a cidade e a escala do pedestre

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A CIDADE E A ESCALA DO PEDESTRE TEMA 04- ARQUITETURA E URBANISMO-PLANEJAMENTO TERRITORIAL

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Page 1: A cidade e a escala do pedestre

A CIDADE E A ESCALA DO

PEDESTRE

TEMA 04- ARQUITETURA E URBANISMO-PLANEJAMENTO TERRITORIAL

Page 2: A cidade e a escala do pedestre

“O natural ponto de partida do trabalho de projetarcidades para pessoas é a mobilidade e os sentidoshumanos, já que estes fornecem a base biológicadas atividades, do comportamento e dacomunicação no espaço urbano (GEHL, 2013,p.33)”

Page 3: A cidade e a escala do pedestre

Trabalhe com a escala humana em prédios e nos detalhes da paisagem

Mesmo em locais de grande escala, com edifícios altos e largas vias, é possíveltrazer de volta a proporção humana através de elementos como fachadas adequadas, boasinalização e entradas bem construídas. O edifício Empire State, em NY, e a cidade deMelbourne na Austrália São bons exemplos de estrutura massiva bem desenhada para ospedestres no nível do solo. Não importa o quão alto um prédio é, ter sua base repleta deárvores, sinalizações adequadas à escala humana e entradas amigáveis, podem fazer umaenorme diferença.

Empire State, NY Empire State, NY

Page 4: A cidade e a escala do pedestre

100m

80m

50m

20m 7,5m

10m 5m

0,5m

2m

Imagem Livro Cidade para Pessoas –Jan Gehl

A escala humana e a percepção

sensorial:

Para tornar as cidades mais agradáveis é necessário projetá-las nas dimensões adequadas

ao nível dos olhos, além de contemplar a diversidade de pessoas nos espaços públicos. O

planejamento urbano deve estar pautado na relação entre sentidos, comunicação e

dimensões, pois serão eles que provocarão as sensações.

A visão é o mais desenvolvido de nossos sentidos, pois em cada distância ou local que

observamos nos transmite sensações diferentes, desde a escala humana até um objeto/e ou

Edificação.

Page 5: A cidade e a escala do pedestre

Quando falamos de campo social de

visão é muito importante salientar

que o limite é de 100m quando

podemos ver pessoas em

movimento, Como por exemplo num

campo de futebol do meio da quadra

até a última pessoa da arquibancada

tem limite de 100m.

Outro fator significativo é o de 25m

quando conseguimos ver emoções

e expressões faciais.

Page 6: A cidade e a escala do pedestre

Nosso sentido de visão desenvolve-

se de forma que caminhemos no

plano horizontal. Não vemos muito

para cima e vemos pouco mais para

baixo o suficiente para não tropeçar

em algo.

Vemos nesta imagem que a escala

se perde quando olhamos para

cada um destes prédios, e cada um

trará sensações diferentes para

quem olhar.

Page 7: A cidade e a escala do pedestre

Diante de uma escala humana

vemos que prédios mais altos

que 5 andares são incômodos.

Jeff Risom, urbanista membro do

time do Gehl Architects,

explica, “O corpo humano possui

dimensões e capacidades físicas

de locomoção que muitas vezes

são esquecidas em projetos de

prédios e espaços públicos”. Para

ele, uma cidade para pessoas é

feita para ser contemplada à pé, a

5 km/h. “Uma escala muito grande

ou muito rápida destrói a relação

das pessoas com os espaços

públicos”.

Page 8: A cidade e a escala do pedestre

Andares térreos em Dublin na Irlanda – Livro Cidade Para Pessoas –Jan Gehl

Oriente as edificações para as ruas

Exemplo: A construção na linha da rua é um atributo das cidades tradicionais e boas de

caminhar, onde as ruas são inteiramente preenchidas por prédios alinhados à calçada,

com eventos que acontecem no espaço urbano ou nas portas e janelas dos térreos.

Page 9: A cidade e a escala do pedestre

A Cidade de Melbourne na Austrália é um exemplo de revitalização de seus térreos,

colocaram suas fachadas voltadas para as ruas e becos, criando inicialmente

lanchonetes e restaurantes, onde haviam becos sem vida e perigosos agora são

espaços onde as pessoas gostam de estar.

Becos Cidade de Melbourne Austrália Antes da revitalização

Page 10: A cidade e a escala do pedestre

Cidade de Melbourne Depois da revitalização

Page 11: A cidade e a escala do pedestre

Distancia

Intima, Locais

mais

Românticos

Distancia Pessoal

Distancia

Social

Fonte:https://thinkinggoldies.wordpress.c

om/page/3/

Fonte: Mercado publico Florianópolis

http://ricmais.com.br/sc/blogs/nossomercado/

Fonte:http://www.maenual.com.br/2012/08/como-

organizar-um-piquenique-em-familia.html

Distancia Publica

http://www.mundoemprosa.com.br/londres-em-4-

dias/

Ofereça um espaço com diferentes formas de Comunicação

temos diferentes formas de comunicação, e estas ocorrem em diferentes

distâncias. Proporcionar espaços agradáveis para as diferentes formas de

comunicação.

Page 12: A cidade e a escala do pedestre

Criação de espaços de qualidade para a circulação dos pedestres

Fonte; http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2013/10/15/que-

tal-ver-a-copa-em-paris/comment-page-2

Acessado em abr/2016

O arquiteto e urbanista, Jan Gehl (2013), aponta que uma das saídas

para a solução do caos urbano e a retomada de identidade do homem para

com a cidade, está em reforçar as áreas destinadas aos pedestres,

promovendo a apropriação dos espaços e por consequência a interatividade

social ocasionada pelos encontros. Desta forma, as cidades tornam-se vivas,

seguras, sustentáveis e saudáveis.

Page 13: A cidade e a escala do pedestre

Ofereça acesso livre e contínuo aos pedestres

A permeabilidade é um elemento de grande importância para a escala humana, trazendo

alternativas de caminhamentos para o transeunte, como espaços de praças, parques,

ruas de acesso exclusivo, ente outros. Os pedestres precisam ter formas fáceis de se

locomover entre praças, parques, ruas de acesso exclusivo e outros locais onde os

carros não podem ir. Uma sinalização urbana clara, explicando como se deslocar em um

determinado local ou complexo é muito importante, especialmente para áreas cheias de

turistas.

Fonte:

https://cidadeape.org/

Acessado em abr/2016

Fonte:

http://www.revistahoteis.com.br/novos-totens-de-sinalizacao-

turistica-sao-instalados-no-centro-de-sp-2/

Acessado em abr/2016

Page 14: A cidade e a escala do pedestre

Criação de espaços de qualidade para a circulação dos pedestres

É papel do arquiteto proporcionar diferentes sensações e podemos percebê-lasno nosso dia a dia por exemplo: ao caminhar por calçadas amplas, bemcuidadas com comércios em seu entorno, com espaço de descanso,arborizada e fachadas padronizadas temos sensações agradáveis,diferentemente do caminhar por avenidas extensas, com tráfego intenso,possuidor de poluição e edificações de grande porte. As cidades devem evitaros enormes e massivos edifícios que consomem quarteirões inteiros eparticionar as ruas em pequenas porções, que tornem a caminhada maissimples e agradável.

https://www.google.com.br/search?q=rua+vidal+ramos+desenho&e

spv=2&biw=1920&bih=947&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0a

hUKEwilwOyqxOHLAhVDvJAKHXeMAo0Q_AUIBigB#imgrc=3Yrf64

piEOCZ4M%3A

Page 15: A cidade e a escala do pedestre

Cruzamento Av. Faria Lima - SP Escala de Prédios em Pequim - China

A escala humana vem se perdendo e com isso vindo mais carros earranha-céus. Esquecem-se as pessoas e abrem-se cada vez mais avenidas.

São Paulo e China são exemplos de como a escala pode se perder muitorapidamente, com economias muito fortes as cidades crescem muito rápido e juntocom elas a desordem.

Atualmente a vida nas cidades tem se tornado cada vez mais difícil e de

pouca qualidade aos seus moradores. Não somente o estar, mas também a

locomoção, seja na sua rua, seja na sua cidade, tornaram-se atividades

desgastantes e desprazerosas.

Page 16: A cidade e a escala do pedestre

Crescimento da China com suas competições insanas de arranha –céus, e suas desigualdades urbanas onde carros são a prioridade.

China Arranha – céus Escala humana em meio a tantos carros e desordem - China

O problema da maioria das cidades, é que ao invés de fecharem vias para

diminuir carros e trazer pedestres, eles abrem mais vias.

Recomendamos que assistam o Filme a Escala Humana

Page 17: A cidade e a escala do pedestre

PARA QUEM NÓS PROJETAMOS AS CIDADES?

Page 18: A cidade e a escala do pedestre

Os quatro objetivos para a melhoria do ambiente urbano:

Cidade viva: Pessoas Utilizando o Espaço publico, união do publico e o Privado um

beneficia o outro.

Copenhague: Livro – Cidade para Pessoas – Jan Gehl

Page 19: A cidade e a escala do pedestre

Os quatro objetivos para a melhoria do ambiente urbano:

Cidade segura: pessoas que se movimentam pela cidade e permanecem nos espaços

urbanos, aumentam o sentimento de segurança delas e das outras - são mais olhos nas

ruas -, para isso, a cidade deve possuir atrativos para a população sair de casa, interagir

e realizar atividades.

Copenhague http://www.archdaily.com.br/br/tag/copenhague

Copenhague http://thecityfixturkiye.com/yeni-buyuksehirlerde-surdurulebilir-kentsel-gelisim-pinar-kosenin-unibusiness-dergisi-temmuz-yazisi/

Page 20: A cidade e a escala do pedestre

Os quatro objetivos para a melhoria do ambiente urbano:

Cidade sustentável: promover a “mobilidade verde”, deslocando-se a pé, de bicicleta ou

transporte público. Trará como consequência benefícios à economia e ao meio

ambiente, através da redução de consumo de recursos, redução na emissão de

poluentes e ruídos.

Page 21: A cidade e a escala do pedestre

Os quatro objetivos para a melhoria do ambiente urbano:

Cidade saudável: O transporte através de carros, de porta a porta, tornou as pessoas

sedentárias. Fazer com que as pessoas adotem o caminhar ou o pedalar em suas

atividades diárias trará benefícios a saúde pública.

Page 22: A cidade e a escala do pedestre

São poucas as cidades que se desenvolveram e se mantêm na condição da escala

humana, com os automóveis e a especulação imobiliária o planejamento urbano

negligenciou a dimensão humana. Para construirmos uma cidade para pessoas devemos

prestar a atenção ao nosso redor e pensar como nos sentiríamos naquele local.

Paraty- Rio de Janeiro Fonte:http://brasil.urbansketchers.org/2011/09/amigos-do-urbansketchers-br-com-alegria.html

Av. Paulista - São Paulo http://ebbilustracoes.blogspot.com.br/search/label/Nanquim

para a cidade ser projetada para pessoas não se

deve abrir mais vias; as distâncias a pé devem ser

curtas, com belos percursos e espaços; com intensa

mistura de uso, térreos bem ativos; detalhes

pensados, com convite para caminhar, permanecer

e sentar no espaço publico comum e principalmente

tudo sendo pensado na escala humana.

Page 23: A cidade e a escala do pedestre

BIBLIOGRAFIA

http://solucoesparacidades.com.br/blog/7-formas-simples-de-tornar-qualquer-cidade-amigavel-aos-pedestres

Livro Cidade Para Pessoas – Jan Gehl