ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA (Doutrina Prática)

A ATITUDE “DAIJO” VERSUS A ATITUDE “SHOJO” NAS DOAÇÕES

Eu gostaria de falar sobre mais uma coisa: vocês podem ouvir diferentes opiniões de diferentes pessoas. É perigoso acreditar cegamente nessa opiniões. Quando ouvir uma opinião que lhe pareça verdadeira, deve considerar se ela está ou não em harmonia com as intenções de Deus. Quando não tiver certeza e algo não estiver muito certo, o melhor é ler meus ensinamentos, pois eles sendo a verdade, você encontrará a solução para os seus problemas: tente tomar as decisões seguindo meus ensinamentos, pois, agindo de outra maneira poderá cometer graves erros.

Contarei a vocês algo que ocorreu recentemente. Um de nossos membros começou a dizer a outras pessoas que a Igreja Messiânica Mundial é uma religião que pretende o estabelecimento de um paraíso na Terra, e que isso significa que nós devíamos primeiramente tentar criar um clima celestial em nossas casas. Assim, nossas doações deveriam ser feitas apenas quando sobrasse alguma coisa, após termos usado o necessário para transformar nossas vidas em vidas celestiais. Só assim poderíamos fazer doações sem qualquer dificuldades financeiras. Essa é a maneira certa de doar, dizia. Doar causando dificuldades financeiras mais tarde, não estava em harmonia com os desejos de Deus, pois um velho provérbio japonês diz: “Dê o dinheiro supérfluo à Casa de Deus”.

Ouvindo isso alguns membros ficaram impressionados tendo crescido cada vez mais o número daqueles que acreditavam nesta teoria: Justificariam não estar vivendo prosperamente, dizendo terem doado demasiado dinheiro e que isso lhes causara dificuldades pessoais.

Porém outros membros acreditavam que sendo o dinheiro necessário ao trabalho de Deus, deveriam doar o máximo que pudessem, ainda que isso lhes causasse certos sacrifícios. Isso criou dois grupos de opiniões diferentes. À opinião do último grupo parecia estar em desvantagem, pois o primeiro aparentemente tinha as mãos abertas.

A confusão e a discussão continuaram e eu chamei os dois grupos dando a minha opinião. Disse a eles: “Analisando a primeira opinião, ela é a correta quando estabelece que deveriam concentrar-se e zelar pelas suas famílias para que vivam confortavelmente. Nada há de errado nessa idéia. A segunda opinião também é lógica: vocês deveriam fazer o possível para doar o máximo, mesmo passando por sacrifícios, porque precisamos de muito dinheiro nesta época para que o Paraíso na Terra possa ser realizado e as pessoas sejam purificadas e felizes. A diferença entre essas opiniões, é a mesma diferença que há entre Shojo e Daijo. O primeiro é pensamento Shojo: pensar somente na felicidade de sua própria família, ao passo que Daijo pensa na felicidade de toda a humanidade.

Então, as pessoas do segundo grupo sofrerão por oferecerem mais ? Não, não sofrerão. Se você acredita que Deus pode fazê-lo sofrer por doar dinheiro, será melhor não acreditar n’Ele. Tente isso: Ofereça tanto quanto achar que vai colocá-lo em dificuldade. Ao invés de sofrer financeiramente, você será abundantemente recompensado, uma vez que seu donativo retornará multiplicado.

Ambos os grupos, especialmente aquele que segue o pensamento Shojo, apreciaram minha palestra. O grupo de pensamento Shojo veio a mim depois; pedindo desculpas e mudando sua opinião.

07 de junho de 1952