7ª minuta do projeto de lei

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7ª MINUTA PROJETO DE LEI Nº. , de de 2011. Institui A Política Municipal da Juventude e cria Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania bem como os Grupos de Trabalho para o desenvolvimento do Programa e os Grupos de Referências Municipais; A Câmara Municipal de Congonhas, Estado de Minas Gerais, decreta e eu, Prefeito, sanciono e promulgo a seguinte lei: TÍTULO I DA POLÍTICA MUNICIPAL DA JUVENTUDE CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Esta lei institui A Política Municipal da Juventude e cria o Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania e os Grupos de Trabalho e Referências para o desenvolvimento de Programa no Município de Congonhas, em consonância com a legislação federal e estadual vigente. § 1º Para efeitos desta lei, entende-se adolescência e juventude em toda sua amplitude e diversidade.

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7ª MINUTA

PROJETO DE LEI Nº. , de de 2011.

Institui A Política Municipal da Juventude e

cria Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania bem como os

Grupos de Trabalho para o desenvolvimento

do Programa e os Grupos de Referências

Municipais;

A Câmara Municipal de Congonhas, Estado de Minas Gerais, decreta e eu,

Prefeito, sanciono e promulgo a seguinte lei:

TÍTULO I

DA POLÍTICA MUNICIPAL DA JUVENTUDE

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta lei institui A Política Municipal da Juventude e cria o

Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania e os Grupos

de Trabalho e Referências para o desenvolvimento de Programa no

Município de Congonhas, em consonância com a legislação federal e

estadual vigente.

§ 1º – Para efeitos desta lei, entende-se adolescência e juventude em toda

sua amplitude e diversidade.

Page 2: 7ª minuta do projeto de lei

§ 2º - A perspectiva de Cidadania abordada por esta Lei é a cidadania ativa,

que parte de princípios individuais e coletivos, que envolve a participação

efetiva dos jovens na vida política, na sociedade civil organizada e na

comunidade e para tanto abrangerá entre outras temáticas o mundo do

trabalho, perspectivas de vida e lazer.

Art. 2º A Política Municipal da Juventude será destinada aos adolescentes

e jovens com idade entre dez e vinte e nove anos, nos termos do disposto

nesta Lei.

Parágrafo único – Para entendimentos e efeitos desta lei o termo

Juventude compreende a população entre 10 (dez) e 29 (vinte e nove anos).

Art. 3º São prioridades da Política Municipal da Juventude:

I. Auxiliar na erradicação do analfabetismo da juventude;

II. Incentivar o empreendedorismo da juventude;

III. Incentivar a participação política da Juventude;

IV. Auxiliar na promoção da participação da juventude no mercado de

trabalho, de acordo com a legislação Federal vigente;

V. Contribuir para a promoção de ações de atenção integral na área da

saúde com foco na juventude, em conformidade com as diretrizes do

SUS;

VI. Implementar e fomentar, com recursos próprios ou em parcerias, a

criação de áreas de lazer e ampliação de práticas esportivas;

VII. Implementar e fomentar projetos culturais produzidos pela

juventude;

VIII. Implementar a inclusão digital de forma universalizada;

IX. Fomentar a criação de Centros de Referência da Juventude como

locais de difusão de políticas públicas;

X. Desenvolver programas municipais de transferência de renda

destinados à juventude em situação de vulnerabilidade social,

observadas as legislações vigentes.

Page 3: 7ª minuta do projeto de lei

Art. 4º Para o fiel cumprimento dos objetivos da Política Municipal da

Juventude compete ao Município, através de suas Secretarias, órgãos e

conselhos específicos para questões da juventude:

I - Promover, no que tange à saúde pública, atividades relacionadas da

juventude e a todos os seus desafios;

II - Manter diálogo permanente sobre questões relacionadas à educação

básica, profissionalizante e superior, visando ao desenvolvimento integral

da juventude;

III – Estimular e apoiar a realização de projetos culturais desenvolvidos

pela juventude, buscando garantir sua regular execução, de modo a ampliar

a sua participação nas questões culturais;

IV - Buscar a ampliação da prática esportiva entre a juventude, sempre em

parceria com os órgãos específicos;

V - Auxiliar na inclusão da juventude no mercado de trabalho e no aumento

de sua empregabilidade e renda de acordo com a legislação vigente;

VI - Fortalecer as garantias e direitos fundamentais e direitos sexuais e

reprodutivos da juventude, sem distinção de raça, cor, gênero e ou

orientação sexual, respeitadas todas as legislações vigentes;

Art. 5º Para a descentralização e o fortalecimento da Política Municipal da

Juventude, o Município buscará incentivar os conselhos municipais que

representam o público a que se destina esta lei.

Art. 6º No campo da participação política compete ao Município:

I - Apoiar a participação da Juventude em todas as conferências,

seminários, fóruns e debates;

II – Garantir a representatividade dos jovens nos Conselhos;

III - Promover a integração e a formação dos membros do Conselho

Municipal da Juventude, Grêmios Estudantis e outros grupos

representativos do público a qual se destina esta lei;

Page 4: 7ª minuta do projeto de lei

IV – Estimular e apoiar a realização, a cada dois anos, da Conferência

Municipal da Juventude em consonância com o Conselho Nacional da

Juventude;

V - Estimular a participação dos estudantes no processo de gestão

educacional por meio dos Grêmios Estudantis.

Art. 7º O Município, por meio das Secretarias afins, do Conselho

Municipal da Educação, do Conselho Municipal da Juventude e com o

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, procederá à

avaliação periódica da Política Municipal da Juventude.

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 8º A Juventude é um direito personalíssimo e a sua proteção um

direito social, nos termos desta lei e da legislação vigente, a saber:

§ 1º- reconhecimento dos/das adolescentes, jovens como atores sociais,

sujeitos de direitos e potenciais promotores de desenvolvimento;

§ 2º- reconhecimento do direito de todas as pessoas desenvolverem e

vivenciarem sua sexualidade de forma saudável;

§ 3º- promoção da Educação Sexual, da Saúde Sexual e Reprodutiva e

da Equidade de Gênero como fatores determinantes da qualidade de

vida;

§ 4º- a participação como essência da vida democrática;

§ 5º- a participação juvenil como fator fundamental no equacionamento

de suas vulnerabilidades;

§ 6º- valorização da diversidade humana: respeito pelas diferenças

étnicas, socioculturais, de orientação sexual, estéticas, geracionais,

religiosas e de gênero;

§ 7º- respeito e valorização de nossas culturas locais;

Page 5: 7ª minuta do projeto de lei

§ 8º- o Ser Humano como fim último do desenvolvimento.

Art. 9º É obrigação do Município garantir à juventude a proteção à vida e a

saúde mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam uma

existência livre, saudável e em condições de dignidade.

Art. 10 É garantida à Juventude a participação na elaboração de políticas

públicas a ela destinadas, cabendo ao Município e à sociedade em geral

estimularem o protagonismo juvenil.

Parágrafo Único: Entende-se por protagonismo juvenil:

I. A participação do jovem em ações que contemplem a procura

pelo bem comum nos estabelecimentos de ensino e na sociedade;

II. A concepção do jovem como pessoa ativa, livre e responsável;

III. A percepção do jovem como pessoa capaz de ocupar uma posição

central nos processos político e social;

IV. A ação, a interlocução e o posicionamento do jovem com respeito

ao conhecimento e sua aquisição responsável e necessária à sua

formação e crescimento como cidadão;

V. O estímulo à participação ativa dos jovens em benefício próprio,

de suas comunidades, cidades, regiões e País.

Art. 11 O Município e a sociedade são obrigados a assegurar ao jovem a

liberdade, o respeito e a dignidade como pessoa humana e sujeito de

direitos civis, políticas individuais e sociais, garantidos na Constituição

Federal e nas demais leis vigentes.

Art. 12 O direito à dignidade assegura que o jovem não será discriminado:

I. Por sua raça, cor, origem, etnia, língua, religião ou diversidade

cultural;

Page 6: 7ª minuta do projeto de lei

II. Por seu sexo, gênero ou orientação sexual;

III. Por suas opiniões, condição social, aptidões físicas ou por seus

recursos econômicos.

Art. 13 O Município e a Sociedade devem buscar a eliminação de

estereótipos, em todos os tipos, formas de comunicação e de educação, que

possam reforçar as desigualdades existentes entre homens e mulheres, sem

deixar de reconhecer as necessidades específicas de cada sexo.

CAPÍTULO III

DOS OBJETIVOS

Art. 14 São objetivos da Política Municipal da Juventude:

I - promover o desenvolvimento integral dos jovens nos aspectos humano,

familiar, social, educacional, econômico, cultural e desportivo;

II - articular os Poderes do Município, organizações não governamentais e

a sociedade para a implementação das políticas públicas de juventude;

III - fomentar a construção do diálogo e a convivência plural entre as

diversas representações juvenis e entre estas e o governo municipal.

Art. 15 Para o fiel cumprimento dos objetivos da Política Municipal da

Juventude cabe ao Município, através dos órgãos e conselhos específicos

para questões de juventude:

I. Promover, no que tange à saúde pública, atividades relacionadas à

juventude e a seus principais desafios;

II. Manter diálogo permanente sobre questões relacionadas à educação

básica, profissionalizante e superior e seus desdobramentos, visando

ao desenvolvimento do jovem;

Page 7: 7ª minuta do projeto de lei

III. Auxiliar na realização de projetos culturais desenvolvidos por

jovens, buscando garantir sua regular execução, de modo a ampliar a

participação juvenil nas questões culturais;

IV. Buscar a ampliação da prática esportiva entre os jovens, sempre em

parceria com os órgãos específicos;

V. Auxiliar na inclusão de jovens no mercado de trabalho e no aumento

de sua empregabilidade e renda;

VI. Fortalecer as garantias e direitos fundamentais dos jovens, sem

distinção de raça, cor, gênero ou orientação sexual;

VII. Garantir a continuidade e permanência do programa municipal de

educação em sexualidade e cidadania;

VIII. Promover a formação continuada em temáticas juvenis para

educadores que atuam no município;

IX. Garantir a democratização das informações do programa municipal

de educação em sexualidade e cidadania para fornecer subsídios para

a elaboração dos planos de ação educacionais;

X. Estimular a formação de grupos de trabalho intersetorias (educação,

saúde, assistência social);

XI. Estimular e apoiar as ações educacionais através das micro-redes

trans-setoriais.

CAPÍTULO IV

DAS DIRETRIZES

Art. 16 São diretrizes da Política Municipal da Juventude:

I. A singularidade da juventude;

II. A concepção do jovem como sujeito de direitos e deveres;

Page 8: 7ª minuta do projeto de lei

III. A valorização da diversidade juvenil;

IV. O fortalecimento dos segmentos juvenis vulneráveis;

V. A adoção de políticas transversais e ações intersetoriais para a

promoção integral dos direitos da juventude; e

VI. A participação juvenil.

Art. 17 No campo da participação política cabe ao Município, por meio das

Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social:

I. Apoiar a participação dos jovens na elaboração das políticas

públicas, por meio de conselhos, conferências, seminários, fóruns e

debates;

II. Promover a integração dos membros do Conselho Municipal da

Juventude com o Programa Municipal de Educação em Sexualidade

e Cidadania;

III. Destinar anualmente recursos financeiros, previstos em orçamento

das secretarias envolvidas, para todas as ações voltadas para o

Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania;

IV. Disponibilizar profissionais para atuarem como Coordenadores e

Referências Municipais do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania;

V. Garantir disponibilidade, dentro da Carga Horária Semanal de

trabalho dos profissionais referências das Secretarias de

Educação, Saúde e Assistência Social, destinadas à coordenação,

planejamento, desenvolvimento, monitoramento e avaliação das

ações;

VI. Garantir disponibilidade, dentro da Carga Horária Semanal de

trabalho dos professores referência do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania para desenvolver as

atividades correlatas ao Projeto;

Page 9: 7ª minuta do projeto de lei

VII. Garantir Carga Horária Mensal mínima de 04 horas mensais para a

formação continuada de educadores nas Escolas Municipais e dos

facilitadores das Secretarias da Saúde e da Assistência Social;

VIII. Assegurar valorização por meio de prêmios ou bônus ou horas-

extras ou progressão no plano de Cargos Salários e Carreira dos

profissionais referências que atuam no Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania;

TÍTULO II

DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO EM

SEXUALIDADE E CIDADANIA;

CAPITULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 18 O Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania,

tem por finalidade promover o desenvolvimento pessoal e social dos jovens

por meio de ações de caráter educativo e participativo.

Parágrafo Único: As ações serão focalizadas nas questões

relacionadas à afetividade e sexualidade, juventude e cidadania,

mundo do trabalho e perspectiva de vida, tendo o protagonismo

como eixo norteador das ações visando oferecer espaços de

construção de identidades, exercício da cidadania e ações

protagonistas entre os jovens, integradas à realidade vivida por eles

em suas comunidades.

Page 10: 7ª minuta do projeto de lei

Art. 19 A Educação em Sexualidade e Cidadania nas escolas será

desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente

na Educação Básica.

Art. 20 A concepção pedagógica que deve inspirar os processos de

Educação em Sexualidade e Cidadania é a que a entende como um

processo didático entre todos os agentes educativos e sociais que

participam do processo, que oportunize aos alunos serem protagonistas de

sua própria aprendizagem, que se comprometa com a promoção pessoal e

social das pessoas e melhoria da qualidade de vida da comunidade.

Art. 21 São princípios norteadores do Programa Municipal de Educação

em Sexualidade e Cidadania:

I. Assegurar a construção de aprendizagens significativas;

II. Contextualização dos processos de ensino – aprendizagem;

III. Oportunizar que os alunos realizem aprendizagens significativas;

IV. Facilitar a globalização da aprendizagem;

V. Desenvolver uma prática coeducativa;

VI. Criar um clima de tolerância, respeito e que gere confiança para

participação;

VII. Facilitar o uso de materiais e técnicas alternativas, que favoreçam o

lúdico, o diálogo, a reflexão e a ação;

VIII. Trabalhar em coparticipação com a família;

IX. Gerar equipes intersetoriais de trabalho;

X. Desenvolver avaliações periódicas dos processos de caráter

formativo e profissionais envolvidos no Programa.

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CAPITULO II

DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

EM SEXUALIDADE E CIDADANIA

Art. 22 O Objetivo Geral do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania é criar e ampliar espaços de discussão, reflexão e

aprendizagem sobre saúde sexual e reprodutiva, sexualidade e os direitos a

ela relacionados, com adolescentes e jovens do município.

Art. 23 São objetivos específicos:

I. Garantir a formação de educadores das escolas envolvidas, de

profissionais da saúde e assistência social para promoverem o

desenvolvimento pessoal e social do adolescente dentro da proposta

do programa;

II. Elaborar, acompanhar e avaliar um modelo de formação continuada

para educadores, profissionais de Saúde e da Assistência Social;

III. Criar mecanismos para incorporação de metodologia participativa e

temas relacionados à afetividade e à saúde sexual e reprodutiva,

juventude e cidadania, mundo do trabalho e perspectiva de vida, nas

escolas e nas unidades de saúde;

IV. Ampliar espaços de participação dos adolescentes nas escolas, nas

unidades de saúde e nos programas da Secretaria de Assistência

Social;

V. Possibilitar que as ações preventivas ao uso e abuso de drogas lícitas

e ilícitas sejam incorporadas e fortalecidas nas escolas, nas unidades

de saúde e assistência social.

Page 12: 7ª minuta do projeto de lei

VI. Contribuir para a redução do índice de gravidez não planejada na

adolescência;

VII. Contribuir para a melhoria do uso de métodos contraceptivos entre

adolescentes sexualmente ativos;

VIII. Contribuir para o aumento do uso dos preservativos masculino e

feminino como prevenção das DST’s, HIV-Aids, HPV, entre

adolescentes;

IX. Sensibilizar profissionais da justiça, pais, mães e comunidade para

participação nos projetos intersetoriais com adolescentes e com os

temas do Programa Municipal de Educação em Sexualidade e

Cidadania;

X. Formar adolescentes para o exercício de sua cidadania, a atuação

como agentes de mudanças e transformações sociais e a vivência de

sua sexualidade adotando comportamentos de prevenção e cuidado

consigo mesmo e com o outro;

XI. Fortalecer as escolas, as unidades de saúde e os telecentros como

pólos irradiadores de ações educativas-participativas-preventivas

com adolescentes na comunidade;

XII. Criar condições para um atendimento diferenciado do adolescente

em saúde sexual e reprodutiva nas unidades de saúde, que incorpore

o uso de metodologias participativas.

CAPITULO III

DAS DIRETRIZES DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

EM SEXUALIDADE E CIDADANIA:

Page 13: 7ª minuta do projeto de lei

Art. 24 São consideradas como diretrizes do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania.

I. A implantação da Educação em Sexualidade e Cidadania integrada

às disciplinas como tema transversal, contínuo e permanente, de

acordo com os PCN’s e com a Lei 9.795/99;

II. A articulação com os Projetos Político-Pedagógicos – PPP’s, das

escolas da Rede Municipal de Ensino;

III. A difusão de projetos, campanhas educativas e de informações

acerca da temática juvenil, por intermédio dos meios de

comunicação e de ferramentas de educomunicação;

IV. A ampla participação das comunidades e de organizações não-

governamentais na formulação e execução das ações do Programa

Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania;

V. Abertura para empresas públicas e privadas serem parceiras do

Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania e no

desenvolvimento de projetos previstos no Plano Anual das Escolas;

VI. A sensibilização da sociedade para a importância das causas

relacionadas à Juventude;

VII. A promoção de evento anual (fórum, seminário, congresso,

workshop) para discussão de temas relacionados às questões da

Juventude;

VIII. Monitorar ações das Escolas Municipais que visem promover o

desenvolvimento pessoal e social de jovens, implementadas em três

áreas temáticas: afetividade e sexualidade, juventude e cidadania,

mundo do trabalho e perspectiva de vida;

Page 14: 7ª minuta do projeto de lei

IX. Aplicar questionário diagnóstico, a cada dois anos para mapeamento

e monitoramento da efetividade do Programa nas escolas, unidades

de saúde e assistência social, que trabalham com a temática da

Juventude;

X. Acompanhar a entrega de relatórios das Escolas, unidades de saúde e

assistência social, visando conhecer as atividades realizadas pelo

Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania e o

impacto no público alvo;

XI. Acompanhar as ações ocorridas nas escolas, unidades de saúde e

assistência social;

XII. Monitorar as escolas através de visitas para observar a organização

referente ao uso do tempo e espaço escolar, motivação e interesse de

professores e alunos, ambiente favorável a aprendizagem.

Art. 25 As atividades do Programa Municipal de Educação em Sexualidade

e Cidadania terão as seguintes linhas de atuação, interrelacionadas:

I. Promover Seminários da Juventude a cada dois anos;

II. Promover Seminários para os profissionais referência que atuam no

Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania, com

temas relacionados ao Protagonismo Juvenil;

III. Realizar a cada dois anos o Encontro Municipal de Adolescentes;

IV. Realizar a cada dois anos o Encontro de Facilitadores Municipais;

V. Promover anualmente cursos de Formação Básica para novos

profissionais, com Carga Horária mínima de 80 horas;

VI. Promover cursos de Formação Básica para alunos referência, com

Carga Horária mínima de 40 horas;

VII. Promover formação continuada para os profissionais referência;

Page 15: 7ª minuta do projeto de lei

VIII. Garantir e custear a participação dos jovens em eventos relacionados

à Juventude fora do município, desde que validada pelo Grupo de

Trabalho de Facilitadores do Programa e Conselho Municipal da

Juventude;

IX. Realização de Mapeamento dos adolescentes, a cada dois anos,

objetivando avaliar a efetividade das ações desenvolvidas pelo

programa, bem como diagnosticar o perfil de nossos adolescentes;

X. Realização de Pré Encontros Municipais de Adolescentes a cada dois

anos;

XI. Atualizar, sempre que necessário, o acervo de trabalho das

Secretarias envolvidas no Programa, bem como o das Escolas

Municipais (filmes, livros, revistas etc.);

XII. Divulgar as ações do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania, através das mídias locais (internet, jornais,

etc.);

XIII. Estimular a participação dos alunos referência dentro dos grêmios

estudantis;

XIV. Facilitar a criação de entidades de representação estudantil nas

escolas municipais, orientando a direção das escolas a oferecer

espaço para as sedes dessas entidades;

XV. Estimular a participação das Escolas Municipais no Programa

Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania;

XVI. Promover, em parceria com as Secretarias de Educação, Saúde e

Assistência Social, abertura de Edital Anual para participação das

Escolas Municipais no Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania;

XVII. Estimular as escolas municipais a elaborarem planos de trabalho

anual conforme estabelecido no Edital, para participarem no

Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania;

Page 16: 7ª minuta do projeto de lei

XVIII. Aprovar os planos de trabalho das Escolas Municipais embasados no

Edital Anual do Programa Municipal de Educação em Sexualidade e

Cidadania;

XIX. Disponibilizar recursos financeiros para as escolas municipais

destinados a realização das ações previstas e aprovadas do Plano

Anual do Programa Municipal de Educação em Sexualidade e

Cidadania;

XX. Promover ações intersetoriais nas Escolas Municipais (Secretarias de

Educação, Saúde, Assistência Social), exemplo: oficinas, salas

temáticas, cinema comentados, palestras etc.;

XXI. Novo inciso

CAPÍTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art. 26 São instrumentos do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania:

I. Grupo de Trabalho de Facilitadores do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania - composto de profissionais

das Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social;

II. Grupo de Referência de Educação em Sexualidade e Cidadania -

Composto de professores, profissionais de saúde das unidades de

saúde e dos PSF’s das comunidades e bairros onde estão localizadas

as Escolas Municipais e profissionais envolvidos com programas e

projetos de juventude da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e

Assistência Social;

III. Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania;

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IV. Banco de dados de projetos e ações do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania;

V. Plano de formação continuada do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania;

VI. Edital Anual com as diretrizes para orientação das Escolas para

elaboração de seus planos de trabalho anual, do Programa

Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania

VII. Plano de trabalho anual das escolas referente às ações Programa

Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania;

VIII. Planilha financeira para monitoramento do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania.

Seção I

Do Grupo de Trabalho de Facilitadores do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania

Art. 27 Fica instituído o Grupo de Trabalho de Facilitadores do Programa

Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania, composto por, no

mínimo: um representante da Secretaria Municipal de Educação; um

representante da Secretaria Municipal de Saúde; um representante da

Secretaria Municipal de Assistência Social.

Parágrafo único. A Secretaria Municipal de Educação será o órgão

municipal responsável pelo acompanhamento, coordenação e avaliação

contínua do Programa Municipal de Educação em Sexualidade e

Cidadania, bem como dos grupos de trabalho criados por esta lei.

Page 18: 7ª minuta do projeto de lei

Seção II

Do Grupo de Referência de Educação em Sexualidade e Cidadania

Art. 28 Fica instituído o Grupo de Referência de Educação em Sexualidade

e Cidadania composto por: representantes da Secretaria Municipal de

Educação; um representante do magistério de cada escola da rede

municipal; representantes da Secretaria Municipal de Saúde, um

representante de cada PSF das comunidades e bairros onde estão

localizados as Escolas Municipais, um representante de cada projeto da

Assistência Social ligado à juventude.

Seção III

Do Banco de Dados

Art. 29 O Banco de Dados do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania criará um sistema para gerar informações sobre a

situação qualitativa e quantitativa do programa no município.

Art. 30 O Banco de Dados do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania será elaborado através do levantamento de

questões relacionadas aos temas do Programa coletadas em escolas

municipais (percepção de professores e alunos sobre o desenvolvimento do

programa, atividades desenvolvidas pelas escolas, formação de professores

etc.).

Art. 31 São objetivos do Banco de Dados do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania:

I - Reunir, dar consistência e divulgar os dados e informações sobre o

Programa no município;

Page 19: 7ª minuta do projeto de lei

II - Fornecer subsídios para a elaboração do Plano Anual do Programa

Municipal de Educação em Sexualidade.

Parágrafo único. Toda a sociedade terá acesso garantido aos dados e

informações, através de impressos (panfletos, jornal municipal) e/ou site da

Prefeitura de Congonhas.

Seção IV

Do Plano de Formação Continuada

Art. 32 - O plano de formação continuada do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania deve ser implementado com

recursos do município ou a partir de parcerias com associações, instituições

de ensino, organizações não-governamentais, setores público e privado.

Art. 33 São objetivos da formação continuada:

I - Apoiar a criação e o fortalecimento de redes e coletivos de educadores;

II – Proporcionar formação continuada de docentes e facilitadores da

Educação, Saúde e Assistência Social.

CAPÍTULO V

DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES GERAIS

Art. 34 São atribuições do Grupo de Trabalho de Facilitadores do

Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania:

Page 20: 7ª minuta do projeto de lei

I - Coordenar, executar, acompanhar e propor a regulamentação necessária

para implementação e implantação do Programa Municipal de Educação

Afetivo Sexual;

II- Coordenar a elaboração do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania;

III - Promover a Educação em Sexualidade e Cidadania de forma

interdisciplinar, de acordo com o Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania com o apoio dos órgãos municipais de educação,

saúde e assistência social;

IV - Realizar o planejamento anual das ações municipais do Programa

Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania, juntamente com o

Grupo de Referências de Educação em Sexualidade e Cidadania nas

escolas;

V - Trabalhar de forma articulada e integrada junto aos órgãos públicos

municipais, instituições privadas, educadores e sociedade civil organizada,

contribuindo para o fortalecimento da gestão do programa no município;

VI - Promover a integração dos diferentes segmentos sociais por meio de

projetos e pesquisas relacionados à Educação em Sexualidade e

Cidadania;

VII - Promover a formação continuada dos diversos atores sociais

envolvidos pelo Programa;

VIII- Divulgar as fontes de financiamento disponíveis para realização de

projetos do Programa Municipal de Educação em Sexualidade e Cidadania;

IX - Incentivar a criação de espaços para promover a reflexão, a construção

de conhecimentos, a socialização de experiências e a integração de

Page 21: 7ª minuta do projeto de lei

educadores e facilitadores do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania;

X - Criar um Banco de Dados do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania;

XI- Atuar em parceria com outras instituições públicas e privadas;

XII- Aprovar projetos apresentados por instituições públicas e/ou privadas,

para sua posterior implantação nas escolas da rede municipal de educação.

Parágrafo único. Nenhum projeto de instituições públicas e/ou privadas

poderá ser desenvolvido nas escolas municipais sem antes ser aprovado

pelo Grupo de Trabalho de Educação em Sexualidade e Cidadania.

XII- Apoiar o processo de planejamento no qual, com base em um

diagnóstico preliminar, a escola elabora sua proposta de trabalho aplicando

as orientações gerais à sua situação particular, preservando a coerência com

as prioridades e objetivos de seu plano de desenvolvimento;

XIII - Aprovar os Planos Anuais de Ação do Programa Municipal de

Educação em Sexualidade e Cidadania elaborados pelas escolas da rede

municipal de educação;

XIV- Verificar se o processo de formação está adequado aos princípios e

fundamentos do Programa e se atende às necessidades levantadas tanto no

diagnóstico preliminar quanto no decorrer das atividades;

XV - Incentivar continuamente as ações desenvolvidas desde o momento

em que a escola passa a executar o seu projeto;

XVI - Acompanhar sistematicamente as ações das escolas que deverão

utilizar técnicas e instrumentos variados de busca da aprendizagem;

XVII - Incentivar e acompanhar o registro de todas as atividades que

possibilitarão análises comparativas e proporcionarão material para

Page 22: 7ª minuta do projeto de lei

discussão, fornecendo indicativos sobre acertos e correções que se façam

necessários.

Art. 35 São atribuições do Grupo de Referência:

I - Articular as atividades do Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania Sexual no âmbito das escolas municipais e

comunidades;

II - Participar da elaboração do Plano Anual das ações do Programa

juntamente com a equipe de lideranças das Escolas e os profissionais

referências dos PSF’s;

III - Participar de reuniões mensais para o acompanhamento das atividades,

promovidas pelo Grupo de Trabalho de Facilitadores;

IV - Desenvolver as ações previstas no plano anual, dentro das unidades

escolares;

V - Colaborar com o Grupo de Trabalho de Facilitadores na elaboração de

diagnósticos, pesquisas e projetos bem como na ampla divulgação desses

instrumentos e das diretrizes do Plano Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania para a comunidade.

Art. 36 - Caberá às Secretarias Municipais de Educação, Saúde e

Assistência Social e aos órgãos municipais relacionados à juventude:

I - Oferecer apoio institucional para a consolidação do Grupo de Trabalho

de Facilitadores;

II - Estabelecer estrutura física para o acompanhamento e desenvolvimento

das ações do Grupo de Trabalho de Facilitadores do Programa;

Page 23: 7ª minuta do projeto de lei

III - Buscar alternativas curriculares e metodológicas para o fortalecimento

da discussão sobre questões da Juventude nas escolas do município.

Art. 37 - Caberá ao Conselho Municipal da Educação e da Juventude a

função de inspecionar a implementação e execução do Programa no

Município.

Art. 38 - O Poder Executivo regulamentará, por decreto, no prazo de 90

dias contados a partir da publicação desta lei,o Grupo de Trabalho de

Facilitadores do Programa Municipal de Educação em Sexualidade e

Cidadania, necessário à execução deste.

CAPÍTULO VI

DA ALOCAÇÃO DE RECURSOS

Art. 39 - O município de Congonhas, por meio de suas Secretarias de

Educação, Saúde e Assistência Social e órgãos municipais relacionados à

Juventude, deverá prever recursos em suas leis orçamentárias para

viabilizar a execução do Programa Municipal de Educação em Sexualidade

e Cidadania:

I - Os recursos destinados ao Programa Municipal de Educação em

Sexualidade e Cidadania deverão ser captados através ......................

II - Para a implementação do Programa do qual trata esta Lei fica o Poder

Executivo autorizado a firmar convênios, contratos e outras parcerias

públicas ou privadas.

Art. 40 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Congonhas, xxxx de xxxxxxxxxxxxxxxx de 2011.

Page 24: 7ª minuta do projeto de lei

Anderson Costa Cabido

Prefeito de Congonhas