a arte de operar na bolsa - pregão e internet

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A Arte de Operar na Bolsa, Manuel Meireles.Um bom e-book para iniciantes que precisam compreender o processo de operar na bolsa, desde a escolha da corretora até as análises para tomada de decisão.

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Page 1: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet
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Manuel Meireles

Como investir na Bolsae ganhar Dinheiro.

S Ã O P A U L O

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2000, by Editora Arte & Ciência

Direção GeralHenrique Villibor Flory

Editor e Projeto GráficoKarel Henricus Langermans Arte-Final e Diagramação

Alain F. NascimentoCapa

K. Langer

Todos os direitos reservados e protegidos pelaLei 5988 de 14/12/73

É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios,sem autorização prévia, por escrito, da editora.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (CâmaraBrasileira do Livro, SP, Brasil)

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Este texto destina-se a proporcionar orientaçãobásica sobre a arte de operar nas Bolsas de Valores.

Nem o Autor nem a Editora se responsabilizam por quaisquerresultados colhidos pelo Leitor em decorrência da aplicação de

técnicas aqui oferecidas.

Editora Arte & Ciência - VillipressRua Treze de Maio, 71 – Bela VistaSão Paulo – SP - CEP 01327-000

Tel/fax: (011) 257-5871Na internet: http://www.arteciencia.com.br

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COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

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A Edmar Figueiroa - meumestre na arte de especularcom ações.

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Dez coisas que você pode aprender com este livro

Parte 1: Prepare-se para operar1. -Adquira conceitos básicos2. -Tenha postura adequada3.-Saiba ler os Relatórios da Bolsa4. -Aprenda a construir o INDAÇ de uma ação5. -Cadastre-se numa Corretora

Parte 2: Entenda os métodos6. -Como selecionar ações pelo indicador KM7. -Como acompanhar ações pelo SMI8. -Outras técnicas de seleção de ações9. -Métodos para acompanhar ações

GlossárioBibliografia

Obras recomendadasOutras obrasRevistas e jornaisReferências bibliográficas

Websites

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A quem este livro se destina?

Este livro pode ajudar tanto aquele que não conhece absolu-tamente nada sobre o mercado de ações, como o que é experien-te e conhecedor dos seus aspectos mais relevantes e do seujargão. Para o primeiro oferece, passo a passo, as noçõesconceituais e as ferramentas técnicas que o capacitarão a sele-cionar e acompanhar ações; para o segundo, oferece subsídiosadicionais e um conjunto sistematizado de técnicas.

O objetivo geral desta obra é lhe possibilitar (caso não otenha), o entendimento do mercado de ações como um todo -sua linguagem especifica e suas características operacionais - ecapacitá-lo a direcionar seus investimentos para este segmentodo mercado de capitais com razoável grau de sucesso. Dei ênfa-se especial ao modo de operar via Internet - modo que se estárapidamente difundindo - na medida em que permite um fácil aces-so aos dados que o investidor técnico requer.

O tema é apresentado em duas partes: na primeira prepará-lo-ei para operar; na segunda lhe mostrarei métodos para vocêselecionar e acompanhar ações.

Fundamentalmente este livro consta de 9 capítulos. No ca-pítulo 1, serão apresentados alguns conceitos básicos, especial-mente lhe mostrarei como o mercado de ações funciona e osmotivos disso. No capítulo 2, chamo a sua atenção para a neces-sidade de você adotar uma postura adequada - seja como inves-tidor, seja como especulador - uma espécie de filosofia de ação.Recomendo-lhe a Filosofia do Dançarino. No capítulo 3, você apren-derá a buscar e entender dados para, a partir deles, decidir emquais ações investir seu tempo e seu dinheiro. Um aspecto muito

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importante é saber como se constrói os índices das ações quevocê administrará. Isso será visto no capítulo 4. No capítulo 5,você vai ver como deve proceder para se cadastrar numa corretoraHome Broker a fim de poder operar - comprando e vendendo ações.O cadastramento não é instantâneo, pois requer uma série deprocedimentos. Depois de ler os primeiros capítulos, leia o capí-tulo 5 e escolha uma Corretora para operar. Depois de ter efetu-ado o cadastro estude os capítulos 6 a 9, que constituem a se-gunda parte deste livro, com o objetivo de definir seus métodos deseleção e acompanhamento de ações.

O método CAPM é o método "clássico", reputado pormuitos acadêmicos como o único consistente metodologicamentepara definir a melhor carteira de ações. É um método indicado,digamos, para profissionais, considerando a complexidade da suametodologia. De qualquer forma, um livro que apresente métodosde selecionar e acompanhar ações não pode deixar de o mencio-nar. Ele foi considerado ainda que resumidamente.

Há um jargão, um linguajar todo especial no que se refereao mercado acionário. Não deixe de consultar o Glossário parabuscar a compreensão de algum termo que não compreenda.

Me esforcei para cobrir todas as dúvidas que um leitor semexperiência no mercado pode ter, incorporando muito da experi-ência obtida em cursos para alunos universitários. Espero que,após a leitura do livro não lhe restem muitas dúvidas.

Boa leitura,Boa sorte eBons investimentos.

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Dez coisas que você pode aprendercom este livro:

1. conceitos básicos referente ao mercado de ações;2. a diferença significativa entre as posturas de investidor e

de especulador;3. a importância de ter uma filosofia de ação para atuar no

mercado;4. como se cadastrar numa corretora Home Broker, para

operar via Internet;5. as melhores fontes dos dados que necessita para operar

com ações;6. como ler e interpretar as listagens das Bolsas;7. como construir índices para as ações;8. como investir e especular com ações;9. como selecionar empresas lucrativas;10. como acompanhar, de forma especulativa, as ações de

empresas selecionadas.

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COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

PARTE 1

PREPARE-SE PARA OPERAR

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��PREPARE-SE PARA OPERAR

Está preparado?

Desde já cabe um alerta: as técnicas de operação enfocadasnestas obra são apenas orientativas de procedimentos paraminimizar prejuízos. Entretanto, qualquer técnica por si só nãogarante ganhos em todas as aplicações. Você deve estar cientede que o mercado acionário é um mercado de risco e que, portan-to, há a possibilidade de que as operações lhe causem prejuízo.

O assunto é tão importante que vale a pena destacar duasinformações:

a) 72,0 % das pessoas físicas que investem ma Bolsa deValores de Nova York perdem dinheiro;

b) 70,0 % das operações realizadas na Bolsa de Valoresde São Paulo dão prejuízo ao investidor. “Ao longo do tempo,perdem feio” 1

Você deve levar em conta o seguinte:

A) Nenhum método é absolutamente certo nas suas “infor-mações”. No entanto, os métodos têm-se revelado muito melho-res do que as ordens ao simples acaso.

B) Você deve escolher um dos métodos — e aplicá-lo. Usarmais de um método na maioria das vezes é desaconselhável.Entretanto, há investidores que usam um método básico e umoutro para “confirmação”. Basicamente tal investidor só executaa ordem recomendada pelo método básico se o de confirmaçãotambém estiver recomendando ou com tendência para tal.

C) Os outros investidores técnicos fazem também uso demétodos. Possivelmente todos os métodos abordados neste livro

1 BAZIN, Décio. Faça Fortuna com Ações — antes que sejatarde. São Paulo: JMJ, 1992, p. 219

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estão sendo usados pelos investidores. Os resultados deles nãosão coincidentes, isto é: nem todos dão ordens de compra ou devenda ao mesmo tempo.

D) Nem todos os investidores possuem a mesma aborda-gem face ao mercado. Isto quer dizer que há investidores cujohorizonte de aplicação é a longo prazo, outros, de médio prazo eoutros de curto ou curtíssimo prazos. Os de curtíssimo prazo —alguns dias ou semanas — são designados de especuladores,mas este termo deve ser lido sem nenhuma conotação pejorativa.

E) A maioria dos métodos adota um certo período de aná-lise. Por exemplo, quando se trabalha com o método das MédiasMóveis podemos ter como base a média móvel dos últimos 9dias, ou 15 ou 21 ou 60 ou 200 dias. Isto, por si só, já define o tipode abordagem que se está fazendo. Embora o método seja omesmo, como as bases temporais são diferentes, as ordens decompra e venda também não são coincidentes.

F) Os investidores técnicos não só se defrontam contraoutros investidores técnicos2 , mas contra milhares e milhares deinvestidores individuais que não seguem método algum, que vãoao sabor das ondas do mercado: entram comprando quando elejá subiu ou parou de subir; correm vendendo ao primeiro sinal dequeda. Portanto, em épocas de “boom” os métodos — qualquerdeles — são menos eficientes, pois não conseguem captar asloucuras que os “especuladores” andam fazendo.

Qual dos métodos é o melhor? É uma pergunta que talveznão tenha resposta. Eu, por exemplo, uso o indicador KM paraselecionar as ações com as quais vou operar e o oscilador SMI—Stress Market Index ( Índice de Tensão de Mercado) para saberquando devo comprar e vender as ações que acompanho. Estesmétodos são melhores do que os outros? Não sei responder aesta questão — nem sei se alguém sabe. Para isso, seria neces-sário efetuar uma pesquisa, usando todos os métodos sobre umgrupo específico de ações e comparar os resultados.

2 O que representa um método enfrentar outro método

PREPARE-SE PARA OPERAR

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Investidor versus Especulador

Inicialmente devemos considerar a diferença entre um in-vestidor e um especulador. Não é uma diferença qualitativa; nãose trata de afirmar que um é, eticamente, melhor do que o outro.Não se trata disso: a diferença reside essencialmente no horizon-te da aplicação e na forma como buscam os ganhos.

O investidor tem prazos longos de atuação, medidos emanos: compra uma ação com a intenção de permanecer longotempo com ela. Seus ganhos ou rendimentos provêm basicamentedos dividendos proporcionados pela ação. A seleção da ação éfeita primordialmente com base no indicador Cash-yield, que con-sidera a relação do dividendo anualizado pelo preço de mercadoda ação; o acompanhamento é feito também pelo mesmo indica-dor. Veremos adiante, ao estudar o indicador Cash-yield, que,para o investidor, a queda do mercado pode constituir-se em algodesejável, e é possível que, muitas vezes, provoquem quedasacentuadas nas Bolsas gerando prejuízos consideráveis para osespeculadores. O investidor orienta-se pelo dividendo da ação -não pela cotação da ação na Bolsa.

O especulador tem prazos curtos de atuação, medidos emdias ou semanas: compra uma ação com a intenção de se desfa-zer dela rapidamente, aproveitando sua possível valorização nacotação. A seleção e o acompanhamento da ação é feita pormeio de indicadores que mostrem possível variação no preço daação na Bolsa. O especulador orienta-se pela cotação da ação— não pelos dividendos. Uma queda acentuada na Bolsa geral-mente tende a lhe causar grandes prejuízos.

Este livro é destinado especialmente a especuladores —aplicadores com horizonte curto, orientados pela variação dascotações das ações na Bolsa — embora possa ser usado, tam-bém, pelos investidores. Uma pessoa, aliás, pode adotar estasduas posturas: pode gerir parte dos seus fundos disponíveis numapostura de investidor e outra parte com uma postura deespeculador. É óbvio que a postura de especulador traz um maiorrisco mas proporciona, de forma geral, um retorno maior.

PREPARE-SE PARA OPERAR

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A propósito do termo especulador convém anotar as pala-vras de Tamer3 :

O que é um especulador? Esta é uma palavradecididamente marcada no Brasil — onde se explorasem pudor — com um sentido popular e generalizadoextremamente negativo. Para o público, o especuladoré aquele que aproveita as oportunidades para auferirgrandes lucros prejudicando outros. O Dicionário Au-rélio é muito contraditório ao definir as palavras espe-cular e especulador, refletindo talvez o duplo sentidoque se dá a elas. Vemos ali que especular é examinarcom atenção; averiguar minuciosamente; observar;indagar; pesquisar. É também valer-se de certa posi-ção, de circunstância, de qualquer coisa para auferirvantagens; explorar. Ou meter-se em negócios miran-do lucros; agenciar, traficar, negociar. Para nós do mer-cado de capitais o Aurélio tem uma definição: Especu-lar é operar na Bolsa, jogando na alta ou na baixa detítulos. Neste sentido, todos os que entram na Bolsa,de uma forma ou de outra, poderiam ser classificadoscomo especuladores, já que têm como objetivo com-prar na baixa e vender na alta, ou até mesmo comprarna alta esperando que a ação suba mais ainda. Nin-guém entra na Bolsa para perder. Todos para ganhar.Portanto, todos estão especulando, segundo a defini-ção do Aurélio.

Miguel Delmar de Oliveira, na sua obra Introdução ao mer-cado de ações afirma que

o especulador é um protagonista ativo do mercado,porém ele não forja o mercado, criando condições ar-tificiais que venham facilitar o objetivo de realização delucro a curto prazo. A especulação não se reveste dequalquer ilegalidade, quando praticada dentro das re-gras de jogo, e garante certo grau de liquidez às Bol-sas.

3 TAMER, Alberto. Os caminhos do dinheiro. São Paulo: Ática, 1988.

PREPARE-SE PARA OPERAR

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COMO OPERAR COMAÇÕES

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Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

CAPÍTULO 1

ADQUIRA CONCEITOS BÁSICOS

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Você não pode operar com ações se não dominar um con-junto mínimo de conceitos que são abordados neste capítulo.Tais conceitos são básicos para a compreensão do mercado comoum todo e para o entendimento de como os investidores atuam.

Inicialmente, você vai ver como o mercado funciona, isto é:o que dá origem à negociação de ações. Você deve entenderclaramente que há o mercado primário— no qual a empresa ven-de suas ações aos investidores — e o mercado secundário — noqual os investidores atuam. A Bolsa auxilia o processo de com-pra e venda de ações entre investidores — o que corresponde aomercado secundário — mas também é um instrumento importan-te para as empresas levantarem recursos vendendo ações paranovos acionistas ou acionistas existentes.

Uma vez compreendido isto, você vai ver que grande partedos investidores compra e vende ações apoiada em algumastécnicas, técnicas estas que ajudam o investidor a selecionar eacompanhar ações. Tais técnicas, pelas suas características, sãodivididas em duas grandes correntes ou Escolas. Neste capítulo,você verá um resumo das técnicas de cada Escola. Se você pre-tende ser um investidor consciencioso, obviamente você deveoperar com ações baseado em alguma técnica. Caso contrário,você estará operando com base na intuição, nos conselhos deamigos, nas leituras de jornais, em boatos ou qualquer outra fon-te. E isso não costuma fazer o capital do investidor aumentar.

Como o mercado funciona?

Entenda, agora, como funciona o mercado de ações. Paratal vamos imaginar uma empresa e simular algumas situações,incluindo o lançamento de ações por parte dessa empresa e,depois, a negociação dessas ações pelos seus portadores. Va-mos ver, por meio deste exemplo, os motivos que levam os porta-dores de ações (investidores e especuladores) a vender ou com-

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prar certas ações. Veremos que a negociação de ações está muitoassociada ao preço das mesmas que depende, substancialmen-te, das perspectivas de lucratividade atribuídas à empresa.

O exemplo abaixo é detalhado, pois tenho percebido, pelaexperiência dos cursos que dei sobre operação no mercado deações, que a maioria das pessoas tem dificuldade de entender osaspectos básicos do mercado. Costumo propor a criação de umaempresa — que geralmente leva o nome de Franguix SA.

Imagine que alguém pretende constituir uma empresa degrande porte para produzir carne e derivados de frango, buscandosuprir especialmente os mercados externos. Consideremos quea empresa venderá para Portugal, Irã e Iraque.

A empresa será de grande porte, exigindo um capital de $30milhões. Os organizadores da empresa, aqueles que inicialmen-te a estão constituindo, não possuem esse dinheiro, pelo quenecessitam de o captar de outras pessoas. Para isso eles prepa-ram um briefing1 , e, com a autorização da CVM—Comissão deValores Mobiliários e a cooperação de sociedades distribuidoras2

e Bancos oferecem suas ações ao público. A esta operação defazer o lançamento de ações ao público dá-se o nome deunderwriting3 . As sociedades distribuidoras e os bancos entramem contato com seus principais clientes e lhes oferecem as açõesda Franguix SA. É assim que as ações chegam ao público.

Uma ação4 nada mais é do que uma fração do capital socialda empresa. Embora possam não ter valor de face, isto é, embo-ra possam não ter escrito o seu valor, há sempre um valor delançamento. Admita-se que o capital de $30 milhões é represen-tado por 30 milhões de ações, cada uma valendo $1 no seu lan-çamento. O investidor que adquirir 1000 ações pagará $1000 e

1 Um caderno sobre a empresa, mostrando especialmente apotencialidade de lucros do negócio, com vistas a obter interessa-dos em se associar à empresa. O mesmo que prospecto.2 As chamadas DTVM—Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valo-res Mobiliários, criadas pela Lei 4595 e regulamentadas pela reso-lução 76 do Banco Central3 É o mesmo que subscrição. Veja no Glossário os diversos tipos deunderwriting existentes.4 Veja no Glossário o conceito de ação e os diversos tipos de açõesque existem.

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será um acionista detendo uma parcela do capital social5 . Ob-serve-se que todo o dinheiro arrecadado via sociedades distribui-doras e Bancos, no lançamento das ações, chega à empresaFranguix SA, que passa a dispor de $30 milhões. É eleita umadiretoria (pelos acionistas 6) e, com parte desse dinheiro arreca-dado a empresa compra os ativos (terrenos, máquinas, etc) ne-cessários à produção de carne e derivados de frango. Parte dodinheiro é destinado a outras despesas, incluindo o pagamentode salários aos funcionários.

No presente estágio a empresa Franguix SA está operandoe muitas pessoas possuem ações — ações que indicam queseus titulares são co-proprietários da empresa tendo direito à di-visão dos lucros. A administração da empresa está agora ocupa-da com a produção de frangos, com o objetivo de exportar carnee derivados para o mercado externo: Portugal, Irã e Iraque. Adiretoria estima que as vendas serão de 50% para Portugal; 20%para o Irã; 10% para o Iraque e 20% para o mercado nacional.Estima a diretoria, também, que, ao término do primeiro ano deoperação a empresa terá um lucro bruto de $10 milhões. Pagan-do-se o imposto de renda ($3,5 milhões) e retendo-se $2,0 mi-lhões para reinvestimentos, serão distribuídos aos acionistas di-videndos no valor total de $4,5 milhões. Sabendo-se que a FranguixSA tem 30 milhões de ações, estima-se que cada ação receberáde dividendo $0,15 7 . Repare que eu disse: estima-se.

É preciso atentar que, provavelmente, ninguém comprariauma ação da Franguix SA — no mercado primário — se nãosoubesse que, a qualquer momento pode desfazer-se dela, ven-dendo-a. Para facilitar a venda e compra das ações, a FranguixSA, com autorização da CVM inscreve-se numa Bolsa de Valo-

5 Neste caso o investidor teria $1.000/$30.000.000, ou seja, 1/30.000do capital social da empresa, tendo direito a receber 1/30.000 doslucros gerados pela empresa.6 Só os acionistas portadores de ações ordinárias (ON) possuemdireito a voto. Cada acionista tem tantos votos quantas ações ONtiver7 Ou seja: quem adquiriu a ação por $1,00 receberá $0,15 de divi-dendos —o que corresponde a uma taxa de 15% ao ano.

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res — por exemplo, na Bolsa de Valores de São Paulo — e suasações passam a ser negociadas no pregão de tal Bolsa8 . A partirdo momento em que as ações da Franguix SA são distribuídasao público, via underwriting, a empresa passa a ser de "capitalaberto", isto é: a participação no seu capital social é facilitadaamplamente e suas ações podem passar a ser negociadas numaou mais Bolsas de Valores9 .

Mas quem pode vender ações da Franguix SA? Quem aspossui. E onde as venderá? No pregão da Bolsa de Valores ondea empresa Franguix SA está inscrita. Portanto, os titulares dasações da Franguix SA podem vender suas ações para qualquerpessoa que as queira comprar. A negociação (venda e compra),entretanto, só é possível por meio de intermediários especiais —as chamadas Corretoras de Valores Mobiliários10 . Imaginemos oinvestidor Alfredo que tem 1000 ações da empresa Franguix SAe deseja vende-las. Para isso, ele deve procurar uma corretora,cadastrar-se nela, e solicitar que seja feita a venda das 1000 açõesda Franguix SA. E a que preço? Qual o valor que o sr. Alfredodeve pedir pelas suas 1000 ações? O que ele desejar, mas, fun-damentalmente, o valor que alguém estiver disposto a pagar. Ad-mita-se que o sr. Alfredo diga para a sua corretora vender cadaação a $1,10. A corretora passa para o setor de operações daBolsa a informação de que alguém quer vender 1000 ações daFranguix SA a $1,10 cada uma, procedendo a uma espécie deleilão. Admitamos que um outro investidor, o sr. Batista, por meiode uma outra corretora11, aceita comprar as 1000 ações a esse

8 Para que uma companhia possa ter suas ações negociadas emBolsa ela deve cumprir certas exigências legais e institucionais queexigem a divulgação de um conjunto de informações periódicas eeventuais. Ver no Glossário, Informações das companhias abertas.9 Uma empresa, sociedade anônima, é considerada de capital fe-chado se tiver 20 ou menos acionistas. Neste caso, está dispensa-da de fazer convocação dos acionistas pelos jornais e de publicarsuas Demonstrações Financeiras pela imprensa.10 As Sociedades Corretoras foram criadas pela Lei 4728 de14.07.1965. As corretoras têm o privilégio legal de operar com exclu-sividade nas bolsas de valores.11 Poderia até ser a mesma corretora do sr. Alfredo.

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preço. A negociação é fechada: o sr. Alfredo, por meio da corretoraX, vendeu 1000 ações da Franguix SA ao sr. Batista, representa-do pela corretora Y. As corretoras informam aos seus clientesque a operação foi realizada.

A corretora Y informa ao sr. Batista — comprador —que eledeve depositar:

• $1.100,00 referente às 1000 ações (a $1,10 cada)• +$ 18,99 referente a taxa de corretagem12 ;• +$ 0,39 referentes a emolumentos (0,035%);• +$ 0,45 referente ao ANA 13

• =$1.119,63 total a pagar14 .A corretora X informa ao sr. Alfredo —vendedor —que ele irá

receber líquido:• $1.100,00 referente às 1000 ações (a $1,10 cada)• - $ 18,99 referente à taxa de corretagem;• - $ 0,39 referentes a emolumentos (0,035%);• - $ 0,45 referente ao ANA• =$1.080,17 total a receber.Cabe observar que a empresa Franguix SA nada tem a ver

com a transação das suas ações na Bolsa: a transação é feita,por intermédio de corretoras, entre investidores. Um vende asações, e, por isso, recebe o valor correspondente à venda (noexemplo: $1.080,17); o outro compra as ações, e, por isso, pagao valor correspondente (no exemplo: $1.119,63). Este tipo denegociação caracteriza o mercado secundário. Fato semelhanteocorre cotidianamente no mercado de automóveis usados: al-guém vende um veículo Ford para um terceiro por um determina-do valor: esta transação não tem relação com a empresa FordSA, salvo pelo fato de o veículo ter sido fabricado por essa empre-

12 A tabela de corretagem para compra e venda de ações dependedo valor da operação. Consulte seu corretor para obter tal tabela.Muitas corretoras dão descontos em função do volume operado pelocliente.13 ANA—Aviso de Negociação de Ações emitido pela Bovespa (Bolsade Valores de São Paulo) informando os termos da negociação.14 É necessário considerar ainda o valor correspondente à CPMFdecorrente da movimentação bancária

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15 O Sr. Batista, como titular das ações receberá os dividendos. Comodito anteriormente, é previsto que cada acionista deverá receber$0,15 de dividendos, por ação.

sa. A Ford SA recebeu apenas quando vendeu o veículo para oprimeiro proprietário (mercado primário); quando este revendeupara um terceiro a Ford SA fica à margem do negócio (mercadosecundário).

Deve-se também atentar que outras operações de compra evenda podem ser feitas, com a mesma ação, no mesmo dia. Aotérmino do pregão a Bolsa emite uma listagem onde todas asnegociações são computadas. Para cada ação a Bolsa informauma série de elementos, tais como: preço mínimo, preço máxi-mo, preço médio, etc. Estes preços orientarão, certamente, futu-ras negociações. Você vai ver quais as informações que a Bolsadivulga e como elas devem ser entendidas no capítulo 3: Saibaler os relatórios da Bolsa.

O que se pode depreender daqui é que a empresa FranguixSA não tem prejuízo pelo fato das suas ações caírem na Bolsa;nem lucra, tampouco, se elas subirem.

Observe-se que o comprador, o sr. Batista, comprou 1000ações da Franguix SA pagando um total de $1119,63. O preço decada ação, para ele, foi de, praticamente $1,12. Ele sabe que aFranguix SA estima pagar o primeiro dividendo de $0,15 referen-te ao exercício corrente, e isto significa que, para ele, cada açãorenderá cerca de 13,39% de dividendos 15 no ano — o que é umaexcelente taxa.

O que pode afetar a variação do preço da ação Franguix SAno mercado, ou seja, na Bolsa? Obviamente algo que esteja liga-do à geração de dividendos. Por exemplo: as concorrentes daFranguix SA, no Brasil, pressionam o mercado baixando o preçodo frango. A empresa, para manter a sua fatia de mercado tem deacompanhar a redução de preço. É possível que isso diminua oslucros. Se se esperava lucros de $10 milhões no total, é possívelque os lucros reduzam para $9,5 milhões. O dividendo previsto já

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não é mais de $0,15 mas de $0,14. Faria sentido que certosinvestidores se desfizessem das suas ações da Franguix SA facea este evento. Ao se desfazerem das ações eles forçam a quedado preço, talvez para $1,05. Por outro lado, o fechamento de no-vos contratos para Portugal, aumentando o volume de vendas,pode significar mais lucros, mais dividendos e desejo dos investi-dores adquirirem mais ações da Franguix SA o que pressionariao preço da ação para cima. O surgimento de um conflito envolven-do o Irã — que é um grande comprador da Franguix SA — pode-ria significar redução nas vendas, redução nos lucros e nos divi-dendos, levando os titulares das ações da Franguix SA a se des-fazer delas. Quando os investidores pretendem se desfazer deações, o preço destas tende a cair no mercado.

É fácil entender que o preço de uma ação tenderia a acom-panhar a direção do volume de dividendos que a empresa vá dis-tribuir — e estes, por sua vez, derivam dos lucros, dos resulta-dos das operações das empresas. Eventos que podem afetar oslucros das empresas podem provocar reflexos nos preços dasações. Aumento de juros, nível da inflação, taxa de desemprego,taxa de câmbio, conflitos, etc. são alguns dos eventos que po-dem afetar, de algum modo, para mais ou para menos, os lucrosde empresas e, por conseguinte, o nível dos dividendos. Tais even-tos, assim, podem explicar a variação dos preços das ações nasBolsas.

Desta forma, o preço de uma ação na Bolsa não tende a teruma relação lógica com o preço das demais, e, muito menoscom o desempenho das outras Bolsas de Valores de outros paí-ses. Não tem qualquer fundamento lógico pretender explicar umaqueda generalizada na Bolsa de Valores de São Paulo porque aBolsa de Tóquio desceu 1,5%. O que significa dizer que a Bolsade Tóquio desceu 1,5%? Significa dizer que o preço de uma dadacesta de ações negociadas na Bolsa de Tóquio baixou 1,5% emrelação ao dia anterior. Acaso isto afetará os negócios da FranguixSA? Por que, então, o preço das ações da Franguix SA deveriacair?16

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16 Você encontrará muitas pessoas tentando justificar o injustificávelinserindo tudo no contexto de uma globalização da economia. Namaioria das vezes as explicações são ilógicas, inconsistentes oufundamentadas em dados equivocados. Não estou exagerando. Setiver tempo leia Paul Krugman: Internacionalismo pop. São Paulo:Publifolha, 1999. Você ficará admirado das bobagens que os econo-mistas dizem. Não pense que estou exagerando: Robert Samuelsonem uma das suas Cartas de Washington, afirmou que a a estupidezdos editores em economia produz lixo jornalístico.

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Entretanto, a justificativa da queda da Bolsa de São Paulodecorrente da queda da Bolsa em Tóquio, Nova York ou qualqueroutra parte do mundo é freqüentemente usada. Mas é uma justi-ficativa sem sustentação lógica.

Escolas de investidores

Os investidores, como viu, operam no mercado secundáriode ações, comprando e vendendo ações. O que leva um investi-dor a comprar uma ação? E o que o leva a vendê-la? Neste livrovocê vai ver alguns dos inúmeros métodos que os investidorestécnicos utilizam para operar no mercado de ações. Cada méto-do estrutura-se sobre um determinado pressuposto e aplica umalgoritmo específico - uma fórmula específica.

Investidores estruturados seguem métodos para selecionare acompanhar ações, como por exemplo, os tradicionais méto-dos CAPM, Markowitz e Sharpe (que possuem o mesmo funda-mento, distinguindo-se apenas entre si quanto àoperacionalização). Tais modelos podem ser utilizados pelo in-vestidor para selecionar carteiras de títulos. Além dos modelostradicionais há muitos outros — mais ou menos refinados — queos investidores consideram para selecionar e acompanhar títu-los. Tais modelos são agrupados em duas grandes "escolas": aFundamentalista e a Técnica. Neste capítulo, você verá o conjun-to das principais técnicas e as características de tais escolas.As técnicas são descritas em detalhe na parte 2 desta obra: En-tenda os métodos.

A Escola Fundamentalista

Esta escolarepousa na tese de que existe uma correlação lógicaentre o valor intrínseco de uma ação e seu preço demercado. O valor intrínseco para a EscolaFundamentalista é representado pela avaliação dopatrimônio da empresa, seu desempenho e sua posi-ção no respectivo setor de atuação, pela intensidadeda concorrência e pela existência de produtos ou ser-

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viços alternativos, pelo grau de utilização tecnológicado empreendimento, pelo nível de intervenção estatalna área de atuação (controle de preços, proteção tribu-tária, subsídios, etc), por seu programa de investimen-tos, por sua política de distribuição de lucros e pelocálculo do valor presente dos lucros futuros estima-dos17.

Os investidores fundamentalistas podem ser genericamen-te divididos em dois grupos:

I) os que trabalham prioritariamente sobre as previsões delucros futuros das diversas empresas, e procuram localizar nomercado as que, tendo boas perspectivas, tenham cotações bai-xas à luz dos resultados esperados; e

II) os que procuram empresas com baixas cotações em re-lação a seus ativos e que não tenham seu controle acionário con-centrado com o objetivo muitas vezes de concretizar um take-over18 , reunindo um lote expressivo de ações suficiente paragarantir a participação no processo decisório da empresa.

A Escola Fundamentalista aprimorou diversos métodos eindicadores que se tornaram clássicos para a avaliação de em-presas. Eis alguns:

1. Índice Preço-Lucro - PL, que decorre da divisão entre opreço de mercado de um determinado papel, em certo momento,pelo lucro líquido anualizado19 da ação;

2. Cash-yield: relação do dividendo anualizado pelo preçode mercado da ação. Este é o método que a maior parte dosinvestidores, com horizonte de longo prazo, adota;

17 DEHNER, Paulo. Análise Fundamentalista. Investidor Profissional- Caderno de Análise Técnica, Investidor Profissional Editora, Rio deJaneiro, 199418 Aquisição de uma companhia por outra, em geral amigavelmente,mas por vezes com uma proxy fight (luta de procurações).19 Anual ou anualizado por alguma técnica adequada.

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20 O retorno excessivo é o retorno acima ou abaixo do retorno de uminvestimento sem risco - normalmente considerado o retorno deuma letra de câmbio.21 ß é o nível de risco não diversificável da ação. É a tangente da linhaque indica a sensibilidade do analista em acreditar que o retornoexcessivo da ação seja afetado por variações no retorno excessivodo mercado. Um valor igual a um (ß=1) significa que o título é do tipomédio; ß<1 significa que o título é defensivo; ß>1 significa que otítulo é agressivo.22 Conceito que se opõe ao de investidor profissional.

3. Cotação/Valor patrimonial: quociente entre o preço demercado da ação e o valor patrimonial da mesma;

4. Análise Estrutural da Indústria: fundamentada na pro-posta de Michael Porter. Proponho a inclusão da Análise Estrutu-ral da Indústria como um método adequado não só para selecio-nar empresas mas também, especialmente, selecionar indústri-as — técnica esta que é, essencialmente, fundamentalista. Aorigem da Análise Estrutural da Indústria é de cunho estratégico;

5. Índice Sharpe: mede o grau de risco de uma carteira emrelação à sua rentabilidade. O índice é calculado pela diferençaentre a rentabilidade da carteira Rc e do ativo Ri utilizado comocomparação, dividido pelo desvio padrão da carteira. O ativo ipode ser um certificado de depósito bancário (CDB-over) ou se-melhante:

6. Capital Asset Pricing Model: que relaciona os preçosdas ações com taxas de retorno, determinando uma linha carac-terística para o título i, genericamente na forma Ri= bi Rm, ondeRi o retorno excessivo esperado no título genérico i pode sercalculado pelo produto de bi pelo ß21 do título i pelo Rm retornoexcessivo20 esperado na carteira de mercado. Este método, pelasua complexidade não recomendo para investidores individuais22

;7. Indicador KM: indicador que eu elaborei, fundamentado

nos estudos de Kanitz e Morante. É a técnica que recomendopara a seleção de empresas cujas ações devem ser compradas.Este indicador é visto com detalhe no Capítulo 6.

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A Escola Técnica

Os primeiros métodos usados pelos investidores eram es-sencialmente grafistas, isto é: levavam em conta não só os gráfi-cos como as formações específicas que os gráficos faziam. Poreste motivo, esta Escola Técnica - cujos defensores usam es-sencialmente gráficos para se orientarem nas aplicações na Bol-sa - é chamada de Grafista.

Esta escola faz repousar seus fundamentos nos seguintesfatores apontados por Paulo Dehner23 :

a) a conotação psicológica básica (e permanente)do conjunto da massa de investidores é de avidezna busca de lucros e medo de sofrer prejuízos;b) essa circunstância coletiva é identificável pelosanalistas técnicos por ser um padrão de comporta-mento seguidamente verificado na realidade, sendouma informação de extrema importância na previsãode tendências;c) os fatos relevantes referentes às empresas comações negociadas em bolsas de valores não sãoimediatamente divulgados para todo o mercado e,portanto, a intensidade da reação dos investidores aesses fatos é variável ao longo do tempo; ed) as oscilações de preços decorrem dessas rea-ções, e podem ser representadas por gráficos quefacilitam sua visualização e acompanhamento.

Os principais métodos usados pelos Tecnicistas, são:1. Teoria de Dow - considerado o fundador da Escola Téc-

nica - que afirma que, antes de um movimento significativo de altaou de baixa nas cotações de um determinado papel, ocorremformações que sinalizam previamente a movimentação que deve-rá ocorrer;

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23 DEHNER, Paulo. Análise Técnica. Investidor Profissional - Cader-no de Análise Técnica, Investidor Profissional Editora, Rio de Janei-ro, 1994

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2. Teoria de Elliot - ou Teoria das Vagas - que se funda-menta teoricamente nas propriedades de uma série numéricaestudada no século XIII pelo matemático italiano LeonardoFibonacci;

3. Gráfico de Barras, no qual se faz análise das linhas ese identificam configurações denotadoras da tendência dos pre-ços;

4. Gráfico Ponto-Figura, atemporal, que faz uso de doissímbolos (o ponto • e a figura 6) para indicar movimentos de baixae de alta das ações;

5. Médias móveis: simples, ponderadas ou exponenciaisusadas para determinar reversões de tendências, em especial aLinha dos 200 dias (L200D);

6. Osciladores: que permitem detectar o enfraquecimentoou fortalecimento do mercado antes que as mudanças ocorram.Os mais comuns deste método são:o oscilador do momento - relacionado à velocidade de

subida ou queda do valor de uma ação;o oscilador de avanços e declínios - que mede os avanços

e retrações do mercado, através da acumulação da dife-rença entre o número de ações em alta e o número deações em queda;

o oscilador de pressão do pregão, que se baseia na dife-rença entre os preços de oferta de compra e venda e ospreços reais de compra e venda;

o IFR - Índice de Força Relativa, que varia de 0 a 100, e queindica se um papel está excessivamente comprado ou ex-cessivamente vendido;

7. Estocástico: elaborado por George Lane sob o pressu-posto de que, quando os preços sobem, os valores de fechamen-to devem estar próximos dos valores máximos alcançados noperíodo e, quando os preços descem, os valores de fechamentodevem estar próximos aos valores mínimos alcançados no perío-do;

8. On-balance-volume (Preço-Volume): desenvolvido porJ. Granville, que associa o volume negociado com a evolução dopreço do mercado. Também é conhecido por OBV ou CVI-Cumulative Volume Indicator;

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9. Candlestick: método que data de 1750 - usado pelosjaponeses nas suas transações com arroz- pretende antecipar aoscilação dos preços da commodity. É conhecido, também, pelonome de Teoria das Velas;

10. Regras de Donchian, que orientam de forma geral oinvestidor, sem necessidade de cálculos complexos;

11. Esotéricos, como é o caso dos Ciclos da lua: sempressuposto metodológico;

12. Opinião contrária, que parte do pressuposto que o pú-blico está quase sempre errado ( o que é provado por estatísticasque indicam que 70% das ordens de compra e venda são erra-das);

13. Teoria das Caixas, de Nicolas Darvas;14. Buy-and-Hold: método passivo de administração de

portfólio que consiste em comprar e guardar títulos, incorporandoà carteira os benefícios recebidos;

15. Indicador SMI, um oscilador do tipo pressão de pregãoque leva em consideração o nível das Ofertas de Compra e deVenda para antecipar altas ou quedas nas ações. Este método édesenvolvido detalhadamente na Segunda parte deste livro (Capí-tulo 7).

Premissas das Escolas

Os modelos da escola Fundamentalista pretendem ser "su-periores" aos modelos da escola Técnica ou Grafista. Embora atranscrição seja longa, o texto de Cláudio Contador24 é significa-tivo para que se possa perceber o tipo de crítica que as escolastécnicas ou grafistas recebem:

A melhor maneira de identificar as origens de um de-sempenho satisfatório superior à média do mercado éregistrar os fatores que determinam a performance:

1. habilidade na seleção dos ativos;

2. flexibilidade de mudanças na carteira;

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24 CONTADOR, Cláudio R. Os investidores institucionais no Brasil. p-89.

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3. ausência de limitações ou restrições orçamen-tárias;

4. eficiência na diversificação;

5. qualidade das estratégias de predição; e

6. capacidade de reduzir custos de transação e deinformação.

Dentre os fatores mencionados, a habilidade na seleçãodos ativos tem recebido maior atenção e mais recursosfinanceiros para pesquisas. Pode-se mesmo dizer que aescolha ótima do investimento vem preocupando os in-vestidores há mais de um século. Como resultado, surgiuum número razoável de teorias algumas ditas "infalíveis".

É interessante atentar para o fato de ainda hoje o mercadobrasileiro preocupar-se com técnicas já ultrapassadas edemonstradas falíveis em outros países, e até mesmo,investir nelas. Será interessante discutir algumas das es-tratégias historicamente mais importantes, e de aceitaçãomais generalizada pelos técnicos do Brasil. São elas, ba-sicamente, quadro.:

•Sistema Filtro;

•Teoria Dow;

•Sistema Preço-Volume; e•Técnica Buy-and-Hold

A técnica do Filtro baseia-se na idéia de que se o preço deuma ação está subindo deverá continuar subindo, e seestiver caindo, deverá continuar caindo. O Filtro é aplicadoquando o preço da ação apresenta uma reversão. Se opreço tiver atingido o mínimo, e então subir uma determi-nada porcentagem (por exemplo 5%), diz-se que esta açãocontinuará subindo. A estratégia consiste em comprarações que estão subindo e vender aquelas em queda. Osdefeitos deste sistema compreendem desde os gastosexcessivos em despesas de transação, até à suspeita davalidade da técnica.

A idéia de uma tendência nos retornos ou ponto de rever-são nos preços tem sido adotada em outros métodos,sendo a mais conhecida a técnica gráfica, amplamenteempregada ainda hoje pelos analistas brasileiros. A teo-ria Dow tem diversas variantes, sendo a mais recente aque afirma que, quando o mercado de uma ação atingeum pico e declina em seguida, o pico atingido define uma

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área ou linha de resistência. Toda a vez que o mercado oua ação aproxima-se do pico de resistência, a atenção deveser redobrada. Se o mercado ou a ação rompe a linha deresistência, é provável que prossiga avançando por maisalgum tempo, devendo o administrador atentar para estefato na sua estratégia de transações.

Analogamente, esta teoria define também uma linha deresistência para o mercado ou ação em baixa, sendo assugestões similares às anteriores. Assim, diz-se que omercado ou ação oscila entre linha de resistência — umainferior e outra superior — e qualquer ocorrência de rom-pimento dos limites pré-estabelecidos é uma alerta paraos técnicos. Acadêmicamente (grifo meu), a teoria Dow érejeitada sobe a alegação de que os picos, anti-picos, etc.nada significam em termos de movimentos de mercadosou de ações. Empiricamente, os resultados são igualmenteduvidosos. Naturalmente, é sempre possível encontrarinúmeros casos em que esta teoria propiciou resultadossatisfatórios, mas seria possível encontrar um grandenúmero de casos, infelizmente não anotados e facilmenteesquecidos pelos analistas, nos quais os resultados fo-ram negativos.

De acordo com a técnica Preço-Volume, o preço de umaação, ao crescer paralelamente a um grande volume detransações, reflete um excesso de demanda pela ação,que deve perdurar nos períodos seguintes. Conseqüen-temente, o preço deve continuar crescente. Por outro lado,um preço em queda, paralelamente a um volume amplode transações, indica um excesso de oferta que deverárefletir-se em quedas subseqüentes nos preços. A faláciada técnica resume-se em ignorar que o volume de transa-ções decorre da divergência de expectativas quanto a pre-ços futuros, e que, portanto, deve ser distribuído indepen-dentemente do nível de preço.

A estratégia Buy-and-Hold é, sem dúvida, o método maissimples de seleção de ativos e formação de Carteiras.Com esta estratégia, a atuação do administrador é pura-mente passiva. Após selecionar os títulos, deve mantê-los, por um certo horizonte, incorporando os retornos daíprovenientes (dividendos, desdobramentos, subscriçõesetc) sem modificar a composição da carteira. O acréscimode recursos adicionais de novos investidores implica numcrescimento proporcional no valor de todos os títulos e no

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patrimônio da Carteira. As vantagens da técnica buy-and-Hold são basicamente três:

1. considerável economia no que diz respeito às despe-sas de transações e de obtenção de novas informaçõespresumivelmente úteis;

2. avaliação contínua mais fácil das condições de retornoe risco da carteira em comparação com a do mercado, senão ocorrem mudanças freqüentes na composição daCarteira. De fato, nestas condições, a carteira estaráposicionada ao longo da linha de mercado. Se todos osinvestidores e/ou seus administradores acreditam que omercado é eficiente e aceitam, com algumas restrições,os fundamentos teóricos de Markowitz, Sharpe e outros,eles buscarão Carteiras extremamente diversificadas nasquais o risco diversificável ou evitável é praticamente nulo.Este comportamento implica no fato de os retornos dacarteira estarem perfeitamente correlacionados com osretornos do mercado;:3. crescente evidência de que sua performance é, commaior freqüência, superior a outras técnicas.

A desconfiança acadêmica (grifo meu) com relação àspropaladas vantagens de estratégias imaginosas sobrea técnica pura e simples Buy-and-Hold, não deve ser con-fundida com a afirmativa de que aquelas estratégias con-duzem sistematicamente a um desempenho inferior aoda técnica Buy-and-Hold. Simplesmente, argumenta-seque o seu desempenho é, na maioria das vezes, inferiorao da técnica Buy-and-Hold.

Ademais, implícita em toda esta argumentação está a hi-pótese de que as informações sobre uma ação são dedomínio público, ou seja, não existem insiders sistemati-camente bem informados.

Toda essa discussão não pretende desestimular a cria-ção de novas técnicas. Qualquer que seja a nova técnica,existem alguns procedimentos fáceis, capazes de testar asua eficiência. Em primeiro lugar, desde que a técnica nãotenha sido criada a partir da observação sobre dados pas-sados, é conveniente testá-la nos dados existentes. Énecessário alguma atenção quanto ao período utilizadopara o teste. Se possível, devemos adotar períodos nasmais distintas condições.

As críticas às teorias grafistas parecem possuir um foco

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que se assenta em algumas premissas de atuação do mercado edos administradores: mercado eficiente, administradores racio-nais e ausência de insiders sistematicos. As teorias grafistas,salvo melhor juízo, não devem ser sujeitas a críticas de tal jaez,porquanto elas são construídas sobre bases fundamentalmentediferentes: fundamentam-se na atuação psicológica dos sujei-tos e rejeitam, em princípio, mercados eficientes e administrado-res de Carteiras racionais. Uma análise da "crise" do mercadoacionário mundial nos anos de 1997-1998 pode vir a dar substan-cial razão aos grafistas. Não se pode esquecer que os academi-camente corretos Black e Scholes , literalmente, faliram.

Justificando as técnicas propostas

Recomendo, nesta obra, particularmente o uso de uma téc-nica para selecionar um conjunto de ações (o indicador KM) e deuma outra para acompanhar a evolução de tais ações, determi-nando o melhor momento de compra ou de venda (o osciladorSMI). Quaisquer outras técnicas, dentre as muitas indicadas nestaobra, podem ser usadas. O que reitero é a necessidade de vocêfazer uso consciente, sistemático e preciso de técnicas evitandodesastres econômicos. Considero as duas técnicas que desta-co, simples e adequadas à maioria dos investidores ouespeculadores, embora não deixe de apresentar muitas outrastécnicas de domínio do mercado.

A escolha das ações ou de outros ativos financeiros quepoderão ser objeto de investimento, por parte de um investidor,num dado período de tempo, é feita mediante vários métodos,mas nem sempre eles são coincidentes quanto aos resultadosque produzem. A prova disso é que, periodicamente, analistaseconômicos emitem seus pareceres recomendando a compra ounão de determinados ativos. Por exemplo, a Gazeta Mercantil25

dava a conhecer que os analistas da Robert Fleming, Bear Stermse Banco Bozano Simonsen recomendavam a compra de açõesda Companhia Siderúrgica Paulista; os analistas do ING Baringsnão recomendavam tal compra e os analistas da Merrill Lynchestavam neutros quanto ao assunto. Que recomendação o inves-tidor deveria seguir?

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25 14-01-97 p.C-4, "Relatórios recentes sobre o setor siderúrgico"

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No mesmo periódico26 , o analista Rodrigo Bresser, do Ban-co Matrix, recomendava a compra de ações da Bosh Continental,da Marisol, e da Indústrias Vilares. O analista Sidney Chameh,do Banco Fator, recomendava a compra de ações da Arno, daInepar e da Renner-Hermann. Flávio Teles de Menezes, do Ban-co Patrimônio, indicava a compra de ações da Lorenz, da Mangels,da Trafo, da Fras-Le e da Agrale.

Observa-se, assim, que a subjetividade dos processos deavaliação de empresas está muito presente na maioria deles.Existe algum indicador que permita ver a justeza de tais reco-mendações?

A seleção e acompanhamento de ações pode ser feita fun-damentada, como vimos acima, em métodos propostos pelaschamadas escolas Técnica e Fundamentalista. É o que ocorrequando se usam métodos tais como: cash-yield ou IFR-Índice deForça Relativa.

É sabido que todo investimento assenta, geralmente, numtripé constituído pela segurança, lucratividade e liquidez. Épossível gerir ativos com lucratividade, resguardada a segurançae a liquidez dos mesmos?

Um método hábil na seleção de ativos que venha a desen-volver uma satisfatória performance, é pois do interesse dos in-vestidores, e, com freqüência novos métodos são sujeitos a in-vestigação. Um deles, por exemplo, é o "Modelo de previsão derentabilidade com base em controles" proposto por Armando deSanti Filho e José Olinquevitch27. Tal método tem como propostaprever a rentabilidade/lucro com base na utilização de controlesgerenciais, mas sua operacionalização parece pouco prática,porquanto requer uma entrevista de coleta de dados para cadaempresa em estudo. Dizem os autores:

Para que fosse possível medir a qualidade doscontroles gerenciais, tivemos de atribuir pontos acada tipo de controle previsto no modelo. O critérioutilizado para a atribuição dos pontos partiu da se-guinte premissa: quanto mais recente for a infor-

26 Edição de 13-02-97, p.B1, "Analistas mostram melhores opções"27 Análise de balanços para controle gerencial. São Paulo: Atlas,1995. P.227-273

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mação, menor será a possibilidade de ela estardefasada; com isso a probabilidade de o tomadorde decisões falhar será minimizada. Será mostra-do o roteiro, bem como a planilha, a ser utilizado naentrevista de coleta de dados...

Não parece muito prático tal modelo. Na Bolsa de Valoresde São Paulo, por exemplo, cerca de 50 empresas costumamcompor o índice Ibovespa — que engloba as ações mais negoci-adas e, portanto, com maior liquidez. Se o investidor pretenderselecionar seus ativos dentre este universo, ele teria de aplicar 50entrevistas e, para cada uma delas, elaborar uma planilha com oobjetivo de quantificar o "termômetro da rentabilidade"— um nú-mero entre 0 e 96,01, sendo que as empresas com rentabilidadesatisfatória teriam de obter 50 ou mais pontos.

O que ofereço, nesta obra, são dois métodos que conside-ro mais simples e tão ou mais eficientes. Um deles, elaboradopor mim, o indicador KM, tem origem na fusão de dois indicado-res:

• "termômetro de insolvência" de Kanitz28 (TIK), e o• "estipulador do Limite de Crédito de Morante"29 (LCM).

O indicador de Kanitz, quando aplicado a uma determinadaempresa por um investidor, mostra a potencial segurança quetal investidor tem em não perder o valor investido em decorrênciade falência da empresa. É um indicador que pode relativizar duasou mais empresas quanto à ameaça de uma insolvência.

A fórmula de Morante indica qual o limite de crédito (LCM)

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28 KANITZ, Stephen Charles. Indicadores contábeis e financeiros deprevisão de insolvência: a experiência da pequena e média empre-sa brasileira. Tese apresentada à Faculdade de Economia e Admi-nistração da USP para obtenção do título de Livre Docente em 1976.29 MORANTE, Antonio Salvador. Uma contribuição ao estudo de indi-cadores de limite de crédito. Dissertação apresentada à PontifíciaUniversidade Católica de São Paulo, para obtenção do título de mes-tre em Ciências Contábeis.

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30 Doravante se denotará de KM o indicador construído a partir dasfórmulas propostas por Kanitz e Morante, como se verá adiante.

que um investidor pode dar a determinada empresa. Um usoextrapolativo de tal fórmula é o de indicador do potencial delucratividade de uma empresa: quanto maior é a capacidade daempresa honrar créditos maior é a potencialidade de tal empresagerar recursos para tal e, portanto, maior é a potencialidade deproduzir resultados. Em outras palavras: lógica e empiricamentehá uma associação positiva muito forte entre o Limite de Créditoatribuído segundo Morante (LCM), com base em BalançoPatrimonial de uma empresa, e o resultado que essa empresatem no exercício imediatamente subseqüente.

As propostas de Kanitz e de Morante, devidamente adequa-das, constituem um único e eficiente indicador para a seleção deativos. Estudos exploratórios mostraram que efetivamente o indi-cador KM30 é eficiente como método de seleção de ativos poten-cialmente seguros e lucrativos.

Com base em estudos exploratórios, fazendo uso do méto-do estatístico denominado Q de Yule, pode-se afirmar:

• Há uma associação positiva muito forte (71,43%) entre oíndice KM de uma empresa e o LL/PL (Lucro Líquido/PatrimônioLíquido), no exercício imediatamente subseqüente. Um valor deQ de 0,7143 significa que se faria 71,43% melhor do que aoacaso ao predizer a ordem na variável LL/PL a partir da ordem navariável KM; ou, em outras palavras: as empresas de melhor índi-ce KM, no exercício subseqüente tendem a ter uma relação LL/PL também melhor do que as demais;

• Há uma associação positiva muito forte (74,40%) entreLCM/PL e LL/PL no exercício imediatamente subseqüente. Emoutras palavras: as empresas para as quais Morante recomen-da atribuir maior Limite de Crédito em relação ao seu PatrimônoLíquido, no exercício subseqüente tendem a ter a melhor relaçãoLL/PL.

• Há uma associação positiva substancial (63,60%) entre oLimite de Crédito negativo (-LCM) e o prejuízo no exercicio subse-

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qüente, ou seja: quanto pior for o Limite de Crédito que uma em-presa pode obter, segundo Morante, pior será o seu Lucro Líquidono exercício imediatamente subseqüente.

• Há uma associação positiva muito forte (72,7%) entre LCM/AT e LL no exercício imediatamente subseqüente. Isto é: quantomaior for a proporção do Limite de Crédito que uma empresa podeobter em relação ao seu Ativo Total, maior será o seu LucroLíquido no exercício imediatamente subseqüente.

O SMI é um oscilador que propõe ao investidor, informar omomento para compra ou venda de um título negociado em Bolsade Valores. O pressuposto deste método assenta numa relaçãoentre os preços de oferta e os preços reais praticados no merca-do. A tensão entre estes dois valores tende a determinar paraonde se deslocará o preço da ação.

As pesquisas exploratórias do método SMI, realizadassobre o comportamento de ações na Bolsa de Valores de SãoPaulo, também mostram que ele traz vantagens em relação àtécnica Buy-and-Hold. Cabe ressaltar que o investidor teria exe-cutado operações com um acerto em 88% das ordens.

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��TENHA POSTURA ADEQUADA

COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

CAPÍTULO 2

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Para operar na Bolsa de Valores, comprando e vendendoações, não basta conhecer técnicas. É preciso algo mais: é pre-ciso ter uma postura, adotar e acatar um conjunto de princípiosde ação, ter o que costumeiramente se denomina de filosofia. Afilosofia do investidor nada mais é do que um padrãocomportamental, um conjunto de hábitos, um estilo de atuar.

Você pode pretender adotar uma técnica qualquer de ope-rar, mas se não a respeita, se não a acata, se entra em pânico aomenor sinal de fraqueza, pode-se dizer que não tem técnica algu-ma. Neste capítulo você vai ver que além de técnica você precisater uma filosofia orientativa de ação.

Sucesso na Bolsa exige uma filosofia

Para ter sucesso nas operações das Bolsas de Valores - esempre falamos de um sucesso relativo, em relação à média domercado - o investidor deve ter, entre outras coisas:1

a) técnica para selecionar ativos;b) técnica para acompanhar os ativos selecionados;c) flexibilidade para mudar a constituição da carteira.

Além desse conhecimento técnico, deve ter uma determi-nada postura frente ao mercado - uma espécie de "filosofia deespeculador". Quanto a esta filosofia eu sempre recomendei eapliquei a filosofia do dançarino.

Nicolas Darvas, era um dançarino quando herdou algunslotes de ações. Ele não entendia nada de ações e começou aoperar na Bolsa, inicialmente como um tolo comum, um dessestolos que topamos sempre pela frente e contra os quais precisa-mos defender nossos negócios. Tinha todas as características1 Ver também, Contador, p. 88

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dos tolos especuladores: era crédulo, altamente influenciável eachava que entendia do negócio. Perdeu dinheiro, até que desco-briu, por acaso, como podia deixar de ser tolo.

A vida de dançarino o levava a ficar distante da Bolsa, doscorretores e dos jornais. Por esse motivo ele ficou impossibilitadode agir como um tolo. E foi o que lhe garantiu o sucesso: come-çando com uns poucos milhares de dólares herdados acabou porganhar dois milhões de dólares na Bolsa. E escreveu um livro2,que lhe deve ter dado mais alguns milhões, pois tornou-se umbest-seller. Efetivamente Darvas ganhou esse dinheiro, pois to-das as operações foram checadas e confirmadas por uma comis-são independente. Nessa obra ele mostra a sua Teoria das Cai-xas que veremos adiante.

Nesse livro, ele também divulgou a postura que adotavafrente ao mercado. Eu tenho usado essa teoria - à qual dei onome de Teoria do Dançarino - pois foi esta a condição que olevou a "descobrir" como enfrentar o mercado. Disse Darvas:

-Não siga nenhum serviço de informações: eles não sãoinfalíveis. Eu não sigo. Mas de vez em quando dou uma espiadanas revistas especialistas e confirmo a assertiva desta norma:tais serviços pouco mostram de útil.

-Tenha cautela com conselhos dos corretores: eles podemestar errados. Nunca peço conselhos ou indicações ao meu cor-retor. Mas sempre que podia ele me "recomendava" Acesita. Meparece que ele é um especialista nessa ação. Coincidentementenunca comprei Acesita.

-Ignore ditados da Bolsa. Eu ignoro ditados e comentários.Nada mais absurdo do que comentários de jornalistas sobre ocomportamento da Bolsa. Quando a Bolsa de Nova York cai e,por simples coincidência, a Bovespa também cai - lá vem aglobalização do mercado financeiro mundial para explicar isto;mas quando a de Wall Street cai e a daqui sobe, ninguém diznada. Parece que a globalização do mercado financeiro só seaplica em certos dias.

-Não negocie no mercado paralelo. Negociar no mercadoparalelo significa comprar ações fora da Bolsa, por outras vias.Costuma dar mais trabalho. Eu não negocio no mercado paraleloe, dentro da Bolsa tenho uma forte tendência para negociar ape-

2 ´DARVAS, Nicolas. Como ganhei dois milhões de dólares na Bolsa.

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nas com ações componentes do IBOVESPA - quase todas compresença diária nos pregões.

-Não dê ouvidos a boatos. Nem é preciso comentar isto.-Tenha uma orientação básica de operação. Traduzido em

miúdos isto significa: tenha uma técnica para selecionar ações euma técnica para acompanhar ações. Com a técnica de seleçãode ações se escolhe uma meia dúzia de ações que se deve acom-panhar; com a técnica de acompanhamento se vê quando se devecomprar e vender as ações. Seguir técnica significa ter um méto-do definido para operar na Bolsa de Valores, deixando de ladoquaisquer palpites e intuições. A respeito disto, costumo contaro seguinte caso. Numa dada ocasião tinha aplicado algum di-nheiro em ações da Paranapanema e, certo dia, quando me diri-gia para o escritório, comentei com a minha esposa3 , que achavaque o preço da Paranapanema ia cair. - Então porque não ven-des? — perguntou ela. Respondi que o gráfico de acompanha-mento não mandava vender. E foi assim que surgiu uma pequenadiscussão - coisa corriqueira e trivial - com minha mulher. Expli-quei-lhe que se desse ouvidos à minha intuição, estaria vendendopor intuição e comprando também por intuição. Donde, concluí,não necessitaria de nenhuma técnica para selecionar e acompa-nhar ações - mas me tornaria exatamente igual aos milhares emilhares de investidores que operam sem qualquer técnica. Eusei que a minha técnica não é infalível, já que está 70% das vezescerta; mas não a troco pela técnica do palpite que costuma estar70% das vezes errada. Claro que não vendi a Paranapanema.Esperei a ordem do gráfico, que só ocorreu três dias depois. Elatinha caído de preço.

-O jogo da Bolsa é contra fortes adversários. Eu digo queo jogo da bolsa é contra adversários tolos ou loucos -incomprensíveis, ilógicos - que se comportam como as mulhe-res4.

-Nada existe seguro no mercado - metade do tempo estamoserrados. Bom: se for metade do tempo é excelente. Como se

3 Sublime jararaca4 Le Bon é quem afirma isto: uma multidão de homens comporta-secom os mesmos caprichos de uma mulher. Se você entender demulheres - o que não é o meu caso - tem a possibilidade de enten-der a ilógica atuação dos especuladores nas Bolsas.

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sabe, a maioria dos investidores está errada 70 % do tempo.-Lide apenas com ações de grande volume: não se grudam

nas mãos na hora da venda. Aqui, Darvas, recomenda que se lidecom ações que têm presença constante nos pregões. Desta for-ma são fáceis de comprar e vender. Isto é importante para umaatuação como especulador; como investidor, com prazo longo,não.

-Não leia nenhum comentário. Eu não leio. Quando estouerrado estou por conta própria.

-Não existe relação entre as tendências do mercado e astendências de uma ação considerada isoladamente: podem sercoincidentes ou opostas. É uma verdade. Mas, estatisticamente,sabe-se que o mercado como um todo afeta 80 % o desempenhode uma ação. Estatistamente, também se pode avaliar a correla-ção que uma ação tem com o mercado como um todo, que érepresentado pelo índice IBOVESPA ou semelhante. O aviso deDarvas só serve para lembrar que o mercado pode subir e a açãodescer. Ou vice versa.

Warren Buffett é um bem sucedido investidor e divilgou suafilosofia — a Value Oriented — que, de uma forma geral propõe oseguinte:

1. Compre um negócio, não uma ação. Compre ações deempresas que tenham rentabilidade superior à média do setor; 5

2. Administre uma carteira de negócios, não de ações. In-vista em ações de empresas cujo negócio você entenda e te-nham boas perspectivas a longo prazo;

3. Não diversifique exageradamente a sua carteira: umportfólio com ações de meia duzia de empresas pode ser acom-panhado melhor do que contiver muitas empresas;

4. Desligue-se do mercado de ações. Não se preocupe mui-to com as variações de curto prazo, nem com opiniões alarmis-tas sobre a tendência do mercado.

O mais importante de seguir uma filosofia de ação que vocêdeve ter como investidor é evitar fazer o papel de tolo.

5 Para isto consulte revistas especializadas como Quem é Quem daRevista Exame e Balanço Anual da gazeta Mercantil. Mas não es-queça que sucesso passado não assegura sucesso futuro.

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Quase todo especulador é um tolo

Não é fácil entender a irracionalidade que norteia osespeculadores, quando julgados como um todo. Nenhum obser-vador, quando analisa os especuladores à distância, acreditaque as ações desenvolvidas por eles no mercado de ações sejamde "homens de negócios". Este "homem de negócios" - que per-de, como as estatísticas mostram, em mais de 70 % dos casos- talvez possa ser entendido pela leitura de Viana6 , Le Bon7 ouGasset8 . As massas têm características muito semelhantes àsmultidões. Elas são:

-crédulas - acreditam no noticiário dos jornais, acreditamnas calúnias mais absurdas, nas promessas mais utópicas, acre-ditam na propaganda, etc.;

-fortemente sugestionáveis: submetem-se facilmente a umadoutrina, a uma técnica, a uma moda, a um homem;

-enfátuas, cheias de si: julgam-se de nível superior nãoobstante a sua mediocridade e insuficiência.

Podemos afirmar que a maioria dos especuladores é com-posta de tolos e pretensiosos; pessoas crédulas, altamentesugestionáveis e que se julgam de inteligência superior. Na maio-ria das vezes - acima de 70 % - perdem dinheiro.

Negociar com tolos - não o sendo - não é uma tarefa fácil.São eles que conduzem os negócios nas bolsas. Quando menosse espera, uma ação, sem nada de substancial para isso, come-ça a subir; outra, nas mesmas condições, começa a cair. Porquê? Ninguém, absolutamente ninguém, conseguirá responder aesta questão.

O governo brasileiro — ao contrário do que ocorre nos ou-tros países — ainda é o grande acionista do país9:

6 VIANA, Mário Gonçalves. Psicologia das massas multitudinárias.Porto: Domingos Barreira, 1944.7 LE BON, Gustave. As opiniões e as crenças, São Paulo: BrasilEditora, 1956 e, Psychologia política, Rio de Janeiro: Garnier, 19108 GASSET, José Ortega. A rebelião das massas. São Paulo: Publica-ções Brasil, 1933.9 Nelson Niero, O governo ainda reina nas bolsas. Gazeta Mercantil,30.06.99, p.1.

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Em meados de junho, a União possuía sozinha R$26,5bilhões em participações, o equivalente a 9,9 do valortotal das ações das maiores companhias de capitalaberto do país.

Na condição de grande acionista, o Governo é também umgrande investidor — com presença constante na Bolsa por meiode diversas instituições. A pessoa física, no mercado à vista,representa cerca de 16% do volume negociado10 ; as instituiçõesfinanceiras representam cerca de 40% e os investidores estran-geiros cerca de 25%. Os investidores do tipo "pessoa física" re-presentam uma substancial parcela capaz de tumultuar o merca-do.

Tenha um plano de investimento

Zaremba11, recomenda que você tenha um plano de investi-mento que

nada mais é do que um esforço consciente e orde-nado de aplicar seu dinheiro. Você deverá acompa-nhar resultados, diversificar investimentos, procu-rar atender objetivos de renda e crescimento dopatrimônio que respondam aos seus anseios pes-soais.

Ter um plano de investimento significa pensar no melhormodo de alocar as suas poupanças em investimentos. Operarcom ações, a longo prazo, tende a trazer mais benefícios do quequaisquer outros tipos de aplicação12 . Mas, você deve operar

10 Soma dos volumes de compra e venda. Para conhecer o grau daparticipação dos investidores na Bolsa de São Paulo, consulte:www.bovespa.com.br þ INFORMAÇÕES DO MERCADO þ PARTICIPA-ÇÃO DOS INVESTIDORES.11 ZAREMBA, Victor. Cuidando do seu dinheiro. São Paulo: Saraiva,199712 O que é compatível com o risco: maior o risco maior a lucratividade.

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como investidor e como especulador. Destine parte da sua pou-pança e a administre como investidor13 ; outra parte administre-acomo especulador — é mais arriscado, mas muito mais emocio-nante.

Dez regras para você seguir

Não é difícil ser um tonto despassarado no mercado deações. Você evitará isso tendo um conjunto de regras balizandosuas atitudes. Acho de bom alvitre seguir os seguintes conse-lhos:

1. - Tenha uma orientação básica de operação:tenha uma técnica para selecionar ações e umatécnica para acompanhar ações;

2. - Não siga nenhum serviço de informações: Li-mite-se, de vez em quando, a dar uma espiada nasrevistas especialistas;

3. - Não dê ouvidos a boatos;

4. - Não leia comentários sobre as Bolsas;

5. - Lide apenas com ações de grande liquidez —aquelas que pertencem ao índice da Bolsa — paraoperar como especulador. Ações com baixa liquidezsó podem ser operadas como investidor;

6. - Não diversifique exageradamente a sua car-teira: no máximo acompanhe dez ações;

7. - Tenha um plano de investimento: planeje oque vai aplicar em ações, dividindo a poupança emduas estratégias: uma de longo prazo — adminis-trada pelos princípios dos investidores — outra decurto prazo — administrada mais dinâmica eemocionantemente sob os princípios doespeculador;

8. - Aplique na bolsa apenas o que tiver poupado.Jamais venda algo ou tome empréstimos para apli-car na Bolsa;

13 Buscando empresas com bons dividendos, orientando-se pelocash-yield, por exemplo.

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9. - Espere o fechamento do pregão para ver ascotações: evite ficar on-line, acompanhando a todoo instante as cotações. Isto gera ansiedade e ten-derá a fazer com que você comece a atuar comoum tolo. Poupe-se. Tenha calma. Não se angustie.Se você não for capaz disto caia fora do mercado:você não é suficientemente forte para o negócio daBolsa;

10. - Não comente seus negócios com ninguémnem divulgue a composição da sua carteira.

Luís Eduardo de Assis14 recomenda algumas regras práti-cas de sobrevivência na selva financeira:

1. Estabeleça um objetivo. Saiba o que você quer;

2. Conheça seu perfil de risco. A cada perfilcorresponde um produto — ou uma combinaçãode produtos — diferente;

3. Espere o seu momento. O tempo é seu aliado:nos últimos dez anos, um investidor que permane-ceu 18 meses na bolsa teve 4,5 vezes maischances de dobrar o capital investido que outroaplicador que tenha ficado apenas 6 meses;

4. Confie seus investimentos a um administradorprofissional;

5. Diversifique suas aplicações;

6. Rejeite dicas em geral;

7. Seja disciplinado. Invista regularmente.

Recomendações

Nesta obra, você verá inúmeros métodos para seleção eacompanhamento de ações. Siga um dos métodos recomenda-dos ou quaisquer outros, mas siga. Tenha uma filosofia de atua-ção e não se deixe levar por boatos ou "informações especiais".

Não abandone a sua postura perante o mercado: investi-

14 ASSIS, Luís Eduardo. A ansiedade mata. Exame, 697 (suplemen-to), p.32-3

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dor ou especulador. Recomendo que especule com apenas umaparte do seu dinheiro. Como investidor você deve orientar-se peloCash-yield, tendo um horizonte de longo prazo; como especuladororiente-se fazendo uso de quaisquer outros indicadores. Mas, sigao que o indicador informa. Outra coisa: não aplique na Bolsa di-nheiro que não constitua sua poupança. Bolsa é investimento;investimento é poupança. Aplique, portanto, as sobras do seuorçamento doméstico.

Uma vez selecionadas as ações que deve acompanhar comatenção — de 6 a 10 — atualize as suas planilhas diariamente ecompre ou venda de acordo com o que indica a técnica. Não sejaansioso: não "antecipe" compras ou vendas. Se o seu indicadornão mandar comprar, não compre — fique fora do mercado.

O investidor em ações, que é cuidadoso, via de regra se-gue três recomendações básicas:

1. Careful selection (seleção cuidadosa);2. Wide diversification (ampla diversificação);3. Constant supervision (supervisão constante).Uma seleção cuidadosa, significa escolha de boas empre-

sas - empresas que possam gerar resultados positivos e, destaforma, ter suas ações crescendo, em valor, na bolsa. As técnicaspara uma seleção cuidadosa você verá adiante, no Capítulo 6.

Ampla diversificação, significa seguir o ditado de não co-locar todos os ovos na mesma cesta. Há autores que afirmamque nenhuma ação deve representar mais do que 5% de toda acarteira - o que significa ter pelo menos uma carteira de 20 títu-los. Análises estatísticas, porém, demonstraram que cinco ouseis ações, de empresas de setores diferentes, são suficientespara constituir uma carteira adequadamente diversificada. Embo-ra devamos ter uma meia dúzia de ações na nossa carteira, deve-mos fazer o acompanhamento de uma dezena delas.

Constante supervisão, significa acompanhar o desempe-nho das ações no mercado.

Operando ou não pela Internet você deve ter bem presenteestas recomendações.

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��SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

CAPÍTULO 3

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��SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

Não faz sentido você pretender operar no mercado de açõese não possuir um adequado banco de dados, porquanto o merca-do de ações é muito técnico e exige do investidor uma atençãoespecial. Desta forma, você deve ter um banco de dados sobre omercado de ações: um conjunto de dados racionalmente arma-zenados que expressem os itens mais importantes sobre asações, os indicadores de mercado e as empresas.

Você pode, obviamente, operar com base na intuição, empalpites de terceiros ou por algum outro meio. Claro que pode.Mas é algo que sai muito caro. Se pretender operar no mercadode ações sem estar apoiado em um método, sugiro que gasteseu dinheiro de outra forma: apostando em cavalos. Pelo menosé mais emocionante.

A necessidade de informação

Um investidor - seja qual for o seu holding period1 -necessita de informações, e o tipo de informações depende dométodo que usa. Quando se opera com ações deve-se ter doismétodos:

a) um para escolher as empresas das quais deve operarcom ações na Bolsa de Valores — é o método de seleção deações

b) outro para saber quando comprar e vender ações dasempresas escolhidas — é o método de acompanhamento deações.

Dependendo dos métodos que faça uso, você necessitaráde um conjunto de informações. Se você fizer uso do indicador

1 Período de tempo em que um investidor mantém ações de umaempresa

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�� SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

KM e do oscilador SMI — como recomendo, você deve obteralgumas informações específicas, a saber:

a) o indicador KM exige os balanços das empresas;b) o método do oscilador SMI requer o comportamento di-

ário da ação na Bolsa, isto é: os preços mínimo, máximo, médio,de fechamento, oferta de compra e oferta de venda. Requer tam-bém o valor de um deflator, que geralmente é um índice como oIGP-M ou semelhante.

Considerando estes dois métodos, para operar você preci-sa ter:

I) Balanços de todas as empresas constituintes do Ibovespa(para através deles fazer o ranking do indicador KM) Os dadosnecessários ao cálculo deste indicador devem estar armazena-dos em planilhas no computador. Você só acompanhará as 10empresas com o melhor indicador KM. Trimestralmente, comnovos balanços, você recalculará o ranking. Recomendo umaplanilha para cada empresa, onde os balanços sucessivos vãosendo gravados.

II) Informações Gerais e Eventos das empresas. Estas in-formações podem estar na mesma planilha dos balanços. Sãodados referentes à empresa e ao setor em que a empresa atua, einformações úteis para tomada de decisão: quantidade de ações,dividendos, bonificações, subscrições, etc.

III) Deflator diário. Você construirá um deflator diário funda-mentado no IGP-M, que é mensal. Deve-se usar uma planilhapara conter o deflator.

IV) Dados dos pregões: Ibovespa e as 10 ações sob acom-panhamento diário.

E onde você encontra as informações de que necessita?Em alguns veículos, a saber:

q No jornal diário Gazeta Mercantil;q Na Internet

O objetivo principal deste capítulo é capacitá-lo a encon-trar e entender as informações que precisará para operar.

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Bolsas & Bolsas

No mercado financeiro encontramos dois tipos de bolsas:a) as Bolsas de Valores - nas quais são negociadas ações,

opções, recibos e outros direitos referentes ao capital social dasSociedades Anônimas de capital aberto; e

b) as Bolsas de Mercadorias & Futuros - bolsas onde senegociam os chamados derivativos, commodities (mercadorias)e índices.

Nas Bolsas de Mercadorias os investidores negociam:a) metais: ouro, prata, platina, cobre, paládio, alumínio,

chumbo, estanho, zinco, etc.b) carnes: gado em pé, suínos, frango, etc.c) moedas estrangeiras: franco suíço, marco alemão, iene

japonês, libra esterlina, dólar canadense, etc.d) taxas de juros: letras do tesouro, letras hipotecárias,

obrigações do tesouro, etc,e) cereais: soja, milho, trigo, aveia, cevada, centeio, óleo

de soja, farelo de soja, etc.f) outros produtos: café, cacau, algodão, suco de laranja,

lã, ovo, batata, açúcar, borracha, madeira bruta, madeira com-pensada, etc.

g) índices: diversos índices, como o Ibovespa.

Aqui não nos ocuparemos disso. Vamo-nos ocupar, nestaobra, essencialmente das Bolsas de Valores e da negociação deações.

Fontes de Dados

Para você, que pretende operar com ações, há duasgrandes fontes de dados, como viu: a Gazeta Mercantil e algunssites na Internet.

Tradicionalmente os jornais são as principais fontes de da-

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dos para os investidores. O Boletim da Bolsa de Valores de SãoPaulo é publicado no jornal Gazeta Mercantil. É deste jornal quevocê pode extrair os dados que os métodos de seleção e acom-panhamento de ações requerem.

Dispondo de computador você, via Internet, pode acessartambém os dados de que necessita. Os dados, essencialmentesão os mesmos: unicamente muda a fonte.

Desta forma, para cada tipo de dado informarei onde elepode ser encontrado dentro da Gazeta Mercantil e dentro daInternet.

Gazeta Mercantil

A Gazeta Mercantil é um dos mais importantes jornais doBrasil - se não o mais importante - e deve ser de leitura obrigató-ria por parte do investidor. Ele é editado simultaneamente emdiversas capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador,Porto Alegre, Belo Horizonte e Belém), o que lhe dá um caráternacional.

Além de inúmeros suplementos a Gazeta Mercantil é cons-tituída basicamente por 3 cadernos:

a) Caderno A, que se ocupa do noticiário Nacional, Política,Legislação e Internacional;

b) Caderno B: Finanças & Mercados, que se ocupa de:Finanças, Bolsas, Fundos, Commodities, Indicadores eAgribusiness;

c) Caderno C: Empresas & Carreiras que se ocupa de:Empresas, Informática & Telecomunicações, Administração &Marketing.

Os cadernos B e C são muito importantes para os investido-res, pois eles possuem os dados primários para alimentar osalgoritmos (isto é, as fórmulas) das técnicas de seleção e acom-panhamento de ações.

Particularmente eu coleciono, há anos, o caderno B Finan-ças & Mercados, além de uma página do caderno Empresas &Carreiras: aquela que contém a seção Bovespa. Veremos adi-

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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ante o motivo disto.Além disto, a Gazeta Mercantil possui um centro de infor-

mações eletrônicas que presta alguns serviços aos leitores, asaber:

— InvestNews: serviço de informações eletrônicas em tem-po real dividido em módulos;

— Gazeta Mercantil On Line: resumo das principais notíci-as da Gazeta Mercantil, a partir das 5 horas da manhã;

— Real Time News: divulga ao longo do dia notícias de eco-nomia, negócios e política;

— Cotações: fornece em tempo real as flutuações dos prin-cipais ativos financeiros negociados no Brasil: dólar, CDB, ouro,interbancário, etc., bem como taxas de empréstimos;

— Fundos: informações sobre o desempenho de todos osfundos de investimento;

— Balanços: possibilita a consulta das 17 principais contasdo balanço de 11 mil empresas, a partir de 1990;

- Banco de Dados: Centro de Informações que dispõe deséries históricas dos indicadores econômicos publicados no jor-nal;

- Balanços de Empresas: Balanços completos de empre-sas, a partir de 1996.

O caderno B da Gazeta Mercantil - Finanças & Mercados,é a principal fonte de dados para o investidor que não dispõe daInternet. Abra um desses cadernos e observe as partes principaisem que ele se divide, lendo os títulos que dividem o caderno.Você verá, numa edição típica, algo como:

— Finanças— Finanças Internacionais— Bolsas Nacionais— Bolsas Internacionais— Fundos de Investimentos— Commodities Minerais— Commodities Agrícolas— Agribusiness

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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— Indicadores NacionaisPara o nosso propósito nos interessa a parte Bolsas Nacio-

nais - e mesmo assim só algumas seções. O conteúdo de cadauma dessas partes do caderno pode ser assim descrito:

• -FinançasInformações sobre o mercado financeiro. De importante para

o nosso objetivo o box que contém os principais indicadores dainflação.

• -Finanças InternacionaisOcupa-se do mercado financeiro internacional: câmbio em

outros países, juros externos, taxas de juros Libor, etc• -Bolsas Nacionais

É a parte que mais interessa ao investidor do mercado deações. Contém o desempenho das ações e opções nas Bolsasde Valores - especialmente da Bovespa. Fornece também outrasinformações aos investidores.

• -Bolsas InternacionaisInforma sobre os índices de fechamento das principais

Bolsas de valores em todo o mundo e os preços das ações maisimportantes negociadas nas bolsas de: Buenos Aires, Caracas,Madrid, México, Nova York, Santiago, Taipé, Tóquio e Toronto.

• -Fundos de InvestimentosInforma o desempenho de diversos fundos: Fundos de Ren-

da Fixa, Fundos de Ações e de Carteira Livre.• -Commodities Minerais

Faz o acompanhamento dos preços das commodities mi-nerais negociadas nas Bolsas Mercantis estrangeiras: petróleo,metais, etc.

• -Commodities AgrícolasFaz o acompanhamento dos preços das commodities agrí-

colas negociadas nas Bolsas Mercantis nacionais e estrangei-ras: boi, frango, lã, laticínios, ovos, suínos, derivados de suínos;produtos vegetais: açúcar, algodão, alho, amendoim, arroz, aveia,batata, borracha, cacau, café, cebola, farinha de mandioca, fei

• — Agribusiness

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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• — Indicadores NacionaisResumo dos principais indicadores e outras informações.

A hemeroteca de um investidor

Para quem, além da Internet, pretende acompanhar a Gaze-ta Mercantil, é interessante constituir uma hemeroteca específi-ca. A palavra hemeroteca veio do grego hemera que significa diae de theke, que significa local ou depósito. Hemeroteca é o localonde se guardam, conservam e são consultados os jornais e re-vistas ou outras publicações periódicas.

O investidor deve possuir a sua hemeroteca onde possapesquisar dados. Particularmente eu coleciono:

1. O caderno Finanças & Mercados colocando na partesuperior direita, com uma caneta de ponta grossa, a data dopregão;

2. Dentro desse caderno coloco a folha inteira que contém aseção Bovespa e que está no caderno Empresas e Carreiras;

3. Coleciono também os balanços (e demonstrativos finan-ceiros) das empresas que fazem parte do Ibovespa - Índice daBolsa de Valores de São Paulo.

Particularmente, nunca recorto o balanço ou a seção: euarquivo a página completa. Os balanços podem ter sido publi-cados em qualquer caderno (A, B ou C). A técnica consiste emcolocar dentro do caderno B (Finanças e Mercados) as páginasinteiras, contendo recortes dos outros cadernos.

Minha hemeroteca de investidor, portanto, consta, do cader-no Finanças & Mercados da Gazeta Mercantil, complementadopor folhas inteiras destacadas de outros cadernos. Essas folhascontêm: a seção Bovespa e Balanços das empresas que me in-teressam.

Internet

As mesmas informações disponibilizadas pela Gazeta

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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Mercantil você pode encontrar na Internet. Os websites que pos-suem os dados que você vai necessitar são:

www.bovespa.com.br e www.cvm.gov.br.

Mapa do

Este é o site da Bolsa de Valores de São Paulo. Nele vocêpoderá encontrar na página A BOVESPA a história da instituiçãoe outras informações, como as regras de negociação em pregão.Na página INFORMAÇÕES DO MERCADO, você pode encontraras cotações e os índices, incluindo o de até nove pregões anteri-ores. Encontra também nesta página os títulos negociáveis naBolsa ou na página CIAS LISTADAS, você encontrará informa-ções sobre as empresas ou na página SOCIEDADESCORRETORAS, você encontra a lista de todas as SociedadesCorretoras (Membros e Permissionárias) com assento na Bovespa,mas é na página HOME BROKER que você encontra a lista dascorretoras que operam via Internet2 .

Mapa do site

A CVM — Comissão de Valores Mobiliários, tem a funçãode disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de valores mobiliá-rios, de forma a assegurar o exercício de práticas eqüitativas ecoibir quaisquer tipos de irregularidades.

É para esta instituição que as companhias abertas de-vem enviar os seus relatórios, cujo tipo, prazo e periodicidade deentrega obedecem à seguinte tabela:

www.bovespa.com.br

www.bovespa.com.br

2 No momento em que escrevo — final de janeiro de 2000 — existem15 sociedades corretoras que possuem Home Broker, isto é, permi-tem que o cliente opere via Internet. Obviamente que a tendência étodas as corretoras se conectarem ao sistema.

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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São estes relatórios, que as companhias enviam para a CVM,que devem ser consultados de forma a se buscar os dados ne-cessários às técnicas de seleção. Os relatórios podem ser tam-bém obtidos no site www.cvm.gov.br/pub/cvm

O site da CVM na sua página CIAS ABERTAS, apresentaas Demonstrações Financeiras das empresas que operam naBolsa. Para fazer, entretanto, a leitura de tais relatórios é neces-sário fazer uso de um programa especial, que a própria CVMfornece3 .

Portanto, as informações vitais podem ser buscadas naInternet ou na Gazeta Mercantil. O foco da leitura de um investi-dor nas Bolsas de Valores são as notícias referentes às empre-sas de capital aberto, cujas ações são negociadas no pregão.

Programas de Leituras dos Relatórios

A CVM disponibiliza no seu site o programa que permiteao investidor consultar os relatórios das companhias abertas. Paraobter a versão integral basta fazer um download do Divext: Siste-ma de Divulgação Externa. Este programa permite o acesso aosrelatórios que as companhias abertas enviam periodicamente àCVM.

O Sistema de Divulgação Externa — ITR/DFP/IAN, foi de-senvolvido pela Bovespa em apoio à CVM. Uma vez obtido este

3 Os programas do Sistema de Divulgação Externa possuem ver-sões para Windows 95 e para DOS.

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

OPIT EDADICOIREP AGERTNEEDOZARP

siaunaseõçamrofnI:NAI etnemlauna 50.13étA

seõçartsnomeD:PFDsariecnaniF

sadazinordaPetnemlaunA 30.13étA

seõçartsnomeD:FDsariecnaniF

etnemlauna 30.13étA

seõçamrofnI:RTIsiartsemirT

etnemlartsemirt 90.03e60.03;30.03étA

Page 57: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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programa, no site da CVM www.cvm.gov.br þ COMPANHIASABERTAS e indique o tipo de consulta:

n Demonstrações Financeiras oun Dados cadastrais.

Na janela de Busca, coloque a palavra chave referente àempresa que deseja. Por exemplo: Perdigao (não use acentos).

Clique em Busca e aguarde o resultado da pesquisa. Ser-lhe-á informado a quantidade de companhias selecionadas. Sele-cione a companhia que deseja e clique em Entrar. Surge umalista de diversos relatórios do tipo ITR, DFP ou IAN com o indicativodo tamanho do arquivo em Bytes e a data de disponibilização.Clique sobre o relatório desejado e automaticamente começa afazer-se o download.

Para arquivar adequadamente o subdiretório de destino,clique no diretório DIVEXT, na pasta DADOS e selecione asubpasta correspondente. No caso de um relatório ITR selecionea subpasta ITR. Complete o download.

O arquivo é gravado com uma definição do tipo: 01629999.wtl,onde:

n As primeiras 5 posições (no exemplo: 01629) contêm ocódigo de registro da empresa na CVM. É o caso da PerdigãoSA;

n As 2 posições seguintes (no exemplo: 99) indicam o anodo término do período informado;

n A última posição indica o mês de término do períodoinformado, utilizando 1 a 9 para os meses de janeiro a setembroe A, B, 0, para os meses de outubro, novembro e dezembro.

A extensão dos arquivos contém 3 letras:© W na primeira posição;© T, F ou A na segunda posição: T indica ITR; F indica DFP

e A indica IAN;© L, M ou N na terceira posição: L indica demonstrações

financeiras apresentadas, segundo o critério da Legislaçãosocietária; M indica demonstrações financeiras, segundo o crité-rio de Moeda de capacidade aquisitiva constante (nos casos deITR ou DPF); N para IAN.

Para ter acesso ao arquivo gravado, você deve fazer uso do

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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programa Divext. Feche inicialmente todos os programas queestiver usando e abra Divext. Selecione em Abrir, Carregar Arqui-vo. Com o cursor selecione o arquivo que deseja abrir nossubdiretórios ITR, DFP ou IAN. O arquivo selecionado serádescompactado.

Por meio do Divext, é possível ter acesso (para visualizar ouimprimir) a todo o relatório ou qualquer parte dele — o que sedenomina quadro

Um relatório típico, como o ITR, constitui-se em cerca de 30páginas. Por exemplo, o relatório 01629999.wtl, da Perdigão SA,referente às informações trimestrais (ITR) com data base em 30/09/99, constitui-se num total de 32 páginas, comportando algunsquadros tais como: composição do capital social; característicasda empresa; balanço patrimonial; demonstração do resultado;notas explicativas; comentário do desempenho, entre outros.

Dados que o investidor deve procurar

Você cotidianamente deve estar atento ao mercado. E issoexige que você procure informações que possam ser relevantespara a gestão da sua carteira. Essas informações podem sertanto procuradas na Gazeta Mercantil quanto na Internet. Abaixolistarei as informações que devem ser alvo da sua atenção e olocal onde elas são encontradas

Lendo os Relatórios da Bolsawww.bovespa.com.br þ INFORMAÇÕES DO MERCADO

GM: BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Para o investidor que opera nas Bolsas de Valores, importasobretudo esta parte, que, usualmente se divide em alguns bo-xes, ou páginas:

• Índice BOVESPA: Comportamento• Mercado à Vista -Cotações Unitárias• Mercado à Vista- Lote de Mil Ações• Concordatárias

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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• Fundos e Certificados• Mercado a Termo (30, 60, ... dias)• Opções (de compra, venda)• Avisos• Ajustes e proventos• Custódia e Liquidação• Bolsa de Valores do Rio de Janeiro• SENN

Nosso estudo está limitado às ações e à Bolsa de Valoresde São Paulo. Desconsideraremos, portanto, tudo quanto digarespeito a outros títulos, como as opções, e a outras Bolsas deValores. Também não nos ocuparemos dos Fundos (mesmo osFundos Mútuos de Ações) nem das operações nas Bolsas deMercadorias (commodities e derivativos). Vamos ver, portanto, osprincipais boxes da Bolsa de Valores de São Paulo.

BOVESPA- Informações do mercadowww.bovespa.com.br þINFORMAÇÕES DO MERCADO þ

ÍNDICES þGM: BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO þ

RESUMO

Na página referente a Informações do Mercado, em Índices,podem ser vistas diversas variáveis, tais como :

q Comportamento do dia, (dos índices Ibovespa, IBX e IEE);q Máximo e mínimo no ano;q Comportamento das ações que compõem os índices;q Evolução do fechamento;q Gráficos;q Mais informações sobre os índices.

Comportamento do dia

Nesta página, você pode ver como ocorreu a evolução de

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

Page 60: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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três índices: o Ibovespa, o IBX e o IEE. Eis um exemplo4 :

A primeira coluna mostra os pontos de referência mais im-portantes de um pregão: o de Abertura que, contraposto ao deFechamento mostra a tônica geral do mercado como um todo; oMínimo e o Máximo além do valor Médio. Observar que o valorMédio não é a média dos valores apresentados, mas um valorponderado5 . Recomendo que você confronte especialmente aAbertura e o Mínimo bem como o Máximo com o Fechamento.Observe no exemplo dado que, no caso do Ibovespa, a Aberturaconstituiu o preço Mínimo e que o Fechamento esteve muito pró-ximo do valor Máximo, denotando um mercado ascendendo firme-mente.

O valor do Índice Bovespa, (bem como os dos outros índi-ces) é mostrado em pontos6. O número de pontos representa decerta forma o valor monetário das ações que constituem umacesta especial de ações. Tal cesta constitui uma carteira teóricade ações, e seu valor serve como indicador do comportamento domercado. A carteira teórica é integrada pelas ações que, em con-junto, representam 80% do valor transacionado à vista nos 12meses anteriores à formação da carteira. A ação também deveestar presente, no mínimo, em 80% dos pregões realizados noperíodo. Ou seja: a carteira teórica constitui-se das ações maisnegociadas na Bolsa. Quadrimestralmente é feita uma reavaliaçãoque pode incluir ou excluir ações de tal carteira. O Ibovespa, as-sim, não tem um número fixo de ações — pois constitui-se doconjunto de ações que representam 80% do valor transacionado

4 Referente ao pregão do dia 30.12.1999.5 Considera o preço médio das ações que constituem o índice e aquantidade negociada.6 Equivalente a um montante em moeda corrente

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

aiDonotnematropmoC

APSEVOBI XBI EEI

arutrebA 777.61 661.3 065.3

ominíM 777.61 661.3 084.3

omixáM 401.71 832.3 195.3

otnemahceF 190.71 832.3 195.3

oidéM 989.61 402.3 925.3

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— mas seus número, ao longo dos últimos anos, tem osciladoentre 47 e 53. Podemos dizer que cerca de 50 ações respondempor 80% do valor transacionado e constituem o Ibovespa.

O Índice não ultrapassa o valor de 100.000 pontos: quandoele está próximo de ultrapassar este limite o Ibovespa é divididopor 10. Assim, quando o índice chega a 98710, por exemplo, elepassa para 9871. Isto ocorreu diversas vezes ao longo dos anos,unicamente para efeito de divulgação, de forma que não podemoscomparar o índice atual com algum índice no passado, sem sa-bermos quantas vezes ocorreu este ajuste7 .

Os outros índices — o IBX, Índice Brasil, constituído pelas100 ações mais negociadas e o IEE, Índice setorial compostopelas ações do setor elétrico — devem ser analisados da mesmaforma.

O valor de Fechamento do Ibovespa deve ser acompanhadopor meio de gráficos de médias móveis, como veremos adiante. Éaqui que você deve vir buscar a informação.

Máximo e mínimo no ano

Este box dá uma informação geral sobre o comportamentodo mercado como um todo, mostrando como está o pregão cor-rente em relação aos pontos Máximo e Mínimo. O box indica nãosó os valores para esses dois pontos mas, também, as datas emque eles ocorreram. Pelo exemplo, observa-se que o Ibovespa e oIBX fecharam o ano de 1999 no climax. O mesmo não ocorreucom o IEE, cujo ponto máximo ocorreu em 30/3/99.

7 Consulte a página www.bovespa.com.br þA BOVESPA þMERCADOSE ÍNDICES DA BOVESPA para ver a Carteira Teórica do Índice Bovespavigente e a Metodologia do Cálculo. Na Metodologia você poderá veras datas em que ocorreram ajustes no Índice.

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

onAonominíMeomixáM

APSEVOBI XBI EEI

omixáM 190.71M 832.3 192.5

99/21/03 99/21/03 99/3/03

ominíM 750.5 279 570.1

99/1/41 99/1/41 99/1/41

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Comportamento das ações que com-põem os Índices

Este box é muito importante para o investidor que acompa-nha a Bolsa, e fonte de informação relevante para a LAD — Linhade Ascensões e Declínios, técnica que veremos adiante. Eis umexemplo:

Neste box tem importância decisiva a quantidade de ações,do Ibovespa, que subiram (Altas) e desceram (Baixas). Observe,no exemplo, que todas as ações do índice foram negociadas.

Evolução dos fechamentos

Este box fornece informações sobre a variação dos índicesem relação a alguns períodos temporais. Considerando o exem-plo abaixo, observa-se que o Ibovespa, em relação ao dia anterior,teve seu Fechamento incrementado em 2,41% e no anoincrementou 151,92%.

É preciso tomar atenção ao título da informaçãodisponibilizada:

q No dia, significa a evolução ocorrida no índiceentre a Abertura e o Fechamento;

q Ontem, expressa a evolução entre o Fechamentode hoje e o Fechamento do pregão anterior;

q Na semana, indica a evolução ocorrida na se-mana que está correndo, e cujo início foi a última se-gunda-feira. Se você se encontrar numa quinta-feira, oindicador expressa a variação ocorrida desde segun-da-feira;

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seõçAsadotnematropmoC secidnÍsomeõpmoceuq

APSEVOBI XBI EEI

satlA 33 17 11

saxiaB 9 22 3

sievátsE 2 01 2

.geNmeS 44 601 61

latoT 44 601 61

Page 63: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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Gráficos

Nesta página você pode observar os gráficos do dia, domês e de 120 dias, referentes aos índices Ibovespa, IBX e IEE.Obviamente, é uma página para consulta rápida.

Mais informações sobre os Índices

Nesta página, você encontra informações sobre a compo-

q Em uma semana, indica a evolução ocorrida nosúltimos 7 dias;

q No mês, indica a evolução considerando o iní-cio do mês corrente. Se você se encontrar no dia 12, oindicador exprimirá a evolução dos 12 primeiros diasdo mês corrente;

q Em um mês, considera a evolução do índicenos últimos 30 dias, ou, mais precisamente, a varia-ção experimentada em relação ao mesmo dia do mêsanterior;

q No ano, indica a variação tomando como refe-rência o dia primeiro de janeiro;

q Em uma ano, toma como referência os 365 diasanteriores. No exemplo abaixo, como se refere ao pre-gão de 30/12/1999, obviamente a variação no ano eem um ano coincidem.

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

sotnemahceFsodoãçulovE

APSEVOBI XBI EEI

aidoN %98,1+ %33,2+ %29,1+

metnO %14,2+ %32,2+ %84,0+

anamesaN %31,7+ %76,6+ %65,5+

anamesamumE %31,7+ %76,6+ %65,5+

sêmoN %40,42+ %86,22+ %23,21+

sêmmumE %40,42+ %86,22+ %23,21+

onaoN %29,151+ %69,351+ %65,231+

onamumE %29,151+ %69,351+ %65,231+

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��SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

sição e metodologia dos índices Ibovespa, IBX e IEE. Para cadaum destes índices você encontrará os seguintes tópicos:

q Introdução;

q Índice Ibovespa (ou IBX ou IEE);

q Aspectos Metodológicos do Índice;

q Ajustes do Índice;

q Composição Atual da Carteira (período de vigência).

É claro que esta é uma página que você não pode deixar deconsultar, especialmente se não conhecer muito bem como osíndices são constituídos e operados.

Nesta página, você encontra também informações comple-mentares sobre o funcionamento do mercado. Veja, por exemploo que é e como opera cada um dos mercados:

q Mercado a Vista;

q Mercado a Termo;

q Mercado de Opções:

• Opção Ibovespa;

• Opção IBX.

VOLUMES NEGOCIADOSwww.bovespa.com.br þINFORMAÇÕES DO MERCADOþ

OPERAÇÕES þGM: BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO þRESUMO

Na página Operações, é possível tomar pulso do montantenegociado pelo mercado. No box Resumo do Dia, pode-se ver aparticipação de cada tipo de negócio: ações, opções, mercado atermo, etc.

BOLETIMwww.bovespa.com.br þ INFORMAÇÕES DO MERCADO

þBOLETIM GM: EMPRESAS & CARREIRAS þ BOVESPA

Page 65: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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Esta página contém informações muito importantes para oinvestidor. O próprio site indica o seu conteúdo e sua finalidade:

O Boletim é um novo serviço que a BOVESPA está co-locando à sua disposição e que reúne Comunicadosrecebidos das Empresas negociadas na BOVESPA,informações sobre Subscrições, Assemblé ias,Proventos, Leilões, Mercados de Opções e a Termo,Custódia e Liquidação, além de muitas outras.

Para obter essas novas informações, basta transferiros arquivos abaixo, através de download:

Estão disponibilizados os Boletins referentes aos últimosdez pregões. O download é um arquivo zipado nomeado bolxxyy,por exemplo: bol3012. Algumas informações disponibilizadas re-ferem-se a:

q Informativo;

q Comunicados;

q Empresas.

INFORMATIVO

Este box contém informações que interessam aos investi-dores e aos corretores. São informações sobre algumas altera-ções que ocorrem nas ações, geralmente decorrentes de proventos,previstas para o próprio ou próximo pregão.

Alterações no pregão

A leitura atenta desta seção permite extrair informações re-ferentes aos lotes padrão de cada ação. Na Bolsa de Valores,para cada ação, há um determinado lote padrão - quantidademínima de ações que podem ser negociadas no pregão, sem quea operação seja considerada no "mercado fracionário". Um inves-tidor pode comprar ou vender um ou mais lotes padrões; se aquantidade não alcançar o lote padrão as ações devem ser nego-ciadas no mercado fracionário - geralmente a preços inferiores.

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

Page 66: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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A lista do lote padrão, para cada ação, é periodicamentepublicada pela Bolsa; mas também pode ser obtida parcialmentepela leitura dos quadros "alterações". De qualquer forma, se oinvestidor pretender dar uma ordem que não seja lote padrão oumúltiplo inteiro deste o Corretor informa isso.

Exemplos:Alterações no pregão de 30/12/99

BANESTADO - Ações nominativas ex-subscrição. As ações excontinuam sendo negociadas com distinção de dividendo. Direitosaté 20/1/2000.

MERC BRASIL/MERC FINANC - Ações escriturais ex-juros.

Alterações previstas para o pregão de 3/1/2000

ANTARCT NORD/DROGASIL/ELETROBRÁS/POLAR/EMBRATEL PAR/TELE CL SUL/TELE CTR SUL/TELENORD CL - Ações escriturais ex-juros.

BRAHMA - Ações escriturais ex-juros. As ações PN excontinuam a ser negociadas com distinção de dividen-do.

CIM ITAÚ/MAGNESITA/SEG MIN BRAS - Açõesnominativas ex-juros.

RCTB 31 e 41 - Ex-juros.

ITAUBANCO - Ações escriturais ex-juros mensais.

ITAUTEC - As ações PNA passam a ser negociadascom distinção de dividendo.

MERC S PAULO - Ações escriturais ex-dividendo men-sal.

PETROBRÁS BR - Os atuais bloqueios em circulaçãono mercado perdem a validade para negociação emrazão da adoção do sistema escritural OT-1 Bradesco.

COMUNICADOS

No Boletim, você também toma conhecimento de comuni-cados das empresas ao público. Eis um exemplo de comunica-do:

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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LEILÃO DE VENDA DE AÇÕES DE PROPRIEDADE DAPREFEITURA MUNICIPAL DE OLIVENÇA/AL NABOVESPA

Papel/Tipo/Código/ Quantidade/ Preço Mínimo R$

Petrobrás ONPETR3 /23.786 335,00/mil ações

Petrobrás PN/PETR4/8.853 420,00/mil ações

Dia, horário e local: 4/1/2000, das 13h35 às 13h50, noSistema Eletrônico; Intermediadora: SLW CVC Ltda.(110).

A Corretora informou que se trata de ações de proprie-dade da Prefeitura Municipal de Olivença, Estado deAlagoas, e que a venda dessas ações foi autorizadaconforme Lei 0018/99, de 23/11/99, de acordo com asInstruções CVM 286, de 31/7/98, e 318, de 15/10/99.

Notas da BOVESPA: será permitida a livre interferência deCorretoras compradoras e vendedoras no leilão; caso ocorra ra-teio entre as Corretoras, o mesmo critério deverá ser observadopara os clientes.

EMPRESAS

Neste box, são encontradas as informações de interessegeral dos acionistas das empresas, tais como: avisos, distribui-ção de proventos, resumos das Atas das Reuniões das Assem-bléias Gerais e semelhantes.

Avisos aos acionistaswww.bovespa.com.br þ INFORMAÇÕES DO MERCADO

þBOLETIM GM: EMPRESAS E CARREIRAS þ BOVESPA

As companhias de capital aberto têm milhares (e muitasdelas: milhões) de acionistas. E a Lei das Sociedades Anônimasobriga que os acionistas sejam informados, através de anúnciosveiculados em jornais de grande circulação, de certos eventos.

Eis um exemplo de um Aviso aos Acionistas:

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

Page 68: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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PETROBRÁS DISTRIBUIDORA • Atendimento aos Acionistas.

Em decorrência da rescisão contratual da prestação de serviço peloBanco Itaú, a partir de 3/1/2000 o atendimento aos acionistas daEmpresa será prestado pelo Banco Bradesco S.A. Os atuais bloque-ios em circulação no mercado terão validade para liquidar as opera-ções realizadas até 30/12/99, inclusive, e serão aceitos para depósi-to até 6/1/2000. Após essa data os bloqueios não depositados per-derão sua validade, devendo ser substituídos.

Nota: a partir de 3/1/2000, os atuais bloqueios em circulaçãono mercado perdem a validade para negociação, em razão da ado-ção do sistema escritural OT- 1 Bradesco.

Fonte: www.bovespa.com.br þ Informações do mercado þ Bo-letim (dia 29.12.1999)

Distribuição Pública de Ações

Os acionistas, ou potenciais acionistas, são informados deque a empresa está recorrendo ao mercado para aumentar o seucapital social. Ás vezes, tais avisos são acompanhados de arti-gos. Por exemplo, ao lado do aviso de distribuição pública deações da Lorenz, numa determinada edição, a Gazeta Mercantilnoticiava: Lorenz emitirá ações para investir. E continuava:

Companhia quer captar $18 milhões e montar umanova fábrica de amidos especiais.

Por um bom tempo, a Lorenz foi uma das companhiasabertas que os investidores mal davam atenção. Sualinha de produtos ajudava a situação. Ela incluía con-servas, condimentos, adesivos vegetais e até máqui-nas para a indústria alimentícia. No ano passado fo-ram acrescidos novos itens: os amidos modificadosde milho e mandioca. Poderia ser uma forma de com-plicar ainda mais seu entendimento, mas foi justamen-te aí que a empresa resolveu sair a campo para mos-trar que é um bom negócio.

A reportagem, de autoria de Hilton Hida, ainda trazia a evo-lução das cotações das ações Lorenz PN, que estavam beirandoo valor $20,00 por lote de 1000 ações. A subscrição pelos inves-tidores a R$16,00 o lote de 1000, era interessante para os atuais

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acionistas.Caso um acionista não tivesse interesse em subscrever as

ações a que tem direito, ele poderia vender esse seu direito desubscrição a um terceiro.

Observe-se que a Companhia Lorenz estava captando di-nheiro ($18 milhões) para ampliar seus negócios - no caso, mon-tar uma nova fábrica. Ela estava dando 1000 ações ao investidore, em troca, recebia $16 do investidor. Este negócio opera-se nomercado primário.

O investidor, de posse das 1000 ações pode recorrer aomercado acionário para negociar as ações que possui, venden-do-as para outro investidor no pregão da Bolsa de Valores aopreço que desejar.

No primeiro caso, a Lorenz capta dinheiro, inverte-o numanova fábrica para realizar lucros de forma a distribuir dividendosaos acionistas - aos portadores das suas ações no momento emque ela distribuir os dividendos. No segundo caso, o investidor, naBolsa de Valores negocia as ações que possui. Os mercadosprimário e secundário são diferentes - mas interdependentes.As empresas de capital aberto desejam ter um mercado secun-dário ativo, que garanta liquidez aos seus acionistas - que garan-ta que eles, a qualquer tempo, possam comprar e vender açõessem dificuldade. Embora a empresa não tenha a ver com o lucroauferido pelo investidor na compra ou venda das suas ações, elasabe que um mercado acionário com liquidez possibilita que no-vos lançamentos de ações sejam levados a cabo com mais faci-lidade. Se um investidor não vê a possibilidade de converter emdinheiro o dinheiro que aplicou na compra de ações de uma dadaempresa a tendência é não adquirir ações de tal empresa. Nestacaso, a empresa tem muita dificuldade para fazer novos lança-mentos.

Fatos relevantes

As empresas também comunicam aos seus acionistas, oupotenciais acionistas, fatos importantes para ela e para eles. É oque se chama de disclosure: revelação de informações, por par-te da empresa, aos acionistas. É um instrumento imprescindível,

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não só para a tomada de decisão pelo investidor, como para suaproteção.

Exemplo de informação de fato relevante:

ELETROBRÁS • Fato Relevante

Informou que, com fundamento no disposto nos incisos I, II e III doart. 31 da Medida Provisória 1.985-22, de 10/12/99, a União foi auto-rizada a reembolsar à Eletrobrás valores correspondentes a: custoexcedente de geração de energia nucleoelétrica pela Usina de An-gra I, determinado em relação ao custo de geração de energia hidre-létrica por usina de semelhante capacidade; investimentos comple-mentares efetuados na Usina Angra I, a partir de 1º/1/85; e gastosefetuados, com recursos próprios, na construção das usinasnucleoelétricas de Angra II e Angra III, até 31/12/80. Em virtude des-sas disposições legais foi assinado, em 17/12/99, contrato de con-fissão e quitação de dívidas entre a União e a Eletrobrás, com ainterveniência de Furnas Centrais Elétricas S.A. e EletrobrásTermonuclear S.A. - Eletronuclear, no valor de R$ 2.487.988.146,60,posição em 30/11/99, para equacionamento do pagamento das re-feridas dívidas, em conformidade com o previsto no art. 32, incisos Ie II, da Medida Provisória citada. Informou ainda que, do montanteacima, R$ 1.805.865.120,56 foram pagos mediante a desobrigaçãodas dívidas, registradas na Secretaria do Tesouro Nacional - STN,em nome de Furnas, inclusive aquelas transferidas para aEletronuclear, decorrentes dos acordos de refinanciamento das dívi-das, firmados pela República Federativa do Brasil. O valor remanes-cente de R$ 682.123.026,04 foi pago mediante a emissão de ativossecuritizados, por meio do efetivo registro escritural de 677.425 ati-vos JSTN_A005, no Cetip.

Fonte: www.bovespa.com.br þ Informações do mercadoþBoletim (dia 23.12.1999)

Editais de Convocação e Resumo deAtas de Assembléias Gerais

www.bovespa.com.br þINFORMAÇÕES DO MERCADOþBOLETIM GM: Em página indeterminada

Anualmente, os acionistas devem reunir-se para apreciar o

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8 A lei das SA exige que as pessoas presentes à assembléiadevem provar a sua qualidade de acionistas" arrolando algumasnormas.

Relatório da Administração (Balanço, Demonstração do Resulta-do e outras informações). Tal reunião deve ocorrer nos primeiros 4meses após o encerramento do exercício social - que geralmenteé no último dia útil do ano. A essa reunião dos Acionistas se dá onome de AGO - Assembléia Geral Ordinária. Mas, a qualqueraltura os acionistas podem se reunir para discutir outros assun-tos, segundo uma prévia Ordem do Dia. A essa reunião se dá onome de AGE - Assembléia Geral Extraordinária. Na maioria dasvezes a Administração da empresa convoca os acionistas parauma AGOE- Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária.

Para a convocação a Administração da empresa publicaEditais. Observe-se que nesse Edital deve constar a Ordem doDia e o alerta de que, para participarem da AG deverão observar odisposto no artigo 126 da lei 6404/76 8 .

Uma vez realizada a Assembléia Geral a companhia publicaum resumo da Ata dessa Assembléia. Abaixo alguns exemplosextraídos do site da Bovespa.

DATAMEC • Deliberações de Assembléia

Na AGE de 28/12/99 foi aprovado o cancelamento de registrode companhia aberta de que trata o artigo 21 da Lei 6.385/76.O acionista controlador Unisys Brasil Ltda. pretende realizaroferta pública para aquisição da totalidade das ações do ca-pital social, ao preço de R$ 1.019,00/mil ações a ser pago avista.

Se você tivesse ações da Datamec em carteira, este avisoseria extremamente relevante, porquanto o acionista controladordecidiu adquirir todas as ações da Datamec em mãos do público,pagando R$1019 por lote de 1000 ações.

TELE CENTRO OESTE • Deliberações de Assembléia

Na AGE de 23/12/99 foi aprovada a incorporação da Coverage Parti-cipações S.A. (controladora), sem alteração do capital social, nosseguintes termos. O ágio que poderá ser amortizado pela TCO é de

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R$ 322.673.331,00, estimando-se a sua utilização integral em cincoanos, contados da incorporação. Os acionistas da Coverage rece-berão, em substituição aos direitos de sócios que se extinguirão,ações de emissão da TCO em igual número, mesma espécie e comiguais direitos das ações de emissão da TCO atualmente detidaspela Coverage, que serão canceladas em razão da incorporação.

Pagamento de Dividendos e de Juroswww.bovespa.com.br þINFORMAÇÕES DO MERCADO

þBOLETIM GM: EMPRESAS E CARREIRAS þ BOVESPA

Quem investe dinheiro numa aplicação de "renda fixa" rece-be juros; quem investe dinheiro adquirindo o capital social de umaempresa aufere dividendos (no caso das sociedades anônimas)ou lucros no caso das demais empresas.

O dividendo é, desta forma, um dos elementos importantespara o acionista, quando ele adquire ações de uma empresa. Elepode ter a estratégia de adquirir a ação e guardá-la - adotando afilosofia buy and put away 9 - ou de permanecer um curto perí-odo de tempo com a ação, esperando que ela suba de preço nomercado. Mas a subida de preço está, pelo menos teoricamente,associada ao desempenho futuro da empresa, isto é, à distribui-ção de dividendos.

Os dividendos são uma parte do lucro que a empresa obtevenum dado período, parte do lucro essa que é entregue aos acio-nistas na proporção do capital social que cada um tem.

A título de exemplo, admitamos que uma empresa - a BatatixSA - tenha constituído seu capital, arrecadando $100. Três acio-nistas entraram com o capital: o acionista A que subscreveu $40,o acionista B que subscreveu $30 e o acionista C que subscreveu$30. A empresa recebeu o dinheiro e entregou ao acionista A 400ações, ao acionista B 300 ações e ao acionista D 300 ações -num total de 1000 ações.

A empresa ficou com o dinheiro e começou a fazer os seusnegócios - por exemplo, comprar e vender batatas. Os acionistas

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9 Filosofia de investimento: a melhor maneira de ganhar é comprarações e guardá-las.

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ficaram com as suas ações - podendo fazer com elas o que dese-jassem.

O acionista A adotou a a filosofia buy and put away epermaneceu com as 400 ações; o acionista B, que tinha inicial-mente adquirido 300 ações, ficou com 100 e vendeu 200 para o(novo) acionista D, na Bolsa, pelo valor de $22; o acionista C, queinicialmente havia adquirido 300 ações vendeu todas para um ou-tro (novo) acionista E, pelo valor de $34.

Encerrou-se o exercício social e a Administração da BatatixSA apurou um lucro de $40. Convocou os acionistas para umaAssembléia Geral Ordinária. Reunidos, os acionistas delibera-ram o seguinte: do lucro ($40), $20 seriam distribuídas aos acio-nistas e o restante seria reaplicado na empresa.

Alguns dias depois da AGO a Batatix publicou um resumoda Ata da Assembléia Geral e, mais tarde, um aviso de distribui-ção de dividendos, em que informava que cada ação tinha direitoa receber $0,02 de dividendo (correspondente a $20 dividido por1000 ações). Desta forma, os acionistas receberam, de dividen-dos, os seguintes valores:

A: 400 ações. $0,02 = $8,00B: 100 ações. $0,02 = $2,00C: (não é mais acionista)D: 200 ações. $0,02 = $4,00E:: 300 ações.$0,02 = $6,00Cabe lembrar que os acionistas atuais não só receberam

dinheiro (os dividendos distribuídos), mas as próprias ações quepossuem também valorizaram. Vamos ver por quê.

A empresa Batatix SA começou com um patrimônio de $100- correspondente ao valor inicial entregue à empresa pelos acio-nistas. No primeiro exercício a empresa teve um lucro de $40, edistribuiu $20 de dividendos. O patrimônio líquido da empresa,após a distribuição dos dividendos pode ser assim descrito:

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Se analisarmos o caso do acionista A, por exemplo, verifi-camos que ele, logo após ter embolsado os dividendos, possui:

a) 400 ações, cada uma com o valor patrimonial $0,12, nototal de $48,00

b) $8,00 em dinheiro provenientes dos dividendos recebidosTotal: $56,00 .Lembremo-nos que o acionista A, inicialmente, havia com-

prado as 400 ações por $40.

A título de exemplo, podemos ver abaixo o aviso de distri-buição de dividendos da COFAP que, em 28.12.1999, deu início àdistribuição de um dividendo de R$0,01606 por ação - por contade lucros apurados no exercício social de 1998.

COFAP • Pagamento de Dividendo

Em 28/12/99 dará início ao pagamento de dividendo referenteao exercício/98, aprovado na AGO de 15/3/99, no valor de R$0,015823686/ação, sem retenção de IR na fonte. Sobre essemontante houve correção via Ufir, resultando no valor de R$0,000236314/ação, no qual incidirá IR à alíquota de 20%. Ovalor total corrigido é de R$ 0,01606/ação.

Observando-se o que estatui a Lei das Sociedades Anôni-mas, a companhia somente pode pagar dividendos à conta delucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de reserva delucros. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obri-gatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida noestatuto, ou, se este for omisso, metade do lucro líquido do exer-cício diminuído ou acrescido das quotas destinadas à constitui-

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$mex991.21.03meoçnalaB

laicoSlatipaC 001

oicícrexEodsorcuL 04

sodíubirtsidsodnediviD 02-

odiuqíLoinômirtaPodlatoT 021

seõçAededaditnauQ 0001

oãçAadaCedlainomirtaProlaV 21,0

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10 Com base no Decreto-Lei 1598 de 26.12.1977, que alterou alegislação do imposto sobre a renda.11 Extraído de www.bovespa.com.br do dia 23.12.1999.12 RCA: Reunião do Conselho de Administração.

ção da reserva legal, da reserva para contingências e lucros arealizar. A companhia que levantar balanço semestral, poderá pagardividendo à conta do lucro apurado nesse balanço. O pagamentode dividendo de ações nominativas será feito à pessoa que, nadata do ato de declaração do dividendo, estiver inscrita comoproprietária ou usufrutuária da ação.

Os proprietários de uma empresa, independen-temente dotipo dela, seja uma sociedade anônima, seja uma sociedade porquotas devem, a rigor, apenas receber a sua quota-parte dos lu-cros. Não faz sentido que um acionista ou um quotista recebajuros do capital investido. Porém10 , as companhias pagam jurosaos acionistas, que são, para efeitos práticos, equivalentes a di-videndos. O exemplo abaixo11 mostra o pagamento de juros aacionistas:

PERDIGÃO S.A. o Distribuição de Juros

Na RCA de 22/12/99 foi aprovada a distribuição de juros so-bre capital próprio, no valor de R$ 0,025062/mil ações, a serpago em 29/2/2000. Haverá retenção de IR na fonte à alíquotade 15%, exceto para os acionistas pessoas jurídicas imunesou isentas, que deverão apresentar documentaçãocomprobatória até 29/12/99

Nota: desde 23/12/99, ações nominativas ex-juros.

Obs.: no pregão de 23/12/99 foi adiada para as 11h30 aabertura dos negócios com as ações de emissão dessaEmpresa

Observe-se que as ações da Perdigão SA, na Bolsa pas-saram a ser negociadas EJ - Ex-Juros - a partir da data de23.12.1999, isto é, no dia imediatamente subseqüente à decisãoda RCA12 . O comprador da ação Perdigão PN*EJ não tem direitoa receber os juros distribuídos pela companhia.

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Acompanhe um extrato das listagens13 das negociaçõesdas ações PN (Preferenciais Nominativas)14 da Perdigão (Códi-go PRGA4) alguns dias antes e depois desta data:

Pela figura acima, observa-se que os negócios após EJ fo-ram feitos em 23.12.1999 ao preço médio de $3,29 por lote de milações. O acionista que vendeu a ação nessa data a $3,29embolsou este valor e ainda tem mais R$0,025062 a receber daPerdigão SA. Desta forma, o investidor que vendeu a ação em23.12.99, tem no seu bolso o correspondente a $3,29+$0,025 =$3,315. Se dividirmos este valor pelo valor médio do dia anterior($3,32) verifica-se que, ocorreu uma queda no preço médio de$3,32 para $3,315, ou seja, de seja, de -0,15%. Você verá adian-te que, por ocasião de proventos estes ajustes devem ser consi-derados. Seria errôneo considerar a variação existente entre osdois valores médios.

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Perdigão SA Negs. Qtde.

Data Realiz. Títulos

14.12.99 PRGA4 PN * 3,01 15 104.500.000

15.12.99 PRGA4 PN * 3,07 27 75.100.000

16,12,99 PRGA4 PN * 3,08 17 47.600.000

17.12.99 PRGA4 PN * 3,00 19 1.193.700.000

20.12.99 PRGA4 PN * 3,09 26 299.700.000

21.12.99 PRGA4 PN * 3,26 15 62.100.000

22.12.99 PRGA4 PN * 3,32 43 389.700.000

23.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,29 23 285.200.000

27.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,29 23 285.200.000

28.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,24 15 509.200.000

29.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,21 21 505.700.000

30.12.99 PRGA4 PN *EJ 3,27 15 100.000.000

Código Ação Méd.

13 As listagens dos dias 14.12.99 ao dia 29.12.99, foram extraídas dewww.bovespa.com.br þINFORMAÇÕES DO MERCADO þPREGÕESANTERIORES þ COTAÇÕES (HORÁRIO REGULAR) þ MERCADO ÀVISTA þ LOTE PADRÃO: COTAÇÃO POR LOTE DE MIL. Como sepode observar, a Bolsa, dia 31.12.99, disponibilizava 12 pregões: odo dia 30 e 11 anteriores a essa data. Selecionando com o cursor osdados da ação e copiando, é possível arquivar tais dados numaplanilha.14 O asterisco * indica que o preço se refere a lote de mil ações.

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Informações Financeiraswww.cvm.gov.br (para obter as informações)

www.bovespa.com.br þINFORMAÇÕES DO MERCADO þBOLETIM (para saber as empresas que disponibilizaram seusrelatórios na Bovespa)

GM: Balanços publicados em páginas indeterminadas. EmEMPRESAS & CARREIRAS þBOVESPA pode-se ver as em-presas que disponibilizaram seus relatórios.

Os relatórios contábeis são peças muito importantes paraos acionistas e público em geral. É através desses relatórios quemuitos acionistas ou potenciais acionistas definem suas políti-cas de investimento, determinando quais ações devem comprar equanto de cada ação. A CVM- Comissão de Valores Mobiliáriosexige que a cada trimestre as empresas de capital aberto, emi-tam um relatório contábil: Balanço e Demonstração de Resulta-dos.

É preciso atentar para o fato de as informações contidasnos Balanços conterem, potencialmente pelo menos, algum des-vio. Isso se deve ao fato de o governo brasileiro, no esforço deacabar com a indexação da economia, ter extinto, em 1966, acorreção monetária nos balanços - o que acabou por gerar algu-mas distorções. Até 1995, as companhias abertas eram obriga-das a fazer balanços para divulgação ao mercado de capitais comcorreção integral - em que todas as contas eram reajustadas paraa moeda do último dia do exercício, eliminando as distorçõesprovocadas pela inflação. Além desse balanço, as empresas, deacordo com a legislação societária, devem emitir um outro. Nes-te, não se aplica a correção integral. Desta forma, as companhi-as abertas divulgam geralmente dois balanços: um com Corre-ção Monetária Integral e outro segundo a Legislação Societária.As distorções entre tais balanços acabam sempre por surgir - e,às vezes, são expressivas. Por exemplo, no balanço do primeirotrimestre de 1966, a Cesp pela Legislação Societária teve umprejuízo de $117 milhões e, pela Correção Integral, lucrou $100milhões. No balanço do trimestre seguinte, essa mesma empre-sa apresentava, pela Legislação Societária um prejuízo de $293milhões e, pela Correção Integral um lucro de $157 milhões.

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Jorge Kotani, da Lafis, uma prestadora de serviços ao mer-cado de capitais diz que

em qualquer circunstância, a correção integral é umretrato mais fiel da situação das empresas. "A realida-de da Cesp não é um prejuízo de quase R$300 mi-lhões, mas um lucro", observa. Outros analistas, comoMarcelo Audi, do Banco Patrimônio, consideram que,por isso mesmo haverá uma tendência de o mercado"dar desconto" para as ações de companhias que nãodivulguem seus balanços pelo método da moeda cons-tante. Elas podem alegar razões econômicas para cal-cular apenas as demonstrações pela legislaçãosocietária.15

Sob o título "Demonstrações financeiras recebidas pelaBovespa", no site www.bovespa.com.br, encontra-se a lista dasempresas que entregaram suas demonstrações financeiras obe-decendo à lei 6404/76 16

Deflator

Você necessita de um deflator que torne possível expressaros valores das ações em termos de moeda constante. Usandoum deflator, você pode comparar os preços de uma ação ao longodo tempo, pois os valores estão expressos em uma "moeda for-te" com poder aquisitivo razoavelmente constante.

O deflator que uso - e veremos adiante como isso é feito - éa MF$ (moeda forte) derivada do IGP-M — Índice Geral de Pre-ços- Mercado.

EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIALwww.bovespa.com.brþCIAS LISTADASþDEMONSTRAÇÃO

DA EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

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15 HIDA, Hiltom, Distorções de balanço aumentam. Gazeta Mercantil30.8.96, p.C-416 Também conhecida como Lei das SA

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17 Na Gazeta Mercantil este box sai apenas nas edições de segunda-feira

GM: FINANÇAS E MERCADOS þ BOLSAS NACIONAISþ Demonstrativo da Evolução do Capital Social das Empresas (Al-terações da Semana)17

Esta página é de vital importância para você obter informa-ções sobre os proventos das ações das empresas que você acom-panha. O demonstrativo da evolução do capital social informa aoacionista como se distribui o capital social e quais os direitos quetêm sido distribuídos aos acionistas. A maioria das vezes o in-vestidor atento sabe, através dos Editais ou de outras fontes,quais os valores dos direitos referentes a Dividendos, Bonificaçõese Subscrições. Mas este quadro faz um resumo completo.

O demonstrativo é apresentado em forma de um quadrosinóptico com as seguintes colunas:

3 Empresa / Código - Data — indica o nome daempresa e o código da empresa, Por exemplo:FOSFÉRTILFFTLUma data após o código da empresa indica a partirde quando as ações passaram a ser cotadas porunidade. Exemplo:SUL TEPASULT 01/09/94A partir desta data as ações da Sultepa passaram aser cotadas por unidade, e todas as informaçõesreferentes a proventos (dividendos, subscrições,bonificações) estão com seus valores expressos porunidade.

3 Capital Social R$ - Quantidade de ações/mil — Indi-ca o capital social da empresa e a quantidade deações correspondentes. Este valor está dividido pormil, pelo que o número total de ações deve ser mul-tiplicado por mil. Por exemplo, no caso da SULAMER NAC, cujo código é SASG:246.837.639

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1.250.847Significa isto que a empresa tem um Capital Socialde R$246.837.639,00 dividido por 1.250.847.000ações.

3 Forma — indica o modo como as ações foram emi-tidas:ES significa ações escriturais;

NO significa ações nominativas.

3 BON - SUB - DIV — indica a ocorrência de proventoscorrespondentes a bonificações, subscrições e divi-dendos.

3 Aprovado em — indica a data da Assembléia Geralna qual o provento foi aprovado. Por exemplo, nocaso da SULTEPA temos:BON 09/12/94SUB 03/07/95DIV 30/04/99O relatório apresenta sempre o último evento. O con-teúdo não significa que a SUTELPA apenas conce-deu uma bonificação, uma subscrição e uma distri-buição de dividendos, mas sim, que, a última vezque ocorreram tais eventos foram nessas datas.

3 Negócios com até — indica a data do pregão noqual foram realizadas negociações com proventos.No pregão seguinte ao da data anunciada as açõesforam negociadas ex-proventos.

3 Percentagens e preços — esta coluna é única paraBON e tripla para SUB e DIV. Convém ler os valorese as observações contidas na coluna seguinte. Con-sideremos caso a caso:

n BON — Percentagem: indica a percentagem dabonificação. Por exemplo, um valor de 4900indicaria que o acionista receberia 4900 ações porlote de 100 ações das quais fosse titular, passan-do a ter, portanto, 5000 ações.

n SUB — Percentagem / Preço emissão / Negociac.Direitos: indica, no caso de subscrição qual a per-

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centagem que o acionista poderia subscrever, qualo preço que ele deveria pagar pela ação subscrita(ou lote de mil ações, conforme o caso) e o períodode negociação dos direitos de subscrição naBovespa18 . Quando a companhia aumenta seu capi-tal social, permite que seus acionistas subscrevamações, isto é, comprem ações a um determinadopreço — preço de emissão. Obviamente este preçode emissão tende a ser inferior ao valor de mercado,já que não faria sentido um acionista comprar umaação a $10 da empresa se pudesse comprá-la a $8na Bolsa. Ocorre justamente o oposto: o acionistapode comprar a $8 quando a ação está a $10 nomercado, o que constitui uma boa vantagem. Se oacionista não quiser subscrever as ações, poderávender este direito a terceiros, negociando-os naBolsa no prazo indicado. Por exemplo, no caso daSUTELPA:SUB 0,09523809 1.000,00 6/7/95 a 28/7/95 Signifi-ca isto que o acionista que possuísse um milhão deações poderia comprar 952,38 ações ao preço de$1000 cada uma delas.

n DIV — Valor p/ ord. / Valor p/ pref / relativo a: indicao valor dos dividendos relativos às ações ordinárias,o valor relativo às ações preferenciais e a descriçãodo exercício aos quais os dividendos se referem. Porexemplo, no caso da USIMINAS temos:DIV 0,177436 0,1951796 INTERM/99

Isto significa uma distribuição de um dividendo de$0,177436 para a ação ordinária, um dividendo de$0,1951796 para a ação preferencial, referentes aoBalanço intermediário levantado em 1999. Em ob-servações pode-se verificar que o início do paga-mento ocorreu em 20/09/99.

Veremos que os dados constantes do Demonstrativo daEvolução do Capital Social das Empresas são muito importantes

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18 Se o acionista não quiser fazer uso do direito de subscrever açõesele pode vender esse direito na Bolsa.

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para o estabelecimento correto do INDAÇ — o índice da ação,que será visto no capítulo seguinte.

COTAÇÕESwww.bovespa.com.br þINFORMAÇÕES DO MERCADO

ÞCOTA-ÇÕESþ HORÁRIO REGULAR GM: FINANÇAS & MER-CADOS þ BOLSAS DE VALORES

Na Bolsa de Valores de São Paulo, são feitos inúmeros ti-pos de negócios. E esses negócios são agrupados por algumadas suas características. As operações que envolvem o maiorvolume de dinheiro são aquelas que representam negociação deações em Lotes Padrão e Opções de Compra. Estes tipos denegócios representam, na maioria das vezes 98%, do volume detudo o que foi negociado. Mas há outros tipos de negócios, comopor exemplo:

a) concordatárias - referentes a empresas que pediramconcordata (acordo com os credores). Há um quadro que mostraos negócios feitos com empresas nesta situação

b) Direitos e Recibos: direitos de subscrição ou recibos re-presentando ações.

c) Fracionário: negociações fora do lote padrão.

Mercado à Vista

Vamo-nos apenas ocupar do mercado à vista -portanto, domercado em que a liquidação se faz praticamente no dia seguin-te. Na verdade, aquele que compra as ações deve liquidar19 onegócio no terceiro dia útil não feriado bancário após a ordem decompra. Por exemplo, se o investidor realizou a ordem na segun-da feira(D+0), deve pagar na quinta-feira (D+3). Com o que vendeuacontece o mesmo: vende na Segunda, mas só recebe na quinta.

As informações do quadro Mercado à Vista são muitoimportantes para o investidor. Não as informações referentes a

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19 O valor total é correspondente ao valor das ações, mais a taxa decorretagem, mais as taxas da Bolsa.

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um único pregão, mas as informações referentes a vários pre-gões. Desta forma, o investidor consegue definir a "tendência" daação.

Por herança dos sucessivos Planos Econômicos a Bolsade Valores herdou diversos problemas. Entre eles, destaca-se ofato de certas ações serem negociadas unitariamente e outrasem lotes de 1000. O Boletim da Bolsa separa as listagens. Porconvenção, um asterisco (*) após o tipo da ação significa que opreço indicado se refere a um lote de 100020 ações. Por exem-plo: ON* significa um lote de mil ações ordinárias nominativas.

Na página Cotações — Mercado à Vista, a Bovespadisponibiliza um conjunto de listagens, a saber:

n Lote padrão: cotação por lote de mil;n Lote padrão: cotação unitária;n Concordatárias: cotação por lote de mil;n Direitos e recibos: cotação por lote de mil;n Direitos e recibos: cotação unitária;n Bônus (Privados): cotação por lote de mil;n Leilão: cotação unitária;n Outros: cotação por lote de mil;n Lote fracionário: cotação por lote de mil;n Lote fracionário: cotação unitária.

Interessa-nos, sobremaneira, as cotações dos Lotes Padrão.Tanto para as cotações por lote de mil quanto para cotações uni-tárias, as listagens apresentam-se em 12 colunas:

1. Cód. : informa o código da ação na Bolsa de Valores deSão Paulo21 . O código da ação é composto por quatro letrasseguido de um número que indica o tipo de ação. O número 3indica ON, o número 4 indica PN, os números 5 ou 6 indicamações do tipo PN de séries distintas; PNA ou PNB, por exemplo.Ao dar uma ordem de compra ou de venda o investidor deve fazeruso do nome e código da ação - para evitar confusões. Na Gazeta

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20 Não confundir isto com Lote Padrão. O lote padrão de uma açãounitária pode ser 1, 10, 100 ou 1000 ações.21 Que pode ser diferente do código da mesma ação em outraBolsa.

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Mercantil, antes do código da ação pode aparecer um símbolo,cujo significado é o seguinte:

& indica ações negociadas no META — programa de in-centivo à liquidez;

• indica preço por ação unitária;* indica cotação ou preço de exercício por lote de mil;$ indica opções referenciadas em dólar;@ indica ação componente do Índice Bovespa.Eis alguns códigos de ações:ACES3 Acesita ON*ACES4 Acesita PNARCZ6 Aracruz PNBCRUZ3 Souza Cruz ON2.Emp/Ação: indica o nome da empresa emitente da ação

e o tipo da ação, que geralmente é ON (Ordinária Nominativa) ouPN (Preferencial Nominativa). Se a indicação do tipo da ação vieracompanhada de um asterisco, por exemplo, PN*, você já sabeque indica que a cotação refere-se a um lote de mil ações. Adescrição do tipo de ação pode vir acompanhada de outras infor-mações, como por exemplo:

• PN*INT — indicando ação que faz juz a dividendo integral,para a distinguir de outra que faz juz a dividendo parcial.22 . Àsvezes em vez de INT vem a expressão I99, por exemplo, parasignificar que a ação faz juz a todos os benefícios referentes aoexercício de 1999. As ações não integrais - pró-rata - fazem juzapenas a uma parte dos resultados. Neste caso, são destacadascom a letra R;

• PNA ou PNB: ações de séries distintas (série A ou sérieB);

• ON ED — ação ordinária nominativa ex-dividendo: não fazjuz ao dividendo;

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22 Isto ocorre porque muitas vezes novas ações são subscritas comparte de um exercício social já transcorrido. Uma ação que foi lançadaem junho não pode ter direito, obviamente, ao mesmo dividendo deuma ação que já existia em janeiro. Esta última faz juz ao dividendointegral.

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• PN EJ — ação preferencial nominativa ex-juros;• ON ES — ação ordinária nominativa ex-subscrição: o com-

prador não tem direito a subscrever ações;• PN EB — ação preferencial nominativa ex-bonificação.

3. Abt.: indica o preço de abertura, ou seja, o valor do pri-meiro negócio feito no pregão com a ação. Enquanto não ocorre oprimeiro negócio, diz-se que a ação não abriu. Para ocorrer oprimeiro negócio, é necessário que um vendedor encontre umcomprador e que ambos acertem preço e quantidade. No site daBovespa, as cotações apresentadas são apenas das ações ne-gociadas. Na Gazeta Mercantil, você encontra a listagem inte-gral, podendo ver as ofertas de compra e venda de ações que nãochegaram a ser negociadas. Por exemplo, a ação CEPE5 (CelpePNA*), num dos pregões em que não ocorreu negociação, haviaum comprador disposta a pagar $5,00 por um lote de mil ações,mas o vendedor só vendia por $5,47. Não foi realizado negócio: aação não abriu.

4. Min.: indica o preço mínimo, o preço mais baixo que aação atingiu no pregão. O preço de uma ação, isoladamente, nãodá qualquer atributo de qualidade à ação. Por exemplo, no últimopregão de 1999, um lote de mil ações BCAL6 (Bic Caloi PNB*),foi adquirido ao mínimo de $0,16; no mesmo pregão mil ações daBDLL4 (Bardella PN), foram negociadas ao preço mínimo de$67.000,0023. Isto não significa dizer que a ação mais cara é me-lhor do que a mais barata: significa dizer que o Capital Social decada uma das empresas está dividido de forma diferente. Umaempresa com um capital social de $100 milhões pode ter 100milhões de ações — cada uma com o valor de $1,00; outra em-presa com o mesmo capital social pode emitir apenas um milhãode ações — cada uma com o valor de $1000. A qualidade daação se verifica pelos resultados da empresa.

5. Méd.: representa o preço médio de todas as ações ne-gociadas no pregão. É um preço ponderado. Por exemplo, se1000 ações foram negociadas a $10 cada uma e 2000 ações a

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

23 Cada ação unitária foi negociada a $67,00.

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$11, significa que 3000 ações foram negociadas por um total de$32000, o que dá um preço médio de $10,67

6. Máx.: indica o preço máximo que a ação atingiu.

7. Fech.: indica o preço da ação no último negócio realiza-do. É considerado o preço mais importante da ação no pregão.Geralmente, ao nos referirmos a uma ação num determinado dia,costumamos dizer, por exemplo, que ela "fechou a $3,80".

8.Oscil. (%): Indica a variação da ação considerando ospreços de fechamento do dia e os do pregão imediatamente ante-rior. É calculado dividindo o preço de fechamento do atual pregãopelo preço de fechamento do último pregão na qual ela foi nego-ciada. Se a última negociação foi há mais de 15 dias a oscilaçãonão é apontada; também não é apontada se a ação distribuiu"benefícios": dividendos ou subscrição. Também não é apontadase a variação tiver sido nula. Neste caso, dizemos que a açãopermaneceu "estável", o que é indicado, na coluna variação, pelosímbolo (=). Não é muito significativo o valor referente a umaoscilação diária, porquanto a ação pode simplesmente estar serecuperando de uma queda maior ocorrida no pregão anterior. Aoscilação de um dia é pouco representativa da tendência da ação.

9. Oferta Compra: indica o mais alto valor que alguémestava ofertando para comprar a ação quando o pregão encerrou.

10. Oferta Venda: indica o menor valor que alguém esta-va ofertando para vender a ação, quando o pregão encerrou.

11. Negs.Realiz.: indica a quantidade de negócios reali-zados. Não indica o número de investidores que participaram donegócio. Uma corretora para comprar ações para um único inves-tidor pode ter feito 2, 3 ou mais negócios. Isso é comum quandoas ordens são grandes. Se você der uma ordem de compra de10.000 ações, é provável que a Corretora a execute em partes:compra 1000 a um preço, mais 5000 a outro e ainda mais 4000 aoutro preço.

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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12.Quantidade de títulos: indica a quantidade de açõesque foram negociadas no pregão. A quantidade de títulos negoci-ada, multiplicada pelo preço médio, dá o volume negociado coma ação.

Esta listagem é a mais importante para o investidor, pois édela que ele extrai as informações que o orientarão nas suasdecisões de comprar ou vender. Observe que praticamente todasas ações do Índice Bovespa são altamente negociadas; têm oque se chama de "liquidez". Muitas ações não são negociadas:aparecem apenas ofertas para comprar ou vender - sem que onegócio se concretize.

Por exemplo, no último pregão de 1999, a ação PRGA4(Perdigão PN*) foi listada desta forma:

A ação é negociada em lotes de mil ações, o que é indicadopelo asterisco (*) após o tipo de ação (Preferencial Nominativa).Recentemente distribuiu juros e está sendo negociada ex-juros.Abriu a $3,29, atingindo um mínimo de 3,21. O seu preço máximofoi de $3,29, que foi também o preço de fechamento. Seu preçomédio foi de $3,27. Em relação ao fechamento anterior a açãoteve um incremento de 3,13%. Apesar do fechamento a $3,29,havia comprador a $3,30, mas os vendedores queriam $3,40. Fo-ram feitos 15 negócios movimentando um total de 100 milhões detítulos.

Cabe destacar que as ofertas, tanto de compra quanto devenda, são sempre as melhores que existem no momento: é a depreço de venda mais baixo e a de preço de compra mais alto.Supondo que existia, para essa ação, três investidores, preten-dendo compra a $3,25, $3,28 e $3,30 e dois investidores preten-dendo vender a $3,40 e $3,50, no quadro surge apenas $3,30 e$3,40.

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

PRGA4 PERDIGAO S/A PN *EJ 3,29 3,21 3,29

Ofertas Ofertas Negs. Qtde. Compra Venda Realiz. Títulos

3,27 3,29 3,13 3,30 3,40 15 100.000.000

Min. Máx.

Méd. Fech. Osc.

Código Empresa Ação Abert.

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Concordatárias

As empresas que entraram em concordata continuam sen-do negociadas na Bolsa, mas é feita uma listagem particular. Asconcordatárias - embora pela possibilidade de falência represen-tem um alto risco - costumam ser um excelente negócio a longoprazo. O que é que se faz com um centavo hoje em dia? Poisbem: esse foi o preço média de mil ações das Lojas Hering PN*no último pregão de 1999. Mil ações da Tectoy foram negociadasnessa mesma data a cinco centavos.

Outras Negociações

Há outras negociações das quais não vou me ocupar aqui,e que envolvem:

• Direitos e recibos;• Fundos e certificados;• Bônus privados;• Mercado a termo (30, 60, 90, 150 e 180 dias);

Também não nos ocuparemos do mercado de opções, nemdo mercado fracionário.

CONCLUSÃO

Você viu, neste capítulo a informação que é relevante paraum investidor, especialmente onde ela se encontra disponível e oque ela significa. A informação que você deve buscar dependefundamentalmente do método que adotar para selecionar e acom-panhar ações. Os diversos métodos serão vistos adiante.

SAIBA LER OS RELATÓRIOS DA BOLSA

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� APRENDA A CONSTRUIR O INDAÇ DE UMA AÇÃO

COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

PARTE 4

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O INDAÇ de uma ação

Quando se olha as cotações de uma ação ao longo dotempo, pelos jornais, não se pode falar nada sobre o desempe-nho dessa ação. Os preços nos pregões retratam as negocia-ções da ação na Bolsa - mas não informam sobre os benefíciosque os investidores receberam.

Considere-se o exemplo da Magnesita PNA: a figura 4.1mostra os preços: mínimo, máximo e de fechamento, num deter-minado período. Nessa figura o preço de fechamento da Magnesitapassou, dia 2/5 de $2,05 para $2,00. Pode-se afirmar que, nestecaso, o valor da ação caiu?

Para se dar uma resposta segura a esta pergunta é ne-cessário construir o INDAÇ — Índice da Ação. Este índice nadamais é do que o valor de um certo número de ações, no caso,Magnesita PNA - como se fosse a carteira de um investidor - quesofre os efeitos dos preços do mercado e dos benefícios que oinvestidor recebe - e se expressa em moeda forte (MF$)1 . Porisso, para se construir o Índice da Ação, é preciso saber: o valordiário do deflator e todos os benefícios distribuídos aos investido-res no período: bonificações, subscrições, dividendos. Com talíndice é possível discorrer sobre a evolução real da ação ao longodo tempo - por mais longo que este seja.

1 Dê o nome que desejar à sua moeda forte. O conceito, independen-te do nome, é que é uma moeda com poder aquisitivo constante, istoé: comprar sempre o mesmo conjunto de bens, independentementedos efeitos da inflação.

APRENDA A CONSTRUIR O INDAÇ DE UMA AÇÃO

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Fonte: Gazeta Mercantil. Dados compilados pelo Autor

A figura 4.2 amplia a anterior, mostrando o valor da moedaforte MF$ e o INDAÇ da Magnesita PNA. Observe a presença deuma coluna intitulada "Dir", de direitos. O INDAÇ é construídobasicamente da seguinte forma:

Escolhe-se um lote de ações (100, 500, 1000 ou um outrovalor que seja conveniente), e multiplica-se esse lote de açõespelo Preço de Fechamento, dividindo-se o resultado pelo valor daMF$.

INDAÇ= (Lote * Fech) / MF$Se o Lote for igual a 1000:INDAÇ= (1000 * Fech) / MF$

Olhando a última coluna na figura 4.2, pode-se ver que aação no dia 2/5 subiu o seu INDAÇ de $13,41 para $13,62: estafoi a verdadeira evolução da Magnesita PNA no período conside-rado. A MF$, no período considerado, passou de MF$152,82 paraMF$154,04.

Data Min Máx Fech22/4 2,05 2,05 2,0524/4 2,05 2,05 2,0528/4 2,05 2,05 2,052/5 2,00 2,00 2,005/5 2,00 2,00 2,006/5 2,00 2,00 2,007/5 2,02 2,02 2,028/5 2,01 2,10 2,109/5 2,01 2,12 2,12

12/5 2,08 2,10 2,1013/5 2,10 2,10 2,1014/5 2,01 2,01 2,01

Figura 4.1

Magnesita PNA

APRENDA A CONSTRUIR O INDAÇ DE UMA AÇÃO

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O INDAÇ leva em conta, portanto, a inflação, a evolução dopreço de fechamento da ação e os direitos percebidos pelo inves-tidor. Observe que em 2/5 a ação passou a ser negociada ex-dividendos.

O princípio do INDAÇ é a constituição de um índice teóricoem que o investidor recebe benefícios e os aplica na própria ação.No caso de Dividendos, Bonificação ou Subscrição o investidor vêsua carteira alterada. Ele necessita, portanto, de fazer ajustes noINDAÇ. Abaixo mostro como isso ocorre.

I)—no caso de Dividendos:

Pode-se ver que em 2/5, a Magnesita PNA passou a sernegociada ex-dividendos. Consultando o quadro Evolução do Ca-pital Social das Empresas, (www.bovespa.com.brþCIAS LISTADASþDEMONSTRAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL) oinvestidor veria que ocorrera uma distribuição de dividendos:$0,0977 por ação preferencial. Neste caso, deve-se calcular osdividendos recebidos pelo investidor que tem um determinadoLote de ações. No exemplo dado, partiu-se de um lote inicial de1000 ações

Dividendos a receber= Lote * Ddistribuído

D= 1000 * $0,0977 = $97,70

Data Min Máx Fech DIR MF$ INDAÇ22/4 2,05 2,05 2,05 150,40 13,6324/4 2,05 2,05 2,05 151,60 13,5228/4 2,05 2,05 2,05 152,82 13,41

2/5 2,00 2,00 2,00 ed 154,04 13,625/5 2,00 2,00 2,00 ed 155,27 13,516/5 2,00 2,00 2,00 ed 156,51 13,407/5 2,02 2,02 2,02 ed 157,77 13,438/5 2,01 2,10 2,10 ed 159,03 13,859/5 2,01 2,12 2,12 ed 160,30 13,87

12/5 2,08 2,10 2,10 ed 161,58 13,6313/5 2,10 2,10 2,10 ed 162,87 13,5214/5 2,01 2,01 2,01 164,18 12,84

Figura 4.2

Magnesita PNA

APRENDA A CONSTRUIR O INDAÇ DE UMA AÇÃO

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Que faz o investidor com esse dinheiro? O que faz o inves-tidor com os $97,70? Vai ao mercado e compra mais ações, istoé: ele reinveste os dividendos recebidos.

Quantas ações esse investidor pode comprar?Basta dividir o valor recebido ($97,70) pelo Preço de Fecha-

mento da ação2:sLote= D/FechsLote= $97,70 / $2,00 = 48,85 ações.O preço de Fechamento é o correspondente ao do primeiro

dia ex-dividendo (ed).

Observa-se assim, que o Lote original de 1000 ações, em 2/5, passou para 1048,85 ações . A partir desta data, o INDAÇ écalculado considerando este lote: 1048,85 ações3:

INDAÇ= (Lote * Fech) / MF$INDAÇ= (1048,85 * Fech) / MF$

Pode-se ver a diferença que ocorre, na figura 4.2. No dia 28/4, a ação fechou em $2,05, com um INDAÇ de 13,41; no diaseguinte, 2/5, a ação fechou ex-dividendo a $2,00 e o seu INDAÇera de 13,62. O INDAÇ efetivamente aumentou porquanto eleincorporou os dividendos recebidos.

E se os dividendos não forem recebidos na data ex-dividen-dos? E se eles forem recebidos posteriormente? Uma alternativaé trazer o valor a receber no futuro para o valor presente - usandouma taxa de desconto corrente no mercado. Equivaleria ao inves-tidor fazer um empréstimo para comprar ações no primeiro dia, ede pagar tal empréstimo no dia em que efetivamente recebesse odividendo. Essa situação, conquanto teoricamente correta, não émuito prática. O mais próximo do real é o investidor receber osdividendos na data definida pela empresa e nessa data ir a mer-cado para adquirir mais ações. Neste caso, o Lote só se altera nodia do efetivo recebimento dos dividendos. O INDAÇ consideraesta prática.

2 Embora o preço médio seja o mais representativo, por tradição,usa-se o preço mais significativo, que é o de Fechamento.3 Como o lote é teórico, usamos sempre as casas decimais.

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II) no caso de Bonificação:

Quando um acionista recebe uma bonificação ele recebe daempresa, sem quaisquer ônus, uma determinada quantidade deações. Uma bonificação geralmente é expressa pela forma x%no tipo. Por exemplo, a Mangnesita em uma determidada épocadeu uma bonificação de 1,16279069% ON em ON e PNA emPNC. Significa que quem tinha 100 ações ON recebeu mais1,6279069 ações ON, e quem tinha 100 ações PNA recebeu1,16279069 ações, mas do tipo PNC.

Os casos mais comuns são bonificação em ações do mes-mo tipo. Só para ilustrar suponha-se que o investidor de MagnesitaPNA recebeu uma bonificação de 5% em ações do mesmo tipo -no caso PNA, num determinado dia. Neste caso, seu lote de1048,85 ações passará a conter mais 5% (0,05) de ações:

Lote ex-bonificação = Lotecorrente * (1+Bonificação)Lote ex-bonificação = 1048,85 * (1+ 0,05)Lote ex-bonificação = 1048,85 * (1,05)= 1101,293A partir da data do recebimento da bonificação o INDAÇ

passaria a ser calculado pela fórmula:INDAÇ= (Lote * Fech) / MF$INDAÇ= (1101, 203 * Fech) / MF$E se a bonificação não é no tipo? Teoricamente o investidor

recebe n ações de outro tipo e, na mesma data, vende-as e com-pra ações do tipo que possui.

III) no caso de Subscrição:

Suponha que o investidor, que agora está com 1101,203ações PNA, tem direito a subscrever x% de ações do mesmotipo a um determinado preço.

Suponha, também, que a ação esteja cotada no mercado a$2,15 e o investidor possa subscrever 8% de ações ao preço desubscrição $2,02.

O pressuposto deste ajuste é que o investidor deve vender n

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ações cheias4 para arranjar dinheiro para subscrever 8% dasações que lhe restaram (Lote - n). O cálculo deste ajuste é oseguinte:

[(L - n) . S] ps = pc .nonde :L= Lote de ações que o investidor possui;n= quantidade de ações que o investidor precisa vender para realizar a subscrição;S= percentual da subscrição;ps = preço de cada ação a subscrever;Pc= preço da ação cheia (com direito a subscrição).No exemplo:[(L - n) . S] ps = pc . n[(1101,293 - n) 0,08] 2,02 = 2,15 .n[(88,103 - 0,08n) ] 2,02 = 2,15.n[(177,969 - 0,1616n) ] = 2,15.n177,969 - 0,1616n = 2,15.n177,969 = 2,15.n + 0,1616n177,969 = 2,3116 n177,969 / 2,3116 = n76,990 = n

Isto significa que o investidor deve vender 76,990 ações a$2,15 5 , auferindo pela venda um total de (76,990 * 2,15=) $165,50.

Desta forma o investidor ficou com:1101,203 - 76,990 = 1024,213 açõesDestas ações ele pode subscrever 8%, ou seja:1024,213 * 0,08 = 81,937 açõesA subscrição é feita ao preço de $2,02, pelo que o investidor

deve pagar:

81,937 * 2,02 = R$165,50

4 Com direito a subscrição.5 Preço da ação cheia.

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Este dinheiro ele já possui decorrente da venda de 76,990ações.

Desta forma o Lote do investidor foi diminuído de 76,990ações e incrementado de 81,937 ações.

Lote após a subscrição:1101,203 - 76,99 + 81,937 = 1106,150A partir da data ex-sub o INDAÇ passa a ser calculado da

seguinte forma:INDAÇ= (Lote * Fech) / MF$INDAÇ= (1106,150 * Fech) / MF$

Observe que, embora você possua um indicador denomi-nado MF$ — moeda forte — comum a todas as suas ações, oINDAÇ é peculiar a cada uma delas. Cada ação tem o seu INDAÇ.

Sua Moeda Forte MF$

A concepção mais simples e mais próxima de nós, de mo-eda forte, é a do dólar norte-americano. Você poderia usar o valorcomercial desta moeda como indicador direto: neste caso suaMF$ seria igual a US$. O problema é que esta moeda é intensa-mente especulativa — subindo e descendo — não tendo umarelação muito direta com a nossa inflação. Você precisa construireste indicador.

A melhor forma para construir a sua moeda forte é conside-rar um índice de preços. Há muitas instituições que calculam edivulgam índices de preços, entre elas o IBGE, o DIEESE e aFGV. Considerando um período relativamente longo, os índicessão coerentes: a curto prazo podem apresentar discrepâncias,porquanto as metodologias de cálculo diferem.

O DIEESE — Departamento Intersindical de Estudos e Es-tatísticas Sócio-Econômicas, calcula o ICV — Índice de Custode Vida, — na região metropolitana de São Paulo, a partir deduas amostras da população: um dos índices refere-se a famíliascom renda entre um e cinco salários mínimos e o outro refere-sea famílias com rende mensal entre um e trinta salários mínimos.

O IGP-DI (Índice Geral de Preços — disponibilidade inter-

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na), é calculado pela FGV. É um índice ponderado que leva emconsideração três outros índices6 . O IGP-DI é calculado entre osdias primeiro e 30 de cada mês. O IGP-M é semelhante ao IGP-DI, diferenciando-se no período de coleta de informações: o IGP-M vai do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência.Pela sua mais rápida disponibilidade é muito utilizado no merca-do financeiro.

Aconselho-o a considerar o IGP-M, cujo valor você encon-tra em muitos sites: o da sua corretora possivelmente o terá.Ocorre contudo que você tem a necessidade de estabelecer umaprojeção para o mês seguinte e também de calcular a evoluçãodiária da sua MF$. É isso o que você vai ver como se faz, aseguir.

Projetando a inflação

Para projetar a inflação do mês seguinte, você necessitater uma planilha e fazer uso de um algoritmo7 . A primeira planilhaque você deve construir é a Planilha 1. Na figura 4.3 mostro o seulayout e, depois, o algoritmo (fórmulas). Você pode facilmentereproduzir tal planilha no seu computador. Faça uso dos dados jádisponíveis, insira as fórmulas como mostra o algoritmo e atuali-ze-a mensalmente. Veja como é o algoritmo da Planilha 1:

6 O IGP-DI é composto por 0,6 do IPA (Índice de Preços por Atacado),0,3 do IPC(Índice de Preços ao Consumidor) e 0,1 do INCC — ÍndiceNacional da Construção Civil.7 Por comodidade se considera o software Microsoft Excel, por serum dos mais difundidos.

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• Na coluna B, em Ano/Mês coloque o ano e o mês. A colu-na B é uma coluna de texto.

• Na coluna C introduza o valor do IGP-M correspondente aomesmo. Use o formato comum. Se a inflação for de 3,5% digite3,5.

• Na coluna D, sob o nome IGPMac (índice IGPM acumula-do), você tem um acumulado geral. Neste caso, a base 100 éconsiderada em primeiro de outubro de 1998. Em D4, coloque ovalor base (=100) e em D5, a fórmula: =D4*(1+(C5/100)). A partirdaí repita-a.

• Na coluna E, St-9, você tem o valor da média móvel pon-derada com alisamento exponencial. O alisamento exponencial éum método comum de análise de séries temporais, e é um casoespecífico de média móvel que faz uso de um fator de alisamentoque representa a sensibilidade da média. O fator de alisamentoexponencial é dado por α = 2 / (n+1) onde n representa o com-primento da média. Aqui se usa n igual a 9 meses, pelo que ofator α = 0,2. A média móvel ponderada faz referência à médiamóvel ponderada anterior. Como você não tem este valor em E12,calcule a média simples, usando a fórmula = MÉDIA(D7:D12).Em E13, insira a fórmula da média móvel ponderada e repita-a:=0,2*D9+0,8*E12.

• Na coluna F, você encontra a tendência (Tend) da inflação.Em F13, coloque a fórmula inicial = E13-E12; em F14, a fórmulaponderada: = (0,2*(E13-E12))+(0,8*F13). Repare que o valor 0,8corresponde a 1-a. Repita esta fórmula, depois.

B C D E F G H I J23 Ano/Mês IGP-M IGPMac St-9 Tend MF$ Pregões4 100,005 1998-Out 0,08 100,086 1998-Nov -0,32 99,767 1998-Dez 0,45 100,218 1999-Jan 0,84 101,059 1999-Fev 3,61 104,70

10 1999-Mar 2,83 107,6611 1999-Abr 0,71 108,4312 1999-Mai -0,29 108,11 105,0313 1999-Jun 0,36 108,50 104,96 -0,0714 1999-Jul 1,55 110,18 105,50 -0,07 108,2415 1999-Ago 1,56 111,90 106,09 0,06 109,92 1,55 22 0,0716 1999-Set 1,45 113,52 106,49 0,16 112,12 2,00 21 0,1017 1999-Out 1,70 115,45 106,89 0,21 114,17 1,82 20 0,0918 1999-Nov 2,39 118,21 107,55 0,25 116,29 1,86 20 0,0919 1999-Dez 1,81 120,35 108,42 0,33 119,21 2,50 22 0,1120 2000-Jan 121,67 2,07 21 0,10

Figura 4.3

Alfa= 2/(n+1)=0,2Minha

estimativade inflação(variaçãoda MF$)

Variaçãodiária

da MF$no mês

Cálculo da MF$

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• Na coluna G, você obtém o valor da sua moeda forte MF$:corresponde ao IGP-M incorporando a tendência. Em G14, insiraa fórmula: = D13+4*F13. O valor 4 corresponde ao resultado de

(1-α )/α , onde þ=0,2. Observe na figura 4.3 que a sua MF$ emdezembro de 1999 valia 119,21 contra uma inflação acumuladade 120,35 pelo IGP-M. Quanto mais próximos estiverem estesvalores melhor: significa que sua MF$ evolui de acordo com oIGP-M.

• Na coluna H, você obtém a estimativa da inflação para omês subsequente. Insira em H5 a fórmula: = 100*((G15/G14)-1).Observe que você, por volta do dia 25 de cada mês, já temdisponibilizado o IGP-M desse mês. Introduzindo esse valor nacoluna C, você encontra o valor da MF$ para o mês seguinte.Desta forma, você estima a inflação que irá ocorrer: é o valor quesurge na coluna H.

• Na coluna I, Pregões, introduza a quantidade de dias úteisno mês, isto é, a quantidade de pregões que a Bolsa terá.

• Na coluna J, você obtém o incremento diário que a suaMF$ deve ter. Em J15, insira a fórmula:=H15/I15. Este incremen-to será usado para o cálculo do INDAÇ de cada uma das açõesque você controlar.

Você viu, neste capítulo, como pode construir o seu próprioindicador; viu também que é capaz de projetar a inflação para omês seguinte. Tão bem como qualquer economista.

APRENDA A CONSTRUIR O INDAÇ DE UMA AÇÃO

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COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

CADASTRE-SE NUMA CORRETORA

CAPÍTULO 5

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Preparando-se para operar

As Bolsas de Valores representam um mercado secun-dário - um mercado no qual os investidores negociam a compraou a venda de ações com outros investidores. Mas, a negociaçãoentre dois investidores não é feita diretamente. É necessário queambos usem uma Corretora de Títulos e Valores Mobiliários(CTVM) que tenha assento na Bolsa onde o investidor quer ope-rar. Portanto, um investidor que queira operar na Bovespa, devecadastrar-se previamente numa Corretora que atue na Bovespa,isto é, que seja uma Sociedade Membro1 ou Permissionária daBovespa. Para o investidor — como é o seu caso — operar viaInternet precisa estar cadastrado numa corretora Home Brokerreconhecida pela Bovespa, isto é, precisa estar devidamente ins-crito numa corretora que esteja interligada ao sistema Home Brokerda Bovespa.

O sistema Home Broker2 é semelhamte ao sistema HomeBanking, por meio do qual os bancos oferecem diversos serviçosaos seus clientes. Os sistemas Home Brokers, das corretoras,são interligados aos sistemas da Bovespa, e permite que o inves-tidor faça o papel de corretor, isto é, envie, automaticamente,através da Internet, ordens de compra e de venda de ações.

Para operar com ações via Internet é necessário que vocêseja cliente de uma corretora Home Broker, isto é: uma corretoraque possua tal sistema. Há inúmeras Sociedades

Corretoras que já possuem esse serviço. Por ordem alfabé-tica3:

• Agora CTVM: www.agoractvm.com.br

1 Sociedades Corretora filiada à Bolsa de Valores.2 A palavra inglesa broker [broukâr] significa corretor3 Sociedades Corretoras Home Brokers no início de 2000

CADASTRE-SE NUMA CORRETORA

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• Bancocidade CVMC: www.bancocidade.com.br

• Bandeirantes CCVM: www.bandeirantes2000.com.br

• Bozano Simonson CCVM: www.investshop.com.br

• Coinvalores CCVM: www.coinvalores.com.br

• Comercial CVC: www.comercialcvc.com.br

• Hedging-Griffo CV: www.griffo.com.br

• Indusval: www.indusvaltrade.com.br

• Novação CCVM: www.navacao.com.br

• Safra CVM: www.safra.com.br

• SLW CVC: www.netacoes.com.br

• Socopa SC Paulista: www.socopa.com.br

• Souza Barros CT: www.souzabarros.com.br

• Planibanc CV: www.planibanc.com.br

• Título CV: www.titulo.com.br

O caminho mais curto para descobrir todas as sociedadescorretoras Home Brokers existentes é na página Home Broker dosite da Bovespa: www.bovespa.com.brþHOME BROKER.

Nem todas as Sociedades Corretoras são iguais nos servi-ços que prestam aos clientes e nas facilidades que oferecem.São como os Bancos, que selecionam seus clientes pelas exi-gências que impõem. Por isso, aconselho-o a dar uma boapesquisada em todas elas. Há corretoras que limitam aos seusclientes um montante para uma ordem de compra ou de venda;outras não estabelecem tais limites. Isto faz parte da política in-terna da corretora. Pesquise cada uma das corretoras e decida-se por uma delas. Pense na comodidade que é de você poderoperar com uma corretora ligada a um Banco do qual você sejacorrentista: isso pode facilitar o trâmite dos pagamentos e recebi-mentos.

A NetTrade é um produto da Bancocidade CVMC que ape-nas faz corretagem via Internet. Por exemplo, esta corretoradisponibiliza um impresso por meio do qual o investidor pode fa-zer o seu cadastro. Eis, a título de exemplo, as recomendações

CADASTRE-SE NUMA CORRETORA

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que a Bancocidade (NetTrade) dá ao investidor para este se ca-dastrar4:

1. Preencha os campos da ficha cadastral;

2. Não esqueça de preencher um endereço de e-mail.Este será nosso principal canal de comunicação e seráutilizado para o recebimento de confirmações, notíciase posições5;

3. Tenha à mão o nome, agência e número da conta cor-rente de um banco do qual você seja correntista. Parasua proteção, este será o endereço para o qual vocêfará suas movimentações. Você pode cadastrar até trêsbancos diferentes;

4. Escolha um nome de usuário e senha;

5. Leia com atenção o contrato no final do documento;

6. Se você tiver impressora, imprima a ficha cadastral emsua casa. Se você preferir nós lhe enviaremos a fichacadastral pelo correio;

7. Assine e reconheça firma na ficha cadastral; anexe umacópia autenticada dos documentos listados abaixo eenvie tudo isso para a NetTrade Banco Cidade CVMC.(os documentos para pessoa física são: RG, CPF ecomprovante de residência: conta de água, luz, telefo-ne);

8. Envie os recursos para abrir uma conta. Se quiser façaum DOC para a conta corrente da NetTrade.

Uma diferença significativa entre as corretoras ocorre no itemrecursos para abrir uma conta: algumas corretoras exigem valo-res que podem ser considerados altos; outros não colocam quais-quer limites.

Ao se cadastrar numa Corretora, além de assinar algunscontratos e declarações, o investidor recebe algumas informa-ções que deve ter sempre presente ao emitir ordens de compra e

4 modo é praticamente o mesmo para todas as Home Brokers.5 O termo posições significa um balanço da sua carteira: quantidadede ações, tipo e valor; o termo status refere-se à situação das or-dens de compra e venda dadas.

CADASTRE-SE NUMA CORRETORA

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venda. Geralmente a Corretora dá informações sobre Impostosque incidem nas operações e a Tabela de Corretagem.

Uma típica corretora Home Broker, além de oferecer servi-ços práticos e rapidez nas negociações, ainda oferece vantagenspermitindo que o investidor:

• consulte a posição da sua carteira e as ações que temcustodiadas;

• acompanhe sua carteira de ações;

• acesse cotações de todas as ações negociadas;

• obtenha algumas análises do mercado; e muito mais.

Para mandar comprar ou vender você precisa cadastrar-senuma corretora, isto é, deve preencher uma ficha que será sujeitaà apreciação da diretoria da Corretora, pois esta é responsávelperante a Bolsa por eventuais prejuízos que você venha a causardecorrentes de inadimplência ou algo semelhante6. Há corretorasque estipulam o mínimo que você deve aplicar, ou o mínimo dasua carteira; outras não. Mas lembre-se: quanto menor for o valordas suas ordens mais você paga de corretagem proporcional-mente. Veja uma típica tabela de corretagem para compra e ven-da de ações em vigor em dezembro de 19997:

Portanto, o primeiro passo é cadastrar-se numa SociedadeCorretora que permita operações por meio da Internet — as chama-

6 Em se tratando de compra e venda de ações o risco é praticamentenulo para a Corretora e para a Bolsa, mas isso já é bem diferente nocaso de Opções. Nesta obra não abordo Opções que merecem umtratamento especial dada a sua complexidade.7 Compra e venda de ações on-line da BB DTVM — Banco do Brasil.

CADASTRE-SE NUMA CORRETORA

oãçarepoadrolaV megaterroC

70,531$étA 07,2$

26,894$a70,531$eD %0,2

96,4151$a36,894eD 94,2$+%5,1

83,9203$a05,4151eD 60,01$+%0,1

83,9203$edamicA 12,52$+%5,0

%530,0:sotnemulomE

54,0$:)JRVB(AMAuo)apsevoB(ANAaxaT

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das corretoras Home Brokers. Embora o número de corretorascom essa característica esteja aumentando, a lista não é muitogrande, como viu.

Uma vez cadastrado numa corretora, através dessa, vocêpassa a dar ordens de compra ou venda de ações. Para fazerisso, você se servirá da página de operações fornecida pelacorretora — um documento e-mail que deve ser preenchido e en-viado. Para indicar a ação a comprar você deve digitar o códigodela. As ordens podem ser colocadas no sistema a qualquer horado dia — entretanto elas apenas são efetuadas durante o funcio-namento do pregão.

A Bolsa de Valores lhe enviará o ANA- Aviso de Negocia-ção de Ações, apontando as operações feitas em seu nome naBolsa, num determinado dia. É um documento comprobatório daoperação.

A corretora lhe enviará a Nota de Corretagem, informando ototal que você deve pagar (no caso de compra de ações) ou areceber — no caso de venda de ações. Nesse total são incluídos:o valor das ações, a taxa de corretagem - que depende do mon-tante do negócio - o custo do aviso ANA e Emolumentos.

Recebida a Nota de Corretagem resta ao investidor efetuar opagamento. Através de um DOC ou uma Ordem Bancária o paga-mento pode ser efetuado. O dinheiro é enviado para a conta ban-cária da corretora. No caso de venda de ações a corretora depo-sita o valor na conta corrente do investidor. Observe, assim, que oinvestidor opera na Bolsa, por meio da sua Corretora: ele nãotem contato com a outra parte, com o outro investidor.

Tanto o pagamento quanto o recebimento são em D+3, istoé, no terceiro dia subsequente à operação. A liquidação de umaoperação é física e financeira: física no que tange ao títulos (pa-péis) envolvidos; financeira no que diz respeito aos valores. Nomercado à vista vigora o seguinte calendário de liquidação:

• D+0: dia da operação;• D+1: as corretoras especificam as operações que execu-

taram na Bolsa;• D+2: entrega e bloqueio dos títulos para liquidação física

da operação, caso eles não estejam na custódia da CBLC —Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia;

CADASTRE-SE NUMA CORRETORA

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• D+3: liquidação física e financeira da operação.

Você deve estar bem ciente que uma corretora é apenasuma entidade que o representa perante a Bolsa de Valores, nasordens de compra ou de venda. Uma corretora não é uma consul-tora de investimentos. Embora ela possa pretender agradar aocliente, fornecendo certas informações, deve-se ter em conta queeste é um serviço subsidiário.

As operações de compra e venda - pelo investidor técnico -são ditadas por indicadores especiais. Você deve fazer o mesmocaso pretenda ter sucesso na Bolsa. Informações de terceiros -bem ou mal intencionados - não costumam produzir bons efeitos.Por isso, escolha um método que seja razoavelmente eficiente -esteja mais certo do que errado8 - e siga esse método.

Cabe, portanto, a você, dar ordens de compra e venda aoseu corretor, sem ocupá-lo com outras questões.

Como o investidor dá uma ordem

Um investidor técnico segue um determinado método -seja um dos que indico, seja um outro qualquer. O método deveacompanhar algumas ações9 , pois não tem sentido - salvo se omontante do investimento for imenso - acompanhar todas as açõeslistadas na Bolsa ou que fazem parte do Ibovespa. O método deseleção indica a dezena de ações - não mais - que o investidordeve acompanhar diariamente. Para esta dezena de ações o in-vestidor constrói um Banco de Dados. Através de um algoritmoespecial, o método de acompanhamento10 indica qual a açãoque deve ser comprada ou vendida.

A título de exemplo, admitamos que o investidor verificou8 Ou, dizendo de uma outra forma, tenha uma esperança matemáticapositiva.9 Selecionadas através de um indicador qualquer. No meu caso,uso o indicador KM, mas você pode usar um outro método qualquer.A premissa desta técnica é que não vale a pena acompanhar todasas ações mas apenas aquelas que tiverem melhores perspectivasde resultados.

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um sinal de compra num gráfico de acom-panhamento de umadeterminada ação. Ele deve comprar, portanto, nesse dia, açõesda empresa indicada. Seja, a título ilustrativo, ações da Siderúrgi-ca Tubarão PN (CSTB4). O investidor verifica qual foi o últimopreço de fechamento — que é um preço meramente orientativoda provável cotação da ação — e o dinheiro que tem para aplicar.Com base nisso, acessa o site da sua corretora e preenche aboleta de compra, especificando o código da ação, a quantidadea comprar e o tipo de ordem.

No mercado de ações, ordem é o ato mediante o qual ocliente determina à corretora a compra ou a venda de ações. Asordens podem ser transmitidas verbalmente (desde que não hajamanifestação contrária por escrito do cliente) ou por escrito. Asordens transmitidas por carta, fax e e-mail são consideradas or-dens escritas. As ordens podem ser de alguns tipos, sendo asmais comuns:

1. Ordem a mercado: o investidor especifica apenas a açãoe a quantidade a comprar ou a vender. Não estipula nenhum pre-ço limitativo. Por exemplo: comprar 1000 ações CSTB4.

2. Ordem limitada: o investidor especifica não só a ação, aquantidade mas também um valor. A corretora deve executar aordem a um preço melhor do que o valor estipulado: Por exemplo:comprar 1000 ações CSTB4 a $25,90. Neste caso, na ordem decompra, $25,90 é o preço máximo que o investidor está dispostoa pagar. Num caso de venda de ações este seria o preço mínimo.

3. Ordem casada: o investidor faz uma ordem de venda euma de compra aproximadamente no mesmo valor. Os negóciosdevem ser executados simultâneamente. O princípio desta or-dem é que o dinheiro da venda deve suportar a compra.

Uma ordem verbal — caso não disponha da rede no momen-to — é feita, geralmente, mediante ligação telefônica. O investi-dor liga para a corretora e fala com algum dos corretores. Podetravar-se um diálogo semelhante a este:

-Bom dia, Mário. Aqui é Meireles.-Tudo bem, Meireles? O que manda?-Como está a Siderúrgica Tubarão CSTB4?11

10 No meu caso aplico o método SMI.11 11 Fornecer o código da ação ajuda o corretor a consultar o termi-nal.

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-Até agora tivemos poucos negócios. Abriu a $25,80 masagora está a $25,70.

-Ok. Compra mil delas.-A que preço?-A mercado. Faz o melhor que puderes.

Recomendo que não limite a ordem de compra ou de vendaa um dado preço: dê sempre ordens "a mercado" mostrando queconfia na sua corretora. Uma ordem ao mercado — como vimos— significa que a corretora deverá vender pelo melhor preço, maisalto possível ou comprar pelo preço mais baixo que puder. Háboas razões para isso: a operação de compra e venda tem maischance de ocorrer se você não colocar limitações para a corretora12.De qualquer forma é bom você controlar o grau de eficiência dasua corretora: compare o valor médio com que ela comprou ouvendeu suas ações (sem incluir a corretagem, obviamente) com ovalor médio do dia, que a ação obteve. Se você ganhou, coloqueum sinal (+); se perdeu, adote um sinal (-). Uma corretora queatua adequadamente deve ter distribuídos de forma praticamenteigual sinais (+) e (-). Se houver preponderância de (-) envie suaanálise para a corretora e peça-lhes um pouco mais de dedica-ção no atendimento das suas ordens.

Um outro aspecto a considerar é que o investidor não deveimportunar seu corretor ligando repetidas vezes para ele para sa-ber se fez ou não a operação, ou ficando pendurado na rede paraver se veio ou não a confirmação do negócio. Operar com açõesrequer do investidor calma e paciência e muito respeito pelo cor-retor: este é um parceiro e está interessado em trabalhar da me-lhor forma para o seu cliente - devendo, portanto, fazer o melhorserviço.

A Internet, está possibilitando uma maior comodidade parao investidor, na medida em que este pode operar, a qualquer hora,por meio dela. Esta simplificação, se por um lado beneficia oinvestidor, por outro possibilita um uso intensivo e desordenadode ordens que podem redundar em grandes prejuízos. A minhaintenção, com este livro é orientar os investidores de forma a ob-ter ganhos nas operações com ações — especialmente aqueles12 Lembre-se que você deve comprar ou vender no dia recomenda-do pelo indicador e não no dia seguinte.

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que não possuem experiência alguma. A dinâmica permitida pelaInternet pode ser facilitadora de ordens inadequadas e prejudici-ais. Recomendo que, ao operar com ações, o investidor ou oespeculador saiba muito bem o que está fazendo, ciente dos ris-cos de perda e das potencialidades de ganho.

O "dinamismo é a marca do investidor on-line". Foi assimque Josette Goulart13 intitulou seu artigo no qual aborda o inves-timento em ações pelo sistema Home Broker. O jornal já haviafeito uma chamada na primeira página na qual alertava:

Os investidores que começam a aplicar em ações apro-veitando as facilidades da Internet são mais agressi-vos do que aqueles que operam através das mesascorretoras. Eles mudam mais vezes suas carteiras,estratégia nem sempre bem-sucedida.

13 Gazeta Mercantil de 27-09-1999 p. B1

CADASTRE-SE NUMA CORRETORA

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COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

PARTE 2

ENTENDA OS MÉTODOS

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��ENTENDA OS MÉTODOS

Nesta parte, você vai ver alguns métodos para selecionare acompanhar ações. Particularmente recomendo o indicador KM,para selecionar as melhores empresas e o oscilador SMI, parafazer o acompanhamento especulativo das ações selecionadas.Mas, é claro, você pode adotar outro método qualquer. Eu nãorecomendo o uso de dois métodos simultâneamente — salvo sevocê adotar estratégias diferentes. Isso evita ansiedade1.

Você sabe que pode adotar duas posturas no mercado deações — e, para cada uma delas, ter técnicas diferentes tantopara selecionar ações quanto como para acompanhá-las. Porexemplo:

As técnicas, conquanto sejam relativamente eficientes,estruturam-se sob premissas distintas e, obviamente, geram re-sultados diferentes. Assim você pode adotar técnicas que apre-sentam resultados conflitantes — e isso prejudicará a sua opera-ção, pois o tornará indeciso e inseguro.

Veja os resultados que poderia colher num simulador deaplicações: o Investiment Challenge. Você receberá um créditofictício e opera de acordo com os movimentos reais do mercado.Esse software você pode encontrar no site da NetTrade:www.nettrade.com.br.

1 Se puder leia o artigo intitulado A ansiedade mata, de Luís Eduar-do de Assis, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, num(Exame N 697, encarte : Os melhores fundos de investimento de1999).

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CAPÍTULO 6

COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

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�� COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

Seleção de ações

Na Bovespa estão listadas mais de 600 ações; perto demeia centena delas - as mais negociadas - constituem o índiceIbovespa. Para comprar e vender ações, você precisa saber queelas estão no ponto de compra ou no ponto de venda - e, para tal,você tem de acompanhar cada ação diariamente. "Acompanhar"uma ação significa: introduzir no banco de dados da ação osvalores referentes aos preços dessa ação no pregão do dia ante-rior e processar tais dados por meio de um algoritmo específico.Dependendo do resultado fornecido pelo algoritmo, você se man-tém na posição, ou compra ou vende. Implica isto dizer que, paracada ação que você acompanha, deve introduzir, diariamente da-dos no computador e observar os "sinais" emitidos pelo algoritmo.Fazer isto para meia dúzia de ações não consome muito tempomas acompanhar 600 ações não é fácil: consome tempo, espa-ço na memória do computador e a nossa paciência. Se você forum investidor "profissional", com grandes recursos para aplicar,pode e deve acompanhar as ações constituintes do Ibovespa emais algumas. Para um investidor individual basta acompanharuma dezena de ações - não mais do que isso.

Mas que ações devem ser acompanhadas? Ações de queempresas? A resposta é simples: acompanham-se ações dasempresas que têm uma maior probabilidade de ter bons resulta-dos nos próximos 12 meses.

Para selecionar as empresas listadas na Bolsa, cujas açõesseriam alvo da minha observação diária, desenvolvi um indicadorao qual dei o nome de KM, porquanto ele é construído a partir dedois outros indicadores: do termômetro de insolvência de Kanitze do estipulador do limite de crédito de Morante. Vamos ver, inici-almente, o que significam estas duas coisas, e, depois, comoelas se juntam para fazer o indicador KM.

Neste capítulo, você vai ver a base teórica do indicador KM

Page 114: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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e como ele é operado; no capítulo 8, são mostrados outros méto-dos para selecionar ações. Para entender a estrutura teórica doindicador KM, você precisa conhecer o termômetro de insolvên-cia, proposto por Kanitz e o estipulador do limite de crédito parauma empresa proposto por Morante. Vamos ver, portanto, inicial-mente estas dois componentes.

"Termômetro de insolvência" de Kanitz

O tema "previsão de falências" já foi objeto de estudo demuitos autores. Morante1 , cita os mais importantes, desde WilliamH. Beaver até Stephen Kanitz, passando por Edward Altman,Roberto Elizabetsky e Alberto Borges Matias. Quanto ao traba-lho de Kanitz sobre o tema, Morante afirma2 :

Stephen Charles Kanitz, primeiro na tese apresentadaà Faculdade de Economia de Administração da USPpara obtenção do título de Livre Docente em 1976, de-nominada "Indicadores Contábeis e Financeiros dePrevisão de Insolvência: A Experiência da Pequena eMédia Empresa Brasileira", e, posteriormente, em 1978em seu livro "Como Prever Falências", legou-nos pre-ciosos ensinamentos para a previsão de falências.

Embora reconheça as dificuldades a um modelo ab-solutamente perfeito, Kanitz desenvolveu uma fórmulaque julgamos bastante eficiente, à qual denominou de"termômetro de insolvência"

FI= 0,05 x1 + 1,65 x2 + 3,55 x3 - 1,06 x4 - 0,33 x5

FI é a somatória dos pontos obtidos [onde]:

x1=Lucro Líquido / Patrimônio Líquido;

x2=(Ativo Circulante + Realizável L. Prazo) / Exigível To-tal;

x3=(Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

x4=Ativo Circulante / Passivo Circulante

x5=Exigível Total / Patrimônio Líquido

O ponto crítico do modelo indica:1 Op. cit. p.195-2072 Idem p.200-201.

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

Page 115: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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Este modelo de Kanitz, constituirá um dos fatores do indi-cador KM, como você verá adiante.

O estipulador do Limite de Crédito de Morante

Morante, no trabalho mencionado, ao abordar a questão dalimitação do crédito faz menção a algumas fórmulas conhecidas,mas acaba propondo a sua3:

O analista de crédito percorre pelo sistema convencio-nal de informações comerciais e pela análise de ba-lanços, um caminho árduo de buscar a segurança quelhe indique, ou não, a certeza de, uma vez concedido ocrédito, não vir a empresa ou a instituição a ter proble-mas futuros com o cliente.

As informações comerciais pelo sistema convencio-nal nos propõem parâmetros de risco muito elásticos,em virtude da potencialidade diversa dos fornecedo-res e bancos.

A análise de balanços preocupa-nos, no Brasil, pelafidelidade dos números apresentados nas demons-trações.

É evidente que, se os dados não forem fiéis, qualqueranálise será distorcida, podendo levar-nos a difíceisconclusões, muitas vezes até totalmente diferentes darealidade, para melhor ou para pior.

Outro aspecto que é também muito relevante, é o dasmodificações econômicas do país, alterada aos qua-tro ventos nos últimos anos.

Os parâmetros tornam-se diferenciados, principal-mente quando os indexadores da economia alternam-se a cada reforma econômica.

O que se pretende é demonstrar que, para empresas

3 Ibidem p.220-222

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

ertnerevitseIFeS aserpmeA

7e0 etnevlosé

3-e0 adinifedniáratsE

7-e3- etnevlosniáratsE

Page 116: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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com balanços diferenciados ou manipulados, é pos-sível limitar-lhes o crédito, quando merecido, bastan-do apenas que tenhamos à disposição, pelo menosrealisticamente, algumas informações extraídas dacontabilidade.

O objetivo do presente trabalho é contribuir para o es-tudo de indicadores de limite de crédito, pelapropositura de um modelo prático, segundo o qual sepossa atribuir o valor do limite de crédito através daapresentação pura e simples de oito informações pon-deradas, extraídas ou não dos balanços patrimoniaisdas empresas.

Tem ainda, a pretensão de comprovar que indepen-dentemente da análise de balanços, o modelo apre-senta condições isoladamente de conceder o créditoou de simplesmente negá-lo.

O crédito que se pretende limitar neste trabalho, é aque-le que irá provocar um melhor equilíbrio no ciclooperacional das empresas, e não aquele de investi-mentos em ativos fixos típicos de projetos de implan-tação ou ampliação de negócios.

Deseja-se, também, eliminar os atritos hoje existen-tes entre os setores creditícios e comerciais, quandona maioria das vezes os clientes encaminham com-pras superiores ao que tem como segurança forne-cer-lhes, auxiliando na melhoria da qualidade das de-cisões.

Justificando, o modelo foi assim formulado:

LC = ( 0,10 PL + 0,05 EST + 0,08 DR + 0,02 DISP) -( 0,10 FORN + 0,02 SAL + 0,10 EBCP + 0,03 OCP )

À primeira somatória de informações denominou-seFontes Positivas de Crédito e os significados de abre-viação são os seguintes:

PL — Patrimônio Líquido;

EST — Estoques;

DR — Duplicatas a Receber;

DISP — Disponibilidades.

À segunda somatória de informações denominou-sede Fontes Negativas de Crédito, e os significados deabreviação são os seguintes:

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

Page 117: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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FORN — Fornecedores;

SAL — Salários, Contribuições e Tributos;

EBCP — Empréstimos Bancários de Curto

Prazo;

OCP —Outras Contas a pagar.

[...] Os itens componentes do modelo, exceção aoPatrimônio Líquido, são extraídos exclusivamente dosAtivo Circulante e Passivo Circulante.

Este modelo de estipular limites de crédito, devidamenteadaptado, constitui o segundo fator constituinte do indicador KM.

Limite de Crédito de Morante

A partir de análise de balanços, Morante propôs um modeloque demonstrou ser confiável para atribuição de crédito a umaempresa - em caso de grandes montantes.

O modelo foi comparado com outros mecanismos de Análi-se de Crédito e foi considerado correto quanto aos resultadosatingidos.

Morante, comparou sistematicamente os resultados dosLimites de Crédito estabelecidos pela sua equação com outrosmodelos de Análise de Crédito - que se utilizam de outras ferra-mentas - de outros autores renomados e conhecidos, usadostradicionalmente pelos Bancos, pelo SERASA e por outras em-presas. A equação de Morante é mais funcional e atende maisrapidamente e com maior confiabilidade.

A fórmula proposta e testada por ele leva em conta algunsaspectos positivos e negativos do balanço. Podemos dizer, destaforma, que, aplicando-se a equação Morante sabemos definir oLimite de Crédito (LC) máximo que uma empresa poderia obterde um dado investidor que estivesse disposto a emprestar dinhei-ro a tal empresa.

Porém, o que a fórmula de Morante dá é um valor absoluto -já que estabelece o Limite de Crédito máximo que se pode dar auma empresa. O limite de crédito - quando absoluto - não é umnúmero que interessa a quem está analisando um conjunto de

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

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empresas. Mas, já é um indicador expressivo quando se cotejacom o porte da empresa. O porte de uma empresa é representa-do quase sempre pelo Total do Ativo4. Se dividirmos o Limite deCrédito pelo Total do Ativo, temos o indicador LCM/AT que nadamais é do que o Limite de Crédito que a empresa pode ter emrelação ao seu Ativo Total. No caso da Perdigão, como mostra afigura 6.1, considerando o Balanço de 30-09-99, o Limite de Cré-dito é de $11831 mil, o que significa 0,69% do Patrimônio Líquidada empresa.

Ao aplicar este método para a seleção das empresas, seadota o pressuposto de que as empresas que merecerem propor-cionalmente mais crédito estarão numa condição mais vantajosade produzir melhores resultados nos períodos subsequentes.

Desta forma, basta calcular o índice LCM/AT para todas asempresas constituintes do Ibovespa, listar os valores em ordemdecrescente e acompanhar a primeira dezena do ranking. Perio-dicamente — idealmente a cada três meses — deve-se produziridêntica listagem com base nos balanços divulgados pelas em-presas.

Você não precisa ser um Contador para fazer estes cálcu-los. Fazendo uso dos códigos usados nas demonstrações4 Muitas vezes se expressa pelo seu Faturamento.

B C D E F G2 Empresa: PERDIGÃO Balanço LCM3 Fator Código Processo Morante: 30-Set-99 30-Set-994 0,10 do 2.05 Patrimonio líquido 493709 493715 0,05 do 1.01.03 Estoques 215540 107776 0,08 de 1.01.02 Duplicatas a receber 115481 92387 0,02 de 1.01.01 Disponibilidades 340924 68188 Total positivo 762059 0,10 de 2.01.03 Fornecedores 93743 9374

10 0,02 de 2.01.04 Impostos, Taxas, Contr. 21079 42211 0,02 de 2.01.08 Outros (Salários/ Obrig) 23379 46812 0,10 de 2.01.01 Empréstimos/Financiam. 538745 5387513 0,03 de 2.01.02 Outras contas 7851 23614 Total negativo 6437315 Limite de Crédito Morante 1183116 1 Total do Ativo 172210917 INDICADOR 0,0069

Figura 6.1

Planilha 2: Cálculo do LCM/AT

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

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contábeis da CVM, você pode facilmente calcular o indicador LCM/AT. Veja, abaixo, como isso é fácil.

Em primeiro lugar, você deve obter as demonstraçõescontábeis das empresas no website da CVM. Você já viu comose obtém essas informações no capítulo 3. Quando você obtémtais demonstrações, vai perceber que o Balanço Patrimonial éemitido em duas páginas: numa você tem o Ativo; noutra vocêtem o Passivo.

Tanto para o Ativo, quanto para o Passivo há uma série de"contas", tais como: Disponibilidades, Impostos a Realizar, Cré-ditos diversos, Obrigações tibrutárias, etc. Não se preocupe comisso. Você só precisa localizar o código da conta. Veja o exem-plo da figura 6.1, em que se calcula o valor LCM/AT: Limite deCrédito Morante/Ativo Total.

Observe que você só tem que procurar o valor correspon-dente ao código descrito. Você procura o código da conta 2.05(Patrimônio Líquido) e verifica o valor que lhe corresponde. Faz omesmo para os demais códigos. Observe que o código de AtivoTotal é 1. A pequena planilha 2 deve ser reproduzida para cadaLCM/AT que você for calcular. Você só tem que alterar o nome daempresa, em E2, e os valores correspondentes na coluna F. Oalgoritmo, mostrado na figura 6.2 lhe dará o valor LCM/AT emG17:

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

B C D E F G2 Empresa: PERDIGÃO Balanço LCM3 Fator Código Processo Morante: 30-Set-99 30-Set-994 0,10 do 2.05 Patrimonio líquido 493709 0,1*F55 0,05 do 1.01.03 Estoques 215540 0,05*F66 0,08 de 1.01.02 Duplicatas a receber 115481 0,08*F77 0,02 de 1.01.01 Disponibilidades 340924 0,02*F88 Total positivo SOMA(G5:G8)9 0,10 de 2.01.03 Fornecedores 93743 0,1*F10

10 0,02 de 2.01.04 Impostos, Taxas, Contr. 21079 0,02*F1111 0,02 de 2.01.08 Outros (Salários/ Obrig) 23379 0,02*F1212 0,10 de 2.01.01 Empréstimos/Financiam. 538745 0,1*F1313 0,03 de 2.01.02 Outras contas 7851 0,03*F1414 Total negativo SOMA(G10:G14)15 Limite de Crédito Morante G9-G1516 1 Total do Ativo 172210917 INDICADOR G16/F17

Figura 6.2

Planilha 2: Algoritmo do LCM/AT

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• Em E2, coloque o nome da empresa e em F3, a data doBalanço.

• Os valores obtidos no Balanço são introduzidos na colunaF, de F4 a F16.

• O algoritmo para o cálculo do LCM/AT é dado na coluna G.• O valor desejado, isto é, o Indicador LCM/AT surge na cé-

lula G17

Você deve ter depreendido que um investidor poderia em-prestar com segurança relativa, à Perdigão, segundo Morante,um crédito que representa 0,69% do seu Ativo Total. Este é umnúmero relativo - que pode ser comparado entre várias empresasou com a mesma empresa ao longo do tempo. Se se consideraro Balanço do trimestre anterior (30-06-99) o LCM/AT, da Perdigãoera de 0,95% — o que representa uma diferença significativa. Ouseja: pelo Balanço de junho de 1999, o LCM/AT da perdigão erade 0,95% — como mostra a figura 3 — e, pelo Balanço de setem-bro era de 0,69%. Não nos interessa agora cotejar as planilhaspara verificar possíveis causas, mas dá para perceber que o indi-cador LCM/AT da perdigão modificou-se significativamente.

Como você percebeu pelos exemplos dados, o indicadorLCM/AT é obtido com base no Limite de Crédito de Morante, divi-dindo-se, este valor, depois pelo Ativo Total da empresa. Isto deveser feito para o maior número possível de empresas — idealmentetodas as componentes do Ibovespa.

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

B C D E F G2 Empresa: Perdigão Balanço LCM3 Fator Código Processo Morante: 30-Jun-99 30-Jun-994 0,10 do 2.05 Patrimonio líquido 492538 492545 0,05 do 1.01.03 Estoques 222612 111316 0,08 de 1.01.02 Duplicatas a receber 108836 87077 0,02 de 1.01.01 Disponibilidades 366293 73268 Total positivo 764179 0,10 de 2.01.03 Fornecedores 67345 6735

10 0,02 de 2.01.04 Impostos, Taxas, Contr. 19014 38011 0,02 de 2.01.08 Outros (Salários/ Obrig) 26582 53212 0,10 de 2.01.01 Empréstimos/Financiam. 531431 5314313 0,03 de 2.01.02 Outras contas 128 414 Total negativo 6079315 Limite de Crédito Morante 1562416 1 Total do Ativo 165111117 INDICADOR 0,0095

Figura 6.3

Planilha 2: Cálculo do LCM/AT

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Elementos das Contas

Para o cálculo do indicador LCM/AT, é necessário fazeruso de um Balanço completo - os sintéticos na maioria das ve-zes não destacam as contas adequadamente. As contam tam-bém não aparecem nos Balanços sempre com os mesmos no-mes - por isso você precisa ter o cuidado de buscar os valoresque devem compor a mesma. Fazendo-se uso dos Balançospadronizados da CVM, pelo código da conta é fácil obter o valorcorrespondente.

As contas do sistema Morante, com os respectivos códi-gos da CVM, são as seguintes:

2.05—Patrimônio Líquido: Não existe dúvida alguma emobter este valor dos balanços ou balancetes. Inclui geralmente ocapital Social Realizado, as Reservas de Capital e de Lucro.

1.01.03—Estoques: É uma conta do Ativo Circulante. Ge-ralmente aparece com este nome. Outras vezes vem decom-posta em: Produtos Prontos, Produtos em Elaboração, Merca-dorias, Mercadorias em Estoque, Mercadorias em Trânsito. To-das estas contas constituem o valor de Estoques.

1.01.02—Duplicatas a receber (Créditos): É uma contado Ativo Circulante e engloba tudo o que a empresa tem a rece-ber dos clientes em virtude das vendas dos produtos ou servi-ços. Pode surgir com o nome de Clientes. Se as Provisões paraRiscos de Créditos estiverem destacadas, deve-se subtrair estevalor das Duplicatas a Receber. Pode surgir também com osnomes de Clientes e Provisão para Devedores Duvidosos. Namaioria dos balanços o valor expresso já processou o descontodas Provisões para Devedores Duvidosos ou das Duplicatas Des-contadas. Caso isto não ocorra, e estas contas apareçamlistadas, é preciso proceder a este ajuste.

1.01.01—Disponibilidades: É uma conta do AtivoCirculante, e representa todos os valores que a empresa tem emgrande liquidez. Aparece com o nome de Disponibilidades ouDisponível ou pode estar desdobrada em algumas contas: Ban-cos, Aplicações Financeiras, ou Aplicações de Liquidez Imedia-ta ou Títulos e Valores Mobiliários. Deve-se somar estes doisvalores se eles estiverem listados separadamente.

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

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2.01.03—Fornecedores: É uma conta do PassivoCirculante e inclui tudo o que se deve aos Fornecedores devido,basicamente, às compras de matérias primas.

2.01.04—Impostos, taxas e contribuições: É uma contado Passivo Circulante e representa tudo o que ela deve ao Go-verno devido a Impostos e Contribuições. As contas referentes aeste conjunto surgem geralmente com os nomes de: ObrigaçõesSociais e Trabalhistas , Obrigações Fiscais e Empregatícias, Im-postos e Contribuições, Obrigações Tributárias, Provisão paraImposto de Renda e Contribuição Social.

2.01.08—Salários e outras obrigações: É um grupo decontas também do Passivo Circulante. Seus valores devem sersomados, já que, usualmente são listadas em separado. Esteconjunto de contas representa tudo o que se deve aos emprega-dos incluindo outras obrigações não classificadas em contas es-pecíficas. As contas referentes a este conjunto surgem geral-mente com os nomes de: Salários a pagar e Outras obrigações.

2.01.01—Empréstimos Bancários de Curto Prazo (Em-préstimos e Financiamentos): É uma conta do PassivoCirculante e representa o que a empresa deve aos Bancos, comdata de vencimento dentro dos próximos 12 meses. Pode apare-cer com o nome de Instituições Financeiras. Pode surgir com onome de Bancos, Empréstimos Bancários, Empréstimos e Fi-nanciamentos ou Instituições Financeiras.

2.01.02—Outras Contas a Pagar: Também é uma contado Passivo Circulante. Pode surgir com o nome de Outras Con-tas a Pagar ou Outras Obrigações.

Uma vez obtidos os valores acima indicados, deve-se pro-ceder ao cálculo do Limite de Crédito, multiplicando-se cada umdos valores por um determinado fator, fator este que está indicadona coluna C (Figura 6.1). Os resultados referentes ao PatrimônioLíquido, Estoques, Duplicatas a Receber e Disponibilidades cons-tituem valores positivos para o Limite de Crédito; os resultadosreferentes a Fornecedores, Salários, Contribuições e Tributos,Bancos e Outras Contas constituem valores negativos para o Li-mite de Crédito. O Limite de Crédito é a diferença entre estesvalores, e aparece sob o título de Limite de Crédito de Morante.

Uma vez obtido o Limite de Crédito de Morante (LCM), bas-ta dividi-lo pelo Ativo Total (AT) da empresa para se ter o indica-

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

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dor LCM/AT. Este indicador mostra a proporção do Ativo Total daempresa que um investidor poderia emprestar a tal empresa, comcerta segurança.

Termômetro de Insolvência de Kanitz.

Uma vez obtido o valor LCM/AT, você necessita calcular oTermômetro de Insolvência de Kanitz (TIK). O processo tambémé simples como ilustra a figura 6.4.Observe que os dados sãoretirados do Balanço. Para facilitar a busca, forneceu-se o códigoda CVM. O exemplo da figura 6.4 mostra que o TIK da Perdigãopelo balanço de junho de 1999 era de 2,221. Este valor deve serinterpretado como mostra o quadro abaixo:

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

...ertnerevitseKITeS aserpmea...

7e0 etnevlosé

3-e0 adinifedniáratse

7-e3- etnevlosniáratse

B C D E F2 Empresa: Perdigão Balanço TIK3 Código Processo Kanitz: 30-Jun-99

1.01 AC (Atico circulante) 7468151.01.03 Estoques 2226121.02 RLP (Realizável L. Prazo) 2376712.01 PC (Passivo Circulante) 6709262.02 PELP (Passivo L. Prazo) 4876472.05 PL (Patrimônio Líquido) 4925382.05.05 Lucros/Prej. acumulados 10366Fator0,05 LL/PL 0,021 0,0011,65 (AC+RLP) / ET 0,850 1,4023,55 (AC-Est) / PC 0,781 2,7741,06 AC / PC 1,113 1,1800,33 ET / PL 2,352 0,776

2,221Figura 6.4

Planilha 4: Cálculo do TIK

Termômetro Insolvência Kanitz =

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B C D E F4 Empresa: Perdigão Balanço TIK5 Código Processo Kanitz: 30-Set-996 1.01 AC (Atico circulante) 7239327 1.01.03 Estoques 2155408 1.02 RLP (Realizável L. Prazo) 2819609 2.01 PC (Passivo Circulante) 708020

10 2.02 PELP (Passivo L. Prazo) 52038011 2.05 PL (Patrimônio Líquido) 49370912 2.05.05 Lucros/Prej. acumulados 1153713 Fator14 0,05 LL/PL 0,023 0,05*E1415 1,65 (AC+RLP) / ET 0,819 1,65*E1516 3,55 (AC-Est) / PC 0,718 3,55*E1617 1,06 AC / PC 1,022 1,06*E1718 0,33 ET / PL 2,488 0,33*E18

19F14+F15+F16-F17-F18

Figura 6.6

Planilha 4: Cálculo do TIK (Algoritmo)

Termômetro Insolvência Kanitz =

Segundo Kanitz, a Perdigão é uma empresa solvente, jáque seu indicador TIK tinha o valor positivo de 2,221. Mas, análisesemelhante é possível com os dados do Balanço do trimestreseguinte (setembro de 1999). O resultado aparece na figura 6.5.

Veja que no trimestre seguinte o TIK da perdigão baixoupara 1,996. Ainda continua solvente, é óbvio, mas apresenta umgrau de solvência menor do que o anterior.

O que recomendei para a planilha LCM/AT recomendo paraa planilha TIK. O algoritmo desta planilha é bem simples comomostra a figura 6.6.

B C D E F4 Empresa: Perdigão Balanço TIK5 Código Processo Kanitz: 30-Set-996 1.01 AC (Atico circulante) 7239327 1.01.03 Estoques 2155408 1.02 RLP (Realizável L. Prazo) 2819609 2.01 PC (Passivo Circulante) 708020

10 2.02 PELP (Passivo L. Prazo) 52038011 2.05 PL (Patrimônio Líquido) 49370912 2.05.05 Lucros/Prej. acumulados 1153713 Fator14 0,05 LL/PL 0,023 0,00115 1,65 (AC+RLP) / ET 0,819 1,35116 3,55 (AC-Est) / PC 0,718 2,54917 1,06 AC / PC 1,022 1,08418 0,33 ET / PL 2,488 0,821

19 1,996

Figura 6.5

Planilha 4: Cálculo do TIK

Termômetro Insolvência Kanitz =

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

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• Em D4, coloque o nome da empresa e em E5, a data doBalanço.

• Os valores obtidos no Balanço são introduzidos na colunaE, de E6 a E12.

• O algoritmo para o cálculo do TIK é dado na coluna F.• O valor desejado, isto é, o Indicador TIK surge na célula

F19.

Indicador KM

O Indicador KM deriva, como sabe, da junção dos doisindicadores vistos acima: o TIK — Termômetro de Insolvência deKanitz e o LCM/AT — Limite de Crédito de Morante/Ativo Total.

Numa primeira abordagem pode-se afirmar que o IndicadorKM é igual ao produto de TIK pelo LCM/AT .De uma forma gené-rica pode-se dizer que, para uma dada empresa:

Indicador KM = 100*( LCM / AT)*TIK

Empresas com LCM/AT ou TIK negativos são descartadas.Você já percebeu quão fácil é calcular o indicador KM de

uma empresa tendo seus valores LCM/AT e TIK. Para a empresaPerdigão, dada aqui como exemplo, considerando as datas-basedos seus balanços, temos:

É possível determinar, portanto, o valor do indicador KM paraum conjunto de empresas. Este indicador é calculado periodica-mente. Você pode, assim, ter para cada empresa um gráfico daevolução do seu KM — mas, o importante, é acompanhar deperto as empresas que tiverem o índice KM maior. Para isso bas-ta montar a Planilha 5, cujo layout é dado abaixo, com um exem-plo.

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

oãgidreP

ataD TA/MCL KIT MK

99/60/03 5900,0 122,2 11,2

99/90/03 9600,0 699,1 83,1

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A planilha 5, fundamentalmente é constituída por 4 colunas:• Na coluna C, insere-se o nome da empresa; na coluna se-

guinte o valor do seu LCM/AT e do seu TIK;• Na coluna F, calcula-se o indicador KM, cujo algoritmo

pode ser visto na figura 6.8. Observe que para as empresas comLCM/AT negativo ou TIK negativo (ou ambos os casos) não secalcula o KM. As empresas são, depois de feito o cálculo doindicador KM, ordenadas decrescentemente.

As 10 empresas com maior índice KM devem ser acompa-nhadas de perto. Os dados constantes da figura 6.7 referem-se aperíodo anterior a 1999. Nem todas as empresas pertencem aoIbovespa.

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

Page 127: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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Você, neste capítulo, viu que há um método coerente que oleva a selecionar empresas. Se as empresas selecionadas per-tencerem ao Ibovespa, você passa a dispor de uma lista de em-presas potencialmente lucrativas, solventes e de boa liquidez.Aconselho-o a fazer o cálculo do Indicador KM para todas asempresas nas quais aplique dinheiro — escolhidas por um outrocritério qualquer. Deve ter percebido que a análise dos indicado-res LCM/AT, TIK e KM, ao longo do tempo, é muito ilustrativa daqualidade da empresa para o investidor.

Selecionadas as empresas, veja no capítulo seguinte, comoas deve acompanhar. Outras técnicas para selecionar ações sãomostradas no capítulo 8.

COMO SELECIONAR AÇÕES PELO INDICADOR KM

B C D E F G2 Data-Base= Dez/xx Acomp3 Empresa LCM/AT TIK KM4 Arno 0,087 6,56 100*D4*E4 S5 Semp Thoshiba Amazonas 0,078 6,65 100*D5*E5 S6 Guararapes - Confeccões 0,089 4,34 repete S7 Copesul - Petroquímica 0,068 4,77 repete S8 Avipal Agricultura e Pecuária 0,082 3,91 repete S9 Dixie Toga 0,075 3,58 repete S

10 Duratex 0,070 3,45 repete S11 Alpargatas, São Paulo 0,065 3,66 repete S12 La Fonte 0,057 4,10 repete S13 Lojas Renner 0,059 3,90 repete S14 Klabin 0,068 3,28 repete S

Figura 6.8

Planilha 5: Indicador KM (Algoritmo)

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���COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

CAPÍTULO 7

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Acompanhando as ações selecionadas

Acompanhar as ações previamente selecionadas significadar a tais ações uma atenção diária — apenas diária e não maisdo que isto — e atuar de acordo com o método escolhido, méto-do este que indica o momento de comprar ou de vender. Evite apostura neurótica de ficar continuamente olhando as cotações:estabeleça uma rotina adequada e siga-a. Na verdade você preci-sa atualizar apenas uma dezena de ações, no seu banco de da-dos, e atuar de acordo com os sinais emitidos pelo algoritmo.Esses sinais dizem se você deve manter a sua posição (compra-do ou não comprado) ou alterar tal posição (vender / comprar).

Para atualizar seu banco de dados, você deve aguardar ofechamento do pregão. Eu costumo fazer isso pela manhã: entrono website da Bovespa, www.bovespa.com.brþINFORMAÇÕESDO MERCADOþCOTAÇÕESþHORÁRIO REGULAR, selecionotoda a linha referente a uma ação que controlo, copio-a e colo-ana planilha correspondente. Faço a mesma coisa para as demaisações. Uma vez atualizadas as planilhas, aplico a fórmula doalgoritmo aos novos dados e vejo o sinal emitido. Dependendo dosinal posso ter que atuar (comprar ou vender) ou posso me man-ter na mesma posição — o que implica, obviamente, em nãofazer nada.

Há muitos métodos de acompanhamento de ações, comovocê pode ver no Capítulo 9, mas eu dou preferência ao osciladorSMI, que é detalhado neste capítulo. Fica a seu critério escolhere seguir o método.

Este método de supervisão de ações que adoto e recomen-do é extremamente dinâmico, pois você pode aproveitar todas asoscilações que os preços oferecem na Bolsa.

COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

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Oscilador SMI

O oscilador SMI tem uma estrutura semelhante aososciladores mais comuns da Escola Técnica e o seu uso ainda érecente. No Brasil tem sido usado desde 1980, com razoável su-cesso.

Veja qual a lógica que presidiu à construção deste indica-dor. A figura 7.1, mostra a estrutura típica de preços de uma ação:preços mínimo, máximo e de fechamento; ofertas de compra e devenda. O preço de fechamento (Fech) fica, obviamente, entre osvalores Máx e Min — podendo ser até igual a um deles. Tipica-mente as ofertas de venda (OV) tendem a estar acima do Max; asofertas de compra (OC) tendem a estar abaixo do Min.

Figura 7.1

O oscilador SMI considera unitária a distância que separaOV de OC, isto é: OV-OC=1. Partindo disto, ele situa a posiçãodo Fech ao longo dessa distância. É o que se denomina Pressãodo Pregão (PP). Se Fech estiver exatamente no meio de OV eOC, PP=0,5; se Fech coincidir com OC, então PP=0; se Fechcoincidir com OV, então PP=1. Entre 0 e 1, PP pode assumirquaisquer valores. Na figura 7.1, as pressões de pregão ilustra-das correspondem a 0,5 (à esquerda), 0,8 e 0,2 (à direita). Quantomaior for o valor de PP maior é a pressão exercida pelos investi-dores para comprar a ação: eles estão dispostos a pagar o máxi-

� Oferta de Venda

� Oferta de Compra

� Fechamento

Máximo

Mínimo

� O V

� O C

� Fech

Máxi

Mín

� O V

� O C

� Fech.

Máx

Mín

Pressão de Compra Pressão de Venda

COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

Page 131: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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���

mo por ela. Valores de PP acima de 0,5, indicam pressão com-pradora; valores de PP abaixo de 0,5, indicam pressão vendedora.É claro que o objetivo do oscilador é antecipar tendências. Eletrabalha com valores médios. Eu uso a média de cinco pregões.A operacionalização é feita da seguinte forma:

• As ordens de compra são dadas sempre que SMI >0,5;• As ordens de venda são dadas sempre que SMI<0,50;• Uma vez compradas (D+0) as ações só podem ser vendi-

das no mínimo no terceiro dia (D+3).

Para facilitar a interpretação, o algoritmo contém uma fór-mula que coloca o sinal ($) referente ao holding periodo — tempodurante o qual a ação deve ser mantida em carteira. Assim:

• As ordens de compra são dadas sempre que surge $;• As ordens de venda são dadas sempre termina $;

Eis alguns exemplos que podem facilitar a sua compreen-são para o momento de compra ou de venda. Na figura 7.2, vocêpode observar uma formação típica. A ordem de compra é dadaapós o primeiro sinal $; e a de venda é dada quando a série termi-na.

Muitas vezes uma ordem de compra é dada imediatamentea seguir a uma ordem de venda, como mostra a figura 7.3:

Fech OC OV PP SMI1,50 1,49 1,51 0,50 0,60 1,50 1,50 1,51 0,00 0,40 $1,49 1,49 1,50 0,00 0,30 $ compra 1,491,54 1,50 1,54 1,00 0,30 $1,56 1,55 1,57 0,50 0,40 $1,57 1,56 1,57 0,99 0,50 $1,56 1,55 1,57 0,50 0,60 1,57 1,56 1,57 0,99 0,79 venda 1,57

Operacionalização

Figura 7.2

COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

Page 132: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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���

Ordens de compra podem ser frustradas. A venda, entretan-to, só deve ocorrer se não aparecer, por dois pregões seguidos,nenhum sinal de confirmação, como mostra a figura 7.4.

O sinal de compra surgiu com o SMI a 0,47. No dia seguin-te, a ordem de compra foi dada (compra a $4,05). Ao término dopregão observou-se o não surgimento do sinal, confirmando aoperação. Deve-se aguardar mais dois dias antes de se vender.

O método SMI é extremamente dinâmico e o investidorrealiza constantemente operações com as ações que estão soba sua supervisão. Portanto, é um método altamente especulativo.A listagem de alguns pregões mostra isso:

Fech OC OV PP SMI4,05 4,01 4,05 1,00 0,54 4,05 4,00 4,08 0,62 0,47 $4,05 3,95 4,05 1,00 0,67 compra 4,054,00 3,70 4,05 0,86 0,84 4,00 3,90 4,00 1,00 0,90 3,90 3,90 4,00 0,00 0,70 vende 3,903,70 3,70 3,75 0,00 0,57 3,70 3,50 3,69 1,05 0,58 3,65 3,55 3,65 1,00 0,61

Operacionalização

Figura 7.4

COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

Fech OC OV PP SMI2,85 2,85 2,89 0,00 0,33 $2,82 2,80 2,90 0,20 0,37 $2,85 2,82 2,85 1,00 0,57 2,85 2,81 2,90 0,44 0,53 vende 2,852,81 2,81 2,85 0,00 0,33 $2,82 2,85 2,90 -0,60 0,21 $ compra 2,823,05 3,00 3,10 0,50 0,27 $

Operacionalização

Figura 7.3

Page 133: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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���COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMIhceF CO VO PP IMS oãçazilanoicarepO

51,2 91,2 32,2 00,1-

12,2 12,2 42,2 00,0

03,2 92,2 03,2 00,1

03,2 82,2 03,2 00,1

53,2 33,2 04,2 92,0 62,0 $

63,2 83,2 04,2 00,1- 62,0 $

53,2 10,2 53,2 00,1 64,0 $

02,2 00,2 53,2 75,0 73,0 $

02,2 61,2 02,2 00,1 73,0 $

91,2 01,2 91,2 00,1 15,0

02,2 51,2 02,2 00,1 19,0 ednev 02,2

02,2 51,2 02,2 00,1 19,0

91,2 00,2 91,2 00,1 00,1

91,2 91,2 91,2 00,0 08,0

91,2 91,2 02,2 00,0 06,0

91,2 91,2 53,2 00,0 04,0 $

52,2 02,2 05,2 71,0 32,0 $ arpmoc 52,2

52,2 42,2 03,2 71,0 70,0 $

12,2 12,2 03,2 00,0 70,0 $

12,2 12,2 03,2 00,0 70,0 $

12,2 12,2 03,2 00,0 70,0 $

03,2 52,2 04,2 33,0 01,0 $

05,2 54,2 05,2 00,1 72,0 $

06,2 35,2 06,2 00,1 74,0 $

07,2 07,2 08,2 00,0 74,0 $

28,2 08,2 58,2 04,0 55,0

08,2 07,2 08,2 00,1 86,0 ednev 08,2

57,2 57,2 87,2 00,0 84,0 $

57,2 57,2 08,2 00,0 82,0 $ arpmoc 57,2

57,2 07,2 08,2 05,0 83,0 $

57,2 07,2 09,2 52,0 53,0 $

07,2 07,2 08,2 00,0 51,0 $

17,2 07,2 08,2 01,0 71,0 $

17,2 17,2 57,2 00,0 71,0 $

08,2 97,2 09,2 90,0 90,0 $

08,2 08,2 09,2 00,0 40,0 $

18,2 08,2 09,2 01,0 60,0 $

58,2 28,2 09,2 73,0 11,0 $

58,2 68,2 00,3 70,0- 01,0 $

09,2 68,2 09,2 00,1 82,0 $

Page 134: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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��� COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

09,2 18,2 09,2 00,1 84,0 $

09,2 09,2 59,2 00,0 64,0 $

09,2 09,2 09,2 00,0 93,0 $

59,2 19,2 00,3 44,0 94,0 $

59,2 59,2 00,3 00,0 92,0 $

00,3 59,2 00,3 00,1 92,0 $

09,2 09,2 00,3 00,0 92,0 $

29,2 19,2 99,2 21,0 13,0 $

59,2 19,2 59,2 00,1 24,0 $

59,2 59,2 59,2 00,0 24,0 $

59,2 59,2 00,3 00,0 22,0 $

19,2 19,2 59,2 00,0 22,0 $

09,2 09,2 59,2 00,0 02,0 $

09,2 07,2 00,3 76,0 31,0 $

09,2 08,2 09,2 00,1 33,0 $

58,2 58,2 98,2 00,0 33,0 $

28,2 08,2 09,2 02,0 73,0 $

58,2 28,2 58,2 00,1 75,0

58,2 18,2 09,2 44,0 35,0 ednev 58,2

18,2 18,2 58,2 00,0 33,0 $

28,2 58,2 09,2 06,0- 12,0 $ arpmoc 28,2

50,3 00,3 01,3 05,0 72,0 $

00,3 50,3 01,3 00,1- 31,0- $

59,2 59,2 00,3 00,0 22,0- $

50,3 59,2 50,3 00,1 20,0- $

59,2 59,2 50,3 00,0 01,0 $

50,3 50,3 01,3 00,0 00,0 $

01,3 00,3 51,3 76,0 33,0 $

53,3 53,3 04,3 00,0 33,0 $

01,3 51,3 04,3 02,0- 90,0 $

52,3 02,3 52,3 00,1 92,0 $

52,3 22,3 04,3 71,0 33,0 $

03,3 52,3 44,3 62,0 52,0 $

03,3 52,3 03,3 00,1 54,0 $

03,3 02,3 03,3 00,1 86,0

03,3 02,3 03,3 00,1 96,0 ednev 03,3

03,3 52,3 04,3 33,0 27,0

23,3 13,3 53,3 52,0 27,0

65,3 65,3 06,3 00,0 25,0

65,3 65,3 06,3 00,0 25,0

55,3 05,3 06,3 05,0 24,0 $

Page 135: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

���� ������������ �������������� �� ����

���COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

55,3 04,3 05,3 05,1 25,0 arpmoc 55,3

04,3 04,3 55,3 00,0 54,0 $

05,3 05,3 95,3 00,0 04,0 $

06,3 06,3 56,3 00,0 04,0 $

57,3 57,3 57,3 00,0 03,0 $

07,3 07,3 58,3 00,0 00,0 $

57,3 07,3 58,3 33,0 70,0 $

58,3 58,3 58,3 00,0 70,0 $

09,3 08,3 09,3 00,1 72,0 $

09,3 38,3 09,3 00,1 74,0 $

09,3 58,3 09,3 00,1 76,0

09,3 08,3 09,3 00,1 08,0 ednev 09,3

09,3 07,3 09,3 00,1 00,1

59,3 59,3 89,3 00,0 08,0

69,3 69,3 99,3 00,0 06,0

39,3 08,3 89,3 27,0 45,0

50,4 10,4 50,4 00,1 45,0

50,4 00,4 80,4 26,0 74,0 $

50,4 59,3 50,4 00,1 76,0 arpmoc 50,4

00,4 07,3 50,4 68,0 48,0

00,4 09,3 00,4 00,1 09,0

09,3 09,3 00,4 00,0 07,0 ednev 09,3

07,3 07,3 57,3 00,0 75,0

07,3 05,3 96,3 50,1 85,0

56,3 55,3 56,3 00,1 16,0

46,3 05,3 46,3 00,1 16,0

56,3 85,3 46,3 61,1 48,0

05,3 05,3 45,3 00,0 48,0

05,3 54,3 05,3 00,1 38,0

53,3 00,3 93,3 09,0 18,0

03,3 03,3 54,3 00,0 16,0

54,3 03,3 54,3 00,1 85,0

87,3 87,3 67,3 00,0 85,0

96,3 96,3 07,3 00,0 83,0 $

96,3 96,3 96,3 00,0 02,0 $ arpmoc 96,3

76,3 04,3 76,3 00,1 04,0 $

76,3 04,3 06,3 53,1 74,0 $

76,3 04,3 66,3 40,1 86,0

76,3 04,3 76,3 00,1 88,0 ednev 76,3

63,3 73,3 76,3 30,0- 78,0

63,3 73,3 16,3 40,0- 66,0

Page 136: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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�� COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI63,3 73,3 16,3 40,0- 83,0 $

96,3 96,3 96,3 00,0 81,0 $ arpmoc 96,3

96,3 96,3 46,3 00,0 20,0- $

55,3 55,3 76,3 00,0 20,0- $

05,3 54,3 85,3 83,0 70,0 $

56,3 03,3 07,3 78,0 52,0 $

07,3 07,3 67,3 00,0 52,0 $

17,3 07,3 67,3 71,0 92,0 $

37,3 37,3 47,3 00,0 92,0 $

07,3 07,3 67,3 00,0 12,0 $

07,3 07,3 67,3 00,0 30,0 $

08,3 08,3 58,3 00,0 30,0 $

09,3 09,3 59,3 00,0 00,0 $

50,4 50,4 01,4 00,0 00,0 $

50,4 19,3 50,4 00,1 02,0 $

50,4 09,3 50,4 00,1 04,0 $

01,4 80,4 21,4 05,0 05,0 $

92,4 03,4 04,4 01,0- 84,0 $

54,4 54,4 94,4 00,0 84,0 $

05,4 05,4 05,4 00,0 82,0 $

05,4 05,4 05,4 00,0 80,0 $

54,4 03,4 94,4 97,0 41,0 $

74,4 74,4 94,4 00,0 61,0 $

05,4 05,4 06,4 00,0 61,0 $

05,4 05,4 06,4 00,0 61,0 $

06,4 06,4 06,4 00,0 61,0 $

56,4 56,4 07,4 00,0 00,0 $

99,4 49,4 99,4 00,1 02,0 $

09,4 08,4 00,5 05,0 03,0 $

09,4 09,4 09,4 00,0 03,0 $

47,4 07,4 09,4 02,0 43,0 $

57,4 57,4 57,4 00,0 43,0 $

05,4 05,4 96,4 00,0 41,0 $

93,4 00,4 93,4 00,1 42,0 $

54,4 00,4 54,4 00,1 44,0 $

54,4 00,4 44,4 20,1 06,0

93,4 00,4 93,4 00,1 08,0 ednev 93,4

53,4 00,4 53,4 00,1 00,1

53,4 53,4 04,4 00,0 08,0

53,4 03,4 93,4 55,0 27,0

04,4 63,4 54,4 44,0 06,0

Page 137: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

���� ������������ �������������� �� ����

���COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI05,4 54,4 25,4 17,0 45,0

95,4 55,4 06,4 08,0 05,0

55,4 55,4 55,4 00,0 05,0

05,4 53,4 05,4 00,1 95,0

54,4 54,4 85,4 00,0 05,0

07,4 56,4 07,4 00,1 65,0

56,4 06,4 07,4 05,0 05,0 $

A figura 7.5 resume as sete operações realizadas. Dassete,duas produziram resultados negativos ( o que significa 71%de ordens com resultado positivo). Em média, cada operação duracerca de 15 pregões –o que corresponde a três semanas corri-das. Cada operação, em média, produziu um resultado positivode 9,96%.

Para cada ação que você acompanha com o oscilador SMI,você deve ter uma planilha. Para facilitar a inclusão dos dadosobtidos via Internet, as colunas desta planilha devem seguir amesma ordem:

• A—:Código;• B—: Pregão (Empresa);• C—:Ação;• D—:Abert.;• E—:Min.;• F—:Máx.;• G—:Med.;

• H—:Fech.;

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Page 138: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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���

• I—:Oferta Compra;• J—:Oferta Venda;• K—:Negs Realizados;• L—:Qtde Títulos;Depois destas colunas reserve mais duas: uma para a colu-

na M (MF$) e outra para para a coluna N (INDAÇ). Após issocoloque as colunas referentes ao oscilador SMI.

• O—:PP (pressão do pregão)• P—:SMI (Stress Market Index)• Q—:$ (sinal)A construção da planilha é feita como mostra a figura 7.6.

Muitas das colunas mostradas acima estão ocultas —na medidaem que apenas contêm valores. Para a construção do indicadorsão relevantes as colunas apresentadas na figura citada. De qual-quer forma o conteúdo de todas as colunas é o seguinte:

·

Coluna A: Código da empresa. É importado via Internet. Re-comendo que tenha esta coluna pois ajuda a perceber erros. Vocêse surpreenderá com o número de vezes que copiou ação indevida.

• Coluna B: Pregão: Inicialmente é importada com o nomeda empresa. Delete o nome e introduza a data do pregão.

• Coluna C: Ação. É o tipo da ação, uma informação impor-tada também via Internet. Embora você saiba qual é o tipo (PN ouON) este campo pode trazer informações adicionais referentes àocorrência de proventos.

H I J O P QFEC OC OV PP SMI $

4 2,15 2,19 2,23(H4-I4)/

(J4-I4+0,0001)5 2,21 2,21 2,24 repete6 2,30 2,29 2,30 repete7 2,30 2,28 2,30 repete8 2,35 2,33 2,40 repete MÉDIA(O4:O8) SE(P8>0,5; " "; "$")9 2,36 2,38 2,40 repete repete repete

10 2,35 2,01 2,35 repete repete repete11 2,20 2,00 2,35 repete repete repete12 2,20 2,16 2,20 repete repete repete13 2,19 2,10 2,19 repete repete repete14 2,20 2,15 2,20 repete repete repete

Figura 7.6

Planilha 6: SMI (Algoritmo)

Page 139: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

���� ������������ �������������� �� ����

��COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

• Colunas D, E, F, G, H: São os preços que a ação atingiuno pregão: abertura, mínimo, máximo, médio e fechamento.

• Coluna I: Oferta de Compra. Contém o valor da Oferta deCompra (OC) registrada. Caso não conste da listagem a Ofertade Compra considere como indicado abaixo.

• Coluna J: Oferta de Venda. Contém o valor da Oferta deVenda (OV) registrada. Caso não conste da listagem a Oferta deVenda considere como indicado abaixo.

• Coluna K: Negócios realizados.• Coluna L: Quantidade de títulos.• Coluna M: Valor da sua moeda forte (MF$) referente à data

do pregão.• Coluna N: INDAÇ da ação. Veja que para as colunas M e N

deve ver o que foi considerado no capítulo 4.• Coluna O: PP (pressão do pregão). Veja a figura 7.6 a fór-

mula a usar. Repita depois continuamente essa fórmula.• Coluna P: SMI (Stress Market Index). É uma média móvel

simples dos cinco últimos valores da pressão do pregão.• Coluna Q: $ (sinal). Veja na figura 7.6 a fórmula a usar.

Preste atenção que os valores correspondentes às ofertasde compra e de venda devem constar obrigatoriamente da planilha.Ocorre, entretanto, que muitas vezes, no fechamento do pregão,pode não haver oferta para compra ou venda da ação. Assim,considere o seguinte:

q se na listagem não aparece o valor correspondentea OC: toma-se como valor da OC o preço de Fechamentoou da OC anterior - o menor dos dois.q se na listagem não aparece a OV: toma-se comovalor da OV o preço do Fechamento ou da OV anterior- omenor dos dois.Para indicar que tais valores foram estimados, use tiponegrito na célula.

Cabe observar que acompanhar uma ação através de ummétodo significa exatamente operar de acordo com o que preco-niza tal método. Muitas vezes você verá que não tem ação algu-ma para adquirir. fique fora do mercado. Aproveite a lista abaixo

Page 140: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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para se exercitar: verifique se determinaria corretamente os mo-mentos de compra ou de venda. Observe, também, que o siste-ma não acerta todas.

COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

hceF CO VO PP IMS oãçazilanoicarepO

77,1 47,1 87,1 57,0

57,1 57,1 67,1 00,0

07,1 26,1 07,1 00,1

26,1 06,1 26,1 00,1

55,1 35,1 55,1 00,1 57,0

55,1 45,1 65,1 05,0 07,0

25,1 15,1 25,1 99,0 09,0

35,1 35,1 45,1 00,0 07,0

05,1 94,1 15,1 05,0 06,0

05,1 05,1 15,1 00,0 04,0 $

94,1 94,1 05,1 00,0 03,0 $ arpmoc 94,1

45,1 05,1 45,1 00,1 03,0 $

65,1 55,1 75,1 05,0 04,0 $

75,1 65,1 75,1 99,0 05,0 $

65,1 55,1 75,1 05,0 06,0

75,1 65,1 75,1 99,0 97,0 adnev 75,1

65,1 55,1 65,1 99,0 97,0

25,1 15,1 35,1 05,0 97,0

25,1 15,1 35,1 05,0 96,0

55,1 55,1 65,1 00,0 06,0

16,1 16,1 36,1 00,0 04,0 $

55,1 55,1 65,1 00,0 02,0 $ arpmoc 55,1

27,1 07,1 27,1 00,1 03,0 $

27,1 07,1 27,1 00,1 04,0 $

06,1 06,1 16,1 00,0 04,0 $

06,1 95,1 36,1 52,0 54,0 $

06,1 95,1 36,1 52,0 05,0 $

16,1 85,1 16,1 00,1 05,0 $

06,1 95,1 36,1 52,0 53,0 $

16,1 06,1 16,1 99,0 55,0

16,1 06,1 46,1 52,0 55,0 adnev 16,1

16,1 16,1 16,1 00,0 05,0 $

96,1 86,1 96,1 99,0 05,0 $ arpmoc 96,1

27,1 07,1 27,1 00,1 46,0

57,1 57,1 67,1 00,0 54,0 $

77,1 67,1 77,1 99,0 06,0

47,1 37,1 57,1 05,0 96,0 adnev 47,1

57,1 47,1 57,1 99,0 96,0

18,1 18,1 28,1 00,0 05,0 $

57,1 47,1 57,1 99,0 96,0 arpmoc 57,1

Page 141: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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���COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

58,1 38,1 68,1 66,0 36,0

88,1 68,1 88,1 00,1 37,0

68,1 58,1 68,1 99,0 37,0 adnev 68,1

28,1 08,1 28,1 00,1 39,0

77,1 67,1 77,1 99,0 39,0

47,1 37,1 47,1 99,0 99,0

47,1 27,1 47,1 00,1 99,0

47,1 37,1 57,1 05,0 98,0

07,1 96,1 07,1 99,0 98,0

26,1 16,1 26,1 99,0 98,0

75,1 65,1 75,1 99,0 98,0

35,1 35,1 45,1 00,0 96,0

75,1 65,1 75,1 99,0 97,0

15,1 15,1 25,1 00,0 95,0

54,1 34,1 54,1 00,1 06,0

14,1 14,1 24,1 00,0 04,0 $

84,1 84,1 05,1 00,0 04,0 $ arpmoc 84,1

83,1 83,1 04,1 00,0 02,0 $

64,1 64,1 84,1 00,0 02,0 $

55,1 35,1 55,1 00,1 02,0 $

55,1 55,1 65,1 00,0 02,0 $

74,1 74,1 84,1 00,0 02,0 $

34,1 34,1 44,1 00,0 02,0 $

54,1 34,1 54,1 00,1 04,0 $

15,1 15,1 25,1 00,0 02,0 $

25,1 15,1 15,1 00,001 02,02

75,1 55,1 85,1 66,0 33,02 adnev 75,1

25,1 25,1 35,1 00,0 33,02

26,1 16,1 26,1 99,0 33,02

56,1 46,1 56,1 99,0 35,02

36,1 36,1 46,1 00,0 35,0

95,1 95,1 16,1 00,0 04,0 $

46,1 46,1 56,1 00,0 04,0 $ arpmoc 46,1

16,1 06,1 16,1 99,0 04,0 $

95,1 85,1 95,1 99,0 04,0 $

95,1 95,1 16,1 00,0 04,0 $

95,1 85,1 95,1 99,0 95,0

85,1 75,1 85,1 99,0 97,0 adnev 85,1

85,1 75,1 95,1 05,0 96,0

26,1 26,1 36,1 00,0 05,0 $

16,1 06,1 16,1 99,0 96,0 arpmoc 16,1

Page 142: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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��� COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

16,1 06,1 16,1 99,0 96,0 arpmoc 16,1

06,1 06,1 16,1 00,0 05,0 $

95,1 75,1 95,1 00,1 05,0 $

55,1 55,1 75,1 00,0 04,0 $

36,1 16,1 36,1 00,1 06,0

16,1 16,1 36,1 00,0 04,0 $ adnev 16,1

56,1 36,1 56,1 00,1 06,0 arpmoc 56,1

08,1 08,1 28,1 00,0 04,0 $

87,1 87,1 97,1 00,0 04,0 $

77,1 77,1 97,1 00,0 02,0 $

47,1 47,1 57,1 00,0 02,0 $

77,1 77,1 87,1 00,0 00,0 $

77,1 67,1 77,1 99,0 02,0 $

47,1 47,1 67,1 00,0 02,0 $

87,1 77,1 97,1 05,0 03,0 $

38,1 38,1 58,1 00,0 03,0 $

38,1 97,1 28,1 33,1 65,0

08,1 87,1 08,1 00,1 65,0 adnev 08,1

77,1 67,1 77,1 99,0 67,0

08,1 08,1 18,1 00,0 66,0

97,1 97,1 08,1 00,0 66,0

77,1 77,1 87,1 00,0 04,0 $

57,1 57,1 77,1 00,0 02,0 $ arpmoc 57,1

08,1 77,1 08,1 00,1 02,0 $

77,1 77,1 87,1 00,0 02,0 $

87,1 77,1 87,1 99,0 04,0 $

77,1 77,1 87,1 00,0 04,0 $

97,1 87,1 08,1 05,0 05,0 $

08,1 97,1 08,1 99,0 05,0 $

67,1 67,1 87,1 00,0 05,0 $

77,1 57,1 87,1 66,0 34,0 $

67,1 67,1 77,1 00,0 34,0 $

67,1 57,1 67,1 99,0 35,0

08,1 87,1 08,1 00,1 35,0 adnev 08,1

87,1 77,1 87,1 99,0 37,0

08,1 77,1 08,1 00,1 97,0

87,1 57,1 77,1 94,1 90,1

87,1 87,1 97,1 00,0 98,0

97,1 77,1 97,1 05,0 03,0 $

97,1 87,1 97,1 99,0 98,0

97,1 97,1 08,1 00,0 07,0

87,1 77,1 87,1 99,0 04,0 $ arpmoc 87,1

Page 143: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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���COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI77,1 77,1 97,1 00,0 04,0 $

87,1 77,1 87,1 99,0 04,0 $

87,1 77,1 87,1 99,0 95,0

67,1 67,1 87,1 00,0 95,0 adnev 67,1

27,1 27,1 27,1 00,0 04,0 $

37,1 17,1 47,1 66,0 35,0 arpmoc 37,1

77,1 77,1 97,1 00,0 04,0 $

87,1 77,1 87,1 99,0 04,0 $

87,1 77,1 87,1 99,0 95,0

67,1 67,1 87,1 00,0 95,0 adnev 67,1

27,1 27,1 27,1 00,0 04,0 $

37,1 17,1 47,1 66,0 35,0 arpmoc 37,1

87,1 67,1 87,1 00,1 35,0

38,1 28,1 48,1 05,0 34,0 $

98,1 48,1 98,1 00,1 36,0

48,1 48,1 68,1 00,0 36,0 adnev 48,1

78,1 68,1 78,1 99,0 07,0

98,1 78,1 98,1 00,1 07,0

19,1 09,1 19,1 99,0 97,0

79,1 79,1 89,1 00,0 06,0

49,1 09,1 49,1 00,1 97,0

39,1 29,1 39,1 99,0 97,0

98,1 78,1 98,1 00,1 97,0

78,1 78,1 88,1 00,0 06,0

09,1 09,1 59,1 00,0 06,0

39,1 19,1 39,1 00,1 06,0

19,1 98,1 19,1 00,1 04,0 $ arpmoc 19,1

98,1 58,1 98,1 00,1 06,0

58,1 58,1 78,1 00,0 06,0

88,1 78,1 09,1 33,0 64,0 $ adnev 88,1

78,1 58,1 78,1 00,1 66,0 arpmoc 78,1

58,1 58,1 78,1 00,0 64,0 $

48,1 38,1 58,1 05,0 63,0 $

38,1 28,1 48,1 05,0 64,0 $

97,1 97,1 08,1 00,0 04,0 $

67,1 57,1 08,1 02,0 42,0 $

77,1 77,1 97,1 00,0 42,0 $

08,1 87,1 28,1 05,0 42,0 $

08,1 77,1 18,1 57,0 92,0 $

08,1 87,1 97,1 89,1 96,0

67,1 67,1 77,1 00,0 56,0 adnev 67,1

Page 144: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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��� COMO ACOMPANHAR AÇÕES PELO SMI

07,1 76,1 07,1 00,1 48,0

96,1 96,1 07,1 00,0 57,0

27,1 27,1 27,1 00,0 06,0

Page 145: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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���OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

CAPÍTULO 8

Page 146: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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��OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

Mais técnicas para selecionar ações

As técnicas para selecionar as empresas que devem tersuas ações acompanhadas atentamente pelo investidor são da-dos, principalmente, pela Escola Fundamentalista. cujo funda-mento repousa na tese de que existe uma correlação lógica en-tre o valor intrínseco de uma ação e seu preço de mercado.

Os investidores fundamentalistas, acompanham as empre-sas que possuem as melhores previsões de lucros futuros, eprocuram localizar no mercado as que, tendo boas perspectivas,tenham cotações baixas à luz dos resultados esperados.

São seguros os métodos que os investidores usam? No meuentender todos os métodos — incluindo o KM e o SMI — são tãoseguros quanto os métodos de previsão do tempo. Previsões sãoprevisões; só a realidade poderá mostrar, com o passar do tem-po, se tais previsões estavam certas ou não. Mas, indiscutivel-mente, costumam ser melhores do que investir sem qualquer ori-entação.

Eis alguns dos métodos:1. Índice Preço-Lucro-PL;2. Cash-yield;3. Cotação / Valor patrimonial;4. Análise Estrutural da Indústria;5. Índice Sharpe;6. Capital Asset Pricing Model (CAPM) e7. Indicador KM (já apresentado no capítulo 6).

Veja os princípios nos quais tais métodos se fundamentam.

1.—PL: Índice Preço / Lucro

O PL, decorre da divisão entre o preço de mercado de um

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��� OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

determinado papel, em certo momento, pelo lucro líquidoanualizado1 da ação.

O método consiste em dividir o lucro líquido por ação, obtidoem um dado balanço, e dividi-lo pelo preço da ação. Para que ocálculo seja mais preciso, é conveniente que os valores sejamem moeda forte.

Exemplo:Num Relatório Financeiro da Copesul, podemos ver na De-

monstração do Resultado, que o lucro líquido por lote de 1000ações foi de $5,98. Considerando a mesma data de fechamentodesse relatório, a nossa moeda forte MF$ valia $1,0386. Portan-to, podemos dizer que o lucro líquido da Copesul, por lote de1000 ações,

$5,98/1,0386= MF$5,7578.Em uma altura posterior, observou-se que o lote de 1000

ações da Copesul ON (CPS3) era negociado ao preço médio de$39,03. Nesta data a MF$l valia 1,0730 Desta forma, o lote de1000 ações da Copesul custava

$39,03/1,0730= $36,3747.Temos os dois valores, lucro líquido e preço de custo médio

da ação, na mesma moeda forte. Podemos agora calcular o P/Lda ação:

PL= Preço / LucroPL = $36,3747/$5,7578PL = 6,3175 anos.Teoricamente, o PL indica em quantos anos o Lucro Líquido

- permanecendo no mesmo nível - pagaria a ação que estamosadquirindo. No caso, só ao fim de 6,375 anos a Copesul pagaria onosso lote de 1000 ações, se o adquirirmos ao preço médio deMF$36,3747 - desde que continue a dar um lucro líquido deMF$5,7578 por lote de 1000 ações nos próximos anos - tal comodeu referente ao ano passado.

Por este método deve-se escolher as ações das empresascom o PL menor, isto é: cujo retorno ocorre mais rapidamente.Observe-se, contudo que um Lucro Líquido anual de MF$5,7578

1 Anual ou anualizado por alguma técnica adequada. Você podeusar um deflator como o IGP-M ou algo equivalente, como a MF$.

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para um investimento de MF$36,3747 representa uma rentabili-dade de 15,83%. Isto deve ser tomado em conta quando se con-sidera outras alternativas de investimento.

Cabe também notar que neste método falamos de LucroLíquido e não de Dividendos distribuídos ao investidor. Já tive aoportunidade de lhe mostrar — com o exemplo da Batatix SA —que mesmo que a empresa não distribua dividendos o valorpatrimonial da ação aumenta2 , afetando o preço da ação naBolsa.

2.— Cash-yield

O cash-yield é a relação do dividendo anualizado pelo pre-ço de mercado da ação. É semelhante ao PL, em termos decálculo, mas baseia-se num conceito diferente: o que importanão é o lucro apurado, mas o dividendo distribuído.

Embora seja um dos indicadores mais usados pelos inves-tidores tradicionais, o método, como se vê, é incoerente, poisnão leva em conta que o lucro retido também é um "ganho" doacionista, e que este ganho acaba por se expressar através daelevação do preço da ação no mercado. Mas, o conceito queestá por detrás dele é a sobrevivência do investidor típico, aqueleque vive dos dividendos das ações que possui. Neste sentido,não lhe interessa ser acionista de empresas altamente rentáveismas pouco voltadas para os seus interesses.

O pressuposto deste método é o seguinte: o investidor deveadquirir e manter no seu portfólio3 ações cujos dividendos anu-ais representem pelo menos 6% do custo da ação.

Para comprar hoje uma ação, o investidor deve observarse os dividendos distribuídos correspondem a pelo menos 6% dovalor dela; para manter a ação em carteira, o investidor deveobservar se os dividendos distribuídos correspondem a pelo me-nos 6% do valor pelo qual a ação foi comprada — não interessaquando.

Por exemplo: um investidor observa que uma ação ABC,tem o preço de mercado (custa) MF$100,00 e recebeu, no2 Pelo valor dos dividendos retidos.3 Carteira de ações ou de títulos.

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

Page 149: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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último exercício, MF$12,00 de dividendos. Ótimo: o cash-yielddesta ação é de MF$12,00 / MF$100,00= 12,00%. É um bomcash-yield. O investidor compra, portanto a ação.

No ano seguinte a ação sobe, no mercado, para MF$300,00e os dividendos distribuídos são de MF$13,00.

Para o nosso investidor que adquiriu a ação ABC aMF$100,00, os MF$13,00 recebidos a título de dividendos,correspondem a uma remuneração de 13,00% do capital investi-do. Ótimo, para quem se contenta com 6%. Portanto, nosso in-vestidor, feliz, mantém a ação ABC em sua carteira.

Agora vejamos um outro investidor que pretende usar estemétodo para selecionar suas ações e que não tem a ABC na suacarteira. Ele observa que a ação ABC tem um preço de MF$300,00no mercado, mas distribuiu dividendos de apenas MF$13,00.Calculando o cash-yield ele obtém o valor de:

Cash-yieldABC= MF$13,00 / MF$300,00Cash-yieldABC=0,0433 ou 4,33%Como o cash-yield não é pelo menos de 6%, este nosso

investidor não adquire a ação ABC.Se uma empresa remunera seus acionistas durante o ano,

diversas vezes, por meio de distribuição de juros ou antecipandodividendos, é necessário calcular o valor total recebido pelo acio-nista. Tais valores devem estar, obviamente deflacionados.

Por este método selecionam-se, inicialmente, as açõescom maior cash-yield que superem um determinado valor — nor-malmente considerado de 6%. Nos anos subsequentes, tira-seda carteira qualquer ação cujos dividendos recebidos não repre-sentem pelo menos 6% do valor efetivamente pago pela ação,e coloca-se, em troca, uma que possua o cash-yield igual ousuperior a 6%.

A revista Investidor Profissional publica nas suas ediçõesos cash-yields das empresas que analisa. Olhando a lista, vocêficará abismado com a quantidade de empresas com cash-yieldsnulos ou muito baixos. Mas preste atenção: ter um cash-yieldbaixo pode não ser um demérito da administração da empresa —mas uma decorrência das forças de mercado. No exemplo daempresa ABC, apresentado acima, a administração obteve lu-cros — tanto que distribuiu num ano MF$12,00 e no ano seguin-te MF$13,00. E tão boas eram as expectativas dos investidores

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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que a ação, no mercado, passou de $100,00 para $300,00. Ocor-re que, para a técnica do cash-yield, a ação passa a não ser boa:seu preço de mercado está muito alto.

Os investidores — aqueles que administram capitaisobjetivando dividendos — como os administradores de grandesfundos, precisam continuamente de ampliar sua carteira. Nummercado que tenha subido persistentemente, é possível que osinvestidores não encontrem ação comprável — ação que, pelomenos, ofereça 6% de dividendos a cada ano. O que é que vocêimagina que ocorre? O que é que você faria se tivesse o problemadeles: dinheiro na mão e mercado sem ações compráveis?

Se respondeu, — derrubaria a Bolsa, respondeu muito bem.E provocar uma queda na Bolsa, para um investidor ou um con-junto de investidores de porte não é nada difícil: compram meiadúzia de ABC a MF$300,00 e vendem por MF$280;00; depoisrecompram a MF$280,00 e vendem a MF$260,00. O pânico dosespeculadores instala-se e a ação acaba por atingir o valor quepossuia há um ano: MF$100,00. Nesta altura — quando todomundo lamenta a crise na Bolsa — eles, investidores, felizes,compram de baciada. A ABC incorpora agora as suas carteiras,prometendo dividendos em níveis excelentes: MF$13,00 /MF$100,00 = 13,00%. Como você pode ver, o termo crise na Bol-sa é sempre um termo relativo.

Você, se tiver paciência, pode construir um indicador espe-cial que lhe mostrará a tendência da Bolsa. Pegue na carteirateórica do Ibovespa, onde cada ação tem um certo peso (Qtde), emultiplique o peso de cada ação pelo cash-yield (CY) atualizado.Faça a somatória tanto da quantidade das ações (Qtde) quantodos resultados dos produtos (Qtde*CY). Dividindo a somatóriados produtos Qtde*CY pela somatória das Qtdes, você tem umprecioso indicador do cash-yield médio do mercado. Este valor épreditivo do comportamento geral do mercado: quanto mais alto ovalor melhor para a estabilidade do mercado. Isso significa que osinvestidores possuem ações compráveis; se o indicador estiverbaixo, é possível que o mercado venha a ser derrubado. Se vocêpesquisar as grandes crises nas Bolsas, vai perceber que nadamais ocorreu do que um ajuste de cash-yield. Em agosto de 98,o cash-yield Ibovespa era inferior a 2,8% — com empresas deporte oferecendo cash-yields nulos ou próximos disso. Para vol-tar a um patamar de cash-yield considerado mínimo (de 6%), ospreços das ações precisavam cair cerca de 53% [100- (2,8%/

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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0,06) =53,3]. E foi o que ocorreu: no pregão de 11 de setembrode 1998, os indicadores da evolução dos fechamentos, da Bovespa,oferecia o seguinte quadro:

O pregão de 10 de setembro de 1998, foi realmente atípico:por volta das onze horas a desvalorização já tinha atingido 10% eo circuit breaker — uma espécie de limitador de insensatez — foiacionado pela primeira vez. No final da tarde foi acionado nova-mente. Os tolos, como vê, estavam agindo. Mas, o pior, eram asjustificativas apresentadas para a histeria dos especuladores: atentativa dos investidores estrangeiros em vender suas ações, aqualquer preço foi apontada como uma das principais causas daqueda de 15,82% que a Bolsa de Valores de São Paulo registrounesta data. Os investidores estavam conscientemente fazendo oseu trabalho de colocar a Bolsa no seu devido lugar, mas levavama culpa da atuação insensata dos especuladores.

3.—Cotação / Valor Patrimonial

Este indicador representa o quociente entre o preço de mer-cado da ação e o valor patrimonial da mesma.

O preço do mercado, é o preço médio da ação negociada nadata em que estamos procedendo à análise - representa o preçomais provável que deveremos pagar por tal ação se decidirmosadquiri-la.

O valor patrimonial da ação, é o resultado da divisão dopatrimônio líquido pelo número total de ações. O Patrimônio Lí-quido reflete todo o Ativo da empresa menos o que ela deve. Portan-

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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to, o valor patrimonial de uma ação expressa, teoricamente, oquanto o acionista receberia se a empresa fosse liquidada emdeterminada data.

A revista Investidor Profissional publica, também semanal-mente, uma relação de Cotação/Valor Patrimonial. Mas, vocêpode facilmente calcular este indicador, servindo-se dos Balan-ços das empresas. Lá você encontra o número de ações que aempresa possui e o Patrimônio Líquido da Empresa. Por exem-plo, em 30/9/99, a Perdigão SA tinha um Patrimônio Líquido (PL)de $493709000, e um total de 222544717996 ações. Dividindo-seo PL pelo número de ações, obtém-se o valor de $2,22 por lote demil ações. Este era o Valor Patrimonial de cada ação. Nessamesma data as ações estavam sendo negociadas, ou seja, eramcotadas, a $2,67 por lote de mil. O indicador Cotação / ValorPatrimonial nada mais é do que, no exemplo, a divisão de $2,67por $2,22 — o que resulta em 1,20.

O que significa isto? Que no mercado acionário a ação daPerdigão pode ser comprada por 20% acima do seu valorpatrimonial.

Este indicador é apenas orientativo, não tendo umaaplicabilidade maior, embora seu pressuposto seja de que o in-vestidor deva escolher as ações das empresas com a menor rela-ção Preço/Patrimônio Líquido. O equívoco deste método é consi-derar que o PL expressa o real patrimônio de uma empresa — oque está distante de ser verdade.

4.—Análise Estrutural da Indústria

Estamos vendo alguns métodos que se destinam a apon-tar as melhores ações — ou, falando de outra forma — que sedestinam a predizer quais empresas tenderão a gerar mais lu-cros. Isso mesmo: lucros. O que nos interessa é antever empre-sas potencialmente lucrativas. O indicador KM, o índice Preço-Lucro, o cash-yield e a relação Cotação/Valor Patrimonial, sãométodos relativamente fáceis — principalmente se comparadosao modelo CAPM.

O método que você vai ver nesta seção, é um método quenão costuma ser listado como método típico das Escola

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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Fundamentalista — até porque não foi desenvolvido para tal —mas cumpre facilmente o objetivo que se pretende alcançar. E éum método que tem a vantagem de ser relativamente simples deaplicar. O que é que você quer saber como investidor? Quer sa-ber de bons negócios, não é verdade? Bons negócios devem ge-rar bons lucros e, por conseguinte, bons dividendos. Então, por-que não considerar o método da Análise Estrutural da Indústria,idealizado por Porter? Veja como você pode, então, usar Porterpara selecionar as empresas de uma indústria rentável.

Michael Porter4 identificou seis fatores determinantes, cujaatuação, em conjunto, resulta em uma mesma base para o nívelde lucratividade (baixa, média ou alta) das empresas no negócio.Um negócio ideal é aquele que apresenta: altas barreiras para aentrada; inexistência de barreiras para a saída; pequeno grau derivalidade; inexistência de produtos substitutos; maior poder denegociação que os clientes e maior poder de negociação que osfornecedores.

À análise para verificar a "qualidade de um negócio", Porterdeu o nome de Análise Estrutural da Indústria. Portanto, AnáliseEstrutural da Indústria é um procedimento destinado a diagnosti-car a qualidade de um negócio, com base em seis fatoresdeterminantes que mensuram os componentes de sucesso e deinsucesso de um negócio de uma empresa e dos seus concor-rentes.

Para se fazer cuidadosamente uma Análise Estrutural donegócio deve-se avaliar os possíveis componentes de cada umdos seis determinantes do sucesso (ou insucesso) do negócio5

4 Porter é, reconhecidamente, o mais importante teórico de estraté-gia no mundo. Editou, em 1980, o primeiro livro notável com desen-volvimento de conceitos próprios de estratégia: Estratégia Competi-tiva, pela editora Campus. Em 1990 editou Vantagem Competitivadas Nações , pela mesma editora. Nesta obra ampliou os conceitosde estratégia para problemas macro-econômicos. Porter, no livroVantagem competitiva das nações propôs que os países fossemclassificados de acordo com as vantagens competitivas que suasempresas têm .5 Indispensável a leitura das revistas Mercado de Capitais, da Abamec,e Informe Financeiro, da Adinvest, com as suas análises setoriais.Você também pode encontrar preciosas informações nos relatóriosde Análise Setorial da Gazeta Mercantil, contendo estudos comple-tos dos mais destacados setores da economia.

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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indicados por Porter.Um bom negócio possibilita que todas as empresas que

estejam nele sejam bem sucedidas. Existe uma tendência paraque todas as empresas de um negócio tenham o mesmo nível desucesso. Todas as cervejarias de um país, todas as franquias defast-food, todas as editoras de livros, etc. têm lucratividade seme-lhante entre si. Isso indica que existem determinantes para osucesso (ou insucesso) que são comuns a todas as empresasdo negócio ou ramo industrial. Eles afetam simultaneamente to-das as empresas de um mesmo negócio.

Se unirmos os dois primeiros fatores - que se referem abarreiras - e os dois últimos - que se referem a poder de negocia-ção - temos quatro básicos fatores determinantes do sucesso deum negócio:

1. altas barreiras para a entrada e inexistência de barreiraspara a saída;

2. pequeno grau de rivalidade;3. inexistência de produtos substitutos;4. maior poder de negociação que os clientes e maior poder

de negociação que os fornecedoresVeja cada um destes quatro conceitos separadamente:

I—Barreiras:

Barreiras são dificuldades para o ingresso ou saída de em-presas de uma determinada indústria. A existência de barreiraspara a entrada dificultam o surgimento de novos competidorespara dividir o mercado. A inexistência de barreiras para a saída,especialmente nos momentos de crise, facilitam o fechamentode empresas, deixando as remanescentes com a maior fatia domercado. O fechamento de um concorrente, facilita a sobrevivên-cia e o sucesso das empresas que resistiram às dificuldades domercado. As barreiras de entrada têm uma importância alternati-va em relação às de saída, já que as primeiras são mais impor-tantes num mercado em crescimento e, as últimas, são decisi-vas num mercado em crise.

Constituem barreiras de entrada, em especial:

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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A) tamanho mínimo do empreendimento: quanto maior for ovolume de capital para iniciar um negócio típico, maior é barreira.Uma indústria química tem um tamanho mínimo de empreendi-mento maior do que uma papelaria;

B) sofisticação tecnológica: quanto maior o grau de tecnologiaque o negócio requer (tanto em máquinas quanto em pessoal),maior é a barreira. Uma indústria química tem uma sofisticaçãotecnológica maior do que uma sapataria;

C) complexidade da distribuição: quanto maior for a comple-xidade da distribuição do produto ou do serviço, maior é a barrei-ra. Distribuir medicamentos é mais complexo do que distribuirsapatos;

D) fontes de insumos: quanto maior for a complexidadepara a obtenção de insumos, maior é a barreira. Os insumosquímicos são mais difíceis de obter do que insumos para umapadaria;

E) normas governamentais: quanto mais exigentes ou abun-dantes forem as normas governamentais pertinentes ao negócio,maiores são as barreiras. As normas governamentais de umaindustria química são mais complexas que as normas que regemuma sorveteria.

São típicas barreiras de saída:F) número de concorrentes no mercado: quanto menor o

número de concorrentes maior é a barreira à saída da empresa(ela tenta resistir, pois se um outro concorrente sair a fatia demercado crescerá substancialmente para ela);

G) recuperação de investimentos: quanto menor for a pos-sibilidade de se recuperar o que foi investido, maior é a barreira desaída;

H) restrições legais e sociais: quanto maiores e mais com-plexas forem as restrições legais para uma empresa encerrarsuas atividades, maior é a barreira de saída. Uma faculdade temmuitas restrições ao seu fechamento.

II—Rivalidade:

É mais difícil ter sucesso quando os concorrentes disputampalmo a palmo sua posição no mercado atual e futuro. Para

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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Zaccarelli (1996), o grau de rivalidade é determinado, principal-mente, pelas características da indústria, e, em menor grau, pelapersonalidade dos executivos: a rivalidade praticamente não en-volve "fatores pessoais" dos executivos que comandam as orga-nizações.

São os seguintes os fatores impessoais da rivalidade entreas empresas:

I) concorrentes todos equilibrados: quanto mais equilibra-dos em porte e em faturamento forem os concorrentes, maior é ograu de rivalidade entre as empresas;

J) taxa de crescimento do negócio: quanto menor for a taxade crescimento do negócio, maior é a rivalidade. A rivalidadeentre os provedores da Internet não será muita se a adesão àrede se ampliar a taxas significativamente elevadas;

K) custos fixos elevados: a rivalidade é alta se os custofixos, em relação aos custos variáveis, forem altos. É precisolutar por vendas para gerar uma boa receita para pagar os custosfixos;

L) excesso crônico de capacidade instalada: a rivalidade émaior entre as empresas se houver capacidade instalada superi-or à demandada. Se todas as empresas do setor estiverem semcapacidade ociosa, não buscarão novos clientes — que não po-derão atender;

M) módulo de acréscimo da capacidade: é maior a rivalida-de entre as empresas se a ampliação do negócio requerer peque-nos módulos. O módulo de crescimento de uma siderúrgica é umalto-forno — algo dispendioso; para uma faculdade o módulo decrescimento é de uma ou duas salas, capazes de acomodar maisuma ou duas turmas.

III–Produtos/Serviços Substitutos:

O negócio ideal não possui produtos/serviços substitutos,que diminuem o tamanho e a natureza do mercado, dando outrasopções aos clientes. Um bom produto/serviço substituto podesignificar a extinção de todas as empresas, que não se adapta-rem no devido prazo. A esferográfica substituiu a caneta; o com-putador substituiu as máquinas de escrever; os softwares CADestão substituindo as pranchetas e as réguas T.

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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Quanto menor for o grau de substituíbilidade do produto oudo serviço, melhor é para a indústria. Quanto à substituíbilidadedeve-se considerar, pelo menos:

N) preço / benefício relativos: quanto melhor for esta rela-ção, para o produto substituto, maior é o grau de substituíbilidade.O gás encanado tem um preço menor do que o gás em botijão— oferecendo o mesmo benefício;

O) custo da mudança: os consumidores que fazem uso degás em botijão pensarão no custo que significa mudar para o gásencanado — o que exigirá algum custo inicial. Quanto menor ocusto da mudança, maior é o grau de substituíbilidade;

P) confiabilidade do substituto: o gás encanado é tãoconfiável quanto o em botijão — mas se o serviço de distribuiçãode gás encanado apresentasse problemas crônicos asubstituíbilidade seria reduzida. Quanto maior for a confiabilidadedo produto substituto maior é o grau de substituíbilidade.

IV—Poder de Negociação:

Um maior poder de negociação que os clientes, resulta embons preços de venda; um maior poder de negociação que osfornecedores, resulta em bons preços de compra.

Se as empresas de uma indústria não tiverem maior poderde negociação na cadeia de suprimentos, o lucro que poderiamgerar por sua atividade vai ser transferido para os clientes ou paraos fornecedores, ou para ambos.

Aumentam o poder de negociação da empresa:Q) ter alternativas de fornecedores dos seus insumos. Pou-

cas alternativas indicam pouco poder de negociação;R) operar com volumes relativamente elevados. Volumes ele-

vados aumentam o poder de negociação;S) ter custos de estocagem reduzidos. Custos reduzidos

de estoques elevam o poder de negociação;T) lidar com produtos não perecíveis — ou que não perdem

rapidamente a validade após a fabricação aumenta o poder denegociação;

U) ter muitos clientes — especialmente consumidores fi-nais — aumenta o poder de negociação.

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Avaliação da Qualidade do negócio6

Você pode fazer a análise da qualidade de qualquer indús-tria, ou de qualquer setor, tendo presente os conceitos acimalistados. A ténica consiste em avaliar a qualidade de diversasindústrias e adquirir ações de empresas pertencentes a tais in-dústrias. Para cada indústria analisada, você precisa estabeleceruma nota quanto aos quesitos : barreiras, rivalidade,substituíbilidade dos produtos e poder de negociação.

Os lucros da indústria estão muito associados ao compos-to das barreiras de entrada e de saída. Segundo Porter, empre-sas com altas barreiras de entrada e baixas barreiras de saídatendem a produzir lucros altos e constantes.

Para você fazer uma avaliação das barreiras de entrada ede saída, oriente-se pelo quadro abaixo:

6 Para um melhor estudo do assunto ver: ZACCARELLI, Sérgio B.Estratégia moderna nas empresas. São Paulo: Zarco, 1996..

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

Altas Lucros Barreiras de Entrada Baixas

Barreiras de sa ída

Baixas baixos e constantes

altos e constantes

Altas baixos e inconstantes

altos e incontantes

Indústria analisada:

Quesito ou Critério (Barreiras de entrada e de saída) 0 1 2 3 4 5

Po

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s

A:Tamanho mínimo do empreendimento 4 B:Sofisticação tecnológica 5 C:Complexidade da distribuição do produto 4 D:Dificuldade na obtenção de insumos 3

9 E:Complexidade das normas governamentais 5 21

F:Quantidade de concorrentes no mercado 3

G:Possibilidade de recuperação dos investimentos 4 H:Restrições legais e sociais para fechamento 1 8 Bar

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Análise Estrutrural da Industria

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Quesito ou Critério

(Rivalidade, substituibilidade e poder de

negociação) 0

1

2

3

4

5

Pon

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I:Grau de equilíbrio dos concorrentes

4

J:Taxa de crescimento do negócio

3

K:Relação custos fixos/ custos variáveis

5

L:Relação capacidades ociosa / instalada 3

M:Tamanho do módulo de acréscimo

4

19

N:Relação preço / benefício 3

O:Custo da mudança 5

P:Confiabilidade do substituto 5 13

Q: Alternativa de fornecedores

4

R: Volume elevado de compras 5

S: Custos de estocagem reduzidos

1

T: Produtos não-perecíveis

1

U: Muitos clientes

4 15 P

ode

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ação

R

ival

idad

e S

ubst

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bilid

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Critérios (Qtde.) Pontos

atribuídos Peso Pontos

ponderados

Barreiras de entrada (5) 21 +10 210

Barreiras de saída (3) 8 -2 -16

Rivalidade (5) 19 -3 -57

Substituibilidade (3) 13 -5 -65

Poder de negociação (5) 15 +3 45

Análise Estrutural da Indústria

Indústria ou Setor:

Resumo da Pontuação

Total de pontos= 117

Faça depois uma análise dos demais quesitos, como mos-tra o quadro seguinte. Observe muito bem a pontuação que atri-bui a cada quesito. Oriente-se pelo texto acima, para que a atri-buição seja correta.

Uma vez obtida a pontuação, complete o quadro abaixo.Observe que os pontos obtidos em cada quesito são multiplica-dos por um fator (peso), mostrando a importância relativa de cadacritério de julgamento. Às barreiras de entrada foi dado um pesomaior, podendo uma indústria ou um setor totalizar 50 pontos.

Uma análise estrutural de uma indústria exige que você co-nheça razoavelmente as características das empresas perten-centes a ela — mas certamente o esforço produzirá bons resulta-dos. Veja o exemplo abaixo.

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

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���OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

Indústria analisada:

Quesito ou Critério (Barreiras de entrada e de saída) 0 1 2 3 4 5

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A:Tamanho mínimo do empreendimento 4 B:Sofisticação tecnológica 5 C:Complexidade da distribuição do produto 4 D:Dificuldade na obtenção de insumos 3

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N:Relação preço / benefício 3

O:Custo da mudança 5

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Q: Alternativa de fornecedores

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R: Volume elevado de compras 5

S: Custos de estocagem reduzidos

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Barreiras de entrada (5) 21 +10 210

Barreiras de saída (3) 8 -2 -16

Rivalidade (5) 19 -3 -57

Substituibilidade (3) 13 -5 -65

Poder de negociação (5) 15 +3 45

Análise Estrutural da Indústria

Indústria ou Setor:

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Total de pontos= 117

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��� OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

5.—Índice Sharpe:

O índice Sharpe mede o grau de risco de um título (umaação ou uma carteira de ações) em relação à sua rentabilidade.O índice é calculado pela diferença entre a rentabilidade da açãoRa e de um ativo Ri utilizado como comparação, dividido pelodesvio padrão da ação. Ou seja: é a média da rentabilidade realdividida pelo desvio padrão. O ativo i pode ser um certificado dedepósito bancário (CDB-over), uma caderneta de poupança oualgo semelhante. Quanto maior a relação, melhor.

O índice foi desenvolvido por William Sharpe, em 1966, econsidera a variabilidade do retorno real (por exemplo, ganho so-bre a poupança) como sendo o risco da ação.

Este método, embora fácil, não tem sido muito aplicado paraa seleção de ações. Tendo-se o INDAC da ação ou o preço defechamento pode-se calcular facilmente o índice Sharp:

• calcula-se o desvio padrão de uma série de preços — ge-ralmente de 30 pregões — usando-se a função=DESVPAD(B2:B31);

• calcula-se a média dessa mesma série de preços: =MÉDIA(B2:B31);

• divide-se o primeiro valor pelo segundo, multiplicando-sepor 100 para o índice Sharp se expressar em %: =100*C31/D31

6.— CAPM: Capital Asset Pricing Model

Não é meu intuito fazer uma descrição deste método, masapenas abordar o princípio geral sobre o qual ele se estrutura.

Com o objetivo de reduzir o risco do portfólio, os investido-res repartem ao máximo a sua aplicação entre as alternativasoferecidas. Com isto, eles conseguem redução do risco sistemá-tico, mas está provado que não há um número ótimo de ativosque devem ser incluídos num portfólio com este objetivo. Hélio de

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Paula Leite7 ,dá a conhecer que J.H. Evans e S.H. Archer8 , de-terminaram o impacto da diversificação simples sobre a reduçãodo nível do risco. Nessa pesquisa, os autores simularam portfóliosrandomicamente selecionados entre as 470 ações ordinárias ne-gociadas na Bolsa de Nova York. Esse estudo demonstrou queportfólios construídos apenas com 10 a 15 ações,são suficientespara reduzir a variabilidade total ao nível da variabilidade mediaatribuível ao risco sistemático. Com isso os autores demonstra-ram que, simplesmente, ao buscar uma diversificação máximase pode incorrer em uma diversificação supérflua.

Outro estudo de Fisher e Lorie, conforme relata Leite9 ,demonstrou que os resultados da diversificação por setores ousimples (randômica) são equivalentes. Ambos os estudos, no en-tanto, demonstraram que a diversificação simples poderá reduziro retorno da carteira de investimentos. Daqui se deduz que éimportante saber escolher os ativos que devem compor osportfólios.

Para se constituir uma carteira de títulos que satisfaça osinteresses do investidor em relação à otimização do binomioMáximo Retorno versus Menor Risco, desenvolveu-se uma teoriada seleção de carteiras. Essa teoria objetiva combinar vários ati-vos disponíveis no mercado de modo a obter uma carteira queprometa o maior retorno para um dado nível de risco ou queprometa o menor nível de risco para um dado nivel de retorno.

Foi Harry Markowitz10 quem desenvolveu um sistema para adeterminação de carteiras eficientes. Mas o problema dametodologia desenvolvida por Markowitz reside no número de ele-mentos que devem ser determinados para se selecionar o con-junto de carteiras eficientes, pois é necessário estimar-se a cor-relação entre os retornos de vários títulos dois a dois. Assim,

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

7 LEITE, Hélio de Paula. Introdução à administração financeira. SãoPaulo: Atlas, 1991, p.4108 Num trabalho publicado no Jornal of Finance, dez. 1968, intitulado"Diversification and the Reduction of Dispersion: an empiricalanalysis"9 Idem.10 No Journal of Finance, de março de 1952, num artigo intitulado"Portfolio Selection" apud SÁ, Geraldo Tosta de. Investimentos nomercado de capitais. p.226

Page 163: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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11 O número de coeficientes que devem ser calculados é de (n2-n)/2, onde n é o número de ações ou de títulos.12 SHARPE, apud SÁ, Geraldo Tosta de. Investimentos no mercadode capitais. p.226

num conjunto de 50 ativos, além de 50 retornos médios espera-dos e dos 50 desvios-padrões (riscos);se deveria calcular 1225coeficientes de correlação.11

Alem disso, a determinação do conjunto de carteiras efici-entes, resultantes da combinação dos diferentes títulos em vári-os percentuais, é feita através de programação quadrática quetorna a determinação longa e onerosa.

Foi devido a estas dificuldades que Sharpe12 usou um mo-delo de índices que prescinde da estimativa da correlação entreos retornos dos diversos títulos i considerados. 0 modelo deSharpe, já visto acima, admite como hipótese básica que o retor-no associado a cada ação é linearmente relacionado com o nívelde um índice geral, tal como o nível do mercado como um todo(IBV por exemplo).

OUTRAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE AÇÕES

Page 164: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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��MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

COMO OPERAR COMAÇÕES

by Internet

Prepare-separa operar

PARTE 1

AdquiraConceitosBásicosCapítulo 1

Cadastre-se numaCorretoraCapítulo 5

Tenhaposturaadequada

Capítulo 2

ComoselecionaraçõespeloindicadorKMCapítulo 6

Entenda osmétodos

PARTE 2

ComoacompanharaçõespeloosciladorSMICapítulo 7Saiba ler os

Relatórios daBolsa

Capítulo 3

Aprenda aconstruir osíndices das suasações

Capítulo 4

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 8

Por meiode outrastécnicas

Capítulo 9

CAPÍTULO 9

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Quando comprar e vender ações?

O acompanhamento de ações - das empresas previamenteselecionadas - requer que o investidor use um método adequado.Neste capítulo, dou um resumo dos principais métodos, mas, emespecial, destaco dois importantes métodos para os investido-res: o oscilador IFR e o Estocástico. Não significa que estesmétodos sejam os melhores.

Já viu que o investidor em ações, que é cuidadoso,via de regra segue três recomendações básicas:

1.seleção cuidadosa;2.ampla diversificação;3.supervisão constante.A supervisão, para o investidor, consiste em seguir atenta-

mente a evolução das ações previamente selecionadas.Não estou falando do método buy and put away que é o

método usado pelos investidores que seguem o princípio de que;a melhor forma de investir, é comprar ações e guardá-las. Esteseria um processo para longo prazo. Neste caso, o investidor fazapenas uma seleção cuidadosa dos títulos e compra-os benefici-ando-se dos dividendos e da valorização dos mesmos na Bolsa.Neste caso, convém adquirir títulos que tenham uma relação boaentre seu preço no mercado e o seu valor patrimonial. As açõesde empresas concordatárias também podem ser objeto de aten-ção para quem deseja seguir este método.

Neste capítulo, você vai ver alguns métodos de supervisãoou de acompanhamento de ações, e, por meio deles, você pode-rá acompanhar ações previamente selecionadas ou ter uma no-ção da tendência da Bolsa.

-Acha que a Bolsa vai cair? Esta é uma pergunta que mefazem com freqüência. Nunca soube satisfazer o meu interlocutor- porque nunca soube se ela iria subir ou cair. Tenho alguma no-

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ção do seu status; mas nunca tive meios para poder dizer qual oseu direcionamento.

Posso dizer é que fico muito preocupado quando o porteirodo restaurante ou o motorista de táxi me perguntam: - E aí, dou-tor? Dá para vender meu carrinho e apostar tudo na Bolsa? Paramim este é o sinal derradeiro de que é a hora de estar fora daBolsa. Como diz meu pai: — Bolsa, virou manchete, caia fora.

O investidor técnico deve sempre saber como está a Bol-sa, pois deve acompanhar o desenvolvimento desta; além dasações sob o seu controle. Estima-se que o impacto do mercadocomo um todo sobre qualquer ação corresponda a 80%. Ou seja:a Bolsa despencando ou subindo afeta o desenvolvimento de qual-quer ação, esteja ela fazendo ou não parte do Ibovespa.

Há dois bons indicadores para acompanhar o mercadocomo um todo: a média móvel de 200 dias (200 D) e a LAD. Veja-os, respectivamente, nos itens 5.1 e 6.2.

1.—Teoria de Dow

Charles Dow, é considerado o fundador da Escola Técnica,que afirma que, antes de um movimento significativo de alta ou debaixa nas cotações de um determinado papel, ocorrem forma-ções que sinalizam previamente a movimentação que deverá ocor-rer. Dow afirmava, com base nas suas observações, que as açõescostumam seguir tendências. E passou a elaborar um conjuntode princípios. Os principais são os seguintes:

1. O mercado tem três tendências: a primária, a secun-dária e a terciária. A primária é a mais importante e a de maiorduração - é uma tendência a longo prazo. Seu percurso pode sertemporariamente interrompido por uma tendência secundária, eesta, por sua vez, pode ser quebrada por uma tendência terciária.

Daqui surgiu basicamente a escola grafista que se ocupaem desenhar gráficos da ação e procurar, nesses gráficos: a ten-dência da ação; formações peculiares e níveis de suporte ou re-sistência

2. Os indicadores refletem tudo. As mudanças diáriasnos preços refletem o julgamento e as emoções do todos os in-vestidores. Assim, os indicadores de mercado (Ibovespa, etc) re-

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fletem isso a qualquer momento.3. Há uma relação entre preços e volumes. O volume

cresce com o aumento dos preços e decresce com a caída des-tes. Comportamentos diferentes podem indicar a proximidade dereversão da tendência.

4. Os preços indicam tendências. Quando os preços rom-pem níveis de suporte indicam tendência de baixa; quando ospreços rompem níveis de resistência indicam tendência de alta.

5. Os índices de Mercado comandam o Mercado. Se osindicadores de mercado (Ibovespa, etc) caem, a probabilidade dealguma ação subir -contra a tendência do mercado - é reduzida.Se o mercado indica tendência de alta a probabilidade de umaação descer se reduz.

6. Há uma relação entre preços e volumes. Quando ospreços e os volumes estão subindo, os preços tendem a aumen-tar mais ainda. Quando os preços estão subindo mas o volumeestá diminuindo deve haver uma reversão da tendência em breve.Quando os preços estão caindo e o volume está subindo, a ten-dência é de diminuição de preços. Quando os preços e o volumeestão caindo deve haver uma reversão de tendência em breve.

A Teoria de Dow faz uso de gráficos nos quais se plotam ospreços e volumes e deles o investidor tenta extrair certas informa-ções. Há toda uma complexa teoria que envolve uma série deconfigurações denotadoras de tendências - como triângulos,flâmulas e bandeiras, ombro-cabeça-ombro, etc - mas isso fogeao escopo desta obra.

2.—Teoria de Elliot ou Teoria das Vagas

A Teoria de Elliot- ou Teoria das Vagas- se fundamenta teo-ricamente nas propriedades de uma série numérica estudada noséculo XIII pelo matemático italiano Leonardo Fibonacci. Segun-do Elliot os preços avançam num determinado sentido até quesurgem forças que temporariamente se opõem a esse avanço;vencidas essas forças os preços retornam o movimento anteriormas sem tanto vigor, e assim sucessivamente. As linhas traçadasparecem ondas, vagas, cada vez com amplitude menor. Uma sé-rie completa de movimentos de alta e de baixa forma o que Elliotchamou de movimento inteiro. Um movimento de alta inteiro é

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constituído de 5 vagas, sendo 3 de impulso e duas de sentidocontrário; um movimento de baixa inteiro é constituído de duas deimpulso e uma de correção. Desta forma, segundo Elliot, os pre-ços nas Bolsas de valores se comportariam como mostra a figura9.1.

As vagas ocorrem sempre obedecendo à mesma regra. Aprimeira vaga em um processo de alta é sempre composta decinco ondas (três para cima e duas para baixo) geralmente nume-radas de 1 a 5. A segunda vaga é de correção e compõe-se de 3ondas (duas para baixo e uma para cima) geralmente indicadaspor A,B,C.

Há softwares especiais que determinam o início e términodas vagas. Alguns softwares chegam a plotar os preços das açõesa cada 30 minutos de pregão.

3.—Gráfico de Barras

O Gráfico de Barras, no qual se faz análise das linhas e seidentificam configurações denotadoras da tendência dos preços éo instrumento técnico através do qual os seguidores de Dow atu-am. Portanto, o gráfico de Barras nada mais é do que a ferramen-ta de Dow, cujos princípios você viu acima.

4.—Gráfico Ponto-Figura

O Gráfico Ponto-Figura é um instrumento muito simples e

Figura 9.1

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razoavelmente eficiente. É um gráfico atemporal, na medida emque nele não se indica o tempo. É constituído por colunas alter-nadas de pontos (•) e figuras (5). Os pontos (•) indicam movimen-tos de baixa e as figuras (5) movimentos de alta.

Para se traçar adequadamente um gráfico Ponto-Figura doisrequisitos são fundamentais:

a) ter o INDAÇ da ação — isto é, ter o valor ajustado daação expresso numa moeda forte (MF$). Você pode fazer o gráfi-co ponto-figura com o preço de fechamento da ação, por exem-plo, mas em caso de direitos é necessário proceder a um ajuste;

b) ter os valores no gráfico com incrementos de 3% - istoé: o preço da linha superior corresponde a 1,03 do preço da linhainferior.

A figura 9.2 mostra um gráfico ponto-figura contruído a par-tir do preço de fechamento considerando a listagem do final docapítulo 7. Como se pode ver, 164 pregões foram reduzidos aapenas 9 colunas em tal gráfico.

O gráfico mostrado obedece às exigências mínimas: ospreços colocados à margem esquerda diferem, de linha para li-nha, em 1,03; e referem-se, neste exemplo, ao preço de fecha-mento da ação.

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Como valor inicial da listagem, escolhi, arbitrariamente ovalor $2,00 para a coluna de preços de fechamento. O valor cons-tante na linha imediatamente inferior corresponde ao valor de $2,00/ 1,03. Isso foi feito para as demais linhas. Ou seja: cada valorapresentado, difere do anterior e do posterior, em 3%.

Para iniciar a construção do gráfico ponto-figura precisa-mos ter cotações de alguns dias. O primeiro valor era 1,77 e oquinto 1,55, pelo que foram postos alguns sinais (•) frente aosvalores 1,73 a 1,53. Observe que a linha que contém o preço1,73. comporta todos os valores compreendidos entre 1,73 e1,77: o valor 1,78, já pertence à linha seguinte.

Ocorre uma reversão quando o preço que ação atingiu per-mite que coloquemos três sinais diferentes acima ou abaixo dalinha base. Observe-se que a primeira coluna de pontos (•) des-ceu de 1,77 até 1,49. A segunda coluna — uma coluna ascen-dente com sinais de alta (5) só começa quando é possível colo-car pelo menos três sinais. Isto é: tendo atingido o valor de 1,49,só se considera reversão da baixa se o preço atingir pelo menos1,63.

Uma reversão no sentido oposto é feita do mesmo jeito. Sóhá reversão da alta quando é possível colocar pelo menos trêssinais diferentes, na coluna seguinte - não contando a linha debase - o ponto mais alto ou mais baixo que a ação tiver atingidona coluna que se está trabalhando.

As reversões indicam momentos de compra e de venda.Quando a ação reverte a baixa, começando a subir, deve-se com-prar; quando ela reverte a alta começando a descer, deve-se ven-der.

Resumindo:a) para que se dê uma reversão - uma mudança de movi-

mento de alta para baixa ou vice-versa - é necessário uma varia-ção de pelo menos 3 quadrados;

b) movimentos de alta são assinalados por (5);c) movimentos de baixa são assinalados por (•);d) não existe correspondência temporal entre as colunas.

Os investidores também consideram particularmente a for-mação de certas figuras:

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a) TOPO DUPLO (formação de alta) que é formada por:- duas colunas de alta;- intercaladas por uma coluna de baixa;- o topo da segunda coluna de alta alcança níveis superio-

res ao primeiro topo de alta;-o movimento deve ser de alta quando o segundo topo de

alta ultrapassa o primeiro topo de alta em pelo menos um quadra-do. A este quadrado damos o nome de ponto de rompimento.Recomenda-se a compra. Ver figura 9.3.

b) FUNDO DUPLO (formação de baixa) é constituído por:-duas colunas de baixa;-intercaladas por uma coluna de alta;-a segunda coluna de baixa alcança preços inferiores ao

primeiro fundo;-tradicionalmente esta formação antecede uma baixa e é

confirmada quando a segunda coluna de baixa ultrapassa a pri-meira coluna de baixa em pelo menos um quadrado. Este ponto éconsiderado ponto de rompimento, pelo que se recomenda a ven-da. A formação é semelhante à mostrada na figura 9.3 — masinvertida, obviamente.

5.— Médias Móveis

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As Médias móveis são usadas para determinar reversõesde tendências e pontos de compra ou venda. Duas destas impor-tantes médias móveis simples são a linha dos 200 dias (L200 D)e a de 21 dias (L21D). As médias móveis podem ser de três tipos:simples, ponderadas ou exponenciais.

1. Médias simples: são as médias móveis compostas pe-los preços de n dias.

2. Médias ponderadas: estas médias dão aos últimos pre-ços um peso maior. Por exemplo, numa médias de 9 dias, so-mam-se os valores dos últimos 9 dias, depois soma-se mais 2vezes o valor referente ao último pregão e mais uma vez o valorreferente ao penúltimo pregão. Como entram 12 valores na soma,o total deve ser dividido por 12. O último pregão, o mais importan-te, entra com peso 3; o penúltimo com peso 2 e os demais compeso 1.

3. Médias móveis ponderadas com alisamentoexponencial: as mais comuns são as de 9 e 21 dias, maspode-se construir uma média com os dias que desejarmos. Quantomais curto for o período mais dinâmica é a média.

Uma média móvel ponderada com alisamento exponencialconsidera um fator chamado constante de alisamento. Essa cons-tante de alisamento é obtida pela fórmula:

α = ( 2 / (n+1))

onde n é o número de dias da média.Por exemplo, se a média for de 9 dias, a constante de

alisamento será:

α = (2 / (9+1) ) = 2 /10 = 0,2Se a média for de 21 dias a constante de alisamento será:α = (2 / (21+1)) = 2 / 22 = 0,0909

A figura 9.4 mostra como a média móvel exponencial comconstante de alisamento é construída. No caso trata-se da médiamóvel exponencial de 9 dias. A média é construída idealmentecom os valores do INDAÇ, (coluna G) mas pode ser construída,obviamente, com os valores de fechamento.

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Em H11 é calculada a média simples dos primeiros novevalores. O segundo valor da média (219,11) e os demais fazemuso da constante de alisamento. No caso, esta constante é iguala 0,2.

Portanto a média móvel exponencial é dada pela fórmula:MMEXP= α . Xt + (1-α ) Mt-1

Com esta média é possível calcular a tendência dos pre-ços e a previsão para o dia seguinte.

a) tendência é dada por:Tt = α (Mt - M t-1) + ( 1-α ) Tt-1

b) previsão é dada por:Pt+1= Mt + [ (1-α )/ α ] Tt

Você já viu uma aplicação da média móvel com alisamentoexponencial no capítulo 4: INDAÇ de uma ação.

5.1—Linha dos 200 dias: L200D

A linha média móvel dos 200 dias tem sido consideradapelos investidores tradicionais como uma linha informativa econfiável. A L200D deve ser usada com outra de curtíssimo pra-

MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

G H Algoritmo3 209,414 215,235 223,916 223,917 228,798 229,759 228,60

10 213,8611 213,32 220,75 MÉDIA(H3:H11)12 212,56 219,11 (0,2*H12)+(0,8*I11)13 213,57 218,01 (0,2*H13)+(0,8*I12)

Alfa= 0,2;1-alfa = 0,8

Figura 9.4

Média móvel ponderada com alisamento exponencial

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zo: a linha média móvel de 21 dias.O cálculo da linha média móvel L200D exige, obviamente,

o lançamento de pelo menos 200 pregões. Tendo os dados dispo-níveis numa planilha é possível construir duas importantes linhasmédias móveis: a de 21 dias e a de 200 dias. Os valores de a sãodiferentes para cada série:

α de 21 dias = 2 / (21+1) = 0,09091

α de 200 dias = 2 / (200+1) = 0,00995Estas duas linhas devem ser usadas em conjunto para se

determinar épocas para atuar na Bolsa e épocas de atuar maiscautelosamente ou simplesmente ficar fora do mercado:

• comprar: quando a L21D penetra a L200D de baixopara cima - estando a L200D estável ou ligeiramente ascendente;

• vender: quando a L21D dias penetrar a L200D decima para baixo - estando esta estável ou ligeiramentedescendente.

Atenção: reconsidere os sinais de compra de ações es-tando a L21D acima da L200D mas inclinando-se em direção aesta. O inverso também é válido: reconsidere os sinais de vendade ações estando a L21D abaixo da L200D mas inclinando-se emdireção a esta. Neste caso indica que, pelo menos nos próximospregões, a Bolsa se elevará arrastando, com grande probabilida-de, também os preços das ações que você possui em carteira.

6.—Osciladores

Os osciladores permitem detectar o enfraquecimento oufortalecimento do mercado antes que as mudanças ocorram. Osmais comuns deste método são:

q os osciladores do momento, relacionados à veloci-dade com que ocorrem as variações dos preços de umaação;

q a LAD — Linha de Avanços e Declínios, que medeos avanços e declínios do mercado, através da acumula-ção da diferença entre o número de ações em alta e o

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número de ações em queda. A LAD é muito usada paraprognosticar a tendência do mercado como um todo;

q osciladores de pressão do pregão que se baseiamnas forças dos compradores e dos vendedores. O osciladorSMI, já visto, é um exemplo típico.

6.1—Oscilador do momento

O oscilador do momento está relacionado à velocidade desubida ou queda do valor de uma ação. Para entender o conceitoligado a este método, imagine-se uma bola jogada para o alto.Ela está subindo e cada vez com uma velocidade menor; emcerto momento pára.

Pode-se medir o momento, medindo a velocidade que a bolapercorre num certo espaço de tempo. O mesmo ocorre com asações: o momento expressa a diferença entre os preços (veloci-dade) num certo período de tempo. Temos, portanto:

MOMENTO= preçot- preçot-n

onde n é o número de dias (geralmente 9 ou 21).A figura 9.5 mostra a aplicação deste método. A planilha é

construída da seguinte forma: a coluna Mom. indica o momentode 9 dias (a diferença do preço do último pregão com a do preço

MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

P r e ç o M o m M o m . %4 2 0 9 , 4 15 2 1 5 , 2 36 2 2 3 , 9 17 2 2 3 , 9 18 2 2 8 , 7 99 2 2 9 , 7 5

1 0 2 2 8 , 6 01 1 2 1 3 , 8 61 2 2 1 3 , 3 2 3 , 9 11 3 2 1 2 , 5 6 - 2 , 6 71 4 2 1 3 , 5 7 - 1 0 , 3 4 - 1 , 4 21 5 2 1 4 , 5 0 - 9 , 4 1 - 3 , 4 81 6 2 1 5 , 8 6 - 1 2 , 9 3 - 5 , 0 51 7 2 1 6 , 5 8 - 1 3 , 1 7 - 5 , 4 71 8 2 1 9 , 2 6 - 9 , 3 4 - 5 , 3 9

O s c i l a d o r d e M o m e n t oL a y o u t

F i g u r a 9 . 5

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H I J4 209,415 215,236 223,917 223,918 228,799 229,75

10 228,6011 213,8612 213,32 H12-H413 212,56 H13-H514 213,57 H14-H6 100*(MÉDIA(I12:I14)/H14)15 214,50 repete repete16 215,86 repete repete17 216,58 repete repete18 219,26 repete repete

Oscilador de MomentoAlgoritmo

Figura 9.6

e do pregão de há 9 dias atrás,coluna Mom.% contém uma médiade 3 dias apenas para suavizar a coluna anterior e exprime omomento numa porcentagem do último preço. Ver o algoritmo nafigura 9.6.

Este método recomenda que as compras sejam feitas quandoo momento for negativo e as vendas quando a ação estiver per-dendo seu momento positivo.

6.2—LAD: Linha de Avanços e Declínios

Um popular oscilador de fôlego do mercado é a LAD - Linhade Avanços e Declínios. O oscilador do fôlego do mercado medeos avanços e declínios do mercado, através da acumulação dadiferença entre o número de ações em alta e o número de açõesem queda.

Na figura 9.7 é mostrado o layout de uma planilha típicapara o cálculo do índicador LAD. Os dados para tal planilha são

MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

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encontrados em www.bovespa.com.br þ INFORMAÇÕES DOMERCADO þ ÍNDICES, como você viu no capítulo 3.

Essencialmente extraímos desse quadro o Fechamento empontos e a quantidade de ações Altas e Baixas bem como aquantidade Total de ações que constituem o Ibovespa. No exem-plo podemos ver que o Ibovespa dia 27 janeiro 2000 fechou em17081 pontos e que 27 ações, das 45 do índice, tiveram alta e 14fecharam em baixa.

Quando a Bolsa encontra-se em alta o indicador I-LAD émaior do que 50. É recomendável acompanhar o I-LAD com umgráfico. Considera-se que uma reversão ocorre quando três pon-tos consecutivos superam a baixa (caso mostrado na figura 9.8)ou ficam abaixo do máximo.

MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

PregãoIbovespa

Fec.Altas Baixas

CarteiraIbovespa

Altas% Baixas% I-LAD

14/12/99 14497 34 8 44 77,27 18,18

15/12/99 14788 31 8 44 70,45 18,1820/12/99 15110 36 7 44 81,82 15,9121/12/99 15591 32 9 44 72,73 20,4522/12/99 15916 19 19 44 43,18 43,1823/12/99 15953 25 15 44 56,82 34,0927/12/99 16011 18 17 44 40,91 38,6428/12/99 16376 31 10 44 70,45 22,7329/12/99 16772 27 14 44 61,36 31,82 70,2830/12/99 17091 39 9 44 88,64 20,45 70,4903/01/00 16930 18 27 46 39,13 58,70 66,0004/01/00 15851 6 37 46 13,04 80,43 58,1105/01/00 16245 29 15 46 63,04 32,61 56,7906/01/00 16106 18 25 46 39,13 54,35 55,8307/01/00 16309 32 13 46 69,57 28,26 56,8710/01/00 17022 37 6 45 82,22 13,33 60,5811/01/00 16572 10 35 45 22,22 77,78 54,6012/01/00 16616 21 23 45 46,67 51,11 52,6513/01/00 17298 21 21 45 46,67 46,67 48,7514/01/00 17657 23 13 45 51,11 28,89 51,1917/01/00 18053 30 12 45 66,67 26,67 57,5318/01/00 17903 18 24 45 40,00 53,33 54,9619/01/00 17470 4 38 45 8,89 84,44 51,3920/01/00 17176 10 33 45 22,22 73,33 45,9121/01/00 17034 18 25 45 40,00 55,56 40,9024/01/00 16971 21 23 45 46,67 51,11 43,9226/01/00 17105 18 24 45 40,00 53,33 43,3527/01/00 17081 27 14 45 60,00 31,11 45,07

Figura 9.7

LAD - Linha de Avanços e Declínios (layout)

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I-LAD Ibovespa

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19

.

Figura 9.8

O algoritmo referente ao I-LAD pode ser visto na figura 9.9:• a coluna C contém a data do pregão;• a coluna D contém o Fech do Ibovespa;• a coluna E contém o número de Altas e a F a de Baixas;• a coluna G informa quantas ações constituem o Ibovespa

— um número que se mantém constante por um quadrimestre,salvo ajustes esporádicos;

• As colunas H e I calculam, percentualmente quantas açõesdo índice subiram e quantas desceram;

• A coluna J faz o cálculo do I-LAD como mostrado. Nestecaso o I-LAD foi calculado com médias de 9 dias. São comunsos I-LADs de 21 dias. A fórmula usada, em I45, é: 100-(100/((MÉDIA(H37:H45)/MÉDIA(I37:I45))+1)).

MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

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6.3—IFR: Índice de Força Relativa

Um oscilador tipo pressão do pregão relaciona os preçospraticados no mercado com os de oferta e procura. São típicososciladores de pressão do pregão o SMI (que já viu em detalhe)e o IFR—Índice de Força Relativa. Este é um oscilador de gran-de popularidade e intensa aplicação. Este número indica se umpapel está excessivamente comprado ou excessivamente vendi-do. Este índice é também conhecido como indicador da opiniãocontrária.

Este oscilador foi concebido por um dos teóricos da análisetécnica: Welles Wilder. O indicador IFR, oscila entre um mínimode zero e um máximo de 100. Nos níveis 20 e 80 traçam-se duaslinhas de referência. Quando o IFR está entre zero e 20 diz-seque ele está oversold (supervendido) sugerindo a compra peloinvestidor; quando o IFR está acima de 80 diz-se que ele estáoverbought (supercomprado), recomendando a venda.

A fórmula geral do IFR é:IFR= MOSC.Positivas / MOSC.Negativas

onde MOSC. Positivas é a média das oscilações positivas de ndias, e MOSC.Negativas é a média das oscilações negativas dosmesmos n dias.

Recomenda-se usar o INDAÇ para a construção deste ín-dice, pois não está sujeito a quebras por altura de benefícios(bonificações, subscrições ou dividendos).

A tabela seguinte mostra o IFR da Aracruz PNB num de-terminado período. Foi usado o INDAÇ da ação. A coluna Altas(oscilações positivas), contém um valor diferente de zero se adiferença entre o preço do pregão do dia e o do anterior for positi-va; o mesmo ocorre para a coluna Baixas, (oscilações negati-

MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

B C D E F G H I J

PregãoIbovespa

Fec.Altas Baixas

CarteiraIbovespa

Altas% Baixas% I-LAD

37 14/12/99 14497 34 8 44 100*(E37/G37) 100*(F37/G37)

38 15/12/99 14788 31 8 44 repete repete

39 20/12/99 15110 36 7 44 repete repete

40 21/12/99 15591 32 9 44 repete repete

41 22/12/99 15916 19 19 44 repete repete

42 23/12/99 15953 25 15 44 repete repete

43 27/12/99 16011 18 17 44 repete repete

44 28/12/99 16376 31 10 44 repete repete

45 29/12/99 16772 27 14 44 repete repete 100-(100/((MÉDIA(H37:H45)/MÉDIA(I37:I45))+1))

46 30/12/99 17091 39 9 44 repete repete repete

47 03/01/00 16930 18 27 46 repete repete repete

LAD - Linha de Avanços e Declínios (algoritmo)

Figura 9.9

Page 180: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

�������������

��

vas), em caso de diferença negativa.O investidor deve comprar quando o IFR estiver abaixo de

20 - indicado pelo sinal ($), e deve vender se o IFR estiver acimade 80 (indicado pelo sinal #).

Recomendo:a) que se compre ao término dos sinais de $;b) que se venda quando o sinal # se extingue.

MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

avitaleRaçroFedecidnÍ-RFI

ceF riD ETOL satlA saxiaB RFI oãçazilanoicarepO

77,1 1,381 $ # V/C oçerP

57,1 0,181 00,0 70,2

07,1 0,971 00,0 90,2

26,1 6,861 00,0 43,01

55,1 4,061 00,0 62,8

55,1 4,261 50,2 00,0

25,1 2,651 00,0 22,6

35,1 2,751 99,0 00,0

05,1 1,651 00,0 30,1

05,1 0,551 00,0 01,1 98,8 $

94,1 0,551 00,0 20,0 64,9 $

45,1 0,551 00,0 00,0 21,01 $

65,1 0,061 20,5 00,0 46,23

75,1 0,261 19,1 00,0 63,45 C 75,1

65,1 9,161 00,0 01,0 13,84

75,1 8,161 00,0 30,0 36,77

65,1 7,161 00,0 21,0 03,47

25,1 6,851 00,0 41,3 26,06

25,1 4,851 00,0 12,0 27,56

55,1 4,061 40,2 00,0 63,17

16,1 5,461 11,4 00,0 24,87

55,1 4,061 00,0 11,4 21,15

27,1 8,471 83,41 00,0 96,27

27,1 8,471 20,0 00,0 69,27

06,1 6,761 00,0 02,7 71,85

06,1 5,361 00,0 11,4 62,25

06,1 5,361 00,0 00,0 97,65

16,1 3,361 00,0 31,0 19,65

06,1 5,361 21,0 00,0 94,45

16,1 6,661 01,3 00,0 01,35

16,1 5,561 00,0 50,1 15,85

16,1 5,561 00,0 30,0 45,02

96,1 5,961 60,4 00,0 57,63

27,1 5,671 49,6 00,0 57,27

57,1 2,871 96,1 00,0 19,29 #

77,1 2,081 99,1 00,0 56,39 #

47,1 8,771 00,0 23,2 40,48 #

Page 181: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

���� ������������ �������������� �� ����

���MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

57,1 8,871 59,0 00,0 46,48 #

18,1 9,281 11,4 00,0 03,58 #

57,1 8,871 00,0 70,4 44,57

58,1 0,781 71,8 00,0 73,18 # V 58,1

88,1 1,191 90,4 00,0 93,18 #

68,1 1,191 00,0 20,0 16,67

28,1 0,781 00,0 70,4 38,46

77,1 9,381 00,0 01,3 50,65

47,1 7,571 00,0 61,8 41,74

47,1 7,571 00,0 20,0 27,54

47,1 8,871 80,3 00,0 21,44

07,1 4,571 00,0 14,3 89,44

26,1 1,561 00,0 23,01 87,91 $

75,1 7,061 00,0 24,4 34,8 $

35,1 6,651 00,0 40,4 95,7 $

75,1 8,751 51,1 00,0 22,11 $

15,1 de 6,651 00,0 02,1 28,11 $

54,1 de 2,151 00,0 33,5 38,21 $

14,1 de 6,541 00,0 06,5 79,01 $

84,1 de 2,051 55,4 00,0 32,41 $

83,1 de 0,641 00,0 51,4 79,31 $

64,1 de 1,941 90,3 00,0 12,62

55,1 de 3,551 81,6 00,0 14,24 C 55,1

55,1 4,851 70,3 00,0 55,25

74,1 2,151 00,0 51,7 88,14

34,1 0,641 00,0 32,5 70,83

54,1 1,741 50,1 00,0 77,44

15,1 1,151 80,4 00,0 21,75

25,1 3,751 41,6 00,0 38,85

75,1 1,061 78,2 00,0 41,86

25,1 8,451 00,0 43,5 09,65

26,1 9,061 31,6 00,0 58,65

56,1 1,761 51,6 00,0 68,95

36,1 1,761 00,0 30,0 73,17

95,1 7,361 00,0 03,3 82,57

46,1 9,661 02,3 00,0 17,67

16,1 9,361 00,0 70,3 85,76

95,1 8,261 00,0 80,1 58,85

95,1 7,161 00,0 50,1 27,25

95,1 7,161 00,0 30,0 43,46

85,1 7,061 00,0 89,0 44,94

Page 182: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

�������������

��� MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

85,1 7,061 00,0 89,0 44,94

85,1 7,061 20,0 00,0 91,52

26,1 9,461 91,4 00,0 47,34

16,1 0,561 01,0 00,0 86,45

06,1 0,361 00,0 20,2 03,43

95,1 9,951 00,0 70,3 92,43

55,1 7,851 00,0 02,1 99,33

36,1 6,261 19,3 00,0 19,25

56,1 6,661 80,2 00,0 48,56

08,1 0,581 93,81 00,0 09,28 #

87,1 8,871 00,0 71,6 78,76

77,1 9,181 01,3 00,0 81,07 V 77,1

47,1 9,771 00,0 99,3 10,76

77,1 6,971 96,1 00,0 91,37

77,1 6,971 00,0 00,0 13,57

47,1 5,571 00,0 60,4 85,56

87,1 6,871 30,3 00,0 55,66

38,1 6,281 40,4 00,0 20,86

38,1 6,681 69,3 00,0 66,25

08,1 4,281 00,0 31,4 05,65

77,1 4,971 00,0 20,3 55,54

08,1 de 6,281 51,3 00,0 06,85

97,1 de 5,181 00,0 30,1 76,35

77,1 de 5,081 00,0 10,1 86,15

57,1 de 5,871 00,0 50,2 77,55

08,1 de 5,081 10,2 00,0 39,35

77,1 de 3,181 18,0 00,0 19,64

87,1 1,081 00,0 41,1 45,23

77,1 1,081 00,0 90,0 27,14

97,1 9,081 58,0 00,0 71,65

08,1 0,381 60,2 00,0 38,15

67,1 8,971 00,0 61,3 74,34

77,1 9,971 31,0 00,0 46,74

67,1 9,771 00,0 20,2 37,74

67,1 0,971 50,1 00,0 82,34

08,1 9,971 79,0 00,0 80,44

87,1 9,081 49,0 00,0 02,35

08,1 8,081 00,0 11,0 11,35

87,1 8,971 00,0 79,0 01,54

87,1 8,081 30,1 00,0 56,93

97,1 8,971 00,0 10,1 00,05

Page 183: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

���� ������������ �������������� �� ����

��MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

97,1 7,181 19,1 00,0 19,85

97,1 5,081 00,0 42,1 68,36

87,1 4,971 00,0 40,1 45,25

77,1 4,971 20,0 00,0 60,74

87,1 4,971 00,0 40,0 90,04

87,1 4,871 00,0 40,1 85,53

67,1 2,871 00,0 61,0 44,93

27,1 0,671 00,0 51,2 73,22

37,1 0,471 00,0 30,2 00,02

87,1 1,771 50,3 00,0 84,82

38,1 9,481 68,7 00,0 38,26

98,1 9,581 99,0 00,0 37,86

48,1 9,481 00,0 00,1 39,46

78,1 8,581 39,0 00,0 57,66

98,1 8,781 29,1 00,0 83,37

19,1 7,981 19,1 00,0 52,67

79,1 9,491 81,5 00,0 08,78 #

49,1 7,691 68,1 00,0 39,59 #

39,1 5,491 00,0 02,2 65,68 #

98,1 6,981 00,0 69,4 40,16

78,1 4,781 00,0 61,2 63,35

09,1 4,981 99,1 00,0 96,95

39,1 3,291 78,2 00,0 18,26

09,1 3,291 20,0 00,0 77,95

19,1 3,981 00,0 79,2 62,94

98,1 3,981 20,0 00,0 05,53

58,1 3,581 00,0 30,4 90,32

88,1 2,681 98,0 00,0 90,92

78,1 2,981 79,2 00,0 98,84

58,1 2,581 00,0 99,3 63,44

48,1 2,481 00,0 00,1 01,63

38,1 1,381 00,0 11,1 39,22

97,1 0,381 00,0 50,0 77,22

67,1 0,871 00,0 20,5 23,02

77,1 9,771 00,0 90,0 51,02

08,1 8,771 00,0 70,0 93,52

08,1 8,081 49,2 00,0 82,43

08,1 6,971 00,0 41,1 01,91 $

67,1 6,671 00,0 10,3 83,02

07,1 6,171 00,0 70,5 09,51 $ C 07,1

96,1 4,961 00,0 11,2 80,51 $

Page 184: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

�������������

��� MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

27,1 3,861 00,0 31,1 92,41 $

17,1 2,171 09,2 00,0 46,13

As fórmulas a usar, para o cálculo do IFR são:• Coluna Altas : =SE(P4>P3; (P4-P3); 0,0000001)• Coluna Baixas: =SE(P4<P3; (P3-P4); 0,0000001)• =100- (100/((MÉDIA(Q4:Q12)/MÉDIA(R4:R12))+1)) é a fór-

mula que se coloca na coluna IFR . Reparar que as médias refe-rem-se a 9 dias;

• Coluna $ (oversold) : =SE(S13<20; "$"; "")

• Coluna # (overbought): =SE(S13>80; "#"; "")

7.—Estocástico

O método Estocástico foi elaborado por George Lane sobo pressuposto de que, quando os preços sobem, os valores defechamento devem estar próximos dos valores máximos alcança-dos no período e, quando os preços descem, os valores de fecha-mento devem estar próximos aos valores mínimos alcançados noperíodo. É muito usado pelos investidores dos mercados futurose de opções.

O indicador possui uma escala de 0 a 100 e duas marcas -em 20 e em 80 - indicando, tal como no IFR, um mercadosupervendido ou supercomprado. A operação deste método ésemelhante ao método SMI.

A lista abaixo mostra uma aplicação deste método. Os da-dos considerados foram os mesmos para o oscilador SMI. Com-pare os resultados.

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���� ������������ �������������� �� ����

���MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕESOCITSÁCOTSE

niM xaM hceF nimM xamM iM-eF eF-xaM TSE $ # VC oçerP

47,1 87,1 77,1

47,1 57,1 57,1

07,1 47,1 07,1

06,1 07,1 26,1

35,1 95,1 55,1

55,1 85,1 55,1

05,1 35,1 25,1 05,1 87,1

05,1 45,1 35,1 05,1 57,1

94,1 25,1 05,1 94,1 47,1 60,0 27,0

05,1 15,1 05,1 94,1 07,1 50,0 66,0

94,1 15,1 94,1 94,1 95,1 20,0 45,0

84,1 45,1 45,1 84,1 85,1 70,0 43,0

35,1 75,1 65,1 84,1 75,1 41,0 51,0

65,1 85,1 75,1 84,1 85,1 32,0 60,0

65,1 95,1 65,1 84,1 95,1 52,0 50,0

65,1 75,1 75,1 84,1 95,1 62,0 60,0

65,1 85,1 65,1 84,1 95,1 52,0 80,0 33,33

15,1 65,1 25,1 84,1 95,1 12,0 21,0 18,14

15,1 65,1 25,1 15,1 95,1 31,0 71,0 48,94

25,1 65,1 55,1 15,1 95,1 90,0 81,0 93,75

85,1 56,1 16,1 15,1 56,1 51,0 51,0 46,26

25,1 65,1 55,1 15,1 56,1 81,0 81,0 05,26

76,1 27,1 27,1 15,1 27,1 53,0 41,0 33,26

76,1 27,1 27,1 15,1 27,1 64,0 01,0 08,36

06,1 66,1 06,1 15,1 27,1 15,0 21,0 72,56

75,1 16,1 06,1 25,1 27,1 83,0 42,0 37,36

75,1 16,1 06,1 25,1 27,1 52,0 63,0 93,06

75,1 16,1 16,1 25,1 27,1 52,0 53,0 10,95

75,1 16,1 06,1 75,1 27,1 02,0 53,0 48,75

16,1 46,1 16,1 75,1 27,1 61,0 43,0 96,55

06,1 26,1 16,1 75,1 66,1 11,0 82,0 49,35

06,1 26,1 16,1 75,1 46,1 21,0 91,0 51,15

06,1 96,1 96,1 75,1 96,1 02,0 80,0 55,84

86,1 37,1 27,1 75,1 37,1 13,0 40,0 30,74

17,1 77,1 57,1 75,1 77,1 54,0 30,0 73,05

47,1 87,1 77,1 06,1 87,1 05,0 40,0 05,75

27,1 57,1 47,1 06,1 87,1 94,0 70,0 41,46

27,1 67,1 57,1 06,1 87,1 64,0 80,0 98,07

67,1 28,1 18,1 06,1 28,1 05,0 80,0 29,77

27,1 67,1 57,1 86,1 28,1 34,0 11,0 87,28 #

08,1 68,1 58,1 17,1 68,1 24,0 90,0 48,58 #

48,1 98,1 88,1 27,1 98,1 73,0 90,0 81,68 #

58,1 88,1 68,1 27,1 98,1 44,0 50,0 83,68 #

87,1 68,1 28,1 27,1 98,1 04,0 11,0 87,48 #

67,1 28,1 77,1 27,1 98,1 92,0 22,0 58,08 #

07,1 57,1 47,1 07,1 98,1 91,0 43,0 59,47

Page 186: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

�������������

��� MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES07,1 47,1 47,1 07,1 98,1 31,0 24,0 47,76 V 07,1

47,1 57,1 47,1 07,1 98,1 21,0 54,0 47,95

86,1 57,1 07,1 86,1 88,1 01,0 84,0 32,25

06,1 96,1 26,1 06,1 68,1 80,0 75,0 17,34

75,1 26,1 75,1 75,1 28,1 40,0 76,0 01,53

25,1 75,1 35,1 25,1 57,1 30,0 17,0 97,52

15,1 75,1 75,1 15,1 57,1 70,0 56,0 88,81 $

94,1 65,1 15,1 94,1 57,1 90,0 46,0 17,41 $

54,1 15,1 54,1 54,1 57,1 80,0 27,0 32,21 $

14,1 44,1 14,1 14,1 96,1 20,0 28,0 49,9 $

24,1 25,1 84,1 14,1 26,1 70,0 27,0 48,8 $

83,1 84,1 83,1 83,1 75,1 70,0 16,0 62,8 $

34,1 05,1 64,1 83,1 75,1 51,0 44,0 93,9 $

94,1 55,1 55,1 83,1 65,1 52,0 13,0 78,21 $

25,1 75,1 55,1 83,1 75,1 24,0 41,0 64,91 $

74,1 15,1 74,1 83,1 75,1 34,0 31,0 68,52

04,1 64,1 34,1 83,1 75,1 13,0 62,0 52,03 C 34,1

24,1 64,1 54,1 83,1 75,1 12,0 63,0 47,33

54,1 25,1 15,1 04,1 75,1 32,0 23,0 14,93

15,1 65,1 25,1 04,1 75,1 03,0 32,0 48,54

35,1 06,1 75,1 04,1 06,1 04,0 41,0 86,35

05,1 55,1 25,1 04,1 06,1 14,0 61,0 80,95

25,1 26,1 26,1 04,1 26,1 15,0 11,0 15,36

16,1 56,1 56,1 24,1 56,1 75,0 80,0 13,56

36,1 86,1 36,1 54,1 86,1 36,0 50,0 16,76

95,1 36,1 95,1 05,1 86,1 05,0 41,0 82,07

16,1 66,1 46,1 05,1 86,1 14,0 81,0 47,37

16,1 46,1 16,1 05,1 86,1 43,0 02,0 39,57

85,1 56,1 95,1 25,1 86,1 23,0 02,0 54,67

75,1 06,1 95,1 75,1 86,1 02,0 52,0 59,37

95,1 06,1 95,1 75,1 86,1 11,0 72,0 18,07

75,1 95,1 85,1 75,1 66,1 50,0 62,0 67,56

75,1 85,1 85,1 75,1 66,1 40,0 52,0 90,95

85,1 36,1 26,1 75,1 56,1 70,0 91,0 62,15

16,1 26,1 16,1 75,1 56,1 01,0 51,0 86,54

85,1 06,1 06,1 75,1 36,1 21,0 01,0 39,14

65,1 06,1 95,1 65,1 36,1 01,0 11,0 14,83

55,1 95,1 55,1 55,1 36,1 60,0 51,0 59,23

75,1 36,1 36,1 55,1 36,1 11,0 21,0 02,23

16,1 46,1 16,1 55,1 46,1 41,0 11,0 34,53

26,1 56,1 56,1 55,1 56,1 42,0 30,0 57,44

08,1 48,1 08,1 55,1 48,1 14,0 70,0 27,65

66,1 97,1 87,1 55,1 48,1 85,0 01,0 34,66

57,1 08,1 77,1 55,1 48,1 07,0 71,0 39,17

37,1 67,1 47,1 75,1 48,1 26,0 32,0 90,37

67,1 87,1 77,1 16,1 48,1 55,0 42,0 56,37

67,1 87,1 77,1 26,1 48,1 84,0 42,0 15,47

17,1 67,1 47,1 66,1 48,1 93,0 42,0 91,47

Page 187: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

���� ������������ �������������� �� ����

���MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES07,1 47,1 47,1 07,1 98,1 31,0 24,0 47,76 V 07,1

47,1 57,1 47,1 07,1 98,1 21,0 54,0 47,95

86,1 57,1 07,1 86,1 88,1 01,0 84,0 32,25

06,1 96,1 26,1 06,1 68,1 80,0 75,0 17,34

75,1 26,1 75,1 75,1 28,1 40,0 76,0 01,53

25,1 75,1 35,1 25,1 57,1 30,0 17,0 97,52

15,1 75,1 75,1 15,1 57,1 70,0 56,0 88,81 $

94,1 65,1 15,1 94,1 57,1 90,0 46,0 17,41 $

54,1 15,1 54,1 54,1 57,1 80,0 27,0 32,21 $

14,1 44,1 14,1 14,1 96,1 20,0 28,0 49,9 $

24,1 25,1 84,1 14,1 26,1 70,0 27,0 48,8 $

83,1 84,1 83,1 83,1 75,1 70,0 16,0 62,8 $

34,1 05,1 64,1 83,1 75,1 51,0 44,0 93,9 $

94,1 55,1 55,1 83,1 65,1 52,0 13,0 78,21 $

25,1 75,1 55,1 83,1 75,1 24,0 41,0 64,91 $

74,1 15,1 74,1 83,1 75,1 34,0 31,0 68,52

04,1 64,1 34,1 83,1 75,1 13,0 62,0 52,03 C 34,1

24,1 64,1 54,1 83,1 75,1 12,0 63,0 47,33

54,1 25,1 15,1 04,1 75,1 32,0 23,0 14,93

15,1 65,1 25,1 04,1 75,1 03,0 32,0 48,54

35,1 06,1 75,1 04,1 06,1 04,0 41,0 86,35

05,1 55,1 25,1 04,1 06,1 14,0 61,0 80,95

25,1 26,1 26,1 04,1 26,1 15,0 11,0 15,36

16,1 56,1 56,1 24,1 56,1 75,0 80,0 13,56

36,1 86,1 36,1 54,1 86,1 36,0 50,0 16,76

95,1 36,1 95,1 05,1 86,1 05,0 41,0 82,07

16,1 66,1 46,1 05,1 86,1 14,0 81,0 47,37

16,1 46,1 16,1 05,1 86,1 43,0 02,0 39,57

85,1 56,1 95,1 25,1 86,1 23,0 02,0 54,67

75,1 06,1 95,1 75,1 86,1 02,0 52,0 59,37

95,1 06,1 95,1 75,1 86,1 11,0 72,0 18,07

75,1 95,1 85,1 75,1 66,1 50,0 62,0 67,56

75,1 85,1 85,1 75,1 66,1 40,0 52,0 90,95

85,1 36,1 26,1 75,1 56,1 70,0 91,0 62,15

16,1 26,1 16,1 75,1 56,1 01,0 51,0 86,54

85,1 06,1 06,1 75,1 36,1 21,0 01,0 39,14

65,1 06,1 95,1 65,1 36,1 01,0 11,0 14,83

55,1 95,1 55,1 55,1 36,1 60,0 51,0 59,23

75,1 36,1 36,1 55,1 36,1 11,0 21,0 02,23

16,1 46,1 16,1 55,1 46,1 41,0 11,0 34,53

26,1 56,1 56,1 55,1 56,1 42,0 30,0 57,44

08,1 48,1 08,1 55,1 48,1 14,0 70,0 27,65

66,1 97,1 87,1 55,1 48,1 85,0 01,0 34,66

57,1 08,1 77,1 55,1 48,1 07,0 71,0 39,17

37,1 67,1 47,1 75,1 48,1 26,0 32,0 90,37

67,1 87,1 77,1 16,1 48,1 55,0 42,0 56,37

67,1 87,1 77,1 26,1 48,1 84,0 42,0 15,47

17,1 67,1 47,1 66,1 48,1 93,0 42,0 91,47

Page 188: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

�������������

��� MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES47,1 87,1 87,1 66,1 08,1 53,0 91,0 01,47

87,1 48,1 38,1 17,1 48,1 23,0 31,0 12,37

08,1 58,1 38,1 17,1 58,1 63,0 50,0 32,37

57,1 18,1 08,1 17,1 58,1 33,0 80,0 13,27

67,1 08,1 77,1 17,1 58,1 72,0 51,0 13,07

97,1 18,1 08,1 17,1 58,1 42,0 81,0 86,86

97,1 18,1 97,1 47,1 58,1 02,0 91,0 79,66

77,1 08,1 77,1 57,1 58,1 61,0 91,0 71,56

57,1 87,1 57,1 57,1 58,1 70,0 42,0 61,26

77,1 08,1 08,1 57,1 18,1 70,0 91,0 60,95

77,1 97,1 77,1 57,1 18,1 70,0 51,0 94,55

77,1 87,1 87,1 57,1 18,1 01,0 80,0 10,15

77,1 97,1 77,1 57,1 18,1 70,0 11,0 97,54

87,1 08,1 97,1 57,1 08,1 90,0 80,0 51,34

97,1 38,1 08,1 57,1 38,1 11,0 80,0 87,14

67,1 97,1 67,1 67,1 38,1 90,0 11,0 92,04

77,1 97,1 77,1 67,1 38,1 60,0 61,0 28,73

67,1 77,1 67,1 67,1 38,1 10,0 02,0 16,63

57,1 87,1 67,1 57,1 38,1 20,0 02,0 46,43

47,1 28,1 08,1 47,1 38,1 70,0 71,0 52,43

87,1 08,1 87,1 47,1 38,1 11,0 51,0 33,33

67,1 08,1 08,1 47,1 28,1 61,0 01,0 55,63

87,1 87,1 87,1 47,1 28,1 41,0 11,0 65,73

77,1 08,1 87,1 47,1 28,1 41,0 01,0 01,83

87,1 97,1 97,1 47,1 28,1 31,0 11,0 52,93

97,1 08,1 97,1 47,1 28,1 41,0 01,0 95,24

97,1 08,1 97,1 67,1 08,1 31,0 70,0 73,84

67,1 87,1 87,1 67,1 08,1 01,0 60,0 95,35

77,1 87,1 77,1 67,1 08,1 60,0 60,0 53,65

77,1 87,1 87,1 67,1 08,1 50,0 70,0 83,75

77,1 87,1 87,1 67,1 08,1 50,0 70,0 26,55

67,1 77,1 67,1 67,1 08,1 40,0 80,0 58,35

27,1 77,1 27,1 27,1 08,1 20,0 41,0 56,84

27,1 47,1 37,1 27,1 87,1 10,0 71,0 52,24

47,1 08,1 87,1 27,1 08,1 70,0 51,0 68,73

97,1 09,1 38,1 27,1 09,1 81,0 41,0 61,83

28,1 98,1 98,1 27,1 09,1 43,0 01,0 65,54

48,1 88,1 48,1 27,1 09,1 04,0 41,0 52,25

48,1 78,1 78,1 27,1 09,1 44,0 01,0 17,85

58,1 98,1 98,1 27,1 09,1 44,0 01,0 04,36

78,1 19,1 19,1 47,1 19,1 94,0 40,0 88,86

49,1 00,2 79,1 97,1 00,2 25,0 40,0 86,47

49,1 99,1 49,1 28,1 00,2 74,0 90,0 28,87

29,1 49,1 39,1 48,1 00,2 93,0 61,0 31,08 #

58,1 29,1 98,1 48,1 00,2 62,0 42,0 87,87

78,1 98,1 78,1 58,1 00,2 61,0 13,0 35,47 V 78,1

88,1 09,1 09,1 58,1 00,2 21,0 43,0 58,96

19,1 39,1 39,1 58,1 00,2 51,0 03,0 49,46

Page 189: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

���� ������������ �������������� �� ����

���MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

09,1 49,1 09,1 58,1 99,1 81,0 62,0 26,06

88,1 29,1 19,1 58,1 49,1 91,0 91,0 48,55

78,1 09,1 98,1 58,1 49,1 51,0 71,0 21,05

38,1 88,1 58,1 38,1 49,1 21,0 71,0 65,44

48,1 88,1 88,1 38,1 49,1 11,0 02,0 87,93

78,1 09,1 78,1 38,1 49,1 11,0 22,0 93,73

58,1 78,1 58,1 38,1 49,1 11,0 22,0 64,73

38,1 68,1 48,1 38,1 29,1 70,0 42,0 66,73

28,1 48,1 38,1 28,1 09,1 40,0 42,0 21,63

97,1 58,1 97,1 97,1 09,1 20,0 62,0 15,23

57,1 48,1 67,1 57,1 09,1 20,0 23,0 88,62

67,1 97,1 77,1 57,1 09,1 30,0 83,0 88,12

87,1 08,1 08,1 57,1 78,1 80,0 43,0 06,91 $

08,1 38,1 08,1 57,1 68,1 21,0 62,0 84,91 $

A construção da planilha para o cálculo do Estocástico éfeita da seguinte maneira:

Tal como no caso do IFR o investidor deve comprar quandoo Estocástico estiver abaixo de 20 - indicado pelo sinal ($), e devevender se o Estocástico estiver acima de 80 (indicado pelo sinal#).

Recomendo:

a) que se compre ao término dos sinais de $;

b) que se venda quando o sinal # se extingue.

anuloC ahniL alumróF

niM:A 3 oãgerponoãçaadominíMrolavométnoC

xaM:B 3 oãgerponoãçaadomixáMrolavométnoC

hceF:C 3 oãçaadotnemahceFedoçerpométnoC

nimM:D 9 )9A:3A(OMINÍM=

xamM:E 9 )9B:3B(OMIXÁM=

iM-eF:F 21 )9D-9C(+)01D-01C(+)11D-11C(=

eF-xaM:G 21 )9C-9E(+)01C-01E(+)11C-11E(=

TSE:H 91 ))1+))91G:11G(AIDÉM/)91F:11F(AIDÉM((/001(-001=

$:I 91 )"";"$";02<91H(ES=

#:J 91 )"";"#";08>91H(ES=

V/C:K adneVearpmoCedsotnoP

Page 190: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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�� MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

Cotação OBV Status

+ ++ +

- - - -

UP

DOWN

Figura 9.10

8.—OBV: On-Balance-Volume

O método On-balance-volume foi desenvolvido por J. Granville,que associou o volume negociado com a evolução do preço domercado. Também é conhecido por OBV ou CVI-Cumulative Volu-me Indicator. Granville dedicou muito do seu tempo a este méto-do, que combina o preço com o volume (quantidade) de títulosnegociados.

O gráfico OBV é calculado da seguinte forma:

a) Parte-se de um volume inicial ( volume do primeiro pregãoque estamos considerando);

b) no pregão seguinte:

I- se o preço de fechamento tiver sido maior do que o fe-chamento do dia anterior soma-se o volume negociado ao volumeacumulado anterior;

II- se o preço de fechamento tiver sido menor do que ofechamento do dia anterior subtrai-se o volume negociado ao vo-lume acumulado anterior.

O resultado é um saldo acumulado (OBV). Portanto, esteindicador é fácil de se traçar; a cada dia que o preço da açãofechar em alta adiciona-se o volume correspondente, ao saldoanterior (OBV); caso contrário subtrai-se o volume do saldo ante-rior. Se a cotação tiver fechado estável o saldo OBV permanece omesmo.

Desta forma o OBV pode assumir uma série de valores po-sitivos e negativos, série esta que os investidores usam para cap-tar sinais de compra ou de venda.

Por esta teoria certos momentos são relevantes, como mos-tra a figura 9.10:

Page 191: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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���MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

1 Informações complementares encontram-se no artigo de PauloDehner Jr: Investidor profissional, N 108, out. 1991, p.24-6.2 Um bom desenvolvimento da teoria encontra-se no artigo de Sér-gio Pequeno e Elaine Restier Gonçalves: Investidor Profissional, N115, nov. 1991, p.29-31

a) cotação sobe durante dois pregões e OBV dos dois últi-mos pregões é crescente: UP

b) cotação desce durante dois pregões e OBV dos dois últi-mos pregões é decrescente: DOWN.

É assim que se forma o conceito de Up ou Down.

São necessários quatro agrupamentos consecutivos, inter-calando-se Up e Down para indicar a tendência da ação - seme-lhante, neste caso às vagas de Elliot.

Por exemplo admitamos que temos a seguinte série deUps e Downs:

Up com OBV a 240.000.000

Down com OBV a 150.000.000

Up com OBV a 270.000.000

Down com OBV a 220.000.000

Estes valores indicam uma tendência altista pois cada Uptem um valor superior ao anterior (270.000.000 > 240.000.000) ecada Down também (220.000.000 > 150.000.000)

Um exemplo oposto representaria uma tendência baixista.Não se apresentando os campos Up e Down nesta forma tem-seuma situação duvidosa: o investidor deve aguardar para poder for-mular sua opinião1 .

9—Clandstick ou Teoria das Velas

O Candlestick é um método que data de 1750- usado pe-los japoneses nas suas transações com arroz. Este método pre-tende antecipar a oscilação dos preços dos títulos. É conhecido,também, pelo nome de Teoria das Velas2.

Este método foi precursor da teoria de Dow, e passou a serempregado nos Estados Unidos no início da década de 90. Seu

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��� MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

nome deriva da apresentação das cotações - que se asseme-lham a uma vela, como pode ser vista na figura 9.11.

Uma vela bem constituída, como mostra a figura 9.12, com-põe-se de corpo e sombra: o corpo expressa a diferença entreofechamento (último) e abertura. Através da sombra se marca osvalores máximo e mínimo.

Se o preço de fechamento é maior do que o de abertura avela tem corpo branco. Uma vela negra significa que o preço defechamento (último) foi menor do que o de abertura.

O gráfico que usa clandsticks, tem a aparência mostradana figura 9.13, e segue os mesmos princípios da Teoria de Dow,inclusive com as mesmas formações gráficas - linhas de supor-te, de resistência, bandeiras, triângulos, etc.

10 — Regras de Donchian

As regras de Donchian orientam o investidor, que não ne-cessita de fazer cálculos complicados. São as seguintes as re-gras:

1. Compre quando o preço superar o mais alto preço dasquatro semanas anteriores;

2. Venda quando o preço cair abaixo do mínimo das quatrosemanas anteriores.

Figura 9.12 Figura 9.13

Figura 9.11

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��MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

3 Relatório Gazeta Mercantil - A Bolsa do Rio, de 14.6.19954 Os efeitos planetários nos preços das Bolsas, de LANGHAM, JamesMars, The Maghnal Publishing, Los Angeles, 1932, 178 páginas.5 Úma análise astrológica do Índice Dow Jones, de WATTERS,Barbara H., Valhalla, Washington, 1982, 301 páginas.6 Editada no Brasil pela Editora Record.7 MONROE, Rafael. O caos e a Bolsa de Valores. Revista Limite,Número 10, 1993, Nova Sampa Diretriz Editora, p.42

Este método é muito usado pelos investidores decommodities, e baseia-se no pressuposto de que, se o preço dotítulo tiver força para vencer a resistência (ou romper o suporte)dos preços das últimas 4 semanas continuará a tendência.

11.—Esotéricos

O mundo está mesmo cheio de "técnicas" - digamos, umpouco esotéricas. A Gazeta Mercantil3 no artigo Os astros aju-dam as empresas de Wall Street, relacionava uma extensa bibli-ografia sobre astrologia e finanças. que ia desde Planetary Effectson Stock Market Prices4 , até An Astrological Analysis of the DowJones Averages5 . Obviamente não abordarei aqui qualquer mé-todo esotérico, mas recomendo que esteja aberto para possíveisrelações que possam existir entre certos índices, por mais estra-nhas que tais relações possam parecer.

Edward Dewey, na sua obra Ciclos- as forças misteriosasque guiam os fatos6 , mostra inúmeras relações entre diversosciclos e estuda os ciclos das Bolsas. Dewey mostra, por exem-plo, que os ciclos dos preços combinados de ações, no períodode 1871 a 1956, eram os mesmos dos ciclos de abundância degalos silvestres ou de manchas solares; os preços de ações deestradas de ferro acompanham os dos preços do açúcar, da pres-são barométrica ou da precipitação pluviométrica; e muito mais.Isto faz lembrar outra história, que ocorreu em 1960, na Universi-dade de Harvard7 :

Tendo sido convidado para proferir uma palestra so-

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��� MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

bre a distribuição de rendas nos EUA, dentro de umciclo de conferências econômicas, um palestrante,ao entrar na sala, foi tomado por uma irritaçãoprofunda.No quadro negro, encontrou desenhado omesmo gráfico que iria apresentar como resultadode seus estudos. Sua raiva era justificada. O gráficoindicava não só que alguém tinha feito um trabalhosimilar, tornando seu estudo não original, como tam-bém que a Universidade tinha convidado outro cole-ga para falar do mesmo assunto, para a mesma pla-téia, sem lhe informar.

Chamou o coordenador do evento e perguntou: "Comopode o meu diagrama aparecer antes da minha pa-lestra?" Ouviu, então, que o gráfico na lousa repre-sentava a variação dos preços do algodão nos últi-mos 8 anos, e nada tinha a ver com a distribuição derendas.

Seu nome era Benoit Mandelbrot. E a cena não saiu maisde sua mente. Não podia ser apenas coincidência. Ele voltoupara casa e continuou a pesquisar não só os preços do algodão,mas também as cheias do Nilo, os ruídos em linhas telefônicas...e assim começou a formular a chamada Matemática dos Fractais:um conjunto novo de abordagens cujos princípios parecem seencaixar à grande maioria dos fenômenos naturais. Mandelbrotfoi um dos pioneiros da chamada Ciência do Caos. Desde então,muitos outros pesquisadores têm seguido seus passos, na ten-tativa de encontrar formulações matemáticas que expliquem ofuncionamento dos mercados financeiros.

O Ciclo da Lua

Este esotérico método baseia-se na mudança das fases dalua, e recomenda comprar por ocasião da lua cheia e vender nalua nova. É evidente que não há qualquer pressupostometodológico para este método que é citado pela sua forma curi-osa. Certa vez, em 1996, testei este "método" — sobre a AracruzPNB — e fiquei surpreendido com os resultados: das 10 ordens,

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8 Desculpe-me Edmar Figeiroa, mas não resisti a revelar seu segre-do. Foi Edmar quem, em 1975, me ensinou a "apostar" na Bolsa eem corridas de cavalos.9 Não há dúvida que este método — conquanto um tanto estranhoquanto à sua operacionalização — é baseado na operação contrá-ria.

7 foram boas e 3 ruins - o que é uma excelente taxa de acerto.Teria ganho um total de 11,40%. É um método que recomendopara se discutir à mesa de um bar, jogando conversa fora.

12.—Opinião contrária

O pressuposto desta teoria é que o público está geralmen-te errado — o que é uma grande verdade. Para acertar basta fazerexatamente o oposto. Mas como se sabe se o público está com-prando ou vendendo - para que o investidor faça exatamente ooposto? É o IFR - Índice da Força Relativa que nos diz se o títuloestá supercomprado (IFR> 80) ou supervendido (IFR <20). Por-tanto, esta teoria da opinião contrária estriba-se no seguimentodo IFR.

Centímetros de cotações

Um amigo meu8 aplicava este método e com muitos bonsresultados. Ele é um tipo muito especial de investidor que com-pra e vende ações sempre com um horizonte longo. Mas nãoadministrava as ações individualmente: selecionava algumas açõese comprava-as e vendia-as sempre todas ao mesmo tempo. Omomento de comprar e vender era baseado na opinião contrária— mas é muito curioso como ele determinava a hora de comprare vender: era com uma régua. Para saber se a Bolsa estava boapara comprar ou vender ele media quantos centímetros tinha alistagem da Gazeta Mercantil das ações que começavam por A:uma lista com poucos centímetros, indicava que ninguém estavacomprando — e ele comprava de uma só vez; uma lista commuitos centímetros indicava que todo mundo estava comprando.tudo, punha o dinheiro em alguma aplicação, e aguardava a listadiminuir. Certa vez perguntei-lhe: — Já compraste? E ele respon-

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��� MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

9 Não há dúvida que este método — conquanto um tanto estranhoquanto à sua operacionalização — é baseado na operação contrá-ria.10 Compre e guarde.

deu: — Ainda não: vou esperar a lista encolher mais dois centí-metros9 .

13.—Teoria das Caixas de NicolasDarvas

A teoria das Caixas, de Nicolas Darvas - o bailarino - ba-seia-se no princípio de que as ações possuem uma tendênciadefinida, para cima ou para baixo, e que, uma vez estabelecidaessa tendência, as ações movem-se dentro de diversas moldurasou caixas - limites inferiores e superiores. Quando ocorrer ummovimento súbito, brusco, com energia para a próxima caixa é aaltura da compra ou da venda.

A ação deve ser vendida ou comprada quando as caixascomeçam a mover-se em sentido contrário. A negociação deveser feita no momento em que a ação é atraída para o limite (má-ximo ou mínimo) da Caixa.

14.—Buy-and-Hold

Esta é uma técnica muito simples: consiste em comprarações e guardá-las. Não é, portanto, uma técnica para especulador,mas sim a técnica que se ajusta à teoria do cash-yield. Se vocêadotar o cash-yield como selecionador de ações você só podeadotar buy-and-hold10 como a técnica complementar de acompa-nhamento.

Conclusão

Você viu neste capítulo os princípios básicos e gerais dealguns indicadores que especuladores e investidores usam paraorientar as suas operações nas Bolsas. Tal como o SMI — que

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���MÉTODOS PARA ACOMPANHAR AÇÕES

eu adoto —nenhum deles é totalmente confiável, mas possoafirmar seguramente que sua aplicação produz resultados me-lhores do que o uso da intuição, do palpite ou outro método11 .

Para os métodos que reputo mais importantes — e quevocê pode adotar — forneci os algoritmos que lhe permitirão cons-truir a base de dados necessária às suas operações.

11 Excluídos os esotéricos, é claro.

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���GLOSSÁRIO

GLOSSÁRIO

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AABAMEC: Associação Brasileira dos Analistas de Mercado de

CapitaisABRASCA: Associação Brasileira das Companhias Abertas.Ação: 1. Menor parcela de capital social de uma sociedade anô-

nima, e representa um título patrimonial sem data de res-gate e, geralmente, sem valor facial. 2. Unidade de consti-tuição do capital social das sociedades anônimas. 3. Títu-lo negociável, geralmente em Bolsas de Valores. 4. Títulonegociável, geralmente sem valor nominal, sem data devencimento, representativo de propriedade de uma fraçãodo capital social de uma sociedade anônima.

Ação cheia: 1. Título negociável, geralmente em Bolsas de Valo-res, com direito a benefícios. (Ver Benefícios) 2. Ação queainda não recebeu ou exerceu direitos concedidos pela em-presa emissora.

Ação de segunda linha: Ação com menos liquidez do que asblue-chips. Ver blue chip.

Ação de terceira linha: ação liquidez ainda menor do que asações de segunda linha.

Ação escritural: ação mantida em contas de depósito, em nomedo titular, sem emissão de certificado.

Ação listada na Bolsa: ação de empresa de capital aberto, quepode ser negociada no recinto da Bolsa de Valores, porintermédio de Corretoras.

Ação nominativa: ação que identifica o nome do proprietário.Na empresa há o Livro de Registro de Ações Nominativasque indica o nome de todos os acionistas.

Ação ordinária: ação que concede ao proprietário direito a votonas reuniões dos acionistas. O controle da empresa é feitopela posse das ações ordinárias.

Ação preferencial: ação que dá ao seu proprietário prioridade

GLOSSÁRIO

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no recebimento de dividendos ou, em caso de dissoluçãoda empresa, prioridade no reembolso de capital. Excepci-onalmente dá direito a voto nas assembléias dos acionis-tas - quando a empresa deixa de distribuir dividendos por 4ou mais anos consecutivos.

Ação registrada: ação controlada pela empresa emitente, oupor terceiros, com corrrespondente (ou não) certificado deemissão.

Ação vazia: 1. Título negociável, geralmente em Bolsas de Valo-res, que já exerceu direito de benefícios. (Ver Benefícios).2. Ação que já exerceu os direitos concedidos pela empre-sa emissora.

Acionista: proprietário de uma ou mais ações representativas docapital social de uma sociedade anônima.

Acionista majoritário: acionista que detém ações com direito avoto que lhe permite controlar - indicar o presidente e dire-tores - a empresa.

Acionista minoritário: acionista proprietário de ações com di-reito a voto, mas cuja quantidade não garante o controle dasociedade.

ADEVAL: Associação das Empresas Distribuidoras de ValoresADR (American Depositary Receipt) Recibo de ações de uma

companhia, sediada fora dos Estados Unidos, custodiadopor um banco dos Estados Unidos e outorgando aos acio-nistas o direito sobre todos os dividendos e ganhos de ca-pital. Em vez de comprar ações de companhias estrangei-ras nos mercados externos, os norte-americanos podemcomprá-las nos Estados Unidos sob a forma de um ADR.Os ADRs também são conhecidos como AmericanDepositary Shares.Os ADRs são divididos em níveis . Onível 3 permite que sejam listados nas Bolsas.

After-market: 1.Programa lançado pela Bovespa em 20/09/99permitindo negociações fora do horário regular. 2. Negocia-ção de ações, que tiverem sido transacionadas no pregãoregular (11:00 às 18:00 h), no mercado à vista. 3. A varia-ção máxima permitida, nos preços das ações negociadasafter-market é de 2% positiva ou negativamente em rela-ção ao preço de fechamento do período diurno.

Algoritmo: fórmulas a que se sujeitam dados para que produ-

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zam um certo resultado. Por exemplo, dado n números, amédia desses números é obtida é obtida através do se-guinte algoritmo: Sn /n.

AMEX: (American Stock Exchange) Bolsa de Valores que regis-tra o segundo maior volume de negócios dos Estados Uni-dos. Está localizada no centro comercial de Manhattan.Até 1921 era conhecida como Curb Exchange, a ainda hojeé designada por Curb. A maioria das ações e títulos nego-ciados na Amex pertence a pequenas e médias empresas.As ações das grandes companhias norte-americanas sãonegociadas na NYSE. Inúmeras companhias de petróleo egás têm suas ações negociadas na Amex.

ANA: (Aviso de Negociação de Ações) - comprovante de opera-ção enviado pela Bolsa de Valores ao comitente (investi-dor).

ANAAI: Associação nacional dos Agentes Autônomos de Investi-mentos.

ANBID: Associação Nacional dos Bancos de InvestimentoANCOR: Associação Nacional das Corretoras de Valores, Câm-

bio e Mercadorias.Ativo: Conta do Balanço patrimonial, compreendendo bens e di-

reitos que são apresentados em ordem de liquidez, inici-ando com o disponível (caixa e bancos), contas a receber,estoques e assim sucessivamente.

BBalancete: demonstrativo contábil do estado patrimonial e da

situação econômico-financeira de uma empresa, referenteà parte do período do exercício social.

Balanço: Demonstrativo contábil do estado patrimonial ou situa-ção econômico-financeira de uma empresa, referente a umdado exercício social.

BBF: Bolsa Brasileira de Futuros, foi a primeira bolsa de futuros aser criada no país, fundada em 1983. A compensação dasoperações da BBF ficou a cargo de uma empresa criadaespecialmente para este fim: a Câmara Brasileira de Com-pensação, similar à ICCH: International CommoditiesClearing House. Em 1989 a BBF foi incorporada pela Bol-sa de Valores do Rio de Janeiro.

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BDI: Boletim Diário de Informações sobre as operações realiza-das na Bovespa. O BDI pode ser visto na Gazeta Mercantilou no site da Bovespa.

Benefícios: 1. Dividendos, bonificações, direitos de subscrição,juros sobre o capital ou quaisquer outras vantagens atribu-ídas aos portadores ou titulares de ações. 2. Bonificações,dividendos, juros e direitos de subscrição distribuídos aosacionistas.

Beta (ß): Medida do risco de um ativo baseada na covariância desua taxa de retorno com a do mercado (normalizado peladivisão desta covariância pela variância da taxa de retornode mercado).

Blue chip: 1. ação com grande liquidez e procura no mercado.2. Ação de primeira linha.

BM&F: Bolsa de Mercadorias & de Futuros.Boleta: documento no qual os operadores registram os negócios

de compra e venda de ações no Recinto de Negociaçõesdas Bolsas de Valores.

Bolsa Brasil: Fusão patrimonial das Bolsas de valores de SãoPaulo e do Rio de Janeiro ocorrida em 27 de janeiro de2000. A Bovespa passa a ser o centro de negócio de açõese a BVRJ de títulos públicos.

Bolsa de Valores: associação civil sem fins lucrativos com oobjetivo básico de manter local adequado para encontro deseus membros e à realização, entre eles, de transaçõesde compra e venda de títulos de valores mobiliários, emmercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscali-zado por seus membros e pelas autoridades monetárias.

Bolsahoje: Boletim oficial da BVRJ publicado no caderno de Eco-nomia do jornal O Globo.

Bonificação: Ações distribuídas gratuitamente aos acionistas,em decorrência de aumento de capital realizado por incor-poração de reservas.

Bônus de subscrição: título nominativo, negociável em bolsa,que confere ao seu titular o direito de subscrever ações.

Bovespa: Bolsa de Valores de São Paulo: associação civil semfins lucrativos com o objetivo básico de manter local ade-quado ao encontro de seus membros e à realização, entreeles, de transações de compra e venda de títulos e valoresmobiliários.

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BOVMESB: (Bolsa de Valores Minas-Espírito Santo-Brasília, operainterligada à Bolsa do Rio de Janeiro pelo SENN. Foi fun-dada em 1947 e reúne os estados de Minas, Espírito San-to e Distrito federal, com jurisdição em Goiás, Mato Gros-so, Mato Grosso do Sul, Roraima e Tocantins.

Briefing: Ver prospectoBuy and put away: Filosofia de investimento: a melhor maneira

de ganhar é comprar ações e guardá-las.Buy side: analista responsável pela escolha dos títulos que de-

vem compor a carteira de uma instituição financeira.Buy-and-Hold: Técnica ou filosofia de investimento que consis-

te em comprar e guardar ações. O mesmo que Buy andPut Away.

BVES: (Bolsa de Valores do Extremo Sul) Bolsa onde são nego-ciadas as ações das companhias abertas do Rio Grandedo Sul e de Santa Catarina., através dos sistemas SENN eCATS.

BVRJ: Bolsa de valores do Rio de Janeiro.

CCadastro de clientes: conjunto de dados e informações gerais

sobre a qualificação dos clientes das sociedades corretoras.Capital: 1. Soma de todos os recursos, bens e valores mobiliza-

dos para a constituição de uma empresa. 2. Numeráriodisponível para investimento.

Carteira de ações: conjunto de ações (títulos de renda variável)de propriedade de uma pessoa física ou jurídica.

Carteira de títulos: conjunto de títulos de renda fixa ( obrigaçõesgovernamentais, debêntures, letras imobiliárias, etc) e derenda variável (ações) de propriedade de uma pessoa físicaou jurídica.

Carteira Eficiente: Conjunto de títulos constituindo uma carteiraque pertence ao conjunto de carteiras que se situam sobrea linha Cb-Cd (ver figura 2.7) que oferecem a maior taxa deretorno para um dado risco.

Carteira Teórica Bovespa: Ver Ibovespa.Cash-yield : indicador que mede o retorno financeiro de uma ação.CATS: (Computer Aided Trade System) Sistema de computação

GLOSSÁRIO

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que prestava informações sobre o Mercado e permite reali-zar negócios fora do pregão de viva voz. Foi absorvido esubstituído, em julho de 1997, pelo sistema Megabolsa.

Cautela: certificado que materializa a existência de um númerode ações.

CBLC: Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. Clearingcriada em 1998 decorrente da reestruturação patrimonialda Bovespa.

CDB: 1. Certificado de Depósito Bancário: título emitido por ban-cos para captar dinheiro do público. 2. Rendimento ofereci-do pelos Bancos aos compradores de CDB, cuja taxa mé-dia é calculada pela Associação nacional de Bancos deInvestimento e Desenvolvimento (ANBID).

CDB-over: Remuneração paga a um investidor de CDB para umdia útil e que a uma taxa exponencial 1/d, onde dcorresponde ao número de dias corridos do mês.

Chamada de capital: subscrição particular ou pública de açõesnovas pelo valor nominal ou outro valor, com ou sem ágio,para aumentar o capital social de uma empresa.

CIB: 1. Curva de Indiferença Básica ¾gráfico que expressa a rela-ção aceitável por um determinado investidor, entre risco eretorno. 2. Centro de Informações Bovespa, destinado aatender dúvidas do público em geral sobre o Mercado deAções e sobre a Bolsa de valores de São Paulo.

Circuit-breaker: 1. mecanismo de controle de oscilação da Bol-sa, implantado pela Bovespa em 31/10/97: interrompe asnegociações por trinta minutos quando o Ibovespa atingebaixa de 10% em relação ao índice de fechamento do diaanterior; reabre e interrompe por uma hora se o índice atin-gir o patamar de 15% negativo em relação ao dia anterior.2. Mecanismo anti-pânico, que protege os investidores degrandes baixas.

CIS: Curva de Indiferença Secundária — gráfico derivado da Curvade Indiferença Básica, por "deslocamento paralelo" desta.

Clearing: Empresa que gerencia sistemas e garantias para aliquidação das operações realizadas em bolsa e para acustódia de valores mobiliários.

Clube de investimento: conjunto de pessoas que se reúnemcom o objetivo de aplicar suas economias em conjunto,

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em títulos negociados no mercado financeiro. NaBOVESPA os Clubes de Investimento foram regulamenta-dos pelas resoluções 181/85-CA e 189-86-CA. Esta bri-lhante idéia não se tornou realidade porque a administra-ção dos Clubes de Investimento deve ser exercida por so-ciedade corretora, sociedade distribuidora ou banco de in-vestimento. Há pouquíssimos Clubes de Investimento.

CNBV: Comissão Nacional de Bolsa de Valores.CODIMEC: Comitê de Divulgação do Mercado de Capitais. Orga-

nismo sem fins lucrativos composto por associações domercado financeiro.

Coeficiente angular: O mesmo que ß de um título. Ver Beta(ß).

Comitente: pessoa que encarrega uma outra de comprar, venderou praticar qualquer ato, sob suas ordens ou por sua con-ta, mediante certa remuneração a que se dá o nome decomissão ou corretagem.

Commercial paper: obrigação de curto prazo, com vencimentoque varia de 2 a 270 dias, emitida por banco, companhiaou outro tomador para subscrição por investidores cujosrecursos estejam temporariamente desaplicados. O papelnão é garantido e geralmente é negociado com deságio,embora haja commercial paper que renda juros.

Commodities: (sing.: commodity) Mercadorias como grãos, me-tais e alimentos negociados em Bolsas de Mercadorias.

Companhia: o mesmo que sociedade anônima. Uma sociedadeanônima, ou companhia, pode ser aberta ou fechada. VerCompanhia aberta.

Companhia aberta: 1. Empresa sociedade anônima cujos valo-res mobiliários são negociados nas Bolsas de Valores ouno mercado de balcão. 2. Sociedade anônima cujas açõessão negociadas em Bolsa de Valores. para "abrir" o capitala empresa deve atender às exigências da CVM- Comissãode Valores Mobiliários - e da Bolsa de Valores onde seinscreve.

Confirmação: aviso que o corretor dá ao cliente da efetivação deuma negociação com ações.

Contas a receber: Conta do Ativo composta pelo valor dos títu-los que a empresa tem a receber menos provisão para re-

GLOSSÁRIO

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duzi-los ao valor provável de realização.Corretagem: taxa de remuneração da sociedade corretora ao

efetuar uma compra ou venda de ações em nome de umapessoa física ou jurídica.

Corretor: 1.Intermediário na compra e venda de títulos. 2. Funci-onário de Corretora, que atende a pessoa física ou jurídica,nos assuntos referentes a ordens de compra ou venda deações.

Corretora: Ver Sociedade Corretora.Cotação: 1. Preço registrado em Bolsa de Valores na negocia-

ção de ações. 2. Preços relativos a dada ação em momen-tos específicos do pregão (abertura, fechamento) ou a de-terminadas características: máxima, média, mínima.

Custódia de títulos: serviço de guarda de títulos e de exercíciode direitos aos investidores.

Custódia fungível: serviço de custódia onde os valores mobiliá-rios retirados podem não ser os mesmos depositados,embora sejam das mesmas espécies, qualidade e quanti-dade. Deixa de existir a necessidade de se retirar exata-mente o mesmo certificado depositado. Os depósitos demoeda nos bancos são fungíveis: a pessoa que depositauma certa nota de R$100 mais tarde poderá retirar R$100mas não necessariamente a mesma nota depositada.

CVM: Comissão de Valores Mobiliários: autarquia especial, vin-culada ao Ministério da fazenda, criada pela lei 6385 de 7-12-1976 com a função de disciplinar, fiscalizar e promovero mercado de valores.

DDDM: (Discagem Direta ao Mercado) sistema de acesso às infor-

mações da BVRJ.Debênture: 1. título nominativo, representativo de um emprésti-

mo, geralmente de longo prazo, feito por um debenturista auma empresa. 2. Título que representa um empréstimocontraído por uma Sociedade Anônima mediante lançamen-to público ou particular, garantido pelo ativo da sociedade ecom preferência para o resgate sobre quase todos os de-mais créditos.

Debênture conversível em ações: debêntude cujo "pagamen-

GLOSSÁRIO

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to" pode ser feito em ações, em épocas e condições pré-determinadas.

Derivativos: basicamente contratos cujo valor muda de acordocom movimentos de preços de determinado ou determina-dos instrumentos financeiros ou commodities. As peças-chave do mercado do mercado de derivativos são os con-tratos futuros, os contratos a termo, e os contratos de op-ções. O conceito de derivativo está intimamente ligado aode "hedge", ou proteção contra situações de risco. A ex-pressão derivativo decorre do fato do valor do instrumentose basear em um outro tipo. Por exemplo, uma opção éum instrumento derivativo porque seu valor deriva do valorda ação à qual a opção está atrelada.

Direito de subscrição: direito de preferência que um acionistatem de subscrever novas ações de uma Sociedade Anôni-ma, quando do aumento do Capital mediante subscrição.O direito pode ser negociável ou não. Subscrever o Capitalsignifica informar a companhia, mediante certa documen-tação que está interessado em adquirir certa quantidadede ações. A seguir vem a fase de integralização, isto é, afase do pagamento das ações anteriormente subscritas. Odireito de subscrição assegura que o acionista pode subs-crever um percentual de ações igual à sua participação naempresa. Por exemplo, um acionista que tem 2,7% deações, tem direito a subscrever 2,7% das novas ações.

Disclosure: revelação de informações, por parte da empresa, aosacionistas; é um instrumento imprescindível não só para atomada de decisão pelo investidor como para sua prote-ção.

DISP: Disponibilidades: valores e títulos integrantes do ativo dumaempresa, que podem ser prontamente convertidos em nu-merário.

Diversificação: Técnica que consiste em constituir uma Carteiracom diversos títulos que possam tornar nulo, a qualquermomento, o risco diversificável. Ver Risco diversificável.

Dividendo: Valor distribuído aos acionistas, em proporção à quan-tidade de ações possuídas e com recursos oriundo doslucros obtidos pela empresa num determinado período. ALei das Sociedades Anônimas obriga a um dividendo míni-

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mo de 25% do lucro líquido apurado no exercício social.Dow Jones Industrial Average: Índice da Bolsa de Valores seme-

lhante ao Ibovespa. Foi inicialmente criado por Charles HenryDow em 3 de julho de 1884 -e era a média aritmética deonze preços de fechamento de ações escolhidas por Dow;em 1896 passou para 12 ações; atualmente o Dow Jones éum índice composto de 30 ações.

DR: 1. Depositary Receipts: certificado de depósito de açõesemitido por um banco estrangeiro (Banco depositário ouemissor) e lastreado em ações brasileiras, custodiadas porum Banco brasileiro (Banco custodiante). Ver ADR. 2. Tí-tulo de crédito formal, nominativo, emitido por negociantecom a mesma data, valor global e vencimento da fatura, erepresentativo e comprobatório de crédito preexistente (ven-da de mercadoria a prazo), destinado a aceite e pagamen-to por parte do comprador, circulável por meio de endosso,e sujeito à disciplina do direito cambiário. 3. Abreviatura deDuplicatas a receber: 1.Conta do Ativo Circulante.

EEBCP: Empréstimos Bancários de Curto Prazo: 1. Conta do Pas-

sivo Circulante. 2. Valores a pagar a Bancos dentro de 12meses.

Emissão: ato de emitir títulos ou dinheiro.Endividamento geral: Participação dos recursos financiados por

terceiros; é considerado um indicador de risco da empre-sa. É aferido por: E= (ECP + ELP + Dd) / AT onde: ECPé o Exigível a curto prazo; ELP é o exigível a longo prazo;Dd é o valor das duplicatas descontadas; AT é o ativototal.

Escola fundamentalista: corrente de pensamento, referente à aná-lise de títulos, que baseia sua escolha nos dados econô-mico-financeiros da empresa (balanços, vantagens com-petitivas, etc.).

Escola Grafista: Ver Escola Técnica.Escola Técnica: 1. Corrente de pensamento que se baseia, para

gerir portfólios, do comportamento dos títulos no mercado,sendo os gráficos seu material de apoio principal. 2. Omesmo que Escola Grafista.

GLOSSÁRIO

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Especulador: Pessoa física ou jurídica que aplica recursos (nãonecessariamente suas economias ou disponibilidades) naaquisição de ações ou títulos no mercado financeiro, numhorizonte de curto ou curtíssimo prazo, tendo por baseuma expectativa na elevação de preços das ações.

Est: Estoques: 1. Conta do Ativo Circulante constituída de mer-cadorias ou produtos, avaliados pelo custo de aquisiçãoou de fabricação, reduzidos de provisão para ajustá-los aopreço de mercado quando este for inferior. 2. Conta do Ati-vo Circulante compreendendo: produtos acabados, merca-dorias para revenda, produtos em elaboração, matérias-pri-mas, materiais de acondicionamento e embalagem,

Execução de ordem: efetiva realização de uma ordem de com-pra ou de venda de valores mobiliários.

Exercício operacional: período com início em 1/4/9x e 31/3/9x+1.

FFGV-100: Índice de ações, criado em 1987 pela Fundações Getú-

lio Vargas composto por empresas não-estatais e não-fi-nanceiras.

FIF: fundos de investimento financeiro.FORN: Fornecedores: Conta do Passivo Circulante constituída

por valores a pagar a fornecedores nacionais ou estrangei-ros dentro de 12 meses.

Fundo de Ações: (ou Fundo Mútuo de Ações) 1. Conjunto derecursos administrados por uma Sociedade Corretora ouBanco de Investimento, que os aplica em uma carteira cons-tituída no mínimo por 67% de ações negociadas nas Bol-sas de Valores. 2. Fundo de renda variável.

Fundos cambiais: fundos de investimento em ativos cujo rendi-mento está associado à variação cambial: swap de dólar,export notes, por exemplo.

Fundos de carteira Livre: Aplicam em ações ou derivativos.Fundos de derivativos: fundos cuja carteira é predominante-

mente composta de derivativos, como contratos futuros,opções e operações a termo.

Fundos garantidos: fundos que garantem, no mínimo, o retorno

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do capital investido.

GGestão de portfólio: Análise, seleção, aquisição, acompanha-

mento e venda de títulos, de renda fixa e variável (ações)com o objetivo de obter ganhos.

HHabilidade de seleção: 1. Capacidade de um método em se-

lecionar ativos que, decorrido um determinado período es-tejam incluídos no ranking Classe A, segundo Nihans, deativos mais rentáveis. 2. Proporção com que ativos seleci-onados previamente compunham a Classe A, segundoNihans, dos ativos mais rentáveisnum dado período. Essaproporção pode ir de 0% a 100%. Dependendo do valor daproporção, pode-se rotular a habilidade: de 00,0% a 09,9%habilidade desprezível; de 10,0% a 29,9% habilidade bai-xa; de 30,0% a 49,9% habilidade moderada; de 50,0% a69,9% habilidade substancial; acima de 69,9% habilidademuito forte.

Hedge: (proteção) operação que tem por objetivo proteger umaoutra contra riscos decorrentes de variações negativas. É,portanto, uma estratégia usada para compensar investimen-tos de risco. Um hedge perfeito é aquele que elimina apossibilidade de ganhos ou perdas futuras.

Home Broker: 1.Sistema que permite o investimento direto naBolsa de Valores de São Paulo através da Internet. 2. Sis-tema semelhante ao serviço Home Banking, implantadopela Bovespa, permitindo que investidor, previamente ca-dastrado numa corretora (que faça parte do sistema), en-vie, automaticamente, através da Internet, ordens de com-pra e venda de ações à vista

IIAN: Informações anuais: documento mais detalhado do que o

ITR, apresentado anualmente pelas companhias abertas,ao mercado.

IBMEC: Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais.

GLOSSÁRIO

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Ibovespa: 1. Índice da Bolsa de Valores de São Paulo 2. Conjun-to de ações que, numa certa proporção constituem tal índi-ce. Fazem parte da carteira os títulos que representam90% do total de dinheiro negociado na Bolsa de Valores deSão Paulo nos últimos 12 meses. A carteira Ibovespa érevista de 4 em 4 meses. 3. Lucratividade de uma carteirade ações, hipotética e suposta como sendo a carteira per-tencente ao Mercado.

IBV- Índice da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro .Fazem partedo IBV os títulos que representam 90% do total do dinheironegociado na BVRJ nos últimos 12 meses. A composiçãoda carteira do IBV é revista a cada 4 meses. O IBV, na suaestrutura, difere do Ibovespa e do I-Senn, pois pondera asações pelo valor de mercado destas e não por sua partici-pação no volume de negócios. O Índice composto da Bol-sa de Nova York é de estrutura semelhante ao do IBV. Aponderação é feita segundo o valor de mercado das açõesem circulação, ou seja, de acordo com o valor que custa-ria para alguém comprar em bolsa todas as ações de umaempresa que não estão nas mãos dos seus controladores.Este método evita que um determinado papel tenha umaparticipação inflada. Para que um papel seja incluído noIBV ele precisa atender a três critérios: o primeiro é tersido negociado em pelo menos 80% dos pregões dos 12meses anteriores; o segundo é que não tenha ficado maisde cinco vezes por período de cinco dias consecutivos semnegócios, também nos últimos 12 meses; o terceiro é queapresente um mínimo de 1000 negócios nos mesmos 12meses anteriores.

IBX: Índice Brasil, constituído pelas 100 ações mais negociadas.IEE: Índice setorial composto pelas ações do setor elétrico.INBV: Índice Nacional das Bolsas de Valores. Mede os ganhos

do Mercado nacional referentes às bolsas de São Paulo eRio de Janeiro.

INDAÇ: Valor deflacionado de um lote de ações ao longo do tem-po, incorporando todos os benefícios por esse lote obtidospela ação nesse período .

Índice de negociabilidade: indicador que mostra quão relativaé a presença de uma ação no mercado, levando em conta

GLOSSÁRIO

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as proporções do número e do volume de negócios feitoscom a ação em relação ao número de negócios totais fei-tos na Bolsa.

Informações das companhias abertas: Para terem suas açõesnegociadas em Bolsa, as companhias devem divulgar umconjunto de informações periódicas e eventuais, entre elas:a) Relatório da Administração, Demonstrações Financei-ras Anuais e parecer de Auditoria independente; b) DFP:Demonstrações Financeiras Padronizadas; c) ITR: Informa-ções trimestrais; d) IAN: Informações Anuais; e) Atas dasAssembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias; f) Divul-gação de Fatos Relevantes.

Insider: [insaider] aquele que tem conhecimento dos aconteci-mentos de uma empresa, que nunca virão a público ou sóvirão mais tarde. O que "está por dentro".

Investidor: 1. Pessoa que faz aplicações no mercado financeiro.2. Pessoa física ou jurídica que aplica suas economias oudisponibilidades na aquisição de ações ou títulos no mer-cado financeiro, num horizonte a longo prazo, objetivandoauferir renda principalmente derivada dos benefícios de taistítulos: dividendos, bonificações.

investidor técnico: investidor que segue um determinado méto-do - qualquer que ele seja - para fazer suas ordens decompra e venda. Segue, obrigatoriamente uma ou mais téc-nicas das Escolas Grafista ou Fundamentalista.

I-Senn: Índice do Sistema Eletrônico de Negociação Nacional.que se assemelha ao Ibovespa. É calculado a partir das 50ações mais negociadas no pregão eletrônico nacional, pon-deradas de acordo com o volume de negócios que repre-sentam.

ISIN: Codificação de título brasileiro obedecendo ao padrão ISSO6166. Por exemplo, o ISIN do Banco do Brasil é:BRBBASA.

ITR: Informações trimestrais: documento legal por meio do qual acompanhia aberta divulga ao mercado dados contábeisacompanhados de explicações sintéticas.

GLOSSÁRIO

Page 213: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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JJoint-venture: [djóint ventxâr] empreendimento formado por duas

ou mais empresas existentes, com finalidade e duraçãolimitadas.

Juros do capital: 1. Prêmio de reembolso, pago ou creditado aoacionista. 2. Espécie de dividendo assegurado pelo esta-tuto societário.

KKanitz : Stephen Charles Kanitz (1946- ) é consultor de empre-

sas, criador e responsável pela publicação Melhores eMaiores da revista Exame, professor titular da Faculdadede Economia, Administração e Contabilidade, da Universi-dade de São Paulo. Fez Mestrado na Harvard BusinessSchool. É autor dos livros Como Prever Falências, e OBrasil que dá certo, e co-autor de Contabilidade Introdutória.Foi assessor para Assuntos de Dívida Externa do Ministé-rio de Planejamento em 1986. Em 1985 recebeu o prêmioAnalista Financeiro do Ano —Abamec e, em 1992, o prê-mio Profissional do Ano — Anefac. Sua importância paraeste trabalho explica-se pela construção do "termômetro"ou índice de insolvência das empresas, que foi objeto dasua tese de livre docência, em 1976. Ver também Termô-metro de insolvência.

LLance: preço oferecido pelos representantes das Sociedades

Corretoras em público Pregão, para a compra ou venda deum lote de ações.

Limite de Crédito: Valor calculado segundo fórmula de Morante,e que representa o máximo que se poderia emprestar auma empresa, com base nos seus dados extraídos dasdemonstrações contábeis.

Linha característica: (capital line) de uma carteira ou de ummercado — conjunto das carteiras eficientes, isto é, queoferecem o maior retorno para um dado risco.

Linha de resistência: limite de preço máximo que uma açãonão deve ultrapassar. Rompendo esse limite podemos di-

GLOSSÁRIO

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zer que a ação está definindo uma tendência de alta.Linha de suporte: limite de preço mínimo que, teoricamente uma

ação alcançará, segundo a teoria de Dow. Acredita-se quea ação não caia abaixo desse limite a não ser que estejaestabelecendo uma tendência de queda.

Liquidez: Maior ou menor facilidade de conversão de um título emdinheiro.

Liquidez geral: Indicador que mede quanto a empresa possuide recursos não imobilizados em ativos fixos em relaçãoao seu exigível. É aferida por: L= (Ac+RLP+Dd)/(ET+ Dd)onde: Ac é o ativo circulante; RLP é o realizável a longoprazo; Dd é o valor das duplicadas descontadas; ET é oexigível total.

LL/PL: Lucro Líquido sobre o Patrimônio Líquido. Ver Lucratividade.Lote: quantidade de títulos com características idênticas.Lote padrão: lote de títulos de características idênticas e em

quantidade prefixada pelas Bolsas de valores.Lote fracionário: quantidade de ações inferior ao lote padrãoLote redondo: lote totalizando um número inteiro de lotes pa-

drão.Lucratividade: 1. Diferença, geralmente expressa de forma

percentual, entre compra e venda de título ou semelhante.2. Variação, geralmente expressa de forma percentual, novalor de um ativo, num dado período de tempo. 3. Mede oretorno do investimento aos acionistas. É calculada por:Rp= LL / PL onde: LL é o lucro líquido, ou seja, o resultadodo exercício depois de descontada a provisão para o im-posto de renda; PL é o patrimônio líquido, que é a soma docapital, das reservas e dos resultados futuros, menos asoma do capital a integralizar e dos prejuízos acumulados.É um indicador da riqueza da empresa.

MMegabolsa: 1. Sistema eletrônico de negociação de ações da

Bovespa, que absorveu, em julho de 1997 o CATS, e quepermite realizar transferência de dados, fazer consultas,atualizar estatísticas, imprimir janelas do sistema, utilizarinformações na forma gráfica entre outras funções.

Mercado: Mercado financeiro (ver) cuja dinâmica é expressa e

GLOSSÁRIO

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representada por uma carteira teórica composta de n títu-los, cada um com um dado peso na composição da cartei-ra. A composição da Carteira Teórica Ibovespa é um exem-plo. O índice Ibovespa, no caso espelha a dinâmica domercado de ações negociadas na Bolsa de valores de SãoPaulo.

Mercado aberto. 1. Local onde se efetuam as compras e ven-das de títulos por parte do governo ou das instituições fi-nanceiras oficiais. [Tb. se usa o equiv. inglês, open market.]

Mercado a termo. 1. Negociação de mercadorias ou de valorespara entrega e pagamento em data futura, preestabelecida,mas ao preço do dia da transação. 2. Operações de com-pra e venda, em que a liquidação se faz ao fim de um deter-minado prazo, ou antecipadamente, por solicitação doliquidante.

Mercado à vista: mercado no qual a liquidação (pagamento) éfeito logo após a realização do negócio em pregão. Nomercado à vista na verdade a liquidação é sempre feita noterceiro dia.

Mercado futuro: operações de compra e venda de contratos paraliquidação em data futura.

Mercado secundário -1. Mercado de revenda de títulos. 2. Mer-cado no qual os investidores negociam a compra ou a ven-da de ações com outros investidores: neste caso um in-vestidor vende para outro investidor. Ver: Mercado primário.

Mercado de balcão. 1. O que vende maciça eindiscriminadamente títulos de novas empresas, ainda nãoregistradas na Bolsa de Valores.

Mercado de capitais. 1.Conjunto das operações financeiras çomqualquer horizonte temporal, normalmente efetuadas dire-tamente entre poupadores e Empresas, ou através de in-termediários financeiros não bancários, geralmente desti-nadas ao financiamento de investimentos fixos. 2. O queopera com capitais para financiamentos.

Mercado financeiro. 1. O que, operando com capitais para fi-nanciamento, se restringe à negociação de títulos e valo-res representados por operações monetárias.

Morante: Antonio Salvador Morante (1945 - ) é Contabilista,Economista e Administrador de empresas, consultor e pro-

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fessor universitário. Sua dissertação de mestrado apre-senta um indicador fácil de calcular que estipula o créditomáximo que se pode conceder a uma empresa.

Mercado primário: local onde as empresas colocam seus títu-los para serem adquiridos pelos investidores: neste caso aempresa é a vendedora e o investidor é o comprador. .

Mercado secundário: local onde os investidores adquirem, tro-cam ou vendem títulos originários do mercado primário. Omercado secundário, por excelência, é o mercado deações.

NNasdaq: (National Association of Securities Dealers Automated

Quotations) Primeira bolsa eletrônica do mundo. Desdejaneiro de 1992 a bolsa tornou-se pioneira dos EstadosUnidos no exterior, abrindo uma extensão em Londres, quepermite a negociação de suas ações durante o horário eu-ropeu.

Negociação comum: operação realizada em pregão, entre doisrepresentantes de diferentes sociedades corretoras, a umpreço ajustado entre ambos.

Negociação direta: operação realizada sob normas especiaispor um mesmo representante de sociedade corretora paracomitentes diversos. Os interessados nessa operação de-vem preencher o cartão de negociação ou digitar um co-mando específico -no caso de negociação eletrônica - indi-cando que estão atuando como comprador e vendedor aomesmo tempo.

Nikkey: Índice da Bolsa de Tóquio, criado em 1949 com o nomeNikkey Dow Jones Average. Em 1975 o jornal Nihon Keizaiadquiriu os direitos para cálculo e divulgação e, em 1985,rebatizou-o de Nikkei Stock Average. Assemelha-se ao DowJones.

Nota de corretagem: documento que a sociedade corretora apre-senta ao seu cliente, registrando a operação realizada, comindicação da espécie, quantidade de títulos, preço, datado pregão, valor da negociação, da corretagem cobrada edos emolumentos devidos.

GLOSSÁRIO

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NYSE: (New York Stock Exchnge) Bolsa de Valores de NovaYork. É a mais antiga e a maior bolsa de valores dos Esta-dos Unidos e localiza-se em Wall Street, em New York.

OOC: Último e maior preço estabelecido por investidores que dese-

jam comprar determinada ação, no pregão de uma Bolsade Valores.

OCP: Outras Contas a Pagar.Oferta de compra : Ver OC.Oferta de Venda: Ver OV.

operador Cats: representante de uma sociedade corretora queexecuta ordens de compra e venda de ações ou de op-ções, através do sistema CATS Bovespa.

operador de pregão: representante de uma sociedade corretora,que executa através de ordens de compra e de venda deações no pregão de uma Bolsa de valores.

ordem: instrução dada por um cliente a uma sociedade corretora,para a execução de compra ou venda de valores mobiliári-os.

ordem a mercado: ordem em que o investidor só especifica aquantidade e as características do título. Deve ser efetua-da desdo o momento de seu recebimento no pregão. Porexemplo, o investidor diz para o seu corretor: "Compra 10000Telepar PN".

ordem limitada: ordem na qual o investidor estabelece um pre-ço. A ordem deve ser executada por um preço igual oumelhor do que o especificado pelo investidor.

OV: Oferta de venda — Último e menor preço estabelecido porinvestidores titulares de uma ação, para a vender no pre-gão de uma Bolsa de Valores.

PPerformance: Desempenho, quanto a lucratividade ou outra vari-

ável, de um portfólio num determinado período.Permissionária: sociedade corretora especialmente admitida no

pregão de uma Bolsa de Valores, da qual não possui umtítulo patrimonial.

GLOSSÁRIO

Page 218: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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Permissionária CATS: sociedade corretora que pode apenas exe-cutar ordens no sistema CATS.

PL: Patrimônio Líquido — conta do Ativo e que é calculado comosendo a diferença entre direitos e obrigações da empresa,num dado momento.

Potencial de lucratividade: Grau de certeza, derivado do LCM—Limite de Crédito de Morante, que o investidor tem de ovalor invertido num investimento ser lucrativo.

Potencial de segurança: Grau de certeza, derivado do TIK—Termômetro de insolvência de Kanitz, que o investidor temde não perder o valor invertido num investimento em decor-rência da falência da empresa.

Preço do mercado de uma ação é o preço médio da açãonegociada na data em que estamos procedendo àanálise - representa o preço mais provável que deveremospagar por tal ação se decidirmos adquiri-la.

Preço de abertura: Cotação da ação na primeira transação rea-lizada em determinado pregão.

Preço de fechamento: Cotação da ação na última transaçãorealizada em determinado pregão.

Preço máximo: Maior cotação da ação nas transações realiza-das em determinado pregão.

Preço médio: Cotação ponderada da ação considerando todasas transações realizadas em determinado pregão.

Preço mínimo: Menor cotação da ação nas transações realiza-das em determinado pregão.

Pregão: 1. Recinto de negociações nas Bolsas de Valores. 2.Negociações de compra e venda realizadas num determi-nado dia em local mantido por Bolsa de Valores.

Prospecto: folheto contendo informações sobre a oferta ou lan-çamento de títulos de uma empresa. O prospecto deve con-ter informações completas sobre a situação e as perspec-tivas da empresa, bem como sobra a natureza dos títulosque estão sendo oferecidos.

QQ de Yule: 1. Método estatístico, proposto por G. Udny Yule

utilizado para descrever o grau de relação entre duas variá-veis. 2. Grau Q (em honra do estatístico Quételet) que va-

GLOSSÁRIO

Page 219: A Arte de Operar na Bolsa - Pregão e Internet

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ria de -1 a +1 e que exprime a relação entre duas variaáveis.

RRazão Crítica: (RC) quociente entre a média µ e o Desvio Pa-

drão da Média s x|.Recibo de subscrição: documento que comprova o exercício de

direito de subscrição.Recompra de ações: ato pelo qual a própria empresa compra

as suas ações para as manter em tesouraria.Registro em bolsa: condição necessária para que uma empresa

de capital aberto seja negociada em determinada Bolsa deValores. Para tal ela deve atender a uma série de exigênci-as da própria Bolsa onde pretende ter suas ações negoci-adas.

Rentabilidade: ver Lucratividade.Rentabilidade do patrimônio: ver Lucratividade.Retorno excessivo: Rentabilidade de um título acima de um outro

tomado como paradigma e considerado de risco nulo.Risco: 1. Probabilidade de obtenção de retornos abaixo daqueles

esperados. 2. Desvio padrão dos retornos ou um conceitoderivado, como a variância dos retornos.

Risco diversificável: 1. Probabilidade da lucratividade do títulodivergir da sua reta característica. 2. Risco que se anulacom o risco diversificável dos outros títulos que constituemo portfólio, ou ao longo do tempo. 3. Risco que "a rigor"não existe.

Risco não-diversificável: 1. Risco oferecido pelo mercado ondeo título se insere, como um todo. 2. Risco que afeta igual-mente todos os títulos de um dado mercado. 3. Compo-nente não diversificável do risco. 4 b do título.

Risco sistemático: O mesmo que risco não-diversificável ou co-eficiente beta.

SSAFEX: (The South African Futures Exchange): Bolsa de Futu-

ros da África do Sul.SAL: Salários, Contribuições e Tributos — conta do passivo

circulante que incorpora o total de salários, contribuições

GLOSSÁRIO

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e tributos decorrentes do uso de recursos humanos, a pa-gar.

Segurança: Ver Risco.Sell side: analista que indica para os investidores, quais os me-

lhores papéis.SENN: (Sistema Eletrônico de Negociação Nacional): sistema

eletrônico que integra oito Bolsas de Valores brasileiras. Éum pregão virtual. As operações de compra e venda sãofeitas através de terminais de computadores. O indicador éo I-Senn. Foi constituído em 1991 e é administrado pelaComissão nacional de Bolsas de valores. Integram o SENNas Bolsas de Valores: 1. do Rio de Janeiro, 2. Minas-EspíritoSanto-Brasília, 3.Bahia-Sergipe-Ala-goas, 4. doExtremoSul, 5. Paraná, 6.Pernambuco, 7.Paraíba, 8.Re-gional (Ceará) 9. e a de Santos

SMI: Stress Market Index — oscilador baseado na relação entreos preços de oferta e os preços reais de determinada ação,praticados no pregão, que propõe ao investidor, informar omomento de compra ou venda da ação.

Sociedade Anônima: Empresa cujo capital social é representa-do por ações, que podem ser de dois tipos: ordinárias oupreferenciais. No mínimo deve haver 1/3 de ações ordinári-as e 2/3 de ações preferenciais.

Sociedade civil: empresa sem objetivos comerciais; pode se-guir o modelo de qualquer sociedade, exceto o da Socie-dade Anônima (SA).

Sociedade corretora: instituição auxiliar do Sistema Financeiroque opera no mercado de capitais com títulos e valoresmobiliários, em especial no mercado de ações. É o inter-mediário entre os investidores e as Bolsas de valores. Ad-ministram carteiras de ações, fundos mútuos, fundos fis-cais de investimento e clubes de investimentos, entre ou-tras atribuições.

Sociedade distribuidora: Instituição auxiliar do Sistema Finan-ceiro que participa do sistema de intermediação de açõese outros títulos no mercado primário, colocando-as à ven-da junto ao público.

Sociedade limitada: sociedade em que o capital geralmente édividido em cotas, e na qual os sócios respondem integral-

GLOSSÁRIO

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mente pelas obrigações da empresa até ao valor total docapital.

Sociedade membro: sociedade corretora filiada a uma Bolsade Valores e que se subordina às exigências da Bolsa.

Split: desdobramento de ações. Cada ação divide-se em um cer-to número de ações. Com isto eleva-se o número de açõesrepresentativas do capital social de uma empresa. O capi-tal social permanece o mesmo, mas o número de açõesque representam essa capital aumenta.

Subscrição: Chamada de capital feita por uma empresa, via lan-çamento de novas ações, para serem subscritas pelos aci-onistas, com vistas a obter capital para fazer frente a seusinvestimentos.

Swap: operações pelas quais as instituições financeiras e asempresas fazem hedge. Freqüentemente os swaps ser-vem para "casar" ativos e passivos, isto é, para fazer comque ambos fiquem atrelados às mesmas taxas de juro ouaos mesmos indexadores. Os contratos de swap foramlançados em 1993 pela BM&F.

TTelepregão: sistema em que se fecham negócios na Bolsa atra-

vés de terminais de computação. Ver CATS, SENN eNasdaq.

Termômetro de Insolvência de Kanitz: (TIK) Índice calculadopor uma fórmula específica proposta por Stephen Kanitz,com dados extraídos das demonstrações financeiras deuma empresa, que varia de -7 a +7 e que indica o grau deinsolvência da empresa. A empresa é considerada insol-vente se obtiver valor entre -3 e -7; indefinida se obtivervalor entre 0 e -3; e solvente se obtiver valor entre 0 e +7.

Título de renda fixa: Título para o qual se conhece, a priori, alucratividade que vai proporcionar.

Título de renda variável: título em que a lucratividade só é co-nhecida após o encerramento da operação.

Títulos de dívida pública: obrigações federais, estaduais oumunicipais. Tais títulos de crédito são emitidos e garanti-dos pela União, por um Estado ou por um Município. Nor-malmente, trazem indicados o prazo do resgate e a taxa

GLOSSÁRIO

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de juros.Título hipotético: Título sem qualquer risco, que proporciona uma

lucratividade real específica.

UUnderwriters: instituições financeiras altamente especializadas

em operações de lançamento de ações no mercado primá-rio. No Brasil, tais instituições são, em geral: bancos deinvestimento, sociedades distribuidoras e as sociedadescorretoras, que mantêm equipes formadas por analistas etécnicos capazes de orientar os empresários, indicando-lhes as condições e a melhor oportunidade para que aEmpresa abra seu capital ao público investidor, através deoperações de lançamento.

Underwriting: operação realizada por uma instituição financeiramediante a qual, sozinha ou organizada em consórcio, subs-creve títulos de emissão por parte de uma empresa, paraposterior revenda ao mercado. A Instituição financeira subs-creve somente as sobras da emissão, nos casos em que alei assegura aos acionistas o direito de preferência à subs-crição das novas ações a serem emitidas.

Underwriting firme: o intermediário subscreve integralmente aemissão para revendê-la posteriormente ao público. AEmpresa emissora das ações não tem risco algum, poistem a certeza da entrada de recursos, já que o intermediá-rio subscreve por si só toda a emissão.

Underwriting tipo best-eforts: a instituição financeira apenasse compromete a realizar "os melhores esforços", no sen-tido de colocação junto ao Mercado, das sobras de subs-crição. Não há nenhum comprometimento por parte do in-termediário para a colocação efetiva de todas as ações dolançamento. Por outro lado, a empresa não tem a certezade conseguir aumentar seu capital na proporção desejada.

Underwriting tipo stand-by: reúne as características do "best-eforts"e do "under-writing firme". Neste caso, o intermediá-rio se compromete a colocar as sobras junto ao públicoem determinado espaço de tempo, após o qual ele própriosubscreve o total de ações não colocadas.

GLOSSÁRIO

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VValor mobiliário: título especial, referente a uma empresa de

capital aberto, do tipo: ação, bônus de subscrição, debên-ture, parte beneficiária e nota promissória para distribuiçãopública.

Valor nominal: valor de uma ação, no momento da sua emis-são.

Valor patrimonial de uma ação: é o quociente entre o patrimôniolíquido da empresa e o número de ações da empresa. Atu-almente este valor tem pouco sentido no entender dos ana-listas estratégicos, porquanto o valor real de uma empresaultrapassa o valor contábil. O valor intangível - dado pelasvantagens competitivas - não é adequadamente expressono balanço. desta forma o Valor patrimonial de uma açãopouco expressa. Cabe lembrar, a propósito, que o patrimôniocontábil da Microsoft é de 30 bilhões de dólares e o seupatrimônio, envolvendo as vantagens competitivas, entreas quais está a marca, é de 110 bilhões de dólares.

Valor de mercado: multiplicação do número total de ações pelacotação média da ação do tipo mais negociado.

Value Line Index: Índice que envolve 1700 ações (das Bolsas:NYSE, AMEX e Nasdaq) representando 95% do valor demercado total das empresas norte americanas. É umamédia geométrica das variações de preços das ações com-ponentes da carteira.

Variabilidade: dispersão de uma variável, quantificada pelo des-vio padrão dessa variável.

Viva-voz: pregão tradicional, nos quais se realizam negócios coma participação do operador no recinto da Bolsa. Está per-dendo sua importância em relação aos outros tipos de pre-gão.

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���BIBLIOGRAFIA

A bibliografia sobre técnicas para selecionar e acompanhartítulos nas Bolsas de Valores não é muito grande.

Há porém algumas obras que nos podem ajudar o leitorque está procurando uma abordagem inicial ao tema:

OBRAS RECOMENDADAS

BAZIN, Décio. Faça fortuna com ações - antes que seja tarde.São Paulo: JMJ, 1992. É um livro escrito por um jornalistaque mostra como é a especulação no mercado acionário.Chama atenção para as épocas de crise. O autor é umapaixonado defensor da técnica cash-yield. No apêndicedá uma introdução excelente ao Mercado de Opções.

BRITO, Ney Roberto O. O Mercado de Capitais e a estruturaEmpresarial Brasileira. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,1981. O capítulo 5 traz uma introdução à constituição decarteiras ótimas e o capítulo 6 fala sobre risco, retorno eBetas ou seja, a técnica Capital Asset Pricing Model.

CASTRO, Helio Portocarrero. Introdução ao Mercado de Capi-tais. Rio de Janeiro: IBMEC, 1979. Aborda a técnica grafistaPonto-Figura.

CONTADOR, Cláudio. Os investidores institucionais no Brasil.Rio de Janeiro: IBMEC. 1975. No capítulo III aborda osfatores que determinam a performance de uma carteira emrelação à média do mercado.

DESCHATRE, Gil Ari. Ganhe nas bolsas com o seu micro. Rio deJaneiro, Ciência Moderna, 1994. Contém as principais téc-nicas de acompanhamento de ações.

SÁ, Geraldo Tosta. Investimentos no Mercado de capitais. Riode Janeiro: Livro Técnico, 1979. Seguramente um dos me-lhores livros sobre o assunto. Aborda de forma completa atécnica grafista incluindo Ponto-Figura.

SANTANA, Genilson Fernandes. O poder de previsão da análisetécnica. São Paulo: FGV. 1997 (Tese de Mestrado emEconomia de Empresas)

"SMITH, Adam" (psedônimo) O jogo do dinheiro. Rio de Janeiro;Expressão e Cultura, 1969. O autor discorre sobre o mer-

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��� GLOSSÁRIO

cado acionário nos Estados Unidos e questiona as teoriasdos grafistas. Reduz sua crítica a uma frase: "Em suma, omercado não subirá, a menos que desça e permaneceráestacionário, a menos que suba ou desça".

________________, Super Moeda, Rio de Janeiro: Expressão eCultura, 1974. É um best-seller sobre o mercado de capi-tais norte americano. Faz uma crítica à técnica CapitalAsset Pricing Model.

TREUHERZ, Rolf Mário. Como investir em ações no Brasil -estra-tégia de mercado e tática operacional. São Paulo: EdgardBlücher, 1972. Ocupa-se fundamentalmente da AnáliseTécnica por meio de gráficos de barras: tendências, forma-ções peculiares, níveis de suporte e resistência. No capí-tulo 7 fala de alguns Indicadores de Mercado formuladospor Joseph Granville.

YO, Goan T. Operações a termo de mercadorias "commodities".São Paulo, Brasimex, 1984. Uma abordagem às opera-ções nas bolsas de mercadorias. Traz alguns "métodospara especular": a média móvel, a regra "donchian" de 4semanas; os ciclos da lua, a teoria da opinião contrá-ria.

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OUTRAS OBRAS

ALVES, Herculano Anibal. Avaliação de performance de FundosMútuos de Ações. São Paulo: FGV. 1989 (Tese deMestrado em Administração)

AMORIM, Paulo Henrique. De olho no dinheiro. Rio de janeiro:Globo, 1988.

APPEL, Gerald. Winning market systems. New York: CapitalReporter:1973.

APPEL,Gerald e ZWEIG, Martin. New directions in technicalanalysis. NY: Signalert; 1976.

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de Luis Nassif. Boletin de 8 páginas trazendo indicado-res diversos.

EXAME —publicação quinzenal da Editora Abril: www.exame.com.br.

GAZETA MERCANTIL - diário indispensável. Nos cadernos Fi-nanças & Mercados e Empresas & Negócios entre outrascoisas traz o Boletim da Bolsa de Valores de São Paulo ede outras Bolsas. www.gazetamercantil.com.br

INDIVIDUAL INVESTOR: — publicação mensal da IndividualInvestor Group (Nova York): www.iionline.com

INFORME FINANCEIRO: — publicação semanal da Adinvest:Consultoria e Administração de Investimentos.

ISTO É DINHEIRO — publicação semanal da Editora Três.INVESTIDOR INDIVIDUAL — publicação mensal da Ponto de

Vista Editorial: www.investidor-online.com.brINVESTIDOR INSTITUCIONAL — publicação mensal da Ponto

de Vista Editorial: www.investidor-online.com.brINVESTIDOR PROFISSIONAL -publicação semanal da Investi-

dor Profissional Editora Ltda. Semanalmente publica grá-fico das ações negociadas nas Bolsas. Indicadores: Co-tação/Valor Patrimonial; Cash Yield. Periodicamente trazartigos sobre técnicas de aná l ise.www.investidorprofissional.com.br

INVESTIMENTOS — Publicação semanal da Blue Chip. Gráfi-cos dos precós semanais e diários. [email protected]

INVESTORS CHRONICLE — Publicação semanal da FinancialTimes Business (Londres): www.investorschronicle.co.ku

MERCADO DE CAPITAIS — Revista bimestral da ABAMEC:Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capi-tais. E-mail: [email protected].

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Muitas home pages de instituições financeiras ofereceminformações importantes para investidores. Eis alguns doswebsites que você pode pesquisar:

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www.bovespa.com.br — site da Bolsa de São Paulo: listagem dascompanhias abertas; cotações, informações. Links com as soci-edades corretoras Home Brokers e com todas as Bolsas do mun-do.

www.cvm.gov.br — site da CVM : Comissão de Valores Mobiliári-os. Balanços e balancetes das companhias abertas; publicações,atos normativos, leis e medidas provisórias.

www.exame.com.br — site da revista Exame.

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www.ibge.com.br — site do IBGE.

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mentos Investidor Profissional.

www.smartmoney.com — site da revista americana Smart Money.

www.somacesso.com.br —Normas, boletins e listagem das empre-sas que participam do mercado de balcão. Informações comple-tas sobre formadores de mercado (market makers).

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