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I NSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL A BALANÇA COMERCIAL DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO POR INTENSIDADE TECNOLÓGICA EM 2006 JANEIRO/2007

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Page 1: A Balança Comercial da Indústria de Transformação por ...A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 2 Há de se notar que o menor

INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

A BALANÇA COMERCIAL DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO POR INTENSIDADE

TECNOLÓGICA EM 2006

JANEIRO/2007

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Abraham KasinskiSócio Emérito

Josué Christiano Gomes da SilvaPresidente do Conselho

Amarílio Proença de Macêdo Lirio Albino Parisotto

Andrea Matarazzo Luiz Alberto Garcia

Antonio Marcos Moraes Barros Marcelo Bahia Odebrecht

Benjamin Steinbruch Miguel Abuhab

Carlos Antônio Tilkian Nildemar Secches

Carlos Francisco Ribeiro Jereissati Olavo Monteiro de Carvalho

Carlos Mariani Bittencourt Paulo Guilherme Aguiar Cunha

Carlos Pires Oliveira Dias Paulo Setúbal Neto

Claudio Bardella Pedro Eberhardt

Daniel Feffer Pedro Franco Piva

Décio da Silva Pedro Grendene Bartelle

Eugênio Emílio Staub Pedro Luiz Barreiros Passos

Flávio Gurgel Rocha Rinaldo Campos Soares

Francisco Amaury Olsen Robert Max Mangels

Ivo Rosset Roberto de Rezende Barbosa

Ivoncy Brochmann Ioschpe Roger Agnelli

Jacks Rabinovich Salo Davi Seibel

Jorge Gerdau Johannpeter Thomas Bier Herrmann

José Antonio Fernandes Martins Victório Carlos De Marchi

José Roberto Ermírio de Moraes Walter Fontana FilhoDiretor Geral

Conselho do IEDI

Paulo Diederichsen VillaresMembro Colaborador

Paulo FranciniMembro Colaborador

Hugo Miguel EtcheniqueMembro Colaborador

Roberto Caiuby VidigalMembro Colaborador

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 1

A BALANÇA COMERCIAL DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO POR INTENSIDADE TECNOLÓGICA EM 20061

Principais Conclusões

Em 2006, mais uma vez o País logrou ampliar seu superávit comercial a despeito da apreciação do real, atingindo US$ 46,1 bilhões contra US$ 44,8 bilhões em 2005. Todavia esse acréscimo foi acompanhado de declínio no saldo comercial dos produtos típicos da indústria de transformação, caindo de US$ 30,9 bilhões em 2005 para US$ 29,5 bilhões em 2006, expondo os cuidados necessários com o tema. Tal comportamento dos bens industrializados ocorreu a despeito da expansão de 14,0% em suas vendas externas no período. A mencionada apreciação cambial tem sido contundente no último biênio. A taxa de câmbio real efetiva, que considera também outras moedas de parceiros comerciais, bem como as taxas de inflação. Nesse sentido, as taxas de câmbio reais e efetivas apurada pelo IPEA são ilustrativas da evolução desfavorável das mesmas. Confrontando a taxa real efetiva pelo INPC de 2006 com a de 2005, observa-se uma apreciação de 6,9% para as exportações totais e de 5,7% para as exportações de manufaturados. Fazendo exercício equivalente, mas tendo como índice de preço os índices de preço no atacado (IPA) respectivos (geral e indústria de transformação), a apreciação em 2006 atingiu 4,5% para as exportações totais e 5,7% para manufaturados. Ressalte-se que tal valorização ocorreu após apreciação efetiva real de dois dígitos em 2005, seja pelo INPC, seja pelos IPA.

A apreciação do último biênio aparece ainda mais se considerarmos as relações câmbio/ salário, também estimadas pelo IPEA. Apesar do fato de, para 2006, só haverem dados até outubro, observa-se uma valorização de dois dígitos mesmo em 2006 (média de jan.-out./ 2006 em comparação à média de 2005): 16,0% para o câmbio simples real/ dólar estadunidense e de 16,5% para o câmbio efetivo (cesta de moedas).

A valorização da taxa de câmbio real efetiva pela qual vem passando o Brasil também pode ser vista pelos dados de câmbio efetivo real, divulgados no mais recente World Economic Situations and Prospects 2007 da ONU, que permite ver o fenômeno comparativamente ao que vem ocorrendo em outras economias.

O Brasil experimentou uma apreciação substantiva comparativamente aos demais países entre 2000 e 2006. Nesse intervalo, a taxa de câmbio real efetiva brasileira se valorizou em 41,9%.

Apenas a Índia registrou uma valorização de sua moeda doméstica superior à brasileira, de 43,4%, no mesmo período. O México, por exemplo, experimentou uma apreciação de 5,6%, enquanto o câmbio chinês praticamente não se alterou: ligeira valorização, de 0,3%. Entre os países avançados, há de se notar a depreciação da moeda estadunidense, de 13,8%. No Japão, a desvalorização foi ainda maior, de 26,4%. A Área do Euro, em contrapartida, registrou sua taxa de câmbio real efetiva mais apreciada desde 1997: em relação a 2000, houve valorização de 21,2%.

Ressalte-se que o ano de 2000 não foi de Real depreciado ante as demais moedas. Em 2000, aliás, houve valorização real e efetiva frente a 1999 contrabalançando a forte desvalorização do ano anterior, quando houve a mudança de regime cambial no País. 1 Trabalho preparado em jan./2007 por Mauro Thury de Vieira Sá, Prof. Adj. do Deptº de Economia e Análise, Vice-coord. do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PRODERE) e Líder do Grupo de Pesquisa em Economia Industrial, Internacional e da Tecnologia (GETIT) da UFAM/FES.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 2

Há de se notar que o menor saldo do intercâmbio de bens do Brasil se deu nos segmentos de alta e média-alta tecnologia. Segundo as estimativas aqui elaboradas, em 2006, as vendas para fora do País de bens de alta e média-alta tecnologia cresceram 6,8% e 12,1%, respectivamente. Mas se calcularmos os resultados comerciais por intensidade tecnológica nos moldes propostos pela OCDE, o déficit de alta tecnologia aumentou tanto em 2005 vis-à-vis o ano anterior, de US$ 7,5 bilhões para US$ 8,4 bilhões, como em 2006, para US$ 11,8 bilhões. Em paralelo, o segmento de média-alta tecnologia voltou a registrar déficit em 2006, de US$ 1,0 bilhão, depois de ter alcançado superávit de US$ 365 milhões no ano anterior.

Considerando-se os cinco segmentos de alta tecnologia (indústria aeroespacial e aeronáutica; farmacêutica; de áudio e vídeo, telecomunicações e componentes eletrônicos; informática e escritório; instrumentos de precisão e médico-hospitalares), todos lograram ampliação nas exportações, mas em quatro o déficit cresceu – a exceção ficou por conta da indústria aeronáutica, aliás o única dessa faixa que é superavitária. Há de se notar o patamar atingido pelo segmento de áudio e vídeo, telecomunicações e componentes: déficit de US$ 5,3 bilhões, incremento de 36,8% em relação a 2005.

Desta vez, e diferentemente de 2005, a faixa de produtos da indústria de transformação de média-alta tecnologia não exerceu um contrapeso. A reversão de sinal da balança, de superavitária para deficitária, decorreu da deterioração do saldo da indústria química (exclusive farmacêutica); equipamentos ferroviários e outros de transporte e principalmente de máquinas e equipamentos mecânicos não especificados. Já o déficit nas transações com máquinas e equipamentos elétricos recuou, enquanto as exportações líquidas da indústria automobilística cresceram 0,8%, chegando a US$ 7,9 bilhões, fatos que atenuaram, mas sem reverter o déficit do conjunto dos demais segmentos de média-alta tecnologia.

Felizmente os segmentos de média-baixa e baixa intensidade tecnológica experimentaram acréscimo em suas respectivas balanças comerciais. Embora sem a magnitude necessária para impedir a retração no saldo comercial dos produtos da indústria de transformação, juntamente com as exportações líquidas da agropecuária e da extração mineral, conseguiram levar a mais uma quebra de recorde no superávit comercial.

Conforme o IEDI já observou em outras oportunidades, parte expressiva das indústrias de alta e média-alta tecnologia é caracterizada no intercâmbio mundial por forte comércio intra-indústria. Vários desses segmentos industriais são sensíveis à escala de produção e/ ou a estratégias de diferenciação de produto. Dessa maneira, a taxa de câmbio assume papel de sumo relevo à medida que, estando em nível competitivo, possibilita a penetração em novos mercados, mesmo naqueles com presença de plantas concorrentes. Nessas situações, ao adentrar em um novo destino, obriga as unidades locais a se diferenciarem ou mesmo a ceder fatias de mercado. É assim que a empresa exportadora aumenta sua escala e sedimenta um canal de fornecimento. No entanto, sob taxas cambiais desfavoráveis, as indústrias em questão se deparam com dificuldades de monta para não perder sua clientela estrangeira, além de sofrer a forte concorrência dos importadores no mercado doméstico, o que se torna mais prejudicial à medida que os concorrentes estrangeiros atingem maiores escalas de produção.

Apesar da necessidade de se fomentar as atividades de elevado conteúdo tecnológico, não custa lembrar que alguns segmentos de média-baixa e baixa tecnologia também têm sofrido com a valorização cambial, além de serem grandes empregadores. Portanto são relevantes para a constituição de um grande mercado consumidor de fato, gerando inclusive escala para indústrias tecnologicamente mais intensivas.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 3

Começando pelo Câmbio

Em 2006, a taxa de câmbio declinou mais uma vez, ficando em patamar ainda mais desfavorável às exportações e à balança comercial do que no ano anterior, saindo de R$/US$ 2,3 no primeiro dia útil de 2006 para R$/US$ 2,1 no último dia útil, tendo chegado a níveis ainda mais baixos ao longo do ano passado.

No entanto, mais do que o câmbio nominal, preocupa, sim, a taxa de câmbio real efetiva, que considera também outras moedas de parceiros comerciais, bem como as taxas de inflação. Nesse sentido, as taxas de câmbio reais e efetivas apurada pelo IPEA são ilustrativas da evolução desfavorável das mesmas.2 Confrontando a taxa real efetiva pelo INPC de 2006 com a de 2005, observa-se uma apreciação de 6,9% para as exportações totais e de 5,7% para as exportações de manufaturados. Fazendo exercício equivalente, mas tendo como índice de preço os índices de preço no atacado (IPA) respectivos (geral e indústria de transformação), a apreciação em 2006 atingiu 4,5% para as exportações totais e 5,7% para manufaturados. Ressalte-se que tal valorização ocorreu após apreciação efetiva real de dois dígitos em 2005, seja pelo INPC, seja pelos IPA.

A apreciação do último biênio aparece ainda mais se considerarmos as relações câmbio/ salário, também estimadas pelo IPEA. Apesar do fato de, para 2006, só haverem dados até outubro, observa-se uma valorização de dois dígitos mesmo em 2006 (média de jan.-out./ 2006 em comparação à média de 2005): 16,0% para o câmbio simples real/ dólar estadunidense e de 16,5% para o câmbio efetivo (cesta de moedas).

Taxas de Câmbio Reais Efetivas em Números-Índices (Base: 2000 = 100)

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IPA-IT_manufaturados* IPA-OG_total INPC_manufaturados INPC_total

2006

Fonte: IPEA. Elaboração própria. Nota: (+) Depreciação, (-) Apreciação. * Série disponível até out. 2006.

2 Observar que os resultados aqui apresentados diferem ligeiramente daqueles apresentados na Carta IEDI respectiva devido ao fato de que só posteriormente a sua divulgação é que foram divulgados alguns índices para até dezembro de 2006.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 4

Índices de Relação Câmbio Real/ Salários (Base: 2000 = 100)

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Relaç. câmbio/ salários* Relaç. câmbio efetivo/ salários* Fonte: IPEA. Elaboração própria. Nota: (+) Depreciação, (-) Apreciação. A relação câmbio/ salário é calculada a partir dos salários médios nominais (FIESP) e da taxa de câmbio R$/ US$ - média mensal - venda (Banco Central). A relação câmbio efetivo/ salário é calculada a partir dos salários médios nominais (FIESP), taxa de câmbio real R$/ US$ - média mensal - venda (Banco Central), taxas de câmbio de 16 países selecionados/ dólar americano (US$) - média mensal (FMI) e da ponderação de 16 países selecionados na pauta de exportações brasileiras (Secex). * Série disponível até out. 2006.

Taxas de Câmbio Reais Efetivas e Índices de Relação Câmbio/ Salários (variação % ao ano)

IPA-IT manufaturados* IPA-OG Total INPC

manufaturados INPC Total Relaç. câmbio/ salários*

Relaç. câmbio efetivo/ salários*

1994 -7,1 -13,2 -5,8 -5,81995 -7,1 -6,5 -10,9 -8,7 -23,9 -26,01996 4,7 4,7 -3,7 -3,7 -11,0 -17,51997 3,3 -1,9 1,4 0,0 -4,5 -10,01998 4,5 2,1 2,3 1,9 1,5 -1,71999 34,7 32,2 48,1 46,8 54,7 51,12000 -12,5 -15,3 -3,7 -5,7 -7,7 -12,02001 15,9 13,1 19,6 18,7 10,4 7,52002 -3,4 -0,4 0,8 5,7 11,6 3,22003 -9,5 -8,5 -2,4 -0,3 -3,2 2,22004 -7,5 -4,5 -2,8 -1,0 -14,1 -10,02005 -17,4 -14,8 -15,0 -14,8 -21,1 -20,32006 -5,7 -4,5 -5,7 -6,9 -16,0 -16,5

Fonte: IPEA. Elaboração própria. Nota: (+) Depreciação, (-) Apreciação. * A variação se refere ã média jan.-out./2006 vis-à-vis a média mensal de 2005.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 5

Os dados de câmbio efetivo real para vários países, divulgados no mais recente World Economic Situations and Prospects 2007 da ONU, evidencia de modo ainda mais contundente a apreciação cambial brasileira, ao contrapor a evolução dessa variável com sua equivalente de outros países. Embora sem trazer números fechados para 2006 (para esse ano, o indicador é a média dos dez primeiros meses) e a situação de cada economia no ano-base, 2000, diferir3, o fato inconteste é que o Brasil experimentou uma apreciação substantiva comparativamente aos demais países entre 2000 e 2006. Nesse intervalo, a taxa de câmbio real efetiva brasileira se valorizou em 41,9%.

Apenas a Índia registrou uma valorização de sua moeda doméstica superiora à brasileira, de 43,4%, nesse período (2000-2006). O México, por exemplo, experimentou uma apreciação de 5,6% no intervalo em tela, enquanto o câmbio chinês praticamente não se alterou: ligeira valorização, de 0,3%. Entre os países avançados, há de se notar a depreciação da moeda estadunidense, de 13,8%. No Japão, a desvalorização foi ainda maior, de 26,4%. A Área do Euro, em contrapartida, registrou sua taxa de câmbio real efetiva mais apreciada desde 1997: em relação a 2000, houve valorização de 21,2%.

Tal constatação se torna mais grave ao se observar que o ano de 2000 não foi de real depreciado ante as demais moedas. Em 2000, aliás, houve valorização real e efetiva frente a 1999, de 20,5% pela estimativa em questão, contrabalançando a forte desvalorização do ano anterior, quando houve a mudança de regime cambial no País. Por essa estimativa de câmbio real efetivo, em 2005 a moeda brasileira se apreciou em 22,8% e, em 2006, a valorização atingiu 8,6%.

3 Por exemplo, em 2000, um determinado país poderia estar com o câmbio bastante valorizado. Desse modo, uma desvalorização subseqüente significaria apenas um ajuste.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 6

Taxas de Câmbio Reais Efetivas(a) (número-índice: base 2000 = 100)

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006(b)

Austrália 109,1 100,2 101,7 100,0 95,2 98,8 111,4 121,6 129,7 136,2Canadá 107,1 102,1 101,3 100,0 96,2 94,7 102,9 104,6 108,4 112,5Dinamarca 101,1 104,9 105,9 100,0 102,5 106,7 113,8 114,1 111,4 109,5Área do Euro 108,9 112,2 107,9 100,0 101,0 105,3 117,4 121,1 119,5 121,2Japão 88,4 88,8 98,0 100,0 89,7 84,2 83,3 83,9 78,7 73,6Nova Zelândia 132,3 117,0 112,1 100,0 99,8 112,6 132,1 141,7 148,2 135,1Noruega 98,5 98,9 100,1 100,0 102,5 109,2 108,5 110,8 117,0 121,9Suécia 108,2 109,2 105,0 100,0 91,3 94,2 97,8 97,3 94,1 94,3Suíça 102,3 106,8 106,5 100,0 103,1 109,7 111,1 108,7 104,5 99,9Reino Unido 99,4 103,6 102,3 100,0 97,7 98,3 95,7 99,8 97,3 96,6EUA 90,8 98,7 98,9 100,0 106,2 105,8 97,5 91,7 89,5 86,5

Argentina 93,8 96,3 102,6 100,0 105,0 55,5 62,1 60,7 60,1 58,0Brasil 112,8 112,2 83,0 100,0 90,3 89,0 98,8 106,4 130,7 141,9Chile 101,8 97,9 95,3 100,0 94,5 92,8 92,6 99,9 109,1 117,5China 97,8 101,9 97,0 100,0 105,0 101,9 97,2 95,7 98,6 100,3Colômbia 125,0 119,7 107,8 100,0 101,2 98,8 88,3 95,8 105,6 102,2Equador 84,5 82,0 76,6 100,0 100,9 110,3 112,4 112,8 120,4 137,6Egito 89,5 95,6 98,6 100,0 91,1 81,6 64,5 66,6 72,4 73,5Hong Kong 105,2 114,2 106,2 100,0 101,8 100,9 94,8 89,8 86,8 83,8Índia 102,8 69,7 106,4 100,0 97,0 118,0 124,0 114,1 116,5 143,4Indonésia 134,8 97,8 98,5 100,0 102,5 98,6 98,2 99,5 102,7 98,2Israel 95,5 94,1 93,8 100,0 99,2 88,9 87,6 85,2 86,4 86,7Coréia do Sul 105,0 86,3 94,4 100,0 90,8 93,9 92,9 96,6 106,3 112,7Kuwait 94,5 99,3 97,3 100,0 107,4 108,6 101,7 94,6 96,6 94,1Malásia 122,1 101,3 99,3 100,0 105,1 104,4 100,0 95,8 95,3 94,7México 82,2 81,8 90,4 100,0 105,7 105,3 98,7 97,8 103,5 105,6Marrocos 92,6 97,6 99,7 100,0 97,2 98,5 98,9 97,1 94,6 93,3Nigéria(c) 172,4 196,1 98,8 100,0 111,1 111,0 105,0 107,8 123,8 133,8Paquistão 106,2 101,6 99,8 100,0 95,5 100,2 101,2 100,5 103,4 106,0Peru 107,3 107,6 99,4 100,0 103,9 103,6 99,5 99,2 99,1 98,7Filipinas 121,6 97,6 103,6 100,0 108,3 112,3 107,6 101,5 109,2 130,9Arábia Saudita 96,1 101,8 99,3 100,0 103,6 101,7 93,9 87,4 85,3 83,6Cingapura 99,1 93,7 92,3 100,0 99,4 97,8 97,1 99,1 106,8 115,0África do Sul 115,8 104,9 102,1 100,0 89,6 82,5 109,9 118,8 119,4 113,1Taiwan 107,0 102,0 96,6 100,0 95,8 93,3 89,2 91,5 89,6 88,8Tailândia 109,0 100,6 102,9 100,0 97,0 100,6 100,4 100,9 103,6 111,9Turquia 93,4 92,2 90,8 100,0 87,2 100,3 108,6 116,5 124,8 119,7Venezuela 78,0 88,8 96,2 100,0 109,4 90,6 94,3 98,7 99,5 106,5

Economias em Desenvolvimento

Economias Desenvolvidas

Fonte: JP Morgan Chase e FMI/International Finance Statistics, a partir de World Economic Situations and Prospects 2007. Nota: Diferentemente das estimativas de taxa de câmbio real efetiva elaboradas pelo IPEA, na presente tabulação, elevação significa apreciação e redução, depreciação. (a) Índices baseados em ampla cesta de moedas, incluindo 18 moedas de membros da OCDE (inclusive o euro) e 30 moedas de países em desenvolvimento (predominantemente asiáticos e latino-americanos). A taxa de câmbio real efetiva, que ajusta índices nominais levando em conta as mudanças no preço relativo, captura o efeito sobre a competitividade dos bens produzidos por um país - em termos de preço internacional – devido a mudanças cambiais e a diferenciais de inflação. Um aumento no índice implica uma queda na competitividade e vice-versa. As alterações nos preços relativos se baseiam em índices que medem de forma acurada os preços de bens manufaturados finais domesticamente produzidos excluindo-se alimentos e energia no primeiro estágio de transformação. Os pesos para os índices de câmbio foram estimados a partir dos padrões do comércio bilateral do ano de 2000 dos respectivos países. (b) Média de jan.-out. de 2006. (c) Estimativa feita a partir de dados do FMI/International Finance Statistics.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 7

Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica: Aspectos Gerais

Utilizando um tradutor específico, foram obtidos os dados de comércio exterior para produtos típicos da indústria de transformação desagregados em quatro faixas de intensidade tecnológica, seguindo o padrão adotado pela OCDE, conforme o quadro abaixo: alta intensidade, média-alta, média-baixa e baixa.

O segmento de alta tecnologia em 2006 experimentou um saldo negativo ainda maior do que aquele de 2005: déficit US$ 11,6 bilhões contra US$ 8,3 bilhões (déficit de US$ 7,5 bilhões em 2004). Infelizmente o déficit dessa faixa de intensidade tecnológica tem aumentado desde 2002, diferindo do comportamento das outras três faixas de intensidade tecnológica.

O conjunto das indústrias de média-alta tecnologia, após 2001, registrou déficits cadentes, culminando no superávit de US$ 365 milhões em 2005. Porém o ano de 2006 significou uma quebra nessa seqüência: a balança comercial voltou a ficar negativa, com déficit de US$ 1,0 bilhão. Frisa-se que, entre 1997 e 2002, era essa faixa de intensidade tecnológica que apresentava o déficit de maior magnitude, sendo desde então superada pelo segmento de alta tecnologia.

Saliente-se que a deterioração no saldo comercial em 2006 para ambas as faixas, de alta e média-alta tecnologia, não foram devido a um menor nível de exportações. Aliás, estas cresceram 6,8% e 12,1%, respectivamente no ano em causa.

Os segmentos de média-baixa e baixa intensidade tecnológica experimentaram acréscimos de 2,6% e 11,0% em suas respectivas balanças comerciais. Nessas duas faixas, o incremento decorreu de exportações crescendo em relação ao ano anterior em ritmo mais forte do que as importações. As indústrias de média-baixa tecnologia viram suas vendas externas crescer em 19,8%. Pari passu, as exportações de bens de baixa tecnologia aumentaram 13,9%.

Ainda assim, embora sem a grandeza necessária para impedir a retração no saldo comercial dos produtos da indústria de transformação, os segmentos de baixa e média-baixa tecnologia contribuíram juntamente com as exportações líquidas da agropecuária e da extração mineral, para que houvesse uma nova quebra de recorde no superávit comercial.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 8

Produtos da indústria de transformação Código CIIU, rev. 3

Indústria de alta tecnologiaAeronáutica e aeroespacial 353Farmacêutica 2423Material de escritório e informática 30Equipamentos de rádio, TV e comunicação 32Instrumentos médicos de ótica e precisão 33

Indústria de média-alta tecnologiaMáquinas e equipamentos elétricos n. e. 31Veículos automotores, reboques e semi-reboques 34Produtos químicos,excl. farmacêuticos 24 excl. 2423Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 352 + 359Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 29

Indústria de média-baixa tecnologiaConstrução e reparação naval 351Borracha e produtos plásticos 25Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear 23Outros produtos minerais não-metálicos 26Produtos metálicos 27-28

Indústria de baixa tecnologiaProdutos manufaturados n.e. e bens reciclados 36-37Madeira e seus produtos, papel e celulose 20-22Alimentos, bebidas e tabaco 15-16Têxteis, couro e calçados 17-19

Indústria de Transformação - Classificação por Intensidade Tecnológica

Fonte: OCDE. Nota: CIIU, rev. 3: Classificação Industrial Internacional Uniforme, revisão 3.

Brasil - Balança Comercial (US$ milhões FOB)

-12.000

-6.000

0

6.000

12.000

18.000

24.000

30.000

36.000

42.000

48.000

Demais produtos 4.117 4.632 4.287 3.707 5.467 6.224 8.166 9.778 13.859 16.602

Prods. ind. transformação -10.869 -11.256 -5.570 -4.460 -2.816 6.901 16.614 23.863 30.898 29.472

Total -6.753 -6.624 -1.283 -753 2.650 13.125 24.780 33.641 44.757 46.074

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 9

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade TecnológicaBalança Comercial (US$ milhões FOB)

-24.000

-20.000

-16.000

-12.000

-8.000

-4.000

0

4.000

8.000

12.000

16.000

20.000

24.000

28.000

32.000

36.000

40.000

44.000

Baixa 9.558 9.141 10.889 11.151 14.071 15.339 19.816 25.136 28.651 31.819

Média-baixa 1.185 856 1.225 490 687 3.059 5.474 8.846 10.231 10.501

Média-alta -12.200 -12.595 -10.180 -8.948 -10.900 -6.991 -3.414 -2.604 365 -1.022

Alta -9.413 -8.657 -7.504 -7.152 -6.674 -4.507 -5.262 -7.515 -8.350 -11.826

Prods. ind. transformação -10.869 -11.256 -5.570 -4.460 -2.816 6.901 16.614 23.863 30.898 29.472

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade TecnológicaExportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

12.000

24.000

36.000

48.000

60.000

72.000

84.000

96.000

108.000

Baixa 16.772 15.900 15.540 15.921 18.226 19.029 23.196 29.275 33.483 38.137

Média-baixa 9.092 8.353 7.824 9.285 8.949 9.727 12.275 17.510 20.725 24.840

Média-alta 13.145 12.997 10.907 12.768 12.346 12.937 16.693 22.292 28.912 32.410

Alta 2.598 3.220 4.094 6.821 6.953 5.931 5.134 6.608 8.747 9.343

Prods. ind. transformação 41.606 40.471 38.365 44.795 46.473 47.625 57.298 75.685 91.867 104.729

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 10

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade TecnológicaImportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

6.000

12.000

18.000

24.000

30.000

36.000

42.000

48.000

54.000

60.000

66.000

72.000

78.000

Baixa 7.214 6.759 4.651 4.769 4.155 3.690 3.380 4.139 4.831 6.319

Média-baixa 7.906 7.497 6.599 8.796 8.262 6.668 6.801 8.664 10.494 14.339

Média-alta 25.344 25.592 21.087 21.716 23.246 19.928 20.107 24.896 28.547 33.432

Alta 12.011 11.878 11.598 13.973 13.627 10.438 10.396 14.123 17.097 21.169

Prods. ind. transformação 52.476 51.726 43.935 49.255 49.289 40.724 40.684 51.823 60.969 75.257

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos Exportações Anuais (Participação no Total, %)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Demais produtos 21,5 20,9 20,1 18,7 20,2 21,1 21,6 21,5 22,3 23,8

Indústria de baixa tecnologia 31,6 31,1 32,4 28,9 31,3 31,5 31,7 30,3 28,3 27,7

Indústria de média-baixa tecnologia 17,2 16,3 16,3 16,9 15,4 16,1 16,8 18,1 17,5 18,1

Indústria de média-alta tecnologia 24,8 25,4 22,7 23,2 21,2 21,4 22,8 23,1 24,4 23,6

Indústria de alta tecnologia 4,9 6,3 8,5 12,4 11,9 9,8 7,0 6,8 7,4 6,8

Produtos da indústria de transformação 78,5 79,1 79,9 81,3 79,8 78,9 78,4 78,5 77,7 76,2

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 11

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos Importações Anuais (Participação no Total, %)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Demais produtos 12,2 10,5 10,9 11,8 11,3 13,8 15,8 17,5 17,1 17,7

Indústria de baixa tecnologia 12,1 11,7 9,4 8,5 7,5 7,8 7,0 6,6 6,6 6,9

Indústria de média-baixa tecnologia 13,2 13,0 13,4 15,8 14,9 14,1 14,1 13,8 14,3 15,7

Indústria de média-alta tecnologia 42,4 44,3 42,8 38,9 41,8 42,2 41,6 39,6 38,8 36,6

Indústria de alta tecnologia 20,1 20,6 23,5 25,0 24,5 22,1 21,5 22,5 23,2 23,2

Produtos da indústria de transformação 87,8 89,5 89,1 88,2 88,7 86,2 84,2 82,5 82,9 82,3

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Indústrias de Alta e Média-Alta Tecnologia: Déficit Crescente

Atendo-se à balança comercial de alta tecnologia, fica transparente o fato de que o incremento nas exportações dessas indústrias não têm sido suficientes para contrabalançar a evolução das aquisições do exterior. Ao se tomar, por exemplo, a indústria farmacêutica, suas vendas externas vêm aumentando ininterruptamente desde 2001, ficando em US$ 908 milhões em 2006. Todavia o déficit em produtos farmacêuticos vem crescendo desde 2004. Em 2006, o saldo ficou negativo em US$ 2,7 bilhões.

E o déficit no segmento farmacêutico nem foi o maior de 2006. A indústria de instrumentos de precisão e médico-hospitalares acusou saldo negativo de US$ 2,9 bilhões, o maior desse segmento no período de 1997 a 2006. Outro a experimentar um déficit de mais de US$ 2 bilhões foi a produção de bens de escritório e informática, segmento historicamente deficitário.

Mais expressivo e preocupante foi o incremento do déficit de equipamento de áudio e vídeo, telecomunicações e componentes eletrônicos, de 36,8%, atingindo US$ 5,3 bilhões. As exportações dessa indústria cresceram em 2006, porém de forma tímida, de US$ 3,3 bilhões para US$ 3,5 bilhões, enquanto as aquisições do exterior saíram de US$ 7,2 bilhões para US$ 8,8 bilhões. Tal segmento tem sentido os efeitos tanto do câmbio, quanto de mudanças tecnológicas. De um lado, pode-se citar a transferência para outro país de linhas de produção de um grande fabricante exportador de telefones celulares, transferindo assim parte expressiva

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 12

das exportações para os EUA, como resposta dentre outras coisas à valorização cambial. De outro, a difusão de aparelhos de TV com tela plana, de cristal líquido e de plasma, conduziu ao aumento na importação dos respectivos componentes-chave. Diferentemente da tevê de tubo para o qual há produção doméstica de tubos de raios catódicos, seu componente principal, as mantas de cristal líquido ou as mantas de plasma são importadas. Mais: a crescente digitalização tem conduzido ao uso mais intensivo e a maior difusão setorial no uso de componentes semicondutores. Seja a produção de semicondutores, seja a de mantas para tevês de tela plana, os investimentos para a produção desses componentes alcançam a casa dos bilhões de dólares. Vale sublinhar que os componentes eletrônicos têm sido cada vez mais incorporados em produtos de outros setores, como a indústria automobilística e a de bens de capital.

Em suma, dentro da faixa de alta tecnologia, apenas a indústria aeronáutica tem logrado superávits: US$ 1,3 bilhão em 2006, grandeza inferior àquela observada no biênio anterior.

Desta vez, e diferentemente de 2005, a faixa de produtos da indústria de transformação de média-alta tecnologia não conseguiu exercer um contraponto. A reversão de sinal da balança, de superavitária, US$ 365 milhões, para deficitária, US$ 1 bilhão, decorreu da deterioração do saldo da indústria química (exclusive farmacêutica); equipamentos ferroviários e outros de transporte; e principalmente de máquinas e equipamentos mecânicos não especificados. Já o déficit nas transações com máquinas e equipamentos elétricos recuou, enquanto as exportações líquidas da indústria automobilística cresceram 0,8%, chegando a US$ 7,9 bilhões, fatos que atenuaram, mas sem reverter o déficit do conjunto dos demais segmentos de média-alta tecnologia.

O declínio do saldo comercial de químicos, de um déficit de US$ 6,3 bilhões em 2005 para um de US$ 6,9 bilhões em 2006, e de equipamentos mecânicos, déficit de US$ 338 milhões para um saldo negativo de US$ 1,0 bilhão, foram os principais causadores do grande revés da balança de média-alta tecnologia. A exemplo de outras indústrias também tal desempenho foi acompanhado de incremento nas exportações, porém sem a pujança necessário para contribuir com o saldo. No caso da indústria automobilística, único segmento superavitário nessa faixa de tecnologia, logrou um saldo de US$ 7,9 bilhões, com as exportações crescendo em um bom ritmo.

Nitidamente, as atividades industriais de alta e média-alta tecnologia têm sentido os efeitos da taxa de câmbio apreciada. Notoriamente também afeta determinados esforços para atração de investimentos – por que se instalar no Brasil se pode prover seu mercado consumidor exportando?

Cumpre enfatizar que algumas das indústrias cujos saldos comerciais se deterioraram na passagem de 2005 para 2006 são justamente aquelas em larga medida explicitadas na Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) do governo federal. A produção de semicondutores, cuja atração para solo brasileiro se tornou uma meta já a partir da PITCE, está dentro de equipamentos eletrônicos (áudio e vídeo), telecomunicações e componentes. Porém o déficit do segmento nos mostra que outros componentes devem merecer atenção maior. Quanto à indústria farmacêutica, a dificuldade também reside na maior integração

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 13

entre academia e setor privado, reconhecendo-se iniciativas em prol dessa maior interação. Mas o fato é que o déficit persiste.

Outra indústria destacada na PITCE é a categoria dos bens de capital, cujo rebatimento nos dados aqui tabulados em boa medida se encontra em máquinas e equipamentos elétricos; e em máquinas e equipamentos mecânicos. O déficit em máquinas e equipamentos mecânicos é indicativo também de que há muito a ser feito também com relação a esse segmento. Nesse sentido, deve-se considerar que a apreciação cambial tende a criar obstáculos, principalmente nos casos de bens de capital seriados. Assim o esforço exportador, captado no intervalo 1997-2006 para máquinas e equipamentos mecânicos, por exemplo, pode não se consolidar, sendo possível haver retrocessos.

Conforme o IEDI já observou em outras oportunidades, parte expressiva das indústrias de alta e média-alta tecnologia é caracterizada no intercâmbio mundial por forte comércio intra-indústria. Vários desses segmentos industriais são sensíveis à escala de produção e/ ou a estratégias de diferenciação de produto. Dessa maneira, a taxa de câmbio assume papel de sumo relevo à medida que, estando em nível competitivo, possibilita a penetração em novos mercados, mesmo naqueles com presença de plantas concorrentes. Nessas situações, ao adentrar em um novo destino, obriga as unidades locais a se diferenciarem ou mesmo a ceder fatias de mercado. É assim que a empresa exportadora aumenta sua escala e sedimenta um canal de fornecimento. No entanto, sob taxas cambiais desfavoráveis, as indústrias em questão se deparam com dificuldades de monta para não perder sua clientela estrangeira, além de sofrer a forte concorrência dos importadores no mercado doméstico, o que se torna mais prejudicial à medida que os concorrentes estrangeiros atingem maiores escalas de produção.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Alta Intensidade TecnológicaBalança Comercial (US$ milhões FOB)

-14.000

-12.000

-10.000

-8.000

-6.000

-4.000

-2.000

0

2.000

Instrs. precisão, médico-hosps. -1.993 -2.006 -1.643 -1.828 -2.098 -1.621 -1.542 -2.009 -2.409 -2.929

Áudio, vídeo, telecom e componentes -4.221 -3.594 -3.301 -3.901 -3.119 -1.441 -1.899 -3.953 -3.873 -5.300

Informática e escritório -1.376 -1.380 -1.070 -1.472 -1.432 -1.170 -1.050 -1.233 -1.549 -2.222

Farmacêutica -1.514 -1.644 -1.927 -1.796 -1.969 -1.883 -1.769 -2.076 -2.263 -2.701

Aeronáutica -310 -34 438 1.844 1.943 1.608 998 1.755 1.745 1.326

Alta -9.413 -8.657 -7.504 -7.152 -6.674 -4.507 -5.262 -7.515 -8.350 -11.826

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 14

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Alta Intensidade TecnológicaExportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

2.500

5.000

7.500

10.000

Instrs. precisão, médico-hosps. 230 279 331 400 434 345 332 421 523 643

Áudio, vídeo, telecom e componentes 782 781 926 1.865 2.020 2.078 1.947 1.785 3.320 3.554

Informática e escritório 343 353 472 490 395 236 271 334 478 496

Farmacêutica 362 384 403 386 395 437 477 592 727 908

Aeronáutica 881 1.423 1.962 3.681 3.709 2.835 2.107 3.478 3.699 3.741

Alta 2.598 3.220 4.094 6.821 6.953 5.931 5.134 6.608 8.747 9.343

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Alta Intensidade TecnológicaImportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

22.000

Instrs. precisão, médico-hosps. 2.222 2.285 1.974 2.229 2.531 1.966 1.874 2.430 2.932 3.572

Áudio, vídeo, telecom e componentes 5.003 4.375 4.228 5.765 5.139 3.519 3.847 5.737 7.194 8.854

Informática e escritório 1.718 1.733 1.542 1.962 1.827 1.405 1.321 1.566 2.027 2.719

Farmacêutica 1.875 2.028 2.331 2.181 2.364 2.321 2.246 2.668 2.990 3.609

Aeronáutica 1.192 1.457 1.524 1.836 1.766 1.227 1.109 1.722 1.954 2.415

Alta 12.011 11.878 11.598 13.973 13.627 10.438 10.396 14.123 17.097 21.169

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 15

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Média-Alta Intensidade TecnológicaBalança Comercial (US$ milhões FOB)

-15.000

-12.000

-9.000

-6.000

-3.000

0

3.000

6.000

9.000

Máqs., equips. mecânicos n.e. -4.944 -4.886 -3.681 -2.852 -3.579 -2.531 -1.241 -32 -338 -1.054

Equips. ferrovs., outros de transporte -216 -209 -310 -136 -103 -76 49 0 130 -27

Química, exc. farmacêuticos -4.581 -5.022 -4.622 -5.119 -5.433 -4.548 -4.818 -6.982 -6.297 -6.913

Automobilística -639 -513 294 974 1.022 2.326 4.140 5.649 7.815 7.879

Máqs., equips. elétricos n.e. -1.819 -1.966 -1.861 -1.815 -2.806 -2.161 -1.544 -1.239 -945 -907

Média-alta -12.200 -12.595 -10.180 -8.948 -10.900 -6.991 -3.414 -2.604 365 -1.022

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Média-Alta Intensidade TecnológicaExportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

3.000

6.000

9.000

12.000

15.000

18.000

21.000

24.000

27.000

30.000

33.000

Máqs., equips. mecânicos n.e. 3.462 3.203 2.773 3.033 2.975 3.206 4.233 6.223 7.546 8.235

Equips. ferrovs., outros de transporte 58 75 74 117 124 130 199 289 560 532

Química, exc. farmacêuticos 3.264 3.015 2.812 3.348 2.881 3.149 3.929 4.814 5.985 6.807

Automobilística 5.492 5.892 4.481 5.342 5.356 5.517 7.219 9.548 12.869 14.218

Máqs., equips. elétricos n.e. 868 813 766 928 1.011 936 1.113 1.418 1.952 2.618

Média-alta 13.145 12.997 10.907 12.768 12.346 12.937 16.693 22.292 28.912 32.410

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 16

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Média-Alta Intensidade TecnológicaImportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Máqs., equips. mecânicos n.e. 8.407 8.089 6.455 5.885 6.553 5.737 5.474 6.255 7.884 9.289

Equips. ferrovs., outros de transporte 273 284 384 254 227 206 151 290 430 559

Química, exc. farmacêuticos 7.845 8.036 7.434 8.466 8.314 7.697 8.746 11.796 12.281 13.720

Automobilística 6.132 6.405 4.187 4.368 4.335 3.191 3.079 3.898 5.055 6.340

Máqs., equips. elétricos n.e. 2.687 2.779 2.627 2.743 3.817 3.097 2.657 2.657 2.897 3.525

Média-alta 25.344 25.592 21.087 21.716 23.246 19.928 20.107 24.896 28.547 33.432

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Indústrias de Média-Baixa e Baixa Tecnologia: A Força das Commodities

Como realçado anteriormente, os segmentos de média-baixa e baixa intensidade tecnológica têm representado um contraponto e sustentado a balança comercial. As indústrias de média-baixa tecnologia logrou superávit de US$ 10,5 bilhões, enquanto as de baixa intensidade, saldo positivo de US$ 31,8 bilhões.

No todo, os destaques positivos estão associados em boa medida ao comportamento favorável dos preços nos mercados internacionais e às estratégias expansionistas das grandes empresas, como tem ocorrido na siderurgia. De fato, tais segmentos se encontram inclusive mais próximos da agropecuária e principalmente da extração mineral, atividades produtivas cujo dinamismo garantiu mais um ano de saldo comercial ascendente.

A questão é que esse dinamismo externo tem ficado cada vez mais restrito a poucos segmentos. Outras indústrias que compõem as faixas de média-baixa e baixa intensidade tecnológica já sentem de modo contundente o câmbio valorizado. O ramo têxtil, de vestuário e calçados, assim como os manufaturados não especificados e a indústria de borracha e plásticos, já apresentaram retração no superávit, reflexo da dificuldade em competir com os congêneres importados. Acresça-se a tanto que algumas das grandes empresas dessas atividades também têm se internacionalizado. Porém, diferindo das siderúrgicas, tal internacionalização não se mostra necessariamente como uma estratégia de conquista de novos mercados, mas, sim, como meio de preservar sua competitividade, instalando-se onde lhes são oferecidas melhores condições.

Em que pese a necessidade de se fomentar as atividades de elevado conteúdo tecnológico, não custa lembrar que alguns segmentos de média-baixa e baixa tecnologia são grandes empregadores. Portanto são relevantes para a constituição de um grande mercado consumidor de fato, gerando inclusive escala para indústrias tecnologicamente mais intensivas.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 17

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Média-Baixa Intensidade TecnológicaBalança Comercial (US$ milhões FOB)

-4.000

-2.000

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

Prods. metálicos 3.947 3.174 3.464 4.131 3.041 4.340 5.885 8.119 9.893 10.796

Outros minerais não-metálicos 218 250 385 433 394 568 716 989 1.194 1.464

Carvão, petróleo refinado -2.722 -2.182 -2.329 -3.727 -2.402 -1.505 -921 -1.337 -807 -1.596

Borracha e prods. plásticos -426 -497 -294 -342 -347 -297 -99 -176 -221 -169

Naval 168 111 -1 -6 2 -47 -107 1.251 172 5

Média-baixa 1.185 856 1.225 490 687 3.059 5.474 8.846 10.231 10.501

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Média-Baixa Intensidade TecnológicaExportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

Prods. metálicos 6.912 6.218 5.788 6.734 5.804 6.618 8.309 11.480 14.154 16.975

Outros minerais não-metálicos 769 759 767 852 814 937 1.129 1.502 1.775 2.114

Carvão, petróleo refinado 301 337 395 737 1.352 1.239 1.659 1.865 2.892 3.671

Borracha e prods. plásticos 916 907 861 955 941 922 1.169 1.398 1.709 2.050

Naval 193 131 12 7 38 9 8 1.265 194 30

Média-baixa 9.092 8.353 7.824 9.285 8.949 9.727 12.275 17.510 20.725 24.840

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 18

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Média-Baixa Intensidade TecnológicaImportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

3.000

6.000

9.000

12.000

15.000

Prods. metálicos 2.965 3.044 2.325 2.602 2.764 2.278 2.424 3.360 4.261 6.179

Outros minerais não-metálicos 551 509 382 419 421 370 414 514 581 649

Carvão, petróleo refinado 3.023 2.519 2.723 4.464 3.754 2.744 2.580 3.202 3.700 5.267

Borracha e prods. plásticos 1.342 1.404 1.156 1.297 1.287 1.219 1.268 1.574 1.930 2.219

Naval 25 20 13 14 36 56 115 14 22 24

Média-baixa 7.906 7.497 6.599 8.796 8.262 6.668 6.801 8.664 10.494 14.339

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Baixa Intensidade TecnológicaBalança Comercial (US$ milhões FOB)

-2.000

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

22.000

24.000

26.000

28.000

30.000

32.000

Têxteis, couro e calçados 1.923 1.776 1.954 2.469 2.660 2.712 3.285 3.762 3.724 3.630

Alimentos, bebidas e tabaco 6.054 5.854 6.310 5.584 8.386 9.189 11.666 15.431 18.630 21.625

Madeira e seus prods., papel e celulose 1.617 1.520 2.421 2.760 2.660 2.978 4.235 5.063 5.431 5.856

Manufaturados n.e., reciclados -37 -9 204 338 365 460 630 881 867 707

Baixa 9.558 9.141 10.889 11.151 14.071 15.339 19.816 25.136 28.651 31.819

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 19

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Baixa Intensidade TecnológicaExportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

3.000

6.000

9.000

12.000

15.000

18.000

21.000

24.000

27.000

30.000

33.000

36.000

39.000

Têxteis, couro e calçados 3.547 3.122 2.927 3.541 3.705 3.553 4.093 4.816 5.093 5.539

Alimentos, bebidas e tabaco 9.398 9.125 8.460 7.595 10.069 10.853 13.221 17.177 20.535 24.010

Madeira e seus prods., papel e celulose 3.191 3.071 3.542 4.035 3.698 3.839 4.965 6.013 6.525 7.262

Manufaturados n.e., reciclados 636 582 610 751 754 784 917 1.269 1.331 1.327

Baixa 16.772 15.900 15.540 15.921 18.226 19.029 23.196 29.275 33.483 38.137

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Baixa Intensidade TecnológicaImportações Anuais (US$ milhões FOB)

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

Têxteis, couro e calçados 1.623 1.345 973 1.072 1.045 841 808 1.055 1.369 1.908

Alimentos, bebidas e tabaco 3.344 3.271 2.151 2.011 1.683 1.664 1.555 1.746 1.905 2.384

Madeira e seus prods., papel e celulose 1.573 1.551 1.121 1.275 1.037 861 730 950 1.094 1.406

Manufaturados n.e., reciclados 673 592 407 412 389 324 287 388 464 620

Baixa 7.214 6.759 4.651 4.769 4.155 3.690 3.380 4.139 4.831 6.319

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Page 22: A Balança Comercial da Indústria de Transformação por ...A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 2 Há de se notar que o menor

A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 20

Apêndice Estatístico

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Produtos da indústria de transformação -10.869 -11.256 -5.570 -4.460 -2.816 6.901 16.614 23.863 30.898 29.472

Memo: Indústria de alta e média-alta tecnologia -21.613 -21.253 -17.684 -16.100 -17.574 -11.497 -8.676 -10.119 -7.985 -12.848

Indústria de alta tecnologia -9.413 -8.657 -7.504 -7.152 -6.674 -4.507 -5.262 -7.515 -8.350 -11.826Aeronáutica e aeroespacial -310 -34 438 1.844 1.943 1.608 998 1.755 1.745 1.326Farmacêutica -1.514 -1.644 -1.927 -1.796 -1.969 -1.883 -1.769 -2.076 -2.263 -2.701Material de escritório e informática -1.376 -1.380 -1.070 -1.472 -1.432 -1.170 -1.050 -1.233 -1.549 -2.222Equipamentos de rádio, TV e comunicação -4.221 -3.594 -3.301 -3.901 -3.119 -1.441 -1.899 -3.953 -3.873 -5.300Instrumentos médicos de ótica e precisão -1.993 -2.006 -1.643 -1.828 -2.098 -1.621 -1.542 -2.009 -2.409 -2.929

Indústria de média-alta tecnologia -12.200 -12.595 -10.180 -8.948 -10.900 -6.991 -3.414 -2.604 365 -1.022Máquinas e equipamentos elétricos n. e. -1.819 -1.966 -1.861 -1.815 -2.806 -2.161 -1.544 -1.239 -945 -907Veículos automotores, reboques e semi-reboques -639 -513 294 974 1.022 2.326 4.140 5.649 7.815 7.879Produtos químicos,excl. farmacêuticos -4.581 -5.022 -4.622 -5.119 -5.433 -4.548 -4.818 -6.982 -6.297 -6.913Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. -216 -209 -310 -136 -103 -76 49 0 130 -27Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. -4.944 -4.886 -3.681 -2.852 -3.579 -2.531 -1.241 -32 -338 -1.054

Indústria de média-baixa tecnologia 1.185 856 1.225 490 687 3.059 5.474 8.846 10.231 10.501Construção e reparação naval 168 111 -1 -6 2 -47 -107 1.251 172 5Borracha e produtos plásticos -426 -497 -294 -342 -347 -297 -99 -176 -221 -169Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear -2.722 -2.182 -2.329 -3.727 -2.402 -1.505 -921 -1.337 -807 -1.596Outros produtos minerais não-metálicos 218 250 385 433 394 568 716 989 1.194 1.464Produtos metálicos 3.947 3.174 3.464 4.131 3.041 4.340 5.885 8.119 9.893 10.796

Indústria de baixa tecnologia 9.558 9.141 10.889 11.151 14.071 15.339 19.816 25.136 28.651 31.819Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados -37 -9 204 338 365 460 630 881 867 707Madeira e seus produtos, papel e celulose 1.617 1.520 2.421 2.760 2.660 2.978 4.235 5.063 5.431 5.856Alimentos, bebidas e tabaco 6.054 5.854 6.310 5.584 8.386 9.189 11.666 15.431 18.630 21.625Têxteis, couro e calçados 1.923 1.776 1.954 2.469 2.660 2.712 3.285 3.762 3.724 3.630

Demais produtos 4.117 4.632 4.287 3.707 5.467 6.224 8.166 9.778 13.859 16.602

Produtos intensivos em recursos naturais 3.121 3.904 3.301 2.515 4.119 5.025 6.707 8.099 11.476 13.719

Agricultura, caça, atividades florestais e pesca 4.136 3.241 3.273 3.122 4.391 4.436 5.821 8.908 9.423 9.996Agricultura, caça e atividades florestais 4.156 3.257 3.272 3.123 4.388 4.420 5.802 8.900 9.419 10.027Pesca -20 -17 1 -1 3 15 20 8 3 -31

Indústrias Extrativas -1.015 664 28 -607 -273 589 885 -810 2.053 3.723

Produtos provenientes de outras atividades econômicas -17 -10 -6 -5 -7 -27 -2 3 -1 -17

Produtos normalmente oriundos dos serviços industriais de utilidade pública -1 -1 0 -1 0 0 0 0 0 -20Energia elétrica, gás e distribuição de vapor e água quente 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -20Captação, tratamento e distribuição de água -1 -1 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos normalmente oriundos de serviços -17 -9 -6 -5 -7 -26 -2 3 -1 2Atividades de informática - desenvolvimento de programas de informática (software) -6 -2 2 0 -2 -18 -1 0 -1 -1Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento tecnico especializado 0 0 0 -1 -1 0 0 0 0 0Atividades fotográficas e microfilmagem -4 -3 -3 -3 -3 -3 -2 -1 -1 -1Produç., distribuiç. filmes cinematográfs. e fitas de vídeo, estúdios de gravaç. de som 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literárias -7 -4 -4 0 0 -6 1 5 2 6Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -1

Produtos não-classificados pela CIIU, revisão 3 1.013 738 992 1.197 1.355 1.225 1.461 1.676 2.384 2.900Desperdícios e sucatas - bens da divisão 39 da CPC, rev. 1.1 ou 1.0 206 109 168 123 169 181 231 206 205 286Obras diversas e outros itens classificados em caps. posteriores ao 97 do SH 807 628 824 1.074 1.186 1.044 1.229 1.471 2.179 2.614

TOTAL -6.753 -6.624 -1.283 -753 2.650 13.125 24.780 33.641 44.757 46.074

Brasil - Balança Comercial de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos (US$ milhões FOB)

Page 23: A Balança Comercial da Indústria de Transformação por ...A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 2 Há de se notar que o menor

A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 21

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Produtos da indústria de transformação 41.606 40.471 38.365 44.795 46.473 47.625 57.298 75.685 91.867 104.729

Memo: Indústria de alta e média-alta tecnologia 15.743 16.217 15.001 19.589 19.299 18.868 21.827 28.900 37.659 41.752

Indústria de alta tecnologia 2.598 3.220 4.094 6.821 6.953 5.931 5.134 6.608 8.747 9.343Aeronáutica e aeroespacial 881 1.423 1.962 3.681 3.709 2.835 2.107 3.478 3.699 3.741Farmacêutica 362 384 403 386 395 437 477 592 727 908Material de escritório e informática 343 353 472 490 395 236 271 334 478 496Equipamentos de rádio, TV e comunicação 782 781 926 1.865 2.020 2.078 1.947 1.785 3.320 3.554Instrumentos médicos de ótica e precisão 230 279 331 400 434 345 332 421 523 643

Indústria de média-alta tecnologia 13.145 12.997 10.907 12.768 12.346 12.937 16.693 22.292 28.912 32.410Máquinas e equipamentos elétricos n. e. 868 813 766 928 1.011 936 1.113 1.418 1.952 2.618Veículos automotores, reboques e semi-reboques 5.492 5.892 4.481 5.342 5.356 5.517 7.219 9.548 12.869 14.218Produtos químicos,excl. farmacêuticos 3.264 3.015 2.812 3.348 2.881 3.149 3.929 4.814 5.985 6.807Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 58 75 74 117 124 130 199 289 560 532Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 3.462 3.203 2.773 3.033 2.975 3.206 4.233 6.223 7.546 8.235

Indústria de média-baixa tecnologia 9.092 8.353 7.824 9.285 8.949 9.727 12.275 17.510 20.725 24.840Construção e reparação naval 193 131 12 7 38 9 8 1.265 194 30Borracha e produtos plásticos 916 907 861 955 941 922 1.169 1.398 1.709 2.050Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear 301 337 395 737 1.352 1.239 1.659 1.865 2.892 3.671Outros produtos minerais não-metálicos 769 759 767 852 814 937 1.129 1.502 1.775 2.114Produtos metálicos 6.912 6.218 5.788 6.734 5.804 6.618 8.309 11.480 14.154 16.975

Indústria de baixa tecnologia 16.772 15.900 15.540 15.921 18.226 19.029 23.196 29.275 33.483 38.137Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados 636 582 610 751 754 784 917 1.269 1.331 1.327Madeira e seus produtos, papel e celulose 3.191 3.071 3.542 4.035 3.698 3.839 4.965 6.013 6.525 7.262Alimentos, bebidas e tabaco 9.398 9.125 8.460 7.595 10.069 10.853 13.221 17.177 20.535 24.010Têxteis, couro e calçados 3.547 3.122 2.927 3.541 3.705 3.553 4.093 4.816 5.093 5.539

Demais produtos 11.388 10.669 9.647 10.291 11.749 12.737 15.787 20.790 26.441 32.740

Produtos intensivos em recursos naturais 10.303 9.849 8.581 9.012 10.317 11.443 14.243 18.981 23.876 29.611

Agricultura, caça, atividades florestais e pesca 7.074 6.192 5.430 5.317 6.197 6.222 8.041 10.704 11.152 12.321Agricultura, caça e atividades florestais 7.057 6.174 5.405 5.290 6.166 6.184 7.996 10.655 11.109 12.287Pesca 17 17 26 27 31 39 45 49 42 34

Indústrias Extrativas 3.230 3.658 3.150 3.694 4.120 5.220 6.203 8.276 12.725 17.290

Produtos provenientes de outras atividades econômicas 5 5 7 7 6 5 8 12 9 14

Produtos normalmente oriundos dos serviços industriais de utilidade pública 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Energia elétrica, gás e distribuição de vapor e água quente 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Captação, tratamento e distribuição de água 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos normalmente oriundos de serviços 5 5 7 7 6 5 8 12 9 14Atividades de informática - desenvolvimento de programas de informática (software) 4 5 6 5 4 2 3 3 3 3Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento tecnico especializado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Atividades fotográficas e microfilmagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Produç., distribuiç. filmes cinematográfs. e fitas de vídeo, estúdios de gravaç. de som 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literárias 1 0 1 2 2 2 5 9 5 11Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos não-classificados pela CIIU, revisão 3 1.080 815 1.059 1.272 1.427 1.290 1.535 1.797 2.556 3.115Desperdícios e sucatas - bens da divisão 39 da CPC, rev. 1.1 ou 1.0 273 186 235 198 241 245 306 326 377 502Obras diversas e outros itens classificados em caps. posteriores ao 97 do SH 807 628 824 1.074 1.186 1.044 1.229 1.471 2.179 2.614

TOTAL 52.994 51.140 48.011 55.086 58.223 60.362 73.084 96.475 118.308 137.470

Brasil - Exportações de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos (US$ milhões FOB)

Page 24: A Balança Comercial da Indústria de Transformação por ...A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 2 Há de se notar que o menor

A Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica em 2006 22

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Produtos da indústria de transformação 52.476 51.726 43.935 49.255 49.289 40.724 40.684 51.823 60.969 75.257

Memo: Indústria de alta e média-alta tecnologia 37.355 37.470 32.685 35.690 36.873 30.366 30.503 39.019 45.644 54.600

Indústria de alta tecnologia 12.011 11.878 11.598 13.973 13.627 10.438 10.396 14.123 17.097 21.169Aeronáutica e aeroespacial 1.192 1.457 1.524 1.836 1.766 1.227 1.109 1.722 1.954 2.415Farmacêutica 1.875 2.028 2.331 2.181 2.364 2.321 2.246 2.668 2.990 3.609Material de escritório e informática 1.718 1.733 1.542 1.962 1.827 1.405 1.321 1.566 2.027 2.719Equipamentos de rádio, TV e comunicação 5.003 4.375 4.228 5.765 5.139 3.519 3.847 5.737 7.194 8.854Instrumentos médicos de ótica e precisão 2.222 2.285 1.974 2.229 2.531 1.966 1.874 2.430 2.932 3.572

Indústria de média-alta tecnologia 25.344 25.592 21.087 21.716 23.246 19.928 20.107 24.896 28.547 33.432Máquinas e equipamentos elétricos n. e. 2.687 2.779 2.627 2.743 3.817 3.097 2.657 2.657 2.897 3.525Veículos automotores, reboques e semi-reboques 6.132 6.405 4.187 4.368 4.335 3.191 3.079 3.898 5.055 6.340Produtos químicos,excl. farmacêuticos 7.845 8.036 7.434 8.466 8.314 7.697 8.746 11.796 12.281 13.720Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 273 284 384 254 227 206 151 290 430 559Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 8.407 8.089 6.455 5.885 6.553 5.737 5.474 6.255 7.884 9.289

Indústria de média-baixa tecnologia 7.906 7.497 6.599 8.796 8.262 6.668 6.801 8.664 10.494 14.339Construção e reparação naval 25 20 13 14 36 56 115 14 22 24Borracha e produtos plásticos 1.342 1.404 1.156 1.297 1.287 1.219 1.268 1.574 1.930 2.219Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear 3.023 2.519 2.723 4.464 3.754 2.744 2.580 3.202 3.700 5.267Outros produtos minerais não-metálicos 551 509 382 419 421 370 414 514 581 649Produtos metálicos 2.965 3.044 2.325 2.602 2.764 2.278 2.424 3.360 4.261 6.179

Indústria de baixa tecnologia 7.214 6.759 4.651 4.769 4.155 3.690 3.380 4.139 4.831 6.319Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados 673 592 407 412 389 324 287 388 464 620Madeira e seus produtos, papel e celulose 1.573 1.551 1.121 1.275 1.037 861 730 950 1.094 1.406Alimentos, bebidas e tabaco 3.344 3.271 2.151 2.011 1.683 1.664 1.555 1.746 1.905 2.384Têxteis, couro e calçados 1.623 1.345 973 1.072 1.045 841 808 1.055 1.369 1.908

Demais produtos 7.272 6.037 5.360 6.584 6.283 6.513 7.621 11.012 12.582 16.138

Produtos intensivos em recursos naturais 7.182 5.945 5.279 6.497 6.198 6.418 7.537 10.882 12.401 15.892

Agricultura, caça, atividades florestais e pesca 2.937 2.951 2.157 2.196 1.805 1.787 2.219 1.796 1.729 2.325Agricultura, caça e atividades florestais 2.901 2.917 2.132 2.167 1.778 1.763 2.194 1.755 1.690 2.260Pesca 36 34 25 29 27 23 25 41 39 65

Indústrias Extrativas 4.245 2.994 3.122 4.301 4.393 4.631 5.317 9.086 10.672 13.567

Produtos provenientes de outras atividades econômicas 22 15 13 13 13 31 10 9 10 31

Produtos normalmente oriundos dos serviços industriais de utilidade pública 1 1 0 1 0 0 0 0 0 20Energia elétrica, gás e distribuição de vapor e água quente 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20Captação, tratamento e distribuição de água 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos normalmente oriundos de serviços 22 14 13 12 12 31 10 9 9 12Atividades de informática - desenvolvimento de programas de informática (software) 10 6 5 6 6 20 4 3 5 4Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento tecnico especializado 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0Atividades fotográficas e microfilmagem 4 3 3 3 3 3 2 1 1 1Produç., distribuiç. filmes cinematográfs. e fitas de vídeo, estúdios de gravaç. de som 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literárias 7 4 4 2 2 8 4 4 3 5Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Produtos não-classificados pela CIIU, revisão 3 67 77 67 75 72 64 75 121 172 215Desperdícios e sucatas - bens da divisão 39 da CPC, rev. 1.1 ou 1.0 67 77 67 75 72 64 75 121 172 215Obras diversas e outros itens classificados em caps. posteriores ao 97 do SH 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 59.747 57.763 49.295 55.839 55.572 47.237 48.305 62.835 73.551 91.396

Brasil - Importações de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos (US$ milhões FOB)