a cavalhada de poconé

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Projeto Acadêmico desenvolvido para o projeto integrado do 6º Ciclo da Graduação em Design Gráfico do Instituto Infnet. O projeto consiste na criação da identidade visual e material de divulgação de uma festa popular do Brasil. A festa escolhida foi a Cavalhada, que ocorre em várias cidades do Brasil com diferentes particularidades. Esse projeto trata especificamente da festa que acontece na cidade de Poconé, no Pantanal mato-grossense.

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SumárioIntrodução 04

O Quê é a Cavalhada? 05

O Festejo 06

História - Os Mouros 07

Os Personagens 08

Processo Criativo 12

Painel de Referências 14

Material Desenvolvido 16

Referências 20

Editorial

Projeto Acadêmico desenvolvido para o projeto integrado do 6º Ciclo da Gra-duação em Design Gráfico do Instituto Infnet.

O projeto consiste na criação da identidade vi-sual e material de divulgação de uma festa popular do Brasil.

A festa escolhida foi a Cavalhada, que ocorre em várias cidades do Brasil com diferentes particulari-dades. Esse projeto trata especificamente da festa que acontece na cidade de Poconé, no Pantanal ma-to-grossense.

Ficha TécnicaPesquisa: Álvaro Rocha.Redação: Álvaro Rocha.Ilustrações: Álvaro Rocha e Rafael Cid.Layout do Hotsite: Rafael Cid.Material Impresso: Guilherme FontesTipografia: Guilherme Fontes.Roteiro: Álvaro Rocha.Animação e Storyboard: Rafael Cid.

Alvaro Rochawww.alrocha.com.br

Guilherme Fontes

Rafael Cidwww.rafaelcid.com/portfolio/

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O Brasil é um país muito rico em cultura e es-tilos vindos de várias partes do mundo, toda essa mistura gera uma enorme quantidade de festejos populares, que recebem influência de outros povos ou dos nativos. Mesmo com toda essa riqueza, al-guns eventos não tem o destaque ou visibilidade que merecem, um desses eventos é a Cavalhada.

A Cavalhada é um festejo popular que acontece em vários pontos do país com influências próprias de acordo com a região.

Introdução

PropostaA Cavalhada de Poconé tem uma história secular e potencial para

atrair um público ainda maior do que já atrai. O número de visitantes pode aumentar, desde que o evento tenha uma melhor divulgação utilizando diferentes plataformas para que o evento venha à conheci-mento do grande público.

O projeto visa alavancar o potencial turístico e econômico da re-gião, aumentando a visibilidade da Cavalhada de Poconé, que pode ser beneficiada com a escolha da cidade de Cuiabá como uma das cidades-sede da Copa de 2014.

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Uma encenação alegórica que remonta a batalha de Carlos Magno contra as inves-tidas dos Mouros. A Cavalhada ocorre em várias regiões do Brasil com características e costumes próprios que variam de acordo com a região.

A Cavalhada no BrasilA Cavalhada teria sido introduzida no

Brasil por volta de 1756 pelos jesuítas, como forma de catequizar e mostrar o po-der da fé cristã.

No Brasil, as cavalhadas possuem uma conotação mais religiosa do que militar. As cavalhadas aqui ocorrem logo após a Festa do Divino.

A Cavalhada em PoconéA Cavalhada em Poconé ocorreu pela

primeira vez em 1769, comemorando a chegada de Luiz Pinto de Souza Coutinho, Capitão-General e 3º Governador da Capi-tania de Mato Grosso.

A Cavalhada de Poconé ficou 35 anos sem ser realizada (1956 a 1990), retornando em 1991 recuperando a tradição de Cava-lhada e fortalecendo-se como um evento que hoje atrai cerca de 17 mil pessoas entre habitantes locais e turistas brasileiros e es-trangeiros.

Assim como acontece em outros luga-res do Brasil em que a Cavalhada é realiza-da, a Cavalhada de Poconé tem costumes e tradições únicas como, por exemplo, a Prin-cesa Moura.

O Quê é a Cavalhada?

Origem da CavalhadaA festa baseia-se na história do Livro “A

Batalha de Carlos Magno e os 12 Pares da França”. O livro conta a história de Carlos Magno (Rei da França) e sua guarda real composta por 12 cavaleiros que morreram lutando contra os mouros.

No século XIII em Portugal, a rainha Isabel decidiu instituir como festividade uma representação dramática da batalha de Carlos Magno, para incentivar a instituição cristã e a guerra contra os mouros.

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A Cavalhada de Poconé ocorre durante a co-memoração da festa de São Benedito, em Junho. A encenação começa às 08:00 da manhã, com os ca-valeiros mouros e cristãos posicionados no campo das cavalhadas, os cristãos posicionam-se no lado do Sol poente e os mouros no lado do Sol nascente.

A encenação começa com os cristãos invadin-do o castelo dos mouros e sequestrando a Rainha moura. Na saída dos cavaleiros cristãos, o castelo dos mouros é incendiado.

Após esse evento, acontece uma negociação entre os embaixadores dos cristãos e dos mouros, com os mouros exigindo a devolução da Rainha moura. Os cristãos negam o pedido, alegando que a Rainha moura está apaixonada e pretende casar-se com o mantenedor cristão. Como os dois lados não chegam a um acordo, os dois exércitos iniciam os preparativos para a batalha.

O Festejo

Os dois exércitos competem em várias provas para definir qual lado será o vencedor das competi-ções. Entre as provas executadas estão o Tira-Ca-beça e Argolinha.

Depois que as provas são concluídas, a encena-ção continua com uma batalha entre os dois exér-citos, em que os mouros hasteiam uma bandeira branca em sinal de rendição.

O espetáculo termina com a conversão dos mouros ao cristianismo e o casamento da Rainha Moura com o mantenedor cristão.

Depois da encenação, acontece uma queima de fogos e inicia-se uma festa com bailes e muita música ao som de músicas regionais como siriri e cururu.

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Os mouros são um povo árabe-berbere que conquistou a Península Ibérica, oriundos principal-mente da região do Saara ocidental e da Mauritânia. São muitas vezes associados aos seguidores do Islão por terem sido estes povos que mais recentemente ocuparam os territórios da Península Ibérica.

Admite-se que as Cruzadas, as peregrinações em direção a Jerusalém, também estiveram identifica-das com as lutas travadas contra os muçulmanos na Península Ibérica e contra os hereges em toda a Europa Ocidental.

Mouro era o termo pelo qual os cristãos euro-peus se referiam aos muçulmanos, em particular àqueles vindos do Norte da África, os quais teriam, dentre outros feitos, ocupado e governado uma vasta região da Península Ibérica - atualmente Por-tugal e Espanha - durante quase oito séculos (de 711 a 1492).

Em 711, os muçulmanos cruzaram o Estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica, pro-vocando uma fuga da população local para o norte da península, onde foram fundados vários reinos ibéricos ou cristãos, como Leão, Castela, Navar-ra e Aragão, que, ainda no século VIII, iniciaram uma luta para expulsar os invasores - a Guerra da Reconquista, também chamada de “Cruzadas Oci-dentais”.

Em 732 a expansão muçulmana foi barrada nos Pirineus, onde os francos, liderados por Carlos Martel, impuseram-lhes uma derrota na batalha de

História - Os Mouros

Poitiers. Os mouros permaneceriam na Península Ibérica até o final do século XV.

Pelayo e seus soldados continuaram a guerrear com os infiéis. Era a guerra da Reconquista, que, iniciada com a invasão árabe, em 711, prosseguiria até a expulsão total dos maometanos em 1492.

Embora cientificamente mais adiantados, os árabes não desprezaram os conhecimentos advin-do dos habitantes da península. Tais conhecimen-tos foram utilizados nas escolas e observatórios que criaram e também deram a eles a sua própria contribuição. Assim, surgiu uma cultura riquíssima e uma ciência que não só produziu obras muito im-portantes, como também foi aproveitada na prática.

As grandes navegações, por exemplo, devem muito a instrumentos como o quadrante e o sex-tante, desenvolvidos pelos muçulmanos, assim com aos mapas e às descrições feitas por eles. Mas não é só. Sob o domínio dos árabes, a agricultura na Península Ibérica foi incrementada com novas téc-nicas de semeadura e irrigação. Os sistemas jurídico e administrativo se tornaram mais eficazes. A quí-mica, a botânica e a farmacologia tiveram amplo desenvolvimento, assim como a filosofia e as letras. O saber se tornou mais acessível ao povo do que em qualquer outra região da Europa. Em Al-An-dalus - como os árabes chamavam a Península Ibé-rica - havia escolas e universidades, observatórios, hospitais e bibliotecas.

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Os Personagens

Como se trata de uma encenação, a Cava-lhada possui personagens que são “interpreta-dos” por pessoas da própria cidade.

O ExércitoÉ formado por homens vestidos ricamente que

montam cavalos ornamentados com as cores do exér-cito a que pertencem. Esses homens dividem-se em doze para cada exército e seguem uma hierarquia com inspiração na hierarquia militar. Cada exército segue hie-rarquia abaixo:

• 1 Mantenedor• 1 Embaixador• 10 Cavaleiros

O MantenedorO Mantenedor é o equivalente ao Rei

encontrado no festejo original e em Ca-valhadas de outras partes do país. Ele é o principal soldado do exército e é quem comanda os outros cavaleiros.

O EmbaixadorO Embaixador é o personagem

que negocia com o Embaixador do exército oponente os termos para o resgate da Rainha Moura.

Os CavaleirosSão os outros homens que com-

põem os exércitos e participam das competições realizadas durante a

encenação.

Capitão de MastroPersonagem secundário, mais ligado à

festa de São Benedito. Ganha destaque na Cavalhada porque é ele quem escolhe qual das candidatas será escolhida como Rainha moura.

É um cargo muito disputado porque as famílias locais querem colocar membros da família como

parte da história das Cavalhadas.

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A Rainha MouraRepresentada por uma dama da cidade. A Ra-

inha moura é sequestrada pelos cristãos durante a encenação e termina casando-se com o Mantene-dor cristão.

PajensSão crianças da região que acompanham os ca-

valeiros e carregam suas lanças no momento em que os mesmos adentram a arena das Cavalhadas..

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É uma dança típica que mes-cla contradança européia, dança indígena e ritmos negros.

Sua maior peculiaridade é ser dançada exclusividade por homens, sendo que metade usa trajes masculinos e a outra me-tade, veste roupas femininas. Os dançarinos cobrem seus rostos com máscaras coloridas assim como suas vestimentas.

O grupo dos mascarados é composto de um marcante e doze pares. Apresentam-se com fantasias de coloridos exube-

rantes e usando máscaras confec-cionadas em tela de arame, que caracteriza um rosto na modela-gem final. Cada participante usa um vistoso chapéu com plumas e espelhos em outros adornos.

A dança dos mascarados de Poconé não encontra seguido-res em nenhuma parte do Brasil, sendo sua origem um mistério, até hoje não foi completamen-te explicado, nem mesmo pelos mais antigos poconeanos. Se-gundo algum integrante do gru-po, as origens podem estar liga-das aos índios beripoconés, que

MascaradosSão os representantes do povo no feste-

jo. A Cavalhada original, realizada em Por-tugal tem raízes aristocráticas e era voltada exclusivamente para a nobreza. Aqui no Brasil, a Cavalhada recebeu influência po-pular e os Mascarados entraram para a cul-tura das Cavalhadas. São homens montados que usam máscaras para esconder o rosto. Durante o festejo eles andam pela cidade fazendo malabarismos e truques no meio da multidão.

habitavam esta região antes da civilização. Certamente houve mescla sendo introduzida novas modalidades na dança.

Baile dos Mascarados

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A Cavalhada é um evento com forte apelo his-tórico e uma simbologia que remete à organizações políticas e religiosas com séculos de existência. Mesmo com toda a tradição, o evento não possui uma identidade visual formada, em nenhum dos lo-cais do Brasil em que a festa é realizada.

Ao compor a Identidade do festejo, optamos por utilizar a batalha entre mouros e cristãos como mote principal. A batalha entre os dois lados está

Processo Criativo

Os Ícones principaisPomba para os Cristãos e Crescente para os Mouros.

No festejo original realizado na Europa, os cristãos usam a cruz como símbolo, aqui no Brasil a festa adquiriu cunho mais religioso e está ligada à Festa do Divino Espírito Santo, por isso, assim como acontece na festa, utilizamos a pomba como símbolo dos cristãos.

A Cavalhada de Poconé é realizada após a Festa do Divino Es-pírito Santo, durante a comemoração da festa de São Benedito, que acontece todos os anos no mês de Junho.

representada em toda a identidade e material de di-vulgação.

Por possuir uma simbologia muito forte, a duali-dade entre mouros e cristãos pôde ser representada de várias formas.

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As CoresUtilizamos as cores vermelha e azul por terem

um significado muito forte na festa. A cor Azul representa os Cristãos e Vermelho representa os Mouros. Para fortalecer a idéia de conflito entre os dois lados, as cores são utilizadas em lados opostos com se estivessem em confronto.

DisposiçãoAté mesmo a posição dos elementos é utiliza-

da para fortalecer a dualidade entre os dois lados. Durante a encenação, os Cristãos posicionam-se à

A TipografiaA Tipografia foi criada para contrastar com a

tradição aristocrática do evento e dar um tom mais brasileiro e rústico à festa. A Tipografia tem a in-tenção de parecer que foi criada a partir de tábuas de madeira, da mesma forma que as cercas e palafi-tas utilizadas em casas e fazendas da região.

Em algumas peças a cor verde é utilizada para dar o tom brasileiro à festa. A cidade de Poconé é uma das portas de entrada do Pantanal Matogros-sense, por esse motivo, encontramos alguns ele-mentos na cor verde nas peças criadas.

A utilização de preto e branco na tipografia transmite neutralidade no conflito entre vermelho e azul presente nas peças.

esquerda (Sol poente) e os Mouros posicionam-se à direita (Sol nascente). As peças desenvolvidas tem as cores e os símbolos dispostos da mesma forma.

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Painel de Referências

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Material Desenvolvido

Vinheta para exibição em TV e Internet.

Hotsite criado para a divulgação do evento.

http://vimeo.com/91527017

Veja o processo criativo acessando esse link:

http://bit.ly/1njdBzF

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Revista Informativa

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Pôster para exibição em pontos públicos da cidade.

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Convites de divulgação.

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Histórico da Festahttp://www.pirenopolis.tur.br/cavalhadas

http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/cavalhada.htm

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=570&Itemid=182

http://www.cultura.mt.gov.br/TNX/conteudo.php?sid=54&cid=348

http://pocone.tripod.com/p_cultura.htm

http://www.cultura.mt.gov.br/TNX/conteudo.php?sid=54&cid=348

Cidade de PoconéSite da Prefeitura: http://www.pmpocone.com.br/

Calendário de Eventos: http://www.pmpocone.com.br/index.php?exibir=secoes&ID=42

Sobre a Cidade: http://www.pmpocone.com.br/index.php?exibir=secoes&ID=40

Portais de Divulgação Local:http://poconeonline.com/

http://www.poconet.com.br/

http://www.quemtemsedevenha.com.br/mouros.htm

Vídeoshttp://www.youtube.com/watch?v=0ZJ4P8AiDb0

Referências

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