7º ano » capÍtulo 8 a europa moderna – as grandes navegações capítulo 8

7º ANO » CAPÍTULO 8

A Europa Moderna – As Grandes Navegações

Capítulo 8

7º ANO »CAPÍTULO 8

AS EXPANSÕES MARÍTIMAS

ÍNDICE

TECNOLOGIA MARÍTIMA

A VIDA NO MAR

CHEGANDO AO BRASIL


7º ANO» CAPÍTULO 8

No século XV, os portugueses iniciaram uma expansão

marítima, responsável pela transformação da vida de

milhões de pessoas. A riqueza obtida estimulou outras nações, como Espanha, França e Inglaterra, a fazerem o mesmo: lançar seus navios para explorar

novos mundos.

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• Experiência da navegação marítima;

• Posição geográfica privilegiada;

• Precoce formação do Estado nacional moderno;

• Avanços tecnológicos herdados dos árabes (ex. bússola e astrolábio);

Causas do pioneirismo português

• Apoio da monarquia, da burguesia e da igreja católica ao empreendimento náutico;

• Investimento em conhecimentos científicos associados à navegação (ex. astronomia e a cartografia);



• Quando decidiu atacar Ceuta, em 1415, o rei português d. João I reuniu uma poderosa frota naval;

• Nessa cidade havia grande circulação de mercadorias vindas de todas as partes da África e do Oriente;

• A enorme quantidade de tesouros arrecadados animou a Coroa portuguesa a seguir em frente com a expansão marítima;

• Foram organizadas expedições marítimas que avançaram pelo litoral africano para explorar todo tipo de riqueza (ouro, pimenta, sal, marfim e escravos).

AS EXPANSÕES MARÍTIMAS7º ANO » UNIDADE 3 » CAPÍTULO 1

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A conquista de Ceuta em 1415, retratada nesse conjunto de azulejos portugueses, marca tradicionalmente o início das

grandes navegações.



Os mercadores portugueses

foram ainda mais ambiciosos:

organizaram um projeto de

exploração marítima rumo às

ÍNDIAS, a fim de buscar

especiarias, seda, porcelana etc.

...Para tanto, as embarcações lusitanas deveriam contornar o litoral da África em um movimento conhecido como PÉRIPLO

AFRICANO.




Esse jarro chinês era um tipo de mercadoria que

despertava o interesse dos comerciantes portugueses

no século XV.



Os produtos orientais chegavam à Europa pelas mãos de árabes e italianos desde a

Baixa Idade Média.Essa extensa cadeia de mercadores encarecia

os produtos do Oriente revendidos nos mercados europeus.

Além disso, os territórios por onde passavam essas rotas foram assolados por guerras no

século XV, quando os otomanos conquistaram o Império Bizantino.

Essa situação reduziu a oferta de produtos e multiplicou por dez os preços dos artigos

orientais......Valia a pena os portugueses direcionarem

seus esforços para chegar até o próspero Oriente.

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O Monumento aos Descobrimentos é uma escultura localizada em Lisboa (Portugal). Construída às margens do rio Tejo, essa obra homenageia mais de trinta personalidades da época das

grandes navegações.



Depois dos portugueses, os espanhóis foram os

próximos a se lançar em alto-mar. Seu atraso se

explica porque, até então, eles estiveram envolvidos

na Guerra de Reconquista contra os árabes.

Em 1492, os reis católicos patrocinaram a expedição

de Cristóvão Colombo, que acreditava ser possível

chegar ao Oriente navegando rumo ao Ocidente.

Composta de três caravelas, sua frota chegou, em 12

de outubro de 1492, à América, após setenta dias de

viagem.

A ESPANHA SE LANÇA AOS MARES

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Nessa pintura, Colombo explica aos reis católicos seu plano para chegar às Índias rumo ao Ocidente. Sem se dar conta, ele

encontraria a América.



Colombo morreu sem ter a consciência de que havia encontrado

um novo continente. Imaginando ter chegado às Índias, Colombo chamou os nativos americanos de “índios”.

Apesar dessa confusão, a Espanha organizou novas expedições à América. Numa delas, estava presente

Américo Vespúcio, o primeiro a se dar conta de que aquelas terras não eram parte das Índias.

Vespúcio descreveu esse “Novo Mundo” numa série de relatos que foram divulgados e discutidos pelos maiores

pensadores da época.



Ainda que tenha chegado depois de Colombo ao “Novo Mundo”, Vespúcio é apontado como o primeiro explorador

a ter clareza de que a América era um continente desconhecido pelos europeus.



AS VIAGENS DA INGLATERRA E FRANÇA

• Tempos depois, ingleses e franceses seguiram o exemplo de Portugal e Espanha e iniciaram sua expansão marítima;

• Essas nações também contavam com Estados centralizados e grupos de mercadores interessados nas viagens;

• Giovanni Caboto, a serviço da Coroa inglesa, iniciou em 1508 um conjunto de viagens ao o litoral dos atuais EUA e Canadá;

• Jacques Cartier, em nome da Coroa francesa, penetrou pela foz do rio São Lourenço e viajou pelo interior da América do Norte.

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Observadas por indígenas da América do Norte, as tropas de Cartier navegam pelo rio São Lourenço em direção aos

Grandes Lagos.


NAUS E CARAVELAS

EMBARCAÇÕES DA ERA DOS DESCOBRIMENTOS

GALÉS: finas e estreitas, possuíam 30 remos compridos. Apesar de eficientes, necessitavam de numerosa tripulação; não tinham muito espaço para o transporte de carga.

CARAVELA: muito ágil, dotada de três mastros e estrutura delgada, o que lhe permitia navegar a favor ou contra o vento. Foram utilizadas pelos portugueses em viagens exploratórias e comerciais. NAUS: tinham maior capacidade de carga e possuíam forte artilharia. Eram imensas para os padrões da época, chegando a 4 pavimentos internos. Pareciam “cidades flutuantes”: abrigavam cerca de 200 tripulantes, mas podiam carregar mais de 1.000.


NAUS E CARAVELAS

Observe as diferenças entre a galé (primeira imagem, da esquerda para a

direita), a caravela (segunda imagem) e a nau (terceira imagem).


MAPAS E INSTRUMENTOS• PORTULANOS: pequenos diários nos quais os pilotos

faziam anotações; são considerados os 1os mapas usados pelos portugueses;

• BÚSSOLA: instrumento utilizado para orientação baseando-se em propriedades magnéticas de alguns metais e da Terra;

• CARTAS DE NAVEGAÇÃO: apresentavam diversas informações cartográficas, como a direção dos ventos e das correntes marítimas;

NAUS E CARAVELAS

• ASTROLÁBIO, QUADRANTE, BALESTILHA: usados para calcular a localização de um lugar baseando-se na altura dos astros acima da linha do horizonte.

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A cartografia foi muito importante para o sucesso das grandes navegações. Na imagem, mapa produzido

em 1570.

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Bússola italiana do final do século XVI.


NAUS E CARAVELAS

D. Henrique, um dos maiores incentivadores das navegações em Portugal, cercou-se de importantes estudiosos de sua época.Buscou na Espanha, Itália e África técnicos, cartógrafos,

matemáticos e astrônomos que formaram a chamada Escola de Sagres.

Não era exatamente uma escola que oferecia aulas, mas uma reunião de especialistas que estiveram à frente das expedições portuguesas do século XV.


A VIDA NO MAR

• Escassez de comida e água potável;

• Ausência de conforto e péssimas condições de higiene;

• Existência de diversas doenças (ex. escorbuto);

• Ataque de piratas e corsários;• Hostilidade de comunidades nativas;

• Ameaça frequente de naufrágios;

DIFICULDADES E PERIGOS EM ALTO MAR


A VIDA NO MAR

Além da vida dura que levavam, os viajantes das grandes navegações conviviam com o perigo de

naufrágio.

CHEGANDO AO BRASIL


• O projeto de expansão marítima português teve seu momento culminante com a chegada de Vasco da Gama a Calicute (Índia), em 1498;

• Avançando pelos mares, em certo momento não muito bem definido, os portugueses chegaram ao Brasil;

• Segundo a versão tradicional, o Brasil foi descoberto por acaso, quando a expedição de Pedro Álvares Cabral chegou ao litoral da Bahia em 1500;• Outras versões defendem a hipótese de que a

viagem havia sido organizada de forma consciente pelos portugueses.


CHEGANDO AO BRASIL

Há historiadores que afirmam que, em 1415, os portugueses já possuíam conhecimentos técnicos e vinham pescar próximo ao litoral da América do Sul. Alguns pesquisadores afirmam que o navegador Bartolomeu

Dias esteve no litoral brasileiro entre 1487 e 1488.

Por sua vez, Duarte Pacheco narra uma viagem de

reconhecimento das terras do que seria o Brasil, em

uma expedição de 1498.

Independentemente dessa discussão, os portugueses foram nossos colonizadores de fato; foi por meio deles que essas terras passaram a

integrar a história da civilização ocidental.


CHEGANDO AO BRASIL

Segundo alguns historiadores, Bartolomeu Dias foi enviado em uma missão de reconhecimento das terras brasileiras antes da

viagem de Cabral.

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