9 mitos - livro para concurseiros

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pg. 1 Os 9 maiores mitos que estão te custando pelo menos 20% dos seus resultados nas provas!

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Os 9 maiores mitos que estão te

custando pelo menos 20% dos seus

resultados nas provas!

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Olá,

Nesse e-book você irá descobrir os 9 maiores mitos na qual os candidatos acreditam

e algumas dicas para como superá-los.

Esse e-book foi criado com base em uma pesquisa que realizei com algumas centenas

de estudantes, tanto se preparando para vestibulares quanto para diversos

concursos públicos e, independente do objetivo individual, fui capaz de perceber que

a maioria acreditava em alguns mitos que, na verdade, atrapalham seus resultados

nas provas.

A seguir exponho cada um desses mitos e como você pode se libertar deles.

Sinceramente,

Hélio Vogas

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Mito nº 1: PRECISO ESTUDAR DE 6 A 8 HORAS POR DIA

Apesar da quantidade de estudos ser importante esse mito geralmente faz com que

as pessoas prejudiquem seu processo de aprendizagem ao invés de utilizar seu

potencial ao máximo.

Como assim?

Nosso cérebro possui um limite de atenção relativamente curto em comparação

com como a maioria dos candidatos estudam.

Quer ver?

Pare a leitura agora e escreva um pequeno resumo do último filme que você assistiu

no cinema.

Fez o resumo?

Ótimo! Mesmo sem poder ler seu resumo posso te dizer que a maior parte do seu

resumo contém fatos que aconteceram no começo e no final do filme. Acertei?

Isso é fácil de saber porque o nosso cérebro tende a reter melhor o começo e o final

das informações.

Tente pensar em como uma novela funciona. Os momentos mais emocionantes

ficam posicionados entre os intervalos, os momentos ainda mais emocionantes

ficam localizados no começo e no final do dia e aqueles ainda mais emocionantes no

começo e no final da semana.

Por que os diretores fazem isso?

Eles aproveitam uma habilidade natural do cérebro de se lembrar em “ondas” para

que os espectadores mantenham a excitação e queiram assistir o próximo

bloco/capítulo. Imagine se cada episódio de uma novela fosse exibido somente no

primeiro dia de cada mês e por diversas horas sem intervalo. Mesmo contendo as

mesmas imagens, na mesma ordem as pessoas não se sentiriam compelidas a assistir

porque seus cérebros não se lembrariam tanto da trama e do excitamento produzido

por ela.

É exatamente para deixar “tatuada” essa emoção no cérebro de quem assiste que os

diretores colocam esses momentos no início e no final de cada bloco/capítulo.

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Eles aprenderam a muito tempo como o cérebro lembra das informações e usam isso

para fidelizarem seus telespectadores. Infelizmente o mito de ter que estudar o

máximo possível faz com que as pessoas não tenham muitas “ondas de

aprendizado”.

O gráfico abaixo exemplifica como um candidato normalmente estuda:

Como você pode perceber não exitem muitos pontos de aprendizado (em azul) com

essa estratégia de estudos, afinal o que a maioria dos candidatos a concursos

públicos acabam fazendo é separando um período x de horas e estudam

initerruptamente.

Você deve estar se perguntando nesse momento: Então como posso estudar

utilizando o potencial total do cérebro sem precisar ficar esperando que algum

diretor crie uma novela com o conteúdo da prova?

Existem diversos métodos porém aqui vou falar de dois: O método mais famoso

chamado pomodoro e o meu método particular.

O método pomodoro consiste básicamente em estudar por 25 minutos initerruptos

e descançar por 5, voltar a estudar por mais 25 minutos e descançar por mais 5 e

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continuar assim até completar 4 ciclos. Ao final do quarto ciclo se dê um período de

tempo um pouco maior para descançar. O ideal é de 20 a 30 minutos.

Tenho que te avisar que no começo pode parecer mais difícil do que parece por dois

motivos :

1- Você vai querer estudar “só mais um pouquinho” ou;

2- Você vai descançar um tempo superior a 5 minutos.

Para evitar essas duas armadilhas o ideal é usar um cronômetro com contagem

regressiva tanto para o tempo de estudo quanto para o tempo de descanço.

Essa técnica foi batizada de pomodoro porque seu criador, Francesco Cirillo, a

desenvolveu usando um cronômetro de cozinha da sua casa no formato de um

tomate (Pomodoro significa tomate em italiano), então fique a vontade se quiser

usar qualquer tipo de cronômetro.

Eu recomendo utilizar um cronômetro online que seja fácil de alterar o tempo como

esse : http://www.online-stopwatch.com/

Eu utilizo uma técnica diferente tanto para trabalhar quanto para estudar algo. O que

eu faço para trabalhar é utilizar um período um pouco mais longo (45 minutos) de

trabalho e um período também um pouco mais longo (15 minutos) de descanço.

Faço isso porque muitos dos meus trabalhos requerem uma certa utlilização da parte

criativa do meu cérebro.

Já para estudar qualquer coisa que eu queira aprender, o que faço é uma pausa de

15 minutos a cada capítulo ou então a cada tema importante se o capítulo for

muito longo ou possuir muitos aspéctos importantes e diferentes entre si. Se ao

invés de ler eu estiver assistindo a um documentário eu espero por algum momento

oportuno para pausar e descançar.

Independente da técnica que você usar o importante é que você reserve um tempo

para “quebrar” seu estado atual de estudo e relaxar para aprender ainda mais no

próximo período.

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Desse jeito seu aprendizado fica assim:

Você pode notar o quanto mais áreas de aprendizado (novamente, em azul) foram

criadas dessa vez mesmo com, tecnicamente, menos tempo de estudo.

Em outras palavras, quanto menos tempo você estudar por mais vezes que você

estudar, mais você irá aprender.

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Mito nº 2: PRECISO REVISAR A MATÉRIA TODA NA

VESPERA DA PROVA

Não somente é praticamente impossível revisar todo o conteúdo de um concurso

público em uma semana, como, mesmo se você pratica leitura dinâmica e se dedica

12 horas por dia por 7 dias antes da prova para ler todo o conteúdo, ainda assim essa

é uma atitude contra-produtiva.

Se eu te dissesse que eu venho treinando MMA 1x na semana por 1 ano e que na

semana que vem quero enfrentar o Anderson Silva ou o Minotauro, mas que a partir

de agora vou treinar 18 horas por dia e espero ganhar você provavelmente diria que

eu estou ficando maluco e não tenho nenhuma chance. Certo?

Mas é exatamente isso que muitos candidatos pensam quando se vêm as vesperas

de suas provas. É uma ilusão achar que o que não foi aprendido durante meses (em

alguns casos até anos) pode ser aprendido em uma semana.

Qual é a função da revisão?

A revisão serve basicamente para “assentar” o conteúdo aprendido a fim de que o

nosso cérebro seja capaz de acessá-lo com mais facilidade no futuro.

Tenho dois amigos que estavam estudando para o concurso de diplomacia do

Itamaraty. Os dois são altamente estudiosos, inteligentes e conhecem a fundo o

conteúdo. Pouco antes da prova porém um deles foi viajar na Europa, visitando as

embaixadas dos países em que ele gostaria de trabalhar, até a vespera da prova

enquanto o outro decidiu (contra minha recomendação) estudar até o último

segundo possível.

Advinha qual deles foi aprovado e qual não foi?

Exatamente! Meu amigo que viajou pela Europa para se inspirar conseguiu a

aprovação enquanto aquele que estudou obteve uma nota mais baixa do que aquela

que ele havia obtido no ano anterior. Isso mesmo, depois de um ano de estudo

intenso seu resultado declinou.

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Como isso foi possível?

Esse meu amigo realmente entende bastante do conteúdo, porém o fato dele haver

estudado na véspera o prejudicou porque quando estudamos para uma prova na

véspera nosso cérebro fica em um estado de estresse, devido a pressão, na qual

dificulta assimilarmos o que estudamos.

Porém esse é o menor dos problemas.

O principal obstáculo criado pela revisão as vésperas da prova é que a informação

que revisamos está mais fresca em nossa mente e como o cérebro está em um

estado de estresse ele acaba pensando mais no conteúdo estudado a pouco e tendo

maior dificuldade em acessar um conteúdo que não foi visto nessa revisão e na qual

você não tenha um domínio total enraizado.

Digo domínio total enraizado porque se por acaso vier uma pergunta tão fácil que já

está enraizado no seu cérebro como “quanto é 2+2?” ou “Qual é o seu nome” seu

cérebro vai acessar o conteúdo facilmente porque ele está armazenado em uma área

de fácil acesso do cérebro. Agora se é um conteúdo que você sabe, porém não está

enraizado nesse nível, o fato de ter revisado a matéria na véspera vai fazer com que

o cérebro pesquise a informação na memória recente e não encontre e é ai que

surge o famoso BRANCO.

Uma maneira mais eficiente de se utilizar essa excelente ferramenta chamada

revisão é usar o final da sessão de estudo (e também o final do dia se você realmente

quiser assimilar a matéria) para se perguntar:

- O que eu estudei nessa sessão de estudo (hoje)?

- O que eu aprendi nessa sessão de estudo (hoje)?

- Quais foram os pontos mais importantes?

- Como posso explicar esse(s) conceito(s) para uma pessoa leiga no assunto?

O ideal é responder a essas perguntas escrevendo as respostas para se engajar ainda

mais na assimilação de conteúdo.

Tenho que confessar que eu, particularmente, quase nunca as respondo por escrito

porque, na minha arrogância, para mim somente o fato de revisar mentalmente já é

o suficiente. Por um outro lado, com meus clientes recomendo que eles revisem por

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escrito porque o conhecimento requerido na maioria dos concursos é mais teórico e

específico. Além do fato óbvio que é bom para o meu ego achar que não preciso

revisar por escrito, mesmo sabendo que posso aprender muito mais facilmente se eu

revisar por escrito. Essa é uma batalha pessoal minha que você não precisa lutar,

portanto escreva as respostas para as perguntas de revisão e absorva mais o

conteúdo.

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Mito nº 3: PRECISO ESTUDAR TODAS AS MATÉRIAS POR

IGUAL OU DAR UMA ÊNFASE IGUAL AO PESO DO

ASSUNTO NA PROVA.

Esse mito também é muito comum entre esportistas amadores. Eles quando estão

treinando tendem a cometer um desses 2 erros mais comuns:

- Treinar apenas os aspéctos que acham que são mais importante;

- Treinar todos os aspéctos de igual maneira.

O primeiro é muito comum entre os frequentadores de academia. Os homens

tendem a focar muito na parte superior do corpo enquanto as mulheres, em sua

maioria, fazem apenas exercícios que focam na parte inferior. O que isso proporciona

é uma aparência desproporcional que não é agradável aos olhos. Por exemplo: O cara

que tem braços e peito enormes mas suas pernas são finas demais em comparação

com o resto. Ou a mulher que tem as pernas muito desenvolvidas os braços flácidos.

Com os candidatos esse erro pode ser percebido naqueles que dividem seus

estudos de acordo com o peso de um assunto na prova. Se um determinado assunto

possui peso x e um outro possui peso 2x essa pessoa vai estudar duas vezes mais

aquele assunto que possui peso 2x.

Podemos observar o segundo aspécto em lutadores. Eles tendem a treinar sempre

com a mesma ênfase socos, chutes, agarrões, torções, bloqueios e esquivas. O que

isso proporciona é um artista marcial mediano sem nenhuma especialidade

específica. Por exemplo: Aquela pessoa que por mais que seja um faixa preta em uma

arte marcial não se sente segura o suficiente para se defender em uma situação de

risco porque é boa na ofensiva mas não tão boa em esquivar de um ataque.

Com os candidatos esse erro pode ser percebido naqueles que dividem seus

estudos de maneira igual entre todos os assuntos que serão abordados. Se eles

decidem estudar 6 dias na semana, 8 horas por dia e em seu edital vai cair 12

matérias diferentes eles tendem a estudar cada matéria 4 horas por semana.

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Qual o problema com essas estratégias?

Elas não levam em conta o que a pessoa tem de vantagem naquela área. Logo, ela

acaba trabalhando demais um aspecto que ela já é boa e trabalhando

insatisfatoriamente uma aspecto que ela precisa desenvolver.

Qual seria a solução?

Com meus clientes uso uma ferramenta chamada FF ® que consiste em indentificar

aonde você está com seu grau de conhecimento para a prova em cada assunto,

identificar o peso de assunto na prova (se eles possuirem pesos diferentes) e calcular

quanto você deve estudar cada matéria para que alcance o seu melhor desempenho.

Lendo essa explicação pode parecer um processo complexo mas é tão simples que

em uma sessão eles já conseguem ter um cronograma eficaz de estudo e os

resultados são incríveis. Basicamente você precisa seguir os 5 passos abaixo:

- Identificar seu grau de conhecimento em cada assunto;

- Identificar o peso de cada assunto na prova;

- Comparar o seu conhecimento com o peso de cada assunto utilizando os 3 pesos

do topo que ainda não foram utilizados;

- Calcular a porcentagem de tempo que você precisa investir em cada assunto;

- Agendar a quantidade de tempo que você vai estudar cada assunto.

Essa técnica permite que você estude mais aquelas matérias que você tem mais

dificuldades, sem sacrificar aquelas que você já é bom. Em um atleta seria o mesmo

que um fisiculturista profissional que avalia cada parte do seu corpo separadamente

e treina mais intenso aquelas partes do seu corpo que vão causar uma aparência

mais uniforme e bonita sem esquecer de treinar seus outros músculos para que

possa manter aquilo que conquistou.

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Mito nº 4: NÃO SOU BOM EM DETERMINADO ASSUNTO

Tive um cliente que estudava para diplomata uma vez que acreditava que não era

bom em inglês mas que era bom em espanhol e francês. Adivinha como eram suas

notas nessas disciplinas?

Isso mesmo, ele tinha boas notas em espanhol e francês porém suas notas em inglês

não eram satisfatórias.

Agora você deve estar pensando: “Isso é óbvio, a nota dele será melhor nas matérias

que ele é bom.”

Isso é verdade e ao mesmo tempo não é. Como assim?

Trabalhamos um pouco essa crença que ele não era bom em inglês e

instantâneamente seu aprendizado nessa lingua evoluiu exponencialmente. Não

porque eu fiz algo de extraordinário mas apenas porque lhe foi retirada uma trava.

A maioria das pessoas acreditam que uma criança tem maior facilidade para

aprender diversas linguas a um nível de fluência por causa que suas sinapses estão

sendo formadas porém não são levados em conta alguns fatores essenciais no

aprendizado de qualquer coisa, principalmente um idioma. Os principais fatores são:

- A criança pequena não tem vergonha nem medo de errar;

- Ela não se importa em ser corrigida por outras pessoas;

- Ela não acredita que é difícil aprender essas linguas.

Vamos pensar um pouco sobre esses fatores e as diferenças entre o comportamento

de uma criança pequena e um adulto.

Primeiramente uma criança não tem vergonha nem de pronunciar ou escrever uma

palavra errada porque ela sabe que se errar um adulto vai ensiná-la o modo correto.

Já o adulto não se permite errar porque, em sua opinião, ele deveria saber o modo

correto e ser corrigido por outra pessoa é algo vergonhoso que tem que ser evitado a

qualquer custo, logo ele prefere nem tentar falar ou escrever naquele idioma que ele

não domina ainda.

O que nos leva ao segundo fator. Uma criança quando corrigida por outras pessoas

vê essa correção como uma lição e procura não cometer esse erro novamente

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enquanto o adulto geralmente percebe essa correção como sendo um motivo de

vergonha porque é um sinal que ele não é bom o suficiente, que ele deveria saber

isso e não sabe ou que ele nunca conseguirá aprender.

E esse é o terceiro fator. Uma criança ainda não ouviu dizer que é difícil ou impossível

para ela aprender 2, 3 até mesmo 4 idiomas simultaneamente e ser fluente em todos

eles . O adulto, por outro lado, cresceu ouvindo que não se ensina truques novos a

cachorro velho, que as crianças tem maior habilidade para aprender idiomas e que

ser fluente em uma lingua a ponto de soar como nativo é impossível se você não

aprendeu essa lingua na infância.

Eu tive a sorte de não ter essas crenças negativas quando eu estava aprendendo

inglês porque eu nunca fiz um curso. Ao invés disso eu começei a assistir bastante

filmes americanos (no princípio com legendas em português, depois em inglês e

finalmente sem legendas), ler livros em inglês (e só me permitir olhar no dicionário o

significado das palavras que eu não conhecia ao final do capítulo), ouvir músicas em

inglês procurando cantá-las em minha mente (se fosse cantar de verdade seria um

desastre) e me imergi na lingua indo para encontros sociais e festas aonde eu poderia

conversar com estrangeiros, em inglês. Foi esse conjunto de fatores e o fato que eu

não possuia a crença que era impossível de ser fluente que eu adquiri fluência e uma

fala que quando morei em Los Angeles na Califórnia, as pessoas não acreditavam que

eu não era americano.

Usei essa mesma estratégia para aprender suéco e só não adquiri fluência porque

não era tão importante para mim aprender então não me empenhei tanto mas

usando uma técnica de percepção e tentativa eu consegui adquirir um sotaque que,

se eu manter a conversa a um nível superficial , consigo me passar como nativo

suéco.

Eu não contei isso para te impressionar mas para te mostrar como é possível

aprender qualquer lingua (ou por esse viés, qualquer matéria) se utilizarmos uma

boa estratégia e acreditarmos que é possível.

Henry ford dizia: Se você acredita que é possível ou que não é possível, de qualquer

maneira está certo.

Isso é a mais pura verdade. Se você acredita que não é bom em tal matéria sua

mente não vai utilizar todo seu potencial para armazenar o conteúdo que você

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estuda dela, afinal sua mente não quer que você se passe por mentiroso. Não usando

todo esse potencial a qualidade do seu estudo vai ser fraca, por mais que você se

esforce e com isso seu resultado naquela matéria vai ser ruim o que vai fazer sua

crença que você não é bom aumentar ainda mais.

O lado bom?

O lado bom é que isso também funciona igualmente se você tem uma crença que

você tem facilidade para aprender tal matéria. Se você acredita nisso sua mente vai

utilizar bastante do seu potencial para armazenar o conteúdo que você estuda,

afinal sua mente não quer que você se passe por mentiroso. Utilizando bastante o

seu potencial a qualidade do seu estudo vai ser boa, mesmo você não podendo

estudar tanto essa matéria por questões de tempo. Com isso seu resultado será

bom e isso vai fortalecer ainda mais sua crença que você é bom naquela matéria o

que vai levá-lo dessa vez a uma espiral ascendente na qual cada vez seu resultado e

sua crença irão aumentar.

O gráfico abaixo exemplifica melhor o que você acabou de ler:

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Se você acredita que não consegue ser aprovado ou que não é bom em determinada

matéria, está na hora de mudar essa crença por uma que seja mais útil para você.

Existem diversos meios de mudar uma crença e eu poderia escrever centenas aqui

mas o que faria seria apenas te confundir então vou dar uma explicação básica de

como fazer para mudar uma crença para que você possa procurar uma técnica que

goste e você possa aplicar em você mesmo ou procurar um coach para te ajudar

nessa mudança.

Imagine uma crença como sendo uma cadeira. Se ela não possuir pernas ela irá cair

no chão. Se ela tiver uma ou duas também. Por isso ela deve possuir, no mínimo, 3

pernas. De preferência muito mais.

Mas o que são essas pernas? Essas pernas são todas as provas que essa crença é

verdadeira.

Por exemplo: se você tem uma crença que diz que você não é bom na matéria X,

posso afirmar com certeza que você tem várias provas que essa crença é verdade.

Elas podem ser:

- Os resultados de provas passadas;

- Alguém te falando que você não é bom naquela matéria;

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- Comparações com os resultados de pessoas que tem facilidade nessa matéria.

E ao mesmo tempo que você tem provas para confirmar a sua crença, inconsciente,

você deleta todas as provas contrárias. Como:

- Se você tem um resultado bom você diz que foi sorte;

- Se alguém fala que você é bom, você nega;

Enfim, você faz de tudo para proteger essa crença. Não fique preoculpado, todos nós

fazemos isso o tempo todo. É assim que a mente humana funciona.

Uma maneira básica de eliminar essas crenças é simplesmente criar uma nova

crença oposta a essa e procurar deliberadamente maneiras de comprová-la,

buscando todas as provas possíveis( por menor que sejam) que demonstrem que ela

é verdadeira, mesmo que a princípio você não acredite.

Imagine uma cadeira com as pernas sendo varetas de bambu, só que com milhares

de varetas juntas. Essa cadeira vai ser forte e resistente mesmo suas pernas sendo de

bambu.

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É por esse motivo que sugiro que você pense em uma crença positiva que você

gostaria de adquirir e faça uma lista de pelo menos 30 momentos em que essa

crença é verdadeira na sua vida.

Quando fizer isso não deixe passar as pequenas provas porque elas também ajudam

na criação de uma crença forte e rígida, quem nem a cadeira de bambus.

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Mito nº 5: TENHO QUE ABRIR MÃO DO TEMPO COM MEUS

AMIGOS E FAMÍLIA ATÉ PASSAR NO CONCURSO, DEPOIS

RECUPERO O TEMPO PERDIDO.

Quase todos os meus clientes quando chegam a mim dizem que estão sacrificando o

tempo com amigos e família enquanto estão estudando mas que assim que forem

aprovados voltarão a vida “normal”. Qual é o problema desse mito então?

Primeiramente esse mito deteriora a qualidade de vida do candidato, que acaba se

distanciando das pessoas que gostam e das atividades que lhe proporcionam prazer.

Por mais que isso seja apenas temporário, mesmo assim não é o melhor caminho.

Veja bem, eu não sou contra sacrificar um pouco de tempo de lazer para realizar algo

importante para mim. Pelo contrário, aprendi a gostar tanto do meu trabalho que as

vezes tenho que me forçar a me encontrar com amigos ou até mesmo saltar de

paraquedas que é meu esporte favorito.

O problema desse mito é que a maioria dos candidatos praticamente abre mão de

todas as atividades que os proporcionam prazer para poder obter o maior tempo

possível para estudar.

Mesmo a intensão sendo totalmente positiva e focada em aumentar a performance,

como vimos anteriormente, essa atitude é contra-produtiva.

Nosso cérebro é uma máquina poderosíssima que trabalha sempre para conseguir os

melhores resultados pessoas para nós. Porém ele interpreta as coisas de maneira

primitiva, afinal nos últimos 30.000 anos a sociedade evoluiu de tal maneira que foi

impossível, como espécies, adaptarmos a essas mudança. Quando ainda vivíamos

em pequenas tribos de não mais de 50 pessoas aquilo que nos causava dor deveria

ser evitado ao máximo e aquilo que causava prazer, perseguido.

Lógico que acredito que sucesso sem plenitude é o pior tipo de fracasso que se pode

ter e é um dos motivos pelo qual me forço sempre a manter um equilíbrio na minha

vida mesmo amando trabalhar em minhas empresas e desenvolver novos projetos.

O motivo principal pelo qual seria extremamente importante que você elimine esse

mito, porém, é outro.

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Como nosso cérebro ainda está programado para evitar a dor e ir em busca do prazer

e ele tende a observar mais o curto prazo o que ele faz é associar o estudo para o

concurso ( e logo o concurso em sí e o cargo que você virá a ocupar com a aprovação)

com a dor de não ter mais momentos de lazer e conexão com pessoas que você

gosta.

Isso faz com que, inconscientemente, você assimile menos conteúdo e se sabote de

diversas formas como:

- Quando você decidir tirar um dia para relaxar, pensar que talvez um outro dia a

mais não vai ser tão ruim;

- Ficar desmotivado;

- Falta de concentração quando estudando por um tempo muito prolongado;

- Não assimilar todo o conteúdo que você é capaz;

- Até mesmo desenvolvendo doenças psicossomáticas.

Isso mesmo, apesar de não acontecer tão frequentemente, grande parte dos casos

de doenças entre candidatos que se manifestam durante a etapa de estudos intenso

são básicamente doenças psicossomáticas, isso é, doenças que, apesar de não ter

uma causa externa, o corpo manifesta os sintomas.

Isso acontece com todo mundo. Comigo, por exemplo, ocorreu uma vez quando

estava em um período que minha empresa de treinamento estava começando a

crescer e eu passava horas a fio trabalhando nela. Nesse período, minha coach de

oratória me disse que iria ficar uma semana de folga em casa sem fazer nada porque

iria operar o siso. Lembro de ter brincado com ela dizendo: “Que vida boa, hein?!

Tirar umas férias no meio do nada.”

Disse isso e não mais pensei no assunto. Até o dia seguinte no qual acordei cheio de

dor e quando fui no dentista ela disse que meu siso estava inflamado e eu teria que

operá-lo. Tive que cancelar uma palestra e operar as pressas.

Você deve estar achando que foi mera coincidência e pode realmente ter sido, mas

com os mais de 200 livros que eu já li sobre a mente humana e todos os artigos

científicos que já pude analisar me fazem acreditar que essa foi uma defesa natural

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do meu corpo para que eu pudesse diminuir meu ritmo e relaxar. O que é conhecido

como doença psicossomática.

Agora você deve estar até interessado em manter um tempo para o lazer e

relacionamentos e, ao mesmo tempo, se perguntando como você poderia conseguir

mais tempo para estudar.

Existem diversas maneiras e quando um cliente tem esse obstáculo de tempo,

desenvolvemos estratégias para ganhar mais tempo no dia para poder estudar. Como

esse assunto é bem extenso e não é o tema desse livro, vou te dar algumas

sugestões que meus clientes acham mais úteis:

- Ouvir uma aula gravada enquanto dirige;

- Ouvir uma aula gravada enquanto está na academia ou pratica algum esporte

indivídual;

- Ir ao banco e ao supermercado nos dias e horários com menor movimentação;

- Se você concilia trabalho com estudo para concurso, saia uma ou duas horas mais

cedo de casa a fim de evitar o transito e estude no estacionamento ou em algum

café perto do trabalho.

Essas são apenas algumas dicas básicas que podem ser aplicadas a qualquer pessoa e

que irá te render algumas horas de estudos a mais por semana, além delas existem

outras diversas oportunidades para economizar tempo e usá-lo para o estudo, basta

que você comece a prestar mais atenção em como você pode se utilizar dessas

oportunidades para que você aprenda mais sem abrir mão do que é importante para

você.

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Mito nº 6: É DIFÍCIL SE MANTER MOTIVADO

Apesar de, na pesquisa que originalizou esse e-book, esse não ser um mito muito

comum comparado aos anteriores ainda assim boa parte dos meus clientes quando

chegam até a mim ou acreditam nesse mito ou não se encontram tão motivados

quanto deveriam para poder ativar toda sua capacidade de aprendizado.

Como já vimos anteriormente se você acreditar que é difícil se manter motivado,

você irá sentir dificuldade para se manter motivado por muito tempo. Se esse é o seu

problema volte para a página 12 e trabalhe para criar uma crença que te motive

mais.

Na maioria dos casos, porém, não é uma crença que faz com que o candidato fique

desmotivado. O maior causador de desmotivação nos estudos entre candidatos é o

fato quando eles fazem diversos concursos diferentes apenas para conseguir um

emprego estável com um bom salário.

Muitos candidatos, quando decidem seguir uma carreira, ouvem de seus amigos e da

sua familia que eles deveriam tentar outros concursos para eles poderem terem uma

chance maior de aprovação e começarem a trabalhar o mais cedo possível. Algumas

vezes essa idéia até parte deles próprios. Tanto os familiares quanto os amigos e até

a própria pessoa estão pensando com a melhor das intenções porém essa estratégia

é o que faz com que o candidato perca de vista o seu objetivo principal. O seu

“trabalho dos sonhos”.

Além do óbvio que cada concurso possui um edital diferente e logo o que você irá

estudar será diferente para cada um deles, mesmo sendo na mesma área de atuação.

O maior problema é que quando você estuda para um concurso apenas focando na

aprovação, no dinheiro e/ou na segurança que essa aprovação te trará, é muito mais

difícil se manter motivado a não ser que segurança e dinheiro sejam as coisas mais

importante para você na vida. O que no caso da maioria das pessoas não é.

O que você queria quando decidiu pela primeira vez que queria se tornar um

funcionário público?

Servir a sociedade?

Aplicar a lei?

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Ajudar as pessoas?

Punir os culpados?

Organizar o sistema público?

Ter dinheiro?

Ter segurança?

Viajar?

Fazer parte de uma empresa gigante?

O que mais?

Provavelmente foram mais de um motivo então cabe a você identificar qual foi o

principal motivo. É muito importante saber qual foi o principal para que você possa

identificar quais concursos você realmente deveria estar prestando e quais você

deveria abandonar.

Para não me estender muito nesse assunto vou listar abaixo algumas ações que você

pode fazer para se tornar mais motivado no estudo.

- Decidir qual trabalho que você realmente quer e estudar para aquele concurso;

- Visitar a institituição que você deseja trabalhar;

- Conversar com pessoas que possuem o cargo que você almeja (Oferecer para

pagar o almoço é uma excelente tática para passar um tempo com essas pessoas);

- Se imaginar como já sendo a pessoa que possui esse cargo;

- Se dar um prêmio cada vez que cumprir um objetivo de estudo;

- Quebrar as sessões de estudos em blocos menores (Já vimos o outro benefício

dessa tática anteriormente).

Apesar de existirem diversas outras técnicas que você pode usar para se motivar

cada vez mais, as listadas acima já são suficiente em aproximadamente 70% dos

casos então aplique elas que você ficará ainda mais motivado para estudar e isso,

obviamente, irá refletir no seu resultado.

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Mito nº 7: PRECISO DE UM POUCO DE SORTE

Se você considera SORTE um acrônimo para um Sentimento de Orgulho e Respeito

por Trabalho de Excelência então você realmente precisa de SORTE. Caso você

acredite que para ser aprovado precise cair questões na qual você tem mais domínio,

nesse caso suas chances de aprovação são bem baixas.

Nada supera a preparação.

Imagine o técnico da seleção brasileira dizendo em uma entrevista antes da final da

copa do mundo: “Chegamos na final e tudo que precisamos para ganhar agora é

sorte”.

Parece ridículo mas é assim que alguns candidatos encaram suas provas. Lógico que

eles estudam mas ao mesmo tempo eles acreditam que sorte é algo que vai fazer

eles serem aprovados ou não. Acredito que você não creia nesse mito ou então não

estaria lendo esse e-book para melhorar suas chances de aprovação. Se você

conheçe alguém que creia nesse mito, por favor, mostre para ele que não existe tal

coisa como sorte.

Se você, assim como eu, gosta de matemática aqui está uma simples equação que

explica como a sorte acontece em qualquer área de nossas vidas:

Sorte = Preparação x Trabalho x Oportunidade

Algumas pessoas dizem que essa equação é feita apenas com preparação mais

oportunidade porém eu discordo.

Primeiramente você pode estar preparado e ter uma oportunidade mas se não está

disposto a trabalhar para utilizá-la, de nada vai adiantar. Afinal quantas pessoas

são especialistas em seu ramo, enxergam uma oportunidade única de criar algo

extraordinário, nunca agem e meses depois encontram sua idéia realizada por outra

pessoa que teve a mesma ideia e pensa: “Que canalhas! Roubaram minha idéia.” ?

De nada adianta também trabalhar e se preparar se você não constantemente ir em

busca de oportunidades porque raramente elas baterão na sua porta. Uma empresa

pode ter o melhor produto do mundo, só que se ela não possuir uma estratégia de

marketing eficaz o produto vai continuar desconhecido do resto da população e

não vai servir para nada.

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Também é inútil trabalhar muito e buscar oportunidades se você não se prepara

para quando a oportunidade aparecer. De nada adiantaria uma pessoa fazer

diversos concursos para ser juíz se ela for autodidata e nunca fez nenhuma faculdade

de direito. Mesmo com a aprovação ela seria incapaz de exercer o cargo.

E por último eu prefiro usar os sinais de multiplicação porque qualquer um que se

prepare 20% mais, trabalhe 20% mais eficazmente e procure oportunidades de uma

maneira 20% mais eficaz não aumenta sua “sorte” em apenas 60%, na realidade sua

“sorte” aumenta, no mínimo, 72,8% se não mais. Afinal o efeito é geométrico.

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Mito nº 8: PARA UM CONCURSO DISPUTADO, ESTUDAR

MENOS DE UM ANO NÃO É SUFICIENTE.

Lembre-se que essa pesquisa foi realizada com diversas pessoas então eu tive que

adaptar o título dos mitos para que ficasse entendível. O que os candidatos

entrevistados e os meus clientes que estavam prestando um concurso como o de

Diplomata, Juiz Federal, Promotor de estados como Rio de Janeiro e São Paulo,

Cartório, etc sempre diziam é que no seu concurso em particular era impossível ser

aprovado estudando menos de um ano.

É verdade que essas provas são dificílimas e que requerem muito estudo e até

conhecimento prático as vezes. O caso é que existem pessoas que conseguiram a

aprovação com menos de um ano de estudos focado, provando assim que é

possível, então esse mito não passa de uma crença que impede o seu avanço mais

rápído.

No mito nº 4 tratamos sobre crenças então se você acredita que para um concurso

disputado realmente não é suficiente estudar menos de um ano, re-leia a explicação

e faça o exercício descrito lá.

O link abaixo é de uma matéria sobre um candidato que conseguiu a aprovação na

carreira diplomática em 8 meses de estudos estratégicos:

http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2013/07/aprovado-em-1-lugar-

para-diplomata-estudou-por-oito-meses-veja-dicas.html

E não é somente em concursos públicos que isso acontece. Tim Ferriss, autor dos

livros campeões de vendas “Trabalhe 4 horas por semana”, “4 horas para o corpo” e

“4-hours chef”, fanático por auto-superação, em aproximadamente 6 meses de

treino, sem nunca haver dançado antes na vida, chegou a semi-final do

campeonato mundial de tango e ainda por cima quebrou um recorde mundial.

Como ele conseguiu superar dançarinos com mais de 20 anos de carreira?

Não vou entrar aqui nos detalhes porque não é esse o escopo desse e-book. Em

resumo o que ele fez foi colocar uma data limite para que ele pudesse aprender o

tango, aprendeu primeiro como uma mulher deve dançar (ou seja, aprendeu a base

da dança ou o que seria os fundamentos que ninguém quer aprender ou voltar a

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estudar), entrevistou os melhores dançarinos argentinos de todos os tempos para

ganhar motivação e treinou inteligentemente ao invés de massivamente.

Espero que esses dois exemplos sejam suficientes para te mostrar que não é

impossível se tornar excelente em algo em menos de um ano. Basta acreditar que

você é capaz e montar uma estratégia eficaz. Afinal pensar positivamente sem uma

boa estratégia é se iludir e ter uma boa estratégia e não acreditar em si é como ter

um GPS e uma ferrari e não ter gasolina para colocar nela.

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Mito nº 9: PRECISO RELER A MESMA MATÉRIA DIVERSAS

VEZES

Apesar da crença popular nosso cérebro não aprende por repetição. Imagine só um

jogador de basquete treinando arremesso livre. No começo ele erra muito mais vezes

do que acerta. Logo, se o cérebro realmente aprendesse por simples repetição, cada

vez mais ele deveria aumentar o seu número de erros e não de acertos.

O que acontece é que nosso cérebro é uma máquina quase perfeita na qual assimila

os acertos e aprende com os erros. Infelizmente não é tão eficiente quanto

gostaríamos mas com certeza é super eficaz.

Sem os erros a sua eficácia é diminuida drasticamente. Então podemos dizer que os

erros são essenciais para o nosso sucesso.

Quer ver só?

Clique nesse link para participar de uma exercício rápido que vai te mostrar o poder

dos erros.

O que isso tudo tem a ver com reler a mesma matéria?

Tente não confundir minhas palavras. Eu acredito que quanto mais repetirmos uma

informação mais gravada ela fica no nosso cérebro e mais fácil é de acessá-la. Eu

estudo o mesmo assunto diversas vezes quando é algo importante para minha vida.

O problema é que muitas pessoas releêm o mesmo material de novo e de novo por

repetidas vezes quando estudam para um concurso ao invés de pesquisar diversas

fontes diferentes.

Quando você reler extensivas vezes um material igual suas neuroconexões (sinapses)

ficam mais fortes e fáceis de acessar, porém esse é o famoso método decoreba.

Mesmo que você procure entender o que é explicado, ainda assim continua uma

decoreba, talvez uma mais sofisticada mas continua sendo decoreba.

Uma das minhas filosofias pessoais é que eu seja sempre um estudante e nunca um

seguidor. Eu não quero te passar minha filosofia de vida, apenas quero que você

saiba que quando aprendemos a partir de uma fonte não temos muita base para

fazermos uma decisão concreta sobre um assunto.

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É como se o juiz somente ouvisse uma das partes e fizesse um julgamento. É

impossível que esse julgamento seja um julgamento justo.

E qual seria o equivalente a ouvir as duas partes?

Obter a mesma informação a partir de uma fonte diferente e julgar o que faz mais

sentido para você. Eu sei que muitas matérias (especialmente em direito e calculos)

não possuem brechas para opiniões opostas mas mesmo assim ainda recomendo ler

dois autores diferentes já que ver a mesma opinião sobre uma pespectiva ou uma

explicação diferente pode abrir a sua mente para um aspécto que você não observou

antes.

O que é ainda melhor é que você não está sendo um juiz na hora de estudar (mesmo

estando estudando para se tornar um) então você pode obter informações de muito

mais que dois autores e aumentar ainda mais o seu conhecimento.

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Chegamos ao final desse e-book e eu espero que você tenha identificado os mitos

que você possuia e esteja trabalhando para eliminá-los. Desse jeito eu tenho certeza

que sua nota nos próximos concurso irá ser, no mínimo, 20% mais alta do que seria

antes de você eliminá-los.

Qualquer dúvida pode me mandar um e-mail para [email protected] que

eu irei respondê-lo assim que possível.

Caso esteja realmente comprometido com a sua aprovação e queira aumentar ainda

mais suas chances, marque uma entrevista comigo para avaliarmos se o coaching é a

melhor opção para você nesse momento.

Lembre-se:

Viva com intensidade,

Hélio