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EXERCÍCIOS DE ECONOMIA 01- (AFRF/2005) Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em unidades monetárias): Exportações de bens e serviços não fatores: 200 Importações de bens e serviços não fatores: 300 Renda líquida enviada ao exterior: 100 Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que essa economia hipotética apresentou: a) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 100. b) saldo nulo no balanço de pagamentos em transações correntes. c) superávit no balanço de pagamentos de 200. d) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 200. e) superávit no balanço de pagamentos de 100. RESPOSTA 01: “D” Resolução : As exportações e importações de bens e serviços não-fatores, a renda líquida enviada (RLEE) ou recebida (RLRE) do exterior e as transferências unilaterais fazem parte do Balanço de Transações Correntes do país, conforme estrutura a seguir: 1 – Exportação de Bens e Serviços não-fatores; 2 – Importações de Bens e Serviços não-fatores; 3 – Renda Líquida Enviada ao exterior (RLEE) ou Renda Líquida Recebida do Exterior (RLRE); 4 – Transferências Unilaterais; 5 – Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) = 1+ 2 + 3 + 4 Tendo por base a estrutura, cabe-nos efetuar os lançamentos: 1 – Exportação de Bens e Serviços não-fatores = +200 (entrou recursos no país) 2 – Importações de Bens e Serviços não-fatores = -300 (saiu recursos do país) 3 – Renda Líquida Enviada ao exterior (RLEE) = -100 (saiu recursos do país) 4 – Transferências Unilaterais = 0 (a questão não forneceu dados) 5 – Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) = +200 – 300 – 100 + 0 = -200 Contrapartidas dos lançamentos: BKC = -200 + 300 + 100 = +200 BKC = -200 (aumentou as reservas do país) BKC = +300 (redução das reservas do país) BKC = +100 (redução das reservas do país) Após efetuados os lançamentos, vamos às alternativas da questão. A) Falsa. O BTC apresentou resultado deficitário em 200. B) Falsa. Ó resultado do BTC não foi nulo, mas sim deficitário em 200. C) Falsa. O resultado do BTC não foi superavitário, mas sim deficitário em 200. D) Verdadeira. O resultado do BTC foi deficitário em 200. E) Não dá para afirmar sobre o resultado do Balanço de Pagamentos, haja vista existerem outros balanços a serem considerados e não somente o BTC. 02- (AFRF/2005) Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em unidades monetárias): Variação de estoques: 50. Poupança líquida do setor privado: 270. Depreciação: 30. Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 100. Saldo do governo em conta corrente: 300. Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo dessa economia foi de: a) 650. b) 620. c) 550. 1

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Page 1: 88471386 Exercicios de Economia Resolvidos

EXERCÍCIOS DE ECONOMIA 01- (AFRF/2005) Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em unidades monetárias):Exportações de bens e serviços não fatores: 200Importações de bens e serviços não fatores: 300Renda líquida enviada ao exterior: 100

Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que essa economia hipotética apresentou:a) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 100.b) saldo nulo no balanço de pagamentos em transações correntes.c) superávit no balanço de pagamentos de 200.d) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 200.e) superávit no balanço de pagamentos de 100.

RESPOSTA 01: “D”Resolução:As exportações e importações de bens e serviços não-fatores, a renda líquida enviada (RLEE) ou recebida (RLRE) do exterior e as transferências unilaterais fazem parte do Balanço de Transações Correntes do país, conforme estrutura a seguir:1 – Exportação de Bens e Serviços não-fatores;2 – Importações de Bens e Serviços não-fatores;3 – Renda Líquida Enviada ao exterior (RLEE) ou Renda Líquida Recebida do Exterior (RLRE);4 – Transferências Unilaterais;5 – Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) = 1+ 2 + 3 + 4

Tendo por base a estrutura, cabe-nos efetuar os lançamentos:1 – Exportação de Bens e Serviços não-fatores = +200 (entrou recursos no país)2 – Importações de Bens e Serviços não-fatores = -300 (saiu recursos do país)3 – Renda Líquida Enviada ao exterior (RLEE) = -100 (saiu recursos do país) 4 – Transferências Unilaterais = 0 (a questão não forneceu dados)5 – Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) = +200 – 300 – 100 + 0 = -200

Contrapartidas dos lançamentos: BKC = -200 + 300 + 100 = +200BKC = -200 (aumentou as reservas do país)BKC = +300 (redução das reservas do país)BKC = +100 (redução das reservas do país)

Após efetuados os lançamentos, vamos às alternativas da questão.A) Falsa. O BTC apresentou resultado deficitário em 200.B) Falsa. Ó resultado do BTC não foi nulo, mas sim deficitário em 200.C) Falsa. O resultado do BTC não foi superavitário, mas sim deficitário em 200.D) Verdadeira. O resultado do BTC foi deficitário em 200.E) Não dá para afirmar sobre o resultado do Balanço de Pagamentos, haja vista

existerem outros balanços a serem considerados e não somente o BTC.

02- (AFRF/2005) Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em unidades monetárias):Variação de estoques: 50.Poupança líquida do setor privado: 270.Depreciação: 30.Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 100.Saldo do governo em conta corrente: 300.

Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo dessa economia foi de:a) 650.b) 620.c) 550.

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d) 520.e) 600.

RESPOSTA 02: “A ”Resolução:Essa questão diz respeito á identidade macroeconômica básica: Produto = Renda = Despesa.Considerando uma economia fechada sem governo: C + I = C + S, onde se conclui que I =SConsiderando uma economia fechada com governo: C + I + G = C + S + T, onde se conclui que I = S + (T-G)Considerando uma economia aberta: C + I + G + X = C + S + T + M, ode se conclui que I = S + (T-G) + (M-X)O investimento bruto é composto por Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) + Variação de Estoques:I = FBCF + EΔSendo,I = S + (T-G) + (M-X)Temos,FBCF + E = S + (T-G) + (M-X)Δ

Dados fornecidos pela questão:E = 50Δ

S = 270 (poupança líquida do setor privado).Depreciação = 30.(M-X) = 100 (Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes). Mostra que as importações superaram as exportações em 100(T-G) = 300 (Saldo do governo em conta corrente). Mostra que as receitas superaram os gastos em 100.

Jogando na fórmula:FBCF + E = S + (T-G) + (M-X)ΔFBCF + 50 = 270 +300 + 100FBCF = 270 +300 + 100 - 50FBCF = 620 + 30 (depreciação)Como a questão pede o conceito de “Bruto”, e o valor da depreciação foi fornecido temos de adicionar a depreciação.

03- (AFRF/2005) Considere válida a seguinte restrição orçamentária intertemporal de dois períodos para uma nação hipotética:C1 + C2/(1+r) = Q1 + Q2/(1+r)Onde C1 e C2 são os valores para o consumo no período 1 e 2 respectivamente.Q1 e Q2 as rendas dos períodos 1 e 2 respectivamente.Considerando que essa economia hipotética “respeita” essa restrição e mantém relações comercial e financeira com o resto do mundo, é incorreto afirmar que:a) o consumo no primeiro período pode ser maior do que a renda no primeiro período.b) se C1 > Q1 então C2 < Q2.c) um déficit comercial no primeiro período deve ser necessariamente compensado por um superávit comercial no 2º período.d) se a nação tiver um déficit na conta corrente no 1º período, incorrendo assim em dívida externa, deverá ter um superávit futuro para pagar a dívida.e) o consumo no período 1 não pode ser igual ao consumo no período 2.

RESPOSTA 03: “E ”Resolução:

C1 + C2/(1+r) = Q1 + Q2/(1+r)C1 = Consumo no presente;C2 = consumo no futuro..Q1 = renda no presenteQ2 = renda no futuro.

Alternativas:A) Verdadeira. Observe que um consumidor pode, no presente, consumir a sua renda no

presente e comprometer um pouco de sua renda no futuro, desde que no futuro consuma menos que a renda que está recebendo. Dessa forma, se somarmos a

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renda no presente e no futuro elas serão capazes de suportar o consumo nos dois períodos.

B) Verdadeira. Considerando relações comerciais, se houver um déficit no presente e um superávit no futuro, pode-se conceber que o superávit será usado para cobrir o déficit do período anterior.

C) Verdadeira. Se o consumo no presente foi superior à renda no mesmo período, o consumidor gastou mais do que recebeu. No período seguinte terá de consumir menos do que ganhará de renda, utilizando a sobra (poupança) para quitar seus débitos do período anterior.

D) Verdadeira. Se a nação tiver um déficit na conta corrente no 1º período (comprou mais do que vendeu para o exterior e pegou mais dinheiro emprestado do que emprestou), incorrendo assim em dívida externa,no período seguinte terá de gerar um superávit para manter a pagar sua dívida.

E) Falsa. Se a renda for mantida constante nos dois períodos e o consumidor não alterar seus hábitos e obedecer a restrição orçamentária, pode ocorrer de o nível de consumo no primeiro período ser igual ao nível de consumo no período seguinte.

04- (AFRF/2005) Suponha:c = papel moeda em poder do público/M1d = 1 – cR = encaixes totais dos bancos comerciais / depósitos a vistaM1 = meios de pagamentosB = base monetáriaM1 = m.Bc = dConsidere que no período 1 o valor para R foi de 0,5 enquanto que no período 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve variações nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar que o valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2:a) uma queda de 4,100%.b) um aumento de 6,250%.c) uma queda de 6,250%.d) um aumento de 4,100%.e) uma queda de 8,325%.

RESPOSTA 04: “ C ”Resolução:Para resolver essa questão temos de lembrar da fórmula do multiplicador bancário:M1 = K x BM = Multiplicador na fórmula incremental.

1K = ---------------- = Multiplicador Bancário 1 - d (1 - r)

A questão no forneceu o valor de “R” = 0,5 no primeiro período. Também nos forneceu o valor de “R” = 0,6 no segundo período.A questão nos informou nada sobre o valor de “c” ou “d”.A questão informou que d = 1- c, levando-nos a concluir que c + d = 1. Como esses coeficientes não se alteraram, não foram eles a causa da alteração em M1 (meios de Pagamento). O que nos leva a concluir que a alteração nos meios e Pagamento se deve unicamente à variação ocorrida em “R”.Podemos então arbitrar um valor para “C” e, consequentemte para “D” e jogar na fórmula do multiplicador.Considerando “C” = 0,5 o valor de “D” será 0,5. Apliquemos na fórmula:

1K = ---------------------- 1 - 0,5 (1 – 0,5)

1K = ---------------------- 1 - 0,5 ( 0,5)

1K = ---------------------- 1 - 0,25

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1K = ------------- = 1,33 0,75 Considerando BM inicial = 1.000,00 temos,M1 = 1,33 x 1.000M1 = 1.330,00

Para o período 2, vamos recalcular o multiplicador para “R” = 0,6 1K = ---------------------- 1 - 0,5 (1 – 0,6)

1K = ---------------------- 1 - 0,5 ( 0,4)

1K = ---------------------- 1 - 0,20

1K = ------------- = 1,25 0,80

Considerando BM inicial = 1.000,00 temos,M1 = 1,25 x 1.000,00M1 = 1.250,00

A diferença entre o período 1 e 2 foi: 1.330,00 – 1.250,00 = 80,00Quanto 80,00 representa de 1.330,00?(80/1.330,00) x 100 = 6,015 %.

No primeiro período criou-se moeda escritural no montante de 330,00, equivalente a 33% da BM.No segundo momento criou-se moeda escritural no montante de 332,50 equivalente a 25% da BM.Se o multiplicador continuasse o mesmo, os M1, no período 2 seria de 1.768,90. Com a alteração de “R”, o M1 no período 2 cresceu 106,40 menos do que deveria. ) valor de 106,40 equivale a 6,015% de 1.768,90.1.768,90 – 1.662,50 = 106,40Devido a alteração no valor de “R”, os meios de pagamento cresceram menos 80,00 em relação ao período anterior. A alternativa mais próxima é a letra “C”.

05- (AFRF/2005) Considere:Md = demanda por moedaP = nível geral de preçosY = renda agregadar = taxa de jurosConsidere ainda:Demanda real por moeda: Md/P = 0,3.Y – 20.rRelação IS: Y = 650 – 1.000.rRenda real de pleno emprego = 600Considerando todas essas informações e supondo ainda que o nível geral de preços seja igual a 1, pode-se afirmar que a oferta real de moeda no equilíbrio de pleno emprego é igual aa) 183.b) 179.c) 123.d) 97.e) 139.

RESPOSTA 05: “B ”Resolução:

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A questão nos forneceu o valor da renda que equilibra a economia no pleno emprego dos fatores de produção = 600.

A questão nos forneceu também a Curva IS. Essa curva nos mostra a relação entre a taxa de juros real e o nível de produto que equilibra a economia.Y = 650 – 1.000.rSe a Renda de equilíbrio foi dada, basta substituir na fórmula e encontraremos a taxa de juros de equilíbrio:Y = 650 – 1.000.r600 = 650 – 1.000.r-50 = -1.000. r50 = 1000rr = 50/1000r = 0,05 ( Taxa de juros real que equilibra a economia).

A questão nos forneceu também a função da demanda por saldo monetários reais:Md/P = 0,3.Y – 20.rMd/P = 0,3 x 600 – 20 x 0,5Md/P = 180 – 1Md/P = 179

06- (AFRF/2005) Os impostos são modalidades de tributos cuja cobrança tem por fato gerador situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Assim, indique qual opção que não condiz com a realidade referente ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.a) É de competência da União.b) Tem suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.c) Sua destinação legal é distribuída entre a União (50%) e os Estados (50%), onde os imóveis estiverem situados.d) São contribuintes o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.e) Tem como fato gerador a propriedade, o domicílio útil ou a posse de imóvel localizado fora da zona urbana do município.

RESPOSTA 06: “C ”Resolução:A Lei 11.250/2005 regulamenta o inciso III do § 4o do art. 153 da Constituição Federal:“Art.1 A União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, para fins do disposto no inciso III do § 4 do art. 153 da Constituição Federal, poderá celebrar convênios com o Distrito Federal e os Municípios que assim optarem, visando a delegar as atribuições de fiscalização, inclusive a de lançamento dos créditos tributários, e de cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, de que trata o inciso VI do art. 153 da Constituição Federal, sem prejuízo da competência supletiva da Secretaria da Receita Federal.§ 1o Para fins do disposto no caput deste artigo, deverá ser observada a legislação federal de regência do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.§ 2o A opção de que trata o caput deste artigo não poderá implicar redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.”!(...)

O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade, exceto se houver imissão prévia na posse. Considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras, localizada na zona rural do município. O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no município onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no município onde se localize a maior parte do imóvel.Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. O domicílio tributário do contribuinte é o município de localização do imóvel, vedada a eleição de qualquer outro. É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a qualquer título.

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O valor do imposto será apurado aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributável - VTNt a alíquota correspondente considerados a área total do imóvel e o Grau de Utilização - GU. Na hipótese de inexistir área aproveitável serão aplicadas as alíquotas, correspondentes aos imóveis com grau de utilização superior a 80% (oitenta por cento), observada a área total do imóvel. § 2º Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$ 10,00 (dez reais).

07- (AFRF/2005) O sistema tributário brasileiro é bastante complexo, tanto pelo grande número de impostos que incidem sobre os mais diversos fatos geradores como pela sua estrutura. Assinale a única opção falsa no que tange aos tipos e características dos impostos no Brasil.a) Os impostos específicos são aqueles cujo valor do imposto é fixo em termos monetários.b) O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é de competência da União e possui alíquotas bastante diferenciadas, de acordo com critérios de essencialidade do bem e com objetivos de arrecadação e de política industrial.c) Os impostos do tipo ad valorem são aqueles em que há uma alíquota de imposto e o valor arrecadado depende da base sobre a qual incide.d) Os impostos ad valorem são pró-cíclicos.e) O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) corresponde ao antigo Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM), com a incorporação de novos itens como fatos geradores do imposto: transportes, energia elétrica, combustíveis e telecomunicações.

RESPOSTA 07: “D ”Resolução:A) Impostos com alíquota Específica (sobre a quantidade vendida)São impostos cujo montante a pagar é apurado multiplicando-se a quantidade vendida do produto pela alíquota que é expressa por determinado valor em moeda a pagar por unidade vendida.

B) CF/88: Art. 145 0- A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:I impostos;II taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;III contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Dos Impostos da UniãoArt. 153. Compete à União instituir impostos sobre:I importação de produtos estrangeiros - II;II exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados - IE;III renda e proventos de qualquer natureza - IR;IV produtos industrializados - IPI;V operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – IOF, IOC;VI propriedade territorial rural - ITR;VII grandes fortunas, nos termos de lei complementar - IGF.

O Decreto nº 6.006, de 28/12/2006 aprova a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI.

C) Impostos com alíquotas Ad Valorem (sobre o valor)É o tipo mais comum de imposto sobre vendas onde o montante a ser pago resulta da multiplicação de uma alíquota, que é expressa em porcentagem, sobre o valor da venda.

D) Impostos pró-cíclicos são aqueles que favorecem o caráter cíclico da economia. Quando a economia está crescendo, arrecada-se mais, pois as alíquotas são específicas. Como há maior número de unidades produzidas aumenta-se a arrecadação. Ao contrário, quando a economia

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está em recessão arrecada-se menos. Como o valor da alíquota é específico o custo da tributação fica muito elevado num período recessivo aprofundando a recessão. Quando a economia está crescendo este tipo de tributação não se altera impulsionando o crescimento. Ao contrário do que afirma a alternativa pró-cíclicos são os impostos específicos e não os ad valoren.

E) De acordo com o artigo 155 da CF/88, trata-se de imposto de competência dos Estados e Distrito Federal.Corresponde ao antigo ICM, imposto sobre circulação de mercadorias, criado na reforma financeira de 1964;Possui uma base tributária mais ampla que o IPI, englobando não só produtos industriais, mas também a produção agrícola;Em 1990, com a incorporação de novos itens como fatos geradores passou a incidir também sobre serviços: transportes, energia elétrica, combustíveis e telecomunicações;Principal imposto do país em termos de volume arrecadado;É considerado bastante sensível às flutuações do produto e também tem sido utilizado como forma de incentivo a determinadas atividades econômicas.

08- (AFRF/2005) Com relação à incidência tributária de um imposto, assinale a única opção incorreta.a) Se o governo impõe um imposto sobre vendas de determinada mercadoria, esse imposto terá por efeito deslocar a curva de demanda dessa mercadoria para cima.b) A incidência de um imposto ou de um subsídio é, normalmente, compartilhada por produtores e consumidores, sendo que a fração que cada um acabará pagando, dependerá das elasticidades da oferta e da demanda.c) A intervenção governamental resulta, geralmente, em um peso morto.d) O peso morto é uma forma de ineficiência econômica que deve ser levada em consideração quando políticas são elaboradas e implementadas.e) Quando o governo cria um imposto ou subsídio, o preço geralmente não reflete elevação ou queda igual ao valor total do imposto ou subsídio.

RESPOSTA 08: “A ”Resolução:

Alternativa “A” = FALSA – No curto prazo, quando o governo coloca um imposto, o primeiro a sofrer o impacto é a curva de oferta. Ela sofrerá um deslocamento para cima e para esquerda, resultando em um aumento de preço e uma redução da quantidade de equilíbrio.

Alternativa “B” = VERDADEIRA – O ônus do tributo incidirá sobre o produtor e sobre o consumidor. O que determina quem paga mais e quem paga menos do imposto é a elasticidade-preço da demanda e a elasticidade-preço da oferta.

Alternativa “C” e “D”= VERDADEIRA – Não há tributo totalmente neutro. Toda vez que o governo institui ou aumenta uma alíquota, ele acaba provocando distorção na economia = Peso morto.

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Alternativa “E” = VERDADEIRA – O impacto do imposto ou subsídio sobre o preço dependerá da elasticidade-preço da demanda e a elasticidade-preço da oferta.

09- (AFRF/2005) A diferença entre a arrecadação tributária e o gasto público leva a um dos conceitos mais discutidos na economia brasileira nos últimos anos, que é o déficit público. Identifique a opção incorreta no que diz respeito a déficit público e finanças públicas.a) Para evitar distorções causadas pela inflação, é desejável se utilizar o conceito de déficit operacional do setor público, onde, do lado da despesa, são excluídos os gastos com correção cambial e monetária das dívidas interna e externa.b) O déficit público é equivalente à diferença entre o valor dos investimentos públicos e a poupança do governo em conta corrente.c) O governo pode financiar o déficit público por meio de emissão de moeda ou via colocação de títulos públicos junto ao setor privado.d) O conceito de déficit primário exclui, além dos pagamentos relativos à correção monetária, as despesas com juros reais das dívidas interna e externa, refletindo, na prática, a situação das contas públicas, caso o governo não tivesse dívida.e) Ao financiar o déficit público com a colocação de títulos junto ao setor privado, o governo aumenta as pressões inflacionárias do excesso de moeda e expande a dívida interna.

RESPOSTA 09: “E ”Resolução:Antes de resolvermos alguns conceitos importantes:Carga Tributária Bruta = total de impostos arrecadados no país em relação ao PIB.Se da Carga tributária Bruta subtrairmos as transferências governamentais (juros da dívida pública, subsídios e gastos com assistência e previdência social), chegamos ao conceito de Carga Tributária Líquida.

É com base na arrecadação que o governo pode financiar seus gastos correntes (também chamado de consumo do governo).

A diferença entre a Receita Líquida e o Consumo do Governo = Poupança do Governo em Conta Corrente.

Existe uma importante categoria de gastos (despesa de Capital) chamada de investimento público, que representa as despesas de capital de governo com construção de estradas, hospitais, escolas etc.

Déficit Público = diferença entre o investimento público e a poupança do governo em conta corrente.O tamanho do déficit público, em última instância, dá a participação do governo na atividade econômica em termos de complementação da demanda privada.

Quando esse déficit é menor do que zero, isto é, quando há um superávit, pode-se afirmar que o governo está com uma política fiscal contracionista, isto é, está restringindo a demanda.

Se esse déficit for maior do que zero, diz-se que o governo está com uma política fiscal expansionista, com impactos positivos sobre a demanda.

NFSPcn = G - T + iBonde: G = total dos gastos públicos não financeiros

T = total de arrecadação não financeiraB = estoque da dívida públicai = taxa de juros nominal, que inclui a correção monetária; e

NFSPco (déficit operacional) = G - T + rBonde: G = total dos gastos públicos não financeiros

T = total de arrecadação não financeiraB = estoque da dívida públicarr = taxa de juros real, não inclui a correção monetária;

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Déficit Primário = G - T Déficit Primário = NFSPco - receitas e despesas financeirasonde: G = total dos gastos públicos não financeiros

T = total de arrecadação não financeira

Alternativa “A” - VERDADEIRANFSPco (déficit operacional) = G - T + rBPara evitar distorções causadas pela inflação, é desejável se utilizar o conceito de déficit operacional do setor público, onde, do lado da despesa, são excluídos os gastos com correção cambial e monetária das dívidas interna e externa.

Alternativa “B” - VERDADEIRADéficit Público = diferença entre o investimento público e a poupança do governo em conta corrente.O déficit público é equivalente à diferença entre o valor dos investimentos públicos e a poupança do governo em conta corrente.

Alternativa “C” – VERDADEIRAO governo pode financiar o déficit público por meio de emissão de moeda ou via colocação de títulos públicos junto ao setor privado.NFSPco = G - T + iB = dB + dMOnde dB representa agora a variação da dívida pública nas mãos do setor privado, e

dM a variação no estoque de moeda (emissão monetária).

Alternativa “D” – VERDADEIRAO conceito de déficit primário exclui, além dos pagamentos relativos à correção monetária, as despesas com juros reais das dívidas interna e externa, refletindo, na prática, a situação das contas públicas, caso o governo não tivesse dívida.Déficit Primário = G - T Déficit Primário = NFSPco - receitas e despesas financeirasonde: G = total dos gastos públicos não financeiros

T = total de arrecadação não financeira

Alternativa “E” – FALSAComo dito na alternativa “C”, o governo pode financiar seu déficit se endividando ou emitindo moeda. Ao financiar o déficit público com a colocação de títulos junto ao setor privado, o governo NÃO aumenta as pressões inflacionárias, mas expande a dívida interna. O financiamento do déficit via emissão monetária provoca pressão inflacionária.

10- (AFRF/2005) A Constituição de 1988 teve como objetivo o fortalecimento da Federação. Identifique qual a mudança provocada na tributação pela mesma, que não é verdadeira.a) Aumentou o grau de autonomia fiscal dos Estados e Municípios e descentralizou os recursos tributários.b) Obrigou à União a recompor sua receita utilizando outros tributos tecnicamente melhores do que o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados, do ponto de vista da eficiência do sistema econômico como um todo.c) Reduziu os recursos disponíveis da União, por meio do aumento das transferências tributárias e da limitação de suas bases impositivas.d) Obrigou o governo federal a criar novos tributos e elevar as alíquotas dos já existentes, em particular daqueles não sujeitos à partilha com Estados e Municípios.e) Atribuiu competência a cada um dos estados para fixar autonomamente as alíquotas do seu principal imposto, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sucessor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM).

RESPOSTA 10: “B ”Resolução:

Alternativa “A” – VERDADEIRA –

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a) Aumentou o grau de autonomia fiscal dos Estados e Municípios e descentralizou os recursos tributários.A CF/88 em seu Título VI - Da Tributação e do Orçamento, Capítulo I - Do Sistema Tributário Nacional, artigo 145 estabelece os princípios gerais:Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:I - impostos;II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional...Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado ...

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário (...), cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (...)§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública ...

Alternativa “B” – FALSA -b) Obrigou à União a recompor sua receita utilizando outros tributos tecnicamente melhores do que o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados, do ponto de vista da eficiência do sistema econômico como um todo.Não há na CF/88 nenhum artigo com essa obrigação explícita ou implícita.

Alternativa “C” e “D”– VERDADEIRA -

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c) Reduziu os recursos disponíveis da União, por meio do aumento das transferências tributárias e da limitação de suas bases impositivas.d) Obrigou o governo federal a criar novos tributos e elevar as alíquotas dos já existentes, em particular daqueles não sujeitos à partilha com Estados e Municípios.

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. (INSTITUIR IMPOSTO NOVO)

Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; I - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados ...III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (...)

Art. 159. A União entregará:I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. (...)

Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos:

I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

Alternativa “E”– VERDADEIRA - e) Atribuiu competência a cada um dos estados para fixar autonomamente as alíquotas do seu principal imposto, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sucessor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM).

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

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II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III - propriedade de veículos automotores. (...)

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (...)V - é facultado ao Senado Federal:a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, (...), as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;

11 - Não é verdadeiro no modelo IS/LM sem os “casos extremos”:a) mantidas as condições de equilíbrio do modelo, um aumento no nível geral de preços tem que ser compensado por uma queda na demanda agregada ou, em outras palavras, podemos determinar a curva de demanda agregada a partir do modelo IS/LM.b) a demanda por moeda aumenta com o aumento da renda, o que explica os impactos de uma política fiscal expansionista sobre as taxas de juros.c) um aumento do nível de investimento autônomo eleva a taxa de juros.d) um aumento dos gastos do governo eleva a taxa de juros.e) a demanda por moeda aumenta com a taxa de juros.

RESPOSTA 11: “ E ”Resolução:O enunciado da questão pede para desconsiderar os casos extremos do modelo IS/LM.Nesse caso temos de desconsiderar a curva LM horizontal (área keynesiana) e LM vertical (área clássica).Então vamos considerar a LM normal (positivamente inclinada)

Alternativa “A” – VERDADEIRAa) mantidas as condições de equilíbrio do modelo, um aumento no nível geral de preços tem que ser compensado por uma queda na demanda agregada ou, em outras palavras, podemos determinar a curva de demanda agregada a partir do modelo IS/LM.Um aumento do nível geral de preços provoca uma queda no saldo monetário real (redução do poder de compra da moeda), significando um deslocamento da curva LM para cima e para esquerda. Esse deslocamento implica em maior taxa de juros e menor produto.

Alternativas “B” – VERDADEIRAb) a demanda por moeda aumenta com o aumento da renda, o que explica os impactos de uma política fiscal expansionista sobre as taxas de juros.Existem três tipos de demanda por moeda: Demanda de moeda para transação: Lt = kYDemanda de moeda para precaução: diretamente relacionada com o nível de incerteza da economia;Demanda de moeda para especulação: Le = a – qi

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Observe que a Lt = kY é diretamente relacionada com o nível de produto (renda).Quando a renda aumenta, desperta a demanda. A oferta de moeda é uma variável exógena. A demanda de moeda fica superior à oferta de moeda, a conseqüência é aumento da taxa de juros.

Alternativas “C” e “D” – VERDADEIRASPara resolvermos essas alternativas vamos relembrar a curva de demanda agregada keynesiana.Y = C + I + G + X – Mc) um aumento do nível de investimento autônomo eleva a taxa de juros.Quando o “I” aumenta, os empresários estarão demanda maior quantidade de moeda para efetuar suas transações. A oferta de moeda é uma variável exógena. A demanda de moeda fica superior à oferta de moeda, a conseqüência é aumento da taxa de juros. d) um aumento dos gastos do governo eleva a taxa de juros.Quando o “G” aumenta, o governo estará estimulando a geração de empregos (renda). Quanto maior a renda, mais os cidadãos estarão demandando moeda para efetuar suas transações. A oferta de moeda é uma variável exógena. A demanda de moeda fica superior à oferta de moeda, a conseqüência é aumento da taxa de juros.

Alternativas “E” – FALSAe) a demanda por moeda aumenta com a taxa de juros.Existem três tipos de demanda por moeda: Demanda de moeda para transação: Lt = kYDemanda de moeda para precaução: diretamente relacionada com o nível de incerteza da economia;Demanda de moeda para especulação: Le = a – qiNesse caso, a alternativa está a falar da Demanda de moeda para especulação. O item é incorreto, pois a demanda de moeda tem relação inversa com a taxa de juros.

12- ( CESPE/UNB – Agente de Polícia Federal – 2004) A macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos. Considerando essa teoria, julgue os itens que se seguem.A) ( ) Para determinado estoque de base montaria, se um aumento da taxa de redesconto elevar a proporção de reservas, então ocorrerá uma expansão da oferta de moeda.B) ( ) Na maioria dos países, o aumento histórico da participação do gasto público no PIB explica-se, em parte, pelo aumento expressivo das demandas sociais gerado pela intensificação do processo de urbanização.C) ( ) Em ambiente de alta inflação, o fator relevante para a evolução da razão dívida/PIB ao longo do tempo é o tamanho relativo do resultado nominal.D) ( ) Um choque de oferta decorrente, por exemplo, do aumento do preço do petróleo no mercado internacional provoca deslocamento ao longo da curva de Phillips e aumenta tanto o emprego como a taxa de inflação.

RESPOSTA 12: “ F, V, V,F ”Resolução:Alternativas “A” – FALSAQuando o BACEN aumenta ao percentual de redesconto, ele estará esterIlizando mais moeda (elevando a proporção de reservas), diminuindo o volume de recursos para os bancos emprestarem. Isto significa redução de oferta de saldos monetários reais (contração da oferta de moeda).Pensando em termos de multiplicador monetário, estamos trabalhando com o conceito de coeficiente de comportamento “r”. Aumentando “r”, o multiplicador reduz. 1K = ---------------- = Multiplicador Bancário 1 - d (1 - r)

Alternativas “B” – VERDADEIRAO processo de urbanização (que na verdade se originou com a Revolução Industrial – Séc. XVIII), gerou a ampliação das demandas sociais (educação, moradia, trabalho, saúde). Após a crise de 1929, considerada uma crise de mercado, tornou-se necessário que o governo promovesse maior intervenção na economia, ocasionando maior participação do gasto público no produto agregado.Alternativas “C” – VERDADEIRANFSPcn = G - T + iBonde: G = total dos gastos públicos não financeiros

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T = total de arrecadação não financeiraB = estoque da dívida públicai = taxa de juros nominal, que inclui a correção monetária; e

NFSPco (déficit operacional) = G - T + rBonde: G = total dos gastos públicos não financeiros

T = total de arrecadação não financeiraB = estoque da dívida públicarr = taxa de juros real, não inclui a correção monetária;

Déficit Primário = G - T Déficit Primário = NFSPco - receitas e despesas financeirasonde: G = total dos gastos públicos não financeiros

T = total de arrecadação não financeira

Em ambiente de alta inflação, a ótica necessária para o estudo da evolução das contas públicas é o nominal, uma vez que os ângulos primário e operacional não levam em conta a correção monetária.

Alternativas “D” – FALSAUm choque de oferta adverso como o aumento do preço de petróleo no mercadointernacional impulsiona a inflação para cima ao mesmo tempo em que causarecessão, gerando o novo fenômeno da estagflação.O desemprego afeta a variação da inflação, não o seu nível. É a questão dohorizonte de planejamento. Menos desemprego hoje compraria mais inflação, nãosó hoje como no futuro. Esta transmissão se daria através da inércia inflacionária.A assertiva D está incorreta.

13 – (CESPE/UNB – Agente de Polícia Federal – 2004) As interações entre governo e mercados privados e os problemas macroeconômicos são temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a seguir.a) ( ) Quando a taxa de crescimento da economia e o déficit primário aumentam, ocorre um aumento inequívoco da razão (dívida pública/ PIB), a qual mensura a magnitude da dívida em relação ao tamanho da economia.b) ( ) De acordo com a visão monetarista, no curto prazo, políticas monetárias completamente antecipadas pelos agentes econômicos modificam as variáveis econômicas nominais, como preços e salários, mas não alteram o nível de atividade da economia.c) ( ) Quando ocorre, simultaneamente, aumento dos impostos e das importações, o multiplicador keynesiano se eleva, contribuindo, assim, para a expansão do nível de equilíbrio do produto.

RESPOSTA 13: “F, V, F ”Resolução:Alternativas “A” – FALSAO erro dessa alternativa está na palavra INEQUÍVOCA. Para sabermos o impacto da dívida pública em relação ao crescimento (tamanho) da economia, é necessário sabermos a taxa de crescimento do produto e mensurar o déficit primário ou o crescimento das despesas públicas, pois só assim será possível estabelecer uma comparação entre os valores para que possamos verificar se a relação dívida pública/PIB cresceu, diminuiu ou se manteve estável.

Alternativas “B” – VERDADEIRAA Teoria das Expectativas Racionais (neoclássicos), considera que as políticas monetária e fiscal são inoperantes e indesejáveis tanto no curto quanto no longo prazo. As variáveis reais (produto, renda, emprego) são insensíveis à atuação das políticas monetária e fiscal, haja vista que os agentes econômicos fazem o uso mais eficientemente possível das informações de que dispõem e compreendem o modelo econômico que governa a economia, adequando suas ações em resposta às políticas implementadas..

Alternativas “C” – FALSAQuando ocorre, simultaneamente, aumento dos impostos e das importações, o multiplicador keynesiano se eleva, contribuindo, assim, para a expansão do nível de equilíbrio do produto.

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Para resolvermos esta alternativa temos de relembrar a Função de Demanda Agregada Keynesiana:

MULTIPLICADOR KEYNESIANO

EQUAÇÃO DE EQUILÍBRIO DA ECONOMIA:

Y = C + I + G + X – M

G e X = variáveis autônomas (independentes no nível de renda real)

C, I, M e T = são funções lineares e crescentes da renda.

FUNÇÃO CONSUMO:C = a + bYd C = a + b (Y -T ) C = a + bY - bT C = a - bT + bY FUNÇÃO INVESTIMENTO:I = c + dY FUNÇÃO IMPORTAÇÃO:M = m0 + My

FUNÇÃO TRIBUTAÇÃOT = t0 + tY Se as variáveis I, M e T forem puramente autônomas, temos:d (PmgI) = m (PmgM) = t (pmgT) = Zero.

ACHANDO O MULTIPLICADOR KEYNESIANO:Y = C + I + G + X - M Y = a + b (Y - T) + c + dY + G + X – (m0 + mY )Y = a + bY - bT + c + dY + G + X – m0 - mY como T = t0 + tY:Y = a + bY - b (t0 + tY) + c + dY + G + X - m0 - mYY = a + bY - bt0 - btY + c + dY+ G + X – m0 - mY Todos os termos que têm Y passamos para o lado esquerdo da equação:

Y - bY - dY + btY + mY = a + c + G + X - bt0 - m0

colocando Y em evidência: Y (1 - b - d + bt + m) = a + c + G + X - bt0 - m0

1 Y = --------------------- (a + c + G + X - bt0 - m0 ) (1 - b - d + bt + m)

A grandeza do multiplicador keynesiano está inversamente atrelado à alíquota do imposto. Dessa forma, aumento dos impostos (quanto mais impostos menor o multiplicador keynesiano) não representa expansão do nível de atividade via multiplicador keynesiano. Da mesma forma, quanto mais importações menor o nível de atividade econômica ternamente.

14 – (CESPE/UNB – Escrivão da Polícia Federal – 2004) Considerando que a macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos, julgue os itens que se seguem.a) ( ) A expansão dos gastos públicos eleva o déficit público, cuja monetização aumenta a base monetária, levando, assim, à frouxidão das políticas monetárias.

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b) ( ) Em razão da existência da armadilha da liquidez, na visão monetarista, os impactos das políticas monetaristas sobre a taxa de juros e, portanto, sobre os níveis de atividade econômica, são fortemente acentuados durante os períodos recessivos.c) ( ) Políticas de orçamento equilibrado que implicam aumento, simultâneo e da mesma ordem de magnitude, das despesas públicas e da arrecadação eliminam déficits ou superávits fiscais e são, por conseguinte, incompatíveis com a gestão dos ciclos econômicos.d) ( ) Ceteris paribus, quanto maior for o crescimento da economia, mais fácil será manter constante a razão dívida/PIB e, portanto, menor será a necessidade de se gerar superávits primários para estabilizar a relação dívida/PIB.

RESPOSTA 14: “V, F, F, V ”Resolução:Alternativas “A” – VERDADEIRAA expansão dos gastos públicos eleva o déficit público, cuja monetização aumenta a base monetária, levando, assim, à frouxidão das políticas monetárias.Novamente lembremos da Função de Demanda Agregada Keynesiana:

Y = C + I + G + X – MExpansão dos gastos públicos significa aumento em “G”.Em condição “Coeteris Paribus”, eleva o déficit público.Para cobrir esse déficit, já que estamos estamos em condição “Coeteris Paribus”, faz-se necessária a emissão de moeda por parte do governo ou recompra de títulos públicos ou redução do percentual do depósito compulsório ou redução da taxa de assistência à liquidez (monetização), que significa aumento da base monetária. Nesse caso estamos falando de política monetária expansionista, que o autor da questão apelidou de “frouxidão” da política monetária.

Alternativas “B” – FALSAEm razão da existência da armadilha da liquidez, na visão monetarista, os impactos das políticas monetaristas sobre a taxa de juros e, portanto, sobre os níveis de atividade econômica, são fortemente acentuados durante os períodos recessivos.

A armadilha da liquidez (caso extremo keynesiano ou da armadilha de liquidez) é uma situação na qual o público está disposto a demandar qualquer quantidade de moeda oferecida, para uma dada taxa de juros. Isso significa que a curva LM é horizontal e quaisquer variações na quantidade de moeda não a deslocam. Neste caso, a política monetária de mercado aberto não tem efeito sobre a taxa de juros e nem sobre a renda.

No caso extremo keynesiano ou da armadilha de liquidez, a taxa de juros é tão baixa que o público prefere manter toda a moeda ofertada na forma de encaixes reais. Uma política monetária expansionista (via aumento da oferta de moeda) não induz ninguém a preferir título à moeda e, portanto, não traz qualquer efeito sobre a taxa de juros e o nível de renda. A política monetária é impotente para afetar tanto a taxa de juros quanto o nível de renda.

Alternativas “C” – FALSAPolíticas de orçamento equilibrado que implicam aumento, simultâneo e da mesma ordem de magnitude, das despesas públicas e da arrecadação eliminam déficits ou superávits fiscais e são, por conseguinte, incompatíveis com a gestão dos ciclos econômicos.

TEOREMA DO ORÇAMENTO EQUILIBRADOTributação AutônomaQuando apenas o Consumo é uma variável induzida pela renda...Quando as demais variáveis que afetam a Demanda Agregada são autônomas...

Os multiplicadores dos Gastos do Governo e da Tributação são respectivamente: kG = 1 / 1-b e kT = - b / 1 - b Nestas circunstâncias,Se o Governo promover uma variação equilibrada no seu orçamento:• aumentar os Gastos (Expansionista); e• aumentar a Tributação (Contracionista)

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Variações no mesmo valor, temos que (Variação de G = Variação de T = Variação de Y}Política de orçamento equilibrado, provocará uma variação na renda de equilíbrio de montante igual à variação do orçamento.

Observe:

1 - bKG + KT = ---------- + ----------- 1 - b 1- b

1 - b KG + KT = ---------- 1- b

KG + KT = 1

Tributação InduzidaC = 40 + 0,8 YD (Função Consumo)T = 20 + 0,3Y (Função da Tributação)I = 60 (Investimento Autônomo)G = 70 (Gastos Autônomos) Calculando-se a renda de equilíbrio:Y = C + I + G + X-MY = 40 + 0,8 YD + 60 + 70 Y = 170 + 0,8 {Y – (20 + 0,3Y)}Y = 170 + 0,8 {Y – 20 - 0,3Y}Y = 170 + 0,8Y - 16 - 0,24Y Y = 154 + 0,56Y 0,44 Y = 154Y = 154/0,44 = 350

Suponha que o Governo aumente a tributação autônoma em 14:Antes: T = 20 + 0,3Y (Função da Tributação)Depois: T = 34 + 0,3Y (Função da Tributação) Suponha que o Governo aumente os Gastos em 20:Antes: G = 70 (Gastos autônomos)Depois: G = 90 (Novos Gastos Autônomos) = Variação de 20

A nova renda de equilíbrio será:Y = C + I + G + X-MY = 40 + 0,8 {Y – (34 + 0,3Y)} + 60 + 90 Y = 190 + 0,8 Y - 27,2 - 0,24 Y Y = 0,56 Y - 162,8 0,44 Y = 162,8Y = 162,8 / 0,44 = 370

A renda de equilíbrio e os gastos do governo aumentaram 20 e a tributação também:T = 34 + (0,3 . 370) = 145 (tributação para YE = 370) (-) T = 20 + (0,3 . 350) = (125) (tributação para Y = 350)-------------------------------------------------------------(=)ΔT = 20

Para se calcular em quanto o governo deve aumentar a tributação autônoma para obter o resultado desejado, basta aplicar a seguinte fórmula:Δ T0 = (1 - t) . Δ G

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Temos que t = 0,3 e Δ G = 20, Então tem-se que: ΔT0 = (1 - t) . DGΔT0 = (1 – 0,3) . 20ΔT0 = 0,7 . 20 = 14ΔT0 = 14

Enfim, políticas de orçamento equilibrado não são incompatíveis com a gestão dos ciclos econômicos, mas não eliminam déficits/superávits fiscais.

Alternativas “D” – VERDADEIRACeteris paribus, quanto maior for o crescimento da economia, mais fácil será manter constante a razão dívida/PIB e, portanto, menor será a necessidade de se gerar superávits primários para estabilizar a relação dívida/PIB.

Importante nessa alternativa é ter sido explicitada a condição “Coeteris Paribus”. (mantido tudo o mais constante), A economia cresce ( aumenta a renda da economia) mesmo que esse crescimento seja com parte em endividamente, o aumento da receita amenizará a pressão sobre a dívida, sendo mais fácil manter a relação dívida/PIB e menor a necessidade de se gerar superávits primários (contenção de gastos sociais, investimentos em infra-estrutura e, principalmente, imensos esforços para aumentar a arrecadação, criando novas contribuições, aumentando alíquotas de impostos).

15 – (CESPE/UNB – Consultor do Senado Federal – Política Econômica – 2002)a) ( ) A curva LM é ascendente porque, quanto mais elevado for o nível de renda, maior será a demanda por saldos monetários reais e, portanto, maior será a taxa de juros de equilíbrio.b) ( ) No Brasil, a indexação das faixas de renda para o imposto de renda de pessoa física (IRPF), ao reduzir o imposto pago pelos contribuintes, aumenta a demanda por bens e serviços e desloca, assim, a curva IS para a esquerda.c) ( ) A elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros afeta o grau de eficácia da política monetária.

RESPOSTA 15: “V, F,V”Resolução:Alternativas “A” – VERDADEIRAA curva LM é ascendente porque, quanto mais elevado for o nível de renda, maior será a demanda por saldos monetários reais e, portanto, maior será a taxa de juros de equilíbrio.

A função LM mostra combinações dos pares de taxas de juros e nível de renda real que equilibram o mercado monetário.Formam a função LM: EXEMPLODados: Logo:M=110 M = Lt + Le Lt = 0,2Y 110 = 0,2Y + 30-2i Le = 30-2i 2i = 0,2Y + 30-110

2i = 0,2Y - 80i = 0,1y - 40 => função LMi = - 40 + 0,1y A função LM é ascendente da esquerda para a direita, mostrando uma relação direta entre i e Y:

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A curva LM é positivamente inclinada e pode ser entendida da seguinte forma:quanto mais alta a taxa de juros, menor a demanda por moeda enquanto que a elevação da demanda agregada incrementa a demanda por moeda.

Para um certo nível de oferta monetária (M/P), a demanda por moeda é coincidente com a oferta monetária se qualquer aumento nos juros (que reduz a demanda por moeda) for devidamente neutralizado por um aumento da demanda agregada (que aumenta a demanda por moeda).

Alternativas “B” – FALSANo Brasil, a indexação das faixas de renda para o imposto de renda de pessoa física (IRPF), ao reduzir o imposto pago pelos contribuintes, aumenta a demanda por bens e serviços e desloca, assim, a curva IS para a esquerda.

Qualquer medida no sentido de redução da carga tributária (política fiscal expansionista) provoca aumento da renda disponível, estimulando a demanda agregada. A demanda por bens e serviços se eleva e a curva IS se desloca para a direita.

No que tange à tributação, para que a curva IS se deslocasse para a esquerda, seria necessário um aumento da carga de impostos, reduzindo a renda disponível e a demanda por bens e serviços, reduzindo a demanda agregada.

Alternativas “C” – VERDADEIRAA elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros afeta o grau de eficácia da política monetária.O grau de eficiência de uma política fiscal ou monetária está relacionada com a elasticidade da demanda e da oferta. O grau de eficácia da política monetária é dependente basicamente das:a) elasticidade-juros da demanda de moeda eb) elasticidade-renda da demanda de moeda.A eficácia da política monetária será mais alta quanto maior a elasticidade-renda e menor a elasticidade-juros da demanda de moeda.A eficácia da política monetária será mais baixa quanto menor a elasticidade renda e maior a elasticidade-juros da demanda de moeda.

16 - Não faz(em) parte do passivo do balancete do Banco Central:a) recursos externos.b) depósitos do tesouro nacional.c) redescontos.d) papel moeda emitido.e) encaixes dos bancos comerciais.

RESPOSTA 16 : “C”Resolução:O balancete do Banco Central apresenta do lado esquerdo os ativos, ou seja, as aplicações dos recursos da autoridade monetária, e do lado direito os passivos, que discriminam as origens dos recursos. Qualquer recebimento de moeda configura um recurso de que dispõe a autoridade monetária, como é o caso dos recursos externos (item a), dos depósitos do tesouro nacional (item b), o papel moeda emitido (item d) e os encaixes dos bancos comerciais (item e). Quanto ao redesconto, trata-se de transferência de recursos do Banco Central aos bancos comerciais, ou seja, aplicação do Banco Central, que é contabilizada no seu ativo. Opção c.

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17 - Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em unidades monetárias): Investimento bruto total: 700Depreciação: 30Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 100Saldo do governo em conta corrente: 400. Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a poupança líquida do setor privado foi igual a:a) 170 b) 200 c) 140d) 210 e) 120

RESPOSTA 17: “A”Resolução:Esta questão se refere à 2a macroeconômica básica I (investimento) = S (poupança). A equação completa é:Ip + Ig = Sp + Sg + SeIp = Investimento privado;Ig = Investimento público;Sp = Poupança privada;Sg = Poupança pública (saldo corrente do governo);Se = Poupança Externa ( Déficit ou superávit do Balanço de Transações Correntes).

Ip + Ig = Investimento bruto total = 700A poupança privada = depreciação (30) + poupança líquida do setor privado. É o que se pede na questão.O saldo corrente do governo é 400. A poupança externa é o déficit do balanço de pagamentos em transações correntes (100).

Ip + Ig = Sp + Sg + Se

700 = (30 + poupança líquida do setor privado) + 400 + 100. 700 – 30 – 400 – 100 = poupança líquida do setor privado Poupança líquida do setor privado = 170

18 - A demanda inversa de carne de frango é dada por P = 119 – 4q, onde q é a quantidade de carne de frango em toneladas e P o preço em reais por tonelada. A oferta inversa é dada por P = 19 + 6q. Suponha que o governo fixa um imposto de R$ 70 por tonelada. O impacto sobre a quantidade ofertada é:(A) cai 6 toneladas;(B) cai 7 toneladas;(C) cai 8 toneladas;(D) cai 10 toneladas;(E) cai 11 toneladas.

RESPOSTA 18: “B”Resolução:Na Lei da Oferta e Lei da Demanda a quantidade é função do preço, e não o contrário.Nas expressões da demanda e da oferta inversas explicitam o preço, em vez de explicitar a quantidade, o que dá no mesmo em termos algébricos.

1 o . Passo :Calcular a quantidade e o preço de equilíbrio antes do imposto. P = 119 – 4q (Função Demanda)P = 19 + 6q (Função Oferta)

Em equilíbrio: Oferta = Demanda. 119 – 4q = 19 + 6q119 – 19 = 6q + 4q100 = 10qq = 10

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Para achar “P” basta substituir em qualquer equação:P = 19 + 6 x 10P = 19 + 60P = 79

2 o . Passo :A fixação de um imposto igual a 70 significa que para cada quantidade ofertada o preço recebido pelo ofertante fica reduzido em 70.P = 119 – 4q (Função Demanda)P - 70 = 19 + 6q (Função Oferta)P = 89 + 6q (Função Oferta)

Em equilíbrio: Oferta = Demanda. 119 – 4q = 89 + 6q119 – 89 = 6q + 4q30 = 10qq = 3

Para achar “P” basta substituir em qualquer equação:P = 89 + 6qP = 89 + 6x3P = 89 + 18P = 107

A questão pede o impacto sobre a quantidadeSem o imposto a quantidade de equilíbrio era de 10Com o imposto a quantidade de equilíbrio passa a ser de 3Então a quantidade cai em 7 toneladas.

19 - Numa determinada economia, os encaixes totais mantidos pelo sistema bancário representam 4/10 do total dos depósitos à vista em conta corrente. Se a população desse país mantiver 1/5 dos meios de pagamento na forma de moeda manual, um aumento de 1.000 na base monetária acarretará um acréscimo nos meios de pagamento, dea) 6.250b) 3.125 c) 2.358 d) 1.923 e) 1.470

RESPOSTA 19: “D”Resolução:M1 = B x KM1 = Meios de Pagamento B = Base monetáriaK = Multiplicador monetário

Os meios de Pagamentos (M1) sofrem variações em função do multiplicador bancário (K) e alterações na Base monetária (B)

O multiplicador monetário é dado pela expressão: 1K = ----------------- 1 – d (1 – r)

d = proporção dos meios de pagamento sob a forma de depósitos à vista nos bancos comerciais;

R = proporção dos encaixes em relação aos depósitos à vista.

A questão nos fornece os seguintes dados:R = 4/10C = 1/5, que é a proporção de meios de pagamento sob a forma manual.

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A fórmula do multiplicador, como exposta, não contém menciona “c”.

Sabe-se:“c” + “d” = 1, pois os meios de pagamento estão sob a forma de papel-moeda em poder do público (c) ou de depósitos bancários (d).

Se “c” = 1/5, “d” será igual a 4/5.

Descoberto o valor de “d”, basta substituir na fórmula: 1K = ---------------------- = 25/13 1 – 4/5 (1 – 4/10)

Encontrado o valor do multiplicador monetário, basta substituir na fórmula:M1 = B x KM1 = 1.000 x 25 / 13 = 1.923.

20 - A oferta de trabalho passa a ter inclinação negativa porque, quando o salário real fica suficientemente elevado, a) o custo de oportunidade do lazer passa a ser menor.b) o efeito substituição e o efeito renda atuam na mesma direção.c) o efeito substituição se torna maior do que o efeito renda.d) o lazer passa a ser um bem “inferior”.e) o efeito renda se torna maior do que o efeito substituição.

RESPOSTA 20: “E”Resolução:A oferta de trabalho é exercida pelo trabalhador, o qual oferece unidades de trabalho (medidas em homens-hora, homens-dias ou homens-mês) no mercado de trabalho, de acordo com o salário real, que por sua vez é oferecido pela empresa.

A curva de oferta de trabalho relaciona essas duas variáveis:Quando o salário-real varia, para mais ou para menos, o comportamento do trabalhador vai resultar da combinação de dois efeitos: o Efeito-substituição e o Efeito-renda.

Suponha um aumento de salário-real. Nesse caso, o efeito-substituição atua no sentido de a hora dedicada ao lazer (ou não-trabalho) tornar-se mais cara (a perda de salário por estar-se ocioso é maior) e o empregado tende a substituir o lazer por mais trabalho.

Quanto ao efeito-renda, o trabalhador sente-se mais rico e decide poder desfrutar de mais lazer e trabalhar menos.

Qual dos efeitos é mais forte? Em condições normais o efeito-substituição é mais forte, pois se espera que aumentos do salário levem a também aumentos da quantidade de horas trabalhadas, e vice-versa. Nesse caso, como o salário real e a quantidade ofertada de trabalho variam na mesma direção, a curva de oferta tem inclinação positiva.

Admite-se, ainda, que em níveis suficientemente altos de salário o efeito-renda seja mais forte, pois um aumento do salário faz o trabalhador preferir o lazer, uma vez que já desfruta de alto nível de consumo, embora o custo de oportunidade do lazer passe a ser maior. Nesse caso, como o salário real aumenta e a quantidade ofertada de trabalho cai, a curva de oferta passa a ter, depois de certo nível, inclinação negativa.

21- No longo prazo a demanda por trabalho é mais elástica em relação ao salário do que no curto prazo. Isso é verdade porque, em longo prazo, quando o salário sobe:a) a empresa contratará mais mão de obra.b) a empresa terá lucro zero.c) a empresa adquirirá mais capital.d) a empresa pode estabelecer o preço dos produtos.e) a empresa terá lucro maior do que zero.

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RESPOSTA 21: “C”Resolução:A demanda de trabalho é elástica em relação ao salário, no sentido de que dada uma variação no salário a demanda de trabalho pode variar em maior ou em menor intensidade.

Alternativa “A” - FALSAA demanda de trabalho é também função da produtividade marginal do trabalho e do preço do produto. Se ocorrer um aumento de salário, por exemplo, (O CUSTO DE PRODUÇÃO FICA MAIOR), o emprego vai diminuir se a produtividade marginal do trabalho e o preço do produto permanecerem constantes. Isso elimina a opção a.

Alternativas “B e E”Essas duas alternativas estão prejudicadas, pois somente com a afirmação do enunciado n ao é possível tecer tais afirmações. As decisões da firma no mercado de trabalho podem ter efeitos os mais diversos sobre os lucros e o investimento .

Alternativa “D” - FALSAA capacidade de uma empresa estabelecer o preço dos produtos depende do mercado em que está situada (monopólio, oligopólio, monopsônio, oligopsônio, concorrência perfeita e concorrência monopolística).

O CURTO prazo é um período de tempo tal que a firma não consegue aumentar a quantidade de todos os recursos, como o capital (A empresa tem custos fixos e custos variáveis). Nesse caso, dado um aumento de salário a firma tem dificuldades em substituir trabalho por capital, e a dispensa de trabalhadores é mais dificultada.

No LONGO prazo, porém, todos os recursos são variáveis, e é mais fácil a substituição. Por isso pode dizer-se que a demanda de trabalho é mais elástica no longo prazo porque a empresa pode adquirir mais capital em substituição à mão-de-obra objetivando reduzir custos.

22- De acordo com o IBGE, os trabalhadores desalentados são aqueles que desistem de procurar emprego porquea) não encontram qualquer tipo de trabalho ou não encontram trabalho com remuneração adequada de acordo com suas qualificações.b) não pertencem a nenhum sindicato.c) não estão dispostos a trabalhar, independentemente do salário, pois valorizam o lazer acima de todas as coisas. d) trabalharam efetivamente menos de 40 horas em todos os trabalhos da semana de referência.e) trabalharam efetivamente mais de 40 horas em todos os trabalhos da semana de referência.

RESPOSTA 22: “A”Resolução:O desemprego oculto pelo desalento é a situação de pessoas que não procuraram trabalho nos últimos 30 dias, por desestímulos do mercado (não encontram trabalho ou a remuneração é inadequada), mas o fizeram dentro dos últimos 12 meses.

23- No Brasil, o mercado informal de trabalho tem crescido porquea) a demanda de mão de obra do setor informal é infinitamente inelástica em relação ao salário real.b) as empresas que operam no setor informal estão operando a plena capacidade.c) os trabalhadores do setor informal são mais eficientes do que os do setor formal.d) os custos trabalhistas do setor formal são muito elevados.e) os salários pagos no setor informal são mais elevados.

RESPOSTA 23: “D”Resolução:O trabalho formal refere-se às relações contratuais de trabalho, amparadas pela legislação específica. É constituído pelos trabalhadores ditos “de carteira assinada”, que recebem pelo menos

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o salário mínimo legal e os benefícios previstos em lei, como férias remuneradas e seu adicional, o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS, 13º salário etc.

O trabalho informal não está sujeito às regras e determinações legais, possui mínima interferência governamental e está ancorado em contratos e disposições não regidas pela legislação.

Os contratos formais estão mais ligados aos países desenvolvidos, enquanto os menos desenvolvidos possuem maior parcela de trabalho informal.

As justificativas da informalidade do trabalho estão na composição setorial da economia, pois a força de trabalho do setor primário é mais sujeita à informalidade, o trabalho autônomo, além da fuga ao pagamento de impostos, ao pagamento de adicionais de salário (encargos sociais) e ao cumprimento de exigências burocráticas que oneram o custo desse fator.

24 - A teoria dos ciclos econômicos reais pretende que as flutuações econômicas de curto prazo devam ser explicadas assumindo que os preços da economia sejam totalmente flexíveis, ao contrário da teoria keynesiana, que os considera rígidos no curto prazo. Analise as seguintes afirmativas sobre essa teoria:I- a quantidade ofertada de mão de obra depende positivamente dos incentivos econômicos oferecidos ao trabalhador.II- se os salários dos trabalhadores estiverem altos ou a taxa de juros for elevada, os trabalhadores preferirão trabalhar menos e a economia entrará em recessão. III- a aprovação de uma legislação muito restritiva ou o aumento do preço internacional do petróleo não são fatores que podem induzir a economia à recessão.IV- a oferta de moeda é endógena e a expansão dela em função do crescimento econômico pode dar a ilusão de que a moeda não é neutra, embora ela o seja de fato.É correto o que consta apenas em a) I, II e III. b) III e IV c) I e IV d) II e III e) I e II

RESPOSTA 24: “C”Resolução:A teoria dos ciclos econômicos reais procura explicar as flutuações econômicas de curto prazo, como uma alternativa à teoria keynesiana.

Segundo a teoria Keynesiana, os preços e os salários são rígidos a curto prazo e as políticas monetária e fiscal são eficientes no sentido de alterar a produção e o emprego.

A teoria dos ciclos econômicos reais segue os pressupostos clássicos, segundo os quais os preços e os salários são flexíveis e as variáveis nominais não influenciam as variáveis reais.

Alternativa I - VERDADEIRAa quantidade ofertada de mão de obra depende positivamente dos incentivos econômicos oferecidos ao trabalhador.

Essa alternativa está correta, pois a teoria admite que a produção de curto prazo é influenciada pela oferta de trabalho, e que a disposição dos trabalhadores em oferecer mais horas de trabalho depende de incentivos econômicos, como os salários reais maiores.

Alternativa II - FALSAse os salários dos trabalhadores estiverem altos ou a taxa de juros for elevada, os trabalhadores preferirão trabalhar menos e a economia entrará em recessão. Salários e juros maiores incentivam o trabalho. Uma taxa de juros mais alta é incentivo a trabalhar no sentido de que a aplicação do valor do salário rende mais e aumenta o custo de oportunidade de não trabalhar e não ter renda.

Alternativa III - FALSAa aprovação de uma legislação muito restritiva ou o aumento do preço internacional do petróleo não são fatores que podem induzir a economia à recessão.

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Esse caso é decorrente dos choques tecnológicos que afetam a economia, fazendo variar a oferta de produto. Uma condição climática adversa, uma legislação ambiental restritiva e aumentos dos preços do petróleo são exemplos de choques adversos, que resultam em queda na produção e no emprego, ou seja, em recessão.

Alternativa IV - VERDADEIRAa oferta de moeda é endógena e a expansão dela em função do crescimento econômico pode dar a ilusão de que a moeda não é neutra, embora ela o seja de fato.A teoria dos ciclos econômicos reais procura explicar as flutuações econômicas de curto prazo, como uma alternativa à teoria keynesiana.

Ela mantém o pressuposto clássico de que as variáveis nominais, como a oferta de moeda, são neutras em relação às variáveis reais. Um aumento na quantidade de moeda concomitantemente a uma expansão na produção é explicado como um efeito e não como a causa dessa expansão.

25- No modelo de Mundell-Fleming para uma pequena economia aberta com perfeita mobilIdade de capitais e taxas de câmbio flexíveis, onde se observa a existência de desemprego no curto prazo, uma política de expansão da oferta de moeda praticada pelo Banco Central terá como uma de suas conseqüênciasa) a permanência da taxa de desemprego nos mesmos níveis anteriores.b) a diminuição do produto real.c) a valorização da taxa de câmbio.d) o aumento da entrada líquida de capitais externos.e) o aumento das exportações líquidas.

RESPOSTA 25: “E”Resolução:O modelo Mundell-Fleming examina os efeitos da aplicação de políticas fiscal e monetária em regimes de taxas de câmbio fixas e flexíveis com mobilidade perfeita e capitais.

A partir das hipóteses do modelo e seguindo os efeitos da aplicação de cada uma das políticas, conclui-se que:• a política fiscal é eficiente no regime de câmbio fixo; e • a política monetária é eficiente no câmbio flexível.

Nesse último caso: (política monetária é eficiente no câmbio flexível) , que é o apresentado na questão:A Economia está em equilíbrio;1.Autoridades Monetárias comprem títulos da dívida pública em poder do público com o objetivo de aumentar a oferta monetária (política monetária expansionista) e o nível de renda real;2.Desloca LM para direita e para baixo;3.Taxa de Juros interna Relativamente menor que taxa de juros externa;4.Estímulo a saída de capitais = Aumento da demanda por divisas estrangeira;5.Moeda estrangeira valoriza (aprecia)e moeda nacional desvaloriza (deprecia)6.Taxa de câmbio aumenta = Condição Marshall-Lerner: Exportações estimuladas e importações desestimuladas;7.Desloca IS para direita e para cima8.Taxa de juros volta ao ponto original e nível de renda/emprego sobre.9.Em regime de câmbio flutuante a política monetária é eficaz.

26- Considere as seguintes operações entre residentes e não residentes de um país, num determinado período de tempo, em milhões de dólares:- o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo a vista;- o país importa mercadorias no valor de 400, pagando a vista;- o país paga 100 à vista, referente a juros, lucros e aluguéis;- o país amortiza empréstimo no valor de 100;- ingressam no país máquinas e equipamentos no valor de 100 sob a forma de investimentos diretos;- ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto prazo;- o país realiza doação de medicamentos no valor de 30.

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Com base nestas informações, pode-se afirmar que as reservas do país, no período:a) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares.b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares.c) tiveram uma redução de 100 milhões de dólares.d) tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares.e) não sofreram alterações.

RESPOSTA 26: “A”Resolução:Para resolvemos essa questão temos de nos lembrar da estrutura do Balanço de Pagamentos.Estrutura do Balanço de Pagamentos (forma 1)1. Balanço Comercial2. Balanço de Serviços3. Transferências Unilaterais4. Balanço de Transações Correntes = 1 + 2 + 35. Balanço (ou Movimento) de Capitais Autônomos6. Erros e Omissões7. Saldo do Balanço de Pagamentos = 4 + 5 + 68. Balanço (ou Movimento) de Capitais Compensatórios

Estrutura do Balanço de Pagamentos (forma 2)1. Exportação de Bens e Serviços não-fatores2. Importação de Bens e Serviços não-fatores3. Renda Líquida (enviada ou recebida) do Exterior4. Transferências Unilaterais5. Saldo do Balanço de Transações Correntes (1 + 2 + 3 + 4)6. Balanço de Capitais e Financeira7. Erros e Omissões8. Saldo do Balanço de Pagamentos = 4 + 5 + 69. Balanço (ou Movimento) de Capitais Compensatórios

1. Exportação de Mercadorias + 5002. Importação de Mercadorias5. ingressam no país máquinas e equipamentos (Imp.) = Invest.7. doação de medicamentos

- 400-50+30

Balanço Comercial = 80

3. Juros, lucros e aluguéis. - 100Balanço de Serviços = -100

7. Donativos = doação de medicamentos -30

Transferências Unilaterais -30

Balanço de Transações Correntes = -50

5. ingressam no país máquinas e equipamentos (Imp.) = Invest. + 506. ingressam de capitais de curto prazo + 504. Amortizações de empréstimo - 100

Balanço de Capitais Autônomos = 0

Erros e Omissões = 0

Balanço de Pagamentos = -50

1. Exportação de Mercadorias2. Importação de Mercadorias3. Juros, lucros e aluguéis.4. Amortizações de empréstimo6. ingressam de capitais de curto prazoBalanço de Capitais Compensatórios =

- 500+ 400+ 100+100

- 50+50

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27- Considere: C = 100 + 0,8Y; I = 300; G = 100; X = 100; M = 50 + 0,6Y onde: C = consumo agregado; I = investimento agregado; G = gastos do governo; X = exportações; e M = importações. Supondo um aumento de 50% nos gastos do governo, pode-se afirmar que a renda de equilíbrio sofrerá um incremento de, aproximadamente:a) 9,1 %b) 15,2 %c) 60,1 %d) 55,2 %e) 7,8 %

RESPOSTA 27: “A”Resolução:Calcular a Renda de Equilíbrio.Y = C + I + G + X - MY = 100 + 0,8Y + 300 + 100 + 100 – (50 + 0,6Y) Y = 100 + 0,8Y + 300 + 100 + 100 – 50 - 0,6Y Y – 0,8Y + 0,6Y = 100 + 300 + 100 + 100 – 50 0,8Y = 550Y = 687,50

Supondo um aumento de 50% nos gastos do governoC = 100 + 0,8Y; I = 300; G = 150; X = 100; M = 50 + 0,6Y

Y = C + I + G + X - MY = 100 + 0,8Y + 300 + 150 + 100 – (50 + 0,6Y) Y = 100 + 0,8Y + 300 + 150 + 100 – 50 - 0,6Y Y – 0,8Y + 0,6Y = 100 + 300 + 150 + 100 – 50 0,8Y = 600Y = 750

Quando os gastos do governo aumentaram em 50%, a renda de equilíbrio passou de 687,50 para 750. Uma diferença de 62,50

(62,50 / 687,50) x 100 = 9.09%Arredondando, 62,50 representa 9,1% de 687,50.

Outra forma de resolver: Utilizando o multiplicados dos gastosObserve que as variáveis que são endógenas são “C” e “M”, então no multiplicador vão aparecer as propensões dessas duas funções. 1 Y = --------------------- (a + c + G + X - bt0 - m0 ) (1 - b - d + bt + m)

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∆Y = KG x ∆G

1∆Y = ------------ x ∆G (1 - b + m)

1 ∆Y = ---------------- x 50 (1 – 0,8 + 0,6)

1 ∆Y = ------- x 50 0,8

∆Y = 1,25 x 50 ∆Y = 62,50

Variação percentual da renda: 62,50 / 687,50 = 9,09%.

28 - (Anpec) - Considerando a nova teoria clássica, indique se as proposições abaixo são falsas ou verdadeiras:A- ( ) Flutuações no nível de produto só podem ser causadas por mudanças nas curvas de oferta e de demanda de trabalho.B - ( ) O modelo dos novos clássicos difere do modelo dos clássicos por não admitir perfeita flexibilidade de preços e salários.C - ( ) A única forma de o Banco Central alterar o nível de emprego e através de uma política monetária não antecipada.D - ( ) Os salários reais são rígidos tanto na recessão quanto na expansão da economia.

RESPOSTA 28: “V, F, V, F”Resolução:A – VERDADEIRA - De acordo com a teoria dos ciclos reais, o produto oscila, por exemplo, por uma inovação tecnológica que desloca a demanda de trabalho. Além disso, considera-se na oferta de trabalho a possibilidade de substituição intertemporal na oferta de trabalho. Nos modelos de percepção equivocada, as curvas de oferta de trabalho se deslocam de acordo com o componente de percepção equivocada.B - FALSA. - E justamente a idéia de perfeita flexibilidade e ajustamento automático dos mercados que os define como novos clássicos.C – VERDADEIRA - Ao não serem incorporadas as expectativas dos agentes. A política monetária pode levar à ampliação da oferta, por fazer os agentes confundirem alterações nos preços absolutos com alterações nos preços relativos.D - FALSA.- Os salários reais são contracíclicos.

29 - Constitui um bem de capital:a) os bens e serviços que se destinam ao atendimento direto das necessidades humanas.b) os bens que aumentam a eficiência do trabalho humano.c) os bens e serviços que entram na produção de outros bens e serviços.d) ações, letras de câmbio e certificados de depósito bancário a prazo.e) nenhuma das alternativas anteriores.

RESPOSTA 29: “B”Resolução:Os bens de capital são aqueles bens que são utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam totalmente no processo produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas, equipamentos e instalações. São normalmente classificados no ativo fixo das empresas e uma de suas características é contribuir para a melhoria da podutividade da mão-de-obra. A alternativa correta é, portanto, a alternativa B.

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Note que a alternativa C se refere genericamente a bens que entram na produção de outros bens. Ela incluiria, então, não apenas os bens de capital, mas também os chamados bens intermediários (insumos ou matérias primas) que se consomem totalmente no processo produtivo e nisto se diferenciam dos bens de capital.

A alternativa A se refere aos chamados bens de consumo, por se destinarem diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis (caso, por exemplo, de geladeiras, fogões, automóveis) ou como não duráveis (produtos alimentares, de higiene e limpeza, etc.).

A alternativa D se refere aos chamados ativos financeiros (ações, letras de câmbio, certificados de depósito a prazo), que são produtos oferecidos pelas instituições financeiras em sua função de intermediar recursos entre poupadores e investidores. Os recursos carreados junto aos poupadores para aplicação nesses ativos podem servir para financiar os investidores para aquisição de bens de capital, mas eles, em si, não constituem bens de capital.

30 - A curva de possibilidade de produção é utilizada nos manuais de economia para ilustrar um dos problemas fundamentais do sistema econômico: por um lado os recursos são limitados (escassez) e não podem satisfazer todas as necessidades ou desejos, por outro é necessário realizar escolhas. Essa curva, quando construída para dois bens, mostra:A) os desejos dos indivíduos perante a produção total desses dois bens.B) a quantidade total produzida desses dois bens em função do emprego total de mão-de-obra.C) a quantidade disponível desses dois bens em função das necessidades dos indivíduos dessa sociedade.D) quanto se pode produzir dos bens com as quantidades de trabalho, capital e terra dessa sociedade e com determinada tecnologia.E) a impossibilidade de atender as necessidades dessa sociedade visto que os recursos são escassos.

RESPOSTA 30: “B”Resolução:A curva de possibilidades de produção (veja o gráfico a seguir) é um recurso utilizado pelos economistas para ilustrar o problema da escolha dos bens e serviços a serem produzidos pela sociedade.

Supondo-se, para simplificar, que a sociedade tenha que escolher entre a produção de apenas dois bens x e y e seja dado um determinado nível de tecnologia, se todos os recursos produtivos da mesma fossem utilizados apenas para a produção de y obteríamos o ponto A da curva. Se ao inverso, todos fossem utilizados apenas para a produção de x, teríamos o ponto B da curva. Os pontos restantes da curva exprimiriam as diferentes combinações de produção de x e y possíveis de serem alcançados com a utilização total dos recursos produtivos, dada a tecnologia. Note que a curva ilustra o fato de que, se a sociedade quer aumentar, por exemplo, a produção de x isto só será conseguido à custa de uma diminuição da produção de y, visto que os recursos produtivos são escassos. A alternativa D é a correta.

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31 - Os pontos de uma Curva de Possibilidade de Produção expressam:a) as combinações de máxima produção obtenível de dois bens correspondentes a um determinado custo de produção, dada a tecnologia.b) as combinações de mínima produção obtenível de dois bens, quando a dotação disponível dos fatores é plenamente utilizada, dada a tecnologia.c) as combinações de máxima produção obtenível de dois bens, quando a dotação disponível dos fatores é plenamente utilizada, dada a tecnologia. d) as combinações de níveis de produção obteníveis de dois bens correspondentes ao máximo lucro, dada a tecnologia.e) as combinações de produção obtenível de dois bens correspondentes à máxima utilidade alcançada pelos consumidores, dada a tecnologia e o preço das mercadorias.

RESPOSTA 31: “C”Resolução:Observe o gráfico abaixo:

Os pontos C, D e E correspondem a combinações de produção de x e y utilizando-se totalmente os recursos produtivos da sociedade, dada a tecnologia. De uma maneira geral, os pontos ao longo da curva representam a máxima produção possível dos dois bens que, por sua vez, correspondem à utilização plena dos recursos produtivos.Já o ponto F representa uma combinação da produção de x e y que não corresponde a máxima produção possível dos dois bens. Note que se a sociedade estivesse trabalhando no ponto F, poder-se-ia aumentar a produção de x sem diminuir a de y (acompanhe a linha pontilhada). O mesmo vale para o produção de y. No ponto F, a sociedade está trabalhando abaixo de suas possibilidades de produção e diz-se que, neste caso, os recursos produtivos não estão sendo plenamente utilizados.O ponto G representa uma produção conjunta de x e y que é impossível de ser alcançada com a atual disponibilidade de fatores de produção da economia e estágio de conhecimento tecnológico.Desse modo, a alternativa certa é a C

32 - Uma curva de possibilidade de produção com a concavidade voltada para origem implica:a) custos crescentes de transformação de um produto em outro.b) custos decrescentes de transformação de um produto em outro. c) custos constantes de transformação de um produto em outro.d) rendimentos crescentes de escala.e) rendimentos constantes de escala.

RESPOSTA 32: “A”Resolução: Veja a CPP no gráfico abaixo:

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Os pontos A, B, C e D representam combinações possíveis de produção de x e y, utilizando-se plenamente os fatores de produção da sociedade, dada a tecnologia.Note que se a sociedade estiver produzindo no ponto A ( 4 unidades de x e 10 de y ) e quiser aumentar a produção de x para 5 unidades, ela terá de renunciar a 0,5 unidade de y, pois passará a produzir 9,5 unidades de y (ponto B) e não 10 como anteriormente. A perda da produção de y em virtude do aumento de uma unidade adicional da produção de x, chama-se custo de oportunidade de x em termos de y (ou custo de transformação de y em x).Note também que o custo de transformação de y em x é crescente, pois para se produzir a 6a unidade de x, a sociedade já precisará abandonar uma unidade inteira de y (9,5 para 8,5). Para se produzir a 7a unidade de x, o custo passa a ser 1 ,5 unidades de y (de 8,5 para 7) e assim por diante.Como a curva de possibilidades de produção tem a concavidade voltada para a origem, isto significa custos crescentes de transformação de um produto em outro, e a alternativa A é a correta.

33 - Em relação à curva de possibilidades de produção, é correto afirmar que:a) trata-se de um conceito dinâmico, pois mostra como a sociedade pode aumentar a produção de bens e serviços à medida que aumentem a disponibilidade de fatores de produção e/ou o conhecimento tecnológico.b) se ela é côncava em relação à origem, isto implica que o custo de transformação de um produto em outro (custo de oportunidade) é decrescente.c) se a produção da sociedade é representada por um ponto dentro da curva, isto significa que está se utilizando todos os fatores de produção disponíveis com a máxima eficiência possível.d) ela mostra que mesmo uma sociedade muito desenvolvida tem que efetuar escolhas em relação à produção de bens e serviços.e) é possível aumentar-se simultaneamente a produção de vários bens e serviços na sociedade, mesmo que os fatores de produção da mesma estejam sendo plenamente utilizados com a melhor tecnologia disponível.

RESPOSTA 33: “D”Resolução:a) Incorreta: trata-se de um conceito estático. O deslocamento da curva para a direita é que mostra a possibilidade de aumento da produção à medida que se aumente a disponibilidade dos fatores e/ou o nível de tecnologia.b) Incorreta: implica que o custo de oportunidade é crescente, ou seja, perdese cada vez um maior número de unidades de B para se produzir uma unidade adicional de A.c) Incorreta: somente se o ponto estivesse na curva é que significaria que se está utilizando plenamente todos os fatores da forma mais eficiente possível.d) Correta: mesmo as sociedades dos países mais desenvolvidos não conseguem produzir todos os bens e serviços necessários ao atendimento de suas necessidades, uma vez que estas são infinitas e os fatores de produção, finitos.e) Incorreta: se os recursos estão sendo utilizados da forma mais eficiente possível e plenamente, o aumento da produção de um bem só é possível com a diminuição da produção do outro.

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34 - Em relação à CPP uma das alternativas é falsa. Identifique-a.

a) A CPP só se desloca a longo prazo ,em função do aumento do número de ofertantes.b) Cada combinação de X e Y significa uma possibilidade de utilização ótima dos fatores produtivos.c) A produtividade física marginal de cada recurso produtivo decresce com a maior utilização de cada um deles.d) As combinações de X e Y que formam a curva são tais que esgotam a utilização de recursos produtivos da economia.e) Os fatores de produção são escassos.

RESPOSTA 34: “A”Resolução:a) Falsa. A Curva de Possibilidades de Produção (CPP) efetivamente só se desloca a longo prazo, mas em função do aumento da disponibilidade dos fatores de produção e/ou progresso tecnológico. Apenas o aumento do número de empresas não desloca a curva já que as possibilidades de produção da economia (que são dadas por aquelas variáveis) continuam as mesmas.b) Correta. O termo "Utilização ótima dos fatores produtivos" significa que os fatores estão sendo combinados da forma mais eficiente possível.c) Correta. Os custos de transformação de um produto X em Y são crescentes porque os fatores de produção deslocados para a fabricação de Y estão menos aptos para a produção deste bem do que para a de X, o que equivale a dizer que sua produtividade é decrescente.d) Correta. A afirmação equivale a dizer que, na CPP, todos os fatores de produção estão plenamente utilizados.e) Correta. Se os fatores de produção não fossem escassos, a sociedade não teria que fazer escolhas na produção dos bens e não existiria CPP.

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