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2018 Semana 1918____2 2 jun

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Bixo SP

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Bio.

Professor: Brenda Braga

Monitor: Carolina Matucci

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Fotossíntese, ecologia e fisiologia

vegetal

21

jun

RESUMO

Fotossíntese

A fotossíntese consiste na transformação da energia luminosa em energia química. É feita por seres autótrofos

(produzem o próprio alimento).

Estômato 2 da atmosfera (realiza as trocas gasosas).

Parte do oxigênio que a planta libera na atmosfera é utilizado por ela mesma para realizar a respiração celular.

6CO2 + 6H2O +LUZ SOLAR = C6H12O6 + 6 O2

É dividida em fases:

FOTOQUÍMICA OU FASE CLARA:

• Ocorre nos tilacóides

• Responsável por transformar a luz solar em energia química

• 1) Fotólise da água

- quebra da molécula de água, utilizando energia luminosa

- libera o O2 que respiramos

• 2) Fotofosforização

- forma ATP e NADPH

-pode ser cíclica ou acíclica (no retorno dos elétrons para a mesma clorofila)

FASE ESCURA OU FASE QUÍMICA

• Ocorre no estroma, dentro do cloroplasto

• Depende indiretamente da luz solar

• Utiliza ATP+NADPH+CO2 CICLO DE KEVIN, que transforma o CO2 em açúcar/carboidrato.

Fatores que influenciam a Fotissíntese:

Fatores internos

• Quantidade de pigmentos presentes na planta

• Quantidade de enzimas nas células vegetais

Fatores externos

• Temperatura

• Comprimento e cor de onda da luz solar

• Luminosidade

• Quantidade de CO2 disponível na atmosfera

PCL

O Ponto de Compensação Fótica/ Luminosa ou PCF/PCL compreende o ponto em que a taxa de fotossíntese

da planta é igual a taxa de respiração celular.

Para que a planta cresça, é necessário que a taxa de fotossíntese seja maior do que a taxa de respiração.

Caso essa taxa seja menor, a planta morre.

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Fisiologia Vegetal

TRANSPORTE VEGETAL

Os tecidos condutores dos vegetais constituem o sistema vascular das plantas, que transportam e

distribuem as substâncias.

XILEMA

• Também chamado de lenho

• Responsável pela condução de seiva BRUTA (água e sais minerais)

• Das raízes ao ápice da planta

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• Composto por células mortas com lignina

TIPOS DE VASOS LENHOSOS:

• Traqueídes (ou vasos fechados) sem lignina em algumas regiões

• Elementos de vasos (ou vasos abertos) parede celular ausente em algumas regiões, que permite a

passagem de água mais facilmente

FLOEMA

• Também chamado de líber

• Responsável pela condução de seiva ELABORADA (produzidas a partir da seiva bruta, usada na

fotossíntese)

• Das folhas à outras regiões das plantas

• Fibras de esclerênquima e células do parênquima auxiliam na sustentação e no armazenamento de

substâncias

TIPOS DE VASOS:

• Tubos crivados- células vivas, anucleadas e alongadas; possuem poros que e comunicam com as

células vizinhas

PARÊNQUIMAS

O parênquima é o tecido composto pelas células que desempenham a função específica no órgão

onde se encontram. Originados no meristema, são tecidos fundamentais ou de preenchimento,

encontrados na parte interna de vários órgãos, embora possam realizar diversas funções.

Presentes em praticamente em todos os órgãos da planta, são compostos por células vivas que

possuem apenas parede primária (parede celulósica fina). Entre as células dos parênquimas há espaços

cheios de ar que facilita a chegada do gás oxigênio até as células mais internas das plantas.

• Parênquimas de Preenchimento: preencher espaços entre os tecidos internos. As células desse

tecido são grandes, não especializadas e com paredes finas. Estão presentes em grande quantidade

no córtex e na medula de raízes e caules.

• Parênquimas de Assimilação: também chamados parênquimas clorofilianos ou clorênquima, as

células desse tecido são ricas em cloroplastos. A função deste tecido é atuar no processo de

fotossíntese das plantas.

• Parênquimas de Reserva: são responsáveis pelo armazenamento de substâncias fabricadas pela

célula (óleos, cristais de oxalato, amido, proteínas, entre outros).

• Parênquimas aeríferos ou aerênquimas: comum em vegetais aquáticos que flutuam, tem a função

de reservar ar nos espaços entre células.

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• Parênquima aquífero: presentes, principalmente, em plantas que vivem em regiões áridas, possuem

a função de armazenar água.

• Parênquima amilífero: tem a função de armazenar amido dentro dos leucoplastos. É comum em

tubérculos como, por exemplo, mandioca e batata.

Os fitormônios ou hormônios vegetais são compostos orgânicos produzidos nos tecidos vegetais. Presentes

em pequena quantidade, são responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento da planta.

AUXINAS:

• Formação de raízes

• Crescimento do caule e da raiz

-muita auxina: o caule se desenvolve muito e deixa a raiz pouco desenvolvida

-pouca auxina: raiz se desenvolve muito e o caule não

-crescimento devido prolongamento celular

• Dominância apical

-fabricadas pelo meristema apical do caule

-diminuem a atividade das gemas axilares

-quando a gema é extraída, nascem folhas, flores e ramos

• Tropismos

-controle dos movimentos relacionados aos movimentos de crescimento

-estímulos luminosos (fototropismo)

• Produção e desenvolvimento de frutos

-auxinas são produzidas nas sementes: formação dos frutos pelo ovário

• Queda das folhas velhas

-folhas velhas apresentam baixa concentração de auxina, que as fazem cair

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CITOCINAS:

• Fabricados nas raízes e transportados pelo corpo todo

• Diferenciação e divisão da célula vegetal

• Desenvolvimento da raíz

• Desenvolvimento das gemas laterais

• Atrasam o envelhecimento vegetal

GIBERELINAS:

• Fabricados no meristema, frutos e em folhas novas

• Estimulam o alongamento e divisão das células

• Ajudam na produção de flores, desenvolvimento das folhas e germinação das sementes ( estimulam a

degradação de substâncias nutritivas presentes no endosperma ou cotilédone)

ETILENO:

• Gás

• Fabricado em diversas partes da planta

• Por ser um gás, possui facilidade de distribuição pela planta

• Atua no amadurecimento de frutos

• Ajuda no processo de perda das folhas

• Atua em contrariedade à auxina : quando a quantidade de auxina diminui na planta, a de etileno

aumenta, e vice versa.

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ÁCIDO ABSCÍSICO

• Produzido nas folhas, extremidade da raiz e no caule

• Inibe o crescimento da planta

• Promove a dormência das gemas e das sementes (inibe a germinação das sementes)

• Promove o envelhecimento de estruturas (folhas, flores e frutos)

• Atua no fechamento dos estômatos (na falta de água)

• Maior produção quando há falta de água

EXERCÍCIOS

1. Uma gimnosperma conhecida como cedrinho (Cupressus lusitanica) é uma opção de cerca- -viva para

quem deseja delimitar o espaço de uma propriedade. Para isso, mudas dessa espécie são plantadas a

intervalos regulares. Podas periódicas garantem que o espaço entre as mudas seja preenchido,

resultando em uma cerca como a ilustrada na imagem.

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io.

Para se obter uma cerca-viva de altura controlada, que crie uma barreira física e visual, deve-se

a) estimular a produção de auxinas pelas gemas laterais das plantas, podando periodicamente a

gema apical.

b) estimular a produção de auxinas pela gema apical das plantas, podando periodicamente as gemas

laterais.

c) inibir a produção de auxinas pela gema apical e pelas gemas laterais das plantas, podando

periodicamente as gemas laterais e a gema apical.

d) inibir a produção de auxinas pela gema apical das plantas, podando periodicamente as gemas

laterais.

e) inibir a produção de auxinas pelas gemas laterais das plantas, podando periodicamente a gema

apical.

2. Seca faz cidades do interior de SP decretarem emergência.

A falta de água enfrentada pelo Sudeste do país tem feito cada vez mais cidades de São Paulo e de

Minas Gerais adotarem o racionamento, para reduzir o consumo de água, ou decretarem estado de

emergência. Além do desabastecimento, a seca tem prejudicado também setores como a agricultura,

a indústria, a saúde e o turismo dessas cidades. (Adaptado de http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2014/07/07/seca-faz-cidades-do-interior-

decretarem-emergencia.htm. Acessado em 16/07/2014.)

A situação de seca citada na reportagem é determinada por mudanças no ciclo hidrológico, em que

as plantas têm

atmosfera. Os vasos que conduzem a água das raízes até as folhas são os

a) floemáticos e a transpiração ocorre pelos estômatos.

b) floemáticos e a transpiração ocorre pelos tricomas.

c) xilemáticos e a transpiração ocorre pelos tricomas.

d) xilemáticos e a transpiração ocorre pelos estômatos.

3. Um estudante realizou um experimento utilizando duas câmaras fechadas, iluminadas e com condições

de luz e temperatura constantes. Detalhes do experimento podem ser observados no esquema.

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io.

O estudante realizou medidas da concentração de CO2 em cada câmara no início e no final do

experimento. Além disso, analisou ao microscópio o grau de abertura ou fechamento dos estômatos

nas folhas de cada uma das plantas. Depois de realizar estas observações, qual deve ter sido

o resultado encontrado pelo estudante com relação à concentração de CO2 nos dois ambientes e com

relação à abertura dos estômatos das duas plantas? Explique o resultado encontrado.

4. Considere o seguinte experimento:

Um experimento simples consiste em mergulhar a extremidade cortada de um ramo de planta de

flores com pétalas brancas em uma solução colorida. Após algum tempo, as pétalas dessas flores

ficarão coloridas. (Sergio Linhares e Fernando Gewandsznajder. Biologia hoje, 2011.)

Considere os mecanismos de condução de seiva bruta e seiva elaborada nos vegetais. Nesse

experimento, o processo que resultou na mudança da cor das pétalas é análogo à condução de

a) seiva elaborada, sendo que a evapotranspiração na parte aérea da planta criou uma pressão

hidrostática positiva no interior do floema, forçando a elevação da coluna de água com corante

até as pétalas das flores.

b) seiva bruta, sendo que, por transporte ativo, as células da extremidade inferior do xilema

absorveram pigmentos do corante, o que aumentou a pressão osmótica nas células dessa região,

forçando a passagem de água com corante pelo xilema até as células das pétalas das flores.

c) seiva elaborada, sendo que, por transporte ativo, as células adjacentes ao floema absorveram a

sacarose produzida nas pétalas da flor, o que aumentou a pressão osmótica nessas células,

permitindo que, por osmose, absorvessem água com corante do floema.

d) seiva bruta, sendo que a evapotranspiração na parte aérea da planta criou uma pressão hidrostática

negativa no interior do xilema, forçando a elevação da coluna de água com corante até as pétalas

das flores.

e) seiva elaborada, sendo que a solução colorida era hipotônica em relação à osmolaridade da seiva

elaborada e, por osmose, a água passou da solução para o interior do floema, forçando a elevação

da coluna de água com corante até as pétalas das flores.

5. Com relação à fotossíntese, assinale a afirmativa correta.

a) A produção de carboidrato ocorrerá independentemente da etapa fotoquímica da fotossíntese, se

os cloroplastos forem providos com um suprimento constante de ATP e água.

b) Ao se adicionar H2O18 a uma suspensão de cloroplastos capazes de fazer fotossíntese, a marcação

irá aparecer no oxigênio, quando a suspensão for exposta à luz.

c) Na fase de escuro, a energia solar captada pela clorofila é utilizada para sintetizar ATP, a partir de

ADP e Pi (fosfato inorgânico).

d) A membrana tilacoide é a sede das reações do escuro, enquanto no estroma ocorrem as reações

de luz da fotossíntese.

6. A fotossíntese é o inicio da maior parte das cadeias alimentares no planeta. Sem ela, os animais e muitos

outros seres heterotróficos seriam incapazes de sobreviver, porque a base da sua alimentação

encontra-se sempre nas substâncias orgânicas produzidas pelas plantas clorofiladas. Sobre o processo

fotossintético, podemos afirmar corretamente que durante a etapa fotoquímica ocorre:

a) Liberação do oxigênio e redução do NADP.

b) Fotólise da água e oxidação do NADP a NADPH.

c) Redução do NAD a NADPH e fotofosforilação do ATP.

d) Fotofosforilação do ADP e fixação do carbono.

7. O desenvolvimento de um fruto depende das substâncias produzidas na fotossíntese, que chegam até

ele transportadas pelo floema. De um ramo de pessegueiro, retirou-se um anel da casca (anel de

Malpighi), conforme mostra o esquema

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io.

Responda:

a) O que deve acontecer com os pêssegos situados no galho, acima do anel de Malpighi, em

relação ao tamanho das frutas e ao teor de açúcar?

b) Justifique sua resposta.

8. Considere uma plântula sendo iluminada lateralmente como indica a figura adiante, desde o ápice da

folha até a extremidade da raiz.

Responda:

a) Para que lado se inclinarão o caule e a raiz, durante o crescimento dessa plântula?

b) Por quê?

QUESTÃO CONTEXTO

Sabemos que a condução de seiva bruta e elaborada, consecutivamente, ocorre pelo xilema e floema. O

xilema é responsável pelo transporte de água e sais minerais, que vai da raiz até as folhas, ocorrendo a

fotossíntese e transformando essa seiva em seiva elaborada, que faz o caminho contrário ao xilema. Sabendo

disso, como ocorre o transporte de xilema?

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GABARITO

Exercícios

1. a

Para se obter uma cerca-viva de altura controlada, que crie uma barreira física e visual, deve-se estimular

a produção de auxinas pelas gemas laterais das plantas, podando periodicamente a gema apical. A poda

da gema apical quebra a dominância dessa porção sobre as gemas laterais. Com os níveis reduzidos de

auxinas provocados por essa poda, há um aumento na produção desses hormônios nas gemas laterais,

estimulando o crescimento dos ramos laterais do caule.

2. d

A água é conduzida da raiz até as folhas pelos vasos do xilema e é eliminada sob forma de vapor no

mecanismo da transpiração, principalmente pelos estômatos.

3. A planta B, por estar submetida a um regime de restrição hídrica, apresenta seus estômatos fechados para

evitar a transpiração estomática e a consequente perda 2 fica reduzida

e se acumula na câmara 2. A planta A não possui restrições hídricas, nem problemas de perda pela

transpiração.

Mantêm seus estômatos e absorve CO2, utilizado o processo fotossintético, ocasionando a sua

diminuição na câmara 1.

4. d

A seiva bruta é responsável pelo transporte de água e sais, sendo que a evapotranspiração da parte aérea

do vegetal cria uma pressão hidrostática negativa no interior dos vasos lenhosos do xilema, causando a

subida da coluna líquida com corante até as pétalas das flores.

5. b

Na formação de carboidratos o NADPH2 é necessário também; foi comprovado que o oxigênio liberado

pela reação da fotossíntese realizada pelas algas e plantas provém da água; a energia solar captada pela

clorofila é utilizada para sintetizar ATP, a partir de ADP e Pi ocorre na fase clara; na membra tilacoide

acontece a fase clara e no estroma acontece a fase escura.

6. a

Na fase fotoquímica (fase clara) acontece o processo de fotólise da água, onde é produzido o gás

oxigênio. Também ocorre a redução do NADP em NADPH2.

7.

a) Os pêssegos ficarão maiores e mais doces, pois a seiva ficara concentrada naquela parte do galho.

b) A retirada do anel interrompe o fluxo de seiva elaborada do ramo para o resto da planta. Isso faz com

que o açúcar se acumule nos frutos localizados acima do anel.

8.

a) O caule se inclinará em direção à luz (fototropismo positivo) e a raiz se inclinará em direção contrária

à luz (fototropismo negativo).

b) No caule, a maior concentração de auxina AIA do lado não iluminado estimula um maior

crescimento, enquanto que na raiz determina uma inibição do crescimento.

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B

io.

Questão Contexto

Existem duas teorias para explicar esse transporte:

• Teoria da Pressão Radicular

Em algumas plantas, cortando o caule junto ao solo, verifica-se a libertação de água e sais minerais na região

seccionada. Adaptando um tubo manométrico na porção enraizada da planta, verifica-se uma pressão

radicular que pode ser media com um manómetro. A pressão é condicionada pelo transporte ativo de íons

que são lançados no interior dos vasos do xilema, resultando daí uma concentração mais elevada de íons no

interior da raiz em relação à água do solo. Estabelece-se assim uma diferença de pressão osmótica que força

a entrada de água na raiz e a ascensão da mesma nos vasos do xilema. A pressão radicular não é suficiente

para forçar a água a ascender até grandes alturas.

• Teoria da Coesão-Tensão

A planta, através das folhas, perde água por transpiração. O conteúdo celular fica mais concentrado e a falta

de água é reposta com água vinda das células vizinhas. Eventualmente, esta água pode provir diretamente

dos vasos do xilema. As folhas passam a exercer uma tensão ou força de sucção que se faz sentir ao longo

da coluna de xilema do caule. Sujeitos a esta força de sucção, a água e os sais minerais circulam desde a raiz

até às folhas, numa coluna contínua. A continuidade da coluna de liquido é explicada pelas forças de coesão

das moléculas de água e adesão(atração e união de moléculas diferentes) das moléculas de água às paredes

dos vasos estreitos do xilema.

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Fil.

Professor: Gui de Franco

Monitor: Debora Andrade

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il.

Os iluministas 22

jun

RESUMO

Os iluministas: Montesquieu, Voltaire e Rousseau

O iluminismo foi um importante fenômeno cultural, político e filosófico que nos remete, inicialmente,

à Revolução Científica ocorrida no século XVII. Esse período marcou uma grande emancipação da ciência,

sua estruturação a partir de metodologias rigorosas, baseadas na experimentação e na construção racional

de hipóteses. No entanto, o iluminismo surge propriamente no século XVIII, o considerado século das Luzes,

se espalhando por toda a Europa e levando à frente os ideais de liberdade e da razão.

Para os pensadores iluministas, apenas através da razão, aliada ao conhecimento científico,

poderíamos alcançar progresso no conhecimento. Assim é possível compreender o esforço de pensadores

como Denis Diderot (1713-84), Voltaire (1694-1778), Jean- Jacques Rousseau (1712-78), Montesquieu (1689-

1755), apenas para citar os mais notáveis. Na sequência abordaremos aspectos gerais da filosofia de

Montesquieu, Voltaire e Rousseau.

Montesquieu (1689 1755), filósofo francês e filho de nobres, crítico feroz da monarquia absolutista

e do clero, escreveu um importante livro para a Política de Nesta obra ele trata

das leis e das instituições a partir de um vasto estudo sobre as legislações existentes em diversos lugares do

mundo e em diferentes momentos do tempo. Ele desenvolveu uma teoria de governo em que, seguindo as

ideias do constitucionalismo, a autoridade é conferida por meios legais, o que seria fundamental para impedir

decisões políticas violentas e arbitrárias.

Deve-se a Montesquieu a ideia da separação e da harmonia dos poderes, o que hoje é ainda vigente

nas democracias contemporâneas. Ele parte da ideia de que apenas o poder pode frear o poder e, portanto,

é necessário que cada um dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) permaneça autônomo, não

podendo ser constituído pelas mesmas pessoas. É importante notar que o artigo 16 da Declaração dos

direitos do homem e do cidadão que não for assegurada a

No entanto, é notável o fato de que a separação dos poderes, pela qual o filósofo francês é mais

conhecido, não é tão clara quanto pode parecer se

A

questão principal era haver um equilíbrio, uma harmonia, entre esses poderes.

Voltaire (1694-1778) foi um escritor e filósofo humanista francês cujo trabalho influenciou diretamente

nas Revoluções francesa e americana. Grande defensor das liberdades civis, incluindo liberdade religiosa e

livre-comércio, ele era um crítico ferrenho da religião e das relações que ela estabelecia com o

Estado. Produziu por volta de setenta obras, a maioria delas em forma literária, tendo como seus maiores

alvos as instituições francesas de sua época e a Igreja Católica. Suas principais obras foram

Otimi .

Criticou, igualmente, os privilégios do clero e da nobreza. Ele era um verdadeiro polemista, lutando

contra todas as atitudes fundadas na crença e na superstição. Um monarca, para governar, não deveria

exercer um poder arbitrário, mas sim se conformar à razão, assim poderia guiar seu povo a felicidade, o que

Voltaire satiriza o filósofo Leibniz e sua teoria que o nosso é o

melhor dos mundos possíveis, se mostrando totalmente contrário a essa teoria filosófica, sobretudo em seu

Jean-Jacques Rousseau foi o mais importante filósofo iluminista a se dedicar a política.

Seus textos sobre a origem e os limites do poder do Estado tiveram enorme repercussão não apenas

nos debates filosóficos, mas em toda a sociedade europeia do século XVIII, tendo grande influência, por

exemplo, na Revolução Francesa. Tal como Locke e Hobbes, Rousseau era um contratualista. Chegou ele,

porém, a conclusões totalmente diferentes dos dois pensadores ingleses. Ao analisar qual seria a

condição do homem no estado de natureza, sem qualquer tipo de

laço político, totalmente livre e independente, Rousseau não concluiu que esse estado seria de guerra

de todos contra todos como pensava Hobbes, tampouco que seria guiado por uma lei natural da razão, de

acordo com o que imaginava Locke. Rousseau, na verdade, pensava que o Estado de Natureza seria um

estado de absoluta paz e tranquilidade, mesmo sem qualquer lei, política ou racional, que o regulasse.

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F

il.

Para o filósofo iluminista, o homem é naturalmente bom; a sociedade é que o corrompe. Segundo

Rousseau, sem a intervenção das normas sociais, o homem se comportaria como um animal, guiando-se não

pela sua razão, mas sim por instintos

instintos mais básicos do homem são o amor de si (interesse pelo próprio bem estar e conservação) e a

piedade (repugnância natural pela morte ou sofrimento de qualquer ser sensível, em especial os

semelhantes), então o Estado

de Natureza seria, a princípio, totalmente pacífico, pois os homens jamais entrariam em confronto

gratuitamente.

Por que, então, surgiu o Estado político? Bem, os problemas no Estado de Natureza se iniciaram quando

surgiu a propriedade privada. Inicialmente considerada como um modo de cada um manter sua

sobrevivência, a propriedade acabou por introduzir a desigualdade social, opondo ricos e pobres e gerando

uma série de conflitos e lutas por poder. Foi quando surgiu a necessidade de um poder comum para regular

a vida das pessoas e as regras de justiça e moralidade ditadas

pela razão se tornaram mais importante que os instintos e sentimentos naturais: surgiu a política.

Perceba, porém, que o Estado não surge aí como um bem, mas sim apenas para impedir um mal maior. Ideal

mesmo seria que tudo permanecesse tal como antes da propriedade privada. Como, porém, isso não é

possível, como o homem já se encontrava irremediavelmente corrompido pela vida em sociedade, então que

haja a política.

É necessário lembrar, porém, diz Rousseau, que o contrato social não é um acordo entre senhores e

escravos, mas sim um pacto político entre iguais para instaurar uma vontade geral que deverá sobrepor-se a

todas as vontades particulares. Assim, é necessário diferenciar governo e soberania. Se o governo pode ser

exercido por um único indivíduo ou um grupo limitado, a soberania, por sua vez, é e permanece sempre

sendo do povo como um todo. Na medida em que o governo não cumpra a vontade geral, o povo

tem todo o direito de substituir aquele que não está exercendo corretamente sua função. Não à toa,

Rousseau era um crítico do absolutismo considerava a democracia uma forma superior de governo.

EXERCÍCIOS

1. essencialmente na vontade geral e a vontade absolutamente não se representa. (...). Os deputados do

povo não são nem podem ser seus representantes; não passam de comissários seus, nada podendo

(ROUSSEAU, J. J. Do Contrato Social, São Paulo, Abril Cultural, 1973, livro III, cap. XV, pp. 108-109.)

Rousseau, ao negar que a soberania possa ser representada, preconiza como regime político:

a) um sistema misto de democracia semidireta, no qual atuariam mecanismos corretivos das distorções

da representação política tradicional.

b) a constituição de uma República, na qual os deputados teriam uma participação política limitada.

c) a democracia direta ou participativa, mantida por meio de assembleias frequentes de todos os

cidadãos.

d) a democracia indireta, pois as leis seriam elaboradas pelos deputados distritais e aprovadas pelo

povo.

e) um regime comunista no qual o poder seria extinto, assim como as diferenças entre cidadão e súdito.

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il.

2. A crise do sistema público de saúde no Brasil é inegável: faltam profissionais; há filas para marcar

consulta; são meses de espera para atendimento; os postos de saúde e hospitais, na maioria das vezes,

estão em condições precárias de infraestrutura. Observe a crítica presente na charge e leia com

atenção o trecho da reportagem que se segue.

Disponível em:http://www.humortadela.com.br/charges2/view_charges.php?num=01264. 08 fev. 2011.

Para 28,5% dos brasileiros entrevistados, os serviços do SUS são ruins ou muito ruins. Os entrevistados

indicaram, a partir de alternativas predefinidas, quais os dois principais problemas do SUS. A falta de

médicos foi a alternativa com maior proporção de indicações, correspondendo a 58,1% das

respostas. Problemas relativos ao tempo de espera para conseguir atendimento nos postos/centros

de saúde ou nos hospitais aparecem em seguida (35,4%), assim como a demora para conseguir uma

consulta com especialistas (33,8%). Uol Notícias acessado em 09 fev. 2011.

Será que do ponto de vista do contrato social essa situação é aceitável? Quando o indivíduo abdica

de sua liberdade individual em favor da sociedade concretiza esse ato por meio da obediência às leis,

o que inclui, por extensão, o pagamento de impostos. Espera, portanto, que os depositários do poder

cumpram a lei e atendam às necessidades de cada um daqueles que compõem o soberano.

Com base nas informações anteriores e nos seus conhecimentos, responda às seguintes questões.

a) Segundo o Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, o governo assume o poder soberano ou

é apenas o depositário desse poder? Caso não cumpra sua obrigação, pode ser destituído?

b) Sendo o governo apenas o depositário do poder soberano, a quem ele pertence? Qual é o direito

fundamental do soberano para Rousseau?

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il.

3. O problema fundamental para o qual o contrato social, segundo Rousseau, oferece uma solução é

toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece, contudo a si mesmo,

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 32. (Coleção Os Pensadores)

A partir do texto, responda às questões que se seguem:

a) Quais são os principais objetivos do contrato social?

b) Proteger cada associado com a força comum significa que o Estado pode mobilizar forças como,

por exemplo, a polícia ou o exército para defender os cidadãos. Por que, conforme Rousseau,

isso é legítimo?

4.

interpretada. Parece, pois, que não se poderia ter uma constituição melhor do que aquela em que o

poder executivo estivesse conjugado ao legislativo. No entanto, justamente isso torna o Governo

insuficiente em certos aspectos, porque as coisas que devem ser distinguidas não o são, porque o

príncipe e o soberano, não sendo senão a mesma pessoa, formam por assim dizer um Governo sem

Governo. Não será bom que aquele que faz as leis as execute, nem que o corpo do povo desvie sua

atenção dos desígnios gerais para emprestá-la aos objetivos particulares. Nada mais perigoso que a

influência dos interesses privados nos negócios públicos; o abuso da lei pelo Governo é mal menor do

que a corrupção do legislador, consequência infalível dos desígnios particulares. Estando, então, o

Estado alterado em sua substância, torna-se impossível qualquer reforma. Um povo que jamais

abusasse do governo, também não abusaria da independência; um povo que sempre governasse bem,

não teria necessidade de ser governa ROUSSEAU, J. J. Do Contrato Social. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978.

Ainda que para Rousseau a soberania seja indivisível e inalienável, de acordo com a citação acima, que

tipo de governo o autor está sugerindo? Comente as características desse governo.

5.

O escritor e filósofo francês Voltaire foi um dos intelectuais mais importantes do Iluminismo do século

XVIII. A novela Cândido, ou o Otimismo, conta que o jovem Cândido aprendeu com o filósofo Pangloss

que o mundo em que vivemos é o melhor possível. Apesar da argumentação e das provas que Pangloss

oferecia, os acontecimentos da vida prática arrastaram Cândido para uma série de desventuras e

desgraças. Obrigado a se afastar de seu país, ele viajou pelos quatro cantos do mundo e pôde constatar

que todos os povos também experimentavam a injustiça e a opressão, bem como o infortúnio imposto

pelos cataclismos da natureza. Ao final da novela, Cândido e seus amigos decidiram seguir a filosofia

de um turco que encontraram e cada um se dedicou a um trabalho para desenvolver seu próprio

talento e evitar o tédio, o vício e a miséria. Apesar disso, Pangloss tentou demonstrar que, se não

fossem aquelas desgraças, Cândido não estaria agora a salvo e aliviado. Mas Cândido lhe respondeu

isto está muito bem dito, mas devemos cultivar nosso jardim

Comente o duro aprendizado de Cândido e suas conclusões a respeito da vida e do mundo.

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il.

6.

pintura de Pedro Américo

(1889)

Durante os séculos XVI e XVII as divergências religiosas e políticas se tornaram tão extremadas que o

ambiente social da Europa e de algumas colônias da América era de intolerância, perseguição,

vigilância e censura. Por isso, uma das principais motivações dos filósofos iluministas do século XVIII

foi combater essa mentalidade, por considerá-la a causa de muitas crueldades, da ignorância, do

obscurantismo e da prepotência comuns naqueles tempos.

Comente, a propósito, o seguinte pensamento do filósofo francês Voltaire:

erros: perdoemo-

7. Em suas andanças, Cândido toma consciência das injustiças que os seres humanos praticam uns contra

os outros em todos os continentes.

Escreva sobre o aprendizado filosófico narrado por Voltaire em seu romance Cândido, ou o Otimismo.

8. eral do século XVIII permanece restrito aos

interesses dos proprietários

convicções dão destaque aos interesses de sua classe e portanto o aproximam dos ideais de uma

(ARANHA, Maria L. de Arruda e MARTINS, Maria H. Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. 3ª ed. São Paulo: Moderna,

2003, p. 249).

Assinale o que for correto.

01) Para Rousseau, o soberano é o povo entendido como vontade geral, pessoa moral coletiva livre e

corpo político de cidadãos, portanto o governante não é o soberano, mas o representante da soberania

popular.

02) Montesquieu fundamenta-se na teoria política do contrato social de Rousseau para elaborar sua

teoria da formação da sociedade civil e do Estado.

04) O Estado republicano, para Montesquieu, permite a melhor forma de governo, pois possibilita aos

cidadãos exercer um controle eficaz sobre os governantes eleitos, limitando seu poder.

08) Na sua obra O Espírito das Leis, Montesquieu trata das instituições e das leis e busca compreender

a diversidade das legislações existentes em diferentes épocas e lugares.

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il.

16) Montesquieu elabora uma teoria do governo fundamentada na separação dos poderes, isto é, do

poder legislativo, do poder executivo e do poder judiciário, cada um desses três poderes deve manter

sua autonomia; é dessa forma que se pretende evitar o abuso do poder dos governantes.

9. que a arte polisse nossas maneiras e ensinasse nossas paixões a falarem a linguagem apurada,

nossos costumes eram rústicos, mas naturais. [...] No fundo, a natureza humana não era melhor, mas

os homens encontravam sua segurança na facilidade de se perceberem reciprocamente, e essa

vantagem, de cujo valor não temos mais noção, poupava-lhes muitos vícios. Atualmente, quando

buscas mais sutis e um gosto mais fino reduziram a princípios a arte de agradar, reina entre nossos

costumes uma uniformidade desprezível e enganosa, e parece que todos os espíritos se fundiram num

mesmo molde: incessantemente a polidez impõe, o decoro ordena; incessantemente seguem-se os

usos e nunca o próprio gênio. Não se ousa mais parecer tal como se é e, sob tal coerção perpétua, os

homens que formam o reb ROUSSEAU, J-J. Discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 336.

A partir dessa transcrição, assinale o que for correto.

(01) As relações intersubjetivas representam uma ameaça para a vida em sociedade.

(02) O exercício das ciências e das artes colaborou para obscurecer as virtudes.

(04) O estado de natureza é rústico, mas favorável às manifestações espontâneas das emoções.

(08) O estado de vida social é coletivo, uniforme e amorfo.

(16) O estado de natureza é artificial, requintado e polido.

QUESTÃO CONTEXTO

Texto I

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il.

Texto II

Texto III

1. O filósofo iluminista Montesquieu, a fim de diminuir o poder dos monarcas absolutistas, fundamentou uma

teoria que ficou conhecida como a teoria dos três poderes. A partir dos seus conhecimentos sobre essa

teoria, explicite qual dos três poderes corresponde a cada uma das imagens acima expostas.

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il.

GABARITO

Exercícios

1. c - Rousseau não defende a democracia representativa por acreditar que a melhor forma de governo é

uma democracia direta ou participativa, através da qual as decisões políticas relevantes serão tomadas

pela própria sociedade através de frequentes assembleias

2.

a) O governo é apenas o depositário do poder soberano. Ao não cumprir sua obrigação o governo pode

ser destituído.

b) O poder soberano pertence ao povo. O direito fundamental do soberano para Rousseau é o da

liberdade civil, com a qual esperam ver atendidas suas necessidades e que os depositários do poder

governantes - cumpram as leis manifestas por esse soberano através do sufrágio universal.

3.

a) Proteger a pessoa, seus bens e sua liberdade (liberdade em um conceito amplo que cobre tanto a

segurança física como o direito de autodeterminação)

b) Rousseau entendia que o homem, ao participar do contrato social, aceita trocar a liberdade

individual total do Estado de Natureza (que traz insegurança) pela liberdade parcial do Estado Civil

(que traz segurança). Além disso, o homem torna sua voz individual a voz do grupo, pois adere a este,

concordando implicitamente com suas ações. Nesse sentido, as ações do Estado e mesmo as

sanções que o homem "livre" poderia sofrer deste correspondem à sua própria vontade inicial, já que

é contraente do pacto. Isso legitima a ação do poder comum, pois este garante o essencial ao

homem em sociedade. A saber: a vida, a prosperidade e a liberdade para desfrutá-las. Temos que

ressaltar, todavia, que a afirmação de Rousseau de que o homem desfruta de toda a liberdade que

possuía anteriormente não deve ser entendida ao pé da letra. É um raciocínio lógico: uma vez que o

homem cedeu ao Estado os direitos que possuía no Estado de Natureza, estes continuam a existir no

próprio Estado. Mas a liberdade individual, que antes era total, está agora limitada pela ideia de bem

comum.

4. Rousseau está sugerindo um governo que tenha a divisão de poderes. Sua fala remete a um poder que

faria as leis e a um outro que as executaria. Tal discussão frutificou no período do Iluminismo francês,

quando os governos absolutistas passaram a ser questionados. Esse debate alcançaria sua síntese na obra

de Montesquieu, Do espírito das leis, que propõe a divisão dos poderes do estado em: executivo,

legislativo e judiciário. A aplicação dessa divisão cria um sistema de freios e contrapesos de poder, que

propicia a criação do moderno Estado democrático e de direito. Neste, democrático, a ação estatal

caracteriza-se por um abster-se quanto à liberdade política e econômica individual (1ª geração de

direitos) e por auxiliar no que tange as questões sociais e de desigualdades (2ª geração de direitos).

5. Seu tom romanesco, ensaístico, irônico e pleno de acontecimentos surpreendentes permite que o

candidato expanda livremente suas reflexões sobre temas como sentido da vida e do mundo, o papel da

razão, o valor das relações humanas e o trabalho, elemento prestigiado por Voltaire. Por outro lado, a

questão faculta ao candidato discorrer justamente sobre o papel da filosofia. De fato, Voltaire retrata com

absurdo e o despropósito de suas premissas ou conclusões, concluindo a novela com o que se poderia

considerar uma exaltação do senso comum ou da busca da simplicidade e da clareza de pensamento.

Desse modo, o candidato pode versar sobre as implicações da filosofia na vida prática.

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6. Essa questão pretende motivar a reflexão sobre a importância da tolerância, seja para a convivência

humana, seja para o desenvolvimento da filosofia, das ciências e da opinião pública em geral, seja, enfim,

como faceta decisiva da liberdade humana. O candidato pode abordar o tema da tolerância no âmbito

da formulação de Voltaire ou das tensões típicas da Idade Moderna, como pode também apreciar

problemas contemporâneos pertinentes ao tema.

7. A questão proposta associa as experiências que Cândido vivencia em suas viagens com seu aprendizado

e amadurecimento filosófico. O candidato poderá abordar algumas das seguintes vertentes:

abandonar as concepções dogmáticas e cristalizadas que havia adotado a partir dos ensinamentos de

seu mestre, Pangloss;

filosofia de Leibniz e, particularmente, ao seu procedimento de

racionalização sistemática de sofrimentos e males a fim de demonstrar que tudo cumpre uma finalidade

e que o saldo é o bem geral;

odutiva, útil e independente, que, ao

mesmo tempo, os afaste da insensatez e violência do mundo, conforme a expressão que se tornou

c

aspecto

característico do pensamento de Voltaire e de muitos dos pensadores do Iluminismo;

Cândido, ou o Otimismo pode ser abordada no contexto do Iluminismo;

a em geral e

especialmente das instituições que exercem poder opressivo baseadas em ideias mistificadoras.

8. 01 + 08 + 16 = 25

01, 08 e 16 corretas. Para Rousseau, o corpo político é um corpo único que abre mão de vontades

pessoais em busca de um estado onde todos possam viver em harmonia, onde todos tenham

garantidos seus direitos e respeitem seus deveres. A partir de seus estudos em "O Espírito das

Leis", Montesquieu elabora sua teoria democrática dos 3 poderes, que é adotado até hoje em países

como o Brasil.

02 e 04 incorretas. Diferentemente de Rousseau, Montesquieu pretende que um número grande de

homens esteja à frente do Estado, com autonomia, tal é a teoria dos 3 poderes. Isso, para Rousseau,

quer dizer alto índice de corrupção e manutenção do poder de poucos (aristocracia liberal). No

entanto, o que Montesquieu pretende é uma relação de forças (pois só o poder "freia" o poder) para

que o Estado funcione em harmonia.

09. 02 + 04 + 08 = 14

(01) Incorreta. O autor fala das relações intersubjetivas em um contexto de estado de natureza, que

precediam as regras de convívio social nas ditas sociedades desenvolvidas. Nas primeiras, essas

relações intersubjetivas não eram uma ameaça, mas um meio de comunicação natural.

(16) Incorreta. Essa descrição corresponde, na visão do filósofo, às sociedades civis, e não ao estado de

natureza.

Questão Contexto

Texto I Legislativo

Texto II Judiciário

Texto III Executivo.

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ís.

Fís.

Professor: Silvio Sartorelli

Monitor: Arthur Vieira

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Aprofundamento em potência 21

jun

RESUMO

Uma máquina é caracterizada não pelo trabalho que efetua, mas pelo trabalho que pode efetuar em

determinado intervalo de tempo, donde surge a noção de potência. Por exemplo, para um carro andar mais

rápido, isto é, percorrer mesmas distâncias em intervalos de tempo menores, é necessário aumentar o ritmo

de combustão do motor, ou seja, aumentar sua potência, cuja expressão é

A energia também pode ser substituída por trabalho:

Unidade de Potência = J/s = W (watt) [também há o usual cal/s].

É comum também a citação do rendimento.

Imagine uma máquina que opera com 6000 Watts (potência útil). É fornecida a ela 9000 Watts (potência

total), sendo que apenas 6000 Watts a máquina será capaz de absorver, dissipando em forma de calor ou som

os 3000 Watts restantes.

O rendimento (η) é dado, portanto, por

EXERCÍCIOS

1. Para reciclar um motor de potência elétrica igual a 200 W, um estudante construiu um elevador e

verificou que ele foi capaz de erguer uma massa de 80 kg a uma altura de 3 metros durante 1

minuto. Considere a aceleração da gravidade 210,0 m s .

Qual a eficiência aproximada do sistema para realizar tal tarefa?

a) 10% b) 20% c) 40% d) 50% e) 100%

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ís.

2. Durante a primeira fase do projeto de uma usina de geração de energia elétrica, os engenheiros da

equipe de avaliação de impactos ambientais procuram saber se esse projeto está de acordo com as

normas ambientais. A nova planta estará localizada a beira de um rio, cuja temperatura média da água

é de 25 C, e usará a sua água somente para refrigeração. O projeto pretende que a usina opere com

1,0 MW de potência elétrica e, em razão de restrições técnicas, o dobro dessa potência será dissipada

por seu sistema de arrefecimento, na forma de calor. Para atender a resolução número 430, de 13 de

maio de 2011, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, com uma ampla margem de segurança, os

engenheiros determinaram que a água só poderá ser devolvida ao rio com um aumento de temperatura

de, no máximo, 3 C em relação à temperatura da água do rio captada pelo sistema de arrefecimento.

Considere o calor específico da água igual a 4 kJ (kg C).

Para atender essa determinação, o valor mínimo do fluxo de água, em kg s, para a refrigeração da

usina deve ser mais próximo de

a) 42. b) 84. c) 167. d) 250. e) 500.

3. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 210 m s−

• densidade do ar: 31,2 kg m

• calor específico do ar: 1 10,24 cal g C− −

• 1cal 4,2 J=

Nos veículos com motores refrigerados por meio líquido, o aquecimento da cabine de passageiros é

feito por meio da troca de calor entre o duto que conduz o líquido de arrefecimento que circula pelo

motor e o ar externo. Ao final, esse ar que se encontra aquecido, é lançado para o interior do veículo.

Num dia frio, o ar externo, que está a uma temperatura de 5 C, é lançado para o interior da cabine, a

30 C, a uma taxa de 1,5 L s. Determine a potência térmica aproximada, em watts, absorvida pelo ar

nessa troca de calor.

a) 20 b) 25 c) 45 d) 60

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4. O óleo lubrificante tem a função de reduzir o atrito entre as partes em movimento no interior do motor

e auxiliar na sua refrigeração. O nível de óleo no cárter varia com a temperatura do motor, pois a

densidade do óleo muda com a temperatura. A tabela abaixo apresenta a densidade de certo tipo de

óleo para várias temperaturas.

T (ºC) ρ (kg/litro)

0 0,900

20 0,882

40 0,876

60 0,864

80 0,852

100 0,840

120 0,829

140 0,817

a) Se forem colocados 4 litros de óleo a 20ºC no motor de um carro, qual será o volume ocupado

pelo óleo quando o motor estiver a 100ºC?

b) A força de atrito que um cilindro de motor exerce sobre o pistão que se desloca em seu interior

tem módulo atritoF 3,0 N= . A cada ciclo o pistão desloca-se 6,0 cm para frente e 6,0 cm para

trás, num movimento de vai e vem. Se a frequência do movimento do pistão é de 2500 ciclos por

minuto, qual é a potência média dissipada pelo atrito?

5. Um automóvel viaja a uma velocidade constante v 90 km h= em uma estrada plana e retilínea.

Sabendo-se que a resultante das forças de resistência ao movimento do automóvel tem uma

intensidade de 3,0 kN, a potência desenvolvida pelo motor é de

a) 750 W.

b) 270 kW.

c) 75 kW.

d) 7,5 kW.

6. Um carro solar é um veículo que utiliza apenas a energia solar para a sua locomoção. Tipicamente, o

carro contém um painel fotovoltaico que converte a energia do Sol em energia elétrica que, por sua

vez, alimenta um motor elétrico. A imagem mostra o carro solar Tokai Challenger, desenvolvido na

Universidade de Tokai, no Japão, e que venceu o World Solar Challenge de 2009, uma corrida

internacional de carros solares, tendo atingido uma velocidade média acima de 100 km h.

Considere uma região plana onde a insolação (energia solar por unidade de tempo e de área que chega

à superfície da Terra) seja de 21.000 W m , que o carro solar possua massa de 200 kg e seja construído

de forma que o painel fotovoltaico em seu topo tenha uma área de 29,0 m e rendimento de 30%.

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Desprezando as forças de resistência do ar, o tempo que esse carro solar levaria, a partir do repouso,

para atingir a velocidade de 108 km h é um valor mais próximo de

a) 1,0 s.

b) 4,0 s.

c) 10 s.

d) 33 s.

e) 300 s.

7. A utilização de placas de aquecimento solar como alternativa ao uso de energia elétrica representa um

importante mecanismo de economia de recursos naturais. Um sistema de aquecimento solar com

capacidade de geração de energia de 1,0 MJ dia por metro quadrado de placa foi instalado para

aquecer a água de um chuveiro elétrico de potência de 2 kW, utilizado durante meia hora por dia.

A área mínima da placa solar deve ser de

a) 21,0 m .

b) 21,8 m .

c) 22,0 m .

d) 23,6 m .

e) 26,0 m .

8. A usina de Itaipu é uma das maiores hidrelétricas do mundo em geração de energia. Com 20 unidades

geradoras e 14.000 MW de potência total instalada, apresenta uma queda de 118,4 m e vazão nominal

de 3690 m s por unidade geradora. O cálculo da potência teórica leva em conta a altura da massa de

água represada pela barragem, a gravidade local 2(10 m s ) e a densidade da água

3(1.000 kg m ). A

diferença entre a potência teórica e a instalada é a potência não aproveitada.

Disponível em: www.itaipu.gov.br. Acesso em: 11 mai. 2013 (adaptado).

Qual e a potência, em MW, não aproveitada em cada unidade geradora de Itaipu?

a) 0

b) 1,18

c) 116,96

d) 816,96

e) 13.183,04

9. No manual fornecido pelo fabricante de uma ducha elétrica de 220 V é apresentado um gráfico com

a variação da temperatura da água em função da vazão para três condições (morno, quente e

superquente). Na condição superquente, a potência dissipada é de 6.500 W. Considere o calor

específico da água igual a 4.200 J (kg C) e densidade da água igual a 1kg L.

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Com base nas informações dadas, a potência na condição morno corresponde a que fração da

potência na condição superquente?

a) 1

3

b) 1

5

c) 3

5

d) 3

8

e) 5

8

10. A tração animal pode ter sido a primeira fonte externa de energia usada pelo homem e representa um

aspecto marcante da sua relação com os animais. a) O gráfico mostra a força de tração exercida por um cavalo como função do deslocamento de

uma carroça. O trabalho realizado pela força é dado pela área sob a curva F × d. Calcule o trabalho

realizado pela força de tração do cavalo na região em que ela é constante.

b) No sistema internacional, a unidade de potência é o watt (W) = 1 J/s. O uso de tração animal era

tão difundido no passado que James Watt, aprimorador da máquina a vapor, definiu uma unidade

de potência tomando os cavalos como referência. O cavalo - vapor (CV), definido a partir da ideia

de Watt, vale aproximadamente 740 W. Suponha que um cavalo, transportando uma pessoa ao

longo do dia, realize um trabalho total de 444000 J. Sabendo que o motor de uma moto,

operando na potência máxima, executa esse mesmo trabalho em 40 s, calcule a potência máxima

do motor da moto em CV.

11. Num dia em que a temperatura ambiente é de 37 C, uma pessoa, com essa mesma temperatura

corporal, repousa à sombra. Para regular sua temperatura corporal e mantê-la constante, a pessoa

libera calor através da evaporação do suor. Considere que a potência necessária para manter seu

metabolismo é 120 W e que, nessas condições, 20% dessa energia é dissipada pelo suor, cujo calor

de vaporização é igual ao da água (540 cal g). Utilize 1  cal igual a 4 J.

Após duas horas nessa situação, que quantidade de água essa pessoa deve ingerir para repor a perda

pela transpiração?

a) 0,08 g

b) 0,44 g

c) 1,30 g

d) 1,80 g

e) 80,0 g

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12. Uma campanha publicitária afirma que o veículo apresentado, de 1.450,0 kg, percorrendo uma

distância horizontal, a partir do repouso, atinge a velocidade de 108,0 km h em apenas 4,0 s.

Desprezando as forças dissipativas e considerando 2g 10 m s ,= podemos afirmar que, a potência

média, em watts, desenvolvida pelo motor do veículo, neste intervalo de tempo é, aproximadamente,

igual a:

a) 51,47 10

b) 51,63 10

c) 53,26 10

d) 55,87 10

e) 56,52 10

13. Uma força constante F de intensidade 25 N atua sobre um bloco e faz com que ele sofra um

deslocamento horizontal. A direção da força forma um ângulo de 60° com a direção do deslocamento.

Desprezando todos os atritos, a força faz o bloco percorrer uma distância de 20 m em 5 s.

A potência desenvolvida pela força é de:

Dados: Sen60 0,87; = =Cos60º 0,50.

a) 87 W

b) 50 W

c) 37 W

d) 13 W

e) 10 W

QUESTÃO CONTEXTO

No resgate dos mineiros do Chile, em 2010, foi utilizada uma cápsula para o transporte vertical de cada um

dos enclausurados na mina de 700 metros de profundidade. Considere um resgate semelhante ao feito

naquele país, porém a 60 metros de profundidade, tendo a cápsula e cada resgatado um peso total de

45 10 N. O cabo que sustenta a cápsula não pode suportar uma força que exceda 47,5 10 N. Adote

2g 10 m s= para o local do resgate. Esse movimento tem aceleração máxima no primeiro trecho e, a seguir,

movimento retardado, com o motor desligado, até o final de cada ascensão.

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a) Qual deve ter sido o menor tempo para cada ascensão do elevador?

b) Calcule a potência máxima que o motor deve ter desenvolvido em cada resgate.

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ís.

GABARITO

Exercícios

1. b

Trabalho da força peso realizado pelo motor:

mgh 80 10 3 2400 Jτ τ= = =

Potência necessária para produzir este trabalho por 1min :

2400P P 40 W

t 60

τ

Δ= = =

Portanto, a eficiência do sistema é de:

400,2

200

20%

η

η

= =

=

2. c

Dados: 6 3

d dP 2 P 2 MW P 2 10 W; c 4 kJ kg C 4 10 J kg C; 3 C.Δθ= = = = = =

O fluxo mássico (kg s) pedido é m

.t

ΦΔ

=

Da definição de potência:

6

3

Q m P 2 10P mc P t 167 kg s.

t t c 4 10 3Δθ Δ Φ Φ

Δ Δ Δθ

= = = = =

3. c

A potência é dada por:

QP

tΔ=

Sendo Q m c TΔ=

m c TP

t

Δ

Δ

=

mas m d V,= então

d V c TP

t

Δ

Δ

=

Usando os valores de densidade e calor específico do ar fornecidos anteriormente e trocando as unidades

convenientemente, teremos:

• densidade do ar: 31,2 kg m

• calor específico do ar: 1 10,24 cal g C− −

• 1cal 4,2 J=

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F

ís.

( )3

3

d V c T kg L 1m cal 1000 g 4,2 JP P 1,2 1,5 0,24 30 5 C

t s 1000 L g C 1kg 1calm

P 45,36 W

Δ

Δ

= = −

=

4.

a) Dados: 20 20 100V 4 L;r 0,882 kg / L;r 0,840 kg / L.= = =

Como a massa não se altera:

( )20 100 20 20 100 100 110

100

m m V V 0,882 4 0,84 V

V 4,2 L.

ρ ρ= = =

=

b) Dados: atritoF 3,0 N;d 12 cm 0,12 m;n 2.500 ciclos;Dt 1 min 60 s.= = = = = =

Da expressão da potência média:

atritoFatdissip dissip

n F dW 2.500(3)(0,12)P P 15 W.

t t 60Δ Δ= = = =

5. c

Se a velocidade é constante, a resultante das forças paralelas ao movimento é nula. Logo, intensidade da

força motriz m(F ) é igual à intensidade da resultante das forças resistivas r(F ).

m rF F 3kN.= =

A velocidade é constante, v 90km h 25m s.= =

Aplicando a expressão de potência mecânica associada a uma força:

P Fv 3 25 P 75kW.= = =

6. d

A intensidade de uma radiação é dada pela razão entre a potência total T(P ) captada e a área de captação

(A), como sugerem as unidades.

Dados: 2 2

0I 1.000 W/m ; A 9 m ; m 200 kg; v 0; v 108 km/h 30 m/s; 30%.η= = = = = = =

TT T

PI P I A 1.000 9 P 9.000 W.

A= = = =

Calculando a potência útil U(P ) :

UU T U

T

P P 30% P 0,3 9.000 P 2.700 W.

Pη = = = =

A potência útil transfere energia cinética ao veículo.

( )( )

2 20

2

U

m v v200 30 0

2P t t 33,3 s.t 2 2.700

Δ ΔΔ

−= = =

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F

ís.

7. d

Energia consumida pelo chuveiro em 30 min :

3E EP 2 10 E 3,6 MJ

t 30 60Δ= = =

Sendo assim, a placa deverá produzir 3,6 MJ em um dia. Portanto, a área A mínima da placa deverá

ser de:

1MJ 21m

3,6 MJ

2

A

A 3,6 m =

8. c

A potência teórica T(P ) em cada unidade corresponde à energia potencial da água represada, que

tem vazão 3Vz 690 m s.

tΔ= =

Sendo ρ a densidade da água, g a aceleração da gravidade e h a altura de queda, tem-se:

3 6T T

T

mgh V gh VP gh P zgh 10 690 10 118,4 816,96 10 W

t t t

P 816,96 MW.

ρρ ρ

Δ Δ Δ= = = = = =

=

A potência gerada em cada unidade é:

G G14.000

P P 700 MW.20

= =

A potência não aproveitada (dissipada) corresponde à diferença entre a potência teórica e a potência

gerada.

d T G dP P P 816,96 700 P 116,96 MW.= − = − =

9. d

Relação entre os calores sQ e mQ trocados, respectivamente, nas condições superquente e morno:

s s s s

m m m m

Q mc T Q T

Q mc T Q T

Δ Δ

Δ Δ= =

Como Q

P ,tΔ

= vem:

s s s s

m m m m

P t T P T

P t T P T

Δ Δ Δ

Δ Δ Δ= =

Substituindo os valores de TΔ do gráfico nessa última relação, chegamos a:

s

m

m

s

P 32

P 12

P 3

P 8

=

=

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F

ís.

10.

a) No trecho em que a força de tração é constante é verdadeiro afirmar que:

Trabalho = Força.Deslocamento

Trabalho = 800.(50 10) = 800.40 = 32000 J

O diagrama a seguir destaca o trabalho calculado.

b) O trabalho realizado foi de 444000 J no intervalo de tempo de 40 s. Como potência é a razão entre

o trabalho realizado e o intervalo de tempo temos:

P = (Trabalho)/t = 444000/40 = 11100 W

Realizada a transformação para cavalo-vapor: 11100/740 = 15 CV

11. e

A potência utilizada na evaporação da água é 20% da potência total necessária para manter o

metabolismo.

U T UP 20% P 0,2 120 P 24W.= = =

O calor latente de vaporização é:

cal J JL 540 4 L 2.160 .

g cal g= =

Combinando as expressões da potência e do calor latente:

( )U UU

24 2 3.600Q P t P t m L P t m m 80g.

L 2.160Q mL

Δ ΔΔ

= = = = =

= 12. b

A Potência média é dada pelo produto entre o módulo da força e a velocidade escalar média:

mv

P F v F2

Δ= =

E pela segunda lei de Newton:

vF m a m

t

Δ

Δ= =

Logo,

( )2

vv vP m P m

t 2 2 t

ΔΔ Δ

Δ Δ= =

Então, substituindo os valores:

( )2

530 m / sP 1450 kg P 163.125 W 1,63 10 W

2 4 s= = =

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F

ís.

13. b

A potência média é:

( )0m

S 20P Fcos60 25x0,5x 50W.

t 5

Δ

Δ= = =

Questão Contexto

a) Na subida o movimento é acelerado, assim concluímos que a força (F) realizada pelo cabo sobre a

cápsula é maior que o peso do conjunto (cápsula+pessoa). A partir destas considerações, podemos

calcular a aceleração de subida da cápsula.

Vejamos os dados pertinentes para o cálculo da aceleração durante a subida:

F = 47,5 10 N.

P = 45 10 N.

3CM 5x10 kg= (massa do conjunto)

Assim, CF P M .a− = ➔ 4 4 37,5 10 5x10 5x10 .a − =

4 32,5 10 5x10 .a =

42

3

2,5 10 25a 5m / s

55 10

= = =

Como podemos perceber, o enunciado informa que esta aceleração se mantém apenas no primeiro

trecho do percurso, sendo o restante do movimento sujeito apenas a aceleração gravitacional

freando a cápsula. Assim devemos notar dois movimentos distintos, um acelerado com aceleração

de 5m/s2 dirigida para cima e outro movimento retardado com aceleração de 10 m/s2 dirigida para

baixo.

Logo, o deslocamento total sofrido pela cápsula pode ser equacionado da seguinte forma:

ac reS S 60mΔ Δ+ =

Em que acSΔ = deslocamento sofrido pela cápsula até T1 e reSΔ = deslocamento sofrido pela cápsula

de T1 a T2.

Utilizando a equação de Torricelli no movimento acelerado e retardado, temos:

ACELERADO:

2 2acV 0 2.5. SΔ= + ➔

2acV 10. SΔ=

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F

ís.

RETARDADO:

2 2re re0 V 2.a . SΔ= + ➔

2re0 V 2.( 10). SΔ= + − ➔

2reV 20. SΔ=

Igualando as duas expressões, temos:

ac re10. S 20. SΔ Δ=

ac reS 2. SΔ Δ=

Assim, o acS 40mΔ = e reS 20mΔ =

Como a área de um gráfico é numericamente igual ao deslocamento sofrido pela cápsula podemos

relacionar os intervalos de tempo de 0 à T1, e de T1 à T2.

ac 1

re 2 1

ac re

1 2 1

1 2 1

1 2

S V.(T )

S V.(T T )

S 2. S

V.(T ) 2.V.(T T )

T 2T 2T

3T 2T

Δ

Δ

Δ Δ

=

= −

=

= −

= −

=

Calculando T1:

21

ac 1

21

21

21

1

5.TS 0.T

2

5.T40

2

80 5.T

T 16

T 4s

Δ = +

=

=

=

=

Calculando T2:

1 23T 2T=

23.4 2T=

212 2T=

2T 6s =

b) Como a força exercida pelo cabo é constante, a potência máxima ocorre quando a velocidade é

máxima, assim sendo:

VMÁX=0+5.T1➔ VMÁX=5.4=20m/s

Calculando a potência máxima, temos:

MÁX. MÁX.P F.V=

4MÁX.

P 7,5 10 .20=

4MÁX.

P 150 10=

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F

ís.

MÁX.P 1,5 MW =

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G

eo

.

Geo.

Professor: Ricardo Marcílio

Monitor: Bruna Cianni

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G

eo

.

Geografia da cidade

de São Paulo

18

jun

RESUMO

O estado de São Paulo, localizado no sudeste brasileiro, faz fronteira com Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato

Grosso do Sul e Paraná e possui a maior densidade demográfica do Brasil. Em termos de geografia física, seu

relevo possui uma planície litorânea, próximo a cidade de Santos até o vale do rio Ribeira do Iguape. Parte

da Serra do Mar também se localiza em São Paulo, divisa com Rio de Janeiro. Na região Sul é possível

perceber um planalto cristalino, com topografia regular, cristas montanhosas e colinas, onde se localiza a

serra da Mantiqueira, os maciços da bocaina e a pedra da mina. O planalto ocidental ocupa metade do

território de São Paulo e ganha altitude de leste para oeste.

Mapa da Geomorfologia de São Paulo. Fonte: Google Images

Mapa da cidade de São Paulo; região Grande São Paulo. Fonte: Google Images

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G

eo

.

A cidade de São Paulo se insere nesse contexto como a maior metrópole do Brasil. Historicamente,

pelas suas concentrações de café e açúcar, ganhou destaque nos momentos de industrialização do Brasil,

concentrando investimentos e capital. Por isso São Paulo se tornou o coração da industrialização, atraindo

mão de obra e assim formando os centros das cidades. Isso gera uma concentração populacional na área,

aumentando a necessidade por serviços básicos e planejamento urbano. As linhas férreas também foram

importantes para o desenvolvimento da cidade. Com o porto de santos, a circulação de mercadorias era feita

de trem e foi na linha onde várias cidades pequenas e médias começaram a surgir, já que ali havia circulação

de mercadoria e capital, facilitando também o escoamento da produção. O padrão das estradas acompanhou

o movimento já feito pelas linhas férreas, gerando maior crescimento urbano e também investimento de

montadoras e indústria automobilística. Seu cenário agrário é representado pela cana de açúcar para

produção de biodiesel e outros produtos diversificados. É o maior produtor de suco de laranja e também se

destaca na produção de frangos. A cidade de São Paulo hoje possui muitos centros administrativos

empresariais e as industrias seguem o padrão de crescimento que tendem a ocupar as cidades do interior,

pequenas e médias do entorno. Isso porque as áreas da metrópole ficam cada vez mais caras e valorizadas.

Além disso, a tecnologia permite que a espacialidade dos setores empresariais e industriais se dê de maneira

diversificada. A mobilidade urbana na cidade é intensamente dependente da linha metroviária. Sua

população estimada é de 12.106.920 habitantes. Em seu processo de urbanização, muitos rios foram

soterrados por debaixo das marginais. São Paulo concentra capital e cultura, possuindo diversos museus e

parques como o MASP e o Parque Ibirapuera. São Paulo hoje é considerado uma metrópoles global, por

possuir cidades que mantêm relações econômicas, sociais e políticas com países vizinhos ou de outros

continentes, e possuir polos de empresas importantes mundialmente. O estado apresenta três regiões

metropolitanas: São Paulo; Campinas e Baixada Santista.

Mapa dos transportes de São Paulo. Fonte: Google Images

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G

eo

.

EXERCÍCIOS

1. Considere os mapas.

Com base no mapa e em seus conhecimentos, é correto afirmar que, tendo em vista as dinâmicas

espaciais na cidade de São Paulo, os hotéis

a) acompanharam o desenvolvimento, na cidade, de novas áreas de centralidade.

b) expandiram-se para o sudeste da cidade, devido ao desenvolvimento do setor primário.

c) deslocaram-se em direção às avenidas marginais, acompanhando o processo de conurbação.

d) migraram em direção à região sudoeste, em função do despovoamento do centro histórico.

foram atraídos para a periferia, devido à descentralização das indústrias paulistanas.

2. Imagem de um antigo palacete na Vila Itororó, em São Paulo-SP, que se tornou um cortiço.

a) O que define os cortiços? Em que momento da urbanização brasileira eles surgiram?

b) Aponte ao menos dois fatores que explicam a permanência dos cortiços nas grandes cidades

brasileiras ainda hoje.

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3. Observe a imagem e leia o texto.

Por muitos anos, as várzeas paulistanas foram uma espécie de quintal geral dos bairros encarapitados

nas colinas. Serviram de pastos para os animais das antigas carroças que povoaram as ruas da cidade.

Serviram de terreno baldio para o esporte dos humildes, tendo assistido a uma proliferação incrível

de campos de futebol. Durante as cheias, tais campos improvisados ficam com o nível das águas até

o meio das traves de gol.

I. O processo de verticalização e a impermeabilização dos solos nas proximidades das vias

marginais ao rio Tietê aumentam a sua susceptibilidade a enchentes.

II. A retificação de um trecho urbano do rio Tietê e a construção de marginais sobre a várzea do rio

potencializaram o problema das enchentes na região.

III. A extinção da Mata Atlântica na região da nascente do rio Tietê, no passado, contribui, até hoje,

para agravar o problema com enchentes nas vias marginais.

IV. A várzea do rio Tietê é um ambiente susceptível à inundação, pois constitui espaço de ocupação

natural do rio durante períodos de cheias.

Está correto o que se afirma em

a) I, II e III, apenas.

b) I, II, e IV, apenas.

c) I, III, e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

4. A região Sudeste, principalmente a região de Campinas, tem apresentado um intenso crescimento

industrial, que se destaca, no contexto nacional:

a) desenvolvimento da indústria de ponta, estimulado pelos tecnopólos criados a partir de uma

integração entre comunidade acadêmica e empresariado.

b) desenvolvimento da agroindústria açucareira decorrente da grande produção local dos canaviais.

c) desenvolvimento de indústrias tradicionais que utilizam muita mão-de-obra e predominantemente

associadas ao beneficiamento de matéria-prima local.

d) grande domínio de capitais nacionais, sendo uma das poucas áreas do país onde as empresas

transnacionais não atuam.

e) predomínio da indústria de calçados, responsável pela maior parte da oferta de empregos na

região.

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5. O processo de industrialização que se efetivou em São Paulo a partir do início do século XX foi o

indutor do processo de metropolização. A partir do final dos anos 1950, a concentração da estrutura

produtiva e a centralização do capital em São Paulo foram acompanhadas de uma urbanização

contraditória que, ao mesmo tempo, absorvia as modernidades possíveis e expulsava para as periferias

imensa quantidade de pessoas que, na impossibilidade de viver o urbano, contraditoriamente,

potencializavam a sua expansão. Assim, de 1960 a 1980, a expansão da metrópole caracterizou-se

também pela intensa expansão de sua área construída, marcadamente fragmentada e hierarquizada.

Esse processo se constituiu em um ciclo da expansão capitalista em São Paulo marcada por sua

periferização. Isabel Alvarez. Projetos Urbanos: alianças e conflitos na reprodução da metrópole. Disponível

em: http://gesp.fflch.usp.br/sites/gesp.fflch.usp.br/files/02611.pdf. Acessado em 10/08/2015. Adaptado.

Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar:

a) O processo que levou à formação da metrópole paulistana foi dual, pois, ao trazer modernidade,

trouxe também segregação social.

b) A cidade de São Paulo, no período entre o final da Segunda Guerra Mundial e os anos de 1980,

conheceu um processo intenso de desconcentração industrial.

c) A periferia de São Paulo continua tendo, nos dias de hoje, um papel fundamental de eliminar a

fragmentação e a hierarquização espacial.

d) A periferização, em São Paulo, cresceu com ritmo acelerado até os anos de 1980, e, a partir daí,

estagnou, devido à retração de investimentos na metrópole.

e) A expansão da área construída da metrópole, na década de 1960, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar

a mancha urbana e eliminar a fragmentação espacial.

6. A figura mostra corte transversal A-B em área serrana embasada por rochas metamórficas entre os

municípios de Apiaí e Iporanga, no Vale do Ribeira, sul do estado de São Paulo.

As rochas representadas são de idade pré-cambriana e formam estruturas em um sistema de

a) soleiras e diques.

b) dobras anticlinais e sinclinais.

c) plataformas e bacias sedimentares.

d) intrusões e extrusões.

e) falhas verticais e horizontais.

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7. Em 1948, quando começaram a demolir as casas térreas para construir os edifícios, nós, os pobres, que

residíamos nas habitações coletivas, fomos despejados e ficamos residindo debaixo das pontes. É por

isso que eu denomino a favela como o quarto de despejo de uma cidade. Carolina Maria de Jesus, escritora e moradora da Favela do Canindé, nos anos 1950. Quarto de despejo. Adaptado.

Levando em conta o texto e o mapa, considere as seguintes afirmações:

I. O custo da moradia em áreas mais valorizadas e a desigualdade social são fatores que explicam a

grande concentração do número de favelas nas áreas periféricas do sul e do norte do município, de

1960 a 1980.

II A favela é definida como uma forma de moradia precária devido à existência de elevadas taxas de

analfabetismo e baixos índices de desenvolvimento humano de sua população, fatores

predominantes na região central da cidade até 1980.

III. Em todas as regiões do município, o maior crescimento do número de favelas se deu de 1981 a

1990, em função da saída e do fechamento de indústrias e da crise econômica que levaram ao

desemprego.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

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8. O período que vai de 1956 a 1967 é considerado como a primeira fase da industrialização pesada no

Brasil. Barjas Negri. Concentração e desconcentração industrial em São Paulo 1880-1990. Campinas:

Unicamp, 1996.

Sobre as características da industrialização brasileira no período de 1956 a 1967, é correto afirmar que

a) houve uma associação entre investimentos no setor estatal e a entrada de capital estrangeiro, que

propiciaram a instalação de plantas produtoras de bens de capital.

b) a instituição do Plano de Metas, que teve como principal finalidade incrementar a incipiente

industrialização do Rio de Janeiro e de São Paulo, marcou politicamente esse momento do

processo.

c) partiu do Estado Brasileiro, de caráter fortemente centralizador e nacionalista, a criação das

condições para a nascente indústria têxtil que se instalava no país, por meio de diversos incentivos

e isenções fiscais.

d) ocorreu a implantação de multinacionais do setor automobilístico, que se concentraram em São

Paulo, principalmente ao longo do eixo da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, em direção a Ribeirão

Preto.

e)

um incremento da indústria nacional, pela abundância de mão de obra.

9. Ainda no começo do século 20, Euclides da Cunha, em pequeno estudo, discorria sobre os meios de

sujeição dos trabalhadores nos seringais da Amazônia, no chamado regime de peonagem, a escravidão

por dívida. Algo próximo do que foi constatado em São Paulo nestes dias [agosto de 2011] envolvendo

duas oficinas terceirizadas de produção de vestuário. José de Souza Martins, 2011. Adaptado.

No texto acima, o autor faz menção à presença de regime de trabalho análogo à escravidão, na

indústria de bens

a) de consumo não duráveis, com a contratação de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos e

chineses.

b) de consumo duráveis, com a super exploração, por meio de empresas de pequeno porte, de

imigrantes chilenos e bolivianos.

c) Intermediários, com a contratação prioritária de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos e

chineses.

d) de consumo não duráveis, com a super exploração, principalmente, de imigrantes bolivianos e

peruanos.

e) de produção, com a contratação majoritária, por meio de empresas de médio porte, de

imigrantes peruanos e colombianos.

10. Examine as seguintes informações:

I O Brasil já revela um processo de dispersão industrial, embora o predomínio de São Paulo continue.

II Os polos industriais mais novos de S. Paulo são os de Cubatão e do Vale do Paraíba, que se

desenvolveram na década de 1980.

III A industrialização da região Sul foi apoiada em fatores regionais, furto doempresariado das áreas

coloniais.

Assinale:

a) se todas estão corretas.

b) se apenas II e a III estão corretas.

c) se todas estão incorretas.

d) se apenas I e a III estão corretas.

e) se apenas I está correta.

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G

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.

GABARITO

Exercícios

1. a.

O mapa nos traz o dado do crescimento do número de hotéis que se concentravam próximo à Praça da

Sé, em direção ao aeroporto de Congonhas, ao de Guarulhos e a marginal do Pinheiros.

2.

a) Os cortiços são sobrados antigos que indicam uma habitação coletiva, multifamiliar, que tinham por

objetivo serem acessíveis à mão de obra que migrava em busca de condições de vida, por terem sido

em grande parte desapropriados do trabalho no campo. Essas habitações surgiram

na época da industrialização, no final do século XIX sobretudo no Rio de Janeiro e em São Paulo e

cresceram em números no período JK.

b) Perto das grandes indústrias e dos centros de trabalho, a moradia tende a ficar supervalorizada.

Assim, muitos trabalhadores se viam obrigados a morar na periferia, o que ocasiona gastos com

transporte público, longas jornadas de deslocamento entre moradia e trabalho, além de contribuir

para os congestionamentos. Os cortiços eram vantajosos então pois, apesar de serem muito

precários, permitiam também um maior acesso aos serviços que se concentram nos centros. A

ausência de políticas habitacionais eficientes também foi um fator que causou a permanência dos

cortiços.

3. b.

A nascente do rio tietê se encontra longe das várzeas onde ocorrem as enchentes. No geral elas

acontecem pela retificação dos rios e mal gestão dos recursos hídricos na cidade.

4. a.

O desenvolvimento industrial de São Paulo é o mais significativo do Brasil, possuindo industrias

diversificadas que acompanham a tendência de crescimento externo.

5. a.

A desigualdade é parte fundamental e estruturante do desenvolvimento do sistema capitalista.

Espacialmente isso se manifesta nas cidades, sendo a modernização e o desenvolvimentismo, agravantes

dessa ideia, uma vez que concentram recursos e capitais, simbolizando novos investimentos de uma

antiga elite consolidada.

6. b.

No gráfico, podemos inferir a impressão de dobras, dobramentos causados na estrutura pela

movimentação das placas tectônicas, pela própria pressão característica do metamorfismo. É chamado

sinclinal dobras com concavidades para cima, com camadas pendendo em direção ao centro da

estrutura, e antisinclinal as dobras convexas, em direção aos depósitos mais recentes.

7. a.

Apesar do preconceito sobre elas, as favelas são lugares de extrema diversidade populacional e cultural,

e existem desde o início das estruturas urbanas, sendo inerente a elas.

8. a.

Na época de JK, a industrialização e o desenvolvimentismo eram as ideologias que motivavam a política

a estimular o investimento externo de modo a colaborar com nossa maquinização.

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G

eo

.

9. a.

As imigrações tem sido incorporadas no território industrial paulista por meio da exploração dessa mão

de obra.

10. d.

Os polos mais novos industriais de São Paulo seguem a tendência de desconcentração industriais dos

grandes centros, sendo investidos em cidades pequenas e médias do interior e entorno. Isso porque as

áreas centrais ficam muito caras e o desenvolvimento da tecnologia e do transporte permitem novas

fragmentações industriais no espaço.

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is.

His.

Professor: João Daniel

Monitor: Octavio Correa

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H

is.

As Unificações Tardias 18

jun

RESUMO

A Unificação Alemã.

A unificação alemã foi um dos principais acontecimentos do século XIX, junto com a unificação italiana esses

acontecimentos moldaram os acontecimentos do século XX até a Segunda Guerra Mundial.

A Sociedade Anterior.

Os povos germânicos viviam sobre o antigo regime em sua maioria, porém os estados do Norte como a

Prússia eram mais industrializados e consequentemente tinham uma burguesia industrial dominante. Os

nortistas mais ricos pretendiam a unificação pelos caminhos pacíficos já os sulistas tinham uma ideia de

ruptura com o antigo regime e de unificação pelo caminho militar.

A cultura germânica começa a florescer como uma cultura única um pouco antes das guerras unificatórias,

assim como na Itália, houve escritos pangermânicos influenciada na parte literária principalmente pelos

irmãos Grinn que além de terem criado um dicionário da língua alemã compilaram contos populares

germânicos para mostrar a semelhança entre os povos. Com a expansão das ferrovias e relativo

enriquecimento das populações Karl Baedeker escreveu um guia de viagem sobre a Europa central a fim de

estimular a integração e a construção de um ideário alemão por meio do turismo.

Política da Unificação

A política antes da unificação se resumia a Confederação Germânica, um grupo de trinta e nove estados

incluindo a Áustria e a Prússia que tinham representantes em uma assembleia, porém os estados mais

poderosos Áustria e Prússia decidiam grande parte dos assuntos por conta de seu poder político, militar e

econômico.

Um dos primeiros passos para unificação foi dado pelo Rei da Prússia Guilherme I em 1862 com a nomeação

de Otto Von Bismark o Chanceler de Ferro que via que a unificação somente viria com um conflito armado

devido as forças envolvidas já que outras potências como a França temiam o surgimento de um estado forte

no centro da Europa, assim Bismark direciona os investimentos prussianos para o exército e para a indústria

bélica.

Economia Alemã.

O principal nome que vem à cabeça quando se fala em economia da unificação é o Acordo Zollverein de

1834 era uma união aduaneira entre os Estados Germânicos que visava o desenvolvimento econômico e

industrial da Federação Germânica com exceção da Áustria que escolhera não participar. Isso acabou

aumentando o poder Prussiano e enfraquecimento da influência austríaca aos poucos, os Estados do norte

foram os mais beneficiados pela proximidade com a Prússia esse cenário veio a fortalece os planos do

Chanceler de Ferro Otto Von Bismark que desejava junto com Guilherme I da Prússia unificar a Alemanha sob

o domínio prussiano.

A Unificação e suas Guerras.

A primeira guerra para a unificação nos planos de Bismark e Guilherme foi a conquista, em conjunto com os

austríacos, dos ducados Holstein e Schleswig que estava sob o domínio da Dinamarca, porém tinham maioria

germânica em sua população, esse episódio ficou conhecido como Guerra dos Ducados de 1864.

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H

is.

Após o conflito de conquista dos ducados Schleswig ficou para os prussianos e os austríacos ficaram com

Holstein, Bismark descontente com a administração austríaca de Holstein declara guerra á Áustria em 1866,

muito se discute sobre a motivação do conflito contra a Áustria, algumas versões contemplam uma tentativa

de Bismark diminuir o poder austríaco que era contra a unificação e assim conseguir juntar os povos

germânicos sobre um só estado. A guerra terminou com a vitória prussiana e os Estados do norte da

Federação foram dominados pela Prússia.

Em seguida temos a Guerra Franco Prussiana e o final do processo de unificação, a oposição do imperador

Napoleão III da França quanto a unificação dos estados do sul era um impasse para os prussianos, ao mesmo

tempo a sucessão do trono espanhol por um parente de Guilherme I preocupava o imperador francês já que

a França com a união dos alemães ficaria no meio de dois países de influência de Guilherme I, assim depois

de uma diplomacia fracassada onde Bismark intercepta uma carta onde Guilherme acalma Napoleão III sobre

uma possível invasão da França, o soberano francês declara guerra a Prússia em 1870 a fim de por uma barreira

a escala de poder prussiana.

Agora os prussianos unidos com os estados germânicos, do Norte e do Sul que a partir da guerra passaram

aceitar a unificação sob a Prússia, invadiram a França cercando Paris, no meio dos combates com Paris

cercada Napoleão III é capturado pelos prussianos. O povo e os militares, no entanto recusam a oferta de

resgate e largam Napoleão III a própria sorte na mão dos germânicos, dentro de Paris se forma um governo

de inspiração comunista, a Comuna de Paris em 1871, esta resiste aos invasores bravamente pode mais dois

meses antes de ser massacrada pelas tropas alemãs.

Derrotados, os franceses tiveram que assinar o Tratado de Frankfurt de 1871 onde foram condenados a pagar

uma pesada indenização e ceder os territórios de Alsácia e Lorena, no mesmo ano no Palácio de Versalhes o

Bismark junto com o Imperador Guilherme I fundam a Alemanha sob sei governo terminando o longo

processo de unificação.

A Unificação Italiana.

O Congresso de Viena de 1814 foi decisivo no cenário pré-unificação, já que este dividiu a Itália em oito

estados independentes, muitos deles controlados pela Áustria que era uma das potências monárquicas

remanescentes.

Política

Durante a ocupação napoleônica os franceses derrubaram as monarquias do antigo regime estabeleceram

reformas liberais nas administrações italianas entregando as administrações dos estados a parentes de

Napoleão e compatriotas, Com o Congresso de Viena as antigas administrações foram devolvidas aos antigos

monarcas, somente o Reino da Sardenha ainda tinha uma administração mais liberal, nas décadas de 1830 e

1840 aconteceram várias manifestações contra as monarquias italianas conseguindo algumas vitórias como

no Reino da Lombárdia onde o rei instituiu um poder legislativo com representantes eleitos pelo povo, a

revolta pode ser considerada parte dos avanços liberais impostos por napoleão.

Eram muitos os movimentos de unificação na Itália, alguns de participação popular e outros de participação

burguesa, uns republicanos e outros monarquistas. Um dos principais era a Carbonária, movimento

republicano e liberal com inspiração maçônica seus integrantes representavam as burguesias médias e altas.

-integrante da Carbonária, Giuseppe Mazzini, o movimento era paramilitar,

republicano e nacionalista, pretendia a unificação da Itália pela educação popular e era contra o domínio

austríaco. Havia um último movimento que eram os Neoguelfos liderados por Vincenzo Gioberto que

defendiam a instauração de uma monarquia papal em uma Itália Unificada.

Econômica Italiana

A economia era dividida geograficamente, o Norte, principalmente os reinos Piemonte e Sardenha haviam

investido na atividade industrial e no fortalecimento do exército, principalmente o Reino da Sardenha onde

o primeiro ministro do rei Vitor Emanuel II, o Conde de Cavour investiu pesadamente na indústria de Sardenha

já visando a liderança do movimento de unificação.

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H

is.

As discrepâncias entre o norte e o resto da Itália eram grandes, enquanto o norte era industrial e burguês o

centro e o Sul eram mais agrícolas, isso gerou um dos interesses para a unificação e pela liderança Sardenha,

os industriais nortistas tinham o interesse na ampliação dos seus negócios que encontravam as barreiras

políticas sendo que o sul serviria como abastecimento e mercado consumidor do Norte.

Criação da Sociedade Italiana

A construção da identificação nacional italiana foi edificada durante o século XX, porém havia o elemento de

uma língua e religiosidade comum (o que no caso de algumas unificações pelo mundo é um grande avanço),

durante as agitações pela unificação surgia o Risorgimento Letterario movimento artístico pró-unificação e

romancista que fazia críticas e sátiras aos governos controlados pelos austríacos, esses escritos favoreciam a

unidade tendo em vista que circulavam por toda a península, devemos citar que este tipo de arte era

patrocinado pelos governos unificadores.

As sociedades nos reinos do Norte eram mais industriais com uma massa urbana operária e uma classe média

de profissionais liberais, o grupo dominante era a burguesia industrial que financiou a campanha nortista pela

unificação com destaque ao reino de Piemonte e Sardenha. Isso foi possível graças a políticas liberais que

favoreciam a industrialização e a conquista de direitos políticos pela burguesia.

A Unificação.

O processo da unificação começou junto com o século XIX, mas os movimentos se radicalizaram somente

depois da metade do século e foi marcado por guerras muito sangrentas frente a resistência austríaca (e mais

tarde Austro-Húngara). O ano era 1859 quando com o apoio de populares, Giuseppe e seus Camisas

Vermelhas, as forças de Napoleão III e os piemonteses declararam guerra contra o Império Austro-húngaro

conquistando o reino da

Lombárdia e iniciando a campanha rumo a unificação.

No ano seguinte Parma, Modena, Romagna e Toscana foram anexadas ao reino de Piemonte, ao sul Garibaldi

incorporava o Reino das Duas Sicílias ainda em 1861 os Estados Pontíficos foram anexados a Itália formando o

Reino de Itália com Vitor Emanuel II como o primeiro rei italiano. Em 1866 os italianos auxiliados pela Prússia

anexaram Veneza que era controlada pelos austríacos até então.

Até aqui somente sobrava Roma para a unificação completa, porém esta era governada pelo Papa e tinha a

proteção francesa, no entanto estourava em 1870 a guerra Franco Prussiana e os soldados franceses sediados

em Roma foram chamados para a defesa da França. Assim o caminho para a unificação estava em seu final,

Roma foi incorporada e a unificação estava concluída.

A igreja não reconheceu o Estado Italiano até 1929, porém o Tratado de Latrão proposto por Benito Mussolini

providenciou o reconhecimento em troca da criação do Estado do Vaticano (o menor país do mundo) e de

indenização referentes a perda dos Estados Papais.

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H

is.

EXERCÍCIOS

1. Considere os textos a seguir, que se referem a dois momentos distintos da história alemã:

respectivamente, à unificação do Estado nacional, no século XIX, e ao período nazista, no século XX.

O próprio Bismarck parece não ter se preocupado muito com o simbolismo, a não ser pela criação de

uma bandeira tricolor, que unia a branca e preta prussiana com a nacionalista liberal preta, vermelha e

dourada (...). (Eric Hobsbawn. A invenção das tradições Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 281)

Hitler escreve a propósito da bandeira: como nacional-socialistas, vemos na nossa bandeira o nosso

programa. Vemos no vermelho a ideia social do movimento, no branco a ideia nacionalista, na suástica

a nossa missão de luta pela vitória do homem ariano e, pela mesma luta, a vitória da ideia do trabalho

criador que como sempre tem sido, sempre haverá de ser antissemita (Wilhelm Reich. Psicologia de massas do fascismo . São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 94-5)

Sobre os processos e períodos históricos mencionados acima, pode-se dizer que:

a) o nazismo chegou ao poder por meio de um golpe militar, em 1933, e criou o Terceiro Império

após sua derrota na Segunda Guerra Mundial.

b)

contra a fragmentação política da Confederação Germânica e se aliaram à Áustria para conseguir

a unidade nacional alemã.

c) o nazismo foi derrotado ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando a Alemanha foi

repartida entre os vencedores e sua capacidade de produção industrial foi destruída para que se

d) a unificação envolveu diversos conflitos e fez nascer, em 1871, sob comando prussiano, o Segundo

econômica e militar alemã, que

durou até a Primeira Guerra Mundial.

e) o nazismo surgiu após a Primeira Guerra Mundial, em 1918, e pregou a necessidade de a Alemanha

lutar contra comunistas e judeus mas aliar-se a países vizinhos de população

branca e ariana, como França e Inglaterra.

2. A composição das duas bandeiras, a que os textos da questão anterior se referem, presta-se, nos dois

casos, a:

a) representar o caráter socialista do Estado alemão moderno, daí a presença do vermelho nas duas

bandeiras.

b) identificar o projeto político vitorioso e dominante com o conjunto da sociedade e com o Estado

alemão.

c) defender a paz conquistada após os períodos de guerra, daí a presença do branco nas duas

bandeiras.

d) valorizar a diversidade de propostas políticas existentes, caracterizando a Alemanha como país

democrático e plural.

e) demonstrar o caráter religioso e cristão do Estado alemão, daí a presença do preto nas duas

bandeiras.

3. A Itália, antes de ser unificada, era constituída de uma série de pequenos reinos fragmentados. O reino

que, sob a liderança do conde Camilo de Cavour, encabeçou o processo de unificação, na segunda

metade do século XIX, foi:

a) Reino de Piemonte-Sardenha

b) Reino de Lancaster

c) Reino de Córsega

d) Reino de Lombardia

e) Reino de Mônaco.

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H

is.

4. Os movimentos nacionais, na Alemanha e na Itália, na 2ª metade do século XIX, além das diferenças

políticas têm como objetivo a:

a) unidade política e econômica como requisito para o desenvolvimento capitalista através do

fortalecimento do Estado e da integração geográfica dos mercados.

b) independência econômica frente à intervenção econômica inglesa com a manutenção de

estruturas de produção medievais.

c) valorização do arianismo como instrumento de recuperação do homem germânico e italiano e

criador do espaço vital

d) construção de um estado forte inspirado nos modelos orientais como base política para a

recuperação da posição que Itália e Alemanha haviam ocupado no final do século XVIII.

e) manutenção de uma política de proteção territorial contra os interesses franceses resultantes da

expansão napoleônica assentados numa perspectiva política conservadora.

5. Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre o processo de unificação da Alemanha

(1871) e da Itália (1870):

a) Na Itália, a proclamação da República por Giuseppe Garibaldi, líder do movimento carbonário e

republicano, estabilizou economicamente o país, permitindo a fixação das fronteiras

internacionais italianas e sua unificação interna.

b) Na Itália, com o apoio do Papa Pio IX, o movimento unificador difundiu-se a partir da cidade de

Roma, sendo contrário aos interesses econômicos da burguesia do Piemonte e do norte do país.

c) Na Alemanha, Bismarck implementou a unificação com a ajuda econômica e militar do Império

Austríaco, opondo-se à política separatista da Prússia de Guilherme I.

d) A criação da União Alfandegária (Zollverein) entre os estados alemães desenvolveu a

industrialização e a economia da Confederação Germânica, culminando na unificação política

com a criação do Segundo Reich (império) Alemão.

e) Ambos os processos unificadores resultaram da derrota dos movimentos nacionalistas locais

frente à reação das forças monárquicas reunidas pelo Congresso de Viena.

6. No final da chamada era napoleônica derrotado o imperador francês em 1815, tornou-se possível a

recomposição das forças sociais e políticas ligadas ao Antigo Regime, em boa parte do continente

europeu. Nada disso deteve, porém, a onda revolucionária e o surgimento de revoltas, a partir de 1820

até 1848. Na Itália, por exemplo, coube a uma sociedade secreta a elaboração de um programa político

contra as tirania cuja grande meta era a unificação da nação italiana e o triunfo dos princípios liberais.

Assinale a opção que identifica corretamente os revolucionários anteriormente mencionados:

a) Pedreiros-livres

b) Cristãos-novos

c) Maçons

d) Carbonários

e) Jacobinos

7. Na base do processo das unificações italiana e alemã, que alteraram o quadro político da Europa no

século XIX, estavam os movimentos:

a) sociais acentuadamente comunistas.

b) liberais acentuadamente nacionalistas.

c) iluministas acentuadamente burgueses.

d) reformistas acentuadamente religiosos.

e) renascentistas acentuadamente mercantis.

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is.

8. Em 1860, um contemporâneo da unificação da Itália afirmou: "Fizemos a Itália; agora precisamos

fazer

(AZEGLIO, Massimo (1792-1866). Apoud HOBSBAWM, E. "A era do capital: 1848-1875". Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1977.)

Essa frase traduz uma particularidade da construção da unidade italiana, que é identificada na:

a) divergência entre nacionalismo e nação-estado

b) fusão entre nacionalismo de massa e patriotismo

c) adoção da língua italiana no dia-a- dia da população

d) união entre os interesses dos partidários da Igreja e da República

e) a fusão de uma social democracia com o nacionalismo

9. Leia o texto a seguir:

Com a crescente expansão da industrialização do continente europeu, a partir de 1830, os pequenos

Estados italianos e alemães sentiram a necessidade de promover uma centralização, com o objetivo de

conseguir equiparar-se às grandes potências, principalmente França e Inglaterra. Ainda politicamente

fracas, nem a burguesia italiana nem a alemã tinham condições de assumir a direção do governo. Por

isso, aceitavam a monarquia constitucional, desde que o Estado incentivasse o progresso econômico.

Acreditavam que só assim poderiam chegar à centralização política, sem passar necessariamente por

mudanças estruturai

O texto está relacionado com

a) as "trade-unions", ou uniões operárias, que inicialmente eram entidades de auxílio mútuo,

fortemente assistencialista, preocupado em ajudar trabalhadores com dificuldades econômicas e

reivindicar melhores condições de trabalho.

b) o socialismo utópico, assim chamado por acreditar na organização comunista das sociedades, sem

lutas de classe, através de reformas pacíficas e graduais.

c) o socialismo científico, que criticava o capitalismo dominante, propondo a organização de uma

sociedade comunista, necessariamente pela luta de classes.

d) o movimento cartista, em que os trabalhadores ingleses promoveram agitações de rua e

apresentaram ao Parlamento reivindicações como: representação igual para todas as classes, sufrágio

universal restrito para os homens aos vinte e um anos, etc.

e) o nacionalismo, na prática representada pela unificação da Itália e da Alemanha, o qual defendia a

luta dos povos ligados por laços étnicos, linguísticos e culturais, pela sua independência como

nação.

10. A unificação italiana, no final do século XIX, ameaçou a integridade territorial da Igreja. Esse impasse

resultou:

a) no reforço dos sentimentos nacionalistas na Itália, provocando a expropriação das terras da Igreja.

b) no envolvimento da Igreja em lutas nacionais, criando congregações para a expansão do

catolicismo.

c) na adoção de atitudes liberais pelo Papa Pio IX, como forma de deter as forças fascistas.

d) na assinatura do Tratado de Latrão, em 1929, quando Mussolini criou o Estado do Vaticano.

e) defenderam a Itália independente.

QUESTÃO CONTEXTO

Apesar de serem contemporâneas e terem inúmeras semelhanças como terem sido liderados por potências

industrias, motivados pelas elites econômicas e unirem um povo de língua e cultura em comum o projeto de

unificação da Itália e da Alemanha tem algumas diferenças.

Aponte e explique uma das diferenças.

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is.

GABARITO

Exercícios

1. d) a Prússia unificou a Alemanha com um grande projeto de industrialização e crescimento no cenário

Europeu, sendo que a competição entre os alemães e as outras nações invariavelmente culminariam em

um conflito armado.

2. b) as bandeiras, principalmente depois do século XIX, serviram majoritariamente para expressar a

ideologia dominante do governo.

3. b) Piemonte e Sardenha foi o que a Prússia foi para a unificação da Alemanha, a nação mais desenvolvida

industrialmente e a dominante no comércio regional unificou o território sob seu projeto de monarquia

constitucional.

4. a) os movimentos vencedores nas unificações viam a unificação sob um aspecto capitalista, industrial e

liberal já que defendiam uma monarquia constitucional que fomentasse o progresso econômico

capitalista.

5. d) o acordo aduaneiro favoreceu a unificação alemã depois da guerra franco prussiana, que ajudou por

sua vez na unificação dos estados papais á Itália.

6. d) os carbonários era um movimento burguês inspirado nas ideias liberais que pretendia a unificação sob

um espectro republicano.

7. b) a primavera dos povos evidenciou o liberalismo político e econômico defendido pelas burguesias

desses dois países que se rebelaram durante esse período.

8. a) a formação de um estado nação não se associa automaticamente ao sentimento nacionalista na

população, assim era necessária uma criação de uma identificação cultural em comum entre as várias

partes da Itália.

9. e) uma nação somente pode se formar sob uma ideologia que a unifique culturalmente.

10. d) Mussolini a fim de resolver velhas diferenças e aumentar sua base de apoio assinou o Tratado de

Latrão que criou o estado do Vaticano.

Questão Contexto.

Podemos apontar como diferença a unificação a formação de movimentos populares na Itália e a não

constatação dos movimentos como a Carbonária e os Camisas Vermelhas na Alemanha, isso se deveu pela

centralização do processo de unificação alemão nas mão da Prússia desde o início.

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it.

Lit.

Professor: Diogo Mendes

Monitor: Pamela Puglieri

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L

it.

Simbolismo (Portugal): Camilo Pessanha 22

jun

RESUMO

Intimamente ligado ao estado de depressão generalizada que tomou conta do povo lusitano durante

a crise da monarquia, o Simbolismo levanta na literatura portuguesa um contraponto a outras tendências

literárias crescentes do período, notadamente o realismo e o parnasianismo, e incorpora temáticas específica

em sua poesia. Com a publicação da revista Oaristos, em 1890, tem início oficialmente o simbolismo

português. No entanto, em revistas acadêmicas como Os Insubimissos e Boêmia nova, o movimento vinha

ganhando forças há algum tempo e levando a Portugal as tendências simbolistas da França - já mencionadas

na aula anterior..

As características do simbolismo português não diferem muito daquelas dos simbolismos francês e

brasileiro. Há uma rejeição ao racionalismo, ao materialismo e ao cientificismo em voga na época e uma

busca por respostas mais místicas para as manifestações da realidade, envolvendo até mesmo temáticas

religiosas e um desejo de sublimação. Por tudo isso, o eu acaba se sobressaindo e a subjetividade ganha

espaço nos poemas.

Quanto aos aspectos formais, vemos na poesia simbolista uma tendência ao uso de assonância e

aliteração como forma de valorizar a musicalidade dos versos. A linguagem fluida acaba valorizada pelo

mesmo motivo.

O simbolismo em Portugal começa a perder forças com a proclamação da república e tem seu fim

oficial em meio à Primeira Guerra Mundial, quando o modernismo teve início.

Principais nomes do simbolismo português:

Camilo Pessanha: considerado o melhor poeta do simbolismo português, é autor de Clepsidra, livro

em que expressa seu pessimismo característico do movimento simbolista.

MADALENA

Ó Madalena, ó cabelos de rastos,

Lírio poluído, branca flor inútil...

Meu coração, velha moeda fútil,

E sem relevo, os caracteres gastos,

De resignar-se torpemente dúctil...

Desespero, nudez de seios castos,

Quem também fosse, ó cabelos de rastos,

Ensangüentado, enxovalhado, inútil,

Dentro do peito, abominável cômico!

Morrer tranqüilo, o fastio da cama...

Ó redenção do mármore anatômico,

Amargura, nudez de seios castos!...

Sangrar, poluir-se, ir de rastos na lama,

Ó Madalena, ó cabelos de rastos!

POEMA FINAL

Ó cores virtuais que jazeis subterrâneas,

_ Fulgurações azuis, vermelhos de hemoptise,

Represados clarões, cromáticas vesânias,

No limbo onde esperais a luz que vos batize,

As pálpebras cerrai, ansiosas não veleis.

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L

it.

Abortos que pendeis as frontes cor de cidra,

Tão graves de cismar, nos bocais dos museus,

E escutando o correr da água na clepsidra,

Vagamente sorris, resignados e ateus,

Cessai de cogitar, o abismo não sondeis.

Gemebundo arrulhar dos sonhos não sonhados,

Que toda a noite errais, doces almas penando,

E as asas lacerais na aresta dos telhados,

E no vento expirais em um queixume brando,

Adormecei. Não suspireis. Não respireis.

CAMINHO

Tenho sonhos cruéis; n'alma doente

Sinto um vago receio prematuro.

Vou a medo na aresta do futuro,

Embebido em saudades do presente...

Saudades desta dor que em vão procuro

Do peito afugentar bem rudemente,

Devendo, ao desmaiar sobre o poente,

Cobrir-me o coração dum véu escuro!...

Porque a dor, esta falta d_harmonia,

Toda a luz desgrenhada que alumia

As almas doidamente, o céu d'agora,

Sem ela o coração é quase nada:

Um sol onde expirasse a madrugada,

Porque é só madrugada quando chora.

Temos, nesses poemas publicados em Clepsidra, algumas características clássicas do simbolismo: a

religiosidade/misticismo, imagens sombrias e pessimismo.

Antônio Nobre: É extremamente pessimista e egocêntrico em sua poesia. Sua principal obra é Torres,

em que apresenta um culto sebastianista (de crença no retorno do desaparecido D. Sebastião, rei de

Portugal) e uma visão saudosista do passado português.

POVEIRO

Poveirinhos! meus velhos pescadores!

Na Agoa quizera com vocês morar:

Trazer o lindo gorro de trez cores,

Mestre da lancha Deixem-nos passar!

Far-me-ia outro, que os vossos interiores

De ha tantos tempos, devem já estar

Calafetados pelo breu das dores,

Como esses pongos em que andaes no mar!

Ó meu Pae, não ser eu dos poveirinhos!

Não seres tu, para eu o ser, poveiro,

Mail-Irmão do «Senhor de Mattozinhos»!

No alto mar, ás trovoadas, entre gritos,

Promettermos, si o barco fôri intieiro,

Nossa bela á Sinhora dos Afflictos!

Eugênio de Castro: autor de Oaristos, obra com inovações rítmicas e temáticas. Seus poemas são

pessimistas, tematizando notadamente paixões fatais/necrofilia.

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L

it.

AMOR VERDADEIRO

Tua frieza aumenta o meu desejo:

fecho os meus olhos para te esquecer,

mas quanto mais procuro não te ver,

quanto mais fecho os olhos mais te vejo.

Humildemente atrás de ti rastejo,

humildemente, sem te convencer,

enquanto sinto para mim crescer

dos teus desdéns o frígido cortejo.

Sei que jamais hei de possuir-te, sei

que outro feliz, ditoso como um rei

enlaçará teu virgem corpo em flor.

Meu coração no entanto não se cansa:

amam metade os que amam com espr'ança,

amar sem espr'ança é o verdadeiro amor.

EXERCÍCIOS

1. Considere os versos que seguem.

Chorai, arcadas

Do violoncelo!

Convulsionadas

Pontes aladas

E os alabastros

Dos balaústres!

(Camilo Pessanha)

Indique a alternativa correta.

a) Valoriza recursos estilísticos como o ritmo e a sonoridade, características da poesia simbolista.

b) Retoma da poesia palaciana a redondilha maior, os versos brancos e a estrutura paralelística.

c) Apresenta nítida influência da poesia Modernista, por causa da presença de versos curtos e da

temática onírica.

d) Reforça a idéia do sofrimento amoroso, de nítida influência romântica.

e) Verificam-se características típicas do estilo neoclássico com a presença de linguagem rebuscada.

O texto seguinte é referente às questões 2 e 3

Ó Virgens que passais, ao Sol-poente,

Pelas estradas ermas, a cantar!

Eu quero ouvir uma canção ardente,

Que me transporte ao meu perdido Lar.

Cantai-me, nessa voz onipotente,

O Sol que tomba, aureolando o Mar,

A fartura da seara reluzente,

O vinho, a Graça, a formosura, o luar!

Cantai! cantai as límpidas cantigas!

Das ruínas do meu Lar desterrai

Todas aquelas ilusões antigas

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L

it.

Ó suaves e frescas raparigas,

Adormecei- NOBRE, Antônio. In: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos textos. 29 ed. São Paulo: Cultrix,1997.

2. Uma das características do simbolismo é um gosto pelo abstrato, pelo impalpável. Que recurso gráfico

empregado no poema contribui para a produção desse efeito?

3. Além de expressar o desejo por uma canção, o poema em si também apresenta certa musicalidade.

Transcreva um verso em que essa musicalidade seja evidente e nomeie o recursosonoro empregado.

4. Assinale a alternativa que não se refere ao Simbolismo.

a) Na busca de uma linguagem exótica, colorida, musical, os autores não resistem, muitas vezes, à idéia

de criar novos termos.

b) Ocorre grande interesse pelo individual e pelo metafísico.

c) Há assuntos relacionados ao espiritual, místico, religioso.

d) Nota-se o emprego constante de aliterações e assonâncias.

e) Busca-se uma poesia formalmente perfeita, impassível e universalizante.

5. Autobiografia

Vendo-me num beco sem saída, compreendi que era tempo de procurar uma nova senda

ventilada e luminosa, que era necessário abrir para a paisagem, remoçada pelo vigor das novas

colheitas, as janelas do Parnaso português, até então hermeticamente fechadas, e varrer dessas janelas

as teias de aranha que comprometiam a limpidez dos seus vidros.

Providencialmente passaram sob os meus olhos alguns livros dos simbolistas franceses,

recentemente publicados, de Verlaine e Moréas, de Mallarmé e Viêlê-Griffm, de Henri de Regnier e de

Gustave Khan. Esses livros ensinaram-me milagrosamente a orientar as vagas e flutuantes aspirações

do meu espírito e mostraram-me como a poesia portuguesa facilmente recobraria o seu vigor e a graça

das suas grandes épocas, se alguém iniciasse nela um movimento idêntico ao francês, variando os

ritmos e os motivos de inspiração, renovando o fatigado guarda-roupa das imagens, substituindo a

expressão directa pelo símbolo e a expressão lineal dos parnasianos pela sugestão musicalmente vaga

dos simbolistas. CASTRO, Eugênio de. In: Antologia. Lisboa: IN/CM, 1987. senda: rumo, direção.

O texto refere-se à forma como se dá o momento de transição entre dois movimentos literários,

especificamente o Simbolismo e o Parnasianismo. Responda

a) Como seria, com base no que diz o autor, o estilo dos parnasianos?

b) Segundo Eugênio de Castro, como se caracteriza a adesão ao novo momento literário?

Leia os poemas de Charles Baudelaire e Antônio Nobre para responder às questões de 5 a 7.

Texto 1

O cachimbo

Sou o cachimbo de um autor.

Vê-se, ao contemplar meu semblante

De cafre ou de abissínia errante.

Que muito fuma o meu senhor.

Quando ele está cheio de dor,

Sou como a choça fumegante

Onde a comida aguarda o instante

Em que regressa o lenhador.

Sua alma embalo docemente

Na rede azul e movediça

Que em minha boca o fogo atiça.

E entorno um bálsamo envolvente

Que ao coração lhe traz a calma

E lhe dá cura aos males da alma. BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

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L

it.

cafre: indivíduo de uma população africana banta, afim dos zulus, não muçulmana, do sudeste da África.

abissínia: região hoje denominada etiópia, na África.

choça: cabana rústica.

bálsamo: aroma agradável e penetrante, perfume.

Texto 2

O meu cachimbo

Ó meu cachimbo! Amo-te imenso!

Tu, meu turíbulo sagrado!

Com que, Sr. Abade, incenso

A abadia do meu passado.

Fumo? E ocorre-me à lembrança

Todo esse tempo que lá vai,

Quando fumava, ainda criança,

Às escondidas de meu pai.

Vejo passar a minha vida,

Como num grande cosmorama:

Homem feito, pálida ermida,

Infante, pela mão da ama.

Por alta noite, às horas mortas,

Quando não se ouve pio, ou voz,

Fecho os meus livros, fecho as portas

Para falar contigo a sós.

E a noite perde-se em cavaco,

Na Torre de Anto, aonde eu moro!

Ali, metido no buraco,

Chorando (penso e não digo)

Os olhos fitos neste chão,

Os meus amigos onde estão?

Hoje, delícias no abandono!

Vivo na paz, vivo no limbo:

Os meus amigos são o Outono,

O mar e tu, ó meu cachimbo!

Ah! Quando for do meu enterro,

Quando partir gelado, enfim,

Nalgum caixão de mogno e ferro,

Quero que vás ao pé de mim.

Santa mulher que me tratares,

Quando em teus braços desfaleça,

Caso meus olhos não cerrares,

Embora! Que isto não te esqueça:

Coloca, sob a travesseira,

O meu cachimbo singular

E enche-o, solícita enfermeira,

Com Gold-

Como passar a noite, amigo!

No Hotel da Cova sem conforto?

Assim levando-te comigo,

Esquecer-me- NOBRE, Antônio. Só. Lisboa: Ulisseia, 1998. (Fragmento).

turíbulo: incensório, vaso em que se queima o incenso.

cosmorama: conjunto de vistas, quadros dos mais diversos países, ampliados por instrumentos ópticos.

ermida: pequena igreja ou capela erguida em lugar ermo, afastado.

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L

it.

cavaco: conversa.

limbo: estado de indecisão, incerteza, indefinição; ausência de memória, esquecimento.

travesseira: o mesmo que travesseiro.

6. A leitura dos dois textos permite reconhecer algumas semelhanças. Qual personagem que aparece

mencionado nos dois poemas?

7. O eu lírico é o mesmo nos dois textos? Justifique sua resposta com base nos poemas.

8. nos dois textos?

9. A partir da descrição do eu lírico de cada um dos poemas, podemos dizer que há intertextualidade

entre os dois textos? Justifique sua resposta.

10. Arte poética

A Música antes de

tudo,

E para isso prefere o

Ímpar

Mais vago e mais solúvel no

ar,

Sem nada nele que pese ou que

pouse

Ê preciso também que não

vás

Escolher tuas palavras sem alguma

ambiguidade:

Não há nada mais caro do que a canção

cinzenta

Onde o Indeciso ao Preciso se

une.

Toma a eloquência e torce-lhe o

pescoço!

Farás muito bem, com um pouco de

energia,

Em tornar a Rima mais

sensata.

Se não a vigiarmos, até onde ela

irá?

Oh, o que dizer dos danos da

Rima?

Que criança surda ou que negro

louco

Forjou-nos essa joia de um

vintém

Que soa oca e falsa sob a lima? VERLAINE, Paul. In: GOMES, Álvaro Cardoso. A estética simbolista: textos doutrinários comentados. 2. ed. São Paulo: Atlas,

1994. (Fragmento).

a) Na primeira estrofe, há referência a duas das principais características do simbolismo. Quais são

elas?

b)

simbolismo.

c) O poema afirma, na segunda estrofe, que a poesia deve ser o lugar em que o indeciso se une ao

Preciso. Em que espaço pode se situar a precisão da poesia simbolista?

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L

it.

QUESTÃO CONTEXTO

completou 25 anos desde o seu lançamento. A trama apresenta ao público o dia a dia de uma família pouco

comum: promovem o culto à morte, só usam roupas escuras, apreciam a vida noturna e convivem com

seres, que para nós, se limitam ao plano do imaginário, tais como mortos vivos e uma mão que anda,

A personagem Vandinha, na imagem em questão, nos apresenta um de seus principais

pensamentos: seu interesse por homicídios. No simbolismo, a voz lírica também cultuava a morte,

mas de forma diferente da que é estabele

conhecimentos, explique o que diferencia a aproximação da morte da Vandinha com o movimento

literário.

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L

it.

GABARITO

Exercícios

1. a

uma preocupação especial com a musicalidade do verso. Tal precupação é marca do simbolismo.

2.

em si, mas ao seu conceito genérico.

3. O sol, o campo, o vinho, a Graça, a formosura e o luar.

4. e a poesia simbolista tende a ser o oposto de racional e universalizante: ela busca privilegiar o sentido

à reflexão e o particular ao universal.

5. a) Há uma descrição que deixa entrever o movimento parnasiano como algo velho e já ultrapassado. As

-

b) Aderir ao simbolismo representaria para a po

seu vigor

-roupa das imagens, substituindo a expressão directa pelo símbolo e a

ex

6. O cachimbo.

7.

já no poema de António Nobre, é o dono do cachimbo q

Amo-

8. Em ambos os textos o cachimbo exerce uma função de calmante, de amigo inseparável de seu dono. o

-o com frequência, fazendo-o expelir muita fumaça. Já o eu lírico de

Antônio Nobre chega ao extremo de querer que seu cachimbo o acompanhe até o caixão. é interessante

notar também, no poema de Antônio Nobre, que o cachimbo o acompanha desde a infância e é o único

amigo que lhe resta agora que está próximo da morte.

9.

cachimbo é o eu lírico que se pronuncia, descreve os hábitos de seu dono, mostrando de que modo ele

o acalma e o distrai. No poema de António Nobre, por sua vez, é o dono do cachimbo quem fala e suas

modo como o descreve o próprio cachimbo no poema de Baudelaire.

10. a) A apreciação do poder sugestivo da música e o gosto pelas coisas vagas.

za é um tom entre

o branco e o preto. Assim como a cor, a poesia não deve nomear nada com clareza ou objetividade: deve

situar-

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L

it.

c) A poesia simbolista caracteriza-se por tratar de temas vagos em uma linguagem precisa, ou seja, o

rigor formal não é abandonado. é essa a precisão citada no poema.

Questão Contexto

O culto à morte no movimento simbolista é motivado pela valorização do campo metafísico, uma vez que o

eu lírico acreditava que a verdadeira satisfação só se concretizava no plano espiritual. Já para a personagem

Vandinha, o culto à morte, além de ser ficcional, ajuda a construir a caracterização de sua personagem e

remete à naturalidade da violência, mesmo não havendo a sua execução.

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M

at.

Mat.

Professor: Gabriel Miranda

Monitor:

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M

at.

Trigonometria no triângulo retângulo 20

jun

RESUMO

Teorema de Pitágoras

hipotenusa2=cateto2+cateto2

Relações Trigonométricas Fundamentais

SENO

sen α= cateto opostohipoteusa COSSENO

cos α= cateto adjacentehipoteusa

TANGENTE tan α= cateto opostocateto adjacente

RELAÇÃO FUNDAMENTAL DO TRIÂNGULO RETÂNGULO

sen2α+cos2α=1

EXERCÍCIOS

1. A figura representa a vista superior do tampo plano e horizontal de uma mesa de bilhar retangular

ABCD com caçapas em A, B, C e D. O ponto P, localizado em AB representa a posição de uma bola de

bilhar, sendo PB = 1,5 e PA = 1,2 m. Após uma tacada na bola, ela se desloca em linha reta colidindo

com BC no ponto T, sendo a medida do ângulo PT B igual 60º. Após essa colisão, a bola segue, em

trajetória reta, diretamente até a caçapa D.

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M

at.

Nas condições descritas e adotando 3≅1,73, a largura do tampo da mesa, em metros, é próxima de a) 2,42. b) 2,08. c) 2,28. d) 2,00. e) 2,56.

2. Considere um hexágono, como o exibido na figura abaixo, com cinco lados com comprimento de 1

cm e um lado com comprimento de x cm.

a) Encontre o valor de x. b) Mostre que a medida do angulo α e inferior a 150°.

3. Caminhando em linha reta ao longo de uma praia, um banhista vai de um ponto A a um ponto B,

cobrindo a distância AB = 1200 m. Quando em A, ele avista um navio parado em N de tal maneira que

o ângulo NÂB é de 60º; quando em B, verifica que o ângulo NBA é de 45º. a) Faça uma figura ilustrativa da situação descrita.

b) Calcule a que distância da praia se encontra o navio.

4. Duas rodovias A e B se cruzam formando um ângulo de 45º. Um posto de gasolina se encontra na

rodovia A, a 4 km do cruzamento. Pelo posto passa uma rodovia retilínea C, perpendicular à rodovia

B. Qual a distância do posto de gasolina à rodovia B, indo através de C, em quilômetros?

5. Para medir a largura AC de um rio um homem usou o seguinte procedimento: localizou um ponto B

de onde podia ver na margem oposta o coqueiro C, de forma que o ângulo ABC fosse 60°; determinou

o ponto D no prolongamento de CA de forma que o ângulo CBD fosse de 90°. Medindo AD = 40 metros,

achou a largura do rio. Determine essa largura e explique o raciocínio.

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M

at.

6. No triângulo retângulo ABC, ilustrado na figura, a hipotenusa AC mede 12 cm e o cateto BC mede 6

cm. Se M é o ponto médio de BC, então a tangente do ângulo MÂC é igual a:

a) 27

b) 37

c) 27

d) 227

e) 237

7. Ao decolar, um avião deixa o solo com um ângulo constante de 15°. A 3,8 km da cabeceira da pista

existe um morro íngreme. A figura abaixo ilustra a decolagem, fora de escala.

Podemos concluir que o avião ultrapassa o morro a uma altura, a partir da sua base, de a) 3,8 tan (15°) km. b) 3,8 sen (15°) km. c) 3,8 cos (15°) km. d) 3,8 sec (15°) km.

8. Um prédio hospitalar está sendo construído em um terreno declivoso. Para otimizar a construção, o

arquiteto responsável idealizou o estacionamento no subsolo do prédio, com entrada pela rua dos

fundos do terreno. A recepção do hospital está 5 metros acima do nível do estacionamento, sendo

necessária a construção de uma rampa retilínea de acesso para os pacientes com dificuldades de

locomoção. A figura representa esquematicamente esta rampa (r), ligando o ponto A, no piso da

recepção, ao ponto B, no piso do estacionamento, a qual deve ter uma inclinação α mínima de 30° e

máxima de 45°.

Nestas condições e considerando 2≅1,4 quais deverão ser os valores máximo e mínimo, em metros,

do comprimento desta rampa de acesso?

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M

at.

9. Na figura abaixo, tem-se AC= 3, AB= 4 e CB= 6. O valor de CD é:

a) 17/12 b) 19/12 c) 23/12 d) 25/12 e) 29/12

10. A caçamba de um caminhão basculante tem 3 m de comprimento das direções de seu ponto mais

frontal P até a de seu eixo de rotação e 1 m de altura entre os pontos P e Q. Quando na posição

horizontal, isto é, quando os segmentos de retas r e s se coincidirem, a base do fundo da caçamba

distará 1,2 m do solo. Ela pode girar, no máximo, α graus em torno de seu eixo de rotação, localizado

em sua parte traseira inferior, conforme indicado na figura.

Dado cos α =0,8, a altura, em metros, atingida pelo ponto P, em relação ao solo, quando o ângulo de giro

α for máximo, é: a) 4,8.

b) 5,0.

c) 3,8.

d) 4,4.

e) 4,0.

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M

at.

GABARITO

Exercícios

1. a

Vamos supor que PTB DTC. Assim, do triângulo BPT, vem

Por outro lado, do triângulo CDT, encontramos

Em consequência, segue que o resultado pedido é

2.

a) Aplicando o teorema de Pitágoras nos triângulos OAB, AOB, OCD e ODE, respectivamente, obtém-se:

b) Pela figura pode-se obter os seguintes resultados:

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M

at.

3.

a) Desenho

b) Pela figura temos:

4. Sabemos que:

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M

at.

5. Como A e B são pontos na mesma margem do rio, ,portanto é a altura relativa à

hipotenusa.

6. b

7. a

Construindo um triângulo retângulo

H3,8 = tg 15° H=3,8.tg15°

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M

at.

8.

Portanto, o valor mínimo do comprimento da rampa de acesso será 7 m e o valor máximo será 10 m.

9. e

10. c

Considere a figura:

Sendo cos α =0,8, pela reação trigonométrica fundamental:

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M

at.

Logo do triângulo QNS, temos:

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P

or.

Por.

Professor: Fernanda Vicente

Monitor: Pamela Puglieri

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P

or.

Adjunto Adnominal X Complemento

Nominal

19

jun

RESUMO

Adjunto Adnominal

O adjunto adnominal possui valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um

substantivo independente da função dele. Esse termo pode vir expresso por:

a) adjetivo: O notável poeta português deixou uma obra originalíssima. b) locução adjetiva: Ele tinha a memória de prodígio. c) artigo (definido ou indefinido): O ovo é a cruz que a galinha carrega na vida. (C.Lispector) d) pronome adjetivo: Vários expositores venderam suas mercadorias. e) numeral: Ela casou há duas semanas. f) oração adjetiva: Venho cumprir uma missão do sacerdócio que abracei. (M. de Assis)

Complemento Nominal

O complemento nominal é o termo da oração que vem ligado por preposição e completa o sentido de

um substantivo, adjetivo ou advérbio que, sozinhos, possuem significado incompleto. Esse complemento

pode ser representado por:

a) substantivo: Só ela parecia alheia a toda essa criatividade. b) pronome: Ninguém teve notícia dele. c) numeral: A presença dele era necessária a ambas. d) palavra ou expressão substantivada: Os adversários estavam em uma luta do sim e do não. e) oração completiva nominal: Estou com vontade de comer chocolate.

Entretanto, deve-se ter atenção na diferenciação entre adjunto adnominal e complemento nominal.

O adjunto adnominal ocorre quando: 1- o termo antecedente for substantivo substantivo concreto, o seguinte é adjunto adnominal. Exemplo: Casa de José . 2- representar o agente, a expressão preposicionada é adjunto adnominal. Exemplo: A invenção de Santos Dumont mudou o mundo.

O complemento nominal ocorre quando: 1- o termo antecedente for adjetivo ou advérbio, o seguinte é complemento nominal. Exemplo: Obediente às ordens. 2- quando a expressão preposicionada representa o termo paciente, será complemento nominal. Exemplo: A invenção do avião mudou o mundo.

Observe os exemplos de adjunto adnominal e complemento nominal expressos no item 2. É possível

perce

da invenção e por isso é um complemento nominal.

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P

or.

EXERCÍCIOS

1. Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

- em que espelho ficou perdida

a minha face?

MEIRELES, Cecília. Obra Poética de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1958.

Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta.

a)

(do primeiro verso), exercendo, pois, a função de adjuntos adverbiais de modo.

b)

caracterizando-o; portanto, essa oração exerce a função sintática de adjunto adnominal.

c) -se como verbo transitivo direto, embora

esteja ligado a seu complemento r meio de preposição.

d)

2. Leia:

I. Lembrou-se da pátria com saudades e desejou sentir novamente os aromas de sua terra e de sua

gente.

II. A defesa da pátria é o princípio da existência do militarismo.

Assinale a alternativa que apresenta correta afirmação sobre os termos destacados nas frases I e II.

a) As frases I e II apresentam em destaque adjuntos adnominais.

b) As frases I e II apresentam em destaque complementos nominais.

c) A frase I apresenta em destaque um objeto indireto e a frase II apresenta em destaque um

complemento nominal.

d) A frase I apresenta em destaque um objeto indireto e a frase II apresenta em destaque um adjunto

adnominal.

3. FAVELÁRIO NACIONAL

Quem sou eu para te cantar, favela,

Que cantas em mim e para ninguém

a noite inteira de sexta-feira

e a noite inteira de sábado

E nos desconheces, como igualmente não te conhecemos?

Sei apenas do teu mau cheiro:

Baixou em mim na viração,

direto, rápido, telegrama nasal

anunciando morte... melhor, tua vida.

...

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or.

Aqui só vive gente, bicho nenhum

tem essa coragem.

...

Tenho medo. Medo de ti, sem te conhecer,

Medo só de te sentir, encravada

Favela, erisipela, mal-do-monte

Na coxa flava do Rio de Janeiro.

Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver

nem de tua manha nem de teu olhar.

Medo de que sintas como sou culpado

e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade.

Custa ser irmão,

custa abandonar nossos privilégios

e traçar a planta

da justa igualdade.

Somos desiguais

e queremos ser

sempre desiguais.

E queremos ser

bonzinhos benévolos

comedidamente

sociologicamente

mui bem comportados.

Mas, favela, ciao,

que este nosso papo

está ficando tão desagradável.

vês que perdi o tom e a empáfia do começo?

... ANDRADE, Carlos Drummond de, Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984).

Assinale a alternativa em que a função sintática exercida pela oração em destaque está corretamente

indicada.

como sou culpado - adjunto adverbial.

ser seu irmão - objeto direto.

anunciando morte - adjunto adnominal.

de te sentir - objeto indireto.

4. Ele se encontrava sobre a estreita marquise do 18o andar. Tinha pulado ali a fim de limpar pelo lado

externo as vidraças das salas vazias do conjunto 1801/5, a serem ocupadas em breve por uma firma de

engenharia. Ele era um empregado recém-contratado da Panamericana Serviços Gerais. O fato de

haver se sentado à beira da marquise, com as pernas balançando no espaço, se devera simplesmente

a uma pausa para fumar a metade de cigarro que trouxera no bolso. Ele não queria dispensar este

prazer, misturando-o com o trabalho.

Quando viu o ajuntamento de pessoas lá embaixo, apontando mais ou menos em sua direção, não lhe

passou pela cabeça que pudesse ser ele o centro das atenções. Não estava habituado a ser este centro

e olhou para baixo e para cima e até para trás, a janela às suas costas.

Talvez pudesse haver um princípio de incêndio ou algum andaime em perigo ou alguém prestes a pular.

Não havia nada identifi cável à vista e ele, através de operações bastante lógicas, chegou à conclusão

de que o único suicida em potencial era ele próprio. Não que já houvesse se cristalizado em sua mente,

importância que dava a si próprio não permitia que aflorasse seriamente em seu campo de decisões a

possibilidade de um gesto tão grandiloquente. E que o instinto cego de sobrevivência levava uma

vantagem de uns quarenta por cento sobre seu instinto de morte, tanto é que ele viera levando a vida

até aquele preciso momento sob as mais adversas condições. (In: MORICONI, Ítalo (org.). Os cem melhores contos brasileiros do século. R. Janeiro: Objetiva, 2000)

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P

or.

destacados exercem, respectivamente, a função sintática de

a) objeto indireto, sujeito.

b) complemento nominal, objeto direto.

c) adjunto adnominal, sujeito.

d) objeto indireto, predicativo do objeto.

e) adjunto adnominal, predicativo do sujeito.

5. Muitos se preocuparam COM A DIFÍCIL SITUAÇÃO, embora ninguém se mostrasse DISPOSTO A NOVO

EMPREENDIMENTO.

Os termos destacados no período anterior, exercem, respectivamente, a função de:

a) complemento nominal, predicativo do sujeito, objeto indireto.

b) objeto indireto, objeto direto, complemento nominal.

c) complemento nominal, predicativo do objeto, objeto indireto.

d) objeto indireto, adjunto adverbial de modo, complemento nominal.

e) objeto indireto, predicativo do objeto, complemento nominal.

6. Analise atentamente as orações que seguem, tendo em vista os termos em destaque e em seguida

atenha-se ao que se pede:

O professor irritado deu uma advertência ao aluno.

Irritado, o professor deu uma advertência ao aluno.

O professor, irritado, deu uma advertência ao aluno.

Justifique-se.

7. Marque a alternativa correta quanto à função sintática do termo grifado na frase abaixo.

a) adjunto adnominal

b) objeto direto

c) complemento nominal

d) objeto indireto

e) vocativo

8. O consumidor não é o cidadão. Nem o consumidor de bens materiais, ilusões tornadas realidades

como símbolos: a casa própria, o automóvel, os objetos, as coisas que dão status. Nem o consumidor

de bens imateriais ou culturais, regalias de um consumo elitizado, como o turismo e as viagens, os

clubes e as diversões pagas; ou de bens conquistados para participar ainda mais do consumo, como a

educação profissional, pseudoeducação que não conduz ao entendimento do mundo. O eleitor

também não é forçosamente o cidadão, pois o eleitor pode existir sem que o indivíduo realize

inteiramente suas potencialidades como participante ativo e dinâmico de uma comunidade. O papel

desse eleitor não cidadão se esgota no momento do voto [...].

O cidadão é multidimensional. Cada dimensão se articula com as demais na procura de um sentido

para a vida. Isso é o que dele faz o indivíduo em busca do futuro, a partir de uma concepção de mundo,

aquela individualidade verdadeira. [...] O consumidor ( e mesmo o eleitor não cidadão) alimenta-se de

parcialidades, contenta-se com respostas setoriais, alcança satisfações limitadas, não tem direito ao

debate sobre os objetivos de suas ações públicas ou privadas. SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo, Nobel, 1996. p.41-42.

Sobre aspectos de morfossintaxe presentes no texto, é correto afirmar:

a) não não

classe dos advérbios.

b)

.

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P

or.

c) do do introduz

um complemento nominal.

d) pois

pois é conjunção conclusiva.

e) realize

verbal em negrito está no modo indicativo.

9. Há em Berlim uma casa que nunca fecha. Aquela noite que não termina jamais pode de fato começar

a qualquer momento do dia, às sete da manhã ou ainda às dez. Lá todos os tempos se estendem e noite

e dia se transformam em outra coisa. Naquela imensa boate que pretende expandir o seu plano de

existência, seu tempo infinito, sobre a vida e a cidade, construída em u

que deseja não terminar jamais.

À luz da vida tecno¹ avançada, as ideias tradicionais de dia e de noite se revelam mais frágeis,

bem mais insólitas do que a vida cotidiana sob o regime da produção nos leva a crer. Para alguns, o

mundo do dia se tornará definitivamente vazio e apenas a noite excitada e veloz vai concentrar em si o

valor do que é vivo.

Naquela boate, como em muitas outras, tudo se encerra apenas quando o efeito prolongado

e sistemático da droga se encerra. Como uma pausa para respirar, às vezes tendo passado muitos dias

entre uma jornada de diversão e sua suspensão momentânea. Para muitos, apenas pelo tempo mínimo

da reposição das forças até a próxima jornada, extenuante, sem fim, pela política imaginária da noite.

E, ainda mais. Para outros tantos, o próprio efeito da droga sob a pulsação infinita da música

eletrônica, experiência programática e enfeitiçada, não deveria se encerrar jamais: estes estariam

destinados ao projeto de dissolução na pulsação sem eu da música tecno, seja a dissolução do espírito,

em uma infantilização sem fim para os embates materiais da vida, seja a dissolução do corpo, ambos

igualmente reais.

De fato, após uma noite de vida tecno, é forte a experiência radical de vazio que se torna o

espírito do dia. A energia foi imensamente gasta à noite. Foi devastada, tornando o dia vazio de objeto,

porém vivo. Vivo no vazio, muito bem articulado à busca pelo excedente absoluto de mais tarde, à

noite. (A música do tempo infinito, 2012. Adaptado.)

1 tecno: estilo de música eletrônica.

"Há em Berlim uma casa que nunca fecha o parágrafo)

No período em que está inserida, a oração destacada tem valor e função, respectivamente, de

a) advérbio e adjunto adverbial.

b) substantivo e sujeito.

c) adjetivo e adjunto adnominal.

d) substantivo e objeto direto.

e) adjetivo e predicativo.

Leia o texto abaixo para as próximas duas questões:

CPFL Energia apresenta: Planeta Sustentável

É buscando alternativas energéticas renováveis que a gente traduz nossa preocupação com o meio

ambiente

Sustentabilidade é um conceito que só ganha força quando boas ideias se transformam em grandes ações.

É por acreditar nisso que nós, da CPFL, estamos desenvolvendo alternativas energéticas eficientes e

renováveis e tomando as medidas necessárias para gerar cada vez menos impactos ambientais. A utilização

da energia elétrica de forma consciente, o investimento em pesquisa e o desenvolvimento de veículos

elétricos, o emprego de novas fontes, como a biomassa e a energia eólica, e a utilização de créditos de

carbono são preocupações que há algum tempo já viraram ações da CPFL. E esta é a nossa busca: contribuir

para a qualidade de vida de nossos consumidores e oferecer a todos o direito de viver em um planeta

sustentável. Revista Veja. 30 dez. 2009

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P

or.

10. Considerando a análise sintática dos termos no texto, avalie as correspondências abaixo e, após

preencher com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações que seguem, assinale a alternativa em que se

encontra a sequência correlata de preenchimento dos parênteses.

predicativo do sujeito;

objeto direto;

objeto direto;

adjunto adverbial;

adjunto adnominal.

a) V F F - F F

b) V F F V - V

c) V F F V - F

d) V F F F - V

e) F F F - V V

11. Releia o segundo parágrafo do texto e observe os sub

a) objeto direto.

b) objeto indireto.

c) adjunto adverbial.

d) complemento nominal.

e) adjunto adnominal.

12.

A doença do amor

Luiz Felipe Pondé

Existe de fato amor romântico? Esta é uma pergunta que ouço quando, em sala de aula,

estamos a discutir questões como literatura romântica dos séculos 18 e 19. Quando o público é

composto de pessoas mais maduras, a tendência é um certo ceticismo, muitas vezes elegante, apesar

de trazer nele a marca eterna do desencanto.

Quando o público é mais jovem há uma tendência maior de crença no amor romântico.

Alguns diriam que essa crença é típica da idade jovem e inexperiente, assim como crianças creem em

Papai Noel. Mas, em matéria de amor romântico, melhor ainda do que ir em busca da literatura dos

séculos 18 e 19 é ir à fonte primária: a literatura europeia medieval, verdadeira fonte do amor

romântico. A literatura conhecida como amor cortês.

Especialistas no assunto, como o suíço Denis de Rougemont, suspeitavam que a literatura

medieval criou uma verdadeira expectativa neurótica no Ocidente sobre o que seria o amor

romântico em nossas vidas concretas, fazendo com que sonhássemos com algo que, na verdade,

nunca existiu como experiência universal. Dos castelos da Provence francesa do século 12 ao cinema

de Hollywood, teríamos perdido o verdadeiro sentido do amor medieval, que seria uma doença da

qual devemos fugir como o diabo da cruz.

Para além dos céticos e crentes, a literatura medieval de amor cortês é marcante pela sua

descrição do que seria esse pathos amoroso. Uma doença, uma verdadeira desgraça para quem fosse

atingindo em seu coração por tamanha tristeza. André Capelão, autor da época ("Tratado do Amor

Cortês", ed. Martins Fontes), sintetiza esse amor como sendo uma "doença do pensamento". Doença

essa que podemos descrever como uma forma de obsessão em saber o que ela está pensando, o que

ela está fazendo nessa exata hora em que penso nela, com o que ela sonha à noite, como é seu corpo

por baixo da roupa que a veste, o desejo incontrolável de ouvir sua voz, de sentir seu perfume. Mas

a doença avança: sentir o gosto da sua boca, beijá-la por horas a fio.

Mas, quando em público, jamais deixe ninguém saber que se amam. Capelão chega a supor

que desmaios femininos poderiam ser indicativos de que a infeliz estaria em presença de seu

desgraçado objeto de amor inconfessável. A inveja dos outros pelos amantes, apesar de condenados

a tristeza pela interdição sempre presente nas narrativas (casados com outras pessoas, detentores de

responsabilidades públicas e privadas), se dá pelo fato que se trata de uma doença encantadora

quando correspondida.

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P

or.

Nada é mais forte do que o desejo de estar com alguém a quem você se sente ligado, mesmo

que a milhares de quilômetros de distância, sem poder trocar um único olhar ou toque com ela.

O erro dos modernos românticos teria sido a ilusão de que esses medievais imaginariam o

amor romântico numa escala universal e capaz de conviver com um apartamento de dois quartos,

pago em cem anos.

Não, o amor cortês seria algo que deveríamos temer justamente por seu caráter intempestivo

e avassalador. Sempre fora do casamento, teria contra ele a condenação da norma social ou religiosa

que, aos poucos, levaria as suas vítimas à destruição, psicológica ou física.

Para os medievais, um homem arrebatado por esse amor tomaria decisões que destruiriam

seu patrimônio. A mulher perderia sua reputação. Ambos viriam, necessariamente, a morrer por conta

desse amor, fosse ele em batalha, por obrigação de guerreiro, fosse fugindo do horror de trair seu

melhor amigo com sua até então fiel esposa. Ela morreria eventualmente de tristeza, vergonha e

solidão num convento, buscando a paz de espírito há muito perdida. A distância física, social ou

moral, proibindo a realização plena desse desejo incessante como tortura cotidiana.

O poeta mexicano Octavio Paz, que dedicou alguns textos ao tema, entendia que a literatura

medieval descrevia o embate entre virtude e desejo, sendo a desgraça dos apaixonados a maldição

de ter que pôr medida nesse desejo (nesse amor fora do lugar), em meio à insuportável culpa de estar

doente de amor. Texto adaptado. Foi publicado em 16 de maio de 2016 na Folha de S. Paulo. Disponível em:

<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2016/05/1771569-a-doenca-do-amor.shtml>. Acesso em: 21

set. 2016.

Em relação à regência verbo-nominal, é correto afirmar que

a) A expressão à fonte primária (linhas 7 e 8) exerce a função sintática de objeto indireto,

complementando o sentido do verbo ir.

b) O pronome oblíquo la (linha 21) complementa o sentido do verbo beijar, exercendo a função sintática

de objeto indireto.

c) Diante da palavra tristeza (linha 25) deveria haver crase uma vez que o termo condenados (linha 25)

exige a preposição a para introduzir o complemento nominal.

d)

completa o seu sentido.

13. A oração que apresenta complemento nominal é:

a) O povo necessita de alimentos.

b) Caminhar a pé lhe era saudável.

c) O cigarro prejudica o organismo.

d) O castelo estava cercado de inimigos.

e) As terras foram desapropriadas pelo governo.

14. Considere as seguintes regras relativas ao uso de pronomes oblíquos átonos:

Regra 1: O pronome a(s)/o(s) e suas variantes - la(s), na(s), lo(s), no(s) - é usado como objeto direto ou

predicativo do sujeito.

Regra 2: O pronome lhe(s) é usado como objeto indireto e outros termos preposicionados

(complemento nominal, adjunto adnominal de posse).

De acordo com as regras acima e respeitando a norma padrão da língua portuguesa, analise a

alternativa correta quanto ao uso do pronome oblíquo destacado.

a) Paulo sabia que a mulher lhe amava mais que tudo.

b) Marta estava nervosa, mas conseguimos tranquiliza-la.

c) O cão ainda parecia abatido. Por isso, tornei a dá-lo o remédio.

d) Convidei-lhes a entrar um pouco, enquanto esperavam o professor.

e) Chamei Cláudia e entreguei-a o dinheiro para as compras.

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P

or.

15. As orações em evidência retratam termos que se encontram em evidência. Substitua-os por adjuntos

adnominais:

a Compramos um eletrodoméstico que não tem utilidade.

b Uma pessoa que sempre diz mentiras não é digna de confiança.

c Alguns alunos tinham uma letra que não se podia ler.

d O assunto da reunião foi sobre as pessoas que não estavam presentes.

e A recepção está repleta de pessoas que não têm paciência.

QUESTÃO CONTEXTO

Há um complemento nominal na propaganda? Se sim, destaque-o e explique o efeito de humor presente no

texto.

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P

or.

GABARITO

Exercícios

1. b

2. c

3. c

4. c

5. e

6. Quanto à classificação morfológica, a mesma apresenta-se idêntica, mas diverge-se quanto à sintaxe. Na

1ª oração o termo é classificado como adjunto adnominal, na segunda como predicativo do sujeito de

modo e na terceira como aposto.

7. a

8. c

9. c

10. b

11. d

12. c

13. b

14. b

15. a inútil

b mentirosa

c ilegível

d ausentes

e impacientes

Questão Contexto

O efeito de humor se dá pelo trocadilho entre a consequência do sentimento de raiva, no qual morder faz

-se a um bombom, que foi feito para comer.

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Q

uí.

Quí.

Professor: Abner Camargo

Monitor: Gabriel Pereira

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Q

uí.

Coeficiente de solubilidade e curva

de solubilidade

19

jun

RESUMO

Substâncias diferentes dissolvem-se em quantidades diferentes, em uma mesma quantidade de

solvente, na mesma temperatura, por exemplo a quantidade máxima de cloreto de sódio que se dissolve em

100g de agua a 20 oC é 36g.

A relação entre a quantidade máxima de soluto e a quantidade de solvente é denominada coeficiente

de solubilidade

Em função do ponto de saturação, classificamos as soluções em:

Solução saturada: é aquela que contém a máxima quantidade de soluto em uma dada quantidade de

solvente, a determinada temperatura; a relação entre a quantidade máxima de soluto e a quantidade de

solvente é denominada coeficiente de solubilidade

Solução insaturada: é aquela solução com uma quantidade de soluto inferior ao coeficiente de solubilidade.

Solução supersaturada: uma solução que contém maior quantidade de soluto que a solução

saturada. Ocorre em situações específicas e é extremamente instável.

Exemplo:

Um sal tem coeficiente de solubilidade de 40g/ 100g de água, isso indica que:

- Qualquer quantidade de sal dissolvido acima de 40g para cada 100g de água torna a solução supersatura.

- Se a quantidade de sal dissolvido igual de 40g para cada 100g de água torna a solução satura.

- Qualquer quantidade de sal dissolvido abaixo de 40g para cada 100g de água torna a solução insaturada.

Curvas de solubilidade

Curvas de solubilidade são os gráficos que apresentam a variação dos coeficientes de solubilidade

das substâncias em função da temperatura. Lembrando que esse coeficiente varia com a substância e

condições físicas.

No gráfico acima, notamos que, a 20 ° C, o ponto X representa uma solução não saturada; Y ,uma solução

saturada; Z ,uma solução supersaturada. É importante saber que, a maior parte das substâncias, a solubilidade

aumenta com o aumento da temperatura.

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Q

uí.

PSIU!

Uma substância polar tende a se dissolver num solvente polar, uma substância apolar tende a se dissolver

num solvente apolar.

Solubilidade de gases em líquidos

Os gases são, em geral, pouco solúveis em líquidos. A solubilidade dos gases em líquidos depende da pressão

e da temperatura. Aumentando- o gás, consequentemente, a

solubilidade do gás diminui, como se vê no gráfico abaixo. Os peixes, por exemplo, não vivem bem em águas

quentes, por falta de oxigênio dissolvido na água.

Aumentando-se a pressão sobre o gás, estaremos, de certo modo, empurrando o gás para dentro do líquido,

o que equivale a dizer que a solubilidade do gás aumenta. Quando o gás não reage com o líquido, a influência

da pressão é expressa pela lei de Henry, que estabelece:

Em temperatura constante, a solubilidade de um gás em um líquido é diretamente proporcional à

pressão sobre o gás.

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Q

uí.

EXERCÍCIOS

1. Observe o gráfico e a tabela abaixo, que representam a curva de solubilidade aquosa (em gramas de

soluto por 100 g de água) do nitrato de potássio e do nitrato de sódio em função da temperatura.

T ( C) 3KNO 3NaNO

60 115 125

65 130 130

75 160 140

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que

aparecem.

A curva A diz respeito ao __________ e a curva B, ao __________. Considerando duas soluções

aquosas saturadas e sem precipitado, uma de 3KNO e outra de 3NaNO , a 65 C, o efeito da

diminuição da temperatura acarretará a precipitação de __________.

a) nitrato de potássio nitrato de sódio nitrato de potássio b) nitrato de potássio nitrato de sódio nitrato de sódio c) nitrato de sódio nitrato de potássio nitrato de sódio d) nitrato de sódio nitrato de potássio ambas e) nitrato de potássio nitrato de sódio ambas

2.

O conhecimento da solubilidade de sais em água é importante para a realização de atividades em

laboratórios e nos procedimentos médicos que envolvam a utilização desses compostos químicos. A

dissolução dessas substâncias químicas em água é influenciada pela temperatura, como mostra o

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Q

uí.

gráfico que apresenta as curvas de solubilidade do nitrato de potássio, 3(s)KNO , do cromato de

potássio, 2 4(s)K CrO , do cloreto de sódio, (s)NaC ,l e do sulfato de cério, 2 4 2(s)Ce (SO ) .

A análise do gráfico permite afirmar:

a) O processo de dissolução dos sais constituídos pelos metais alcalinos, em água, é endotérmico. b) A mistura de 120 g de cromato de potássio com 200 g de água forma uma solução saturada a 60 C.

c) O coeficiente de solubilidade do sulfato de cério aumenta com o aquecimento do sistema aquoso. d) A solubilidade do nitrato de potássio é maior do que a do cromato de potássio a temperatura de

20 C.

e) O nitrato de potássio e o cloreto de sódio apresentam o mesmo coeficiente de solubilidade a 40 C.

3. A figura a seguir representa as curvas de solubilidade de duas substâncias A e B.

Com base nela, pode-se afirmar que:

a) No ponto 1, as soluções apresentam a mesma temperatura mas as solubilidades de A e B são

diferentes. b) A solução da substância A está supersaturada no ponto 2. c) As soluções são instáveis no ponto 3. d) As curvas de solubilidade não indicam mudanças na estrutura dos solutos. e) A solubilidade da substância B segue o perfil esperado para a solubilidade de gases em água.

4. A tabela abaixo mostra a solubilidade do sal X, em 100 g de água, em função da temperatura.

Temperatura ( C) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Massa (g)

sal X 100 g de água 16 18 21 24 28 32 37 43 50 58

Com base nos resultados obtidos, foram feitas as seguintes afirmativas:

I. A solubilização do sal X, em água, é exotérmica.

II. Ao preparar-se uma solução saturada do sal X, a 60 C, em 200 g de água e resfriá-la, sob agitação

até 10 C, serão precipitados 19 g desse sal.

III. Uma solução contendo 90 g de sal e 300 g de água, a 50 C, apresentará precipitado.

Assim, analisando-se as afirmativas acima, é correto dizer que

a) nenhuma das afirmativas está certa. b) apenas a afirmativa II está certa. c) apenas as afirmativas II e III estão certas. d) apenas as afirmativas I e III estão certas. e) todas as afirmativas estão certas.

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Q

uí.

5. O cloreto de potássio é um sal que adicionado ao cloreto de sódio é vendido comercialmente como

gramas de cloreto de potássio estão dissolvidos em 200 g

de água e armazenados em um frasco aberto sob temperatura constante de 60 C.

Dados: Considere a solubilidade do cloreto de potássio a 60 C igual a 45 g 100 g de água.

Qual a massa mínima e aproximada de água que deve ser evaporada para iniciar a cristalização do

soluto?

a) 160 g

b) 120 g

c) 40 g

d) 80 g

6. Curvas de solubilidade, como as representadas no gráfico abaixo, descrevem como os coeficientes de

solubilidade de substâncias químicas, em um determinado solvente, variam em função da temperatura.

Considerando as informações apresentadas pelo gráfico acima, assinale a alternativa correta.

a) Todas as substâncias químicas são sais, com exceção da sacarose. b) O aumento da temperatura de 10 C para 40 C favorece a solubilização do sulfato de cério (III) em

água. c) A massa de nitrato de amônio que permanece em solução, quando a temperatura da água é reduzida

de 80 C para 40 C, é de aproximadamente 100 g.

d) A dissolução do iodeto de sódio em água é endotérmica. e) A 0 C, todas as substâncias químicas são insolúveis em água.

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Q

uí.

7. Determinadas substâncias são capazes de formar misturas homogêneas com outras substâncias. A

substância que está em maior quantidade é denominada solvente e a que se encontra em menor

quantidade é denominada de soluto. O cloreto de sódio (NaC )l forma solução homogênea com a

água, em que é possível solubilizar, a 20 C, 36 g de NaCl em 100 g de água. De posse dessas

informações, uma solução em que 545 g de NaCl estão dissolvidos em 1,5 L de água a 20 C, sem

corpo de fundo, é:

a) insaturada. b) concentrada. c) supersaturada. d) diluída.

8. A solubilidade do cloreto de potássio (KC )l em 100 g de água, em função da temperatura é mostrada

na tabela abaixo:

Temperatura ( C) Solubilidade ( gKCl em 100 g de água)

0 27,6

10 31,0

20 34,0

30 37,0

40 40,0

50 42,6

Ao preparar-se uma solução saturada de KCl em 500 g de água, a 40 C e, posteriormente, ao

resfriá-la, sob agitação, até 20 C, é correto afirmar que

a) nada precipitará. b) precipitarão 6 g de KC .l

c) precipitarão 9 g de KC .l

d) precipitarão 30 g de KC .l

e) precipitarão 45 g de KC .l

9. Um estudante analisou três soluções aquosas de cloreto de sódio, adicionando 0,5 g deste mesmo sal

em cada uma delas. Após deixar as soluções em repouso em recipientes fechados, ele observou a

eventual presença de precipitado e filtrou as soluções, obtendo as massas de precipitado mostradas

no quadro abaixo.

Solução Precipitado

1 Nenhum

2 0,5 g

3 0,8 g

O estudante concluiu que as soluções originais 1, 2 e 3 eram, respectivamente,

a) não saturada, não saturada e saturada. b) não saturada, saturada e supersaturada. c) saturada, não saturada e saturada. d) saturada, saturada e supersaturada. e) supersaturada, supersaturada e saturada.

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Q

uí.

10. Os refrigerantes possuem dióxido de carbono dissolvido em água, de acordo com a equação química

e a curva de solubilidade representadas abaixo.

Equação química: ( ) 2 ( ) (aq) 3 (aq)2 gCO H O H HCO+ −+ +l €

No processo de fabricação dos refrigerantes,

a) o aumento da temperatura da água facilita a dissolução do ( )2 gCO na bebida.

b) a diminuição da temperatura da água facilita a dissolução do ( )2 gCO na bebida.

c) a diminuição da concentração de ( )2 gCO facilita sua dissolução na bebida.

d) a dissolução do ( )2 gCO na bebida não é afetada pela temperatura da água.

e) o ideal seria utilizar a temperatura da água em 25 C, pois a solubilidade do ( )2 gCO é máxima.

11. Um laboratorista precisa preparar 1,1 kg de solução aquosa saturada de um sal de dissolução

exotérmica, utilizando como soluto um dos três sais disponíveis em seu laboratório: X, Y e Z. A

temperatura final da solução deverá ser igual a 20 °C.

Observe as curvas de solubilidade dos sais, em gramas de soluto por 100 g de água:

A massa de soluto necessária, em gramas, para o preparo da solução equivale a:

a) 100 b) 110 c) 300 d) 330

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Q

uí.

12. Analisando o gráfico apresentado, que mostra a solubilidade da glicose em função da temperatura, é

correto afirmar que o sistema

a) A é uma solução saturada. b) B é uma solução saturada. c) C é uma solução saturada. d) C é uma solução supersaturada.

13. O gráfico a seguir mostra curvas de solubilidade para substâncias nas condições indicadas e pressão

de 1 atm.

A interpretação dos dados desse gráfico permite afirmar CORRETAMENTE que

a) compostos iônicos são insolúveis em água, na temperatura de 0°C. b) o cloreto de sódio é pouco solúvel em água à medida que a temperatura aumenta. c) sais diferentes podem apresentar a mesma solubilidade em uma dada temperatura. d) a solubilidade de um sal depende, principalmente, da espécie catiônica presente no composto. e) a solubilidade do cloreto de sódio é menor que a dos outros sais para qualquer temperatura.

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Q

uí.

14. Um técnico preparou 420 g de uma solução saturada de nitrato de potássio 3(KNO , dissolvida em

água) em um béquer a uma temperatura de 60 C. Depois deixou a solução esfriar até uma temperatura

de 40 C, verificando a presença de um precipitado.

A massa aproximada desse precipitado é:

(desconsidere a massa de água presente no precipitado)

a) 100 g.

b) 60 g.

c) 50 g.

d) 320 g.

15. Uma solução saturada de 2 2 7K Cr O foi preparada com a dissolução do sal em 1,0 kg de água. A

influência da temperatura sobre a solubilidade está representada na figura a seguir.

Com base nos dados apresentados, as massas dos dois íons resultantes da dissociação do 2 2 7K Cr O ,

a 50 °C, serão aproximadamente, iguais a:

Dado: Densidade da água: 1,0 g mL

a) 40 e 105 g

b) 40 e 260 g

c) 80 e 105 g

d) 80 e 220 g

e) 105 e 195 g

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Q

uí.

QUESTÃO CONTEXTO

Para fazer um cafezinho o professor Allan utilizou 210 mL de água e 140g de pó de café. Sabendo que

durante o processo 10mL foram perdidos e que o coeficiente de solubilidade do pó de café em água é 60g

para cada 100mL de água, o quanto de pó de café precipitou?

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Q

uí.

GABARITO

Exercícios

1. d

De acordo com as curvas de solubilidade e com a tabela fornecida, vem:

Conclusão: a curva A diz respeito ao nitrato de sódio 3(NaNO ), pois apresenta maior solubilidade

abaixo de 65 C e a curva B, ao nitrato de potássio 3(KNO ), pois apresenta menor solubilidade abaixo

de 65 C. . Considerando duas soluções aquosas saturadas e sem precipitado, uma de 3KNO e outra

de 3NaNO , a 65 C, o efeito da diminuição da temperatura acarretará a precipitação de ambas.

3

3

KNO :130 g 115 g 15 g (precitação).

NaNO :130 g 125 g 5 g (precitação).

− =

− =

2. a

[A] Correta. De acordo com as curvas representadas, o processo de dissolução dos sais constituídos pelos

metais alcalinos 3(KNO e NaC ),l em água, é endotérmico, pois a solubilidade aumenta com a

elevação da temperatura.

[B] Incorreta. A mistura de 120 g de cromato de potássio com 200 g de água forma uma solução

insaturada a 60 C.

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Q

uí.

2 480 g (K CrO ) 2

2 4

100 g de H O

160 g (K CrO ) 2

2 4 2 4

200 g de H O

120 g de K CrO 160 g de K CrO Solução insaturada.

[C] Incorreta. O coeficiente de solubilidade do sulfato de cério diminui com o aquecimento do sistema

aquoso, pois a curva representativa do processo é decrescente.

[D] Incorreta. A solubilidade do nitrato de potássio (A) é menor do que a do cromato de potássio (B) a

temperatura de 20 C.

[E] Incorreta. O nitrato de potássio 2(S ) e o cloreto de sódio 1(S ) apresentam diferentes coeficientes de

solubilidade a 40 C.

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Q

uí.

3. e

[A] Incorreta. No ponto 1, as soluções A e B apresentam a mesma temperatura e as mesmas

solubilidades.

[B] Incorreta. A solução da substância A está saturada no ponto 2 no qual ocorre um pico na

solubilidade de A.

[C] Incorreta. No ponto 3, a solução A está insaturada, ou seja, estável e a solução B estará

supersaturada, ou seja, instável.

[D] As curvas de solubilidade podem indicar mudanças na estrutura dos solutos. Por exemplo, no

ponto 2, a estrutura cristalina pode ter sido alterada com a hidratação do composto, antes, anidro.

[E] A solubilidade da substância B segue o perfil esperado para a solubilidade de gases em água, ou

seja, com a elevação da temperatura a solubilidade dos gases diminui em água, pois a constante

de Henry depende da temperatura. Observe:

A partir da equação de estado de um gás ideal, vem:

{

{

H

X

pressãoparcial

X

X

eq

Xeq eq

X

eqX

Constante de Henry (K )

H X

p V n R T

pn

V R T

p[X(g)]

R T

X(g) X( )

[X( )]K

[X(g)]

p[X( )]K [X( )] K

p R T

R T

K[X( )] p

R T

[X( )] K p

=

=

=

⎯⎯→⎯⎯

=

= =

=

=

l

l

ll

l

l

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Q

uí.

4. a

[I] Incorreta. A solubilização do sal X, em água, é endotérmica, pois quanto maior a temperatura,

maior a massa de sal solubilizada.

[II] Incorreta. Ao preparar-se uma solução saturada do sal X, a 60 C, em 200 g de água e resfriá-la,

sob agitação até 10 C, serão precipitados 38 g desse sal.

Temperatura ( C) 10 60

Massa (g)

sal X 100 g de água 18 37

60 C

100 g de água

37 g de sal

200 g de água

74 g

2 37 g de sal

10 C

100 g de água

14 2 43

18 g de sal

200 g de água

36 g

2 18 g de sal

74 g 36 g 38 g (precipitado)

− =

14 2 43

[III] Errada. Uma solução contendo 90 g de sal e 300 g de água, a 50 C, não apresentará precipitado.

Temperatura ( C) 50

Massa (g)

sal X 100 g de água 32

100 g de água 32 g de sal

300 g de água

96 g

3 32 g de sal

90 g 96 g 6 g (sem precipitado)

− = −

14 2 43

5. a

=l

l

Solubilidade (KC ; 60 C) 45g / 100g de água, então :

45 g de KC

l

100 g de água

90 g de KC

l

200 g de água

18 g de KC

=

=

= − =

água (dissolve 18 g)

água (dissolve 18 g)

(total de água)

evaporada

m

m 40 g

m 200 g

m 200 g 40 g 160 g

6. d

[A] Incorreta. Além da sacarose, tem-se o NaOH que é uma base.

[B] Incorreta. Pela análise do gráfico a solubilidade do sulfato de cério (III) em água, diminui a medida

que a temperatura aumenta.

[C] Incorreta. Em 80 C a massa de soluto será 600g/100g de 2H O.

Em 40°C a massa de soluto será 300g/100g de 2H O.

A massa que permanecerá em solução será de 300g de soluto.

[D] Correta. A dissolução do iodeto de sódio aumenta com o aumento da temperatura, ou seja, precisa

de calor para dissolver, portanto, endotérmica.

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Q

uí.

[E] Incorreta. A zero graus vários sais possuem solubilidade elevada, como por exemplo, o nitrato de

amônio.

7. c

O cloreto de sódio (NaC )l forma solução homogênea com a água, em que é possível solubilizar, a 20 C,

36 g de NaCl em 100 g de água.

Tem-se uma solução em que 545 g de NaCl estão dissolvidos em 1,5 L de água a 20 C, sem corpo de

fundo, então:

36 g (NaC )l

20 C

100 g de água

545 g (NaC )

6 4 7 4 8

l

20 C

NaC

1500 g de água

m

l

6 4 7 4 8

20 C

NaC

100 g de água

m 36,33 g

=l

6 4 7 4 8

Conclusão: 36,33 g 36 g (NaC ); 0,33 g a mais; l a solução é supersaturada.

8. d

Teremos:

Temperatura ( C) Solubilidade ( g KCl em 100 g de água)

40 40,0

40,0 g (KC )l 100 g de água

200,0 g (KC )l 500 g de água

Temperatura ( C) Solubilidade ( g KCl em 100 g de água)

20 34,0

40,0 g (KC )l 100 g de água

170,0 g (KC )l 500 g de água

200,0 g 170,0 g 30,0 g− = (precipitado; após o resfriamento).

9. b

Teremos:

Solução Adição Precipitado Conclusão

1 0,5 g Nenhum Insaturada

(todo o sal é dissolvido)

2 0,5 g 0,5 g Saturada

(o sal acrescentado precipita)

3 0,5 g 0,8 g Supersaturada

(o sal acrescentado mais 0,3 g precipitam)

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Q

uí.

10. b

No processo de fabricação dos refrigerantes, a diminuição da temperatura da água facilita a dissolução

do ( )2 gCO na bebida, ou seja, a dissolução aumenta com a diminuição da temperatura e vice-versa.

11. a

Teremos:

10 g soluto 100 g (água)

De acordo com o gráfico, a 20 C, têm se 110g de solução (10 g 100g).

110 g (solução)

− +

1,1kg

10 g (soluto)

1100 g (solução)14 2 43 soluto

soluto

m

m 100 g=

12. b

Teremos:

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Q

uí.

13. c

Comentários das alternativas:

[A] Falsa. As curvas mostram que os compostos iônicos apresentam certa solubilidade em água, que varia

com a temperatura.

[B] Falsa. A curva do cloreto de sódio é ligeiramente crescente, o que mostra que sal solubilidade aumenta

com a temperatura.

[C] Verdadeira. Note que a 70°C as curvas dos sais KNO3 e NaNO3 se interceptam, mostrando que nessa

temperatura as solubilidades desses sais são iguais.

[D] Falsa. Note que dois sais de sódio ( )3NaNO e NaCl apresentam solubilidades muito diferentes, apesar

de possuírem a mesma espécie catiônica.

[E] Falsa. A temperatura abaixo de 20°C o sal que apresenta menor solubilidade é o KNO3.

14. a

De acordo com o gráfico, teremos:

(110 g 60g) precipitado−

precipitado

(100g 110g) solução

m

+

precipitado

420 solução

m 100 g=

15. d

De acordo com o gráfico:

2 2 7

50 C

30 g (K Cr O )

2 2 7

100 g (água)

300 g (K Cr O ) 1000 g (água)

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Q

uí.

+ −→ + 22 2 7 2 7K Cr O 2K Cr O

294 g 2 39 g 216 g

300 g +Km −

+

=

=

22 7

22 7

Cr O

K

Cr O

m

m 79,59 g 80 g

m 220,41 g 220 g

Questão Contexto

10 mL se perdeu, portanto restaram 200mL de água.

Pelo coeficiente de solubilidade sabemos que 100mL consome 60g de pó de café.

200mL irá consumir 120g, sabendo que temos 140g de pó de café, 20g não irão solubilizar e precipitaram.

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R

ed

.

Red.

Professor: Carol Achutti

Monitor: Pamela Puglieri

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R

ed

.

Conclusão e título 20

jun

RESUMO

A estrutura ortodoxa de uma redação, que consiste em introdução, desenvolvimento e conclusão, é exigida

pelos vestibulares da Fuvest e Unesp. Nas últimas aulas, trabalharam-se conceitos e estratégias para a

introdução e o desenvolvimento do texto; nesta, o foco recairá na conclusão e no título as duas últimas

etapas da produção do texto.

O Título

O título da redação deve ser coerente com a redação como um todo por isso se recomenda que

pensar num título seja uma das últimas etapas no processo de escrita, para que haja uma adequação com o

texto produzido. Ao terminar de escrever a redação, é desejável reler o que foi escrito para fins de revisão

a partir daí, pode-se tirar elementos para um título. É importante que o nome dado à redação seja condizente com a tese adotada ao longo do texto:

afinal, ele é parte do texto e é a primeira coisa que se lê. Veja a seguir alguns títulos retirados das melhores

redações da Fuvest, cujo tema foi consumismo.

Esse título é uma citação de uma frase latina, atribuída como lema do imperador Constantino I e,

adequada a frases de efeito conhecidas ou a autores renomadas é interessante para

um bom título, demonstrando repertório, desde que dialogue com o restante do texto. Nesse exemplo, o/a

candidato/a faz uma ironia ao utilizar uma frase solene e associá-la ao consumismo. Isso se reflete em sua

tese, de que na sociedade contemporânea os valores e as metas são pautados pelo capital e pelo consumo.

Aqui faz-se um intertexto com um romance naturalista conhecido, O Cortiço. Esse diálogo com outro

texto não se mantém apenas no título, já que usa-se de pontos apresentados no romance para a construção

da redação.

Nesse título há, também, intertexto: parodia-

-se a expectativa de uma tese que

pense o consumismo como a pauta de valores da sociedade contemporânea, de maneira similar ao que

ocorre no primeiro exemplo. Há de se notar que os três títulos acima fazem, de alguma maneira, referência a textos externos. A

diferença entre eles está na maneira como essa referência se constrói: no primeiro, há uma citação direta,

por isso é necessário o uso de aspas; no segundo, a citação se faz de maneira mais sutil, ao tema de um

romance; já na última, o que se faz é uma paródia de uma máxima conhecida e, como tal, não é necessário

o uso de aspas.

Não é necessário, porém, recorrer a textos externos para a produção de um título. No exemplo acima,

optou-se simplesmente por enumerar alguns dos temas principais que aparecerão na redação. A estratégia

de apresentar no título o que se vai falar durante o texto é simples e eficaz, já que mantém a coerência.

IMPORTANTE: o título é obrigatório no vestibular da Fuvest. O vestibular da Unesp não costuma exigir título,

porém é primordial que se leia as instruções antes de escrever a redação, já que a obrigatoriedade de título pode ou não

aparecer.

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R

ed

.

A Conclusão

A conclusão é a parte final do texto, na qual se amarram todos os argumentos apresentados no

desenvolvimento. Diferentemente do que é exigido no Enem, nos vestibulares paulistas a proposta de

intervenção não é obrigatória. Isso dá espaço para uma conclusão menos rígida, que represente o fim de

uma linha de raciocínio, ao invés de uma solução para um problema o que não quer dizer que não haja

espaço para tal, já que é perfeitamente plausível acrescentar uma proposta de intervenção à conclusão. Uma boa conclusão deve retormar os argumentos apresentados no desenvolvimento para que,

juntos, eles façam sentido e cheguem a um acabamento. Pode-se pensar na conclusão como o ponto final

da redação, como um ponto de chegada: toda a argumentação deve convergir para ela. A seguir há uma

redação exemplar do vestibular da Fuvest de 2013 atente para como se constrói a conclusão.

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R

ed

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Na redação acima, há um esforço no sentido de argumentar que o consumo é o que define a

sociedade contemporânea, que se desenrola desde o título até a conclusão. Repare que alguns elementos

são retomados: o capitalismo, a suposta felicidade trazida pelo consumo que é mais prejudicial do que boa.

a candidato/a conclui que essa situação de consumismo

desenfreado torna as relações superficiais. Por fim, opta-se por resgatar a citação usada no título para dar

ênfase em sua tese e amarrar todas as pontas soltas, deixando o texto coeso.