a astrologia egípcia - françois suzzarini (astrologia)

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    A ASTROLOGIA

    EGPCIA

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    Conhecer MelhorUma coleo sem fronteiras temticas...

    Ttulos publicados:

    1. A NDIA G. N. S.

    Raghavan2. O J A Z Z

    Morley Jones

    3. JOGOS E PROGRAMAS EM BASICJoo Carlos Azinhais

    4. AS IDIAS CONTEMPORNEASJean-Marie Domenach

    5. CONTRACEPO, GRAVIDEZ E ABORTO P.Bello, C. Dolto e A. Schiffmann

    6. O BASIC A.Checroun

    7. A ARTE DE PERDER TEMPOJoo Esteves da Silva

    8. COMO DEIXAR DE FUMARJean-Luc Roger

    9. OS PROBLEMAS SEXUAISG. Zwang e H. Dermange

    10. A ASTROLOGIA EGPCIAFranois Suzzarini

    Prximos ttulos:

    A MSICA CLSSICAAlan Rich

    A DIABETESM. J. Chicouri

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    FRANOIS SUZZARINI

    A ASTROLOGIA

    EGPCIA

    P U B L I C A E S D O M Q U I X O T E

    L I S B O A

    1 9 8 4

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    FICHA:

    Ttulo:A Astrologia Egpcia.

    Autor: Franois Suzzarini.

    Coleo: Conhecer Melhor, n10.

    /983,Les Nouvelles ditions Marabout.

    Ttulo original:Le Guide Marabout de L'Astrologie gyptienne.

    Traduo: Fernando Brites da Fonseca,a partir da edio original publicada por Les Nouvelles ditions Marabout, Bruxelas.

    Capa: Fernando Felgueiras.

    1 edio: Outubro de 1984.

    Edio n: 10 CM 908.

    Deposito legal n: 61/6/84.

    Todos os direitos reservados por:Publicaes Dom Quixote, Rua Luciano Cordeiro, 119, Lisboa.

    Fotocomposio, montagem e fotolitos: Textype Artes Grficas, Lda.

    Impresso e acabamento: Grfica Barbosa & Santos. Lda., em Outubro de 1984.

    Distribuio:Diglivro, Rua das Chagas, 2, Lisboa, eMovilivro, Rua do Bonfim, 98, r/c, Porto.

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    NDICE

    CAPA - CONTRACAPA

    I O HOMEM NO COSMOS ........... ........... ........... ........... .......... ........... ........... ........... ........ 9II OS RITMOS DA VIDA............. ........... .......... ........... ........... ........... ........... ........... .......... .21

    III PORQU SEGUIR A ASTROLOGIA EGPCIA? ........... ........... ........... .......... ........... .31IV COMO DETERMINAR O SEU SIGNO ASCENDENTE? ................ ........... ........... ....45V QUE SO OS DECANOS EGPCIOS? ........... ........... ........... .......... ........... ........... ........ 57

    VI OS PLANETAS E O SEU SIGNIFICADO ........... ........... ........... ........... ........... ........... ..71VII OS SIGNOS DO ZODACO E AS SUAS CARACTERSTICAS .......... .......... ........... .89

    VIII QUEM ERA THOT? .......... ........... ........... ........... ........... .......... ........... ........... ........... ....109IX CDIGO GENTICO E INFLUNCIAS ASTRAIS ........... .......... ........... ........... ...... 119X O ESQUEMA ASTRAL DE TOTH .......... .......... ........... ........... ........... ........... ........... ..135

    XI COMO TRAAR O ESQUEMA ASTRAL DE TOTH? .................. ........... ........... ....159

    XII COMO PREVER O FUTURO A PARTIR DO ESQUEMA ASTRAL DE TOTH? 177

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    CAPTULO I

    O HOMEM NO COSMOS

    NO TEMPO DAS PIRMIDES

    O Egito foi o bero das invenes tecnolgicas, da astronomia, dasmatemticas e da fsica? Tudo parece provar o contrrio. O Egito foiuma zona de passagem e de trocas. Mas os Egpcios .pelo menos ossacerdotes astrnomos desse tempo souberam explorar e tirarproveito das idias e das cincias vindas do exterior, para fazerprogredir o seu pas. As inumerveis guerras em que se envolveramtodos os povos que se fixaram no delta do Nilo contriburam para essastrocas frutuosas. Numerosos sacerdotes egpcios tornaram-seconselheiros de imperadores estrangeiros contribuindo assim para aexpanso das idias e para o aperfeioamento das tecnologias da poca.Esta amlgama de influncias, esta lenta evoluo social e espiritual,

    fazem ressurgir aqui e alm, no nosso globo, reminiscncias curiosas eperturbantes cujas origens se perdem no passado longnquo dessasregies.

    Uma imensa amlgama de influencias

    Encontramos no baixo-relevo egpcio de Medinet-Habu (o templofunerrio de Ramss III), que comemora a vitria da frota do faraRamss III sobre o povo Shardane (Povo do Mar), a representao dosguerreiros shardanes em traje de combate da poca: os atavios com asespaldeiras para proteger as clavculas e as omoplatas, o elmo comguarda-nuca e, por vezes, com cornos de bovdeo fixados no topo.

    Curiosamente, a esttua-menir Filitosa VI erigida no sudoeste daCrsega, na muralha grantica de Filitosa, ostenta os mesmos atavios decombate dos guerreiros shardanes. E no foram os shardanes que,

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    entre os sculos XIV e XVI antes da nossa era, erigiram estas esttuas,mas sim os obreiros dos tmulos megalticos, habitantes da ilha, querepresentaram assim os guerreiros shardanes que eles haviam morto emcombate. Essas esttuas so de granito, esculpidas com ferramentas dequartzo.

    Vemos pois, atravs destas diferentes representaes, que as trocasforam frutuosas, cobrindo regies afastadas e com resultados to

    inesperados.Poderemos acreditar que guerreiros egpcios, invasores bemintencionados, se tenham fixado em Stonehenge, na plancie deSalisbury, em Inglaterra e que, sob a sua direo, as populaesindgenas menos evoludas tenham edificado Stonehenge?

    Alguns objetos preciosos, encontrados no prprio local, tais comoprolas de faiana e discos de mbar combinados com ouro, podem-nosugerir. Alis, encontra-se na edificao dos prticos de Stonehenge enas portas ciclpicas de Micenas a mesma tcnica de montagem porespigo e entalhe.

    Para alguns, Stonehenge um templo de astronomia. Tm sidoventiladas numerosas hipteses, sedutoras ou bizarras, todavia adiscusso permanece em aberto.

    A sua construo comeou cerca de 2700 ou 2800 a. C. Osalinhamentos das pedras parecem indicar o solstcio de Vero, querdizer, a altura do ano em que o Sol se eleva o mximo ao norte doEquador antes de comear o seu declnio sazonal para o sul. No ladooposto, esta mesma linha de mira podia servir para assinalar o solstciode Inverno. Junto da entrada do monumento, quarenta furos de postes,dispostos em seis filas, coincidem com a posio mais setentrional que aLua atinge em cada 18,61 anos. Essas seis filas representam pois seisciclos lunares. Mais de um sculo de observaes!

    Os povos mediterrnicos parecem ter sido espantosos descobridores.Cabeas esculpidas com traos negrides, provenientes de Vera Cruz,testemunham a presena na Amrica pr-colombiana de negros vindosde frica. Ora, ns sabemos que as tripulaes dos navios fencios e

    egpcios incluam homens de raa negra.Outros pormenores so tambm intrigantes: os ndios da Amrica,muito antes da poca dos Astecas e dos Incas, j manufaturavamvestimentas a partir de uma variedade de gros hbridos de algodo,nica no mundo, que parecia ser o produto do cruzamento do gro doalgodo egpcio com uma espcie selvagem americana imprpria parafiao.

    Que dizer das recentes descobertas arqueolgicas que demonstramque os Olmecas e os Maias utilizavam uma escrita hieroglfica, tendo

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    um calendrio e sabendo prever o movimento dos planetas como osEgpcios? Alm disso, construram pirmides truncadas anlogas aoszigurates da Mesopotmia e, coisa curiosa, as suas esculturas e baixos-relevos representam sacerdotes de pronunciado tipo semita, de barbasfartas e de barretes cnicos, assim como os sapatos de biqueira curvadapara cima.

    Poderemos aceitar que cerca de 610 a. C., quando o fara do Egito,Nechao II, encarregou a sua frota de realizar a circum-navegao defrica, esta, depois de ter atravessado o Atlntico, rumou em direo Amrica do Sul? Estes navegadores teriam ento descoberto o Brasil em531 a. C.!

    Na realidade, sabemos pouca coisa sobre este priplo ordenado porNechao II: tendo largado do Mar Vermelho graas reanimao docanal do Nilo, estes marinheiros regressaram trs anos mais tarde peloMediterrneo depois de terem passado as colunas de Hrcules. A ver-dade obriga a dizer que apesar de observarmos frequentemente barcosnos baixos-relevos egpcios, estes no eram navegadores ousados eencarregavam, muitas vezes, outros povos de fazer comercio em seulugar. No exemplo apontado atrs foram os Fencios que realizaram a

    viagem em tomo de frica sob a ordem de Nechao II. A influnciaegpcia , no entanto, a mesma atravs das tripulaes incluindo homensde vrias origens.

    A propsito desta viagem, Herdoto relata o seguinte pormenorinteressante e to surpreendente para a sua poca que acrescenta que aele prprio lhe custava a acreditar: Quando eles [os marinheirosfencios ao servio do fara] dobraram a ponta de frica, viram o Sol aonorte e sua direita. Este pormenor prova concludente que elestinham passado o Equador!

    Saltemos agilmente alguns sculos e debrucemo-nos sobre as tribosDogon ao sul do deserto do Sara. Alguns cientistas que estudaram estastribos durante o perodo de 1946 a 1950 ficaram espantados com os seusconhecimentos de astronomia. Os sacerdotes Dogon demonstraram-lhes

    que tinham herdado de tempos antigos um espantoso conhecimento doUniverso. Conheciam a estrela Srio A e a sua irm Srio B que gravitaem seu redor. Se Srio A a estrela mais brilhante do cu, pelocontrrio, Srio B, uma an branca, invisvel a olho nu. Os Dogonfalavam dela em 1948 e esta estrela s foi fotografada pela primeira vezem 1970! Os Dogon sabiam tudo sobre a Srio B: a sua enormedensidade em relao ao seu tamanho (nesta estrela, um metro cbicopesa aproximadamente 20 000 t), a sua cor branca, a sua translaoeclptica de cinqenta anos em tomo da Srio A..

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    Numa cidade como Lyon por exemplo, quantos habitantes saberiamhoje isso?

    Eles conheciam, igualmente, as quatro luas principais de Jpiter esabiam perfeitamente que os planetas giram em tomo do Sol e que aTerra esfrica e roda em tomo do seu eixo. Tinham igualmenteconhecimento do anel de Saturno. Explicaram aos cientistas estupefatosque a Via Lctea tinha a forma espiralide. Os astrnomos s muito

    recentemente chegaram a essa concluso!De onde lhes vinham todos esses conhecimentos? Dos freqentes

    contactos que os seus ancestrais da Antiguidade tinham podidoestabelecer com a Mesopotmia, com o Egito e a Grcia.

    O que hoje constitui uma certeza, que as tribos dos Dogon, comoos Pigmeus do Ituri que conheciam Saturno e os seus nove satlites (odcimo foi descoberto em 1966), como os Maoris da Nova Zelndia queconheciam igualmente Saturno e Jpiter, todos estes povos oriundos dehorizontes muito diferentes, eram conhecidos pelos Egpcios daAntiguidade. A influncia exercida pelo antigo Egito em todo o conti-nente africano e bem para alm deste, muito maior do que se crgeralmente. Os exemplos perturbantes no faltam! Os Egpciosmantinham Pigmeus na Corte dos seus reis como danarinos e bobos.

    Encontrou-se uma esttua do deus Osris muito a sul da floresta do Ituri,o que demonstra a irradiao da influncia egpcia nessas pocas. OsMaoris da Nova Zelndia veneram o deus Sol chamado M, rplicafiel do deus solar egpcio R.

    No insensato pensar que o antigo Egito foi o cadinho onde todasas cincias e religies se confrontaram e foram utilizadas de modo amelhor satisfazerem os interesses dos dirigentes egpcios, contendo asverdades sobre a natureza do universo que espalharam e por sua vezforam recolhidas pelas escolas pitagricas e platnicas para constiturema base do pensamento filosfico do mundo civilizado.

    Uma tecnologia de alto nvel

    Ignoramos frequentemente o alto nvel de prosperidade e detecnicismo que os povos da Antiguidade tinham atingido.

    Como podemos esquecer por exemplo os postes de madeira, com ostopos em cobre e com mais de trinta metros de altura, que os Egpcioscolocavam em frente dos seus templos e que se assemelhamestranhamente a pra-raios!

    Citemos igualmente essa cpia grosseira de um planadorencontrada no local da primeira pirmide de degraus em Sakkara. Amaqueta, com

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    dezoito centmetros de comprimento, demonstra notveiscaractersticas de aerodinamismo. Seguramente, trata-se de um esbooe no da cpia de um engenho que tivesse realmente voado.

    Os pescadores de esponjas recolheram ao largo da ilha deAntikythera restos dum instrumento metlico que foi datado de 65 a. C.e que reproduzia um bizarro conjunto de rodas dentadas acionadas por

    engrenagens. Em 1959, Derek J. de Solla Price, do Instituto de EstudosAvanados de Princeptown em New Jersey. concluiu que se tratava,nem mais nem menos, de um modelo elementar de computadoranalgico provavelmente utilizado pelos Gregos para facilitar os seusclculos astronmicos.

    No nos esqueamos que os Egpcios foram os primeiros aabandonar o calendrio lunar para adotarem um ano de doze meses detrinta dias. Astcia suprema: para se aproximarem do ano trpico ousolar, que conta, sensivelmente, 365 dias, 5 horas e 49 minutos,

    juntaram cinco dias a cada ano, no fim do dcimo segundo ms. Estescinco dias so chamados epagomenos. Os meses, em grupos dequatro, formam as trs estaes tpicas do Egito que no conhece aPrimavera: Inundao, Inverno e Vero. No primeiro dia de cada

    dcada havia festejos em honra dos mortos.Evidentemente, este calendrio era imperfeito, pois em cada quatroanos havia um desvio de um dia. Em cento e vinte anos deste sistemabastante impreciso, as estaes tinham um avano de um ms. S 1461anos depois que o princpio do ano encontrou, de novo, o seu pontode partida! So sempre os Egpcios a encontrar a soluo, desta vez porintermdio do astrnomo egpcio Sosgenes, ento conselheiro de JlioCsar. Este decidiu que de quatro em quatro anos o ano teria 366 dias...Seriam os anos bissextos. Decidiu, igualmente, que o princpio do anoseria o 1 de Janeiro (data na qual os Cnsules entravam em funo) eno o l de Maro. Foi no 1 de Janeiro do ano de 45 a. C. que nasceu ocalendrio Juliano (adjetivo que vem do prenome de Csar, Jlio).

    Os Egpcios sabiam muitas coisas sobre o Sol, a Lua e... SrioVoltemos a Srio. Dois mil anos antes da nossa era, os Egpcios

    espreitavam na madrugada a primeira apario de Srio no cu,precisamente antes do nascer do Sol. Os sacerdotes sabiam bem queno podiam ver Srio seno no comeo do Vero, o que anunciava,infalivelmente, a prxima cheia do Nilo. E desde que se conhea aimportncia dessas cheias para fertilizar as margens e as regiesprximas do

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    leito do rio, compreende-se a importncia vital deste conhecimentoastronmico. Para mais, o ano ter por base Srio (Sothis): umano-Sothis igual a 365 dias e 1/4. Sothis, consagrada a sis, marcavao princpio do ano civil. O nascer e o pr de Srio, que acontece com onascer e pr do Sol, chama-se o nascer helaco. Nos nossos dias, com adeslocao dos planetas, este nascer helaco acontece no ms deAgosto.

    Os lugares geodsicos dos Egpcios delimitam o alinhamento dos meglitos...

    Os Egpcios pareciam conhecer o segredo das linhas de forastelricas cuja existncia ainda hoje nos escapa. Todos os antigoslugares, todos os santurios, observavam o alinhamento com omeglito denominado Omphalos que, habitualmente, os flanqueava emfaixas regularmente espaadas que se estendiam pelo Mediterrneo,Prximo Oriente e at mais longe. Este esquema regular cobre nosomente os locais dos orculos do mundo antigo mas tambm oslugares geodsicos dos antigos Egpcios que eram mestres nesta cinciadas guas.

    Os lugares geodsicos dos Egpcios delimitam os alinhamentosdos meglitos da Antiguidade. Os sacerdotes egpcios, como os das

    primeiras sociedades, pareciam estar obcecados pela idia de que asconstelaes exerciam uma influncia mgica ou divina sobre ohomem. Os cultos do Sol nasceram com o homem. Os grandesarquitetos das pirmides, como os dos meglitos, levantados em pasesdiferentes, quiseram por fora orientar os seus monumentos como sedesejassem fazer deles observatrios astronmicos. E os grandesconstrutores das catedrais medievais da Europa tiveram o mesmocuidado de orientao astronmica.

    Observemos por momentos o local escolhido para a construo dapirmide de Quops. Um quarto de crculo traado a partir do centro dagrande pirmide engloba totalmente e exatamente o delta do Nilo.Alm disso, ela est situada precisamente ao centro de duas linhas delongitude que definem a demarcao das fronteiras do antigo Egito

    com os seus vizinhos imediatos, quer dizer, com a cidade deAlexandria de um lado e Porto Said do outro, entre o eixo Oeste e oeixo Este, respectivamente. A quadratura da sua base de 230 m de ladoest orientado exatamente no sentido Norte-Sul, Sudoeste (se notivermos em considerao a deslocao do continente depois daedificao da grande pirmide de Quops). Notemos igualmente que osblocos de pedra calcrea perto de dois milhes e meio, cujo encaixeuns nos outros por empilhamento de alguns milmetros cobremuma rea

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    gigantesca de mais de cinco hectares! Os historiadores divertem-semetendo nessa rea, de uma s vez, as catedrais de Florena e de Miloe as baslicas de So Paulo de Roma e Westminster Abbey de Londres.

    No nos vamos alargar sobre o que j foi escrito a propsito dosconhecimentos de arquitetura que ela exigiu dos seus criadores, nemsobre os prodigiosos clculos que foram obrigados a fazer, nem tao

    pouco sobre a sua eventual funo de observatrio astronmico mais doque de monumento funerrio ou de gigantesco silo de cereais.

    Os labirintos: um jogo, um enigma ou um smbolo universal?

    Em Fayum, ao lado da sua pirmide, o rei egpcio Amenemhet III,cerca de 2000 a. C., construiu o maior labirinto do mundo. Infelizmente

    j no existe. A partir de descries dos Antigos, a sua arquiteturalabirntica tinha mais de mil metros de circunferncia. Era concebidopara que quem entrasse se perdesse, contrariamente aos outros,construdos em forma de espiral, tanto entrada como sada.

    Todos eles representam uma viagem complexa at ao centro dolabirinto, seguida do regresso ao exterior. Para os Egpcios, o povo maisreligioso da Terra, o labirinto (Haouara) parece ter representado o

    lugar do mistrio e da prova. Aquele que l entrava morria simbolica-mente; se de l saa, purificado e fortalecido pela prova, renascia (alenda de Osris uma ilustrao profunda e simblica disso). Ddalo, oarquiteto do labirinto de Creta, ter dado a Ariadne a idia do fio quesalvou Teseu, prncipe de Atenas, dos meandros labirnticos. O mito deTeseu ilustra bem o medo de se perder, que est no mago de cadapessoa. Este poderoso impulso do inconsciente conduziu os povos detodos os cantos do globo a conceber ou a desenhar labirintos idnticos, semelhana da sua mente.

    Pode-se imaginar que os mais primitivos labirintos, que eramnaturais, foram as cavernas onde se alojavam os homens doCro-Magnon h mais de trinta mil anos. Encontram-se esquemas delabirintos um pouco por toda a parte, por exemplo numa moeda

    cretense, ou com o smbolo sagrado dos ndios Hopi do Arizona(smbolo da Terra-Me), ou ainda no templo Halebid em Mysore nandia; quanto aos construtores de catedrais, ergueram-nas sobre velhostemplos pagos e colocaram um labirinto no centro das suas igrejas.

    Outros tempos, outros hbitos, mas o smbolo dos labirintos persiste.Os tortuosos meandros tomaram-se o caminho de Jerusalm, viageminicitica se o foi, que remonta tradio egpcia! Desde o caminho

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    para a Cruz, o labirinto tomou-se o jogo de lazer das famlias ilustres, o jardim de diverso ou ddalo ecolgico do Parque de Versailles, porexemplo, onde as belas damas da poca se divertiam a ter medosabendo que no corriam o risco de a se perderem e l encontrarem o...Minotauro. Um pouco como os filmes de terror dos nossos dias, queoferecem a possibilidade de um calafrio queles que gostam de termedo. Reminiscncias do grande medo de perder a alma, que possua o

    homem egpcio do sculo XVIII a. C., antes de entrar no labirinto doTemplo!O labirinto tomou-se, igualmente, o jogo envidraado das nossas

    feiras, pequenos quebra-cabeas que consistem em guiar uma esfera deao atravs de um imaginoso percurso de obstculos at coloc-la noseu buraco. O que nos leva aos bilhares eltricas e outros flippers dassalas de jogo do mundo inteiro! Que dizer tambm dos passatemposimpressos nos nossos jornais, onde devemos encontrar o caminho desada de um labirinto, munidos, verdade, de um lpis e de umaborracha? No esqueamos os labirintos propostos como testes inteligncia do homem e aqueles que se destinam aos animais (ratos,galinhas, macacos...), cujo propsito consiste em estudar a suacapacidade de encontrar, o mais rapidamente possvel, entre o ddalo

    de corredores, a gulodice que est escondida neles.Notemos, por fim, no nosso sculo de progresso, a apario dosmicrocircuitos impressos semeados de pulgas dos nossosmicroprocessadores, imagens fiis da projeo do crebro humano.Observemos que a natureza nos oferece o labirinto mais simples nascircunvolues da noz, a tal ponto que os Ancios da Idade Mdiaviam nela um traado do nosso crebro! O que no nos deixa delembrar que se um ancio v uma liblula num helicptero, os olhosdos seus netos vero um helicptero na imagem da liblula em plenovo. Isto, explica, como, atravs do tempo que passa, uma verdade sedeforma para se transformar, pouco a pouco, num smbolo obscuro,pleno de mistrio! De qualquer modo, o smbolo evolui cobrindo-se demistrio graas cultura da sua poca. Compete-nos a ns saber

    decodificar a mensagem e ir at sua origem.

    Todos os povos da Antiguidade conheciam as fases de Vnus...

    ...mesmo os das Amricas. Todos os antigos documentosdescrevem o que aconteceu na Terra numa certa poca bem precisa:inundaes, epidemias, mortes inumerveis. Esta catstrofe, seriadevida, afirmam os textos, ameaa de uma coliso entre a Terra e umoutro

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    corpo celeste. Josu declara: O Sol parou a meio do cu e lpermaneceu durante todo o dia. O corpo celeste em questo descritode uma maneira imaginria, praticamente do mesmo modo em todos osdocumentos que, portanto, emanam de fontes e de pases bemdiferentes. Todos atribuem ao planeta Vnus a responsabilidade destasdesgraas.

    Nas Amricas, na China, no Iro, na Babilnia, na Islndia, em

    Roma ou no Egito, as lendas e os mitos a respeito de Vnus soconcordantes. Em toda a parte, no mundo antigo, Vnus mencionadocomo um corpo celeste flamejante, parecido com um cometa. Seguem-se menes ao seu nascimento e s conseqncias terrveis que eleprovocou na Terra.

    Entre os Astecas, Vnus tem o nome de Quetzalcoatl (serpente deplumas) ou ainda de estrela ardente. Um texto diz: O Sol recusou-se a nascer e durante quatro dias o mundo esteve privado de luz. Emais adiante: Uma grande estrela apareceu e deu-se-lhe o nome deQuetzalcoatl. O relato descreve com tristeza as conseqncias funes-tas deste nascimento de Vnus: a morte de seres humanos pela fome epela doena.

    Para os Peruanos, Vnus era Chaska, a de cabeleira ondulada.

    Entre os Romanos, no tempo de Moiss, diz-se: Aconteceu clebre estrela Vnus um to estranho prodgio que ela mudou de cor,de tamanho, de forma e de percurso.

    Na Grcia, a lenda conta como Feton, a estrela flamejante, iaincendiando a Terra e como foi transformada em Vnus. Emconseqncia disso aconteceu uma inundao catastrfica.

    Entre os Judeus, no Talmude diz-se: O fogo desceu do planetaVnus e no Midrash: A luz brilhante de Vnus fulgurava de umextremo ao outro do Cosmos.

    Na Babilnia, os Sumrios dirigiam as suas splicas a Vnus sob onome de vaca selvagem. Diziam: Inanna do Cu e da Terra, tu quefazes chover o fogo.... E os Caldeus chamavam-lhe Rainha do Cu,tocha brilhante do firmamento.

    Entre os Assrios, Ishtar (Vnus) denominada o drago terrvelvestido de fogo...

    Os rabes chamavam a Vnus a cabeluda (Zebbaj) e osEgpcios conheciam Vnus como a deusa destruidora com semblantede leo e consideravam-na uma estrela turbilhonante, espalhando ofogo em seu redor ou ainda uma tempestade de fogo. Nesta pocaantiga, chamavam-lhe Sekhmet e o mito conta como ela tentou outroradestruir os homens.

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    Nos Vedas, os Hindus descreviam-na com o aspecto de fogo e defumo.

    Os habitantes de Samoa dizem: O planeta Vnus toma-se louco ecrescem-lhe os cornos.

    Os Chineses mencionam uma estrela brilhante sada da constelaoYin e citam as conseqncias funestas desse nascimento: incndios einundaes.

    Immanuel Velikovsky (nascido em Vitebsk, na Rssia, em 10 deJulho de 1895, doutorado em Medicina, estudos de Direito e de HistriaAntiga) empenhando-se em todos estes textos e em outros queconseguiu dar a conhecer e traduzir, considerava que no havia fumosem fogo e partiu do princpio que o Velho Testamento da Bblia dosIsraelitas podia dizer a verdade quando descrevia os acontecimentoscatastrficos causados por uma ameaa de coliso entre a Terra e umoutro corpo celeste.

    Em 1950, Velikovsky editou uma obra intitulada Mundos emColiso na qual sustentava que Vnus se tinha juntado recentemente aouniverso. Proveniente de Jpiter, s se teria estabilizado na sua rbitaatual h 4000 anos. Esta tese revolucionria, que colocava em causa aestabilidade do universo, desencadeou um brado de reprovao no

    mundo cientfico e Velikovsky foi considerado um mentiroso e umirresponsvel.Quanto a ns, no tiraremos concluses revolucionrias. Limitar-

    nos-emos a verificar que. os povos da Antiguidade eram bonsconhecedores das coisas respeitantes ao movimento dos planetas e quetinham uma sensibilidade particular para tudo o que respeitava aocosmos, ao universo e ao homem, que parece termos perdido hoje.

    Poder a astrologia ajudar-nos a redescobrir estas relaesprivilegiadas que parecem existir entre o homem e o universo que orodeia? A resposta a esta importante pergunta poder ser a verdadeiradefinio do propsito que a astrologia deve prosseguir.

    NOS NOSSOS DIAS

    O nosso sistema solar compe-se do Sol e de planetas entre os quaisse encontra a Terra com o seu satlite, a Lua, que gravita em seu redor.Mas este sistema solar no nico. Ns vivemos na galxia da ViaLctea e existe um nmero de tal maneira grande de galxias como anossa que o esprito humano tem dificuldade em imagin-las. Sobilhes delas espalhadas pelo universo.

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    Estas galxias agrupam-se em conjuntos que por sua vez seagrupam em superconjuntos. E para alm disso? Pode ser que estessuperconjuntos sejam o ltimo degrau desta escala hierrquica quecaracteriza a arquitetura do universo e que possamos reencontrar o nveldos tomos, como acontece escala dos organismos vivos.

    Os conhecimentos atuais do-nos a certeza de que ossuperconjuntos se sucedem incansavelmente sem limite, formando oque os cientistas chamam o fluido-universo.

    E suficiente saber que uma s galxia compreende cem mil milhesde estrelas e muitos sistemas solares anlogos ao nosso. Por outro lado,desde que o homem observa o infinitamente grande com telescpioscada vez mais potentes, apercebe-se, medida das suas descobertas, queeste mundo gigantesco concebido da mesma maneira que o mundo doinfinitamente pequeno que ele descobre debruando-se sobre os seusmicroscpios.

    Todo o ser, toda a matria clula tomando esta palavra no seusentido cientfico de partcula elementar e toda a clula compreende,por sua vez, clulas inferiores e assim por diante e nos dois sentidos,infinitamente grande e infinitamente pequeno, at ao infinito.

    Tudo o que existe nos nossos dias teve origem numa fulguranteexploso chamada pelos cientistas Big-Bang (Grande Exploso) e queproduziu o grande braseiro que originou o Cosmos. Isto h cerca dequinze mil milhes de anos! Certas emisses de televiso, assim como arevista cientfica de Laurent Broomhead, divulgam estas descobertas emostram como os fsicos se esforam para reunir, numa mesma unidade,as estrelas, a terra e os homens. Sim. E que dizer do homem em tudoisso? Parece que feito imagem do universo

    Nos nossos dias, certos conhecimentos do antigo Egito so ainda vlidos...

    Existe um fator comum entre a atividade do homem e a atividademultiforme do Cosmos. A vida humana rtmica tal como a das estrelasque nascem, crescem e desaparecem. Tudo vibrao, pulsao erespirao, tanto nos animais e plantas como no homem. Uma teoriacientfica recente procuraria provar que todo o universo respira a umaescala csmica. Na realidade, trata-se de perodos de expansoalternando com fases de retrao.

    Ns somos parte integrante do Cosmos e sofremos radiaesdiversas, se bem que a sua intensidade pelo menos daquelas que

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    conhecemos seja atenuada pelas diferentes camadas que envolvem aTerra, tais como a cintura de Van Allen, que atuam como um filtro. Paramais, somos feitos da mesma matria que todo o Cosmos e funcionamoscomo ele. O nosso corpo constitudo por carbono, hidrognio,oxignio, azoto, enxofre e fsforo. Sabemos que em peso, o principalcomponente a gua (uma pessoa de 70 kg contm cerca de 40 kg degua!). Certos elementos do corpo podem combinar-se para formarem

    protenas e lipdios, como o carbono e o hidrognio, etc. Estes mesmoselementos formam tambm compostos simples, assim como os saisminerais: sdio, potssio, cloro, magnsio, clcio, fsforo e ferro.Outros elementos minerais existem em muito pequena quantidade, ocaso do cobre, do zinco, do bom e do cobalto...

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    CAPTULO II

    OS RITMOS DA VIDA

    Momentos de dinamismo... Momentos de lassido...Certamente que o leitor j passou um momento da vida em que teve

    a conscincia de que tudo lhe parecia correr bem, medida dos seusdesejos. Bastava pensar intensamente numa idia que acalentava no seuntimo para que a sua realizao se tornasse fcil, simples e plena dexito. Nessa altura, sentiu dentro de si um dinamismo exaltante que o

    empurrou para a ao. Os resultados obtidos deram-lhe asas. Durantedias, o seu entusiasmo manteve-se no mesmo ponto elevado, depois,bruscamente, caiu num vazio, sem nenhuma vontade de agir. Estaquebra de ritmo dinmico f-lo mergulhar num abatimentoincompreensvel.

    Aprenda a ver as horas no seu relgio biolgico

    Dias de depresso... Dias de exaltao... Todos ns sofremos estasmudanas bruscas de ritmo. A fora, a intensidade desta ruptura decadncia tal que no a esquecemos. No entanto, se o leitor procurarcom um pouco mais de cuidado nas suas recordaes encontrar

    numerosas fases da sua vida nas quais se sentiu, sem razo aparente,exaltado ou deprimido, sem que a margem entre estes dois estadosextremos fosse bem definida.

    Alguns estudiosos consideram estes ritmos verdadeiros relgiosbiolgicos, cujo andamento regula todas as nossas funes essenciais.Todos os nossos parmetros fisiolgicos variariam segundo ritmosregulares, prprios de cada pessoa, mas afastando-se pouco dos valoresmdios especficos da espcie humana.

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    Os biorritmos

    Os biorritmos conduzem ao estudo de trs dos nossos estadosessenciais, que so:

    1. O ritmo mental (eficincia intelectual) que ser em mdia de 33dias;

    2. O ritmo fsico (forma) que ser de 23 dias;3. O ritmo emocional (fora dos sentimentos motivadores) que

    ser de 28 dias.

    Cada ritmo possui a sua prpria curva, independente das dos outrosritmos. Os momentos mais positivos, excepcionalmente ricos para oindivduo, sero aqueles que se situam no mximo atingido pelas trscurvas simultaneamente. Estes momentos privilegiados so to rarosque no valer a pena falar deles.

    O clculo dos ciclos fsico, emotivo e intelectual necessita doconhecimento da data exata de nascimento. A descoberta dos diaspositivos e negativos nos trs ciclos requer clculos complexos quedesanimam a maior parte das pessoas. Existem calculadoras de bolso

    que indicam as datas exatas dos ritmos e os dias excelentes, neutros oucrticos.

    Se tomarmos, por exemplo, o perodo de 23 dias do ritmo fsico,notamos cinco estados em dente de serra:

    1. plenitude ascendente da forma fsica em dezesseis dias;2. m forma fsica em trs dias;3. perodo neutro num dia;4. perodo crtico (quedas, acidentes musculares, etc...) em dois

    dias;5. perodo neutro num dia. E assim sucessivamente.

    Estes trs ritmos afetam-nos pois no plano fsico, intelectual eemotivo. Se no soubermos reconhecer os perodos favorveis, seignorarmos os nossos momentos de abatimento, se continuarmos a viverindiferentemente, ora possudos por foras desconhecidas, oradeprimidos sob influncia de pensamentos obscuros, seremos regidospor foras misteriosas, sofreremos o nosso destino, seremos sujeitos

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    passivos dos nossos ritmos vitais. O ponteiro central do nosso relgiobiolgico no nos servir de nada.

    Pelo contrrio, se controlarmos os nossos perodos fortes, senotarmos os nossos momentos de tristeza, de depresso, de fadiga, seprevirmos os nossos ritmos vitais, dirigiremos a nossa vida,permaneceremos ativos, atentos e conduziremos da melhor maneira osnossos ritmos biolgicos fsico, intelectual e emotivo.

    Bem entendido, no questo de negar a existncia deste fluxo erefluxo que nos agita como uma mar, mas preciso prev-los para oscompreender e para agir nos bons momentos. Abster-nos-emos dequalquer ato importante nos maus perodos. Com um pouco deaplicao, poderemos mesmo prolongar os nossos perodos fecundos edo mesmo modo, atenuar a diferena de intensidade entre dois ciclos.Bastar transportar as tarefas difceis para os momentos propcios,guardar para momentos desfavorveis as obrigaes agradveis e ospassatempos cujo absorvente interesse sustentar o ritmo enfraquecido.

    Eis a palavra-chave mencionada: o interesse! Este sentimentopoderoso que desperta em ns logo que nos prendemos realizao deuma idia, que nos invade pouco a pouco e que empurra todas as nossasaes para um mesmo fim a concretizao do nosso desejo. Durantetodo o tempo que subsiste o interesse, sentimo-nos transportados parafora de ns prprios, samos da nossa atitude egosta para nosentregarmos sem reservas. Esta srie de atos positivos coloca-nos napista de um estado de entusiasmo que prolonga e engrandece o nossoritmo biolgico.

    Cada indivduo, pelo seu temperamento pessoal, pela suapersonalidade prpria, no aproveita da mesma maneira os perodospositivos dos seus trs ritmos.

    Certos temperamentos, aptos para o esforo progressivo mas delonga durao, no sabero adaptar-se a um ritmo fsico favorvel de 23dias, seguido de perodos negativos. Devero aprender a estimular o seuinteresse pela obra empreendida, mesmo que ela se prolongue por trs

    ou quatro ciclos fsicos completos.Outros, inclinados a produzirem um esforo breve mas violento,tero todo o interesse em colocar os seus esforos num perodo fsicopositivo.

    Cada um de ns pode conhecer as suas qualidades, a sua maneira detrabalhar, o grau das suas foras emocionais e sentimentais, graas aoseu signo astrolgico de nascimento, graduado e afinado pelo signo doascendente. Esta rubrica ser objeto de um pargrafo prprio.

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    Que horas so no seu relgio csmico?

    Teste

    Responda sim ou no s seguintes perguntas:1. Vai de frias no Vero?2. Gostaria de trabalhar noite?

    3.

    Sempre que pode, conduz de noite?4. Habitualmente, levanta-se s 3 ou 4 horas da manh?5. Comea a trabalhar s 6 ou 7 horas da manh?6. Toma os seus remdios de preferncia s refeies,

    imediatamente antes, durante ou logo aps?7. Pensa que a atividade sexual mais intensa na Primavera?8. Pensa que a fora muscular e as suas capacidades desportivas

    so melhores de manh do que tarde?9. Pensa que est mais apto a realizar clculo mental s 13-14

    horas do que em qualquer outro momento do dia?10.Realiza com maior facilidade entre as 16 e as 19 horas as

    tarefas mais complexas que lhe so confiadas?11.Conhece o sentido da palavra circadiano?

    12.Conhece o sentido da palavra circanual?

    Resultados

    Marque dez pontos pelas respostas afirmativas s perguntas 1, 2, 3,5, 6, 7 e 8. Cinco pontos para as respostas afirmativas s perguntas 4, 11e 12. Cinco pontos, igualmente, para as respostas negativas s questes1, 2, 4 e 5. Dez pontos para as respostas negativas s perguntas 9 e 10.

    Ache o total da sua pontuao, tome nota dela cuidadosamentelendo a interpretao no texto que se segue.

    Interpretao

    Voc somou vinte pontos. Bravo! Voc sincero e obedeceinstintivamente aos seus ritmos csmicos. Se bem que no tenha muitasinformaes sobre o que o seu relgio csmico, inconscientementevoc obedece-lhe colocando as suas ocupaes principais sobre osritmos vitais essenciais.

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    Voc totalizou entre vinte e trinta pontos. Voc soube fazer umaescolha harmoniosa entre as suas obrigaes e os seus ritmos csmicos.

    Voc somou entre trinta e quarenta pontos. Voc tem repugnnciaem fazer certas coisas que vo ao encontro do seu relgio csmico mas,na maioria dos casos, voc no tem conscincia dos ritmos que o regem.

    Voc totalizou entre quarenta e cinqenta pontos. Voc sofre as

    contrariedades scio-profissionais sem procurar seguir as suasdisposies profundas.

    Voc somou entre cinqenta e cinqenta e cinco pontos. Voc viveem perfeita incoerncia com o seu relgio csmico e deve sofrer porisso sob a forma de diversas cargas, tanto fsicas como psicolgicas.Voc no est suficientemente informado para vencer sozinho esseestado e deixa-se abalar pelos acontecimentos, pelo ambiente e pelaspresses sociais e profissionais.

    Para a maior parte das pessoas parece evidente que se deve dormirde noite e no de dia. Nunca ps a si prprio a questo do fundamentode se trabalhar no Outono, Inverno e na Primavera e se descansar noVero? Ou, ainda, de trabalhar em turnos (3 x 8 por exemplo), o que

    implica trabalhar noite?Voc certamente toma os seus medicamentos no momento dasrefeies. Nas grandes viagens de frias de Vero, por exemplo, parece-lhe prefervel conduzir de noite ou, pelo menos, a partir das 4 ou 5 damanh. Na sua opinio, uma evidncia ou so idias pr-concebidas,ou at mesmo preconceitos? Mas, em primeiro lugar, procedendo comovoc faz, d-se conta do relgio csmico que trabalha dentro de si?

    Ns estamos muitas vezes em contradio com os nossos ritmoscsmicos. Com efeito, no somos somente sensveis s variaes dosom, da luz ou dos cheiros, mas tambm somos submetidos s in-fluncias ambientais. Por outro lado, as nossas funes no soconstantes, variam no tempo de maneira cclica. Cenas variaes so devinte e quatro horas, o que representa o tempo gasto pela Terra para

    girar em torno do seu eixo. Outras so de um ano, tempo gasto pelaTerra para completar uma translao em volta do Sol. Que dizer dociclo nictemeral (ciclo de 24 horas consecutivas: um dia e uma noite) danossa temperatura (mnima s cinco horas e mxima s dezessetehoras)?

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    Deste modo, a nossa vida ritmada segundo as horas do nossorelgio csmico ditadas pelos nossos genes. Possumos sistemascapazes de medir este tempo csmico, ou mais exatamente, capazes dedar o mximo de respostas s solicitaes do nosso ambiente em certosperodos do dia e do ano. Estas solicitaes, estes fatores de ambiente,so chamados sincronizadores.

    Foi assim que os estudiosos acabaram por estabelecer as bases de

    uma cincia nova: a cronobiologia.

    A cronobiologia

    A cronobiologia desenvolve duas hipteses essenciais que lheservem de base: primeiramente, as propriedades fundamentais damatria viva, cuja atividade cclica hereditria e, consequentemente,

    j inscrita nos genes do feto; seguidamente, a tendncia que apresentamos organismos vivos para estabilizar os seus diferentes parmetrosfisiolgicos: o sistema de trocas incessantes que modificam, de umamaneira permanente, os diferentes valores fsicos ou qumicos dosmeios e que tomam constante o meio interior dos organismos. E achamada estabilidade homeosttica.

    Atualmente, sabemos que . nascena cada indivduo portador

    dos seus ritmos inscritos no seu patrimnio gentico, e da a suaqualidade hereditria, e tambm que estes ritmos se modificam sob ainfluncia dos sincronizadores medida que o homem vai vivendo.

    Os sincronizadores so variveis. Citemos alguns: a luz solar, aalternncia do dia e da noite, do calor e do frio, do barulho e dosilncio. Ou ainda os ciclos lunares, as manchas solares, as estaes e,porque no, os horrios imperativos das refeies que a sociedade nosimpe.

    Respeitar os nossos ritmos naturais compreender, por exemplo,que certos medicamentos so mais eficazes se forem tomados a horascertas; que certas atividades atingem igualmente o mximo deeficincia desde que tenham lugar a horas bem precisas; que a

    atividade do crebro ganha em ser solicitada, de preferncia durante odia, entre as 13 e as 20 horas; que os msculos do o seu plenorendimento de dia, entre as 14 e as 20 horas; que o ritmo cardaco mais lento cerca da quinta hora de sono; que a secreo de insulina aonvel do pncreas atinge o mximo por volta do meio dia.

    Estes ritmos, prprios de todos os rgos, podem ser de umsegundo, de um dia, de um ms ou de um ano.

  • 8/14/2019 A Astrologia Egpcia - Franois Suzzarini (Astrologia)

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    Os Egpcios da Antiguidade tinham razo em pensar que ohomem est no Cosmos como o Cosmos est no homem. A naturezaobedece s mesmas leis. As flores, por exemplo, variam tambm demaneira peridica e previsvel. Um botnico sueco do sculo XVIII,Linn, tinha j imaginado um relgio da flora, capaz de dar a horapor simples observao das flores que abriam ou fechavam a horasfixas.

    Estes ritmos circadianos (circa = cerca, e dies = dia, em latim) ecircanuais (do ano), vo contra certas idias recebidas ou impostaspela nossa sociedade, nomeadamente as frias de Vero, perodo emque o nosso organismo no tem necessidade de repouso, poisprecisava de descansar no Inverno. Alm disso, o nosso corpo produzo mximo de substncias nocivas nos momentos mais intensos detrabalho e precisamente no Inverno que a natureza produz menosoxignio. Tudo se combina e ns fazemos parte de um todo.

    As dessincronizaes

    Atualmente os meios de comunicao sensibilizam-nos para osproblemas, alis justificados, do mundo animal. Por exemplo, destruiras sebes e os bosques dos nossos campos, a fim de aumentar a suasuperfcie, tomando-os facilmente cultivveis por tratores, implica afatal eliminao de um certo nmero de espcies de aves que aencontravam refgio e alimento..., etc. As cadeias ecolgicas so doconhecimento geral.

    Quanto ao homem, sob este ngulo, no se preocupa muito!Esclareamos o caso com um exemplo concreto: no Inverno, a

    natureza repousa, as rvores perdem as suas folhas e limitam as suastrocas de oxignio por dixido de carbono. Alm disso, os dias somais pequenos. O homem que se rege pelos ritmos csmicos sente oseu corpo pedir repouso, o que est de acordo com a natureza.

    Naturalmente e com toda a simplicidade h uma comunicao entre ohomem e a natureza, como a mostravam os sacerdotes egpcios dotempo das pirmides.

    Que faz o homem, to preocupado em defender a cadeiaecolgica dos animais? Despreza deliberadamente as cadeiasecolgicas humanas. Escolhe a estao do Inverno para trabalhar maisintensamente e, por conseqncia, produzir mais substncias nocivas.Sem contar com a poluio urbana, que atinge a sua mximaconcentrao no Inverno,

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    e com as nuvens baixas desta estao que favorecem o transporte demicrbios e de vrus de todas as espcies.

    Para mais, o Inverno corresponde ao perodo em que o homem mais vulnervel, pois a sua presso arterial ou ainda a sua secreo decortisol eleva-se e isso coincide precisamente com o ritmo circanual damortalidade, o que contribui em grande parte para o crescimento damorbidez. O organismo humano suporta as agresses da estao fria

    com mais dificuldades do que as manifestadas durante as outrasestaes.Continuemos com o inventrio das dessincronizaes que a maior

    parte dos seres humanos experimenta.O trabalho noturno igualmente um contra-senso pois o homem

    feito para dormir de noite e no de dia. Este modo de proceder leva aodesarranjo do nosso relgio interno e cria nos trabalhadores noturnosfadiga, insnias, problemas nervosos e at mesmo digestivos. Nota-setambm uma baixa muito sensvel da ateno cerca das trs ou quatrohoras da manh. Por esse motivo conduzir de noite fonte deacidentes.

    Acrescentemos que a ingesto de certos medicamentos, emdeterminadas horas faz aumentar a sua eficcia ou atenuar os seus

    efeitos secundrios.Sabemos, igualmente, que campos magnticos fracos revelam aatividade molecular do nosso corpo. Em certos cristais, chamadosvidros de espira, o magnetismo conserva a memria de estadosanteriores. Coisa curiosa, esta memria no est localizada e, portanto,no apresenta estrutura prpria. No ser mesmo a imagem da memriahumana, cuja localizao numa determinada zona do crebro no podeser estabelecida?

    E contudo... declarar ainda hoje que somos feitos imagem damatria que nos rodeia desencadeia a hilaridade da maioria dos nossoscontemporneos.

    As influncias planetrias

    Afirmar que as estrelas podem produzir sobre ns uma influncianotria, ao ponto de talhar o nosso carter ou a nossa personalidadesegundo o ano, o ms, o dia, a hora e o local do nascimento, parecesimplista e insuficiente.

    Porqu? Ser porque a Lua e Mercrio no tm atmosfera?Acumulou-se uma fina camada de poeira. Ambos so ridos edesrticos

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    Ou porque Vnus possui uma atmosfera de uma grande espessura eapresenta um calor suficientemente elevado para favorecer aestruturao molecular? Marte no apresenta qualquer esperana devida... Ser porque Jpiter e Saturno, que possuem igualmenteatmosferas, esto muito afastados para que se possa afirmar com certezaa possibilidade de existncia duma fraca vida vegetativa?

    Mas sero suficientes estes argumentos para negar todas as

    influncias que se poderiam manifestar de maneira totalmenteimprevisvel e completamente diferente daquilo que conhecemos hoje?Neste momento, ainda no concebemos o plo norte sem plo sul...

    e, todavia, a questo da existncia separada de um plo do outro poderser verdadeira!

    Tudo possvel. A cincia fez tais progressos, as pesquisas levam-nos to longe que as leis fundamentais tm que ser revistas. Ento...?

    Em lugar de provar que estas influncias astrolgicas existem,contentemo-nos em mostrar que se podem conhecer graas ao que nscremos serem influncias planetrias. Repetimo-lo, a astrologia no uma cincia.

    Afinal, nada escapa aos campos magnticos: nem o Sol, nem aTerra, nem... a Lua, Mercrio, Marte, Vnus, Saturno..., nem o homem!

    Sero os planetas que exercem uma influncia sobre o homem ou noser a reproduo do Cosmos, que o homem tem encerrado nos seusgenes, sob a forma de informaes que remontam Grande Explosooriginal, que exerce uma influncia sobre o seu comportamento? Eis,segundo parece, a verdadeira questo. O que volta a fazer dizer queestas ou aquelas informaes sobre estes ou aqueles planetas, prpriasde um indivduo, desempenham um papel preponderante na formaodesse indivduo.

    No se poder pensar que um homem nascido sob o signo astral deGmeos, por exemplo, com o signo de Virgem no ascendente, possui,acumuladas nos seus genes, todas as informaes que respeitam aosplanetas, com preponderncia de Mercrio, nessas informaesarmazenadas que desse modo participam na formao do seu ser depois

    da concepo? No ser ir ao encontro do conceito dos sacerdotesegpcios sobre o homem e sobre o universo?Fica-se surpreendido ao saber que quase todos os tomos, tanto do

    nosso corpo como os da Terra, pertenceram a uma estrela que sedesintegrou devido a uma exploso... e que, esses mesmos tomos noeram mais do que restos de outra estrela ainda mais antiga? E no ridculo deleitarmo-nos com leituras futuristas onde se v um grupo

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    de homens viver numa nave bem equipada perdida no Cosmos procura da Terra... se o que todos ns vivemos essa aventura a umaescala gigantesca? Embarcamos todos na nave espacial Terra evogamos no fluido-universo, perdidos e isolados sem saber para ondevamos!

    E depois, o que pensavam os Egpcios da Antiguidade assim todestitudo de fundamento. que possamos menosprez-lo hoje? Porque

    razo aceitamos como verdades absolutas certas passagens da Bbliaque relatam os acontecimentos ocorridos na Antiguidade e no outrasque julgamos extravagantes ou inconcebveis porque ferem as nossascrenas atuais?

    A maior parte das pessoas acredita realmente no dilvio mas nega,tambm, terminantemente, que ele tenha sido produzido pelaaproximao de Vnus na direo da Terra. Verdade, portanto, tosujeita a crdito como a prpria verso da inundao, uma vez queconsta dos mesmos textos. Porqu ter expurgado uma e no a outra?

    O fato de negarmos uma coisa impede que ela seja real? Ou,igualmente, o fato de citarmos uma coisa como verdadeira no implicaque o seu simtrico seja igualmente verdadeiro? Se Deus existe, oDiabo existe tambm, pois que um no pode existir sem o outro. Da

    mesma maneira, se o dia uma verdade, a noite igualmente umarealidade.A astrologia tenta fazer compreender a cada pessoa que ela no

    uma criatura do cu ou do inferno, mas sim um todo que inclui infernoe cu em simultneo, com cambiantes que so prprias a cada um e queconstituem a sua originalidade.

    Temos de compreender que o movimento binrio do pndulo quevai de um extremo ao outro, um dado imposto pela nossa cultura eque, na verdade, esse balano se inscreve num crculo com umainfinidade de pontos e que este crculo somos Ns, resumidos a umTodo. Cada um de ns faz mover conscientemente o pndulo da suapersonalidade mais ou menos longe mas, de qualquer modo, omovimento descreve um crculo, embora fique escondido na nossa

    conscincia. Veremos num outro captulo que os sacerdotes egpciostinham compreendido bem tudo isso, tanto que criaram as carncias noestudo do esquema astral de Toth.

    A astrologia tem em vista tomar-nos mais sensveis nossa riquezainconsciente que a cincia moderna acaba de situar na metadedireita do nosso crebro, na zona sensvel ao sonho com o fim denos servir para atingir estados de conscincia insuspeitados, semtermos deles um receio irracional.

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    CAPTULO III

    PORQU SEGUIR A ASTROLOGIA EGPCIA?

    Qual o objetivo da astrologia em geral?

    A astrologia prope-se utilizar os conhecimentos humanosacumulados a partir dos Sumrios 2700 a. C., passando pelo Egitoantigo, a Grcia antiga, o sculo v a. C., at aos nossos dias, com o fimde compreendermos as leis que regem as aes e as interaes dosplanetas do nosso sistema solar e as influncias positivas ou negativasque exercem sobre a humanidade, ao ponto de determinarem, em parte,as linhas principais do carter dos homens e de influenciarem o seucomportamento quotidiano.

    Qual o objetivo da astrologia egpcia?

    Os Egpcios tinham sentido, e antes deles os Sumrios e osMesopotmicos, que o homem evolui sobre a Terra como os seuspensamentos evoluem na sua cabea e como os planetas evoluem emtorno do Sol. O homem faz parte do universo como o universo faz partedele.

    O homem Uno: cabea, corao e corpo no dissociveis,implicando em cada uma das suas reaes o movimento, a sensao, osentimento e o pensamento.

    No princpio, a astrologia resumia tudo o que o homem sente,ressente e pressente dele mesmo e da natureza que o rodeia. Nela, tudo simblico e a infinita combinao do seu simbolismo permite ao homemcompreender, pouco a pouco, a razo da sua existncia sobre a Terra eabre-lhe todos os caminhos do pensamento. Ele colhe a sua

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    verdade em todo o Cosmos e compreende que este est igualmente nelese obedecer s suas leis naturais e, magia, milagre ou mistrio quemsabe? o homem compreende enfim que como a natureza que orodeia e que se rege pelas mesmas leis.

    A astrologia, desde os tempos mais recuados da Antiguidade, ummtodo que ajuda a apreender os mistrios do homem e da natureza.No uma cincia, nem uma religio e no racional nem lgica no

    sentido em que a entendemos no Ocidente. Ela a quinta-essncia dohomem perdido no universo e que se encontrou graas ao universo.As primeiras sociedades humanas perceberam, instintivamente, o

    elo que as ligava aos astros que viam sobre as suas cabeas. E, muitonaturalmente, os smbolos surgiram: o cu por cima, a terra por baixo.Sem religio ainda estabelecida, os homens compreenderam que o queest por cima semelhante ao que est por baixo; que eles mesmoseram idnticos aos astros e que, em escalas e duraes diferentes,estavam submetidos s mesmas influncias e reaes que estiveram naorigem dos planetas.

    S mais tarde as religies se debruam sobre a noo de qualidade.O bom, o mau, o belo, o feio, o que se faz e o que se no faz. Estasnoes subjetivas de qualidades binrias no so astrologia mas derivam

    dela. E, em suma, a escria do que no compreendido ou corretamentesentido pelos homens na astrologia.Pelo seu lado, os Egpcios tinham pressentido corretamente os

    mistrios enriquecedores que lhes eram oferecidos pelo universo.Carentes de tcnicas suficientemente evoludas, estabeleceram umaastrologia esttica, fixa e repetitiva. Mas j nessa altura, ela trazia umcerto nmero de respostas que satisfaziam o bem-estar espiritual do serhumano.

    A procura dos sacerdotes egpcios visava a estabilidade que elestraduziam por uma divinizao do espao-tempo. Cada dia, cada horatinha o seu deus e mestre, o que representava um orculo para cada um.Mas antes de atingir esta concepo precisa e complexa, o Egito passouprimeiramente, desde a quinta dinastia, pela religio solar (R de

    Helipolis) que foi religio de Estado. Esta a razo da construo denumerosos templos solares com obelisco. Em 2190-2052 a. C., na pocade Heraclepolis, o fara (a casa grande) foi soberano hereditrioabsoluto e encarnava o deus-falco Hrus (o grande deus). Depois, osEgpcios reconheceram no fara o filho de R, o deus-Sol.

    A grande importncia dada religio solar fez aparecer importantestemplos: Aton-R, em Helipolis, Ptah, em Mnfis (os muros

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    brancos), Thot, em Hermpolis (veremos como foi importante para aastrologia o hermetismo do mito de Thot), Osris deus da vegetao, quese tomou o deus dos mortos. Foi a instituio dos sacrifcios, da crenanum julgamento aps a morte e numa segunda vida.

    De 1377 a 1358 a. C., Amenofis IV, o rei hertico, desposouNefertiti e introduziu no Egito o culto de Aton, o disco solar; omonotesmo solar chegou a tal ponto que a capital se deslocou paraAkhet-Aton (luz de Aton) e o fara Amenofis tomou o nome deAkhenaton.

    As vagas de invases que se sucederam entre 2000 e 1100 a. C.deram cultura indo-europia uma nova cor. Existia na Grcia, a partirde 1600, alm de uma religio aristocrtica da qual Homero fazianaturalmente eco, uma religio popular que venerava deuses locaispersonificando foras naturais, corpos celestes (Sol, Lua) e conceitosabstratos (luta, esperana, etc.), para finalmente resultar em novasconcepes religiosas emitidas pelas escolas rficas e pitagricas: asnoes de sanes no alm. Os Mistrios de Eleusis davam aosiniciados a garantia de sobrevivncia depois da morte.

    A poca helenstica foi caracterizada por um sincretismo religiosoque era proveniente, em grande parte, da influncia do Oriente depoisdas conquistas de Alexandre. O povo manifestava ento dvidas sobre aexistncia das divindades do Olimpo e dos deuses locais.Evidentemente, a par dos cultos antigos, como os de Demeter ou Ceres(a Terra-Me) e de Dionsio, apareceram novos cultos misteriosos comoo de Isis, de Baal e de Cibele, que podem ser considerados como novasencarnaes de deuses antigos e j conhecidos. No Egito, esta pocamuito longa viu a criao artificial do culto de Serpis, que era acombinao de Osris e de pis. Serpis tornou-se o deus milagreiro e odeus do Estado egpcio.

    Que teoria astrolgica propomos atualmente nesta obra?

    A partir de bases egpcias, ricas em smbolos e em verdadesprimrias, veremos tudo o que a cincia moderna utiliza de novasnoes susceptveis de fazer progredir os conhecimentos astrolgicos.

    Por isso nos interessaremos pelos 46 cromossomos do homem epelos genes que eles encerram. de modo a podermos compreender omecanismo do nosso cdigo gentico, sensivelmente idntico queleque rege os outros elementos do universo.

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    Debruar-nos-emos sobre os problemas da matria e daantimatria que os astrofsicos revelam pouco a pouco.Desenvolveremos algumas teorias novas, nomeadamente a dos doismundos, com tudo o que nos possa trazer de benefcios,comunicao espiritual entre ns e o nosso anti-ns, atravs da faceinterior que os isola materialmente e que essencial para que eles seno aniquilem numa prodigiosa energia luminosa.

    Alm disso, esclareceremos o tema do consulente, tendo em contaos perodos essenciais, espaos-tempos limitados, onde o seu crebrose constituiu de uma maneira irreversvel, quer dizer entre o 18 e o25 dia aps a concepo.

    Levaremos em conta, igualmente, as diferenas que existem entrea utilizao do hemisfrio esquerdo e a do hemisfrio direito docrebro. Interessar-nos-emos pela metade direita, dita dos sonhos eque parece ser a fonte de riqueza do nosso inconsciente.

    Enfim, separaremos o parecer que serve de mscara aoindivduo e que d aos outros a imagem que tm dele, do ser que ele, intrinsecamente, com o seu inconsciente rico de smbolosastrolgicos e que ele sente profundamente sem conseguir faz-lo

    passar plenamente para fora de si prprio, para o outro que o observa eno o v tal como o sente.

    Porqu dez planetas?

    Para o astrlogo, os planetas so, evidentemente, corpos celestesque fazem parte do sistema solar e cujas influncias nos tocam deperto, mas tambm cada planeta apresenta para os humanos um fatordinmico devido ao movimento contnuo e cclico que o anima, emoposio aos signos zodiacais que representam um fator esttico.

    De qualquer modo, cada planeta uma fonte de referncias, deinformaes sobre o indivduo a todos os nveis, conscientes ouinconscientes, sobre o seu instinto, a pulso que o anima, o seupsiquismo, os seus sentimentos e as suas emoes.

    Conservaremos todos os valores destes dados astrolgicos masservir-nos-emos deles unicamente como referncias para asinformaes armazenadas no nosso cdigo gentico. Cada um destesvalores que diz respeito influncia que poder ter um planeta sobre oindivduo , na realidade, depois da sua concepo, conhecido earmazenado

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    do pelo seu cdigo gentico. Estes dados abstratos, programados em todoo ser humano, graas s combinaes das bases azotadas, ser-vemparcialmente para formar o seu futuro intelectual, emocional e psquico.

    O astrlogo classifica os planetas em funo dos quatro elementos: agua = umidade; o fogo = calor; a terra = secura; o ar = frio.

    Planetas quentes

    Jpiter

    Urano

    Sol

    Marte

    Vnus

    Planetas

    Saturno

    Netuno

    Lua

    Mercrio

    Planetas secos

    Mercrio

    Marte

    Sol Saturno

    Urano

    Em seguida, o astrlogo reagrupa-os em:

    Planetas de fogo

    Sol Marte

    Planetas de terra

    SaturnoMercrio

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    Planetas de ar

    Vnus Jpiter

    Planetas de gua

    Lua Netuno

    Urano e Pluto, descobertos mais recentemente, so ainda objeto deestudo e podem relacionar-se com o fogo e o ar, no caso de Urano e como fogo e a gua, no caso de Pluto.

    Depois, os planetas so tambm classificados em:

    Planetas masculinos

    Jpiter

    Urano

    Sol

    Marte

    Planetas femininos

    Lua Netuno

    Vnus

    Planetas neutros ou convertveis

    Mercrio PlutoSaturno

    No temos em vista atribuir-lhes caractersticas sexuais, mas simidentificar-lhes a atividade, a passividade ou ainda a tenso e a calma, epara os planetas neutros, a harmonia entre os dois estados.

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    Notemos ainda:

    Planetas instintivos ou impulsivos

    Marte

    Jpiter

    Lua Netuno

    Pluto

    Planetas inibitivos ou de reserva

    Sol Urano

    Saturno

    Os planetas podem igualmente contrariar-se entre si.

    com LuaMarteSol com Saturno

    com Mercriocom SaturnoVnus Jpiter

    Outros, pelo contrrio, so complementares:

    Sol com VnusMartecom Lua

    Urano com Netunocom SaturnoJpiter

    Empiricamente, os astrlogos aperceberam-se que os planetas que se

    encontravam no seu signo zodiacal de afinidade possuam uma influnciamaior sobre ele. Nesse caso, o planeta est:No domiclio do signo (smbolo: domiclio = x ).

    Em compensao, quando o planeta se situa num signo oposto, denatureza diferente, a sua influncia diminui e encontra-se nitidamenteobstruda. Diz-se que o planeta est:

    No exlio (smbolo: exlio =

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    Para alm destes dois casos, existem outros signos onde os plane-tas

    manifestam toda a sua influncia, ainda que no seja o seu signo dedomiclio. Diz-se ento que os planetas esto:

    Em exaltao (smbolo: exaltao =

    O oposto ao signo de exaltao ser:

    O signo de queda (smbolo: queda =

    Tambm a a influncia do planeta ser obstruda ou dissonante.Desenhamos um quadro que reagrupa todos estes dados, chamado

    Planetoscpio.

    O Planetoscpio

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    Porque os doze signos do zodaco?

    Eis os doze signos do zodaco com o respectivo smbolo que oscaracteriza:

    ries Balana

    Touro Escorpio

    Gmeos Sagitrio

    Cncer Capricrnio

    Leo Aqurio

    PeixesVirgem

    A partir daqui, fcil ao leitor conhecer o signo zodiacal do seunascimento (ou signo solar), graas ao zodialoscpio (quadro da pginaseguinte).

    Mas o que o zodaco? E a regio do cu, de 170 de altura, onde seencontram as constelaes que deram o seu nome aos doze signos e naqual gravitam os planetas e que o Sol aparenta percorrer no seumovimento anual. Os astros fixos assinalados no zodaco dividem-se emdoze constelaes chamadas constelaes zodiacais cujo percurso total,feito pelo Sol, corresponde a uma revoluo solar.

    Cada uma destas doze constelaes desempenha uma influnciaprpria que atua sobre o homem e sobre a sua vida desde que ele nasce,

    no momento em que o Sol permanece na sua constelao de nascena (dao nome de signo solar nascena). Assim, consoante a data do nossonascimento, cada constelao desempenha o seu papel em companhia doplaneta ao qual est ligada e cuja ao se combina com a sua.

    Do nosso ponto de vista, pensamos que essas influncias soinformaes particulares que dizem respeito constelao e ao planetaque a acompanha no momento do nascimento dum indivduo informaes que esto armazenadas no seu cdigo gentico e que lhe

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    permitem vir a ser o que , ou seja, do tipo Marte, Touro, Gmeos,etc. Claro que so somente uma parte das prodigiosas possibilidadesdo seu cdigo gentico e esta a razo porque essas informaesmuito precisas s revelam parcialmente a nossa essncia psquica.

    O Zodialoscpio

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    Signos zodiacais e planetas Que lhes esto limados

    Cada signo do zodaco est inserido no conjunto das doze

    constelaes e determina as caractersticas mais originais e as mais ricasquanto ao simbolismo fundamental dos signos. Essas caractersticas sochamadas as quadruplicidades e as triplicidades.

    As quadruplicidades

    So em nmero de trs e comportam, cada uma, quatro signoszodiacais. De qualquer modo, as quadruplicidades so a marca e ainfluncia das estaes sobre o carter do homem que nasce durante umadas quatro estaes. Na realidade, o cdigo gentico do indivduo emcausa foi programado com influncias particulares inerentes squadruplicidades e s triplicidades.

    A primeira das quadruplicidades agrupa os quatro signos que marcamo princpio das estaes; chamada a quadruplicidade cardeal:

    ries(princpio da Primavera)

    Libra(princpio do Outono)

    rinc io do Vero rinc io do Inverno)

    CapricrnioCncer

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    A segunda das quadruplicidades agrupa os quatro signos que marcam aplena fora de uma estao: chamada

    a

    quadruplicidade fixa:

    Touro

    (meados da Primavera)Escorpio(meados do Outono)

    Leo(meados do Vero)

    Aqurio(meados do Inverno)

    A terceira quadruplicidade agrupa os quatro signos que marcam o fimde uma estao e anunciam a chegada da prxima; chamada aquadruplicidade mutvel:

    Gmeos(fim da Primavera)

    Sagitrio(fim do Outono

    Virgem(fim do Vero)

    Peixes(fim do Inverno)

    As triplicidades

    So em nmero de quatro e compreendem. cada uma, trs signoszodiacais. So referentes aos quatro elementos, fogo, terra, ar e gua,que, depois da classificao de Hipcrates, esto eles prprios emcorrespondncia com os quatro temperamentos, fogo = irritvel; terra =nervoso; ar = sanguneo; gua = linftico. Por outro lado, simbolicamente,ligam-se cruz de Salomo que d, para cada elemento, uma qualidadebem definida: o fogo seco e quente; a terra seca e fria; o ar quente emido; a gua fria e mida.

    A primeira das triplicidades reagrupa os trs signos, do fogo;

    chamada a triplicidade do fogo:ries Leo Sagitrio

    A segunda das triplicidades reagrupa os trs signos da terra; chamada

    a

    triplicidade da terra:

    Touro CapricrnioVirgem

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    A terceira das triplicidades reagrupa os trs signos do ar; chamada atriplicidade do ar:

    Gmeos Libra Aqurio

    Por fim, a quarta das triplicidades agrupa os trs signos da gua; achamada triplicidade da gua:

    PeixesCncer Escorpio

    Em astrologia, os caracteres so determinados de uma maneira maiscompleta do que pelo simples estudo das quadruplicidades e triplicidades.Com efeito, se correlacionarmos as quadruplicidades e as triplicidadesface aos signos a que pertencem, notamos que nenhum signo idntico aoutro. A prodigiosa diversidade das combinaes possveis que do ocdigo gentico registrou as cambiantes subtis que existem nessascombinaes. Obtemos assim as novas triplicidades compostas:

    Triplicidade do fogo

    O fogo cardeal, o ries

    O fogo fixo, o Leo

    O fogo mutvel, o Sagitrio

    Triplicidade da terra

    A terra cardeal, o Capricrnio

    A terra fixa, o Touro

    A terra mutvel, a Virgem

    Triplicidade do ar

    O ar cardeal, a Libra

    O ar fixo, o Aqurio

    O ar mutvel, os Gmeos

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    Triplicidade da gua

    A gua cardeal, o Cncer

    A gua fixa, o Escorpio

    A gua mutvel, os Peixes

    Eis um quadro que resume o resultado de todos estes novosconhecimentos e que vos servir posteriormente para analisar ascompatibilidades de carter entre os indivduos, quer se trate de amigos,de parentes ou de vs mesmos, no que respeita ao acordo ou desacordoentre os elementos psicolgicos prprios do vosso signo de nascimento eaqueles que so dados pelo vosso signo ascendente.

    Quadro recapitulativo gera!

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    CAPTULO IV

    COMO DETERMINAR O SEU SIGNO ASCENDENTE?

    O leitor deve saber que, astrologicamente falando, d aos outros umaimagem de si prprio que corresponde, em traos gerais, ao carter dosigno zodiacal no qual tem o seu ascendente.

    Mas, pode interrogar-se, o que o ascendente? E o ponto imaginriosituado na interseco do horizonte e da eclptica.

    A eclptica o caminho circular percorrido, aparentemente, pelo Solem torno da Terra, em 365 dias, 5 horas e 49 minutos, ou seja pois, emtomo do zodaco. Deste modo, o ascendente o signo zodiacal que selevanta no horizonte oriental no momento do nascimento.

    Mas o que o horizonte oriental? A Terra gira sobre si prpria, nosentido Oeste para Este, a velocidade constante. No entanto, umobservador voltado para Sul, v os corpos celestes desfilarem diantedele como um condutor ver a paisagem da estrada desfilar ao longo doseu vidro esquerdo, quando na realidade o observador se desloca com a

    Terra, embora tenha a impresso que so as estrelas que desfilam suafrente.

    Eis porque o Sol aparecer a Este, sua esquerda, passar suafrente subindo para depois descer e desaparecer a Oeste.

    E toda a abboda celeste que parece rodar em tomo dele. Aconteceda mesma maneira com os signos zodiacais que parecem deslocar-se emrelao ao horizonte sobre um eixo Este-Oeste e, cada duas horas, umnovo signo se levanta no horizonte oriental, ou seja, a Este.

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    Como encontrar o signo ascendente?

    Para determinar o seu signo ascendente necessrio conhecer adata, a hora e o local onde nasceu. Eis as pesquisas que tem de efetuar:

    1. Local e data de nascimentoVerifique no registro do seu nascimento (Conservatria do Registro

    Civil) a hora, dia, ms, ano e local onde ocorreu.A ttulo de exemplo vamos considerar que Miguel nasceu a 17 de

    Abril de 1962, em Bragana, s 11 horas e 30 minutos.

    2. Ahora localComo deve saber, a hora sofreu variaes com o decorrer dos anos.

    Deve, portanto, comear por calcular a hora local do seu nascimento.Para isso, consulte os seguintes elementos:

    Categoria 1: nascidos antes de 1 de Janeiro de 1912At 1911 vigorou em Portugal o sistema de hora solar mdia do

    meridiano de Lisboa (que seria o meridiano zero) e assim sernecessrio adicionar hora do seu nascimento o nmero de minutosindicado no quadro seguinte, elaborado para as capitais de distrito:

    + 1 minuto para AveiroLeiriaPortoSantarmSetbalViana do Castelo

    + 3 minutos para BragaCoimbra

    + 5 minutos para BejavoraFaroVila Real

    Viseu+ 7 minutos para Castelo Branco

    Portalegre+ 8 minutos para Guarda+ 10 minutos para Bragana

    Categoria II: nascidos depois de 1 de Janeiro de 1912Em 1 de Janeiro de 1912, Portugal aderiu Conveno de

    Washington de 1884, onde se havia adotado para base da contagem

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    do tempo o meridiano de Greenwich (tempo mdio de Greenwhich ou,hoje designado por T. U. tempo universal). Deste modo, ter queproceder s correes do quadro seguinte:

    -37 minutos -36 minutos -34minutos -32 minutos -30 minutos -29 minutos

    Lisboa Aveiro Braga Beja Castelo Branco GuardaLeiria Coimbra vora PortalegrePorto Faro

    Santarm V RealSetbal ViseuV. Castelo

    -27 minutos

    Bragana

    De 1/1/1912 a 17/6/1916, correo da hora de nascimento deacordo com o quadro acima. A partir desta ltima data, foramintroduzidas as horas de Vero que obrigam s seguintes correessuplementares:

    CORREO DA HORAANO DATA E HORA INICIAL DE NASCIMENTO DATA E HORA FINAL

    1916 17/6, 23 h - 60 min. 1/11. 1 h1917/21 1/3, 23 h - 60 mim 14/10, 24 h1922/23 hora mdia de Greenwhich (tabela Categoria 11)

    1924 16/4, 23 h - 60 min. 4/10, 24 h1925 hora mdia de Greenwhich1926 17/4, 23 h - 60 min. 2/10, 24 h1927 9/4, 23 h - 60 min. 1/10, 24 h1928 14/4, 23 h - 60 min. 6/10, 24 h1929 20/4. 23 h - 60 mim 5/10, 24 h1930 hora mdia de Greenwhich1931 18/4, 23 h - 60 min. 3/10, 24 h1932 2/4, 23 h - 60 min. 1/10, 24 h1933 hora mdia de Greenwhich1934 7/4, 23 h - 60 min. 6/10, 24 h1935 30/3, 23 h - 60 min. 6/10, 24 h1936 18/4, 23 h - 60 min. 3/10, 24 h1937 3/4, 23 h - 60 min 2/10, 24 h1938 26/3, 23 h - 60 min. 1/10, 24 h1939 15/4, 23 h - 60 min. 18/11, 24 h1940 24/2. 23 h - 60 min. 7/10, 24 h1941 5/4, 23 h - 60 min. 5/10, 24 h1942 14/3. 23 h - 60 min. 25/4 , 23 h

    25/4. 23 h - 2 h 15/8 , 24 h15/8, 24 h - 60 min. 24/10, 24 h

    1943 13/3, 23 h - 60 min. 17/4 , 23 h17/4, 23 h - 2 h 28/8 , 24 h28/8, 24 h - 60 min. 30/10, 24 h

    1944 11/3, 23 h - 60 min. 22/4 , 23 h22/4, 23 h - 2 h 26/8 , 24 h26/8, 24 h - 60 mim 28/10, 24 h

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    CORREO DA HORAANO DATA E HORA INICIAL DE NASCIMENTO DATA E HORA FINAL.

    945 10/3, 23 h -60 min. 21/4 , 23 h21/4, 23 h - 2 h 25/8 , 24 h25/8, 24 h - 60 min. 27/10, 24 h

    1946 6/4, 23 h -60 min 5/10, 24 h1947 6/4, 2 h -60 min 5/10. 3 h948 4/4, 2 h -60 min- 3/10. 2 h1949 3/4, 2 h -60 min. 2/10. 3 h1950 2/4, 2 h -60 min. 1/10, 3 h

    951 1/4, 2 h -60 min 7/10, 3 h1952 6/4, 2 h - 60 min. 5/10, 3 h1953 5/4, 2 h -60 min. 4/10, 3 h1954 4/4, 2 h -60 mim 3/10, 3 h955 3/4, 2 h -60 min. 2/10, 3 h1956 1/4, 2 h -60 min. 7/10, 3 h1957 7/4, 2 h -60 min. 6/10, 3 h1958 6/4, 2 h -60 min. 5/10, 3 h1959 5/4, 2 h -60 min. 4/10, 3 h1960 3/4, 2 h -60 min. 2/10, 3 h1961 2/4, 2 h -60 mm 1/10, 3 h1962 1/4, 2 h -60 min 7/10, 3 h1963 7/4, 2 h -60 min. 6/10, 3 h1964 5/4. 2 h - 60 min. 4/10, 3 h965 4/4, 2 h -60 min. 3/10, 3 h966 3/4, 2 h -60 min. 31/12, 24 hDe 1967 a 1975,

    deduzir 60 min.

    1976, deduzir 60 min.at 26/9 1 h1977 27/3, 0 h -60 min. 25/9 , 1 h

    Nota: a partir de 1976 foram decretadas duas mudanas de hora porano, isto , o regresso hora do meridiano de Greenwhich (T. U.) noperodo compreendido entre as O horas do ltimo domingo de Setembroe as O horas do ltimo domingo de Maro seguinte. Quer dizer, para aspessoas nascidas entre o ltimo domingo de Maro e o ltimo deSetembro, hora de Vero, haver que deduzir 60 minutos na sua hora denascimento (como acima se indica para 1977).

    Voltemos ao nosso exemplo, o Miguel nascido em Bragana, em 17de Abril de 1962, pelas 11 h e 30 m:

    Hora de registro do nascimento 11 h 30 mCorreo relativa ao local (Bragana) -27 m

    11h 3mCorreo relativa data (17/4 de 1962) -60 mHora local de nascimento do Miguel 10 h 3 m

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    3. A hora sideralRecorra aos esquemas caracis das horas siderais. Mas o que a

    hora sideral? E a 24 parte do dia sideral, cuja diferena mnima com a24 parte do dia solar mdio da ordem dos dez segundos (exatamente9,85 segundos). O dia sideral igual a uma rotao da Terra, cujadurao imutvel. Uma vez que o dia solar varia um pouco, o diaverdadeiro o dia sideral que mede o tempo entre duas passagens doSol pelo mesmo meridiano. Os astrnomos efetuaram a mdia dos diasverdadeiros a fim de obterem o valor do dia mdio. A hora astronmicaser pois a 24 parte do dia mdio e contada de meio-dia a meio-dia(em lugar de ser a partir da meia-noite).

    Para estabelecer o esquema astral de Toth, o que nos importa saber que a durao do dia sideral imutvel e que mais curta do que adurao do dia mdio em 3 m 56 s.

    Procure no caracol adequado (de Janeiro a Junho inclusive ou deJulho a Dezembro inclusive) o ms e o dia do seu nascimento. Nele estindicada uma hora. Tome nota dela porque a hora sideral do seuaniversrio.

    A hora sideral do nosso Miguel de 13 h 38 m.

    4. O tempo sideral do seu nascimentoAdicione a hora local do seu nascimento com a sua hora sideral.

    Esta soma indica o tempo sideral do seu nascimento. Se o total passarde 24 h suprima 24 h para obter a hora do quadrante.

    No exemplo do Miguel, ser:

    Hora local 10 h 3 mHora sideral 13 h 38 mTempo sideral de nascimento do Miguel 23 h 41 m

    Anote cuidadosamente o tempo sideral do seu nascimento porque

    vai ter necessidade dele para encontrar o seu signo ascendente. Comefeito, repare que no centro do caracol existe a indicao dos signosascendentes. Aps saber o seu tempo sideral (hora local mais horasideral, esta obtida no caracol) verifique a indicao do signo ascen-dente na tabela do centro do caracol. Voltando ao Miguel, cujo temposideral de 23 h 41 m, verificamos que o signo ascendente o Cncer(22 h 5 m a O h 34 m).

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    Os dois caracis das horas siderais

    de Janeiro a Junho, inclusive

    Recapitulemos o processo descrito para encontrar o signoascendente, recorrendo a novo exemplo.

    Daniel, nascido s 7 h 30 m de 30 de Outubro de 1960, em Lisboa.

    Hora de registro de nascimento 7 h 30 mCorreo relativa ao local -37 m

    6 h 53 mCorreo relativa datae ano nula (hora de Greenwhich)

    Hora local do nascimento de Daniel 6 h 53 m

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    de Julho a Dezembro, inclusive

    Do caracol de Outubro, dia 30, tiramos 2 h 32 m. Portanto:

    Hora local 6 h 53 mHora sideral 2 h 32 mTempo sideral 9 h 25 m

    O signo ascendente do Daniel , pois, Escorpio (no quadro centraldo caracol 8 h 42 m a 11 h 27 m).

    Assim o Daniel tem:Signo solar de nascimento EscorpioSigno ascendente Escorpio.

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    Importncia do signo ascendente

    Falemos ainda um pouco mais do signo ascendente e da suaimportncia no esquema astral de Toth.

    O ascendente indica, muito particularmente, as caractersticas docarterdo indivduo e as, qualidades psicolgicas que determinam assuas aes e reaes. E a razo porque urna parte importante da

    imagem que os outros tm dele, revelada pelo signo ascendente.Como a sua maneira de se comportar na sociedade depende fun-damentalmente da influncia do signo ascendente, fcil ser de enten-der quanto o seu trabalho, situao material e as suas relaes estarosob essa dependncia.

    Por outro lado, o ascendente o signo dominante no que respeitaa aparncia fsica e sade do indivduo. Essa a explicao daespantosa semelhana que apresentam certas crianas que tm o signode nascimento igual ao do ascendente do pai, da me, do tio ou da tia.Nestes casos precisos, o entendimento ser bem melhor e as relaes,plenas de compreenso, sero duradouras e intensas.

    O ascendente num signo do fogo confere ao seu possuidor a

    energia, a vitalidade e a resistncia. Seja qual for o seu signo denascimento, o indivduo dominar as situaes, tomar decisesrpidas. A sua autoconfiana ser grande e beneficiar de golpes desorte (na realidade estar disponvel no momento exato e apto aaproveitar a oportunidade).

    O ascendente num signo do ar diminui a vitalidade e a energia,mas aumenta a sensibilidade e os dons artsticos. Seja qual for o signode nascimento, o indivduo far-se- notado pelo seu tacto, a suacompreenso e a sua amabilidade. Ser aberto e emotivo. O cartertoma-se mais refletivo e, por esse fato, o indivduo possuindo umsigno do ar no ascendente evolui frequentemente nos domniosintelectuais ou espirituais. Est mais apto felicidade que os outros

    (contenta-se com as pequenas alegrias da existncia) e sabe adaptar-seou ceder, o que faz de sua prpria vontade, sem que isso signifiquefraqueza de carter.

    O ascendente num signo da gua diminui a resistncia e avitalidade, aumentando a fragilidade e a fadiga do indivduo. Pelo seucarter sentimental um intuitivo, um mrbido ou hipersensvel esonhador. Age lentamente, possui urna boa memria e saudosista.

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    O ascendente num signo da terra beneficia de uma boa sadesem que para isso possua urna constituio muito robusta ou umaforte vitalidade. E um trabalhador, um metdico que ama aestabilidade. Refletido, preciso, toma-se bastante conservador e podeprovar a sua tenacidade, confiana e honestidade segura. Tudo nele prtico, objetivo, racional e lgico. E auto-suficiente e nada maisdeseja do que a sua independncia. Tentar sempre bastar-se a si

    prprio e provar as suas idias.

    O jogo do astroloscpio

    Entendamo-nos. Para vos ajudar a fixar as caractersticas dovosso signo de nascimento e do vosso signo ascendente, eis um jogoque, esperamos, vos divertir por momentos.

    O jogo do astroloscpio consiste em encontrar nas colunas do quadroseguinte a/ou as caractersticas que se prendem com o vosso signo e de notaralou as letras que designam a/ou as colunas em questo.

    Uma vez fixadas todas as caractersticas contidas nas colunas A,B, C e D, some os primeiros nmeros das colunas em causa. O

    nmero que obtiver d-lhe a resposta certa. Para tal, ser suficienteconsultar o quadro dos resultados da pgina 55.

    Este jogo, para um s jogador, tem a finalidade de permitirreunir as recordaes do leitor e verificar se a sua leitura foiproveitosa.

    Mas h outra maneira de jogar mais interessante. E fazer o jogocom os amigos e parentes.

    Apresente-lhes o quadro do astroloscpio e pea-lhes, somente,para encontrarem nas colunas as caractersticas dos seus signos denascimento ou dos seus ascendentes. Uma vez que eles tenham indi-cado as colunas onde esto inscritas as suas caractersticas prprias,fixe mentalmente o primeiro algarismo de cada e some-os. Em facedo total obtido consulte o quadro dos resultados e, para espanto dos

    seus amigos, diga-lhes quais os seus signos.Pode faz-los efetuar a mesma operao para o signo ascendente,

    recorrendo aos mesmos quadros.Manuela, uma amiga, vai-nos ajudar a exemplificar o jogo do

    astroloscpio para melhor compreenso.Ela indica-nos que as suas caractersticas esto nas colunas A, C

    e D. Soma os primeiros algarismos dessas colunas, isto ,4 + 8 + 2 = 14 e olhando para o quadro dos resultados verifica que oseu signo o Sagitrio.

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    Agora, ela vai procurar no astroloscpio as caractersticas do seusigno ascendente. Procure ajud-la sabendo que as colunas que aManuela escolheu foram as A, B, C e D.

    Qual o signo ascendente da nossa amiga? (soluo na pgina55).

    QUADRO DE CARACTERSTICAS

    A B C D

    4Voc troa de todaa gente.

    1A sua estrela Sothis (ou Srio).

    8voc pertence triplicidade do arfixo.

    2voc pertence constelao deOrion

    O seu signo abre oInverno.

    O seu signo estem pleno Outono.

    O seu signo estem pleno Vero.

    Voc pertence triplicidade do armutvel.

    O seu planeta aLua.

    Voc pertence triplicidade do fogocardeal.

    voc pertence triplicidade da guafixa.

    voc pertence triplicidade do fogomutvel.

    Voc pertence triplicidade dagua mutvel.

    o seu signo abre oVero.

    A sua data denascimento de12/12 a 19/1.

    Voc pertence triplicidade do fogofixo.

    O seu signo situa--se no fim doOutono.

    O seu planeta Saturno.

    o seu signo acabano fim do Vero.

    voc pertence triplicidade dagua cardeal.

    Voc pertence triplicidade daterra fixa.

    A sua estrela oSol.

    O seu planeta Jpiter.

    O seu signo abre oOutono.

    O seu planeta Marte.

    o seu signo estem plena Primavera.

    voc pertence triplicidade do ar

    cardeal.

    o seu signo abre a

    Primavera.

    O seu signo estno fim da Primavera.

    voc pertence triplicidade daterra mutvel.

    O seu planeta Saturno.

    voc pertence triplicidade daterra cardeal.

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    Quadro de resultados

    3ries 11Leo5 Touro 12 Peixes6 Gmeos 13 Escorpio7 Cncer 14 Sagitrio9 Virgem 15 Capricrnio10 Libra 8 Aqurio

    Soluo do jogo efetuado pela Manuela: o signo ascendente oCapricrnio (total 15).

    O Zodiacoplanetoscpio

    Se no gosta ou no quer consultar livros procura das informaesque so necessrias, o esquema a seguir indicado, oZodiacoplanetoscpio, permite-lhe com uma vista de olhos a recolha detudo o que diz respeito a signos, planetas, triplicidades equadruplicidades, domiclios, exaltaes, quedas e exlios.

    Fm = Fogo mutvel Am = Ar mutvelFf = Fogo fixo Af = Ar fixoFc = Fogo cardeal Ac = Ar cardealAm = Agua mutvel Tm = Terra mutvelAf = gua fixa Tf = Terra fixaAc = gua cardeal Tc = Terra cardeal

    N. do T. As alteraes de hora verificadas em Portugal desde 1912 e mencionadasneste captulo, foram retiradas da publicao Os regimes de hora legal no nosso Pais.gentilmente cedida pelos Servios do Observatrio Astronmico de Lisboa.

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    CAPTULO V

    QUE SO OS DECANOS EGPCIOS?

    Os sacerdotes da Antiguidade entregavam-se s previses siderais e astronomia, confundindo despreocupadamente estas duas doutrinasnuma s essncia religiosa, cujo culto era votado ao deus R (o deusSol).

    O zodaco esttico dos Egpcios era formado pelo conjunto das dozemoradas, nas quais o Sol entrava medida que decorria o ano Sothis.

    Estas doze passagens originavam doze signos distintos consoante asconstelaes do zodaco percorridas pelo Sol e pela Lua.Eles colocavam cabea os deuses cuja influncia cobria cada ms

    do ano. Os Egpcios dividiram os meses em trs partes iguais de dezdias, o que forma os decanatos. Assimilaram as idias dos Assrios eCaldeus? Ou foram estes que as copiaram? Verdadeiramente, nada sesabe.

    Os Egpcios verificaram que o decanato representa cerca de dezgraus no espao e de dez dias no tempo. Cada ms possua ento trsdecanatos, sobre os quais velavam as estrelas chamadas para a ocasiodeuses conselheiros. No total, trinta e seis deuses conselheiros, umpor cada decanato. Dezoito deuses conselheiros ocupavam-se das coisasque se passavam sobre a Terra e os restantes dezoito das que se

    passavam sob a Terra.O Sol, a Lua, Saturno, Marte, Jpiter, Vnus e Mercrio ocupavam o

    vrtice da hierarquia divina e chamavam-se deuses intrpretes. A rigidezdo sistema dava a predominncia aos planetas cujo curso regularindicava a boa marcha e a boa sucesso dos acontecimentos. Noentanto, Saturno, o mais elevado no cu, tinha o nome de revelador ebeneficiava de uma venerao especial.

    Os princpios da astrologia egpcia foram redigidos nos livrossagrados pelo deus Thot, guardio da escrita e dos nmeros. Os Gregos,

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    alguns anos mais tarde, exploraram o mito sob o nome de Hermes.Com efeito, as astrologias caldeia e egpcia estenderam-se at aos

    Gregos que as associaram numa s cincia, a apotelesmtica (cinciadas influncias).

    Mas voltemos aos decanatos propriamente ditos, cuja lista com osnomes dos planetas correspondentes indicaremos a seguir. A ttulo decuriosidade, indicamos frente de cada decanato a divindade egpciade ordem secundria que presidia ao seu destino.

    CONSTELAO PLANETAS DIVINDADES EGPCIAS

    ries1 Marte2 Sol3 Vnus

    ChontarChontacrSeket

    Touro1 Mercrio2 Lua3 Saturno

    ChorisEmRemboucar

    Gmeos

    1 Jpiter

    2 Marte3 Sol

    Theosolk

    OucrPhuor

    Cncer1 Vnus2 Mercrio3 Lua

    SoltrisSithChnoum

    Leo1 Jpiter2 Marte3 Sol

    ChachnoumenThepPhoupp

    Virgem1 Sol2 Vnus3 Mercrio

    ThomisOuestriostoAphoso

    Libra1 Lua2 Saturno3 Jp