33º

Colaboradores nesta edição: Albert Einstein – Fernando Gueiros – Giselda Sbragia – Guilherme Rehder – Jeová Neves Carneiro – Raimundo Silva Pereira – Silvestre da CostaEmpresas Patrocinadoras: Alexandre Dentista - Arte Real Software – CH Dedetizadora – CONCIV - CFC Objetiva Auto Escola – Dirija Rent a Car - López y López Advogados – Olheiros.com - Santana Pneus – Sul Minas Lab. Fotográfico - Turmalina. Contatos: ( (35) 3331-1288 - E-mail - [email protected]

Skype – francisco.feitosa.da.fonseca - MSN – [email protected]

As edições anteriores estão disponíveis para download em nosso Portal Entre Irmãos - http://www.entreirmaos.net

Distribuição gratuita via Internet - Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários. ? Obrigado por prestigiar nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!