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A CARREIRA NUMA PERSPECTIVA DE AUTOGESTÃO

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A CARREIRA NUMA PERSPECTIVA DE

AUTOGESTÃO

Pessoas que integram amor, trabalho e conhecimento são mais felizes em suas escolhas profissionais gozando de uma vida mais plena e mais produtiva?

O amor, ao qual se refere Reich trata da humanidade de cada um de nós, nossas necessidades de relacionamentos, afetividades, família, vinculações e outros aspectos tão impactantes em nosso modo de ser e viver que influencia diretamente nossas soft skills. O trabalho, faz referência à nossa capacidade produtiva, nossa potência realizadora, nossa ação em busca de conquistas. Já o conhecimento, envolve o saber, as informações, a bagagem cognitiva e intelectual que nos faz mamíferos bibedes.

Neste e-book trataremos do tema carreira e como desenvolvê-la na perspectiva de autogerenciamento a partir de duas destas pernas: o trabalho (e seu emprego) e o conhecimento. Sobre o amor, relacionamentos, valores pessoais, qualidade de vida, ficará para um próximo ebook, não por não ser fundamental mas por que requer uma abordagem integrativa, pressupondo um apanhado de conceitos da psicologia e da neuropsicologia. Talvez não seja possível mais que a referência sobre a importância do autoconhecimento e do reconhecimento de seus valores já que este é fator primordial na construção de uma vida mais plena.

Trabalho com desenvolvimento profissional, com foco em carreira há 20 anos. Nestes 20 anos pude perceber as mudanças nos modelos de relações profissionais e principalmente nos conceitos que influenciam as escolhas da carreira.

Atendi profissionais divididos entre o prazer do final de semana e as ansiedades de uma segunda-feira, sujeitos ao desperdício de energia, perda de foco e não raras vezes apresentando quadros de estresse, ansiedade, depressão além de doenças somáticas que afetam as várias dimensões da vida.

Inicialmente as pessoas escolhiam suas carreiras pela linha de sucessão familiar ou conforme o que criam ser a melhor chance de emprego e subsistência.

Os filhos de famílias abastadas optavam pelas profissões glamourosas e técnicas como medicina, direito, veterinária e agronomia por exemplo (penso que isto tem fundamentação em um pais de incentivo a formação mais técnico profissional e menos questionadora). O fato é que a escolha era realizada em função dos valores dos pais numa abordagem mais conservadora e muitas vezes baseada na orientação paterna. Já aos filhos de famílias modestas eram destinadas as profissões técnicas de execução, com pouco ou nenhum acesso ao ensino superior. Eram guiados pela grande oportunidade de se ter um emprego. Até a década de 80 os ensinos médios eram profissionalizantes com um conceito de formar mão de obra para um país que entrava numa era mais moderna, porém com muitos resquícios de uma educação militar, bancária, de pouco incentivo a crítica.

A partir dos anos 80 e pelos idos dos anos 90, quando iniciamos uma abertura maior de mercado e de consumo, a globalização e o avanço da tecnologia abrem a necessidade de uma profissionalização mais ampla em conceitos, criatividade e desenvolvimento no Brasil. Desde então as mudanças têm sido rápidas em todos os níveis de formação, chegando a atualidade com um sem números de oportunidades de formação, um incentivo desmedido à criatividade, uma competição acirrada entre escolas e instituições, uma ferrenha comercialização da educação que nem sempre abre portas ou garantem qualidade.

Neste contexto a escolha da carreira tem sido um desafio cada vez mais complexo, diante de tanta opção, urgência e competição. Cada vez mais os jovens entram mais cedo no curso superior e debandam posteriormente atrás de especializações e formações complementares que lhe possibilitem alinhar expectativas pessoais, profissão e satisfação.

Enquanto isto nos ambientes de trabalho, encontramos cada vez mais profissionais adultos, na faixa de seus 35-40 anos, insatisfeitos, sofrendo de ansiedade e estresse em busca de autoconhecimento, felicidade e qualidade de vida. Eles lidam com as metas, métricas, desempenho, pressões e outras perturbações modernas como conflitos de gerações, diversidade, assédios, modelos importados de gestão e liderança, competitividade, corrida por lucros e inúmeras exigências sociais além das responsabilidades familiares.

Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também ser feliz, ter uma vida plena, ter um trabalho com significado e sentido. Esta demanda provoca uma chuva de literatura de auto ajuda assim como famosas técnicas e metodologias popularizadas, disponíveis aos mais incautos, oferecendo mudança de vida em três tempos, passagem em cima de brasas para desafiar o medo e obter sucesso, participação de workshops emocionais para se conhecer melhor, submeter-se a técnicas de hipnose e/ou coisas parecidas para se livrar de dificuldades e ganhar competências novas. É válido. Tudo pode ser válido, mas talvez seja bem mais simples do que isto. Talvez seja mais fácil compreender a carreira como uma jornada que congrega as forças da vida de forma sinérgica e harmoniosa, acolhendo e respeitando limites próprios e navegando nas próprias motivações. Sobretudo, estando presente no leme deste barco.

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“O Amor, o Trabalho e o Conhecimento são

fontes da vida e deveriam também governa-la.”

Wilhelm Reich

Pessoas que integram amor, trabalho e conhecimento são mais felizes em suas escolhas profissionais gozando de uma vida mais plena e mais produtiva?

O amor, ao qual se refere Reich trata da humanidade de cada um de nós, nossas necessidades de relacionamentos, afetividades, família, vinculações e outros aspectos tão impactantes em nosso modo de ser e viver que influencia diretamente nossas soft skills. O trabalho, faz referência à nossa capacidade produtiva, nossa potência realizadora, nossa ação em busca de conquistas. Já o conhecimento, envolve o saber, as informações, a bagagem cognitiva e intelectual que nos faz mamíferos bibedes.

Neste e-book trataremos do tema carreira e como desenvolvê-la na perspectiva de autogerenciamento a partir de duas destas pernas: o trabalho (e seu emprego) e o conhecimento. Sobre o amor, relacionamentos, valores pessoais, qualidade de vida, ficará para um próximo ebook, não por não ser fundamental mas por que requer uma abordagem integrativa, pressupondo um apanhado de conceitos da psicologia e da neuropsicologia. Talvez não seja possível mais que a referência sobre a importância do autoconhecimento e do reconhecimento de seus valores já que este é fator primordial na construção de uma vida mais plena.

Trabalho com desenvolvimento profissional, com foco em carreira há 20 anos. Nestes 20 anos pude perceber as mudanças nos modelos de relações profissionais e principalmente nos conceitos que influenciam as escolhas da carreira.

Atendi profissionais divididos entre o prazer do final de semana e as ansiedades de uma segunda-feira, sujeitos ao desperdício de energia, perda de foco e não raras vezes apresentando quadros de estresse, ansiedade, depressão além de doenças somáticas que afetam as várias dimensões da vida.

Inicialmente as pessoas escolhiam suas carreiras pela linha de sucessão familiar ou conforme o que criam ser a melhor chance de emprego e subsistência.

Os filhos de famílias abastadas optavam pelas profissões glamourosas e técnicas como medicina, direito, veterinária e agronomia por exemplo (penso que isto tem fundamentação em um pais de incentivo a formação mais técnico profissional e menos questionadora). O fato é que a escolha era realizada em função dos valores dos pais numa abordagem mais conservadora e muitas vezes baseada na orientação paterna. Já aos filhos de famílias modestas eram destinadas as profissões técnicas de execução, com pouco ou nenhum acesso ao ensino superior. Eram guiados pela grande oportunidade de se ter um emprego. Até a década de 80 os ensinos médios eram profissionalizantes com um conceito de formar mão de obra para um país que entrava numa era mais moderna, porém com muitos resquícios de uma educação militar, bancária, de pouco incentivo a crítica.

A partir dos anos 80 e pelos idos dos anos 90, quando iniciamos uma abertura maior de mercado e de consumo, a globalização e o avanço da tecnologia abrem a necessidade de uma profissionalização mais ampla em conceitos, criatividade e desenvolvimento no Brasil. Desde então as mudanças têm sido rápidas em todos os níveis de formação, chegando a atualidade com um sem números de oportunidades de formação, um incentivo desmedido à criatividade, uma competição acirrada entre escolas e instituições, uma ferrenha comercialização da educação que nem sempre abre portas ou garantem qualidade.

Neste contexto a escolha da carreira tem sido um desafio cada vez mais complexo, diante de tanta opção, urgência e competição. Cada vez mais os jovens entram mais cedo no curso superior e debandam posteriormente atrás de especializações e formações complementares que lhe possibilitem alinhar expectativas pessoais, profissão e satisfação.

Enquanto isto nos ambientes de trabalho, encontramos cada vez mais profissionais adultos, na faixa de seus 35-40 anos, insatisfeitos, sofrendo de ansiedade e estresse em busca de autoconhecimento, felicidade e qualidade de vida. Eles lidam com as metas, métricas, desempenho, pressões e outras perturbações modernas como conflitos de gerações, diversidade, assédios, modelos importados de gestão e liderança, competitividade, corrida por lucros e inúmeras exigências sociais além das responsabilidades familiares.

Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também ser feliz, ter uma vida plena, ter um trabalho com significado e sentido. Esta demanda provoca uma chuva de literatura de auto ajuda assim como famosas técnicas e metodologias popularizadas, disponíveis aos mais incautos, oferecendo mudança de vida em três tempos, passagem em cima de brasas para desafiar o medo e obter sucesso, participação de workshops emocionais para se conhecer melhor, submeter-se a técnicas de hipnose e/ou coisas parecidas para se livrar de dificuldades e ganhar competências novas. É válido. Tudo pode ser válido, mas talvez seja bem mais simples do que isto. Talvez seja mais fácil compreender a carreira como uma jornada que congrega as forças da vida de forma sinérgica e harmoniosa, acolhendo e respeitando limites próprios e navegando nas próprias motivações. Sobretudo, estando presente no leme deste barco.

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INTRODUÇÃO

Pessoas que integram amor, trabalho e conhecimento são mais felizes em suas escolhas profissionais gozando de uma vida mais plena e mais produtiva?

O amor, ao qual se refere Reich trata da humanidade de cada um de nós, nossas necessidades de relacionamentos, afetividades, família, vinculações e outros aspectos tão impactantes em nosso modo de ser e viver que influencia diretamente nossas soft skills. O trabalho, faz referência à nossa capacidade produtiva, nossa potência realizadora, nossa ação em busca de conquistas. Já o conhecimento, envolve o saber, as informações, a bagagem cognitiva e intelectual que nos faz mamíferos bibedes.

Neste e-book trataremos do tema carreira e como desenvolvê-la na perspectiva de autogerenciamento a partir de duas destas pernas: o trabalho (e seu emprego) e o conhecimento. Sobre o amor, relacionamentos, valores pessoais, qualidade de vida, ficará para um próximo ebook, não por não ser fundamental mas por que requer uma abordagem integrativa, pressupondo um apanhado de conceitos da psicologia e da neuropsicologia. Talvez não seja possível mais que a referência sobre a importância do autoconhecimento e do reconhecimento de seus valores já que este é fator primordial na construção de uma vida mais plena.

Trabalho com desenvolvimento profissional, com foco em carreira há 20 anos. Nestes 20 anos pude perceber as mudanças nos modelos de relações profissionais e principalmente nos conceitos que influenciam as escolhas da carreira.

Atendi profissionais divididos entre o prazer do final de semana e as ansiedades de uma segunda-feira, sujeitos ao desperdício de energia, perda de foco e não raras vezes apresentando quadros de estresse, ansiedade, depressão além de doenças somáticas que afetam as várias dimensões da vida.

Inicialmente as pessoas escolhiam suas carreiras pela linha de sucessão familiar ou conforme o que criam ser a melhor chance de emprego e subsistência.

Os filhos de famílias abastadas optavam pelas profissões glamourosas e técnicas como medicina, direito, veterinária e agronomia por exemplo (penso que isto tem fundamentação em um pais de incentivo a formação mais técnico profissional e menos questionadora). O fato é que a escolha era realizada em função dos valores dos pais numa abordagem mais conservadora e muitas vezes baseada na orientação paterna. Já aos filhos de famílias modestas eram destinadas as profissões técnicas de execução, com pouco ou nenhum acesso ao ensino superior. Eram guiados pela grande oportunidade de se ter um emprego. Até a década de 80 os ensinos médios eram profissionalizantes com um conceito de formar mão de obra para um país que entrava numa era mais moderna, porém com muitos resquícios de uma educação militar, bancária, de pouco incentivo a crítica.

A partir dos anos 80 e pelos idos dos anos 90, quando iniciamos uma abertura maior de mercado e de consumo, a globalização e o avanço da tecnologia abrem a necessidade de uma profissionalização mais ampla em conceitos, criatividade e desenvolvimento no Brasil. Desde então as mudanças têm sido rápidas em todos os níveis de formação, chegando a atualidade com um sem números de oportunidades de formação, um incentivo desmedido à criatividade, uma competição acirrada entre escolas e instituições, uma ferrenha comercialização da educação que nem sempre abre portas ou garantem qualidade.

Neste contexto a escolha da carreira tem sido um desafio cada vez mais complexo, diante de tanta opção, urgência e competição. Cada vez mais os jovens entram mais cedo no curso superior e debandam posteriormente atrás de especializações e formações complementares que lhe possibilitem alinhar expectativas pessoais, profissão e satisfação.

Enquanto isto nos ambientes de trabalho, encontramos cada vez mais profissionais adultos, na faixa de seus 35-40 anos, insatisfeitos, sofrendo de ansiedade e estresse em busca de autoconhecimento, felicidade e qualidade de vida. Eles lidam com as metas, métricas, desempenho, pressões e outras perturbações modernas como conflitos de gerações, diversidade, assédios, modelos importados de gestão e liderança, competitividade, corrida por lucros e inúmeras exigências sociais além das responsabilidades familiares.

Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também ser feliz, ter uma vida plena, ter um trabalho com significado e sentido. Esta demanda provoca uma chuva de literatura de auto ajuda assim como famosas técnicas e metodologias popularizadas, disponíveis aos mais incautos, oferecendo mudança de vida em três tempos, passagem em cima de brasas para desafiar o medo e obter sucesso, participação de workshops emocionais para se conhecer melhor, submeter-se a técnicas de hipnose e/ou coisas parecidas para se livrar de dificuldades e ganhar competências novas. É válido. Tudo pode ser válido, mas talvez seja bem mais simples do que isto. Talvez seja mais fácil compreender a carreira como uma jornada que congrega as forças da vida de forma sinérgica e harmoniosa, acolhendo e respeitando limites próprios e navegando nas próprias motivações. Sobretudo, estando presente no leme deste barco.

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Pessoas que integram amor, trabalho e conhecimento são mais felizes em suas escolhas profissionais gozando de uma vida mais plena e mais produtiva?

O amor, ao qual se refere Reich trata da humanidade de cada um de nós, nossas necessidades de relacionamentos, afetividades, família, vinculações e outros aspectos tão impactantes em nosso modo de ser e viver que influencia diretamente nossas soft skills. O trabalho, faz referência à nossa capacidade produtiva, nossa potência realizadora, nossa ação em busca de conquistas. Já o conhecimento, envolve o saber, as informações, a bagagem cognitiva e intelectual que nos faz mamíferos bibedes.

Neste e-book trataremos do tema carreira e como desenvolvê-la na perspectiva de autogerenciamento a partir de duas destas pernas: o trabalho (e seu emprego) e o conhecimento. Sobre o amor, relacionamentos, valores pessoais, qualidade de vida, ficará para um próximo ebook, não por não ser fundamental mas por que requer uma abordagem integrativa, pressupondo um apanhado de conceitos da psicologia e da neuropsicologia. Talvez não seja possível mais que a referência sobre a importância do autoconhecimento e do reconhecimento de seus valores já que este é fator primordial na construção de uma vida mais plena.

Trabalho com desenvolvimento profissional, com foco em carreira há 20 anos. Nestes 20 anos pude perceber as mudanças nos modelos de relações profissionais e principalmente nos conceitos que influenciam as escolhas da carreira.

Atendi profissionais divididos entre o prazer do final de semana e as ansiedades de uma segunda-feira, sujeitos ao desperdício de energia, perda de foco e não raras vezes apresentando quadros de estresse, ansiedade, depressão além de doenças somáticas que afetam as várias dimensões da vida.

Inicialmente as pessoas escolhiam suas carreiras pela linha de sucessão familiar ou conforme o que criam ser a melhor chance de emprego e subsistência.

Os filhos de famílias abastadas optavam pelas profissões glamourosas e técnicas como medicina, direito, veterinária e agronomia por exemplo (penso que isto tem fundamentação em um pais de incentivo a formação mais técnico profissional e menos questionadora). O fato é que a escolha era realizada em função dos valores dos pais numa abordagem mais conservadora e muitas vezes baseada na orientação paterna. Já aos filhos de famílias modestas eram destinadas as profissões técnicas de execução, com pouco ou nenhum acesso ao ensino superior. Eram guiados pela grande oportunidade de se ter um emprego. Até a década de 80 os ensinos médios eram profissionalizantes com um conceito de formar mão de obra para um país que entrava numa era mais moderna, porém com muitos resquícios de uma educação militar, bancária, de pouco incentivo a crítica.

A partir dos anos 80 e pelos idos dos anos 90, quando iniciamos uma abertura maior de mercado e de consumo, a globalização e o avanço da tecnologia abrem a necessidade de uma profissionalização mais ampla em conceitos, criatividade e desenvolvimento no Brasil. Desde então as mudanças têm sido rápidas em todos os níveis de formação, chegando a atualidade com um sem números de oportunidades de formação, um incentivo desmedido à criatividade, uma competição acirrada entre escolas e instituições, uma ferrenha comercialização da educação que nem sempre abre portas ou garantem qualidade.

O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

Neste contexto a escolha da carreira tem sido um desafio cada vez mais complexo, diante de tanta opção, urgência e competição. Cada vez mais os jovens entram mais cedo no curso superior e debandam posteriormente atrás de especializações e formações complementares que lhe possibilitem alinhar expectativas pessoais, profissão e satisfação.

Enquanto isto nos ambientes de trabalho, encontramos cada vez mais profissionais adultos, na faixa de seus 35-40 anos, insatisfeitos, sofrendo de ansiedade e estresse em busca de autoconhecimento, felicidade e qualidade de vida. Eles lidam com as metas, métricas, desempenho, pressões e outras perturbações modernas como conflitos de gerações, diversidade, assédios, modelos importados de gestão e liderança, competitividade, corrida por lucros e inúmeras exigências sociais além das responsabilidades familiares.

Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também ser feliz, ter uma vida plena, ter um trabalho com significado e sentido. Esta demanda provoca uma chuva de literatura de auto ajuda assim como famosas técnicas e metodologias popularizadas, disponíveis aos mais incautos, oferecendo mudança de vida em três tempos, passagem em cima de brasas para desafiar o medo e obter sucesso, participação de workshops emocionais para se conhecer melhor, submeter-se a técnicas de hipnose e/ou coisas parecidas para se livrar de dificuldades e ganhar competências novas. É válido. Tudo pode ser válido, mas talvez seja bem mais simples do que isto. Talvez seja mais fácil compreender a carreira como uma jornada que congrega as forças da vida de forma sinérgica e harmoniosa, acolhendo e respeitando limites próprios e navegando nas próprias motivações. Sobretudo, estando presente no leme deste barco.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

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Pessoas que integram amor, trabalho e conhecimento são mais felizes em suas escolhas profissionais gozando de uma vida mais plena e mais produtiva?

O amor, ao qual se refere Reich trata da humanidade de cada um de nós, nossas necessidades de relacionamentos, afetividades, família, vinculações e outros aspectos tão impactantes em nosso modo de ser e viver que influencia diretamente nossas soft skills. O trabalho, faz referência à nossa capacidade produtiva, nossa potência realizadora, nossa ação em busca de conquistas. Já o conhecimento, envolve o saber, as informações, a bagagem cognitiva e intelectual que nos faz mamíferos bibedes.

Neste e-book trataremos do tema carreira e como desenvolvê-la na perspectiva de autogerenciamento a partir de duas destas pernas: o trabalho (e seu emprego) e o conhecimento. Sobre o amor, relacionamentos, valores pessoais, qualidade de vida, ficará para um próximo ebook, não por não ser fundamental mas por que requer uma abordagem integrativa, pressupondo um apanhado de conceitos da psicologia e da neuropsicologia. Talvez não seja possível mais que a referência sobre a importância do autoconhecimento e do reconhecimento de seus valores já que este é fator primordial na construção de uma vida mais plena.

Trabalho com desenvolvimento profissional, com foco em carreira há 20 anos. Nestes 20 anos pude perceber as mudanças nos modelos de relações profissionais e principalmente nos conceitos que influenciam as escolhas da carreira.

Atendi profissionais divididos entre o prazer do final de semana e as ansiedades de uma segunda-feira, sujeitos ao desperdício de energia, perda de foco e não raras vezes apresentando quadros de estresse, ansiedade, depressão além de doenças somáticas que afetam as várias dimensões da vida.

Inicialmente as pessoas escolhiam suas carreiras pela linha de sucessão familiar ou conforme o que criam ser a melhor chance de emprego e subsistência.

Os filhos de famílias abastadas optavam pelas profissões glamourosas e técnicas como medicina, direito, veterinária e agronomia por exemplo (penso que isto tem fundamentação em um pais de incentivo a formação mais técnico profissional e menos questionadora). O fato é que a escolha era realizada em função dos valores dos pais numa abordagem mais conservadora e muitas vezes baseada na orientação paterna. Já aos filhos de famílias modestas eram destinadas as profissões técnicas de execução, com pouco ou nenhum acesso ao ensino superior. Eram guiados pela grande oportunidade de se ter um emprego. Até a década de 80 os ensinos médios eram profissionalizantes com um conceito de formar mão de obra para um país que entrava numa era mais moderna, porém com muitos resquícios de uma educação militar, bancária, de pouco incentivo a crítica.

A partir dos anos 80 e pelos idos dos anos 90, quando iniciamos uma abertura maior de mercado e de consumo, a globalização e o avanço da tecnologia abrem a necessidade de uma profissionalização mais ampla em conceitos, criatividade e desenvolvimento no Brasil. Desde então as mudanças têm sido rápidas em todos os níveis de formação, chegando a atualidade com um sem números de oportunidades de formação, um incentivo desmedido à criatividade, uma competição acirrada entre escolas e instituições, uma ferrenha comercialização da educação que nem sempre abre portas ou garantem qualidade.

” Se seu sonho for maior que ti, alonga tuas asas, esgarça teu medos, amplia

teu mundo, dimensiona o infinito e parte em busca da estrela… Voa alto.

Voa longe. Voa Livre!”

Ivan Lins

O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

Neste contexto a escolha da carreira tem sido um desafio cada vez mais complexo, diante de tanta opção, urgência e competição. Cada vez mais os jovens entram mais cedo no curso superior e debandam posteriormente atrás de especializações e formações complementares que lhe possibilitem alinhar expectativas pessoais, profissão e satisfação.

Enquanto isto nos ambientes de trabalho, encontramos cada vez mais profissionais adultos, na faixa de seus 35-40 anos, insatisfeitos, sofrendo de ansiedade e estresse em busca de autoconhecimento, felicidade e qualidade de vida. Eles lidam com as metas, métricas, desempenho, pressões e outras perturbações modernas como conflitos de gerações, diversidade, assédios, modelos importados de gestão e liderança, competitividade, corrida por lucros e inúmeras exigências sociais além das responsabilidades familiares.

Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também ser feliz, ter uma vida plena, ter um trabalho com significado e sentido. Esta demanda provoca uma chuva de literatura de auto ajuda assim como famosas técnicas e metodologias popularizadas, disponíveis aos mais incautos, oferecendo mudança de vida em três tempos, passagem em cima de brasas para desafiar o medo e obter sucesso, participação de workshops emocionais para se conhecer melhor, submeter-se a técnicas de hipnose e/ou coisas parecidas para se livrar de dificuldades e ganhar competências novas. É válido. Tudo pode ser válido, mas talvez seja bem mais simples do que isto. Talvez seja mais fácil compreender a carreira como uma jornada que congrega as forças da vida de forma sinérgica e harmoniosa, acolhendo e respeitando limites próprios e navegando nas próprias motivações. Sobretudo, estando presente no leme deste barco.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

Page 6: A CARREIRA NUMA PERSPECTIVA DE AUTOGESTÃO€¦ · uma educação militar, bancária, ... Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também

Pessoas que integram amor, trabalho e conhecimento são mais felizes em suas escolhas profissionais gozando de uma vida mais plena e mais produtiva?

O amor, ao qual se refere Reich trata da humanidade de cada um de nós, nossas necessidades de relacionamentos, afetividades, família, vinculações e outros aspectos tão impactantes em nosso modo de ser e viver que influencia diretamente nossas soft skills. O trabalho, faz referência à nossa capacidade produtiva, nossa potência realizadora, nossa ação em busca de conquistas. Já o conhecimento, envolve o saber, as informações, a bagagem cognitiva e intelectual que nos faz mamíferos bibedes.

Neste e-book trataremos do tema carreira e como desenvolvê-la na perspectiva de autogerenciamento a partir de duas destas pernas: o trabalho (e seu emprego) e o conhecimento. Sobre o amor, relacionamentos, valores pessoais, qualidade de vida, ficará para um próximo ebook, não por não ser fundamental mas por que requer uma abordagem integrativa, pressupondo um apanhado de conceitos da psicologia e da neuropsicologia. Talvez não seja possível mais que a referência sobre a importância do autoconhecimento e do reconhecimento de seus valores já que este é fator primordial na construção de uma vida mais plena.

Trabalho com desenvolvimento profissional, com foco em carreira há 20 anos. Nestes 20 anos pude perceber as mudanças nos modelos de relações profissionais e principalmente nos conceitos que influenciam as escolhas da carreira.

Atendi profissionais divididos entre o prazer do final de semana e as ansiedades de uma segunda-feira, sujeitos ao desperdício de energia, perda de foco e não raras vezes apresentando quadros de estresse, ansiedade, depressão além de doenças somáticas que afetam as várias dimensões da vida.

Inicialmente as pessoas escolhiam suas carreiras pela linha de sucessão familiar ou conforme o que criam ser a melhor chance de emprego e subsistência.

Os filhos de famílias abastadas optavam pelas profissões glamourosas e técnicas como medicina, direito, veterinária e agronomia por exemplo (penso que isto tem fundamentação em um pais de incentivo a formação mais técnico profissional e menos questionadora). O fato é que a escolha era realizada em função dos valores dos pais numa abordagem mais conservadora e muitas vezes baseada na orientação paterna. Já aos filhos de famílias modestas eram destinadas as profissões técnicas de execução, com pouco ou nenhum acesso ao ensino superior. Eram guiados pela grande oportunidade de se ter um emprego. Até a década de 80 os ensinos médios eram profissionalizantes com um conceito de formar mão de obra para um país que entrava numa era mais moderna, porém com muitos resquícios de uma educação militar, bancária, de pouco incentivo a crítica.

A partir dos anos 80 e pelos idos dos anos 90, quando iniciamos uma abertura maior de mercado e de consumo, a globalização e o avanço da tecnologia abrem a necessidade de uma profissionalização mais ampla em conceitos, criatividade e desenvolvimento no Brasil. Desde então as mudanças têm sido rápidas em todos os níveis de formação, chegando a atualidade com um sem números de oportunidades de formação, um incentivo desmedido à criatividade, uma competição acirrada entre escolas e instituições, uma ferrenha comercialização da educação que nem sempre abre portas ou garantem qualidade.

O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

Neste contexto a escolha da carreira tem sido um desafio cada vez mais complexo, diante de tanta opção, urgência e competição. Cada vez mais os jovens entram mais cedo no curso superior e debandam posteriormente atrás de especializações e formações complementares que lhe possibilitem alinhar expectativas pessoais, profissão e satisfação.

Enquanto isto nos ambientes de trabalho, encontramos cada vez mais profissionais adultos, na faixa de seus 35-40 anos, insatisfeitos, sofrendo de ansiedade e estresse em busca de autoconhecimento, felicidade e qualidade de vida. Eles lidam com as metas, métricas, desempenho, pressões e outras perturbações modernas como conflitos de gerações, diversidade, assédios, modelos importados de gestão e liderança, competitividade, corrida por lucros e inúmeras exigências sociais além das responsabilidades familiares.

Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também ser feliz, ter uma vida plena, ter um trabalho com significado e sentido. Esta demanda provoca uma chuva de literatura de auto ajuda assim como famosas técnicas e metodologias popularizadas, disponíveis aos mais incautos, oferecendo mudança de vida em três tempos, passagem em cima de brasas para desafiar o medo e obter sucesso, participação de workshops emocionais para se conhecer melhor, submeter-se a técnicas de hipnose e/ou coisas parecidas para se livrar de dificuldades e ganhar competências novas. É válido. Tudo pode ser válido, mas talvez seja bem mais simples do que isto. Talvez seja mais fácil compreender a carreira como uma jornada que congrega as forças da vida de forma sinérgica e harmoniosa, acolhendo e respeitando limites próprios e navegando nas próprias motivações. Sobretudo, estando presente no leme deste barco.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

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O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

Page 8: A CARREIRA NUMA PERSPECTIVA DE AUTOGESTÃO€¦ · uma educação militar, bancária, ... Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também

O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

Page 9: A CARREIRA NUMA PERSPECTIVA DE AUTOGESTÃO€¦ · uma educação militar, bancária, ... Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também

O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

Page 10: A CARREIRA NUMA PERSPECTIVA DE AUTOGESTÃO€¦ · uma educação militar, bancária, ... Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o desejo de que é preciso também

O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

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O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

AUTORA

GLAUCIA RIBEIROMBA em Gestão pela FGV, Psicóloga pela PUC, Formação em Psicoterapia Corporal e Assessment e Coordenação de Grupos.

Especialista em Carreira Assistida e em Desenvolvimento Pessoal

Psicóloga, psicoterapeuta em abordagem integrativa, carreira assistida, psicoterapia corporal e gestão de estresse.

20 anos de experiência em desenvolvimento humano, trabalhando com competências interpessoais, relação homem/trabalho, condução e desenvolvimento de grupos e indivíduos. Professora Executiva FGV nas disciplinas de Liderança e Competências Interpessoais na FGV Conveniada Goiás – Educon, Psicoterapeuta na Clinica Eqpsi.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

● REICH, Wilhelm. Escuta, Zé Ninguém. São Paulo: Martins fontes, (1946)1982.

● Sentido do Trabalho. In: XXVIII EnANPAD, 2004. Curitiba.

● OLEDO, D. A. C.; GUERRA, A. C. Um estudo sobre o prazer no trabalho: pensando dimensões de análise. In: Encontro da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, v. 33, 2009, São Paulo. Anais..., São Paulo: ANPAD, 2009. Disponível em: < http://www.anpad.org.br/admin/pdf/GPR581.pdf>

● VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. Reich: da vegetoterapia à descoberta da energia orgone. Curitiba: Centro Reichiano, 2003.

● Apostila Competências Interpessoais - PÓS Graduação em Administração de Empresas FGV /2018.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

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O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso, subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho, emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto responsabilidade.

Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura ativa nesta navegação.

QUAL O SIGNIFICADO E O SENTIDO DO TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação do Macaco em Homem Através do

Trabalho, o macaco desceu da árvore em busca de alimentos que estavam escassos

lá em cima. Ele precisou caçar para garantir o alimento.

Apesar de ainda ser hoje símbolo de subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,

independente de objetivos, metas e/ou prazos. O significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo

que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,

social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens, experiências. Assim este conceito tem se alterado vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em aprendizado, conhecimento, informações e tendências.

Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos, relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho. Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados, ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e evolução o que gera curiosidade e investimento em autoconhecimento e crescimento pessoal.

COMO APLICAR O SENTIDO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem configurações variadas como emprego temporário, parcial, prestação de serviço e outras negociações entre alguém que oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa. Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento, uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na competência de execução do próprio trabalho e gerenciar pessoalmente estas ações é aumentar o capital de empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.

CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo, propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista, muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas ações de investimento para manter-se empregado. O nome para este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias para alcancá-los.

O investimento consciente no capital de empregabilidade é responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos, porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.

Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em diferentes posições);

Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais. Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;

Capital social - Refere-se à network. Estar atento a comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas referências profissionais é fator fundamental para garantir como é lembrado em seu meio.

Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos (trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta sempre de você.

Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?

Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu parceiro ou apoiá-lo?

Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde

GOIÂNIA e ANÁPOLIS: (62) 3931-4444

RIO VERDE: (64) 3613-6314

CUIABÁ, SINOP E RONDONÓPOLIS: (65) 3623-4519

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