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ANO X NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO 39 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre Vigilância em saúde: um caminho que se alarga... No ano de 2009 a vigilância em saúde de Porto Alegre completará 15 anos de atuação. Ao longo destes anos buscou-se a construção de uma rede de vigilância capaz de contar, como protagonistas, com os profissionais da área da saúde de todas as instâncias do sistema de saúde, da sociedade organizada, de instituições de convívio coletivo, como as escolas, e os cidadãos residentes no município. Desta forma, foi possível construir, por exemplo, o perfil epidemiológico das hepatites virais com a participação essencial dos laboratórios de análises clínicas; consolidar a notificação imediata de agravos de interesse a saúde pública com a participação dos serviços de emergência e hospitais viabilizando ações de controle oportunas. Nesta edição, os artigos publicados dão conta de aspectos que ressaltam a complexidade e diversidade das ações de vigilância, bem como da construção coletiva desta vigilância e proteção produzidas com a participação de agentes de saúde não vinculados diretamente ao SUS. Os artigos Investigação de Aedes aegypti em Porto Alegre, Monitoramento Entomológico dos Flebotomíneos no município de Porto Alegre e o Alerta Epidemiológico de Febre Amarela constituem-se em informação oportuna sobre a necessidade da vigilância ambiental continuada, que pode produzir elementos norteadores para o planejamento em saúde a partir das configurações de territórios de saúde. No artigo Vigilância em Saúde e a Vacinação em Clínicas Privadas verifica-se a atuação conjunta de setores da instância pública responsável pela vigilância (CGVS/SMS) com as Clínicas Privadas de Imunizações na proteção da saúde da população, bem como na construção de indicadores como a cobertura vacinal e incidência de eventos adversos ao uso de vacinas na população de Porto Alegre. Desta forma chegamos aos nossos quinze anos de vigilância reiterando nosso compromisso com o princípio de universalidade do Sistema Único de Saúde-SUS. No município de Porto Alegre, a vigilância em saúde é uma das faces que o SUS disponibiliza a toda a sua população e que de alguma forma, em algum momento, todo o portoalegrense participa de sua construção. EDITORIAL ALERTA EPIDEMIOLÓGICO DE FEBRE AMARELA E NOTA TÉCNICA DE EPIZOOTIAS DE PRIMATAS NÃO HUMANOS POR FEBRE AMARELA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - 2001-2008 O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS) divulgou um Alerta Epidemiológico de Febre Amarela e uma nota técnica sobre as epizootias de primatas não humanos no Estado no período de 2001 a 2008. Ambos enfatizam o aumento dos casos na área de risco para febre amarela (região noroeste do RS) e reforçam a necessidade de uma efetiva vigilância ambiental na região, uma maior sensibilização da vigilância epidemiológica na identificação e notificação dos casos suspeitos de Febre Amarela, além da intensificação da vacinação para residentes da região, bem como de viajantes para a área. Reitera-se que, em Porto Alegre, a notificação de caso suspeito de febre amarela é imediata, por telefone, à Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde. A vacinação está recomendada para todos os indivíduos, a partir dos 9 meses de idade, não vacinados nos últimos dez anos e que se deslocarem para a área de risco, no mínimo num período de dez dias antes da viagem. Informações sobre os locais de vacinação para febre amarela em Porto Alegre podem ser obtidas pelo fone 156. DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO DE FEBRE AMARELA: Paciente com febre aguda (de até sete dias), de início súbito, com icterícia, procedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não-humanos ou isolamento de vírus em vetores, nos últimos 15 dias, sem comprovação de ser vacinado contra febre amarela (apresentação do cartão de vacina).

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ANO X NOVEMBRO DE 2008NÚMERO 39

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICOEquipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis

Coordenadoria Geral de Vigilância em SaúdeSecretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre

Vigilância em saúde: um caminho que se alarga...

No ano de 2009 a vigilância em saúde de Porto Alegre completará 15 anos de atuação.

Ao longo destes anos buscou-se a construção de uma rede de vigilância capaz de contar, como protagonistas, com os profissionais da área da saúde de todas as instâncias do sistema de saúde, da sociedade organizada, de instituições de convívio coletivo, como as escolas, e os cidadãos residentes no município.

Desta forma, foi possível construir, por exemplo, o perfil epidemiológico das hepatites virais com a participação essencial dos laboratórios de análises clínicas; consolidar a notificação imediata de agravos de interesse a saúde pública com a participação dos serviços de emergência e hospitais viabilizando ações de controle oportunas.

Nesta edição, os artigos publicados dão conta de aspectos que ressaltam a complexidade e diversidade das ações de vigilância, bem como da construção coletiva desta vigilância e proteção produzidas com a participação de agentes de saúde não vinculados diretamente ao SUS.

Os artigos Investigação de Aedes aegypti em Porto Alegre, Monitoramento Entomológico dos Flebotomíneos no município de Porto Alegre e o Alerta Epidemiológico de Febre Amarela constituem-se em informação oportuna sobre a necessidade da vigilância ambiental continuada, que pode produzir elementos norteadores para o planejamento em saúde a partir das configurações de territórios de saúde.

No artigo Vigilância em Saúde e a Vacinação em Clínicas Privadas verifica-se a atuação conjunta de setores da instância pública responsável pela vigilância (CGVS/SMS) com as Clínicas Privadas de Imunizações na proteção da saúde da população, bem como na construção de indicadores como a cobertura vacinal e incidência de eventos adversos ao uso de vacinas na população de Porto Alegre.

Desta forma chegamos aos nossos quinze anos de vigilância reiterando nosso compromisso com o princípio de universalidade do Sistema Único de Saúde-SUS.

No município de Porto Alegre, a vigilância em saúde é uma das faces que o SUS disponibiliza a toda a sua população e que de alguma forma, em algum momento, todo o portoalegrense participa de sua construção.

EDITORIAL

ALERTA EPIDEMIOLÓGICO DE FEBRE AMARELA E NOTA

TÉCNICA DE EPIZOOTIAS DE PRIMATAS NÃO HUMANOS POR FEBRE AMARELA NO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL -2001-2008

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS) divulgou um Alerta Epidemiológico de Febre Amarela e uma nota técnica sobre as epizootias de primatas não humanos no Estado no período de 2001 a 2008. Ambos enfatizam o aumento dos casos na área de risco para febre amarela (região noroeste do RS) e reforçam a necessidade de uma efetiva vigilância ambiental na região, uma maior sensibilização da vigilância epidemiológica na identificação e notificação dos casos suspeitos de Febre Amarela, além da intensificação da vacinação para residentes da região, bem como de viajantes para a área.

Reitera-se que, em Porto Alegre, a notificação de caso suspeito de febre amarela é imediata, por telefone, à Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde.

A vacinação está recomendada para todos os indivíduos, a partir dos 9 meses de idade, não vacinados nos últimos dez anos e que se deslocarem para a área de risco, no mínimo num período de dez dias antes da viagem.

Informações sobre os locais de vacinação para febre amarela em Porto Alegre podem ser obtidas pelo fone 156.

DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO DE FEBRE AMARELA: Paciente com febre aguda (de até sete dias), de início súbito, com icterícia, procedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não-humanos ou isolamento de vírus em vetores, nos últimos 15 dias, sem comprovação de ser vacinado contra febre amarela (apresentação do cartão de vacina).

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano X, nº 39, Novembro 200802

INFESTAÇÃO DE AEDES AEGYPTI EM PORTO ALEGRE: RESULTADOS DOS

LEVANTAMENTOS DE ÍNDICE RÁPIDO (LIRAa) EM 2008

Equipe Técnica do NVRV*

O Programa Municipal de Prevenção à Dengue (PMPD) foi reestruturado em 2002, a partir das novas diretrizes do Ministério da Saúde implementadas naquele ano. Na Prefeitura de Porto Alegre, a vigilância ao mosquito vetor da dengue já era realizada pelo Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores, da Secretaria da Saúde (NVRV/SMS) desde 1998, sendo que a espécie Aedes aegypti foi identificada pela primeira vez na cidade em 2001.

A partir dessa constatação, a vigilância epidemiológica dos casos de dengue tem atuado de maneira integrada com a vigi lância entomológica, garantindo que até o momento Porto Alegre permaneça sem o registro de casos autóctones da doença.

Em 2007, quando foi registrada a circulação do vírus da dengue no Rio Grande do Sul, configurou-se uma nova situação epidemiológica da doença no estado.

Em Porto Alegre, a equipe técnica do PMPD teve um grande envolvimento nas ações de controle vetorial e vigilância epidemiológica, em especial nos meses de março a junho de 2007, quando houve a visita de consultores do Ministério da Saúde, além dos técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde.

Nesse período, foi autorizada pelo Executivo Municipal, a contratação emergencial de 300 Agentes de Combate a Endemias, 30 supervisores de campo e 3 biólogos para o PMPD. Nos meses de maio e junho, foi realizada pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, a seleção e capacitação desses agentes, sendo que em julho foram contratados 100 agentes, dez supervisores e um biólogo para as ações de prevenção e controle da presença do mosquito vetor da dengue na cidade. A partir desse momento, manteve-se a atuação dos agentes em Porto Alegre, realizando-se contratações temporárias durante todo o ano de 2008.

As ações realizadas pelo Programa Municipal de Prevenção à Dengue incluem visitas domiciliares nos diversos bairros da cidade, fiscalização de pontos estratégicos, atendimento às denúncias da população, participação em eventos, realização de atividades educativas e comunitárias em escolas, associações de moradores, atuação junto à rede básica de saúde (agentes do Programa de Saúde

da Família), além de capacitação dos agentes, médicos e demais técnicos envolvidos. Também se incluem nessas atividades o levantamento de índice de infestação do mosquito vetor da dengue, determinado através da metodologia definida pelo Ministério da Saúde, que possibilitam o conhecimento da situação atual da presença de Aedes aegypti, sua distribuição e densidade nos diversos bairros da cidade.

O conhecimento da distribuição espacial e sazonal do vetor em ambientes urbanos é fundamental para o estabelecimento de estratégias de controle. Dentre as metodologias de amostragem disponíveis, o Ministério da Saúde desenvolveu um procedimento amostral simplificado, destinado a facilitar o uso de indicadores entomológicos nos municípios brasileiros. Essa metodologia, definida como Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti – LIRAa (MS, 2005), tem o objetivo de facilitar a obtenção, pelos serviços de saúde, de informações que contribuam para avaliação dos programas de prevenção à dengue. A metodologia permite a obtenção de estimativas associadas a erros aceitáveis e desvios desprezíveis (de forma simples, rápida e econômica).

O método rea l i za uma amost ragem probabilística dos imóveis existentes na área urbana dos municípios infestados, não considerando os Pontos Estratégicos (locais com grande número de criadouros do mosquito ou que pela atividade estão relacionados ao transporte de criadouros). O delineamento da amostragem é determinado em função da densidade populacional e do número de imóveis existentes. Em municípios de médio e grande porte, essa amostragem é realizada por conglomerados, em dois estágios: quarteirões (que são sorteados) e por imóveis (um em cada quatro imóveis são visitados).

Nesse procedimento, foi padronizado um número de imóveis por estrato (entre 8.000 e 12.000 imóveis). Dessa forma, em um mesmo estrato podem estar incluídos apenas um bairro ou diversos bairros, dependendo do seu tamanho. Essa estratif icação possibil i ta um maior detalhamento do índice de Breteau, que é um índice entomológico que relaciona o número de recipientes positivos com o número de imóveis pesquisados:

• Índice de BreteauIB = recipientes positivos x 100

imóveis pesquisados

2. LEVANTAMENTO DE ÍNDICE RÁPIDO DE AEDES AEGYPTI (LIRAa)

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano X, nº 39, Novembro 2008

Além desse indicador, o índice mais empregado para avaliação da presença do mosquito vetor da dengue é o Índice de Infestação Predial (IIP), que relaciona o número de imóveis positivos com o número de imóveis pesquisados:• Índice de Infestação Predial

IIP = imóveis positivos x 100 imóveis pesquisados

Esses indicadores são de rápida obtenção, fácil operacionalização e têm a representatividade necessária para serem utilizados no planejamento de estratégias para o controle do vetor em ambientes urbanos. Por essa razão, têm sido adotados como parâmetros para comparação dos níveis de infestação de Aedes aegypti, sendo recomendados pelo Ministério da Saúde no Brasil.

Em Porto Alegre, o LIRAa vem sendo adotado desde 2003, como método para levantamento da infestação do vetor, com freqüência variável ao longo desse período.

Em 2008, em vista da contratação emergencial de agentes para o Programa da Dengue, foi possível a realização de quatro LIRAas em Porto Alegre, permitindo acompanhar as variações da presença do vetor no território da cidade de acordo com a sazonalidade.

O LIRAa é realizado usualmente em até uma semana de trabalho, quando então são amostrados quarteirões abrangendo toda a área da cidade.

Para a realização do LIRAa foram considerados os 77 bairros formalmente reconhecidos na cidade pela Secretaria de Planejamento Municipal (que possuem lei de criação), além de outros quatro bairros que foram considerados como relevantes e que ainda não possuem a legislação de criação, totalizando 81 bairros. O bairro Arquipélago não foi considerado no LIRAa, pois existe coleta de amostras durante todo o ano no local.

Os bairros foram distribuídos em estratos, variando de 8.000 a 12.000 imóveis por estrato. No levantamento de janeiro foram 27 estratos e nos demais levantamentos (em maio, julho e outubro) foram 30 estratos.

As Figuras 1 a 4 mostram a distribuição temporal e espacial dos quatros LIRAas realizados em Porto Alegre em 2008. Considera-se que índices de infestação predial (IIP) inferiores a 1% indicam condições de baixo risco (cor amarela), enquanto acima de 1% até 3,9% são de médio risco (cor verde). Acima desse valor são consideradas condições de alto risco para a dengue (cor vermelha).

Os resultados comparativos entre os LIRAas realizados no ano de 2008 estão apresentados no Quadro 2.2.Verifica-se que ao longo do ano houve

3. RESULTADOS DO LIRAa EM PORTO ALEGRE

uma redução na distribuição espacial do vetor, que em janeiro esteve presente em 91% dos bairros da cidade e que em outubro foi encontrado em apenas 14% dos bairros.

Essa redução, nas áreas de presença do mosquito, foi também acompanhada de uma redução na ocorrência de depósitos com larvas, representada pelo índice de infestação predial. O IIP médio da cidade foi de 1,8% em janeiro, 0,7% em maio, 0,1% em julho e 0,02% em outubro. A avaliação do índice de infestação máximo registrado nos quatro levantamentos de 2008 mostra também uma tendência de diminuição da infestação nos bairros da cidade, variando de 6,8% em janeiro a 0,2% em outubro.

Houve também, ao longo do ano, um decréscimo no número de estratos e bairros com IIP igual ou superior a 1%.

Esses resultados indicam uma sazonalidade na presença do vetor em Porto Alegre, sendo que o primeiro semestre do ano apresentou índices de infestação predial médios mais elevados, com redução significativa no segundo semestre. Os últimos IIP médios enquadram o município na condição de cidade com baixo risco de transmissão, conforme os critérios do Ministério da Saúde.

Figura 1. Resultados do Levantamento de Índice de InfestaçãoPredial de Aedes aegypti em janeiro de 2008 nos bairrosde Porto Alegre.

Quadro 2.2. Resultados comparativos entre os LIRAasrealizados em 2008 em Porto Alegre.

Janeiro Maio Julho Outubro

Número total de bairros amostrados 81 81 81 81

Bairros com presença de A.aegypti 74 (91%) 67 (83%) 26 (32%) 17 (14%)

Bairros com IIP 1% 43

22 0 0

Número de estratos positivos (%) 23 (85%) 24 (80%) 10 (33,4%) 4 (13%)

Total de estratos estudados 27 30 30 30

Número de estratos com IIP 1% 16 8 0 0

Índice de infestação máximoregistrado

6,8 2,8 0,5 0,2

IIP médio (%) 1,8 0,7 0,1 0,02

*O bairro Arquipélago não foi incluído no LIRAa porque existe coleta durante oano todo pela COOPAL.

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Figura 3. Resultados do Levantamento de Índice de InfestaçãoPredial de Aedes aegypti em julho de 2008 nos bairrosde Porto Alegre.

Figura 2. Resultados do Levantamento de Índice de InfestaçãoPredial de Aedes aegypti em maio de 2008 nos bairrosde Porto Alegre.

Figura 4. Resultados do Levantamento de Índice de InfestaçãoPredial de Aedes aegypti em outubro de 2008 nos bairrosde Porto Alegre.

Em relação aos criadouros preferenciais para Aedes aegypti em Porto Alegre, verifica-se um predomínio de recipientes móveis pequenos, que inclui objetos como vasos, pratinhos de vasos, potes e garrafas, representando percentuais que variaram de 37 a 62% nos levantamentos de 2008.

Os criadouros do tipo fixo (como ralos de esgoto pluvial, piscinas e outros recipientes fixos) também foram significativos, representando até 29% dos depósitos positivos para o vetor nesses levantamentos.

Esses resultados destacam a importância das ações de controle dos criadouros do mosquito direcionados a esses tipos preferenciais, com estratégias enfatizando os cuidados nas residências (para os recipientes móveis) e depósitos fixos como os ralos do pluvial e piscinas não tratadas. Os demais tipos de criadouros, como os resíduos sólidos (quando não adequadamente acondicionados) e os pneus são também registrados na cidade, embora com uma menor importância e restritos a algumas condições específicas (como atividades de reciclagem).

Um aspecto importante a considerar é que a maioria dos depósitos é encontrada em imóveis residenciais, ressaltando a necessidade de participação da população no controle desses criadouros.

No LIRAa realizado em outubro, verificou-se uma condição diferenciada em relação aos anteriores, pois foram poucos os criadouros identificados com larvas. Dentre esses, os depósitos naturais (plantas, como as bromélias) foram onde se encontraram larvas de Aedes aegypti, superando os outros tipos de criadouros, como rec ip ien tes móve is , loca is para armazenamento de água e resíduos sólidos. Esse resultado, apesar do pequeno número de depósitos encontrados, sugere que os depósitos naturais podem ser importantes nas situações em que se reduz a disponibilidade dos demais criadouros. Assim, os cidadãos e as empresas de paisagismo devem ser informados e conscientizados que as bromélias, utilizadas em grande quantidade na ornamentação e no ajardinamento de casas e condomínios, servem de criadouros do mosquito e que a tendência atual do uso destas plantas pode se tornar um problema de saúde pública. A redução no número de outros tipos de depósito, especialmente aqueles encontrados em residências, constitui-se em uma tendência observada nos LIRAas de 2008 em Porto Alegre.

Os resultados do LIRAa são um importante instrumento para o planejamento estratégico das ações do Programa Municipal de Prevenção à Dengue. A partir da avaliação dos indicadores e da sua distribuição nos bairros da cidade, foram executados nos meses seguintes ações com os seguintes critérios:

4. CRIADOUROS PREFERENCIAIS

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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MONITORAMENTO ENTOMOLÓGICO DOS

FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA: PSYCHODIDAE) DO MUNICÍPIO

DE PORTO ALEGRE, RS.

1, 2Getúlio Dornelles Souza2 2Beatriz RD Gonçalves Carlos Flores

1 3Sandra Rangel Edmilson dos Santos 4 4Maurício Vilela Alfredo Azevedo

4Elizabeth F Rangel

INTRODUÇÃO

1 Seção de Reservatórios e Vetores, Instituto de Pesquisas Biológicas - Laboratório Central de Pública do Rio Grande

do Sul, Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde, Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do

Sul.2 Núcleo de Controle de Roedores e Vetores, Equipe de Zoonoses, Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde,

Secretaria Municipal de Saúde, Prefeitura de Porto Alegre. 3 Núcleo de Vetores e Hospedeiros, Divisão de Vigilância

Ambiental em Saúde, Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do

Sul.4 Laboratório de Transmissores de Leishmanioses,

Departamento de Entomologia, FIOCRUZ-RJ.

Poucos cientistas se interessaram em trabalhar com os flebotomíneos do Rio Grande do Sul, devido, até pouco tempo atrás, à inexistência de notificações de casos autóctones de leishmanioses no estado.

Deste modo, a fauna de flebótomos do estado foi pouco estudada. Fora os dois trabalhos científicos realizados, na década de 30, por Primio, apenas três artigos foram escritos mais recentemente, em 1997 (Dias et al.), 1999 (Silva & Grunewald) e 2004 (Silva et al.), sobre esses insetos. Segundo esses autores, as espécies encontradas, no RS, são: Lutzomyia neivai, Lutzomyia fischeri, Lutzomyia bianchigalatiae, Lutzomyia ferreirana, Lutzomyia firmatoi, Lutzomyia migonei, Lutzomyia lanei, Lutzomyia pessoai, Lutzomyia monticola, Lutzomyia borgmeieri, Lutzomyia misionensis, Lutzomyia shannoni, Lutzomyia alphabetica, Lutzomyia correalimai, Lutzomyia schreiberi, Brumptomyia cunhai, Brumptomyia pintoi e Brumptomyia nitzulescui.

Em Porto Alegre, a primeira confirmação de infecção humana autóctone da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura 1) foi feita em 2002. Os bairros, Lomba do Pinheiro e Restinga, onde foram registrados os casos com lesões da LTA, estão localizados em região peri-urbana caracterizada de novos assentamentos e recentes desmatamentos de vegetação nativa. A partir da confirmação dessa doença, foi iniciado o monitoramento entomológico dos flebotomíneos

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano X, nº 39, Novembro 2008

• Priorização dos bairros onde os Índices de Infestação Predial foram superiores a 1%;• Recadastramento dos Pontos Estratégicos e avaliação de risco dos mesmos;• Intensificação das visitas domiciliares nos bairros infestados, orientando e informando a população sobre os índices encontrados e as ações preventivas necessárias;• Divulgação à população, através da mídia, dos resultados de cada LIRAa, promovendo a mobilização necessária para redução dos níveis de infestação do vetor.

As ações informativas e educativas devem orientar que é primordial a eliminação dos pequenos depósitos móveis encontrados nas residências, ressaltando a responsabilidade do morador no cuidado da sua casa.

Sabe-se que a presença do vetor da dengue esta ligada a variáveis ambientais, tais como temperatura e precipitação, desta maneira uma variação sazonal é esperada. Somado a isto, a presença constante dos agentes de saúde nas visitas domiciliares contribuiu para a diminuição dos valores dos índices entomológicos nos estratos positivos e também na porcentagem de bairros com presença de A.aegypti no decorrer do ano. Porém, somente através da continuidade dos hábitos saudáveis por toda a população, se poderá manter Porto Alegre em um nível considerado de baixo risco para a ocorrência de casos de dengue. O Programa Municipal de Prevenção à Dengue s o m e n t e s e r á e f e t i v o c o m o d e v i d o comprometimento da população.

A situação do restante do país não é tranquila, tendo cada novo verão a ocorrência de epidemias em algumas regiões. Mais uma vez, reforçamos a necessidade dos serviços de saúde ficarem atentos para notificar casos suspeitos de dengue, para que a vigilância ambiental e epidemiológica possa atuar com rapidez.

* Equipe técnica NVRVPrograma Municipal de Prevenção à Dengue

Biól. Maria Mercedes BendatiMéd. Vet. Luiz Felippe Kunz Jr.

Biól. Maria Angélica WeberBiól. Maria Inês M. R. Bello

Biól. Liane Oliveira FetzerBiól. Rosa Maris Rosado

Biól. Getúlio Dornelles SouzaBiólogos do contrato temporário:Andréa Bueno Silva Montenegro,

Cíntia Simeão Vilanova,Cristiane Cruz Veiga,

Fernando Rostirolla Dalmas,Gisele David da Silva e

Luiz Carlos Daudt.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diagnóstico rápido nos municípios para vigilância entomológica do Aedes aegypti no Brasil LIRAa: metodologia para avaliação dos índices de Breteau e Predial. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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06 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano X, nº 39, Novembro 2008

do ba i r ro Lomba do P i n h e i r o , v i s a n d o o conhecimento das espécies e identificação do vetor para subsidiar as ações de prevenção e controle.

Coletas mensais foram efetuadas, por técnicos do município, da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul e do Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, na propriedade de um paciente, situada no raio de dispersão de ocorrência da doença, no período de janeiro de 2003 a junho de 2005, utilizando armadilhas do tipo Shannon (18 às 22h), no peridomicílio, e luminosas do tipo CDC (18h às 6h), em três ambientes distintos: intradomicílio, peridomicílio e mata nativa.

Os espécimes capturados foram levados vivos para o laboratório, onde alguns exemplares foram dissecados para pesquisa de infecção natural no tubo digestivo por Leishmania spp.. Os demais flebotomíneos foram conservados em álcool 70° GL, preparados em soluções de detergente (5%) e hidróxido de sódio (20%) e montados em lâmina e lamínula com berlese, para posterior identificação da espécie, segundo Young & Duncan (1994).

Nos três ambientes foram coletados 2378 flebotomíneos, sendo 1413 espécimes de Lutzomyia neivai (59,4%), 599 de L. fischeri (25,2%), 244 de L. migonei (10,3%), 110 de L. lanei (4,6%), 6 de L. monticola (0,3%), 3 de Lutzomyia gaminarai (0,1%) e 3 de Brumptomyia nitzulescui (0,1%). É o primeiro registro de L. gaminarai para o RS.

Nos dois tipos de armadilhas e em todos os locais amostrados, L. neivai foi a espécie dominante (Figura 2). No intradomicílio, L. neivai representou 91,6% do exemplares coletados. A maior densidade de flebotomíneos ocorreu de dezembro a maio.

No peridomicílio, ressalta-se a grande quantidade de L. fischeri e L.migonei. Dos 577 espécimes de L. fischeri capturados, no peridomicílio, 328 (316 fêmeas e 12 machos) animais foram amostrados em um galpão com criação de coelhos e codornas, confirmando que

MATERIAL E MÉTODO

RESULTADOS

1218

577

229

98

5 3 3

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

1100

1200

1300

L. neivai L. fischeri L. migonei L. lanei L. monticola L. gaminarai B. nitzulescui

me

ro d

e e

sp

éc

ime

s

Espécies Intradomicílio Peridomicílio Mata Shannon

Figura 2: Número e espécies de flebotomíneos coletados no intradomicílio, peridomicílio emata, na localidade Lomba do Pinheiro, Porto Alegre, RS.

esta espécie realiza hematofagia em animais domésticos.

Foram examinados os tubos digestivos de 57 fêmeas (46 L. neivai, 9 L. fischeri, 1 L. migonei e 1 L. monticola). Nenhum flebotomíneo foi encontrado infectado.

Devido à predominância de espécimes, antropofilia, distribuição espacial coincidente com a dos casos humanos, a L. neivai (Figura 3) é a principal suspeita de ser o vetor da LTA, em Porto Alegre. L. fischeri e L. migonei podem atuar como vetores secundários.

O encontro de L. gaminarai, em solo gaúcho, ampliou a distribuição geográfica da espécie no Brasil.

Os resultados apontam a necessidade de ações de educação em saúde para a população moradora da área de risco sobre a doença, causas e as formas de prevenção.

DIAS ES, FALCÃO AL, SILVA JE. Notes on Sand Fly Fauna (Diptera: Psychodidae) in the State of Rio Grande do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz. 1997; 92(3): 329-332.PRIMIO, R. Sobre a presença do Phlebotomus fischeri Pinto,1926, no Rio Grande do Sul. Rev Cursos Fac Med Porto Alegre. 1932; 18: 141-149.PRIMIO, R. Os flebótomos do litoral do Rio Grande do Sul. Arq Zool Estado de São Paulo. 1937; 5: 177-242.SILVA OS & GRUNEWALD J. Contribution to the Sand Fly Fauna (Diptera: Phlebotominae) of Rio Grande do Sul, Brazil and Leishmania (Viannia) Infections. Mem Inst Oswaldo Cruz. 1999; 94(5): 579-582. SILVA, OS; Blazius, RD; ROMÃO, P. R. T. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) coletados em galinheiro no Rio Grande do Sul, Brasil. Entomol. Vect. 2004; 11: 283-289YOUNG D & DUNCAN NA. Guide to the identification and geographic distribuition of Lutzomyia sandflies in Mexico, the West Indies, Central and South America (Diptera: Psychodidae). Mem Am Entomol Inst. 1994; 54: 1-881.

CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Figura 1: Lesão ulcerada daLeishmaniose TegumentarAmericana de um paciente domunicípio de Porto Alegre, RS.

Foto

: M

ichel P

aso

lius

Figura 3: Exemplarfêmea deLutzomyia neivai.

Foto: Edmilson dos Santos(CEVS/DVAS)

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07BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano X, nº 39, Novembro 2008

Acidentes com animais peçonhentos

Aids

>13 anos

< 13 anos

Atendimento anti-rábico

Botulismo

Carbúnculo ou Antraz

Caxumba

Cólera

Coqueluche

Dengue**

Difteria

Doença de Chagas ( casos agudos)

Doença de Creuzfeldt-Jakob

Doença Exantemática

Rubéola

Sarampo

Esquistossomose

Eventos Adversos Pós-vacinação

Febre Amarela

Febre do Nilo Ocidental

Febre Maculosa

Febre Tifóide

Gestantes HIV + e Criança Exposta

Hanseníase

Hantavirose

Hepatites Virais

Hepatite A

Hepatite B

Hepatite C

Hepatite B+C

Hepatite A/B ou A/C

Leishmaniose Tegumentar Americana

Leishmaniose Visceral **

Leptospirose

Malária**

Meningites

Doença meningocócica

M. bacteriana

M. outras etiologias

M. haemophilus

M. não especificada

M. pneumococo

M. tuberculosa

M. viral

Peste

Poliomielite/Paralisia Flácida Aguda

Raiva Humana

Sífilis Congênita

Sífilis em gestante

Síndrome da Rubéola Congênita

Tétano Acidental

Tétano Neonatal

Tuberculose

Casos Novos

Tularemia

Varicela

Varíola

Total

72

1595

3390

0

0

36

0

193

212

3

0

0

253

251

2

0

360

2

0

0

0

464

44

4

1897

3

0

268

3

743

0

18

0

140

89

5

4

0

2050

0

2692

0

14793

NA: Não se aplica/ considerado caso pela notificação* dados sujeitos a revisão**casos confirmados importados

Agravos Total de Casos Casos Residentes em POA

Investigados Confirmados ConfirmadosInvestigados

TABELA DO NÚMERO DE CASOS NOTIFICADOS E INVESTIGADOS PELA EQUIPEDE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS NO ANO DE 2008, SE 1 A 48*

72

1595

1556

39

3390

0

0

NA

0

97

36

0

0

0

67

67

0

0

360

0

0

0

0

464

44

0

1837

87

216

1523

9

2

3

0

91

3

633

43

125

47

1

97

38

10

272

0

0

0

140

89

1

4

0

2050

1534

0

NA

0

33

1188

3390

0

0

36

0

123

196

2

0

0

253

251

2

0

360

1

0

0

0

295

16

2

1793

3

0

161

1

391

0

2

0

82

65

4

1

0

1654

0

2595

0

12900

33

1188

1162

26

3390

0

0

NA

0

62

29

0

0

0

37

67

0

0

360

0

0

0

0

295

16

0

1735

83

189

1452

9

2

3

0

47

1

341

20

49

24

1

40

25

8

174

0

0

0

82

65

1

1

0

1654

1294

0

NA

0

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08

Prefeitura de Porto AlegreSecretaria Municipal de Saúde

Editoração e Impressão:GRÁFICA N. S. LOURDES

Fone: (51) 3438.2840Distrito IndustrialCachoeirinha/RS

TIRAGEM: 2.000 ExemplaresPeriodicidade trimestral. Sugestões ecolaborações podem ser enviadas para:Av. Padre Cacique nº 372Bairro Menino Deus - Porto Alegre - RSPABX: (51) 3289.2400

Esta publicação encontra-se disponível noendereço eletrônico:

no formato PDF

E-mail: [email protected]

www.portoalegre.rs.gov.br/sms

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E A VACINAÇÃO EM CLÍNICAS

PRIVADAS.

Ms. Maria Aparecida M. VilarinoEnf. Chefe do Núcleo de Imunizações/EVDT/CGVS

que as mesmas são fiscalizadas e devem

respe i ta r as normas de vac inação

preconizadas pelo Ministério da Saúde. Uma

destas normas é o registro das doses aplicadas

de vacinas cujo quantitativo deve ser enviado

mensalmente ao Núcleo de Imunizações/EVDT

para sua inclusão no cálculo de cobertura Desde a vigência da Portaria Conjunta nº1

vacinal da cidade, sendo este um importante de 02 de agosto de 2000, a Equipe de Vigilância

indicador de proteção a determinadas doenças de Produtos e Serviços e o Núcleo de

na população.Imunizações da Equipe de Vigilância das Doenças Transmiss íve is , ambos da

Outra ação de vigilância a ser seguida pelas Coordenadoria de Vigilância em Saúde da clínicas de vacinas é a notificação de eventos Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, adversos pós-vacinação ao Núcleo de vêm realizando o credenciamento e supervisão

das clínicas de vacinação localizadas no Imunizações/EVDT que é responsável pela município. Vigilância Epidemiológica de Eventos

Adversos Pós-Vacinação. Todo caso de evento Em 2008, para que as clínicas privadas de

adverso pós-vacinal deverá ser notificado ao vacina se habilitassem para adquirir e aplicar a

Núcleo de Imunizações para viabilizar o vacina da febre amarela que passou a ser

d e s e n c a d e a m e n t o d a i n v e s t i g a ç ã o produzida por laboratórios privados, ocorreu epidemiológica do caso e a determinação de uma reunião com os representantes das seu desfecho, vinculando-o ou não ao clínicas e os técnicos de saúde das referidas imunobiológico aplicado.equipes, com o objetivo de revalidar o Alvará de

Saúde, fornecido pela Equipe de Produtos e Serviços, juntamente com um Parecer Técnico Em um momento onde há indicação de do Núcleo de Imunizações/EVDT. Estes vacina contra febre amarela a todos os d o c u m e n t o s s ã o r e q u i s i t o s p a r a moradores que forem viajar para áreas de risco credenciamento dos estabelecimentos junto a

do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância em Saúde do

população de Porto Alegre pode aplicá-la nos Ministério da Saúde (ANVISA).

Postos de Referência da Rede Básica de Saúde

pelo Sistema Único de Saúde e, de forma Esta ação é importante para que a privada, nas clínicas de vacinação que a população de Porto Alegre, que utiliza as

clínicas de vacinação privadas, tenha ciência disponibilizam.

E X P E D I E N T E

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano X, nº 39, Novembro 2008