90 razoes para guardar o sabado

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1 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 90 RAZÕES PARA GUARDAR O SÁBADO Leandro Bertoldo

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Para conhecer outras obras, acesse o blog do autor em: http://pesquisasbiblicas.blogspot.com.br

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1 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

90 RAZÕES PARA GUARDAR O

SÁBADO

Leandro Bertoldo

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2 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Dedicatória

Dedico este livro à minha dedicada e esforçada aluna “Miriam

dos Santos Basílio Costa”.

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3 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

“Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por

toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se

combinaram para impor a observância do domingo, a recusa

persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular,

fará com que esta minoria seja objeto de execração universal”

(Eventos Finais, 137).

Ellen Gould White

Escritora, conferencista, conselheira,

e educadora norte-americana.

(1827-1915)

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4 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Dados biográficos

“O conflito por causa do sábado exporá o assunto ao povo, e será concedida uma

oportunidade para que sejam apresentadas as reivindicações do sábado genuíno”. (III Mensagens Escolhidas,

388).

Ellen Gould White

Meu nome é Leandro Bertoldo. Sou o primeiro filho do casal José Bertoldo

Sobrinho e Anita Leandro Bezerra. Do relacionamento dos meus pais também nasceu o

meu irmão Francisco Leandro Bertoldo. Quando alcançamos a adolescência, nosso pai

colocou-nos para trabalhar no Cartório do Distribuidor Judicial de Mogi das Cruzes.

Na minha infância fui estimulado pela leitura da vida de Isaac Newton e passei a

ter um enorme interesse nas áreas das exatas. Aos 17 anos comecei a escrever algumas

teses fundamentais nos campos da Física e da Matemática. Em 1979 matriculei-me na

faculdade de Física e em 2000 na de Direito, ambas na Universidade de Mogi das

Cruzes – UMC.

Em 1995 publiquei meu primeiro livro de Física, que foi um grande sucesso

entre os professores universitários. Recebi várias cartas e telegramas de congratulações.

O meu comprometimento com o Direito é resultado das minhas atividades trabalhistas

junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Em 1986, sob a orientação da professora e colega de trabalho, Célia Regina de

Souza Xavier, passei por um extraordinário e maravilhoso processo de conversão, que

veio a avivar todas as minhas faculdades espirituais, tornando-me um cristão vivo e

praticante da Palavra de Deus. As minhas primeiras orientações doutrinárias vieram dos

cursos bíblicos produzidos pelo professor Valdir Gonçalves Xavier. Posteriormente,

estudei profundamente as Escrituras Sagradas na Classe Bíblica, sob a orientação do

eminente professor Pedro B’ärg. Pouco tempo depois fui bem sucedido em ministrar

estudos bíblicos nos lares de diversos interessados.

Mais tarde, ao assumir a direção da Classe Bíblica, alcancei grande êxito em

preparar para o santo batismo algumas almas interessadas na verdade. Porém, a minha

obra principal tem sido realizada na Classe Pós-batismal, onde tenho preparado dezenas

de novos lideres para trabalharem nos ministério da igreja e na obra evangelística

voluntária.

Fui casado por duas vezes e tive uma maravilhosa filha do primeiro matrimônio

chamada Beatriz Maciel Bertoldo, formada em Direito. Minha segunda esposa, Daisy

Menezes Bertoldo, tem sido uma grande companheira e amiga inseparável de todas as

horas.

Sou dono de quatro lindos cachorros. Todos eles são amorosos, carinhosos,

doces e meigos. Seus maravilhosos nomes são: Fofa, Pitucha, Calma e Mimo. A minha

grande dúvida é a seguinte: Sou dono deles ou eles são meus donos?

Durante minha carreira como cientista, contabilizei centenas de artigos e dezenas

de livros, todos defendendo teses originais em Física e Matemática. Entre os livros que

cheguei a publicar destacam-se: “Teoria Matemática e Mecânica do Dinamismo”

(2002); “Teses da Física Clássica e Moderna” (2003); “Cálculo Seguimental” (2005);

“Artigos Matemáticos” (2006) e “Geometria Leandroniana” (2007), os quais são objetos

de discussões em vários grupos de pesquisas avançadas nas grandes universidades do

Page 5: 90 razoes para guardar o sabado

5 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

país. Em teologia minhas principais obras publicadas são as seguintes: “Estudos

Bíblicos Avançados” (2006); “Exercícios de Estudos Bíblicos” (2008); “Profecias Sobre

o Tempo do Fim” (2009); “A Lei, o Sábado e o Domingo” (2010) e “Perguntas e

Respostas” (2011), os quais estão sendo empregados em pequenos grupos e classes

bíblicas. Muitas igrejas estão realizando seminários bem-sucedidos com o livro

“Profecias Sobre o Tempo do Fim” e “Exercícios de Estudos Bíblicos”.

No primeiro semestre de 2012, a convite do dedicado e carismático missionário

voluntário “Edson Felix”, tive a grata satisfação de realizar aos domingos, na igreja do

Jardim São Pedro, em César de Souza, durante um período de seis meses, um

enriquecedor seminário intitulado “Profecias Sobre o Tempo do Fim” baseado no meu

livro “Conflito Final”. Esse período foi estendido para mais seis meses. Mas agora com

a apresentação do seminário das doutrinas fundamentais das Escrituras Sagradas,

baseadas no meu livro intitulado “Exercícios de Estudos Bíblicos”.

Todas as minhas obras científicas e teológicas estão disponíveis a qualquer leitor

nos seguintes endereços eletrônicos:

http://centrodepesquisaleandrobertoldo.blogspot.com/

http://pesquisasbiblicas.blogspot.com/

No decorrer dos anos, em minha denominação religiosa, fui Secretário do

Ministério Pessoal, Tesoureiro, Professor da Escola Sabatina, Promotor de Literatura,

Professor da Classe de Visitas, Ancião e, atualmente, Coordenador de Classe Bíblica.

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6 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Prefácio

“Na peleja a ser travada nos últimos dias estarão unidos, em oposição ao povo de

Deus, todos os poderes corruptos que apostataram da lealdade à lei de Jeová. Nessa peleja, o sábado do quarto

mandamento será o grande ponto em litígio”. (Eventos Finais, 124).

Ellen Gould White

As 90 razões para guardar o sábado foram produzidas entre os meses de

setembro a outubro de 2012. Naquele período procurei escrever em média dois textos

por dia. Como resultado dessa produção, o leitor poderá esclarecer suas principais

dúvidas sobre a questão do sábado.

Os comentários dos versículos estampados neste livro foram elaborados tendo

por base minha experiência como professor de curso bíblico preparatório para

candidatos ao batismo. Procurei desenvolver de forma abreviada algumas explanações

sobre as principais passagens bíblicas referentes ao sábado. Também procurei

apresentar ao leitor algumas outras passagens bíblicas que tem ligação imediata ou

mediata com os versículos bíblicos analisados.

A partir dos versículos bíblicos destacados no cabeçalho de cada texto do livro,

procurei tecer algumas breves considerações lógicas sobre o conteúdo da passagem

bíblica. Para isso, na medida do possível, empreguei uma linguagem clara e objetiva,

sempre procurando pautar-me pela sistemática da Bíblia Sagrada. Tudo isto com vista à

perfeita compreensão do leitor sobre o tema apresentado em cada versículo.

Nessa atividade, levei em consideração a rigorosa análise do contexto bíblico do

versículo considerado. Mesmo porque um comentário bíblico lúcido é simplesmente

uma paráfrase do texto bíblico selecionado. Porém, essa paráfrase deve limitar-se aos

parâmetros apresentados pelos próprios textos bíblicos analisados, sem perder de vista o

contexto sistemático das Escrituras Sagradas.

Portanto, o método de interpretação empregado nesta obra é chamado de

“Interpretação Autêntica Contextual”, no qual a passagem bíblica analisada é

interpretada pela própria Bíblia: “Vedes aqui, isto achei diz o pregador, conferindo uma

cousa com a outra para achar a causa” (Eclesiastes 7:27). “Porque é mandamento, sobre

mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra: um

pouco aqui, um pouco ali” (Isaías 28:10). Destarte, a Bíblia Sagrada explica-se a si

mesma.

Para alcançar sucesso na empreitada proposta por este livro, foram selecionados

vários versículos bíblicos de grande expressão doutrinária e altamente precisos no

desenvolvimento dos temas apresentados.

Verdadeiramente, este livro representa um poderoso auxílio aos leitores que

desejam conhecer o que a Bíblia Sagrada tem a dizer sobre o dia do Senhor. Diante

disso, é meu sincero desejo que o leitor possa conhecer mais precisamente uma das

doutrinas fundamentais ensinadas nas Escrituras Sagradas.

[email protected]

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7 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

1ª Razão

DEUS ORDENOU A GUARDA DO SÁBADO NA CRIAÇÃO DO MUNDO.

“Assim os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus

acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a

sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele

descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera”. (Gênesis 2:1-3).

Deus abençoou e santificou o sétimo dia ainda estando na primeira semana da

criação. A santidade desse dia foi estabelecida pessoalmente por Deus, bem antes da

entrada do pecado no mundo, e muitos séculos antes da existência de qualquer judeu

sobre a face da Terra, razão pela qual o sábado foi dado por Deus em benefício de toda

a humanidade.

O sétimo dia da semana foi o único dia abençoado e santificado por Deus.

Nenhum outro dia, em qualquer outra época ou ocasião, recebeu tamanha distinção da

parte de Deus.

A palavra “santo” na língua hebraica é qadosh e em grego é hagio que,

etimologicamente, significam “ser separado”; mas, separado para propósito sagrado.

Não faria nenhum sentido Deus ter santificado o sétimo dia da semana caso ninguém

tivesse a obrigação moral de observá-lo.

O sábado não é preceito cerimonial. Ele não expia o pecado de ninguém, ainda

mais considerando que o sábado foi estabelecido bem antes da entrada do pecado no

mundo, o que demonstra claramente a sua natureza moral, e não cerimonial.

Como o sábado foi dado na criação do mundo, ele é universal e deve ser

observado por todos fieis filhos de Deus em qualquer época da história da humanidade.

2ª Razão

DEUS CONFIRMOU A GUARDA MORAL DO SÁBADO AO COLOCÁ-LO

COMO MANDAMENTO MORAL ENTRE OS DEZ MANDAMENTOS.

“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás

toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma

obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu

animal nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez

o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou:

portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou”. (Êxodo 20:8-11).

O Senhor Deus ratificou a benção e a santificação colocada sobre o sétimo dia

da semana – por ocasião da criação do mundo – ao incrustá-lo nas duas tábuas de pedra

do concerto, para fazer parte integrante dos Dez Mandamentos.

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8 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

O dia do sábado é um memorial da criação, haja vista que a razão dada por Deus

para sua observância foi que “em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo

que neles há, e ao sétimo dia descansou”.

O sábado nunca foi um dia qualquer entre sete, mas ele é especificamente o

sétimo dia da semana. Nem todos os dias são iguais, porque Deus fez questão de

distinguir o sétimo dia da semana dos demais ao descansar, abençoar e santificar o dia

do sábado. Destarte, nem todos os dias são santos, porque Deus santificou com

exclusividade absoluta somente o sétimo dia da semana, e nenhum outro dia.

Como o sábado integra os Dez Mandamentos, ele tem um caráter universal,

tanto quanto os demais. O sábado é um mandamento moral, tanto quanto são os demais

mandamentos do decálogo. Sua obrigação é perpétua e deve ser observada em todas as

épocas pelos sinceros filhos de Deus.

3ª Razão

FOI DEUS QUEM ESCOLHEU O SÉTIMO DIA DA SEMANA COMO DIA DE

DESCANSO.

“Seis dias farás os teus negócios, mas ao sétimo dia descansarás: para que

descanse o teu boi, e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava, e o

estrangeiro”. (Êxodo 23:12).

Em sua infinita soberania, Deus escolheu o sétimo dia da semana como um dia

de descanso das atividades seculares. Esse dia foi estabelecido na fundação do mundo

em benefício de toda a humanidade, razão pela qual Jesus disse que “o sábado foi feito

por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2:27). Como dia de

repouso indicado pelo próprio Deus e ratificado por Jesus Cristo, o sábado deve ser

observado por todos os santos do Altíssimo.

Em seu ciclo biológico, tanto os homens como os animais necessitam de um

repouso a cada período de atividade cotidiana ordinária de seis dias. Esse repouso do

trabalho secular é necessário para que todos os homens possam descansar e tomar

alento, restaurando as suas energias física, mental e espiritual.

A benção do sábado não foi colocada sobre nenhum outro dia da semana, razão

pela qual unicamente o descanso no sábado é abençoado pelo Senhor. Não adianta

descansar em qualquer outro dia da semana porque a benção do Senhor não foi colocada

em tal dia.

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento tem todos os

que lhe obedecem” (Salmos 111:10). Aqueles que temem ao Senhor repousarão no

sétimo dia da semana, dia em que o Senhor escolheu para sagrado repouso, inclusive o

próprio Senhor descansou, abençoou e santificou o dia do sábado.

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9 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

4ª Razão

FOI DEUS QUEM ELEGEU O SÁBADO COMO DIA DE CULTO DIVINO.

“Seis dias obra se fará, mas ao sétimo dia será o sábado do descanso, santa

convocação; nenhuma obra fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações”.

(Levítico 23:3).

Foi o Senhor Deus quem estabeleceu o sétimo dia da semana como sábado: “ao

sétimo dia será o sábado”. Destarte, o sábado não pode ser o primeiro dia da semana, ou

o segundo, terceiro, quarto, quinto ou sexto dia. Os judeus, Jesus e os apóstolos jamais

entenderam que o sábado poderia ser qualquer outro dia, a não ser o sétimo dia da

semana.

O Senhor estabeleceu o sábado como um dia de “santa convocação”. Nesse dia

nenhuma obra secular deve ser realizada. A palavra “convocação” tem o significado de

“chamado”, “convite”. É claro que esse chamado tem uma finalidade especial. Não se

trata de uma convocação qualquer, mas sim de uma “santa convocação” da parte de

Deus. Como a palavra “santo” tem o significado de “ser separado” para propósito

sagrado, então a “santa convocação” no dia do sábado tem o significado especial de

separar uma convocação para propósito sagrado, o que nada mais é do convocar os

filhos de Deus para uma reunião religiosa.

Está claro que o sábado é o dia em que os filhos de Deus cessam as suas

atividades seculares para cultuar a divindade. Após o encerramento da “santa

convocação”, a reverência pela santidade do sábado deve continuar em todas as

habitações dos fieis. Em suas casas não devem realizar nenhuma atividade profana que

venha comprometer a santidade das horas sagradas do santo sábado do Senhor.

5ª Razão

DEUS ESCREVEU OS DEZ MANDAMENTOS COM SEU PRÓPRIO DEDO

PARA DESTACAR A IMPORTÂNCIA DESSA LEI.

“E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte de Sinai) as duas

tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”. (Êxodo 31:18).

Os Dez Mandamentos procederam diretamente das mãos do Senhor Deus.

Porém, as leis civis, criminais e cerimoniais foram escritas diretamente pelas mãos de

Moisés, que se encontrava sob inspiração divina.

A importância dos Dez Mandamentos é tamanha que a Moisés não foi permitido

escrevê-los. Isto aconteceu para que a observância desses dez preceitos não viesse a ser

questionada pelos pecadores como produto da mente humana, e também para que

autoridade legislativa da divindade não pudesse ser usurpada pelos homens.

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10 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Foi Deus quem fez questão de escrever pessoalmente os Dez Mandamentos. As

Escrituras Sagradas registram claramente que o Senhor os escreveu com o Seu próprio

dedo em duas tábuas de pedra.

Os Dez Mandamentos eram tão importantes e necessários na vida dos crentes,

que o Senhor Deus os escreveu pessoalmente por duas vezes, e nas duas vezes os

escreveu em tábuas de pedra. Nessas duas vezes o Senhor não confiou ao homem a

escrituração dos Dez Mandamentos.

Algum tempo depois, quando Moisés estava registrando as leis civis, criminais e

cerimoniais, bem como os fatos históricos ocorridos entre o povo, é que ele foi

divinamente inspirado a “transcrever” os Dez Mandamentos para o Livro da Lei, onde

se encontram registrados em Êxodo 20:3-17.

6ª Razão

DEUS ESCULPIU OS DEZ MANDAMENTOS EM TÁBUAS DE PEDRA PARA

INDICAR A SUA ETERNIDADE.

“E aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de

Deus, esculpida nas tábuas”. (Êxodo 32:16).

Tanto as duas tábuas de pedra, quanto o conteúdo dos mandamentos, cuja

escritura estava esculpida naquelas tábuas, não eram obras de Moisés, mas “eram obra

de Deus”.

Esse fato é mais do que suficiente para demonstrar a importância dos Dez

Mandamentos, que se destacam sobre todas as demais leis escritas por Moisés em livros

de pergaminho ou papiro.

É extremamente significativo destacar que os Dez Mandamentos foram

esculpidos pessoalmente pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra para indicar a sua

tremenda importância e sua eternidade.

A História Universal mostra que os antigos egípcios procuraram eternizar-se

registrando os seus feitos nas pedras. Com esse propósito, construíram as grandes

pirâmides e escreveram a sua história esculpindo-a nas pedras, a qual permanece

registrada até aos dias de hoje. Por outro lado, os israelitas viveram como escravos nas

terras do Egito por quase cinco séculos. Gerações após geração ficaram conscientizadas

e com as mentes impregnadas com conceito egípcio de que toda escrita em pedra é para

sempre.

Foi por essa razão que Deus escreveu os Dez Mandamentos em pedra, visando

mostrar ao povo que aqueles mandamentos de origem divina deveriam ser observados

por todos em todas as épocas e para sempre.

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11 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

7ª Razão

DEUS ANUNCIOU, PRESCREVEU E ESCREVEU OS DEZ MANDAMENTOS

EM DUAS TÁBUAS DE PEDRA PARA DISTINGUI-LOS DAS DEMAIS LEIS.

“Então vos anunciou ele o seu concerto que vos prescreveu, os dez

mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra”. (Deuteronômio 4:13).

É a própria Bíblia Sagrada quem intitula o escrito das duas tábuas de pedra

como sendo “Dez Mandamentos”. Ela repete esse título por mais duas vezes (Êxodo

34:28; Deuteronômio 10:4).

Esses mandamentos são tão importantes que Deus não confiou a sua escrita a

Moisés. Mas fez questão de escrevê-los pessoalmente com o seu próprio dedo em duas

tábuas de pedra, e o fez por duas vezes. Com tal atitude o Senhor procurou distinguir os

Dez Mandamentos de todas as demais leis dadas ao povo por intermédio do ministério

de Moisés.

Os Dez Mandamentos representam a materialização institucional do amor a

Deus e do amor ao próximo.

A apresentação dos Dez Mandamentos ao mundo foi tão importante que na sua

tramitação esteve envolvida quatro processos distintos: Primeiro, o Senhor os

“prescreveu”. Segundo, o Senhor os “anunciou” a todos. Terceiro, o Senhor os

“escreveu” em duas tábuas de pedra. Quarto, Moisés copiou os Dez Mandamentos para

o Livro da Lei.

Entre os vários concertos feitos pelo Senhor Deus, no decorrer da história, com

várias pessoas notáveis, os Dez Mandamentos figura como um dos principais. Esses

mandamentos representam o Concerto do Senhor com todos crentes que desejam servir

a Deus com uma vida santificada na verdade pela fidelidade a Deus.

8ª Razão

A LEI ERA A MESMA TANTO PARA OS JUDEUS COMO PARA OS

GENTIOS CONVERTIDOS.

“Um mesmo estatuto haja para vós, ó congregação, e para o estrangeiro que

entre vós peregrina, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós, assim será o

peregrino perante o Senhor. Uma mesma lei e um mesmo direito haverá para vós e

para o estrangeiro que peregrina convosco”. (Números 15:15-16).

Deus estabeleceu explicitamente que deveria haver um “mesmo estatuto”, uma

“mesma lei” e um “mesmo direito”, tanto para os judeus quanto para os gentios que

viviam no meio do povo de Deus.

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90 Razões Para Guardar o Sábado

Claramente o Senhor disse o seguinte: “Uma mesma lei haja para o natural, e

para o estrangeiro que peregrinar entre vós”. (Êxodo 12:49).

Diante do exposto está mais do que evidente que os gentios convertidos ou não

nunca foram excluídos de obedecer todas as leis divinas. Eles sempre tiveram as

mesmas obrigações, deveres e direito que tinham os filhos de Israel.

Portanto, pode-se concluir que nenhuma das leis divinas foi dada exclusivamente

para o povo judeu e ninguém mais. A Bíblia Sagrada não estabelece essa exclusividade,

mas as Escrituras são claras, claríssimas em mostrar que os gentios sempre tiveram a

obrigação de guardar todas as leis divinas que estavam em vigor naquela época,

inclusive observando todos os Dez Mandamentos.

Nem poderia ser de outra forma, “pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos

deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz

acepção de pessoas, nem aceita recompensas” (Deuteronômio 10:17).

9ª Razão

TANTO JUDEUS QUANTO GENTIOS DE TODAS AS CLASSES SOCIAIS

ENTRARAM NO CONCERTO DO SENHOR.

“Vós todos estais hoje perante o Senhor vosso Deus: os cabeças de vossas

tribos, vossos anciãos, e os vossos oficiais, todo o homem de Israel. Os vossos meninos,

as vossas mulheres, e o estrangeiro que está no meio do teu arraial; desde o rachador

da tua lenha até ao tirador da tua água. Para que entres no concerto do Senhor teu

Deus, e no seu juramento que o Senhor teu Deus hoje faz contigo”. (Deuteronômio

29:10-12)

Todas as classes sociais existentes dentro da jurisdição israelita, tais como

aqueles que eram cabeças das doze tribos, anciãos, oficiais, homens, mulheres, meninos,

rachadores de lenha, tiradores de água e até mesmo os estrangeiros que são os gentios,

foram convocadas para entrar no pacto ou concerto do Senhor Deus.

Portanto, está claro que o pacto ou concerto do Senhor não foi feito

exclusivamente com povo israelita e ninguém mais. A Bíblia Sagrada não ensina tal

heresia. Mas, as Escrituras ensinam que o concerto do Senhor foi feito com todos os

crentes, posto que até mesmo os gentios jamais foram excluídos do concerto do Senhor

Deus.

Diante dos versículos bíblicos supramencionados ficou perfeitamente

comprovado que o concerto do Senhor é universal. Sob a perspectiva da Bíblia Sagrada,

esse concerto abrange tanto judeus quanto gentios convertidos às verdades reveladas na

Palavra do Senhor.

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13 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

10ª Razão

TANTO OS JUDEUS QUANTO OS GENTIOS ESTAVAM OBRIGADOS A

PRATICAR AS PALAVRAS DA LEI.

“Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos e os teus estrangeiros que estão

dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e

tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei”. (Deuteronômio 31:12).

Em várias ocasiões o povo de Deus era regularmente convocado pelas

autoridades civis e sacerdotais para ouvir, aprender e a temer ao Senhor Deus. Também

lhes era ensinado a serem cuidadosos em praticar todas as palavras do Livro da Lei.

O importante nesse versículo é mostrar que tanto quanto os filhos de Israel, os

gentios jamais foram excluídos de observar qualquer preceito divino expresso nas

palavras registradas no Livro da Lei.

Sem uma maior compreensão a respeito dos ensinos das Escrituras Sagradas,

algumas pessoas supõem que os gentios não tinham nenhuma obrigação de observar as

leis dadas ao povo de Deus.

Porém, a grande verdade é que as Escrituras Sagradas mostram que esses

expositores estão totalmente equivocados. Elas mostram que os gentios convertidos à

verdade tinham sim, a obrigação de praticar todas as palavras registradas no Livro da

Lei, e não somente os judeus.

Os gentios tanto quanto os judeus eram convocados “para que ouçam, e

aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras

desta lei”.

11ª Razão

O CONCERTO NÃO FOI DADO SOMENTE PARA OS QUE OUVIRAM E

ACEITARAM OS TERMOS DO PACTO NO DIA QUE FOI ANUNCIADO.

“E não somente convosco faço este concerto e este juramento. Mas com aquele

que hoje está aqui em pé conosco perante o Senhor nosso Deus, e com aquele que hoje

não está aqui conosco”. (Deuteronômio 29:14-15).

O concerto que Deus fez com o Seu povo não se limitava exclusivamente aos

que ouviram e aceitaram os termos do concerto no dia em que foi pronunciado e depois

escrito no Monte Sinai.

Segundo o explícito ensino das Escrituras Sagradas o concerto do Senhor nosso

Deus também abrangia todas as gerações futuras do povo de Deus, tanto a dos gentios

quanto à dos filhos de Israel.

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14 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Isso é muito claro, haja vista que tanto os filhos de Israel quanto os gentios

foram convocados para entrar “no concerto do Senhor teu Deus” (Deuteronômio 29:10-

12). Além disso, esse concerto também estava incluindo “aquele que hoje não está aqui

conosco”. (Deuteronômio 29:15).

Esse versículo bíblico é significativo porque alguns dizem que o concerto tinha

validade somente para os filhos de Israel que ouviram e aceitaram os termos do pacto.

Nada mais equivocado. Pela Bíblia Sagrada, o concerto também teria validade para

todos que não estiveram presentes e não ouviram os termos do pacto no dia em que foi

anunciado.

Diante do exposto, conclui-se que concerto divino não foi feito exclusivamente

com aquele que estava presente no dia em que foi anunciado por Deus, mas também foi

feito “com aquele que hoje não está aqui conosco”.

12ª Razão

O SÁBADO OU QUALQUER OUTRO PRECEITO DA LEI JAMAIS FOI DADO

EXCLUSIVAMENTE PARA OS FILHOS DE ISRAEL.

“E aos filhos dos estrangeiros, que se chegarem ao Senhor, para o servirem, e

para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que

guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu concerto. Também

os levarei ao meu santo monte, e os festejarei na minha casa de oração; os seus

holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será

chamada casa de oração para todos os povos”. (Isaías 56:6-7).

Os gentios convertidos que “se chegarem ao Senhor, para o servirem, e para

amarem o nome do Senhor”, além de terem a obrigação de guardar o sábado, também

poderiam abraçar o concerto do Senhor.

Diante do exposto, está claro que o sábado não faz parte de um pacto exclusivo

entre Deus e os filhos de Israel e ninguém mais, haja vista que até mesmo os gentios

convertidos tinham que guardar “o sábado, não o profanando”, bem como abraçando o

concerto do Senhor.

Antes da cruz os gentios convertidos eram festejados na casa de oração do

Senhor e os holocaustos e sacrifícios oferecidos pelos gentios eram aceitos no altar do

Senhor.

Antes da cruz a expiação dos pecados estava fundamentada no sangue de

animais. Essa regra tinha validade tanto para os filhos de Israel quanto para os gentios

convertidos. Após a cruz a expiação de pecados passou a ser pelo no sangue de Cristo.

Essa regra tem validade tanto para os filhos de Israel quanto para os gentios

convertidos.

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15 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

13ª Razão

O SÁBADO FOI DADO NA FUNDAÇÃO DO MUNDO E CONTINUARÁ PARA

SEMPRE SENDO LEMBRADO NA NOVA TERRA.

“Porque, como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante da

minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será

que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne

a adorar perante mim, diz o Senhor”. (Isaías 66:22-23)

Os versículos apresentados por Isaías estão claramente anunciando

acontecimentos vindouros. Nesses versículos Isaías profetiza a futura obra do Senhor

em restaurar os Céus e a Terra: “como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer,

estarão diante da minha face, diz o Senhor”. A profecia do Novo Céu e Nova Terra está

disseminada por toda extensão das Escrituras Sagradas (Isaías 65:17; II Pedro 3:13;

Apocalipse 21:1).

Em seguida o Senhor faz referência àqueles que serão ressuscitados para a vida

eterna: “assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (diante da minha face).

Sobre a ressurreição declara Isaías: “Os teus mortos viverão, os teus mortos

ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como

o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos” (Isaías 26:19).

A seguir o Senhor faz alusão à adoração que receberá de toda a carne,

representada por todos os salvos de todas as épocas. Ele será adorado mensalmente:

“desde uma lua nova até à outra” e semanalmente: “desde um sábado até ao outro”.

Na nova Terra, a semana continuará tendo sete dias. O sábado será lembrado

para sempre, por todos os salvos, como um marco semanal na adoração do nosso

Criador e Redentor.

14ª Razão

CRISTO ENSINOU AOS SEUS OUVINTES SOBRE A NECESSIDADE DO

CRISTÃO OBSERVAR OS MANDAMENTOS.

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo

que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu

adultério com ela”. (Mateus 5:27-28).

Nessa passagem bíblica, Jesus Cristo citou dois mandamentos esculpidos no

Decálogo – “adultério” e “cobiça” – visando ensinar três coisas fundamentais à vida do

cristão:

Primeira, Jesus mostrou que estava se referindo aos Dez Mandamentos ao

mencionar dois mandamentos do Decálogo.

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16 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Segunda, o Senhor mostrou que a lei é espiritual, alcançando até mesmo as

intenções do coração do ser humano.

Terceira, Jesus foi totalmente apreciativo para com a lei, então ela tem a

aprovação divina e deve observada por todos os Seus discípulos.

Longe de pensar na abolição da lei, Jesus ampliou-lhe o sentido e aplicação,

ensinando aos Seus ouvintes que a lei alcança até mesmo os desejos mais profundos do

coração humano, e não apenas um comportamento exterior.

Supondo que a lei dos Dez Mandamentos tenha sido abolida, então porque Jesus

preocupou-se em ensinar aos Seus ouvintes a praticar os mandamentos dessa lei de uma

maneira mais profunda e rigorosa do que vinha até então sendo observada?

A resposta para essa pergunta é muito simples e única: Cristo jamais teve a

intenção de anular a lei ou qualquer um de seus mandamentos morais.

15ª Razão

CRISTO VINCULOU A VIDA ETERNA À GUARDA DOS MANDAMENTOS

DA LEI MORAL.

“Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele:

Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás

falso testemunho. Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

(Mateus 19:17-19).

Jesus afirmou ao jovem rico que para entrar na vida eterna é necessário guardar

os mandamentos. Para mostrar que estava se referindo aos Dez Mandamentos, o Senhor

citou cinco mandamentos do Decálogo. Esses mandamentos têm relação com a

materialização do nosso amor para com o nosso próximo. Foi por isso que Jesus

acrescentou: “e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Jesus deixou claro que os Seus

seguidores precisam guardar os mandamentos da Lei Moral, mostrando que eles

continuam vigorando.

Alguns supõem que os cristãos não precisam guardar o sábado porque Jesus não

citou tal mandamento. Então, conforme a referida suposição, os cristãos podem servir

outros deuses, venerar imagens e usar o nome de Deus em vão, simplesmente porque

Jesus também não citou tais mandamentos ao jovem rico. Para um bom entendedor,

meia palavra basta. A lista de Jesus é exemplificativa e não taxativa.

Os primeiros quatro mandamentos do Decálogo materializam o nosso amor a

Deus e os seis últimos o nosso amor ao próximo. Mas, por que Jesus não apresentou os

demais mandamentos do Decálogo ao jovem? Eis como a Bíblia Sagrada responde a

essa pergunta: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso.

Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”

(I João 4:20).

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17 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

16ª Razão

SABENDO QUE OS CRISTÃOS ESTARIAM GUARDANDO O SÁBADO

QUARENTA ANOS APÓS A SUA RESSURREIÇÃO, CRISTO ORIENTOU-OS

A ORAREM PARA QUE SUA FUGA DE JERUSALÉM NÃO OCORRESSE NO

SÁBADO.

“E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado”.

(Mateus 24:20).

Sabendo que os cristãos estariam cultuando no sábado, mesmo depois de

decorridas várias décadas de Sua ressurreição, Jesus orientou-os a orarem para que a sua

fuga da destruição da cidade de Jerusalém não acontecesse “no inverno nem no sábado”.

Caso a fuga dos cristãos ocorresse no inverno muitos morreriam devido o rigor

do frio. Se a fuga de Jerusalém ocorresse no sábado, muitos pereceriam, porque vindo

de todas as localidades da Judéia para adorar em Jerusalém no sábado, seriam cercados

e massacrados pelo exército invasor.

A suposição de que os cristãos deveriam orar para que a sua fuga não ocorresse

no sábado porque as portas de Jerusalém ficavam fechadas nesse dia não tem o menor

sentido, haja vista que a aproximação do exército invasor em qualquer dia da semana

teria igualmente levado as autoridades judaicas fecharem as portas de Jerusalém.

A profecia de Cristo cumpriu-se 40 anos após a Sua ressurreição. No ano 70

d.C., a cidade de Jerusalém foi totalmente cercada e destruída pelo exército romano

comandado por Tito Vespasiano. Nenhum cristão pereceu no cerco, haja vista que a

destruição de Jerusalém não ocorreu num sábado e, portanto, os cristãos não estavam

concentrados em Jerusalém para adorar no Templo (Lucas 24:52-53).

17ª Razão

PARA DAR EXEMPLO A TODOS, CRISTO TINHA O COSTUME DE

CULTUAR AOS SÁBADOS.

“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o

seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler”. (Lucas 4:16).

Jesus Cristo nasceu em Belém (Mateus 2:1), mas foi criado na cidade de Nazaré

(Mateus 2:22). Longe de ensinar ou insinuar a abolição do sábado, Jesus tinha o

“costume” de cultuar aos sábados.

O Senhor Jesus frequentava as reuniões religiosas aos sábados em obediência ao

mandamento divino que ordena a santificação do sábado semanal (Êxodo 20:8) com a

realização de uma santa convocação (Levítico 23:3).

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18 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

O culto religioso era realizado na igreja, conhecida pelo nome de sinagoga, que

passaram a proliferar no território judeu após o término do cativeiro babilônico, bem

como nas comunidades judaicas da diáspora.

O “costume” é definido como uma norma de conduta não escrita caracterizada

pela prática reiterada de um ato com o sentido de sua obrigatoriedade. Dentro dessa

linha de definição, Jesus Cristo observava o sábado reiteradamente, estando

perfeitamente consciente de que era uma atividade obrigatória para todos.

No sábado Jesus participava das atividades realizadas durante o culto divino.

Realizava a leitura da Palavra de Deus (Lucas 4:16-17), ensinava aos interessados

(Marcos 1:21; 6:2; Lucas 4:31; 6:6; 13:10), aliviava o sofrimento dos enfermos porque é

lícito fazer bem nos sábados (Mateus 12:12).

Portanto, longe de denegrir o sábado, Jesus o exaltava santificando esse dia nos

cultos religiosos realizados nas sinagogas.

18ª Razão

OS PRIMEIROS CRISTÃOS GUARDAVAM O SÁBADO DO SENHOR.

“E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e

viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam

especiarias e unguentos, e no sábado repousaram, conforme o mandamento”. (Lucas

23:55-56).

A Lei Cerimonial de expiação de pecados pelo holocausto de animais cessou

definitivamente com a morte de Cristo. Mas, o Decálogo continuou vigorando. Tanto é

verdade, que os discípulos de Jesus continuaram observando o sábado, conforme manda

o quarto mandamento da Lei Moral.

As mulheres que seguiram a Jesus desde a Galiléia, testemunharam a

crucificação do Senhor; presenciaram a retirada do corpo de Jesus da cruz e

acompanharam o féretro, conduzido por José de Arimatéia e Nicodemos, até o sepulcro.

Após o funeral aquelas santas mulheres retornaram para o local onde estavam

hospedadas e prepararam especiarias e unguentos com a intenção de ungir o corpo de

Jesus Cristo.

Ocorre que, com o pôr do sol daquele dia, começou a fluir as horas sagradas do

sábado. Então as santas mulheres cessaram as suas atividades e repousaram, conforme

determina o quarto mandamento do Decálogo.

Caso Jesus tenha transgredido o sábado e ensinado a outros fazerem o mesmo,

então Ele esqueceu-se de avisar aquelas santas mulheres, pois elas demonstraram nada

saber a respeito de uma suposta abolição do sábado. Muito pelo contrário, elas

demonstraram ter grande respeito pelo dia do sábado. Isto indica claramente que aquelas

mulheres jamais foram ensinadas a menosprezar o santo sábado do Senhor.

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19 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

19ª Razão

TANTO QUANTO OS JUDEUS, O APÓSTOLO PAULO TAMBÉM

GUARDAVA O SÁBADO.

“E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte

lhes fossem ditas as mesmas coisas. E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a

cidade a ouvir a palavra de Deus”. (Atos 13:42 e 44).

Paulo e Barnabé observaram o sábado juntamente com judeus e gentios na

sinagoga da cidade de Antioquia. Ao final do culto divino os dirigentes da sinagoga

deram oportunidade para Paulo e Barnabé anunciarem alguma palavra de conforto aos

membros daquela sinagoga. Então Paulo aproveitou a oportunidade para anunciar o

evangelho aos judeus e aos gentios que se encontravam congregados.

Os gentios manifestaram grande interesse pela mensagem pregada pelo apóstolo

Paulo. Ao final da pregação, os judeus retiraram-se da sinagoga, mas os gentios

solicitaram que Paulo pregasse as mesmas mensagens no sábado seguinte. O entusiasmo

gerado pela pregação de Paulo foi tão grande que os gentios daquela sinagoga, durante a

semana, fizeram uma enorme propaganda por toda a cidade. O resultado foi que, no

sábado seguinte, quase todos os gentios de Antioquia estavam reunidos para ouvir a

Palavra de Deus.

O apóstolo Paulo nada anunciou aos gentios sobre a necessidade do cristão

cultuar no domingo, a não ser cultuar no sábado. Nada ensinou sobre a santificação do

domingo, mesmo porque toda cidade ajuntou-se para ouvir a “Palavra de Deus”. Ora, a

Palavra de Deus ensina claramente a observância do sábado e não a observância do

domingo. No caso de dúvida, a regra é a seguinte: No silêncio das Escrituras Sagradas

compreende-se que prevaleceu a situação consolidada no mandamento do sábado.

20ª Razão

MESMO EM LOCAIS ONDE NÃO HAVIA JUDEUS OU SINAGOGA, PAULO

FAZIA QUESTÃO DE GUARDAR O SÁBADO COM OS GENTIOS.

“E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é

uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade. E no dia de sábado saímos fora das

portas, para a beira do rio, onde julgávamos ter lugar para oração; e, assentando-nos,

falamos às mulheres que ali se ajuntaram”. (Atos 16:12-13).

Alguns, inadvertidamente, supõem que o apóstolo Paulo não guardava o

sábado, mas que apenas aproveitava a oportunidade para evangelizar os judeus que

cultuavam nesse dia na sinagoga. Porém, não é esse o ensino bíblico.

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20 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Em suas viagens missionárias, Paulo chegou numa cidade gentílica chamada

“Filipos”, localizada na Macedônia. Essa cidade estava em fase de colonização. Nela

não havia sinagogas ou judeus, mas somente os colonizadores gentios.

Supondo que Paulo não guardava o sábado, então ele não teria nenhum motivo

para cultuar nesse dia. Porém, após permanecerem alguns dias naquela cidade,

finalmente chegou o fim de semana com o sábado. Mas, devido às intensas atividades

dos colonizadores, não havia um lugar propício para a “santa convocação” do sábado.

Assim, Paulo e sua equipe missionária, saíram pelas portas do muro da cidade à procura

de um local sossegado para oração e culto religioso com vista à santificação do sábado,

conforme determina o quarto mandamento do Decálogo.

Essa passagem bíblica é muito clara em mostrar que Paulo e sua equipe

constituída por missionários cristãos guardavam o sábado entre os gentios, mesmo em

locais onde não havia nenhum judeu ou qualquer sinagoga.

21ª Razão

A LEI NÃO FOI DADA AO HOMEM COMO MÉTODO DE SALVAÇÃO.

“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em

Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de

Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será

justificada”. (Gálatas 2:16).

A justificação do pecador não vem pelas obras da lei porque a lei não foi dada

como método de salvação. A lei não possui a virtude para salvar o homem da morte

eterna. Ela não tem poder para perdoar os pecados. A lei não pode salvar porque ela não

tem sangue para ser vertido em benefício dos pecadores, haja vista que “sem

derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).

Os homens são justificados unicamente pela “fé em Jesus Cristo”, mas com o

fundamento da “fé de Cristo”. “Porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será

justificada”.

Nenhum homem poderá ser salvo com pelas obras da lei. Porem, ninguém

poderá ser salvo sem obedecer à lei “porque o pecado é a transgressão da lei” e “o

salário do pecado é a morte” (I João 3:4; Romanos 6:23). À mulher adultera Cristo

disse: “Vai-te, e não peques mais” (João 8:11).

Aos que seguem a Cristo está escrito: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda

os mandamentos” (Mateus 19:17) porque “os que praticam a lei hão de ser justificados”

(Romanos 2:13).

A Bíblia Sagrada não contém contradições. As contradições encontram-se nas

interpretações dos homens que, “querendo ser doutores da lei, e não entendendo nem o

que dizem nem o que afirmam”. (I Timóteo 1:7).

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21 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

22ª Razão

A LEI NÃO SALVA NINGUÉM PORQUE A SUA FUNÇÃO CONSISTE EM

MOSTRAR AO HOMEM O QUE DEUS CONSIDERA PECADO.

“Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque

pela lei vem o conhecimento do pecado”. (Romanos 3:20).

Nenhum ser humano obterá perdão dos seus pecados diante do Senhor

simplesmente por obedecer à Lei de Deus. A lei não possui eficácia para salvar qualquer

homem. Ninguém será justificado praticando as obras da lei.

O que a Bíblia Sagrada revela é que o homem é salvo unicamente pela graça,

mediante a fé e julgado pelas obras. A graça é o favor divino concedido à imerecida

humanidade pelos méritos da morte de Cristo Jesus. A fé é a plena convicção de que a

graça é suficiente para salvar aquele que deseja ter a vida eterna. Finalmente, todos são

julgados pelas obras porque “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).

Muito embora a Lei de Deus não tenha sido dada aos homens como “método” de

salvação, ainda assim ela possui uma função. Sua função fundamental consiste em

trazer à consciência do homem o conhecimento do pecado. Este conceito da lei é tão

importante que Paulo foi levado a declarar: “Eu não conheci o pecado senão pela lei;

porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”.

(Romanos 7:7). Em outras palavras, Paulo não teria conhecimento do pecado se a lei

não informasse o que o Senhor Deus considera pecado.

A verdade é que a lei não salva ninguém, mas ninguém que tenha aceitado a

graça poderá ser salvo sem observar a lei, porque o pecado é a transgressão da lei e o

salário do pecado é a morte eterna do pecador, estando ou não debaixo da graça.

23ª Razão

PAULO ENSINA QUE A FÉ NÃO ANULA A LEI, MAS PELO CONTRÁRIO, A

FÉ ESTABELECE A LEI NA VIDA DO CRISTÃO.

“Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a

lei”. (Romanos 3:31).

Na passagem bíblica em consideração, o apóstolo Paulo faz uma pergunta

retórica: “Anulamos, pois, a lei pela fé?” E, ele mesmo responde: “De maneira

nenhuma”.

Paulo mostra claramente que a fé não é incompatível com a observância da lei.

Seu ensino salutar é que a fé do cristão não anula a prática dos Dez Mandamentos. O

que é anulado pela fé no sangue remidor de Cristo é o pecado, e não a lei. A lei

simplesmente aponta para o pecado, mas ela mesma e sua observância não são pecado.

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22 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Eis o que diz o apóstolo Paulo: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum

(Romanos 7:7).

A fé e as obras da lei andam de mãos dadas. A fé sem as obras é morta e as obras

sem a fé é legalismo. Uma fé verdadeiramente viva é aquela acompanhada de obras. Eis

a razão pela qual a fé não anula a lei, mas na realidade a lei é estabelecida na vida de fé

do cristão.

Antes de sua conversão, o homem vive na transgressão da lei: Ele desonra pai e

mãe, comete adultério, furta, diz falso testemunho, cobiça etc. Porém, quando esse

homem se converte na fé de Cristo, ele passa a andar em novidade de vida. Agora, mais

do que nunca, a lei é estabelecida em sua natureza espiritual. A partir de sua conversão,

mais do que nunca, o homem passará a cumprir os mandamentos da lei: “Não matarás,

não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua

mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 19:18-19).

24ª Razão

TODOS QUE NASCERAM DE NOVO GUARDAM OS ESTATUTOS E JUÍZOS

DIVINOS.

“E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei

o coração de pedra da vossa carne, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de

vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e

os observeis”. (Ezequiel 36:26-27).

Todos que nascem de novo recebem da parte de Deus um “coração novo” e

passam a andar em novidade de vida. O Senhor Deus também implanta um “espírito

novo” e todos que nasceram de novo manifestam em seu viver uma natureza espiritual,

que até então não possuíam.

A promessa divina para aquele que nascer de novo é que o Senhor tirará o seu

“coração de pedra”, que caracterizava a sua natureza carnal, que andava em rebelião

contra a vontade do Senhor. No lugar do “coração de pedra” o Senhor dará ao que

nascer de novo um “coração de carne”, que caracterizará a nova natureza do crente,

tornando-o um ser humano mais sensível ao sofrimento do próximo.

O Senhor Deus também promete que colocará dentro daquele que nascer de

novo o Seu Espírito. Somente nessas condições aquele que nascer de novo passará a

andar observando os estatutos e juízos divinos, “porquanto a inclinação da carne é

inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.

Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”. (Romanos 8:7-8).

A lei de Deus é espiritual, e por ser espiritual, ela é escrita no coração do crente.

Eis o que diz a Bíblia Sagrada: “Porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu

coração as escreverei” (Hebreus 8:10). Todo aquele que nasceu de novo tem a lei de

Deus em seu coração.

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23 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

25ª Razão

OS CRISTÃOS QUE ESTÃO DEBAIXO DA GRAÇA DIVINA E QUE

PRATICAM A LEI HÃO DE SER JUSTIFICADOS.

“Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus: mas os que praticam

a lei hão de ser justificados”. (Romanos 2:13).

Paulo afirma que os cristãos que ouvem a lei, mas não a pratica, são injustos

diante de Deus. Porém, os que a praticam, hão de ser justificados. “Todo aquele, pois,

que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelha-lo-ei ao homem prudente, que

edificou a sua casa sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e as não

cumpre, compara-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia”

(Mateus 7:24 e 26).

Em várias passagens bíblicas Paulo ensina que o homem é justificado

unicamente pela graça mediante a fé; então por que agora ele afirma que “os que

praticam a lei hão de ser justificados”? Estaria Paulo sendo incoerente?

Não, Paulo não está sendo contraditório! O homem realmente é justificado

somente pela fé; todavia, os cristãos que “não” praticam a lei serão condenados “porque

pela lei vem o conhecimento do pecado” e “o salário do pecado é a morte” (Romanos

3:20; 6:23). “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas

aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Além disso,

sem santificação na Palavra de Deus (João 17:17) “ninguém verá o Senhor” (Hebreus

12:14). Eis a razão pela qual aqueles que são justificados de seus pecados pelo sangue

de Cristo, mas que procuram evitar o pecado praticando a lei hão de ser justificados em

juízo. De nada adianta viver pela fé, se não existe obediência à lei, especialmente

porque somos salvos pela graça, mediante a fé, mas julgados pelas obras.

26ª Razão

OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI PORQUE ELA CONTINUA EM VIGOR,

HAJA VISTA QUE ONDE NÃO HÁ LEI TAMBÉM NÃO HÁ

TRANSGRESSÃO.

“Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há

transgressão”. (Romanos 4:15).

Toda e qualquer lei para ser eficaz necessita estar atrelada a uma penalidade a

ser aplicada aos transgressores. Uma lei sem penalidade é imprestável para o seu

objetivo. Até mesmo no Jardim do Éden havia lei, a qual também tinha uma penalidade

(Gênesis 2:16-17; I Timóteo 2:14). Assim igualmente, a lei divina tem uma penalidade.

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24 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

A Bíblia Sagrada afirma que “a lei opera a ira”. Ocorre que a palavra “ira” aplicada

como atributo de Deus ou à lei tem sempre o sentido de “condenação”.

A lei condena o transgressor à morte eterna “porque o pecado é a transgressão da

lei” (I João 3:4) e “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Esta é a “ira”

operada pela lei de Deus: a morte do pecador.

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo deixa claro que “onde não há lei também

não há transgressão”. Ora, supondo que a lei tenha sido abolida, então não há nenhum

mandamento para ser transgredido “porque onde não há lei também não há

transgressão”.

Os apóstolos de Jesus foram unânimes em ensinar que “o pecado é a

transgressão da lei” (I João 3:4). Em outras palavras: “Se tu pois não cometeres

adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei” (Tiago 2:11). Como o pecado

continua existindo, então é porque ainda há transgressão da lei. Logo, a lei não foi

abolida, caso contrário não haveria mais pecado no mundo “porque onde não há lei

também não há transgressão”. Nada mais simples, claro é lógico!

27ª Razão

A LEI CONTINUA VIGORANDO PORQUE O PECADO NÃO PODERIA SER

IMPUTADO, NÃO HAVENDO LEI.

“Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não

havendo lei”. (Romanos 5:13).

Na passagem bíblica em questão o apóstolo Paulo está afirmando que até o

momento em que a lei foi dada no monte Sinai, havia pecado no mundo. Tanto é

verdade que Adão pecou contra o Senhor (Romanos 5:14); Caim pecou matando seu

irmão Abel (Gênesis 4:8); os antediluvianos pecaram cometendo grandes atrocidades

(Gênesis 6:5; 11-12;); os habitantes de Sodoma e Gomorra eram grandes pecadores

contra o Senhor (Gênesis 13:13) etc.

Ocorre que os pecados desses indivíduos jamais poderiam ser-lhes imputados,

caso não houvesse lei, porque “o pecado não é imputado, não havendo lei”. Porém,

sabemos que todos esses indivíduos foram considerados culpados pelos seus atos

pecaminosos e sofreram as consequências do juízo divino. Portanto, o seus pecados

foram-lhes imputados. Isto somente seria possível caso a lei estivesse vigorando antes

do Sinai.

Nos dias de hoje, falsos ministros ensinam que a lei foi abolida. Ora, não

havendo lei, o pecado não poderia ser imputado a ninguém. Todavia, o pecado continua

sendo imputado aos transgressores da lei. Tanto é verdade, que o Espírito Santo

convence o mundo do pecado (João 16:8). Ele jamais poderia realizar essa obra caso a

lei tivesse sido abolida, porque “o pecado não é imputado, não havendo lei”.

Resumindo. O pecado não poderia ser imputado a ninguém, caso não houvesse

lei. Todavia, a existência do pecado atesta a existência da lei, porque “o pecado não é

imputado, não havendo lei”.

Page 25: 90 razoes para guardar o sabado

25 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

28ª Razão

OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI DE DEUS PORQUE O SALÁRIO DO

PECADO É A MORTE.

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida

eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. (Romanos 6:23).

Quando Adão e Eva pecaram, transgredindo o mandamento divino, eles

receberam a remuneração que o seu pecado merecia: a morte. As consequências da

transgressão de Adão e Eva atingiram todas as pessoas porque, muito embora Deus

perdoe os pecados, Ele não elimina suas consequências.

O homem foi condenado à morte eterna devido aos efeitos do pecado de Adão e

Eva. Porém, Jesus Cristo veio ao mundo e morreu pelos nossos pecados, para que no dia

em que nEle crêssemos, pudéssemos receber o perdão e a vida eterna. O pecador

arrependido e justificado pelo sangue do Cordeiro de Deus, tem como galardão a vida

eterna. Todavia, caso venha a cometer pecado do qual não se arrependa pela graça, ele

terá como salário a morte eterna. Nesta situação, a graça não lhe seria de nenhum

proveito.

Conforme o versículo mencionado, a remuneração pelo pecado é a morte do

pecador, “mas o pecado não é imputado, não havendo lei” (Romanos 5:13) porque “o

pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4). Caso a lei tivesse sido abolida, então não

haveria mais morte porque o pecado não poderia mais ser imputado a quem quer que

seja.

Paulo afirma categoricamente que “o salário do pecado é a morte” (Romanos

6:23). Porém, “o pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4) e “onde não há lei também

não há transgressão” (Romanos 4:15). Caso a lei tivesse sido abolida, então não haveria

mais morte porque não mais haveria transgressão.

29ª Razão

OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI PORQUE, ALÉM DE NÃO SER PECADO, A

LEI TAMBÉM MOSTRA AO HOMEM O QUE É PECADO.

“Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum: mas eu não conheci o

pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não

dissesse: Não cobiçarás”. (Romanos 7:7).

A lei e sua prática pelos cristãos não constituem em pecado: “Que diremos

pois? É a lei pecado? De modo nenhum”, proclama o doutor dos gentios.

Paulo enfatiza que o conhecimento do pecado vem pela lei. Num texto paralelo

ele advoga: “Porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Ele

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26 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

testifica: “Eu não conheci o pecado senão pela lei” (Romanos 7:7). Logo, está claro que

uma das funções da lei consiste em trazer ao homem o conhecimento do pecado.

Ninguém teria como saber que “concupiscência” é pecado, se no décimo

mandamento do decálogo não estivesse escrito: “não cobiçarás”. Portanto, como cobiçar

é pecado, então concluímos que a lei continua vigorando; caso contrário, a cobiça não

poderia ser considerada pecado.

Para mostrar a qual lei estava se referindo, Paulo fez questão de citar, a título de

exemplo, um dos mandamentos do decálogo: “não cobiçarás”. É evidente que a citação

de um dos mandamentos do decálogo não exclui os demais, posto que a referida citação

não é taxativa, mas exemplificativa. Mesmo porque o mandamento não se resume

somente em “não cobiçarás”, mas em “não cobiçarás a casa do teu próximo, não

cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi,

nem o seu jumento, nem cousa alguma do teu próximo” (Êxodo 20:17).

30ª Razão

AQUELES QUE ESTÃO NA CARNE MANIFESTAM UMA INIMIZADE

CONTRA DEUS PORQUE A CARNE NÃO ESTÁ SUJEITA À LEI DE DEUS.

“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à

lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem

agradar a Deus”. (Romanos 8:7-8).

Paulo afirma que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus”. Todos

descendentes de Adão nascem com uma natureza propensa para a prática do pecado.

Devido a essa natureza carnal, todos vêm ao mundo com um espírito de “inimizade

contra Deus”.

A inclinação carnal do ser humano não se submete aos mandamentos da lei de

Deus, porque são coisas antagônicas. A natureza carnal está em aberta oposição aos

mandamentos da lei de Deus. Eis a razão pela qual “aquele que não nascer de novo, não

pode ver o reino de Deus” (João 3:3).

A lei de Deus exige obediência, mas o coração natural do homem está em

rebelião contra Deus. Todos que rejeitam a lei de Deus manifestam em sua atitude que

ainda estão vivendo na carne.

A inclinação da carne é oposta à inclinação do espírito. Como Paulo diz que “a

inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus”; então,

podemos concluir que “a inclinação do espírito é amizade a Deus, pois é sujeita à lei de

Deus”. Isto mostra que a lei de Deus está vigorando, até mesmo para os que estão

vivendo no espírito.

Todos que não nascerem de novo jamais se sujeitarão à lei de Deus. É por essa

razão que aqueles “que estão na carne não podem agradar a Deus”.

Page 27: 90 razoes para guardar o sabado

27 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

31ª Razão

SOMENTE AQUELES QUE NASCERAM DE NOVO PODEM GUARDAR A

LEI DE DEUS.

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que

não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (João 3:3)

Jesus ensinou que todos precisam nascer de novo, caso contrário não podem ver

o reino de Deus. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”

(Romanos 3:23). O nascimento natural do ventre materno é chamado nas Escrituras de

nascimento carnal. Foi por isso que Jesus disse: “O que é nascido da carne é carne”

(João 3:6). “Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus,

porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem

espiritualmente” (I Coríntios 2:14).

A natureza carnal é o estado espiritual decaído do ser humano. Todos nascem

propensos para a prática do pecado: “Eis que em iniquidade fui formado” (Salmos

51:5). “Alienam-se os ímpios desde a madre” (Salmos 58:3). “Que é o homem, para que

seja puro?” (Jó 15:14). “Quem do imundo tirará o puro? Ninguém”. (Jó 14:4). Em

princípio, o novo nascimento é um avivamento das faculdades espirituais, que passam a

crer na veracidade da Palavra de Deus.

A Bíblia ensina que o homem em seu estado decaído não consegue guardar a lei

de Deus porque a lei se opõe à sua natureza carnal. Essa é uma das razões pela qual ele

precisa nascer de novo. “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal,

vendido sob o pecado” (Romanos 7:14). “Porquanto a inclinação da carne é inimizade

contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os

que estão na carne não podem agradar a Deus” (Romanos 8:7-8).

32ª Razão

NO NOVO CONCERTO A LEI DE DEUS CONTINUA VIGORANDO, MAS NO

CORAÇÃO DO CRISTÃO E NO SEU ENTENDIMENTO.

“Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei

as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta”.

(Hebreus 10:16).

Todos que nascerem de novo participarão do concerto feito pelo Senhor com

Seu povo. Os fieis terão as leis de Deus colocadas “em seus corações” e escritas “em

seus entendimentos”. Nesse contexto, “coração” e “entendimento” são conceitos

diferentes. Ter a lei de Deus colocada no coração significa tê-la na mente, mas

envolvendo as faculdades emocionais. Ter a lei de Deus escrita no entendimento

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28 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

também significa tê-la na mente, mas envolvendo as faculdades racionais. Isso se tornou

possível com o sacrifício do “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João

1:29).

Na vigência do Antigo Concerto de expiação de pecados pelo sangue de animais,

a lei de Deus não era devidamente observada pelos adoradores, porque ela não estava

em seu coração ou em seu entendimento. Eles praticavam a lei no pé da letra, sem a

devida compreensão do seu significado. Porém, no Novo Concerto de expiação de

pecados pelo sangue de Cristo, a lei de Deus é colocada no coração e escrita na

compreensão dos adoradores.

O Antigo Concerto mudou para o Novo Concerto; a antiga lei do sacerdócio

levítico mudou para a lei do sacerdócio de Cristo. Porém, a lei de Deus vigorou no

Antigo Concerto e continua vigorando no Novo Concerto, posto que seja uma lei moral

e espiritual (Romanos 7:14), à qual deve sujeitar-se todos que nasceram de novo

(Romanos 8:7).

33ª Razão

O CRISTÃO TORNA-SE TRANSGRESSOR DA LEI QUANDO TROPEÇA

NUM ÚNICO PONTO DOS DEZ MANDAMENTOS.

“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se

culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse:

Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor

da lei”. (Tiago 2:10-11).

A lei de Deus é constituída por dez mandamentos, que foram escritos em duas

tábuas de pedra (Deuteronômio 4:13). A transgressão de qualquer um dos mandamentos

do decálogo – inclusive do sábado – implica na transgressão da lei. Eis a prova bíblica:

“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado

de todos”.

Para mostrar a qual lei estava se referindo Tiago citou dois mandamentos do

decálogo: “Não cometerás adultério” e “Não matarás”. A citação desses dois

mandamentos não excluiu os demais, haja vista que se trata de uma relação

exemplificativa e não taxativa.

Não adianta guardar nove mandamentos se você estiver quebrando o

mandamento do sábado. Nesse caso, seria como se não tivesse guardado nenhum. “Se tu

pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei”.

Parafraseando Tiago pode-se escrever: “Porque qualquer que guardar toda a lei,

e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não

farás para ti imagem de escultura, também disse: Lembra-te do dia do sábado, para o

santificar. Se tu pois não faz para ti imagem de escultura, mas transgrides o sábado,

estás feito transgressor da lei”. O mesmo raciocino vale para os demais mandamentos

do decálogo.

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29 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

34ª Razão

O CRISTÃO GUARDA A LEI DE DEUS PORQUE O PECADO É DEFINIDO

PELA BÍBLIA SAGRADA COMO TRANSGRESSÃO DA LEI.

“Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei. Porque o pecado é

a transgressão da lei”. (I João 3:4).

O Novo Testamento define o pecado como sendo transgressão da lei. Não

poderia ser de outro modo, haja vista que “pela lei vem o conhecimento do pecado”

(Romanos 3:20). Com relação a esse assunto, o apóstolo Paulo declarou: “Eu não

conheci o pecado senão pela lei” (Romanos 7:7).

A transgressão de qualquer mandamento da lei de Deus é pecado: “Porque

qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de

todos... estás feito transgressor da lei” (Tiago 2:10-11). Bem sabemos que “o salário do

pecado é a morte” (Romanos 6:23). Portanto, a transgressão da lei tem como penalidade

a morte eterna do transgressor porque “o pecado, sendo consumado, gera a morte”

(Tiago 1:15). “Ora o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I

Coríntios 15:56).

Admitindo a absurda suposição de que a lei foi abolida, então a que lei o

evangelista estaria se referindo? Se a lei foi abolida, então porque ainda existe pecado

no mundo? Caso os dez mandamentos tenham sido abolidos, então porque em nenhum

lugar das Escrituras encontramos Jesus ou os apóstolos expondo tal doutrina? A

resposta é muito simples: A lei dos dez mandamentos jamais foi abolida. Muito pelo

contrário, os dez mandamentos foram repetidos por preceito e exemplo por Jesus e pelos

santos apóstolos.

35ª Razão

O CRISTÃO CONSEGUE GUARDAR A LEI PORQUE ELE PODE TODAS AS

COISAS NO SENHOR.

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Filipenses 4:13).

O cristão que diz ser impossível ao homem guardar a lei de Deus está negando

as palavras bíblicas pronunciadas pelo apóstolo Paulo: “Posso todas as coisas naquele

que me fortalece”. Por ter nascido de novo, o cristão não vive mais para satisfazer os

desejos da carne, razão pela qual ele é fortalecido no espírito e pode guardar os dez

mandamentos, inclusive o dia do sábado.

A recíproca também é verdadeira. Quem não nasceu de novo ainda está vivendo

para satisfazer os desejos da carne. Evidentemente não terá força espiritual para guardar

os dez mandamentos porque a natureza carnal não é sujeita à lei de Deus. Os cristãos

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30 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

seriam incoerentes, caso dissessem que podem todas as coisas naquele que os fortalece,

mas dissessem que é impossível ao crente guardar os dez mandamentos.

É claro que, separados de Cristo, nenhum ser humano tem poder para vencer o

pecado e guardar a lei de Deus. Foi Jesus quem disse: “porque sem mim nada podeis

fazer” (João 15:5). Aqueles que não nasceram de novo estão em rebelião contra a lei de

Deus, simplesmente porque a natureza carnal do homem está em conflito com a

espiritualidade da lei. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois

não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Romanos 8:7-8).

Para o cristão nascido de novo a promessa de Deus é a seguinte: “Porei as

minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos” (Hebreus 10:16).

Somente a partir de então, é que o cristão pode guardar a lei de Deus.

36ª Razão

O ANTIGO TESTAMENTO FOI ESCRITO PARA ENSINO DOS CRISTÃOS.

NELE ENCONTRA-SE O ENSINO DO MANDAMENTO DO SÁBADO.

“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que pela

paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”. (Romanos 15:4).

Em seus escritos, o apóstolo Paulo remeteu os cristãos ao estudo das

“Escrituras”. Porém, as Escrituras que ele estava se referindo eram as do Antigo

Testamento; as únicas até então produzidas.

Paulo diz que “tudo que dantes foi escrito” – uma clara referência ao Antigo

Testamento – “para nosso ensino foi escrito”. Ocorre que no Antigo Testamento

encontra-se o mandamento ordenando a santificação do sábado. Destarte, todos os

cristãos guardavam o sábado, conforme o ensino.

O Antigo Testamento, além de ensinar o cristão a guardar o sábado, também

ensina sobre os dízimos e as ofertas. Ensina que o cristão a comprovar que Deus é bom

e que abrirá as janelas do céu e derramará uma bênção que trará maior abastança ao que

for fiel na devolução dos dízimos e das ofertas (Malaquias 3:10).

É no Antigo Testamento que o cristão encontra o mandamento proibindo o

politeísmo, o culto de imagens, o uso indevido do nome de Deus, o adultério, o furto, o

assassinato, o falso testemunho (Êxodo 20:3-17).

Por meio do Antigo Testamento o cristão passa a conhecer a grandiosa obra da

criação do mundo, a queda do homem, o maravilhoso plano da salvação, as profecias

sobre a vinda do Messias etc.

As Escrituras, conhecidas como Antigo Testamento, trazem paciência e

consolação à vida do cristão. Isso faz com que todos tenham esperança no porvir.

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31 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

37ª Razão

JESUS CRISTO MOSTROU QUE A LEI DEVE SER OBSERVADA, MAS

IMBUIDA DO AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO.

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda

a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o

segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Mateus

22:35-37).

Ignorando os claros ensinos das Escrituras Sagradas, alguns afirmam que Jesus

Cristo substituiu os Dez Mandamentos do Antigo Testamento por outros dois novos

mandamentos, mais fáceis de serem guardados.

Infelizmente essas pobres mentes desconhecem que os dois “novos

mandamentos” também foram dados no Antigo Testamento, tanto quanto foram dados

os Dez Mandamentos (Levítico 19:18; Deuteronômio 6:5).

A verdade é que os dois grandes mandamentos que Jesus extraiu do Antigo

Testamento são princípios basilares e norteadores da lei de Deus. O amor, por ser um

sentimento subjetivo, está consubstanciado nos preceitos do decálogo.

Os Dez Mandamentos nada mais são do que uma extensão materializada dos

dois grandes mandamentos: Amor a Deus e amor ao próximo. Os primeiros quatro

mandamentos do decálogo concretizam o nosso amor para com Deus e os seis últimos

concretizam o nosso amor para com o próximo.

Jesus deixou claro que a correta observância da lei está atrelada aos dois grandes

mandamentos. Eis a prova bíblica: “Destes dois mandamentos depende toda a lei e os

profetas” (Mateus 22:40). Portanto, longe de anular a lei, Jesus

Cristo a complementou com o princípio do amor a Deus e do amor ao próximo.

38ª Razão

OS CRISTÃOS GUARDAM O SÁBADO PORQUE, CONFORME A BÍBLIA

SAGRADA, O SÁBADO É O DIA DO SENHOR.

“Se desviares o teu pé do sábado, de fazer a tua vontade no meu santo dia, e se

chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares não

seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as

tuas próprias palavras”. (Isaías 58:13)

Biblicamente falando, o “sábado” é conhecido desde tempos imemoriais como

“dia do Senhor”. Nenhuma referência a esse respeito é feita pela Bíblia Sagrada sobre o

domingo, o qual para concorrer com o sábado bíblico, também passou a ser chamado

“pelos homens” de dia do Senhor.

Page 32: 90 razoes para guardar o sabado

32 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

O versículo bíblico em análise é muito rico em informações espirituais,

especialmente sobre a maneira como o sábado do Senhor deve ser observado pelos Seus

verdadeiros adoradores. A passagem bíblica em questão deixa claro que pisamos o

sábado quando realizamos a nossa própria vontade nesse santo dia do Senhor. As nossas

próprias vontades são os nossos interesses particulares seculares.

A mensagem bíblica em questão esclarece que o sábado deve ser visto pelos

adoradores como um dia deleitoso, um dia agradável, aprazível, delicioso e gostoso de

ser observado. Isaías ainda ensina que o sábado deve ser visto como um dia digno de

honra e que deve ser honrado. Para honrar o dia do Senhor devemos evitar a prática de

três coisas durante as horas sagradas do sábado: 1ª) Não devemos seguir nossos

caminhos. 2ª) Nem fazer a nossa própria vontade. 3ª) Nem falar as nossas próprias

palavras. Evitando a prática dessas três coisas estaremos honrando o dia do Senhor.

39ª Razão

O “SANTO DIA DO SENHOR” TAMBÉM É CHAMADO DE “SANTO

SÁBADO DO SENHOR”.

“E ele disse-lhes: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, o santo

sábado do Senhor: o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em

água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para vós até amanhã”.

(Êxodo 16:23).

Quatro acontecimentos distintos caracterizaram a relação do sábado com a

queda do maná: 1º) O maná guardado de um dia para o outro, durante os seis dias de

atividade secular, apodrecia e criava bichos (Êxodo 16:20). 2º) O maná guardado no

sexto dia para o sábado não apodrecia e nem criava bichos (Êxodo 16:24). 3º) No sexto

dia a porção de maná recolhida pelo povo era dobrada (Êxodo 16:22, 29). 4º) O maná

não caia do céu no sábado, embora caísse nos demais dias da semana (Êxodo 16:25-26).

Com o fenômeno sobrenatural da queda do maná, o Senhor disciplinou o Seu

povo na observância do sábado. Durante quarenta anos ininterruptamente o povo

presenciou aquele milagroso acontecimento. Testemunhou sua misteriosa cessação no

sábado. O ciclo de interrupção da queda do maná no sábado inculcou no povo a

periodicidade do sábado semanal. Não era um dia qualquer em sete, mas era

precisamente o sétimo dia da semana.

O incidente da queda do maná ocorrido antes do Monte Sinai, atesta claramente

a existência do sábado antes mesmo da promulgação da lei. Esse dia é conhecido como

“santo dia do Senhor” (Isaías 58:13) porque Moisés, divinamente inspirando, designou

tal dia como “santo sábado do Senhor” (Êxodo 16:23).

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33 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

40ª Razão

NAS ESCRITURAS SAGRADAS O “DIA DO SENHOR” É DESIGNADO POR

“SÁBADO DO SENHOR”.

“Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra,

nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal

nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas”. (Êxodo 20:10).

O sábado também é conhecido nas Escrituras Sagradas como “dia do Senhor”

porque em várias ocasiões Moisés definiu o sétimo dia da semana como sendo o

“sábado do Senhor”.

O dia do sábado é chamado de “sábado do Senhor” na seguinte passagem:

Êxodo 16:25.

O sétimo dia da semana é designado como “sábado do Senhor” nas seguintes

passagens: Êxodo 20:10; Levítico 23:3 e Deuteronômio 5:14.

Com fundamento nessas passagens, o Senhor falando pela boca do profeta

Isaías, chamou o sábado de “meu santo dia” e “santo dia do Senhor” (Isaías 58:13).

Como criador de todas as coisas (João 1:3; Colossenses 1:16-17), Jesus Cristo

afirmou que “o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mateus 12:8).

Pautando-se unicamente pelos maciços ensinos das Escrituras Sagradas, o

apóstolo João declarou: “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor” (Apocalipse

1:10).

As Escrituras Sagradas reconhecem em suas gloriosas páginas apenas um dia

como sendo o “dia do Senhor”. Esse dia não é o domingo, mas trata-se do dia designado

por Deus nas Escrituras Sagradas pelo nome de sábado, o sétimo dia da semana.

41ª Razão

O SÁBADO É O “DIA DO SENHOR” PORQUE O SENHOR DISSE QUE ELE

“ATÉ DO SÁBADO É SENHOR”.

“Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor”. (Mateus 12:8).

O sábado é o “dia do Senhor” porque Jesus afirmou que até do sábado Ele é

Senhor. “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou” (João

13:13). Portanto, o sábado não pertence ao judeu, mas a Jesus Cristo: o Senhor do

sábado.

O título “Senhor” designa aquele que é o proprietário, o dono absoluto da coisa,

o soberano e dominador. Logo, Jesus como “Senhor” do sábado é o proprietário, o dono

absoluto do sábado. Nada mais simples, claro e lógico!

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34 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

O sábado foi criado por Jesus porque “nele foram criadas todas as coisas que há

nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam

principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1:16).

Jesus é o Senhor do sábado porque “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada

do que foi feito se fez” (João 1:3). O sábado não teria vindo à existência se Jesus não o

houvesse criado.

Como Senhor do sábado, Jesus condenou as tradições humanas que os judeus

haviam impingido na observância desse dia. Ele fez questão de afrontar o legalismo que

os fariseus haviam embutido na guarda do sábado. Como Senhor do sábado, Jesus

ensinou aos Seus discípulos a maneira correta de observar esse dia. Destarte, o homem

não possui poder ou autoridade para mudar qualquer coisa do sábado, muito menos

trocar o próprio dia do sábado por outro dia.

42ª Razão

JOÃO FOI ARREBATADO EM ESPÍRIO NO DIA DO SENHOR. PORÉM O

DIA DO SENHOR É O SÁBADO.

“Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma

grande voz, como de trombeta”. (Apocalipse 1:10).

João diz que ele teve um arrebatamento dos sentidos no “dia do Senhor”. Para

muitas pessoas que leem, mas não estudam as Escrituras Sagradas, o mencionado dia do

Senhor é o domingo. Mas essa débil interpretação é por conta e risco desses leitores

superficiais e mal informados.

O Universo do cristão gira em torno da Bíblia Sagrada. Porém, desprezando esse

princípio, alguns interpretam muitas passagens bíblicas com base em conceitos

“extrabíblicos”. Assim, eles supõem que o “dia do Senhor” é uma referência ao

domingo, simplesmente porque etimologicamente a palavra “domingo” quer dizer “dia

do Senhor”.

O problema dessa interpretação secular são vários: 1º) Por ser de origem latina, a

palavra “domingo” jamais constou nas Escrituras Sagradas porque elas foram escritas

em hebraico, aramaico e grego. 2º) A palavra “dia do Senhor” mencionada no

Apocalipse não faz referência explicita a qualquer dia da semana. 3º) As Escrituras

Sagradas sempre designaram o primeiro dia da semana pelo numeral ordinal “primeiro”.

4º) Em nenhum lugar as Escrituras Sagradas empregam a expressão “dia do Senhor”

para designar o primeiro dia da semana. 5º) As Escrituras Sagradas sempre empregam a

expressão “dia do Senhor” para designar o sétimo dia da semana, conhecido como

sábado. Portanto, temos que admitir que o “dia do Senhor”, mencionado no Apocalipse,

é uma clara alusão ao dia do “sábado”.

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35 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

43ª Razão

A ARCA DO CONCERTO, CONTENDO A LEI DE DEUS, FOI VISTA NO CÉU.

“E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu

templo: e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva”.

(Apocalipse 11:19).

Arrebatado numa de suas extraordinárias visões apocalípticas, o apóstolo João

declara que a arca do concerto foi vista no Santuário Celestial. Sabemos que “na arca

não havia senão somente as duas tábuas” (II Crônicas 5:10).

O conteúdo registrado nas “duas tábuas”, que foram colocadas no interior da

arca do concerto, não foram escritos por Moisés, mas “aquelas tábuas eram obra de

Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas” (Êxodo

32:16). Diferentemente das demais leis registradas por Moisés num livro, as duas tábuas

de pedra foram “escritas pelo dedo de Deus” (Êxodo 31:18). Portanto, não eram leis de

Moisés, mas de Deus.

As palavras registradas nas duas tábuas de pedra foram chamadas de “Dez

Mandamentos”: “Então vos anunciou ele o seu concerto que vos prescreveu, os dez

mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra”. “Então escreveu nas tábuas,

conforme à primeira escritura, os dez mandamentos” (Deuteronômio 4:13; 10:4).

O santuário terrestre era dividido em dois compartimentos. O primeiro era

chamado de “santo” e o segundo de “santo dos santos”. A arca do concerto foi colocada

no segundo compartimento do santuário: “Mas depois do segundo véu estava o

tabernáculo que se chama o santo dos santos. Que tinha o incensário de ouro, e a arca do

concerto” (Hebreus 9:3-4).

44ª Razão

A VERDADEIRA IGREJA É AQUELA QUE GUARDA OS MANDAMENTOS

DE DEUS.

“E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente,

os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”.

(Apocalipse 12:17).

Na simbologia apresentada no livro do Apocalipse, o signo do “dragão” é o

símile de Satanás, e o signo da “mulher” é o símile da Igreja. Portanto, o texto deixa

claro que Satanás irou-se contra a Igreja.

Em conformidade com as profecias, Satanás esteve irado contra a verdadeira

Igreja durante um período de mil duzentos e sessenta anos (538-1798). Porém, quando

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36 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

terminou esse período, sua ira intensificou-se a tal ponto, que foi fazer guerra ao

restante da Igreja de Deus.

Esse fiel remanescente da Igreja de Cristo está preparado para o conflito final,

que culminará com a segunda vinda de Cristo e com o fim do mundo. Os remanescentes

são identificados por dois requisitos “guardam os mandamentos de Deus e tem o

testemunho de Jesus Cristo”.

Pelo contexto, em Apocalipse 11:19, os mandamentos de Deus são uma clara

referência aos Dez Mandamentos, que foram escritos pelo dedo de Deus em duas tábuas

de pedra (Êxodo 31:18; 34:28; Deuteronômio 4:13; 9:11: 10:4) e colocados no interior

da arca do concerto (II Crônicas 5:10).

Os remanescentes são identificados dessa maneira porque nenhuma outra facção

religiosa poderia preencher legitimamente esses dois requisitos. Nos dias de hoje, o

mundo cristão está insurgindo-se contra os mandamentos de Deus, para num futuro

levantar-se contra as pessoas que os guardam, especialmente o sábado.

45ª Razão

OS SANTOS GUARDARM OS MANDAMENTOS DE DEUS.

“Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos

de Deus e a fé de Jesus”. (Apocalipse 14:12).

É interessante observar que o livro do Apocalipse chama de “santos” todos

aqueles que possuem a fé de Jesus e guardam os mandamentos de Deus. Conforme

Apocalipse 11:19, os “mandamentos de Deus” é uma clara referência aos Dez

Mandamentos.

A mensagem de Apocalipse 14:12 está inserida dentro do contexto da

admoestação do terceiro anjo, o qual adverte o mundo sobre a condenação divina contra

o sinal da besta.

O contraste entre as duas mensagens é evidente! Enquanto a condenação divina

paira sobre aqueles que recebem o sinal da besta; os santos do Altíssimo recusam

perseverantemente receber esse sinal, e permanecem firmes na guarda dos

mandamentos de Deus, santificando o sábado.

Pelas Escrituras Sagradas o sábado é o sinal de Deus (Ezequiel 20:12; 20),

enquanto que o sinal da besta (Apocalipse 13:17; 14:9; 15:2; 16:2; 20:4) é uma

contrafação do sinal de Deus. Como o sábado é um dia da semana, então a contrafação

do sábado também tem que ser um dia da semana.

Ora, o único dia da semana que reivindica a santidade do sábado é o domingo.

Porém, como o domingo é observado por tradição e o sábado por mandamento divino,

fica claro que o domingo é o sinal da besta. Agora a mensagem do terceiro anjos está

mais evidente: enquanto que os adoradores da besta e de sua imagem observam o sinal

da besta, conhecido como domingo, os santos fazendo oposição ao sinal da besta,

observam o sinal de Deus conhecido como sábado.

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37 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

46ª Razão

OS CRISTÃOS QUE PRATICAM A LEI HÃO DE SER JUSTIFICADOS.

“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas. Porque todos os que sem

lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão

julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus: mas os que

praticam a lei hão de ser justificados”. (Romanos 2:11-13).

Deus não faz acepção de pessoas por suas classes sociais, raças, culturas,

nações, línguas, povos etc. Na verdade são as pessoas quem escolhem estar ou não com

Deus.

“Todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão”. As pessoas que

viveram sem o conhecimento da lei e vieram cometer pecados também sem lei

perecerão “porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).

“Todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados”. Nesta passagem, a lei

mostra-se como norma de julgamento. Aqueles que viveram com o conhecimento da lei

e mesmo assim cometeram pecados, então pela lei serão julgados em juízo porque “o

aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Coríntios 15:56).

“Os que ouvem a lei não são justos diante de Deus”. Os que conhecem a lei,

mas não a pratica, não são tidas como justas diante de Deus, e serão condenadas em

juízo porque como transgressoras da lei recebem o salário do pecado.

“Os que praticam a lei hão de ser justificados”. Os crentes são salvos pela

graça, mediante a fé e julgados pelas obras, porque a fé sem obras é morta e o pecado é

transgressão da lei. Portanto, todos que foram justificados pela fé em Cristo e que

praticam a lei hão de ser justificados em juízo.

47ª Razão

TODOS TÊM O DEVER DE TEMER A DEUS E GUARDAR OS SEUS

MANDAMENTOS.

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus

mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a

juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau”.

(Eclesiastes 12:13-14)

Divinamente inspirado pelo Espírito Santo (II Pedro 1:20-21; II Timóteo 3:16-

17), o sábio rei Salomão afirmou categoricamente que todo homem tem o dever de

temer a Deus e guardar os Seus mandamentos.

Page 38: 90 razoes para guardar o sabado

38 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Nesse versículo, a expressão “temer” não se refere ao ato do homem ter medo,

pavor, terror ou pânico de Deus. Mas trata-se de um nobre sentimento de respeito

reverencial por Deus. Esse espírito de temor a Deus leva o homem a ser obediente e a

guardar os Seus mandamentos.

Evidentemente a admoestação de Salomão abrange todos os homens de todas as

épocas e nações, haja vista que ninguém está dispensado de temer a Deus. Diante disso,

fica claro que todos os homens também têm a obrigação de guardar os Mandamentos de

Deus, tanto quanto a de temer a Deus.

Outra razão dada por Salomão, pela qual os homens de todas as nações e épocas

têm o dever de temer a Deus e guardar os Seus mandamentos, é que Deus trará a juízo

todas as obras. Como nenhum homem está dispensando de passar pelo juízo divino,

então todos têm a obrigação de temer a Deus e guardar os Seus mandamentos. No juízo

divino nenhuma obra praticada pelos homens permanecerá desconhecida, quer sejam

obras boas ou obras más, mesmo que tenham sido realizadas escondidas ou

abertamente.

48ª Razão

PAULO DECLAROU QUE JAMAIS TRANSGREDIU QUALQUER

MANDAMENTO DA LEI.

“Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos

judeus, nem contra o templo, nem contra César”. (Atos 25:8).

Paulo jamais foi contra a lei dos judeus, muito menos contra a lei de Deus. Ele

nunca foi duro e nem severo com a lei, como alguns falsos mestres atualmente

costumam afirmar sem nenhum fundamento lícito nas Escrituras Sagradas.

Nos dias de hoje Paulo é acusado de ser um ferrenho adversário da lei, mas no

passado ele também foi acusado da mesma coisa. Todavia, tratava-se de “graves

acusações, que não podiam provar” (Atos 25:7). Então porque insistir no mesmo erro do

passado?

Na verdade, as Escrituras Sagradas mostram que o apóstolo Paulo tinha o maior

zelo pela lei de Deus e fez questão de deixar isso bem claro ao afirmar que a lei é boa (I

Timóteo 1:8); santa (Romanos 7:12) e espiritual (Romanos 7:14). Ele afirmou que pela

lei vem o conhecimento do pecado (Romanos 3:20), e que não conheceu o pecado senão

pela lei (Romanos 7:7). Também disse que o pecado não é imputado, não havendo lei

(Romanos 5:13) e que onde não há lei também não há transgressão (Romanos 4:15).

Afirmou que a inclinação da carne não é sujeita à lei de Deus (Romanos 8:7) e que a fé

estabelece a lei (Romanos 3:31) e que tinha prazer na lei de Deus (Romanos 7:22).

Diante de tão grande número de afirmações positivas de Paulo exaltando a lei de

Deus entre os cristãos, então como dizer que ele era contra a lei? Ou que ele era inimigo

da lei? Somente sendo muito mal intencionado é que alguém poderia fazer tais

afirmações absurdas!

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39 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

49ª Razão

AQUELE QUE TRANSGRIDE A LEI DE DEUS ESTÁ DEBAIXO DA LEI.

“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz,

para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus”.

(Romanos 3:19).

Tudo que a lei diz, ela o diz para aqueles que estão vivendo debaixo dela e não

para quem está vivendo em harmonia com seus preceitos porque “a lei não é feita para o

justo, mas para os injustos” (I Timóteo 1:9-10).

Para uma melhor análise do versículo em destaque, considere as seguintes

perguntas: Quem está debaixo da lei? Quem a transgride ou quem a obedece? Quem

está condenado? Quem está debaixo da lei ou quem a obedece?

A resposta para essas perguntas é bem simples. Evidentemente quem transgride

a lei está debaixo da lei porque “todo aquele que pratica o pecado, também transgride a

lei” (I João 3:4). Quem transgride a lei está debaixo da lei porque comete pecado e “o

salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Por exemplo, quem mata ou adultera está

debaixo da lei porque o salário do pecado é a morte.

A lei somente tem poder sobre aqueles que estão debaixo dela porque “o

aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Coríntios 15:56).

O mundo está debaixo da lei, razão pela qual ele é “condenável diante de Deus”

porque “não há homem justo sobre a terra, que faça bem, e nunca peque” (Eclesiastes

7:20).

Portanto, estar debaixo da lei implica em estar condenado. Eis a razão pela qual

o apóstolo Paulo conclui o seu raciocínio com as palavras: “e todo o mundo seja

condenável diante de Deus” (Romanos 3:19).

50ª Razão

A LEI VEIO ESCRITA PARA MOSTRAR CLARAMENTE A ABUNDÂNCIA

DO PECADO DO HOMEM.

“Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou,

superabundou a graça”. (Romanos 5:20).

Com a transgressão de Adão o pecado entrou no mundo (Romanos 5:12, 14). É

evidente que até o momento em que a lei foi escrita em duas tábuas de pedras no monte

Sinai o pecado estava no mundo. Porém, se antes do Sinai não houvesse lei também não

haveria pecado porque “o pecado não é imputado, não havendo lei” mesmo porque

“onde não há lei também não há transgressão” (Romanos 4:13, 15).

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40 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

“Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse”. A lei foi escrita, “a fim de que

pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno” (Romanos 7:13). A lei

escrita em tábuas de pedra e promulgada por Deus foi muito mais eficaz em

conscientizar os homens de sua natureza decaída e pecaminosa “porque pela lei vem o

conhecimento do pecado” (Romanos 3:20).

A lei mostra ao homem o pecado. Com isso todos podem perceber como o

pecado é abundante. Com a lei sendo escrita em duas tábuas de pedra, pelo dedo de

Deus, todos podem reconhecer que o homem é abominável e corrupto e “que bebe a

iniquidade como a água” (Jó 15:16).

Embora o pecado tenha sido mais claramente revelado pela lei escrita em duas

tábuas de pedra e se mostrado abundante, a graça mostrou-se superabundante. “A

Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo

fosse dada aos crentes” (Gálatas 3:22).

51ª Razão

A LEI DE DEUS É BOA PARA OS CRISTÃOS QUE A USAM DE FORMA

LEGITIMA.

“Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente”. (I

Timóteo 1:8).

A lei é definida em termos amplos como uma norma de conduta. O decálogo é

uma norma moral estabelecida pelo próprio Criador para servir de conduta a todos os

homens.

Paulo afirma a Timóteo que a lei é boa. Ele nunca faria tal afirmativa, caso a lei

fosse contrária ao viver do fiel cristão. Paulo jamais teria dito que a lei é boa, caso ela

fosse contrária à graça, à fé ou ao evangelho.

O que é legítimo ou ilegítimo não é a lei, mas sim o uso que fazemos dela

porque segundo Paulo, “a lei é boa”.

A lei é boa quando as pessoas a usam de forma legítima. Usar a lei

legitimamente significa viver em harmonia com os seus preceitos. Alias, a própria

definição da palavra “legitima” significa aquilo que tem as qualidades requeridas pela

lei.

Quem emprega a lei de forma legitima sabe muito bem que ela é boa porque traz

paz, harmonia e confiança entre os homens. Por exemplo, a lei proíbe matar, isto traz

segurança na sociedade; a lei proíbe furtar, isto traz confiança entre as pessoas; a lei

proíbe adulterar, isto traz harmonia no matrimônio etc.

A lei deixa de ser boa, quanto alguém a usa de forma ilegítima. Quem transgride

a lei faz uso ilegítimo dela e não possui as qualidades por ela exigida. Quem usa a lei de

forma legalista faz uso ilegítimo dela e torna-se intolerante. Quem usa a lei como

método de salvação faz uso ilegítimo dela e caminha para a perdição eterna.

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41 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

52ª Razão

A LEI NÃO FOI FEITA PARA CONDENAR O COMPORTAMENTO DOS

JUSTOS, MAS DOS INJUSTOS.

“Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e

obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os

parricidas e matricidas, para os homicidas. Para os fornicários, para os sodomitas,

para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for

contrário à sã doutrina”. (I Timóteo 1:9-10).

A lei é estabelecida para servir indistintamente como norma de conduta para

todos os homens. Para ser eficaz, a lei traz em seu bojo uma penalidade a ser aplicada

ao transgressor. Uma lei sem penalidade teria serventia somente para os justos, mas

nenhum valor teria para os injustos.

A lei não foi feita para penalizar o comportamento dos justos, simplesmente

porque a conduta dos santos está em harmonia com a vontade do Senhor. Porém, ela foi

feita para penalizar o comportamento dos injustos, porque a sua conduta é condenável

diante do Senhor Deus e precisa ser repreendida.

A mencionada lei tem relação com a atitude religiosa dos homens. Isto porque a

lei é feita para os “pecadores, para os profanos e irreligiosos... e para o que for contrário

à sã doutrina”. A lei tem relação com os dez mandamentos, haja vista que o santo

apóstolo fala que a lei é feita “para os parricidas e matricidas, para os homicidas... para

os fornicários, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos,

para os perjuros”. É a lei que repreende o comportamento dos injustos. Caso ela tenha

sido abolida, então não existe mais repreensão para as obras dos injustos.

53ª Razão

TIAGO DEMONSTRA CLARAMENTE QUE OS PRIMEIROS CRISTÃOS

OBSERVAVAM A LEI.

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a

seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei já não és observador da lei,

mas juiz. Há só um legislador e um juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és,

que julgas a outrem?” (Tiago 4:11-12).

Tiago afirma que a atitude dos irmãos maldizentes ao criticar os demais

demonstrava que virtualmente eles estavam falando mal da lei e julgando a lei. Ao falar

mal e julgar os irmãos esses cristãos inconscientemente estavam denegrindo o grande

código moral de conduta para todos os homens.

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42 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Da perspectiva dos maldizentes os demais irmãos estavam aquém das

expectativas estabelecidas pela lei. Nessa condição os maldizentes estavam julgando a

lei e colocando-se na posição de juiz ao condenar o irmão mais fraco na fé.

Tiago diz que aquele que julga a lei não é “observador da lei, mas juiz”. Com

essa afirmação Tiago está dizendo claramente ao mundo que o cristão deve ser um

“observador da lei” e não um juiz. O observador da lei pratica a lei, mas o juiz emprega

a lei com o objetivo de punir os transgressores.

Depreciando a atitude dos cristãos que empregam a lei para julgar os demais

irmãos, Tiago afirma que somente há um legislador e um juiz. Sabemos que esse

legislador e juiz é Deus. Somente o Senhor pode salvar e destruir os transgressores de

Sua lei.

Esse versículo termina deixando a reflexão de que nada somos para julgar o

próximo, tendo em vista que “há só um legislador e um juiz que pode salvar e destruir”.

54ª Razão

LEI OBEDECIDA É LEI DA LIBERDADE, E LEI TRANSGREDIDA É LEI DA

CONDENAÇÃO.

“Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da

liberdade”. (Tiago 2:12).

A lei de Deus estabelece o padrão de justiça, pela qual todos serão julgados:

“Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus”. “Todos os que sob a

lei pecaram pela lei serão julgados”. “Os mortos foram julgados pelas coisas que

estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (I Pedro 4:17; Romanos 2:12;

Apocalipse 20:12). O julgamento tem por base as obras porque a fé sem obras é morta.

Ninguém será dispensado de passar pelo juízo divino “porque todos devemos

comparecer ante o tribunal de Cristo” (II Coríntios 5:10). “Deus há de trazer a juízo toda

a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau” (Eclesiastes

12:14).

A lei de Deus foi designada por Tiago como “lei da liberdade” porque todos que

estão debaixo da graça foram lavados, santificados e justificados (I Coríntios 6:11).

Afinal de contas, quem é verdadeiramente livre: quem transgride a lei ou quem a

obedece? Quem é condenado pela lei: quem a transgride ou quem a obedece?

Evidentemente, para quem transgride a lei, ela é a lei da condenação. Porém, para o

cristão justificado que a obedece, ela é a lei da liberdade.

Quando transgredimos a lei de Deus não nos achamos em liberdade, mas em

escravidão porque “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34).

Quando o cristão vive em conformidade com a lei, ele vive em liberdade porque está

livre da escravidão do pecado e da morte eterna.

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43 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

55ª Razão

CRISTO MORREU PARA NOS RESGATAR DA MALDIÇÃO DA LEI.

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque

está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. (Gálatas 3:13).

A “maldição da lei” é o pecado “porque o salário do pecado é a morte”

(Romanos 6:23). Outra passagem afirma que “o pecado, sendo consumado, gera a

morte” (Tiago 1:15) porque “o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a

lei” (I Coríntios 15:56). Eis o que diz o apóstolo Paulo sobre o salário do pecado: “E eu,

nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri”.

“Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me

matou” (Romanos 7:9, 11).

Cristo nos resgatou das consequências da transgressão da lei de Deus “levando

ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro”. Ele “morreu por nossos

pecados, segundo as Escrituras” (I Pedro 2:24; I Coríntios 15:3).

Cristo fez-se maldição por nós, morrendo pelos nossos pecados: “Àquele que

não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de

Deus” (II Coríntios 5:21). Ele “se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de

si mesmo” (Hebreus 9:26).

Cristo não era maldito para ser pendurado num madeiro porque “como nós, em

tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hebreus 4:15). Apesar disso, Cristo tornou-se

maldição por nós, deixando-se pendurar no madeiro. “O qual por nossos pecados foi

entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4:25). “A este dão

testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem receberão o perdão dos

pecados pelo seu nome” (Atos 10:43).

56ª Razão

A LEI NÃO É GUARDADA PELOS CRISTÃOS COMO “CAUSA” DE

SALVAÇÃO, MAS COMO “EFEITO” DE SALVAÇÃO.

“Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que

Cristo morreu debalde”. (Gálatas 2:21).

O cristão é salvo unicamente pela graça, mediante a fé e julgado pelas obras,

porque a fé sem obras é morta.

A “graça de Deus” pode ser aniquilada na vida do cristão, quando ele a despreza

ou a substitui por qualquer outro suposto método de justiça.

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44 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Os gálatas, persuadidos pelos cristãos judaizantes, estavam procurando a

salvação pela “justiça que provém da lei”. Ocorre que é impossível ao homem tornar-se

justo diante de Deus pelas obras da lei.

A lei não foi dada ao homem como “método” de justificação. Ela não possui o

menor poder para salvar qualquer alma do lamaçal do pecado. A lei nunca teve a virtude

para perdoar os pecados. “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas

obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20).

Caso pudéssemos ser justificados pela justiça que provém da lei, então a morte

de Cristo Jesus não teria nenhum sentido e seria totalmente inútil. Mas, conquanto a lei

não possa salvar quem quer que seja, ninguém será salvo sem obedecer a lei “porque o

pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4) e “o salário do pecado é a morte” (Romanos

6:23).

Cristo veio ao mundo para perdoar os pecados cometidos em tempos de

ignorância, e não abolir a lei para autorizar a prática voluntária do pecado.

57ª Razão

CASO A LEI PUDESSE SALVAR, ENTÃO A SALVAÇÃO TERIA SIDO PELA

LEI.

“Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se

dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei”.

(Gálatas 3:21).

A lei não é contra o evangelho, contra o perdão, contra a salvação, contra a

justificação, contra a santificação etc. “Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De

nenhuma sorte”. Portanto, quem diz que a lei é contra a graça mostra total

desconhecimento das Escrituras Sagradas. Mostra que está seguindo uma teologia

secular, mas não a teologia bíblica.

A graça nunca foi incompatível com a lei. Na verdade, a graça e a lei possuem

funções totalmente distintas. A graça foi concedida para que o crente pudesse receber o

perdão dos pecados e ter a vida eterna, enquanto que a lei foi dada para mostrar-lhe o

seu pecado (Romanos 3:20). É por intermédio da lei que o Espírito Santo convence o

mundo do pecado, levando-o a aceitar a graça de Deus (João 16:8).

Aquele que emprega a lei como método de salvação está tentando alcançar uma

impossibilidade. Essa não é a função da lei. A lei não salva ninguém; nunca salvou

alguém e jamais poderá salvar quem quer que seja. Quando alguns obtusos empregam

equivocadamente a lei como método de salvação, então ela torna-se incompatível com a

graça, especialmente porque a salvação passa a ser por mérito próprio do homem e Deus

passa a ser o devedor.

A lei não foi dada para trazer a vida eterna. Ela não pode vivificar ninguém.

Caso fosse possível uma lei que pudesse trazer a vida eterna, então a salvação da

humanidade teria sido pelas obras da lei. Porém, esse não é o caso.

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45 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

58ª Razão

O PADRÃO DE JUSTIÇA DA LEI SE CUMPRE NA VIDA DE TODOS QUE

NASCERAM DE NOVO.

“Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne,

Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou

o pecado na carne. Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos

segundo a carne, mas segundo o espírito”. (Romanos 8:3-4).

Existem muitas coisas que são impossíveis à lei. Entre elas destacam-se as

seguintes: A lei não possui a função de justificar (Gálatas 2:16) ou vivificar (Gálatas

3:21).

A função primordial da lei é bem diferente. Ela traz ao homem o conhecimento

do pecado (Romanos 3:20; 7:7) porque é ela quem define o que é pecado (I João 3:4). A

lei nunca foi dada para justificar ou salvar. Ela foi estabelecida como norma de

perfeição de caráter para todos os santos do Altíssimo. Ocorre que, devido a entrada do

pecado no mundo, o homem ficou aquém da perfeita justiça exigida pela lei.

A lei exige que todos andem em perfeita harmonia com os seus preceitos, caso

contrário serão redarguidos como transgressores condenados à morte, haja vista que o

pecado é definido como transgressão da lei (I João 3:4) e o salário do pecado é a morte

(Romanos 6:23).

É impossível ao homem carnal, decaído da graça, viver perfeitamente dentro do

padrão de justiça exigido pela lei “porquanto a inclinação da carne é inimizade contra

Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Romanos 8:7).

Porém, Jesus Cristo, expiando o pecado do mundo, condenou o pecado na Sua carne,

para que o padrão de perfeita justiça exigido pela lei pudesse ser cumprido na vida de

todos que nasceram de novo.

59ª Razão

O CRISTÃO GUARDA A LEI DE DEUS PORQUE O PECADO, SENDO

CONSUMADO, GERA A MORTE.

“Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado,

sendo consumado, gera a morte”. (Tiago 1:15).

Ser tentado não é pecado. O que é pecado é cair na tentação. Foi por essa razão

que Jesus nos ensinou a orar: “não nos deixes cair em tentação” (Mateus 6:13; Lucas

11:4). A Bíblia Sagrada ensina que Jesus foi tentado em todas as coisas, mas não caiu

em tentação: “como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hebreus 4:15).

Page 46: 90 razoes para guardar o sabado

46 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Depois que o pecado entrou no mundo, todos descendentes de Adão passaram a

ter uma inclinação natural para praticar o pecado, posto que o pecado satisfaz a natureza

decaída do homem, definida na Bíblia Sagrada como natureza carnal.

A inclinação pecaminosa pelos prazeres dos bens materiais e sensuais é

conhecida nas Escrituras Sagradas como concupiscência. A concupiscência é concebida

quando o homem cede à poderosa sedução da tentação. Somente nesse momento é dado

à luz o pecado. A consumação do pecado ocorre estando ainda no coração do homem

(Mateus 5:27-28) “porque o pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4) e “bem sabemos

que a lei é espiritual” (Romanos 7:14).

Disse o apóstolo Paulo: “eu não conheci o pecado senão pela lei” (Romanos 7:7)

“porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20) e “todo aquele que

pratica o pecado, também transgride a lei” (I João 3:4). Ao ser consumado no coração

do ser humano, o pecado gera a morte, “porque o salário do pecado é a morte”

(Romanos 6:23).

60ª Razão

A FORÇA DO PECADO ATESTA A EXISTÊNCIA E A EFICÁCIA DA LEI.

“Ora o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei”. (I Coríntios

15:56).

O “aguilhão” é definido pelo dicionário informal de português como ferrão,

espinho, ponta, acúleo, dardo etc.

A “morte” é a cessação da vida, da consciência, dos sentimentos, do raciocínio,

da inteligência etc. “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não

sabem cousa nenhuma, nem tão pouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória

ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já

pereceram” (Eclesiastes 9:5-6).

O “pecado” é biblicamente definido como “transgressão da lei” (I João 3:4).

Paulo afirma que não teria conhecido “o pecado senão pela lei” “porque pela lei vem o

conhecimento do pecado” (Romanos 7:7; 3:20).

A “força” é caracterizada pelo conceito de eficácia, energia, alento, vigor etc.

A “lei” é definida como uma norma de conduta.

“O aguilhão da morte é o pecado”. Essa sentença encontra paralelo em outras

passagens e quer dizer que “o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1:15) ou

que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Portanto, o ferrão da morte é o

pecado.

“A força do pecado é a lei”. Essa expressão diz que “o pecado não é imputado,

não havendo lei” (Romanos 5:13) e “onde não há lei também não há transgressão”

(Romanos 4:15). Portanto, a existência e a eficácia do pecado atestam a existência e a

eficácia da lei. Não poderia haver pecado se não houvesse uma lei vigorando que o

definisse.

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47 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

61ª Razão

A LEI É NECESSÁRIA PARA O ESPÍRITO SANTO CONVENCER O MUNDO

DO PECADO.

“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo”.

(João 16:8).

Qualquer pessoa que negligência a lei torna inútil o trabalho do Espírito Santo

em seu coração “porque o pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4) e “o salário do

pecado é a morte” (Romanos 6:23). Porém, é Espírito Santo quem convence o homem

do pecado, mas Ele o faz por intermédio da lei porque “pela lei vem o conhecimento do

pecado” (Romanos 3:20).

Caso a lei tivesse sido abolida não haveria o que transgredir e não havendo

transgressão não haveria pecado. “Porque onde não há lei também não há transgressão”

e “o pecado não é imputado, não havendo lei” (Romanos 4:15; 5:13). Destarte, o

Espírito Santo nada teria para convencer o mundo. Para que o Espírito Santo possa

convencer “o mundo do pecado” é absolutamente necessário que a lei de Deus esteja

vigorando, caso contrário não é possível a prática do pecado, haja vista “onde não há lei

também não há transgressão”.

A lei não tem poder, propriedade ou virtude para salvar quem quer que seja. Ela

não foi dada ao homem como método de salvação, mas é um poderoso instrumento pelo

qual o Espírito Santo convence o mundo do pecado.

“Eu não conheci o pecado” declarou o apóstolo Paulo “senão pela lei” (Romanos

7:7). Logo é pela lei que podemos perceber a atuação do Espírito Santo em nossa vida.

É pela lei que podemos constatar que a nossa vida está ou não em harmonia com a

vontade de Deus.

62ª Razão

QUANDO CONFESSAMOS OS NOSSOS PECADOS, ADMITIMOS QUE

SOMOS TRANSGRESSORES DA LEI.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os

pecados, e nos purificar de toda a injustiça”. (I João 1:9).

Um dos dons mais preciosos concedidos por Deus à humanidade decaída foi o

dom do perdão dos pecados. O perdão somente tornou-se possível porque “Cristo

morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (I Coríntios 15:3).

O pecado é definido pelas Escrituras Sagradas como “transgressão da lei” (I

João 3:4). As Escrituras também afirmam que: “pela lei vem o conhecimento do

pecado” (Romanos 3:20).

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48 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Precisamos arrepender-nos e confessar os nossos pecados porque “o salário do

pecado é a morte” (Romanos 6:23). Porém, quando confessamos os nossos pecados, na

realidade estamos confessando que transgredimos a lei de Deus porque “pecado é a

transgressão da lei” (I João 3:4).

Caso a lei tenha sido abolida, como alguns fantasiam, então não haveria mais

nenhum pecado para ser confessado, perdoado e purificado. Porém, a grande verdade é

que o pecado existe e é praticado por bilhões de pessoas pelo mundo. Se o pecado existe

é porque a lei continua vigorando.

Somente pela graça de Deus podemos alcançar o perdão dos nossos pecados

porque Cristo “se manifestou para tirar os nossos pecados” (I João 3:5). “Vinde então, e

argui-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se

tornarão brancos como a neve: ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se

tornarão como a branca lã” (Isaías 1:18).

63ª Razão

A LEI SERVE DE AIO PARA QUE O ESPÍRITO SANTO POSSA CONVENCER

O MUNDO DO PECADO.

“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que

pela fé fôssemos justificados”. (Gálatas 3:24).

O dicionário online de português define o vocábulo “aio” como “preceptor

encarregado da educação de crianças ilustres ou ricas”. A palavra “lei” mencionada por

Paulo na passagem bíblica supra mencionada refere-se tanto à lei moral quanto a

cerimonial. No caso vertente, a lei serve para orientar os homens com o objetivo de

conduzi-lo a Cristo, para que os homens possam ser justificados pela fé.

É o Espírito Santo quem convence o mundo do pecado para que ele possa crer

em Cristo Jesus (João 16:8-9). Mas para convencer o mundo do pecado o Espírito Santo

emprega a lei porque “pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). O

mundo jamais teria conhecimento do “pecado senão pela lei” (Romanos 7:7). Dessa

maneira a lei moral nos serviu de aio para nos conduzir à fé em Cristo.

Antes da cruz a lei cerimonial também serviu de aio aos homens porque as suas

ordenanças de expiação de pecados por meio do holocausto de animais eram sombras

que apontavam para o sacrifício supremo do “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do

mundo” (João 1:29).

No Antigo Concerto a lei moral condenava os transgressores; porém, eles eram

levados ao perdão pelo sacrifício de animais. No Novo Concerto a lei moral condena os

transgressores; mas eles são levados ao perdão pelo sacrifício de Cristo. Nada mais

simples, claro e lógico!

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49 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

64ª Razão

O PECADO É DEFINIDO COMO TRANSGRESSÃO DA LEI, MAS O

CRISTÃO NÃO DEVE PERMANECER NO PECADO.

“Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De

modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”

(Romanos 6:1-2).

A Bíblia Sagrada afirma que “pela lei vem o conhecimento do pecado”

(Romanos 3:20). Paulo declara: “Eu não conheci o pecado senão pela lei” (Romanos

7:7). João assegura que “pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4). Portanto, todos que

transgridem a lei cometem pecados.

Em sua epístola aos Romanos, Paulo declara: “Que diremos pois?

Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum”. Nesse

versículo, Paulo faz uma pergunta retórica que ele mesmo responde. Ele deixa claro que

o cristão “de modo nenhum” deve permanecer no pecado. Mas para que o cristão não

permaneça no pecado é necessário que ele venha a guardar a lei porque “todo aquele

que pratica o pecado, também transgride a lei” (I João 3:4).

O fiel cristão está morto para o pecado porque estando vivendo debaixo da

graça, a lei de Deus torna-se parte de sua vida. Pelo menos é isso que o apóstolo Paulo

ensina limpidamente: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes

estabelecemos a lei”. (Romanos 3:31).

O cristão é salvo unicamente pela graça, mediante a fé e julgado pelas obras

porque a fé sem obras é morta e a transgressão da lei é pecado. A fé em Cristo não anula

a lei, pelo contrário, o cristão mais do que nunca estabelece a lei em sua vida, posto que

ele não deve permanecer vivendo no pecado.

65ª Razão

A LEI É BOA PARA O CRISTÃO PORQUE ELA ESTÁ EM HARMONIA COM

SUA NATUREZA ESPIRITUAL.

“Porque o que faço não o aprovo, pois o que quero isso não faço, mas o que

aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa”.

(Romanos 7:15-16).

Nesses versículos o apóstolo Paulo está discorrendo sobre o conflito espiritual

pelo qual muitos cristãos passam. Ilustrando seu ponto de vista, o santo apóstolo refere-

se ao conflito existente entre sua natureza espiritual e sua natureza carnal. Na sua

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90 Razões Para Guardar o Sábado

natureza espiritual, Paulo aborrecia e desaprovava as obras que sua natureza carnal

realizava.

Como sua natureza carnal fazia coisas que a sua natureza espiritual não aprova,

Paulo é levado a reconhecer que a lei é boa. Ela é boa porque está em harmonia com a

vontade da natureza espiritual, opondo-se às obras realizadas pela natureza carnal. A lei

é boa porque, sendo de natureza espiritual (Romanos 7:14), ela alcança até mesmo as

mais profundas intenções do coração do homem.

Paulo jamais teria afirmado que a lei é boa caso ela fosse alguma relíquia do

passado e sem nenhuma serventia para os cristãos. A lei é boa porque ela está em

perfeita harmonia com a natureza espiritual do cristão. Ela é boa porque, assim como a

natureza espiritual, ela opõe-se às obras da natureza carnal. O cristão que guarda a lei de

Deus tem um poderoso instrumento para alimentar a sua natureza espiritual contra a

tremenda força de sua natureza carnal. “Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os

quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem

como o mal”. (Hebreus 5:14).

66ª Razão

COM SUA NATUREZA ESPIRITUAL, O APÓSTOLO PAULO DECLAROU

QUE TINHA PRAZER NA LEI DE DEUS.

“Acho então esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está

comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus”. (Romanos

7:21-22).

Nestes versículos o apóstolo Paulo está fazendo referência à natureza carnal e

espiritual do cristão. Essas duas naturezas são contraditórias e estão em constante

conflito, enquanto uma quer fazer o bem a outra quer fazer o mal. “Porque a carne

cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro: para

que não façais o que quereis” (Gálatas 5:17). Foi por essa razão que o apóstolo Paulo

declarou: “quando quero fazer o bem, o mal está comigo”

A “lei de Deus” mencionada pelo apóstolo Paulo é uma clara referência aos dez

mandamentos porque o contexto do referido capítulo cita um dos mandamentos do

decálogo. Eis a prova bíblica: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum:

mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a

concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás” (Romanos 7:7).

Caso a “lei de Deus” tivesse sido abolida, então o apóstolo Paulo jamais teria

dito: “tenho prazer na lei de Deus”. Ora, se o apóstolo Paulo declarou que tinha prazer

na lei de Deus é porque ele a guardava. Se a guardava era porque ela continuava

vigorando para todos os cristãos e se está em vigor é porque tem uma parte muito

importante na vida do cristão. É a “lei de Deus” que estabelece o comportamento que o

“homem interior” deve possui perante Deus e o próximo.

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51 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

67ª Razão

A LEI É ESPIRITUAL E ALCANÇA AS INTENÇÕES DO CORAÇÃO.

“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o

pecado”. (Romanos 7:14).

Paulo afirma que a lei de Deus é espiritual. Isso indica que ela alcança as

intenções do coração humano. Como a lei é espiritual, o homem pode transgredi-la pelo

simples desejo. Deus está interessado em restaurar o caráter puro da humanidade, razão

pela qual as intenções impuras do coração são pecaminosas à vista de Deus (Gálatas

5:19; Efésios 5:5).

Passar por tentações não é pecado, posto que Cristo “como nós, em tudo foi

tentado, mas sem pecado” (Hebreus 4:15). Como “o pecado é a transgressão da lei” (I

João 3:4) e, por sua vez, “a lei é espiritual” (Romanos 7:14), então o homem pode pecar

pelo simples pensamento, quando cede à sedução da tentação.

Longe de insinuar a abolição da lei, Jesus demonstrou que a mesma é espiritual

ao esclarecer que o homem comete pecado em seu coração quando intenta transgredir

alguns dos seus mandamentos. Eis a prova bíblica: “Ouvistes que foi dito aos antigos:

Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher

para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mateus 5:27-28).

Nessa passagem, Jesus faz clara referência aos Dez Mandamentos ao mencionar

dois dos seus sagrados preceitos: “adultério” e “cobiça”. Aliás, o próprio mandamento

que proíbe a cobiça é espiritual. Tal mandamento somente pode existir no coração do

transgressor e, apesar disso, sua transgressão é tida como pecado. Para uma lei que seria

abolida, o preciosismo de Jesus tirou toda possibilidade de pensar em qualquer abolição

da lei.

68ª Razão

PAULO TINHA POR COSTUME DISPUTAR AOS SÁBADOS SOBRE AS

ESCRITURAS.

“E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou

com eles sobre as Escrituras”. (Atos 17:2).

O apóstolo Paulo foi chamado por Deus para ser doutor dos gentios. Ele

deveria ensinar a Palavra de Deus e pregar o Evangelho aos estrangeiros de todas as

nações.

Do mesmo modo como os judeus, o apóstolo Paulo guardava o sábado. Ele

observava esse dia porque as Escrituras Sagradas dos judeus e dos cristãos daquela

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90 Razões Para Guardar o Sábado

época eram as mesmas. Ocorre que as Escrituras Sagradas sempre orientaram aos

crentes a santificarem o dia do sábado.

Além de guardar o sábado junto com os seus conterrâneos judeus que viviam no

estrangeiro, o apóstolo Paulo também aproveitava a oportunidade para pregar o

Evangelho para judeus e gentios.

Na cidade de Tessalônica, localizada na Grécia, o apóstolo Paulo, por três

sábados consecutivos, disputou com judeus e prosélitos gentios sobre as boas novas de

salvação. Quando Paulo chegava numa nova localidade, o seu costume era procurar seus

conterrâneos e apresentar-lhes o evangelho.

Alguns dos interpretes formados na teologia secular sugerem que Paulo

frequentava as sinagogas aos sábados porque desejava evangelizar os judeus. Ocorre

que não é isso que as Escrituras Sagradas ensinam. A teologia bíblica ensina que,

mesmo em locais onde não havia sinagogas ou judeus, o apóstolo Paulo continuava com

o seu costume de santificar o sábado. Um exemplo clássico ocorreu na colônia de

Filipos na Macedônia. Naquela localidade não havia judeus ou sinagogas, mas mesmo

assim, o apóstolo Paulo guardou o sábado (Atos 16:12-13).

69ª Razão

O SÁBADO FOI FEIO EM BENEFÍCIO DO SER HUMANO E NÃO AO

CONTRÁRIO.

“E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por

causa do sábado”. (Marcos 2:27).

O sábado foi dado na fundação do mundo em benefício de toda a humanidade

(Gênesis 2:2-3). Esse dia não é cerimonial porque não visa à expiação do pecado. Além

disso, foi dado antes mesmo da entrada do pecado no mundo.

O ser humano é o maior beneficiário do dom do sábado. Segundo Jesus “o

sábado foi feito por causa do homem”. A constituição psíquica e física dos seres

humanos e até mesmo dos animais necessita, não somente do repouso noturno, mas

também do repouso sabático após um período de seis dias de trabalho “para que

descanse o teu boi, e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava, e o

estrangeiro” (Êxodo 23:12).

“O sábado foi feito por causa do homem” para que nesse dia ele pudesse

livremente cultuar a divindade, haja vista que o sábado é o dia de “santa convocação”

(Levítico 23:3). Ao guardar o sábado o homem está reconhecendo a autoridade divina

que legislou a santificação do sétimo dia da semana como dia de repouso. Além disso,

ele recebe as benções divinas que foram expressamente colocadas sobre esse dia

(Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:11).

Jesus afirmou que o homem não foi criado “por causa do sábado”. A

humanidade não foi criada para ser escrava do sábado, mas foi criada para usufruir as

benções do sábado. Esse dia é visto pelos adoradores da divindade como um dia

“deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra” (Isaías 58:13).

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53 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

70ª Razão

NO SÁBADO NÃO É REALIZADA NENHUMA ATIVIDADE SECULAR, MAS

SOMENTE ATIVIDADE RELIGIOSA E FILANTRÓPICA.

“Pois quanto mais vale um homem do que uma ovelha? É, por consequência,

lícito fazer bem nos sábados”. (Mateus 12:12).

Os cristãos não guardam o sábado da mesma forma como as seitas dos fariseus

e dos saduceus o faziam. Mas eles guardam o sábado da maneira como Jesus o

guardava. Ele o guardava estando imbuído dos mandamentos do amor a Deus e do amor

ao próximo porque “destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mateus

22:40).

O sábado não deve ser guardado de forma legalista ou no pé da letra da lei como

os fariseus o faziam, porque seria guardá-lo sem entendimento, mesmo porque no Novo

Concerto o Senhor diz o seguinte: “porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu

coração as escreverei” (Hebreus 8:10).

No dia do sábado o cristão não realiza nenhuma atividade secular (Êxodo 20:10).

Nesse dia ele descansa do trabalho secular (Êxodo 23:12), adora o criador porque é um

dia de “santa convocação” (Levítico 23:3), procura fazer bem ao próximo em estado de

necessidade porque Jesus ensinou que é “lícito fazer bem nos sábados” (Mateus 12:12;

Marcos 3:4). Para o cristão o dia do sábado é um “deleitoso, e santo dia do Senhor

digno de honra” (Isaías 58:13).

Finalmente pode-se acrescentar que em todas as arengas dos fariseus contra

Jesus, em nenhum momento a identidade do sábado foi questionada. Todos

reconheciam que o sábado é o sétimo dia da semana. O que estava sendo questionado

pelos fariseus era apenas a maneira como Jesus guardava o sábado.

71ª Razão

DESDE O INICÍO DO CRISTIANISMO, OS CRISTÃOS SEMPRE

GUARDARAM O SÁBADO.

“E era o dia da preparação, e amanhecia o sábado. E, voltando elas,

prepararam especiarias e unguentos, e no sábado repousaram, conforme o

mandamento. E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao

sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. (Lucas 23:54, 56 e 24:1).

Esses três versículos fazem uma clara referência sequencial a três dias da

semana. Eles falam do dia da preparação, do dia do sábado e do primeiro dia da semana.

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54 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

O dia da preparação é “a véspera do sábado” (Marcos 15:42). Como o sábado é o

sétimo dia da semana, então o dia da preparação é o sexto dia da semana. Este dia

recebeu esse nome por ocasião do incidente da queda do maná: “E acontecerá, ao sexto

dia, que prepararão o que colherem” (Êxodo 16:5). Somente o sexto e o sétimo dia da

semana possuem nomes próprios especiais: “dia da preparação” e “sábado”. O primeiro

dia da semana é designado por um simples numeral ordinal: “primeiro” dia da semana.

As mulheres que seguiam Jesus desde a Galiléia, acompanharam o féretro e

viram o local do sepulcro onde fora colocado o corpo de Jesus. A seguir, retornando

para a hospedaria, prepararam especiarias e unguentos com a intenção de ungir o corpo

de Cristo. Porém, com o pôr do Sol, elas guardaram o sábado, conforme prescrição da

lei de Deus. Caso Jesus tivesse ensinado que o sábado não tem nenhum valor, então Ele

se esqueceu de avisar as suas seguidoras mais dedicadas. Como o primeiro dia da

semana era visto como um dia ordinário, as mulheres foram realizar a atividade secular

que deixaram de fazer no sétimo dia da semana.

72ª Razão

OS CRISTÃOS ORIENTAVAM-SE PELO ANTIGO TESTAMENTO, O QUAL

ORDENA A GUARDA DO SÁBADO.

“Ora estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de

bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas

eram assim”. (Atos 17:11).

A Bíblia Sagrada demonstra que os primeiros cristãos praticavam os ensinos

contidos no Antigo Testamento, mesmo porque eram as únicas Escrituras até então

produzidas. Por exemplo, “Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três

sábados disputou com eles sobre as Escrituras” (Atos 17:2). Apolo, “com grande

veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era

o Cristo” (Atos 18:28). “E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a

palavra de Deus” (Atos 13:44).

Lucas relata em seu livro intitulado “Atos dos Apóstolos” que os bereanos eram

mais nobres que os tessalonicenses. Os motivos para esse elogio são vários: 1º) Os

bereanos receberam de bom grado a palavra anunciada por Paulo. 2º) Os bereanos não

eram apenas ouvintes passivos, que aceitavam cegamente tudo o que lhes era ensinado.

3º) Os bereanos submetiam à prova todo ensino recebido, examinando-os nas Escrituras

Sagradas com o objetivo de verificar a veracidade dos ensinos ministrados por Paulo.

Caso Paulo houvesse ensinado a observância de outro dia que não fosse o

sábado, tal ensino não teria passado pelo rigoroso crivo das Escrituras Sagradas

examinadas pelos bereanos. Simplesmente porque as Escrituras Sagradas ensinam

apenas a observância do dia do sábado.

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55 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

73ª Razão

CRISTO RESSUSCITOU NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA, MAS NÃO

MANDOU NINGUÉM GUARDAR O DOMINGO.

“E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu

primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios”. (Marcos

16:9).

Nem de longe as Escrituras Sagradas ordenam a santificação de outro dia da

semana, que não seja o dia do sábado.

Em razão da total ausência de qualquer mandamento bíblico ordenando a guarda

do domingo, os defensores dessa tradição de origem humana procuram por todos os

meios fazer valer a observância do domingo.

O principal argumento em defesa da guarda do domingo consiste em dizer que

esse dia deve ser guardado porque Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana. Esse

frágil argumento procura relacionar a ressurreição de Jesus com o primeiro dia da

semana, para daí justificar a guarda do domingo. A verdade é que nenhum

acontecimento, por mais importante que seja, dá ao homem o direito de substituir

qualquer um dos mandamentos de Deus.

Caso fosse possível substituir os mandamentos de Deus por acontecimentos

ocorridos em determinados dias; então, o homem poderia observar a quinta-feira, sob o

argumento de que nesse dia Jesus instituiu a Santa-Ceia. De igual modo o homem

poderia guardar a sexta-feira sob o pretexto de que nesse dia Jesus morreu pelos

pecados da humanidade. Também poderia guardar o sábado com o argumento de que

nesse dia Jesus descansou na sepultura. De igual modo o homem poderia guardar o

domingo, sob o argumento de que foi nesse dia que Jesus ressuscitou.

74ª Razão

OS DISCIPULOS AJUNTARAM-SE NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA, MAS

NÃO PARA SANTIFICAR O DOMINGO.

“Chegada pois a tarde de aquele dia, o primeiro dia da semana, e cerradas as

portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e

pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco”. (João 20:19).

Alguns cristãos são verdadeiros “analfabetos funcionais”; ou seja, eles sabem

ler, mas não sabem interpretar o que leram. Destarte, eles dão asas à sua imaginação e

dizem coisas que não entendem, totalmente fora do contexto bíblico, e passam a

navegam por maioneses nunca dantes navegadas.

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56 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Com relação ao versículo em questão, esses cristãos dizem que os discípulos

estavam reunidos cultuando e guardando o primeiro dia da semana em homenagem à

ressurreição do Senhor. Ocorre que essa afirmação gratuita é por conta e risco desses

analfabetos funcionais, pois o versículo não diz nada disso.

O que o versículo bíblico diz é que os discípulos realmente estavam reunidos,

mas estavam reunidos com medo dos judeus e com as portas fechadas, e não reunidos

para santificar o primeiro dia da semana.

Pelo contexto do versículo está claro que os discípulos não estavam cultuando a

ressurreição do Senhor no primeiro dia da semana, simplesmente porque eles ainda não

criam que Cristo havia ressuscitado. Sendo esta a primeira vez que Jesus apareceu-lhes.

Diante do exposto está claro que nesse versículo não existe nenhum

mandamento ordenando a guarda, santificação ou a observância do domingo. A bem da

verdade, nem mesmo o nome domingo aparece no versículo, porque esse nome tem

origem na língua latina e foi forjado no século IV d.C.

75ª Razão

OS DISCIPULOS AJUNTARAM-SE NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA, MAS

NÃO PARA GUARDAR O DOMINGO.

“E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão,

Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e alargou a prática até à

meia noite”. (Atos 20:7).

Alguns supõem que a Igreja guardava o domingo porque os discípulos de

Trôade haviam se reunido nesse dia para realizar a Santa Ceia. Porém, muitos são os

problemas que aparecem nessa suposição: 1º) A expressão “partir o pão” não é

empregada pelo autor do livro Atos dos Apóstolos para designar a Santa Ceia, mas para

indicar uma singela refeição (Atos 2:46; 27:35). 2º) Mesmo que os discípulos

estivessem realizando a Santa Ceia, ainda assim não é possível deduzir do versículo que

eles estavam guardando o domingo, simplesmente porque a Santa Ceia pode ser

realizada em qualquer dia da semana. Aliás ela foi instituída numa quinta-feira (I

Coríntios 11:23-26) e nem por isso esse dia é considerando sagrado. 3º) Na época, o dia

era contado de pôr do Sol a pôr do Sol. Ocorre que, aquela reunião para “partir do pão”

ocorreu na noite do primeiro dia da semana, que nos dias de hoje corresponde ao sábado

à noite. 4º) O nome domingo não aparece no versículo bíblico, e nem poderia aparecer,

simplesmente porque essa palavra é de origem latina e o Novo Testamento foi escrito

em grego. 5º) Verifica-se que o primeiro dia da semana não é chamado nem mesmo

pelo nome de “dia do Senhor”, mas é designado por um simples numeral ordinal:

“primeiro dia da semana”. 6º) Nesse versículo bíblico não existe nenhum mandamento

ordenando qualquer pessoa a guardar ou santificar o domingo.

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57 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

76ª Razão

NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA OS CRISTÃOS COLOCARAM DE PARTE AS

SUAS DOAÇÕES, MAS NÃO FOI NUM CULTO RELIGIOSO.

“No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder

ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu

chegar”. (I Coríntios 16:2).

Alguns imaginam que a Igreja cultuava no domingo porque supostamente

nesse dia eram feitas coletas. Porém, é digno de nota observar que o versículo não

menciona que as coletas eram levadas à igreja. Aliás, a palavra igreja nem mesmo

aparece no versículo. O que o versículo diz é que as dádivas de cada cristão deveriam

ser postas “de parte”, mas na casa do doador, conforme esclarecem outras versões

bíblicas: “cada um de vós ponha de parte, em casa”. Mesmo que fosse num culto

religioso, ainda assim não seria possível deduzir que os cristãos guardavam o domingo,

porque um culto religioso pode ser realizado em qualquer dia da semana, mas nem por

isso tal dia é considerado sagrado. Além disso, Paulo nem desejava que se realizasse

qualquer espécie de coletas quando ele chegasse de viagem: “para que se não façam as

coletas quando eu chegar”. Poucas foram às vezes que Paulo solicitou coletas entre as

igrejas abastadas, como as igrejas da Galácia (I Coríntios 16:1), da Macedônia e da

Acaia (Romanos 15:26). Essas coletas eram destinadas aos cristãos de Jerusalém (I

Coríntios 16:3), que passavam por grandes necessidades. Foi por isso que “os discípulos

determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que

habitavam na Judéia” (Atos 11:29). O que se observa no versículo em questão é que não

existe qualquer mandamento ordenando a observância do domingo, aliás a palavra

domingo nem mesmo é mencionada.

77ª Razão

PAULO ANUNCIOU TODO CONSELHO DE DEUS, MAS NUNCA ANUNCIOU

QUALQUER COISA SOBRE O DOMINGO.

“Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos.

Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus”. (Atos 20:26-27).

Paulo foi “constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” (II Timóteo

1:11). Durante seu ministério entre os gentios ele pregou a Palavra de Deus (Atos 13:44;

18:11; Romanos 15:4), a qual ensina a observância do sábado (Êxodo 20:8-11). Ele

guardou o sábado entre judeus (Atos 13:14; 17:2), guardou o sábado entre prosélitos

(13:42-44) e guardou o sábado entre os gentios (16:13; 18:4). Também ensinou a todos

cristãos seguirem seu exemplo (Filipenses 3:17; 4:9).

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58 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Num determinado ponto do seu ministério, Paulo foi levado a declarar que nunca

deixou de “anunciar todo o conselho de Deus”. Ocorre que ele jamais anunciou

qualquer coisa sobre a santificação do domingo, simplesmente porque o domingo não é

“conselho de Deus”.

Paulo também declarou que “nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e

ensinar publicamente e pelas casas” (Atos 20:20). Ocorre que ele nunca anunciou

qualquer coisa sobre a observância do domingo, porque o domingo não é “nada, que útil

seja”.

Caso do domingo fosse “conselho de Deus” ou algo “que útil seja”, Paulo jamais

teria omitido esse assunto, especialmente porque o costume arraigado entre os crentes

era guardar o sábado e não o domingo. Que espécie de pregador, apóstolo e doutor dos

gentios seria Paulo, que ensinou todo conselho de Deus, mas jamais ensinou qualquer

coisa a respeito do domingo?

78ª Razão

JESUS GUARDAVA O SÁBADO PORQUE ELE É DE DEUS.

“Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus; pois não guarda

o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia

dissensão entre eles”. (João 9:16).

Na época de Jesus Cristo os fariseus constituíam a principal seita religiosa na

Judéia. Numa ocasião eles ficaram divididos entre aprovar ou reprovar a Cristo. Um

grupo dizia que Jesus não era de Deus porque não guardava o sábado. Outro grupo dizia

que Jesus não poderia fazer milagres caso fosse um pecador.

O primeiro grupo baseava seu julgamento pela observância dos mandamentos.

Para esse grupo Jesus não poderia ser de Deus porque Ele não guardava o sábado. Logo

Jesus seria um pecador. Ocorre que o critério desse grupo está errado porque Jesus

guardava sim o sábado. O que Jesus não guardava eram as tradições impostas pelos

fariseus sobre o sábado. Ou seja, Jesus não guardava o sábado da mesma maneira como

os fariseus supunham que o sábado deveria ser guardado. Portanto, Conclui-se que Jesus

era de Deus, pois guardava o sábado da forma bíblica e não da forma farisaica.

O segundo grupo fundamentava seu julgamento pelos prodígios e sinais que

Jesus realizava. Esse grupo deduziu corretamente que Jesus não estava transgredindo o

sábado porque um pecador jamais poderia realizar aqueles milagres.

No que pese ao que pensava o primeiro grupo de fariseus, sabemos que Jesus é

de Deus; portanto Ele guardava o sábado da forma correta. Com relação ao segundo

grupo, conclui-se que Jesus guardava corretamente o sábado porque “se este não fosse

de Deus, nada poderia fazer” (João 9:33).

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90 Razões Para Guardar o Sábado

79ª Razão

NÃO É PECADO REALIZAR A CIRCUNCISÃO NO SÁBADO, TANTO

QUANTO NÃO É PECADO REALIZAR CURAS NO SÁBADO.

“Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés,

mas dos pais), no sábado circuncidais um homem. Se o homem recebe a circuncisão no

sábado, para que a lei de Moisés não seja quebrantada, indignais-vos contra mim,

porque no sábado curei de todo um homem? Não julgueis segundo a aparência, mas

julgai segundo a reta justiça”. (João 7:22-24).

A circuncisão é uma ordenança dada por Deus ao patriarca Abraão. Quatro

séculos depois, tal fato foi relatado por Moisés no Livro da Lei. Para os antigos a

circuncisão era um cerimonial, que consistia na remoção do prepúcio. Essa ordenança

facilitava a higiene local masculina, evitava o câncer peniano, e era o tratamento da

fimose.

A circuncisão era realizada na criança do sexo masculino no oitavo dia do seu

nascimento (Gênesis 17:10, 12; Levítico 12:3). Caso o oitavo dia do nascimento

ocorresse num sábado, ainda assim a circuncisão deveria ser realizada nesse dia. Deixar

de fazê-la constituía em grave transgressão ao mandado do Senhor, mesmo porque não

existe nenhum impedimento em realizá-la no sábado. O que constitui transgressão da lei

é realizar “trabalho secular” no sábado (Êxodo 20:8-11), o que não é o caso da

circuncisão, que faz parte de um pacto religioso.

Tanto a circuncisão como a santificação do sábado são determinações divinas.

Não havendo nenhum conflito ou subordinação entre elas. O que os judeus

contemporâneos de Cristo não compreendiam é que Jesus ao curar de todo um homem

no sábado estava cumprindo a mesma justiça dos fariseus em circuncidar localmente um

homem no sábado.

80ª Razão

PAI E FILHO TRABALHAM ATÉ AGORA PORQUE É LÍCITO FAZER BEM

NO SÁBADO.

“E por esta causa os judeus perseguiram a Jesus, e procuravam matá-lo;

porque fazia estas coisas no sábado. E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até

agora, e eu trabalho também. Por isso pois os judeus ainda mais procuravam matá-lo,

porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai,

fazendo-se igual a Deus”. (João 5:16-18).

Os judeus haviam estabelecido centenas de regras de atividades que não

poderiam ser realizadas no sábado. Entre elas, estava a prática da medicina, em suas

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60 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

diversas modalidades. Jesus foi severamente perseguido porque curava no sábado. Para

os judeus, qualquer espécie de cura era trabalho secular. Como resposta à perseguição

sofrida, Jesus declarou: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.

Como mantenedor de todas as coisas, o Pai trabalha em benefício do Universo

(Neemias 9:6; Salmos 65:9-10) porque em estado de necessidade é “lícito fazer bem nos

sábados” (Mateus 12:12). Existem duas razões pelo qual o Pai trabalha até agora: 1ª) Ao

contrário dos homens, Deus não se “cansa nem se fatiga” (Isaías 40:28). 2ª) Existe um

estado de necessitado que somente o Pai pode suprir.

Os judeus queriam matar a Jesus por duas razões: 1ª) Na concepção distorcida

dos fariseus, Jesus “quebrantava o sábado”. De fato, Jesus não guardava o sábado do

mesmo modo como eles guardavam, com suas tradições de origem humana. Para Jesus

o sábado é um dia “deleitoso” e um dia para “fazer bem” e não um dia de prisão. 2ª) Os

judeus queriam matar a Jesus porque Ele “dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-

se igual a Deus”, o que seria blasfêmia, caso Jesus realmente não fosse igual a Deus.

81ª Razão

O SÁBADO NÃO E QUEBRADO QUANDO EXISTE UM ESTADO DE

NECESSIDADE FAMÉLICO.

“Naquele tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos,

tendo fome, começaram a colher espigas, e a comer. E os fariseus, vendo isto,

disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado”.

(Mateus 12:1-2).

Os membros da seita dos fariseus criticaram a Jesus porque os Seus discípulos,

ao passarem por umas searas num dia de sábado, estando com fome, colherem algumas

espigas, e soltando os grãos com as mãos as comiam (Lucas 6:1).

Para essa seita o ato de colher espigas para saciar a fome momentânea era

considerado como sendo a mesma coisa que o trabalho secular de colheita; e, o ato de

tirar da espiga os grãos de cereal era tido como sendo a mesma coisa que praticar

trabalho secular de debulha.

A maneira farisaica de guardar os mandamentos de Deus não tem fundamento na

Bíblia Sagrada. As regras minuciosas que eles haviam inventado para guardar o sábado

não passavam de criações humanas. Do ponto de vista dos fariseus, a atividade dos

discípulos em colher algumas espigas no sábado para comer era atividade ilícita.

Essa seita extremista pouco se importava com o real estado de necessidade

famélico existente entre as pessoas. Em certa ocasião Jesus foi levado a fazer a seguinte

pergunta aos fariseus: “Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer bem

ou fazer mal? Salvar a vida ou matar?” (Lucas 6:9). A verdade é que os fariseus

desconheciam o fato de que é “lícito fazer bem nos sábados” (Mateus 12:12) porque o

sábado é um dia “deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra” (Isaías 58:13).

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61 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

82ª Razão

DAVI COMEU OS PÃES DA PROPOSIÇÃO PORQUE HAVIA UM ESTADO

DE NECESSIDADE FAMÉLICO.

“Ele porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e

os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães da

proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos

sacerdotes?” (Mateus 12:3-4).

Em resposta à acusação dos fariseus de que os Seus discípulos estavam

praticando uma ilicitude no sábado, ao colherem algumas espigas para comer, Jesus

mostrou-lhes que não viu nada de ilícito. Isto é evidente. Os discípulos estavam em

estado de necessidade, pois tinham fome. É claro que eles não estavam realizando

nenhum trabalho de comércio ao colherem algumas espigas para saciar a sua própria

fome.

Justificando o estado de necessidade dos discípulos, Jesus argumentou que Davi,

estando com fome, comeu os pães da proposição, os quais não lhe era lícito comer. Mas,

por que Davi comeu os pães da proposição? Comeu porque estava em estado de

necessidade famélico (I Samuel 21:1-5). Destarte, era lícito aos discípulos de Jesus, no

sábado colher e comer as espigas necessárias para saciar a própria fome, tanto quanto

era lícito Davi saciar a sua fome comendo os pães da proposição. Assim, Jesus aprovou

a observância do sábado, demonstrando que o sábado não é quebrado quando alguém

em estado de necessidade é socorrido nesse dia.

Quando os discípulos foram acusados pelos fariseus de violarem o sábado, Jesus

justificou a atitude deles como lícita de ser realizada no dia do sábado. Em nenhum

momento o Senhor declarou ou insinuou qualquer possibilidade do sábado estar sendo

violado pelo ato de se alimentar nesse dia, mesmo que seja no meio de uma plantação.

Só mesmo sendo fariseu!

83ª Razão

OS SACERDOTES NO TEMPLO VIOLAM O SÁBADO PORQUE SUAS

ATIVIDADES ERAM LÍCITAS.

“Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o

sábado, e ficam sem culpa?” (Mateus 12:5).

É fato consumado que os sacerdotes não realizavam qualquer “trabalho

secular” aos sábados. Suas atividades nos sábados se restringiam ao ritual religioso

desempenhado no Templo Sagrado. Eram atividades determinadas pelo Senhor para

serem realizadas exclusivamente no dia do sábado. O Livro da Lei registra as atividades

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62 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

que os sacerdotes deveriam realizar no Santuário aos sábados (Números 28:9-10;

Levítico 24:5-8; I Crônicas 9:32 etc.).

A regra autorizando o trabalho sacerdotal aos sábados não era aplicada a

qualquer pessoa, mas valia apenas para os sacerdotes levitas. Mesmo assim, somente

para aqueles que trabalhavam no Templo aos sábados. Suas atividades religiosas

excluíam qualquer ilicitude no sábado, especialmente porque foram ordenadas pelo

próprio Senhor.

Os sacerdotes ficavam sem culpa porque cumprir preceitos sagrados

determinados por Deus, mesmo que seja no dia do sábado, não constitui em nenhuma

transgressão. A transgressão consistiria em não realizar tais atividades, que são

perfeitamente lícitas, haja vista que foram ordenadas pelo Senhor Jeová para serem

realizadas aos sábados.

O sábado é um mandamento moral. Ele não é quebrado quando o objetivo é

fazer bem ao próximo (Mateus 12:12) ou quando a atividade realizada nesse dia é

ordenada por Deus. É por essa razão que, em suas atividades religiosas, os sacerdotes no

templo ficavam sem culpa, porque os seus serviços no sábado eram necessários e lícitos,

e não um simples trabalho mundano.

84ª Razão

O SÁBADO ERA GUARDADO NAS SINAGOGAS PELOS CRISTÃOS

GENTIOS.

“Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e

cada sábado é lido nas sinagogas”. (Atos 15:21).

O Concilio de Jerusalém mencionou a observância do sábado pelos cristãos

gentios que assistiam aos cultos religiosos nas sinagogas ao afirmar que “Moisés, desde

os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas

sinagogas”. Essa declaração somente tem sentido se o Concílio estivesse deliberando

sobre os cristãos que frequentavam as sinagogas, mesmo porque o Concílio não estavam

deliberando sobre as seitas dos fariseus ou saduceus.

Judeus e gentios cultuavam juntos nas sinagogas (Atos 13:42-44), e quando se

convertiam continuavam cultuando aos sábados na própria sinagoga. Foi exatamente

essa situação que o Concílio de Jerusalém reconheceu. Para os primeiros cristãos, o

cristianismo não representava uma ruptura com o judaísmo, mas era o legitimo

resultado do cumprimento das profecias registradas na Lei e nos Profetas.

Quando a Igreja decidiu não infligir aos conversos gentios “mais encargo

algum”, ela estava dizendo que não imporia aos cristãos gentios mais nenhuma

incumbência, além daquelas que eles já vinham recebendo das Escrituras Sagradas, haja

vista que “Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada

sábado é lido nas sinagogas” (Atos 15:21). Uma forte evidência de que os cristãos

gentios guardavam o sábado está demonstrada pelo fato dos judeus e judaizantes nunca

os terem acusados de quebrarem o sábado, como os judeus acusaram a Jesus Cristo.

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90 Razões Para Guardar o Sábado

85ª Razão

PAULO FOI FAVORÁVEL A OBSERVÂNCIA DOS MANDAMENTOS DE

DEUS.

“A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas sim a observância dos

mandamentos de Deus”. (I Coríntios 7:19).

O apóstolo Paulo declarou a importância da observância dos “mandamentos de

Deus” em detrimento da “circuncisão” ao afirmar que “a circuncisão é nada e a

incircuncisão nada é, mas sim a observância dos mandamentos de Deus” (I Coríntios

7:19).

Naquela época a Igreja estava sofrendo severo ataque por parte dos cristãos

judaizantes, os quais pregavam aos cristãos gentios que a circuncisão era essencial para

a salvação: “Alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não

vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos” (Atos 15:1).

Mesmo como cristãos, eles não abandonaram a prática das ordenanças dos

holocaustos dos dias de festas (Páscoa, Pães Asmos, Pentecostes, Trombetas, Dia da

Expiação, Tabernáculos), da Lua Nova e dos Sábados, como sendo algo necessário à

salvação. Porém, o mais grave é que eles queriam impor tais ordenanças aos cristãos

gentios: “Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo

que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés” (Atos

15:5).

Em várias ocasiões o apostolo Paulo manifestou-se contrário aos cristãos

judaizante. Ele chegou a chamar tais cristãos de “falsos irmãos” (Gálatas 2:4). Paulo

considerava a circuncisão como nada sendo; porém, ele tinha em alta conta os

mandamentos de Deus: “A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas sim a

observância dos mandamentos de Deus” (I Coríntios 7:19).

86ª Razão

PAULO TRABALHAVA DURANTE A SEMANA E NO SÁBADO PREGAVA O

EVANGELHO.

“E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por

ofício fazer tendas. E todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e

gregos. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus”. (Atos

18:3-4 e 11).

Paulo tinha por ofício fazer tendas. Estando na cidade de Corinto, juntamente

com Áquila e Priscila, ele trabalhava durante toda a semana. Porém, em obediência ao

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64 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

mandamento divino, que ordena a santificação do sábado (Êxodo 20:8-11), ele

frequentava os cultos religiosos realizados nas sinagogas aos sábados.

Paulo guardava o sábado junto com seus conterrâneos judeus, “e todos os

sábados disputava na sinagoga”. Como resultado de suas intensas atividades

evangelísticas realizadas “todos os sábados” ele “convencia a judeus e gregos”, que

convertidos continuavam cultuando na própria sinagoga.

Na cidade de Corinto a grande maioria dos conversos era de gentios. Paulo ficou

naquela localidade durante “um ano e seis meses”, o que representa 78 sábados

ensinando entre os gentios “a palavra de Deus”.

Paulo “convencia a judeus e gregos” empregando as Escrituras Sagradas,

também conhecidas como “Palavra de Deus”. Ocorre que as únicas Escrituras Sagradas

existentes naquela época e aceitas pelos judeus era o Antigo Testamento, o qual

claramente ensina a observância do sábado.

É interessante observar que durante 78 sábados ensinando a Palavra de Deus aos

gentios, em nenhum momento Paulo fez qualquer referência a respeito do domingo,

mesmo porque a Palavra de Deus ensina sobre a guarda do sábado e não do domingo.

87ª Razão

O SÁBADO FOI DADO TANTO PARA JUDEUS QUANTO PARA GENTIOS.

“E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte

lhes fossem ditas as mesmas coisas. E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a

cidade a ouvir a palavra de Deus”. (Atos 13:42 e 44).

Alguns supõem que o sábado foi dado exclusivamente para o povo judeu e

ninguém mais. Porém, a Bíblia Sagrada jamais ensinou tal heresia.

Evidentemente o sábado não foi dado somente para os judeus, mas para toda

humanidade, simplesmente porque foi dado no sétimo dia da criação, bem antes da

entrada do pecado no mundo ou da existência de qualquer judeu na face da Terra.

Além disso, várias passagens bíblicas revelam claramente que além dos judeus,

todos estrangeiros também tinham a obrigação de guardar o sábado do Senhor.

O próprio mandamento que ordena a santificação do dia do sábado impede que

judeus ou estrangeiros façam qualquer obra secular nesse dia (Êxodo 20:10). Pessoas de

todas as classes sociais, constituídas judeus e estrangeiros, deveriam descansar no

sétimo dia da semana (Êxodo 23:12).

Todos os povos gentios foram convocados para adorarem a Deus, guardarem o

sábado, abraçarem o concerto e participar das ordenanças religiosas no templo sagrado

(Isaías 56:6-7).

Durante séculos, tanto judeus quanto gentios cultuavam no sábado. Mesmo em

território estrangeiros os verdadeiros adoradores guardavam o sábado (Atos 13:42 e 44)

simplesmente porque o sábado não foi dado somente aos judeus, ainda mais

considerando que “Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34).

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65 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

88ª Razão

TANTO JUDEUS QUANTO CRISTÃOS GUARDAVAM O SÁBADO,

CONFORME MANDAMENTO BÍBLICO.

“E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia, da Pisídia, e, entrando na

sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se. E, depois da lição da lei e dos profetas,

lhes mandaram dizer os principais da sinagoga: Varões irmãos, se tendes alguma

palavra de consolação para o povo, falai”. Atos (13:14-15).

Tanto quanto os judeus, o apóstolo Paulo também guardava o sábado. A razão

para isso é que os dois grupos religiosos empregavam como base de sua fé o Antigo

Testamento. Ocorre que o Antigo Testamento ensina explicitamente que o dia de

descanso e culto divino escolhido pelo próprio Senhor Deus é o sábado.

Quando o apóstolo Paulo e sua comitiva evangelística realizavam as suas

viagens missionárias pelos países estrangeiros, no sábado eles procuravam uma

sinagoga para juntos com os seus conterrâneos judeus santificarem esse dia.

Na cidade de Antioquia, Paulo e Barnabé foram para a sinagoga no sábado e

assentando-se assistiram aos serviços religiosos realizados naquela localidade. Quando

terminou o culto religioso, os dirigentes da sinagoga deram oportunidade para Paulo e

Barnabé falarem algumas palavras de consolo para o povo. Então Paulo aproveitou a

oportunidade para pregar o evangelho aos judeus e gentios ali reunidos.

O apóstolo Paulo adquiriu o habito de fazer das sinagogas a base de pregação do

evangelho. Quando judeus e gentios convertiam-se ao cristianismo, Paulo continuava

evangelizando no sábado; muitas vezes na própria sinagoga, e jamais ensinou os

cristãos a observarem qualquer outro dia da semana, a não ser o sábado, conforme

mandamento bíblico.

89ª Razão

O DOMINGO É UMA TRADIÇÃO ANTIBÍBLICA PORQUE CONTRARIA A

PALAVRA DE DEUS.

“Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós também o

mandamento de Deus pela vossa tradição? Mas em vão me adoram, ensinando

doutrinas que são preceitos dos homens”. (Mateus 15:3 e 9).

Em nenhum lugar das Escrituras Sagradas existe mandamento ordenando

qualquer pessoa a guardar o domingo. Porém, mesmo assim, a cristandade vem

guardando o domingo como dia sagrado de repouso. Mas o fazem puramente pela

tradição e não por mandamento bíblico.

A tradição é um costume aglutinador transmitido de uma geração para outra no

decorrer dos séculos. Ela pode ser introduzida num grupo de pessoas pela prática

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90 Razões Para Guardar o Sábado

reiterada de uma doutrina, cuja repetição no decorrer do tempo a transforma numa

tradição. Para a tradição não importa a verdade, o que importa é o costume arraigado no

seio do grupo que defende tal prática.

O domingo é uma tradição antibíblica porque sua observância contraria a

Palavra de Deus. As Escrituras Sagradas claramente ordenam a observância do sábado;

mas, por força da tradição, a cristandade observa o domingo.

A cristandade pisa abertamente o sábado bíblico para guardar o domingo. Mas

Jesus tem uma advertência para esses cristãos que se negam a obedecer ao mandamento

de Deus para obedecer à tradição dos homens: “Mas em vão me adoram, ensinando

doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15:9). Pedro declarou: “mais importa

obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29). Portanto, as tradições que contrariam

as Escrituras Sagradas devem ser rejeitadas.

90ª Razão

TRADIÇÕES EM HARMONIA COM AS ESCRITURAS SAGRADAS SÃO

LÍCITAS.

“Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas,

seja por palavra, seja por epístola nossa”. (II Tessalonicenses 2:15).

Existem no seio da cristandade muitas tradições que não contrariam as

Escrituras Sagradas. Essas espécies de tradições estão em harmonia com os princípios

bíblicos. Nesse caso, sua prática não constitui pecado. Por exemplo, casar de véu e

grinalda, trocar alianças, cultuar na quarta-feira etc são tradições que não contrariam a

Palavra de Deus.

Observe o que Paulo disse a respeito das tradições que estão em perfeita

harmonia com a Palavra de Deus: “Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso

Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar desordenadamente e não

segundo a tradição que de nós recebeu” (II Tessalonicenses 3:6). Outra passagem diz o

seguinte: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos

quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (Hebreus 13:7).

As tradições em harmonia com as Escrituras Sagradas poderiam ser criadas por

“palavras”, “epístola” e “atitudes comportamentais” (II Tessalonicenses 2:15; 3:6;

Hebreus 13:7). No versículo áureo, o apóstolo Paulo ordenou que os tessalonicenses

retivessem as tradições que lhes foram ensinadas verbalmente e por escrito. Ele não diz

quais eram essas tradições, mas elas estavam em harmonia com as suas epístolas,

portanto eram perfeitamente lícitas.

Todas as tradições que estejam em conformidade com as Escrituras Sagradas são

facultativas e podem ser praticadas; porém, por serem tradições, não são obrigatórias.

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67 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Bibliografia

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[atualização do Banco de Palavras, Conselho dos Dicionários Caldas Aulete, editor

responsável Paulo Geiger]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

Bertoldo, Leandro. O Sábado à Luz da Bíblia. 1ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Litteris

Editora, 2010.

Bertoldo, Leandro. A Lei, o Sábado e o Domingo. 1ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Litteris

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Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

Davis, John D. Dicionário da Bíblia. Tradução: Rev. J. R. Carvalho Braga. 16ª edição.

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Koogan/Houaiss. Enciclopédia e Dicionário Ilustrado. Edições Delta. Rio de Janeiro:

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Nichol, Francis D. Respostas a objeções: uma defesa bíblica da doutrina adventista.

Tradução: Francisco Alves de Pontes. 1ª edição. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira,

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Pereira, José. A Cruz Antes da Cruz. 4ª edição. Curitiba, PR: Editora Tempos Ltda,

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Silva, D. Peixoto da e Siqueira, José Nunes. Calendários e Leis. Folheto. Santo André,

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Timm, Alberto R. O sábado na Bíblia: por que Deus faz questão de um dia. 1ª edição.

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http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=67

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90 Razões Para Guardar o Sábado

Epílogo

“Quando o espírito de alguém fica agitado, e ele começa a indagar dos falsos

pastores a respeito da verdade, utilizam a maneira mais fácil e melhor de alcançar o

seu objetivo e aquietar o espírito dos indagadores, embora mudando sua própria

posição para fazê-lo. A luz tem brilhado sobre muitos desses pastores, mas eles não

desejaram reconhecê-la, e têm mudado a sua posição inúmeras vezes para fugir à

verdade e evitar as conclusões a que teriam de chegar se continuassem em sua

posição anterior”. (Primeiros Escritos, 123).

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69 LEANDRO BERTOLDO

90 Razões Para Guardar o Sábado

Relação de Endereços

CONHEÇA MAIS SOBRE A BÍBLIA SAGRADA NOS SEGUINTES

ENDEREÇOS EM MOGI DAS CRUZES:

Biritiba Mirim: Av. Maria José Siqueira Melo, 280 – Centro.

Botujuru: R.Frei Bonifácio Hanrik, 240, Vl. São Paulo.

Brás Cubas: R. Odilon Afonso, 80, Brás Cubas.

Casqueiro: Estrada Servidão, 50 – Biritiba Mirim.

César de Souza: R. João Mariano de Paula, 233 C. de Souza.

Jd. São Pedro: Avenida João XXIII, 3500 – Cesar de Souza.

Cocuéra: Faz. Hollancountry, Cocuéra – Biritiba Mirim.

Jd. dos Eucaliptos: R. José Servulo da Costa, 777 – B. Mirim

Jd. Margarida: R. Fátima, 115 – Jd. Margarida.

Jd. Santa Cecília: R. Massao Kakiute, 159.

Jundiapeba: R. Benedicto de S. Branco, 80 – Vl. Stº Antonio

Mogi das Cruzes: R. Cel. Santos Cardoso, 434, Jd. Santista.

Pq. Morumbi: R. Profª Rita de Cássia M. Menezes, 270.

Pomar do Carmo: R. das Acácias, 60 – Biritiba Mirim.

Sabaúna: R. João Gomes de Farias, 21 - Sabaúna.

São Martinho: R. 11, nº 22 – São Martinho.

Socorro: R. Aristóphanes Cataldo Éboli, 305 – Socorro.

Vila Cléo: R. Pref. José de Melo Franco, 906 – Vl. Cléo.

Vila Natal: R. Desidério Jorge, 402 – Vila Natal.

Vila Nova Jundiapeba: Av. Alfredo Crestana, 590.

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