a bíblia de jerusalém

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7/16/2019 A bíblia de Jerusalém http://slidepdf.com/reader/full/a-biblia-de-jerusalem 1/6  A bíblia de Jerusalém Bíblia de Jerusalém Mutos me perguntam, qual é a melhor versão bíblica. Existem muitas bíblias de estudo e com excelentes rodapés, mas a melhor versão na minha opinião é a bíblia de Jerusalém. Não existe uma tradução fiel da bíblia, por mais que se queira pelas diferenças linguisticas. O hebraico, idioma em que foi escrito o antigo testamento é muito complexo, e existem palavras que não existem nos demais idiomas, então as bíblias utilizam similares, como Elohim, por exemplo. Elohim tanto é traduzido como Deus, como deuses, anjos e até juizes. Pois não tem nos demais idiomas e no hebraico, esta simples palavra tem diversos significados. Já o novo testamento, apesar de termos os manuscritos em grego, nós não temos os originais, isto é, os autógrafos. O manuscrito mais antigo de Marcos, por exemplo, não é o mesmo que o próprio Marcos escreveu, mas uma cópia do livro de Marcos. E como existem várias cópias, elas diferem entre sí. Não existem dois manuscritos iguais, pois sempre haverá palavras e expressões diferentes. Isto se deve aos copistas, ou por erro ou por tendenciosidade. A bíblia começou a ser escrita em hebraico, o antigo testamento. Depois tivemos a versão dos setenta, a septuaginta, uma tradução para o grego do Tanakh, com erros diversos e a substituição de termos hebraicos por termos gregos, como senhor. Depois tivemos a versão latina, a vulgata sendo a mais popular, sendo uma péssima tradução do grego para o latim. Jerônimo, responsável pela tradução foi quem colocou lucifer na profecia de Isaias 14 e chifres na cabeça de Moisés, tamanho era seu desconhecimento linguistico. A Vulgata foi base de diversas traduções bíblicas, inclusive a de Lutero e a ferreira de Almeida. A bíblia do rei James já foi uma tradução melhor, apesar de alguns erros de tradução. As traduções do novo mundo dos testemunhas de Jeová, é considerada pelos teólogos uma das piores em tradução, onde inclusive, substituem a proibição de ingerir sangue por transfusão. Ela prisma por não conter os acréscimos, ou seja, não tem o que não tem nos textos gregos. As ferreiras de Almeida não tem uma unidade, pois devido as divergências dos textos gregos, fizeram várias revisões e várias edições. O ideal para quem estuda a bíblia é ter mais de uma versão e sempre consultar todas ou as que mais confia. Mas no geral, a bíblia de Jerusalém é uma das melhores em tradução e rodapé. Apesar de ser católica, é uma versão ecumênica, isto é, ela foi feita com a

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7/16/2019 A bíblia de Jerusalém

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 A bíblia de Jerusalém

Bíblia de Jerusalém

Mutos me perguntam, qual é a melhor versão bíblica. Existem muitas bíblias deestudo e com excelentes rodapés, mas a melhor versão na minha opinião é a bíbliade Jerusalém. Não existe uma tradução fiel da bíblia, por mais que se queira pelasdiferenças linguisticas. O hebraico, idioma em que foi escrito o antigo testamento émuito complexo, e existem palavras que não existem nos demais idiomas, então as

bíblias utilizam similares, como Elohim, por exemplo. Elohim tanto é traduzido comoDeus, como deuses, anjos e até juizes. Pois não tem nos demais idiomas e nohebraico, esta simples palavra tem diversos significados. Já o novo testamento,apesar de termos os manuscritos em grego, nós não temos os originais, isto é, osautógrafos. O manuscrito mais antigo de Marcos, por exemplo, não é o mesmo queo próprio Marcos escreveu, mas uma cópia do livro de Marcos. E como existemvárias cópias, elas diferem entre sí. Não existem dois manuscritos iguais, poissempre haverá palavras e expressões diferentes. Isto se deve aos copistas, ou por erro ou por tendenciosidade.

A bíblia começou a ser escrita em hebraico, o antigo testamento. Depois tivemos aversão dos setenta, a septuaginta, uma tradução para o grego do Tanakh, com errosdiversos e a substituição de termos hebraicos por termos gregos, como senhor.Depois tivemos a versão latina, a vulgata sendo a mais popular, sendo uma péssimatradução do grego para o latim. Jerônimo, responsável pela tradução foi quemcolocou lucifer na profecia de Isaias 14 e chifres na cabeça de Moisés, tamanho eraseu desconhecimento linguistico. A Vulgata foi base de diversas traduções bíblicas,inclusive a de Lutero e a ferreira de Almeida. A bíblia do rei James já foi umatradução melhor, apesar de alguns erros de tradução. As traduções do novo mundodos testemunhas de Jeová, é considerada pelos teólogos uma das piores emtradução, onde inclusive, substituem a proibição de ingerir sangue por transfusão.Ela prisma por não conter os acréscimos, ou seja, não tem o que não tem nos textosgregos. As ferreiras de Almeida não tem uma unidade, pois devido as divergênciasdos textos gregos, fizeram várias revisões e várias edições. O ideal para quemestuda a bíblia é ter mais de uma versão e sempre consultar todas ou as que mais

confia. Mas no geral, a bíblia de Jerusalém é uma das melhores em tradução erodapé. Apesar de ser católica, é uma versão ecumênica, isto é, ela foi feita com a

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colaboração de católicos e protestantes nas traduções e também contou com aajuda de judeus ortodoxos.Portanto, é uma versão imparcial.

A Bíblia de Jerusalém apresenta um TEXTO com muitas revisões e novas opçõestextuais. Certos livros (Miquéias, Eclesiástico, p. ex.) foram substancialmente

remodelados. No Antigo Testamento há considerável volta ao texto hebraico,deixando de lado versões preferidas anteriormente. Certos textos do NovoTestamento também trazem uma tradução inteiramente nova (cf. p. ex. Filipenses2,6-11).

Como conseqüência das novas opções de tradução do texto, as NOTAS tambémforam modificadas, ampliadas ou substituídas. O volume de notas aumentouconsideravelmente.

É visível a incorporação das novas pesquisas e estudos posteriores à edição dotexto francês em 1973. As INTRODUÇÕES apresentam novas opções que tambémestão refletidas nas notas. Isso se verifica principalmente na visão da formação do

Pentateuco. O evangelho de João, p. ex., mostra uma virada hermenêutica total, quese pode constatar tanto na introdução como nas notas. Vários livros e conjuntosliterários receberam novas introduções, completamente diferentes das anteriores (p.ex.: Cântico, Sinóticos, João, Hebreus etc.).

A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização naedição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudos feitos pelaEscola Bíblica de Jerusalém, em francês: ÉcoleBiblique de Jérusalem. De acordo com os informativos da Paulus Editora, a ediçãorevista e ampliada inclui as mais recentes atribuições das ciências bíblicas. Atradução segue rigorosamente os originais, com a vantagem das introduções enotas científicas.

Essas notas diferenciais em relação às outras traduções prestam-se a ajudar o leitor nas referências geográficas, históricas, literárias, etc. Suas introduções, notas,referências marginais, mapas e cronologia ? traduções de material elaborado pelaEscola Bíblica de Jerusalém ? fazem dela uma ferramenta útil como livro deconsulta, para quem precisa usar passagens bíblicas como referência literária ou decitações.

Se para os cristãos e parte dos judeus a Bíblia foi escrita por homens sob inspiraçãodivina, para um não-cristão, um ateu ou um agnóstico, a Bíblia pode servir comoreferência literária, já que se trata de um dos mais antigos conjuntos de livros dacivilização.

Traduções da Escola Bíblica de Jerusalém 

A Escola Bíblica de Jerusalém é o mais antigo centro de pesquisa bíblica earqueológica da Terra Santa. Foi fundada em 1890 pelo Padre Marie-JosephLagrange (1855-1938) sobre terras do convento dominicano de St-Étienne àJérusalem, convento fundado em 1882 sob o nome original de Escola Prática deEstudos Bíblicos, título que sublinhava sua especificidade metodológica.

Quase sessenta anos depois, em 1956, foi publicada pela primeira vez, em francês,em um só volume, a Bíblia da Escola de Jerusalém, contemplando uma tradução quelevava em consideração o progresso das ciências. Para tanto, foram convidadospara a colaboração os mais diversos pesquisadores: historiadores, arqueólogos,

lexicógrafos, lingüistas, teólogos, exegetas, cientistas sociais, geógrafos ecartógrafos. Atribui-se que foi a diversidade de colaboradoras que garantiu

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traduções acuradas, em temas que cada qual conhecida com profundidade. Mas, emcontrapartida, a Bíblia não tinha homogeneidade de texto. Cada qual escrevia no seuestilo.

A próxima etapa, portanto, foi empreender esforços na harmonização do texto,trabalho terminado quase duas décadas depois, em 1973, quando se publicou uma

edição revisada, aí então já sob o título Bible de Jérusalem, cuja primeira edição noBrasil chamou-se Bíblia de Jerusalém (1981, Paulus Editora). A revisão francesa, de1998, acabou gerando a nova edição brasileira (Nova Bíblia de Jerusalém), revista eatualizada, pela mesma Paulus Editora, em 2002. Nesta tradução dos originais para alíngua portuguesa, também colaboraram exegetas católicos e protestantes. 

Contextualização 

Os exegetas apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além datradução dos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualizaçãohistórica, dentro do ambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em quecada livro foi escrito. Trata-se de uma obra que representara a união do monumento

e do documento, de acordo com Lagrange, criador da Escola Bíblica de Jerusalém,unindo assim a arqueologia, a crítica histórica e a exegese dos textos.

A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos lingüistas, comouma das melhores Bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos,religiosos e fiéis, mas também para tradutores, pesquisadores, jornalistas ecientistas sociais, independente de serem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião ou crença. 

Rodapé de uma página da bíblia

Sem dúvida, a Bíblia de Jerusalém é a preferida pelos acadêmicos ecumenicistas.Aliás, a própria Bíblia é uma tradução ecumênica e imparcial. Parte de seus

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tradutores eram protestantes.

Por exemplo, o tradutor de Levítico, Números e Josué, Samuel Martins Barbosa, foipastor da IPB, tendo passado posteriormente para a IPUB(http://www.mackenzie.com.br/10188.html).

O tradutor de Juízes, 1 e 2 Samuel, Marcos e Tito, Jorge César Mota, foi pastor daIPB e capelão do Mackenzie(http://www.ultimato.com.br/pg=show_artigos&artigo=252&secMestre=194&sec=213&num_edicao=275)

Isaac Nicolau Salum (tradutor de Efésios, Filipenses e Colossenses) foi hinólogo eprofessor do Instituto José Manuel da Conceição, mantido pela IPB e IPI até 1969(http://jmc.org.br/sono.htm).

Em relação às Escrituras gregas, ela evidentemente usa o Texto Crítico e sempre fazcomparações com o texto receptus, e com as demais versões gregas, como osinaiticus.

As notas de rodapé, os comentários e até as citações do quem não contém nosmanuscritos gregos, fazem desta bíblia realmente única. Passagens que nãoexistem como 1Jo5,7-8 ou que foram alteradas como Mt 28,19 ou que simplismentenão figuram nos melhores manuscritos gregos como João 8, são sempre citadasimparcialmente em seus rodapés, fazendo um diferencial enorme desta bíblia paraas demais. Enfim, para quem estuda a bíblia e gosta da verdade, doa a quem doer,atualmente é com certeza, uma das melhores versões bíblicas.

Outra versão igualmente diferente que corrige certos erros do grego é a versãopeshitta, traduzida do aramaico, onde vemos que alguns termos gregos foramrevisados em sua época. Por exemplo, Mt26,6 onde o grego diz que Jesus estava nacasa de Simão o leproso, indo contra a lei judaica e a cultura da época, a peshittadiz, Simão o oleiro. Também é uma excelente versão. Mas como não existe apenasuma pesshitta hoje em dia, recomendo que não utilizem algumas versões falsas etendenciosas que tem circulado por ai.

Shalom!

Bíblia de Jerusalém completa (PDF/Word). 

A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de2002) da edição francesa Bible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudosfeitos pela Escola Bíblica de Jerusalém, em francês: École Biblique de Jérusalem. De acordo

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com os informativos da Paulus Editora, a edição "revista e ampliada inclui as mais recentesatribuições das ciências bíblicas. A tradução segue rigorosamente os originais, com a vantagemdas introduções e notas científicas." 

Essas notas diferenciais em relação às outras traduções prestam-se a ajudar o leitor nas

referências geográficas, históricas, literárias etc. Suas introduções, notas, referências marginais,mapas e cronologia — traduções de material elaborado pela Escola Bíblica de Jerusalém —  fazem dela uma ferramenta útil como livro de consulta, para quem precisa usar passagens bíblicas como referência literária ou de citações. 

Se para os cristãos e parte dos judeus a Bíblia foi escrita por homens sob inspiração divina, paraum não-cristão, um ateu ou um agnóstico, a Bíblia pode servir como referência literária, já quese trata de um dos mais antigos conjuntos de livros da civilização. 

T R A D U Ç Õ E S D A E S C O L A B Í B L I C A D E J E R U S A L É M  

A Escola Bíblica de Jerusalém é o mais antigo centro de pesquisa bíblica e arqueológica daTerra Santa. Foi fundada em 1890 pelo Padre Marie-Joseph Lagrange (1855-1938) sobre terrasdo convento dominicano de St-Étienne à Jérusalem, convento fundado em 1882 sob o nomeoriginal de Escola Prática de Estudos Bíblicos, título que sublinhava sua especificidademetodológica. 

Quase sessenta anos depois, em 1956, foi publicada pela primeira vez, em francês, em um sóvolume, a Bíblia da Escola de Jerusalém, contemplando uma tradução que levava emconsideração o progresso das ciências. Para tanto, foram convidados para a colaboração os maisdiversos

 pesquisadores: historiadores, arqueólogos, lexicógrafos, linguistas, teólogos, exegetas, cientistassociais, geógrafos e cartógrafos. Atribui-se que foi a diversidade de colaboradoras que garantiutraduções acuradas, em temas que cada qual conhecia com profundidade. Mas, emcontrapartida, a Bíblia não tinha homogeneidade de texto. Cada qual escrevia no seu estilo. 

A próxima etapa, portanto, foi empreender esforços na harmonização do texto, trabalhoterminado quase duas décadas depois, em 1973, quando se publicou uma edição revisada, aíentão já sob o título Bible de Jérusalem, cuja primeira edição brasileira chamou-se Bíblia deJerusalém (1981, Paulus Editora). A revisão francesa, de 1998, acabou gerando a nova edição brasileira (Nova Bíblia de Jerusalém), revista e atualizada, pela mesma Paulus Editora, em2002. Nesta tradução dos originais para a língua portuguesa, também colaboraram exegetas

católicos e protestantes. 

C O N T E X T U A L I Z A Ç Ã O  

Os exegetas apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além da traduçãodos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualização histórica, dentro doambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em que cada livro foi escrito. Trata-se deuma obra que representara "a união do monumento e do documento", de acordo com Lagrange,criador da Escola Bíblica de Jerusalém, unindo assim "a arqueologia, a crítica histórica e aexegese dos textos". 

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A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos linguistas, como um dasmelhores bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos, religiosos e fiéis, mastambém para tradutores, pesquisadores, jornalistas e cientistas sociais, independente deserem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião oucrença. 

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