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  • O ABC do cultivo de orqudeas.Palestra em 16/05/2009, proferida pelo Prof. Ren Rocha, no Ncleo Orquidfilo Castello Branco

    (NOCB), em Santana do Parnaba, SP. PLANO DE ATIVIDADES PARA 2009 .

    Tema: ABC do orquidfilo, cultivo das orquidceas.

    Apostila aos participantes.

    Abstract Torna-se necessria a posse de muitas noes tanto tericas quanto abstratas sobre asmais variadas cincias, de modo que o orquidfilo possa nortear-se e obter os melhores resultadosprticos no seu cultivo. O presente artigo em apostila e a palestra so trabalhos de abstrao,nesse sentido. A inteno a de fornecer alguns subsdios , que possam ampliar a viso nocultivo amador. O presente artigo no est formatado em linguagem e em rigor cientfico, mas natentativa de se passar alguns subsdios ao orquidfilo.

    PROJEO 1-Telo. Abstrao)

    Para um ordenamento didtico podemos reagrupar essas consideraes inseparveis nanatureza nos tpicos seguintes:

    PROJEO 2 Telo:

    Os fatores primordiais a se considerar no cultivo de orqudeas:

    1 - A atuao do orquidfilo. 2 - A luminosidade. 3 - A temperatura.4 - A ventilao. 5 - A umidade ambiente e a do substrato.6 - O substrato. 7- A gua e adubao

    Qualquer variao de um desses fatores haver de modificar o outro. Voc poder facilmente modificar alguns dessesfatores, na tentativa de equilibr-los.

    A, o segredo do manejo e, ao mesmo tempo, a complicao.

    Fator 1 - A atuao do orquidfilo.

    PROJEO 3 Telo:

    Bom orquidfilo o que aprende a dialogar com suas plantas e delas saber asnecessidades a um simples correr de olhos. Isso se obtm com DISCIPLINA

  • Sei da capacidade extraordinria que tm essas criaturinhas de se moldarem ao seu cultivador. E no creio emfrmulas mgicas para cultivar orqudeas. Mas acredito na magia da interao orqudea/orquidfilo, que s aorquidofilia proporciona, e no apaixonante prazer de se experimentar e aprender.

    Aprenda a observar suas plantas - observar inspecion-las minuciosamente, sempre. Criando essehbito, na grande maioria das vezes, se consegue corrigir a tempo qualquer problema.Alm disso, necessrio que tenha higi ene em seu cultivo, j que a maioria das doenas graves transmitida peloprprio orquidfilo, atravs de ferramentas de corte contaminadas, introduo de orqudeas doentes e com pragas oudevido ao desleixo quanto ao local em que se coloca o vaso(no cho, por ex.) ou em ambiente inadequado quanto insolao, ventilao e ao asseio. por isso que defendemos o pensamento de solues mais adequadas. Isso s se descobrir com o tempo, comobservaes e com o acmulo de experincias e de saberes.

    O mais importante: Disciplina

    Por isso, voc deve organizar uma agenda de rotinas e estabelecer os procedimentos mnimos, necessrios eimprescindveis para o bom manejo de seu orquidrio. bom que se aprenda isso logo no incio e ainda com poucosvasos de plantas, pois, fatalmente, a coleo haver de aumentar muito rapidamente. Habitue-se a inspecionarminuciosa e regularmente e separar imediatamente qualquer planta com suspeit a de doena, praga ouanomalia para tratamento (faa um pequeno hospital , para isolamento em quarentena, o mais longe e isoladopossvel de seu orquidrio).

    Para isso voc deve:a) Estabelecer um dia mais folgado da semana (ou da quinzena) para as adubaes de todas as suas plantas. Vejano livro ABC do orquidfilo o nosso planejamento bsico e prtico no captulo: As Cores das Cinco Estaes .b) No relegar os cuidados por tempo demasiado : Caso uma planta esteja precisando de replantio, faa-o semmuita demora; se for o caso de tratamento, isole-a e trate-a. No adube apenas quando tiver vontade, se lembrar ouquando tiver algum tempo. Tempo a gente faz. Bastam 20 minutos,e no mais, para pulverizar 500 plantas. S preciso um bom pulverizador de 5 litros, que ser reabastecido por ,mais ou menos, 6 vezes.

    Penso que, para um bom cultivo, o essencial seja errar o menos possvel.No micro-ambiente, que o seu orquidrio, todos os detalhes so importantes (luz, temperatura, umidade, ventilao). a, na casa de suas orqudeas, que est todo o segredo. Porm, se no existem receitas de bolos existem algumasoutras bsicas, simples, seguras, eficientes e descomplicadas para se atingir a boa florao, como veremos nodecorrer, o feijo-com-arroz, na orquidicultura.A boa florao vem de brinde; a flor o prmio, a conseqncia do bom cultivo.

    A planta sempre est certa, o que pode estar errada a interpretao humana. (Peres Romero - Jos PeresRomero / Joo Carlos Peres Romero - Cafeicultura Prtica, Ed. Ceres, 1997.)

    PROJEO 4 Telo:

    Para se cultivar bem uma orqu dea, deve-se primeiro aprender a cultivar suas razes , j que a parte maisimportante da planta. Ao mesmo tempo aprende -se a cultivar a pacincia: orqudeas so plantas de crescimentovagaroso.A boa florao apenas uma boa conseqncia do bom cultiv o, um prmio.

  • Fotos e cultivo do autor - Florao e Laelia anceps em fevereiro de 2009.

    A mesma planta enfoque de suas razes.

  • A raiz - a boca da orqudea

    Uma das caractersticas mais marcantes das plantas epfitas so as razes. A maioria das pl antas de jardim tem umanica raiz central e inmeras razes menores formando uma rede de razes muito finas. As razes das orqudeas, poroutro lado, conservam, aproximadamente, o mesmo dimetro em toda a sua extenso. No existe uma raiz principal.Quando uma raiz fica em contato com uma superfcie adequada ela cresce colando-se a ele e no pode ser retiradasem danos. Quando as razes cessam a exposio ao ar, porque passam a crescer sob o substrato, tornam -seplidas e dilatadas. Se submetidas a muita umidade podem facilmente apodrecer. Algumas orqudeas terrestres tmrazes capilares de pelos absorventes, capazes de aumentar grandemente a superfcie de absoro.

    PROJEES 5 e 6 - - Partes da raiz

    Estrutura primria da raiz de monocotilednea- Imagem: Jane E. Krauss, em BIO - vol.2, Snia Lopes, Editora Saraiva,1 Ed., 1 tiragem 2002,ISBN 85-02-04034-0 9 (Livro do professor)

    1 - A EPIDERME - As razes das epfitas possuem uma camada de clulas esponjosas em su a superfcie externa,chamada velame, que funciona como revestimento e funes protetora, de absoro, de conduo e armazenamentoda gua e de nutrientes minerais e de fixao da planta.

    2 - O CRTEX - tecido fundamental , que, em cortes transversais ocupa a maior rea do corpo primrio da maioriadas razes. As clulas do crtex armazenam amido e outras substncias e, comumente, no possuem cloroplastos(Corpsculos das clulas vegetais color idos pela clorofila e sede da fotossntese). Nas razes das Gimnospermae amaioria das dicotiledneas perdem seu crtex precocement e enquanto que, nas monocotiledneas, das quais asorqudeas mantido durante toda a vida da raiz.

    3 - OS TECIDOS VASCULARES (Cilindro central) - Sistema de tecidos vasculares que formam um cilindro slido e,em algumas plantas um cilindro oco ao redor da medula, isto , preenchido apenas por parnquima. No centro docilindro central da maioria das razes ocupado por uma medula slida de Xilema primrio, a partir da qual seestendem projees semelhantes a estrias em direo ao periciclo (Camada celular que constitui a parte mais externado cilindro central do caule e da raiz das plantas vasculares ). Na maioria das razes laterais originam-se do periciclo.

    4 - MERISTEMA APICAL - A extremidade da raiz encontra-se uma massa de clulas diferenciadas e especializadas,o meristema apical, recoberto por uma coifa, que o protege. A ponta da raiz (meristema apical) normalm ente verdee, como as folhas e pode realizar a fotoss ntese, isto , formar acares a partir de luz, dixido de carbono e gua ,atravs da clorofila. O meristema apical e a poro prxima a raiz onde ocorre a diviso celular so denominados

  • regio meristemtica. Na fase ainda muito jovem, desenvolve a coifa e o meristema apical, e aparecem os meristemasprimrios. Inicialmente, os cilindros centrais da raiz lateral e da raiz principal no se encontram ligados um ao outro.Os dois cilindros centrais so reunidos mais tarde, quando as clulas derivadas das cl ulas do periciclose diferenciam em Xilema e Floema.

    5 - XILEMA o tecido vegetal, nas plantas vasculares, formado de clulas vivas, fibras e vasos, que formam amadeira e tem funo de transporte de seiva bruta de baixo (das razes) para cima (rizomas, caules, folhas ). o mesmo que vaso lenhoso.

    6 - O FLOEMA responsvel pelo transporte de substncias orgnicas sintetizadas (seiva elaborada) daspores areas e fotossintetizadas da planta para os tecidos de reserva da raiz (de cima para baixo).

    PROJEES 7 a 24 Telo:

    Fotos e cultivo de Joo Helmann.

  • Foto e cultivo do autor

    Teste do puxa-puxa Pinando a raiz com o dedo indicador e o polegar a esticamos, levemente. Se ela se partir porque est morta; caso resista porque seu endoderma est vivo e poder regenerar - se em novas brotaesramificadas, a partir dali. A foto acima mostra um replantio de 60 dias em que a regenerao das razes se deu emrazes velhas e antes, aparentemente mortas.

    Os transportes: o sistema circulatrio da planta

    O caminho bsico de transporte das seivas o seguinte:

    Razes xilema folhas transpirao fotossntese floema rgos consumidores.

    A nutrio mineral a absoro, principalmente pelas razes, de gua e minerais; j a orgnica proveniente da ao da fotossntese nasfolhas, onde so consumidos os nutrientes minerais. Assim, formada a seiva bruta, que ser transportada para as partesfotossintetizantes da planta (pois a gua e os sais so matria -prima da fotossntese).Os nutrientes so utilizados em diversas etapas de diversos processos celulares. De modo geral, eles s o comumenteseparados em dois grandes grupos: macronutrientes e micronutrientes. Essa classificao no diz respeito importncia absoluta dos minerais e sim quantidade em que so encontrados: O s macro em maior quantidade, e osmicronutrientes em menor. Tambm no est relacionada ao tamanho das molculas.

  • a) Por transporte, os sais em soluo so transferidos para o interior do xilema. Em conseqncia disso, uma vez queo meio interno fica hipertnico, a gua penetra pelas razes absorventes POR OSMOSE. Isso gera uma presso naraiz, empurrando esse lquido para cima (presso positiva da raiz), que no suficiente para que a seiva bruta atinjaas folhas. A transpirao de gua nas folhas muito grande, a perda altssima e isso gera um mecanismoconhecido como coeso-tenso. A transpirao gera uma tenso, "puxando" mais gua para cima. E a gua sobepela coeso que tem entre suas molculas (propriedade da capilaridade da gua). como quando sugamos por umcanudinho e a bebida sobe.

    b) O modelo que explica o transporte pelo floema chamado modelo de Mnch (do alemo Ernest Mnch). Segundoesse modelo o transporte que ocorre das folhas para as partes consumidoras (no apenas as razes) atravs dofloema, se deve ao fato de haver muitos solutos no floema e nas folhas (produtos da fotossntese). Isso gera um meiohipertnico que, por osmose, atrai a gua. Essa fora suficiente para que a gua corra at os rgos consumidores.No transporte da seiva elaborada como se a gua fosse "empurrada".

    Essa perda de gua realizada pelos estmatos e movimenta o transporte no xilema. Os estmatos so estruturaspresentes nas folhas que podem se abrir ou se fechar, permitindo a entrada ou sada de gases ou gua (portranspirao). Sua estrutura consiste em um conjunto de clulas: duas clulas -guarda (sem clorofila, logo, norealizam fotossntese) que formam um poro entre elas (por onde as trocas so feitas, podendo estar aberto oufechado), e clulas subsidirias, o u companheiras, que esto ao redor das clulas -guarda.

    A troca de gases pela planta controlada pelos estmatos, e consiste principalmente na absoro de CO 2, usado nafotossntese, e liberao de O 2, produto da fotossntese: CO2 + H2O C6H12O6 + O2.

    O controle da abertura do poro estomtico feito pela entrada ou sada de gua nas clulas -guarda. Quando entragua, o poro entre as clulas-guarda se abre. E, ao sair gua das clulas, o poro se fecha. A entrada de gua ocorrequando h uma entrada de ons de potssio nas clulas-guarda. Como estudado no processo de osmose, o meiohipertnico tem tendncia a receber mais solvente (no caso a gua) para tentar estabilizar a quantidade de solutosentre os meios intra e extracelulares.Ao aumentar a concentrao de potssio dentro das clulas, o meio intracelular fica hipertnico, levando entrada degua. E, finalmente, essa entrada de gua causa o abrimento dos poros. O nmero de estmatos em uma folha varivel.

    O controle de sua abertura e fechamento busca a economia de gua (evitar excesso de transpirao) e conciliar essaeconomia com a absoro de CO 2 em momentos apropriados para a fotossntese. Assim, geralmente em horas muitoquentes ou secas, os estmatos permanecem fechados, mas em horas com luz solar suficiente e temperatura noalta, esses se encontram abertos. Porm, essa regra varia muito, a depender do ambiente em que a planta vive. Mais frente falaremos sobre os ciclos ou rotas metablicas CAM e C3 das orqudeas.

    Uma das funes da raiz absorver gua com nutrientes e levar pelo sistema xilemtico at as folhas para que afotossntese se realize. Pois bem, no sistema xilemtico a seiva (bruta) flu i sempre de baixo para cima. Quandoalgum pseudobulbo traseiro perde as razes, no tem como alimentar suas folhas, que so descartadas pela planta,no sem antes reaproveitar seus nutrientes acumulados na folha e no pseudobulbo, amarelando, gradualmente, essaspartes. A isso chamamos de translocao. V rios orquidfilos ainda cometem erros ao cortar parte ou todas as razestraseiras ou demorando em replantar e permitindo a salinizao do meio. Quando o substrato atinge o limiar deconcentrao de sais, a raiz no consegue promover a osmose. Assim, por mais que ela diminua sua presso internaela incapaz de se igualar externa (para efetuar o transporte ativo). Iss o provoca osmose reversa, retirando a guadas razes, sem que elas tenham mais a capacidade de absorv -la. Esses sais tambm aderem s paredes dosvasos de barro (manchas brancas) e quando os reaproveitamos ou seus cacos como cama de drenagem, estamosajudando na salinizao do substrato.

    Transporte por permeabilidade

    A clula encontra-se em constante troca de substncias entre o seu meio externo e interno. Apenas as substnc iasnecessrias devem entrar, enquanto as substncias indesejveis devem sair. Esse controle ou seleo fei to pelamembrana que, dentro de certos limites, colabora para manter constante a composio qumica da clula. Por isso,costuma-se dizer que a membrana possui permeabilidade seletiva.

    Caractersticas da permeabilidade seletiva:

    No passam atravs da membrana: Protenas polissacardeos - lipdeos complexos

    Passam atravs da membrana: gua - sais minerais lcool glicose aminocidos - O2 e CO2

  • As substncias que passam atravs da membrana celular sofrem dois tipos principais de passagem: Transportepassivo e transporte ativo.

    Difuso passiva: quando duas solues que apresentam concentraes diferentes de soluto encontram -seseparadas por membrana idntica membrana plasmtica, observa -se uma passagem de substncias do meio maispara o menos concentrado, at que as concentraes se igualem. Essa passagem de soluto ou at de solventes nosentido de igualar as concentraes denomina -se difuso. No caso da clula, vrias substncias entram e saem pordifuso. A concentrao de oxignio no interior da clula, por exemplo, sempre menor do que no meio externo, poiso oxignio continuamente gasto no processo de respirao celular. Esse mesmo pro cesso produz gs carbnico, deforma que a concentrao desse gs no interior da clula maior do que do lado de fora. fcil concluir que, pordifuso, Oxignio est sempre entrando na clula e Gs Carbnico, saindo. Difuso o movimento das molculas dosoluto e do solvente a favor de gradientes de concentrao, no sentido de igualar suas concentraes.

    Transporte passivo por osmose: A osmose um caso especial de difuso. Nesse processo, ocorre um fluxoespontneo apenas de solvente, do meio menos con centrado em soluto (hipotnico) para o meio mais concentradoem soluto (hipertnico).

    Portanto, na osmose, o solvente desloca -se de onde existe em maior quantidade para onde existe em menorquantidade. Uma vez estabelecido o equilbrio, passar a mesma qua ntidade de gua nos dois sentidos. Se amembrana for permevel tambm aos solutos, sua passagem obedecer ao mesmo princpio.

    Classificao das solues

    Isotnica: a soluo tem a mesma concentrao que outra. Hipotnica: a soluo menos concentrada do que outra. Hipertnica: a soluo mais concentrada do que outra.

    Algumas observaes orquidfilas As razes das orqudeas tm um limite de gua que conseguem absorver, socomo uma esponja. Se a quantidade de gua disponvel estiver acima de sua capacidade elas incham e a pelculamais externa (coifa) na ponta das razes fica transparente e com aspecto de gelatina incolor; mas s a quantidade degua baixar que esse aspecto gelatinoso desaparece. A respeito da ponta da raiz, (o meristema apical), que tem umacolorao transparente e variando do verde claro ao vermelho (dizem que, geralmente, quanto mais verde a flor daorqudea mais clara, quanto mais vermelha, a flor mais escura).

    Quando as orqudeas esto sendo regadas de forma corre ta, as pontas das razes variam em 1,5 a 2,5 cm decomprimento. Quando regada sempre em excesso , a ponta fica menor do que 1,5cm, chegando a ser engolida pelovelame. Esta anlise permite que se diminua ou aumente a quantidade da rega ou se conclua pela necessidade deadoo de um substrato diferente para o micro -clima daquele ambiente ou microambiente de cultivo. Caso contrrio, araiz para de crescer e a p lanta sofre dificuldades de se hidratar, mostrando sinais de enrugame nto das folhas,comprometimento no surgimento de brotao das gemas e no crescimento de novos bulbos e afetando, porconseqncia, a florao seguinte e colocando em risco a vida da planta. A anlise da ponta das razes das orqudeaspode servir como um bom indicador de regas adequadas.

  • Regas em excesso - a ponta fica engolida pelo velame. Planta precisando manter o equilbrio.

    - Na medida em que a planta cresce, precisa manter equilbrio entre a superfcie total que fabrica alimentos(fotossintetizantes) e a superfcie total que absorve gua e minerais. O crescimento das razes quase um processocontnuo e que cessa apenas sob condies adversas, tais como a seca severa e as baixas temperaturas ou sobapodrecimento, causado por excesso prolongado de u midade. As razes, no seu crescimento , seguem o caminho demenor resistncia ao seu caminho no substrato.

    - Nada do que estiver vivo numa planta deve ser cortado: Se a planta produziu e mantm porque tem uma funo.- As orqudeas de caules (pseudobulbos) tipo c ana so as que mais facilmente se desidratam e so atingidas pordoenas como a canela seca (fusariose) que causa definhamento progressivo no pseudobulbo da planta porestrangulamento no xilema e no floema.

    Eu vejo sempre nos vasos das orqudeas de Taiwan que nenhuma raiz sai para fora. Plantas enormes, rizomaem espiral, todas as razes dentro do vaso de plstico, vaso alto e grande, enfim, um enigma. J perguntei muita gente sobre isso, mas no tive at agora uma resposta convincente de como eles faz em isso. (CarlosKeller).

  • Fator 2 - A luminosidade incidente.

    Afinando o tom de verde. Iv = Indicador de verde: A cor muito amarelada das folhas significa que aquela plantaest sob forte estresse luminoso e com alterao no processo fotossinttico, r etardando a absoro nutricional e todoo seu potencial vegetativo. Outras se beneficiam do ambiente extremamente luminoso, por serem plantas de carterhelifilo. Algumas possuem extrema capacidade de adaptao e so encontradas vegetando bem tanto em luz baixaa moderada quanto a sol pleno, por exemplo, as Cattleya intermedia e labiata e alguns Oncidium.

    A cor verde-garrafa das folhas significa o inverso, isto , luz insuficiente (exceo para micro -orqudeas, nativas dematas umbrfilas e terrestres de sombra). O timo tom das folhas, para a maioria das orqudeas, o verde-alface,sinal de boa realizao fotossinttica.

    * Necessidade de luz: (Aferies com luxmetro) .Consideramos o estado de ambientao e a natural ne cessidade da planta. Em certas regies pode ser necessrioimitar a natureza: no inverno muitas rvores perdem as folhas e proporcionam maior exposio aos raios solares queesto em menor ngulo de incidncia e brotam no vero. Pode ser preciso colocar outra tela sobre a j existente,aumentando o sombreamento no vero de raios solares mais incidentes e de maior durao em horas dirias. Nopossuindo o luxmetro, note o tom do verde das folhas, o que lhe mostrar a necessidade de maior ou menorsombreamento.No entanto, fique atento, pois a maior incidncia (maior medida em lux) dos raios solares se d em dias claros, semnuvens e com baixa umidade no ar; o que pode ser em dias tpicos de inverno nas regies do sudeste brasileiro.

    Luxmetros Custam a partir de R$ 100,00 (para mediesem ambientes internos de at 50.000 lux). Escalas: de 0 a50.000 Lux, em 3 faixas: 0~1.999 2.000~19.999 e20.000~50.000 lux. uma sofisticao, porm traz muito benefcio, mesmo parao orquidfilo amador.Lux a unidade de medida da iluminncia e usa -se oluxmetro para se medir essa grandeza.A determinao da luminosidade incidente em determinadarea vai depender de alguns fatores, como a estao doano, que se relaciona com a inclinao do sol em relao terra, e da localizao geogrfica do seu orquidrio. Quantomais perto do equador e mais prximo do horrio do meio-dia, menor o ngulo de incidncia dos raios solares.Tambm ser influenciada pela claridade no dia, se mais oumenos nublado e com maior ou menor quantidade departculas e de vapor dgua em suspenso no ar.

    Ver - As TABELAS DE ILUMINNCIA Ver pg. 79 do ABC do orquidfilo.)e pg. 80 - Necessidade de luz e Sombreamento

    Fator 3 - A temperatura.

    A variao da temperatura no Brasil adequada grande maioria das espcies. Adaptaram-se, desde a mataAtlntica e florestas da Amaznia, s montanhas, aos vales mais midos ou ao pantanal mato -grossense, ao litoral e,outras, aos cerrados do planalto central. essa variedade de climas e de topografia que nos propicia a grande riquezade gneros e de espcies, pois orqudeas, em geral, vegetam melhor em temperaturas entre 15 e 25 centgrados.E existem as que suportam temperaturas mais ba ixas: Miltoniopsis, Cymbidium, Odontoglossum (as nativas de regiesmontanhosas elevadas). E aquelas das imediaes da linha do Equador, como as Cattleya violacea, aurea e eldorado;as Galeandra, Acacallis, entre outras que no toleram o frio.No recomendamos cultivar Dendrobium nobile nas regies de praia, pois no daro boas floradas; (FALAR SOBREA NECESSIDADE DE HORAS DE FRIO PARA O FLORES CIMENTO DE DENDROBIUM TIPO NBILE ECYMBIDIUM) nem as Miltonias peruanas (Miltoniopsis), que perecem fcil pelo calor. Para se evitar perda de tempoe de dinheiro e frustraes, a sugesto que se inicie com plantas de fcil cultivo, ambientadas e apropriadasao local de sua cidade, pois, do contrrio, o cultivo ser muito trabalhoso, podendo at resultar em perda d aplanta.

  • Bela florao de Dendrobium nobile em Areado, sul de Minas.

    As temperaturas ideais, que resultam em excelente cultivo, so as que oscilam entre 21C e 27C durante o dia, e quedurante a noite fiquem perto de 10C menores. Para essas medidas usa-se o termmetro de mxima e de mnima.Para orientao, separamos as orqudeas em 3 grupos: as de frio, as de clima temperado e as de clima quente. Essesgrupos refletem a tolerncia para extremos de temperaturas. Espcies encontradas ao nvel do ma r e proximidades dalinha equatorial so consideradas de clima quente; at 900 metros e intertropicais, de clima temperado; em altitudesmais elevadas, de clima frio.

    Ver tab Frias, mornas quentes - pg 81 no livro.

    Fator 4 - A ventilao.

    A grande maioria das orqudeas prefere ar mido, porm fresco. Isso quer dizer que o ambiente do orquidrio deve terboa ventilao. As vandceas se do bem em ambientes quentes e midos (veja em orqudeas quentes). Mesmoestas sempre recebem bastante ventilao, mas sem vento direto, sempre quebrado pelas rvores em volta, nohabitat. No orquidrio, bom fazer aberturas de ventilao para que o ar circule adequadamente:A) Na parte de baixo (fechadas apenas com telas de malhas maiores, de tanque-rede ou de passarinho).B) Ou, parcialmente, pelos lados sul, e a leste, o lado do sol da manh. Caso essas aberturas sejam feitas no alto edo lado norte, certamente ocorrer a queima de folhas, pois lado de insolao durante a maior parte do dia.C) Ambiente abafado favorece a proliferao de doenas e pragas e ambiente com correntes de ar fortes e constantessecam o ambiente. Em regies muito frias, podem queimar folhas e brotos. Em certos locais e em certas estaes doano torna-se necessrio o uso de circuladores de ar.

  • Vandrio - Foto do autor - note a alta umidade e luminosidade conservadas no ambiente.

    Fator 5 - A umidade ambiente e a do substrato.

    Em relao ao cultivo, devemos considerar:A - Umidade do substrato, a capacidade de reteno de gua e por maior ou menor tempo, de determinado tipo desubstrato e conforme seu recipiente, se usado. sabido que vasos maiores retm maior quantidade de gua edemoram mais a secar o substrato do que os menores, ou do que os de barro, ou do que os caixotes ripados, ou doque as placas ou palitos e os tronquinhos serrados, nessa ordem. Umidade em excesso por longo tempo nas razescobertas por substrato tambm desidrata a planta, pois afoga e apodrece suas razes, impedindo absoro. Aosprimeiros sinais da desidratao fica-se desesperado, aguando mais, e s piorando a situao. Tambm favorece aproliferao mais rpida de doena ou de praga no substrato, especialmente com temperaturas altas e ventilaoinsuficiente.Cada planta tem suas exigncias e suas preferncias de maior ou menor umidade, conforme a sua estao (veja nolivro em: As 5 estaes). O leitor estudar o assunto no livro ABC do orquidfilo, nas fichas das plantas e, com otempo, aprender a observar individualmente suas orqudeas.

    (Telo - Proj. 25

    J dissemos que mais benfico para o cultivo da grande maioria das orqudeas refere-se manuteno da menorumidade possvel no substrato e maior possvel no ambiente:B - Umidade relativa do ar a medida, em porcentagem, do vapor de gua contido no ar em relao ao mximopossvel. Quando abaixo dos 30% as plantas se desidratam muito depressa, assim como acontece conosco esentimos muito mais sede e desconforto . Essa umidade sempre menor nos dias e nas horas mais quentes.Manter o ambiente mido o recomendado em dias assim. Molhe apenas o cho e evite molhar as folhas naincidncia da luz solar e nas horas mais quentes. A umidade relativa do ar bem maior nos solos de terra do que emrea cimentada, onde um recurso til colocar vrias bandejas contendo panos, areia ou brita bem molhados embaixodas bancadas. A evaporao natural da gua aumentar a umidade no ambiente e por maior tempo, do que apenasquando molhamos o piso. Faa furos de drenagem na bandeja, 1 ou 2 cm abaixo do nvel da brita ou da areia,evitando que a gua transborde e o encharcamento nos fundos dos vasos ali repousados. Outro bom recurso

  • cultivar bromlias debaixo das bancadas. Para evitar mosquitos, pingue regularmente gotas de vinagre em suasfolhas depositrias de gua. Em locais muito secos, usam-se aparelhos umidificadores.

    Medidor de umidade relativa e Termmetro de mxima e mnima.

    Fator 6 - O substrato.

    A escolha do substrato.Analisar cada tipo de substrato em relao sua capacidade de rete no de umidade, durabilidade, custo efacilidade de obteno e a aceitao pelos diversos tipos de plantas.Tpicos a abordar:

    1- O gosto das orqudeas por substratos novos. 2- O teor de tanino no substrato e os processos de retirada doexcesso de cidos tnicos; o tanino como o fungicida do futuro. 3 A estocagem, a lavagem e a desinfeco.4 os principais tipos de substratos : cascas de madeira, troncos serrados, vasos de barro sem nenhumsubstrato e em tijolos vasados; em caixotes ripados de madeira; o xaxim (em fibra, em p, em palitos e placas,em troncos vivos), a brita e os seixos de rio, a argila expandida (vermiculita e a Cinazita ); A piaava - Osexperimentos com a casca de arroz carbonizada. Cultivo em osso e em materiais dos mais variados(Sementes, vasos com toquinhos de madeira em cubos, isopor, retalhos de espumas sintticas; carvo demadeira, areia e brita de minrio de ferro para Laelias minei ras, sabugo de milho, maravalha de madeiras; o

  • coco (quenga quebrada, casca como vaso, fibra desfiada, vasos , palitos e placas de fibra prensada e colada,chips; (narrar o cultivo bem sucedido do Sebatio Nagase, de Dendrobium tipo nobile em fibra de cocopeneirada e trocados a cada ano, sem estresse hdrico e com bastante gua o ano todo ); O esfagno eadubao orgnica.

    O principal cuidado deve ser a retirada do excesso de tanino e a desinfeco do material e a troca anual dossubstratos orgnicos, em especial da fibra de coco que s deve ser usada aps bem peneirada para se retirar o seup. (A explanao bem detalhada est no livro ABC do orquidfilo, pg. 114 e seguintes).

    Os mix de substrato: As misturas entre diversos tipos de substratos ver pag. 125 do ABC do orquidfilo.

    Resumindo, a escolha deve ser, em primeiro lugar, em funo daquela planta em particular pelo substrato em que elamais se adapte. Repetimos: A PLANTA EST SEMPRE CERTA, O QUE PODE ESTAR ERRADA AINTERPRETAO HUMANA.

    A adubao em funo do substrato.Voc deve considerar que o fertilizante precisa ser adequado ao substrato de sua planta. Qualquer substrato orgnico,ao se decompor, libera macro e micronutrientes, mas as quantidades liberadas dependem de cada substrato. A fibrade xaxim, por exemplo, bem balanceada nos trs macronutrien tes e contm boa quantidade de f erro, mas seacidifica conforme se decompe. Desse modo, se suas plantas estiverem em xaxim, voc deve usar um aduboformulado completo (20-20-20 ou 10-10-10 etc. - de frmulas NPK balanceadas). Torna-se a, mais importante amedio peridica do pH do substrato para a elaborao do pH da soluo do adubo qumico a ser aplicada, assimcomo a medio da condutividade para o controle da salinidade nesse substrato, assim como em to dos aquelesfibrosos e de decomposio rpida. A casca de pinus libera quantidades maiores de fsforo em sua decomposionatural.

    As camadas de dreno:So desnecessrias em vrios tipos de substratos. Muito usados para isso, os caquinhos de cermica so altamenteporosos e tendem e reter sais pre cipitados. Retm esporos de fungos e ajudam a piorar a situao do substrato, pois oespao muito grande entre os cacos serve de abrigo para visitantes indesejados. L esmas, caramujos, tatuzinhos, eoutros, a encontram ambiente propcio mido, escuro e fresco. Ao reaproveitar caquinhos de telha, de vasos ououtras cermicas, verifique o local em que estavam estocados para se evitar a contaminao por fungos e bactriasde solo e de moluscos e insetos. O uso de pedra britada, da areia grossa (rejeito de peneira grossa em extratoras deaereia) ou de seixos de rio bem melhor para isso, pois no retm sais e deixa menos espao para os indesejveisvisitantes. Ou use carvo vegetal ou isopor picados, mais leves e parece que repelem as lesmas. Caso utilize umsubstrato bem peneirado (sem p) no h a necessidade de material de drenagem , pois o prprio substrato serve paratal finalidade e fica bem mais fcil para replantar. Calcule o custo benefcio desse procedimento de reenvasesanuais. Vasos pequenos e com muitos furos na lateral e no fundo tambm pode m dispensar a camada de drenagem.

    Se usar substrato orgnico, replante suas orqudeas ao menos uma vez por ano.

    Os fertilizantes minerais balanceados e completos devem ser usados, obrigatoriamente, se suas plantas estiverem emqualquer tipo de material inorgnico (inerte) pedra, espuma, isopor, areia, seixos, brita, ou qualquer mistura deles j que, destes substratos, a planta no consegue obter nutrientes. Substratos inertes so os ideais para o uso deadubao orgnica. O inconveniente a rpida lixiviao do adubo , causada pelas irrigaes e pelas chuvas, j queso materiais altamente porosos. Isso pode ser sanado com aplicao do adubo orgnico sobre caminhas de esfagno,que o retm e o libera aos poucos com a irrigao e conforme suas substncias sejam decompostas, tornando -sedisponveis absoro pela planta. So adubos de liberao lenta e cobrem um longo perodo de tempo. Todos ostipos de farelo ou torta de sementes, como mamona ou girassol ou farinhas de o ssos, de ostras, de peixe, de casca deovo so exemplos. Alguns destes adubos contm propores baixas dos nutrientes necessrios e acaba sendonecessrio us-los em quantidades maiores. Dependendo do substrato, isto pode virar problema, se ficarcompactado e prejudicando a imprescindvel troca do ar ao redor das razes e acabar favorecendo a formaode microorganismos indesejveis. De qualquer modo, estes adubos orgnicos no proporcionam o controle d equantidade de nutrientes colocadas disposio das plantas, j que isso depender bastante da decomposio pelaflora bacteriana presente no substrato, principalmente quando do uso do bokashi. A aplicao de inseticidas e defungicidas torna essa flora totalmente incua.

    Fator 7 - A gua e a adubao.

  • (Telo - Proj. 26Adubar no apenas jogar adubo na planta ou no seu va so. , antes de tudo, fornecer os macro e micronutrientesnecessrios na dosagem e na diluio correta s e favorecer todas as condies para a tima absoro pela planta.gua e adubo esto sempre interligados, pois das qualidades fsico-qumicas da soluo adubo-gua, depende a boaou a m absoro dos elementos qumicos. To importante quanto o adubo a freqncia na adubao, que deveser no mesmo intervalo semanal ou ento quinzenal, sempre no mesmo dia escolhido para no pular datas.

    So escassas as pesquisas com nutrio mineral em orqudeas, entretanto, elas necessitam dos mesmos nutrientesque as demais plantas para seu desenvolvimento normal.

    Embora seja prtica comum cham-los de alimento das orqudeas, os fertilizantes no so comida para elas. Asorqudeas usam a gua, o dixido de carbono, a clorofila e a energia do sol para fabricar acares e, a part irda, fazer sua prpria comida . Desse modo, os fertilizantes, na melhor das hipteses, podem ser chamados denutrientes. Porm, sem os nutrientes, as plantas no conseguem metabolizar os componentes indispensveis paracompletar seu ciclo de vida. Sem a adio de TODOS os nutrientes essenciais nenhuma planta ir desenvolver-se adequadamente.

    Adubao qumica ou orgnica? Foliar ou radicular?

    Atualmente o termo orgnico est distorcido sendo utilizado de forma indevida para se re ferir a alimentos noindustrializados ou a processos biodegradveis. Porm, existem vrios exemplos de produtos orgnicos que no socomestveis ou so txicos e at mesmo venenosos , ou no so biodegradveis. No final, o que fica disponvel paraas plantas so os mesmos macro e micro elementos (ou nutrientes) qumicos. J que agora o assunto a Qumica,devemos ter em mente a lei de Lavoisier:

    Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma - Ou: Numa reao qumica a massa se conservaporque no ocorre criao nem destruio de tomos. Os tomos so conservados, e apenas se rearranjam. Osagregados atmicos dos reagentes so desfeitos e novos agregados so formados .

    Embora o enunciado tenha sido criado para reaes em sistema fechado e sabermos que e ssa lei, como foi propostanem mais se verifica, pois possvel a perda de massa no decurso de uma reao libertando -se energia, para nossospropsitos esse enunciado poder explicar e servir -nos de guia e de compreenso para a prtica da adubao, sejaela classificada como qumica, ou como orgnica.

    Ento a pergunta: Qual a diferena entre adubo orgnico e qumico?

    Enquanto que na adubao qumica so fornecidas substncias inicas, de absoro imediata pela planta, naorgnica so fornecidas substncias moleculares (compostos de carbono) que para serem absorvid as terode passar por diversas transformaes, para que se tornem disponveis absoro pela planta . Ao pensarmosque, ao final, o que so absorvidos pela planta so os mesmos elementos qumicos , podemos responder que no hnenhuma diferena. Mas ao pensarmos que na natureza a absoro se processa de modo diferente do que noambiente de orquidrio, mesmo que por mais o tentemos imitar, a resposta que existem diferenas . Quais soelas? Diversas, dependendo de muitos fatores envolvidos, alm dos fatores de cultivo, que acima descrevemos. Daclassificarmos os adubos orgnicos como de absoro lenta. As substncias orgnicas no se dissolvem em gua,com exceo dos sais, cidos e alcois. Sempr e so solveis os compostos de metais alcalinos, amnio (NH4+),nitratos (sal derivado do cido ntrico NHO3) e acetatos (sal e ster do cido actico C 2 H4 O2). As substnciasinorgnicas (sais, cidos e bases) se dissolvem em gua.

    E qual delas a melhor forma para fornecer macro e micro nutrientes s nossas orqudeas? A resposta : Tanto umaquanto outra tm suas vantagens e desvantagens, seja para a prtica e comodidade do orquidicultor, seja para amelhor produtividade e melhor sade de suas planta s.

    Para saber sobre: Adubos formulados NPK - Adubos formulados completos (NPK + Micronutrientes) - Ver noABC do orquidfilo, pg. 90: Essencial, balanceado, especfico ou completo? Explicar o que um e outro

    Tabela 3 - Os nutrientes so absorvidos pelas plantas em diferentes formas inicas :

    Nutriente Preferencial EventualNitrognio NO3- NH 4+

  • Fsforo H2PO4- HPO4-

    Potssio K+ -Clcio Ca++ -Magnsio Mg++ -Enxofre SO4- -Boro H3BO3 H2BO3-

    Cloro Cl- -Cobre Cu++ -Ferro Fe+++ Fe++

    Mangans Mn++ -Molibdnio MoO4-- -Zinco Zn++ -

    Fonte: MALAVOLTA, E. (1980); RAIJ, B. V. (1983)Essas variaes nas necessidades das plantas na estrutura e nas caractersticas qumi cas dos elementos devem ser consideradasquando da adubao. Quase todos os elementos so captados como ons, com cargas de +2, +1, -1, -2. Os nutrientes no soabsorvidos na forma orgnica, resultando que todos os fertilizantes orgnicos devem passar p or mineralizao de nutrientes parase tornar disponveis para as plantas. (para saber mais: http://www.agrolink.com.br/fertilizantes/Nutrientes.aspx)

    Adubao foliar ou radicular?

    Vejamos esses textos:"A velocidade de absoro (foliar) dos elementos va ria com a planta e com o elemento:N - entre 1 e 36 horas para absoro de 50% da quantidade aplicada; P - entre 6 e 15 dias; Ca - 4 dias; Mg - 20% em1 hora; S 8 dias; Cl - 8% em 24 horas; Fe - 1 a 2 dias; Mn - 1 a 2 dias; Zn - 2 a 24 horas." (Malavolta, et al - 1997).

    O fato de aplicarmos um adubo na forma lquida no significa q ue a melhor forma de ser aplicado seja a foliar, ouseja, que ser absorvido pelas folhas em quantidade suficiente. Assi m, quando aplicamos Dyna-Growth, Peter's, etc.estamos usando um adubo solvel em gua, ou seja, que possuem sais solveis em gua, mas no quer dizer queesse adubo, deva ser aplicado s nas folhas e nem que a absoro principalmente foliar, alis, muit o pelo contrrio.A recomendao geral que se molhe a planta toda at escorrer do vaso e a principal forma de absoro radicular.A raiz a boca das orqudeas e de todas as plantas. O que est sendo absorvido pela folha, geralmente, no suficiente para a nutrio da planta, pelo menos no que diz respeito a macronutrientes. Como as folhas da ma ioria dasorqudeas so coriceas (duras) e serosas, a principal forma de entrada dos adubos pelas folhas ser via estomtica (Dra. Virginia Silva Carvalho).

    NO se usa adubao foliar de macronutrientes; foliar s de micro nutrientes e se usar macros para complementar aadubao do solo, um plus.

    Se suas orqudeas esto apresentando sintomas visuais de deficincia de nutrientes, o fato de voc molhar a pla ntatoda favorece a absoro mais rpida dos nutrientes via foliar e o que escorrer fica retido no substrato e serabsorvido pelas razes. No precisa colocar at escorrer para fora do vaso, basta umedecer adequadamente osubstrato. Porm, CUIDADO, pois soluo salina concentrada queima folhas e razes e pode matar a planta!

    (Telo - Proj. 27

    Nutrientes no minerais - absorvidos da gua e do ar - Hidrognio, disponvel na gua; Carbono e Oxignio,presentes no ar em forma de gs carbnico - CO2 .

    Macronutrientes primrios: Nitrognio - P (fsforo) - K (potssio)

    Macronutrientes secundrios Ca (clcio) - Mg (magnsio) S (enxofre).

    Micronutrientes Fe (ferro) Mn (mangans) - B (Boro) Cu (cobre) Zn (zinco) Mo (molibdnio)Cl (cloro)

    Co (cobalto) - um elemento til, principalmente para leguminosas e o Si (silcio) um elemento til , principalmentepara gramneas, porm no so considerados essenciais. Sobre esse ltimo, existem estudos considerando-o, naforma de silicatos, como benfico orqudeas.Na (sdio) - um elemento essencial para o coqueiro da Bahia, no para orqudeas.Ni (nquel) no considerado um elemento necessrio s orqudeas. Mas j existem evidncias de que o nquelparticipa do metabolismo do nitrognio e tambm tem papel na resistncia da planta s doenas , em especial

  • ferrugem asitica na soja. No se sabe ao certo ainda se h um efeito direto do nquel sobre o agente causal dadoena ou se o nutriente aumenta a capacidade das plantas de se defenderem do patgeno.Os micronutrientes de plantas, os quais abrangem B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn so requer idos pelas plantas emconcentraes muito baixas para adequado crescimento e reproduo. Com exceo ao Al (que poder ser til acertas plantas) estes elementos so essenciais para o crescimento de plantas .O Fe (Ferro) - elemento essencial em maiores quantidades para as laelinhas mineiras. Narra -se tambm anecessidade especfica de iodo para a Laelia lobata.

    A vantagem principal da adubao qumica a de no sobrarem resduos orgnicos no substrato, maspodero acumular sais no absorvidos no substrato, o que pode causar queima das razes . Isso facilmentecontornvel, atravs da pratica da lixiviao, ou wather flush, de que trataremos mais frente.

    A principal desvantagem da aduba o orgnica a rpida decomposio do substrato e o acmulo de matriaorgnica decomposta e formadora de ambiente propcio a fungos e bactrias nocivas orqudea. O materialdecomposto hmus, que se for proveniente de um material sadio no ir causar problemas. Porm, qualquermaterial orgnico meio de cultura para desenvolvimento de microorganismos que podem ser benficos ou no suaorqudea. Outra desvantagem a introduo de contaminantes atravs do adubo ou de seus componentes malpreparados ou mal conservados, que podem trazer contaminantes a partir do local de estocagem, principalmente dosolo como fungos e bactrias nocivas, em especial os agentes ca usadores da canela seca (fusariose e rhizotoniose) edas podrides em orqudeas. Outros contaminantes na torta de mamona so resduos de solventes, usados a cadavez mais para melhor rendimento industrial na extrao do leo. Outro seno diz respeito ao desconhecimento da realmedio dos componentes qum icos resultantes e disponveis planta aps a decomposio daquele adubo orgnicoaplicado.

    Os adubos orgnicos mais usados pelos orquidfilos so a torta de mamona, a farinha de oss os ou de ostras, afarinha de sangue, a cinza de madeiras, o esterco d e aves, de bovinos e de cavalos, quer fermentadas (bokashi) ouno. Podem ser usados em mistura ou em separado ou acrescidos de mine rais, sendo assim chamados de adubo sorgano-minarais. A contaminao desses componentes orgnicos se d principalmente na estocagem, se inadequada(no solo, em cu aberto, em locais midos, muito quentes e escuro s ou em embalagens imprprias) e se durantetempo excessivo, que so as causas de deteriorao e/o contaminao do produto. Para uso em orqudeas terrestreso problema de contaminantes fica bastante reduzido, porm maximizado quando em epfitas. Isso se deve naturalresistncia das plantas terrestres a esses contaminantes e fcil infiltrao dele s na terra.

    Importante - Solues inicas ou eletrolticas - So solues nas quais o soluto forma ons. As substncias quesempre formam solues inicas so os cidos, bases e sais, quando forem solveis. As solues destassubstncias, devido formao de ons, so capazes de conduzir a corrente eltrica, sendo, por isso, determinadasde solues eletrolticas.

    Solues moleculares ou no eletrolticas - So solues nas quais as partculas do soluto so molculas, ou seja,o soluto uma substncia m olecular. So molculas que no conduzem a corrente eltrica.Solues diludas - So solues que apresentam pequena quantidade de soluto em relao quantidade desolvente.Solues concentradas - So solues que apresentam grande quantidade de soluto em relao quantidade desolvente. As solues concentradas apresentam, porm, menor quantidade de soluto que a soluo saturada .

    Quantas vezes voc j no ouviu dizer que um fertilizante com a proporo 20 -20-20 igual a um de 10-10-10 e quevoc deve apenas us-lo em quantidades menores? Isto verdade, j que ambos tem uma relao bsica de 1 para1 para 1. Contudo, eles so iguais apenas no que diz respeito proporo. Como estes nmeros so apenasexpresses percentuais dos componentes nutricionais primrios, o orquidfilo deve ca lcular a quantidade (peso)necessria do adubo, a fim de obter a conce ntrao ideal de cada nutriente na soluo em gua.

    E so estas duas palavrinhas concentraes ideais a chave para uma boa cultura de orqudeas . As orqudeastendero a maximizar seu crescimento e a realizar com plenitude suas funes vitais internas e externas se puderemdispor, durante o maior tempo possvel, de um meio ambiente que lhes proporcione condies de absorver, emconcentraes ideais, os nutrientes necessrios para sua vida. Nem mais, nem menos, nem falta, nem excesso. Ossubstratos, geralmente, no so equilibrados no seu fornecimento de nutrientes s plantas. Muitos dos substratosutilizados em orquidicultura so completamente inertes. Da a necessidade das adubaes. O que se segue soalgumas consideraes sobre como alcanar concentraes ideais dos nutrientes presentes nos adubos queencontramos no comrcio.Estudos controlados constataram que a diluio em gua de um adubo que gere uma concentrao de 150 a 200partes por milho (PPM) de um nutriente excelente para as orqudeas e esta seria a tal concentrao ideal. Mas,PPM? O que isso? Como chegar na concentrao ideal se no sei o que PPM? Bom, na verdade no precisosaber o que isso para calcular co rretamente a concentrao necessria. Basta seguir a recomendao de dosagemdo fabricante.

  • Por exemplo, se voc souber que 1g de um NUTRIENTE (do nutriente e no do adubo) ao ser diludo em 10 litros degua gera na soluo resultante 100 PPM daquele n utriente, ento voc ter a chave para sempre obter aconcentrao certa. Este exemplo pode se transformar numa regrinha simples e bsica para utilizarmos, sem medo deerrar:1g de um componente nutricional qualquer, na forma de sal, dissolvida em 10 litros de gua rende umaconcentrao de 100 PPM daquele componente (que j estar na forma em que a planta pode aproveitar).Obs Lembre-se de que componente nutricional qualquer um dos macro ou micronutrientes, no o adubo tal comoo compramos na loja. Portanto, tudo o que precisamos fazer lidar com peso, sem nos preocuparmos com o que sejaa definio qumica de PPM.Agora j sabemos que 1g de Nitrognio, por exemplo, (um dos m acronutrientes) dissolvido em 10 litros de guarendem uma concentrao de 100 PPM daquele nutriente. Para obtermos a concentrao de 150 PPM, que maisacima citamos como estando no incio da faixa ideal, de quantos gramas de Nitrognio precisaremos? Com umasimples regra de trs constatamos que, claro, precisaremos de 1,5g de N itrognio. E agora, como fazer parapesarmos 1,5g de Nitrognio partindo dos adubos comprados em loja? a que entram as tais porcentagens 10 -10-10, 30-10-10 etc que vemos nos rtulos, pois a quantidade de adubo que vai gerar as 1,5g de Nitrognio vai var iarconforme a frmula do produto que voc adquiriu.Se a formulao que voc tem , por exemplo, 10 -10-10, estes valores expressam o percentual do nutriente no adubo,ento, como vimos no incio, apenas 10% do peso Nitrognio (ou seja, tomando 10g desse adubo apenas 1g ser deNitrognio, 1g ser de Fsforo e 1g ser de Potssio, sendo os outros 7 gramas de outros componentes). Bom, apartir da fica fcil: para obter 1,5g de Nitrognio voc precisar pesar 15g do adubo, j que apenas 10% dos 15g Nitrognio. Esta a quantidade de fertilizante que devemos pesar e misturar a 10 litros de gua para disponibilizar 150PPM de Nitrognio para a planta, em cada adubao peridica que fizermos. Ento, para QUALQUER FRMULA deadubo, se seu objetivo for obter 1 ,5 g de N basta fazer uma regra de trs simples:Por exemplo o uso da frmula 4-14-8

    100g de 4-14-8 4g de NXg de 4-14-8 1,5g de N - Resposta: 37,5g de 4-14-8

    E os outros nutrientes alm do Nitrognio? Se voc estiver usando os fertilizantes obtidos no comrcio n o precisarse preocupar com a quantidade dos outros macro e micronutrientes. Ao pesar a quantidade necessria de Nitrognio,os outros sais sero pesados proporcionalmentee isso d epende da frmula, por exemplo , 4-30-10 tem 7,5 vezes maisP que N. Resumindo: as quantidades reais necessrias de adubo so diferent es umas das outras, pois dependem daformulao E COM QUE FINALIDADE voc vai us -la, se para crescimento, para manuteno ou para florao. .Aquela velha recomendao uma colher de ch por litro de gua deve ser esquecida , pois no tem utilidade deexatido para quem cultiva orqudeas.

    Na prtica no necessrio fazer este clculo de partes por milho (ppm), mais liga do s medies decondutividade. Basta seguir a recomendao do fabricante, estampada na embalagem do adubo. Usa -se,como medida, o volume de uma colher de ch ou de caf. Fique atento, pois so medidas incorretas. Ench -las um pouquinho mais ou menos e a medio correta se altera. Confira as medidas padronizadas:Telo - Proj. 28

    1 grama = 1 ml = 30 gotas = 1 colher de caf = 1 cm2 gramas = 2 ml = 60 gotas = 1 colher de ch = 2 cm5 gramas = 5 ml = 150 gotas = 1 colher sobremesa = 5 cm

    A medida de uma colher de caf, de adubo em p (1grama), mais usada para slidos. 1 mililitro (ml) igual a umcentmetro cbico ou a 1 colher de caf.A medida da colher de sobremesa corresponde medida de 5 m l (mililitros). A medida da colher de ch corresponde aduas, das de caf, portanto, a 2 ml. Muita gente ainda confunde essas colheres.Compare a medida recomendada de um medidor para soro caseiro:

    Telo - Proj. 29

  • Medidor para adubo em p: Distribudos em postos de sade e em farmcias, os medidores de soro caseiropossuem volume correspondente a 5 g ou a uma colher de sobremesa de adubo em p , com a vantagem demedio mais exata e prtica do que a de uma colher, que costuma derramar pelas bordas.

    Relembrando:5 gramas = 5 ml = 150 gotas = 1 colher sobremesa = 5 colheres de caf = 5 cm.Essa medida de adubo voc poder pr em um pulverizador de 5 litros de gua, ou meia medida em uma ga rrafa petde 2,5 litros de gua para se obter , naquela formula de adubo qumico, as PPM recomendadas pelo fabricante.

    Carbono (C) - um elemento da estrutura bsica de toda vida orgnica. Ele est presente em t odo compostoorgnico formando cadeias. Sua principal fonte o gs carbnico do ar.Oxignio (O) - Entra na formao de compostos orgnicos e inorgnicos e da gua. Sua fonte de sustentao par a aplanta vem da gua absorvida.Hidrognio (H) - Na formao de compostos orgnicos e inorgnicos e gua importante na cadeia de transporte deeltrons de reaes vitais na planta.

    Com estes trs primeiros elementos , COMPOSTOS GASOSOS no nos preocupamos, porque a prprianatureza j os tem em reservatrio natural, no ar e na gua.

    Nitrognio (N) - um elemento muito mvel dentro da planta, ou seja, se a planta precisa de N e no o tem ao seudispor, ela o retira das partes mais v elhas da planta e o transloca para as partes mais novas. Por isso sua deficincia verificada primeiro nas folhas mais velhas. Tem muitas funes na planta. absorvido preferencialmente nas formasde amnio ou nitrato, sendo que as plantas O podem absor ver em algumas formas mais complexas, como osaminocidos. O nitrognio absorvido convertido dentro das plantas em aminocidos, que so a base das protenas.Todas as enzimas das plantas so protenas e, portanto, para que toda reao enzimtica da plant a ocorra necessrio que a planta tenha produzido a enzima especfica, onde o nitrognio essencial. Os aminocidos entramna formao do protoplasma, local onde ocorre a diviso celular e crescimento das plantas. O nitrognio tambm fazparte da molcula de clorofila e sem ele a planta no realiza a fotossntese. A base gentica da planta tambmdepende do nitrognio, pois ele entra na formao dos cidos nuclicos (DNA e RNA ). Nos adubos sempre encontrado em forma de N amoniacal (Ureia um adubo amoniacal) e de Nitrato A maioria dos componentes emadubos minerais no precisa reagir (ser transformado) para ser absorvido, apenas a ureia . Nos adubosorgnicos, exatamente o contrrio . Ureia um composto orgnico cristalino, incolor, de frmu la CO (NH2)2 (ouCH4N2O), Fertilizantes sem ureia proporcionam imediatamente 100% do Nitrognio necessrio, ao passo que os quecontm ureia tem 45% de N que no solo liberado rapidamente na forma de NH 4+ (amnio), mas se no incorporar auria ao substrato pode ocorrer uma grande perda de N na forma de NH 3 (amnia). Nesse meio tempo certeza queela j foi levada embora do substrato pelas regas sem nunca chegar a ficar disponvel na forma de Nitrognio, no casode plantas no plantadas no solo. A uria o adubo nitrogenado mais solvel e concentrado, s tem doisinconvenientes: acidifica o solo e o substrato e, se no for incorporada, pode perder por volatilizao.

    Nesse meio tempo certeza que ela j foi levada embora do substrato pelas regas sem n unca chegar a ficardisponvel na forma de Nitrognio. Assim, se a ureia for a fonte de metade do Nitrognio total de um fertilizante defrmula 20-n-n, ento metade do nitrognio total estar indisponvel para a planta.

  • O Fsforo e o Potssio. - Para que a florao possa ser incrementada , geralmente se recomenda que vocdesbalanceie suas fertilizaes, trocando seu adubo habitual por um que tenha diminuda acentuadamente adisponibilidade de Nitrognio (N) e aumentadas as disponibilidades de Fsforo (P ) e de Potssio (K). Nasformulaes dos adubos esses dois macroelementos esto presentes nas formas de P2O5 (anidrido fosfrico)e de K2O (xido de potssio), respectivamente. So xidos bsicos altamente solveis em gua. O P2O5 podereagir com quantidades crescentes de gua (hidratao crescente), produzindo cidos diferentes:P2O5 + 1 H2O --> 2 HPO3 (cido metafosfrico)P2O5 + 2 H2O --> H4P2O7 (cido pirofosfrico)P2O5 + 3 H2O --> 2 H3PO4 (cido ortofosfrico)1 -> 2 -> 3 = hidratao crescente.K2O (xido de potssio) composto slido inico que reage com gua e tem carter bsico.So mais usadas, as formulaes 10-30-15 ou 10-15-15. Uma formulao extremamente desbalanceada nessesentido a de frmulas 6-30-3 e 04-45-8, classificadas como fortes indutoras de florao e que devem ser usadasapenas por quem tem bastante conhecimento prtico e em ocasies especialssimas. No se esquea que, se vocvai se valer deste procedimento, a concentrao de 150 PPM deve ser calculada em funo do Fsforo (P ), o segundonmero da frmula, por ser ele o elemento ativo no suporte florao. Isto porque, em princpio, na poca da florao ,a fase de desenvolvimento vegetativo do novo broto j ocorreu e no seriam mais necessrias grandesdisponibilidades de Nitrognio. Alm do Fsforo (P), essencial para uma boa florao, uma frmula como 10 -30-15 ou10-15-15 disponibilizam mais Potssio (K) em relao ao N, para proporcionar resistncia maior planta, para quepossa agentar flores a mais que venham a ser form adas. Se voc no observar este cuidado e o seu fertilizante nopuder disponibilizar um pouco mais dos nutrientes que proporcionam fora e resistncia planta, voc pode at obtermais botes ou flores, mas ou os botes extras no vingam ou, se vingarem, a durao das flores diminui muito emurcham logo aps abrirem.

    Fsforo (P) - absorvido em maior quantidade pela planta na forma do on fosfato bicido e , em menoresquantidades, pode ser absorvido na forma de fosfato monocido se o pH estiver alto. um elemento absorvido emgrandes quantidades pela planta, principalmente nas fases de cre scimento vegetativo. Atua na respirao, na divisocelular, no armazenamento e transferncia de energia, no crescimento das clulas e em vrios outros processos vi taisna planta. Entra na formao do ATP (Adenosina Trifosfato), cidos nuclicos, aucares, fitina, etc. O ATP ocombustvel celular. a molcula responsvel pelo armazenamento e fornecimento de energia para as reaesqumicas vitais das plantas. Uma planta com deficincia de P tem fome de energia . So fontes de fsforo:superfosfato simples, superfosfato triplo, fosfatos de amnio (MAP e DAP), nitrofosfatos, fosfato bicido de potssio,etc. Nos adubos sempre entra formulado como P2O5 (anidrido fosfrico). As fontes mais eficientes so as solveis ,tais como o superfosfato simples (20% de P2O5), o superfosfato triplo (46% de P2O5), os hiperfosfatos Arad, 33% deP2O5 total.Quando o elemento de maior quantidade o Fsforo, falamos que um fertilizan te fosfatado e queeste estimula o surgimento de razes, o aumento da s floradas e, conseqentemente , a frutificao eproduo de sementes.A aplicao de adubos fosfatados muito importante em regies onde ocorrem geadas, pois ele vaiaumentar a resistncia das plantas ao frio e, alm disso, vai apressar a maturao dos frutos.Potssio (K) Normalmente, as plantas apresentam, em seus tecidos, teores de N e K no mesmo nvel e P em menorquantidade. Ao contrrio do N e P, no entra na formao de nenhum composto orgnico na planta e tudo indica quesua funo principal est ligada com o metabolismo d a planta como ativador enzimtico, atuao na fotossntese,controle da abertura e fechamento de estmatos, aumento da resistncia da planta a doenas entre outras. Bom teorde K na planta aumenta a taxa fotossinttica da planta, reduz a velocidade de tran spirao, aumenta a sntese deprotenas, promove a turgidez dos tecidos (mecanismo de abertura e fechamento dos estmatos), responsvel pelamanuteno do potencial osmtico das clulas, favorece a translocao dos metais dentro da planta, ativa as enzimas(so conhecidas mais de 40 enzimas ativadas pelo K) e controla suas velocidades de reao, melhora a textura dasflores, aumenta a resistncia da planta s pragas e doenas, melhora resistncia baixa temperatura (muitoimportante para quem cultiva em clima frio). A forma pela qual o potssio absorvido K+ (ction monovalente)e em plantas jovens ele pode chegar at 10% da matria seca. O K bem mvel na planta, por isso suadistribuio se faz das folhas mais velhas para as mais novas, sendo est a redistribuio intensa . As principaisfontes de K so o cloreto de potssio, sulfato de potssio, o fosfato dicido de potssio e o nitrato de potssio. Nosadubos qumicos, sempre entra formulado como K2O (xido de potssio).Clcio (Ca) - absorvido pela planta na forma de ction bivalente, Ca 2+ e considerado praticamente imvel, ouseja, no se redistribui pelos tecidos vegetais de forma satisfatria. Entra na formao de compostos que fazem parteda parede celular o que lhe garante papel importante na estrutura de sustentao da planta . Estimula o crescimentode razes e folhas, ajuda a reduzir os nitratos, ativa vrias enzimas ( constituinte da alfa -amilase) e neutraliza vrioscidos orgnicos produzidos durante o metabolismo celular. As fontes mais comuns de Ca so os calcrios (melhor oDolomtico que tambm contm o Mg que facilitador d e absoro do Ca), gesso, cloreto de clcio, superfosfatos,nitroclcio.Magnsio (Mg) - Absorvido na forma de ction bivalente, Mg 2+ considerado um elemento mvel apenas no sentidoraiz-folha. Esta mo nica de redistribuio faz com que to da a planta tenha que ser nutrida via radicular com Mg paracorrigir sua deficincia. o elemento central da molcula de clorofila, logo, sua principal f uno est relacionada coma fotossntese. tambm ativador das reaes transferncia de energia e de vrios sistemas enzimticos. Aadubao de Ca deve ser bem balanceada com a de Mg pois altos teores de Ca na planta induzem a uma baixa

  • absoro de Mg. Adubaes nitrogenadas constantes base de amnio ou altas doses de K podem levar aplanta a uma deficincia severa de Mg. So fontes de Mg os calcrios magnesianos e dolomticos, sulfato demagnsio (salamargo), sulfato duplo de potssio e magnsi o.Enxofre (S) - absorvido principalmente na forma de sulfato, mas, em locais muito poludos, pode ser absorvidocomo dixido de enxofre. considera do um elemento pouco mvel na planta, porque seus sintomas de deficinciaaparecem nas folhas mais novas, mas quando aplicado na forma de sulfato nas folhas, apresenta grandemobilidade. o constituinte dos aminocidos (metionina, cistina, cistena) e pro move a produo de enzimas evitaminas, auxilia na formao de sementes e necessrio para a formao da clorofila, apesar de no ser um dosconstituintes dela. As fontes de S so o enxofre natural, o cido sulfrico e os adubos j citados, que so sulfat os.

    Boro (B) - absorvido na forma de boratos; monocido, dicido ou mesmo tetraborato. O boro no faz parte, como oK, de nenhum metablito dentro da planta mas sabe -se que ele importante para a germinao dos gros de plen ecrescimento do tubo polnico, essencial para a formao de sementes e das paredes celulares, forma complexosacar-borato que favorece a translocao dos acares dentro da planta e tambm sua presena importante noprocesso de produo de protenas. So fontes de boro o cido brico (17% de B) e brax (tetraborato de sdio de calhidratado, com 11% de B). O superfosfato simples uma excelente fonte de S.Cobre (Cu) - absorvido na forma de ction bivalente. Normalmente utilizado pela planta como catalisador devrias reaes vitais, alm de ser importante no processo de formao da molcula de clorofila. A fonte mais comumde cobre o sulfato de cobre (22,5% de Cu). Lembre-se que os produtos a base de cobre devem ser utilizadoscom muita cautela em orqudeas. So muito sensveis ao Cobre, em especial as Miltonias, Miltoniopsis,Odontoglossum, Oncidium e seus hbridos.Ferro (Fe) - Um dos micronutrientes mais exigidos pelas orqudeas e geral e, particularmente, pelas Laelia das regiesferrferas de Minas Gerais. As orqudeas se desenvolvem muito bem em substrato rico em ferro, razo do sucesso doxaxim no seu cultivo. absorvido pela planta na forma de ction bivalente e um elemento muito pouco translocveldentro da planta. Como o Cu, o Fe tambm catalisa o processo de formao da molcula de clorofila, importantecomo transportador de oxignio e ajuda a formar certos sistemas respiratrios da planta. O sulfato ferroso aprincipal fonte de ferro, mas aconselha-se us-lo em solues nutritivas complexado com EDTA sdico paraevitar a formao de sais insolveis, principalmente fosfatos.Mangans (Mn) - Atua diretamente na fotossntese ajudando na sntese de clorofila, aumenta a disponibilidade de Cae P, acelera a germinao e a maturidade dos tecidos vegetais e ativa vrias reaes metablicas pois atua comoparte do sistema enzimtico. A fonte mais comum de Mn o sulfato de mangans que possui de 26 % a 28% de Mn.Molibdnio (Mo) absorvido na forma de molibdato. Sua deficincia de difcil diagnstico j que muitas vezes vemassociada deficincia de N itrognio. A planta absorve muito N como nitrato , mas no o utiliza desta forma. Nointerior da planta, o N na forma de nitrato tem que ser reduzido para amnio para ser incorporado aos esqueletoscarbnicos. Neste processo o Mo essencial pois ele necessrio para a formao da enzima responsvel por es tareao de reduo a redutase do nitrato . Sem o Mo no se tem a enzima e a planta passa a apresentar deficinciade N. Molibdnio, tambm est presente no processo de tr ansformao do P inorgnico em orgnico, na planta. Afonte mais comum de Mo o mo libdato de sdio que contm de 39% a 41% de Mo.Zinco (Zn) - absorvido na forma de ction bivalente. um nutriente pouco mvel na planta. O Zn necessrio paraa produo de clorofila e est envolvido com a produo de enzimas, principalmente as desidrogenases , faz parte dociclo do cido indol actico, auxina de crescimento das plantas . Fungicidas base de zinco so boas fontes de Zn eMn e onde eles so usados dificilmente aparecem deficincias desses dois micronutrientes. A fonte mais comum deZn so os sulfatos de zinco hidratados que podem ter de 23% a 36% de Zn, dependendo do grau de hidratao do sal.Cloro (Cl) absorvido na forma de cloreto e pouco se conhece de sua funo na planta. Suspeita -se que o Cl tenhaum papel no fotossistema II da fotossntese e tambm interfira no pro cesso de absoro de P, mas ainda no estbem esclarecido. um elemento que no preocupamos com ele porque dificilmente as plantas apresentarosintomas de deficincia. Os adubos na forma de cloretos so fontes de Cl, como por exemplo, o cloreto depotssio.

    Quadro 2 Classificao fisiolgica dos nutrientes

    Funo Fisiolgica: a classificao por meio das funes fisiolgicas dos nutrientes tem sido considerada maisadequada segundo alguns pesquisadores. Visto que no emprica, como no caso da classificao segundo aquantidade encontrada nas plantas:

    Telo - Proj. 29

    Grupo Funo fisiolgica

    1 Grupo C, H, O, N

    e S

    Constituintes de compostos orgnicos envolvidos em processos

    enzimticos.

    2 Grupo

    P e B

    Esterificao de grupos alcolicos. Reaes de transferncia de

    energia (P)

  • 3 Grupo

    K, Mg, Ca, Mn e Cl

    Regulao do potencial osmtico. Ativao enzimtica. Balano

    inico. Controle da permeabilidade de membrana e do potencial

    eltrico.

    4 Grupo

    Fe, Cu, Zn e Mo

    Transporte de eltrons por meio de mudanas de valncia.

    Fonte: Adaptado de Fernandes, 2006.

    Ciclos CAM E C3 -

    As orqudeas de folhas coriceas so plantas de metabolismo do tipo CAM, adaptado para funcionar noite,principalmente porque quando o seu principal mecanismo de defesa contra perda de gua funciona durante o dia e ode respirao com absoro de CO 2 funciona muito bem atravs dos estmatos, noite. Os estmatos, como jdissemos antes, so os microporos das plantas e quando as condies so desfavorveis eles perman ecem fechadosimpedindo a troca de gases e reduz sensivelmente a perda de gua. Este mecanismo tem que ser mais eficiente nasorqudeas que nos outros vegetais , devido a dificuldade das primeiras se reidratarem nas condies na natureza.Porm existem orqudeas de ciclo CAM e de ciclo C3, cuja descrio completa encontrada em nosso livro ABC doorquidfilo.

    O que nos interessa nesta palestra, de imediato que a s orqudeas de ciclo CAM desfrutam de maio res vantagens seforem regadas pela noite do que durante o dia, contrariando a mxima, h muito j irraigada no meio orquidfilo, deque as Cattleia no devem devem dormir com o p molhado. Isso verdadeiro para as regies de clima de frionoturno severo, pois frio intenso e umidade na s razes, nas folhas e brotos, realmente no combina, podendo formarat mesmo gelo nessas partes, se molhadas.

    Recentemente, por ocasio da exposio de SOBH , ocorrida em Belo Horizonte, no incio deste ms de maio, tive agrata satisfao de conversar como o ilustre cultivador Svio Caliman, do Esprito Santo. Revelou-nos que irriga suasCattleya pela noite e que s recentemente instalou um sistem a automtico de nebulizao. Basta verificar seus vasosverdes de limo e seus inmeros prmios em exposies para comprovar o que ele nos disse: Orqudea gosta mesmo de gua; muita gua no ar, principalmente noite. O local de seu orquidrio de clima amen o de serra, comvariao segura entre as temperaturas diurnas e noturnas, seja no vero ou no inverno e propcia s orqudeas quecultiva. No ser assim tambm o clima da maioria dos locais da regio sudeste do Brasil? Apenas ressalvamosirrigao noturna para as regies mais frias, na poca de possibilidade de geadas ou de ventos frios e dominantes.

    Afinal, no a gua o veculo de transporte de todos os macro e microelementos para a orqudea? Note-se que aregio do orquidrio Caliman de serra, em altitude de 730 m e distante do mar apenas 83 km. noite recebe osventos marinhos aquecidos, formando fortes neblinas nas encostas de serras, com intenso aumento da umidaderelativa do ar. Possui clima ameno (tropical de altitude), com duas estaes: de maio a setembro (com clima frio eseco) e de outubro a abril (com clima quente e maior umidade), perodo este de maior ndice de precipitao (chuva).A temperatura varia de 24C a 12C, com umidade relativa do ar em torno de 85% (mdia) e um ndice pluviomtricode aproximadamente 1.534 mm/ano.

    Svio usa mistura de torta de mamona e farinha de osso. D para ver nos rece pientes no substrato oupendurados em algumas plantas. Ele usa adubao foliar sim e em nveis elevados, por isso d para verum crescimento de algas nas folhas de algumas plantas, pois devido quantidade elevada de nitrognio ea alta umidade do orquidr io dele chegam a se desenvolver em abundncia, que pode ser at patgnica.Essa alga no era conhecida e foi descrita por uma professora da UFV. (Gustavo Denarde Nogueira, Eng.Agrnomo e orquidlogo).

    ENTO VAMOS FALAR SOBRE A GUA, TO OU AT MAIS IM PORTANTE QUE O ADUBO.

    As qualidades fsico-qumicas da gua usada na irrigao e na adubao .

    O potencial hidrogeninico - gua de pH (alcalinidade) correta pode ser fator da maiorimportncia na produo em contentores (vasos e tubetes). Uma compreens o de ambos necessria para tratar com preciso a gua que o cultivador ir disponibilizar com o adubodissolvido. Outro fator importante a considerar a condutividade na soluo (gua + adubo). Sem

  • as condies timas, certos nutrientes, mesmo pres entes na soluo e no substrato ficamindisponveis para a planta e ela, simplesmente, no consegue absorv -los.

    A leitura do pH uma medida da concentrao do on de hidrognio de uma soluo (como cida ou bsica), e asleituras variam de 0 (o mais cido) a 14 (o mais bsico). A disponibilidade de nutrientes e o crescimento futuro daplanta podem ser afetados severamente pela gua da irrigao ou pelo substrato de elevado pH (tabela 2; Figura 1).Embora o pH 7 seja considerado ponto morto ( no cido ou a lcalino), no o timo pH para guas de irrigao oudas solues para a disponibilidade de nutrientes e para o crescimento na produo em recipientes (vasos outubetes) devido aos componentes do substrato normalmente utilizados na produo em estufas. O potencialhidrogeninico da soluo final tambm deve ser medido nas aplicaes de defensivos agrcolas, pois certospesticidas perdem a sua eficincia em pH inadequado. Observe sempre a indicao da bula, pois poder estardesperdiando seu tempo e o produto, pensando que ele est fazendo efeito.

    J a condutividade eltrica mede a concentrao de ons na soluo, por isso tambm chamada de condutividadeinica. Cada elemento que compe o adubo dissolvido em gua formado por ons e, atravs dos valor es dacondutividade possvel saber a sua concentrao sua concentrao na soluo ou no substrato. O cultivo emrecipientes (vasos e tubetes) fez com que se utilizassem substratos em pequeno volume. Consequentemente, umsistema to sensvel quanto esse deve ser monitorado, a fim de se obterem os melhores resultados. A condutividadeinica, apesar de ser uma medida fsica, fornece uma estimativa da quantidade de substncias inicas presentes esolveis, na soluo ou no substrato. Essa medio no fornece a quantidade, mas uma estimativa total dos onspresentes, sejam ctions ou nions, o que j bastante significativo. Tambm serve para que o orquidfilo possaavaliar o excesso de concentrao de sais no substrato e, portanto, se o momento de se fazer lixiviao com guada chuva ou gua macia e de pH neutro e, com a tcnica de wather flush (gue com jatos dgua).

    O pH de grande importncia para o crescimento da planta devido ao seu efeito na disponibilidade de nutrientes, emespecial de microelementos . (Waller & Wilson, 1984; Bailey et al. 2000b; Handreck & Black, 1999).

    Fonteno (1996) afirma que: Alm da possibilidade de ocorrer fitotoxicidade por excesso de mangans solvel emvalores de pH abaixo de 5,4 tambm aumenta o risco de toxidez do fer ro, zinco e cobre, se esses estiverempresentes em quantidades significativas no substrato.

    O pH da soluo (ou o do substrato depois de adicionado o adubo) exerce papel fundamental na disponibilizao dosmacro e micronutrientes. Se o pH no estiver a dequado, certos nutrientes, apesar de presentes na soluo ou nosubstrato, ficam indisponveis para a planta pois, assim,no consegue absorv -los. O Fsforo (P), por exemplo, ficaquimicamente bloqueado em substrato orgnico com pH igual ou menor que 4 muito cido, portanto. J o Ferro (Fe)fica bloqueado em pH muito alcalino, acima de 8,5. Pior que o bloqueio, h a possibilidade de outros nutrientes seremabsorvidos em nveis excessivos e se tornarem txicos. o caso do Mangans (Mn) e do Zinco (Z) q ue, em pH muitocido, abaixo de 5, podem ser absorvidos em quantidades que se tornam txicos para a planta. Mea o pH da guaque voc utiliza e ajuste-o para que fique levemente cido.

    O intervalo recomendado de pH da gua de irrigao, do substrato e pH da soluo, para produo emcontentores depende da cultura sendo cultivada. O intervalo de pH geralmente aceito 5.4 a 7.0 para a guade irrigao e 5.2 a 6.3 para a soluo do substrato. Tratamento cido torna -se necessrio antes do uso naproduo em contentores, se o pH da gua (alcalinidade) demasiado elevada.

    Desse modo, so recomendados pH (em gua) e os mais reconhecidos para o cultivo de orqudeas, os valoressegundo tabela da Faculdade de Agronomia - UFRGS, Porto Alegre (RS), 2001:

    1) para plantas em substrato orgnico, Fonteno (1996) indica, para cultivos em geral, pH entre 5,4 e 6,0 eHandreck & Black (1999), valores de 5,5 a 6,7. (Cinc. agrotec. vol30 n 3 Lavras May/June 2006).

    2) Para plantas com solo mineral na mistura do subst rato, Fonteno (1996) indica para cultivos em geral pH entre6,2 e 6,8 e Handreck & Black (1999) indica valores de 6,0 a 6,7.Nota do autor: Os valores de 1 se aplicam a orqudeas epfitas, plantadas em substratos orgnicos (xaxim,casca de pinus, etc); Os valores 2 se aplicam s orqudeas terrestres ( Cymbidium, Arundina, Thunia, etc).

    No Estado de So Paulo, o Decreto E stadual n 12.486, de 20/10/78 estabeleceu que as guas tratadas, potveis,distribudas pela rede de fornecimento devem ter um pH entre 5 e 9. A OMS - Organizao mundial de Saderecomenda que a gua potvel tenha um pH entre 6,5 e 8,5. A gua distribuda no ABC Paulista, por exemplo, tem umpH em torno de 8,5 e bastante alcalino, portanto. Compare a tabela de medio fornecida pela sua d istribuidora degua encanada.

    Telo - Proj. 30 e 31

  • Tabela de Handreck & Black(1999) - Influncia do pHna disponibilidade de nutrientes essenciais em umasoluo. Aplicvel tambm para medies em substratocontendo sphagnum, turfa, musgo, casca de pinus,compostagem, vermiculita e areia.

    O intervalo de pH recomendado para a maioria dasculturas de estufa o indicado por cortejo das linhas

    verdes, ou seja, entre 5,5 e 6, para os elementos citados.

    Alcalinidade uma medida da capacidade de uma gua paraneutralizar cidos. ons de bicarbonato (HCO 3 -) dissolvidos, comobicarbonato de clcio (CA (HCO 3 ) 2 ), bicarbonato de sdio (NaHCO3 ) e bicarbonato de magnsio Mg (HCO 3 ) 2 ; e ons de carbonato(CO 3 --) como carbonato de clcio (CaCO 3 ) - so os produtosqumicos grandes contribuidores para alcalinidade na gua dairrigao. ons de Hidrxido (OH -) so colaboradores menores, namaioria dos casos. Amonaco, boratos, bases orgnicas, fosfatos esilicatos tambm podem ser menores contribuintes para alcalinidade .

    Uma vez que bicarbonatos e carbonatos so os principaiscomponentes para a alcalinidade da gua, a maioria dos laboratrios

    assumem esse total de Carbonatos (Carbonatos + bicarbonatos) igual a alcalinidade. Na maioria dos casos, este um pressuposto seguro. Para a maioria das guas, bicarbonatos representam mais de 90 % de todos os alcalinizantespresentes.

    O termo "alcalinidade" no deve ser confundido com o termo "alcalino", impregnado com lcali, quando descrevesituaes onde o pH excede nvel 7,0 do carbonato equivalente, usando medidas em miligramas por litro (ou partespor milho) de carbonato de clcio (mg/L ou ppm CaCO 3 ).

    a) gua dura gua macia - A dureza da gua dada pela quantidade de sais alcalinos -terrosos que contm,principalmente clcio e magnsio. Poder ser dividida em dois tipos: dureza permanente, provocada pelossulfatos, fosfatos e outros sais de clcio e magns io e dureza temporria, provocada pelos bicarbonatos declcio e magnsio. A soma desses dois tipos de dureza d -nos a dureza total. Habitualmente, consideram -seguas macias aquelas cuja dureza (expressa em mg de carbonato de clcio por litro) inferior a 75 mg e durasas que tm valores de dureza superiores. gua muito dura dificulta a ao detergente dos sabes que, nela,pouco ou nada espumam.Considere que a alcalinidade conduz naturalmente dureza. Dureza no alcalinidade - Dureza se refere aomontante de clcio e magnsio na gua, geralmente expresso como se fosse tudo clcio e se todos compostosfossem carbonato de clcio (CaCO 3). A dureza pode ser expresso como mg/L ou ppm de carbonato de clcio.

    Medies:Requinte ou necessidade para o orq uidfilo amador?

    Condutivmetro: para medir a condutividade eltrica e temperatura de um lquido ou soluo.

    Medies de pH - Tiras de papel de tornassol: Para medir o pH de um lquido ou de solueslquidas atravs de comparao na tabela de cores que acompanha o kit.

    Telo - Proj. 32 33 34 - 35 - imagens do pHagmetro, luxmetro e do papel de tornassol.

  • Condutivmetro Luxmetro

    Tiras de papel de tornassol p/ medio do pHcom escala comparativa de cores

    Medies do pH do substrato:a) Retire amostras do substrato em uso nos vasos de suas orqudeas.b) Coloque uma colher de sopa do substrato em uma garrafinha de refrigerante de 100 ml e complete com a gua queusa para regar, agite bem e deixe de molho por meia hora.c) Coe em filtro de papel para caf.d) Mea o pH, preferencialmente com um peagmetro digital, mas pode tambm ser com tirinhas de papel detornassol com tabela de cores comparativas de 0 a 7 e de 7 a 14.e) Caso use vrios tipos diferentes de substrato, c olha amostras deles em diversos vasos e faa as medies emseparado de cada amostra.

    O Efeito Tampo - Os resultados de teste do laboratrio express am s vezes a alcalinidade como carbonato de clcioequivalente, usando miligramas por o litro (ou partes por milho) do carbonato de clcio (mg/L ou ppm CaCO 3). Otermo carbonato total (TC) pode tambm ser usado por alguns laboratrios ao consultar a alcalinidade de umasoluo. Alguns laboratrios supem que toda alcalinidade derivada unicamente dos bicarbonatos (HCO3-) e relatarbicarbonatos como o mg/L ou o meq/L. Para converter -se entre estas duas unidades, use os seguintes valores: 1meq/L HCO3- = 61 mg/L HCO3-.

  • A alcalinidade (quantidade de carbonatos dissolvidos na gua) estabelece o efeito temp o na gua, afeta quantogrande quantidade de cido requerido para mudar o pH. O seguinte exemplo pode ajudar explicar a importncia daalcalinidade ao tentar acidificar a gua ( ver figura 2, que se segue): O cultivador A tem uma gua com um pH de 9. 3e uma alcalinidade de 87 mg/L HCO 3- (TC = 1.42 meq/L). Para reduzir o pH desta gua a 5.8, faz exame de fl 15.8ona. de cido sulfrico de 35% por 1.000 gales da g ua. No contraste, o cultivador B tem uma gua com um pH de8.3 e um alcalinidade de 378 mg/L HCO3- (TC = 6.20 meq/L). Para reduzir esta gua a um pH de 5.8, faz exame 68.6de fl ona. de cido sulfrico de 35% por 1.000 gales da gua. Apesar do fato que a gua do cultivador B umaunidade cheia do pH mais baixo do que o cultivador A, faz exame de quatro vezes mais cido para abaixar o pH a 5.8.A alcalinidade e o pH so importantes a considerar ao ajustar o pH de uma gua.

    bem mais prtico o uso de vinagre de mesa (cido actico CH2O- frmula emprica - a 4% ) na reduo do pH dagua. Usa-se 8 gotas por litro de gua para rebaixar em 1 ponto o pH. S depois coloque o adubo ou o pesticida,misture bem e faa nova medio, acrescentando mai s vinagre, pingo a pingo, caso no se tenha alcanado o pHdesejado.

    Figura 2. Titulaes de duas guas diferentes com cido sulfrico. Observe que embora seja o pH inicial da gua docultivador A uma unidade total superior gua do cultivador B, leva mais de 4 vezes mais gotas de cido do que o

    cultivador B (gua ao pH 5.8) devido a alcalinida de maior da gua docultivador B.

    Alcalinidade pode ser um gran de problema, especialmente nasregies costeiras ou em regies de jazidas de calcrio . Nveis abaixode 2 m.e.q. (medies) e inferior so seguros para a maioria das culturas.No entanto, so mais sensveis alcalinidade mudas em plugs,porque o pequeno volume de substrato fornece pouco efeito tampo(substncia qumica que resiste a mudanas em acidez e alcalinidadecontra um aumento de pH). Podem ocorrer problemas na produo emplugs usando gua com mais de 1,5 m.e.q./l. se a alcalinidade da gua desua irrigao est acima de m.e.q. 2.0 (ou acima 1,5 m.e.q./L para umprodutor em plug), Voc deve considerar injeo de um cido paraneutralizar os bicarbonatos (alcalinidade) presentes para evi tar umaumento indesejvel pH do substrato ao longo do tempo.

    Repetimos o que j foi dito acima: Considere que a alcalinidadeconduz naturalmente dureza. Dureza no alcalinidade ! Dureza serefere ao montante de clcio e magnsio na gua, geralmente e xpressocomo se fosse tudo clcio e se todos compostos fossem carbonato declcio (CaCO3). A dureza pode ser expresso como mg/L ou ppm decarbonato de clcio.

  • Em faixa de pH baixo de uma soluo de adubo, esto presentes em maior quantidade formas amnica s e amoniacaisem relao s formas ntricas. Por conseguinte, as formas amoniacais (NH4+). so os primeiros produtos dadecomposio que so significativamente absorvidos pelas plantas (ANDREOLI et al., 2001).

    So vrias as formas de perda de N do sistema , dentre as quais tem significativa importncia a volatilizao deamnia (NH3) e/ou desnitrificao. A volatilizao de NH3 depende da concentrao de NH4+ e NH3 em soluo, quepor sua vez so altamente dependentes do pH (HENRY et al, 1999):

    Como demonstrado na figura 1 , as perdas de N na condio NH3 so maiores em pH mais elevado; a partir de pH 11 praticamentetoda forma amoniacal solvel est sob estado gasoso. Temperaturasacima de 45C tambm potencializam volatizaes de NH3, devido aoaumento na taxa de vrias reaes e na atividade da ur ease (TISDALEet al., 1985).(http://www.sanepar.com.br/sanepar/sanare/v 18/Avcomportvert.htm)

    Macroelementos. Os macronutrientes: nitrognio (N), fsforo (P), potssio (K), clcio (CA), magnsio (Mg) eenxofre (S) so elementos essenciais para o crescimento de vegetais e, em nveis moderados, no causarproblemas de produo. Contudo, o contedo destes elementos deve ser avaliado como um potencial indicador decontaminao da gua (para N, P e K) bem como um i ndicador de necessidade de adubao em separado (para Ca,Mg e S).

    Por exemplo, nveis de Nitrognio (N) superiores a 10 ppm raramente so encontrados nas guas de irrigao. Sesua gua contm N superior a 10 ppm, existe a forte possibilidade de que a sua fonte de gua tenha sidocontaminada com um adubo ou com outros contaminantes. Se existir maior do que 1 ppm de fsforo e / ou 10 ppmde potssio, a gua pode estar contaminada com adubo, detergentes ou outros contaminantes. Embora esses nveisde nutrientes no devam entravar o crescime nto de plantas, a possibilidade de contaminao deve ser maisinvestigada e a gua no deve ser usada para consumo humano ou animal, se as concentraes de N, P e Kexcedam os limites mximos.

    Clcio e magnsio, normalmente so encontrados em guas de irrigao. aceitvel usar gua contendo nveis maiselevados de Ca e Mg que os listados, se voc reduzir a quantidade de clcio e magnsio fornecidos no programa deadubao. Se a proporo de clcio/magnsio na sua fonte de gua no estiver dentro de limites aceitveis, deverequilibr-la.

    O que uma razo aceitvel Ca/ M g em uma gua de irrigao? A razo de clcio e magnsio na soluo e nosubstrato (e na gua da irrigao) deve ser de 1 de Magnsio para 3 de Clcio, se expressa em meq/L ou de 5 Capara 1 de Mg. Ou seja, a relao Ca: Mg deve estar entre 3 a 5:1. H uma latitude razoavelmente larga da variaoem torno destas relaes. Entretanto, se a relao deslocar bastante desta, uma deficincia do nu triente que indesejavelmente baixo na relao ocorrer. O problema mais comum um nvel baixo do clcio relativo para o domagnsio. Neste caso necessrio suplementar ocasionalmente (e separadamente de Ca) com uma fonte domagnsio, tal como o sulfato de magnsio (sais de Epsom ou salamargo). Examine a relao do clcio ao magnsio(Ca para Magnsio) em sua gua para antecipar se a relao no substrato tender a se deslocar fora da escaladesejada.

    As concentraes de enxofre nas guas so , normalmente, menores do que 25 ppm e excesso de enxofre no umproblema normal. A tabela 3 lista os nveis recomendados de enxofre e de outros elementos, para o melhorcrescimento das plantas. Geralmente, os produtores devem aplicar enxofre adicional para alcanar estas taxasrecomendadas de aplicao.

    Microelementos. guas podem conter pequenas concentraes de: alumnio (Al), boro (B), cobre (Cu),fluor (F -), ferro (Fe), mangans (Mn), Molibdnio (Mo) e zinco (Zn). Alumnio, em gua da irrigao, raramente encontrado em concentraes suficientemente elevadas para conduzir toxicidade, e no deve ser uma p reocupaoimportante para a maioria dos produtores.

    Entre as plantas exigentes em micronutrientes especficos encontrados na gua, o boro pode ser particularmenteproblemtico. Uma concentrao de 0.5 ppm (mg /L) segura para todo o uso da irrigao. Um nvel mais elevado de0.5 ppm est acima do limite superior e poderia conduzir aos sintomas de toxidade em cultivos boro -sensveis. Atoxicidade do boro pode, primeiramente, mostrar -se como necrose alaranjado-marrom ao longo das margens dealgumas folhas mais velhas. Flecking (MANCHAMENTO) pode tambm ocorrer no lado de baixo das folhas.

  • Outros micronutrientes que podem ser excessivos na gua da irrig ao so: ferro, mangans, zinco e cobre. Verifiqueos nveis e assegure-se de que as concentraes esto abaixo dos nveis listados na tabela 1, antes de usar a gua.As toxicidades de micronutrientes so mais provveis quando o pH da soluo e do substrato baixo, tornando osmicronutrientes mais disponveis para aceitao da planta. Se a fonte de gua cont iver concentraes elevadas destesmicronutrientes, os ajustes no programa de fertilizao devem ser feitos para impedir uma over -dose desseselementos.

    O fluoreto adicionado frequentemente gua municipal em uma concentrao de 1 ppm para impedir a c rie dedentes. Este nvel seguro para a maioria dos cultivos, mas no para membros da famlia do lrio tais como os generaChamaedorea, Chlorophytum, Ctenanthe, Dracaena, Marantha, Spathiphyllum e algumas outras plantas. Nveistxicos de fluoreto causam queima das pontas das folhas mais velhas.

    Organismos prejudiciais. Bactrias fixadoras do ferro na gua de irrigao podem conduzir a muitos problemas,incluindo um reflexo azulado e manchas marrons nas superfcies das plantas. Os depsitos azuis e marro ns so doisproblemas separados da qualidade de gua e ambos so relacionados ao ndice elevado do ferro na gua da irrigaoquando aplicada por sistemas de irrigao area. O reflexo de bronze azulado devido s bactrias do ferro. Ocorremnaturalmente no solo e podem ser um problema do poo ou dentro das fontes da irrigao. Em poos, a ferrugemoleosa sobre a superfcie da gua devido s bactrias do ferro. So jogadas para fora com o sedimento de ferro nagua da irrigao e, assim, o depsito azulado do ferro sobre as plantas. Nas casas de propagao voc podertambm ver uma massa amarelada e limosa nos bocais dos plugues de irrigao. So as bactrias do ferro. Osprodutores tm evitado ou reduzindo o problema de depsitos do f erro certificando-se de que sua entrada da irrigaoest de 18 a 30 polegadas abaixo da super fcie da gua, mas a entrada demasiado perto parte inferior puxa osedimento de ferro do fundo.

    O enxofre reativo, especialmente na forma de p. Ocorrncias de reaes so rela tadas quando em contato comalumnio, nitratos, cloretos, carvo vegetal, brometos, iodetos e outros. As fontes de enxofre para as plantas incluem oenxofre orgnico e inorgnico do solo, o enxofre das guas de precipitao e irrigao, o SO 2 atmosfrico e o enxofreveiculado por fertilizantes e pesticidas, logo, podemos deduzir que o enxofre disponvel no solo para as plantas aquele em formas qumicas que podem se r absorvidas pelas razes, ou seja SO42-. Entretanto, o conceito dedisponibilidade envolve tambm formas de enxofre que podem , a curto ou mdio prazos, serem transformadas porprocessos fsicos, qumicos ou biolgicos em formas que possam ser absorvidas pelas plantas. Nos adubos qumicos,est disponvel em forma de sulfato de potssio (K 2SO4) e em qualquer sulfato, gesso ou super simples.

    O enxofre largamente usado como componente de acaricidas, inseticidas e fungicidas que possuem esse elementoem sua formulao. Deficincias de S e de Mg devem ser suplementadas com a aplicao de MgSO4 (sulfato demagnsio, tambm conhecido por salamargo ou sal de Epson) na dosagem de 1 g em 5 litros de gua a cada 2 a 3meses.

    Para suprir a falta de clcio melhor aplicar Ca em forma de calcrio dolomtico (MgCO3 ) na dosagem de 1 g por 5litros de gua, a cada 3 a 6 meses, dependendo do teor de Ca em sua gua de irrigao. Lembre-se de que essesmacroelementos so absorvidos via radicul