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    A NAÇÃO OMOLOKO

     

    Certos da importância da cultura negra e ameríndia em nosso paísdecidimos compartilhar as informações que foram pesquisadas sobre o ritualreligioso conhecido como Nação de Omoloko. Como em todos os rituais quecompõem a religião afro-ameríndia-brasileira h! "ariações entre uma casa deculto e outra onde o ritual de nação Omoloko # praticado.

     $ importância de se conhecer um pouco desse ritual est! ligada apr%pria hist%ria do N&'(O e do )N*+O em nosso país. ,radicionalmenteeurop#ia anta Catarina registra em seu passado hist%rico um forte domínioda cultura branca a começar pelos pr%prios portugueses açorianos que

    po"oaram o litoral sul do rasil al#m # claro dos alemães e italianos ho/efortemente representados e reconhecidos em todo territ%rio nacional pelasfestas de outubro.

    Onde entram as parcelas Negra e $meríndia na formação cultural doul do rasil 0 1artindo de uma pesquisa sobre a cultura afro-brasileira da'rande 2lorian%polis decidimos tornar p3blico o material pesquisadopossibilitando uma "iagem pela hist%ria que at# pouco tempo era contada sema preocupação do registro formal tão necess!rio para a sua perman4ncia naposteridade. *urante a pesquisa reali5ada sobre os rituais afro-brasileirose6istentes na 'rande 2lorian%polis identificamos a 7mbanda como sendo apr!tica ritualística mais tradicional ainda em ati"idade. &la apresenta-se comdi"ersas sub-denominações para seus rituais entre as quais 7mbanda deOmoloko. O Omoloko apresenta-se como um segmento de origem africanaque surgiu no rasil oriundo de uma miscigenação que ocorreu na #poca daescra"idão. $final os rituais religiosos que encontramos atualmente nosterreiros são heranças de um tempo onde a cultura negra era en"ol"ida numsincretismo que unia os ori6!s africanos aos santos cat%licos. Nas sen5alas acultura negra ricamente representada era mantida de forma original aos olhosdos negros e paramentada com formas e ob/etos que pudessem satisfa5er osinteresses dos senhores donos das terras. Como relatam in3meros autores que

    escre"eram sobre religião afro-brasileira por bai6o das imagens de santoscat%licos esta"am 8assentados8 os Ori6!s.

    O Omoloko # origin!rio do (io de 9aneiro que tamb#m ser"iu de berçopara o surgimento da 7mbanda conforme relatam alguns estudiosos. No (iode 9aneiro antes mesmo da origem oficial da 7mbanda :;? /! eramcomuns pr!ticas afro-brasileiras similares ao que ho/e conhecemos comoCabula e Omoloko. $ cultura de um país # a"aliada pelos refle6os con/unturaisdas ati"idades@ científicas artísticas e religiosas de um po"o. &"identementeessa cultura foi adquirida aos poucos ad"indas de outras culturas atra"#s doss#culos. egundo ,ancredo da il"a 1into ,at! ,i +nkice em seu li"ro Culto

    Omoloko - Os 2ilhos de ,erreiro - Omoloko # uma pala"ra Aoruba que significa@Omo - filho e Oko - fa5enda 5ona rural onde esse culto por causa da

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    repressão policial que ha"ia naquela #poca os rituais eram reali5ados na mataou em lugar de difícil acesso dentro das fa5endas dos donos de escra"os.,al"e5 por causa disso ho/e tenhamos as denominações de Bterreiro e roçapara os lugares onde os cultos afro-brasileiros são reali5ados. Nesse culto osori6!s possuem nomes Aoruba :NagD? at# seus Oriki :tudo aquilo que se

    relaciona ao Ori6!? e seu Oruk% :nome? # tra5ido atra"#s do /ogo de b35ios ou+f!. eus assentamentos parecem-se com os do candombl# NagD. Os &6ustamb#m são feitos de argila a semelhança de uma pessoa ou entãosimbolicamente em ferro. 1odemos relacionar o significado da pala"raOmoloko tamb#m ao Ori6! OkD a deusa da agricultura que era adorado nasnoites de lua no"a pelas mulheres agricultoras de inhame. $ntigamente oOri6! Oko era muito cultuado no (io de 9aneiro. &sse Ori6! era assentado /unto com O6ossi o que "iria dar maior consist4ncia a origem do culto Omolokoque # fortemente influenciado por O6ossí. O culto a O6%ssi # o que melhor marca o conte6to religioso dos negros afro-brasileiros bastando que para issonotarmos o destaque dado ao culto de caboclo que est! intrinsecamente

    ligado a O6ossi. ,amb#m segundo o ,at! ,i +nkice ,ancredo da il"a 1intoconsiderado o organi5ador do culto Omoloko no rasil na Efrica os sacerdotesdo culto Omoloko reali5a"am suas liturgias em noites de lua cheia sob a copade uma frondosa !r"ore carregada de frutos parecidos com maçã. egundoele o culto Omoloko chegou ao rasil pro"eniente do sul de $ngola onde erapraticado por uma pequena nação pertencente ao grupo Funda-GuiDco quefica"a as margens do rio Hambe5e que chama"am Hâmbi e que lhes forneciaalimentação no período das cheias. 

    Quem foi Tancredo da Silva Pinto, considerado o organizador do cultoOmoloo no !rasil"

    ,ancredo da il"a 1into ,at! ,i +nkice nasceu no dia ;= de agosto de ;

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    centro da 1onte (io-Niter%i. (ecebeu em essão olene na Câmara &stadualdo antigo &stado da 'uanabara e tamb#m da Câmara Junicipal de +taguaí o,ítulo de Cidadão Carioca pelos ser"iços prestados em fa"or do po"oumbandista. ,ancredo escre"eu mais de trinta obras liter!rias di"ulgando a7mbanda entre elas@ +Aao Camba de 7mbanda Catecismo de 7mbanda

    Negro e ranco na Cultura (eligiosa $fro-rasileira $s Jirongas de 7mbandaCabala 7mbandista *outrina e (itual de 7mbanda no rasil (e"ista Jirongaentre outras. ,ancredo da il"a 1into foi sepultado no dia =R de setembro de;

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    uma pena branca no centro e uma linha longitudinal branca partindo do cantoesquerdo superior para o canto direito inferior da bandeira que medeapro6imadamente M=6M= de cumprimento e largura.

      1esquisas mais recentes dão conta de que a origem do nome Omoloko

    pode tamb#m estar ligado ao po"o Foko que era go"ernado pelo rei 2arma noertão de erra Feoa. &le foi o rei mais poderoso entre todos os Janes. uacidade chama"a-se BFoko/a e locali5a"a-se a margem do (io Jitomboafluente do rio 4nue que por sua "e5 # afluente do grande rio Niger. Foko/afica"a pr%6ima do reino oruba. O po"o Foko tamb#m era conhecido pelosnomes de Fagos Fândogo e osso. O nome BFoko foi primeiramenteregistrado em ;W=W. ,amb#m h! registro de desse po"o com o nome deFoguro. Os FokDs "i"eram at# ;

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     #ALO$%&' (%LO#' ) *MÃ+ ANTON%+TA

      O S%(N%-%.A/O /O T+$MO OMOLOKO

       $lgumas "e5es tenho sido inquirido com a pergunta@ BOmoloko #7mbanda ou Candombl#0 B $ resposta s% poderia ser uma 3nica@ Omoloko #ambas. 7mbanda porque aceita em seus rituais o culto ao Caboclo e ao 1reto-Pelho. Candombl# porque cultua os Ori6!s africanos com suas cantigas emoruba ou $ngola pois como /! disse anteriormente esse ritual foi fortementeinfluenciado pelas duas culturas. Como pode-se "er o ritual Omoloko nãopoderia ser encai6ado no grupo dos Candombl#s chamados tradicionaisaqueles que cultuam somente ori6!s africanos pelo moti"o de que no Omolokosão cultuados os Caboclos e 1retos-Pelhos. 1or#m pode ser encai6ado noscandombl#s não-tradicionais isto # aqueles que cultuam ori6!s africanos eCaboclos e 1retos-Pelhos. ,amb#m como pode-se notar a Nação Omolokopoderia ser encai6ada no grupo chamado 7mbanda uma "e5 que cultua-seCaboclos e 1retos-Pelhos entidades genuinamente de 7mbanda e h! umaforte sincreti5ação cat%lica. &le encai6a-se tamb#m como 7mbanda quandorefere-se a um grande grupo religioso a (eligião de 7mbanda. &ntão nessemomento o po"o de Omoloko se auto intitula 7mbandista cu/o culto # "oltadoaos Caboclos e 1retos-Pelhos e que sigam a doutrina de amor ao pr%6imo.

      OS SA.$%-0.%OS + O-+$+N/AS NA

     NAÇÃO OMOLOKO

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      7ma forte característica de alguns rituais africanos # a reali5ação desacrifício de animais flores para os Ori6!s herança tra5ida pelos negrosescra"os e mantida ainda ho/e no rasil principalmente nos terreiros deCamdombl#. &ssas ati"idades são geralmente reali5adas em sessões internasen"ol"endo apenas os membros efeti"os dos terreiros :filhos de santo? sem

    espectadores :assist4ncia? e6ternos. Nessas cerimDnias s% # permitido apresença de iniciados no culto e que tenham um grau hier!rquico dentro doterreiro. *entre os animais utili5ados nas chamadas oferendas ou obrigaçõessão utili5adas a"es:galinha patas...? e animais quadr3pedes :cabras bodescoelhos carneiro...?. &ntretanto essas ati"idades chamadas de 8Obrigação deanto8 s% acontecem em casos de iniciação sacerdotal ou em outras ocasiõesmuito especiais. $ importância e necessidade desses rituais est! no fato de dese acreditar na troca de energias entre os seres humanos e os outros seres danature5a pois somos todos parte da nature5a e precisamos rea"i"ar dentrode n%s o Ori6! que todos tra5emos como herança da pr%pria Efrica erecarregar nossa energia espiritual. acrifica-se um animal para que atra"#s

    do plasma sangZíneo possa o Ori6! tomar forma e assim passar a coabitar nocorpo físico e espiritual do futuro filho de santo. &ra assim que os nossosancestrais fa5iam na Efrica e assim o fa5emos aqui no rasil pois essa # anossa forma mais pr%6ima de mantermos "i"a essa força maior e de grandeligação ancestral que # o Ori6! *i"ini5ado em pensamento e forma...8 [nesse momento que o Ori6! do m#dium # in"ocado e se fa5 presentepossibilitando uma maior interação entre o iniciado e o Ori6! dono de suacabeça :Ori  Cabeça \ Q! guardião?.

     +n3meras são as bibliografias que de alguma forma questionam o usode obrigações em que são utili5ados animais como oferendas. [ muito comumrelacionar a pr!tica de sacrifício de animais a fase primiti"a dos negrosoriundos do continente africano. ,al"e5 fosse essa a linguagem usadapor aqueles que num passado hist%rico condenaram a pr!tica afro\religiosaalegando um primiti"ismo que não cabia a 8no"a8 fase do país em formação ecom forte predomínio da cultura branca europ#ia. [ claro que "isto de umângulo que não se/a o africano essas obrigações parecem ser retr%gradastendo em "ista a atual 8moderni5ação8 com a qual con"i"emos. 1or#mpercebe-se uma certa con"icção quanto ao 8cortar8 para o Ori6!.

    +TAPAS +1OL2T%1AS /+ 2M -%L3O /+ SANTO NA NAÇÃOOMOLOKO

      Na Nação Omoloko a  primeira obrigação que um filho de santo fa5# o EBÓ 4 O que # &b%0 &b% # uma obrigação de limpe5a material e espiritual.[ uma obrigação muito simb%lica pois marca a passagem dele da "idamundana para ingressar na "ida espiritual onde ser! iniciado para ser umsacerdote de culto afro-brasileiro. $p%s o filho de santo fa5er o &b% ele passa ater o nome de B$biã aquele que foi iniciado. $p%s o &b% o filho de santo ficarecolhido no (onc% por um período de RI horas. 1ara repousar sua mente e

    corpo. +solando ele poder! ter o seu primeiro contato íntimo com o seu ori6!.

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       $ segunda obrigação que o filho de santo far! # a  COFIRMAÇÃO DE BATISMO . Nesta obrigação o filho de santo fica escolhe um padrinho e umamadrinha que representarão seus padrinhos de batismo se estes não puderemcomparecer a cerimDnia. No Omoloko acredita-se que o atismo # reali5adouma 3nica "e5 na "ida e pode ser feito em qualquer reali5ado quando a

    criança nasce mas ele poder! ser reforçado ou confirmado no terreiro. Nestaobrigação o filho de santo recebe a sua primeira guia a guia branco-leitoso deO6al!. Nesta obrigação o filho de santo não precisa ficar recolhido no (onc%ele ter! apenas que guardar sua cabeça do sol e do sereno durante RI horas.

       $ er!eira obrigação # a CAT"#AÇÃO 4 Nesta obrigação o $biã queest! sendo iniciado # recolhido ao (onc% durante RI horas. Catulação significaB$brimento de Coroa e a sua finalidade # abrir a passagem da mediunidade doabiã ou se/a tornar o filho de santo mais recepti"o para receber as "ibraçõesdos Ori6!s. $ Catulação # acompanhada de um sacudimento :eb% de limpe5a?que # reali5ado antes do filho de santo ser recolhido ao (onc% e # feito um /ogo

    de b35ios para "erificar o Ori6! do filho que ser! recolhido.

      $ $uara obrigação # o CR"%AME&TO 4 $ finalidade do Cru5amento #fechar o corpo do abiã contra todas as formas de energias negati"as. &la iniciacom um sacudimento :eb%? e um banho de er"as de prefer4ncia de er"as doOri6! do abiã se /! se ti"er certe5a se o mesmo # realmente o dono do ori doabiã que est! em obrigação. Nesta obrigação o abiã # recolhido tamb#m por RIhoras ao (onc%. &m sua saída do (onc% ele receber! a sua segunda guia aguia do Ori6! dono do ori.

    T+25 ) -il6o de santotra7ando rou8a ritual

    9ranca da tri9o Arigol:,Na; tra7andorou8a ritual de festa sa?dao Ori=> %n6as< %n6alosin4

       $ $uina obrigação # chamada OBOR' 4 &sta obrigação ser"e parareforçar as energias do filho de santo e reali5ar o assentamento em apotí doprimeiro ori6! do iAaD e o recebimento de sua R] guia. $ guia de seu primeiro

    ori6! ou se/a o dono do orí. O Obori di"ide-se em tr4s tipos@ Obori frio feitocom !gua e comidas dos ori6!s Obori de dois p#s - feito com a"es Obori de I

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    p#s - feito com animal quadr3pede. &sses Oborís serão aplicados pelosacerdote conforme a necessidade e condições gerais do abiã. Nestaobrigação o abiã ser! recolhido tamb#m por RI horas mas ter! um resguardoe a ser cumprindo em sua casa :dormir na esteira usar branco não pegar sereno nem sol desnecessariamente...? por um período de quin5e :;M? dias.

     $p%s essa obrigação o filho de santo passa a ser chamado de iAaD aqueleque foi entregue ao Ori6! e tamb#m dar! uma pequena festa em homenagemao seu Ori6! e a sua ascensão dentro do ritual.

    T+25 ) O9riga; soltam 8om9os 9rancos, ave sagrada

    8ara os 8ovos da tri9o africana Arigol:4

       $ se(a obrigação # chamada de SETE #I&)AS 4 &sta obrigação #precedida de um eb% e ser! concluída com o assentamento do segundo orish!do iAaD e com o recebimento da U] guia. $ guia do seu segundo ori6! ou se/ao ori6! de B/unt% e receber! tamb#m a 'uia de ete Finhas que # um colar que representar! a sua posição dentro do ritual por sua confecção específica epela forma que ela # usada. Na Obrigação de ete Finhas o iAaD ficar!recolhido no (onc% durante tr4s :U? dias e ter! que cumprir um resguardo deU= dias domingo na esteira usando branco não pegando sol e serenodesnecess!rio... Nesta fase o AiaD receber! o título abakeker4 ou !keker4.& passar! a ser chamado pelo unan referente aos seu primeiro orish!. Nesseest!gio o ab!keker4 ou !keker4 /! poder! iniciar filhos de santo mas sob a

    super"isão obrigat%ria do seu abalori6! ou !lori6!.

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    T+25 ) O9riga;

    8aramentado O=umarB

    T+25 ) Ori=>s 8aramentados%n6as< An6ang> e %ans< %n6alosin*em amarelo, O=um Aeis6> *em

    azul e Omul?4

    T+25 ).a9ocla5urem>

       $ s*ima obrigação e 3ltima # a CAMARI&)A4 Nesta 3ltimaobrigação o ab!keker4 \ !keker4 receber! o grau de abalori6! ou !lori6!podendo agora iniciar seus pr%prios filhos de santo e abrir sua pr%pria casa desanto. Neste est!gio o filho de santo /! babalori6! \ A!lori6! poder! iniciar seus filhos sem a presença obrigat%ria do seu abalori6! \ !lori6! masde"er! sempre respeito e obedi4ncia ao seu iniciador e com a casa de santode onde se originou. Nesta obrigação o filho de santo ser! recolhido no ronc%do terreiro durante sete :S? dias receber! seu Colar de +f! sua 'uia deabalori6!\A!lori6! que tem característica de uso e confecção especial ter!

    cumprir no"amente mais "inte e um :R;? dias de resguardo. Nessa fase o filhode santo poder! assentar seu orish! em ferro se o dese/ar ou então dei6!-lono apoti se assim o preferir. &ssa obrigação inicia com um eb% e se concluir!com uma grande festa de comemoração.

    T+25 ) SaCda de.amarin6a ) Ori=>

    8aramentadoO9aluaD:

    T+25 ) SaCda de.amarin6a ) Ori=>

    8aramentado Ogum!eira)Mar do .ariri

    T+25 ) SaCda de.amarin6a ) .a9ocla8aramentada 5uremC

    T+25 ) #alori=> (iloD> *Antonieta M4dos Passos em 8osi;

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    sauda; Eue s>i do$oncF4 Ao seu lado .am9one,

    !a9alori=> e o Ori=> Omul?4

    !ande7a, Euando de sua .amarin6a8ara rece9er o grau de !a9alori=>4

      Na Nação Omoloko que segue o ritual da tribo $rigol4 as obrigaçõesseguem a ordem cronol%gica acima não poder! ter sua ordem alterada.

      OS O$%&'S NO .2LTO /+ OMOLOKO

      Guem são os Ori6!s0 &sta # uma pergunta que a maioria das pessoasque freqZentam cultos afro-brasilieiros fa5em a si mesmos e a outros. Ori6!ssão entidades espirituais di5em uns. Ori6!s são forças da nature5a di5em

    outros. Ori6!s são espíritos de mortos que dependendo do lugar onde morreupode retornar na forma espiritual como Ogum se morreu em batalhas 1o"od^Egua se morreu no mar rio ou lago ou ainda Bori6!s são os &ncantadosdi5em outros. ,odas as alternati"as podem estar certas contudo elas sofrem oincon"eniente de ser muito superficiais ha/a "ista que o ori6! de"e ser algomuito mais comple6o.1ara os seguidores dos rituais de Omoloko e $lmas e $ngola os ori6!s al#m de simples forças da nature5a ou entidade espirituaisdi"idem-se em duas categorias - Ori6! Jaior e Ori6! Jenor.

      Ori(+ Maior  # aquela entidade celeste que fa5 com que a nature5atenha mo"imento se transforme e gere "ida. Os ori6!s maiores são os

    respons!"eis diretos que encarregados Olorum\Hambi fa5 com que asmenores partículas atDmicas tenha energia e fa5 fluir a "ida c%smica nouni"erso. [ a ess4ncia da "ida. 1or e6emplo +eman/! # respons!"el peloformação e manutenção da "ida marinha QangD # o respons!"el pelo energiado tro"ão que desencadeia as tempestades que limpam a atmosfera Nanã fa5com que a chu"a que cai na terra gere no"a "ida orgânica +nhansã # arespons!"el pela limpe5a do ar atmosf#rico e com seus "entos espalha a "idacomo p%lens &63 # o Ori6! respons!"el pelo dese/o se6ual que gera "ida nasesp#cies se6uadas. O Ori6! Jaior # pura energia não passou pelo processode encarnação como seres humanos. &le # pura energia c%smica a força "italque tem origem em Olorum\Hambi e que fa5 com que a mecânica do uni"erso

    oscile entre o caos e a ordem gerando "ida. &les são chamados apenas peloprimeiro nome Ogum QangD O6um Omulu... O Ori6! Jaior # uno eonipresente. # aquela entidade celeste que fa5 com que a nature5a tenhamo"imento se transforme e gere "ida. Os ori6!s maiores são os respons!"eisdiretos que encarregados Olorum\Hambi fa5 com que as menores partículasatDmicas tenha energia e fa5 fluir a "ida c%smica no uni"erso. [ a ess4ncia da"ida. 1or e6emplo +eman/! # respons!"el pelo formação e manutenção da "idamarinha QangD # o respons!"el pelo energia do tro"ão que desencadeia astempestades que limpam a atmosfera Nanã fa5 com que a chu"a que cai naterra gere no"a "ida orgânica +nhasã # a respons!"el pela limpe5a do ar atmosf#rico e com seus "entos espalha a "ida como polens &6u # o Ori6!respons!"el pelo dese/o se6ual que gera "ida nas esp#cies se6uadas. O Ori6!Jaior # pura energia não passou pelo processo de encarnação como seres

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    humanos. &le # pura energia c%smica a força "ital que tem origem emOlorum\Hambi e que fa5 com que a mecânica do uni"erso oscile entre o caos ea ordem gerando "ida. &les são chamados apenas pelo primeiro nome OgumQangD O6um Omulu... O Ori6! Jaior # uno e onipresente.

      Ori(+s Menores são aquelas entidades espirituais que fa5em amediação entre o ser humano e o Ori6! Jaior. Os ori6!s menores sãoconforme as di"ersas lendas espíritos de antigos reis e her%is africanosíndios orientais etc. &m ess4ncia os ori6!s menores podem ser qualquer ser humano. 1or e6emplo as lendas de QangD e Ogum. &sses seres humanoscomuns por terem sido abençoados com poderes sobrenaturais concedidospelos Ori6!s Jaiores tornaram seres humanos especiais dotados desuperpoderes físicos ou mentais para proteger seu po"o e ap%s a sua morte"oltam a ter contato com os seres humanos comuns na forma de ori6!smenores. &ssas pessoas receberam poderes diretamente do Ori6! Jaior etornaram-se semideuses aqui na ,erra como por e6emplo o L#rcules da

    mitologia grega. O Ori6! Jaior recebe sua energia c%smica diretamente dafonte Olorum\Hambi. O ori6! menor possui o mesmo nome do Ori6! Jaior deonde pro"em seus poderes acompanhado de um sobrenome. 1or e6emploOgum eira-Jar +nhalosin +eman/! Ob!omi QangD XaD... $ este segundonome chamamos de di/ina ou sunam do Ori6!. $ssim podemos ter "!riosoguns QangDs o6%ssis ieman/!s... *a mesma forma seriam os 1reto-Pelhoscu/o nome pode não e6primir a "erdadeira entidade espiritual pois o fato deentidade se manifestar como preto-"elho não que di5er que elanecessariamente tenha que ter sido negro e escra"o e o caboclo tenha que ser obrigatoriamente o espírito de um índio brasileiro. Os ori6!s menorespassaram pelo processo da reencarnação mas são espíritos dotados depoderes sobrenaturais concedido pelo Ori6! Jaior e que por isso possuemuma grande lu5 e compreensão espiritual e tem seu poder ampliado agora quenão mais carrega o fardo do corpo físico por isso não necessitando maispassar pelo processo da reencarnação para e"oluir.. [ isto que diferencia oseguns :espírito de morto que possui compreensão ou lu5 espiritual mas aindapoder! passar se necess!rio por outras reencarnações por ainda estar ligadoao mundo material? e kiumbas :espírito de morto que ainda não alcançou a lu5espiritual as nem compreende que ele /! "i"e em outra dimensão e que seucorpo carnal não mais e6iste?. [ isso que diferencia o Ori6! Jenor dos demaisseres espirituais que ainda não foram tocados pela energia do Ori6! Jaior. $

    energia concedida ao ori6! menor tamb#m pro"em de Hambi\Olorumentretanto ela # canali5ada a ele atra"#s do Ori6! Jaior que # o elo de ligaçãoentre eles da mesma forma que o ori6! menor # o elo de ligação entre o ser humano e o Ori6! Jaior. *essa forma o Ori6! Jaior pode ser comparadogrosseiramente a uma "!l"ula que regula o flu6o de energia entre Hambi\Olurum e o ori6! menor podendo dessa forma redu5ir aumentar ou at#mesmo retirar os poderes do ori6! menor. No Omoloko cr4-se que são essesespíritos os ori6!s menores que se manifestam nos omo-ori6!s :m#diuns?. &somente em momentos muitíssimos especiais # que o filho de santo poder!realmente ser tocado de forma muito r!pida e superficial pelo Ori6! Jaior. Oculto do ori6! menor est! ligado ao antigo culto dos antepassados e que nos foi

    legado pela cultura anto enquanto o culto ao Ori6! Jaior est! ligado ao cultodas forças da nature5a e nos foi legado pelos iorubanos e g4ges. [ importante

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    frisar que na pr%pria Efrica esses dois cultos se mesclam e se completam damesma forma que eles se completam aqui no rasil.

      DIAS da SEMA&A, CORES e S'MBO#OS dos ORI-.S na &AÇÃO OMO#O/0 

    ORI-. CORES S'MBO#O DIA FESTI1O  

    Ogum 9ranco, verde e vermel6o es8ada ou lan;a GH de a9ril

    O=ossi e OdB verde e 9ranco arco e flec6a GI de 7aneiro

    Omul? 8reto e 9ranco =a=ar>, cruz, 8em9a J de agosto

    O9aluaD: 8reto, 9ranco e vermel6o =a=ar>, cruz, 8em9a J de agosto

    Ossan6e verde claroarco com @ flec6as eum 8om9o nocentro, fol6a

    JH dedezem9ro

    O=umar: amarelo e 9ranco ser8ento ou arco)Cris

    G de agosto

    Nanso9iri, vassoura,carocol

    G de 7ul6o

    O9> vermel6o e amarelo es8ada e escudoG denovem9ro

    O=um azul claro a9e9:, estreI dedezem9ro

    %eman7> azul claro e 9ranco, cristal 8ei=e, lua IG de fevereiro

    &ang marromo=B *mac6adoalado, 8edra,meteorito

    G e G de 7ul6o

    %n6as< OD> amarelo es8ada e raio, c>liceI dedezem9ro

    %ro Lo cinza e 9ranco >rvore J de a9ril

    %9e7C +r: azul ou rosa fol6aG@ de setem9roe G de outu9ro

    O=al> 9ranco leitoso

    8ac6or, cruz com

    raios, c>lice, 8ilgrimas de nossa sen6ora

    cruz, cac6im9o,ros>rio

    JH de maio

    .a9oclosverde escuro ou verde e9ranco

    arco e flec6a GI de 7aneiro

     $ L+&($(G7+$ $C&(*O,$F

     NO C7F,O OJOFOXO

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       $ hierarquia sacerdotal da Nação Omoloko segue a mesma estruturados grupos orub!@

      Baba2ori(+  ou 3+2ori(+4 sacerdote ou sacerdotisa mais conhecido comopai de santo ou mãe de santo # a autoridade m!6ima no culto ao ori6!

      3+5e5er6 e Bab+5e5er64 filho de santo com obrigação de Bete Finhas.

      Dagã4 a pessoa que tem mais tempo de iniciação dentro do terreiro

      Ogã &i27 e Ogã Ca2o8*  tocador de atabaque. 1essoa que d! início Tmaioria dos cânticos aos ori6!s nas giras :atualmente esses dois cargos t4msido ocupados por uma mesma pessoa?

      A(ogun4 pessoa que nas obrigações sacrifica os animais

      3+bass*  ou 3+b+4 co5inheira das comidas sagradas dos ori6!s

      Cambono4 pessoa que nas giras atende aos Ori6!s

      E(i9de9Ori(+4 filho de santo em geral

      7ma peculiaridade do culto Omoloko # que nele não e6iste o grau deBJãe ou 1ai 1equeno8 como h! em outros cultos afro-brasileiros. 1ara uminiciado tornar-se abalori6! ou !lori6! ele precisa ser iniciado nas seteobrigações que compõem a hierarquia sacerdotal abrir seu pr%prio terreiro eter seus pr%prios filhos de santo. &sse direito # adquirido quando o filho desanto fa5 a 3ltima obrigação que # chamada de BCamarinha na qual o filho desanto # iniciado e ao seu t#rmino recebe o direito de Bcriar :iniciar? outros filhosde santo. e esse filho de santo continuar no terreiro onde ele foi feito ele ser!chamado de ab!keker4 ou !keker4 _ aquele que pode iniciar outros filhosde santo mas não possui ainda o seu pr%prio terreiro -. &le ainda não recebeuo *ek!. &ntretanto se ele for abrir o seu pr%prio terreiro para iniciar seuspr%prios filhos de santo então ele receber! de seu abalori6! ou !lori6! o*ek! e passar! a ser chamado de abalori6! ou !lori6! pelas demaispessoas. 1ortanto na Nação Omoloko o título de BJãe 1equena ou 1ai1equeno Jãe 'rande ou 1ai 'rande não e6iste pois ele est! condicionado

    ao pai de santo\mãe de santo ao abrir o seu pr%prio terreiro e ter os seuspr%prios filhos de santo. Na hierarquia da nação Omoloko o grau deab!keker4 ou !keker4 est! logo abai6o do de abalori6!\!lori6!entretanto ele não pode ser comparado ao grau de B1ai\Jãe 1equeno:a? queh! em outros rituais pois na Nação Omoloko não e6iste uma obrigaçãoespecífica para estes cargos como h! no (itual de 7mbanda e $lmas de $ngola por e6emplo

      O$(AN%RAÇÃO + MAN2T+NÇÃO /OS T+$$+%$OS

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      Caminham /untas duas formas de organi5ação dentro dos terreiros deOmoloko uma seguindo o ritual religioso e outra referente a parte burocr!tica eadministrati"a .

     $ parte religiosa segue uma organi5ação que "ai desde a forma

    arquitetDnica at# as ati"idade anuais praticadas.

    •   .angira fica na entrada do terreiro e # onde est! assentado o &6uda casa.

    •   .asa das Almas locali5ada geralmente fora do terreiro. e # ondeest! o assento das $lmas

      :1reto-Pelhos?. Nessa casa encontram-se imagens de preto-"elhos.

    •   .ozin6a do Santo local onde são preparadas as comidas dos

    ori6!s e a comida para os participantes comerem em dias de festase obrigações.

    •   Sal

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     $ organi5ação burocr!tica fica a cargo de uma diretoria composta por presidente secret!rio e tesoureiro al#m do conselho fiscal que desempenhamtodas as funções burocr!ticas e administrati"as que /! tão bem conhecemos.Juitos terreiros t4m C'C e alguns são reconhecidos como de utilidade p3blica:municipal estadual e federal?. Não sendo uma associação com fins lucrati"os

    a 3nica fonte de renda dos terreiros # atra"#s de uma mensalidade cobradados m#diuns para a manutenção geral do terreiro. Os pr%prios m#diuns fa5ema manutenção do terreiro se/a na limpe5a ou mesmo na conser"ação dasinstalações físicas. &m alguns casos são contratados ser"iços profissionaisprincipalmente quando se trata de uma construção para aumento dasinstalações físicas. Como os terreiros são construídos a partir de doações egeralmente são construídos no pr%prio terreno /unto a casa do 1ai ou Jãe deanto. 1oucos são os terreiros que funcionam em terreno pr%prio se # que h!algum.

    O ASP+.TO +.OL(%.O + O PAP+L SO.%AL 

     $tualmente as maiorias dos terreiros t4m desempenhado um papel social eecol%gico muito ati"o dentro da sociedade brasileira. &m 2lorian%polis muitosterreiros t4m elaborado campanhas de solidariedade em #poca de festas taiscomo Natal e 1!scoa. $lguns promo"em suas festas dentro da pr%priacomunidade onde estão locali5ados e outros atuam /unto a creches orfanatose asilos le"ando presentes cestas b!sicas etc. 1rogramas de cursos di"ersossão desen"ol"idos e aplicados durante o ano tendo por finalidade facilitar a"ida da comunidade al#m de palestras de conte3do di"ersos. &m relação aoaspecto ecol%gico nota-se o nascimento de uma consci4ncia atuante emrelação a preser"ação do meio-ambiente e da nature5a. (ealmente nota-seque os cultos afro-brasileiros estão despertando para uma no"arealidade.

    -onte 9i9liogr>fica .ulto Omoloo ) Ornato 5osB da Silva

    O9ras de Tancredo da Silva Pinto

    PesEuisa de .am8o Tenda +s8Crita de 2m9anda 5uraci>ra )T+25

    PesEuisador A8olnio A4 da Silva

    .oord4 Adm4 2niafro

    C$$ *& C7F,O $2(O-($+F&+(O &NNO( *O ON2+J

    (ua@ Cl!udio Janoel da Costa nV. U; Nacional Contagem J'

    (espons!"el@ ,ateto 2ernando de O6al!

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    Nação OmolocD

    .orres8ond:ncia dos Ori=>s

    Ori=> %nisi !acuro LundaKalundu 1odun

    *KetuNag *Angola *Omoloc *Omoloc *5e7e

    &63 1angiro $lu"ai! *undu Xianguim ar!

    Ogum Nkosi-Jukumbi Xangira Xianguim 7isu ,ogunsi

    (o6imucumbi umbo Jucumbe

    O6ossi\Od# Xabila\,aKamin Jad# 7isi

    Ossãe Xatend4 Xatend4` $gu#

    QangD N5a5e-Foango 9ambangurim Xiaguim Xindel# ad# $dantorun

    Cambaranguan/e 9ambancuri obossi

    ansã Jatamba +nhapopD 7isu Xukusuka $"e/id!

    O6um Xissimbi Xamba Fassinda Julombe $5iri

    Fogum ,erekompensu ,erekompensu`

    eman/! Jikai!\Xaitumb! *andalunda $nili Xindel#

    Nanã Humbarand! Guerequer4 Numba Xindel#

    O6umar4 $ngorD $ngorD` essem

    Omolu Xai"ungo urunguça *andu Xindel# $5anssum

    bei/i Yunge Caculu\Cabasa (DrD

    +rocD 1an5o\Xitembu 1agauD *iambanganga Foko

    &K! Jina Ngan/i Cuiganga

    Ob! Jina Fugando Xaramoc4

    O6al! Femb! Femb! di F4 Xindele Oliss!

    Oguiã Xassut# 2erimã

    Olufã Fembaraganga 'angarumbanda

    L%N3A(+M /O .2LTO OMOLO.U 

    Origem  ,ribos F7N*$ - G7+OCO

     

    .6ico $ei e Sua .orte

    Oscarina Sani Adio V Tio Wre8:

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    O9acaDodB

    A;umano S>o AdiF

    !enedita #ado=B

    Tancredo da Silva Pinto *-oleto OlorofB

    Antnio Pereira .amelo

    +fig:nia Arranca)toco

    Nilza de &ang *&ang #unge

    -ernando de O=al> *Oguiand:

    O9serva;

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    + 8or fim, -ernando de O=al>, Tateto da .asa Sen6or do !onfim, fil6o)de)santo de Mudio Manoel da .osta, n\4HJ, no 9airro Nacional, na cidade de.ontagem, em Minas (erais4

     

    -onte 9i9liogr>fica .ulto Omoloo ) Ornato 5osB da Silva

    O9ras de Tancredo da Silva Pinto

    PesEuisador Tateto -ernando de O=al>

    O(+'&J *O OJOFOC

    N%s estamos T procura de alguma coisa h! mais que nos mostrem mais lu5.

     $pesar de conhecermos a metade de 2M  todo sobre as proced4ncias doscultos afros suas Nações ou lugares ainda # pouco. $qui apresentamostamb#m mais um tema sobre as &ntidades &spirituais que sedenominam Ori=>s ou Santo Africano que nada tem a "er  com Santo Cat%lico. Nossos antepassados :sacerdotes? chegados da Efricausaram de um estratagema contra os enhores de &scra"os afim de dar sobre"i"4ncia e continuidade T nossa religião para isso em cada culto ounação seus sacerdotes dentro de seus rituais assimilaram por Sincretismo oanto $fricano ao anto Cat%lico. &ntretanto os segredos religiosos ecabalísticos dos cultos não podiam ser re"elados. % podiam ser transmitidosoralmente aos poucos aos iniciados idDneos que se submetiam Ts pro"as doritual buscando a sua "ocação de conhecimento espiritual e de f#.Compreendamos portanto a necessidade que temos de empregar parte daetnologia e da geografia para mostrar os lugares de origem dos cultos outribos e destas as &ntidades :Ori6!s?. $ssim temos a antiga Nação $ngola.&ste &stado era limitado pelo Norte pela Efrica astral inglesa T leste e ao sulpela possessão alemã. Naquela #poca o ,errit%rio de Cabinda :$ngola?

    separou-se do &stado +ndependente do antigo Congo o qual era di"idido em W:seis? distritos@ .ongo :antigo territ%rio de Cabinda?, Loanda, !enguela,Mossamedes, Lunda)Quico e 3uile. &ste &stado apresenta"a como cidadesprincipais@ S

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    presente com a preocupação da de"olução dos elementos químicos e dosalimentos pois como # entendido por todos n%s donde se tira e não se repõeesgota-se as reser"as sugerindo então Omolu uma no"a reunião paraposterior deliberação. Lou"e no"a reunião e depois de falarem a cerca doplano de &6u e 1omba-gira ficou assentado e consentido que isso seria feito

    faltando no entanto saberem como poderiam eles resgatar os elementosquímicos e os alimentos. *iante de tão gra"e preocupação Olodum :quecomanda os &lementais? que T tudo assistia calado resol"eu se pronunciar e ofe5 de maneira inteligente di5endo T todos os presentes que não sepreocupassem pois ele de"ol"eria os alimentos e as ess4ncias químicas. Como pronunciamento de Olodum ficaram todos calmos e descansados eimediatamente apro"aram a id#ia de &6u e 1omba-gira. (ecebendo estão essaincumb4ncia partiram &6u e 1omba-gira em busca de no"as camadas deespíritos em outros planetas e em l! chegando enganaram como lhes #pr%prio com promessas de r!pidos resgates de d#bito espiritual e anunciandoque a terra era o lugar ideal para todos um "erdadeiro paraíso e que eles lhes

    podiam acompanhar pois não se arrependeriam. +ludidos com &6u e 1omba-gira e acreditando ser a terra realmente um paraíso embarcaram eles nosdragões "oadores de &6u e 1omba-gira e rumaram imediatamente para a terra.Guanta decepção e desilusão quanta l!grima derramada pois aqui chegadosdeu-se o fenDmeno da materiali5ação e puderam eles en6ergarem e sentirem /! agora na pr%pria carne pois receberam as ess4ncias químicas e as formashumanas espet!culos deprimentes como crimes de todas as esp#cies ecoisas que sinceramente nos eno/a como taras fobias que se manifestam nosinfeli5es. O Ori6! T+MPO te"e a missão de transportar os bons e os maus emuito a/udou a tra5er as camadas inferiores e que at# ho/e procuram não seamoldarem como tamb#m se aperfeiçoarem e isto caros +rmãos temosconseguido ha/a "isto que o progresso que ai esta e /amais poder! por algu#mser contestado. omos por conseguinte espíritos e"oluti"os e como talde"emos nos comportar e nos educar para "idas futuras e "oltarmos um diaquem sabe quando ao nosso sistema de origem com a graça e a infinitasabedoria de Hâmbi em toda sua Corte Celeste. Peremos que a nossa f# tembase s%lida pois o negro nesta le"a agiu /ustamente no continente que maisse assemelha ou se/a a Efrica e o branco na &uropa etc. 1ara finali5ar +rmãosde"emos cada "e5 mais nos amoldarmos para estarmos preparados para oregresso e que cremos ser! triunfal. *e"emos entender que Omolu # oencarregado da "ida e da morte material e Olodum o encarregado de de"ol"er 

    aos espíritos da nature5a :os &lementais? os restos mortais da mat#ria que setransformarão em ess4ncias químicas na forma de fogos-f!tuos e que todos doCulto OmolocD sabem respeitar pois esse fenDmeno # a ligação e o sinal deOlodum com os demais Ori6!s cumprindo ele com respeito o trato feito nareunião da Corte Celestial de Hâmbi. 1or essa ra5ão ficaram &6u e 1omba-giracomo agentes m!gicos 7ni"ersais e at# ho/e intermedi!rios entre os homens eos Ori6!s.

    !i9liografia,&CNOFO'+$ OC7F,+,$ *$ 7J$N*$ *O ($+F

    ,ancredo da il"a 1into

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