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Copyright © 2020 by Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Belo

Horizonte

Edição e revisão de conteúdo:

George Amadeu Fernandes Alves dos Santos – 1º Ten Com

Capa:

Ítalo Sérvio Carvalho – Asp Of Com

Centro de Preparação de Oficiais da

Reserva de Belo Horizonte

Guia do Aluno / Centro de Preparação

de Oficiais da Reserva de Belo

Horizonte - Belo Horizonte-MG:

CPOR-BH, 2020

p.; il.; cm

1. Guia do Aluno

CDD 001

2

JURAMENTO

"INCORPORANDO-ME AO EXÉRCITO BRASILEIRO,

PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE

AS ORDENS DAS AUTORIDADES A QUE ESTIVER

SUBORDINADO,

RESPEITAR OS SUPERIORES HIERÁRQUICOS,

TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS,

E COM BONDADE OS SUBORDINADOS,

E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA

PÁTRIA,

CUJA HONRA,

INTEGRIDADE,

E INSTITUIÇÕES,

DEFENDEREI

COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA."

COMPROMISSO DO ASPIRANTE A OFICIAL

DA RESERVA

“AO SER DECLARADO ASPIRANTE-A-OFICIAL DA

RESERVA, ASSUMO O COMPROMISSO DE CUMPRIR

NA PAZ OU NA GUERRA

OS DEVERES QUE ME COMPETEM,

PARA A SEGURANÇA E A GRANDEZA DO BRASIL,

CUJA HONRA,

INTEGRIDADE

E INSTITUIÇOES

DEFENDEREI

COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA.”

3

SUMÁRIO - MENSAGENS AOS ALUNOS, PAIS OU RESPONSÁVEIS 4

- APRESENTAÇÃO 6

1 INTRODUÇÃO 6

2 O EXÉRCITO BRASILEIRO 6

3 FINALIDADE DO CPOR 16

4 HISTÓRICO DO CPOR E SEU PATRONO, TEN CEL CORREIA LIMA 17

5 HISTÓRICO DO CPOR/BH 18

6 ANO ESCOLAR 18

7 ENSINO 20

8 AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA APRENDIZAGEM 22

9 APROVEITAMENTO, HABILITAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO 25

10 EXCLUSÃO E DESLIGAMENTO 26

11 CONDUTA DO ALUNO NA VIDA DIÁRIA 26

12 VIRTUDES MILITARES 29

13 PRESCRIÇÕES DIVERSAS 29

14 PERSPECTIVAS NA CARREIRA 30

ANEXOS

A HORÁRIO DAS ATIVIDADES DO CORPO 31

B ENXOVAL DO ALUNO 32

C TELEFONES ÚTEIS 33

D GUIA DO TREINAMENTO FÍSICO MILITAR 34

E ESCALA DE AVALIAÇÃO DA ÁREA AFETIVA 37

F ANEXO I DO REGULAMENTO DISCIPLINAR DO EXÉRCITO 38

G HINOS E CANÇÕES 45

H PRINCIPAIS UNIFORMES 54

I INSTRUÇÃO MILITAR 55

1 PÁTRIA E SÍMBOLOS NACIONAIS 55

2 PATRONOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO 61

3 ESCALA HIERÁRQUICA NAS FORÇAS ARMADAS 76

4 DISTINTIVOS DOS POSTOS E GRADUAÇÕES 77

5 INSÍGNIAS DE ARMAS, QUADROS E SERVIÇOS 78

6 FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 – FAL 79

7 FUNDAMENTOS DO TIRO DE FUZIL 88

8 PISTOLA 9mm M973 - IMBEL 97

9 PISTOLA 9mm M975 – BERETTA 106

10 FUNDAMENTOS DO TIRO DE PISTOLA 113

11 ALFABETO FONÉTICO MUNDIAL 124

12 NÓS E AMARRAÇÕES 125

13 APRESTAMENTO INDIVIDUAL 134

14 TABELAS DE GRAUS PARA AS VERIFICAÇÕES DE

TREINAMENTO FÍSICO MILITAR

143

Pág

4

A Lição da Borboleta

“Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem

sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.

Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais. Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.

A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observá-la, porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.

Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um

corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar! O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia,

era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual a natureza fazia com que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossas vidas.”

(Autor desconhecido)

5

O Sucesso

O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo, pois ao contrário, acabará perdendo seu grande amor.

O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.

Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.

Terá de planejar, enquanto os outros pemanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina. A realização de um sonho depende de dedicação.

Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém de onde está. Ilusão é o combustível de perdedores. “Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa”

(Roberto Shinyashiki)

6

APRESENTAÇÃO Caro aluno!

Agora você integra uma das instituições de maior credibilidade perante a

sociedade brasileira, o Exército. A partir do momento que você ingressou pelos

portões deste tradicional estabelecimento de ensino, passou a fazer parte da

grande família do Centro de Preparação de Oficias da Reserva de Belo

Horizonte. Sua responsabilidade a partir deste momento é enorme, pois você

representa tanto o CPOR/BH, quanto a nossa Força Terrestre.

PARABÉNS! Seja bem-vindo!

1. INTRODUÇÃO

O presente manual tem por objetivo facilitar a ambientação do aluno,

recém-matriculado, dando-lhe uma visão panorâmica da nova fase de sua vida,

que se inicia.

O oficial R/2, oriundo do CPOR, constitui elemento de real valor na

complementação dos quadros dos corpos de tropa e poderá tornar-se, quando

convocado para o Estágio de Instrução Preparatória para Oficiais Temporários

(EIPOT), importante componente das organizações militares operacionais

(podendo alcançar até o posto de 1º Tenente).

2. O EXÉRCITO BRASILEIRO

O Exército Brasileiro desenvolve um processo de transformação, que

pretende atualizá-lo em função da evolução da natureza dos conflitos

contemporâneos, resultado das mudanças da sociedade e da evolução

tecnológica aplicadas aos assuntos de Defesa, capacitando-o a contribuir na

garantia dos interesses nacionais e dispor de capacidades compatíveis com a

estatura política da Nação brasileira no cenário mundial.

Como nação livre e soberana, o Brasil mantém suas Forças Armadas

com a missão constitucional de defender a Pátria, garantir os Poderes

Constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, a lei e a ordem. O

componente terrestre das Forças Armadas é o Exército, e seus integrantes são

oriundos das mais diferentes classes sociais, crenças, raças e regiões do país.

Reúnem-se todos sob a mesma bandeira, com o mesmo propósito de defendê-la,

mesmo com o sacrifício da própria vida. Dessa diversificação de origens advém

duas características da Instituição. A primeira, o reconhecimento do valor do

homem pelo que ele é, pelo seu valor pessoal, que o projetará aos mais altos

7

postos da carreira, seja ele branco, negro, católico, espírita, etc. A segunda é a

inexistência de castas que segregam os verdadeiros anseios da nação. Esses

homens que o integram e que você passará a conhecer, vivem e trabalham

orientados por sinceros propósitos, inspirados nas virtudes de chefe e cidadão

do insigne Marechal Luis Alves De Lima e Silva, o Duque de Caxias – Patrono

do Exército Brasileiro. Aprenda com eles e neles confie para que você possa se

orgulhar de ser mais um de seus integrantes.

MISSÃO DO EXÉRCITO

1. A fim de assegurar a defesa da Pátria:

- contribuir para a dissuasão de ameaças aos interesses nacionais; e

- realizar a campanha militar terrestre para derrotar o inimigo que agredir ou

ameaçar a soberania, a integridade territorial, o patrimônio e os interesses vitais do

Brasil.

2. A fim de garantir os Poderes Constitucionais, a Lei e a Ordem:

- manter-se em condições de ser empregado em qualquer ponto do território

nacional, por determinação do Presidente da República, de forma emergencial e

temporária, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem

pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da

Constituição.

3. Participar de operações internacionais, de acordo com os interesses do

País.

4. Como ação subsidiária, participar do desenvolvimento nacional e da

defesa civil, na forma da Lei.

VISÃO DE FUTURO DO EXÉRCITO

Ser uma Instituição compromissada, de forma exclusiva e perene, com o

Brasil, o Estado, a Constituição e a sociedade nacional, de modo a

continuar merecendo confiança e apreço.

Ser um Exército reconhecido internacionalmente por seu profissionalismo,

competência institucional e capacidade de dissuasão; Respeitado na

comunidade global como poder militar terrestre apto a respaldar as

decisões do Estado, que coopera para a paz mundial e fomenta a

integração regional.

Ser constituído por pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que

professa valores morais e éticos, que identificam, historicamente, o

soldado brasileiro, e tem orgulho de servir com dignidade à Instituição e

ao Brasil.

8

SÍNTESE DOS DEVERES, VALORES E DA ÉTICA DO EXÉRCITO Patriotismo - amar à Pátria, História, Símbolos, Tradições e Nação -

sublimando a determinação de defender seus interesses vitais com o sacrifício

da própria vida.

Dever - cumprir a legislação e a regulamentação, a que estiver submetido, com

autoridade, determinação, dignidade e dedicação além do dever, assumindo a

responsabilidade pelas

decisões que tomar.

Lealdade - cultuar a verdade, sinceridade e sadia camaradagem, mantendo-se

fiel aos compromissos assumidos.

Probidade - pautar a vida, como soldado e cidadão, pela honradez, honestidade

e pelo senso de justiça.

Coragem - ter a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a decisão,

mesmo com o risco de vida ou de interesses pessoais, no intuito de cumprir o

dever, assumindo a responsabilidade por sua atitude.

FATORES CRÍTICOS PARA O ÊXITO DA MISSÃO DO EXÉRCITO

1. Comprometimento com a Missão, a Visão de Futuro e os Valores, Deveres e

a Ética do Exército.

2. Coesão, alicerçada na camaradagem e no espírito-de-corpo, capaz de gerar

sinergia para motivar e movimentar a Força na consecução de seus objetivos.

3. Liderança que motive direta ou indiretamente, particularmente pelo

exemplo, o homem e as organizações militares para o cumprimento, com

determinação, da Missão do Exército.

4. Qualificação profissional e moral, que desenvolva a autoconfiança,

autoestima e motivação dos componentes da Instituição, reforce o poder de

dissuasão do Exército e, ainda, contribua para a formação de cidadãos-soldados

úteis à sociedade.

5. Tecnologia moderna e desenvolvida, buscando reduzir o hiato em relação

aos exércitos mais adiantados e a dependência bélica do exterior.

6. Equipamento adequado em qualidade e quantidade para conferir, no campo

material, o desejado poder de dissuasão à Força Terrestre.

7. Adestramento capaz de transformar homem, tropa e comando (desde os

escalões elementares) num conjunto harmônico, operativo e determinado no

cumprimento de qualquer missão.

8. Integração Interforças nas operações combinadas e atividades de cunho

administrativo em tempo de paz, compartilhando e otimizando recursos.

9. Excelência Gerencial, caracterizada pela contínua avaliação, inovação e

9

melhoria da gestão, que resulte na otimização de resultados, seja do emprego de

recursos, seja dos processos, produtos e serviços a cargo da Força.

10. Integração à Nação, identificando suas necessidades, interpretando seus

anseios, comungando de seus ideais e participando de suas realizações,

conforme nossa Missão Constitucional ou por meio deAções Subsidiárias.

CARACTERÍSTICAS DA PROFISSÃO MILITAR

a. Risco de vida

b. Sujeição a preceitos rígidos de disciplina e hierarquia

c. Dedicação exclusiva

d. Disponibilidade permanente

e. Mobilidade geográfica

f. Vigor físico

g. Formação específica e aperfeiçoamento constante

h. Proibição de participar de atividades políticas

i. Proibição de sindicalizar-se e de participar de greves ou de qualquer

movimento

reivindicatório.

j. Restrições a direitos trabalhistas

k. Vínculo com a profissão

l. Consequências para a família

A Carreira Militar

O processo de ascensão funcional na carreira militar difere das práticas

existentes nas demais

instituições.

Os postos e as graduações dos militares são indispensáveis, não só na

guerra, mas também em tempo de paz, pois traduzem, dentro de uma faixa

etária específica, responsabilidades e a

habilitação necessária para o exercício dos cargos e das atribuições que lhes são

correspondentes.

O militar exerce, ao longo de sua carreira, cargos e funções em graus de

complexidade crescente, o que faz da liderança fator imprescindível à

instituição. Esses aspectos determinam a existência de um fluxo de carreira

planejado, obediente a critérios definidos, que incluem a higidez, a capacitação

profissional e os limites de idade, tudo isto influindo nas promoções aos postos

e graduações subsequentes.

10

A EVOLUÇÃO ORGANIZACIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Exército no Império

Na segunda metade do século XIX, no Brasil Império, ocorreram

profundas modificações na estrutura do Exército, coerentes com os progressos

da arte militar mundial.

Coube ao Marechal Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias,

figura ímpar nas lutas internas do Império pela preservação da unidade nacional,

executar relevantes alterações na estrutura organizacional do Exército

Brasileiro. Quando ministro da Guerra, lançou pela primeira vez, em nosso

Exército, em 1855, as bases da chamada Nova Escola, visando a renovar a

doutrina vigente e enquadrá-la às exigências da época. Propôs a adaptação da

tática elementar das três Armas (Infantaria, Cavalaria e Artilharia), contida nas

ordenanças portuguesas, então em vigor no Exército, dando-lhe fisionomia e

personalidade tipicamente brasileiras.

Declarada a Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870), o Exército foi

reorganizado durante as primeiras operações de combate. A Força só alcançou

seu pleno desenvolvimento depois de Caxias assumir o comando em 1867.

Sofreu muitas modificações no decorrer do conflito e chegou à forma de três

corpos-de-exército, que integravam divisões de Infantaria, Cavalaria, brigadas

de Artilharia, batalhões de Engenharia, esquadrões de Transporte, repartições de

Saúde, polícias de Acampamentos e órgãos de Serviços. Cumpre destacar, na

constituição desse Exército, a presença de 60 batalhões de voluntários e de

numerosa guarda nacional.

Nova estrutura organizacional do Exército ocorreu em 1887, sob a

direção do Marechal Manuel Luís Osório, quando Ministro da Guerra. A Força

foi constituída de unidades de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e

Transporte.

Exército Republicano

Não houve grandes alterações no efetivo da Força: foram ampliados o

número de unidades e os quadros (oficiais e sargentos).

A Guarda Nacional foi reformada pelo governo provisório, para ajustá-la

à nova organização política do Brasil. Por decreto de 5 de dezembro de 1890,

ela tomou o caráter de milícia federal e reserva do Exército, subordinada ao

Ministério da Justiça e, em cada estado, seu comando passou a ser exercido por

um oficial reformado do Exército.

A promulgação da Constituição de 1891 gerou a primeira reforma

relevante do Exército, na República, com a extinção, no mesmo ano, dos antigos

11

Comandos das Armas e a criação dos Distritos Militares, não como divisão

territorial de inspeção, mas como comandos de tropa, que acumularam os

Comandos de Guarnição e Comandos de Fronteira.

Em 1898, o Exército encontrava-se organizado da seguinte maneira:

- Ministério da Guerra, cujo órgão central era a Secretaria da Guerra,

dirigida pelo próprio ministro; Estado-Maior do Exército; Intendência-Geral da

Guerra; Direção-Geral de Engenharia; Diretoria de Saúde; Contadoria Geral da

Guerra; e sete distritos militares:

1º Amazonas ao Piauí, com sede em Manaus;

2º Ceará a Pernambuco, com sede em Recife;

3º Alagoas à Bahia, com sede em Salvador;

4º Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, com sede no

Rio de Janeiro;

5º Paraná e Santa Catarina, com sede em Curitiba;

6º Rio Grande do Sul, com sede em PortoAlegre e

7º Mato Grosso, com sede em Corumbá.

As colônias militares surgiram nesse período com a tarefa de facilitar a

colonização do interior e guarnecer as longínquas fronteiras. Perduraram até

1913, recebendo foros de cidades.

Ressurgiram com a criação das unidades de fronteira em 1930, que

receberam a mesma missão das antigas colônias.

O ensino militar foi reorganizado. Os estabelecimentos de ensino

instituídos foram os seguintes: as escolas regimentais; o Colégio Militar; as

escolas preparatórias e de tática de Realengo e Rio Pardo e a Escola Militar do

Brasil.

Merece destaque, ainda nessa reorganização promovida pelo ministro

Mallet, a criação, em 1899, do Tiro Nacional, mais tarde transformado em Tiro-

de-Guerra. Os tiros-deguerra estão até hoje em funcionamento em todo o País,

como instituições auxiliares da

preparação das reservas do Exército.

A tropa foi organizada por Armas, cujas diferentes unidades se

agrupavam em cinco brigadas estratégicas: três de Cavalaria, uma mista e

unidades independentes ou isoladas.

Exército Pós - I Guerra Mundial

Por efeito da Primeira Guerra Mundial, em 1918 procederam-se novas e

importantes modificações na estrutura do Exército. Extinguiu-se a Guarda

Nacional, que passou a constituir o Exército de 2ª Linha, cuja subordinação

passou do Ministério da Justiça para o da Guerra.

Os efeitos dessa reforma duraram pouco. As brigadas estratégicas foram

12

transformadas em divisões de Infantaria, de organização quaternária. As

Inspeções Permanentes transformaram-se em Regiões Militares. Pouco depois,

com a Missão Militar Francesa, contratada em 1919, processaram-se grandes

transformações, que se fizeram sentir a partir de 1921.

Entraram em atividade novos estabelecimentos de ensino sob a ação

direta de instrutores franceses: a Escola deAperfeiçoamento de Oficiais e a

Escola de Estado-Maior, onde foi criado um curso de revisão para os oficiais

anteriormente diplomados.

Exército Pós - II Guerra Mundial

Constituiu-se, em 1941, uma comissão mista Brasil-Estados Unidos da

América (EUA), de cujos trabalhos resultou a Força Expedicionária Brasileira

(FEB).

Também no ano de 1946 ressurgiu a Lei de Organização do Exército,

criada em 1935. Nos seis anos seguintes processou-se o reajuste do Ministério

da Guerra. Em 1952 este passou a ser constituído pelos seguintes órgãos: o Alto

Comando, a Inspetoria Geral do Exército, o Estado-Maior do Exército, o

Departamento Geral de Administração, o Departamento Técnico e de Produção

e os Comandos das Armas. Estes corresponderam a quatro zonas militares, os

presumíveis teatros de operações, e a Secretaria-Geral do Ministério da Guerra.

Junto ao ministro acomodaram-se, além de órgãos eventuais, os permanentes: a

Comissão de Economia da Guerra, a Consultoria Jurídica do Ministério da

Guerra e a Comissão de Orçamento. Existia ainda um Conselho Superior do

Comando e Administração, que se constituiu com o inspetorgeral, os chefes do

Estado-Maior do Exército, do Departamento-Geral de Administração, do

Departamento Técnico e de Produção e os comandantes das Armas.

No ano de 1956, foram criados os Exércitos (I , II, III e IV) e o Comando

Militar da Amazônia, com sede em Belém do Pará. A articulação da Força no

território nacional era semelhante à dos dias atuais.

Guerra Moderna

Nas décadas de 1960 e 1970, foram lançadas as bases para a

reformulação da Doutrina Militar Brasileira, sendo introduzida nova

metodologia de planejamento, e criadas as divisões de Exército, constituídas por

um número variável de brigadas em substituição às antigas divisões de

Infantaria.

Também foram criados diferentes tipos de brigadas e batalhões, com

destaque para as brigadas blindadas e os batalhões logísticos. Foi implementada

nova estrutura para as regiões militares (RM), através do Projeto RM, dando-

13

lhes maior flexibilidade organizacional e melhor desempenho das atividades

logísticas. Foram criados os parques regionais de manutenção, subordinados às

RM, organizações fundamentais para a permanente manutenção dos

equipamentos e materiais da Força Terrestre.

Em 1985, foram extintos os I, II, III e IV Exércitos, e criados os

comandos militares de área, cuja organização perdura até os dias atuais.

Força Terrestre 2000

O ano de 1990 significou o fim da etapa de curto prazo do planejamento

que teve por objetivo modernizar a Força. O reaparelhamento efetivado logrou

importantes realizações, principalmente quanto ao completamento das

organizações militares, no desenvolvimento da “Aviação do Exército”, na

informatização, na ampliação de campos de instrução e no Sistema de Comando

e Controle.

A estrutura organizacional do Exército Brasileiro encontra-se,

atualmente, integrada à estrutura de comando no âmbito do Ministério da

Defesa e com as demais Forças Singulares perfeitamente ajustadas às metas

estratégicas estabelecidas no SIPLEx.

A Força Terrestre está organizada e articulada em Força de Segurança

Estratégica e reservas Local, Estratégica e Geral, localizadas em áreas

estratégicas, desde o tempo de paz, com o objetivo de manter a integridade da

fronteira terrestre e atuar eficazmente no cumprimento da missão constitucional.

Ao final de 2000, foram extintos o Departamento de Material Bélico e o

Departamento-Geral de Serviços, que deram lugar ao Departamento Logístico.

No dia 03 de fevereiro de 2000, o comandante do Exército, após meditar

sobre os destinos da Força Terrestre e avaliar em profundidade as conjunturas

que a afetam, expediu as "Orientações Gerais ao Exército".

As premissas básicas consideradas pela Força Terrestre no processo de

sua reestruturação foram as seguintes:

- transição da Estrutura Militar de Paz para a Estrutura Militar de

Guerra;

- priorização das áreas estratégicas;

- implantação gradual; e

- restrições orçamentárias.

No decorrer dos longos estudos efetuados pelo Comando da Força

Terrestre e escalões subordinados, foram definidos aspectos que materializam as

prioridades do Exército Brasileiro e a necessidade de racionalização dos meios

disponíveis. São os seguintes:

- a conveniência de reunir atividades afins em um mesmo órgão de

14

Direção Setorial;

- a otimização do Sistema de Comando e Controle;

- a Logística operacionalizada por atividades funcionais em detrimento

dos serviços técnicos;

- a existência das seguintes áreas estratégicas prioritárias: Amazônia,

Centro-Oeste e Bacia do Prata;

- a necessidade de adequada capacitação para resposta efetiva e

compatível com situações de crise e guerra; e

- o exercício, de forma seletiva, da Estratégia da Presença em todo o

território nacional.

ORGANIZAÇÃO BÁSICA DO EXÉRCITO

15

A FORÇA TERRESTRE

A Força Terrestre está presente em todo o território nacional, o qual é

dividido em sete comandos militares de área. Esses grandes comandos são

constituídos por Divisões de Exército, Brigadas e

Organizações Militares de diversas naturezas e, para fins de apoio logístico e

defesa territorial, são divididos em regiões militares (RM), conforme

constituição mostrada abaixo.

Os COMANDOS MILITARES DE ÁREA são responsáveis pelo

planejamento, preparo e emprego das tropas em sua área. As REGIÕES

MILITARES (RM) coordenam as actividades logísticas de suprimento,

manutenção, transporte, saúde e pessoal, além de participarem do sistema do

Serviço Militar e de realizarem obras nos quartéis, em sua área de jurisdição.

1) Comando Militar da Amazônia (CMA) - Sede: Manaus-AM

12ªRM: Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima;

8º RM: Pará, Amapá, Imperatriz/MA e parte do norte de Tocantins.

2) Comando Militar do Nordeste (CMNE) - Sede: Recife-PE

6ª RM: Bahia e Sergipe;

7ª RM: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas;

10ª RM: Ceará, Piauí e Maranhão (exceto Imperatriz).

3) Comando Militar do Oeste (CMO) - Sede: Campo Grande-MS

9ª RM: Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

4) Comando Militar do Planalto (CMP) - Sede: Brasília-DF

11ª RM: Distrito Federal, Área do Triângulo Mineiro, Goiás e Tocantins

(exceto área da 8ª RM).

5) Comando Militar do Leste (CML) - Sede: Rio de Janeiro-RJ

1ª RM: Rio de Janeiro e Espírito Santo;

4ª RM: Minas Gerais (exceto o Triângulo Mineiro).

6) Comando Militar do Sudeste (CMSE) - Sede: São Paulo-SP

2ª RM: São Paulo.

7) Comando Militar do Sul (CMS) - Sede: Porto Alegre-RS

3ª RM: Rio Grande do Sul;

5ª RM: Paraná e Santa Catarina.

16

O SISTEMA DE ENSINO DO EXÉRCITO

A Estrutura de Ensino no Exército Brasileiro

O DECEx - Departamento de Educação e Cultura do Exército tem por objetivo

conduzir, no âmbito do Exército, as atividades relativas ao ensino, educação

física, desporto, pesquisa e desenvolvimento nas áreas de doutrina e pessoal.

A Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento (DFA) é o órgão de apoio técnico-

normativo do DECEx, que tem como missão-síntese: formar, aperfeiçoar e

proporcionar altos estudos militares.AEsPCEx é subordinada a esta Diretoria.

Escolas de Formação

ECEME - Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

ESAO - Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

AMAN - Academia Militar das Agulhas Negras

EsSA - Escola de Sargentos das Armas

EASA - Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas

EsPCEx - Escola Preparatória de Cadetes do Exército

CPOR - Centro de Preparação de Oficiais da Reserva e

NPOR - Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva

3. FINALIDADE DO CPOR/BH

Missão do CPOR - formar o Aspirante-a-Oficial da reserva da 2ª

classe, habilitando-o a ingressar no Corpo de Oficiais da Reserva do Exército

Brasileiro, bem como prepará-lo para o serviço ativo como oficial temporário.

O CPOR tem por finalidade a formação básica, moral, físico e técnico-

profissional, do oficial subalterno das Armas, do Quadro de Material Bélico e

do Serviço de Intendência, da reserva de segunda classe do Exército, para o

desempenho de funções de comando das frações elementares da tropa, na guerra

e na paz. É, portanto, um vigoroso elo que liga o Exército ao meio civil, o que

empresta significativa importância à sua missão.

Organizado com base na hierarquia e na disciplina como seus pilares

básicos, o Exército, através do CPOR, irá prepará-lo a fim de que possa

receber e assimilar, em pouco tempo, os conhecimentos básicos e necessários

à formação do Aspirante-a-Oficial da Reserva (deixando-o em condições de

comandar pequenas frações).

17

4. HISTÓRICO DOS CPOR E SEU PATRONO, O Ten Cel

CORREIA LIMA

Descendente de família de militares, Luiz de Araújo Correia Lima

nasceu em Porto Alegre, em 4 de Novembro de 1891, sendo o filho mais velho

do General-de-Divisão Gonçalo Correia Lima e de Ana Caroilna Lima. Em 26

de Setembro de 1907, sentou praça como soldado, no extinto 17º Batalhão de

Infantaria, sediado em Porto Alegre, onde prestou concurso para a Escola

Militar. Aluno dedicado, permanentemente figurou entre os primeiros

classificados nos cursos das Escolas Militares que frequentou.

Em 1916, contraiu matrimônio com a Sra. Marina de Sousa e Melo,

advindo dessa união, cinco filhos, dos quais, os dois mais velhos,

prosseguiram na carreira militar.

Em sua carreira militar destacam-se:

- Atividades de vigilância do litoral e da costa brasileira, na região de

Rio Grande, durante a 1ª Guerra Mundial (com o 17º grupo de Artilharia);

- Atuação como Instrutor da Escola Militar do Realengo, durante a

chamada "Missão Indígena";

- Combatente do 1º Grupo de Artilharia Pesada, na Revolução de 1924;

- Idealização dos Centros de Preparação de Oficiais da Reserva

(CPOR), sendo o primeiro Comandante do CPOR do Rio de Janeiro, o

precursor de todos os CPOR do Brasil, em 1927.

Em decorrência da ausência de formação de uma reserva eficiente para o

Exército Brasileiro, o então Capitão Luiz de Araújo CORREIA LIMA, cheio

de ideais, lançou-se em busca de uma solução para o problema e após muito

esforço, conseguiu autorização para instruir alguns jovens acadêmicos no

quartel do Primeiro Grupo de Artilharia Pesada, (hoje 21º GAC 105 AR, Rio de

Janeiro-RJ), com o firme propósito de torná-los Oficiais da Reserva. Passou a

organização de uma verdadeira Academia Militar da Reserva, criando os cursos

de Infantaria, Cavalaria e Artilharia. Nasceu assim, em 1927, o Centro de

Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) no Rio de Janeiro, servindo de

modelo para a criação de outros CPOR em várias capitais, bem como dos

futuros Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR), que funcionam

no Corpo de Tropa.

Tal iniciativa foi de grande valor para nós, brasileiros, durante a 2ª

Guerra Mundial, quando cerca de 1/3 dos oficiais subalternos provinham dos

CPOR. Podiam avançar, ombro a ombro, com os oficiais da ativa, irmanados

pelo mesmo sentimento do dever e amor à Pátria e com o mesmo gabarito

profissional.

Correia Lima não viu sua obra completada. Servia como Major,

18

promovido por merecimento, em Curitiba, comandando o 1º Grupo do 9º

Regimento de Artilharia Montada, quando irrompeu a Revolução de 1930. Fiel

à ordem vigente, foi atacado de surpresa em seu Quartel, local onde viria a ser

assassinado pelos revoltosos, no dia 5 de setembro de 1930. Pela firmeza dos

seus ideais, os revoltosos sabiam de antemão que ele não se entregaria...

No dia 13 de outubro de 1930, foi promovido a Tenente-Coronel "post-

mortem ", por ato de bravura.

5. HISTÓRICO DO CPOR/BH

O CPOR, na 4ª Região Militar, foi criado em 20 de fevereiro de 1930,

na cidade de Juiz de Fora, anexo ao 10º Regimento de Infantaria. No dia 02 de

abril de 1930, foi inaugurado o CPOR, em Juiz de Fora, instalado no Ed.

Alfândega, em sede provisória, marcando o nascimento da preparação do

oficial da reserva de 2ª classe em Minas Gerais.

No dia 26 de maio do ano de 1936 foi emitida a ordem para que se

efetivasse a mudança do CPOR para Belo Horizonte.

Em janeiro de 1976, o CPOR/BH foi desativado, encerrando

oficialmente suas atividades. Na primeira fase de 1930 a 1976, foram formadas

quarenta e seis turmas de Aspirantes-a-Oficial da Reserva de 2ª classe.

Treze anos depois, o CPOR-BH é reativado e sua instalação oficial é

realizada no dia 1º de janeiro de 1989, nas dependências do Colégio Militar de

Belo Horizonte onde se mantém até os dias atuais.

6. ANO ESCOLAR

Para efeito de instrução, o ano escolar está organizado da seguinte

maneira:

a. Período Básico (P Bas)

Com a finalidade de adaptar o aluno à vida militar e escolar no CPOR

e a sua formação básica de enquadramento profissional.

- É constituído, geralmente, de 16 (dezesseis) Semanas de Instrução (SI),

culminando com a Escolha das Armas ou Serviço de Intendência.

b. Documentação

No início do ano é confeccionada pela Sargenteação do CPOR/BH uma

pasta contendo todas as informações da vida do aluno. Para isso é necessário:

1) Cópia da Identidade, do CPF, do título de eleitor e PIS/PASEP (se

possível na mesma folha);

19

2) Cópia e original do comprovante de endereço (água, luz ou telefone);

3) Certificado de Alistamento Militar (CAM);

4) Comprovante de matrícula em Estabelecimento de Ensino Superior.

OBS: O aluno tem que providenciar toda a documentação para o internato, 1ª

Semana de Instrução (1ª SI).

c. Escolha de Arma ou Serviço

O Exército Brasileiro possui Armas, Quadros e Serviços que

desempenham, em combate, funções específicas. As armas de combate são a

Infantaria e a Cavalaria e as de apoio ao combate, a Artilharia, a Engenharia e as

Comunicações. O Serviço de Intendência proporciona o apoio logístico e o

Quadro de Material Bélico, manutenção e assistência técnica de material bélico.

Ao final do Período Básico, os alunos farão a escolha de arma ou serviço, sendo

para isso, classificados segundo a média geral obtida no Período Básico.

PORTANTO, PARA QUE VOCE ESCOLHA O CURSO DA SUA

PREFERÊNCIA, É IMPORTANTE QUE OBTENHA BONS RESULTADOS E,

CONSEQUENTEMENTE, UMA BOA CLASSIFICAÇÃO.

Todas as Armas, Quadros e Serviços são importantes para o Exército. Não

há vitória em combate atingida por uma arma isoladamente. Todas são

interdependentes, e só um eficiente trabalho de conjunto levará um exército ao

cumprimento da sua missão. O oficial da reserva, ainda que não convocado para

o serviço ativo em tempo de paz, fica, até à idade limite de convocação em tempo

de guerra, ligado à Arma, Quadro ou Serviço que escolheu quando aluno do

CPOR.

A ESCOLHA DA ARMA, QUADRO OU SERVIÇO É UMA DECISAO

MUITO IMPORTANTE NA SUA VIDA.

Além disso, procure observar as matérias de cada curso. Verificando-as,

você poderá identificar as que mais lhe atraem. Leve em conta suas aptidões e

suas inclinações, de forma encontrar a arma ou serviço de sua preferência. As

palestras realizadas durante o Período Básico pelos instrutores dos Cursos,

também auxiliarão na sua escolha. Porém, nunca se deixe levar por alegadas

vantagens pecuniárias futuras ou quantidade de vagas para estágios, pois são

variáveis. Nenhuma Arma, Quadro ou Serviço poderá garantir estágios de serviço

para um número pré-determinado de aspirantes. As tarefas e carga horária são

equivalentes em todos os Cursos.

Respeite a sua pessoa. Faça sua escolha por si mesmo. Pese as orientações

recebidas, suas aptidões e inclinações e decida-se acertadamente.

20

d. Período de Formação e Aplicação (PFA)

Com o objetivo de formar o Aspirante-a-Oficial mobilizável da Arma de

Infantaria, Comunicações ou do Serviço de Intendência, desenvolve os

atributos morais, psicológicos, intelectuais e físicos inerentes ao Oficial do

Exército Brasileiro.

- É constituído, geralmente, de 26 (vinte e seis) Semanas de Instrução

e. Carga horária

As instruções serão ministradas com carga horária de,

aproximadamente, 05 (cinco) horas diárias, no período da manhã, exceção feita

nas primeiras semanas do Período Básico e outros períodos que se fizerem

necessários. Durante o ano ocorrerão exercícios no terreno e Pedidos de

Cooperação de Instrução (PCI).

f. Encerramento do Curso

A declaração de Aspirante-a-Oficial será realizada em cerimônia solene,

regulada pelo Diretor de Ensino do CPOR. Na oportunidade serão conferidos

os seguintes prêmios:

(1) Prêmio Ten Cel Correia Lima (medalha e diploma) aos Aspirantes-a-

Oficial que se classificarem em primeiro lugar em seus respectivos cursos; e

(2) Diploma de “Melhor Atirador Combatente” e de “Combatente de

Melhor Aptidão Física”.

7. ENSINO

O Ensino no CPOR será conduzido de forma a visar também à ação

educativa- social, face à heterogeneidade de origem dos alunos. A ação

educacional privilegiará os objetivos da área afetiva e, para sua consecução,

todos os integrantes do CPOR/CM-BH contribuirão com atitudes,

comportamentos e apresentação pessoal. Neste sentido, deve avultar a

aprendizagem social modelada pelo ensino entendido não apenas como

transmissão de técnicas e conhecimento.

O aluno do CPOR tem dupla responsabilidade, uma de MILITAR e a

outra de UNIVERSITÁRIO. Assim, este Centro envidará todos os esforços

em pesquisas, planejamento e execução da instrução de modo a permitir que o

público-alvo, o aluno, cumpra bem esta dupla responsabilidade.

As instruções que serão ministradas abrangerão aspectos operacionais e

administrativos compatíveis com os estágios a que os alunos serão submetidos,

não sendo, a rusticidade na instrução militar, incompatível com a cultura

geral e com a sociabilidade que serão transmitidas aos alunos.

Os alunos serão instruídos no sentido de desenvolver ao máximo o

21

espírito de corpo e as virtudes militares, assimilando os fundamentos da

democracia e a missão constitucional do Exército Brasileiro. Para isso, é

necessária uma sólida formação moral, o desenvolvimento de um vigor físico

compatível e uma perfeita assimilação dos conhecimentos básicos profissionais,

requisitos indispensáveis para o desempenho das funções do Oficial Subalterno.

a. Avaliação da Área Afetiva

A avaliação dos atributos da área afetiva (AAA) consiste na apreciação

de comportamentos dos discentes, uma vez que é a mudança qualitativa e

valorizada de comportamento que se busca em educação. A avaliação é um

processo contínuo, dinâmico, interativo e direcionado para determinados

resultados.

O aluno durante o ano letivo será observado e avaliado pelos instrutores

e monitores do CPOR em 20 (vinte) pautas divididas em 05 (cinco)

atributos previstos.

b. Controle de Pontos Perdidos

Conforme previsto no Regulamento dos CPOR/NPOR, o limite máximo

de pontos perdidos, durante o ano letivo, para efeito de exclusão de aluno, é

de 25% do número de sessões de instrução, num total de 367 pontos.

O aluno que ultrapassar o número limite de pontos perdidos, citados

na letra anterior, será desligado do CPOR.

O aluno perderá um ponto por sessão de aula, instrução ou atividade

escolar, de duração aproximadamente igual a 01 (uma) hora, que não

comparecer, ou a que não assistir integralmente, desde que a falta seja

justificada, e o triplo de pontos se não justificada.

O aluno perderá o máximo de 10 pontos se deixar de comparecer ou

assistir parcialmente a um trabalho escolar, de duração superior a 08 (oito)

horas, quando sua falta for justificada, e o triplo de pontos, quando não

justificada.

O controle de pontos perdidos é atribuição da sargenteação do CPOR

que publicará em BI, mensalmente, a relação de pontos perdidos por alunos, no

mês considerado e no seu total.

c. Justificativa de faltas normais

A frequência e a pontualidade reveladas pelo aluno do CPOR, durante

o Curso, constituem elementos de muita importância, representando dedicação

ao serviço e noção de cumprimento do dever. Por isso, esses aspectos são

levados em consideração especial na emissão do conceito individual final.

O aluno que faltar ou chegar atrasado a qualquer atividade será

considerado faltoso. Deverá, desse modo, obedecer às normas que abaixo se

22

seguem para justificar suas faltas:

- o aluno impossibilitado de comparecer ao curso deverá participar ao

Instr Ch, pelo meio mais fácil e rápido possível (telefone, companheiro,

presença de pessoa da família, etc..) tal impossibilidade. Essa comunicação

deve chegar ao conhecimento do Instrutor chefe, no início do expediente do dia

em que ocorrer a falta;

- em princípio não haverá justificativa para falta ao expediente ou ao

serviço. O aluno, que tiver qualquer problema de saúde, deverá procurar o

Médico do CPOR, para que o mesmo possa avaliar se convêm, ou não,

dispensá-lo de atividades programadas. Não serão aceitos atestados médicos de

fora do CPOR sem a confirmação e homologação pelo médico da Unidade.

8. AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA APRENDIZAGEM

a. Tipos de avaliações

A avaliação do rendimento da aprendizagem, ou a forma como o aluno

será avaliado durante o ano letivo, terá as seguintes etapas:

(1) Avaliação Diagnóstica (ou de sondagem) – AD

Esta modalidade poderá ser utilizada antes do início da disciplina,

com a finalidade de conhecer a situação sócio-afetiva do discente e verificar

seus conhecimentos em relação aos objetivos de ensinos fixados para a

disciplina.

(2) Avaliação Formativa (ou de acompanhamento) – AF

É realizada ao longo do processo ensino-aprendizagem, fornecendo

informações detalhadas ao docente e ao discente, durante o desenvolvimento

do referido processo levando-o a preparar-se mais adequadamente,

habituando-o a esforçar-se nos estudos, evitando, com isso, adiamento do

mesmo e acúmulo de conteúdos. A avaliação formativa não resulta em notas,

sendo mais importante fornecer ao discente uma contínua análise dos seus

acertos e erros.

(3) Avaliação Somativa (ou resultado final) – AS

É realizada ao final de uma Unidade Didática (UD), ou conjunto

de UD, ou ainda de uma disciplina, visando verificar o alcance de objetivos

que envolvam habilidades com maior nível de complexidade, classificar e

divulgar os resultados obtidos pelos discentes.

b. Elaboração das avaliações

(1) Todas as avaliações (provas) serão montadas pelo instrutor da

matéria, auxiliado pela Seção Técnica de Ensino sendo terminantemente

proibido o conhecimento do conteúdo da mesma pelo aluno, até a hora da sua

realização.

23

(2) A prova poderá ser escrita, prática ou de execução, gráfica ou

mista, dependendo dos objetivos propostos em cada assunto. Ainda poderão

ser individuais, em grupos ou mistas.

c. Aplicação das provas

(1) O calendário para aplicação das provas está contido nos anexos de

acordo com o PGE 2019 do CPOR.

(2) O aluno deverá estar na sala de aula ou local designado para as

realizações das provas, portando todo o material para a realização, no mínimo

10 (dez) minutos antes do seu início.

(3) Ficar atento a todas as instruções dadas pelo aplicador e obedecer a

todas as recomendações a respeito da realização da prova.

(4) O aluno terá o direito de, nos 15 (quinze) primeiros minutos após o

início da prova, tirar quaisquer dúvidas acerca da mesma, exceto sobre a

interpretação das proposições, podendo, nesse tempo, pedir ao aplicador a

substituição de sua prova, caso não esteja devidamente legível. Não será

permitida a entrada do aluno para a sala de aula ou local de aplicação da prova

depois de passado esse tempo.

(5) Não será permitido, durante a realização da prova, a troca ou

empréstimo de qualquer material por parte dos alunos, bem como a condução,

para o local de aplicação da mesma, de material não autorizado pelo aplicador.

(6) O aluno será avisado, pelo aplicador, quando faltar 10 (dez) minutos

para o término da prova. Ao fim desse tempo, será determinado que se levante e

pare de escrever.

(7) Será devidamente penalizado o aluno que for pego usando de meios

ilícitos (cola) ou prestar qualquer tipo de informação durante a realização da

prova, sendo ainda sujeito às sanções disciplinares regulamentares, previstas

no RDE (Regulamento Disciplinar do Exército).

(8) O gabarito da prova será fixado em local de fácil acesso, 15

(quinze) minutos antes do término da mesma e retirado 30 (trinta) minutos após

o seu término.

d. Julgamento das provas

O julgamento de uma prova consta das seguintes fases:

(1) Correção: é a valorização do trabalho realizado pelo aluno. Sua

expressão numérica é o grau bruto obtido (GBO) pelo aluno. Na correção da

prova, poderão ser penalizados, os erros grosseiros de português, notadamente

os de ortografia e concordância, em uma percentual de 1 a 5% do total dos

escores previstos no barema de correção. Pode ainda, a prova, servir de subsídio

para a conceituação dos alunos.

(2) Apuração: é a interpretação dos valores escala atribuídos a uma

24

prova. Composta de duas operações: transformação do grau bruto obtido (GBO)

em nota e determinação das menções correspondentes às notas. Essa é a

expressão numérica do resultado da prova, e varia de 0 a 10, sendo calculada

com aproximação até centésimos.

(3) Menção: a determinação das menções é feita de acordo com as

seguintes faixas de distribuição:

NOTA MENÇÃO

Até 4, 999 I (INSUFICIENTE)

De 5, 000 a 5, 999 R (REGULAR)

De 6, 000 a 7, 999 B (BOM)

De 8, 000 a 9, 499 MB (MUITO BOM)

De 9, 500 a 10, 000 E (EXCELENTE)

e. Análise dos resultados das provas

É realizada pela Seção Técnica de Ensino e visa proporcionar subsídios

para aperfeiçoar as atividades docentes, tendo as seguintes finalidades:

(1) apontar as dificuldades dos alunos em atingir os objetivos pré-

fixados;

(2) classificar as proposições de uma prova quanto ao nível de

dificuldade (fácil, média, difícil e muito difícil);

(3) identificar proposições que apresentarem dupla interpretação por

parte dos alunos; e

(4) verificar falhas de orientação da aprendizagem.

f. Divulgação dos resultados

A divulgação dos resultados das verificações chegará a todos os

envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

O aluno terá o direito de ver a sua prova corrigida antes da

publicação em Boletim Interno, podendo, caso não concorde com o

resultado e devidamente amparado, solicitar um pedido de revisão da mesma.

g. Falta à prova

O aluno que faltar a qualquer prova poderá fazê-la em segunda

chamada, desde que a falta tenha sido motivada por doença, luto ou acidente,

devidamente comprovados, ou outro motivo julgado relevante pelo Diretor de

Ensino (Dir Ens). Caso contrário, terá a nota 0,0 (zero), sem prejuízo das

possíveis sanções disciplinares.

25

9. APROVEITAMENTO, HABILITAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

a. Aprovação no Período Básico (P Bas)

(1) Será considerado aprovado, o aluno que ao término do Período

Básico, alcançar, no mínimo, a nota 5,0 (cinco vírgula zero) em todas as

disciplinas.

(2) A prova de recuperação tem por finalidade avaliar o progresso

conseguido pelo aluno em uma determinada disciplina onde não foi atingida a

nota mínima para aprovação (5,0). O aluno terá direito à prova de

recuperação em todas as disciplinas do Período Básico (P Bas). O aluno que

não alcançar a suficiência na Recuperação e/ou Nota de Conceito será

submetido ao Conselho de Ensino.

b. Classificação no Período Básico

(1) A classificação dos alunos, ao término do período, será com base na

ordem decrescente das Notas do Período Básico (NPB).

(2) O aluno que obtiver a suficiência na prova de recuperação (nota

acima de 4,99) receberá menção (S) na disciplina e receberá a nota 5,00 que

substituirá a nota anterior.

3) Em caso de empate na NPB, estas serão calculadas até quantas

casas decimais forem necessárias para o desempate. Persistindo, ainda, a

igualdade na nota, a classificação beneficiará o aluno com menor número de

recuperações. Continuando o empate, a classificação beneficiará o aluno de

idade maior.

c. Aprovação no Período de Fomação e Aplicação (PFA)

1) Será considerado aprovado, o aluno que ao término do PFA,

alcançar, no mínimo, a nota 5,00 (cinco vírgula zero) em todas as

disciplinas.

2) O aluno terá direito à prova de recuperação em todas as

disciplinas do PFA.

d. Classificação no Período de Fomação e Aplicação (PFA)

1) A classificação dos alunos, ao término do período, será com base na

ordem decrescente das Notas do Período de Formação e Aplicação (NPFA).

2) O aluno que não alcançar a nota 5,00 (cinco vírgula zero) na

prova de recuperação e/ou na nota de Conceito será submetido ao Conselho de

Ensino.

26

10. EXCLUSÃO E DESLIGAMENTO

Durante o ano letivo o aluno será excluído e desligado do CPOR/BH,

quando:

1) concluir o curso com aproveitamento e for considerado apto em

inspeção de saúde;

2) tiver deferido, pelo comandante, seu requerimento de

trancamento de matrícula;

3) ingressar no comportamento “mau”;

4) for licenciado a bem da disciplina;

5) for considerado, em inspeção de saúde, definitivamente incapaz

para o serviço do Exército;

6) ultrapassar o limite de pontos perdidos permitido para o curso;

7) revelar falta de pendor para o ingresso no Corpo de Oficiais da

Reserva do Exército (CORE);

8) apresentar conduta moral que o incompatibilize com o serviço

do Exército ou o prosseguimento do curso, conforme o caso;

9) utilizar meios ilícitos na realização de qualquer trabalho escolar;

10) adquirir a condição de arrimo de família, devidamente comprovada;

e

11) falecer.

11. CONDUTA DO ALUNO NA VIDA DIÁRIA

O aluno do CPOR deve pautar sua conduta pela observância das leis,

regulamentos e determinações de seus superiores hierárquicos, de modo a

conservar-se digno da instituição que representa. Deve ter presente que o

CPOR constitui uma organização do Exército Brasileiro, na qual os mais

simples gestos da vida militar devem ser realizados com orgulho. Constituem

estes gestos, um verdadeiro ritual militar, que podem e devem ser

preservados para as futuras gerações.

a. Conduta do aluno fora do Quartel

Na rua, em serviço ou a passeio, deve o aluno lembrar-se que é um

representante do CPOR/BH e do Exército Brasileiro, mostrando-se educado

civil e militarmente. Para isso é necessário:

1) não freqüentar lugares incompatíveis, que ferem o decoro da classe;

2) andar rigorosamente uniformizado e limpo;

3) nunca usar uniformes incompletos ou peças avulsas;

4) andar e sentar-se em atitudes corretas;

5) usar sempre a cobertura (boina, gorro, ...) corretamente, quando

27

fardado;

6) prestar atenção quando estiver na presença de seus superiores

hierárquicos, para não deixar de prestar-lhes a devida saudação;

7) não usufruir da farda ou da sua situação de militar para tirar

vantagens sobre os demais, ou ainda, deixar de acatar prescrições das

autoridades policiais ou civis;

8) nos veículos, ceder o lugar aos seus superiores e às pessoas idosas;

9) prestar auxílio às autoridades locais, quando solicitado;

10) dirigir-se sempre com educação aos funcionários de repartições

públicas ou privadas, quando solicitar informações;

11) em festas ou reuniões, sempre que houver um superior presente,

apresentar-se ao mesmo, pedindo permissão para permanecer no local ou dele

sair;

12) não prestar depoimentos ou entrevistas para a mídia, sem a devida

autorização de seus superiores; e

13) não fazer uso de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas (drogas).

b. Conduta do aluno dentro do Quartel

1) Estar na sala de aula ou local destinado para a instrução no

mínimo 05 (cinco) minutos antes do seu início, para não atrapalhar o trabalho

do companheiro que esteja na função de comando.

2) Sentar-se corretamente na cadeira.

3) Não fumar durante as instruções ou em local não destinado à isso;

4) Manter-se sempre atento às instruções ministradas.

5) Contribuir para a arrumação e manutenção das instalações dos Cursos;

6) Quando solicitado a comparecer na presença de um superior

hierárquico faça com a maior rapidez possível;

7) Prestar todas as continências regulamentares aos seus superiores

hierárquicos;

8) É proibido o trânsito de alunos do CPOR no 2º andar do Pavilhão de

Comando, bem como em todas as áreas onde existam salas de aula do CMBH;

9) É proibido o contato de alunos do CPOR com alunos(as) do

CMBH, salvo por motivo de força maior ou devidamente autorizado pela

autoridade competente; e

10) É proibido o trânsito de alunos do CPOR no interior da OM, fora do

horário do expediente, sem a devida autorização para tal.

c. Em Outras Organizações Militares

1) O Aluno, na sua condição de Praça Especial, deverá, quando adentrar

em outra OM, apresentar-se ao Oficial-de-Dia ou a seu substituto legal.

2) Manter uma conduta militar irrepreensível.

28

3) Zelar para que sua apresentação individual seja a melhor possível.

4) Atentar para o cumprimento rigoroso das continências previstas no R-

2;

5) Não discutir, em hipótese alguma, com qualquer que seja o militar

pertencente à OM.

d. Escala de Serviço

Depois de adquirida a orientação básica necessária, o aluno concorrerá

às seguintes escalas de serviço:

- Auxiliar do Oficial-de-Dia;

- Auxiliar do Comandante-da-Guarda ao Quartel;

- Auxiliar do Sargento de Dia CCSv;

- Cabo-da-Guarda ao Quartel;

- Sentinela da Guarda ao Quartel;

- Cb de Dia ao CPOR; e

- Plantão ao CPOR.

Todas as atividades realizadas pelo aluno em cada escala de serviço

acima mencionada estão devidamente descritas no RISG (Regulamento Interno

e dos Serviços Gerais) e na NGA (Normas Gerais de Ação) do CPOR/CM-BH a

título de complementação do estudo e preparação para o oficialato.

e. Punições disciplinares

As punições disciplinares objetivam a preservação da disciplina e serão

consideradas de caráter educativo ou de caráter repressivo ao punido e à

coletividade a que ele pertence.

As punições para os alunos do CPOR, previstas no Ar t . 24 do RDE

(Regulamento Disciplinar do Exército) são as seguintes:

1) exclusão ou licenciamento a bem da disciplina;

2) prisão disciplinar;

3) detenção disciplinar;

4) repreensão;

5) impedimento disciplinar; e

6) advertência.

f. Saúde e higiene pessoal

O aluno terá, diariamente, um horário para ir à visita médica ou

odontológica, quando comprovadamente necessário. No curso haverá um livro

registro para os alunos, no qual serão relacionados os alunos que desejarem ir

ao médico, após uma triagem.

Constitui-se transgressão disciplinar o comparecimento à enfermaria,

sem justo motivo, com o intuito de esquivar-se do cumprimento do dever,

29

ficando o mesmo sujeito às penas disciplinares cabíveis.

A apresentação individual é o cartão de visita de cada um, por isso é

mister adotar alguns procedimentos, tais como:

- trocar a farda freqüentemente;

- cortar o cabelo constantemente, não ultrapassando o prazo estipulado

de 10 dias;

- estar sempre com o coturno engraxado, sobretudo nas formaturas;

- fazer a barba diariamente;

- manter as unhas sempre cortadas;

- fazer a higiene dos pés frequentemente;

- lavar a roupa de cama frequentemente.

12. VIRTUDES MILITARES

Os fatores básicos do sucesso do aluno do CPOR são a disciplina e a

responsabilidade.

A disciplina é a força principal dos Exércitos. No sentido militar, é o

predomínio da ordem e da obediência, resultante de uma educação apropriada.

A disciplina militar é, pois, a obediência pronta, inteligente, espontânea e

entusiástica às ordens superiores. Sua base é subordinação voluntária do

indivíduo ao bem do grupo. É a força cimentadora que une os membros de

uma unidade, que perdura até mesmo depois que o superior haja tombado e

que todo o vestígio da autoridade haja esclarecido. É o espírito da unidade

militar.

A responsabilidade é a capacidade de desenvolver todas as atividades

sob sua incumbência. É, ainda, a capacidade de cumprir suas atribuições,

assumindo e enfrentando as conseqüências de suas atitudes e decisões.

13. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Precedência hierárquica

1) Os alunos do CPOR são equiparados aos cabos e, quando fardados,

têm precedência sobre os mesmos.

2) Entre alunos, é considerado mais antigo o aluno de serviço, seguindo-

se os de maior idade. Após o Período Básico, será o mais antigo aquele

que obtiver melhor classificação depois dos alunos de serviço.

b. Cola

A cola é um ato de deslealdade que demonstra fraqueza de caráter. O

aluno flagrado nessa situação estará sujeito às sanções disciplinares cabíveis;

30

c. Trajes civis

Não é permitido, pelo aluno, o uso de trajes civis dentro do quartel (a

não ser para a chegada e saída do quartel), sem estar devidamente autorizado

pela autoridade competente, no caso, pelo Instrutor-Chefe do Curso. Da mesma

forma, não é permitida a saída ou entrada do aluno no aquartelamento com o

uniforme de instrução, sem estar autorizado.

d. Internato

Nas semanas do internato é importante que o aluno se prepare e conduza

itens pessoais de sua necessidade e materiais sugeridos no enxoval do aluno

conforme anexo “D”.

14. PERSPECTIVAS NA CARREIRA

a. Concursos

O aluno, mediante autorização do comandante, poderá realizar diversos

concursos voltados para a carreira militar, tais como:

1) EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército);

2) IME (Instituto Militar de Engenharia);

3) EsSEx (Escola de Saúde do Exército);

4) EsFCEx (Escola de Formação Complementar do Exército); e

5) EsSA (Escola de Sargentos das Armas).

OBS: Para ingresso na EsFCEx e EsSEx, tem que estar formado nas

respectivas áreas.

b. Estágios

O aluno, após ser declarado Aspirante, ao término do Curso, poderá

fazer o seguinte estágio:

- Estágio de Instrução Preparatória para Oficiais Temporários (EIPOT)

O EIPOT será realizado, voluntariamente, pelos Aspirantes-a-Oficial

R/2 que forem selecionados, obedecidos critérios de classificação e conceito,

respeitado o número de vagas disponíveis para a ocasião, destinando-se:

a) complementar a formação realizada nos OFOR; e

b) capacitar o Aspirante-a-Oficial R/2 ao desempenho das funções de

Oficial Subalterno.

31

ANEXO A – HORÁRIO DO CORPO

(*) Dia de meio expediente

Atividades De 2ª a 6ª Feira Dias sem expediente

ALVORADA 0600h 0700h

PARADA DIÁRIA

Toque de

Avançar 0655h 0750h

Rendição 0700h 0800h

CAFÉ DA MANHÃ 0600h / 0645h 0630h / 0715h

INÍCIO DO EXPEDIENTE 0700h -

FORMATURA

SEMANAL (4ª feira)

Toque de

Formatura 0705h -

Dispositivo

Pronto 0715h -

VISITA MÉDICA 0730h / 0930h -

INSTRUÇÃO

1º Tempo 0730h / 0815h -

2º Tempo 0825h / 0910h -

3º Tempo 0930h / 1015h -

4º Tempo 1025h / 1110h -

5º Tempo 1120h / 1205h -

TÉRMINO DA 1ª PARTE DO

EXPEDIENTE 1200h -

ALMOÇO Pessoal de Sv 1130h / 1300h 1130h / 1300h

Arranchados 1200h / 1330h -

REINÍCIO DO EXPEDIENTE 1330h -

INSTRUÇÃO

6º Tempo 1330h / 1415h -

7º Tempo 1420h / 1505h -

8º Tempo 1515h / 1600h -

DISTRIBUIÇÃO DO BI 1400h / 1100h * -

TÉRMINO DO EXPEDIENTE 1600h / 1200h * -

JANTAR Pessoal de Sv 1730h / 1845h

Arranchados 1800h / 1900h

REVISTA DO RECOLHER 2100h

CEIA (PESSOAL DE SERVIÇO) 2130h

SILÊNCIO 2200h

32

ANEXO B – ENXOVAL DO ALUNO (sugestão)

NR MATERIAL Qnt

01

Escova e pasta de dente, fio dental, barbeador, creme de

barbear, sabonete e saboneteira, shampoo, desodorante,

talco para pés, escova de cabelo, protetor solar. -

02 Meias e cuecas -

03 Vestuário (calça jeans, camisas pretas, camisetas sem

manga brancas e shorts para prática desportiva) -

04 Chinelo de dedo 01

05 Tênis preto (corrida) 01

06 Sunga preta 01

07 Toalha de banho 01

08 Caderno de 100 folhas, espiral, capa dura, cor preta 01

09 Bloco de anotação 01

10 Caneta preta, azul e vermelha 01 de cada

11 Lápis ou lapiseira 01

12 Borracha, apontador e estilete 01

13 Régua milimétrica de 30 cm 01

14 Escalímetro pequeno 01

15 Transferidor 360º 01

16 Calculadora 01

17 Kit costura (agulha, linha preta ou verde) 01

18 Graxa de sapato preta 02

19 Escova de sapato 01

20 Tesoura 01

21 Isqueiro 01

22 Cadeado 30 02

23 Lanterna c/ pilha 01

33

ANEXO C – TELEFONES ÚTEIS

COMANDANTE 3326-4901/3326-

4902

SUBCOMANDANTE 3326-4903

CHEFE DA DIVISÃO DE ENSINO 3326-4964

CURSO DE INFANTARIA 3326-4966

CURSO DE COMUNICAÇÕES 3326-4963

CURSO DE INTENDÊNCIA 3326-4969

SARGENTEAÇÃO 3326-4965

CORPO DA GUARDA 3326-4972

SEÇÃO DE SAÚDE 3326-4935

SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO

SOCIAL 3326-4927

34

ANEXO D – GUIA DO TREINAMENTO

FÍSICO MILITAR

1. DORSAL 2. PEITORAL 3. ANT DA COXA 4. GLÚTEOS 5. ADUTORES 6. POST DA COXA

10. SÓLEO 9. GASTROCNÊMIO 8. ÍLIO-PSOAS 7. LOMBAR

35

36

37

ANEXO E – ESCALA DE AVALIAÇÃO DA

ÁREA AFETIVA

É cuidadoso com sua aparência pessoal (APRESENTAÇÃO).

Revela cuidado nos detalhes do uniforme (APRESENTAÇÃO).

Mantém postura militar nas diversas situações (APRESENTAÇÃO).

Utiliza linguagem adequada no trato com pares e superiores

(APRESENTAÇÃO).

Colabora com seus companheiros, de forma espontânea, nas atividades da

rotina diária do CPOR. (COOPERAÇÃO).

É prestativo com seus pares e superiores na consecução de objetivos comuns.

(COOPERAÇÃO).

Age no sentido de atender aos interesses do grupo (COOPERAÇÃO).

É participativo nas atividades que exigem a colaboração dos membros do

grupo. (COOPERAÇÃO).

Supera os obstáculos diários mantendo o rendimento escolar

(PERSISTËNCIA).

Executa as tarefas tantas vezes quantas forem necessárias até atingir o

resultado desejado (PERSISTËNCIA).

Mantém-se firme e resoluto até completar uma missão que lhe é determinada

(PERSISTËNCIA).

Empenha-se para superar as dificuldades a fim de realizar a tarefa

(PERSISTËNCIA).

Consegue manter-se controlado, mesmo sob pressão (EQUILÍBRIO

EMOCIONAL).

Conserva-se tranquilo nos debates em grupo (EQUILÍBRIO EMOCIONAL).

Mantém-se calmo diante de situações adversas (EQUILÍBRIO

EMOCIONAL).

Colocado numa situação de destaque, mantém-se tranquilo (EQUILÍBRIO

EMOCIONAL).

Realiza a manutenção do material utilizado ao término da execução de suas

tarefas (ZELO).

Mantém os equipamentos individuais recebidos sempre limpos e em

condições de uso (ZELO).

Preocupa-se em manter limpo e arrumado o material sob sua guarda

(ZELO).

Mantém seus aposentos limpos e arrumados (ZELO).

38

ANEXO F – ANEXO I DO REGULAMENTO

DISCIPLINAR DO EXÉRCITO Relação de Transgressões disciplinares:

1. Faltar à verdade ou omitir deliberadamente informações que possam conduzir

à apuração de uma transgressão disciplinar;

2. Utilizar-se do anonimato;

3. Concorrer para a discórdia ou a desarmonia ou cultivar inimizade entre

militares ou seus familiares;

4. Deixar de exercer autoridade compatível com seu posto ou graduação;

5. Deixar de punir o subordinado que cometer transgressão, salvo na ocorrência

das circunstâncias de justificação previstas neste Regulamento;

6. Não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciência e não

lhe couber reprimir, ao conhecimento de autoridade competente, no mais curto

prazo;

7. Retardar o cumprimento, deixar de cumprir ou de fazer cumprir norma

regulamentar na esfera de suas atribuições.

8. Deixar de comunicar a tempo, ao superior imediato, ocorrência no âmbito de

suas atribuições, quando se julgar suspeito ou impedido de providenciar a

respeito;

9. Deixar de cumprir prescrições expressamente estabelecidas no Estatuto dos

Militares ou em outras leis e regulamentos, desde que não haja tipificação como

crime ou contravenção penal, cuja violação afete os preceitos da hierarquia e

disciplina, a ética militar, a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da

classe;

10. Deixar de instruir, na esfera de suas atribuições, processo que lhe for

encaminhado, ressalvado o caso em que não for possível obter elementos para

tal;

11. Deixar de encaminhar à autoridade competente, na linha de subordinação e

no mais curto prazo, recurso ou documento que receber elaborado de acordo

com os preceitos regulamentares, se não for da sua alçada a solução;

12. Desrespeitar, retardar ou prejudicar medidas de cumprimento ou ações de

ordem judicial, administrativa ou policial, ou para isso concorrer;

13. Apresentar parte ou recurso suprimindo instância administrativa, dirigindo

para autoridade incompetente, repetindo requerimento já rejeitado pela mesma

autoridade ou empregando termos desrespeitosos;

14. Dificultar ao subordinado a apresentação de recurso;

39

15. Deixar de comunicar, tão logo possível, ao superior a execução de ordem

recebida;

16. Aconselhar ou concorrer para que não seja cumprida qualquer ordem de

autoridade competente, ou para retardar a sua execução;

17. Deixar de cumprir ou alterar, sem justo motivo, as determinações constantes

da missão recebida, ou qualquer outra determinação escrita ou verbal;

18. Simular doença para esquivar-se do cumprimento de qualquer dever militar;

19. Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção, em qualquer

serviço ou instrução;

20. Causar ou contribuir para a ocorrência de acidentes no serviço ou na

instrução, por imperícia, imprudência ou negligência;

21. Disparar arma por imprudência ou negligência;

22. Não zelar devidamente, danificar ou extraviar por negligência ou

desobediência das regras e normas de serviço, material ou animal da União ou

documentos oficiais, que estejam ou não sob sua responsabilidade direta, ou

concorrer para tal;

23. Não ter pelo preparo próprio, ou pelo de seus comandados, instruendos ou

educandos, a dedicação imposta pelo sentimento do dever;

24. Deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por

negligência, medidas contra qualquer irregularidade de que venha a tomar

conhecimento;

25. Deixar de participar em tempo, à autoridade imediatamente superior, a

impossibilidade de comparecer à OM ou a qualquer ato de serviço para o qual

tenha sido escalado ou a que deva assistir;

26. Faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, a qualquer ato, serviço ou

instrução de que deva participar ou a que deva assistir;

27. Permutar serviço sem permissão de autoridade competente ou com o

objetivo de obtenção de vantagem pecuniária;

28. Ausentar-se, sem a devida autorização, da sede da organização militar onde

serve, do local do serviço ou de outro qualquer em que deva encontrar-se por

força de disposição legal ou ordem;

29. Deixar de apresentar-se, nos prazos regulamentares, à OM para a qual tenha

sido transferido ou classificado e às autoridades competentes, nos casos de

comissão ou serviço extraordinário para os quais tenha sido designado;

30. Não se apresentar ao fim de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo

que souber da interrupção;

31. Representar a organização militar ou a corporação, em qualquer ato, sem

estar devidamente autorizado;

32. Assumir compromissos, prestar declarações ou divulgar informações, em

nome da corporação ou da unidade que comanda ou em que serve, sem

autorização;

40

33. Contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas possibilidades, que

afete o bom nome da Instituição;

34. Esquivar-se de satisfazer compromissos de ordem moral ou pecuniária que

houver assumido, afetando o bom nome da Instituição;

35. Não atender, sem justo motivo, à observação de autoridade superior no

sentido de satisfazer débito já reclamado;

36. Não atender à obrigação de dar assistência à sua família ou dependentes

legalmente constituídos, de que trata o Estatuto dos Militares;

37. Fazer diretamente, ou por intermédio de outrem, transações pecuniárias

envolvendo assunto de serviço, bens da União ou material cuja comercialização

seja proibida;

38. Realizar ou propor empréstimo de dinheiro a outro militar visando auferir

lucro;

39. Ter pouco cuidado com a apresentação pessoal ou com o asseio próprio ou

coletivo;

40. Portar-se de maneira inconveniente ou sem compostura;

41. Deixar de tomar providências cabíveis, com relação ao procedimento de seus

dependentes, estabelecidos no Estatuto dos Militares, junto à sociedade, após

devidamente admoestado por seu Comandante;

42. Freqüentar lugares incompatíveis com o decoro da sociedade ou da classe;

43. Portar a praça armamento militar sem estar de serviço ou sem autorização;

44. Executar toques de clarim ou corneta, realizar tiros de salva, fazer sinais

regulamentares, içar ou arriar a Bandeira Nacional ou insígnias, sem ordem para

tal;

45. Conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares impróprios quando em

serviço ou em local sob administração militar;

46. Disseminar boatos no interior de OM ou concorrer para tal;

47. Provocar ou fazer-se causa, voluntariamente, de alarme injustificável;

48. Usar de força desnecessária no ato de efetuar prisão disciplinar ou de

conduzir transgressor;

49. Deixar alguém conversar ou entender-se com preso disciplinar, sem

autorização de autoridade competente;

50. Conversar com sentinela, vigia, plantão ou preso disciplinar, sem para isso

estar autorizado por sua função ou por autoridade competente;

51. Consentir que preso disciplinar conserve em seu poder instrumentos ou

objetos não permitidos;

52. Conversar, distrair-se, sentar-se ou fumar, quando exercendo função de

sentinela, vigia ou plantão da hora;

53. Consentir, quando de sentinela, vigia ou plantão da hora, a formação de

grupo ou a permanência de pessoa junto a seu posto;

54. Fumar em lugar ou ocasião onde seja vedado;

41

55. Tomar parte em jogos proibidos ou em jogos a dinheiro, em área militar ou

sob jurisdição militar;

56. Tomar parte, em área militar ou sob jurisdição militar, em discussão a

respeito de assuntos de natureza político-partidária ou religiosa;

57. Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a

respeito de assuntos de natureza político-partidária;

58. Tomar parte, fardado, em manifestações de natureza político-partidária;

59. Discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre

assuntos políticos ou militares, exceto se devidamente autorizado;

60. Ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial cuja divulgação possa

ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do serviço;

61. Dar conhecimento de atos, documentos, dados ou assuntos militares a quem

deles não deva ter ciência ou não tenha atribuições para neles intervir;

62. Publicar ou contribuir para que sejam publicados documentos, fatos ou

assuntos militares que possam concorrer para o desprestígio das Forças Armadas

ou que firam a disciplina ou a segurança destas;

63. Comparecer o militar da ativa, a qualquer atividade, em traje ou uniforme

diferente do determinado;

64. Deixar o superior de determinar a saída imediata de solenidade militar ou

civil, de subordinado que a ela compareça em traje ou uniforme diferente do

determinado;

65. Apresentar-se, em qualquer situação, sem uniforme, mal uniformizado, com

o uniforme alterado ou em trajes em desacordo com as disposições em vigor;

66. Sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha não regulamentar, bem como,

indevidamente, distintivo ou condecoração;

67. Recusar ou devolver insígnia, medalha ou condecoração que lhe tenha sido

outorgada;

68. Usar o militar da ativa, em via pública, uniforme inadequado, contrariando o

Regulamento de Uniformes do Exército ou normas a respeito;

69. Transitar o soldado, o cabo ou o taifeiro, pelas ruas ou logradouros públicos,

durante o expediente, sem permissão da autoridade competente;

70. Entrar ou sair da OM, ou ainda permanecer no seu interior o cabo ou soldado

usando traje civil, sem a devida permissão da autoridade competente;

71. Entrar em qualquer OM, ou dela sair, o militar, por lugar que não seja para

isso designado;

72. Entrar em qualquer OM, ou dela sair, o taifeiro, o cabo ou o soldado, com

objeto ou embrulho, sem autorização do comandante da guarda ou de autoridade

equivalente;

73. Deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, ao entrar em OM onde não sirva, de

dar ciência da sua presença ao oficial-de-dia e, em seguida, de procurar o

comandante ou o oficial de maior precedência hierárquica, para cumprimentá-lo;

42

74. Deixar o subtenente, sargento, taifeiro, cabo ou soldado, ao entrar em

organização militar onde não sirva, de apresentar-se ao oficial-de-dia ou a seu

substituto legal;

75. Deixar o comandante da guarda ou responsável pela segurança

correspondente, de cumprir as prescrições regulamentares com respeito à entrada

ou permanência na OM de civis ou militares a ela estranhos;

76. Adentrar o militar, sem permissão ou ordem, em aposentos destinados a

superior ou onde este se ache, bem como em qualquer lugar onde a entrada lhe

seja vedada;

77. Adentrar ou tentar entrar em alojamento de outra subunidade, depois da

revista do recolher, salvo os oficiais ou sargentos que, por suas funções, sejam a

isso obrigados;

78. Entrar ou permanecer em dependência da OM onde sua presença não seja

permitida;

79. Entrar ou sair de OM com tropa, sem prévio conhecimento, autorização ou

ordem da autoridade competente;

80. Retirar ou tentar retirar de qualquer lugar sob jurisdição militar, material,

viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem

do responsável ou proprietário;

81. Abrir ou tentar abrir qualquer dependência de organização militar, fora das

horas de expediente, desde que não seja o respectivo chefe ou sem a devida

ordem e a expressa declaração de motivo, salvo em situações de emergência;

82. Desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem policial, judicial ou

administrativa;

83. Deixar de portar a identidade militar, estando ou não fardado;

84. Deixar de se identificar quando solicitado por militar das Forças Armadas

em serviço ou em cumprimento de missão;

85. Desrespeitar, em público, as convenções sociais;

86. Desconsiderar ou desrespeitar autoridade constituída;

87. Desrespeitar corporação judiciária militar ou qualquer de seus membros;

88. Faltar, por ação ou omissão, com o respeito devido aos símbolos nacionais,

estaduais, municipais e militares;

89. Apresentar-se a superior hierárquico ou retirar-se de sua presença, sem

obediência às normas regulamentares;

90. Deixar, quando estiver sentado, de demonstrar respeito, consideração e

cordialidade ao superior hierárquico, deixando de oferecer-lhe seu lugar,

ressalvadas as situações em que houver lugar marcado ou em que as convenções

sociais assim não o indiquem;

91. Sentar-se, sem a devida autorização, à mesa em que estiver superior

hierárquico;

92. Deixar, deliberadamente, de corresponder a cumprimento de subordinado;

43

93. Deixar, deliberadamente, de cumprimentar superior hierárquico,

uniformizado ou não, neste último caso desde que o conheça, ou de saudá-lo de

acordo com as normas regulamentares;

94. Deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, diariamente, tão logo seus afazeres o

permitam, de apresentar-se ao comandante ou ao substituto legal imediato da

OM onde serve, para cumprimentá-lo, salvo ordem ou outras normas em

contrário;

95. Deixar o subtenente ou sargento, diariamente, tão logo seus afazeres o

permitam, de apresentar-se ao seu comandante de subunidade ou chefe imediato,

salvo ordem ou outras normas em contrário;

96. Recusar-se a receber vencimento, alimentação, fardamento, equipamento ou

material que lhe seja destinado ou deva ficar em seu poder ou sob sua

responsabilidade;

97. Recusar-se a receber equipamento, material ou documento que tenha

solicitado oficialmente, para atender a interesse próprio;

98. Desacreditar, dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desatenciosa a

superior hierárquico;

99. Censurar ato de superior hierárquico ou procurar desconsiderá-lo seja entre

militares, seja entre civis;

100. Ofender, provocar, desafiar, desconsiderar ou procurar desacreditar outro

militar, por atos, gestos ou palavras, mesmo entre civis.

101. Ofender a moral, os costumes ou as instituições nacionais ou do país

estrangeiro em que se encontrar, por atos, gestos ou palavras;

102. Promover ou envolver-se em rixa, inclusive luta corporal, com outro

militar;

103. Autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação coletiva,

seja de caráter reivindicatório ou político, seja de crítica ou de apoio a ato de

superior hierárquico, com exceção das demonstrações íntimas de boa e sã

camaradagem e com consentimento do homenageado;

104. Aceitar qualquer manifestação coletiva de seus subordinados, com exceção

das demonstrações íntimas de boa e sã camaradagem e com consentimento do

homenageado;

105. Autorizar, promover, assinar representações, documentos coletivos ou

publicações de qualquer tipo, com finalidade política, de reivindicação coletiva

ou de crítica a autoridades constituídas ou às suas atividades;

106. Autorizar, promover ou assinar petição ou memorial, de qualquer natureza,

dirigido a autoridade civil, sobre assunto da alçada da administração do

Exército;

107. Ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área militar ou sob a

jurisdição militar, publicações, estampas, filmes ou meios eletrônicos que

atentem contra a disciplina ou a moral;

44

108. Ter em seu poder ou introduzir, em área militar ou sob a jurisdição militar,

armas, explosivos, material inflamável, substâncias ou instrumentos proibidos,

sem conhecimento ou permissão da autoridade competente;

109. Fazer uso, ter em seu poder ou introduzir, em área militar ou sob jurisdição

militar, bebida alcoólica ou com efeitos entorpecentes, salvo quando

devidamente autorizado;

110. Comparecer a qualquer ato de serviço em estado visível de embriaguez ou

nele se embriagar;

111. Falar, habitualmente, língua estrangeira em OM ou em área de

estacionamento de tropa, exceto quando o cargo ocupado o exigir;

112. Exercer a praça, quando na ativa, qualquer atividade comercial ou

industrial, ressalvadas as permitidas pelo Estatuto dos Militares;

113. Induzir ou concorrer intencionalmente para que outrem incida em

transgressão disciplinar.

45

ANEXO G – HINOS E CANÇÕES

HINO NACIONAL

Letra: Osório Duque Estrada

Música: Francisco Manoel da Silva

Ouviram do Ipiranga às margens

plácidas

De um povo heróico o brado

retumbante,

E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,

Brilhou no céu da Pátria neste instante.

Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço

forte,

Em teu seio, ó liberdade.

Desafia o nosso peito a própria morte !

Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve ! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio

vivido

De amor e de esperança a terra desce,

Se em teu formoso céu risonho e

límpido

A imagem do cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,

E o teu futuro espelha esta grandeza,

Terra adorada,

Entre outras mil,

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada !

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Pátria amada Brasil !!!

Deitado eternamente em berço

esplêndido

Ao som do mar e a luz do céu

profundo,

Fulguras, ó Brasil, florão da América,

Iluminando ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida

Teus risonhos lindos campos têm mais

flores,

“Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida no teu seio mais amores”

Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve ! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo

O lábaro que ostentas estrelado,

E diga o verde-louro desta flâmula

Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,

Verás que um filho teu não foge à luta,

Nem teme, quem te adora, a própria

morte.

Terra adorada

Entre outras mil,

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada !

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Pátria amada,

BRASIL...

CANÇÃO DO EXÉRCITO

Letra: Maj Alberto Augusto Martins

Música: T. Magalhães

Nós somos da Pátria a guarda,

Fiéis soldados.

Por ela amados.

Nas cores de nossa farda,

Rebrilha a glória,

Fulge a vitória.

Em nosso valor se encerra

Toda a esperança

Que um povo alcança.

Quando altiva for a terra

Rebrilha a glória,

Fulge a vitória.

A paz queremos com fervor,

A guerra só nos causa a dor.

Porém, se a Pátria amada

For um dia ultrajada,

Lutaremos sem temor.

Como é sublime

Saber amar,

Com a alma adorar

A terra onde se nasce !

Amor febril

Pelo Brasil

No coração

Nosso que passe.

E quando a Nação querida

Frente ao inimigo,

Correr perigo,

Se dermos por ela a vida

Rebrilha a glória

Fulge a vitória.

Assim ao Brasil faremos

Oferta igual

De amor filial

E a ti, Pátria, salvaremos !

Rebrilha, a glória,

Fulge a vitória.

A paz queremos com fervor,

A guerra só nos causa a dor.

Porém, se a Pátria amada

For um dia ultrajada,

Lutaremos sem temor.

47

CANÇÃO DO CMBH

Letra e Música:

Cel Marcelo Álvaro de Souza.

Bem junto às montanhas alterosas

Estão as minas do nosso lugar

E uma delas proclamamos nós,

És tu, és tu, Colégio Militar

As tuas riquezas são perenes

Educação, cultura e saber

O teu ensino fazem exemplar

Por isso haveremos de vencer

Em nossa alma tu ascendeste

A chama de amor pelo Brasil

Em nossa alma nós manteremos,

Bem vivo este amor tão juvenil.

Oh! Bela missão

Haveremos de exclamar

Que a pátria te deu

E a ti confiou feliz

A juventude educar.

És relíquia não só de Minas Gerais

És relíquia também do nosso país

CANÇÃO DO CPOR/BH

Letra e Música:

Ten Cel José Venturelli Sobrinho.

Nós somos a reserva atenta e forte

Em guarda à egrégia Pátria Brasileira

Dispostos a lutar até a morte,

Unidos em defesa da bandeira

Reforçando os da ativa na batalha

Com glória, com orgulho excelso e

ledo

Iremos ao encontro da metralha

Com viva fé, sem mácula e sem

medo

Eia avante com alma ungida e pura

Em defesa da nossa Pátria amada

Na honradez, no civismo e na

bravura

Afiemos nossa espada.

Honremos a memória de alto nível

Do nosso fundador patrono e guia

Padrão de militar inconfundível

Espírito e nobre hierarquia.

Imitemos com religiosa estima,

Com fibra, com heróica devoção

O bravo coronel Correia Lima

Exemplo de soldado e cidadão

Refrão

48

CANÇÃO DA INFANTARIA

Letra: Hildo Rangel

Música: Thiers Cardoso

Nós somos estes infantes

Cujos peitos amantes

Nunca temem lutar;

Vivemos,

Morremos,

Para o Brasil nos consagrar!

Nós, peitos nunca vencidos

De valor desmedidos,

No fragor da disputa

Mostremos

Que em nossa Pátria temos

Valor imenso

No intenso

Da luta.

És a nobre infantaria,

Das armas a rainha,

Por ti daria

A vida minha,

E a glória prometida,

Nos campos de batalha,

Está contigo

Ante o inimigo

Pelo fogo da metralha!

És a eterna majestade

Das linhas combatentes,

És a entidade,

Dos mais valentes

Quando o toque da vitória,

Marcar nossa alegria,

Eu cantarei,

Eu gritarei:

És a nobre infantaria!

Brasil, te darei com amor,

Toda a seiva e vigor,

Que em meu peito se encerra,

Fuzil!

Servil!

Meu nobre amigo para a guerra!

O meu amado pendão,

Sagrado pavilhão,

Que a glória conduz!

Com luz

Sublime

Amor se exprime

Se do alto me falas,

Todo roto por balas!

És a nobre infantaria,

Das armas a rainha,

Por ti daria

A vida minha,

E a glória prometida,

Nos campos de batalha,

Está contigo

Ante o inimigo

Pelo fogo da metralha!

És a eterna majestade,

Das linhas combatentes,

És a entidade,

Dos mais valentes

Quando o toque da vitória,

Marcar nossa alegria,

Eu cantarei,

Eu gritarei:

És a nobre infantaria!

49

CANÇÃO DAS COMUNICAÇÕES

Letra: Aloisio Pereira Pires

Música: Dobrado “Brasil Eterno”, de

Abdon Lyra.

Pelas estradas sem fim,

Ou pelo campo caminha a glória

Os nossos fios, as nossas antenas

Transmitem essas vitórias.

Quando soa a metralha

Ou o ronco dos canhões

Nos céus da pátria ecoa

Teu nome comunicações.

E, quando a vitória vier

Alguém, falará no porvir:

Na paz, assim como na guerra

Teu lema é sempre servir.

Dentro das noites escuras

O teu trabalho silente será

E nessa mudez somente a bravura

Ao teu lado caminhará.

Sempre estarás na vanguarda

E cumprirá do Comando as missões

Com o nome de Rondon,

Pulsando em nossos corações.

E, quando a vitória vier

Alguém, falará no porvir:

Na paz, assim como na guerra

Teu lema é sempre servir.

CANÇÃO DA INTENDÊNCIA

Letra: Ten Cel Aldemar Alheiros da

Silva

Música: 2º Ten João Cícero de Souza

Companheiros, nos combatentes não

esqueçamos

Que o Brasil nos delegou grande

missão

Sem temor a ela nos dedicamos

Dando à tropa equipamento e provisão.

Pela glória do Brasil tudo faremos,

Das granadas e fragor não nos aterra,

Somos fortes e o inimigo venceremos

Pra manter a tradição de nossa terra.

Na academia, nossa formação querida,

Bittencourt, nosso patrono, e vós

Caxias

Sois exemplos que seguimos toda vida

Pra grandeza do Brasil em nossos dias.

Pela glória do Brasil tudo faremos,

Das granadas e fragor não nos aterra,

Somos fortes e o inimigo venceremos

Pra manter a tradição de nossa terra.

De norte a sul, o sol rijo a brilhar

Ou bem longe desta terra varonil,

Marcharemos nos comboios a cantar

Nossos feitos de soldados do Brasil.

Pela glória do Brasil tudo faremos,

Das granadas e fragor não nos aterra,

Somos fortes e o inimigo venceremos

Pra manter a tradição de nossa terra.

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FIBRA DE HERÓIS

Letra: Barros Filho

Música: Guerra Peixe

Se a Pátria querida

For envolvida

Pelo perigo

Na paz ou na guerra,

Defendo a terra

Contra o inimigo

Com ânimo forte

Se for preciso

Enfrento a morte

Afronta se lava

Com fibra de herói

De gente brava

Bandeira do Brasil

Ninguém te manchará

Teu povo varonil

Isso não consentirá,

Bandeira idolatrada

Altiva a tremular onde a liberdade

É mais uma estrela

A brilhar.

HINO À BANDEIRA Musica: Francisco Braga

Versos: Olavo Bilac

Salve lindo pendão da esperança,

Salve símbolo augusto da paz!

Tua nobre presença à lembrança

A grandeza da Pátria nos traz

Recebe o afeto que se encerra,

Em nosso peito juvenil,

Querido símbolo da terra

Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas

Este céu de puríssimo azul

A verdura sem par destas matas,

E o esplendor do Cruzeiro do Sul...

Estribilho

Contemplando o teu vulto sagrado,

Compreendemos o nosso dever,

E o Brasil por seus filhos amados,

poderoso e feliz há de ser

Estribilho

Sobre a imensa Nação Brasileira,

Nos momentos de festa ou de dor,

Paira sempre sagrada bandeira

Pavilhão da justiça e do amor.

Estribilho

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HINO À CAXIAS

Letra: Francisco de Paulo Gomes

Música:D Aquino Correia

Sobre a história da Pátria, ó Caxias,

Quando a guerra troveja minaz,

O esplendor do teu gládio irradias,

Como um íris de glória e de paz.

Salve, Duque Glorioso e sagrado

Ó Caxias invicto e gentil!

Salve, flor de estadista e soldado

Salve, herói militar do Brasil.

Foste o alferes, que guiando, na frente,

O novel pavilhão nacional,

Só no Deus nos exércitos crente,

Coroaste-o de louro imortal !

Estribilho

De vitória em vitória, traçaste

Essa grande odisséia, que vai

Das revoltas que aqui dominaste,

Às jornadas do atroz Paraguai.

Estribilho

Do teu gládio sem par, forte e brando,

O arco de ouro da paz se forjou,

Que as provincias do Império

estreitando

À unidade da Pátria salvou.

Estribilho

Em teu nome ó Caxias, se encerra

Todo ideal do Brasil militar:

Uma espada tão brava na guerra,

Que fecunda na paz a brilhar !

Estribilho Tu, que foste, qual fiel condestável,

Do dever e da lei o campeão

Sê o indígete sacro o inviolável,

Que hoje inspire e proteja a Nação!

Estribilho

HINO A GUARARAPES

Letra: Cel William da Rocha

Música: William Simão da Rocha

Desta gente soma e parcela,

No presente seu futuro faz,

É vontade que luta e zela

Pela ordem, segurança e pela paz.

Responsável, moderna liderança,

Braço forte, defesa destemida,

Da coragem, lealdade e confiança,

Ao irmão a mão amiga estendida.

Fusão de raças, forte semente,

Em guararapes pujante surgiu,

Presença nacional no continente,

É a força terrestre do brasil,

É a força terrestre do brasil.

Reverente à ordem e à disciplina,

O exército constrói a sua história,

Suas armas, ciência e doutrina,

Seu passado de luz e de glória.

De caxias e do estelar cruzeiro,

Sabre honrado voltado à missão,

Povo bom valente, altaneiro,

Verde-oliva vestindo o coração.

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CANÇÃO DO COMBATENTE DE

MONTANHA

Se a guerra escolher como palco

As montanhas do nosso Brasil

Levarei minha fé, minha força

Junto a mim estará meu fuzil.

À altitude e ao ar rarefeito

Adaptado tornei-me assim

Eu sinto que sou parte delas

E que elas são parte de mim.

Estribilho:

O meu grito de guerra é Montanha

Montanha responde o rochedo

Vencerei o inimigo com garra

Sou guerreiro que luta sem medo.

Escalando as paredes de pedras

Hei de ver a vitória chegar

E do alto contemplo o horizonte

A planície, o planalto ou o mar

E lutar bem mais perto do céu

Esta é minha nobre missão

Minh’alma se eleva ao topo

A seguir os meus pés lá estarão.

Estribilho:

O meu grito de guerra é montanha

Montanha responde o rochedo

Vencerei o inimigo com garra

Sou guerreiro que luta sem medo.

MONTANHA!!!

ORAÇÃO DO COMBATENTE DE

MONTANHA

Senhor:

Vós que sois onipotente

Concedei-nos no fragor da luta

A nós que vencemos nas pedras

A nós que conhecemos o sabor dos

ventos

O destemor para combater

A santa dignidade para perseverar

A força da coragem para sempre

avançar

E a fé para tudo suportar.

E dai-nos também ó Senhor Deus

Quando a guerra nos for adversa

E quanto maior for a incerteza

A determinação de nunca recuar

E ante o inimigo jamais fracassar.

MONTANHA !!!

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BRADO DO CPOR BH

O brado que ecoa faz o campo estremecer

É o grito da vitória que eu sempre vou dizer

Reserva atenta e forte sou guerreiro da Nação

Sempre preparado pra cumprir qualquer missão

Infantaria ou Intendência não importa o lugar

E as Comunicações sempre prontas pra lutar

BRASIL ACIMA DE TUDO!

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ANEXO H – UNIFORMES

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ANEXO I – INSTRUÇÃO MILITAR

1. PÁTRIA E SÍMBOLOS NACIONAIS

A Pátria é o lugar onde nascemos. A nossa Pátria é o Brasil.

Os elementos constitutivos de uma Pátria, são: Território, povo e

história.

O sentimento de patriotismo é uma virtude que inspira amor à pátria,

para honrá-la e servi-la sem medir sacrifícios.

Patriota é o que ama com dedicação o país de nascimento e tudo faz

para torná-lo forte, respeitado, feliz, próspero, mesmo que para tanto tenha que

sacrificar legítimos interesses ou a própria vida na guerra para defendê-lo.

A Pátria tem como unidade a família. É pois, a Pátria, a sociedade na

qual os indivíduos estão ligados pela raça, língua, religião, tradição, costumes,

deveres e direitos.

CONHECENDO OS SÍMBOLOS NACIONAIS

Todas as comunidades possuem símbolos que as representam e não

poderia ser diferente no Brasil. No dia 18 de setembro, comemoramos o Dia

dos Símbolos Nacionais.

Mas quais seriam exatamente esses símbolos?

A resposta é simples: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as

Armas Nacionais e o Selo Nacional, que são regulamentados pela LEI Nº

5.700, de 1 de Setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação

dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências.

Bandeira Nacional

Nossa bandeira foi criada em 19 de novembro de 1889, quatro dias

depois da proclamação da República. Ela foi projetada por Raimundo Teixeira

Mendes e Miguel Lemos. O desenho foi feito por Décio Vilares e a inspiração

veio da bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean-Baptiste

Debret, com o círculo azul com a frase positivista "Ordem e Progresso" no

lugar da coroa imperial.

Cada uma das quatro cores da Bandeira Nacional tem um significado

simbólico: o verde simboliza nossas matas, o amarelo é o ouro (representando

as riquezas nacionais) e o branco é a paz. O círculo azul representa o céu do

Rio de Janeiro com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8h30 de 15 de

novembro de 1889, data da Proclamação da República.

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Aúnica alteração na Bandeira Nacional desde então foi em 1992,

quando a Lei No 8.421, de 11 de Maio de 1992, fez com que todos todos os

novos estados brasileiros, bem como o Distrito Federal, sejam representados

pelas estrelas, bem como estados extintos sejam suprimidos de sua

representação.

Hino Nacional

O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e

do poema de Joaquim Osório Duque Estrada, de acordo com o que dispõem os

Decretos nº 171, de 20 de janeiro de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de

1922, conforme consta dosAnexos nos. 3, 4, 5, 6 e 7.

Armas Nacionais

As Armas Nacionais (ou Brasão Nacional)

representam a glória, a honra e a nobreza do Brasil

e foram criadas na mesma data que a Bandeira

Nacional.

As armas são formadas por um escudo

redondo sobre uma estrela de cinco pontas e uma

espada. Também há, no centro, o Cruzeiro do Sul.

Há um ramo de café à esquerda e um de fumo à

direita. A data que aparece nas armas é a

proclamação da República.

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Selo Nacional

APRESENTAÇÃO DOS SÍMBOLOS NACIONAIS

Bandeira Nacional

Art. 10. A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações

do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.

Art. 11.A Bandeira Nacional pode ser apresentada:

I - Hasteada em mastro ou adriças, nos edifícios públicos ou articulares,

templos, campos de esporte, escritórios, salas de aula, auditórios, embarcações,

ruas e praças, e em qualquer lugar em que lhe seja assegurado o devido

respeito.

II - Distendida e sem mastro, conduzida por aeronaves ou balões,

aplicada sobre a parede ou presa a um cabo horizontal ligando edifícios,

árvores, etc.

III - Reproduzida sobre paredes, tetos, vidraças, veículos e aeronaves.

IV - Compondo, com outras bandeiras, panóplias, escudos ou peças

semelhantes.

V - Conduzida em formaturas, desfiles, ou mesmo individualmente.

VI - Distendida sobre ataúdes até a ocasião do sepultamento.

Art. 14. Hasteia-se, obrigatoriamente, a Bandeira Nacional, nos dias de

festa ou de luto nacional, em todas as repartições públicas, nos

estabelecimentos de ensino e sindicatos.

Parágrafo único. Nas escolas Públicas ou particulares é obrigatório o

hasteamento solene da Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos

uma vez por semana.

Art. 15. A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer

hora do dia ou da noite.

O Selo Nacional será constituído por um

círculo representando uma esfera celeste, igual ao

que se acha no centro da Bandeira Nacional, tendo

em volta as palavras República Federativa do

Brasil.

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Parágrafo Primeiro - Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o

arriamento às 18 horas.

Parágrafo Segundo - No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o

hasteamento é realizado às 12 horas, com solenidades especiais. Parágrafo

Terceiro - Durante a noite a Bandeira deve estar devidamente iluminada.

Art. 16. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas

simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o topo e a última a

dele descer.

Art. 17. Quando em funeral, a Bandeira fica a meio-mastro ou a meia-

adriça. Nesse caso, no hasteamento ou arriamento, deve ser levada inicialmente

até o topo e depois arriada até a metade do mastro.

Art. 19. A Bandeira Nacional, em todas as apresentações no território

nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição:

I - Central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com

outras bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias,

escudos ou peças semelhantes.

II - Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em

formaturas ou desfiles.

III - À direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho.

Parágrafo único. Considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a

direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia

ou, de modo geral, para o público que observa o dispositivo.

Art. 23. A Bandeira Nacional nunca se abate em continência.

Hino Nacional

Art. 25. Será o Hino Nacional executado:

I - Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República,

ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e

nos demais casos expressamente determinados pelos regulamentos de

continência ou cerimônias de cortesia internacional.

II - Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional.

Armas Nacionais

Art. 26. É obrigatório o uso dasArmas Nacionais:

I - No Palácio da Presidência da República e na residência do

Presidente da República.

II - Nos edifícios-sede dos Ministérios.

III - Nas Casas do Congresso Nacional.

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IV - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores e nos

Tribunais Federais de Recursos.

V - Nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário

dos Estados, Territórios e Distrito Federal.

VI - Nas Prefeituras e Câmaras Municipais.

VII - Na frontaria dos edifícios das repartições públicas federais.

VIII - Nos quartéis das forças federais de terra, mar e ar e das Polícias

Militares e Corpos de Bombeiros.

X - Nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de

nível federal.

Selo Nacional

Art. 27. O Selo Nacional será usado para autenticar os atos de governo

e bem assim os diplomas e certificados expedidos pelos estabelecimentos de

ensino oficiais ou reconhecidos.

RESPEITO DEVIDO À BANDEIRA NACIONAL E AO HINO NACIONAL

Art. 30. Nas cerimônias de hasteamento ou arriamento, nas ocasiões em

que a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a

execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em

silêncio, os civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em

continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações.

Art. 31. São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira

Nacional, e portanto proibidas:

I - Apresentá-la em mau estado de conservação.

II - Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou

acrescentar-lhe outras inscrições.

III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de

mesa, revestimento de tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis

ou monumentos a inaugurar.

IV - Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à

venda.

Art. 32. As Bandeiras em mau estado de conservação devem ser

entregues a qualquer Unidade Militar, para que sejam incineradas no Dia da

Bandeira, segundo o cerimonial peculiar.

Art. 33. Nenhuma bandeira de outra nação pode ser usada no País sem

que esteja ao seu lado direito, de igual tamanho e em posição de realce, a

Bandeira Nacional, salvo nas sedes das representações diplomáticas ou

consulares.

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61

2. PATRONOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO

"O termo Patrono, tomado do latim, expressa, no entendimento

castrense, a figura do chefe notório, cujo nome, só de ser lembrado, fortalece

os espíritos, redobra a coragem, inspira o heroísmo, elimina o abatimento e

clareia o mundo".

PATRONO DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias (25 Ago 1803 - 07 Mai 1880)

encarnar a auréola de Pacificador Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado

Presidente da Província do Maranhão e Comandante - Geral das Forças e m

Operações, para debelar a "Balaiada", recebendo após o conflito o título de

Barão de Caxias e a promoção a Brigadeiro. Também pacificou São Paulo e

Minas Gerais, em 1842, razão por que foi promovido a Marechal-de-Campo

graduado.

Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do

Exército em operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução

Farroupilha, e, ao término, foi efetivado como Marechal-de-Campo, eleito

Senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de Conde.

Em 1851, é novamente nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe

do Exército do Sul para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir, contra

Rosas, na Argentina. Vitorioso mais uma vez, foi promovido a Tenente-

General e elevado à dignidade de Marquês. Em 16 Jun 1855, foi Ministro da

Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila

de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense,

RJ. Em 22 de novembro de 1808, assentou

praça como cadete no 1º Regimento de

Infantaria, ingressando, posteriormente, na

Academia Real Militar. Tenente, integrou o

recém-criado Batalhão do Imperador e como

Ajudante, em 03 Mai 1823 recebeu o batismo

de fogo nas lutas pela independência na Bahia,

quando pôde revelar qualidades de iniciativa,

comando, inteligência e bravura. Participou

como Capitão pelo Batalhão do Imperador da

Campanha da Cisplatina.

Em 02 Dez 1839, já Coronel, passou a

enxaase

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Guerra e, em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira

vez.

Em 10 Out 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe das Forças do

Império em operações contra as tropas do ditador Lopez, do Paraguai, sendo

efetivado no posto de Marechalde-Exército, assumindo, em 10 Fev 1867, o

Comando-Geral das forças em operações, em substituição ao General Mitre, da

Argentina. Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em Itororó, Avaí e

Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando

considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada. "Pelos

relevantes serviços na Guerra do Paraguai", o Imperador lhe concedeu o título

de Duque, em 23 Mar 1869.

Caxias foi Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros

por mais duas vezes, a última de 1875 a 1878. Faleceu na Fazenda Santa

Mônica, nas proximidades do Município de Vassouras - RJ, sendo o seu corpo

conduzido para o Rio e enterrado no Cemitério do Catumbi. Hoje, os restos

mortais do Patrono do Exército e os de sua esposa jazem no mausoléu defronte

do Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro".

O inesquecível sociólogo Gilberto Freyre, no reconhecimento das

excelsas virtudes do Duque de Caxias, assim se expressou:

"Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes

cívicas, comuns a militares e civis. Os ‘caxias’ devem ser tanto paisanos como

militares.

O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas

militares. É o Brasil inteiro que precisa dele".

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PATRONOS DAS ARMAS BASE DO EXÉRCITO

PATRONO DA ARMA DE INFANTARIA

Brigadeiro Antônio de Sampaio (24 Mai 1810 - 06 Jul 1866)

no extermínio da Revolução Praieira, em Pernambuco, participando, a seguir,

da memorável Batalha de Monte Caseros, em 1852, que marcou o fim de

Rosas, o algoz dos argentinos.

Em 1864, já coronel, na guerra contra Aguirre, no Uruguai, comandou

uma das brigadas que fizeram capitular Paissandú. No início de 1865, após o

sítio e redenção de Montevidéu, foi o primeiro a pisar o seu solo, à testa dos

seus comandados e já Brigadeiro, promovido que fora dias antes. Seguir-se-iam

os feitos gloriosos contra o ditador Lopes, do Paraguai, à frente da sua 3ª

Divisão, a célebre “Encouraçada “, entre eles a transposição do Rio Paraná e as

Batalhas da Confluência e do Estero Bellaco, culminando na de Tuiuti, a maior

batalha campal da América do Sul, no dia do seu aniversário, e onde, ferido já

duas vezes, prosseguiu pelejando com habitual desassombro até que, ao receber

o terceiro balaço, não mais resistiu. Faleceu 43 dias depois e foi sepultado em

Buenos Aires com todas as honras, lá permanecendo seu corpo até 1869,

quando foi repatriado para o Rio de Janeiro e, depois, para a capital cearense.

Recentemente, em 24 de Maio de 1996, seu restos mortais passaram a repousar

em mausoléu erigido defronte da sede da 10ª Região Militar.

Nasceu em Tamboril, no sertão do Ceará.

Aos vinte anos, alistou-se no 22º Batalhão de

Caçadores, na capital da Província, hoje Fortaleza.

Recebeu o batismo de fogo em 1832, já furriel (3º

sargento), em Icó e São Miguel, contra tropa

rebeldes à abdicação de D. Pedro I. Em 1835,

combateu no Pará a “Cabanagem” e de 1839/41, já

tenente e sob as ordens de Caxias, a “Balaiada”, no

Maranhão, quando participou de 50 combates, dos

quais comandou 46, proeza que lhe valeu a

promoção a capitão. Em 1848, teve ação decisiva

no

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PATRONO DA ARMA DE CAVALARIA

Marechal de Exército Manuel Luís Osório (10 Mai 1808 - 04 Out 1879)

tenente-coronel,promoção esta recomendada por Caxias. Voltou à Bagé no

comando do regimento em que servira como subalterno. Na luta contra o

ditador Rosas, seus feitos à frente do regimento, na batalha de Monte Caseros,

levaram Caxias, de novo, a solicitar a sua promoção a coronel, em 1852.

Comandou durante três anos a Fronteira de São Borja (Missões),

quando foi promovido a brigadeiro. Em 1º de Março de 1865, assumiu o

comando do 1º Corpo do Exército Brasileiro na guerra com o Paraguai e, logo

depois, promovido a Marechal-de-Campo. Em 16 de Abril de 1866, à frente de

10.000 homens, bate as tropas paraguaias no Passo da Pátria, em Estero

Bellaco e, finalmente, em Tuiuti. A nomeação de Caxias como comandante

único das forças brasileiras, em 1866, marcou a volta de Osório à guerra, desta

feita a testa do recém-criado 3º Corpo e com o qual penetra na fortaleza de

Humaitá para depois, na batalha deAvaí, vir a ser ferido gravemente e ser

obrigado a retirar-se da luta. No entanto ainda enfermo, e a instâncias do

Conde d'Eu, voltou ao comando do 1º Corpo, participando, em 1869, do assalto

e captura da praça forte de Peribebuí.

Foi elevado à dignidade de Marquês do Herval pouco antes do fim da

Guerra do Paraguai, escolhido senador pelo seu Estado e Ministro da Guerra

em 1878. Seus restos mortais repousam hoje no magnífico Parque Histórico

criado para homenageá-lo, exatamente no local onde nasceu.

Gaúcho, nascido na vila que hoje é o

Município de Osório. Com apenas 15 anos,

recebia o batismo de fogo, no arroio Miguelete,

diante de tropas portuguesas. Aos 17 anos, já

alferes, destaca-se em combate junto ao arroio

Sarandi contra tropa de Lavalleja. Aos 19 anos,

já como 1º Tenente, possuia quatro anos em

campanha, com lutas em vários combates e duras

batalhas. Participou praticamente de toda a

Guerra dos Farrapos (1835/45), onde chegou a

tenente-coronel, promoção esta

recomendada por Caxias.

65

PATRONOS DAS ARMAS DE APOIO DO EXÉRCITO

PATRONO DA ARMA DE ARTILHARIA

Marechal de Exército Emílio Luís Mallet (10 Jun 1801 - 02 Jan 1866)

Constituição do Império, adquirindo nacionalidade brasileira. Comandava

Mallet a 1a Bateria do 1o Corpo de Artilharia Montada quando seguiu para a

Campanha Cisplatina. Recebeu seu batismo de fogo e assumiu o comando de

quatro baterias. Revelou-se soldado de sangue frio, valente, astuto. Fez-se

respeitado por sua tropa, pelos aliados e pelos inimigos.

Combateu ainda na Guerra dos Farrapos, como comandante de uma

bateria a cavalo; e como comandante do 1o Regimento de Artilharia a Cavalo,

em operações na Campanha do Uruguai e na Campanha da Tríplice Aliança. A

artilharia de Mallet, em Passo da Pátria, Lomas Valentinas, Peribebuí, Itororó,

Avaí, Campo Grande, Tuiuti e no cerco à fortaleza de Humaitá, fez o inimigo

sentir o valor do soldado brasileiro. Na Campanha das Cordilheiras, fase final

da Guerra da Tríplice Aliança, foi Mallet o comandante-chefe do Comando

Geral de Artilharia do Exército.

Finda a campanha, já tendo ascendido ao posto de brigadeiro, retornou

ao Rio Grande do Sul. A 18 de janeiro de 1879 foi promovido a marechal-de-

campo e a 11 de outubro de 1884 a tenentegeneral. Recebeu, ainda, a 28 de

dezembro de 1878, o título de Barão de Itapevi.

Paradigma de chefe idôneo, espírito reto e ordeiro, caráter impoluto e

dinâmico, Mallet tornou-se o Patrono daArma dos tiros densos, longos e

profundos.

Emílio Luís Mallet nasceu a 10 de junho

de 1801, em Dunquerque, França. Veio para o

Brasil em 1818, fixando-se no Rio de Janeiro.

Alistou-se a 13 de novembro de 1822, assentando

praça como 1º cadete. Iniciou, assim, uma vida

militar dedicada inteiramente ao Exército e ao

Brasil. Em 1823 matriculou-se na Academia

Militar do Império. Como já possuía os cursos de

Humanidade e Matemática, foilhe dado acesso ao

de Artilharia. Nesse mesmo ano, jurou à

Constituição do Império

66

PATRONO DA ARMA DE ENGENHARIA

Tenente-Coronel João Carlos de Vilagran Cabrita (30 Dez 1820 - 10Abr

1866)

nossas tropas. Regressou ao Brasil em 1852, sendo promovido a capitão.

Passou, depois, a participar da criação do nosso 1º Batalhão de Engenharia,

necessidade sentida desde a guerra contra Oribe e Rosas. Eclodida a guerra

com o Paraguai, o Batalhão recebeu ordem de seguir para o teatro de operações

e, em Ago 1865, então o Major Cabrita assumiu o comando do Batalhão e, em

Mar 1866, era promovido a Tenente-Coronel, permanecendo à testa da sua

unidade até a morte.

Para as tropas aliadas, a travessia do rio Paraná impunha-se com

urgência e coube ao Batalhão de Cabrita, com os seus 900 bravos, desembarcar

na linha de Redenção, situada a meio do rio, defronte do Forte de Itaperu. Na

manhã de 06 Abr 1866, estava a ilha ocupada e pronta para a defesa, à espera

do revide inimigo, naquele que seria o primeiro confronto do Exército de

Osório com as forças de Lopes.Agrande vitória brasileira, custou, contudo, a

vida do herói, vitimado por uma bala de canhão inimigo quando, a bordo de um

lanchão ancorado na ilha, redigia a parte do combate. Morreu com apenas 46

anos de idade, 26 dos quais dedicados exclusivamente ao Exército.

A Arma de Engenharia comemora anualmente o dia 10 de abril, não a

data de nascimento do seu ilustre Patrono, mas aquela em que ele nasceu para

ingressar na História.

Embora nascido em Montevidéu, é

considerado brasileiro, porquanto, na época, a

então Província Cisplatina integrava o nosso

território. Ingressou no Exército em 13 Jan 1840,

reconhecido Cadete de 1ª classe logo depois.

Bacharel em Matemática e Ciências Físicas,

esteve no Paraguai como 1º Tenente, para instruir

oficiais do exército daquele país, além de projetar

e construir a Fortaleza de Humaitá, aquela que,

mais tarde, tantos transtornos viria causar às

nossas tropas.

Regressou ao Brasil em 1852, sendo

promovido a capitão.

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PATRONO DO SERVIÇO DE INTENDÊNCIA

Marechal Graduado Carlos Machado de Bittencourt (12 Abr 1840 – 05

Nov 1897)

nas Batalhas de Avaí e Lomas Valentinas e na rendição de Angustura,

entrando, com o Estado Maior do Corpo em Assunção, em janeiro de 1869. Em

Lomas Valentinas, por sua bravura, foi promovido a capitão. Quando a

República foi proclamada, era coronel e comandava a guarnição e fronteira de

Jaguarão, comissão que continuou a exercer quando foi promovido a

brigadeiro, em janeiro de 1890. Comandou o 6° Distrito Militar, em Porto

Alegre, e o 4°, em São Paulo, além da Guarda Nacional. Em 1895, foi

nomeado Ajudante-General do Exército, e já marechal graduado, Ministro do

Supremo Tribunal Militar, cargo que honrou até I7 de Maio 1897, quando

aceitou o convite do Presidente da República para gerir o Ministério da Guerra.

Preocupou-o, de imediato, a Campanha de Canudos, onde o Exército vinha

acumulando seguidos insucessos. Decidiu então intervir pessoalmente,

seguindo para a Bahia com homens e suprimento suficientes, em particular

viveres e munição. Cuidando, ele próprio, dos problemas logísticos, conseguiu

pôr fim à sinistra campanha. Quando do desembarque da tropa que lutara no

sertão baiano, foi assassinado a facadas, no Arsenal de Guerra, no Calabouço,

ao defender a vida do Presidente Prudente de Morais contra as tentativas

homicidas de um fanático.

Neto e filho de militares, era gaúcho, de

Porto Alegre, assentando praça em 1° de janeiro de

1857. Participou, como tenente, dos maiores feitos

bélicos da Guerra do Paraguai, entre eles a

travessia do Rio Paraná, as Batalhas do Estero

Bellaco e Tuiuti, o combate de Tuiu-Cuê e o sitio e

rendição de Humaitá. Mais tarde, junto ao pai.

Brigadeiro que comandava o 1° Corpo de

Exército, destacou-se nas operações da

Dezembrada, na passagem da Ponte de Itororó, nas

Batalhas de Avaí e Lomas Valentinas e na

rendição de Angustura, entrando, com o Estado

Maior do Corpo em Assunção, em janeiro de

1869. Constituição do Império

68

PATRONO DA ARMA DE COMUNICAÇÕES

Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (05 Mai 1855 – 19 Jan 1958)

pelos ideais republicanos e pela filosofia de Cmte. Como ajudante da Comissão

Construtoras das Linhas Telegráficas, em Mato Grosso, dá início então à sua

invulgar carreira dedicada à Pátria, ligando o seu Estado à rede geral brasileira.

A odisseia de sertanista vai-se evidenciando na chefia de diversas outras

comissões, inclusive a das Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao

Amazonas e, em 1916, havia dotado aquele Estado de milhares de quilômetros

de linhas, com 55 estações, executando ainda explorações e levantamentos que

atingiram 50 mil quilômetros. Na chefia do Serviço de Proteção aos índios,

criado em 1910, descobriu e pacificou várias tribos, num total de 30 mil índios.

Como Inspetor de Fronteiras (1927 a 1930), percorreu os limites do

norte do Brasil, da Guiana Francesa até seu extremo noroeste, mantendo

amistoso contato com todas as tribos e grupos indígenas daquela imensa região.

Chefiou a Delegação Brasileira que fechou a paz no conflito entre Colômbia e

Peru (1934/38). Foi presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios

em 1939. Em 1952, viu aprovado o seu projeto criando o Parque Nacional do

Xingu e, em 1955, foi promovido a Marechal por lei especial, mesmo ano em

que o antigo território de Guaporé passou a denominar-se Rondônia. Ao

morrer, teve o corpo velado na sede do Clube Militar e sepultado com honras

de Chefe de Estado, no Rio de Janeiro.

Nasceu em Mimoso, lugarejo perto de

Cuiabá, MT. Em 26 de novembro de 1881,

incorporou-se no 3º Regimento de Artilharia a

Cavalo, com destino à Escola Militar da Praia

Vermelha, onde concluiu os cursos de Infantaria,

Cavalaria e Artilharia e o de Estado-Maior de 1ª

Classe. Ingressou a seguir na Escola Superior de

Guerra, formando-se Engenheiro Militar e

Bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e

Naturais, Aluno de Benjamim Constant, optou

pelos ideais republicanos e pela filosofia de Cmte.

Batalhas de Avaí e Lomas Valentinas e na

rendição de Angustura, entrando, com o Estado

Maior do Corpo em Assunção, em janeiro de

1869. Constituição do Império

69

PATRONO DO QUADRO DE MATERIAL BÉLICO

Tenente-General Carlos Antônio Napion (30 Out 1757 - 27 Jun 1814)

Laboratório de Instrumentos de Lisboa.

Pelas virtudes de administrador, pesquisador, mestre e escritor, foi

escolhido pelo Príncipe Regente para integrar a sua comitiva quando da

transmigração da família real para o Brasil, em 1808. Foi logo promovido a

marechal-de-campo graduado, nomeado Inspetor Geral de Artilharia e

incumbido de criar e inspecionar a Fábrica Real de Pólvora, às margens da

lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, a qual, posteriormente, seria

transferida para Raiz da Serra, como a Fábrica Estrela atual.

Como Inspetor, ampliou a Fábrica de Armas do morro da Conceição e

melhorou todas as fortificações então existentes. Em 13 de Maio de 1810, foi

efetivado no posto de tenente-general. Foi vogal e conselheiro de guerra do

Conselho Supremo Militar, criado por D. João em 1º de Abril de 1808.

Em 1811, foi Inspetor Geral da Real Junta da Fazenda dos Arsenais,

Fábricas e Fundições e, em 1812, Inspetor e Fiscal de Real Fábrica de Ferro

São João de Ipanema, em São Paulo.

Reorganizou a antiga Casa do Trem, transformando-a no Arsenal Real

do Exército, futuro Arsenal de Guerra do Rio. E assim, por ter planejado,

organizado e dirigido as primeiras fábricas de Material Bélico no Brasil,

implantando a Indústria Militar em nosso País, foi instituído Patrono do nosso

Quadro de Material Bélico. Seus restos mortais estão sepultados no Convento

de SantoAntônio, no Rio de Janeiro.

Nasceu em Turim, na Itália. Aos 15 anos

era cadete do Corpo Real de Artilharia, iniciando

notável carreira de militar e engenheiro em sua

terra, com dedicação especial à Química e à

Metalurgia, assuntos nos quais se projetou com a

publicação de diversas obras didáticas e livros

técnicos. Em 1800, mediante contrato, passou a

servir ao Exército de Portugal, onde, em 1807,

ostentava as insígnias de brigadeiro, nomeado

Inspetor do Arsenal Real do Exército e Diretor do

Laboratório de Instrumentos de Lisboa.

70

PATRONO DO QUADRO DE ENGENHEIROS MILITARES

Coronel Ricardo Franco de Almeida Serra (1748 - 21 Jan 1809)

contribuíram decisivamente para a consolidação do espaço territorial brasileiro.

Dentre as suas principais realizações pode-se citar o mapeamento das

Capitanias do Grão-Pará, de São José do Rio Negro e de Mato Grosso, além de

inúmeros rios na Região Norte e Centro-Oeste. Em 1787, projetou e construiu

o quartel dos Dragões de Vila Bela, no atual Estado de Mato Grosso, e, como

tenente-coronel, concluiu as obras do Forte Príncipe da Beira e promoveu a

construção do Forte Coimbra, obras magníficas que reafirmam, ainda hoje, o

valor técnico e profissional do grande soldado.

Em 1801, no comando do Forte Coimbra, à frente de reduzido efetivo,

conduziu heróica resistência contra o ataque de forças espanholas, muito

superiores em número de homens, que ainda alimentavam sonhos de expansão

territorial. Em 1804, chegou a Mato Grosso a notícia de sua promoção a

coronel, decretada em Lisboa em 11 de julho de 1803. Em 28 de março de

1808, em virtude da vinda da família real para o Brasil, foi designado, pela

segunda vez, para o comando da Fronteira Sul e do Forte Coimbra. Veio a

falecer, aos 61 anos, precisamente no comando do Forte que havia construído e

que ajudara a defender e que permaneceria como paradigma de sua

competência, dedicação, bravura e amor ao Brasil.

Nascido em Portugal, ingressou na

Academia Militar da Corte em 1762, concluindo

os cursos de Infantaria e Engenharia em 1766. À

disposição do Quadro-Mestre-General, trabalhou

ininterruptamente, por mais de dez anos, no

levantamento de rios, cidades, povoados, campos,

minas de carvão, etc. Veio para o Brasil em 1780,

chefiando a terceira partida de Demarcação dos

Limites na América, representando o Reino de

Portugal. Iniciou então as ações que viriam a

consagrá-lo como soldado e engenheiro e que

contribuíram decisivamente para a

consolidação do espaço territorial

brasileiro.

71

PATRONO DO SERVIÇO DE SAÚDE

General de Brigada Médico João Severiano da Fonseca (27 Mai 1836 - 07

Nov 1897)

participou da Campanha do Uruguai e esteve presente em toda a campanha da

Tríplice Aliança, prestando sempre inestimáveis serviços médicos. Foi alvo de

repetidos elogios, pelo zelo, competência profissional e senso humanitário,

razão por que, merecidamente, foi promovido a Capitão.

De volta à Pátria , foi designado para servir no Hospital Militar da

Guarnição da Corte. Em 1875, integrou, como médico, a Comissão de Limites

com a Bolívia, rumando para Corumbá e regressando três anos depois, para ser

reintegrado no mesmo Hospital, ao qual serviria por mais de 14 anos e que,

hoje, é o Hospital Central do Exército. Serviu também no Hospital Militar do

Andaraí. Foi o primeiro médico militar a ser membro efetivo da Academia

Imperial de Medicina.

A República vai encontrá-lo na direção interina do Hospital Militar da

Corte e como professor da cadeira de Ciências Físicas e Naturais do Imperial

Colégio Militar, recém-instalado. Como Coronel, exerceu as funções de

Inspetor do Pessoal do Serviço Sanitário e, em 04 de Outubro de 1890,

efetivado no posto de General-de-Brigada, assumiu a Inspetoria Geral do

Serviço Sanitário, atual Diretoria de Saúde. Tomou assento, em 1890, no

Conselho Supremo Militar de Justiça e, no ano seguinte, foi eleito Senador.

Foi Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e de diversas

associações culturais do Brasil e do exterior, distinguindo-se como poeta,

escritor, historiador e naturalista. Faleceu na Capital da República.

Eram dez irmãos, duas mulheres e oito

homens, todos eles militares, três deles tendo

morte gloriosa na Guerra do Paraguai. Nasceu

João Severiano na velha cidade de Alagoas, hoje

Marechal Deodoro, homenagem ao irmão, o

Proclamador da República e seu 1º Presidente.

Concluiu o Curso Médico na Faculdade de

Medicina do Rio de Janeiro, em 1858, e ingressou

no Exército Imperial em 29 de janeiro de 1862,

como 2º Cirurgião Tenente. De 1864 a 1870,

participou da Campanha

do Uruguai

72

PATRONO DO SERVIÇO DE VETERINÁRIA

Tenente-Coronel Médico João Muniz Barreto de Aragão (17 Jun 1874 - 16

Jan 1922)

quadro médico Corpo de Saúde do Exército em 23 de abril de 1901, sendo

nomeado 1º Tenente.

Exerceu comissões no Hospital Central do Exército , em Nioaque, na

Fortaleza de Santa Cruz, no Forte de Imbuí e na Escola Militar e, em 1904, foi

designado para o Laboratório de Microscopia Clínica e Bacteriológica, hoje

Instituto de Biologia do Exército. Lá, sentiu ele a necessidade de uma escola na

qual o Exército pudesse formar veterinários capazes de debelar os males que

vinham assolando os seu rebanhos.

A criação da Escola de Veterinários do Exército tornou-se então uma

idéia fixa, que somente veio a se concretizar em 17 Julho de 1914, depois de

longo tempo de estudos e lutas, com a vinda, inclusive, de profissionais

franceses, contratados para reforçar o incipiente corpo docente. Pouco depois,

já Major, fundou a Sociedade Médico-Cirúrgica Militar, da qual foi presidente.

No final de 1917, teve o prazer de assistir à formatura da primeira turma de

veterinários do Brasil. Tenente-Coronel promovido em 1919, foi nomeado

diretor da escola que idealizara e criara, dedicando-se desde logo à construção

do novo edifício em que seria instalada.

Já em 1906, fora empossado membro titular da Academia Nacional de

Medicina. No Ministério da Agricultura, organizou e criou, em 1910, o Serviço

de Defesa Sanitária Animal e foi o seu primeiro dirigente. Era Inspetor do

Serviço Veterinário do Exército quando veio a falecer, vítima de fulminante

síncope cardíaca, com apenas 48 anos de idade.

Nasceu em SantoAmaro, na Bahia. Prestes

a diplomar-se na Faculdade de Medicina do

Estado, interrompeu o curso para prestar serviços

em Canudos, onde a escassez de médicos era

sensível. Regressou do sertão baiano em fins de

1897 e prosseguiu os estudos diplomando-se a

seguir. Em 07 de dezembro de 1900 foi nomeado

médico adjunto do Exército, indo exercer suas

funções em Florianópolis-SC, lá permanecendo até

1901. Ingressou, mediante concurso, no quadro

médico do Corpo

73

PATRONO DO MAGISTÉRIO MILITAR

Marechal Roberto Trompovski Leitão de Almeida (08 Fev 1853 – 02 Ago

1926)

Escola Militar. De 1905 a 1907, designado pelo Barão de Rio Branco, foi adido

militar junto as legações brasileiras na Grã-Bretanha, Suíça e Itália, bem como

Delegado Técnico na Conferência Internacional de Paz, em Haia, em 1906,

assessorando Rui Barbosa. Em 1915, foi nomeado Inspetor do Ensino Militar,

quando foi promovido a generalde-divisão. Em 08 de fevereiro de 1919, ao

completar 66 anos, foi reformado no posto de Marechal.

PATRONO DO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS

1º Tenente Antônio João Ribeiro (24 Nov 1823 - 29 Dez 1864)

fronteira, conhecida por ele como a palma de sua mão.

Sua última comissão, de 17 de fevereiro de 1862 a 29 de dezembro de

1864, foi a de Comandante da Colônia Militar de Dourados, onde veio a morrer

heroicamente, à frente de apenas 14 homens, ao se negar a rendição diante do

ataque de mais de 200 paraguaios. É dele a frase que o imortalizou: “Sei que

morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene

contra a invasão do solo da minha Pátria”.

Nasceu em Desterro, Santa Catarina.Assentou

praça em 29 de dezembro de 1869, com destino à

Escola Militar. Em 1876, 1º tenente recebeu o grau de

Doutor em Ciências Físicas e Matemáticas, sendo

nomeado repetidor da 1ª cadeira do 1º ano da Escola

Militar; como capitão, foi repetidor e assistente da

cadeira de Analítica e Cálculo do mestre Benjamim

Constant e, em 1889, catedrático da 1ª cadeira do 1º

ano de Infantaria e Cavalaria. Exerceu, em 1894, o

comando interino do Colégio Militar e, em 1897, o da

Escola Militar.

Nasceu na vila de Poconé, em Mato Grosso.

Assentou praça, como voluntário, em 06 de março de

1841 e foi promovido, sucessivamente, a cabo, 2º

sargento, 1º sargento, sargento-ajudante, alferes e

tenente, esta última promoção em 1860, às vésperas

de completar 20 anos de serviço. Permaneceu durante

quase todo esse tempo, em Mato Grosso, no comando

de diversos destacamentos e no desempenho

continuado de missões de campo, diligências, batidas

a índios e tarefas similares, quase sempre ao longo da

fronteira, conhecida por ele como a palma de sua mão.

74

PATRONO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA

Capitão Capelão Antônio Alvares da Silva - Frei Orlando (13 Fev 1913 -

20 Fev 1945)

de 1944, foi nomeado capitão capelão com exercício no II

Batalhão do 11º Regimento de Infantaria. Integrando o 2º escalão da FEB,

aportou em Nápoles em 06 de outubro de 1944. Os inestimáveis serviços

prestados às tropas do Regimento Tiradentes, duraram apenas sete meses e uma

semana, porquanto veio a falecer na linha de frente em acidente na rodovia de

Bombiana. Seu corpo foi inumado no cemitério de Pistóia e, em fins de 1960,

junto ao de centenas de outros heróis, transladado para o Monumento Nacional

dos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.

PATRONO DO QUADRO COMPLEMENTAR DE OFICIAIS

Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1797 – 21 Ago 1853)

ideais de liberdade que envolviam seus conterrâneos. Com o uniforme de um

cunhado, incorporou-se inicialmente ao Corpo de Artilharia. O seu batismo de

fogo ocorreu em combate na foz do Rio Paraguaçu, ocasião em que ficou

evidenciado seu heroísmo invulgar e sua real identidade.

Depois de encerrada a guerra, a heroína recolheu-se ao silêncio do lar,

falecendo no dia 21 de agosto de 1853, num "doloroso anonimato".

Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus passou a ser

reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais.

Natural de Morada Nova, município de Abaeté,

em Minas Gerais, iniciou os estudos humanísticos no

Colégio dos Fransciscanos, em Divinópolis,

concluindo-os na Holanda. Regressou à Pátria em 1935

e ordenou-se em 24 de outubro 1937, sendo destacado

para o Colégio Santo Antônio, em São João del Rei.

Apresentou-se como voluntário para seguir com a Força

Expedicionária Brasileira para a Itália e, em 13 de julho

de 1944, foi nomeado capitão capelão com exercício no

II Batalhão do 11º Regimento de Infantaria.Escola

Militar.

Maria Quitéria de Jesus, a mulher-soldado, nasceu

em São José de Itapororocas, no ano de 1797, na antiga

Província da Bahia. Em 1822, o Recôncavo Baiano lutava

contra o dominador português. A necessidade de efetivos

fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em

Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se

alistarem para combater os portugueses. Maria Quitéria,

uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado,

motivada pelos ideais de liberdade que envolviam seus

conterrâneos.Regimento de Infantaria.Escola Militar.

75

PATRONO DO SERVIÇO MILITAR

Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac (1865 – 28 Dez 1918)

de recrutamento, vigente há quase um século no Brasil. A Constatação do

absoluto ajustamento do sistema de conscrição à atualidade brasileira é, por si

só, prova sobeja da visão prospectiva deste insígne patriota, mui justamente

consignado Patrono do Serviço Militar. Na sua eternidade, a pátria revenciará

sempre aquele que, com o coração e a ação, mostrou aos brasileiros a nobreza

do dever militar.

Olavo Bilac nasceu na cidade do Rio de

Janeiro. Poeta, jornalista, fundador e membro da

Academia Brasileira de Letras, foi um ardoroso

nacionalista, abolicionista e grande propugnador do

Serviço Militar Obrigatório e dos tiros-de-guerra.

Dentre sua extensa obra, destacam-se a letra do

Hino à Bandeira, o poema épico “O Caçador de

Esmeraldas” e o belo soneto “A Pátria”. Na data do

seu nascimento, 16 de dezembro, comemora-se o

Dia do Reservista. Faleceu no Rio de Janeiro aos

53 anos. Foi o mais ardoroso defensor do modelo

de recrutamento, vigente há quase um século no

Brasil. A Constatação do absoluto ajustamento do

sistema de conscrição à atualidade brasileira é, por

si só, prova sobeja da visão prospectiva deste

insígne patriota, mui justamente consignado

Patrono do Serviço Militar. Na sua eternidade, a

pátria revenciará sempre aquele que, com o

coração e a ação, mostrou aos brasileiros a nobreza

do dever militar.

76

3. ESCALA HIERÁRQUICA NAS FORÇAS ARMADAS

OFICIAIS

PRAÇAS ESPECIAIS

Obs.: os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando

fardados, têm precedência sobre os Cabos, aos quais são equiparados.

PRAÇAS

77

4. DISTINTIVOS DOS POSTOS E GRADUAÇÕES

78

5. INSÍGNIAS DE ARMAS, QUADROS E SERVIÇOS

79

6. FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 – FAL

1 - Apresentação

O fuzil 7,62 M964, é uma arma adotada no exército brasileiro em

substituição aos antigos fuzis e mosquetões de repetição de calibres 7mm e .30.

Foi adotado como arma portátil do combatente de qualquer arma, atendendo as

necessidades de uniformização da munição, bem como da modernização do

equipamento.

É uma arma de aceitação internacional, tendo sido muito utilizada desde

1960 na África quando de lutas internas. Suas excepcionais características já

foram comprovadas nas mais diversas situações e condições de emprego.

Esta arma foi projetada e executada com objetivo de colocar nas mãos

do soldado, uma arma que tenha – em grau até agora não igualado – as mais

importantes qualidades a saber:

¬ perfeita maneabilidade;

¬ possibilidade de iniciar instantaneamente tiro intenso e apontado;

¬ facilidade de manutenção em campanha; e

¬ segurança absoluta de funcionamento.

2 - Características

2.1 – Designação

NEE...............................................................1005-1062-443-5

Indicativo militar ..........................................Fz 7,62 M964

Nomenclatura ...............................................Fuzil 7,62 M964 “FAL”

NEE...............................................................1005-1062-414-6

Indicativo militar ..........................................Fz 7,62 M964 Br1

Nomenclatura ...............................................Fuzil 7,62 M964 “FAL/FI”

2.2 - Classificação

Quanto ao tipo ................................................Portátil

Quanto ao emprego ........................................Individual

Quanto ao funcionamento ..............................Semi-automático

Princípio de funcionamento............................Tomada de gases (em um

ponto do cano)

Quanto a refrigeração .....................................A ar

80

2.3 - Alimentação

Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre

Capacidade .................................................... 20 cartuchos

Sentido ...........................................................De baixo para cima

2.4 - Raiamento

Números de raias ...........................................04 (quatro)

Sentido ...........................................................A direita

2.5 - Aparelho de Pontaria

Alça de mira ...................................................Tipo lâmina graduada e

visor com cursor

Massa de mira ................................................Tipo ponto com protetores

2.6 - Dados Numéricos

Calibre ............................................................7,62 mm

Comprimento .................................................1,10 m

Peso do carregador vazio ...............................250 g

Peso da arma com carregador vazio ..............4,200 Kg

Peso da pressão do gatilho ............................3,5 a 4,5 Kg

Velocidade inicial do projetil ........................840 m/s

Velocidade do tiro ......................Automático: 120 tiros por minuto

Semi-automático: 60 tiros por minuto

Velocidade teórica de tiro ..............................650 / 750 tiros por minuto

Alcance máximo ............................................3.800 m

Alcance útil sem luneta .600 m

Vida útil da arma ............................................Superior a 16.000 tiros

2.7 - Munições Utilizadas

Ordinário .......................................................7,62 M1

Perfurante ......................................................7,62 Pf

Traçante .........................................................7,62 Tr

Festim ............................................................7,62 Ft

Manejo ...........................................................7,62 Mnj

Lança-granada ...............................................7,62 Lç-NATO

2.8 - Tipos de Granadas

Anti-pessoal .............................................Cor havana / cinta vermelha

Anti-carro ................................................Cor amarela / vo / cinta branca

Incendiária ................................................Cor cinza

Exercício ........................................................Cor preta ou azul

81

3 - Desmontagem

3.1 - Medidas Preliminares

Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes

precauções:

3.1.1 - Retirar o carregador.

3.1.2 - Dar dois golpes de segurança.

3.1.3 - Travar o armamento

82

3.1.4 - Retirar a bandoleira.

3.2 - Desmontagem de 1º Escalão

3.2.1 - Abrir a Tampa da Caixa da Culatra

3.2.2 - Retirar o Conjunto Ferrolho-Impulsor do Ferrolho

a) Coloque a arma sobre a bancada,

fazendo-a repousar sobre a face direita.

b) Identifique a chaveta do trinco da

armação imediatamente à direita da Posição “R” do

registro de tiro e segurança.

c) Para abrir a caixa da culatra, empunhe a

armade modo que a mão esquerda segure o Cano-

cilindro degases logo após a alavanca de manejo, e

com a mão direita segure o delgado, com o polegar

direito colocado abaixo da chaveta do trinco de

armação. Empurre com o polegar a chaveta do trinco

da armação para cima. Deslocada a chaveta, abra a

arma executando o movimento de “giratório” com as

duas mãos.

Retire o conjunto do seu alojamento na

caixa da culatra, puxando-o pela haste do impulsor

do ferrolho.

83

3.2.3 - Separar o Ferrolho do Impulsor do Ferrolho

3.2.4 - Retirar o Percussor

3.2.5 - Separar o percussor de sua mola.

Esta operação pode ser executada segundo

dois processos:

Primeiro processo:

Segure o conjunto com amão direita, de

modo que o impulsor fique entre o polegar e o

indicador, e com a haste para baixo.Com a mão

esquerda segure o ferrolho, de modoque o polegar

comprima a cauda do percussor, e oindicador se

coloque sobre a parte anterior do ferrolho.

Comprimindo a fundo o percussor, girar para fora

oferrolho separando-o de seu impulsor.

Segundo processo:

Apóie o impulsor do ferrolhosobre a bancada

e segure-o com a mão direita. Apóie aalmofada do

polegar esquerdo sobre a parte anterior do ferrolho e

comprima-a contra a bancada ao mesmotempo em que

executa um movimento para fora.Separar-se-á o

ferrolho do seu impulsor

a) Identificar a cauda do percussor, aflorando

da parte posterior do ferrolho.

b) Identifique o pino do percussor

c) Segure o ferrolho com a mão esquerda e

comprima a cauda do percussor com o polegar. Com

auxilio de um toca-pino ou da ponta de um cartucho

retire o pino do percussor de seu alojamento. Isto

feito,afrouxe a pressão sobre a cauda do percussor e,

desfeita a tensão da mola do percussor, retire-o de seu

alojamento.

Puxá-los em direções opostas.

84

3.2.6 - Retirar tampa da caixa da culatra

3.2.7 - Retirar o obturador do cilindro de gases

3.2.8 - Retirar o êmbolo e mola.

a) Identificar a tampa da caixa da culatra, à

retaguarda, na caixa da culatra.

b) Para retirar, puxar para a retaguarda.

a) Apoiar a arma no solo pela chapa da soleira,

punho para frente.

b) O obturador do cilindro de gases situa-se

logoà frente da massa de mira, e acima do cano. Na sua

parte anterior esta gravada a letra “A” em uma face eas

letras “GR” na face oposta.

c) Identificar o retém do obturador do cilindro

degases.

d) Com o auxílio do toca-pino ou de

umcartucho, comprimir o retém do obturador da

esquerda para direita.

e) Mantendo a compressão sobre o retém, girar

oobturador para a esquerda, no sentido anti-horário (um

pequeno deslocamento apenas) e retirar o taca-pino ou

cartucho.

f) Fazendo pressão sobre a parte anterior

doobturador, completar ¼ de volta (a letra “A” fica para

a esquerda).

g) Afrouxar gradativamente a pressão sobre o

obturador, retirando-o de seu alojamento.

Estão alojados no cilindro de gases.

85

3.2.9 - Separar o êmbolo de sua mola.

3.2.9 – Ordem das peças

1. Carregador;

2. Bandoleira (se for o

caso)

3. Impulsor do ferrolho;

4. Pino do percussor;

5. Ferrolho;

6. Mola do percussor;

7. Percussor;

8. Tampa da caixa da

culatra;

9. Obturador do cilindro de

gases;

10. Mola do êmbolo;

11. Êmbolo;

12. Conjunto armação -

coronha e cano - caixa da

culatra.

a) Identificar a tampa da caixa da culatra, à

retaguarda, na caixa da culatra.

b) Para retirar, puxar para a retaguarda.

86

3.3 - Montagem de 1º Escalão

3.3.1 - Colocar a mola no êmbolo

3.3.2 - Colocar o êmbolo e mola do cilindro

3.3.3 - Montar o obturador do cilindro de gases

a) Apoiar a arma no solo pela chapa de soleira, punho voltado para frente.

b) Introduzir parcialmente o obturador docilindro de gases em seu alojamento (“A” para a

esquerda, “GR” para direita).

c) Girar o obturador do cilindro de gases para a direita (sentido horário).

d) Comprimir o retém do obturador e prosseguir com o giro para a direita até completar-se o

encaixe, de modo que a letra “A” fique para cima.

3.3.4 - Montar a tampa da caixa da culatra

A montagem deve ser feita de modo que haja um perfeito encaixe da tampa da caixa da culatra,

principalmente na parte correspondente à janela deejeção cujo recorte dificulta a operação.

3.3.5 - Colocar a mola do percussor

3.3.6 - Montar o percussor no ferrolho

a) Colocar o percussor e mola no alojamento existente à retaguarda do ferrolho.

b) Com o polegar, empurre a cauda do percussor para o interior do alojamento e colocar o pino.

3.3.7 - Montar o ferrolho no impulsor do ferrolho

a) Segurar o impulsor do ferrolho com a mãoesquerda de modo que sua cauda fique para a

frente e a montagem do ferrolho para cima.

b) firmar o impulsor do ferrolho na mãoesquerda e, com a mão direita bater na parte anterior

ferrolho, na mesma direção de inclinação do ferrolho

3.3.8 - Colocar na arma o conjunto ferrolho impulsor do cano

a) Colocar a arma na vertical, apoiada pela boca do cano.

b) Segurar o conjunto ferrolho-impulsor pelahaste do impulsor, de modo que o ferrolho fique

em sua posição avançada.

c) Introduzir a parte anterior do conjunto na caixa da culatra.

d) Largar o conjunto de modo que o encaixe seja feito pala ação da gravidade.

3.3.9 - Fechar a caixa da culatra.

Com a mão esquerda segure o guarda-mão logo após a Alavanca de Manejo e com a direta o

delgado, para cima, até haver o encaixe das duas partes.

87

3.4 - Medidas Complementares

3.4.1 - Engatilhar a arma

Trazer a alavanca de manejo a retaguarda e soltá-la.

3.4.2 - Destravar a arma

Colocar o registro de tiro e segurança na posição “R”.

3.4.3 - Desengatilhar a arma e travar

Pressionar a tecla do gatilho.

3.4.4 - Colocar a bandoleira

Prender a bandoleira nos seus respectivos zarelhos.

3.4.5 - Colocar o carregador

Encaixar o carregador no seu receptor, colocando a parte anterior e forçando para a retaguarda e

para a retaguarda e para cima até ouvir o estalido do retém do carregador

88

7. FUNDAMENTOS DO TIRO DE FUZIL

O ato integrado de atirar é uma aplicação correta e oportuna dos

fundamentos do tiro, que são:

1. Posição Estável 2. Pontaria 3. Acionamento do gatilho 4. Controle da respiração

1 - POSIÇÃO ESTÁVEL

Quanto mais estável a posição de tiro, menor a área tremida. Em

consequência, se um atirador tem oportunidade para escolher posições, deve

selecionar a mais estável e que ofereça observação sobre o alvo e proteção.

Considerando as muitas variações do terreno, vegetação e situação tática, há

inúmeras posições que podem ser usadas. Entretanto, na maioria das vezes,

serão variações das posições de tiro existentes. A posição estável

compreende: empunhadura + posição de tiro.

a. EMPUNHADURA

Empunhar uma arma é segurá-la firmemente de modo a minimizar

os efeitos que possam ser causados por um movimento indesejado, realizando,

ao mesmo tempo, a pontaria correta e o disparo.

Tipos de apoio - Apoio externo - obstáculos do terreno.

Apoio interno - apoio ósseo.

Colocação da mão e braço que não atira - A arma deve ser

apoiada pelo "V" da mão que não atira, repousando sobre a palma da mão. Não

pode haver contração muscular. O apoio será fornecido à altura do guarda-mão

ou do carregador, dependendo da posição. O pulso será mantido tão reto quanto

possível. O apoio deve ser ósseo (interno) e não muscular, e para tanto, é

imprescindível que o cotovelo fique embaixo da arma. Quanto mais afastado o

cotovelo da posição preconizada, maior será o esforço.

Chapa da soleira no cavado do ombro - A chapa da soleira precisa

ser colocada no cavado do ombro. A posição certa diminui o efeito do recuo e

auxilia a firmar o fuzil.

Empunhadura pela mão que atira – A mão que atira segura a arma

pelo punho, firme, mas sem rigidez, exercendo pressão para a retaguarda, a fim

de manter a chapa da soleira no cavado do ombro. O dedo indicador é colocado

89

sobre o gatilho, sem que haja contato com o lado da tecla, o guarda-mato ou o

lado do punho. Tal posição permite uma pressão da tecla diretamente para

retaguarda, sem prejudicar a pontaria pela existência de trações laterais sobre a

arma. Permite, ainda, uma independência do movimento do dedo indicador,

que desse modo não atuará sobre outra parte da arma que não a tecla do

gatilho. É também a posição em que melhor atuação têm os músculos do dedo,

evitando demasiado esforço no ato de comprimir o gatilho. O dedo deve tocar a

parte ântero-posterior da tecla, com o espaço compreendido entre a ponta e a

primeira articulação, sendo o meio termo a parte mais conveniente.

Posição do cotovelo da mão que atira - A atuação do cotovelo da

mão que atira fornece equilíbrio à posição de tiro. Quando corretamente

colocado, ajuda a acentuar o cavado do ombro, onde adaptar-se-á a chapa da

soleira. Sua colocação exata varia nas posições de tiro e, por isso, será

explicada em detalhes quando da explanação sobre elas.

Descontração - O atirador precisa ter condições que lhe permitam

executar a descontração dos músculos não empenhados na tomada da posição

de tiro. Contração indevida produz fadiga muscular e o consequente tremor que

fará movimentar a arma no momento do tiro. Chegando à conclusão que

determinados detalhes de uma posição causam tensão muscular excessiva, o

atirador deve modificá-los ligeiramente até estar apto a realizar uma

descontração de todos os músculos não empenhados. Essa adaptação não pode,

entretanto, violar quaisquer dos outros fatores que contribuem para a firmeza

da empunhadura. Um indicativo seguro de que não há contração indevida é a

possibilidade de relaxar os músculos sem perder a "fotografia".

Stock Weld

Significa o estabelecimento de firme contato entre o maxilar do

atirador e a coronha. É obtido quando o atirador, tendo deixado a carne da

bochecha entre o molar e a coronha (à guisa de almofada), comprime o maxilar

contra a arma. Obtido o "stock weld", a arma e a cabeça do atirador recuarão

como bloco único, permitindo a manutenção da pontaria. Esse firme contato

permitirá, ainda, a manutenção da distância constante entre o olho e a alça de

mira.

90

1.1 - POSIÇÕES DE TIRO

a. POSIÇÃO DEITADO

É relativamente firme e fácil de tomar. Apresenta uma silhueta baixa

e adapta-se, facilmente, à utilização de abrigo e apoio. Seu emprego é limitado

em combate, em virtude das servidões impostas pela vegetação e pelo terreno.

Deitado (D)

atira o mais embaixo da arma que lhe seja possível (uma boa referência é o

antebraço tocar o carregador). Com a mão que atira segura o punho, ajeita a

chapa da soleira no cavado do ombro e exerce uma firme pressão para a

retaguarda. O cotovelo da mão que atira fica afastado do corpo, permitindo que

os ombros se coloquem, aproximadamente, no mesmo nível. Para completar a

posição, acomoda convenientemente a cabeça e descontrai os músculos não

empenhados. A coluna vertebral deve estar reta, as pernas confortavelmente

separadas e o eixo, que contém a arma, formando um ângulo de

aproximadamente 30º com a linha do corpo. Tal posição tem a finalidade de

colocar peso suficiente do atirador atrás do fuzil, para absorver o recuo, sem

alterar a pontaria.

Deitado Apoiado (DA)

O atirador fica de

frente para o alvo, afasta

confortavelmente as pernas e

cai sobre os dois joelhos.

Empunhando o fuzil pelo

guarda-mão, apoia-o no solo

pela chapa da soleira e sobre

uma linha imaginária que vai

do joelho da mão que atira ao

alvo. Deita e coloca o

cotovelo da mão que não

atira o mais

Semelhante à posição deita, coloca-

se o fuzil sobre o apoio de modo que o

atirador sinta-se confortável, sem

comprometer a realização da pontaria, e

tenha maior estabilidade ao atirar.

91

b. POSIÇÃO DE JOELHO

É adequada para emprego em terreno plano ou aclives suaves,

ajustando-se em alcance e permitindo a utilização de suportes como árvores,

quinas de construções e viaturas.

Ajoelhado (J)

soleira no cavado do ombro. O cotovelo da mão que atira deve estar na

horizontal ou pouco acima dela, auxiliando a formação do cavado, dando

equilibrio à posição e liberando mais a musculatura do braço. A arma é apoiada

na altura do guarda-mão, sobre o "V" formado pelo polegar e demais dedos da

mão que não atira.

Para completar a posição, desloca-se o centro da gravidade do corpo

para a frente e acomoda-se convenientemente a cabeça. A posição comporta

três variações de colocação do pé da mão que atira, de acordo com a

conformação física do atirador.

Ajoelhado Apoiado (JA)

O atirador posta-se de frente para

o alvo e executa direita volver. Ajoelha-

se sobre o joelho da mão que atira e gira

o pé da mão que não atira para o alvo,

fazendo com que a coxa da mão que não

atira forme 90º com a que atira. Senta-se

sobre o calcanhar, procurando obter a

maior comodidade possível. A perna da

mão que não atira deve estar na vertical,

propiciando um apoio ósseo. Apóia a

parte chata do braço da mão que não

atira e, com a mão que atira, executa a

empunhadura correta. Coloca a chapa da

soleira no cavado do ombro.

O atirador assume a posição

ajoelhado, inclina o corpo para frente,

permitindo que o seu ombro, braço e

perna da mão que não atira entrem em

contato com o apoio. O fuzil não pode

tocar ou apoiar-se no suporte, uma vez

que tal contato limita o transporte rápido

do tiro.

92

c. POSIÇÃO EM PÉ

É usada no assalto, para abater alvos inopinados, no combate em

localidade, ou quando nenhuma das outras posições pode ser empregada.

Pé (P)

estendida.

4. A mão que atira empunha o fuzil, puxando-o, firmemente, ao encontro do

cavado do ombro.

5. A cabeça deve estar na vertical, apoiando o seio da face sobre a coronha e

relaxando a musculatura do pescoço.

6. A chapa da soleira fica pouco acima do cavado do ombro em relação à

posição deitada e ajoelhada.

Pé Apoiado (PA)

Oferece menos apoio e

estabilidade ao atirador. Esta

posição facilita o engajamento de

alvos em movimento e em várias

direções. Apesar de ser menos

estável (por depender da

sustentação muscular), a posição

permite tiros precisos com boa

cadência. Os fundamentos da

posição de tiro em pé são:

1. Dar um passo à frente

com a perna do lado da mão

auxiliar e flexioná-la ligeiramente.

2. A perna do lado da mão

que atira permanece estendida.

3. O tronco inclina-se para

frente, no prolongamento da perna

estendida.

O atirador assume a posição em

pé, chega-se ao suporte, permitindo que

ombro, braço e perna da mão que não

atira entrem em contato com o apoio. O

fuzil não pode tocar ou apoiar-se no

suporte, uma vez que tal contato limita o

transporte rápido do tiro.

93

2 - PONTARIA

Tomar a linha de mira

Tomar a linha de visada

Ao apontar, o atirador deve posicionar sua

arma de tal maneira que o projétil,

orientado pelo cano, no início de sua

trajetória, atinja o alvo. Para obter um

resultado positivo, ele precisa ter alça de

mira, maça de mira e alvo numa

relatividade de posição conhecida como

"fotografia". A "fotografia" estará correta

quando, tomada a linha de mira, o topo da

maça apareça no centro da silhueta.

A obtenção da fotografia implica

em dois atos distintos: tomar a linha de

mira e tomar a linha de visada.

Consiste no

alinhamento adequado da alça

e da maça de mira. Observar a

posição do topo da maça,

exatamente no centro da alça

de mira.

Imaginando-se duas

linhas, uma horizontal e outra

vertical, e a maça apareçerá

dividida horizontalmente, em

duas partes iguais pela linha

vertical.

Consiste no

prolongamento da linha de

mira até o alvo, de modo

que o topo da maça de mira

pareça estar exatamente

sobre o centro da silhueta,

dividida pelo diâmetro

longitudinal da alça de mira

em duas partes iguais.

94

Importância da tomada da linha de mira

Se a vista for focada sobre o alvo, a maça apareçerá enevoada, o

mesmo acontecendo com o alvo, quando focada a maça de mira. O problema é

selecionar o ato mais importante, tomar a linha de mira ou tomar a linha de

visada e, como resultado dessa seleção, focar, respectivamente, a maça de mira

ou o alvo. Erro em qualquer das duas operações é prejudicial, contudo,

enquanto o erro da linha de mira aumenta proporcionalmente à distância.

No campo de batalha, um pequeno erro, resultante de linha de visada

incorreta, poderá ser tão valioso como um tiro na mosca, ao passo que um tiro

realizado com uma tomada de linha de mira com pequeno erro, na maioria das

vezes, nem ao menos incomodará o inimigo.

Olho Diretor ou Dominante

- Olho diretor ou dominante é o olho com o papel de fixar a visão.

- Um teste fácil para descobrir qual é o olho dominante é fechar um

dos olhos (o que fica aberto é, via de regra o dominante). Outra, formar um

"túnel" feito com o auxílio dos dois polegares e os dois indicadores com os

braços o mais esticados que for possível. Tendo fixado um objeto ao longe e

sem sair da posição, fechar um e outro olho. Ver-se-á o objeto através do

"túnel" pelo dominante o que não ocorrerá com o outro.

- Para realizar a pontaria com o olho diretor (tiro noturno e tiro sem

visada pelo aparelho de pontaria) deve-se colocar o queixo ao lado da coronha,

levantar e girar um pouco a cabeça para que se faça a visada por sobre o cano.

Uma razão

frequente para os

erros de pontaria

reside na

possibilidade de o

olho humano

focalizar objetos

diferentes ao mesmo

tempo e situados a

diferentes distâncias.

Se a vista for focada

sobre o alvo, a maça

apareçerá enevoada,

o mesmo

acontecendo com o

alvo, quando

focada a maça de

mira.

95

3 - ACIONAMENTO DO GATILHO

indicador sobre a tecla do gatilho, pressionando-o diretamente para retaguarda

com aumento gradativo da pressão até o desengatilhamento. Conforme o

prescrito anteriormente, o dedo toma contato com a tecla em qualquer ponto

entre a ponta e a primeira articulação sendo o meio termo a parte mais

conveniente. Não deve tocar o guardamato ou o lado do punho, para evitar a

formação de uma lateral, por mais leve que seja, tendendo a alterar a posição

correta dos elementos de pontaria em relação ao alvo.

gatilho, é frequente o atirador agir de maneira a apresentar uma ou mais das

seguintes incorreções:

Esquiva - reação antecipada ao recuo da arma, procurando furtar o

corpo à sua ação. É denunciado pelo movimento brusco da cabeça e dos

ombros para a retaguarda, fechar os olhos, contrair o braço da mão que não

atira, ou uma combinação de todos ou alguns desses movimentos.

Antecipação - tentativa de amortecer os efeitos do recuo, retesando

os músculos do peito e dos ombros e movendo-os para frente.

Esse fator é o mais importante

de todos os que afetam a

firmeza da empenhadura,

merecendo o máximo de

atenção por parte dos

atiradores. sua aplicação

incorreta torna praticamente

ineficaz todos os fundamentos

do tiro.

É a ação

independente do dedo

indicador sobre a tecla do

gatilho, pressionando-o

diretamente para retaguarda

com aumento gradativo da

pressão até o

desengatilhamento. Conforme

o prescrito anteriormente, o

dedo toma contato com a tecla

em qualquer ponto entre a

ponta e a primeira articulação

sendo o meio termo a parte

mais conveniente. Não deve

tocar o guardamato ou o lado

do punho, para evitar a

formação de uma lateral, por

mais leve que seja, tendendo a

alterar a posição correta dos

elementos de pontaria em

relação ao alvo.

O acionamento do

gatilho é o fundamento

que apresenta maior

dificuldade de assimilação

pelo atirador iniciante, sua

má execução acarreta,

direta ou indiretamente, a

maioria dos erros no tiro.

Durante o acionamento do

gatilho, é frequente o

atirador agir de maneira a

apresentar uma ou

mais das seguintes

incorreções:

96

Gatilhada - tentativa de fazer com que a arma dispare num instante

determinado, aplicando uma pressão abrupta à tecla do gatilho. Pode ocorrer no

momento em que o atirador julga ter uma boa visada, ou, estando a respiração

suspensa por muito tempo, quando o atirador resolve disparar antes de retomá-

la. O atirador deve surpreender-se com o disparo, e não "surpreender a arma"

com o mesmo.

Cartão para Análise do Grupamento de Tiro

97

8. PISTOLA 9mm M973 - IMBEL

APRESENTAÇÃO

Esta excelente pistola militar é derivada da famosa Pst. 45 M911 A1,

fabricada e aperfeiçoada ao longo de 70 anos pela Colt, a partir do projeto de

John A. Browning, e transformada para o calibre 9mm pela IMBEL.

Pela sensatez do seu desenho, segurança e robustez, os peritos

militares a consideram a melhor arma de defesa aproximada já construída. Por

este motivo, sobreviveu a duas guerras mundiais, continuando a prestar

excelentes serviços até hoje. A sua confiabilidade para o combate e precisão de

tiro permanecem inalterados.

A IMBEL, depois de fabricá-la por muitos anos no calibre. 45,

estudou e projetou sua fabricação ou transformação para calibre 9mm “Para

bellum”. Suas peças componentes receberam tratamento superficial para climas

e condições tropicais e o seu carregador passou a ter capacidade para 08

cartuchos que, com mais um na câmara, perfaz um carregamento total de 09

cartuchos, suficiente para utilização em combate, com rápida troca de

carregador, se necessário, mantendo o equilíbrio da arma sem lhe alterar a

empunhadura anatômica.

Apesar de criticada por alguns, os laboratórios militares até hoje não

conseguiram criar outro tipo de arma de porte que conseguisse reunir, com

acentuada vantagem, as características da Pst ou a suplantassem nos aspectos

considerados negativos.

CARACTERÍSTICAS

DESIGNAÇÃO

Indicativo Militar Pst 9M973

Nomenclatura Pistola 9M973 IMBEL

CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao Tipo De porte

Quanto ao emprego Individual

Quanto ao funcionamento Semiautomático

Quanto ao princípio motor Utilização direta dos gases

Quanto à refrigeração A ar

98

ALIMENTAÇÃO

Carregador Tipo cofre metálico bifilar

Capacidade 08 (oito) cartuchos

Carregamento Retrocarga

Munição Cartucho 9 mm x 19 mm

“Parabellum”

RAIAMENTO

Número de raias 04 (quatro) ou 06 (seis)

Sentido Da esquerda pra a direita (à direita)

DADOS NUMÉRICOS

Calibre 9 mm

Peso sem carregador: 1.01 kg

com carregador: 1.10 kg

com carregador cheio: 1.20 kg

Comprimento da arma 218 mm

Velocidade do projétil a 25m da arma 349m/s

Velocidade teórica de tiro ainda não foi determinada

Velocidade prática de tiro ainda não foi determinada

Alcance de utilização 50 m

Penetração em tabatinga a 50m 40 cm

Penetração em bloco de pinho a 50m 10 cm

ACESSÓRIOS

De manutenção: De transporte:

- Escova de limpeza - Presilha para cordão de segurança

99

DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO

MEDIDAS PRELIMINARES

1ª Medida: Retirar o carregador

2ª Medida: Executar dois golpes de segurança

3ª Medida: Inspecionar a câmara

4ª Medida: Desengatilhar a arma

Comprimir a cabeça

serrilhada da retém do carregador

que liberará o carregador de seu

alojamento no punho, impulsionado

por sua mola.

Com o polegar, leve o

cão para a retaguarda,

comprima a tecla do gatilho e

controle o movimento para

frente do cão, sem deixar haver

o choque no percussor.

Traga o ferrolho à retaguarda e

solte-o por duas vezes

Certifique-se de que não há

cartucho ou estojo na câmara.

100

DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO

É realizada pelo detentor e tem por finalidade executar a manutenção

de 1º escalão. Tem 6 operações.

1ª Operação: Retirar o estojo da mola recuperadora.

Puxar o cão para a

retaguarda e gire o

Dispositivo de Segurança do

cão para cima.

Apoiar a arma com o

cano voltado para cima e o

punho para o operador.

Comprimir a cabeça

serrilhada do estojo da mola

recuperadora e gire a manga do

cano para a esquerda (sentido

horário)

Afrouxar

gradativamente a pressão sobre

o referido estojo até que ele

saia do seu alojamento forçado

pela mola recuperadora, tendo

o cuidado para não soltar de

vez o estojo.

101

2ª Operação: Retirar a manga do cano.

3º Operação: Retirar a chaveta de fixação do cano

Recuar o ferrolho até que a extremidade do ressalto serrilhado da

chaveta coincida com o entalhe médio existente no ferrolho, empurrar o eixo

da chaveta que aflora do lado direito da armação, retirando em seguida.

Girar a manga do

cano para a direita para

retirá-la.

Destravar a arma.

Girar o Dispositivo de

Segurança do cão para baixo.

102

4ª Operação: Separar o ferrolho da armação.

5ª Operação: Retirar o tubo-guia da mola recuperadora e a mola recuperadora.

6ª Operação: Retirar o cano.

.

Tendo o cuidado de

manter o punho voltado para

cima, puxar o ferrolho para a

retaguarda, mantendo-o na

mão.

Retirar o tubo-guia pela

retaguarda puxando-o. A mola

recuperadora é retirada pela

frente do ferrolho.

Ainda com o ferrolho na

posição anterior, virase o elo de

prisão do cano em direção à

boca deste. Em seguida,

levanta-se sua posterior,

fazendo com que se

desengrazem do ferrolho os

ressaltos engrazadores do cano

e leva-se o cano para a frente

até que abandone totalmente o

ferrolho.

103

Terminada a desmontagem de 1º escalão, teremos as seguintes peças

da esquerda para a direita:

1 - Carregador

2 - Estojo da mola recuperadora

3 - Manga do cano

4 - Chaveta de fixação do cano

5 - Armação

6 - Mola recuperadora

7 - Tubo-guia da mola recuperadora

8 - Cano

9 - Ferrolho

MONTAGEM DE 1º ESCALÃO

A montagem da arma é realizada na ordem inversa da desmontagem.

Razão pela qual é importante ordenar as peças ou partes, procurando

memorizar suas corretas posições de montagem.

1ª Operação: Colocar o cano.

Com o ferrolho na palma da mão, coloque o cano no seu alojamento,

tendo o cuidado para que o elo de prisão do cano fique virado na direção da

boca do cano. Observe se os ressaltos engrazadores do cano encaixaram no

ferrolho.

104

2ª Operação: Colocar tubo-guia da mola recuperadora e a mola recuperadora.

Ainda com o ferrolho na mão, coloque a mola recuperadora pela

parte anterior do ferrolho.

O tubo-guia da mola entrará na mola e ficará junto ao elo de prisão

do cano, sobre o cano. O elo de prisão do cano ficará para cima.

3ª Operação: Colocar a armação no ferrolho.

Com o ferrolho na mão, encaixe a armação com o punho para cima.

4ª Operação: Colocar a chaveta de fixação do cano.

Ficando com o punho para baixo, leve o ferrolho até a posição em

que coincida o olhal do elo de prisão com o olhal da armação.

5ª Operação: Colocar a manga do cano.

Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o

operador. Colocar a manga do cano na mesma posição em que saiu com o

ressalto de fixação na direção da mola. Girar a manga para a esquerda.

6ª Operação: Colocar o estojo da mola recuperadora.

Comprimir o estojo da mola até entrar totalmente no seu alojamento;

girar a manga do cano para a direita, até ficar na sua posição correta.

Destravar e desengatilhar a arma; girar o dispositivo de segurança do

cão para baixo; puxar o cão para trás, comprimindo a tecla do gatilho.

Colocar a chaveta de

fixação do cano pela

esquerda; depois recuar o

ferrolho até que a

extremidade do ressalto

serrilhado da chaveta

coincida com o entalhe

médio. Para a chaveta ficar

na sua posição correta, basta

empurrá-la contra a

arma.Travar a arma.

105

MEDIDAS COMPLEMENTARES

1ª Medida Complementar: Engatilhar a arma.

2ª Medida Complementar: Desengatilhar a arma.

3ª Medida Complementar: Colocar o carregador.

Empunhar a arma, cano para

cima e agir na parte

serrilhada do ferrolho,

trazendo-o para a retaguarda

e largando-o.

Conservando-a

posição, pressionar a tecla

do gatilho.

Introduzir o carregador em

seu alojamento no punho,

verificando o seu

aprisionamento pelo retém

do carregador.

106

9. PISTOLA 9mm M975 – BERETTA

APRESENTAÇÃO

A Pistola 9 mm M975 BERETTA é uma arma individual, construída

com a utilização de aços e ligas especiais, possui peso limitado e foi projetada

para empregar o cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum” (também conhecido

por 9 mm Para, 9 mm Luger, 9 mm NATO ou 9 x 19 mm), o mesmo

empregado pela metralhadora de mão M972 Beretta. Ressalta-se, ainda, que

adotando o sistema de DUPLA AÇÃO pelo simples acionamento do dedo na

tecla do gatilho possibilita uma maior rapidez no manuseio, com o cão não

engatilhado.

CARACTERÍSTICAS

DESIGNAÇÃO

Indicativo Militar: Pst 9M975

Nomenclatura: Pistola 9M975 Beretta

CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao Tipo: De porte

Quanto ao emprego: Individual

Quanto ao funcionamento: Semiautomático

Quanto ao princípio motor: Utilização direta dos gases

Quanto à refrigeração: A ar

ALIMENTAÇÃO

Carregador: Tipo cofre metálico bifilar

Capacidade: 15 (quinze) cartuchos

Carregamento: Retrocarga

Munição: Cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum”

RAIAMENTO

Número de raias: 6 (seis)

Sentido: Da esquerda para a direita (à direita)

107

APARELHO DE PONTARIA

Alça de mira: Tipo entalhe, retangular

Maça de mira: Seção retangular

DADOS NUMÉRICOS

Calibre: 9 mm

Peso:

sem carregador: 850g

com carregador: 950g

com carregador cheio: 1.140g

Comprimento da arma: 217 mm

Velocidade inicial: 400 m/s

Velocidade teórica de tiro: 275 tiros por minuto (tpm)

Velocidade prática de tiro: 15 a 20 tpm

Alcance de utilização: 50 m

ACESSÓRIOS

De manutenção: Verificadores de usura, verificadores de

câmara, diâmetro interno do cano, afloramento do

percussor.

Escova de limpeza - 01 (uma)

De transporte: Presilha para cordão de segurança

Carregador Reserva: 02 (dois)

108

DESMONTAGEM PST 9mm M975 - BERETTA EM 1º ESCALÃO

MEDIDAS PRELIMINARES

1ª) RETIRAR O CARREGADOR

2ª) DESTRAVAR A ARMA

- Agir no registro de segurança, girando-o para baixo.

3ª) EXECUTAR DOIS GOLPES DE SEGURANÇA

- Executar dois golpes de segurança, trazendo o ferrolho totalmente à

retaguarda e soltando-o em seguida.

- Segurar a arma pela mão direita com o cano voltado para cima.

- Não colocar o dedo no gatilho.

4ª) INSPECIONAR A CÂMARA

- Consiste em verificar se existe cartucho ou estojo na câmara.

- Comprimir o retém do

carregador, localizado na

parte inferior esquerda do

punho da arma.

- Realizando-se esta

operação, o carregador

abandonará o seu

alojamento no punho,

devido à distensão da sua

mola.

109

DESMONTAGEM EM 1º ESCALÃO

1ª) SEPARAR O CONJUNTO CANO-FERROLHO DA ARMAÇÃO

- Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e

comprimir o retém da alavanca de desmontagem.

- Simultaneamente, girar a (a) alavanca de desmontagem de 90° , no

sentido (b) horário.

2ª) RETIRAR O GUIA E MOLA RECUPERADORA

- Com a mão

esquerda, separa-se o

conjunto cano-ferrolho

da armação.

- Segurando o ferrolho pela mão

esquerda, pressionar com o polegar da

mão direita a parte posterior do guia da

mola recuperadora e, em seguida, aliviar a

pressão exercida, com cuidado de não

deixar a peça saltar.

- Retirar o conjunto de seu

alojamento no

ferrolho.

- Separar a mola recuperadora do

guia da

mola recuperadora.

110

3ª) SEPARAR O CANO DO FERROLHO

4ª) RETIRAR O BLOCO DE TRANCAMENTO

- Segurar o cano com uma das mãos e com a outra levantar a parte

posterior do bloco de trancamento, retirando-o lateralmente.

5ª) DESMONTAGEM DO CARREGADOR

- Com auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da chapa retém

do fundo do carregador, em seguida deslocar para fora o fundo do carregador.

Com o polegar, amparar a chapa-retém do fundo do carregador, a fim de evitar

uma descompressão violenta da mola.

Sairão do interior do carregador:

a) Chapa-retém do fundo do carregador.

b) Mola do carregador e transportador.

ORDEM DAS PEÇAS

- Terminada a DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO da Pst 9M975,

você deve ter colocado sobre a mesa, na ordem de desmontagem, da esquerda

para direita, as seguintes peças ou partes da arma:

- Comprimir o

mergulhador do bloco de

trancamento para frente até

que as asas do bloco de

trancamento sejam retiradas

dos seus alojamentos

existentes no ferrolho.

- Retirar do interior do

ferrolho, o conjunto cano-

bloco de trancamento,

levantando a parte posterior

do ferrolho.

111

1.ARMAÇÃO

2. MOLA RECUPERADORA

3. GUIA DA MOLA RECUPERADORA

4. FERROLHO

5. BLOCO DE TRANCAMENTO

6. CANO

7. FUNDO DO CARREGADOR

8. CORPO DO CARREGADOR

9. CHAPA-RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR

10. MOLADO CARREGADOR

11. TRANSPORTADOR

MONTAGEM EM 1º ESCALÃO

A montagem da arma é realizada na ordem inversa da desmontagem,

razão pela qual é importante ordenar as peças ou partes, procurando memorizar

suas corretas posições de montagem. Segue a seguinte ordem:

1º) MONTAGEM DO CARREGADOR;

2º) MONTAGEM DO BLOCO DE TRANCAMENTO;

3º) COLOCAÇÃO DO CANO NO FERROLHO;

4º) COLOCAÇÃO DO GUIAE MOLARECUPERADORA;

5º) COLOCAÇÃO DO FERROLHO NAARMAÇÃO.

112

MEDIDAS COMPLEMENTARES

1º) ENGATILHAR A ARMA

Empunhar a arma, cano para cima, e agir na parte serrilhada do

ferrolho, trazendo-o para retaguarda e largando em seguida.

2º) DESENGATILHAR A ARMA

Conservando a mesma posição anterior, pressionar a tecla do gatilho.

3º) TRAVAR A ARMA

Agindo no registro de segurança, travar a arma.

4º) COLOCAR O CARREGADOR

Introduzir o carregador em seu alojamento, no punho, verificando o

seu aprisionamento pelo retém do carregador.

113

10. FUNDAMENTOS DO TIRO DE PISTOLA

A compreensão dos fundamentos do tiro e o tiro de instrução

ensinam ao combatente as regras de tiro justo (preciso e regulado) e o

preparam para os exercícios de combate.

Para execução do tiro, o atirador deve ter em mente os seguintes

fundamentos:

1. Posição Estável 2. Pontaria

3. Controle da respiração 4.Acionamento do gatilho

POSIÇÃO ESTÁVEL

EMPUNHADURA

É o ajuste da(s) mão(s) do atirador à arma, proporcionando firmeza

ao conjunto, facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do

gatilho.

Colocar a arma na mão que atira com auxílio da outra.

A mão que não atira coloca a arma no “V” da mão que atira.

“V” da mão Auxílio da outra mão

114

Empunhadura com uma das mãos (básica)

auxílio da mão que não atira - a arma é segura por esta,

envolvendo o ferrolho à frente do guarda-mato, deixando o punho voltado para

o atirador, em condição de ser empunhado.

empunhadura alta - leva-se a mão que atira ao punho da arma,

buscando colocar o “V” da mão, formado pelo polegar e indicador, o mais

acima possível no mesmo.

arma no prolongamento do antebraço – (a) o ferrolho deve ficar o

mais alinhado possível com o antebraço (visa aumentar a firmeza da

empunhadura e o controle do recuo da arma).

dedos médio, anelar e mínimo - fecham-se sobre a parte anterior do

punho.

intensidade da pressão da mão sobre o punho - pode ser

comparada com a de um aperto de mão normal.

dedo polegar - colocado de maneira natural e relaxada sobre o

registro de segurança ou tocando levemente a armação, sem exercer pressão

lateral sobre ela ou tocar-lhe o ferrolho.

115

dedo indicador - toca a tecla do gatilho com a parte média da

falange distal e sua interseção com a medial.

pulso - firme para melhor controle do recuo da arma.

Empunhadura com duas mãos

Deve ser usada sempre que possível, pois permite maior firmeza e

melhor controle, facilitando o reenquadramento do controle do recuo das miras.

empunhadura - primeiramente com uma das mãos conforme

descrito anteriormente;

colocação da mão auxiliar - dedos unidos, com exceção do polegar,

envolvem os três dedos da mão que atira, à frente do punho e pressionando a

parte inferior do guarda-mato, através da falange proximal do dedo indicador.

116

pulso da mão auxiliar - é levado ao encontro do outro, fazendo com

que esta mão ocupe o espaço vazio sobre a placa do punho. Os polegares ficam

distendidos, sem tocar no ferrolho.

pressão da mão auxiliar - deve apertar os dedos da outra, no

sentido perpendicular à direção de tiro, com a mesma intensidade da mão que

atira.

trancamento da empunhadura - pressão da mão auxiliar sobre a

que atira, com o forçamento de um pulso contra o outro e o dos cotovelos para

dentro. O pulso da mão que atira deve permanecer trancado, opondo-se à força

para cima aplicada pelo dedo indicador da mão auxiliar ao guarda-mato. O

trancamento é indispensável para o controle da arma durante sequências de tiro

rápido.

pressão constante - a força ao empunhar pode ser menor nos

disparos simples (precisão), ou máxima, sem causar o tremor da arma, nos tiros

rápidos, mas sempre constante.

POSIÇÕES DE TIRO

A melhor posição é aquela em que o atirador sente-se estável e

confortável, permitindo uma correta empunhadura e uma boa visada,

contribuindo, assim para um bom disparo.

Posições básicas: EM PÉ, AJOELHADO e DEITADO.

Adaptações de acordo com o combate (inimigo, terreno ou abrigo

utilizado).

Ajustes de acordo com as características individuais do atirador.

1. Posição de Pé

Características:

- boa flexibilidade;

- apresenta maior silhueta ao inimigo;

- pode ser com uma ou duas mãos.

Com uma das mãos:

Adotada na impossibilidade de ser empregada a empunhadura com

duas mãos e em algumas modalidades esportivas.

Tomada da posição:

- corpo ereto;

- abertura dos pés da mesma largura que a dos ombros;

117

- pés formam um ângulo de aproximadamente 45 graus com a linha

atirador-alvo;

- cabeça ereta, gira na direção do ombro do braço que sustenta a

arma de maneira a permitir a visada das miras;

- corpo relaxado, mantendo as pernas distendidas sem enrijecê-las;

- cotovelo do braço armado é mantido reto e não flexionado

(transmitir o recuo ao ombro do atirador);

- outra mão, relaxada, no cinto à frente.

A mão do atirador é

apoiada sobre um suporte.

O punho da pistola não

deverá estar encostado no suporte.

118

2. Posição Ajoelhado

Posição de joelhos elevado Posição de joelhos baixo

Posição de joelhos apoiado Colocação do pé do lado da mão

que atira na posição de joelhos

Características:

- apresenta menor silhueta;

- melhor apoio para a arma (joelho);

- utilização mais adequada do abrigo.

Tomada da posição:

- atirador de frente para o alvo;

- ajoelhado sobre o joelho da mão que atira (perna 45 graus com a

direção de tiro);

- sentado sobre o calcanhar, ponta do pé apoiada no chão (facilitar

mudança de direção);

- outra perna na direção do alvo, pé chapado ao solo, tornozelo

abaixo e à frente do joelho e ponta do pé voltado para dentro e paralelo à outra

perna;

- braço da mão auxiliar apoiado sobre o joelho correspondente,

cotovelo mais à frente;

- empunhadura com duas mãos, cotovelos forçados para dentro.

119

3. Posição Deitado

Características

-posição mais estável;

-ideal para tiros a longa distância;

-deve ser adotado para adaptação aos abrigos existentes ou para

reduzir ao máximo a silhueta do atirador.

Processos para deitar (a partir da posição de pé):

-flexiona os joelhos;

-ao tocar o solo, o tronco é inclinado para frente;

-a mão auxiliar apoia-se o mais à frente possível;

-braço da mão que atira é distendido paralelo ao solo e voltado para

o alvo;

-tronco continua o movimento para baixo, até que o lado do braço

armado e o tronco toquem o solo;

-mão auxiliar levada ao encontro da outra, formando a empunhadura

com ambas.

-Flexionar o joelho e o tronco;

-tocando o solo com a mão auxiliar logo à frente dos pés e com o

braço entre os joelhos;

-braço armado flexionado à frente e a arma apontada para frente;

-ao tocar o solo, as pernas são lançadas distendidas para trás;

-mão armada levada à frente;

-corpo toca o solo inicialmente com o lado do braço armado;

120

-braço armado totalmente distendido;

-libera a mão auxiliar para formar a empunhadura.

Tomada da posição:

-corpo na mesma direção da arma;

-pernas distendidas;

-pés tocando o solo com afastamento não superior à largura dos

ombros;

-dois cotovelos apoiados no solo;

-as mãos apoiados no solo ou uma posição mais elevada,

dependendo da altura do alvo;

-cabeça permanece na vertical ou inclinada para o lado do braço

armado.

121

PONTARIA

Tomar a LINHA DE MIRA

Tomar a LINHA DE VISADA

Ao apontar, verificar se a arma foi

orientada de forma que o projétil, orientado pelo

cano, atinja o alvo. Para obter um resultado

positivo ele precisa ter o entalhe da mira e o alvo

numa posição conhecida como “FOTOGRAFIA”.

A fotografia estará correta quando

tomada a LINHA DE MIRA, o topo da maça

apareça sobre o centro da silhueta.

A obtenção da fotografia implica em

dois atos distintos: Tomar a LINHA DE MIRA e

Tomar a LINHADE VISADA.

Consiste no alinhamento adequado do

entalhe de mira e da maça de mira.

Observar a posição do topo da maça,

exatamente no centro de entalhe de mira.

Imaginando-se duas linhas, uma horizontal

e outra vertical, passando pelo centro de entalhe, o

topo de maça parecerá tocar a linha horizontal, e a

mesma parecerá dividida, longitudinalmente, em

duas partes iguais pela linha vertical.

Consiste no prolongamento da linha de

mira até o alvo, de modo que o topo da maça de

mira pareça estar exatamente sobre o centro da

silhueta, dividindo-a em duas partes iguais.

122

Importância da tomada da LINHA DE MIRA

Idem ao que acontece com o Fuzil 7,62 M964, convém lembrar que

tomar a linha de mira é mais importante do que tomar a linha de visada.

Colocação do olho em relação ao entalhe de mira O atirador deve

acostumar-se a colocar o olho sempre à mesma distância do entalhe de mira.

Sendo que esta distância variará para cada posição de tiro, mas não

deverá variar dentro de uma mesma posição, caso contrário haverá variação no

grupamento do tiro.

Acompanhamento

Manter a pontaria após o disparo, sem fechar os olhos (FOLLOW

THROUGH).

CONTROLE DA RESPIRAÇÃO

Uma respiração correta é importante no ato de atirar Fisiologia da

respiração e o ato de atirar:

O ciclo respiratório é acompanhado pelo movimento rítmico do

tórax, abdômen e ombros, causando oscilação do armamento e dificultando a

precisão.

Durante a inspiração há um esforço muscular para sugar o ar para o

interior dos pulmões e a consequente contração de músculos.

A expiração não exige esforço muscular. Basta liberar o ar e ele é

expulso dos pulmões, ocorrendo o relaxamento muscular.

Entre a expiração e a próxima inspiração existe uma pausa

respiratória natural de normalmente 2 a 3 segundos, na qual permanece uma

certa quantidade de ar remanescente nos pulmões e a musculatura continua

relaxada.

Esta pausa pode ser prolongada, criando um espaço de tempo ideal

para a execução de um ou mais disparos, não devendo exceder a 12 segundos,

pois pode turvar a visão e causar no atirador a ansiedade por respirar.

Na realização de tiro(s) rápido(s), não há como coincidir a pausa

com a aparição do alvo, sendo o ciclo interrompido onde estiver.

ACIONAMENTO DO GATILHO

É o principal fundamento do tiro. Uma boa posição, uma pontaria

correta e um bom controle da respiração podem ser desperdiçados com o mau

acionamento.

123

POSIÇÃO DO DEDO INDICADOR

A falange distal do dedo indicador pressiona a tecla do gatilho

exatamente para a retaguarda, na direção do pulso e paralelamente ao cano.

A área de contato do dedo com a tecla do gatilho varia da região

central até a articulação da falange distal.

Não deve tocar a armação.

O movimento do dedo para trás deve ser realizado somente a partir

da segunda articulação, entre as falanges proximal e medial.

EXECUÇÃO DA PRESSÃO

Deve ser exercida de forma progressiva, com o atirador realizando a

fotografia correta.

Aumentar a pressão até ocorrer o disparo.

É importante não alterar a pressão da empunhadura durante a

compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmente

independente.

ERROS MAIS COMUNS

Gatilhada - é o acionamento brusco do gatilho devido à ansiedade do

atirador em acertar, com isso poderá errar o alvo.

Antecipação - é outra conseqüência de comandar o tiro.

Adiantando-se às reações do disparo, o atirador aumenta a pressão da

empunhadura e torce o punho para baixo, como para compensar o recuo da

arma.

Esquiva - é quando o atirador puxa os ombros para trás, procurando

fugir do recuo da arma.

Obs.: há também o caso em que os olhos são fechados antes do

disparo, perdendo-se a fotografia.

124

11. ALFABETO FONÉTICO MUNDIAL

125

12. NÓS E AMARRAÇÕES

Nó é um entrelaçamento feito a mão da(s) ponta(s) ou seio de um

cabo ou mais, seguindo uma ação criteriosa, formando uma massa uniforme.

Um bom nó tem três características: fácil confecção, eficiência em sua

utilização e fácil soltura (mesmo depois de submetido a grandes tensões ou

molhado).

Nós e amarrações são empregados nas mais diversas atividades do

ser humano, particularmente nas realizadas ao ar livre (Camping). São

empregados no montanhismo, sendo obrigatórios para quem deseja praticar a

escalada, saber confeccionar um nó ou uma amarração. Têm maior importância

ainda no montanhismo militar, no qual são usados em tarefas fundamentais,

como

equipagem de vias e sistemas de resgate e de evacuação de feridos e material.

NOMENCLATURA APLICADA ÀS CORDAS

ALÇA- É uma corda ou curva em forma de “U” feita com uma corda.

ANEL- É uma volta em que as partes de uma corda se cruzam.

CHICOTE - São os extremos livres de uma corda.

COCAS - São as voltas ocasionais que aparecem em uma corda.

FIRME - É a parte que fica entre o chicote e a extremidade fixa da corda.

SEIO - É a parte central de uma corda.

CABO SOLTEIRO - É uma corda de 4 a 5 m de comprimento, geralmente de 6 a

8 mm de diâmetro, usada para assentos de escalada, segurança individual,

tracionamento de cordas, condução de material de escalada etc.

COÇAR - É gastar a corda pelo atrito com uma superfície áspera.

FALCAÇA - É a união dos cordões dos chicotes de uma corda por meio de

barbante ou fogo. No caso das cordas de fibra sintética, impede que os chicotes se

desmanchem e facilita o manejo das cordas.

MORDER - Prender uma corda por pressão, seja com outra corda ou com

qualquer superfície.

PERMEAR - Dobrar a corda ao meio;

RETINIDAS - Cordas de 5 a 6 mm de diâmetro, usadas para trabalhos auxiliares.

SAFAR UMACORDA- Liberar uma corda quando enrolada;

AJUSTAR UM NÓ -Apertar o nó;

BATERACORDA-Ato de desencocar uma corda.

8 mm de diâmetro, usada

para assentos de escalada,

segurança individual,

tracionamento de cordas,

condução de material de

escalada etc.

COÇAR - É gastar a corda

pelo atrito com uma

superfície áspera.

FALCAÇA - É a união dos

cordões dos chicotes de

uma corda por meio de

barbante ou fogo. No caso

das cordas de fibra sintética,

impede que os chicotes se

desmanchem e facilita o

manejo das cordas.

MORDER - Prender uma

corda por pressão, seja com

outra corda ou com

qualquer superfície.

PERMEAR - Dobrar a

126

manejo das cordas.

MORDER - Prender uma corda por pressão, seja com outra corda ou com

qualquer superfície.

PERMEAR - Dobrar a corda ao meio;

RETINIDAS - Cordas de 5 a 6 mm de diâmetro, usadas para trabalhos

auxiliares.

SAFAR UMA CORDA - Liberar uma corda quando enrolada;

AJUSTAR UM NÓ - Apertar o nó;

BATER A CORDA - Ato de desencocar uma corda.

ACOCHAR O NÓ - Deixá-lo apertado rente ao corpo ou com seus arremates

rente ao nó principal.

CLASSIFICAÇÃO DOS NÓS

No montanhismo militar, os nós são classificados em:

- NÓS ELEMENTARES - NÓS DE EMENDA

- NÓS ALCEADOS - NÓS DE AMARRACÃO

NÓS ELEMENTARES

1 - NÓ SIMPLES OU LAÇADA

2 - NÓ EM OITO (ALEMÃO)

- Faz-se primeiro uma meia-volta e

passa-se o chicote pelo meio.

- Serve para fazer um caroço no cabo,

aumentando o seu diâmetro.

- Serve para impedir que um cabo corra.

- Primeiro faz-se uma meia-volta e o

chicote passa por baixo do seio. Depois passa

por dentro da meia-volta pelo lado inverso da

passagem pelo seio.

- Usado para evitar que o cabo desfie ou

para criar um pequeno caroço no cabo. É um nó

pouco conhecido, mas com a mesma função do

nó simples (tendo mais uma laçada), no entanto é

de mais confiança.

127

3 - NÓ DE FRADE

NÓS DE EMENDA

1 - NÓ DIREITO

2 - NÓ PESCADOR SIMPLES

- Um cabo passa por dentro da laçada do outro e faz uma laçada em

torno daquele. Posteriormente puxam-se ambas as laçadas até se unirem.

- Utilizado para unir dois cabos bem lisos, pode ser usado até em fio

de nylon. Tem a desvantagem de ser difícil de desatá-lo, o que é também, sua

qualidade.

- Faz-se meia-volta, passa-se o chicote 2 pela

meia-volta e puxa-se o chicote para fechar a laçada.

- Impedir um cabo de correr ou para rematar o

chicote de um cabo.

- É usado para evitar que o cabo desfie ou para

criar um pequeno caroço no cabo.

- laço direito sobre esquerdo,

passando por baixo;

- laço esquerdo sobre direito,

passando por baixo;

- os chicotes ficam do

mesmo lado.

- Serve para unir dois cabos

de diâmetros iguais.

- Arremate: Pescador duplo.

128

3 - NÓ DE PESCADOR DUPLO

4 - NÓ DE ESCOTA OU SINGELO

5 - NÓ DE ESCOTA DUPLO

NÓS ALCEADOS

1 – AZELHA SIMPLES

- Idem ao simples,

aumentando-se a segurança com

mais uma volta;

- Passa-se o chicote de um cabo

por dentro da meia-volta do outro e

depois por fora da volta.

- Dobra-se o chicote e passa-se a

dobra pelo próprio cabo.

- Serve para unir dois cabos de

diâmetros diferentes. Como está no

desenho, pode ser usado para colocar a

bandeira no mastro

- Passa-se o chicote de um cabo

por dentro da meia-volta do outro e de

novo por fora da volta.

- Faz-se uma meia-volta em torno

do outro e finalmente o chicote sob o

próprio e fora da meia-volta do outro.

- Utilizado como o nó de Escota,

com melhores condições de segurança. É

muito recomendado para cabos de

diâmetros muito diferentes.

- Serve para ancorar o cabo em

um ponto de amarração, podendo ser

induzida. Para não tesar demais o nó e

perder a corda, deve-se introduzir um

toco de madeira no meio do nó;

-Arremate: Pescador Duplo.

129

2 – AZELHA DUPLA

3 – AZELHA EM OITO

4 – AZELHA EM OITO DUPLA

-Idem a simples, porém não

podendo ser induzida, o que aumenta a

segurança;

-Arremate: Pescador Duplo.

-Idem a simples, com a vantagem

de tesar menos;

-Arremate: Pescador Duplo

- À semelhança da azelha,

serve para ancoragem da corda em

um ponto de amarração,

aumentando-se a segurança, muito

utilizada em operações com

helicópteros;

- Arremate: Pescador

Duplo.

130

NÓS DE AMARRAÇÃO

1 - NÓ-DE-PORCO OU BARQUEIRO

2 - NÓ BOCA-DE-LOBO

3 - NÓ PRÚSSICO

- Serve para fixar uma

corda em um ponto de

amarração.

- Arremate: Pescador

Duplo.

- Também é usado como nó de

ancoragem;

- Arremate: Pescador Duplo.

- Usado como nó para

ancoragem, tem a característica de

ser auto-bloqueante.

- Arremate: Pescador

Duplo.

131

4 - NÓ PRÚSSICO A SEIS VOLTAS

5 - NÓ MOLA

6 - NÓ MEIO-PORCO OU UIAA (União Internacional das Associações de

Alpinismo)

SEGURANÇAS

1 - LAIS DE GUIA

- Proporciona maior

segurança aos escaladores.

- Arremate: Pescador

Duplo.

-Empregado nas

ancoragens que necessitam

ser rapidamente equipadas

e desequipadas.

- Arremate: Nó de

Porco e Pescador Duplo.

- Nó descensor feito com o uso de um

mosquetão, utilizado nas técnicas verticais em

substituição aos aparelhos de descida, como o

oito.

-Serve, dentre

outras aplicações, para

segurança

individual do escalador.

-Arremate:

Pescador Duplo

132

2 - ATADURA DE PEITO

3 - ASSENTO AMERICANO

- Utilizado para a segurança do escalador e como ponto de

ancoragem para equipamentos de desescalada. Ex.: mosquetão e freio para

rappel.

- Arremate: Pescador Duplo.

- O nó direito deverá estar arrematado e sua confecção será no lado

oposto do braço principal.

- O assento americano deverá estar acochado.

-Utilizada exclusivamente

para a segurança do escalador;

- Arremate: Pescador

Duplo

- A azelha simples do

pescoço deverá estar com as duas

voltas paralelas, para baixo e para

a frente.

- O chicote menor da

azellha deverá estar para a

esquerda (destros) ou para a direita

(canhotos).

- O nó direito deverá estar

arrematado.

-A atadura deverá estar

acochada.

133

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CONFECÇÃO DOS NÓS

1. Na confecção de um nó deve-se ter o cuidado de evitar trançar ou

torcer as voltas da corda, para não deformar sua aparência ou “fotografia”. Um

nó mal confeccionado poderá afrouxar e desatar quando não estiver sendo

exigido e, quando estiver com as voltas superpostas, será mais difícil de desatar

após tensionado;

2.Todo nó deve ser bem acochado e arrematado com um nó de

pescador ou um nó de pescador duplo. Este arremate visa aumentar a segurança

do nó;

3. O arremate deve ser confeccionado bem junto do nó;

4. Os seguintes nós não devem ser arrematados: simples, alemão,

frade, fita e meio porco; e

5. Além das características já citadas, os nós devem ser de fácil

confecção, fácil soltura e proporcionar a devida segurança.

134

13. APRESTAMENTO INDIVIDUAL

GENERALIDADES

Os oficiais e praças são responsáveis pelo fardamento e

equipamentos individuais que lhes forem distribuídos, incluindo nisto os

cuidados convenientes e a manutenção adequada. A responsabilidade é imposta

para se obter economia. Se, por falta de cuidado, oficiais ou praças vierem a

perder ou danificar fardamento e equipamento de sua responsabilidade,

sofrerão desconto do custo da substituição ou preparação dos artigos

respectivos.

Na zona de combate, a disponibilidade de suprimentos é de capital

importância para todo o combatente. É dever de todo soldado conservar o seu

fardamento e equipamento de modo que estejam disponíveis, quando

necessário. Se o fardamento não for convenientemente conservado, o soldado

pode sofrer as conseqüências de sua falta de cuidado.

EQUIPAMENTO

Dá-se o nome de equipamento a certas peças de lona ou nylon,

usadas pelo combatente com a finalidade de permitir ou facilitar o porte e o

transporte de armas, munições e artigos de uso pessoal necessário à vida, à

instrução ou ao serviço.

Peças componentes:

Equipamento para o aluno (armado de FAL):

- Cinto de guarnição (com suspensório, portacurativo, porta-cantil,

cantil-caneco, portacarregador de FALe baioneta).

- Mochila.

- Saco verde-oliva (VO).

Montagem:

O equipamento deverá ser cuidadosamente ajustado ao homem que

vai usá-lo, de modo a permitir a máxima eficiência e conforto. O equipamento

mal ajustado trará em conseqüência, desconforto e muitas vezes hematomas ou

compressões que irão, com a continuação do exercício, reduzir a eficiência e a

resistência do homem.

Montagem do cinto/Suspensório (fardo aberto)

Deverá ser montado da seguinte maneira:

135

-Afixar a Baioneta do lado esquerdo do cinto, na altura da costura da

calça.

- Porta cantil, à esquerda e à retaguarda do cinto.

- Porta-carregador à direita e à frente.

- Suspensório: na frente, colocar os ganchos nos segundos ilhoses de

cada lado; na retaguarda do cinto, nos ilhoses centrais.

APRESTAMENTO INDIVIDUAL

1. FINALIDADE

Orientar quanto às composições do material comum e dos kits a

serem preparados, conduzidos em seu equipamento, apresentados no

cerimonial e utilizados no exercício.

2. MATERIAL COMUM (obrigatório a todos os alunos)

a. Fardo Aberto

- cinto NAcom suspensório;

- faca de combate fosfatizada (opcional), manutenida e afiada (sendo

proibida bainha de lona, para Seg doAl);

- porta-cantil com cantil / caneco (limpo), à retaguarda e à esquerda

do corpo; e um portaCarregador de fuzil, à frente e à direta do corpo. Poderá

ser levado outro na mochila ou colocado a frente e à esquerda do cinto

(Colocar Liga de Borracha);

- apito (opcional), ancorado por cadarço de velame;

- bússola (opcional) colocada no suspensório, ancorada por cadarço

de velame ou cordel ou no kit de anotações;

- cópia da Identidade, que deverá estar guardado no bolso superior

direito da gandola;

- lanterna velada (pelo menos resistente à água, pode estar no fardo

de combate);

- relógio de pulso (da cor preta ou que não afete a disciplina da

camuflagem).

136

b. Fardo de Combate

- Mochila, com barrigueira e com a tampa fechada por seus tirantes e

presilhas originais, com todo o material no seu interior, exceto o capacete,

poncho e lona preta. (a presilha da barrigueira deverá estar protegida com fita

isolante).

-Agasalhos (de uso militar), malvinão ou suéter de lã.

- Borrachas reservas para o fechamento da impermeabilização dos

kits e ajustagem do fardo aberto.

- Cadarços reservas para a ancoragem de equipamento e/ou

fechamento da impermeabilização dos kits.

- 02 Cabos solteiros – presos à direita da mochila.

- Capacete balístico, com coifa camuflada e identificação à frente e à

retaguarda, preso com rede de motoqueiro na mochila (não poderá ser

pendurado pela jugular).

- Kits de: -Anotações.

- Costura.

- Camuflagem.

- Higiene Pessoal.

- Manutenção doArmamento / Faca de Combate.

- Manutenção do Coturno.

- Primeiros Socorros.

- Marmita (com tampa e limpa) e talher.

- Pilhas alcalinas reservas para a lanterna (desejável).

- Manta Leve – Impermeabilizada.

137

- Poncho. Pode ser colocado no suporte da mochila, preso com liga

de borracha ou dentro da mochila.

- Lona plástica preta (opcional). No tamanho de 2,5 metros por 2,5

metros.

- Rede preta de motociclista (aranha), para fixação do capacete

balístico sobre a tampa da mochila (quando o capacete estiver na cabeça, a rede

deverá estar dentro da mochila).

- Sacos plásticos resistentes para o material e sobressalentes (para

impermeabilização do material e substituição de sacos danificados).

- Sunga preta de banho.

- Uniformes de muda (farda de combate – 4ºA1, meias, cuecas e

camisetas camufladas);

- Gorro reserva na mochila.

- Toalha para banho (preferência para as pequenas e de alta

absorção).

- Short TFM e chinelo para banho.

- Cantil reserva ou garrafa pet. - opcional.

- Isolante térmico, dentro do invólucro do saco de dormir, preso na

parte superior da mochila.

- Saco de dormir, dentro da mochila.

- Cordel para pelota – mínimo de 10 metros.

- Facão ou pá (opcional), dentro ou preso à esquerda da mochila.

Deverá ter sua bainha na cor preta, verde ou camuflada.

138

c.Armamento

1) FAL 7,62 M 964, manutenido e em condições de realizar tiro de festim e /

ou real, com a bandoleira estrangulada. Será utilizado nas instruções.

. COMPOSIÇÃO DOS KITS PARAOAPRESTAMENTO INDIVIDUAL

a) Kit de Manutenção doArmamento / Faca de Combate

b) Kit de Materiais Diversos

Chave de clicar e/ou chave de fenda;

Cordel para a limpeza do cano (com

tecido ou escova na extremidade);

Escova para limpeza externa do

armamento;

Estopa ou panos limpos (mínimo de 2

unidades);

Lenço tático (para colocação das peças

móveis);

Óleo (mínimo 50 ml);

Pincel.

Fita isolante;

Protetor solar;

Lanterna velada;

Isqueiro;

Ligas de borracha reservas

Canivete

Pilhas reservas;

Apito;

Sacos plásticos reservas;

Repelente de insetos

Protetor auricular

Cordeis

139

c) Kit de Anotações

d) Kit de Higiene Pessoal

e) Kit de Manutenção do Coturno

Bloco de papel para anotações;

Bloco de plástico para anotações;

Calculadora;

Canetas de retro-projetor ponta

média (existência de no mínimo

duas cores).

Canetas esferográficas (mínimo 2

cores) e / ou caneta 4 cores;

Lápis e borracha;

Prancheta de pequeno porte;

Régua (IMPORTANTE);

Escalímetro (IMPORTANTE)

Vasilhame com álcool e pano para limpeza das

anotações

Aparelho de barbear, gel ou creme e

pincel (se necessário para utilizar o

creme).

Escova, pasta de dentes e fio dental;

Espelho portátil;

Material para banho a seco (álcool e

pano ou lenços umedecidos, podendo

estar em um kit separado);

Papel higiênico (separado);

Pente ou escova;

Sabonete;

OBS.: Para a verificação do

aprestamento, o material para banho a

seco deverão ser colocados junto ao

kit de higiene pessoal.

Escova para graxa

Escova pequena com cerdas duras de

nylon (lavagem do coturno)

Graxa preta (mínimo de 01 lata)

Flanela

Linha verde ou preta;

Agulhas;

Tesoura pequena;

Botões;

Bombacha reserva.

140

f) Kit de camuflagem

g) Kit de Primeiros Socorros

4. OBSERVAÇÕES

a. Identificação

1) Os alunos deverão providenciar numeração no CAPACETE (á frente

e à retaguarda), no FUZIL (coronha lado direito) e na MOCHILA (em cima

da tampa da mochila), em retângulo de esparadrapo de 5 X 10 cm;

2) Essa numeração será feita com 02 algarismos, na cor preta e com o Nr

do aluno. O normógrafo dos algarismos será a de 45 mm, na proporção (C x L

– 10cm x 5cm). Ex: 01.

Pasta para pele ou bastão de tinta

verde e preta;

Pano VO e camuflado (pode estar

no kit diversos);

Atadura (01 rolo pequeno);

Álcool iodado ou similar

(30ml)

Curativo pronto tipo Band-Aid

(mínimo de 5 unidades);

Gaze (05 ataduras estéreis);

Esparadrapo impermeável

(mínimo de 01 rolo pequeno);

Pomadas para assadura { ex:

Hipoglós, Bepantol (mínimo ½

bisnaga)}

Pinça

01

141

3)Deverão ser conduzidas 4 identificações reservas;

4)Todo aluno deve conduzir no bolso direito da gandola o seguinte cartão

plastificado:

5) Os kits, o uniforme de muda, agasalhos e outros materiais isolados,

além de impermeabilizados, deverão ser identificados com o nome do kit ou

material, o número do aluno na seguinte formatação e conforme o modelo:

HIGIENE PESSOAL

Al 01 – CPOR-BH 2019

Mnt ARMAMENTO

Al 01 – CPOR-BH 2019

(FONTE: ARIAL, tamanho: 14; estilo: negrito; cor: preta).

6) O material do fardo aberto deve estar bem amarrado para não haver

extravio.

7) O Armt deverá estar permanentemente manutenido durante todo o

exercício.

8) Está permitida a utilização de garrafa “PET” (dentro da mochila) para

conduzir maior quantidade de água.

Nome: Alu Beltrano

Nr: 01

TS: O RH: +

Não sou alérgico ou

alérgico à

(penicilina, etc...)

142

Vista ampliada da mochila e acessórios. (ilustração)

143

13. TABELAS DE GRAUS PARA AS VERIFICAÇÕES DE

TREINAMENTO FÍSICO MILITAR

CORRIDA RÚSTICA DE 12’

FLEXÃO DE BRAÇOS

144

FLEXÃO DE BRAÇOS NA BARRA FIXA HORIZONTAL

ABDOMINAL SUPRA