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81ª Edição de 01 a 15 de fevereiro de 2013 Visite a página da Sala de Imprensa da EACH. Lá você também encontra outras notícias importantes sobre a nossa escola Acesse: www.each.usp.br/site/sala-imprensa Jornal da USP 27/01/2013 A sala de aula como lugar de histórias de vida Extensão Programa Universidade Aberta à Terceira Idade completa vinte anos promovendo troca de saberes entre idosos e outras gerações IZABEL LEÃO O Programa Universidade Aberta à Terceira Idade, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, completa vinte anos em 2013 oferecendo mais de quatro mil vagas gratuitas. São 322 cursos entre disciplinas dos cursos de graduação da Universidade e atividades complementares físico-esportivas e didático-culturais, na capital e nos seis campi do interior. Os cursos abrangem as mais diversas áreas, como engenharia, artes, direito, idiomas, saúde e esportes. Para o pró-reitor adjunto de Cultura e Extensão Universitária, José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres, o programa promove o conhecimento nas áreas de interesse dos idosos e, ao mesmo tempo, estimula a troca de saberes entre as gerações. A coordenadora da Universidade Aberta à Terceira Idade, Ecléa Bosi, diz que, nessas duas décadas, mais de cem mil pessoas participaram dos cursos oferecidos. A cada ano aumenta o número de cursos, o que revela o crescente engajamento da comunidade acadêmica na iniciativa. “Só na Escola de Artes, Ciências e Humanidades

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81ª Edição – de 01 a 15 de fevereiro de 2013

Visite a página da Sala de Imprensa da EACH. Lá você também encontra

outras notícias importantes sobre a nossa escola

Acesse: www.each.usp.br/site/sala-imprensa

Jornal da USP 27/01/2013

A sala de aula como lugar de histórias de vida

Extensão

Programa Universidade Aberta à Terceira Idade completa vinte anos promovendo troca

de saberes entre idosos e outras gerações

IZABEL LEÃO

O Programa Universidade Aberta à Terceira

Idade, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão

Universitária da USP, completa vinte anos

em 2013 oferecendo mais de quatro mil

vagas gratuitas. São 322 cursos entre

disciplinas dos cursos de graduação da

Universidade e atividades complementares

físico-esportivas e didático-culturais, na

capital e nos seis campi do interior. Os

cursos abrangem as mais diversas áreas,

como engenharia, artes, direito, idiomas, saúde e esportes.

Para o pró-reitor adjunto de Cultura e Extensão Universitária, José Ricardo de Carvalho

Mesquita Ayres, o programa promove o conhecimento nas áreas de interesse dos

idosos e, ao mesmo tempo, estimula a troca de saberes entre as gerações.

A coordenadora da Universidade Aberta à Terceira Idade, Ecléa Bosi, diz que, nessas

duas décadas, mais de cem mil pessoas participaram dos cursos oferecidos.

A cada ano aumenta o número de cursos, o que revela o crescente engajamento da

comunidade acadêmica na iniciativa. “Só na Escola de Artes, Ciências e Humanidades

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(EACH), campus da zona leste da capital, onde é ministrado o curso de Gerontologia,

serão oferecidos 23 cursos em diferentes áreas como informática, inglês, teatro e

canto coral”, cita a docente no texto de abertura do catálogo virtual do programa.

A Professora Emérita do Instituto de Psicologia (IP) da USP sabe da importância do

papel social que a Universidade tem para com os idosos e por isso faz questão de

registrar as histórias, resgatando a história dos participantes. Ecléa publicou, entre

outros, o livro Memória e Sociedade: Lembranças de Velhos (Companhia das Letras,

1994), obra que reúne depoimentos de idosos sobre sua vida na cidade de São Paulo.

Por meio das memórias, a professora estudou como essas pessoas sentiram as

transformações na cidade ao longo dos anos. A autora resume a sua militância pela

causa social dos idosos numa frase: “O velho não tem armas. Nós é que temos de lutar

por ele”.

Neuza de Carvalho: incentivo dos professores na volta à USP depois de cinco décadas

Ecléa afirma que, no programa, são os velhos trabalhadores que vêm exercer um

direito que sempre lhes foi negado: o direito à cultura. “Nada mais diverso que os que

nos chegam de profissões, de classes, de locais tão variados! Entram em silêncio,

timidamente, nas salas de aula. Não fazem barulho. Também o discurso do professor

fica povoado de silêncios. Se ele ensina História, será em face de alguém que viveu os

fatos estudados e deles é testemunha. Se fala dos astros, será em face de alguém que,

ainda antes de ele ter nascido, interrogava as estrelas. Se ele descreve transformações

urbanas, será em face de alguém que sofreu intensamente tais mudanças. As

lembranças dos velhos moradores vão pontilhando com a luz da memória cada

recanto, cada bairro da cidade”, escreve.

Sem mau humor – Aos 75 anos, Ruth Barreto Novais faz o máximo para cursar tudo o

que a EACH oferece. Desde 2006, quando foram abertas as primeiras inscrições na

unidade, ela já cursou computação, pilates, turismo e inglês, e nunca mais parou.

Neste ano, Ruth avisa que é preciso chegar cedo para a matrícula para conseguir fazer

o curso Senior English e a Oficina de Turismo Social, “pois a concorrência é grande”.

Ruth vai fazer o curso de Turismo pela segunda vez, pois considera que é a

oportunidade para conhecer pontos importantes de São Paulo. “Quando casada, meu

marido não me deixava trabalhar e quase nunca saíamos porque não tínhamos muito

dinheiro.

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Só agora conheci o Parque do Ibirapuera e o lindo Theatro Municipal”, conta.

“Também visitei o Museu de Geociências na USP, onde vi pedras lindas e fósseis de

animais que nunca imaginei existirem.”

Viúva há 25 anos, com três filhos biológicos e dois adotivos, ela não deixa a preguiça se

achegar. Cuida de vários animais, das plantas, da limpeza da casa, visita as vizinhas, os

filhos e os netos, canta no coral, vai à igreja e, sem deixar de sorrir, ainda ajuda

aqueles que a ela recorrem quando necessitados. É o caso da amiga dona Maria, que

reencontrou a alegria ao participar das mesmas atividades. “Levamos lanche, café,

marcamos saídas, rimos bastante, trocamos ideias, não damos tempo para o mau

humor”, relata Ruth.

Não é rascunho – Frequentar o programa desde o início também faz parte da vida de

Wanda Borgneth. Hoje com 86 anos, ela continua participando e tem como filosofia de

vida não fazer nada “como rascunho” – porque depois, explica, “não vai dar tempo

para passar a limpo”. Já Neuza Guerreiro de Carvalho voltou à USP depois de

cinquenta anos, após ter feito na década de 1940 o curso de História Natural, então

sediado no palacete da Alameda Glete, desativado com a mudança das unidades para

a Cidade Universitária.

Neuza conta que voltou devagar e medrosa, mas encontrou professores que a

apoiaram, respeitaram e motivaram. Ela já frequentou quase trinta cursos dos mais

variados temas e diz que conviver com a moçada da graduação foi outra experiência

inédita. “O choque de atitudes e costumes assustou, mas mostrou mudanças de uma

sociedade com a qual estamos vivendo. Temos que nos adaptar sem preconceitos.”

Hoje ela diz não se sentir mais uma espectadora ou coadjuvante da vida, mas sim uma

“participante ativa”.

Ruth Novais: oportunidade de conhecer pontos turísticos de São Paulo

Santinez Monteiro da Luz, aos 87 anos de uma vida marcada pela luta renhida para

sobreviver, mostra que a sabedoria e a experiência enriquecem e alegram seus

companheiros e amigos da Universidade Aberta à Terceira Idade. Quando lhe

perguntam por que ainda estudar, Santinez – que conseguiu tirar o diploma de ginásio

aos 55 anos –responde: “Para viver o resto dos dias a que eu tiver direito sabendo o

que eu fazia sem saber”.

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Hoje com 66 anos, Geraldo Silva de Souza saiu ainda menino de Jequié, na Bahia, para

São Paulo. Aos 15 anos, já morando na capital, começou a exercer o ofício de mecânico

de carros e nunca parou de estudar. No programa, matriculou-se na disciplina de

Aerodinâmica, da Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, e no curso de Psicologia

– “para poder entender como funciona a mente das pessoas”, segundo ele. “Passei por

tantas dificuldades na vida, fui criado sem pai e sem mãe, e a psicologia me ajudou a

me sentir um vencedor”, afirma.

O catálogo com a relação completa dos cursos da Universidade Aberta à Terceira

Idade pode ser retirado pessoalmente nos campi a partir de 9 de fevereiro.

O catálogo também está disponível na internet,

em: http://www.prceu.usp.br/portal.php/terceira-idade. Mais informações na

coordenação do programa, pelo telefone (11) 3091-9183 ou e-mail [email protected]

Leia esta notícia em: http://espaber.uspnet.usp.br/jorusp/?p=27257 Jornal Folha de S. Paulo 03/02/2013

USP começa 2013 de olho no polêmico debate sobre as cotas paulistas

Formado em colégio particular, com renda familiar mensal superior a sete salários mínimos, branco. Tomando como base dados recentes da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), esse deve ser o perfil de cerca de 70% dos 10.952 aprovados na sexta-feira na primeira chamada do vestibular da Universidade de São Paulo.

No ano passado, o índice de matriculados que fizeram ensino regular em escolas públicas foi de 28%. A mais concorrida universidade do país é, hoje, difícil de ser acessada por jovens de escolas municipais e estaduais.

A intenção do governo do Estado é mudar esse quadro. No fim de dezembro, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou um sistema de cotas exclusivo da USP, Unicamp e Unesp, todas sob a tutela estadual. O Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista, o Pimesp, prevê destinar até 2016 50% das vagas para alunos da rede pública.

Defendido pelo reitor da USP, João Grandino Rodas, nomeado para o cargo em 2009 pelo então governador José Serra (PSDB), o programa é considerado uma das principais bandeiras tucanas para o ano que vem, quando Alckmin deve disputar a reeleição.

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Inês Bonduki/Folhapress

Estudantes caminham pela rampa do prédio da História e Geografia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

Para começar a valer no próximo vestibular, o Pimesp precisa ser aprovado pelos conselhos das universidades. Na USP, a primeira reunião está prevista para março.

Procurados pela Folha, os conselheiros não quiseram se pronunciar oficialmente. Mas explicaram que para cumprir a meta é necessário aprová-lo até junho. O reitor não atendeu aos pedidos de entrevista.

Não aprová-lo parece uma possibilidade remota, dizem os conselheiros. Mas dois fatores podem atrasar o processo: a mudança, no início de 2014, da reitoria e a falta de diálogo, até agora, com os 91 mil estudantes. A medida recebe críticas de docentes e especialistas.

Caso seja aprovado, o programa irá receber, por ano, 2.000 estudantes do terceiro ano do ensino médio público selecionados pela nota do Enem ou do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). Critérios socioeconômicos e de raça também serão considerados.

Pelo novo modelo, os mais bem avaliados serão recrutados e terão aulas presenciais e on-line no colégio comunitário, chamado de "college", em alusão ao modelo norte-americano. O curso de dois anos equivale aos primeiros anos do ensino superior e tem aulas de exatas, humanas e biológicas.

Após a conclusão do primeiro ano, os estudantes poderão prestar o vestibular tradicional e usar bonificações oferecidas pelas universidades --na USP, são oferecidos até 15% de bônus para quem é de escola pública. Depois do segundo ano, eles receberão um certificado de curso que permitirá disputar concursos públicos de emprego.

Os alunos que concluírem o colégio comunitário também poderão disputar vagas reservadas nas universidades estaduais. O desempenho definirá os cursos de

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graduação que o estudante poderá cursar. Caso ele não tenha nota para o curso desejado, poderá usar créditos e prestar o vestibular tradicional.

MAIS CONCORRÊNCIA

À época do lançamento, Alckmin afirmou que 40% das vagas reservadas na USP até 2016 serão preenchidas pelo colégio comunitário. "É uma reserva por mérito. Um contraponto para as escolas e faculdades [que receberão cotistas]", avalia Diana Vidal, professora em história da educação na Faculdade de Educação da USP. Os 10% restantes seguirão o modelo da cota federal.

Assim como o modelo federal, o sistema paulista vai tornar os vestibulares ainda mais concorridos para os estudantes da rede particular. Em 2016, das prováveis 12 mil vagas oferecidas pela Fuvest, 6.000 serão reservadas para cotistas beneficiados pelos programas federal e estadual. Das 275 vagas oferecidas neste ano em medicina pela USP e Santa Casa --opção mais concorrida na Fuvest 2013 com cerca de 54 candidatos por vaga--, até 138 seriam disputadas por estudantes do ensino privado.

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USP LESTE

A grade curricular abrangente e comum a todos os alunos defendida pelo Pimesp já é utilizada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP Leste. Lá, os novos alunos cursam de um semestre a um ano antes de seguirem na graduação.

Construída em 2005, a unidade do bairro Cangaíba nasceu na década de 1980 de uma proposta da reitoria e do governo do Estado para ampliar e descentralizar o ensino superior público. O projeto, no entanto, só ganhou forma em 2004, quando o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas aprovou a construção de uma unidade em área carente.

Quando foi criada, a Leste sofreu críticas por não ter cursos tradicionais, como engenharia, administração e direito. Hoje, além de marketing, lazer e turismo, entre outros, a Escola Politécnica oferece a graduação em engenharia da computação. São 1.020 vagas abertas todo ano, via vestibular da Fuvest. Quase dez anos depois, a USP se prepara para debater outra grande mudança em sua história.

Leia esta notícia em: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1224368-usp-comeca-2013-de-olho-no-polemico-debate-sobre-as-cotas-paulistas.shtml

05/02/2013

Portal Jovem Pan Online

Passagens compradas diretamente na companhia aérea são até 30%

mais baratas

As passagens compradas por sites que vendem viagens podem sair 30% mais caro do que um bilhete comprado diretamente na companhia aérea. A disparidade ocorre mesmo com passagens adquiridas com antecedência de três meses e fora do período de alta temporada. Para o vice-presidente de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens, Leonel Rossi, o cliente pode sair perdendo com a falta de comunicação. Em entrevista ao repórter Daniel Lian, ele salienta que os usuários têm muito dificuldade para fazer alterações ou solicitar reembolso. A professora de Turismo da Universidade de São Paulo, Mariana Aldrigui, recomenda atenção redobrada na hora de planejar as férias. Ela afirma que os viajantes ainda não confiam plenamente na compra pela internet e elenca algumas dicas para a aquisição da passagem. As diferenças aparecem em grandes sites que oferecem pacotes e passagens, como CVC, Decolar, Viaja.Net e Submarino Viagens. Quando o cliente pesquisa diretamente nos portais das companhias aéreas, na maioria das vezes, consegue valores bem mais em conta.

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Ouça esta notícia em:

http://jovempan.uol.com.br/audios/66440/jovempan2/www/mp3/2013/02/05/05021

3EDPASSAGENS.mp3

Portal do jornal Valor Econômico 06/02/2013

Oportunidades em novas áreas atraem jovens no vestibular

Amanda Scott escolheu o curso de gestão pública porque acredita que pode ser mais útil à sociedade

atuando no setor

De olho na escassez de talentos em segmentos como sustentabilidade, governança, engenharia e tecnologia, os jovens estão mais atentos às demandas do mercado e já pretendem seguir carreiras consideradas "profissões do futuro" pelos headhunters. Um exemplo dessa tendência é que gestão ambiental e administração pública lideram o ranking das graduações mais concorridas no vestibular das instituições federais em 2013, o Sisu (Sistema de Seleção Unificada). A procura maior por cursos novos demonstra também que o vestibulando está atento ao aquecimento do mercado no longo prazo.

"Os jovens têm mais acesso à informação atualmente e percebem que se fala muito de falta de mão de obra especializada em determinadas áreas como sustentabilidade, engenharia e computação. Eles têm procurado seguir uma carreira que, além de lhes trazer satisfação, seja promissora financeiramente", explica Leonardo Souza, diretor executivo da Michael Page.

A carreira de gestão pública no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, foi a mais concorrida do Sisu em 2013, deixando medicina em segundo lugar. Já saneamento ambiental no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe ficou em sexto lugar, enquanto que gestão ambiental no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte ocupou a sétima posição.

Não foram apenas cursos recém-criados os mais cobiçados. Bacharelados tradicionais, que formam uma mão de obra hoje disputada nas empresas, voltaram à lista das carreiras mais concorridas nos últimos dois anos, desbancando cursos como administração, direito e publicidade na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Engenharia civil, inclusive, deixou a quinta posição da Fuvest em 2011 para ocupar o segundo lugar na relação candidato/vaga de 2013.

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Segundo Souza, em instituições renomadas a procura por cursos "conservadores" continua alta, uma vez que eles ainda são os mais ofertados. "As opções de graduação não têm acompanhado a demanda do mercado", afirma. Para o consultor, a ampliação de cursos tecnológicos pode contribuir para suprir a carência de profissionais especializados em áreas pouco presentes nas universidades.

Sem interesse em concorrer aos cursos mais cobiçados por seus colegas de classe, como engenharia e medicina, a estudante Amanda Scott, de 18 anos, acaba de se juntar ao grupo de calouros da USP Leste na graduação em gestão pública. Inspirada na escolha de seu irmão, Renan, que está no segundo ano do curso.

Amanda quis ingressar nessa carreira porque viu uma oportunidade de unir seus interesses profissionais com as áreas que ela mais gosta: administração, sociologia e direito. "A grade curricular traz todas as disciplinas que eu gosto. Além disso, poderei ser mais útil à sociedade e fazer a diferença atuando na esfera pública", diz. O fato de o curso ter sido criado há poucos anos não assustou a vestibulanda. "Procurei me informar sobre a carreira e acredito que tenho várias oportunidades de trabalho. Depois de fazer carreira no setor público, pretendo virar professora universitária", planeja.

Amanda afirma que até já pesquisou vagas em concursos e encontrou alguns que exigiam formação em gestão pública e pagavam salários entre R$ 4 mil e mais de R$ 10 mil. A estudante, contudo, não descarta o setor empresarial, uma vez que seu irmão está participando de um programa de estágio em um banco privado.

"O governo está mais em evidência no radar dos jovens, tendo em vista o lançamento de projetos de alta complexidade, além da proximidade com eventos de grande repercussão como Copa e Olimpíadas. A gestão pública de um país que figura entre os seis maiores do mundo virou destaque na mídia", defende Raphael Falcão, gerente geral da Hays. A consultoria, inclusive, tem sido muito demandada por instituições públicas para o recrutamento de talentos. "Nossas filiais já fazem muito esse trabalho lá fora, por meio de parcerias público-privadas", diz.

Estudar o mercado antes de cursar uma faculdade é importante, ressalta Falcão. Entretanto, as chances de empregabilidade não devem ser as únicas variáveis a considerar nessa decisão. "Quem diria que um geólogo seria tão demandado hoje? Quem fez essa graduação há dez anos está sendo disputado atualmente por conta da expansão do setor de petróleo e gás no país", diz. É fundamental, desse modo, levar em conta que o mercado é bastante dinâmico e, portanto, mutável. Conciliar paixão e oportunidade sempre será a melhor alternativa.

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Para Bruna Tokunaga Dias, gerente de orientação de carreira da Cia de Talentos, o jovem de hoje tem basicamente as mesmas preocupações que os estudantes de dez anos atrás. Empregabilidade, salário e estabilidade, por exemplo, são os principais valores que pesam na hora de escolher a profissão, principalmente em um cenário de recessão global. "É preciso levar em conta que o mercado muda e não é fácil prever quais serão os perfis que as empresas vão valorizar mais no longo prazo. O candidato não deve se ater a modismos."

Deixar as demandas de mercado de fora não foi uma escolha fácil para Eduardo Pinheiro Albi Anselmo, de 23 anos. Formado em direito, seguindo a tradição de sua família (pai, mãe e irmãos são advogados), ele prestou vestibular novamente e, desde março do ano passado, voltou a ser estudante. Desta vez, de publicidade, na ESPM-RS.

Para se dedicar aos estudos, ele recusou a efetivação em um escritório de advocacia, onde foi estagiário por dois anos. "Sou muito comunicativo, criativo e gosto de estar em contato com as pessoas. O direito podava um pouco a minha personalidade", explica. Anselmo ressalta que, embora tivesse emprego garantido, seria um profissional frustrado. "Não queria pensar o que teria sido da minha vida se eu tivesse feito tudo diferente", diz.

Embora admita que esteja tendo mais dificuldade em encontrar estágio em publicidade do que teve na época em que cursava direito, Anselmo acredita que fez a escolha certa. "O direito é muito conservador e não há espaço para quem pensa fora da caixa. Já na publicidade, só se da bem quem tem um diferencial", afirma.

Conciliar aptidão e empregabilidade, contudo, não é uma tarefa fácil. A analista de sistemas Ana Paula Lavieri, da Accenture, faz jornada dupla para não abandonar uma de suas maiores paixões, a dança. Após o expediente na companhia, ela dá aulas de balé em escolas particulares. Sua primeira graduação foi em educação física, área na qual chegou a fazer pós-graduação. A área de atuação, porém, se mostrou bastante restrita, o que contribuiu para que Ana apostasse numa segunda formação: ciências da computação.

O tema, contudo, não era novo para ela, que já havia cursado colegial técnico em análise de sistemas. "Pretendo construir carreira nesse segmento. Gosto muito do meu trabalho e já fui promovida cinco vezes desde que ingressei na empresa como estagiária", afirma. Ana Paula destaca que a computação é muito lógica e desafia a criatividade de uma forma diferente da dança. "Hoje não consigo imaginar minha vida sem as minhas duas profissões", garante.

Leia esta notícia em: http://www.valor.com.br/carreira/2996660/oportunidades-em-

novas-areas-atraem-jovens-no-vestibular

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Portal Aprendiz 07/02/2013

Universidade Aberta da Terceira Idade da USP completa 20 anos

Zalir Lopes, Lygia Moreira, Neuza Guerreiro de Carvalho, Edna Gimenez e Irley Rocha são alunas da

Unati.

“Para não perder a referência.” É dessa forma que Neuza Guerreiro de Carvalho, de 82 anos, aponta para um grande mapa de São Paulo que mantém na mesa da sala de sua

casa. Moradora do Alto da Lapa, próximo à Cidade Universitária, zona oeste da capital paulista, a professora aposentada de Biologia reúne-se periodicamente com um grupo

de amigas, todas com mais de 60 anos de idade. “Nosso grupo chama-se ‘As Seminovas’”, diz. O objetivo? Estudar.

Desde 2005 Neuza participa da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) um

programa da Universidade de São Paulo (USP) implementado em 1993. Com quatro mil vagas disponíveis distribuídas pelos campi da instituição, a iniciativa oferece cursos e

atividades em diferentes áreas do saber. Para participar, basta ter no mínimo 60 anos e se inscrever no período de matrícula – este ano, de 25 de fevereiro a 8 de março, em

todas as unidades, exceto na USP Leste, cujo período de inscrição foi no final de janeiro.

“Já frequentei desde cursos em sala, como as aulas da professora Cremilda Medina na

disciplina ‘Narrativas da Contemporaneidade’, até os ‘Encontros Cultuais’, do professor Luís Alberto Terron”, relembra Neuza. No Brasil, o número de idosos – pessoas com

mais de 60 anos – dobrou nos últimos 20 anos, passando de 10,7 milhões em 1991 para 23,5 milhões, segundo dados do IBGE.

Atenta à diversidade, a programação da Unati contempla variados campos do saber

em formatos bem diferentes. Os interessados podem participar de disciplinas semestrais da graduação ou frequentar palestras e encontros presenciais mais curtos,

como visitas a museus, aulas de artes marciais, pintura, arqueologia, educação ambiental, entre outros. “Sou uma estudante compulsiva. Aumentando o repertório,

fica mais fácil estabelecer relações entre diferentes pensamentos”, atesta Neuza, entusiasmada com os novos cursos que fará este ano.

Na prática

De acordo com a Professora Dra. Marina Yamamoto, pró-reitora adjunta de Cultura e

Extensão Universitária da USP, uma das características mais apreciadas pelos alunos da Unati é a possibilidade de aplicar no cotidiano o que aprendem. “Palestras sobre como

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cuidar de suas finanças na terceira idade e atividades voltadas aos cuidados com a

alimentação e com a saúde são bastante procurados”, exemplifica.

Yamamoto ressalta que a frequência no campus de pessoas de idades e gerações diferentes enriquece o ambiente de aprendizagem pelo compartilhamento das

experiências vividas. “É uma aproximação e uma oportunidade de redescobrir talentos, ou se aprofundar em assuntos do seu interesse. O que se espera é que, entendendo

mais do mundo, as pessoas possam se entender melhor também”, avalia.

Com o gradativo aumento da expectativa de vida no Brasil (62 anos para os nascidos em 1980 frente a 74 anos para os nascidos em 2011), tem crescido também a

necessidade de encontrar soluções para melhorar a qualidade de vida.

Os benefícios, conforme descreve a professora Meire Cacchioni, pesquisadora na área de Gerontologia, livre-docente na USP Leste e membro da pró-reitoria de Cultura e

Extensão Universitária, vão desde a manutenção da memória e o bem-estar emocional até a melhor disposição física, o engajamento social e a autonomia. “São pessoas com

outro ritmo e com plena capacidade de aprendizagem”, salienta.

Vizinha à USP Leste, Otacília Paiva da Silva, de 64 anos, técnica contabilista aposentada há nove anos, pode agora usufruir do acesso à cidade proporcionado pelas atividades,

visitando lugares que não conhecia, como o Parque Ecológico localizado dentro do campus universitário. “Só agora estou conhecendo São Paulo. O convívio é bom pelas

trocas e aprendizagem”, reconhece.

Em 2013, a Universidade Aberta da Terceira Idade completa 20 anos de existência. Mais de cem mil alunos já passaram pelo programa, que atualmente oferece 322

cursos gratuitos, distribuídos em sete cidades do estado de São Paulo. Sobre esta trajetória, a professora aposentada do Instituto de Psicologia e coordenadora

acadêmica da Unati, Ecléa Bosi, afirma que uma das principais contribuições do projeto foi “humanizar a fisionomia da USP”.

Leia esta notícia em: http://portal.aprendiz.uol.com.br/2013/02/07/universidade-

aberta-da-terceira-idade-da-usp-completa-20-anos/

Sala de Imprensa da USP 07/02/2013

Reitor fala sobre recém-criado centro de estudos sobre desastres

naturais

No programa de hoje, dia 7 de fevereiro, o reitor João Grandino Rodas falou sobre o recém-criado Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), resultado da parceria entre a USP, o Ministério da Integração Nacional e a Casa Militar – Defesa Civil do Estado de São Paulo, com o objetivo de produzir e disseminar conhecimento para a prevenção de desastres naturais.

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“O Ceped atuará em cinco grandes frentes, chamadas de ‘projetos estruturantes’: mapas colaborativos dos desastres naturais; um banco de dados das áreas de risco, com informações, por exemplo, sobre potenciais vítimas; estudos sobre a construção de abrigos temporários; pesquisas sobre o manejo de resíduos sólidos que resultam de uma catástrofe, como escombros e restos de concreto; e a criação de sensores que ajudem a prever catástrofes. Desde que foi criada em 1934, a Universidade nasce com a obrigação de participar da formulação e até mesmo da execução de políticas públicas no Estado de são Paulo. Portanto, isso é algo que está dentro de suas finalidades precípuas”, explicou o reitor.

O Centro é coordenado pelo professor Hugo Yoshizaki, da Escola Politécnica (EP), mas reunirá cerca de 40 pesquisadores de diversas Unidades como o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), o Instituto de Psicologia (IP), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), o Instituto de Geociências (IGc), a Faculdade de Saúde Pública (FSP), a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), a Faculdade de Medicina (FM), o Instituto de Medicina Tropical (IMT), a Faculdade de Direito (FD) e a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

O “Palavra do Reitor” também repercutiu assuntos que estiveram em destaque nessa semana como a implantação do Diploma Virtual, um sistema pioneiro que praticamente elimina a possibilidade de falsificação de diplomas; a segunda fase do projeto “Nuvem USP”, que permite às unidades realizarem testes para a criação de servidores virtuais; e a Orquestra Sinfônica da USP, que se prepara para abrir a temporada de 2013.

No Túnel do Tempo, o “Palavra do Reitor” relembrou a chamada Cadeia da Legalidade, uma rede formada pelas emissoras de rádio que desempenhou um importante papel na transmissão de informações seguras, durante o conturbado período entre a renúncia do presidente da República Jânio da Silva Quadros e a posse do vice-presidente João Goulart, em setembro de 1961.

Leia e ouça esta notícia em: http://www.usp.br/imprensa/?p=28068

08/02/2013 Sala de Imprensa da USP

EACH realiza 1º Simpósio de Pedagogia Universitária nos dias 26 e 27 de fevereiro

Estão abertas, até o dia 15 de fevereiro, as inscrições para o “1º Simpósio de Pedagogia Universitária Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP: As Metodologias Ativas de Aprendizagem no ensino superior”.

Este evento será realizado nos dias 26 e 27 de fevereiro e é destinado aos professores do ensino superior, alunos de graduação e pós-graduação e também para pesquisadores interessados no assunto. O objetivo é fazer uma discussão aberta, objetiva e crítica com os participantes sobre os pressupostos teóricos e metodológicos, as vantagens e limitações das metodologias ativas de aprendizagem no ensino superior e sua repercussão na formação de profissionais preparados para as novas demandas sociais.

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A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo site. Confira abaixo a programação completa deste Simpósio, que tem organização do Grupo de Apoio Pedagógico (GAP) e do Laboratório de Ideias, Criatividade e Arte (LICA) da EACH.

O GAP foi criado pela Pró-Reitora de Graduação da Universidade, com a finalidade de dar subsídios para que a Comissão de Graduação e os docentes desta Unidade possam renovar e aprofundar conhecimentos necessários ao aprimoramento da prática pedagógica, mediante a realização de estudos contínuos sobre temas relacionados ao ensino-aprendizagem; cursos, seminários e workshops; pesquisas relacionadas às atividades pedagógicas; incentivo à troca de experiências entre os docentes sobre os assuntos pertinentes à prática pedagógica no ensino de graduação.

E, o LICA é um grupo formado por professores, estudantes e egressos da EACH, com o propósito de promover a experimentação de práticas de ensino, pesquisa e extensão que resultem no desenvolvimento de materiais e ferramentas pedagógicas que possam ser utilizados em processos educativos em diferentes áreas do conhecimento.

Este 1º Simpósio de Pedagogia Universitária acontecerá no Espaço dos Auditórios da EACH, localizada na Av. Arlindo Béttio, 1000 – Ermelino Matarazzo, São Paulo. É possível chegar facilmente pela estação USP Leste da linha 12-Safira da CPTM.

Mais informações pelos telefones: (11) 3091-1038/8820 ou por e-mail: [email protected]

Leia esta notícia em: http://www.usp.br/imprensa/?p=27363 Jornal Folha de S. Paulo 11/02/2013

Tendências/Debates: Lobby e Lei de Acesso à Informação

Há diversos vasos comunicantes entre Estado e sociedade. Um deles são os partidos políticos, organizações que oferecem aos eleitores candidatos à gestão do poder público. Outros são espaços formais de diálogo entre governo e cidadãos, tais como as audiências e consultas públicas e os conselhos e conferências de políticas públicas. Esses canais são amplamente conhecidos, debatidos e criticados.

Há, porém, outro canal de comunicação que o Brasil finge inexistir. Trata-se do lobby, que ocorre quando agentes sociais têm a iniciativa de procurar membros do poder público capazes de tomar decisões, a fim de apresentar seus interesses.

Visto com desconfiança por muitos setores, o lobby não é lícito ou ilícito por definição -sua licitude ou ilicitude depende da obediência ou desobediência ao ordenamento jurídico existente. A regulamentação do lobby é uma medida sempre lembrada quando se trata de banir o lobby ilícito e estimular o lobby lícito. Há muitos anos, tramitam no Congresso Nacional projetos de lei que tratam do tema. Basicamente, regulamentar o lobby significa levantar e publicizar informações sobre os lobistas e as interações que mantêm com os decisores, além de estabelecer padrões para essas interações.

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A prestação de informações seria precondição para que os lobistas pudessem requerer as credenciais para o acesso aos agentes públicos. Informações omitidas ou falsas seriam punidas pela negação de credenciamento ou de sua renovação, bem como pelo encaminhamento do caso ao Ministério Público.

Dentre as informações que hoje não existem, mas podem ser criadas a partir da regulamentação, estão a identidade dos lobistas e de quem os contrata, as matérias de interesse dos empregadores dos lobistas, as atividades realizadas pelos lobistas para a promoção de interesses e o montante aplicado na realização dessas atividades.

Você leu acima que regulamentar o lobby envolve "publicizar informações". Também já deve ter lido, em algum lugar, que o Brasil agora conta com uma Lei de Acesso à Informação. Essa lei (12.527/11) obriga o Estado a disponibilizar informações sob sua guarda, salvo poucas exceções. Chegamos, então, ao ponto do título deste artigo.

Diante da Lei de Acesso à Informação, a discussão sobre a regulamentação do lobby pode ser redimensionada. Um dos principais obstáculos era justamente a definição dos órgãos responsáveis por recolher e divulgar as informações prestadas pelos lobistas. Mas a nova Lei de Acesso à Informação já determina que as organizações públicas tenham órgãos incumbidos de disponibilizar aos cidadãos as informações referentes às suas atividades. A regulamentação do lobby produziria informações novas e de

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relevante interesse público, que os órgãos determinados pela Lei de Acesso à Informação deveriam reunir e publicizar.

Embora não seja uma panaceia, pois a regulamentação não cobriria a defesa informal de interesses, nem aquela que mobiliza laços pessoais -de amizade ou de outra natureza- entre lobistas e decisores, convém retomar as discussões sobre a regulamentação do lobby no Brasil diante do novo quadro de transparência.

Não é mais possível fingir que o lobby não existe. A uma democracia madura, num país plural, convém conhecer as múltiplas formas de influência sobre o Estado e zelar para que elas se deem de modo legal e transparente. Deixar o "faz de conta" pode ser um processo duro. Mas é inevitável.

FABIANO ANGÉLICO, 36, especialista em transparência e combate à corrupção (Universidade de Chile) e mestre em administração pública (Fundação Getulio Vargas), é jornalista e pesquisador, WAGNER PRALON MANCUSO, 40, doutor em ciência política pela USP, é professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da mesma universidade e ANDRÉA OLIVEIRA GOZETTO, 41, doutora em ciências sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é professora universitária

Leia este artigo em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/1229185-fabiano-angelico-wagner-pralon-mancuso-e-andrea-oliveira-gozetto-lobby-e-lei-de-acesso-a-informacao.shtml

14/02/2013 Sala de Imprensa da USP

“Palavra do Reitor” discute religião, ciência e Universidade

Com o fim do carnaval e o início da quaresma, o programa “Palavra do Reitor” de hoje, dia 14 de fevereiro, abordou a relação de dois assuntos que normalmente são considerados incompatíveis: a religião e a ciência.

O reitor João Grandino Rodas explicou a origem dessa polêmica e comentou que a Universidade, apesar de laica, não é cética e deve respeitar todos os aspectos, inclusive o religioso. “Em uma universidade pública como a nossa, o que não pode haver é um direcionamento religioso, entretanto, é aceitável e importante que os alunos, professores e funcionários possam fazer com que suas crenças sejam desenvolvidas. É muito comum que universidades estrangeiras, principalmente as americanas, possuam alunos de todas as crenças e que grupos internos se dediquem à sua religião.

É importante que os jovens tenham um direcionamento, que acreditem em alguma coisa, por essa razão, a proibição absoluta de qualquer religião, do desenvolvimento e da conversa dentro da Universidade não é boa”, afirmou. A USP desenvolve diversas pesquisas envolvendo espiritualidade, neurologia, física, química e psicologia, como o Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.

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Outros assuntos tratados no programa foram a parceria com o Programa Univesp, para o desenvolvimento de cursos e ferramentas de ensino virtuais; as novidades do campus de Ribeirão Preto, que já se recupera do incêndio na chamada Floresta USP, que queimou vasta área da floresta e destruiu cerca de 40 mil mudas de um banco genético; e o Teatro da USP, homenageado na 20ª edição do Festival Internacional de Teatro Universitário da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), realizado de 1 a 10 de fevereiro. O Túnel do Tempo prestou uma bela homenagem ao médico sanitarista e pesquisador Vital Brazil Mineiro da Campanha, fundador do Instituto Butantan. Depoimentos de alguns de seus filhos contaram um pouco da história e da personalidade desse importante cientista brasileiro.

Os ouvintes podem enviar suas dúvidas e comentários para o e-mail: [email protected] .

Leia e ouça esta notícia em: http://www.usp.br/imprensa/?p=28152

Globo News 15/02/2013

Estatuto do Idoso assegura direitos para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos Assista a esta notícia em: http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/estatuto-do-idoso-assegura-direitos-para-pessoas-com-idade-igual-ou-superior-a-60-anos/2407940/