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1 Lei n.º 1.398 / 2004, sancionado em 29 / 12 / 2004 A CÂMARA MUNICIPAL DE ARRAIAL DO CABO, POR SEUS REPRESENTANTES LEGAIS, APROVA, E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: Disposição Preliminar (art. 1º) LIVRO PRIMEIRO - Tributos de Competência do Município TÍTULO I - Disposições Gerais (art. 2º) TÍTULO II - Limitações da Competência Tributária (arts. 3º a 7º) TÍTULO III - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza CAPÍTULO I - Da Obrigação Principal SEÇÃO I - Do Fato Gerador e da Incidência (arts. 7º a 9º) SEÇÃO II - Da Não Incidência (art. 11) SEÇÃO III - Das Isenções (art. 12) SEÇÃO IV - Dos Contribuintes e dos Responsáveis (arts. 13 e 14) SEÇÃO V - Da Solidariedade (art. 15) SEÇÃO VI - Da Base de Cálculo (arts. 16 a 27) SEÇÃO VII - Das Alíquotas (art. 28) SEÇÃO VIII - Do Arbitramento (art. 29) SEÇÃO IX - Da Estimativa (arts. 30 a 35) SEÇÃO X - Do Pagamento (arts. 36 a 38) CAPÍTULO II - Das Obrigações Acessórias (art. 39 a 50) CAPÍTULO III - Das Infrações e das Penalidades SEÇÃO I - Disposições Gerais (arts. 52 e 53) SEÇÃO II - Das Multas (art. 54 a 58) TÍTULO IV - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana CAPÍTULO I - Da Obrigação Principal SEÇÃO I - Do Fato Gerador e da Incidência (arts. 59 a 67) SEÇÃO II - Das Isenções (art. 68) SEÇÃO III - Do Sujeito Passivo (art. 69) SEÇÃO IV - Da Base de Cálculo (arts. 70 e 76) SEÇÃO V - Das Alíquotas (art. 77) SEÇÃO VI - Do Lançamento (arts. 78 a 81) SEÇÃO VII - Do Pagamento (arts. 82 e 83) CAPÍTULO II - Das Obrigações Acessórias (arts. 84 a 98) CAPÍTULO III - Das Penalidades (arts. 99 e 100) TÍTULO V - ITBI CAPÍTULO I - Da Obrigação Principal SEÇÃO I - Do Fato Gerador (arts. 101 e 102) SEÇÃO II - Da Não Incidência (art. 103 e 104) SEÇÃO III - Da Isenção (arts. 105) SEÇÃO IV - Do Contribuinte e do responsável (arts. 106 a 109) SEÇÃO V - Da Base de Cálculo (arts. 110 a 115) SEÇÃO VI - Da Alíquota (art. 116) SEÇÃO VII - Do Lançamento (arts. 117 a 120) SEÇÃO VIII - Do Pagamento (arts. 121 a 125) CAPÍTULO II - Das Disposições Gerais (arts. 126 a 128) CAPÍTULO III - Das Penalidades (arts. 129 a 131) TÍTULO VI - Taxas CAPÍTULO I - Da Taxa de Licença para Localização e Funcionamento SEÇÃO I - Da Obrigação Principal (arts 132 a 135) SEÇÃO II - Da Isenção (art. 136) Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado Código de campo alterado

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Lei n.º 1.398 / 2004, sancionado em 29 / 12 / 2004 A CÂMARA MUNICIPAL DE ARRAIAL DO CABO, POR SEUS REPRESENTANTES LEGAIS, APROVA, E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Disposição Preliminar (art. 1º) LIVRO PRIMEIRO - Tributos de Competência do Município TÍTULO I - Disposições Gerais (art. 2º) TÍTULO II - Limitações da Competência Tributária (arts. 3º a 7º) TÍTULO III - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza CAPÍTULO I - Da Obrigação Principal SEÇÃO I - Do Fato Gerador e da Incidência (arts. 7º a 9º) SEÇÃO II - Da Não Incidência (art. 11) SEÇÃO III - Das Isenções (art. 12) SEÇÃO IV - Dos Contribuintes e dos Responsáveis (arts. 13 e 14) SEÇÃO V - Da Solidariedade (art. 15) SEÇÃO VI - Da Base de Cálculo (arts. 16 a 27) SEÇÃO VII - Das Alíquotas (art. 28) SEÇÃO VIII - Do Arbitramento (art. 29) SEÇÃO IX - Da Estimativa (arts. 30 a 35) SEÇÃO X - Do Pagamento (arts. 36 a 38) CAPÍTULO II - Das Obrigações Acessórias (art. 39 a 50) CAPÍTULO III - Das Infrações e das Penalidades SEÇÃO I - Disposições Gerais (arts. 52 e 53) SEÇÃO II - Das Multas (art. 54 a 58) TÍTULO IV - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana CAPÍTULO I - Da Obrigação Principal SEÇÃO I - Do Fato Gerador e da Incidência (arts. 59 a 67) SEÇÃO II - Das Isenções (art. 68) SEÇÃO III - Do Sujeito Passivo (art. 69) SEÇÃO IV - Da Base de Cálculo (arts. 70 e 76) SEÇÃO V - Das Alíquotas (art. 77) SEÇÃO VI - Do Lançamento (arts. 78 a 81) SEÇÃO VII - Do Pagamento (arts. 82 e 83) CAPÍTULO II - Das Obrigações Acessórias (arts. 84 a 98) CAPÍTULO III - Das Penalidades (arts. 99 e 100) TÍTULO V - ITBI CAPÍTULO I - Da Obrigação Principal SEÇÃO I - Do Fato Gerador (arts. 101 e 102) SEÇÃO II - Da Não Incidência (art. 103 e 104) SEÇÃO III - Da Isenção (arts. 105) SEÇÃO IV - Do Contribuinte e do responsável (arts. 106 a 109) SEÇÃO V - Da Base de Cálculo (arts. 110 a 115) SEÇÃO VI - Da Alíquota (art. 116) SEÇÃO VII - Do Lançamento (arts. 117 a 120) SEÇÃO VIII - Do Pagamento (arts. 121 a 125) CAPÍTULO II - Das Disposições Gerais (arts. 126 a 128) CAPÍTULO III - Das Penalidades (arts. 129 a 131) TÍTULO VI - Taxas CAPÍTULO I - Da Taxa de Licença para Localização e Funcionamento SEÇÃO I - Da Obrigação Principal (arts 132 a 135) SEÇÃO II - Da Isenção (art. 136)

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SEÇÃO III - Do Alvará de Licença (arts. 137 e 138) SEÇÃO IV - Do Pagamento (arts. 139 a 142) SEÇÃO V - Das Obrigações Acessórias (arts. 143 a 145) SEÇÃO VI - Das Penelidades (arts. 146 e 147) CAPÍTULO II - Da Taxa de Licença para Funcionamento em Horário Especial SEÇÃO V - Da Obrigação Principal (arts. 148 e 154) SEÇÃO VI - Da Obrigação Acessória (art. 155) SEÇÃO III - Das Penalidades (arts. 156 a 158) SEÇÃO IV Do Pagamento (arts. 117 a 119) CAPÍTULO III - Da Taxa de Licença para Publicidade SEÇÃO I - Da Obrigação Principal (arts. 159 e 160) SEÇÃO II - Das Isenções (art. 161) SEÇÃO III - Do Pagamento (arts. 162 a 164) SEÇÃO IV - Da Obrigação Acessórias (art. 165) SEÇÃO V - Das Penalidades (art. 166) CAPÍTULO IV - Da Taxa de Licença para execução de Obras SEÇÃO I - Da Obrigação Principal (arts. 167 a 171) SEÇÃO II - Das Isenções (art. 172) SEÇÃO III - Do Pagamento (arts. 173 e 174) SEÇÃO IV - Das Penalidades (art. 175) CAPÍTULO V - Da Taxa de Licença para Ocupação de Áreas em Vias e

Logradouros Públicos SEÇÃO I - Da Obrigação Principal (arts. 176 e 179) SEÇÃO II - Das Isenções (art. 180) SEÇÃO III - Do Pagamento (arts. 181 e 182) SEÇÃO IV - Da Obrigação Acessória (art. 183) SEÇÃO V - Das Penalidades (art. 184) TÍTULO VII - Das Taxas Pela Utilização de Serviços Públicos CAPÍTULO I - Das Taxas de Coleta do Lixo e Limpeza Pública SEÇÃO I - Da Obrigação Principal (arts. 185 e 187) SEÇÃO II - Das Isenções (art. 188) SEÇÃO III - Do Pagamento (arts. 189 a 190) SEÇÃO IV - Das Penalidades (arts. 192 a 195) CAPÍTULO II - Da Taxa de Expediente SEÇÃO I - Da Obrigação Principal (arts. 196 e 197) SEÇÃO II - Da Isenção (art. 198) SEÇÃO III - Do Pagamento (arts. 199 a 201) SEÇÃO IV - Das Penalidades (art. 202) CAPÍTULO III - Da Taxa de Serviços Diversos SEÇÃO I - Da Obrigação Principal (art. 203) SEÇÃO II - Do Pagamento (art. 204) SEÇÃO III - Das Penalidades (art. 205) TÍTULO VIII - Da Contribuição de Melhoria CAPÍTULO I - Da Obrigação Principal (art. 206) SEÇÃO I - Da Base de Cálculo (arts. 207 a 209) SEÇÃO II - Do Sujeito Passivo (art. 210) SEÇÃO III - Das Disposições Gerais (arts. 211 a 220) SEÇÃO IV - Do Pagamento (arts. 221 a 224) LIVRO SEGUNDO - Normas Gerais Tributárias TÍTULO I - Disposições Gerais CAPÍTULO I - Do Campo de Aplicação (arts. 225 a 227) CAPÍTULO II - Da Obrigação Tributária (art. 228)

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CAPÍTULO III - Do Crédito Tributário SEÇÃO I - Disposições Gerais (arts. 229 a 231) SEÇÃO II - Do Nascimento e Apuração (arts. 232 a 237) SEÇÃO III - Do Pagamento (arts. 238 a 243) SEÇÃO IV - Da Atualização Monetária (art. 244) SEÇÃO V - Da Mora (arts. 245 a 248) SEÇÃO VI - Do Débito Autônomo (art. 249) SEÇÃO VII - Do Depósito (arts. 250 a 252) SEÇÃO VIII - Da Restituição do Indébito (arts. 253 a 261) SEÇÃO IX - Da Compensação (art. 262) SEÇÃO X - Da Transação (art. 263) SEÇÃO XI - Da Dação em Pagamento (arts. 264 e 265) SEÇÃO XII - Da Remissão (art. 266) CAPÍTULO IV - Da Dívida Ativa (arts. 267 e 272) CAPÍTULO V - Da Fiscalização (arts. 273 a 276) CAPÍTULO VI - Das Penalidades em Geral SEÇÃO I - Disposições Gerais (arts. 277 a 287) CAPÍTULO VII - Da Responsabilidade SEÇÃO I - Da Responsabilidade dos Sucessores (arts. 288 a 291) SEÇÃO II - Da Responsabilidade de Terceiros (arts. 292 e 293) SEÇÃO III - Da Responsabilidade por Infrações (arts. 294 a 296) TÍTULO II - Do Processo Administrativo Tributário CAPÍTULO I - Do Início do Processo (art. 297) CAPÍTULO II - Do Auto e Infração (arts. 298 a 301) CAPÍTULO III - Do Termo de Apreensão (arts. 302 e 303) CAPÍTULO IV - Da Reclamação Contra Lançamento SEÇÃO I - Da Primeira Instância Administrativa (arts. 304 a 307) SEÇÃO II - Da Segunda Instância administrativa (arts. 308 e 309) CAPÍTULO V - Do Conselho Municipal de contribuintes SEÇÃO I - Da Competência e Composição (arts. 310 a 317) SEÇÃO II - Do Julgamento pelo Conselho (Arts. 318 a 322) CAPÍTULO VI - Da Consulta Tributária (arts. 323 a 330) TÍTULO III - Das Disposições Finais (arts. 331 a 337)

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Aprova o Código Tributário do Município de Arraial do Cabo e dá outras providências Disposição Preliminar Art. 1º - O Código Tributário do Município de Arraial do Cabo compõe-se dos dispositivos constantes desta Lei, obedecidos os mandamentos da Constituição da República Federativa do Brasil, os das leis complementares e os do Código Tributário Nacional.

LIVRO PRIMEIRO

Tributos de Competência do Município TÍTULO I Disposições Gerais Art. 2º - São tributos de competência do Município de Arraial do Cabo: I - Impostos sobre: 1 - propriedade predial e territorial urbana; 2 - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 3 - serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência dos Estados e do Distrito Federal. II - Taxas: 1 - em razão do exercício do poder de polícia; 2 - pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. III - Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. TÍTULO II Limitações da Competência Tributária Art. 3º - Os impostos municipais não incidem sobre: I - o patrimônio ou os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - os templos de qualquer culto; III - o patrimônio ou os serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores e das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os seguintes requisitos: 1 - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou de participação no seu resultado; 2 - aplicarem, integralmente, no país os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; 3 - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. § 1º - O disposto neste artigo não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros. § 2º - O dispositivo no inciso I não se aplica ao patrimônio e aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis e empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente a bem imóvel. § 3º - A não incidência referida nos incisos II e III compreende somente o patrimônio e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades neles mencionadas.

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§ 4º - Os impostos municipais incidem sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados realizados em território municipal pela União, Estados ou Municípios, diretamente por entidade de administração indireta ou mediante concessão ou permissão, assim como em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário. § 5º - Os requisitos condicionadores da não incidência deverão ser comprovados perante a repartição fiscal competente, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. Art. 4º - O disposto no inciso I do art. 3º observados os seus parágrafos 1º, 2º, 3º e 5º, é extensivo às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio e aos serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. Art. 5º - A falta de cumprimento dos requisitos do inciso III do art. 3º, ou das disposições do seu § 1º, implicará a suspensão do benefício. Art. 6º - É vedado ao Município: I - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. TÍTULO III Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza CAPÍTULO I Da Obrigação Principal SEÇÃO I Do Fato Gerador e da Incidência Art. 7º - O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza tem como fato gerador a prestação dos serviços constantes da lista a seguir: 1 – Serviços de informática e congêneres. 1.01 – Análise e desenvolvimento de sistemas. 1.02 – Programação. 1.03 – Processamento de dados e congêneres. 1.04 – Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos. 1.05 – Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação. 1.06 – Assessoria e consultoria em informática. 1.07 – Suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados. 1.08 – Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. 2 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 2.01 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 3 – Serviços pres tados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres. 3.01 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda. 3.02 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza.

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3.03 – Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza. 3.04 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. 4 – Serviços de saúde, assistência médica e congêneres. 4.01 – Medicina e biomedicina. 4.02 – Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, radioterapia, quimioterapia, ultra-sonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres. 4.03 – Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-socorros, ambulatórios e congêneres. 4.04 – Instrumentação cirúrgica. 4.05 – Acupuntura. 4.06 – Enfermagem, inclusive serviços auxiliares. 4.07 – Serviços farmacêuticos. 4.08 – Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia. 4.09 – Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamento físico, orgânico e mental. 4.10 – Nutrição. 4.11 – Obstetrícia. 4.12 – Odontologia. 4.13 – Ortóptica. 4.14 – Próteses sob encomenda. 4.15 – Psicanálise. 4.16 – Psicologia. 4.17 – Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e congêneres. 4.18 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres. 4.19 – Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e congêneres. 4.20 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie. 4.21 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres. 4.22 – Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e congêneres. 4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário. 5 – Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres. 5.01 – Medicina veterinária e zootecnia. 5.02 – Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-socorros e congêneres, na área veterinária. 5.03 – Laboratórios de análise na área veterinária. 5.04 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres. 5.05 – Bancos de sangue e de órgãos e congêneres. 5.06 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie. 5.07 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres. 5.08 – Guarda, tratamento, amestramento, embelezamento, alojamento e congêneres. 5.09 – Planos de atendimento e assistência médico-veterinária. 6 – Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres. 6.01 – Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres. 6.02 – Esteticistas, tratamento de pele, depilação e congêneres.

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6.03 – Banhos, duchas, sauna, massagens e congêneres. 6.04 – Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e demais atividades físicas. 6.05 – Centros de emagrecimento, spa e congêneres. 7 – Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres. 7.01 – Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura, geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres. 7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.03 – Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para trabalhos de engenharia. 7.04 – Demolição. 7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço. 7.07 – Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e congêneres. 7.08 – Calafetação. 7.09 – Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer. 7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres. 7.11 – Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores. 7.12 – Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos. 7.13 – Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunização, higienização, desratização, pulverização e congêneres. 7.14 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres. 7.15 – Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres. 7.16 – Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres. 7.17 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo. 7.18 – Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento, levantamentos topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres. 7.19 – Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem, concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos minerais. 7.20 – Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres. 8 – Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza. 8.01 – Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior.

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8.02 – Instrução, treinamento, orientação pedagógica e educacional, avaliação de conhecimentos de qualquer natureza. 9 – Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres. 9.01 – Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência, residence-service, suite service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por temporada com fornecimento de serviço (o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços). 9.02 – Agenciamento, organização, promoção, intermediação e execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagens e congêneres. 9.03 – Guias de turismo. 10 – Serviços de intermediação e congêneres. 10.01 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros, de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência privada. 10.02 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer. 10.03 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos de propriedade industrial, artística ou literária. 10.04 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de arrendamento mercantil (leasing), de franquia (franchising) e de faturização (factoring). 10.05 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios. 10.06 – Agenciamento marítimo. 10.07 – Agenciamento de notícias. 10.08 – Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o agenciamento de veiculação por quaisquer meios. 10.09 – Representação de qualquer natureza, inclusive comercial. 10.10 – Distribuição de bens de terceiros. 11 – Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres. 11.01 – Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de embarcações. 11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas. 11.03 – Escolta, inclusive de veículos e cargas. 11.04 – Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie. 12 – Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres. 12.01 – Espetáculos teatrais. 12.02 – Exibições cinematográficas. 12.03 – Espetáculos circenses. 12.04 – Programas de auditório. 12.05 – Parques de diversões, centros de lazer e congêneres. 12.06 – Boates, taxi-dancing e congêneres. 12.07 – Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres. 12.08 – Feiras, exposições, congressos e congêneres. 12.09 – Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não. 12.10 – Corridas e competições de animais.

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12.11 – Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador. 12.12 – Execução de música. 12.13 – Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de eventos, espetáculos, entrevistas, shows, ballet, danças, desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres. 12.14 – Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por qualquer processo. 12.15 – Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres. 12.16 – Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres. 12.17 – Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza. 13 – Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia. 13.01 – Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem, dublagem, mixagem e congêneres. 13.02 – Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia, reprodução, trucagem e congêneres. 13.03 – Reprografia, microfilmagem e digitalização. 13.04 – Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia, fotolitografia. 14 – Serviços relativos a bens de terceiros. 14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 14.02 – Assistência técnica. 14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 14.04 – Recauchutagem ou regeneração de pneus. 14.05 – Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer. 14.06 – Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido. 14.07 – Colocação de molduras e congêneres. 14.08 – Encadernação, gravação e douração de livros, revistas e congêneres. 14.09 – Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto aviamento. 14.10 – Tinturaria e lavanderia. 14.11 – Tapeçaria e reforma de estofamentos em geral. 14.12 – Funilaria e lanternagem. 14.13 – Carpintaria e serralheria. 15 – Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito. 15.01 – Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres.

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15.02 – Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas. 15.03 – Locação e manutenção de cofres particulares, de terminais eletrônicos, de terminais de atendimento e de bens e equipamentos em geral. 15.04 – Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclusive atestado de idoneidade, atestado de capacidade financeira e congêneres. 15.05 – Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação cadastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF ou em quaisquer outros bancos cadastrais. 15.06 – Emissão, reemissão e fornecimento de avisos, comprovantes e documentos em geral; abono de firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra agência ou com a administração central; licenciamento eletrônico de veículos; transferência de veículos; agenciamento fiduciário ou depositário; devolução de bens em custódia. 15.07 – Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive por telefone, facsímile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento, inclusive vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e demais informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou processo. 15.08 – Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição, cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, análise e avaliação de operações de crédito; missão, concessão, alteração ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de crédito, para quaisquer fins. 15.09 – Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil (leasing). 15.10 – Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pagamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou por máquinas de atendimento; fornecimento de posição de cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação, impressos e documentos em geral. 15.11 – Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de protesto, anutenção de títulos, reapresentação de títulos, e demais serviços a les relacionados. 15.12 – Custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários. 15.13 – Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição, alteração, prorrogação, cancelamento e baixa de contrato de câmbio; emissão de registro de exportação ou de crédito; cobrança ou depósito no exterior; emissão, fornecimento e cancelamento de cheques de viagem; fornecimento, transferência, cancelamento e demais serviços relativos a carta de crédito de importação, exportação e garantias recebidas; envio e recebimento de mensagens em geral relacionadas a operações de câmbio. 15.14 – Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres. 15.15 – Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços relacionados a depósito, inclusive depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio ou processo, inclusive em terminais eletrônicos e de atendimento. 15.16 – Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamento e baixa de ordens de pagamento, ordens de crédito e similares, por qualquer meio ou processo; serviços relacionados à transferência de valores, dados, fundos, pagamentos e similares, inclusive entre contas em geral.

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15.17 – Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamento e oposição de cheques quaisquer, avulso ou por talão. 15.18 – Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação e vistoria de imóvel ou obra, análise técnica e jurídica, emissão, reemissão, alteração, transferência e renegociação de contrato, emissão e reemissão do termo de quitação e demais serviços relacionados a crédito imobiliário. 16 – Serviços de transporte de natureza municipal. 16.01 – Serviços de transporte de natureza municipal. 17 – Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres. 17.01 – Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens desta lista; análise, exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de qualquer natureza, inclusive cadastro e similares. 17.02 – Datilografia, digitação, estenografia, expediente, secretaria em geral, resposta audível, redação, edição, interpretação, revisão, tradução, apoio e infra-estrutura administrativa e congêneres. 17.03 – Planejamento, coordenação, programação ou organização técnica, financeira ou administrativa. 17.04 – Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão-de-obra. 17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço. 17.06 – Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários. 17.07 – Franquia (franchising). 17.08 – Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnicas. 17.09 – Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres. 17.10 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS). 17.11 – Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros. 17.12 – Leilão e congêneres. 17.13 – Advocacia. 17.14 – Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica. 17.15 – Auditoria. 17.16 – Análise de Organização e Métodos. 17.17 – Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza. 17.18 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares. 17.19 – Consultoria e assessoria econômica ou financeira. 17.20 – Estatística. 17.21 – Cobrança em geral. 17.22 – Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta, cadastro, seleção, gerenciamento de informações, administração de contas a receber ou a pagar e em geral, relacionados a operações de faturização (factoring). 17.23 – Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres. 18 – Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.

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18.01 – Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres. 19 – Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres. 19.01 – Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres. 20 – Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e metroviários. 20.01 – Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros, reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência, logística e congêneres. 20.02 – Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres. 20.03 – Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres. 21 – Serviços de registros públicos, cartorários e notariais. 21.01 – Serviços de registros públicos, cartorários e notariais. 22 – Serviços de exploração de rodovia. 22.01 – Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais. 23 – Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres. 23.01 – Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres. 24 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres. 24.01 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres. 25 – Serviços funerários. 25.01 – Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou esquifes; aluguel de capela; transporte do corpo cadavérico; fornecimento de flores, coroas e outros paramentos; desembaraço de certidão de óbito; fornecimento de véu, essa e outros adornos; embalsamamento, embelezamento, conservação ou restauração de cadáveres. 25.02 – Cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos. 25.03 – Planos ou convênio funerários. 25.04 – Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios.

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26 – Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres. 26.01 – Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres. 27 – Serviços de assistência social. 27.01 – Serviços de assistência social. 28 – Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza. 28.01 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza. 29 – Serviços de biblioteconomia. 29.01 – Serviços de biblioteconomia. 30 – Serviços de biologia, biotecnologia e química. 30.01 – Serviços de biologia, biotecnologia e química. 31 – Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres. 31.01 – Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres. 32 – Serviços de desenhos técnicos. 32.01 – Serviços de desenhos técnicos. 33 – Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres. 33.01 – Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres. 34 – Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres. 34.01 – Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres. 35 – Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas. 35.01 – Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas. 36 – Serviços de meteorologia. 36.01 – Serviços de meteorologia. 37 – Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins. 37.01 – Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins. 38 – Serviços de museologia. 38.01 – Serviços de museologia. 39 – Serviços de ourivesaria e lapidação. 39.01 – Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido pelo tomador do serviço). 40 – Serviços relativos a obras de arte sob encomenda. 40.01 – Obras de arte sob encomenda.

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41 – serviços profissionais e técnicos não compreendidos nos incisos anteriores e a exploração de qualquer atividade que represente prestação de serviços e não configure fato gerador de imposto de competência da União ou do Estado. § 1º O fato gerador do imposto ocorre ainda que os serviços não se constituam como atividade preponderante do prestador. § 2º O imposto incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. § 3º O imposto incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.

Art. 8º - Os serviços incluídos na lista ficam sujeitos, apenas, ao imposto previsto no artigo anterior, ainda que sejam prestados com fornecimento de mercadorias, ressalvadas as exceções nela contidas. Art. 9º - A incidência do imposto independe: I - da existência de estabelecimento fixo; II - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas, relativas à atividade, sem prejuízo das cominações cabíveis; III - do resultado financeiro obtido; IV - da destinação dos serviços; V - da denominação dada ao serviço prestado.

Art. 10 - O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XX, quando o imposto será devido no local: I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 2º do art. 7º desta Lei; II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos no subitem 3.04 da lista constante do Art. 7º desta Lei; III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.17 da lista constante do Art. 7º desta Lei; IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista constante do Art. 7º desta Lei; V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista constante do Art. 7º desta Lei; VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista constante do Art. 7º desta Lei; VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista constante do Art. 7º desta Lei; VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista constante do Art. 7º desta Lei; IX – do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista constante do Art. 7º desta Lei;

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X – do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.14 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XI – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.15 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XII – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XIII – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XIV – dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XV – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XVI – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista constante do Art. 7º desta Lei; XVII – do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XVIII – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XIX – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.09 da lista constante do Art. 7º desta Lei; XX – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista constante do Art. 7º desta Lei; § 1º Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. § 2º- Cada estabelecimento do mesmo contribuinte é considerado autônomo para o efeito exclusivo de escrituração fiscal e pagamento do imposto relativo aos serviços prestados, respondendo a empresa pelo imposto, bem como por acréscimos e multas referentes a qualquer um deles. § 3

o No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.03 da lista anexa, considera-se

ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não. § 4

o No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera-se

ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de rodovia explorada. § 5

o Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do estabelecimento

prestador nos serviços executados em águas marítimas, excetuados os serviços descritos no subitem 20.01. § 6º - Considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto Sobre Serviço:

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I - quando a base de cálculo for o preço do serviço, no momento da prestação; II - quando o serviço for prestado sob forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, no primeiro dia seguinte ao de início da atividade e nos exercícios subseqüentes, no primeiro dia de cada ano. SEÇÃO II Da Não Incidência Art. 11 - O imposto não incide sobre: I - as exportações de serviços para o exterior do País; II - a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados; III - o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras. Parágrafo único - Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior. SEÇÃO III Das Isenções Art. 12 - Estão isentos do imposto: I – os órgãos de classe, excluída a prestação de serviços que gere concorrência com empresa privada; II – a associação e o clube, nas atividades específicas, culturais, esportivas, recreativas ou beneficentes, excluída a prestação de serviços que gere concorrência com empresa privada; III – o espetáculo circense e teatral, bem como a promoção de concerto, recital, show, festividade, exposição e atividade correlata, cuja receita se destine a fim assistencial devidamente comprovado perante a Secretaria Municipal de Fazenda. SEÇÃO IV Dos Contribuintes e dos Responsáveis Art. 13 - Contribuinte é o prestador do serviço. § 1º - Considera-se prestador do serviço o profissional autônomo ou a empresa que exerça em caráter permanente ou eventual, quaisquer atividades referidas na lista de serviços. § 2º - Por empresa se entende toda e qualquer pessoa jurídica, inclusive a sociedade de fato que exercer atividade de prestação de serviço. § 3º - Entende-se por profissional autônomo todo aquele que fornecer o próprio trabalho, sem vínculo empregatício, com o auxílio de, no máximo, três empregados que não possuam a mesma habilitação profissional do empregador. Art. 14 - São responsáveis: I – o tomador ou intermediário de serviços provenientes do exterior do país ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do país; II – a pessoa jurídica, ainda, que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.04, 7.02, 7.04, 7.05, 7,09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 11.02,17.05 e 17.09 da lista constante do Art. 7º desta lei.

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III – Os órgãos da Administração Pública, direta e indireta, autárquicos e fundacionais, das esferas Federal, Estadual e Municipal, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as concessionárias, permissionárias, autorizadas e delegadas de serviços públicos pelo imposto incidente sobre todos os serviços a eles prestados; IV – Sem prejuízo do disposto no inciso II deste artigo, as empresas tomadoras de serviços, quando o prestador do serviço não for estabelecido no Município ou, se estabelecido, não comprovar sua inscrição no cadastro mobiliário municipal, e, ainda, quando obrigado à emissão de nota fiscal de serviço, deixa-lo de fazer. § 1º - A responsabilidade de que trata este artigo será satisfeita mediante o pagamento do imposto retido com base no preço do serviço prestado, aplicada a alíquota correspondente à atividade exercida; § 2º - A responsabilidade prevista nesta Seção é inerente a todas as pessoas, físicas ou jurídicas, ainda que alcançadas por imunidade ou por isenção tributária. § 3º - Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte. § 4º - Os sucessores dos responsáveis a que se refere este artigo respondem pelo imposto por estes devido. § 5º - Os tomadores de serviços que realizarem a retenção do ISS, fornecerão ao prestador do serviço o recibo de retenção na fonte do valor do imposto e ficam obrigados a enviar à Fazenda Municipal as informações, objeto da retenção do ISS, no prazo estipulado pelo órgão tributário municipal.

§ 6º - Os contribuintes do ISS registrarão, no livro de registro de notas fiscais de serviços prestados ou nos demais controles de pagamento, os valores que lhe foram retidos na fonte pagadora. SEÇÃO V Da Solidariedade Art. 15 - São solidariamente obrigados perante a Fazenda Municipal, quanto ao imposto relativo aos serviços em que forem parte, aqueles que tenham interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação principal. § 1º - A obrigação solidária é inerente a todas as pessoas físicas ou jurídicas, ainda que alcançadas por imunidade ou isenção tributária. § 2º - A solidariedade não comporta benefício de ordem, podendo, entretanto, o sujeito passivo, atingido por seus efeitos, efetuar o pagamento do imposto incidente sobre o serviço antes de iniciado o procedimento fiscal. SEÇÃO VI Da Base de Cálculo Art. 16- A base de cálculo é o preço do serviço. § 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se preço tudo o que for cobrado em virtude da prestação do serviço, em dinheiro, bens, serviços ou direitos, seja na conta ou não, inclusive a título de reembolso, reajustamento ou dispêndio de qualquer natureza, sem prejuízo do disposto nesta Seção.

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§ 2º - Incluem-se na base de cálculo as vantagens financeiras decorrentes da prestação de serviços, inclusive as relacionadas com a retenção periódica dos valores recebidos. § 3º - Os descontos ou abatimentos concedidos sob condição integram o preço do serviço. § 4º - A prestação de serviço a crédito, sob qualquer modalidade, implica inclusão, na base de cálculo, dos ônus relativos à obtenção do financiamento, ainda que cobrados em separado. § 5º - Nos serviços contratados em moeda estrangeira, o preço será o valor resultante da sua conversão em moeda nacional, ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador. § 6º - Na falta de preço, será tomado como base de cálculo o valor cobrado dos usuários ou contratantes de serviços similares. § 7º - O valor do imposto, quando cobrado em separado, integrará a base de cálculo. § 8º - Sempre que não for possível apurar a base de calculo do ISS relativo aos serviços a que se referem os subitens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços constante do Art. 7º desta Lei a autoridade fiscal adotará como valor mínimo para cobrança do imposto, os valores de obras fixados por ato do Poder Executivo. § 9º - A base de cálculo do ISS arbitrada na forma do parágrafo anterior deste artigo, será deduzida em 50% ( cinqüenta por cento ) a título de materiais fornecidos pelo prestador. § 10 – Nos casos em que a sistemática de aquisição dos materiais ou, ainda, qualquer outra razão, impedir a correta apuração da parcela dedutível a que se refere o Art.18 desta lei, poderá o fisco arbitrá-las em até 50% ( cinquenta por cento ) do valor do serviço, independentemente de comprovação pelo contribuinte. Art. 17 - Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga à título de remuneração do próprio trabalho, com base no disposto no Art. 28 desta Lei. Art. 18 - Na prestação dos serviços a que se referem os subitens 7.02 e 7.05 da lista do art. 7º, não se inclui na base de cálculo do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza o valor dos materiais fornecidos pelo prestador. § 1º. As deduções de materiais admitidas excluem aqueles que não se incorporam às obras executadas, tais como: a) madeiras e ferragens para barracão da obra, escoras, andaimes, tapumes, torres e formas; b) ferramentas, máquinas, aparelhos e equipamentos; c) os adquiridos para formação de estoque ou armazenados fora dos canteiros, antes de sua efetiva utilização; d) aqueles recebidos na obra após a concessão do respectivo habite-se.

§ 2° – São indedutíveis os valores de quaisquer materiais cujos os documentos não estejam revestidos das características ou formalidades legais, previstas na legislação

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federal, estadual ou municipal, especialmente no que concerne a perfeita identificação do emitente, destinatário, do local da obra, consignada pelo emitente da Nota Fiscal. Art. 19 - Nos serviços contratados por administração, a base de cálculo compreende os honorários, os dispêndios com mão-de-obra e encargos sociais, as despesas gerais de administração e outras, realizadas direta ou indiretamente pelo prestador. Art. 20 - Nas demolições, inclui-se no preço dos serviços o montante dos recebimentos em dinheiro ou em materiais provenientes do desmonte. Art. 21 - Nos contratos de construção regulados pela Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, firmados antes do "habite-se" entre incorporador que acumule essa qualidade com a de construtor e os adquirentes de frações ideais de terreno, a base de cálculo será o preço das cotas de construção, deduzido, proporcionalmente, o valor dos materiais. Art. 22 - Quando se tratar de organização de viagens ou excursões, as agências poderão deduzir do preço contratado os valores relativos às passagens aéreas, terrestres e marítimas, bem como a hospedagem dos viajantes ou excursionistas. Art. 23 - No caso de estabelecimento que represente, sem faturamento, empresa do mesmo titular, sediada fora do Município, a base de cálculo compreenderá todas as despesas necessárias à manutenção desse estabelecimento. Art. 24 - Nos serviços de planos de saúde, a base de cálculo será a diferença entre os valores cobrados dos usuários e os valores pagos, em decorrência desses planos, a hospitais, clínicas, sanatórios, laboratórios de análises, de patologia, de eletricidade médica e assemelhados, ambulatórios, pronto-socorros, manicômios, casas de saúde, de repouso e de recuperação, bancos de sangue, de pele, de olhos, de sêmen e congêneres, desde que tais pagamentos sejam efetuados a fornecedores sujeitos à tributação do ISS com base em seu movimento econômico. Art. 25 - Nos serviços de propaganda e publicidade, a base de cálculo compreenderá: I - o preço dos serviços próprios de concepção, redação, produção, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários e sua divulgação por qualquer meio; II - o valor das comissões ou dos honorários relativos à veiculação em geral, realizada por ordem e conta do cliente; III - o valor das comissões ou dos honorários cobrados sobre o preço dos serviços relacionados no inciso I deste artigo, quando executados por terceiros, por ordem e conta do cliente; IV - o valor das comissões ou dos honorários cobrados sobre a aquisição de bens ou contratação de serviços por ordem e conta do cliente; V - o preço dos serviços próprios de pesquisa de mercado, promoção de vendas, relações públicas e outros ligados às suas atividades; VI - o valor das comissões ou dos honorários cobrados sobre reembolsos de despesas decorrentes de pesquisas de mercado, promoção de vendas, relações públicas, viagens, estadas, representação e outros dispêndios feitos por ordem e conta do cliente. Parágrafo único - A aquisição de bens e os serviços de terceiros serão individualizados e inequivocamente demonstrados ao cliente por ordem e conta de quem foram efetuadas despesas, mediante documentação hábil e idônea, sob pena de integrar-se à base de cálculo.

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Art. 26 - Quando os serviços descritos pelos subitens 3.03 e 22.01 da lista do art. 7º forem prestados no território deste Município e também no de um ou mais outros Municípios, a base de cálculo será a proporção do preço do serviço que corresponder à proporção, em relação ao total, conforme o caso, da extensão da ferrovia, da rodovia, das pontes, dos túneis, dos dutos e dos condutos de qualquer natureza, dos cabos de qualquer natureza, ou ao número de postes, existentes neste Município. Art. 27 - Quando o sujeito passivo, em seu estabelecimento ou em outros locais, exercer atividades distintas, subordinadas a mais de uma forma de tributação, deverá observar as seguintes regras: I - se uma das atividades for tributável pelas receitas e outra por imposto fixo, e se na escrita fiscal não estiverem separadas as operações, o imposto relativo à primeira atividade será apurado com base na receita total, sendo devido também o imposto relativo à segunda; II - se as atividades forem tributáveis por alíquotas diferentes, inclusive se alcançadas por deduções ou por isenções, e se na escrita fiscal não estiverem separadas as operações, o imposto será calculado sobre a receita total e pela alíquota mais elevada. SEÇÃO VII Das Alíquotas

Art.28. O imposto será calculado aplicando-se sobre a base de cálculo as seguintes alíquotas:

I – Alíquota genérica (%) Serviços não especificados no inciso II 5 II – Alíquotas específicas: (%) 1 – Item 8 e respectivos subitens;

Subitens 6.01; 6.02;7.02; 7.04; 7.05 e 7.19; 10.06 e 20.01 3

III - Serviços Prestados por Profissionais Autônomos

Valores Anuais Em Reais)

1- Nível Superior de Escolaridade......................................... Nível Médio de Escolaridade............................................. Nível Elementar de Escolaridade/ Sem Qualificação Técnica .................. ............................................................

160,00 100,00 50,00

Parágrafo Único - Entende-se por profissional autônomo todo aquele que fornecer o próprio trabalho, sem vínculo empregatício, com o auxílio de, no máximo, três empregados que não possuam a mesma habilitação profissional do empregador.

SEÇÃO VIII Do Arbitramento Art. 29 - O valor do imposto será lançado a partir de uma base de cálculo arbitrada, sempre que se verificar qualquer das seguintes hipóteses: I - não possuir o sujeito passivo, ou deixar de exibir, os elementos necessários à fiscalização das operações realizadas, inclusive nos casos de perda, extravio ou inutilização de livros ou documentos fiscais; II - serem omissos ou, pela inobservância de formalidades intrínsecas ou extrínsecas, não merecerem fé os livros ou documentos exibidos pelo sujeito passivo; III - existência de atos qualificados em lei como crimes ou contravenções ou que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação, atos esses

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evidenciados pelo exame de livros e documentos do sujeito passivo, ou apurados por quaisquer meios diretos ou indiretos; IV - não prestar o sujeito passivo, após regularmente intimado, os esclarecimentos exigidos pela fiscalização, prestar esclarecimentos insuficientes ou que não mereçam fé, por inverossímeis ou falsos; V - exercício de qualquer atividade que constitua fato gerador do imposto, sem se encontrar o sujeito passivo devidamente inscrito no órgão competente; VI - prática de subfaturamento ou contratação de serviços por valores abaixo dos preços de mercado; VII - flagrante insuficiência do imposto pago em face do volume dos serviços prestados; VIII - serviços prestados sem a determinação do preço ou a título de cortesia; IX - manter o sujeito passivo equipamento Emissor de Cupom Fiscal - Máquina Registradora que não atenda aos requisitos da legislação tributária. § 1º - O arbitramento referir-se-á, exclusivamente, aos fatos ocorridos no período em que se verificarem os pressupostos mencionados nos incisos deste artigo. § 2º - Nas hipóteses previstas neste artigo o arbitramento será fixado por despacho da autoridade fiscal competente, que considerará, conforme o caso: 1 - os pagamentos de impostos efetuados pelo mesmo ou por outros contribuintes de mesma atividade, em condições semelhantes; 2 - peculiaridades inerentes à atividade exercida; 3 - fatos ou aspectos que exteriorizem a situação econômico-financeira do sujeito passivo; 4 - preço corrente dos serviços oferecidos à época a que se referir a apuração; 5 - valor dos materiais empregados na prestação dos serviços e outras despesas, tais como salários e encargos, aluguéis, instalações, energia, comunicações e assemelhados. § 3º - Do imposto resultante do arbitramento serão deduzidos os pagamentos realizados no período. SEÇÃO IX Da Estimativa Art. 30 – A base de cálculo do imposto poderá ser objeto de estimativa, nos seguintes casos: I - quando se tratar de atividade exercida em caráter provisório; II - quando se tratar de contribuinte de rudimentar organização; III - quando o contribuinte não tiver condições de emitir documentos fiscais ou deixar de cumprir com regularidade as obrigações acessórias previstas na legislação; IV - quando se tratar de contribuinte ou grupo de contribuinte cuja espécie, modalidade ou volume de negócios ou atividades aconselhem a exclusivo critério da autoridade competente, tratamento fiscal específico; § 1º - No caso do inciso I deste artigo, consideram-se de caráter provisório as atividades cujo exercício seja de natureza temporária e estejam vinculadas a fatores ou acontecimentos ocasionais ou excepcionais. § 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, o imposto deverá ser pago antecipadamente e não poderá o contribuinte iniciar suas atividades sem efetuar o pagamento sob pena de interdição do local, independentemente de qualquer formalidade.

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Art. 31 - Os contribuintes sujeitos ao regime de estimativa poderão ser dispensados do cumprimento das obrigações acessórias, conforme dispuser o Regulamento. Art. 32 - Quando a estimativa tiver fundamento no inciso IV do art. 30, o contribuinte poderá optar pelo pagamento do imposto de acordo com o regime normal. § 1º - A opção prevista no caput deste artigo será manifestada por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação do ato normativo ou da ciência do despacho que estabeleça a inclusão do contribuinte no regime de estimativa, sob pena de preclusão. § 2º - O contribuinte optante ficará sujeito às disposições aplicáveis aos contribuintes em geral. § 3º - O regime de estimativa de que trata este artigo, à falta de opção, valerá pelo prazo de 12 (doze) meses, prorrogáveis por igual período, sucessivamente, caso não haja manifestação da autoridade. § 4º - Sem prejuízo do disposto neste artigo, a autoridade poderá cancelar o regime de estimativa ou rever, a qualquer tempo, a base de cálculo estimada. Art. 33 - Até 30 (trinta) dias antes do término de cada período de 12 (doze) meses, poderá o contribuinte manifestar a opção de que trata o artigo anterior. Art. 34 - Os contribuintes abrangidos pelo regime de estimativa poderão, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação do ato normativo ou da ciência do respectivo despacho, impugnar o valor estimado. § 1º - A impugnação prevista no caput deste artigo não terá efeito suspensivo e mencionará, obrigatoriamente, o valor que o interessado reputar justo, assim como os elementos para a sua aferição. § 2º - Julgada procedente a impugnação, a diferença a maior, recolhida na pendência da decisão, será aproveitada nos pagamentos seguintes ou restituída ao contribuinte, se for o caso. Art. 35 - Para fixação da base de cálculo estimada, a autoridade competente levará em consideração, conforme o caso: I - o tempo de duração e a natureza do acontecimento ou da atividade; II - o preço corrente dos serviços; III - o volume de receitas em períodos anteriores e sua projeção para os períodos seguintes, podendo observar outros contribuintes de idêntica atividade; IV - a localização do estabelecimento; V - informações do contribuinte e outros elementos informativos, inclusive estudos de órgãos públicos e entidade de classe diretamente vinculadas a atividade. § 1º - A base de cálculo estimada poderá, ainda, considerar o somatório dos valores das seguintes parcelas : a) o valor das matérias primas, combustíveis e outros materiais consumidos ou aplicados no período; b) folhas de salários pagos durante o período, adicionada de todos os rendimentos pagos, inclusive honorários de diretores e retiradas de proprietários, sócios ou gerentes, bem como das respectivas obrigações trabalhistas e sociais;

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c) aluguel mensal do imóvel e dos equipamentos ou, quando próprio, 1% (um por cento) do valor dos mesmos, computado ao mês ou fração; d) despesa com o fornecimento de água, energia, telefone e demais encargos obrigatórios ao contribuinte; e) outras despesas necessárias à prestação do serviço. SEÇÃO X Do Pagamento

Art. 36 - O Imposto Sobre Serviço será recolhido: I - por meio de guia preenchida pelo próprio contribuinte, no caso de auto-lançamento, de acordo com modelo, forma e prazos estabelecidos pelo fisco; II - por meio de notificação de lançamento emitida pela repartição competente nos prazos e condições constantes da própria notificação. § 1º - No caso de lançamento por homologação, o pagamento deverá ser efetuado no dia 10 (dez) do mês subseqüente à ocorrência dos fatos geradores. § 2º - É facultado ao fisco, tendo em vista a regularidade de cada atividade, adotar outra forma de recolhimento, determinando que se faça antecipadamente, operação por operação, ou por estimativa em relação aos serviços de determinado período. Art. 37 - No ato da inscrição ou encerramento o recolhimento da prestação será proporcional à data da respectiva efetivação da inscrição ou encerramento da atividade. Art. 38 - A retenção será correspondente ao valor do imposto devido de acordo com a tabela do art. 28 desta Lei, e deverá ocorrer no ato do pagamento da prestação do serviço, fazendo-se o recolhimento aos cofres da Fazenda Pública Municipal, até o dia 10 do mês subseqüente. CAPÍTULO II Das Obrigações Acessórias Seção I Das Disposições Gerais

Art. 39 - Todas as pessoas físicas e jurídicas, contribuintes ou não do imposto, ou dele isentas,que de qualquer modo participem direta ou indiretamente de operações relacionadas com a prestação do serviço estão obrigadas, salvo norma em contrário, ao cumprimento das obrigações deste título e das previstas em regulamento.

Parágrafo Único - A falta de retenção do imposto implica responsabilidade do pagador pelo valor do imposto devido, além das penalidades previstas na legislação tributária.

Art. 40 - As obrigações acessórias constantes deste capítulo e regulamento não excetuam outras de caráter geral e comuns a vários tributos previstos na legislação própria. Art. 41 - O contribuinte poderá ser autorizado a se utilizar de regime especial para emissão e escrituração de documentos e livros fiscais, inclusive através de processamento eletrônico de dados, observado o disposto em regulamento. Seção II Da Inscrição no Cadastro Mobiliário

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Art.42 - Todas as pessoas físicas ou jurídicas com ou sem estabelecimento fixo, que exerçam, habitual ou temporariamente, individualmente ou em sociedade, qualquer das atividades constantes da lista de serviços prevista nesta Lei, ficam obrigadas à inscrição no Cadastro Mobiliário do Município de Arraial do Cabo. Parágrafo Único - A inscrição no cadastro a que se refere este artigo será promovida pelo contribuinte ou responsável, nos seguintes prazos: I - até 30 (trinta) dias após o registro dos atos constitutivos no órgão competente, no caso de pessoa jurídica; II - antes do início da atividade, no caso de pessoa física e pessoa jurídica não estabelecida no Município, mas que exerça no território deste atividade sujeita ao imposto. Art. 43 - As declarações prestadas pelo contribuinte ou responsável no ato da inscrição ou da atualização dos dados cadastrais não implicam sua aceitação pela Fazenda Municipal que as poderá rever a qualquer época, independentemente de prévia ressalva ou comunicação. Parágrafo Único - A inscrição, alteração ou retificação de ofício não eximem o infrator das multas cabíveis.

Art. 44 - A obrigatoriedade da inscrição se estende às pessoas físicas ou jurídicas imunes ou isentas do pagamento do imposto. Art. 45 - O contribuinte é obrigado a comunicar o encerramento ou a paralisação da atividade no prazo de até 30 dias após a paralisação . § 1º - Em caso de deixar o contribuinte de recolher o imposto por mais de dois anos consecutivos e não ser encontrado no domicílio tributário fornecido para tributação, a inscrição e o cadastro poderão ser baixados de ofício na forma que dispuser o regulamento. § 2º - A anotação de encerramento ou paralisação de atividade não extingue débitos existentes, ainda que venham a ser apurado posteriormente à declaração do contribuinte ou à baixa de ofício. Art.46 - É facultado à Fazenda Municipal promover, periodicamente, a atualização dos dados cadastrais , mediante notificação, fiscalização e convocação por edital dos contribuintes. Seção III Das Declarações Fiscais

Art. 47 - Além da inscrição e respectivas alterações, o contribuinte ficará sujeito à apresentação de quaisquer declarações de dados, na forma e nos prazos que dispuser o regulamento.

Art. 48 - Os contribuintes do Imposto Sobre Serviços ficam obrigados a apresentar uma declaração anual de dados, de acordo com o que dispuser o regulamento.

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Seção IV Da Escrituração Fiscal Art. 49 - Os contribuintes sujeitos ao imposto são obrigados a: I - manter em uso escrita fiscal destinada ao registro dos serviços prestados, ainda que isentos ou não tributados; II - emitir notas fiscais dos serviços prestados, ou outro documento exigido pelo fisco, por ocasião da prestação de serviços. § 1º - O regulamento disporá sobre a dispensa da manutenção de determinados livros e documentos, tendo em vista a natureza dos serviços. § 2º - os prestadores de serviços ficam obrigados a inscrever na nota de prestação de serviços a base de cálculo, a alíquota e o valor do ISS.

Art. 50 - Os modelos de livros, notas fiscais e demais documentos a serem obrigatoriamente utilizados pelos contribuintes, serão definidos em regulamento.

SEÇÃO V Do Procedimento Tributário Relativo Ao Imposto Sobre Serviço Art. 51 - O procedimento fiscal relativo ao Imposto Sobre Serviços, terá início com: I - a lavratura do termo de início de fiscalização; II - a notificação e/ou intimação de apresentação de documentos; III - a lavratura do auto de infração; IV - a lavratura de termos de apreensão de mercadorias, livros ou documentos fiscais; V - a prática, pela Administração, de qualquer ato tendente à apuração do crédito tributário ou do cumprimento de obrigações acessórias, cientificando o contribuinte. § 1º - O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo, desde que devidamente intimado, em relação aos atos acima e, independentemente da intimação, a dos demais envolvidos nas infrações verificadas. § 2º - A exigência do crédito tributário, inclusive multas, será formalizada em notificação de lançamento ou auto de infração que conterão os requisitos especificados nesta lei. CAPÍTULO III Das Infrações e das Penalidades SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 52 - Considera-se infração o descumprimento de qualquer obrigação, principal ou acessória, prevista na legislação do imposto. Art. 53 - Considera-se omissão de operações tributáveis: I - qualquer entrada de numerário de origem não comprovada; II - a escrituração de suprimentos sem documentação hábil, idônea ou coincidente, em datas e valores, com as importâncias entregues pelo supridor, devendo, ainda, ser comprovada a disponibilidade financeira deste; III - a ocorrência de saldo credor nas contas do ativo circulante ou do realizável contábil; IV - a efetivação de pagamento sem a correspondente disponibilidade financeira;

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V - qualquer irregularidade verificada em máquina registradora utilizada pelo contribuinte, ressalvada a hipótese de defeito mecânico, devidamente comprovado por oficina de conserto; VI - adulteração de livros ou de documentos fiscais; VII - emissão de documento fiscal consignando preço inferior ao valor real da operação; VIII - prestação do serviço sem a correspondente emissão de documento fiscal e sem o respectivo lançamento na escrita fiscal ou comercial; IX - início de atividade sem inscrição do sujeito passivo no cadastro fiscal. SEÇÃO II Das Multas Art. 54 - As infrações apuradas por meio de procedimento fiscal ficam sujeitas às seguintes multas: I - infrações relativas aos impressos fiscais: a) confecção para si ou para terceiro, bem como encomenda para confecção, de falso impresso de documento fiscal, de impresso de documento fiscal em duplicidade, ou de impresso de documento fiscal sem autorização fiscal – multa equivalente a R$ 3,00, por documento impresso, aplicável ao contribuinte e ao estabelecimento gráfico; b) falta do número de inscrição do cadastro de prestadores de serviços em documentos fiscais: por autorização – multa de R$ 100,00, aplicável também ao estabelecimento gráfico; c) fornecimento, utilização de falso impresso de documento fiscal ou de impresso de documento fiscal que indicar estabelecimento gráfico diverso do que estiver confeccionado – multa equivalente a R$3,00 por documento fiscal, aplicável também ao estabelecimento gráfico; d) confecção, para si ou para terceiro, de impresso de documento fiscal, em desacordo com modelos exigidos em regulamento.- multa de R$100,00, aplicável ao estabelecimento gráfico; e) não entrega da Relação de Impressão dos Documentos Fiscais prevista em regulamento – multa equivalente a R$200,00; II - Infrações relativas às informações cadastrais: a) falta de inscrição no Cadastro Mobiliário de Contribuinte - multa equivalente a R$100,00; b) falta de solicitação de alteração no Cadastro Mobiliário de Contribuintes, quando a venda ou alteração de endereço, ou atividade – multa equivalente a R$70,00; c) encerramento ou paralisação do ramo de atividade, fora do prazo previsto em regulamento no caso de pessoa física estabelecida – multa de importância igual a R$50,00; d) encerramento ou paralisação do ramo de atividade fora do prazo previsto em regulamento no caso de pessoa jurídica – multa de importância igual a R$150,00; III - infrações relativas a livros e documentos fiscais: a) inexistência de livros ou documentos fiscais – multa de R$200,00; b) pelo atraso ou falta de escrituração dos documentos fiscais, ainda que isentos, imune ou não tributáveis – multa de R$100,00; c) utilização de documento fiscal em desacordo com o regulamento – multa de R$50,00, por exercício; d) emissão de documentos para recebimento do preço do serviço sem a correspondente nota fiscal – multa equivalente a 20 % (vinte por cento) do valor do serviço prestado; e) deixar de comunicar, no prazo de 60 (sessenta) dias, ao órgão fazendário a ocorrência de inutilização, furto ou extravio de livro ou documento fiscal – multa de R$100,00; f) deixar de apresentar quaisquer declarações ou documentos a que esteja obrigado por lei ou o fizer com dados inexatos – multa de R$150,00;

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g) não atendimento à notificação fiscal, sonegação ou recusa na exibição de livros ou outros documentos fiscais – multa de R$200,00; h) falta ou recusa na exibição de informações ou de documentos fiscais de serviços prestados por terceiros – multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor do imposto referente ao último recolhimento efetuado pelo contribuinte e, se este não houver, multa de R$200,00, prevalecendo, entre estas, sempre a de maior valor; i) emissão de documentos fiscais que consigne declaração falsa ou evidencie quaisquer outras irregularidades, tais como duplicidade de numeração, preços diferentes nas vias de mesmo número, adulteração, preço abaixo do valor real da operação ou subfaturamento – multa equivalente a 25 % (vinte e cinco por cento ) do valor dos serviços prestados; j) emissão de nota fiscal de serviços não tributados ou isentos em operações tributáveis pelo ISS – multa de 20 % (vinte por cento) do valor dos serviços prestados. IV - Infrações relativas ao imposto : a) falta de recolhimento ou recolhimento em importância menor que a devida, apurado por meio de ação fiscal – multa de importância igual a 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor do imposto; b) falta de recolhimento do imposto retido na fonte, quando apurado por meio de ação fiscal – multa de importância igual a 100%(cem por cento) sobre o valor do imposto; c) Falta de retenção do imposto devido, quando exigido este procedimento - multa de 50 % (cinqüenta por cento) do imposto devido não retido. V - demais infrações : a) por embaraçar ou impedir a ação fiscal – multa de valor igual a 50 % (cinqüenta por cento) do valor do imposto referente ao último recolhimento efetuado pelo contribuinte e, se este não houver, multa de R$200,00, prevalecendo, entre estas, a de maior valor; b) aos que infringirem a legislação tributária caso não haja penalidade específica nesta lei – multa equivalente ao valor de R$200,00.

Art. 55 - A reincidência da infração será punida com multa em dobro e, a cada reincidência subseqüente, aplicar-se-á multa correspondente à reincidência anterior, acrescida de 20% (vinte por cento) sobre seu valor. § 1º - Caracteriza reincidência a prática de nova infração de um mesmo dispositivo de legislação tributária pela mesma pessoa, dento de 5 (cinco) anos a contar da data do pagamento da exigência ou do término do prazo para interposição da defesa ou da data da decisão condenatória irrecorrível na esfera administrativa, relativamente à infração anterior. § 2º - O contribuinte reincidente poderá ser submetido a sistema especial de fiscalização.

Art. 56 - No concurso de infrações, as penalidades serão aplicadas conjuntamente, uma para cada infração, ainda que capituladas no mesmo dispositivo legal.

Art. 57 - No caso de enquadramento em mais de um dispositivo legal de uma mesma infração tributária será aplicada a de maior penalidade. Art. 58 – O imposto não integralmente pago no vencimento será acrescido de juros de mora, multa de mora e atualização monetária, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição de penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na legislação tributária.

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§ 1º - A multa pela impontualidade no pagamento será de 1% (um por cento ) ao mês, ou fração, até o limite de 50% ( cinquenta por cento ). § 2º - Os juros de mora são calculados à taxa de 1% ( um por cento ) ao mês, ou fração. § 3º - A atualização monetária será de acordo com a variação anuall do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, ou o que vier a substituí-lo. § 4º - O disposto neste artigo não se aplica na pendência a consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do imposto. TÍTULO IV Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana CAPÍTULO I Da Obrigação Principal SEÇÃO I Do Fato Gerador e da Incidência Art. 59 - O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem imóvel, por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. Parágrafo único - Considera-se ocorrido o fato gerador no primeiro dia do exercício a que corresponder o imposto. Art. 60 - Para os efeitos do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, entende-se como zona urbana toda área em que existam melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. Parágrafo único - Consideram-se também urbanas as áreas urbanizáveis ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelo órgão municipal competente, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio. Art. 61 - As disposições desta Lei são extensivas aos imóveis localizados fora da zona urbana que, em face de sua destinação ou área, sejam considerados urbanos para efeito de tributação. Art. 62 - O Poder Executivo definirá, periodicamente, para efeito de tributação, o perímetro da zona urbana, bem como os limites e denominações dos bairros e sua distribuição em regiões fiscais. Art. 63 - O Imposto sobre a Propriedade Predial incide sobre os imóveis edificados, com "habite-se", ocupados ou não, e ainda que a construção tenha sido licenciada por terceiro ou feita em terreno alheio. Parágrafo único - O imposto incide, também, sobre imóveis edificados e ocupados ainda que o respectivo "habite-se" não tenha sido concedido.

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Art. 64 - A incidência do Imposto sobre a Propriedade Predial no caso de benfeitoria construída em área de maior porção, sem vinculação ao respectivo terreno, não afasta, mesmo em proporção, a tributação territorial sobre toda a área. Art. 65 - Prevalecerá a incidência do Imposto sobre a Propriedade Predial sempre que este imposto for maior que o Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana, nos seguintes casos: I - prédios construídos sem licença ou em desacordo com a licença; II - prédios construídos com autorização a título precário. Art. 66 - O Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana incide sobre os imóveis nos quais ainda não tenha havido edificações ou cujas edificações tenham sido objeto de demolição, desabamento, incêndio, ou estejam em ruínas. Parágrafo Único - Prevalecerá a incidência do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana, sempre que este imposto for maior do que o Imposto sobre a Propriedade Predial, nas seguintes hipóteses: 1 - terrenos cujas edificações tenham sido feitas sem licença ou em desacordo com a licença; 2 - terrenos nos quais exista construção autorizada a título precário; Art. 67 - A mudança de tributação predial para territorial, ou de territorial para predial, somente prevalecerá, para efeito de cobrança do imposto respectivo, a partir do exercício seguinte aquele em que ocorrer o evento causador da alteração. SEÇÃO II Das Isenções Art. 68 -. Estão isentos do imposto: I - o imóvel de interesse histórico artístico ou cultural, assim reconhecido pelo órgão municipal competente; II - o imóvel pertencente à agremiação desportiva licenciada e filiada à federação esportiva estadual, quando utilizado efetiva e habitualmente no exercício das suas atividades sociais; III - o imóvel cedido ao Município a qualquer título, desde que o contrato estabeleça o repasse do ônus tributário, observado o parágrafo 1º, deste artigo; IV - o imóvel de propriedade de ex-combatente da II Guerra Mundial, assim considerado o que tenha efetivamente participado de operações bélicas como integrante do Exército, da Aeronáutica, da Marinha de Guerra e da Marinha Mercante, nos termos da Lei Federal nº 5.315, de 12 setembro de 1967, inclusive o de que seja promitente comprador ou cessionário, mantendo-se a isenção ainda que o titular tenha falecido, desde que a propriedade do imóvel seja transmitida à viúva ou ex-companheira, ou a filho menor ou inválido; V - a área que constitua reserva florestal, assim definida pelo Poder Público. VI – cujo proprietário apresente Renda Familiar Bruta Mensal igual ou inferior a dois salários mínimos, que não possua outro imóvel e que nele resida. § 1º - na hipótese de inciso III, a isenção prevalecerá a partir do ano seguinte ao da ocorrência do fato gerador mencionado e será suspensa no exercício posterior ao da rescisão ou do término do contrato de cessão. § 2º - a isenção prevista no inciso IV será mantida enquanto não houver modificação no estado das pessoas nele referidas.

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§ 3º - Para efeito do disposto no incico VI deste artigo, considera-se Renda Familiar Bruta o somatório dos vencimentos e vantagens fixas de todos, maiores de idade, residentes num mesmo imóvel. § 4º - na hipótese do inciso VI, a isenção somente será concedida mediante requerimento formal em processo administrativo regular, e parecer favorável da Secretaria Municipal de Ação Social por meio de ficha de levantamento sócio-econômico. § 5º - as isenções previstas neste artigo condicionam-se ao seu reconhecimento pelo órgão municipal competente, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. SEÇÃO III Do Sujeito Passivo Art. 69 - Contribuinte do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. Parágrafo único - São também contribuintes os promitentes-compradores imitidos na posse, os posseiros, ocupantes ou comodatários de imóveis pertencentes à União, aos Estados, aos Municípios, ou a quaisquer outras pessoas isentas do imposto ou a ele imunes. SEÇÃO IV Da Base de Cálculo Art. 70 - A base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial é o valor venal da unidade imobiliária, assim entendido o valor que esta alcançaria para compra e venda à vista, segundo as condições do mercado. Art. 71. Para efeito de cálculo do valor venal do imóvel, considera-se, em relação a cada unidade imobiliária, a construção mais a área ou fração ideal do terreno a ela vinculada. § 1º - O cálculo do IPTU e a determinação do valor venal dos imóveis situados na área urbana do município far-se-ão com base no disposto nesta lei, bem como na Lei nº 1302 de 26 de dezembro de 2002. § 2º - O valor venal da unidade imobiliária é apurado de acordo com os seguintes indicadores: I - localização, área, característica e destinação da construção; II - preços correntes das alienações de imóveis no mercado imobiliário; III - situação do imóvel em relação a equipamentos urbanos existentes no logradouro; IV - declaração do contribuinte, desde que ratificada pelo Fisco, ressalvada a possibilidade de revisão, se comprovada a existência de erro; V - elementos contidos no Cadastro Imobiliário Municipal e os apurados em campo; VI - outros dados tecnicamente reconhecidos. § 3º - No caso de edificação com frente e numeração para mais de um logradouro, a tributação deve corresponder a do logradouro para o qual cada unidade imobiliária faça frente. § 4º - Na hipótese de imóvel onde se realize a revenda de combustíveis e lubrificantes, especificamente posto de gasolina, a área a ser levada em conta na apuração do valor venal é a maior das seguintes: I - a efetivamente construída; II - a de ocupação horizontal máxima do terreno, legalmente permitida para construção no local.

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§ 5º - Na determinação do valor venal não se considera o valor dos bens móveis mantidos no imóvel, ainda que em caráter permanente. Art. 72. O valor venal da edificação, observado o disposto no parágrafo 1º, do artigo anterior é determinado pela multiplicação do valor genérico do metro quadrado do tipo de construção, em se considerando o fator destinação do imóvel, (se residencial ou não residencial), com relação ao setor, por fatores de correção, e pela área construída. § 1º. A área é obtida através dos contornos externos das paredes ou pilares, computando-se também a superfície: I - das sacadas, varandas e terraços, cobertos ou descobertos, de cada pavimento; II - dos jiraus, porões e sótãos; III - das garagens ou vagas cobertas; IV - das áreas edificadas destinadas ao lazer, na proporção das respectivas frações ideais, quando se tratar de condomínio; V - das demais partes comuns, na proporção das respectivas frações ideais. § 2º. No caso de piscinas, a área é obtida através da medição dos contornos internos das paredes. § 3º. O valor genérico do metro quadrado do tipo de construção é o valor do metro quadrado apurado no exercício fiscal a que se referir o lançamento, para cada um dos setores em que, para efeitos fiscais, estiver dividido o Município. § 4º. São fatores de correção do valor venal da edificação os itens relacionados nos anexos III, IV e VII da Lei nº 1302 de 26 de dezembro de 2002. Art. 73. O valor venal do terreno é determinado pela multiplicação do valor genérico do metro quadrado do terreno, pela área do terreno determinada pela fração ideal, e pelos fatores de correção relacionados no anexo III e itens A, B, C, D, e H do anexo V, ambos da Lei nº 1302 de 26 de dezembro de 2002. . § 1º. O valor genérico do metro quadrado do terreno é o valor do metro quadrado apurado para o exercício fiscal a que se referir o lançamento, para cada um dos setores em que, para efeitos fiscais, estiver dividido o Município. § 2º. São fatores de correção do valor venal do terreno: I - Fator P - PEDOLOGIA, aplicável em relação à qualidade do solo, para efeitos de seu aproveitamento; II - Fator T - TOPOGRAFIA, aplicável a terreno que apresente característica topográfica favorável, ou com acidentação de relevo impeditiva de seu pleno aproveitamento; III - Fator S - SITUAÇÃO, aplicável segundo a situação do terreno mais ou menos favorável em relação à quadra. Art. 74. Ocorrida a simultaneidade na aplicação dos fatores de correção, a redução máxima admitida será de 90% (noventa por cento). Art. 75. O valor genérico do metro quadrado da edificação e o valor genérico do metro quadrado do terreno é fixado, anualmente, pelo Poder Executivo, mediante a utilização de processos técnicos.

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Parágrafo único. Constituem instrumentos de apoio para a fixação dos valores a que se refere este artigo, entre outros: I - Informações de órgãos técnicos especializados, ligados à construção civil; II - Pesquisas no mercado imobiliário local e regional; III - Plantas ou tabelas de valores elaboradas pela Secretaria Municipal de Fazenda. Art. 76. O valor do imóvel, apurado para efeitos de cobrança do Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos, por Ato Oneroso, de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos - ITBI, deve ser adotado como base de cálculo para lançamento do imposto no exercício fiscal seguinte, devidamente atualizado, sempre que superior ao valor apurado segundo disposto nesta Seção. SEÇÃO V Das Alíquotas Art. 77. O valor do imposto é calculado, aplicando-se sobre a base de cálculo as seguintes alíquotas:

I - UNIDADE IMOBILIÁRIA EDIFICADA a) de utilização residencial b) de utilização não-residencial

0,4% 0,4%

II - UNIDADE IMOBILIÁRIA NÃO EDIFICADA (terreno)

1,7%

SEÇÃO VI Do Lançamento Art. 78. O lançamento do imposto é anual, considerando-se regularmente notificado o contribuinte, desde que tenha sido feitas publicações de caráter oficial, ou em jornal e/ou periódico de circulação local, dando ciência ao público da emissão das respectivas guias de pagamento. Art. 79. O imposto é lançado em nome do contribuinte que constar do Cadastro Imobiliário, levando em conta a situação do imóvel à época da ocorrência do fato gerador. § 1º. Tratando-se de imóvel objeto de compromisso de compra e venda, o lançamento do imposto pode ser procedido, indistintamente, em nome do promitente vendedor ou do compromissário comprador. § 2º. O lançamento de imóvel objeto de enfiteuse, usufruto ou fideicomisso é efetuado em nome do efiteuta, do usufrutuário ou do fiduciário. § 3º. Na hipótese de condomínio, o lançamento é procedido: I - quando pro indiviso, em nome de um ou de qualquer dos co-proprietários; II - Quando pro diviso, em nome do proprietário, do titular do domínio útil ou do possuidor da unidade autônoma.

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Art. 80. Na impossibilidade da obtenção de dados exatos sobre o imóvel ou de elementos necessários à fixação da base de cálculo, bem como forem omissos ou não merecerem fé as declarações, esclarecimentos ou documentos fornecidos pelo contribuinte, ou for impedida a ação fiscal, o imposto deve ser arbitrado, com base nos elementos de que dispuser a Administração Tributária. § 1º - No caso de impugnação do lançamento, poderá ser emitido novo carnê com valores relativos à parte não impugnada. § 2º - A impugnação do lançamento suspende a exigibilidade do crédito tributário. § 3º - A impugnação do lançamento não elide a incidência de acréscimos moratórios, a menos que, juntamente com a impugnação, ocorra o depósito do montante integral ou quitação da parte sobre o qual não haja contestação e depósito da parte contestada. Art. 81 - Enquanto não extinto o direito da Fazenda Municipal poderão ser efetuados lançamentos omitidos ou complementares, estes últimos somente quando decorrentes de erro de fato. SEÇÃO VII Do Pagamento Art. 82. O imposto é pago de uma só vez ou em 10 (dez) cotas mensais, na forma e nos prazos constantes da própria notificação do lançamento. § 1º. O total do lançamento é quantificado em Reais, e, na hipótese de pagamento parcelado, dividido em cotas iguais, vencíveis dentro do exercício. § 2º. Na hipótese de débito relativo a exercício anterior ao do lançamento, o mesmo deverá ser atualizado com base na variação anual do INPC – Índice Nacional de Preço ao Consumidor, sem prejuízo dos acréscimos moratórios. § 3º. É concedido o desconto de 10% (dez por cento) para o pagamento do imposto de uma só vez. Art. 83 - O pagamento de cada cota independe de estarem pagas as anteriores e não presume a quitação das demais. CAPÍTULO II Das Obrigações Acessórias Seção I Da Inscrição Art. 84. Todo imóvel, edificado ou não, localizado na zona urbana do Município, fica sujeito à inscrição no Cadastro Imobiliário Municipal, ainda que esteja alcançado por imunidade ou isenção do imposto. Art. 85. A inscrição deve ser promovida pelo interessado, separadamente para cada imóvel em que seja proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título, mediante declaração acompanhada do título correspondente à propriedade e a situação legal do imóvel de plantas e croquis, bem como de informações quanto à localização, área, fração ideal, padrão de construção, topografia, pedologia e demais elementos e características essenciais para cada imóvel, a critério da Secretaria Municipal de Fazenda.

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§ 1º. Para efeito de caracterização da unidade imobiliária é considerada a situação de fato do imóvel e não, apenas, a descrição contida no respectivo título de propriedade ou outro documento legal relativo ao imóvel. § 2º. A inscrição deve ser promovida pelo contribuinte sempre que se constituir uma unidade imobiliária pela concessão do “habite-se”, tratando-se de construção, ou por remembramento ou desmembramento, no caso de terreno. § 3º. A inscrição é efetuada em formulário próprio, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da formação da unidade imobiliária, ou, quando for o caso, da convocação oficial de iniciativa da Secretaria Municipal de Fazenda. § 4º. A inscrição de imóvel de propriedade da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarquias e fundações, deve ser efetivada pela repartição incumbida de sua guarda ou administração. § 5º. A autoridade municipal competente pode promover, de ofício, inscrição de imóvel no Cadastro Imobiliário. § 6º. A inscrição de imóvel pode ser promovida, a título precário, e a critério de Secretaria Municipal de Fazenda, exclusivamente para efeitos fiscais, nos casos de: I - prédio não legalizado; II - benfeitoria construída em terreno de titularidade desconhecida; III - terreno de titularidade desconhecida que seja objeto de posse. § 7º. Na hipótese do inciso III, do parágrafo anterior, deve ser aposto, na inscrição, no campo destinado ao nome do titular, a palavra “posse”. § 8º. Deve ser objeto de uma única inscrição a gleba de terra bruta desprovida de melhoramentos, desde que não haja loteamento aprovado pela Prefeitura, e a quadra individa de áreas arruadas. § 9º. No caso de condomínio, pode ser inscrita separadamente cada fração ideal, mediante requerimento do interessado. Art. 86. O proprietário de imóvel resultante de desmembramento ou remembramento deve promover sua inscrição dentro 30 (trinta) dias, contados do registro dos atos respectivos no Registro de Imóveis. Seção II Das Alterações Cadastrais Art. 87. Toda modificação que ocorra na unidade imobiliária deve ser informada pelo contribuinte à Secretaria Municipal de Fazenda, para efeito de alteração cadastral. Parágrafo único. A comunicação é efetuada em formulário próprio, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da ocorrência da modificação, inclusive nos casos de: I - conclusão da construção, no todo ou em parte, em condições de uso e habitação: II - aquisição da propriedade, domínio útil ou posse do bem imóvel.

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Art. 88. A retificação da inscrição, ou de sua alteração, por iniciativa do próprio contribuinte, quando vise a reduzir ou a excluir o imposto já lançado, somente é admissível mediante comprovação do erro em que se fundamente. Art. 89. A autoridade municipal competente pode promover, de ofício, alteração cadastral, sem prejuízo da aplicação de penalidades cabíveis, por não ter sido efetuada pelo contribuinte, ou apresentar erro, omissão ou falsidade. Art. 90. O titular de direito sobre o prédio que se construir ou for objeto de acréscimo, reforma ou reconstrução, fica obrigado a comunicar a correspondente ocorrência quando de sua conclusão, comunicação essa que deve ser acompanhada de plantas, croquis, visto da fiscalização do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS e outros elementos elucidativos da obra realizada, conforme dispuser a legislação, observado o artigo 87. Parágrafo único. Não é concedido “habite-se”, nem será aceita a obra pelo órgão competente, sem a prova de ter sido feita a comunicação prevista neste artigo. Art. 91. O contribuinte deve comunicar, dentro o prazo de 30 (trinta) dias, contado da respectiva ocorrência, a demolição, o desabamento, o incêndio ou a ruína do prédio. Art. 92. No mesmo prazo previsto no artigo anterior devem ser comunicados os casos de mudança de uso do prédio, bem como a cessação ou alteração das condições que levaram à redução do imposto ou reconhecimento de isenção ou de imunidade, observado o disposto no artigo 87. Art. 93. As alterações ou retificações porventura havidas nas dimensões dos terrenos devem ser comunicadas dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contado da averbação dos atos respectivos do Registro de Imóveis. Art. 94. Sempre que o contribuinte constatar inexatidão nos dados levantados pela Secretaria Municipal de Fazenda, e constantes da respectiva guia de recolhimento, que resulte em lançamento inferior ao devido, fica obrigado a promover sua comunicação, no prazo de 90 dias (noventa) dias, contado da publicação a que se refere o artigo 78, desta lei. Art. 95. O titular de direito real sobre imóvel, ao apresentar seu título para registro no Registro de Imóveis, entregará, concomitantemente, requerimento preenchido e assinado, em modelo e número de vias estabelecidos pela Secretaria Municipal de Fazenda, a fim de possibilitar a mudança do nome do titular da inscrição imobiliária. Parágrafo único. Na hipótese de promessa de venda e de cessão de imóvel, a transferência de nome aludirá a tal circunstância, mediante a aposição da palavra “promitente”, por extenso ou abreviada, ao nome do respectivo titular. Art. 96. Depois de registrado o título, o Oficial do Registro deve certificar, em todas as vias do requerimento referido no artigo anterior, que as indicações fornecidas pelo interessado conferem com o título registrado, bem como o livro e a folha em que este foi feito, após o que deve remeter uma das vias à Secretaria Municipal de Fazenda, até o último dia do mês seguinte ao do registro.

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Art. 97. A área do imóvel, bem como o número do processo e o motivo da alteração que sofrer devem constar, obrigatoriamente, do Cadastro Imobiliário Municipal. Art. 98. Ficam os loteadores ou responsáveis por loteamentos obrigados a fornecer à Secretaria Municipal de Fazenda, mensalmente, até o dia 10 (dez), relação nominal e respectivos endereços dos compradores ou promitentes compradores de imóveis de sua responsabilidade. CAPÍTULO III Das Penalidades Art. 99. Considera-se infração o descumprimento de qualquer obrigação principal ou acessória, prevista na legislação do imposto. Art. 100. As infrações apuradas mediante procedimento fiscal ficam sujeitas às seguintes multas: I - falta de pagamento, no todo ou em parte, por não inscrição do imóvel ou seus acréscimos:

Multa: 50% (cinqüenta por cento) sobre o imposto devido; II - falta de pagamento, no todo ou em parte, por não declaração ou declaração inexata de elementos necessários ao cálculo e lançamento:

Multa: 50% (cem por cento) sobre o imposto devido; III - falta de pagamento do imposto decorrente da ausência da comunicação prevista do artigo 96:

Multa: 50% (cinqüenta por cento) sobre a diferença de imposto apurada. IV - falta de inscrição do imóvel ou de seus acréscimos:

Multa: R$ 200,00; V - falta de apresentação de informações de interesse da Administração Tributária, na forma e nos prazos determinados:

Multa: R$50,00; VI - falta de comunicação das ocorrências mencionadas do inciso I, do parágrafo único do artigo 87 e nos artigos 93, 94, 95 e 98:

Multa: R$ 100,00; VII - falta de comunicação de quaisquer modificações ocorridas nos dados constantes do Cadastro Imobiliário;

Multa: R$ 50,00. § 1º. A aplicação das multas previstas neste artigo deve ser feita cumulativamente, sem prejuízo do pagamento do imposto por ventura devido ou de outras penalidades estabelecidas nesta lei. § 2º. As multas devem ser aplicadas sobre o valor do imposto devidamente atualizado. § 3º. O pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento das exigências legais e regulamentares que a tiverem determinado. § 4º. Quando o imóvel relacionado com a infração estiver alcançado por imunidade ou por isenção, a multa deve ser calculada como devido fosse o imposto. TÍTULO V Do Imposto Sobre a Transmissão Inter Vivos, por Ato Oneroso. De Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos.

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CAPÍTULO I Da Obrigação Principal Seção I Do fato Gerador Art. 101. O imposto tem como fato gerador a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de: I - bem imóvel, por natureza ou acessão física, conforme definido no Código Civil; II - direito real sobre imóvel, exceto os direitos reais de garantia. Parágrafo único. Constitui, também, fato gerador do imposto a cessão, a qualquer título, por ato oneroso, de direito a aquisição de bem imóvel. Art. 102. Compreendem-se na definição de fato gerador as seguintes mutações patrimoniais, envolvendo bem imóvel ou direito a ele relativo, decorrentes de qualquer fato ou ato inter vivos de natureza onerosa: I - Compra e venda e retrovenda; II - Promessa de compra e venda; III - Dação em pagamento; IV - Permuta; V - Enfiteuse e subenfiteuse; VI - Instituição de usufruto, uso e habilitação: VII - Mandato em causa própria ou com poderes para a transmissãode bem ou direito e seu substabelecimento; VIII - Arrematação ou adjudicação em leilão, hasta pública ou praça, bem como a respectiva cessão de direito. IX - Transferência de bem ou direito ao patrimônio de pessoa jurídica para pagamento de capital, na parte do valor do imóvel não utilizada na realização do capital. X - Transferência de bem ou direito do patrimônio de pessoa jurídica para o de qualquer um de seus sócios , acionistas ou respectivos sucessores; XI - Transferência de direito sobre construção em terreno alheio, ainda que feita ao proprietário do solo; XII - Cessão de direito de herança ou legado; XIII - Cessão de direito de opção de venda, desde que o optante tenha direito à diferença de preço, e não simplesmente à comissão; XIV - Cessão de promessa de venda ou cessão de promessa de cessão; XV - Cessão de direito sobre a permuta de bem imóvel; XVI - Instituição, translação e extinção de qualquer direito real sobre imóvel, exceto os direitos reais de garantia. XVII - Qualquer ato judicial ou extrajudicial não especificado que importe ou se resolva em transmissão de bem imóvel ou em cessão de direito à sua aquisição, seja real ou pessoal. § 1º. Na hipótese de ter havido incidência do imposto na promessa de compra e venda e na cessão de promessa, este não mais será devido quando da celebração da escritura de compra e venda, referente ao mesmo imóvel. Seção II Da Não Incidência

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Art. 103. O imposto não incide sobre a transmissão de bem imóvel ou direito, ou a cessão de direito, quando: I - efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - decorrente de incorporação, fusão, cisão ou extinção de pessoa jurídica. § 1º. O imposto não incide sobre a transmissão ao mesmo alienante, do bem imóvel ou direito adquirido na forma do inciso I, deste artigo, em decorrência de sua desincorporação do patrimônio de pessoa jurídica a que foi conferido. § 2º. O disposto do inciso I, deste artigo, aplica-se somente à parte do valor do imóvel utilizada na realização do capital. Art. 104. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha, como única e preponderante, a atividade de compra e venda, locação ou arrendamento mercantil. § 1º. Considera-se caracterizada a atividade preponderante quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, no ano anterior e no ano da aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo. § 2º. Se a pessoa jurídica adquirente iniciar sua atividade após a aquisição, ou menos de um ano antes dela, apura-se a preponderância, referida no parágrafo anterior, levando em conta o ano de aquisição e o ano subsequente. § 3º. Verificada a preponderância, o imposto devido é calculado sobre o valor venal do bem ou direito na data da aquisição, com os acréscimos legais contados da data em que deveria ter sido efetuado seu pagamento, nos termos da lei vigente à ocorrência do fato gerador.

Seção III Da Isenção Art. 105. Estão isentas do imposto: I - a aquisição do domínio direto; II - a aquisição decorrente de investidura determinada por pessoa jurídica de direito público; III - a aquisição de bem ou direito resultante de utilidade pública ou de necessidade social, para fins de desapropriação; IV - a aquisição de bem ou direito feita por ex-combatente da II Guerra Mundial, assim considerado o que tenha objetivamente participado de operações bélicas como integrante do Exército, da Aeronáutica, da Marinha de Guerra e da Marinha Mercante, nos termos da Lei Federal nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, estendendo-se a isenção à viúva ou ex-companheira , e o filho menor inválido, enquanto mantidas essas condições; V - a transmissão ou cessão de bem ou direito ao cônjuge, em virtude da comunicação decorrente do regime de bens do casamento; VI - a indenização de benfeitoria necessárias pelo proprietário do imóvel ao locatário; VII - a reserva e a extinção do uso, do usufruto e da habitação; VIII - a transmissão em que o alienante seja o Município de Arraial do Cabo. Seção IV Do contribuinte e do Responsável

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Art. 106. Contribuinte do imposto é o adquirente ou cessionário do bem imóvel ou direito a ele relativo, assim entendida a pessoa, física ou jurídica, em favor da qual se opera a mutação patrimonial. Art. 107. Na transmissão ou cessão que se efetuar sem o pagamento do imposto devido, fica solidariamente responsável por este pagamento o transmitente ou o cedente, conforme o caso. Art. 108. Na cessão de direito relativo a bem imóvel, quer por instrumento público, particular, ou por mandato em causa própria, a pessoa em favor de quem for outorgada a escritura definitiva ou pronunciada a sentença de adjudicação é responsável pelo pagamento do imposto devido sobre anteriores atos de cessão ou substabelecimento, com acréscimo moratórios e atualização monetária incidentes. Art. 109. Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício respondem, solidariamente com o contribuinte, pelo imposto devido sobre os atos praticados por eles e perante eles, em razão de seu ofício, quando se impossibilite a exigência do cumprimento da obrigação principal ao contribuinte. Seção V Da base de Cálculo Art. 110. A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem ou direito relativo a imóvel, assim entendido o seu valor corrente de mercado. Art. 111. Nos casos especificados, observado o disposto no artigo anterior, toma-se como base de cálculo: I - Na dação em pagamento, o valor da dívida a ser quitada, se superior ao valor atribuído ao bem ou direito dado em pagamento; II - Na permuta, o valor de cada bem ou direito permutado; III - Na enfiteuse ou subenfiteuse, o valor do domínio útil; IV - Na instituição do usufruto, uso e habitação, 50% (cinqüenta por cento) do valor do bem; V - Na aquisição da nua-propriedade, 50% (cinqüenta por cento) do valor do bem ou direito; VI - Na torna ou reposição e na atribuição de bem ou direito em excesso, o valor de exceder o quinhão hereditário, a meação conjugal e a quota-parte ideal; VII - Na arrematação, em leilão ou hasta pública, o preço pago pelo arrematante; VIII - Na adjudicação, o valor do bem ou direito adjudicado; IX - na cessão de direitos do arrematante e do adjudicante, o valor do bem ou direito cedido; X - Na cessão de direito e ação à herança ou legado, o valor fixado pela autoridade administrativa competente, quando do lançamento realizado. XI - No mandato em causa própria, e em cada substabelecimento, o valor do bem ou do direito; XII - Na incorporação de bem ou direito ao patrimônio de pessoa jurídica, a que se refere o inciso X, do artigo 102, o valor do bem ou do direito não utilizado na realização do capital; XIII - Na incorporação de bem ou direito ao patrimônio de pessoa jurídica, quando configurada a hipótese prevista no artigo 102, o valor de bem ou de direito;

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XIV - Em qualquer outra aquisição, não especificada nos incisos anteriores, seja da propriedade plena, seja do domínio útil, ou de outro direito real, cuja transmissão ou cessão seja tributável, o valor integral do bem imóvel ou direito; Parágrafo único. Não são abatidas do valor venal, base para cálculo do imposto, quaisquer dívida que onerem o imóvel. Art. 112. Não se inclui na base de cálculo do imposto o valor total ou parcial da construção que o adquirente prove já ter sido executado, ou que venha a ser executada, diretamente a sua custa, integrando-se em seus patrimônios. Art. 113. O valor de bem ou direito, base de cálculo do imposto, no caso em que este é pago antes da transmissão ou cessão, é o da data em que for efetuado o pagamento. Art. 114. Na compra e venda precedida de promessa sem o pagamento do imposto, este é calculado com base no valor venal do bem imóvel na data da promessa, devidamente atualizado, com os acréscimos legais cabíveis. Art. 115. O Poder Executivo pode dispor sobre a adoção de tabela de valores para cálculo do pagamento do imposto e apuração da base de cálculo. Seção VI Da Alíquota Art. 116. a alíquota do imposto é de 2 % (dois por cento). Parágrafo único. Na aquisição imobiliária efetuada através do Sistema Financeiro de Habitação, incide o imposto na alíquota de 0.5 % (meio por cento) sobre o valor efetivamente financiado, e de 2 % (dois por cento) sobre o valor restante. Seção VII Do Lançamento

Art. 117. O imposto é devido no município, se nele estiver situado o imóvel transmitido ou sobre o qual versar o direito cedido, ainda que a mutação patrimonial tenha lugar ou resulte de sucessão aberta no estrangeiro ou em outro Município, e independentemente do local onde tramitar o processo judicial correspondente. Art. 118. Compete à Secretaria Municipal de Fazenda promover o lançamento do imposto, com base nas informações fornecidas pelo contribuinte e/ou apuradas pela fiscalização do imposto, de conformidade com as disposições desta lei. Art. 119. A autoridade fiscal competente pode lançar o imposto mediante arbitramento da base de cálculo, sempre que: I - Não concordar com o valor declarado pelo contribuinte; II - O imóvel ultrapassar os limites do Município. Parágrafo único. Na hipótese do inciso II, deste artigo, é apurada o valor venal da parcela do imóvel localizado no território do Município, independentemente do valor atribuído à totalidade da transação imobiliária ou do valor apurado como base de cálculo pelo outro Município.

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Art. 120. Nos casos previstos no artigo anterior, deve o contribuinte ser intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência do arbitramento, recolher o imposto ou oferecer impugnação ao lançamento. Seção VIII Do Pagamento Art. 121. O imposto deve ser pago antes da realização do ato da lavratura do instrumento, público ou particular, que configurar a obrigação de pagá-lo, com exceção dos casos adiante especificados, cujos prazos para pagamento são os seguintes: I - na transmissão financiada por intermédio de entidade pública, dentro de 60 (sessenta) dias a partir da lavratura do respectivo ato; II - na promessa de compra e venda, na cessão de promessa de venda ou cessão de promessa de cessão, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da lavratura do respectivo instrumento; III - na torna ou reposição, em que seja interessado incapaz, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data em que se der a concordância do Ministério Público; IV - na arrematação ou adjudicação, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data em que tiver sido assinado o auto ou deferido a adjudicação, ainda que exista recursos pendentes; V - na incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica e na transferência desta para seus sócios ou acionista ou para os respectivos sucessores, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da assembléia ou da escritura em que se formalizarem aqueles atos; VI - na cessão de direito e ação à herança ou legado: a) Dentro de 30 (trinta) dias, contados da assinatura do instrumento de cessão; b) No prazo de 90 (noventa) dias, contados da assinatura do instrumento de cessão, e relativamente à diferença acaso apurada, em virtude de torna ou reposição; VII - na transmissão objeto de instrumento lavrado em outro Município, ou decorrente de sucessão dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, contados da lavratura do instrumento ou da adjudicação, se maior prazo não esteja estabelecido neste artigo; Art. 122. O pagamento do imposto é efetuado através de Guia de Recolhimento própria, cujo modelo deve ser aprovado pela Secretaria Municipal de Fazenda, e relativa a cada transação e a cada unidade imobiliária, mesmo havendo identidade com relação aos adquirentes e transmitentes ou cedentes. § 1º. A Guia de Recolhimento, devidamente preenchida, é apresentada à repartição fiscal competente, para lançamento do imposto, e instruída com os documentos que diretamente se relacionarem com a transação, se houver, de acordo com o disposto na legislação específica. § 2º. É facultada a utilização de folha suplementar, cujo modelo deve ser aprovado pela Secretaria Municipal de Fazenda, destinada ao complemento das informações constantes da Guia de Recolhimento, quando necessário, ou a retificações posteriores. § 3º. A autoridade fiscal competente, sempre que constatar a ocorrência de transmissão ou cessão de bem ou direito tributável, sem o pagamento do imposto, deve promover o preenchimento da Guia de Recolhimento com os dados e elementos que dispuser, e o correspondente lançamento de ofício, com a imposição da penalidade e dos acréscimos moratórios cabíveis.

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Art. 123. Uma vez efetivado o lançamento do imposto pela autoridade fiscal competente, de acordo com as disposições desta lei, a Guia de Recolhimento correspondente pode ser retirada, para o recolhimento do imposto no agente arrecador credenciado: I - Pelo contribuinte; II - Por despachante oficial; ou III - Por representante legal, com a juntada do respectivo instrumento de mandato. Art. 124. A Guia de Recolhimento somente pode ser entregue ou apresentada a qualquer uma das pessoas indicadas no artigo anterior mediante documento que a identifique, exigindo-se que a mesma assine declaração quanto à veracidade das informações nele contidas e tome ciência do lançamento, ocasião em que aporá, também, o número de sua carteira de identidade e o respectivo órgão expedidor. Art. 125. A Guia de Recolhimento, preenchida com as informações necessárias ao lançamento, deve ser apresentada à repartição fiscal competente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias imediatamente anteriores ao fixado para pagamento do imposto, sujeitando-se o contribuinte, se ultrapassado este prazo, aos acréscimos moratórios acaso devidos. CAPÍTULO II Das Disposições Gerais

Art. 126. O oficial público que tiver de lavrar instrumento translativos de bem ou direito sobre imóvel, de que resulte obrigação de pagar o imposto, deve exigir que lhe seja apresentado o comprovante do pagamento e, se isenta for a operação, imune ou não tributada, o certificado declaratório da situação fiscal. § 1º. É obrigatória a transcrição, no registro público, quando ocorrer a obrigação de pagar o imposto antes de sua lavratura, dos elementos que comprovem o pagamento do imposto e, quando for o caso, do certificado de reconhecimento de qualquer benefício, conforme dispuser a legislação. § 2º. É vedada a transcrição, inscrição ou averbação de atos, instrumentos ou títulos relativos à transmissão ou cessão de bem ou direito tributável, em registro público, sem que se comprove o prévio pagamento do imposto ou de sua exoneração. Art. 127. O escrivão deve remeter à repartição fiscal competente, para exame e lançamento, os processos de inventário, instituição ou extinção de cláusula, precatórias, rogatórias, separação judicial e divórcio em fase de partilha de bens, divisão de coisa comum e quaisquer outros feitos judiciais que envolvam transmissão ou cessão tributável, relativamente a imóvel localizado no território do Município. Art. 128. O reconhecimento de imunidade, não incidência e isenção do imposto é apurada em processo, mediante requerimento do interessado à autoridade fiscal competente para decidir e expedir o respectivo certificado declaratório, conforme modelo aprovado pela Secretaria Municipal de Fazenda. Parágrafo único. O requerimento a que se refere este artigo deve estar instruído com os documentos comprobatórios da situação fiscal do adquirente. CAPÍTULO III Das Penalidades

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Art. 129. O descumprimento das obrigações previstas nesta lei sujeita o infrator às seguintes penalidades: I - multa de 50 % (cinqüenta por cento) do valor do imposto devido, na prática de qualquer ato relativo à transmissão de bem ou direito sobre imóvel ou à cessão de direito à sua aquisição, sem o pagamento do imposto no prazo legal. II - multa de 100 % (cem por cento) do valor do imposto devido, nunca inferior a R$ 200,00, caso ocorra omissão ou inexatidão fraudulenta de declaração relativa a elementos que possam influir no cálculo do tributo ou que provoquem o reconhecimento da isenção, imunidade ou não incidência. III - multa de R$ 200,00, no descumprimento do disposto no artigo 126, e seus parágrafos. § 1º. Se o ato a que se refere o inciso I, deste artigo, estiver incluído dentre os casos de imunidade, não incidência e isenção de impostos, sem o prévio reconhecimento da situação fiscal, é aplicado ao infrator multa de R$ 50,00. § 2º. Multa igual à prevista no inciso II, deste artigo, é aplicada a qualquer pessoa que intervenha no negócio jurídico ou declaração e seja conveniente ou auxiliar na inexatidão ou omissão praticada, inclusive o serventuário ou o servidor. § 3º. A imposição de penalidade, acréscimos moratórios e atualização monetária é feita pela autoridade fiscal competente da Secretaria Municipal de Fazenda. § 4º. A imposição de penalidade ou pagamento de multa respectiva não exime o infrator de cumprir a obrigação inobservada. Art. 130. O servidor de justiça que deixar de dar vista dos autos ao representante judicial do Município, nos casos previstos em lei, e o escrivão que deixar de remeter processo para inscrição na repartição competente, ficam sujeitos à multa correspondente a R$ 100,00. Art. 131. O infrator pode, no prazo previsto para impugnação, saldar seu débito com abatimento de 50 % (cinqüenta por cento) sobre o valor da multa. Parágrafo único. O pagamento efetuado com o abatimento previsto neste artigo importa em renúncia de defesa e no reconhecimento integral do crédito lançado. TITULO VI Taxas CAPÍTULO I Da Taxa de Licença para Localização e Funcionamento Seção I Da obrigação principal Art. 132. A taxa tem como fato gerador o exercício regular, pelo Poder Público Municipal, de autorização, vigilância e fiscalização, visando a disciplinar a localização e o funcionamento de estabelecimento do Município.

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Parágrafo único. Considera-se estabelecimento, para efeitos deste artigo, qualquer local onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades. Art. 133. Para efeitos de licença, são considerados estabelecimentos distintos: I - os que, embora com atividade idêntica e pertencentes à mesma pessoa física ou jurídica, estejam situados em prédios distintos ou em locais diversos; II - os que, embora no mesmo local, ainda que com atividade idêntica, pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas. Art. 134. A taxa de licença para localização e funcionamento é devida no início do funcionamento do estabelecimento, e sempre que ocorrer mudança no ramo de atividade, modificação nas características ou transferência de local. Art. 135. Contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica, seja profissional, comercial, industrial, produtora, extratora, sociedade ou associação civil e instituição prestadora de serviço que se estabeleça no Município. Parágrafo único. Não são contribuintes da taxa a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e sua respectivas autarquias e fundações, os partidos políticos e os templos de qualquer culto.

Seção II Da Isenção Art. 136. Estão isentas da taxa: I - as atividades artesanais exercidas em pequena escala, no interior de residências, por: a) deficientes físicos; b) pessoas com idade superior a 60 (sessenta) anos; II - as entidades sindicais dos trabalhadores, as instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, desde que atendidos os requisitos previstos no inciso III, do artigo 3o, desta lei; Parágrafo único. As isenções previstas neste artigo dependem de reconhecimento e não desobriga o beneficiário do pedido de licenciamento e do cumprimento das obrigações acessórias. Seção III Do Alvará de Licença Art. 137. A licença para estabelecimento é concedida mediante expedição de Alvará. Art. 138. O alvará é substituído sempre que ocorrer qualquer alteração de suas características. Seção IV Do Pagamento Art. 139. A concessão de licença para estabelecimento é efetivada mediante o pagamento da respectiva taxa. Parágrafo Único - O disposto no caput deste artigo aplica-se ao exercício, em caráter excepcional, de atividades em épocas especiais.

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Art. 140. Não é devida a taxa na hipótese de mudança de numeração ou de denominação do logradouro por ação do órgão público, nem pela concessão de segunda via do Alvará de Licença. Art. 141. A taxa será calculada de acordo com a seguinte tabela:

TIPO DE ESTABELECIMENTO Reais

Por dia Por ano

1 – INDÚSTRIA (por m²)

prédio - 4,00

telheiro - 1,00

galpão - 2,00

2 – COMÉRCIO (por m²)

bares, churrascarias e restaurantes

- 6,00

bares, churrascarias e restaurantes nas áreas periféricas

- 2,00

supermercados - 4,00

lojas e departamentos - 4,00

pastelarias, sorveterias, bombonieres e docerias

- 4,00

ourives e relojoarias - 10,00

lojas de calçados e couros - 10,00

lojas de tapetes, cortinas e decorações

- 4,00

farmácias e drogarias - 10,00

estúdios e laboratórios fotográficos

- 10,00

ótica - 10,00

papelarias e livrarias - 4,00

lojas de material de construção

- 2,00

padaria e confeitaria - 3,00

comércio de carnes em geral

- 3,00

bilheteria rodoviária - 10,00

quaisquer outros ramos de atividades comerciais não constantes nesta tabela

- 5,00

3 – ESTABELECIMENTOS BANCARIOS DE CREDITO, FINAMENTO E INVESTIMENTO (por m²)

- 10,00

4-HOTÉIS, MOTÉIS, PENSÕES E SIMILARES (por m²)

Até 1000 m² - 1,00

De 1000 m² até 3000 m² - 0,50

Acima de 3001 m² -

0,25

5 – PROFISSIONAIS AUTÔNOMOS EM GERAL (por ano)

- 120,00

6 – GUARDA E ESTACIONAMENTO DE VEICULOS (por m²)

- 1,00

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7 - CASAS LOTERICAS (por m²) - 8,00

8 - OFICINAS DE OONSERTOS (por m²)

eletrônica - 8,00

Veículos - 1,00

9 – POSTOS DE SERVIÇOS PARA VEICULOS (por m² de área construída ou coberta)

- 3,00

10–DEPOSITO DE INFLAMAVEIS EXPLOSIVOS (por m²)

- 1,50

11 – TINTURARIAS E LAVANDERIAS (por m²) - 3,00

12 – ESTABELECIMENTOS DE BANHOS, DUCHAS, MASSA GENS, GINASTICAS (por m²)

- 1,00

13 – BARBEARIAS (por m²) - 2,00

14 – SALÕES DE BELEZA (por m²) - 4,00

15 – ENSINO DE QUALQUER GRAU OU NATUREZA (por m²)

- 2,00

16 – ESTABELECIMENTOS HOSPITALARES (por m²) - 1,00

17 – LABORATORIOS DE ANALISES CLÍNICAS E/OU PATOLOGIA CLINICA (por m²)

- 4,00

18 - CLINICA (por m²) - 4,00

19 - DIVERSÕES PUBLICAS

cinemas e teatros (por m²)

- 2,50

restaurantes dançantes, boates (por m²)

- 2,50

clubes (por m² - 2,50

bilhares e quaisquer outros jogos de mesa (por m²

- 2,50

jogos eletrônicos (por m²)

- 8,00

boliche (por m² ) - 8,00

exposições, feiras de amostras e quermesses

15,00 -

parque de diversões 15,00 -

quaisquer espetáculos ou diversões não incluídos nos itens anteriores

15,00 -

20 – EMPREITEIRAS E INCORPORADORES (por m²) - 10,00

21 – AGROPECUARIA E/OU VETERINARIA (por m²) - 4,00

22 – LOCADORAS E/OU REVENDEDORAS DE VEICULOS (por m²)

- 4,00

23 – FERRO VELHO (por m²) - 1,00

24 – GRÁFICAS (por m²) - 5,00

25 – FUNERARIAS (por m²) - 4,00

26 – EMPRESAS IMOBILIARIAS EM GERAL (por m²) - 8,00

27 – EMPRESAS DE TRANSPORTES (por m²)

Prédio - 4,00

Galpão - 2,00

Telheiro - 1,50

área de estacionamento - 0,50

28 – AUTO ESCOLAS (por m²) - 4,00

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29 – DEMAIS ATIVIDADES SUJEITAS À TAXA DE LOCALIZAÇÃO NÃO CONSTANTES DOS ÍTENS ANTERIORES (por m²)

- 5,00

Parágrafo Único - Na hipótese de atividades múltiplas exercidas no mesmo local, a taxa será calculada e devida pela atividade de maior ônus fiscal, exceto nos casos de exercício de atividades diversas por diferentes pessoas físicas ou jurídicas, quando a taxa será cobrada por atividade. Art. 142. O pagamento de taxa pode, a critério do Poder Executivo, ser dividido em parcelas, até o máximo de 4 (quatro). Seção V Das Obrigações Acessórias Art. 143. O Alvará, tendo anexa a guia de pagamento da taxa, deve ser mantido em local visível e de fácil acesso e em bom estado de conservação. Art. 144. Qualquer alteração das características do Alvará deve ser requerida no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que ocorrer o evento. Art. 145. A transferência ou a venda do estabelecimento ou o encerramento da atividade deve ser comunicado à repartição fiscal competente, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ocorrência de qualquer dos eventos. Seção VI Das Penalidades Art. 146. As infrações apuradas ficam sujeitas às seguintes multas: I - falta de pagamento da taxa: Multa: 50% (cinqüenta por cento) sobre o seu valor atualizado; II - funcionamento sem Alvará: Multa: R$ 200,00; III - não cumprimento do disposto no artigo 143; Multa: R$ 50,00; IV - não observância dos prazos estabelecidos nos artigos 144 e 145: Multa: R$ 100,00. Art. 147. A licença pode ser cassada, a qualquer tempo, pela autoridade competente, sempre que o exercício da atividade violar a legislação vigente. CAPÍTULO II Da Taxa de Licença para Funcionamento em Horário Especial Seção I Da Obrigação Principal Art. 148. A taxa tem como fato gerador o exercício regular, pelo Poder Público Municipal, de autorização, vigilância e fiscalização, visando a disciplinar o funcionamento de

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estabelecimento no Município, em regime de horário especial, mediante prorrogação ou antecipação do horário de funcionamento normal. Art. 149. A licença somente é concedida se o contribuinte houver recolhido a taxa a que se refere o capítulo anterior. Art. 150. A licença deve conter, obrigatoriamente, o período de funcionamento especial requerido, que será considerado seu prazo de validade. Art. 151. Contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica responsável pelo estabelecimento sujeito à fiscalização. Art. 152. A concessão da licença para funcionamento em horário especial é efetivada mediante o pagamento antecipado da taxa correspondente. Art. 153. A taxa é devida por dia, por mês ou por ano, e calculada de acordo com a seguinte tabela:

(Reais)

POR DIA POR MÊS POR ANO

ANTECIPAÇÃO:

- até 2 (duas) horas ..... 4,50 9,00 90,00 - mais de 2 (duas) horas.....

9,00 18,00 180,00

PRORROGAÇÃO:

- até 1 (uma) hora................

4,50 9,00 90,00

- até 2 (duas) horas .............

9,00 18,00 180,00

- até 4 (quatro) horas..........

14,00 27,00 270,00

- mais de 4 (quatro) horas 18,00 36,00 360,00

Art. 154. Fica o Secretário Municipal de Fazenda autorizado a fixar o prazo de recolhimento de taxa, de conformidade com a tabela prevista no artigo anterior. Seção II Da Obrigação Acessória

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Art. 155. O comprovante do pagamento de taxa deve ser obrigatoriamente afixado junto ao Alvará de Licença, observado o disposto no artigo 143. Seção III Das Penalidades Art. 156. A infração apurada pelo funcionamento de estabelecimento em regime de horário especial, sem o pagamento da taxa correspondente, sujeita o infrator à multa de 50% (cinquenta por cento) sobre o seu valor atualizado. Art. 157. Multa de R$ 50,00 é imposta quando da falta de cumprimento do artigo 155, desta lei. Art. 158. Aplica-se a esta taxa a disposição contida no artigo 147.

CAPÍTULO III Da Taxa de Licença para Publicidade Seção I Da Obrigação Principal Art. 159. A taxa tem como fato gerador o exercício regular, pelo Poder Público Municipal, de autorização, vigilância e fiscalização, visando a disciplinar a exploração de meios de publicidade ao ar livre ou em locais expostos ao público. Parágrafo único. A exibição de publicidade de qualquer natureza ou finalidade somente é admitida se os anúncios forem compatíveis com o local e a paisagem. Art. 160. Contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica que promover qualquer espécie de publicidade ao ar livre ou em locais expostos ao público ou que explorar ou utilizar, com objetivos comerciais, a divulgação de anúncios de terceiros. Seção II Da Isenção Art. 161. Estão isentos da taxa: I - os anúncios colocados no interior do estabelecimento mesmo que visíveis do exterior: II - a colocação e a substituição, nas fachadas de casas de diversões, de anúncios indicativos de filme, peça ou atração, de nomes de artistas e horário, proibido o uso de linguagem chula; III - anúncios com finalidades exclusivamente cívicas ou educacionais; IV - propaganda destinada a fins eleitorais, patrióticos e religiosos; V - placas indicativas de direção: VI - painéis ou tabuletas exigidos pela legislação própria e afixados em locais de obras de construção civil, no período de sua duração. Seção III Do Pagamento

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Art. 162. A taxa é calculada de acordo com a seguinte tabela: ESPÉCIES DE PUBLICIDADE Reais I - publicidade afixada na parte externas ou interna de estabelecimento industrial, comercial, agropecuário, de prestação de serviços e outros - qualquer espécie ou quantidade, por produtos anunciado...............................................180,00 por ano II - publicidade: a) no interior de veículos de uso público - qualquer espécie ou quantidade, por produto anunciado........................................................................108,00 por ano b) publicidade sonora, em veículo destinado a qualquer modalidade de publicidade - qualquer espécie ou quantidade, ...................................................360,00 por ano c) publicidade escrita em veículo destinado a qualquer modalidade de publicidade - qualquer espécie ou qualidade, por matéria anunciada......................72,00 por mês d) em cinemas, teatros, circos, boates............................................180,00 por ano e) restaurantes e similares............................................................180,00 por ano III - publicidade colocada em terreno, campo de esporte, clube, associação por matéria anunciada....................................................................... 300,00 por ano IV - Publicidade por meio projeção de filmes.......................................36,00 por dia Art. 163. A taxa é paga antes da concessão da respectiva licença. § 1o. Enquanto durar o prazo de validade, não é exigida nova taxa se o anúncio for removido para outro local por imposição de autoridade competente. § 2o. Nos casos em que a taxa é devida anualmente, o valor inicial exigível deve ser proporcional ao número restante de meses que completem o período de validade da autorização. Art. 164. Não havendo na tabela constante do artigo 162 especificação própria para a publicidade, a taxa deve ser paga pelo valor estipulado do inciso que guardar maior identidade de características com a solicitação objetivada. Seção IV Da Obrigação Acessória Art. 165. Ficam os anunciantes obrigados a colocar, nos painéis e anúncios sujeitos à taxa, o número de identificação fornecido pela repartição competente. Seção V Das Penalidades Art. 166. As infrações apuradas ficam sujeitas às seguintes multas: I - exibição de publicidade sem a devida licença, concedida quando do pagamento da taxa: Multa: 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor atualizado da taxa: II - exibição de publicidade: a) em desacordo com as características aprovadas:

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b) fora dos prazos constantes da licença; c) em mau estado de conservação : Multa: R$ 20,00 por dia; III - não retirada do anúncio quando a autoridade competente a determinar: Multa: R$ 20,00 por dia; IV - escrever, pendurar faixas ou colar cartazes de qualquer espécie sobre coluna, fachada ou parede cega de prédio, muro de terreno, poste ou árvore de logradouro público, monumento, ponte ou qualquer outro local exposto ao público, inclusive calçadas e pistas de rolamento: Multa: R$ 200,00. Parágrafo único. A aplicação das multas previstas neste artigo não exime o infrator do pagamento da taxa porventura devida, nem da cassação da licença pela autoridade competente.

CAPÍTULO IV Da Taxa de Licença para Execução de Obras Seção I Da Obrigação Principal Art. 167. A taxa tem como fato gerador o exercício regular, pelo Poder Público Municipal, de autorização, vigilância e fiscalização da execução de obras e da urbanização de área particulares. Art. 168. Nenhuma construção, reconstrução, reforma, demolição, loteamento, arruamento ou quaisquer outras obras podem ser iniciadas sem a prévia licença e o pagamento da taxa devida. Art. 169. A licença somente pode ser concedida mediante prévia aprovação das plantas ou projetos das obras na forma da legislação urbanística aplicável. Art. 170. A licença terá período de validade fixado de acordo com a natureza, extensão e complexidade da obra. Parágrafo único. Findo o período de validade de licença sem estar concluída a obra, o contribuinte é obrigado a renová-la mediante o pagamento de nova taxa. Art. 171. Contribuinte da taxa é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor, a qualquer título, do imóvel em que se executem as obras. Parágrafo único. Respondem solidariamente com o proprietário, quanto ao pagamento da taxa e à observância das posturas municipais, as pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pelos projetos ou por sua execução; Seção II Da isenção

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Art. 172. Estão isentos da taxa: I - a execução de obras e imóveis pertencentes à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e suas respectivas autarquias e fundações; II - a construção de muros de arrimo ou de muralhas de sustentação, quando no alinhamento da via pública, assim como de passeios, quando do tipo aprovado pela Prefeitura; III - a limpeza ou pintura externa ou interna de edifícios, casa, muros ou grades; IV - a execução de obra hidráulica de qualquer natureza para abastecimento de água; V - a construção de barracões destinados à guarda de materiais de obras já licenciadas; VI - as obras que independem de licença ou comunicação para serem executadas. Seção III Do Pagamento Art. 173. A taxa será calculada de acordo com a seguinte tabela: NATUREZA DA OBRA Reais I - Construções até 100 m

2 90,00

II - Construções até 300 m

2 130,00

III - Construções com mais de 300 m

2 180,00

IV - Reconstruções de edificações 90,00 V - Demolições 50,00 VI - Loteamentos, considerada como unidade o lote de terreno, por unidade 90,00 VII - Obras de urbanização 90,00 VIII - Quaisquer outras obras não especificadas 50,00 Art. 174. A taxa deve ser paga antes do início da obras. Seção IV Das Penalidades Art. 175. A execução de obras e da urbanização de áreas particulares sem o pagamento da taxa sujeita o infrator à multa de 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor atualizado do tributo devido, sem prejuízo das demais sanções previstas na legislação de licenciamento de obras. Parágrafo único. A licença pode ser cassada a qualquer tempo pela autoridade competente, sempre que verificar a execução da obra em desacordo com as características que deram ensejo à concessão da licença, bem como violar as posturas municipais de regência.

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CAPÍTULO V 4Da Taxa de Licença para Ocupação de Áreas em Vias e Logradouros Públicos Seção I Da Obrigação Principal Art. 176. A taxa tem como fato gerador o exercício regular, pelo Poder Público Municipal, de autorização, vigilância e fiscalização, visando a disciplinar a ocupação de vias e logradouros públicos, para a prática de qualquer atividade. Art. 177. A licença para uso de área de domínio público é pessoal e intransferível e não gera direito adquirido, podendo ser cancelada ou alterada, a qualquer tempo, a critério da autoridade competente, sempre que ocorrer motivo superveniente que justifique tal ato. Art. 178. Entende-se por ocupação em áreas e logradouros públicos, para efeitos de incidência da taxa, aquela feita mediante a localização, instalação e permanência de móveis, equipamentos, veículos, utensílios e quaisquer outros objetos. Art. 179. Contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil, ou possuidora a qualquer título, de móvel, equipamento, veículo, utensílios e quaisquer outros objetos localizados e instalados em áreas e logradouros públicos. Parágrafo Único – São responsáveis pelo pagamento da taxa as pessoas físicas ou jurídicas que direta ou indiretamente estiverem envolvidas na localização, na instalação e na permanência de móveis, equipamentos, veículos, utensílios e quaisquer outros objetos em áreas, em vias e em logradouros públicos. Seção II Da Isenção Art. 180. Estão isentos da taxa: I - os vendedores ambulantes de jornais, revistas e bilhetes de loteria; II - os que venderem nas feiras-livres, exclusivamente, os produtos de sua lavoura e os de criação própria (aves e pequenos animais), desde que exerçam o comércio pessoalmente: III - os deficientes físicos; IV - as pessoas com idade superior a 60 (sessenta) anos, que, comprovadamente, não exerçam outra atividade econômica; V - os aparelhos, máquinas, equipamentos e tapumes destinados à execução ou proteção de obras subterrânea; VI - os marquises, toldos e bambinelas; VII - os veículos de aluguel (táxis) e os ônibus, devidamente legalizados; VIII - os carrinhos de pipoca, sorvete e similares; IX - os bens destinados a promoções sociais e filantrópicas estabelecidas no município, X - a utilização de área pública para realização de qualquer evento promovido por associação de moradores, partido político e associação de classe. XI – Postos de atendimentos bancários, caixas eletrônicos ou similares

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Parágrafo único. O reconhecimento da isenção neste artigo deve constar, obrigatoriamente, de licença para exercício da atividade. Seção III Do Pagamento Art. 181. O pagamento da taxa é calculado de acordo com a seguinte tabela: I – Em atividade ambulante: por banca ou similar: R$ 100,00 por ano, em 02 (duas) parcelas; II – em atividades feirantes: por barraca ou similar: R$ 18,00 por dias; R$ 90,00 por mês; R$ 180,00 por ano. III – Em atividade eventual: R$ 180,00 por ano, ou fração, por banca ou similar: IV – Parques de Diversão e Exposições por evento; R$ 200,00 por mês; R$ 600,00 por ano. V – Caçambas ou similares: R$ 36,00 por unidade, por mês ou fração: VI – Bancas de jornais e revistas: R$ 180,00 por unidade,por exercício ou fração: VII – Cabines de Telefonia ou similares: R$ 180,00, por unidade, por exercício ou fração: VIII – Caixas postais ou similares: R$ 36,00, por unidade, por exercício ou fração: IX – Guichês de vendas diversas: R$ 180,00. por unidade, por exercício ou fração: § 1º - A taxa será devida por dia, por mês, por exercício, conforme a modalidade de licenciamento solicitada pelo sujeito passivo ou através de constatação fiscal. §2º - As atividades a que se referem os itens I, II e III deste artigo não poderão ser exercidas próximos de estabelecimentos fixos que comercializem ou exerçam atividades iguais ou similares ao já existentes. Art. 182. O pagamento taxa é efetuado quando da concessão da licença. Seção IV Da Obrigação Acessória Art. 183. O comprovante de pagamento da taxa, acompanhado da licença, devem ser mantidos em poder do contribuinte, no local em que exerça sua atividade. Seção V Das Penalidades Art. 184. O descumprimento de qualquer obrigação, principal ou acessória pertinente à taxa, sujeita o infrator às seguintes penalidades:

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I - apreensão de bens e mercadorias, no caso de exercício de atividade sem licença ou em desacordo com os termos da licença, sem prejuízo das multas cabíveis; II - multa de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor atualizado da respectiva taxa, no caso de exercício de atividade sem licença; III - 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor atualizado da taxa, no caso de exercício de atividade em desacordo com os termos da licença; IV – R$ 50,00, por inobservância do disposto artigo anterior; V - cassação da licença, a qualquer tempo, pela autoridade competente, sempre que houver transgressão da legislação vigente.

TITULO VII Das Taxas Pela Utilização de Serviços Públicos CAPÍTULO I Das Taxa de Coleta do Lixo e Limpeza Pública Seção I Da Obrigação Principal

Art. 185. A taxa tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial do serviço, prestado ou posto à disposição, de: I - coleta do lixo domiciliar; II - varrição, lavagem e capinação de vias e logradouros públicos; III - limpeza e desobstrução de córregos, canais, valas, galerias pluviais, bueiros e caixas de ralo; IV - desinfecção de lugares insalubres. Art. 186. Constituem, também, fato gerador da taxa: I - a remoção de lixo extra-domiciliar, entulhos, cadáveres de animais, poda de árvores e quaisquer outros localizados nas vias públicas, passeios públicos, logradouros públicos e terrenos particulares; II - serviços de assistência sanitária. Parágrafo único. A prestação dos serviços a que se refere esta artigo deve ser, obrigatoriamente, solicitada pelo interessado. Art. 187. Contribuinte da taxa é o proprietário ou o titular do domínio útil ou o possuidor, a qualquer título, de imóvel alcançado por quaisquer dos serviços previstos nos artigos 185 e 186, edificado ou não, que constitua unidade autônoma, independentemente de sua destinação.

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Parágrafo único. São também contribuintes da taxa os promitentes compradores imitidos na posse dos imóveis, os posseiros e os ocupantes dos imóveis beneficiários dos serviços. Seção II Da Isenção Art. 188. Estão isentos da taxa os imóveis cedidos ao Município, a qualquer título, desde que o contrato estabeleça o repasse do ônus tributário. Seção III Do Pagamento Art. 189. A taxa, devida anualmente, deve ser paga, na forma e nos prazos estabelecidos por ato do Secretário Municipal de Fazenda, de acordo com a seguinte tabela: DISCRIMINAÇÃO........................................................................................Reais I - imóvel edificado de utilização residencial ............................................. 40,00 II - imóvel edificado de utilização não residencial......................................... 60,00 III - imóvel não edificado..........................................................................20,00 Art. 190. Quando da prestação dos serviços a que se refere o artigo 186, a taxa é devida, por serviço, no valor correspondente a R$ 50,00 Art. 191. E facultada a cobrança da taxa juntamente com o imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, observando-se os mesmos prazos e forma de pagamento. Seção IV Da Penalidade Art. 192. A falta de pagamento da taxa anual é imposta a multa de 50% (cinquenta por cento) sobre o seu valor atualizado. Art. 193. Multa de igual valor é aplicada quando da inobservância do parágrafo único, no artigo 217, sobre o valor atualizado da taxa previsto no artigo 190. Art. 194. Aplicam-se as mesmas penalidades previstas para Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, quando a taxa for cobrada juntamente com este imposto. Art. 195. As penalidades previstas nesta Seção não excluem as decorrentes de infrações à legislação municipal de limpeza urbana. CAPÍTULO II Da Taxa de Expediente

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Seção I Da Obrigação Principal Art. 196. A taxa tem como gerador a utilização dos seguintes serviços prestados por qualquer autoridade ou servidor municipal competente, e é calculada de acordo com a tabela abaixo: SERVIÇOS...............................................................................................Reais I - fornecimento de certidão: a) relativa à situação fiscal - por inscrição fiscal e baixa de alvará .........................................................40,00 b) de qualquer outra espécie, passada a pedido da parte interessada - por página, desde que não seja para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.................................................................................60,00 II - expedição de segunda via: a) de documento de inscrição no Cadastro de Atividades Econômicas e no Cadastro Especial....................................................................................... ...........20,00 III – exame de documentação para reconhecimento de propriedade plena de imóvel por imóvel...................................................................................................120,00 IV – lavratura de termo ou contrato de qualquer natureza em processo administrativo ou livros do Município por página ..............................................................................................9,00 V – desarquivamento de processo a pedido da parte interessada.............................................................................................18,00 VI – pedido de: concessão de regime especial para emissão e escrituração de documentos fiscais............................................................................ ........................27,00 concessão de benefícios ou incentivos fiscais .......................................36,00 renovação de alvará ..........................................................................27,00 d) revisão de lançamento........................................................................27,00 VII – cópia fotográfica: até tamanho 13 cm x 18 cm, cada ........................................................7,00 de tamanho maior, cada ....................................................................14,00

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plantas e croquis, cada ......................................................................27,00 VIII – transferência por aforamento ..........................................................60,00 IX – transferência simples (não aforado)....................................................40,00 X – autenticação de livros e talonários fiscais Por livro ou talonário ................................................................................4,00 Art. 197. O contribuinte da taxa é o peticionário ou quem tiver interesse direto no ato da autoridade ou servidor municipal. Seção II Da Isenção Art. 198. Estão isentos da taxa: I - A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, e suas respectivas autarquias e fundações, e os partidos políticos; II - O Fornecimento de certidão: a) de matrícula em hospitais, dispensários e ambulatórios do Município; b) de admissão de menores nos estabelecimentos de ensino mantido pelo Município; c) de primeira via de contratos ou termos lavrados em livros do Município; d) a servidores municipais, quanto relativa a sua vida funcional; III - A lavratura de termos de doação em processos administrativos ou livros do Município. Seção III Do Pagamento Art. 199. O pagamento da taxa deve ser efetuado antes da prestação de qualquer dos serviços especificados na tabela constante do artigo 196. Art. 200. Aos responsáveis pelos órgãos municipais que têm o encargo de realizar os atos tributados pela taxa incubem a verificação do respectivo pagamento, na parte que lhes for atinente. Art. 201. Do documento consubstanciador do ato da autoridade ou servidor municipal deve constar o número da guia de pagamento da taxa respectiva, que deve ficar anexada ao procedimento que lhe deu origem. Seção IV Das Penalidades Art. 202. A utilização dos serviços enumerados na tabela constante do artigo 196, sem o respectivo pagamento da taxa, sujeita o infrator ou servidor responsável à multa de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor atualizado do tributo devido. Parágrafo Único. O não cumprimento do disposto no artigo sujeita o responsável à multa igual à taxa ou à parte desta que deixou de ser exigida, pelo seu valor atualizado.

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CAPÍTULO III Da Taxa de Serviços Diversos Seção I Da Obrigação Principal Art.203. A taxa de serviços diversos tem como fato gerador a prestação de serviços de cemitério, compreendendo sepultamento (inumação), desenterramento (exumação), transladação de ossos, obras em túmulos, concessão de perpetuidade, serviços de apreensão de animais abandonados, numeração de prédios e transferência de autonomia de táxi. Seção II Do Pagamento Art. 204. As taxas de serviços diversos serão cobradas a razão de:

I – Cemitério Reais

a) inumação em sepultura rasa - de indigentes - de 0 até 10 anos, por três anos - de 10 anos em diante, por cinco anos b) inumação em carneiro: - até 10 anos, por três anos - de 10 anos em diante, por cinco anos c) inumação em sepultura perpétua - até 10 anos - de 10 anos em diante d) utilização de gavetas: - por três anos - por cinco anos e) exumação em sepultura: - até 10 anos - 10 anos em diante f) abertura e fechamento de sepulturas perpétuas g) para, nova inumação com exumação de ossos h) exumação de ossos no prazo regulamentar i) exumação antes do prazo regulamentar j) transladação de ossos

isento 3,00 6,00 6,00 9,00 3,00 6,00 18,00 36,00 3,00 54,00 3,00 3,00 3,00 4,00 6,00

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II - Apreensão de animais abandonados - depósito diário, por cabeça - transporte, por cabeça

54,00 7,00 7,00

III - Numeração de prédios (exclusive a placa) 2,00

IV - Apreensão de automóveis de qualquer título - apreensão de carroças e carrocinhas - apreensão de artigos de comércio de qualquer natureza do valor apurado

54,00 18,00 10%

V - Transferência de autonomia de táxi 18,00

Seção III

Das Penalidades

Art. 205. A falta de pagamento da taxa, num todo ou em parte, na forma, ou no prazo fixado no artigo anterior, quando apurada através de procedimento administrativo, sujeitará o infrator à multa de 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor exigível, sem prejuízo da atualização monetária e dos acréscimos moratórios. § 1º. A multa prevista neste artigo será calculada sobre o valor atualizado da taxa. § 2º. Todo e qualquer animal apreendido, após permanência de 10 (dez dias) no depósito público, será leiloado, mediante publicação de edital. Título VIII Da contribuição de melhoria Capítulo I Da Obrigação Principal Art. 206 - A hipótese de incidência da contribuição de melhoria é a realização de obra pública de que decorra valorização imobiliária. Parágrafo Único – As seguintes obras podem ser objeto de contribuição de melhoria: I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas; II - construção e ampliação de parques, campos e desportos, pontes, túneis e viadutos; III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido, inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema; IV - abastecimento de água potável, redes de esgotamento sanitário e instalação de comodidades públicas; V - instalação de redes elétricas e suprimento de gás; VI - transportes e comunicações em geral; VII - instalação de teleféricos, funiculares e ascensores; VIII - proteção contra secas, inundações, erosão e ressacas, saneamento e drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e irrigação; IX - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem. X - construção de aeródromos, aeroportos e seus acessos; XI - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

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Seção I Da Base de Cálculo Art. 207 - A contribuição de melhoria terá como limite total a despesa realizada, na qual serão incluídas as parcelas relativas a estudos, projetos, fiscalização, desapropriação, administração, execução e financiamento, bem como os encargos respectivos. § 1º - Os elementos referidos no caput deste artigo serão definidos para cada obra ou conjunto de obras integrante de um mesmo projeto, em memorial descritivo e orçamento detalhado de custo, elaborados pela Prefeitura Municipal. § 2º - O Prefeito, com base nos documentos referidos no parágrafo anterior e tendo em vista a natureza da obra ou do conjunto de obras, os eventuais benefícios para os usuários, o nível de renda dos contribuintes e o volume ou a quantidade de equipamentos públicos existentes na sua zona de influência, fica autorizado a reduzir, em até 50% (cinquenta por cento), o limite total a que se refere este artigo. Art. 208 - A contribuição de melhoria será devida em decorrência de obras públicas realizadas pela Administração Municipal direta ou indireta, inclusive quando resultantes de convênio com a União e o Estado ou com entidade federal ou estadual. Art. 209 - As obras públicas que justifiquem a cobrança da contribuição de melhoria enquadrar-se-ão em dois programas: I - ordinário, quando referente a obras preferenciais e de iniciativa da própria Administração; II – extraordinário, quando referente a obra de menor interesse geral, solicitada por, pelo menos 2/3 (dois terços) dos contribuintes interessados. Seção II Do Sujeito Passivo Art. 210 - O sujeito passivo da contribuição de melhoria é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor, a qualquer título, de imóvel situado na zona de influência da obra. Seção III Das Disposições Gerais Art. 211 - A contribuição de melhoria constitui ônus real, acompanhando o imóvel ainda após a transmissão. Art. 212 - Para cada obra ou conjunto de obras integrante de um mesmo projeto serão definidas suas zonas de influência. Art. 213 - As zonas de influência serão aprovadas pelo Prefeito com base em proposta elaborada por comissão previamente designada pelo Chefe do Executivo para cada obra ou conjunto de obras integrante de um mesmo projeto. Art. 214 - A comissão a que se refere o artigo precedente terá a seguinte composição: I – 2 (dois) membros de livre escolha do Prefeito, entre servidores municipais; II – 2 (dois) membros indicados pelo Poder Legislativo, entre seus integrantes;

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III – 2 (dois) membros indicados por entidades privadas que atuem, institucionalmente, no interesse da comunidade. § 1º - A comissão encerrará seu trabalho com a entrega da proposta definindo a zona de influência da obra ou do conjunto de obras; § 2º - A proposta a que se refere o parágrafo anterior será fundamentada em estudos, análises e conclusões, tendo em vista o contexto em que se insere a obra ou conjunto de obras em seus aspectos socioeconômicos e urbanísticos. § 3º - Os órgãos da Prefeitura fornecerão todos os meios e informações solicitados pela comissão para o cumprimento de seus objetivos. Art. 215 – A determinação da contribuição de melhoria de cada contribuinte far-se-á rateando, proporcionalmente, o custo parcial ou total da obra ou conjunto de obras entre todos os imóveis incluídos na zona de influência, levando em conta a localização do imóvel, seu valor venal, sua testada ou área e o fim a que se destina, analisados esses elementos em conjunto ou isoladamente. Parágrafo Único – Os imóveis edificados em condomínio participarão do rateio de recuperação do custo da obra ou conjunto de obras na proporção do número de unidades cadastradas, em razão de suas respectivas áreas de construção. Art. 216 – Para a cobrança da contribuição de melhoria o órgão fazendário da Prefeitura deverá publicar, previamente, edital contendo os seguintes elementos: I – memorial descritivo da obra e o seu custo total; II – determinação da parcela do custo total a ser ressarcida pela contribuição de melhoria; III – delimitação da zona de influência; IV – relação dos imóveis localizados na zona de influência e sua área territorial; V – o valor da contribuição de melhoria correspondente a cada imóvel. Art. 217 – Os titulares de imóveis relacionados na forma do inciso IV do artigo precedente terão o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da publicação do edital, para a impugnação de qualquer um dos elementos nele constantes, cabendo ao impugnante o ônus da prova. Parágrafo Único – A impugnação deverá ser dirigida à Secretária Municipal de Fazenda, através de petição fundamentada que servirá de início do processo administrativo fiscal, não produzindo efeito suspensivo na cobrança da contribuição de melhoria. Art. 218 – Executada a obra na sua totalidade ou em parte suficiente para beneficiar determinados imóveis, de modo a justificar o início da cobrança de contribuição de melhoria, proceder-se-á ao lançamento referente a esses imóveis. Art. 219 – A notificação de lançamento, diretamente ou por edital, conterá: I – identificação do contribuinte e o valor da contribuição de melhoria cobrada; II – prazos para pagamento, de uma só vez ou parceladamente, e respectivos locais de pagamento; III- prazos para reclamação. Parágrafo Único – Dentro do prazo que lhe for concedido na notificação, não inferior a 30 (trinta) dias, o contribuinte poderá apresentar reclamação por escrito contra:

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I – erro na localização ou na área territorial do imóvel; II – valor da contribuição de melhoria; III- número de prestações. Art. 220 – Os requerimentos de impugnação, de reclamação e quaisquer recursos administrativos não suspendem o prosseguimento das obras nem terão efeito de obstar a Prefeitura Municipal na prática dos atos necessários ao lançamento e à cobrança da contribuição de melhoria, não sendo extensivo aos demais contribuintes que não apresentarem impugnação. Seção IV Do Pagamento Art. 221 – A contribuição de melhoria poderá ser paga de uma só vez ou parceladamente, de acordo com os seguintes critérios: I - o pagamento de uma só vez gozará de desconto de 10 % (dez por cento), se efetuado tempestivamente; II - o pagamento parcelado sofrerá juros de 0,5% ao mês e as parcelas terão seus valores atualizados anualmente, se for o caso, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC/IBGE). Art. 222 – No caso de pagamento parcelado, os valores serão calculados de modo que o total anual não exceda a 3% o valor venal do imóvel, constante do cadastro imobiliário fiscal à época da cobrança. Art. 223 – O atraso no pagamento das prestações sujeitará o contribuinte à multa de 1% (um por cento) ao mês, até o limite de 50%(cinquenta por cento) e aos juros de mora de 1%(um por cento) ao mês, calculados sobre o valor atualizado da parcela, na forma do inciso II do art. 221. Art. 224 – Fica o Prefeito expressamente autorizado a, em nome do Município, firmar convênio com a União e o Estado para efetuar o lançamento e a arrecadação da contribuição de melhoria devida por obra pública federal ou estadual, cabendo ao Município percentagem na receita arrecadada.

LIVRO SEGUNDO

Normas Gerais Tributárias TÍTULO I Disposições Gerais CAPÍTULO I Do Campo de Aplicação Art. 225 - Este Livro estabelece normas aplicáveis a todos os impostos, taxas e contribuições devidos ao Município de Arraial do Cabo, sendo considerados complementares os textos legais especiais. Art. 226 - A relação jurídico-tributária será regida, em princípio, pela legislação vigente no momento do ato ou fato tributável, salvo disposição expressa em contrário.

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Art. 227 - A isenção ou a imunidade não exoneram o sujeito passivo de providenciar sua inscrição ou de cumprir quaisquer outras obrigações legais ou regulamentares relativas às atividades exercidas. CAPÍTULO II Da Obrigação Tributária Art. 228 - A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º - A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento do tributo ou da penalidade e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. § 2º - A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações positivas ou negativas nela previstas, de interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. § 3º - A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. CAPÍTULO III Do Crédito Tributário SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 229 - O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. Art. 230 - As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade, não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. Art. 231 - O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos em lei, fora dos quais não podem ser dispensadas a sua efetivação e as respectivas garantias, sob pena de responsabilidade funcional. SEÇÃO II Do Nascimento e Apuração Art. 232 - Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. § 1º - A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. § 2º - O crédito tributário não pode ter o seu nascimento obstado, nem os seus elementos modificados, por autoridade de qualquer nível nem por disposição que não esteja expressa em lei. Art. 233 - São ineficazes, em relação à Fazenda Municipal, convenções particulares visando a transferir, no todo ou em parte, para outras pessoas que não as definidas em lei, a obrigação de pagar o crédito tributário.

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Art. 234 - O lançamento será efetuado e revisto de ofício pela autoridade competente, quando: I - ocorrerem as hipóteses de: 1 - arbitramento; 2 - estimativa; 3 - diferença de tributo; 4 - exigibilidade em desacordo com normas legais ou regulamentares, inclusive em desacordo com decisão de autoridade competente; 5 - erro de fato; II - a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III - a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo dessa autoridade; IV - comprovada a falsidade, o erro ou a omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V - comprovada a omissão ou a inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o art. 235; VI - comprovada a ação ou a omissão do sujeito passivo ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - comprovado que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; VIII - deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; e IX - comprovado que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial. Parágrafo único - A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Municipal. Art. 235 - Fica atribuído ao sujeito passivo, nos casos de incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, o dever de antecipar o pagamento sem o prévio exame da autoridade competente. § 1º - O pagamento antecipado, nos termos deste artigo, extingue o crédito, sob condição resolutória de ulterior homologação do lançamento. § 2º - Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiros, visando à extinção total ou parcial do crédito. § 3º - Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade ou sua graduação. § 4º - Expirado o prazo de 5 (cinco) anos, contado da data do fato gerador, sem que a Fazenda Municipal se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

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Art. 236 - Cabe ao Município o direito de pesquisar, da forma mais ampla, os elementos necessários a constituição do crédito tributário, ficando, em conseqüência, toda e qualquer pessoa, contribuinte ou não, obrigada a prestar esclarecimentos ou informações e a exibir os livros, documentos, bens móveis ou imóveis, inclusive mercadorias, no seu estabelecimento ou domicílio, quando solicitados pela Fazenda Municipal. Art. 237 - A incidência do tributo, sem prejuízo das cominações cabíveis, independe do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas. SEÇÃO III Do Pagamento Art. 238 - Os créditos tributários devem ser solvidos em moeda corrente no país ou em cheque, salvo em casos especiais previstos em lei. Art. 239 - O pagamento dos tributos deve ser feito nas repartições municipais ou em estabelecimentos bancários devidamente autorizados. Art. 240 - Os prazos de pagamento dos tributos devidos ao Município serão fixados pelo Poder Executivo, em ato publicado até 30 de dezembro de cada ano, podendo ser alterados por superveniência de fatos que o justifiquem. Parágrafo único - Em se tratando de tributo a ser pago em cotas, o Poder Executivo poderá estabelecer desconto para o pagamento integral até o vencimento da primeira cota. Art. 241 - A remessa de guias de pagamento ao contribuinte, na hipótese de tributo lançado, não o desobriga de procurá-las, na repartição competente, caso não as receba no prazo normal, desde que tenham sido feitas publicações dando ciência ao público de sua emissão. Art. 242 - O recolhimento da importância referida na guia não exonera o contribuinte de qualquer diferença que venha a ser apurada. Art. 243 - O Poder Executivo poderá autorizar, nas condições indicadas em ato normativo, o pagamento parcelado de créditos da Fazenda Municipal, tributários ou não. SEÇÃO IV Da Atualização Monetária Art. 244 - Os créditos da Fazenda Municipal, tributários ou não, ficarão sujeitos à atualização monetária quando não pagos no vencimento, com base na variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou índice que vier a substituí-lo. § 1º - Os acréscimos moratórios e as multas proporcionais, previstas em lei, serão calculados em função do tributo atualizado monetariamente. § 2º - As multas devidas, não proporcionais, ou aquelas decorrentes do descumprimento de obrigações acessórias, serão atualizadas a partir do vencimento do prazo estabelecido para o seu pagamento.

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§ 3º - A atualização monetária incidirá sobre o tributo considerado devido em função de decisão proferida em processo de consulta, de pedido de reconhecimento de não incidência, imunidade ou isenção, inclusive no período entre o vencimento original da obrigação e a data do pagamento, salvo se o contribuinte tiver feito o depósito de que trata o art. 250. § 4º - Excetuadas as hipóteses expressamente previstas em lei, não poderá ser dispensada a aplicação da atualização monetária. SEÇÃO V Da Mora Art. 245 - Os tributos não pagos no vencimento ficarão sujeitos á multa de mora de 1% ao mês, ou fração, até o limite de 50% (cinqüenta por cento), e juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês ,ou fração, até a data do pagamento. Parágrafo único - As multas penais proporcionais e os acréscimos moratórios previstos na legislação municipal serão aplicados sobre o valor atualizado do tributo. Art. 246 - Não afasta a incidência dos acréscimos moratórios a apresentação de: I - consulta ou pedido de reconhecimento de isenção, imunidade ou não incidência apresentados fora do prazo legal para pagamento do tributo, em relação às obrigações já vencidas, se for o caso; II - impugnação ou recurso em processo fiscal. Art. 247 - A observância de decisão de autoridade competente exclui a incidência da mora e de outros acréscimos. Parágrafo único - Não se aplica o disposto neste artigo: 1 - caso o sujeito passivo não pague o tributo no prazo ou não atenda às demais obrigações, após ser cientificado de que a autoridade modificou sua decisão; 2 - se houver a superveniência de legislação contrária à decisão da autoridade. Art. 248 - Os acréscimos moratórios incidentes sobre os créditos objeto de parcelamento ou reparcelamento serão apurados da seguinte forma: I - até a data do pedido, serão calculados sobre o crédito atualizado, incorporando-se, juntamente com os demais encargos, ao principal da dívida, cuja data de referência passará, para fins do parcelamento, a ser a do pedido; II - entre a data de referência citada no inciso anterior e a do efetivo pagamento sobre o valor de cada parcela da dívida consolidada incidirão juros de 1% (um por cento) ao mês. Parágrafo Único - A interrupção no pagamento das parcelas acarretará a suspensão do parcelamento e cobrança do saldo devedor com os acréscimos moratórios remanescentes. SEÇÃO VI Do Débito Autônomo Art. 249 - A falta ou insuficiência de atualização monetária ou de acréscimos moratórios, ocorrida no pagamento, por iniciativa do contribuinte, de tributos vencidos, constituirá débito autônomo, sujeito à atualização, acréscimos moratórios e multas, de acordo com as regras próprias de cada tributo.

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SEÇÃO VII Do Depósito Art. 250 - O valor total ou parcial do crédito tributário depositado pelo sujeito passivo no Tesouro Municipal não ficará sujeito a atualização, mora ou multa, até o limite do valor desse depósito. § 1º - O depósito integral do crédito tributário suspende sua exigibilidade. § 2º - O depósito será admitido se o contribuinte tiver impugnado, administrativa ou judicialmente, a legitimidade do crédito tributário, ou se o crédito se referir a questão tributária sob exame em processo de consulta ou de pedido de reconhecimento de não incidência, imunidade ou isenção. § 3º - Quando a lei estabelecer a possibilidade de o tributo ser pago em cotas, o depósito de cada uma delas até a data de seu vencimento produz o mesmo efeito do parágrafo primeiro, condicionado ao depósito tempestivo das demais parcelas. Art. 251 - O depósito poderá ser levantado a qualquer momento, pela simples manifestação de vontade do depositante. Art. 252 - No caso de devolução do depósito, por ter sido reconhecido o direito do depositante, o seu valor será atualizado e acrescido de juros de 1% ao mês calculados entre a data do depósito e a data de sua devolução. § 1º - Os juros incidirão do primeiro dia do mês subseqüente ao da realização do depósito até a data de sua devolução. § 2º - A importância depositada deverá ser devolvida ao contribuinte no prazo de quinze dias contados da data em que for requerida sua devolução. § 3º - Na hipótese prevista no artigo anterior, o depositante receberá o valor atualizado, mas não terá direito à percepção de juros. SEÇÃO VIII Da Restituição do Indébito Art. 253 - O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior do que o devido, face à legislação tributária aplicável, ou da natureza ou de circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória; Art. 254 - A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro, somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.

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Art. 255 - A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos acréscimos moratórios e das multas penais, salvo, quanto a estas, as referentes a infração de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Art. 256 - Nos casos em que o sujeito passivo tenha direito a restituição, ficará a importância a ser restituída sujeita a atualização monetária, a partir da data do pagamento indevido. Parágrafo único - A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. Art. 257 - Cessará a contagem dos acréscimos de que trata o artigo anterior na data da ciência ao interessado de que a importância está à sua disposição. Art. 258 - Considera-se cientificado o requerente na data da publicação do despacho que autorizar o pagamento da restituição. Art. 259 - Os processos de restituição de indébito tramitarão com prioridade. Art. 260 - O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado: I - nas hipóteses dos incisos I e II do art. 253, da data da extinção do crédito tributário; II - na hipótese do inciso III do art. 253, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. Art. 261 - Poderá ser autorizada a utilização do indébito para amortização de créditos tributários, desde que atualizados os valores a serem compensados. SEÇÃO IX Da Compensação Art. 262 – É facultado ao Prefeito Municipal permitir a compensação parcial ou total de créditos tributários líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública Municipal. § 1º – Sendo vencido, o crédito do sujeito passivo poderá ser atualizado pelos mesmos índices adotados para os valores devidos ao Tesouro Municipal e, se vincendo, a apuração do seu montante será efetuada pela sua redução mediante a simples aplicação, no período decorrido entre a data da compensação e a do vencimento, de juros de 1% (um por cento) ao mês, não capitalizáveis. § 2º - A compensação somente poderá ser efetuada mediante a demonstração expressa, em processo regular, da satisfação dos créditos da Fazenda Municipal, sem qualquer antecipação das suas obrigações. § 3º - O disposto no “ caput” deste artigo não se aplica a tributo objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. SEÇÃO X Da Transação

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Art. 263 – É facultado ao Prefeito Municipal celebrar transação com sujeito passivo de obrigação tributária, que através de concessões mútuas objetive a terminação de litígio e conseqüente extinção do crédito tributário. Parágrafo Único: A celebração de transação dependerá de : 1 -abertura de processo específico, a partir de solicitação de qualquer das partes; 2 - justificativa fundamentada do interesse da administração no fim da lide; 3 - justificativa das concessões, as quais não poderão atingir o principal do crédito tributário; 4 - parecer específico do órgão jurídico do município e autorização expressa, em processo, do Prefeito Municipal. Seção XI Da Dação em Pagamento Art. 264 - O crédito tributário, inscrito ou não em Dívida Ativa, desde que apurado com todos os acréscimos previstos em lei, poderá ser solvido, quando do interesse da administração Municipal, por dação em pagamento em bens móveis e imóveis. Parágrafo Único – Para efetivação da dação em pagamento observar-se-á: I – que o crédito correspondente não tenha sido objeto de qualquer redução, parcelamento ou dilação de prazo para pagamento; II – que os bens fornecidos sejam de estrita necessidade para a Administração Municipal; III – que os bens sejam avaliados e adquiridos obedecidos os critérios de menor preço e outros previstos na legislação de licitações; IV – a demonstração, pelo sujeito passivo de que o pagamento em moeda corrente não pode ser efetuado sem risco para a sua manutenção regular ou das atividades de sua empresa; V – autorização expressa, em processo regular, do Prefeito Municipal e do órgão jurídico do município. Art. 265 - A apresentação formal de propostas de compensação, transação e de dação em pagamento não gera suspensão do crédito tributário, mas implica na confissão irretratável da dívida, com renúncia ao direito de impugnar ou recorrer quanto à sua cobrança. Seção XII Da remissão Art. 266. O Prefeito Municipal poderá conceder, por despacho fundamentado, a remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo: II - a erro ou ignorância escusável do sujeito passivo quanto à matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - as considerações de eqüidade em relação às características pessoais ou materiais do caso: V - as condições peculiares a determinada região do território do Município; VI - calamidade pública.

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Parágrafo único. O despacho referido neste artigo, não gera direito adquirido e será revogado de ofício se for apurado que o beneficiário não satisfazia as condições para a concessão do favor, caso em que o crédito será exigido com os acréscimos legais e na hipótese de dolo ou simulação do contribuinte ou de terceiros em benefício daquele com multa cabível. CAPÍTULO IV Da Dívida Ativa Art. 267. Constitui divida ativa todo e qualquer crédito da Fazenda Municipal, tributária ou não, regularmente inscrito na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento por lei ou por decisão final proferida em processo regular. Art. 268. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido o domicílio ou a residência de um ou de outro; II - o valor originário da dívida, o sue termo inicial e a forma de calcular os acréscimos moratórios e demais encargos previstos em lei ou contrato; III - a origem, a natureza e o fundamento legal da dívida; IV - o termo inicial para o cálculo; V - a data e o número da inscrição no registro da dívida ativa; VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração se neles estiver apurado o valor da dívida. Art. 269. O termo de inscrição e a certidão da dívida ativa poderão ser preparados e enumerados por processo manual, mecânico ou eletrônico. Parágrafo único - A certidão da dívida ativa conterá os mesmo elementos do termo da inscrição que será autenticada pela autoridade competente. Art. 270. As dívidas relativas ao mesmo devedor poderão ser cumuladas em uma só ação, podendo a Fazenda Municipal, se o preferir, emitir uma só certidão de dívida ativa. Art. 271. O recebimento de débitos constantes da dívida ativa já encaminhadas para cobrança judicial será feito exclusivamente à vista de guia própria com o visto do órgão jurídico da Prefeitura. Art. 272. Encaminhada a certidão para cobrança judicial, cessará a competência da Secretaria de Fazenda para agir ou decidir quanto a ela, cumprindo-lhe, entretanto, prestar as informações solicitadas pela Procuradoria Jurídica Municipal, ou pela autoridade judiciária. CAPÍTULO V Da Fiscalização Art. 273 - A fiscalização dos tributos compete à Secretaria Municipal de Fazenda e será exercida sobre todas as pessoas físicas ou jurídicas que estiverem obrigadas ao cumprimento das disposições da legislação tributária.

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§ 1º - Em nenhuma hipótese a Secretaria Municipal de Fazenda poderá suspender o curso da ação fiscal, desde que no exercício da fiscalização sejam comprovados indícios de infração ou infração à legislação tributária, decorrentes quer do descumprimento da obrigação principal, quer da obrigação acessória. § 2º - É vedado à autoridade de qualquer hierarquia paralisar, impedir, obstruir ou inibir a ação fiscal exercida pelos Fiscais de Rendas e pelos Fiscais de Posturas Municipais no exercício de sua competência e de suas atribuições. § 3º - O descumprimento do disposto no parágrafo anterior constitui delito funcional de natureza grave. § 4º - São insubsistentes os atos normativos de autoridades administrativas que, na data desta Lei, contrariem as disposições deste artigo e de seus §§ 1º e 2º. Art. 274 - Mediante intimação escrita são obrigados a prestar, à fiscalização municipal, as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. § 1º - A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. § 2º - A fiscalização poderá requisitar, para exame na repartição fiscal, livros, documentos e quaisquer outros elementos vinculados à obrigação tributária. Art. 275 - No caso de desacato ou de embaraço ao exercício de suas funções, ou quando seja necessária a efetivação de medidas acauteladoras no interesse da Fazenda Municipal, ainda que não se configure fato definido como crime ou contravenção, os funcionários fiscais poderão, pessoalmente ou através das repartições a que pertencerem, requisitar o auxílio de força policial. Art. 276 - O titular da repartição fiscal poderá determinar sistema especial de fiscalização sempre que forem considerados insatisfatórios os elementos constantes dos documentos e dos livros fiscais e comerciais do sujeito passivo. CAPÍTULO VI Das Penalidades em Geral SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 277 - Sujeita-se às penalidades previstas nesta Lei o descumprimento de qualquer obrigação, principal ou acessória, constante da legislação tributária.

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Art. 278 - Não será considerado infrator aquele que proceder de acordo com decisão de autoridade competente nem aquele que se encontrar na pendência de consulta, regularmente apresentada. Art. 279 - A denúncia espontânea da infração exclui a aplicação de multa, quando acompanhada do pagamento do tributo atualizado e dos respectivos acréscimos moratórios ou quando seguido do depósito da importância arbitrada pela autoridade fiscal, sempre que o montante do crédito dependa de apuração. Art. 280 - Os contribuintes que, espontaneamente e antes de qualquer ação fiscal, apresentarem às repartições competentes declarações e esclarecimentos necessários à cobrança de tributos, ou pagarem débitos fiscais que independam de lançamento, não serão passíveis de qualquer penalidade que decorra exclusivamente da falta de pagamento, ficando sujeitos somente a atualização monetária e acréscimos moratórios. Art. 281 - A imposição de qualquer penalidade ou o pagamento da multa respectiva não exime o infrator do cumprimento da obrigação que a ocasionou, não prejudica a ação penal, se cabível, nem impede a cobrança do tributo porventura devido. Art. 282 - No caso de infração às obrigações constantes de dispositivos legais ou regulamentares, para as quais não estejam previstas penalidades específicas, aplicar-se-ão multas de R$50 00 a R$ 500,00. Parágrafo único - As multas previstas neste artigo serão graduadas de acordo com a gravidade da infração e com a importância desta para os interesses da arrecadação, a critério da autoridade competente. Art. 283 - As autoridades judiciárias, serventuários, funcionários públicos do registro do comércio e quaisquer outras autoridades ou servidores que deixarem de exigir a prova de pagamento ou certificado de imunidade ou de isenção de tributos relativos a atos ou fatos translativos de bens ou direitos, sujeitos à tributação, que deixarem de exibir certificados de não existência de débitos fiscais apurados, nos casos em que a lei determine sua exigência, ou não transcreverem ditos documentos nos instrumentos que lavrarem ou expedirem, ou não anotarem suas características nos registros que efetuarem, ficarão sujeitos à multa equivalente ao débito não pago, em virtude dessa omissão, no mínimo de R$ 200,00. Art. 284 - Àquele que deixar de prestar esclarecimentos e informações, de exibir livros e documentos ou de mostrar bens móveis ou imóveis, inclusive mercadorias, ou seus estabelecimentos aos funcionários fiscais, quando solicitado por esses funcionários, serão aplicadas multas: I – R$ 200,00, pelo não atendimento ao primeiro pedido ou intimação; II - de R$ 240,00, pelo não atendimento ao segundo pedido ou intimação; III - de R$ 300,00 pelo não atendimento ao terceiro pedido ou intimação. § 1º - O desatendimento a mais de 3 (três) intimações, bem como qualquer ação ou omissão do sujeito passivo que implique embaraço, dificuldade ou impedimento à ação dos funcionários fiscais, sujeitará o infrator à multa de R$ 500,00. § 2º - O arbitramento do tributo que se seguir às infrações apenadas no parágrafo anterior não impedirá a fiscalização de continuar intimando o sujeito passivo a cumprir

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suas obrigações nem de aplicar-lhe as multas correspondentes aos respectivos descumprimentos. § 3º - As notificações, intimações, autos de infração e documentos relativos às ações dos funcionários fiscais poderão ser entregues pessoalmente ou por via postal, nos prazos regulados pela legislação. Art. 285 - Os que falsificarem ou viciarem livros ou documentos de interesse da fiscalização ficarão sujeitos, além da pena aplicável sobre o tributo porventura não recolhido ou sonegado, à multa de R$ 300,00. Art. 286 - Aqueles que colaborarem em atos visando à sonegação de tributos ficarão sujeitos a multa idêntica à imponível ao beneficiário da sonegação. Art. 287 - A aplicação das multas e outras penalidades previstas nesta Lei, nos casos de sonegação de tributos, independe das conseqüências extrafiscais dos fatos apurados. CAPÍTULO VII Da Responsabilidade SEÇÃO I Da Responsabilidade dos Sucessores Art. 288 - Os créditos tributários relativos a impostos cujos fatos geradores sejam a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único - No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço. Art. 289 - São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Art. 290 - A pessoa jurídica de direito privado, que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra, é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma individual. Art. 291 - A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

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II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. SEÇÃO II Da Responsabilidade de Terceiros Art. 292 - Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único - O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. Art. 293 - São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

SEÇÃO III Da Responsabilidade por Infrações

Art. 294 - A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Art. 295 - A responsabilidade é pessoal do agente: I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar; III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: 1 - das pessoas referidas no art. 292 contra aquelas por quem respondem; 2 - dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; 3 - dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas. Art. 296 - A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único - Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo, ou medida de fiscalização, relacionado com a infração.

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TÍTULO II

Do Processo Administrativo Tributário CAPÍTULO I

Do Início Do Processo Art. 297 - O processo fiscal terá inicio com: I - a notificação do lançamento nas formas previstas neste código; II - a intimação a qualquer título ou a comunicação de início de procedimento fiscal; III - a lavratura do auto de infração; IV - a lavratura de termos de apreensão de livros ou documentos fiscais; V - a petição do contribuinte ou interessado, reclamando contra lançamento do tributo ou do ato administrativo dele decorrente.

CAPÍTULO II Do Auto De Infração

Art. 298 - Verificada a infração de dispositivo desta lei ou regulamento, que importe ou não em evasão fiscal, lavrar-se-á o auto de infração correspondente, que deverá conter os seguintes requisitos: I - o local, a data e a hora da lavratura; II - o nome e o endereço do infrator, com o número da respectiva inscrição, quando houver; III - a descrição clara e precisa do fato que constitui infração e, se necessário, as circunstancias pertinentes; IV - a capitulação do fato, com a citação expressa do dispositivo legal infringido e do que lhe comine a penalidade; V - a intimação para apresentação de defesa ou pagamento do tributo, com os acréscimos legais ou penalidades, dentro do prazo de 30 (trinta) dias; VI - a assinatura do agente autuante e a indicação do seu cargo ou função; VII - a assinatura do próprio autuado ou infrator ou dos seus representantes, ou mandatários, ou prepostos, ou a menção da circunstancia de que o mesmo não pode ou se recusou a assinar. § 1º - A assinatura do autuado não importa em confissão nem, a sua falta ou recusa, em nulidade do auto ou agravamento da infração. § 2º - As omissões ou incorreções do auto de infração não o invalidam, quando do processo constem elementos para a determinação da infração e a identificação do infrator. Art. 299 - O autuado será notificado da lavratura do auto de infração: I - pessoalmente, no ato da lavratura, mediante entrega de cópia do auto de infração ao próprio autuado, seu representante, mandatário ou preposto, contra assinatura recibo, datada, no original, ou a menção da circunstancia de que o mesmo não pode ou se recusa a assinar; II - por via postal registrada, acompanhada de cópia do auto de infração, com aviso de recebimento a ser datado, firmado e devolvido ao destinatário ou pessoa de seu domicílio; III - por publicação, no órgão do Município, na sua íntegra ou de forma resumida, quando improfícuos os meios previstos nos incisos anteriores . Art. 300 - Conformando-se o autuado com o despacho da autoridade administrativa e desde que efetue o pagamento das importâncias exigidas dentro do prazo para

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apresentação da defesa o valor da multa fiscal será reduzido em 50 % (cinqüenta por cento) e o procedimento tributário arquivado. Art. 301 - Nenhum auto de infração será arquivado, nem cancelada a multa fiscal, sem despacho da autoridade administrativa e autorização do titular da Secretaria Municipal de Fazenda, em processo regular.

CAPÍTULO III Do Termo De Apreensão

Art. 302 - Poderão ser apreendidos bens móveis, inclusive mercadorias existentes em poder do contribuinte ou de terceiros, desde que constituam provas de infração da legislação tributaria. Parágrafo Único - A apreensão pode compreender livros e documentos, quando constituam prova de fraude, simulação, adulteração ou falsificação. Artigo 303 - A apreensão será objeto de lavratura de termo de apreensão, devidamente fundamentado, contendo a descrição dos bens ou documentos apreendidos, a indicação do lugar onde ficaram depositados, o nome do destinatário e, se for o caso, a descrição clara e precisa do fato e a menção das disposições legais, alem dos demais elementos indispensáveis à identificação do contribuinte. Parágrafo Único - O autuado será notificado da lavratura do termo de apreensão na forma do artigo 299, inciso I.

CAPÍTULO IV Da Reclamação Contra Lançamento

SEÇÃO I Da Primeira Instância Administrativa

Art. 304 - O sujeito passivo da obrigação tributaria poderá impugnar a exigência fiscal, independentemente de prévio depósito, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da notificação do lançamento, da lavratura do auto de infração, ou do termo de apreensão, mediante defesa escrita, alegando de uma só vez toda matéria que entender útil e juntando os documentos comprobatórios das razões apresentadas. § 1º - A impugnação da exigência fiscal mencionará: I - a autoridade julgadora a quem é dirigida; II - a qualificação do interessado, o número do contribuinte no cadastro respectivo e o endereço para a notificação ; III - os dados do imóvel, ou descrição das atividades exercidas, e o período a que se refere o tributo impugnado; IV - os motivos de fato e de direito em que se fundamente; V - as diligências que o sujeito passivo pretenda sejam efetuadas, desde que justificadas as suas razões; VI - o objetivo visado. § 2º- A impugnação terá efeito suspensivo da cobrança e instaurará a fase contraditória do procedimento. § 3º- A autoridade administrativa determinará, de ofício ou a requerimento do sujeito passivo, a realização das diligências que entender necessárias, fixando-lhe prazo e indeferirá as consideradas prescindíveis, impraticáveis ou protelatórias . § 4º- Se da diligência resultar oneração para o sujeito passivo, relativa ao valor impugnado, será reaberto o prazo para oferecimento de novas impugnações ou aditamento da primeira.

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§ 5º- Preparado o processo para decisão, a autoridade administrativa prolatará despacho no prazo máximo de 30 (trinta) dias, resolvendo todas as questões debatidas e pronunciando a procedência ou improcedência da impugnação. Art. 305 - O impugnador será notificado do despacho, mediante assinatura no próprio processo ou, na ordem, pelas formas previstas nos incisos II e III do artigo 299, no que couber. Art. 306- Sendo a impugnação julgada improcedente, os tributos e penalidades impugnadas ficam sujeitos à multa, juros de mora e correção monetária, a partir da data dos respectivos vencimentos. Art. 307- É autoridade administrativa para decisão o Secretário de Fazenda ou a autoridade fiscal a quem delegar.

SEÇÃO II Da Segunda Instância Administrativa

Art. 308 - Da decisão da autoridade administrativa de Primeira Instancia caberá recurso voluntário ao Conselho Municipal de Contribuintes. Parágrafo Único - O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de 15 (quinze) dias contados da ciência da decisão de Primeira Instância, mediante depósito prévio, a conta do Tesouro Municipal, de metade do valor do crédito exigido. Art. 309 - Os recursos protocolados intempestivamente, somente serão julgados pelo Conselho de Contribuintes mediante prévio depósito da importância devida.

CAPÍTULO V Do Conselho Municipal De Contribuintes

SEÇÃO I Da Competência E Composição

Art. 310 - O Conselho Municipal de Contribuintes é órgão administrativo colegiado, com autonomia decisória, e tem a incumbência de julgar, em segunda instância, os recursos voluntários referentes aos processos tributários interpostos pelos contribuintes do Município contra atos ou decisões sobre matéria fiscal praticados pela autoridade administrativa de primeira instância, por força de suas atribuições. Art. 311 - O Conselho Municipal de Contribuintes será composto por oito membros, sendo quatro representantes do Poder Executivo e quatro dos contribuintes, e reunir-se-á nos prazos fixados em regulamento. Parágrafo Único - Será nomeado um suplente para cada membro do Conselho, convocado para servir nas faltas ou impedimentos dos titulares. Art. 312 - Os membros titulares do Conselho Municipal de Contribuintes e seus suplentes serão nomeados pelo Prefeito Municipal, com mandato de 1 (um) ano, podendo ser reconduzidos. § 1º- Os membros do Conselho deverão ser portadores de título universitário e de reconhecida experiência em matéria tributária. § 2º- Os membros representantes dos contribuintes, tanto os titulares como os suplentes, serão indicados por entidades representativas de classe.

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§ 3º- Os membros representantes do Município, tanto os titulares como os suplentes, serão indicados pelo Secretário de Fazenda dentre servidores efetivos do Município versados em assuntos tributários, sendo obrigatoriamente definido entre eles o membro que representará a Fazenda Municipal. § 4º- O Presidente e o Vice–Presidente do Conselho serão escolhidos pelo Secretário de Fazenda dentre os representantes do Município. Art. 313 - A posse dos membros do Conselho Municipal de Contribuintes realizar-se-á mediante termo lavrado em livro próprio ao se instalar o Conselho ou, posteriormente, quando ocorrer substituição de alguns membros, perante o Prefeito. Art. 314 - Perderá o mandato o membro que: I - deixar de comparecer a 3 (três) sessões consecutivas ou 6 (seis) intercaladas, no mesmo exercício, sem motivo justificado por escrito; II - usar de meios ou atos de favorecimento, bem como proceder no exercício de suas funções com dolo ou fraude; III - recusar, omitir ou retardar o exame e o julgamento do processo, sem justo motivo; IV - contrariar normas regulamentares do Conselho. § 1º- A perda do mandato será precedida de processo administrativo regular que, uma vez instaurado, importará no imediato afastamento do membro. § 2º- O Secretário de Fazenda ou o Presidente do Conselho determinará a apuração dos fatos referidos neste artigo. Art. 315 - Os membros do Conselho Municipal de Contribuintes serão remunerados com um jeton mensal no valor correspondente a 50 % (por cento) do cargo em comissão ou da função que exerçam em virtude de concurso público. Art. 316 - A fim de atender aos serviços de expediente, o Secretário de Fazenda poderá designar um servidor do Município para secretariar o Conselho, que perceberá uma gratificação correspondente a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração fixada para o membro efetivo. Art. 317 - O funcionamento e a ordem dos trabalhos do Conselho reger-se-ão pelo disposto neste Código e por Regulamento próprio baixado pelo Prefeito.

SEÇÃO II Do Julgamento Pelo Conselho

Art. 318 - O Conselho Municipal de Contribuintes só poderá deliberar quando reunido com a maioria absoluta de seus membros. Parágrafo Único - As sessões de julgamento do Conselho serão públicas. Art. 319 - Os processos serão distribuídos aos membros do Conselho mediante sorteio, garantida a igualdade numérica na distribuição. § 1º- O relator restituirá, no prazo determinado pelo Presidente, os processos que lhe forem distribuídos, com o relatório e o parecer. § 2º- O relator poderá solicitar qualquer diligência para completar o estudo ou parecer da autoridade administrativa que realizou o levantamento fiscal. Art. 320- Deverão se declarar impedidos de participar do julgamento, os membros que: I - sejam sócios, acionistas, interessados, membros da diretoria ou do conselho da sociedade ou empresa envolvidas no processo;

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II - sejam parentes do recorrente, até o terceiro grau. Art. 321 - As decisões referentes a processo julgado pelo Conselho serão lavradas pelo relator no prazo de 8 (oito) dias após o julgamento e receberão a forma de acórdão, devendo ser anexadas aos processos para ciência do recorrente. Art. 322 - As decisões do Conselho constituem última instância administrativa para recursos voluntários contra atos e decisões de caráter fiscal.

CAPÍTULO VI Da Consulta Tributária

Art. 323 - Ao contribuinte ou responsável é assegurado o direito de consulta sobre a interpretação e aplicação da legislação tributária, desde que protocolada antes da ação fiscal e em obediência às normas estabelecidas. Art. 324 - A consulta será dirigida ao Secretário de Fazenda, com apresentação clara e precisa do caso concreto e de todos os elementos indispensáveis ao atendimento da situação de fato, indicando os dispositivos legais, e instruída com documentos , se necessário. Art. 325 - A consulta suspende o prazo para recolhimento do tributo. Art. 326 - Os efeitos previstos no artigo anterior não se produzirão em relação às consultas: I - meramente protelatórias, assim entendidas as que versem sobre dispositivos claros da legislação tributária, ou sobre tese de direito já resolvida por decisão administrativa ou judicial, definitiva ou passada em julgado; II - que não descrevam completa e exatamente a situação de fato; III - formuladas por consultantes que, à data de sua apresentação, estejam sob ação fiscal, notificados de lançamento, de auto de infração ou termo de apreensão, ou citados para ação judicial de natureza tributária, relativamente à matéria consultada. Art. 327 - Na hipótese de mudança de orientação fiscal a nova regra atingirá a todos os casos, ressalvando o direito daqueles que procederem de acordo com a regra vigente, até a data da alteração ocorrida. Art. 328 - A autoridade administrativa dará solução à consulta no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da sua apresentação, encaminhando o processo de consulta ao Secretário de Fazenda, que a decidirá. Parágrafo Único - Do despacho prolatado em processo de consulta caberá recurso, na forma e prazos dispostos no art. 304. Art. 329 - A autoridade administrativa, ao homologar a solução dada à consulta, fixará ao sujeito passivo prazo não inferior a 30 (trinta) nem superior a 60 (sessenta) dias para o cumprimento de eventual obrigação tributária, principal ou acessória, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis. Art. 330 - a resposta à consulta será vinculante para a administração, salvo se obtida mediante elementos inexatos fornecidos pelo consultante.

TÍTULO III

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Disposições Finais Art. 331 - Os prazos fixados neste código serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo-se o dia do vencimento. Art. 332 - Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que tenha curso o processo ou deva ser praticado o ato. Art. 333 - Não atendida à solicitação ou exigência a cumprir, o processo poderá ser arquivado, decorrido o prazo de 60 (sessenta) dias. Art. 334 - Os benefícios da imunidade e isenção deverão ser requeridos pelo interessado anualmente. Art. 335- Os valores constantes desta lei, anualmente, sempre no primeiro dia útil, a partir do exercício de 2006, deverão ser atualizados, sobre eles aplicando a variação anual do INPC – Índice Nacional de Preço ao Consumidor, apurado pelo IBGE, ou índice que vier a substituí-lo. Art. 336 - Independente de atualização anual, poderá o Poder Executivo Municipal,efetuar a correção dos valores, a qualquer tempo, sempre que o índice a que se refere o artigo anterior variação superior a 5% (cinco por cento). Art. 337 – Ficam revogadas as leis nos 855/93, 1.220/01, 1.229/01, 1.230/01, 1.236/01, 1.237/01, 1.255/02, 1.269/02, 1.293/02, 1.294/02, 1.295/02, 1.301/02, 1.304/02, 1.341/03 e 1.370/04, bem com as disposições em contrário. Art. 338 - Esta Lei entrará em vigor, a partir de 1º de janeiro de 2005, revogadas as disposições em contrário.

Mesa Diretora

Jadir Martins Leal Barreto

Presidente

Vera Lúcia Simas

Vice Presidente

Eduardo Andrade da Rocha

1º Secretário

Izaac Olegário de Oliveira

2º Secretário