a Árvore da cura

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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO Maria Rocha Silva A ÁRVORE DA CURA SÃO PAULO 2011 Ficha de leitura apresentada como requisito parcial da disciplina Teologia Prática IV Aconselhamento Validação de Teologia - do curso de Bacharel em Teologia da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

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Page 1: A Árvore da Cura

FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO

Maria Rocha Silva

A ÁRVORE DA CURA

SÃO PAULO2011

Ficha de leitura apresentada como requisito parcial da disciplina Teologia Prática IV – Aconselhamento – Validação de Teologia - do curso de Bacharel em Teologia da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

Prof. Dr. Silas Molochenco

Page 2: A Árvore da Cura

A. DADOS BIBLIOGRÁFICOS DA OBRA

HURDING, Roger F. O Aconselhamento Interativo in A Árvore da Cura – Modelos de

Aconselhamento e de Psicoterapia. São Paulo : Vida Nova, 1995, p. 351-380.

B. AVALIAÇÃO

1. Breve resumo.

Hurding faz uma crítica relativa à preocupação, no século XX, de tentar suplantar

o cuidado pastoral pelo aconselhamento e pela psicoterapia. A seguir, ele apresenta

dois conselheiros cristãos para quem o relacionamento terapêutico é o centro maior

do processo de aconselhamento: Clinebell e Tournier. Clinebell e seu

aconselhamento de crescimento, baseado no tripé crescimento, libertação e

integridade. Segundo o autor, Clinebell estabelece fortemente seu aconselhamento

de crescimento no contexto do cuidado pastoral, considerando fundamental o

relacionamento terapeuta/paciente, conselheiro/cliente. Trata-se de uma abordagem

holística: uma estrutura para o cuidado pastoral e para o aconselhamento de

libertação centrada na integridade espiritual e ética.

Já Paul Tournier aparece como defensor da integração entre a ciência e a Bíblia,

entre a psicologia e a teologia: Deus fala por meio da revelação tanto geral quanto

especial. Tournier também realça a importância da oração e do estudo bíblico tanto

na vida diária quanto dentro do processo de aconselhamento.

2. O que você percebeu na leitura do texto que se configurou como um novo

conhecimento?

A feliz descoberta de Paul Tournier e sua “Medicina da Pessoa” surgida a

partir de suas ideias e de outros médicos cansados da “especialização excessiva” de

suas profissões (que dava demasiado valor à técnica) em detrimento da humanidade

das pessoas. Hurding apresenta Tournier como um integracionista (à semelhança

de Clinebell), porém como um defensor da integração entre a ciência e a Bíblia, bem

como entre a Psicologia e a teologia.

3. Quais foram os conceitos que você aprendeu?

Os conceitos de Clinebell e Paul Tournier de que a dimensão de crescimento

está profundamente enraizada no registro bíblico. Ainda que Paul Tournier tivesse

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sido chamado de “herege”, pude aprender e identificar-me com várias de suas

afirmações, bem como sua disposição em procurar estabelecer um diálogo entre a

psicologia, a medicina clássica e a crença religiosa.

4. A seu ver, quais foram os argumentos principais do autor?

a. O aconselhamento de crescimento e suas formas de aplicação. Compreensão

e empatia são ingredientes necessários a praticamente todos os

relacionamentos bem sucedidos de aconselhamentos.

b. Clinebell e Paul Tournier: a dimensão de crescimento está profundamente

enraizada no registro bíblico.

5. Quais foram os argumentos do autor com os quais você concorda?

Concordo com o autor, e com Paul Tournier, em que essa integração entre

psicologia, medicina clássica e crença religiosa não é tão simples assim. Também

concordo igualmente que, por diversas vezes, também tenho a sensação de que

temos “dois evangelhos” - o que não deixa de ser conflitante, perturbador.

Igualmente concordo, como Tournier, que as Escrituras são “arrasadoramente

atuais” na condenação da sociedade moderna. Exemplo disso é nos lembrarmos de

Amós e analisarmos a situação atual no Brasil.

6. E com quais você não concorda?

Discordo quando Tournier diz que a Bíblia “anuncia a salvação coletiva de toda a

raça humana, e não apenas dos crentes em Cristo”. Pensar de outro modo evidencia

uma grande falta de amor.. O que fazer, então com João 1.12, ou com outras

afirmações que dizem “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo”?

Outro ponto de discórdia é a referência à persona e personagem: pareceu-me

que Tournier quis asseverar o velho ditado de que “o hábito faz o monge”. Tenho

dúvidas se o que fazemos ou dizemos, as impressões enfim, podem modelar e

modificar as pessoas que somos.

7. Descreva de forma concisa a sua avaliação sobre o texto.

Descobri, com satisfação, cristãos desejosos de aprender através do contato

com os pacientes, utilizando-se das Escrituras como fundamento.

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