a arrábida no bronze final - a paisagem e o homem | presentation

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A ARRÁBIDA NO BRONZE FINAL A PAISAGEM E O HOMEM Ricardo Soares Orientação: Professor Doutor João Carlos de Senna-Martinez Faculdade de Letras Universidade de Lisboa 2012-2013

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A ARRÁBIDA NO BRONZE FINAL A PAISAGEM E O HOMEM

Ricardo Soares

Orientação:

Professor Doutor João Carlos de Senna-Martinez

Faculdade de Letras Universidade de Lisboa

2012-2013

o Tempo e o Espaço

Análise de questões relacionadas com as estratégias de povoamento (e de culto) das comunidades que habitaram o território da Serra da Arrábida no decorrer do Bronze Final (em lato sensu).

Investigação focada nas áreas da Serra da Arrábida e da Serra do Risco, estendendo-se até às serras dos Pinheirinhos e da Azóia, no Cabo Espichel, e “Pré-Arrábida” de São Luís, dominante sobre a foz do Sado.

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•  Território “entre águas” definido e circunscrito pelo Tejo, pelo Sado e pelo Oceano.

•  Território de charneira geográfica e cultural entre o litoral e o interior, entre o Atlântico e o Mediterrâneo.

•  Território de confluência de propícias linhas naturais de transitabilidade: terrestres, fluviais e marítimas.

•  Limite sul da grande “placa giratória” estremenha.

3  

4  

Cartografia militar folhas 453, 454, 464, 465 (1:25000)

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1ª  Carta  Arqueológica  de  Sesimbra  

Eduardo  da    Cunha  Serrão  

(1973)  

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Panorama actual Bronze Final/Idade do Ferro (2012)

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Indícios conhecidos (1897-2007)

•  Dois machados de alvado referenciados em Alfarim (Sesimbra).

•  Bronzes de Pedreiras (Sesimbra): um machado de alvado e uma foice de talão.

•  Povoado do Castelo dos Mouros (Serra da Arrábida/Setúbal).

•  Monumento e espólio funerário da Roça do Casal do Meio (Calhariz/Sesimbra).

•  Espólio da Lapa do Fumo (Serra dos Pinheirinhos/Sesimbra).

•  Espólio da Lapa da Furada (Serra da Azóia/Sesimbra). •  Povoamento de Caetobriga (actual Setúbal).

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 Novos dados (2007-2012)

•  Carta Arqueológica de Sesimbra (2007-2009)

•  Carta Arqueológica da Arrábida – Setúbal (2010-2013)

•  Escavação da Lapa da Cova (2010-2011)

•  Prospecções espeleológicas – CEAE-LPN (2008-2012)

•  Investigação pessoal do autor (2007-2012)

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 Sítios de habitat  

•  Povoado de altura do Castelo dos Mouros - o povoado central?

•  Povoamento aberto das Terras do Risco - um complexo de casais agrícolas? a base agro-pastoril?

•  Povoado de altura da Serra da Cela (Portinho) - a base portuária?

•  Povoado de cumeada de Valongo - o principal “vértice de atalaia”?

•  Sítio da Quinta do Picheleiro - um “casal agrícola”?

•  Sítio do Bico dos Agulhões - uma “atalaia” de costa?

•  Caetobriga (Setúbal) - povoamento ribeirinho da foz do Sado.

10  

 as Necrópoles e os

“Santuários Naturais”  •  Monumento funerário da Roça do Casal do Meio

um tholos calcolítico reaproveitado no Bronze Final. •  Lapa do Fumo

uma “gruta-santuário”? •  Lapa da Furada

outra “gruta-santuário”? •  Gruta do Médico

“gruta-santuário/necrópole”? •  Fenda

“santuário natural”? •  Lapa da Cova

“gruta-santuário” (Bronze Final/Idade do Ferro).

11  

Gruta do Médico (“gruta-santuário/necrópole”?)

12  

a Rede de Povoamento leituras e narrativas

Um complexo populacional, durante os finais da Idade do Bronze e num território específico e individualizado, com algum grau de diferenciação e de ordenamento político-administrativo, sugerindo uma forte articulação com as vias de comunicação, muito em especial as fluviais e marítimas.

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(re)Monumento funerário da Roça do Casal do Meio

14  

Povoado dos Ouriços (Neolítico Final/Calcolítico)  

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Povoamento do Risco (Bronze Final)

Mundo quotidiano os povoados

17  

Universo do sagrado as necrópoles e os “santuários naturais”

18  

Povoamento aberto das Terras do Risco (base agro-pastoril?)

19  

Povoado de altura do Castelo dos Mouros (povoado central?)

20  

Povoado de altura da Serra da Cela (base portuária?)

21  

Povoado de cumeada de Valongo (o “vértice de atalaia”?)

22  

Quinta do Picheleiro (“casal agrícola”?)

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“Castelo Geológico” da Arrábida defensabilidade e intervisibilidade  

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Panorâmica sobre o principal núcleo de povoamento

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Recursos, vias e circulação

•  Boa disponibilidade de recursos hídricos, marinhos e cinegéticos.

•  Elevada capacidade dos solos de fundo de vale, mas com áreas insuficientes para gerar excedentes cerealíferos.

•  Total ausência de recursos mineiros.

•  O sal como o único bem susceptível de produção excedentária na área de influência do “castelo geológico” da Arrábida – um “ex-líbris” regional, uma potencial “moeda de troca”.

•  Proximidade e ascendência sobre a área de produção agro-pecuária e salineira do estuário do Sado.

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a “Rota do Sal” e o “Síndrome do Marinheiro”  

27  

«a Arrábida é a maior quebra de direcção do litoral ocidental português»

Orlando Ribeiro

28  

“Porto(inho)” da Arrábida

•  O “caminho do peixe”

•  A “porta” do Sado •  Uma “janela” sobre o Atlântico

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a terminar

 A Arrábida como um território culturalmente diferenciado, livre e emancipado,

um ponto de aportagem de novos estímulos materiais, tecnológicos, sociais e culturais,

integrados e retransmitidos ao hinterland pelas vias de penetração...

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O  vermelho  refere-­‐se  aos  sí+os  do  Bronze  Final,  o  verde  refere-­‐se  aos  sí+os  da  1.ª  Idade  do  Ferro:  1  -­‐  povoamento  do  Risco  (base  agro-­‐pastoril);  2  -­‐  povoado  do  Castelo  dos  Mouros  (povoado  central);  3  -­‐  povoado  da  Serra  da  Cela/Por+nho  da  Arrábida  (povoado  portuário);  4  -­‐  povoado  de  Valongo  (I);  5  -­‐  atalaia  de  Valongo  (II);  6  -­‐  casal  agrícola  da  Quinta  do  Picheleiro;  7  -­‐  Bico  dos  Agulhões  (atalaia  de  costa?);  8  -­‐  núcleo  artefactual  de  Pedreiras  (integrável  nas  Terras  do  Risco);  9  -­‐  monumento  funerário  da  Roça  do  Casal  do  Meio;  10  -­‐  Lapa  do  Fumo  (gruta-­‐santuário?);  11  -­‐  Lapa  da   Furada   (gruta-­‐santuário?);  12   -­‐  Gruta  do  Médico   (gruta-­‐santuário?/gruta-­‐necrópole);  13   -­‐   Lapa  da   Cova   (gruta-­‐santuário   -­‐   Idade  do  Ferro);  14  -­‐  Fenda  (santuário  natural?);  15  -­‐  povoado  da  Casa  Nova  (1.ª  Idade  do  Ferro);  16  -­‐  povoado  da  Meia  Velha  (1.ª  Idade  do  Ferro);  17  -­‐  Necrópole  do  Casalão  (Bronze  Final?/1.ª  Idade  do  Ferro);  18  -­‐  Bronzes  de  Alfarim?