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UNIVERSIDADE SÃO FRANSCISCO Curso de Fisioterapia FELIPE RYUICHI YAMADA MÔNICA MACIEL DA SILVA USO DO LED PARA O TRATAMENTO DA ACNE Bragança Paulista 2017

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UNIVERSIDADE SÃO FRANSCISCO

Curso de Fisioterapia

FELIPE RYUICHI YAMADA

MÔNICA MACIEL DA SILVA

USO DO LED PARA O TRATAMENTO DA ACNE

Bragança Paulista

2017

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FELIPE RYUICHI YAMADA – R.A. 001201300319

MÔNICA MACIEL DA SILVA – R.A. 001201300348

USO DO LED PARA O TRATAMENTO DA ACNE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador Temático: Prof.ª M.ª Katiuscia Rosette Scasni

Orientador Metodológico: Prof.ª M.ª Grazielle Aurelina Fraga de Sousa

Bragança Paulista

2017

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FELIPE RYUICHI YAMADA

MÔNICA MACIEL DA SILVA

USO DO LED PARA O TRATAMENTO DA ACNE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Data de aprovação: ___/___/___

Banca Examinadora:

Prof.ª M.ª Katiuscia Rosette Scasni (Orientador Temático)

Universidade São Francisco

Prof.ª M.ª Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientador Metodológico)

Universidade São Francisco

Prof.ª Esp. Patrícia Borges Cardoso Ishida (Convidada)

Clínica Patrícia Cardoso

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Aos nossos pais por acreditar e apoiar nossa

formação, a nossas famílias por nos fortalecer

frente a todos os desafios ao longo da nossa

caminhada, tornando possível sua conclusão.

Aos nossos professores por nos transmitirem o

idealismo da profissão.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me guiar para essa profissão humana e repleta de

amor.

A professora Ana Cláudia por instigar meu interesse pela área biológica no ensino

médio.

A Laís Nascimento por me mostrar o caminho em direção a minha vocação.

A minha família, especialmente minha mãe Valéria Maria Andolpho Yamada e meu pai

Waldyr Mitsuaki Yamada por permitirem e apoiarem todas minhas decisões. Ao meu irmão

Lucas Yoshinori Yamada por acreditar no meu conhecimento e me auxiliar com as atividades

práticas. A minha tia Valquíria das Graças Andolpho por sempre se importar com meu futuro

profissional e investir sua confiança no meu conhecimento. A minha avó Luiza Maria

Gonçalves Andolpho por acreditar em meu objetivo, me incentivar aos estudos e por me

mostrar que desistir nunca é a opção.

A Prof.ª M.ª e Orientadora Katiuscia Rosette Scasni por permitir a expansão do meu

interesse e conhecimento a essa especialidade e profissão que temos tanto amor e respeito.

A Prof.ª M.ª Grazielle Aurelina Fraga e Prof. Ricardo Guerra por sempre me mostrar

caminhos para possíveis soluções e me permitir filosofar.

A minha parceira Mônica Maciel da Silva por permitir a idealização desse trabalho e

observar que a jornada até nossos objetivos não é fácil, mas com dedicação, amizade e amor

tudo se concretiza.

A minha amiga Giovana Ramos Bonimani que além de acreditar na nossa capacidade,

foi fundamental para concretização desse trabalho.

A equipe das empresas Hygion Soluções Avançadas em Estética e HTM Eletrônica,

especialmente a Paulo Pontes Armellini e Leonardo Franco, sem essa parceria nada seria

possível.

A Patrícia Borges Cardoso Ishida por me ensinar e me instigar a buscar mais nessa

especialidade.

A Prof.ª M.ª Patrícia Teixeira Costa por permitir ao curso de Fisioterapia crescer

exponencialmente a cada dia. E aos demais alunos, professores e amigos que sempre

estiveram torcendo pelo meu sucesso.

Felipe Ryuichi Yamada

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que de alguma forma me conduziu a iniciar o curso e a

finalizar o mesmo, me tornando forte a capaz para vencer todos os obstáculos encontrados,

não me deixando desistir.

Aos meus familiares, meu irmão Gabriel Maciel e principalmente a minha mãe Maria

Goreti da Silva e meu pai Claudemir Maciel da Silva, que investiram no meu sonho e

acreditaram em meu potencial, onde torceram e oraram por mim em cada momento dessa

jornada.

Ao meu namorado Pedro Henrique por sempre se fazer presente, me apoiando e

incentivando em todos os momentos.

A Universidade São Francisco, funcionários, colegas e aos excelentes professores, que

cada um com seu conhecimento e experiência contribuíram de uma forma ilustre para minha

formação.

A Orientadora Profª Ms. Katiuscia Rosette Scasni por abraçar nossa ideia, nos

orientando e dando todo suporte que precisamos desde o primeiro momento, uma profissional

com um potencial enorme, um exemplo a ser seguido.

A Orientadora metodológica Profª Ms. Grazielle Aurelina Fraga, sempre esclarecendo

nossas duvidas e tornando a didática mais compreensível, sendo essencial em meio a

construção desse trabalho.

A Giovana Bonimani por disponibilizar seu tempo e contribuir com sua ajuda para

nossa coleta de dados, se fazendo muito importante para realização do estudo.

A meu amigo e companheiro de toda a graduação, Felipe Ryuichi Yamada por me

confiar a ser dupla, abraçando juntos a missão, permanecendo firmes até aqui, sempre

apoiando um ao outro mesmo perante toda a correia da trajetória acadêmica, uma amizade que

sem dúvidas levarei para toda a vida.

A empresa HTM Eletrônica e a Hygion Soluções Avançadas em Estética e toda sua

equipe, em especial a Paulo Pontes e Leonardo Franco, por nos concederem essa parceria

sendo possível a realização do trabalho.

E por fim a todos que de alguma forma contribuíram e torceram positivamente para a

concretização desse trabalho e conclusão da graduação.

Mônica Maciel da Silva

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“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”

Charles Chaplin

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8

2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 13

2.1 Objetivo geral: ........................................................................................................... 13

2.2 Objetivos específicos: ................................................................................................ 13

3 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 14

4 ARTIGO CIENTÍFICO ................................................................................................. 17

5 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 30

ANEXOS ................................................................................................................................. 33

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1 INTRODUÇÃO

A pele é um órgão de revestimento corporal que possui um potencial de impermeabilidade e que consegue fornecer proteção e interação com o ambiente externo e que constantemente se renova e se repara. (SODRÉ; AZULAY, D.; AZULAY, R., 2013).

Um dos componentes da pele é a glândula sebácea, quando sofre o rompimento de sua membrana ocorre o extravazamento de seu conteúdo composto de esqualeno, colesterol, ésteres do colesterol e ácidos graxos (que é resultado da ação das bactérias sobre ésteres graxos e triglicerídeos), localizadas por toda a extensão da superfície tegumentar, em maior quantidade nas regiões de face, couro cabeludo, períneo e ao redor de orifícios como a cicatriz umbilical, podendo ser encontradas também na mucosa oral, denominadas grânulos de Fordyce (SODRÉ; AZULAY, D.; AZULAY, R., 2013; KAC, 2013).

A função da secreção sebácea é de formar o manto hidrolipídico, ação antimicrobiana, emulsificação de substâncias, lubrificação do pelo e formação de barreira protetora. Seu funcionamento é mediado por hormônios androgênicos de origem (testicular, ovariana e suprarrenal) e que são presentes ao nascer (adquiridos da mãe), na adolescência (ocorre o aumento da produção do sebo pela liberação dos androgênicos), ausentes durantes a infância e com secreção decrescente durante a vida adulta. (GODOY; RUIZ, 2009; RIVITTI, 2014; SODRÉ; AZULAY, D.; AZULAY, R., 2013).

A acne ou acne vulgar é uma doença comum que afeta o aparelho pilossebáceo (glândulas sebáceas e folículo piloso), definida como patologia crônica inflamatória que tem como resultado uma produção excessiva de sebo e provoca o desenvolvimento de erupções polimórficas (comedões, papúlas eritematosas e pústulas, nódulos, abscessos, cistos e cicatrizes escavadas, hipotróficas ou hipertróficas) nas regiões da face e tronco que são responsáveis também pelo sofrimento psicossocial. Epidemiologicamente atingindo preferencialmente de 80% a 95% da população adulto jovem (adolescentes entre 16 a 25 anos de idade), sendo 20% a 35% casos moderados e graves, com inicio na puberdade, apresentando majoritariamente em casos mais severos nos indivíduos do sexo masculino e casos menos severos em indivíduos do sexo feminino, e com menor incidência na população africana e asiática. Pode apresentar relação genética (rara associação à síndrome XYY) e pré-disposição da história familiar (onde a maioria dos indivíduos com acne cística tem um dos pais ou ambos com histórico de acne grave) (VIVIER; MCKEE, 1997; WOLFF; JOHNSON; SAAVEDRA, 2015).

A fisiopatologia da acne é dependente da atuação dos hormônios androgênicos sobre as glândulas sebáceas favorecendo um estado de hiperatividade que resulta na produção anormal da quantidade de sebo, levando a pele a um estado seborréico (excesso de lipídeos) que associado a queratinização do complexo pilossebáceo dá

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origem aos nódulos que obstruem os folículos pilosos. E de seus três principais fatores-chave: primeiro: queratinização ao redor do complexo pilossebáceo que aprisiona o sebo, segundo: a ação androgênica sobre as glândulas sebáceas que leva a uma hipersecreção do sebo e terceiro: a presença do Propionibacterium acnes, bactéria anaeróbia lipofílica residente que se prolifera facilmente em locais com grande quantidade de sebo (HADADE, 2009; HOLMES, 2014; WOLFF; JOHNSON; SAAVEDRA, 2015).

Outros fatores como ação do P. acnes, bactérias do tipo Staphylococcus Epidermidis e leveduras do tipo Malassezia contribuem para o processo inflamatório pela produção de esterases (enzimas responsáveis pela hidrólise dos triglicerídeos formando ácidos graxos livres) e irritativos e mediadores pró-inflamatórios (Interleucina 1 ou IL-1, e fator de necrose tumoral ou TNF-α) gerando a lesão do tipo pápula eritematosa. A hipersecreção de sebo ocluída pela parede de queratina é rompida em direção a derme e libera sobre a mesma seu conteúdo (sebo, lipídeos, ácidos graxos, queratina e as bactérias) causando outra inflamação do tipo corpo estranho e originando a pústula folicular. Lesões em maior profundidade são responsáveis pelo desenvolvimento de cistos infectados, abscessos e cicatrizes (HADADE, 2009; HOLMES, 2014; WOLFF; JOHNSON; SAAVEDRA, 2015).

O quadro clínico comum encontrado nos indivíduos com acne é de início na puberdade apresentando uma pele seborreica que comumente é acompanhada de: comedões (corneócitos descamados provenientes do sebo que levam a uma dilatação do óstio folicular) que podem ser classificados como abertos (pontos pretos sobre a superfície da pele) e fechados (pontos brancos sobre a superfície da pele, também chamados de millium), pápulas ou pústulas (processo de expansibilidade do complexo pilossebáceo devido à presença de processo inflamatório perifolicular, isto é ao redor do folículo piloso, e com proliferação do P. acnes), nódulos ou cistos (rupturas e reencapsulamentos da parede do folículo que pode mediar de 1 a 4 cm de diâmetro) e cicatrizes que podem se apresentar escavadas (cicatrizes hipotróficas e atróficas) ou hipertróficas que podem se associar a presença de queloides. A presença de algumas ou de todas estas alterações clínicas será responsável pela classificação do grau de acne que o paciente apresenta (AZULAY, R.; AZULAY, D.; AZULAY-ABULAFIA, L., 2013; HADADE, 2009; HOLMES, 2014; RIVITTI, 2014; WOLFF, JOHNSON, SAAVEDRA, 2015).

De acordo com HOLMES, (2014) a acne pode ser classificada de acordo com as alterações clínicas da pele que o indivíduo apresenta e de acordo com seu estado inflamatório em:

Grau I – Acne Comedoniana/Comedônica/Comedogênica: presença de hipersecreção sebácea e comedões que podem atingir de 1 a 3 mm de diâmetro e podem ser divididos de acordo com seus subtipos em: microcomedões (comedões menores), macrocomedões (comedões maiores), comedões abertos (poros dilatados, com superfície evidente e coloração preta devido à oxidação da melanina) e comedões fechados (poros fechados, de superfície não tão evidente e com coloração branca).

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Grau II – Acne Papulosa/Pustulosa/Papulopustulosa: presença de hipersecreção sebácea, comedões abertos ou fechados e de pústulas ou papulas (comedões que se inflamaram e que podem ter um tamanho de 2 a 5 mm de diâmetro).

Grau III – Acne Nodular ou Cística/Nódulo-abscedante ou Nódulo-Cística/Nodular: presença de hipersecreção sebácea, comedões abertos ou fechados, presença de pústulas ou papulas, presença de nódulos ou cistos (processos inflamatórios localizados mais profundamente na pele) e estes nódulos comumente causam cicatrizes por desencadearem a destruição do folículo piloso, essa cicatriz pode responder de acordo com cada paciente com a formação de queloides, cicatrizes em ponte chamadas também de bridas cicatriciais e cicatrizes atróficas.

Grau IV – Acne Conglobata: seria uma manifestação grave do grau três com lesões nodulares mais extensivas, os nódulos presentes são purulentos, numerosos e de grande tamanho e possuem a formação de abscessos e fistulas que drenam pus, os canais que se formam entre os abscessos tem papel importante nos déficits cicatriciais levando a bridas e queloides de acordo com a pré-disposição do indivíduo.

Alguns autores trazem mais uma classificação para se referir a casos mais graves de acne como:

Grau V – Acne Fulminante/Fulminans: um grau raro e grave da manifestação da acne, que segue como um grau III e IV e associado com essas alterações apresentam febre, leucocitose, poliartralgia (associado a eritema inflamatório ou necrose) e hemorragia nas lesões. (AZULAY, R.; AZULAY, D.; AZULAY, L., 2013; RIVITTI, 2014;).

O foco do tratamento dermatológico é reduzir a colonização de bactérias e diminuir a obstrução do complexo pilossebáceo o mercado possui diversos tratamentos para o manejo dessa patologia, sendo principalmente com o uso de fármacos como a isotretinoina e princípios ativos como peróxido de benzoila e derivados do retinol (COSTA; BAGATIN, 2013; HADADE, 2009).

A fisioterapia trabalha com diversos tipos de energia como ferramenta para conseguir atingir seu objetivo final: reestabelecer as funções do paciente, dentre elas podemos destacar as energias provenientes do espectro eletromagnético como, por exemplo, a utilização da fototerapia pela utilização de laser (amplificação de luz por emissão estimulada de radiação) de baixa intensidade (SALIBA; FOREMAN-SALIBA, 2014). A fisioterapia dermatofuncional é uma especialidade que tem como premissa reestabelecer as funções de pele, sejam elas doenças que seguem com alterações estéticas ou doenças de pele propriamente ditas, utilizando nos tratamentos todo o conhecimento científico adquirido e que se encontra em constante modificação e buscando direcionar esse conhecimento a fim de fornecer tratamentos individualizados e específicos para cada indivíduo fugindo dos conhecimentos e tratamentos empíricos que se encontram enraizados na mente da população e que vêm sendo empregados e vendidos no mercado sem critério (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2002).

A fototerapia faz parte também da área médica, no mundo da dermatologia com a utilização dos lasers (amplificação de luz por emissão estimulada de radiação)

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de alta potência. Uma técnica bem estabelecida no meio médico é a terapia fotodinâmica (TFD) consiste na aplicação de luz (lasers e LEDs) e de substâncias químicas fotossensibilizantes sobre um tecido e que conseguem realizar sua destruição seletiva por induzirem a liberação de radicais livres (citotóxicos), sendo utilizada na dermatologia no tratamento de lesões pré-malignas, doenças malignas (câncer) e doenças benignas da pele (acne) (FILGUEIRA; DUQUE; AZULAY, 2013; BAROLET, 2008).

As fontes de luz utilizadas para a realização da terapia fotodinâmica são lasers como o vapor de ouro (628nm); luz policromáticas como slides modificados (400 a 650nm), lâmpada de xenônio (600 a 660nm) e halogênio (600 a 800nm) que liberam luz filtrada para remoção da luz infravermelha; os LEDs (light emitting diodes ou diodos emissores de luz) são muito utilizados na TFD tópica (FILGUEIRA; DUQUE; AZULAY, 2013).

Uma nova modalidade de tratamento para a acne é o uso dos LEDs (Light Emitting Diode) diodos de semicondutores que recebem uma corrente elétrica que os leva a emissão de luz.

Esta nova tecnologia é proveniente dos estudos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) onde se notou que luzes de um determinado comprimento de onda poderiam estimular o crescimento rápido de plantas. Foi estudado pala NASA com resultados positivos a influência dessa tecnologia na cicatrização de feridas (visto que os astronautas apresentavam lesões que em locais com gravidade zero se curavam lentamente) (BAROLET, 2008). Com o passar do tempo sofreu mais modificações e passou a ser utilizada na área médica, pela TFD tópica (destruição de tecidos malignos) e passou a fazer parte das ferramentas utilizadas pelos profissionais que trabalham com a saúde e estética da pele, seja para uma abordagem combinada com introdução de cosméticos ou para tratamentos de doenças como acne e rosácea. A utilização de luz azul (407 a 420nm) e a luz vermelha (633 a 660nm) vêm sendo amplamente utilizada no tratamento da acne (FILGUEIRA; DUQUE; AZULAY, 2013; ABRAMOVITS; ARRAZOLA; GUPTA, 2005).

De acordo com MEYER et. al., (2010) a fototerapia a partir do uso do LED chamada de fotoestimulação trabalha com a luz em um comprimento de onda que varia 405nm (luz azul) a 940nm (luz infravermelha). Sendo efetiva no combate a acne devido à liberação endógena predominante do fotossensibilizante coproporfirina do tipo III (produzido pela bactéria causadora da acne, P. Acnes) como observado no estudo de LEE; SHALITA; POH-FITZPATRICK, (1978) e ASHKENAZI et al., (2003), logo seria contra indicado o uso de antibióticos na terapêutica por fototerapia já que a terapia depende da produção de porfirina realizada pela bactéria. (FILGUEIRA; DUQUE; AZULAY, 2013).

A energia proveniente da luz dos LEDs age diretamente sobre as células (na permeabilidade membrana celular), em suas organelas (mitocôndrias), em suas proteínas (colágeno e elastina) e em seus processos fisiológicos (síntese de ATP) (MEYER et al. 2010).

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O mecanismo de ação do LED sobre a acne consiste na excitação das grandes quantidades de porfirinas (coproporfirina III) que são produzidas e armazenadas pelo P. Acnes que ao absorverem essa energia geram fotossensibilização contra a bactéria. As porfirinas quando entram em contato com irradiação da luz visível se transformam em um estado excitado seguindo com a produção e a liberação do oxigênio singlete que se combina com as membranas celulares e acaba dizimando o P. Acnes, este mecanismo é dependente da quantidade de porfirinas presentes (onde quanto mais porfirina maior será a quantidade de porfirinas excitadas pela luz e maior será a erradicação da bactéria) bem como da quantidade de fótons, da temperatura e do comprimento de onda dos fótons (ASHKENAZI et al., 2003; ELMAN; LASK, 2004).

LEYDEN et al., (2001) observou em seu ensaio clínico que a luz azul e a luz azul associada à luz vermelha possuem eficácia superior no tratamento de acne inflamatória grau leve e grau moderado quando comparados com o uso da clindamicina tópica, entretanto se apresentaram inferiores quando comparados à associação de clindamicina e peróxido de benzoila.

No estudo de ASHKENAZI et al., (2003) foram realizadas culturas da bactéria P. Acnes, tendo sido observado que a coproporfirina III foi encontrada em ambos os grupos. Posteriormente as culturas foram expostas a luz azul (407 a 420nm) por 24h e notou-se que apenas uma exposição à luz não é suficiente para uma redução viável da magnitude do P. Acnes, sendo necessárias de três a quatro exposições (de 48h e 72h respectivamente) para se obter uma redução expressiva na magnitude do P. Acnes, sugerindo que diversas irradiações de luz azul (407 a 420nm) em pacientes com acne vulgar podem gerar resultados positivos nesses indivíduos.

No ensaio clínico randomizado cego realizado por PAPAGEORGIOU; KATSAMBAS; CHU (2000) o grupo que utilizou a luz azul associada à luz vermelha obteve melhora de 76% nas lesões inflamadas quando comparados aos demais grupos. Quando analisados no quesito comedões o grupo luz azul associada à luz vermelha obteve melhora, no entanto quando comparados os resultados não foram estatisticamente significativos. Concluindo que a ação sinérgica da combinação de ambas as luzes (azul e vermelha) são efetivas para atuar de maneira antibacteriana e anti-inflamatória respectivamente, sendo tratamento eletivo seguro e eficaz para a acne.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral:

Analisar os efeitos dos LEDs no tratamento de pacientes com acne.

2.2 Objetivos específicos: Avaliar os efeitos dos LEDs na acne Avaliar os efeitos do LED azul isolado Avaliar os efeitos do LED azul associado ao LED âmbar Avaliar os efeitos dos LEDs no psicossocial através da Avaliação do Impacto

Psicossocial da Acne e Escala Visual de Percepção Facial Avaliar os efeitos dos LEDs nas lesões de acne através da Contagem do

Número de Lesões Comparar os efeitos do LED azul associado ao âmbar comparado com o LED

azul isolado no tratamento da acne.

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3 REFERÊNCIAS

ABRAMOVITS, W.; ARRAZOLA, P.; GUPTA, A. K. Light-emitting diode-based therapy. SKINmed: Dermatology for the clinician, vol. 12, n° 3, p. 38-41, Jan/Feb 2005. ASHKENAZI, H.; MALIK, Z.; HARTH, Y.; NITZAN, Y. Eradication of Propionibacterium acnes by its endogenic porphyrins after illumination with high intensity blue light. Elsevier, vol. 35, n° , p. 17-24, Nov. 2003.

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4 O USO DO LED PARA O TRATAMENTO DA ACNE

Use of Led for acne treatment Felipe Ryuichi Yamada ¹, Mônica Maciel da Silva¹, Katiuscia Rosette Scasni² ¹ Discentes do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco ² Docente Mestra do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco [email protected]

RESUMO

Introdução: Uma nova modalidade de tratamento para a acne é o uso dos Light Emitting Diodes (LEDs), com comprimento de onda de 405nm (luz azul) a 940nm (luz infravermelha). A luz azul é indicada para o tratamento da acne por sua ação bactericida e a luz âmbar é indicada por sua ação no metabolismo celular. Objetivos: Analisar os efeitos do LED Azul associado ao Âmbar comparado com o LED Azul isolado no tratamento da acne. Método: Trata-se de um ensaio clinico randomizado, cego, em indivíduos de ambos os sexos, de 18 a 40 anos, subdivididos em Grupo 1 (LED Azul, 16’ sessão) e Grupo 2 (LED Azul + Âmbar, 32’ sessão), tratados em 6 sessões, utilizando questionários específicos para avaliação psicossocial, redução do número de lesões e a ficha de Anamnese desenvolvida esta pelos pesquisadores. Resultados: Participaram 10 voluntários, obtendo melhora nos escores de impacto psicossocial com redução de 1,7, da percepção facial com redução de 2,1 e da contagem do número de lesões, sendo 60% melhora leve e 10% melhora moderada. Conclusão: Observou-se que o uso do LED para o tratamento da acne mostrou-se eficaz para ambos os grupos, tanto na auto avaliação da melhora, quanto na diminuição do número de lesões, sendo uma terapêutica eficaz e segura para o manejo da acne.

Palavras-chave: Pele, Acne Vulgar, Laser, Luz, Fototerapia, Fisioterapia, Impacto Psicossocial.

ABSTRACT

Background: New modality of treatment for acne is the use of Light Emitting Diodes (LEDs), wavelength 405nm (blue light) to 940nm (infrared light). Blue light is indicated for acne treatment for bactericidal action, thus amber light is indicated for metabolism action. Objectives: Analyse the effects of blue LED plus amber LED compared with isolated blue LED in acne treatment. Methods: A blind and randomized clinical trial, both sexes, aged 18 till 40 years old, subdivided in group 1 (blue LED, 16’ session) and group 2 (blue plus amber LED, 32’), treated for 6

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sessions, using specific questioners to psychosocial evaluation, reduction lesions number and evaluation developed by the researchers. Results: A total of 10 subjects, obtaining improvement in psychosocial impact decreased 1,7, facial perception decreased 2,1 and lesions count, 60% mild improvement and 10% moderate improvement. Conclusion: It is observed that the use of LED technology for acne approach is effective to both groups, as much in self evaluation of improvement as in remission of lesions number, being a secure and effective therapy for acne management.

Key-words: Skin, Acne Vulgaris, Laser, Light, Photherapy, Physical Therapy Specialty, Psychosocial Impact.

Introdução

A acne é uma das doenças mais comuns das glândulas sebáceas e do aparelho piloso, afetando a população adolescente no auge da liberação dos hormônios androgênicos que regulam a secreção sebácea. 1, 2

O foco do tratamento dermatológico é reduzir a colonização de bactérias e diminuir a obstrução do complexo pilossebáceo o mercado possui diversos tratamentos para o manejo dessa patologia, sendo principalmente com o uso de fármacos e princípios ativos. 3, 4

Uma nova modalidade de tratamento para a acne é o uso dos LEDs (Light Emitting Diode) diodos de semicondutores que recebem uma corrente elétrica que os leva a emissão de luz. Os LEDs possuem comprimento de onda que varia de 405nm (luz azul com absorção superficial) a 940nm (luz infravermelha com absorção profunda). A luz azul é comumente indicada para o tratamento da acne e é a mais utilizada pelos profissionais pelo conhecimento de ação bactericida e a luz âmbar é comumente indicada por sua ação anti-inflamatória. 5, 6

De acordo com Meyer et al.7 a fototerapia a partir do uso do LED chamada de fotoestimulação trabalha com a luz em um comprimento de onda que varia 405nm (luz azul) a 940nm (luz infravermelha). Sendo efetiva no combate a acne devido à liberação endógena predominante do fotossensibilizante coproporfirina do tipo III (produzido pela bactéria causadora da acne, P. Acnes) como observado no estudo de Lee et al.8 e Ashkenazi et al.9, logo seria contra indicado o uso de antibióticos na terapêutica por fototerapia já que a terapia depende da produção de porfirina realizada pela bactéria. 10

A energia proveniente da luz dos LEDs age diretamente sobre as células (na permeabilidade membrana celular), em suas organelas (mitocôndrias), em suas proteínas (colágeno e elastina) e em seus processos fisiológicos (síntese de ATP). 7

O mecanismo de ação do LED sobre a acne consiste na excitação das grandes quantidades de porfirinas (coproporfirina III) que são produzidas e armazenadas pelo P. Acnes que ao absorverem essa energia geram fotossensibilização contra a bactéria. As porfirinas quando entram em contato com irradiação da luz visível se transformam em um estado excitado seguindo com a produção e a liberação do oxigênio singlete

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que se combina com as membranas celulares e acaba dizimando o P. Acnes, este mecanismo é dependente da quantidade de porfirinas presentes (onde quanto mais porfirina maior será a quantidade de porfirinas excitadas pela luz e maior será a erradicação da bactéria) bem como da quantidade de fótons, da temperatura e do comprimento de onda dos fótons. 9, 11

Leyden et al. 12 observou em seu ensaio clínico que a luz azul e a luz azul associada à luz vermelha possuem eficácia superior no tratamento de acne inflamatória grau leve e grau moderado quando comparados com o uso da clindamicina tópica, entretanto se apresentaram inferiores quando comparados à associação de clindamicina e peróxido de benzoila.

No estudo de Ashkenazi et al.9 foram realizadas culturas da bactéria P. Acnes, tendo sido observado que a coproporfirina III foi encontrada em ambos os grupos. Posteriormente as culturas foram expostas a luz azul (407 a 420nm) por 24h e notou-se que apenas uma exposição à luz não é suficiente para uma redução viável da magnitude do P. Acnes, sendo necessárias de três a quatro exposições (de 48h e 72h respectivamente) para se obter uma redução expressiva na magnitude do P. Acnes, sugerindo que diversas irradiações de luz azul (407 a 420nm) em pacientes com acne vulgar podem gerar resultados positivos nesses indivíduos.

No ensaio clínico randomizado cego realizado por Papageorgiu et al.13 o grupo que utilizou a luz azul associada à luz vermelha obteve melhora de 76% nas lesões inflamadas quando comparados aos demais grupos. Quando analisados no quesito comedões o grupo luz azul associada à luz vermelha obteve melhora, no entanto quando comparados os resultados não foram estatisticamente significativos. Concluindo que a ação sinérgica da combinação de ambas as luzes (azul e vermelha) são efetivas para atuar de maneira antibacteriana e anti-inflamatória respectivamente, sendo tratamento eletivo seguro e eficaz para a acne.

Sendo assim, de acordo com a literatura explorada o presente estudo objetiva analisar os efeitos do LED Azul associado ao Âmbar comparado com o LED Azul isolado, no tratamento da acne.

Métodos

Trata-se de um ensaio clínico, randomizado e cego. A pesquisa foi realizada na clínica de Fisioterapia da Universidade São Francisco no Campus de Bragança Paulista – SP, contando com a participação de dois pesquisadores e um auxiliar.

Foram entrevistados 15 voluntários para o estudo e estes foram avaliados de acordo com os critérios de inclusão, indivíduos com acne a partir do grau II da classificação de Holmes6, idade 15 a 40 anos e de acordo com os critérios de exclusão, acne grau I; tratamento de acne nos últimos três meses (peróxido de benzoila, retinoides tópicos, antibióticos tópicos, ácido salicílico e ácido azelaico) e de uso sistêmico (antibióticos orais, contraceptivos e antiandrogênicos, retinoide oral); uso de antibiótico oral; menos de cinco lesões inflamatórias; acne severa e gravidez, terminando com um total de 10 voluntários.

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Após seleção, os voluntários receberam e assinaram o TCLE, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco sob o parecer de número 1.757.915.

Os pacientes foram divididos em 2 grupos, randomizados utilizando envelopes numerados com seu conteúdo desconhecido tanto pelos voluntários quanto pelo avaliador, cada indivíduo selecionou um envelope e foi destinado para o grupo 1 indicado através do envelope 1 (LED azul isolado) ou grupo 2 através do envelope 2 (LED azul associado ao LED âmbar).

Os atendimentos foram realizados duas sessões semanais, com duração de 16 minutos de aplicação no grupo 1 e 32 minutos no grupo dois (16 minutos LED azul; 16 minutos LED âmbar), por três semanas, totalizando seis sessões.

A aplicação da ficha de avaliação desenvolvida pelos pesquisadores foi realizada apenas no primeiro dia de intervenção. A Análise do Impacto Psicossocial da Acne AIPA14 foi aplicada na primeira intervenção e na penúltima intervenção. A avaliação por Contagem do Número de Lesões CNL13 e Escala Visual de Percepção Facial EVPF15 foi realizada na 1ª, 3ª e 5ª sessão sucessivamente. As variáveis obtidas a partir da CNL foram classificadas de acordo com sua melhora (redução) ou piora (aumento) do número de lesões classificando as em, piora (≤ -10%), sem mudança (-9-9%), melhora leve (≥ 10-39%), melhora moderada (≥ 40-59%) e alta melhora (≥ 90%), método de classificação utilizado no estudo de Papageorgiou et al.13

O procedimento foi realizado com o paciente em decúbito dorsal na maca, e com a pele da face sem uso de produtos cosméticos, realizando a aplicação em 8 pontos com duração de 2 minutos por ponto, sendo 1 ponto em região frontal, 1 ponto em região zigomática e 1 ponto em região masseterina e 1 ponto em região mentoniana bilateral.

Foi utilizado o equipamento Fluence da marca HTM, com potência de 1500mW ± 10% divididos entre três LEDs de 500mW, com comprimento de onda de 470nm ± 10% no cluster azul e 617nm ± 10% no cluster âmbar, dose de 180J/cm² (1,5Watts x 120 segundos) por ponto, resultando em dose total de 1440J/cm² no grupo 1 e 2880J/cm² no grupo 2.

Os dados obtidos foram organizados em um banco de dados (planilha do Microsoft Office Excel 2007). Foi realizada a análise descritiva com cálculo de frequência (%) para variáveis qualitativas (Sexo, Fototipo Cutâneo e Grau de Acne) e com cálculo de média e desvio padrão para as variáveis quantitativas (Idade, AIPA, EVPF e CNL). A comparação das variáveis foi realizada intergrupos e intragrupos por meio da utilização do teste Wilcoxon, Wilcoxon Mann Whitney e do teste Exato de Fisher, com nível de significância adotado de p < 0,05.

Resultados

A coleta dos dados ocorreu no período de novembro/dezembro de 2016 e março/abril de 2017. A amostra inicial constou de 15 pacientes, sendo três excluídos por realizar uso de anticoncepcional, um por apresentar acne grau I e um por

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apresentar acne severa. Foram incluídos no estudo 10 voluntários, com idade média de 21,5 ±1,4 anos, sendo 50% (n=5) do gênero feminino e 50% (n=5) do gênero masculino, dos voluntários 30% (n=3) apresentavam acne grau 2 e 70% (n=7) acne grau 3, sendo estatisticamente similares quanto as variáveis descritas e apresentadas na tabela 1. No grupo 2, dois participantes faltaram, ambas faltas foram repostas.

Tabela 1. Características dos sujeitos divididos em grupo 1 e 2

Grupo 1 Grupo 2 p valor n(%) n(%) Idade (média±DP) Mediana (mín-máx)

21,6 ± 1,8

22 (19 – 24)

21,4 ± 1,1

21 (20 – 23)

0.748†

Sexo 0.500*

Masculino 03 (60) 02 (40)

Feminino 02 (40) 03 (60)

Fototipo 1.000*

2 03 (60) 02 (40)

3 02 (40) 02 (40)

4 0 (0) 01 (20)

Grau da Acne 0.500*

2 02 (40) 01 (20)

3 03 (60) 04 (80) † Teste Wilcoxon; * Teste Exato de Fisher.

Para avaliar a amostra de forma qualitativa com instrumentos subjetivos, foram escolhidos dois instrumentos. O primeiro foi o questionário Análise do Impacto Psicossocial da Acne (AIPA), onde o grupo 1 obteve uma redução do escore de 1,4, no entanto não foi verificada diferença significativa entre as etapas inicial e final neste grupo (Wilcoxon p= 0,454). O grupo 2 também obteve uma redução do escore de 0,8, não obtendo diferença significativa entre as etapas inicial e final na avaliação de impacto psicossocial (Wilcoxon p= 0,387). Ao analisar os dez sujeitos foi observada uma redução do escore de 1,7 considerando que quanto menor o escore menor o impacto psicossocial, entretanto a comparação entre os grupos quanto a esta avaliação também não foi diferente na etapa inicial (Wilcoxon Mann Whitney p= 0,527) e final (Wilcoxon Mann Whitney p= 0,519).

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O segundo instrumento utilizado foi a Escala Visual de Percepção Facial (EVPF), aplicado em três momentos, no início, ao longo do tratamento (meio) e no final do tratamento. O grupo 1 obteve os valores de AV1 5,8 ± 3,3, AV2 4,6 ± 2,5 e AV3 4,2 ± 2,5 e pode-se observar redução de 1,6 ao comparar AV1 e AV3, melhora expressiva embora não sendo observada diferença significativa (Wilcoxon p= 0,240). O grupo 2 obteve valores de AV1 5,8 ± 5,5, AV2 4,4 ± 2,1 e AV3 3,2 ± 1,9 e pode-se observar redução de 2,6 ao comparar AV1 e AV3, melhora expressiva embora não sendo observada diferença significativa (Wilcoxon p= 0,114). Ao analisar os dez sujeitos nos valores de AV1 5,8 ± 4,3, AV2 4,5 ± 2,2 e AV3 3,7 ± 2,2, pode-se observar redução de 2,1 ao comparar AV1 e AV3. Foi constatada redução mais expressiva no escore do grupo 2 ao ser comparado com o grupo 1, observando que ao longo do tratamento os indivíduos de ambos os grupos obtiveram uma redução gradual dos valores, considerando que quanto menor a pontuação maior a satisfação facial. A comparação entre os grupos quanto a esta avaliação também não foi diferente na etapa inicial (Wilcoxon Mann Whitney p= 0,167) e final (Wilcoxon Mann Whitney p= 0,750).

3,6

2,2

3,6

2,8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

AVI AVF

Gráfico 1. Análise do Impacto Psicossocial da Acne no Grupo 1 e 2 Avaliação Inicial e Final* p > 0,05 (Wilcoxon) ** p > 0,05 (Wilcoxon Mann Whitney)

GRUPO 1

GRUPO 2* **

5,84,2

5,83,2

0

2

4

6

8

10

12

AVI AVF

Gráfico 2. Escala Visual de Percepção Facial no Grupo 1 e 2 Avaliação Inicial e Final * p > 0,05 (Wilcoxon) ** p > 0,05 (Wilcoxon Mann Whitney)

GRUPO 1

GRUPO 2* **

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Para análise quantitativa foi realizada a Contagem do Número de Lesões (CNL), realizada esta também em três momentos, no início, ao longo do tratamento (meio) e no final do tratamento. O grupo 1 obteve os valores de AV1 15,0 ± 11,1, AV2 15,0 ± 12,9 e AV3 11,6 ± 7,6 e pode-se observar um platô entre AV1 e AV2 e uma redução de 3,4 ao comparar a AV1 com AV3, entretanto sem apresentar diferença significativa (Wilcoxon p= 0,671). O grupo 2 obteve valores de AV1 20,2 ± 9,0, AV2 21,8 ± 5,3 e AV3 16,2 ± 3,1 pode-se observar um aumento de 1,6 entre AV1 e AV2 seguido de uma redução de 3,8 ao observar AV1 comparados com AV3, entretanto sem apresentar diferença significativa (Wilcoxon p= 0,674). Ao analisar ambos os dez sujeitos nos valores de AV1 17,6 ± 9,9, AV2 18,4 ± 10,0 e AV3 13,9 ± 6,0, observando que houve um aumento de 0,8 do número médio de lesões entre AV1 E AV2, com subsequente redução de 3,7 ao comparar AV1 com a AV3. A comparação entre os grupos quanto a esta avaliação também não foi diferente na etapa inicial (Wilcoxon Mann Whitney p=0,671) e final (Wilcoxon Mann Whitney p=0,674).

Tabela 2. Contagem do Número de Lesões grupos 1 e 2 Avaliação Inicial e Final

Grupo 1 Grupo 2 Sujeito AVI AVF AVI AVF 1 34 25 17 13 2 8 8 17 15 3 16 10 18 14 4 8 6 13 19 5 9 9 36 20 Média 15 11,6 20,2 16,2 Desvio Padrão 11,14 7,64 9,04 3,11 Mediana 9 9 17 15 Mínimo 8 6 13 13 Máximo 34 25 36 20

Quanto ao número de lesões, os 10 sujeitos foram classificados em piora 10% (n=1), sem melhora 20% (n=2), melhora leve 60% (n=6) e melhora moderada 10% (n=1). Ao analisar os indivíduos divididos em seus respectivos grupos, 60% (n=3) apresentaram melhora leve para ambos os grupos, dentre os grupos, destaca-se o grupo 2 que obteve 20% (n=2) de melhora moderada, entanto 20% (n=1) apresentaram piora. No grupo 1 40% (n=2) não obtiveram melhora.

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Destaca-se na figura 1 o sujeito 1avaliação final, sendo evidente a diminuição do número de lesõesdiminuição do rubor encontrado nas lesões sugerindo diminuição do estado inflamatório das lesões. Na figura 2 o sujeito 3final, também evidenciando diminuição do número de lesões e

Figura 1. Sujeito 1, Grupo 1 (LED azul)

0

20%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Grafico 3. Classificação de Melhora da Contagem do Número de Leões no

na figura 1 o sujeito 1 componente do grupo 1, A. avaliação inicial, B. avaliação final, sendo evidente a diminuição do número de lesõesdiminuição do rubor encontrado nas lesões sugerindo diminuição do estado inflamatório das lesões. Na figura 2 o sujeito 3, componente do grupo 2, A. avaliação inicial, B. avaliação final, também evidenciando diminuição do número de lesões e estado inflamatório

Sujeito 1, Grupo 1 (LED azul). A. avaliação inicial B. avaliação final.

40%

60%

00

60%

20%

Classificação de Melhora da Contagem do Número de Leões no Grupo 1 e 2

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componente do grupo 1, A. avaliação inicial, B. avaliação final, sendo evidente a diminuição do número de lesões de forma global e diminuição do rubor encontrado nas lesões sugerindo diminuição do estado inflamatório das

, componente do grupo 2, A. avaliação inicial, B. avaliação estado inflamatório das lesões.

avaliação final.

Classificação de Melhora da Contagem do Número de Leões no

Grupo 1 (n= 5)

Grupo 2 (n= 5)

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Figura 2. Sujeito 3, grupo 2 (LED azul + âmbar). A. avaliação inicial B. avaliação final.

Discussão

Coincidentemente o gênero dos sujeitos no estudo foi equiparado, contando com 50% homens e 50% mulheres, diferente do observado no estudo de Bertanha et al.16 que ao avaliar o perfil dermatológico de 16.399 sujeitos, 63,2% (n=10.364) eram mulheres, possivelmente pelo perfil de maior busca do serviço de saúde por essa população. No entanto, o estudo de Lauermann et al.17 ao avaliar 2.201 homens de 18 anos de idade observou uma prevalência de acne em 89,4% da população estudada.

Em um estudo experimental, quantitativo, realizado por Herrera et al.18 19 indivíduos foram tratados com LED azul, com frequência de tratamento de 2 sessões semanais, por 8 semanas, 15 minutos por sessão, obtendo redução significativa do número médio de lesões (inicial 45,1 e final 16,4) sendo expressiva no grau II, seguida pelo grau III, preferencialmente em fototipos mais baixos (fototipo II); também observaram melhora assim como o presente estudo, compreendendo que os graus de acne apresentam uma tendência a regredir.

O estudo epidemiológico de Bertanha et al.16 realizado na cidade de São Paulo, dentre os 16.399 sujeitos avaliados, 433 apresentaram acne, sendo a doença dermatológica mais comum em crianças e adultos de 11 a 35 anos de idade. Da mesma forma que foi observado no presente estudo, onde a menor idade foi de 19 anos e a maior idade foi de 24 anos.

Embora a incidência da acne em fototipos altos seja grande, o presente estudo contou com apenas uma paciente do fototipo IV, quando ao observar seus resultados, nota-se uma piora indicando uma possível diferença de resposta do tratamento em fototipos mais altos, podendo ser justificada por maior tendência a oleosidade já que possui glândulas sebáceas maiores e consequentemente tem uma produção de secreção sebácea maior quando comparada com a pele clara Alchorne et al.19.

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O número de sessões (6 sessões) utilizado na pesquisa foi inferior ao número trazido pela literatura, Meffert et al.20 obteve melhora da acne e da seborreia em homens ao realizar 17 sessões de led azul com uma dose de 22KJ/cm²; posteriormente em 1990, Meffert et al.20 passou observar melhora da acne, seborreia e quantidade de porfirinas na pele após 10 sessões, com dose de 325 J/cm², utilizando um bulbo de lâmpada azul de alta pressão.

Kawada et al.21, ao utilizar a luz azul em um ensaio clínico com 30 indivíduos, referiu redução de 64% das lesões de acne e redução da quantidade do P. Acnes in vitro, com frequência de tratamento 2 vezes por semana durante 5 semanas, com uma fluência de 90 mW/cm² e dose de 324J/cm². Nessa pesquisa o autor correlaciona o uso da luz azul com a melhora do número de lesões e sua capacidade em reduzir a quantidade de bactérias em cultura, observando sua efetividade e tolerância entre indivíduos com acne, sugerindo a fototerapia como nova modalidade de tratamento para a acne.

Arruda et al.22, ao comparar o uso de luz azul com o uso tópico de peróxido de benzoíla a 5% em indivíduos com acne grau II e III, por meio de um estudo prospectivo, aberto, randomizado e comparativo, com 60 indivíduos, sendo GL (grupo luz azul, n=30) com frequência de tratamento de 2 vezes por semana com intervalo de 48 horas, durante 4 semanas, totalizando 8 sessões de 15 minutos cada e dose de 40mW/cm² e GP (grupo peróxido de benzoila, n=30) com frequência de tratamento diária 2 vezes ao dia por 4 semanas, totalizando 8 sessões de 15 minutos cada. No estudo o uso da fototerapia é comparado com o uso de fármaco tópico, obtendo redução de 31,32% das lesões inflamatórias e não inflamatórias com uso de peróxido de benzoíla e redução de 21,66% das lesões, com uma redução média de lesões similar entre os grupos, obtendo como desfecho a efetividade de ambas as terapêuticas, sendo a fototerapia com menos efeitos adversos.

O presente estudo contou com uma amostra de 10 sujeitos, no entanto na literatura são encontrados diversos estudos com diferentes números amostrais, observando que a maioria dos artigos que utilizaram um tamanho amostral abundante, obtendo melhores resultados possivelmente pelo tamanho e homogeneidade da amostra.

A segunda luz que aparece na literatura é a vermelha, conhecida por seus efeitos anti-inflamatórios, entretanto os estudos em sua maioria trazem grupos experimentais com a combinação de duas luzes (azul e vermelha) embasando a presente hipótese de pesquisa de que as utilizações de duas luzes diferentes, com seus efeitos distintos e suas respectivas profundidades atingidas teriam um efeito mimetizado no tratamento da acne.

Diferente da maior parte dos estudos, Na et al.23 ao realizar um ensaio clínico randomizado, controlado e cego, com 28 voluntários, utilizando apenas o led vermelho em uma hemi face como experimento e outra como controle, com frequência de tratamento de duas vezes por dia, durante 8 semanas, por 15 minutos, totalizando 112 sessões, com uma dose cumulativa final 604,8 J/cm². Ao realizar a comparação entre hemi face experimento e controle, obteve redução de 55% do número de lesões quando comparado com o grupo controle (19%), na 8ª semana. Pode-se concluir a efetividade da luz vermelha no manejo da acne por si própria, sugerindo que talvez o número de exposições ao tratamento seja muito mais importante do que a dose empregada para obtenção de um resultado positivo.

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Araújo et al.24 estudou o efeito das luzes, dentre elas a luz âmbar (590 a 630nm) na cicatrização de feridas em n=25 ratos wistar; por meio de um estudo experimental, controlado e randomizado, com frequência de tratamento diária, com 5 sessões seguidas, duração de 6 minutos e com energia de 3w. Como resultados o uso das luzes foi efetivo na cicatrização de ferida por segunda intenção, a luz âmbar se destacou ao obter melhor epitelialização da margem das feridas, sua cicatrização iniciou com maior qualidade, maior concentração do colágeno de qualidade superior e apresentando o segundo melhor resultado na redução do edema. Embasado nos achados de Araújo et al.24, o grupo que recebeu a luz âmbar no presente estudo, talvez tenha obtido um resultado melhor por conta dos efeitos da luz no processo cicatricial, trabalhando de maneira coadjuvante com a luz azul na resolução do processo inflamatório.

No presente estudo, buscou-se observar se os efeitos encontrados na literatura referentes à luz âmbar conseguem completar os efeitos produzidos pela luz azul, formulando uma nova abordagem terapêutica com maior efetividade para o tratamento da acne.

Acredita-se que a ideia de utilização de ativos com luz na prática clínica de fisioterapeutas dermatofuncionais e esteticistas talvez seja proveniente da terapia fotodinâmica, onde são utilizados ativos fotossensibilizantes como o ácido 5-aminolevulínico que é foto ativado pela luz, conseguindo destruir um tecido específico, sendo bem estabelecido na literatura, citados em estudos como observado na revisão de Torezan et al.25; Issa et al.26 e Barbaric et al.27 Na prática clínica é comum a utilização de ativos associados aos LEDs com objetivo de tratar diversas disfunções estético funcionais, entretanto não foram encontrados estudos que expliquem o mecanismo de interação da luz com o ativo sobre a pele, comprovando sua eficácia e superioridade.

A acne é uma doença que pode afetar psicologicamente os indivíduos de modo geral, o que motiva os profissionais a buscarem tratamentos que sejam resolutivos tanto na doença quanto na melhora da qualidade de vida e satisfação com sua imagem. Diversos estudos trazem como método de avaliação a Escala Visual Analógica (EVA), com o intuito de quantificar de maneira subjetiva e qualitativa o grau de satisfação com sua pele ao longo do tratamento. Na et al.23 obtiveram redução significativa (3,9 para 1,8), ao utilizar uma EVA adaptada (0 a 5, sendo 0 nulo e 5 muito severa) comparada com o grupo controle, em 28 indivíduos tratados com led vermelho. No presente estudo os pesquisadores optaram por utilizar a escala visual de percepção facial (EVPF) para análise subjetiva dos sujeitos de pesquisa, obtendo clara tendência à melhora mesmo sem obter resultados com diferença significativa.

Massuia et al.15 verificou a resposta qualitativa de 9 indivíduos do sexo masculino a limpeza de pele isolada, associada com 3 produtos diferentes (Máscara de Casca de Banana Verde, Placebo de Máscara de Banana Verde; Ácido) e controlada, no tratamento da acne vulgar, por meio de um estudo clínico, prospectivo e randomizado. Utilizando como método de avaliação a EVA, obtendo como resultado melhora da percepção dos indivíduos quanto à comedões abertos e fechados, dor ao realizar extração, lesões acneicas, aspecto da pele e qualidade de vida. Também fez uso do CADI (The Cardiff Acne Desability Índex I) para

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avaliar o impacto psicossocial da acne, observando entre grupos uma melhora que variou de 21,43 a 100%.

A variação dos dados obtidos tanto ao utilizar a EVPF quanto a AIPA é decorrente do grau de impacto que a acne tem sobre a vida dos indivíduos, dependendo de quanto cada ser individualmente se importa com acne frente a suas atividades cotidianas nas questões avaliadas no questionário AIPA e na satisfação que os indivíduos apresentam com sua face avaliada pela EVPF. Assim como observado no estudo populacional realizado por Tasoula et al.28 em 1531 adolescentes de 11 a 19 anos de idade, observando que o grau de acne é diretamente proporcional ao grau de impacto na qualidade de vida, do mesmo modo, quanto maior a gravidade da acne mais essa população tende a modificação de sua imagem corporal; graus moderados e graves de acne tendem a apresentar maior piora emocional e psicossocial; a sintomatologia e os tratamentos para acne influenciam diretamente na qualidade de vida dos indivíduos e a acne afeta de forma igualitária homens e mulheres.

A manifestação clínica predominante da acne são as lesões inflamatórias, com o intuito de poder quantificar o número de lesões, os pesquisadores realizaram a contagem do número de lesões como meio de avaliação, podendo assim atribuir a melhora com a diminuição das lesões. No ensaio clínico, randomizado e cego de Papageorgiou et al.13, a contagem do número de lesões foi realizada em 107 pacientes submetidos a 4 tratamentos diferentes (led azul, led azul e vermelho, peróxido de benzoila a 5% e luz branca) diariamente por 12 semanas, obtendo uma melhora média entre a luz azul e vermelha com os outros tratamentos de 95% das lesões inflamatórias. Kawada et al.21 também fez uso da contagem do número de lesões obtendo 64% de melhora.

A contagem do número de lesões é um método efetivo e fidedigno para os pesquisadores, entretanto alguns itens podem dificultar a contagem como presença de barba ou até mesmo confundir o avaliador como no caso das foliculites, obtendo resultados variáveis e muitas vezes questionáveis. Uma forma técnica de avaliar as diferenças entre intervenções, é o uso de softwares que avaliam as mudanças encontradas na face, como utilizado no estudo de Estrela et al.29 para avaliar a diminuição do ângulo e do sulco nasogeniano em 24 indivíduos submetidos ao led vermelho para flacidez tissular.

Em futuros estudos sugere-se a utilização de maior frequência semanal de tratamento, visto que em todos os estudos analisados realizavam a aplicação do led diariamente com uma frequência mensal maior que 4 semanas de duração, obtendo resultados significativos; resistência encontrada no presente estudo devido à disponibilidade dos sujeitos a comparecer para o tratamento com maior frequência semanal e mensal.

Ao observar a análise do psicossocial por meio da AIPA e EVPF, os pacientes não apresentaram melhora expressiva, possivelmente porque o impacto depende do quanto cada indivíduo se importa frente à acne, sendo um dado heterogêneo entre os sujeitos de pesquisa. Na presente pesquisa, destaca-se o sujeito de número 5, componente do grupo 2, que apresentava acne e não referiu queixas sobre seu estado psicossocial como observado através da AIPA e EVPF, mesmo que os pesquisadores tenham observado melhora por meio da contagem do número de lesões.

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Como mencionado, a contagem do número de lesões pode apresentar certo grau de subjetividade, dependo do avaliador para identificar as lesões e diferenciar a acne de outras manifestações, sendo necessário aperfeiçoar o método de avaliação como realizado no presente estudo, subdividindo a face em áreas (testa, hemiface direita e hemiface esquerda) ou utilizando de softwares de imagem para avaliar de forma precisa.

Ao observar os resultados obtidos de ambos os grupos, nota-se melhora para ambas as intervenções (azul versus azul/âmbar), entretanto sem apresentar diferença significativa, possivelmente pela heterogeneidade da amostra, tamanho amostral e principalmente pelo tempo de exposição insuficiente para observar diferenças. Sugere-se para futuros estudos uma melhora nesses aspectos bem como a inclusão de um grupo âmbar para avaliar sua eficácia isolada ao tratamento da acne.

Conclusão

O tratamento através do uso LED para melhora da acne mostrou-se efetivo tanto através do uso da luz azul quanto através da luz azul associada à luz âmbar, obtendo resultados qualitativos com a redução dos escores AIPA e EVPF e quantitativo com redução do número de lesões através da CNL. Mostrando-se ser uma terapêutica eficaz, segura e com bons resultados no tratamento da acne, necessitando de estudos futuros com número mais expressivo de sujeitos, variabilidade de grupos de tratamento, aumento do número de sessões e da frequência semanal de tratamento, possibilitando a análise de dados com maior confiabilidade para definir seus efeitos isolados e associações.

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ANEXOS

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ANEXO 1 – NORMA REVISTA SURGICAL & COSMETIC DERMATOLOGY

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ANEXO 2: PARECER DE APROVAÇÃO DO CEP

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ANEXO 3: FICHA DE AVALIAÇÃO

Nome: Idade:

Cor: Fototipo:

Profissão:

Uso de medicamento:

Quais:__________

Uso de filtro solar:

Tipo:___________

Tratamentos anteriores para acne:

Quais:__________

Distúrbio hormonal:

Uso de álcool:

Uso de cigarro:

Hidratação da pele: Hidratada ( ) Desidratada( )

Exposição ao sol: Alta ( ) Média( ) Pouca ( )

Tipo de pele: Normal ( ) Lipídica ( ) Alipidica ( ) Seborréia ( )

Sequelas de acne: Sim( ) Não ( )

Anamnese da acne

Lesões envolvidas:

Seborréia ( ) Rosácea ( )

Comedão aberto ( ) Ulcerações ( )

Comedão fechado ( )

Locais de lesão:

Testa ( ) Lateral da face ( ) Bochechas ( )

Nariz ( ) Asa do nariz ( )

Queixo ( ) Pescoço ( )

Investigação as causas:

Gravidez ( ) Ciclo menstrual irregular ( )

Menopausa ( ) Alteração tireoide ( )

Hormonal ( ) Alteração Renal ( )

Ciclo menstrual normal ( )

Distúrbios digestivos:

Digestão ( ) Intolerância alimentar ( ) Funcionamento intestinal ( )

Alimentação: Horário regular ( ) Compulsão alimentar ( ) Alimentar balanceada ( )

Assinatura do Paciente: ____________________

Assinatura do responsável: __________________

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ANEXO 4: CONTAGEM DO NÚMERO DE LESÕES

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ANEXO 5: ESCALA VISUAL DE PERCEPÇÃO FACIAL (EVPF) Nome:__________ Número do prontuário: __________ Data: __________ “Por favor, aponte com o dedo indicador sobre a escala o valor que representa a satisfação com seu rosto neste momento___”.

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ANEXO 6: ANÁLISE DO IMPACTO PSICOSSOCIAL DA ACNE Nome: Data:

Marque com x a melhor resposta para cada pergunta

1. O seu problema de acne fez você se sentir agressivo, frustrado ou envergonhado no ultimo mês?

(a) Muitíssimo

(b) Muito

(c) Um pouco

(d) Nem um pouco

2. Acha que o fato de ter acne interferiu

durante o ultimo mês com sua vida

social diária, em acontecimentos sociais

ou na relação com indivíduos do sexo

oposto?

(a) Severamente, afetando

todas as atividades

(b) Moderadamente, na

maioria das atividades

(c) Ocasionalmente ou em

algumas atividades

(d) Nada

3. Durante o ultimo mês, evitou

freqüentar balneários públicos ou usar

fotos de banho por causa da sua acne?

(a) Sempre

(b) A maior parte das vezes

(c) Ocasionalmente

(d) Nunca

4. Como descreveria o que sentiu com a

aparência de sua pele durante o ultimo

mês?

(a) Muito deprimido e infeliz

(b) Geralmente preocupado

(c) Ocasionalmente

preocupado

(d) Não preocupado

5. Por favor, indique o que pensa quanto

á severidade da sua acne neste

momento:

(a) Não poderia estar pior

(b) É um problema grave

(c) É um problema menor

(d) Não é um problema

© Cardiff Acne Disability Index. R J Motley, A Y Finlay 1992