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    Teoriaeexerccioscomentados

    AULA 07: Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n 101/2000): principais tpicos.

    SUMRIO PGINA 1.Apresentao 1 2.Base Constitucional 2 3.Princpios 2 4.Conceitos Bsicos 3 5.Receita 10 5.1. Renncia de Receita 13 6.Despesa 17 6.1.Aumento das despesas em geral 17 6.2.Despesas obrigatrias de carter continuado 18 7. Despesas com pessoal 21 8. Despesas da seguridade social 33 9. Destinao de recursos para o setor privado 34 10. Dvidas e endividamento 36 10.1.Dvida Consolidada e Mobiliria 37 10.2. Operaes de crditos e ARO 45 10.3. Garantias e contragarantias 52 11. Transferncias voluntrias 56 12. Preservao do Patrimnio Pblico 58 13. Instrumentos de transparncia 58 14. Escriturao e consolidao 60 15. Fiscalizao 65 16. Questes comentadas 67 17. Lista das questes apresentadas 78 1. APRESENTAO

    Pessoal, na aula hoje apresentarei os principais tpicos da Lei de

    Responsabilidade Fiscal. Ressalto que nas aulas anteriores vimos os

    tpicos relacionados Execuo Oramentria e Financeira; sobre Restos

    a Pagar; sobre o Relatrio Resumido de Execuo Oramentria e sobre o

    Relatrio de Gesto Fiscal.

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    2. BASE CONSTITUCIONAL

    A Constituio Federal de 1988 estabelece que lei complementar

    dispor sobre 1:

    I. Finanas pblicas;

    II. Dvida pblica externa e interna, includa a das autarquias,

    fundaes e demais entidades controladas pelo Poder

    Pblico;

    III. Concesso de garantias pelas entidades pblicas;

    IV. Emisso e resgate de ttulos da dvida pblica;

    V. Fiscalizao financeira da administrao pblica direta e

    indireta;

    VI. Operaes de cmbio realizadas por rgos e entidades da

    Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;

    VII. Compatibilizao das funes das instituies oficiais de

    crdito da Unio, resguardadas as caractersticas e

    condies operacionais plenas das voltadas ao

    desenvolvimento regional.

    Assim, a base constitucional da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF

    (Lei Complementar 101/2000) o inciso I do artigo 163 da CF/1988. O

    objetivo da LRF estabelecer normas de finanas pblicas voltadas para a

    responsabilidade na gesto fiscal.

    Ressalta-se que as disposies da LRF obrigam a Unio, os

    Estados, o Distrito Federal e os Municpios.

    3. PRINCPIOS

    A LRF est fundamentada em 4 princpios: planejamento,

    transparncia, controle e responsabilizao.

    O princpio do planejamento est representado pelas metas

    fiscais; limites para renncia de receita e gerao de despesa (pessoal,

    seguridade social); limites para operaes de crdito (inclusive

    Antecipao de Receita Oramentria) e para concesso de garantias; 1Art.163.

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    obrigatoriedade de publicao do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes

    Oramentrias e Lei Oramentria Anual.

    O princpio da transparncia est representado pela divulgao

    ampla via internet, planos, diretrizes, oramentos, do Anexo de Metas

    Fiscais, do Relatrio Resumido de Execuo Oramentria e do Relatrio

    de Gesto Fiscal.

    O princpio do controle est consubstanciado pela ao

    fiscalizadora mais efetiva dos tribunais de contas e estabelecimento de

    prazos para cumprimento dos limites.

    O princpio da responsabilizao est representado pela

    identificao e responsabilizao dos agentes. A legislao prev crimes

    relacionados ao descumprimento de itens previstos na LRF.

    Gostaria de deixar claro que no existe de forma explcita na

    legislao uma quantidade de princpios estabelecidos. Trouxe para vocs

    o que consta na doutrina.

    4. CONCEITOS INICIAIS

    Vamos neste tpico apresentar trs conceitos importantes: empresa

    controlada, empresa estatal dependente e receita corrente lquida.

    A empresa controlada a sociedade cuja maioria do capital social

    com direito a voto (ou seja, 50%+1) pertena, direta ou

    indiretamente, a ente da Federao. Esto representadas pelas

    Sociedades de Economia Mista e Empresas Pblicas2.

    A empresa estatal dependente (EED) empresa controlada

    que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de

    despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excludos,

    no ltimo caso, aqueles provenientes de aumento de participao

    acionria3. Esto representadas aqui, por exemplo, pelas Sociedades de

    Economia Mista e Empresas Pblicas que recebam recursos do Tesouro

    2IncisoIIdoart.2daLRF.3IncisoIIIdoart.2daLRF.

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    Nacional para cobrir despesas com pessoal. A Figura 1 ilustra atualmente

    as empresas estatais dependentes do Governo Federal.

    Figura 1: Todas as EED da Administrao Pblica Federal

    Fonte: DEST (2012)

    Vamos a nossa primeira questo.

    Julgue o item seguinte em conformidade com o que dispe a Lei de

    Responsabilidade Fiscal (LRF).

    1. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico em Oramento) Para efeitos da LRF, uma

    sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertena,

    direta ou indiretamente, a um municpio, enquadra-se no conceito de

    empresa controlada.

    COMENTRIO QUESTO

    CERTO, conforme consta na LRF.

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    Na sequncia vamos tratar da Receita Corrente Lquida. Quando

    ensino isso em sala de aula, peo que meus alunos pensem inicialmente

    na receita corrente lquida como um nmero, um montante, o que

    verdade.

    Esse montante servir de base de clculo para aplicao dos

    percentuais dos diversos limites que veremos ao longo da aula.

    A receita corrente lquida o somatrio das receitas

    tributrias, de contribuies, patrimoniais, industriais,

    agropecurias, de servios, transferncias correntes e outras

    receitas tambm correntes4, deduzidos os seguintes itens que constam

    no Quadro 1.

    Quadro 1: Receita Corrente Lquida Unio Estados Municpios

    Somatrio das Receitas Correntes da

    Unio

    (-) os valores transferidos aos Estados e

    Municpios por determinao

    constitucional ou legal [Exemplos: Fundo

    de Participao dos Estados; Fundo de

    Participao dos Municpios; 29% da CIDE

    Combustvel que destinado aos Estados;

    50% do Imposto Territorial Rural]

    (-) as contribuies mencionadas na

    alnea a do inciso I5 e no inciso II6 do art.

    195, e no art. 2397 da Constituio

    Somatrio das Receitas

    Correntes do Estado

    (-) as parcelas entregues

    aos Municpios por

    determinao

    constitucional [Exemplos:

    50% do IPVA pertence

    aos Municpios].

    Somatrio das

    Receitas

    Correntes do

    Municpio

    (-) a contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema de previdncia e

    assistncia social e as receitas provenientes da compensao financeira citada no 9

    do art. 201 da Constituio 8.

    4Ouseja,soastodasasreceitascorrentes.5 Contribuiosocialdoempregador,daempresaedaentidadeaelaequiparadanaformadalei,incidentessobreafolhadesalriosedemaisrendimentosdotrabalhopagosoucreditados,aqualquerttulo,pessoafsicaquelhepresteservio,mesmosemvnculoempregatciocontribuiesprevidenciriaspatronais.6Contribuiosocialdotrabalhadoredosdemaisseguradosdaprevidnciasocial,noincidindocontribuiosobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social contribuiesprevidenciriasdossegurados.7 Contribuies para Programa de Integrao Social e Programa de Formao do Patrimnio do ServidorPblico.

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    Por fim, lembro que esse valor que ser apurado somando-se as

    receitas arrecadadas no ms em referncia e nos onze anteriores,

    excludas as duplicidades utilizado para calcular os seguintes limites:

    -Despesa de pessoal;

    -Dvida Consolidada;

    -Dvida Mobiliria;

    -Operao de crdito;

    -Garantias;

    -Antecipao de Receitas Oramentrias.

    Assim, trata-se de um montante anual. Vamos fazer mais uma

    questo.

    Por fim, o Quadro 2 discrimina detalhadamente as dedues a

    serem consideradas na Receita Corrente Lquida Unio.

    Quadro 2: Dedues* a serem consideradas da RCL na Unio

    1 Valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao

    constitucional ou legal

    2 Contribuies sociais para a seguridade social do trabalhador e dos

    demais segurados da previdncia social

    3

    Contribuies sociais para a seguridade social do empregador, da

    empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,

    incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do

    trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica

    que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio

    4 A contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema de

    previdncia

    5

    Arrecadao decorrente das contribuies para o Programa de

    Integrao Social PIS e para o Programa de Formao do

    Patrimnio do Servidor Pblico PASEP

    8Porexemplo,umcidadotrabalha20anosnainiciativaprivadaerecolhesuascontribuiesprevidenciriasaoRegimeGeraldePrevidnciaSocial,depoistrabalha15anospeloRegimePrpriodosServidoresPblicos;nestecasooRGPSdevepagarobrigaesreferentesde20anos.

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    As receitas provenientes da compensao financeira dos diversos

    regimes de previdncia, na contagem recproca do tempo de

    contribuio na administrao pblica e na atividade privada, rural

    e urbana. imprescindvel, para tanto, que as referidas receitas

    estejam adequadamente contabilizadas em contas prprias que as

    identifiquem. Quando a compensao for entre o Regime Prprio

    de Previdncia do Servidor e o Regime Geral de Previdncia

    Social, essa receita dever ser computada como intra-

    oramentria

    Legenda: *As dedues diferentemente das duplicidades devem ser

    consideradas no clculo bruto.

    2. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico Superior - Oramento) No caso das

    transferncias voluntrias de recursos pblicos, a celebrao de

    convnios para gastos correntes afetar diretamente a receita corrente

    lquida, principal denominador utilizado para verificao dos limites de

    gastos previstos na LRF, ainda que se leve em conta o fato de as

    transferncias voluntrias no serem passveis de utilizao para

    pagamento de despesas com pessoal.

    COMENTRIOS QUESTO

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    CERTO. Trouxe essa questo, pois ela trata de um aspecto radical. As

    receitas de transferncias de convnios para gastos correntes que so

    receitas correntes do tipo transferncias correntes compem o somatrio.

    Alm disso, elas no constam nas dedues do Quadro 1. E por fim

    conforme consta no inciso X do artigo 167 da CF/1988: vedada a

    transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos,

    inclusive por antecipao de receita, pelos Governos Federal e

    Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento de despesas

    com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios. Assim, apesar das receitas de transferncias

    correntes comporem o clculo da receita corrente lquida e que servir de

    base de clculo para os limites das despesas com pessoal, as receitas de

    transferncias voluntrias no podem ser utilizadas para custear

    despesas com pessoal.

    A Figura 2 mostra o clculo da RCL da Unio.

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    Figura 2: Receita Corrente Lquida da Unio

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    5.RECEITA

    Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gesto

    fiscal a instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os tributos

    da competncia constitucional do ente da Federao 9.

    vedada a realizao de transferncias voluntrias para o ente

    que no observe o disposto no caput, no que se refere aos IMPOSTOS.

    Vamos a mais uma questo.

    3. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico Superior - Oramento) Afronta o conceito

    de responsabilidade fiscal da receita o fato de, at a presente

    oportunidade, a Unio no ter institudo o imposto sobre grandes

    fortunas.

    COMENTRIOS QUESTO

    CERTO. Apresento a seguir os impostos na Unio, dos Estados e

    Municpios prescritos na CF/1988.

    Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre:

    I - importao de produtos estrangeiros;

    II - exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou

    nacionalizados;

    III - renda e proventos de qualquer natureza;

    IV - produtos industrializados;

    V - operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou

    valores mobilirios;

    VI - propriedade territorial rural;

    VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

    9Art.11daLRF.

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    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir

    impostos sobre:

    I - transmisso causa mortis e doao, de quaisquer bens ou direitos;

    II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre

    prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e

    de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem

    no exterior;

    III - propriedade de veculos automotores.

    Art. 156. Compete aos Municpios instituir impostos sobre:

    I - propriedade predial e territorial urbana;

    II - transmisso "inter vivos", a qualquer ttulo, por ato oneroso, de

    bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre

    imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua

    aquisio;

    III - servios de qualquer natureza, no compreendidos no art. 155,

    II, definidos em lei complementar.

    Desses impostos, no caso da Unio de fato ainda no foi institudo o

    imposto sobre as grandes fortunas, razo pela qual a assertiva est

    certa.

    Vamos fazer outra questo.

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    4. (ESAF/STN/2008/AFC) requisito essencial da responsabilidade na

    gesto fiscal:

    a) a instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os tributos de

    competncia constitucional do ente da Federao.

    b) a previso, alocao e fixao da arrecadao estimada de todos os

    tributos de competncia legal do ente da Federao.

    c) a fixao, indicao e estimativa da arrecadao de todos os impostos

    de competncia constitucional do ente da Federao.

    d) a previso, instituio e fixao da arrecadao de todas as rubricas

    tributrias dos entes da Administrao Indireta, inclusive.

    e) a instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os impostos de

    competncia legal do ente da Administrao Federal, com exceo das

    receitas derivadas.

    COMENTRIOS QUESTO

    Conforme vimos, a opo correta a alternativa A.

    As previses de receita observaro as normas tcnicas e legais,

    consideraro os efeitos das alteraes na legislao, da variao do

    ndice de preos, do crescimento econmico ou de qualquer outro

    fator relevante e sero acompanhadas de demonstrativo de sua

    evoluo nos ltimos trs anos, da projeo para os dois seguintes quele

    a que se referirem, e da metodologia de clculo e premissas utilizadas 10.

    Ressalto que vimos na aula 00 que a previso da receita ocorre na

    1 etapa da LOA: a elaborao do Projeto de Lei Oramentria Anual.

    10Art.12daLRF.

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    5.1.Renncia de Receita

    Vamos tratar nesse tpico de um assunto recorrente em concursos:

    a renncia de receitas. A Figura 3 ilustra as condies para a se renunciar

    uma receita.

    Figura 3: Condies para renncia de receita.

    Acompanhada de medida de compensao por meio de

    aumento: -Elevao de alquota

    -Ampliao de base de calculo-Majorao ou criao de

    tributo

    Demonstrativo que a renncia foi considerada na estimativa de receita da LOA e que no

    afetar o AMF

    Acompanhada da estimativa do impacto econmico financeiro em A, A+1, A+2; atender a LDO;

    mais uma das duas medidas abaixo:

    Vamos legislao:

    Art. 14. A concesso ou ampliao de incentivo ou benefcio de

    natureza tributria da qual decorra RENNCIA DE RECEITA

    dever estar acompanhada de estimativa do impacto

    oramentrio-financeiro no exerccio em que deva iniciar

    sua vigncia e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei

    de diretrizes oramentrias e a pelo menos uma das

    seguintes condies:

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    I-demonstrao pelo proponente de que a renncia foi

    considerada na estimativa de receita da lei oramentria,

    na forma do art. 12, e de que no afetar as metas de

    resultados fiscais previstas no anexo prprio da lei de

    diretrizes oramentrias;

    II-estar acompanhada de medidas de compensao, no

    perodo mencionado no caput, por meio do aumento de

    receita, proveniente da elevao de alquotas, ampliao

    da base de clculo, majorao ou criao de tributo ou

    contribuio.

    1 A renncia compreende anistia, remisso, subsdio,

    crdito presumido, concesso de iseno em carter no

    geral, alterao de alquota ou modificao de base de clculo

    que implique REDUO DISCRIMINADA de tributos ou

    contribuies, e outros benefcios que correspondam a

    TRATAMENTO DIFERENCIADO.

    2 Se o ato de concesso ou ampliao do incentivo ou

    benefcio de que trata o caput deste artigo decorrer da condio

    contida no inciso II, o benefcio s entrar em vigor quando

    implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.

    3 O disposto neste artigo no se aplica:

    I - s alteraes das alquotas dos impostos previstos nos incisos

    I, II, IV e V do art. 153 da Constituio11, na forma do seu 1;

    II - ao cancelamento de dbito cujo montante seja inferior ao

    dos respectivos custos de cobrana.

    11 I importao de produtos estrangeiros (II); II exportao, para o exterior, de produtos nacionais ounacionalizados(IE);IVprodutosindustrializados(IPI);Voperaesdecrdito,cmbioeseguro,ourelativasattulosouvaloresmobilirios(IOF).

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    O II, IE, IPI e IOF so impostos que tm

    carter extra fiscal. Devido a esse cunho

    regulatrio, caso o Poder Executivo Federal

    opte por reduzir a alquota do II, o mesmo

    no precisar cumprir qualquer requisito do

    artigo 14 da LRF.

    Vamos a mais uma questo.

    5.(Cespe/IPEA/2008/Tcnico Superior - Oramento) Para a

    caracterizao de incentivos ou benefcios de natureza tributria, a LDO

    estabelece que a norma constitua exceo ao sistema tributrio de

    referncia e no discrimine os contribuintes ao reduzir a arrecadao

    potencial.

    COMENTRIO QUESTO

    5.(Cespe/IPEA/2008/Tcnico Superior - Oramento) Para a

    caracterizao de incentivos ou benefcios de natureza tributria, a LDO

    estabelece que a norma constitua exceo ao sistema tributrio de

    referncia e no discrimine os contribuintes ao reduzir a arrecadao

    potencial.

    ERRADO, vimos na LRF que a renncia compreende anistia, remisso,

    subsdio, crdito presumido, concesso de iseno em carter no geral,

    alterao de alquota ou modificao de base de clculo que implique

    reduo discriminada de tributos ou contribuies, e outros

    benefcios que correspondam a tratamento diferenciado.

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    Porm, vamos ver o que diz a LDO (lei 12465/2011) sobre o tema:

    Art. 89 Somente ser aprovado o projeto de lei ou editada a

    medida provisria que institua ou altere tributo, quando

    acompanhado da correspondente demonstrao da estimativa do

    impacto na arrecadao, devidamente justificada:

    1 Os projetos de lei aprovados ou medidas provisrias que

    resultem em renncia de receita em razo de concesso ou

    ampliao de incentivo ou benefcio de natureza tributria,

    financeira, creditcia ou patrimonial, ou que vinculem receitas a

    despesas, rgos ou fundos, devero conter clusula de vigncia de,

    no mximo, 5 (cinco) anos.

    2 So considerados incentivos ou benefcios de natureza

    tributria, para os fins desta Lei, os gastos governamentais

    indiretos decorrentes do sistema tributrio vigente que visem

    atender objetivos econmicos e sociais, explicitados na norma que

    desonera o tributo, constituindo-se exceo ao sistema

    tributrio de referncia e que alcancem, exclusivamente,

    determinado grupo de contribuintes, produzindo a reduo da

    arrecadao potencial e, conseqentemente, aumentando a

    disponibilidade econmica do contribuinte.

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    6.DESPESA

    A LRF estabelece que sero consideradas no autorizadas,

    irregulares e lesivas ao patrimnio pblico a gerao de despesa ou

    assuno de obrigao que no atendam o disposto nos arts. 16 e 1712.

    O artigo 16 trata do aumento da despesa em geral, enquanto o

    artigo 17 trata das despesas obrigatrias de carter continuado.

    6.1.Aumento das despesas em geral

    A LRF estabelece que a criao, expanso ou aperfeioamento de

    ao governamental que acarrete aumento da despesa ser

    acompanhado de 13:

    I - estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em

    que deva entrar em vigor e nos dois subseqentes14;

    II - declarao do ordenador da despesa de que o aumento tem

    adequao oramentria e financeira com a lei oramentria anual e

    compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes

    oramentrias.

    Considera-se a adequada com a lei oramentria anual, a

    despesa objeto de dotao especfica e suficiente, ou que esteja

    abrangida por crdito genrico, de forma que somadas todas as despesas

    da mesma espcie, realizadas e a realizar, previstas no programa de

    trabalho, no sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o

    exerccio.

    Considera-se compatvel com o plano plurianual e a lei de

    diretrizes oramentrias, a despesa que se conforme com as diretrizes,

    objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e no

    infrinja qualquer de suas disposies.

    12Art.15daLRF.13Art.16daLRF.14Aqualseracompanhadadaspremissasemetodologiadeclculoutilizadas.

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    Enquanto na renncia de receita existem as seguintes condies:

    estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva

    iniciar sua vigncia e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de

    diretrizes oramentrias e mais uma das duas opes seguintes: ter sido

    considerado na LOA ou aumento de receita; no aumento da despesa

    devem ser seguidas necessariamente duas condies: estimativa do

    impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em

    vigor e nos dois subseqentes; e declarao do ordenador da despesa.

    Apesar da regra estabelecida quanto ao aumento de despesas em

    geral, a prpria LRF estabelece a seguinte exceo: a despesa

    considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de

    diretrizes oramentrias.

    6.2.Despesas Obrigatrias de Carter Continuado (DOCC)

    Considera-se obrigatria de carter continuado a despesa

    corrente derivada de lei, medida provisria ou ato administrativo

    normativo que fixem para o ente a obrigao legal de sua execuo por

    um perodo superior a dois exerccios15.

    15Art.17daLRF.

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    Para as despesas de capital e para as despesas correntes que

    sejam inferiores a 2 anos segue-se a regra do artigo 16

    (aumento das despesas em geral); para as despesas corrente cuja

    execuo seja superior a um perodo de dois exerccios, segue-se

    a regra do artigo segue a regra do artigo 17 (DOCC).

    Caso a questo seja omissa, inclusive discursiva, e no mencione

    despesas correntes por perodo superior a 2 anos, segue-se a regra do

    artigo 16.

    Porm na prtica, quais so as condies para se gerara uma

    DOCC?

    (i) os atos que criarem ou aumentarem DOCC devero ser instrudos com

    a estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em

    que deva entrar em vigor e nos dois subseqentes e demonstrar a

    origem dos recursos para seu custeio.

    (ii) o ato ser acompanhado de comprovao16 de que a despesa criada

    ou aumentada no afetar as metas de resultados fiscais previstas

    no anexo de metas fiscais da LDO devendo seus efeitos financeiros,

    nos perodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de

    receita17 ou pela reduo permanente de despesa.

    16 Conter as premissas e metodologia de clculo utilizadas, sem prejuzo do exame decompatibilidadedadespesacomasdemaisnormasdoplanoplurianualedaleidediretrizesoramentrias.17Consideraseaumentopermanentede receitaoprovenientedaelevaodealquotas,ampliaodabasedeclculo,majoraooucriaodetributooucontribuio.

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    Enquanto na renncia de receita pode-se utilizar como medida de

    compensao o aumento da receita; no caso da DOCC existem duas

    medidas de compensao: aumento permanente de receita ou pela

    reduo permanente de despesa.

    Lembro que no caso da renncia de receita a medida de

    compensao no obrigatria, pois se pode ter considerado os

    impactos na renncia na prpria LOA.

    Apesar da regra estabelecida para a DOCC, a LRF estabelece a

    mesma no se aplica nos seguintes casos: s despesas destinadas

    ao servio da dvida nem ao reajustamento de remunerao de

    pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituio18.

    O inciso X do art. 37 da CF/1988 dispe que:

    a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata

    o 4 do art. 3919 somente podero ser fixados ou alterados por

    lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso,

    assegurada reviso geral anual, sempre na mesma data e

    sem distino de ndices.

    Por fim, considera-se aumento de despesa a prorrogao daquela

    criada por prazo determinado20.

    18 6odoart.17daLRF.19Omembro de Poder, o detentor demandato eletivo, osMinistros de Estado e os SecretriosEstaduaiseMunicipais sero remuneradosexclusivamentepor subsdio fixadoemparcelanica,vedadooacrscimodequalquergratificao,adicional,abono,prmio,verbaderepresentaoououtraespcieremuneratria,obedecido,emqualquercaso,odispostonoart.37,XeXI.207odoart.17daLRF.

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    7. DESPESAS COM PESSOAL

    Quando se fala em despesas com pessoal em concursos deve-se

    estar preparado para responder os seguintes questionamentos:

    (i) O que ?

    (ii) Despesas com terceirizados compem ou no?

    (iii) Quais os tipos de limites e seus percentuais?

    (iv) Quais despesas no compem os limites?

    (v) O que ocorre quando os limites so ultrapassados?

    Vamos responder ao primeiro questionamento. A LRF considera

    despesa total com pessoal: o somatrio dos gastos do ente da Federao

    com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos

    eletivos, cargos, funes ou empregos, civis, militares e de

    membros de Poder, com quaisquer espcies remuneratrias, tais como

    vencimentos e vantagens, fixas e variveis, subsdios, proventos da

    aposentadoria, reformas e penses, inclusive adicionais, gratificaes,

    horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem

    como encargos sociais e contribuies recolhidas pelo ente s entidades

    de previdncia 21.

    Ou seja, a despesas com pessoal passa uma idia de tudo

    relacionado ao custeio com ativos, os inativos e os pensionistas, relativos

    a mandatos eletivos, cargos, funes ou empregos, civis, militares e de

    membros de Poder. Dessa forma, aumenta a importncia do corujinha,

    voc, decorar o que est fora do somatrio da despesa com pessoal.

    21Art.18daLRF.

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    A despesa total com pessoal ser apurada somando-se a realizada

    no ms em referncia com as dos onze imediatamente anteriores,

    adotando-se o regime de competncia22.

    Antes de apresentar o que est fora da despesa com pessoal vamos

    fazer outra questo.

    6.(Cespe/TCU/2008/AFCE) Para efeitos da LRF, a despesa total com

    pessoal engloba o somatrio dos gastos do ente da Federao com os

    ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,

    cargos, funes ou empregos, civis, militares e de membros de poder,

    com quaisquer espcies remuneratrias, tais como vencimentos e

    vantagens, fixas e variveis, subsdios, proventos da aposentadoria,

    reformas e penses, inclusive adicionais, gratificaes, horas extras e

    vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e

    contribuies recolhidas pelo ente s entidades de previdncia.

    COMENTRIO QUESTO

    CERTO, conforme consta no art. 18 da LRF. Considero essa questo

    meio covarde, pois voc ficar pensando, ser que a banca omitiu ou

    acrescentou algum item? Porm, vida de concurseiro assim mesmo.

    Respondendo ao nosso segundo questionamento: Despesas com

    terceirizados compem ou no? Vamos verificar o que apresentar a LRF

    sobre o tema: 222doart.18daLRF.

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    Os valores dos contratos de terceirizao de mo-de-obra que se

    referem substituio de servidores e empregados

    pblicos sero contabilizados como "Outras Despesas de

    Pessoal" 23.

    As Outras Despesas de Pessoal so as decorrentes de Contratos de

    Terceirizao so as relativas mo-de-obra, constantes dos contratos

    de terceirizao, que ou esteja empregada em atividade-fim da

    instituio, ou inerente a categorias funcionais abrangidas pelo

    respectivo plano de cargos e salrios do quadro de pessoal.

    Vamos a mais uma questo.

    7.(Cespe/IPEA/2008/Tcnico Superior - Oramento) Suponha que

    determinado rgo pblico mantenha contrato de terceirizao de mo-

    de-obra para o servio de operao de mquinas fotocopiadoras, uma

    atividade que no consta das atribuies de nenhum dos cargos do

    quadro de pessoal do rgo em questo. Nesse caso, as despesas do

    contrato de terceirizao no devem ser contabilizadas como outras

    despesas de pessoal.

    COMENTRIO QUESTO

    231doart.18daLRF.

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    CERTO, o contrato de terceirizao de mo-de-obra para o servio de

    operao de mquinas fotocopiadoras, no consta das atribuies de

    nenhum dos cargos do quadro de pessoal do rgo em questo, logo no

    deve ser contabilizada como outras despesas de pessoal.

    Aps responder a questo dos terceirizados, apresento o Quadro 3

    com os limites totais de despesa com pessoal por esfera e poder.

    Quadro 3: Limites Totais da Despesa com Pessoal conforme a LRF

    Poderes

    Esfera Executivo Legislativo Judicirio

    Ministrio

    Pblico Total

    Unio 40,9%** 2,5% 6% 0,6% 50%

    Estado 49%

    (48,6%)*

    3%

    (3,4%)*

    6% 2% 60%

    Municpio 54% 6% - - 60%

    Legenda: *Caso haja Tribunal de Contas dos Municpios (CE, GO, PA,

    BA); **Desse montante, 3% tem a seguinte repartio: 0,275% para o

    Tribunal de Justia do Distrito Federal e dos Territrios; 0,092% para o

    Ministrio Pblico do Distrito Federal e dos Territrios; 0,160% para o ex-

    Territrio de Roraima; 0,273% para o ex-Territrio do Amap; 2,200%

    para o Distrito Federal (Foras auxiliares, etc.).

    Ai vem um questionamento: Esse percentual aplicado sobre

    qual base de clculo? Resposta: Sobre a Receita Corrente Lquida.

    Outros questionamentos: Por que o termo limite total? Existem

    outros limites? Resposta: Sim, existem para as despesas com

    pessoal trs limites: total (100%), prudencial (95%) e o de alerta

    (90%).

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    A melhor forma para explicar isso por meio de uma questo.

    Vamos l.

    (Cespe/TJ-ES/2011/Contador) Considerando a tabela abaixo, que

    apresenta dados contidos no relatrio de gesto fiscal do Tribunal de

    Justia do Estado do Esprito Santo (TJ/ES), de janeiro a dezembro de

    2010, julgue o item que se segue com base na Lei de Responsabilidade

    Fiscal (LRF).

    8. As despesas com pessoal do TJ/ES esto abaixo do limite prudencial

    estabelecido na LRF, no impedindo, portanto, o tribunal de conceder

    reajuste ou fazer adequao de remunerao dos seus servidores.

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    COMENTRIO QUESTO

    CERTO. O Limite Prudencial corresponde a 95%. Mas 95% sobre o que?

    Resposta: Sobre o limite total. Assim, temos que: Limite Prudencial =

    95% * 6% (Limite Total do Judicirio Estadual) * RCL (7.909) Limite prudencial = 0,95* 0,06 * 7.909 = 450,81.

    Por outro lado, tem-se que: Despesas de Pessoal = 602,7 208,7 = 394.

    Logo as despesas com pessoal esto abaixo do limite prudencial.

    Apesar da questo no ter pedido, vamos apresentar os demais limites:

    (i) Limite Total: 6% * 7.909 = 474,54.

    (ii) Limite Prudencial: 450,81.

    (iii) Limite de Alerta: 90% * 6% * 7.909 = 427,09.

    A segunda parte da questo, vamos elucidar mais a frente, porm est

    certa.

    Acabamos de travar contado com os limites, porm quais as

    despesas que no entram no somatrio das despesas com

    pessoal? A Figura 4 mostra as dedues.

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    Figura 4: Demonstrativo da Despesa com Pessoal

    No demonstrativo em referncia sero deduzidas (no

    computadas) apenas as seguintes despesas com pessoal, desde

    que tenham sido inicialmente consideradas24:

    a) indenizaes por Demisso e com Programas de Incentivos

    Demisso Voluntria;

    b) decorrentes de deciso judicial da competncia de perodo anterior

    ao da apurao ou seja, o fato gerador anterior a 12 meses; c) demais despesas da competncia de perodo anterior ao da

    apurao; e

    d) com inativos, considerando-se tambm os pensionistas, ainda que

    por intermdio de fundo especfico, custeadas com recursos

    vinculados, ou seja, provenientes da arrecadao de contribuies dos

    segurados e das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo

    241odoart.19dalei101/2000.

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    vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da alienao de bens,

    direitos e ativos, bem como seu supervit financeiro.

    No podero ser deduzidos:

    a) as despesas com pessoal inativo e pensionista, custeadas com

    recursos no vinculados;

    b) os valores transferidos a outro Ente da Federao para fins da

    compensao financeira de que trata o 9 do art. 201 da

    Constituio, uma vez que esses valores no so computados como

    despesas de pessoal. Em contrapartida, os valores recebidos decorrentes

    dessa transferncia podero ser deduzidos pelo ente recebedor quando

    utilizados para o pagamento de inativos e pensionistas;

    c) o Imposto de Renda Retido na Fonte, uma vez que, do ponto de

    vista do ente empregador, o IRRF no despesa, mas receita tributria.

    De outra forma, a despesa com a remunerao bruta do servidor, a qual

    engloba o valor que, em um momento posterior, ser retido para

    pagamento do IRRF, despesa com pessoal.

    Aps verificarmos o que fica fora do somatrio das despesas com

    pessoal, apresento no Quadro 4 o que ocorre quando o limite total e o

    limite prudencial so ultrapassados.

    9. (Cespe/TCU/2008/AFCE) Na verificao da despesa total com pessoal

    da Unio, no sero computadas as despesas com indenizao por

    demisso de servidores, as relativas demisso voluntria e as

    decorrentes dos contratos de terceirizao de mo-de-obra referentes a

    substituio de servidores e empregados pblicos.

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    COMENTRIO QUESTO

    9. (Cespe/TCU/2008/AFCE) Na verificao da despesa total com pessoal

    da Unio, no sero computadas as despesas com indenizao por

    demisso de servidores, as relativas demisso voluntria e as

    decorrentes dos contratos de terceirizao de mo-de-obra

    referentes a substituio de servidores e empregados pblicos.

    ERRADO, as despesas decorrentes dos contratos de terceirizao de

    mo-de-obra referentes a substituio de servidores e empregados

    pblicos so computadas como outras despesas com pessoal.

    Quadro 4: Medidas quando os limites so ultrapassados

    Limite O que ocorre quando o limite ultrapassado?

    O excesso deve ser reduzido da seguinte forma: 1/3 do primeiro quadrimestre subsequente; 2/3 no segundo quadrimestre adotando-se, entre outras, as providncias previstas nos 3 e 4 do art. 169 da Constituio. Caso no seja alcanada a reduo no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente no poder: I - receber transferncias voluntrias; II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; III - contratar operaes de crdito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dvida mobiliria e as que visem reduo das despesas com pessoal.

    Total (100%) * (o percentual

    estipulado para o ente/ RCL)

    Todavia, as restries anteriores aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do ltimo ano do mandato dos titulares de Poder ou rgo referidos no Quadro 3.

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    Prudencial (95%) *

    (o percentual estipulado para o ente/ RCL)

    So vedados ao Poder ou rgo que houver incorrido no excesso: a) concesso de vantagem, aumento, reajuste ou adequao de remunerao a qualquer ttulo, salvo os derivados de sentena judicial ou de determinao legal ou contratual, ressalvada a reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices; b) criao de cargo, emprego ou funo;

    c) alterao de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; d) provimento de cargo pblico, admisso ou contratao de pessoal a qualquer ttulo, ressalvada a reposio decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das reas de educao, sade e segurana;

    e) contratao de hora extra.

    No h restries para o Poder ou rgo quando o limite de alerta

    ultrapassado.

    As restries do limite prudencial continuam valendo quando o limite

    total ultrapassado, ou seja, so cumulativas.

    As providncias previstas nos 3 e 4 do art. 169 da Constituio so as seguintes:

    3 Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base

    neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar

    referida no caput, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os

    Municpios adotaro as seguintes providncias:

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    I- Reduo em pelo menos vinte por cento das despesas com

    cargos em comisso e funes de confiana;

    II- Exonerao dos servidores no estveis.

    4 Se as medidas adotadas com base no pargrafo anterior

    no forem suficientes para assegurar o cumprimento da

    determinao da lei complementar referida neste artigo, o

    servidor estvel poder perder o cargo, desde que ato

    normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a

    atividade funcional, o rgo ou unidade administrativa objeto da

    reduo de pessoal.

    Vamos fazer outra questo.

    10. (Cespe/TCU/2008/AFCE) Sempre que a despesa total com pessoal

    exceder o limite prudencial, a Unio fica proibida de conceder vantagem,

    aumento, reajuste ou adequao de remunerao. Contudo, poder fazer

    admisso ou contratao de pessoal das reas de educao, sade e

    segurana, a ttulo de reposio em virtude de aposentadoria ou

    falecimento de servidores.

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    10. (Cespe/TCU/2008/AFCE) Sempre que a despesa total com pessoal

    exceder o limite prudencial, a Unio fica proibida de conceder

    vantagem, aumento, reajuste ou adequao de remunerao.

    Contudo, poder fazer admisso ou contratao de pessoal das reas de

    educao, sade e segurana, a ttulo de reposio em virtude de

    aposentadoria ou falecimento de servidores.

    ERRADO, mesmo que o limite prudncia seja ultrapassado pode ser

    concedida a reviso geral anual, sempre na mesma data e sem

    distino de ndices.

    Por fim, gostaria de lembrar que nulo de pleno direito o ato que provoque

    aumento da despesa com pessoal e no atenda:

    I - as exigncias dos arts. 16 (despesas em geral) e 17 (DOCC) da LRF, e o

    disposto no inciso XIII do art. 3725 e no 1o do art. 169 da Constituio26;

    II - o limite legal de comprometimento aplicado s despesas com pessoal inativo.

    Tambm nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa

    com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou rgo referido no Quadro 3.

    25 vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito deremuneraodepessoaldoserviopblico.26Art.169.Adespesacompessoalativoe inativodaUnio,dosEstados,doDistritoFederaledosMunicpiosnopoderexcederoslimitesestabelecidosemleicomplementar. 1 A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos,empregosefunesoualteraodeestruturadecarreiras,bemcomoaadmissooucontrataode pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta ou indireta,inclusivefundaesinstitudasemantidaspelopoderpblico,spoderoserfeitas:I se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de despesa depessoaleaosacrscimosdeladecorrentes;II se houver autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias, ressalvadas as empresaspblicaseassociedadesdeeconomiamista.

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    8. DESPESAS DA SEGURIDADE SOCIAL

    A LRF estabelece que27 nenhum benefcio ou servio relativo

    seguridade social poder ser criado, majorado ou estendido sem a

    indicao da fonte de custeio total, nos termos do 5 do art. 19528 da

    Constituio, atendidas ainda as exigncias as Despesas Obrigatrias

    de Carter Continuado (DOCC).

    dispensada a compensao referida da DOCC o aumento de

    despesa decorrente de:

    I - concesso de benefcio a quem satisfaa as condies de habilitao

    prevista na legislao pertinente;

    II - expanso quantitativa do atendimento e dos servios prestados;

    III - reajustamento de valor do benefcio ou servio, a fim de preservar o

    seu valor real.

    27Art.24daLRF.28Nenhumbenefcioouserviodaseguridadesocialpodersercriado,majoradoouestendidosemacorrespondentefontedecusteiototal.

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    9. DESTINAO DE RECURSOS PARA O SETOR PRIVADO

    A destinao de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir

    necessidades de pessoas fsicas ou dficits de pessoas jurdicas dever

    ser autorizada por lei especfica, atender s condies estabelecidas na

    lei de diretrizes oramentrias e estar prevista no oramento ou

    em seus crditos adicionais 29.

    Salvo mediante lei especfica, no podero ser utilizados

    recursos pblicos, inclusive de operaes de crdito, para socorrer

    instituies do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a

    concesso de emprstimos de recuperao ou financiamentos para

    mudana de controle acionrio30. Tal regra, no entanto, no probe o

    Banco Central do Brasil de conceder s instituies financeiras

    operaes de redesconto e de emprstimos de prazo inferior a

    trezentos e sessenta dias.

    Em suma, possvel alocar recursos do oramento fiscal e da

    seguridade social para entidades privadas com fins lucrativos, desde em

    regra haja lei especfica, cumpra as condies da LDO e esteja prevista na

    LOA. Tal entendimento j constava no inciso VIII do art. 167 da

    CF/1988:

    vedada utilizao, sem autorizao legislativa especfica,

    de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social para

    suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e

    fundos. 29Art.26daLRF.30Art.28daLRF.

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    11. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico Gesto de Oramento) O socorro aos

    bancos afetados pela recente crise financeira internacional poderia ser

    feito sem necessidade de aprovao de lei autorizando especificamente a

    despesa.

    COMENTRIO QUESTO

    CERTO, vimos que tal situao possvel se os prazos dos emprstimos

    forem inferiores a 360 dias.

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    10. DVIDAS E ENDIVIDAMENTO (DVIDA CONSOLIDADA, DVIDA

    MOBILIRIA, OPERAES DE CRDITOS e ARO, GARANTIAS E

    CONTRAGARANTIAS)

    Gostaria de comear esse tpico logo apresentado os limites

    relacionados s dvidas e endividamento.

    Quadro 5: Limites estabelecidos por Resoluo do Senado (exceto a

    dvida mobiliria da Unio que deve ser definida por Resoluo do

    Congresso Nacional)

    Objeto de Limite

    Esfera

    Dvida

    Consolidada

    a partir de

    2016*

    Dvida

    Mobiliria

    Operao

    Crdito ARO

    Concesso

    de

    Garantia

    U Ainda no foi

    definido. 60%

    Ainda

    no foi

    definido.

    60%

    E 200% 16%** 7% 22%***

    Ainda no

    foi

    definido.

    16%** 7% M 120% 22%***

    Legenda: *15 anos a partir de 31/12/2001 para ajustarem seus valores

    atuais aos limites estipulados. Houve uma suspenso entre 01/jan/2003 e

    30/04/2005 (4 quadrimestres) conforme Resoluo 20/2003. **Alm

    disso, deve observar para que o comprometimento anual com

    amortizao, encargos da dvida, juros seja menor ou igual 11,5%.

    ***Pode aumentar para 32% se nos 24 meses anteriores: garantidor no

    tenha sido chamado; se dvida consolidada estiver nos limites; se a

    despesa de pessoal estiver dentro dos limites; e se estiver cumprindo

    programa de ajuste fiscal da Unio (Resoluo Senado Federal 03/2002).

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    Os percentuais do Quadro 5 tm

    como base de clculo a Receita

    Corrente Lquida.

    Esses percentuais no constam no

    corpo na LRF, diferentemente dos

    percentuais da despesa com pessoal.

    Com exceo do limite da dvida

    mobiliria da Unio que deve ser

    definida pelo Congresso Nacional, os

    demais percentuais so definidos pelo

    Senado Federal.

    10.1. Dvida consolidada e mobiliria

    A Dvida Consolidada DC ou fundada corresponde ao

    montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras,

    inclusive as decorrentes de emisso de ttulos do Ente da Federao,

    assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da

    realizao de operaes de crdito para amortizao em prazo superior a

    12 (doze) meses, dos precatrios judiciais emitidos a partir de 5 de maio

    de 2000 e no pagos durante a execuo do oramento em que

    houverem sido includos, e das operaes de crdito, que, embora de

    prazo inferior a 12 (doze) meses, tenham constado como receitas no

    oramento.

    A Dvida Consolidada no inclui as obrigaes existentes entre as

    administraes diretas do Ente da Federao e seus respectivos fundos,

    autarquias, fundaes e empresas estatais dependentes, ou entre essas

    entidades da administrao indireta. O Quadro 6 e a Figura 5 tratam dos

    os conceitos e componentes da dvida consolidada.

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    Quadro 6: Conceitos de dvida fundada ou consolidada

    Normativo Conceito da dvida fundada ou consolidada

    Lei

    4320/1964

    A divida fundada compreende os compromissos de

    exigibilidade superior a doze meses, contrados para

    atender a desequilbrio oramentrio ou a financeiro de

    obras e servios pblicos31.

    Decreto

    93872/1986

    Compreende os compromissos de exigibilidade superior

    a 12 (doze) meses contrados mediante emisso de

    ttulos ou celebrao de contratos para atender a

    desequilbrio oramentrio, ou a financiamento de obras e

    servios pblicos, e que dependam de autorizao

    legislativa para amortizao ou resgate32.

    Corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade,

    das obrigaes financeiras do ente da Federao,

    assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou

    tratados e da realizao de operaes de crdito, para

    amortizao em prazo superior a doze meses.33

    Tambm integram a dvida pblica consolidada as

    operaes de crdito de prazo inferior a doze meses

    cujas receitas tenham constado do oramento34.

    LRF

    Os precatrios judiciais no pagos durante a execuo do

    oramento em que houverem sido includos integram a

    dvida consolidada, para fins de aplicao dos limites,

    posteriores a 5/5/2000 (inclusive) 35.

    31Art.98dalei4320/1964.322Art.115doDecreto93872/1986.33IncisoIdoart.29daLRF.343doart.29daLRF.357doart.30daLRF.

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    Figura 6: Composio da dvida consolidada

    Fonte: Manual de Demonstrativos Fiscais (2011)

    A dvida mobiliria que integra a dvida consolidada consiste na

    dvida pblica representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os

    do Banco Central do Brasil, Estados e Municpios.

    O refinanciamento do principal da dvida mobiliria no

    exceder, ao trmino de cada exerccio financeiro, o montante do final do

    exerccio anterior, somado ao das operaes de crdito autorizadas

    no oramento para este efeito e efetivamente realizadas,

    acrescido de atualizao monetria.

    Na Unio, o Banco Central do Brasil parou de emitir ttulos da dvida

    pblica dois anos aps a publicao da LRF.

    Quanto aos Estados e Municpios, atualmente, o mercado primrio de

    ttulos pblicos estaduais e municipais no Brasil, por fora da Emenda

    Constitucional n. 3, de 17.3.1993, e mais recentemente tambm por

    fora da Resoluo do Senado Federal n. 78, de 1..7.98, restringe-se

    basicamente emisso de ttulos com o objetivo de renegociar dvida

    antiga, existindo uma tendncia para uma forte reduo no tamanho

    desse mercado.

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    Para emitir ttulos pblicos, estados e municpios necessitam de

    autorizao do Senado Federal, devidamente instruda com parecer do

    Banco Central do Brasil, bem como de autorizao legislativa do prprio

    estado ou municpio interessado na emisso deste ttulo.

    Os estados ou os municpios interessados em emitir ttulos pblicos

    encaminham o pedido de emisso ao Banco Central, que analisa cada

    caso. O Banco Central envia ao Senado Federal um parecer, conclusivo,

    recomendando ou no a emisso. No Senado, este parecer recebido

    pela Comisso de Assuntos Econmicos (CAE), composta por 27

    senadores, a qual aprova ou rejeita o pedido, enviando-o em seguida

    para a instncia decisiva, o plenrio.

    De posse da autorizao do Senado Federal para emitir os ttulos, o

    estado ou o municpio faz a emisso destes ttulos, para em seguida

    tentar lan-los no mercado.

    Em suma, os ttulos do BACEN compem a dvida mobiliria da Unio, os

    Estados e Municpios ainda podem emitir ttulos que compem suas

    respectivas dvidas mobilirias.

    Vamos fazer outra questo.

    12. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico Gesto de Oramento) Os ttulos

    emitidos pelo Banco Central do Brasil no so computados no clculo da

    dvida pblica.

    COMENTRIO QUESTO

    12. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico Gesto de Oramento) Os ttulos

    emitidos pelo Banco Central do Brasil no so computados no clculo da

    dvida pblica.

    ERRADO, os ttulos do BACEN compem a dvida pblica da Unio.

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    Para todos os fins, o conceito de endividamento utilizado na

    apurao dos respectivos limites, com base na Receita Corrente

    Lquida, dever ser o da Dvida Consolidada Lquida.

    Vimos no Quadro 5 que os limites globais para o montante da

    Dvida Consolidada Lquida de Estados e Municpios, ao final do dcimo

    quinto exerccio financeiro, contado a partir do final de 2001, no podero

    exceder a 2 vezes a Receita Corrente Lquida, no caso dos Estados e do

    Distrito Federal, e 1,2 vezes a Receita Corrente Lquida, no caso dos

    Municpios.

    Porm, no caso de desenquadramento, h duas regras de

    reconduo aos limites e que constam no Quadro 7.

    Quadro 7: Regras para reconduo dos limites

    A regra transitria se aplica para os estados, DF e municpios que

    estavam desenquadrados no final do exerccio de 2001. A regra

    determina o retorno ao limite mximo em at 15 anos, razo

    de 1/15 ao ano. Se o ente descumprir a trajetria, ficar vedada

    a realizao de operao de crdito, inclusive ARO, exceto para o

    refinanciamento de dvida mobiliria. Cabe durante a trajetria de

    ajuste o ente se enquadrar, ficando abaixo do limite mximo, ele

    passa a seguir a regra permanente.

    Transitria

    No consta na LRF, mas em Resoluo do Senado.

    A regra permanente se aplica para os entes que estavam

    enquadrados no final do exerccio de 2001, mas que vierem a se

    desenquadrar a qualquer tempo, ou que estavam

    desenquadrados, conseguiram enquadrar-se, mas voltaram a se

    desenquadrar. A regra determina o retorno ao limite mximo em

    at 3 quadrimestres (1 ano), sendo pelo menos 25% do primeiro

    quadrimestre e o restante dos dois quadrimestres seguintes.

    Consta na LRF.

    Permanente

    Essa regra aplicvel para: Dvida Mobiliria, Operaes de

    Crdito Interna e Externas36.

    365odoart.31odaLRF.

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    A seguir, a Figura 8 ilustra o clculo da Dvida Consolidada Lquida.

    Figura 8: Dvida Consolidada Lquida

    Vamos fazer uma questo sobre isso.

    13. (Dom Cintra/2012/Prefeitura de BH/Analista de Polticas

    Pblicas/Contador) At o incio do exerccio financeiro de 2011, um

    determinado municpio encontrava-se abaixo do limite mximo de

    endividamento, definido na legislao vigente. Entretanto, no final do

    exerccio, foi verificado que esse limite foi ultrapassado, com base nas

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    seguintes informaes levantadas:

    Considerando que no haver alterao do montante da RCL nos prximos

    exerccios, o excesso de endividamento sobre o limite legal dever ser

    reduzido, a cada ano, no valor mnimo de:

    A) R$ 133.333,33

    B) R$ 250.000,00

    C) R$ 316.666,67

    D) R$ 375.000,00

    E) R$ 400.000,00

    COMENTRIO QUESTO

    Inicialmente cabe ressaltar que o limite da dvida consolidada lquida

    para os Municpios de 1,2% sobre a Receita Corrente Lquida. A Figura

    abaixo mostra o clculo.

    Para se chegar a divida consolidada lquida, deve-se deduzir da

    dvida consolidada, as disponibilidades financeiras e outros haveres.

    Assim, a dvida consolidada lquida de 9.750.000 (12.000.000-

    2.250.000).

    Assim, tem-se um excesso de dvida 3.750.000 [9.750.000 -(1,2

    * 5.000.000)]. Este excesso deve ser reduzido 1/15 avos a cada ano.

    Assim, tem-se como gabarito a opo B (3.750.000/15 =

    250.000)

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    Vimos at aqui os limites e as forma de clculo quando os mesmos

    so excedidos. Porm, o no cumprimento dos limites e a falta de

    medidas saneadoras, nos prazos e condies estabelecidos em lei, podem

    sujeitar o titular do Poder ou rgo s punies constantes na Figura 7.

    Figura 7: Penalidades relacionadas dvida

    Suponha que um Estado que esteja dentro da regra permanente ao final

    de um quadrimestre esteja com uma dvida consolidada lquida de 220%

    em relao receita corrente lquida.

    Inicialmente lhe pergunto: Quanto o Estado est acima do limite?

    Reposta: 20%.

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    Segundo, Quanto o mesmo deve reduzir nos quadrimestres

    seguintes? Resposta: 5% no primeiro quadrimestre subsequente

    (25%*20%); e 15% nos dois quadrimestres subsequentes (75%

    *20%).

    Terceiro, caso o Estado no consiga cumprir esses limites o que

    ocorre?

    (i) estar proibido de realizar operao de crdito interna ou

    externa, inclusive por antecipao de receita, ressalvado o

    refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria;

    (ii) obter resultado primrio necessrio reconduo da dvida

    ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitao de empenho.

    (iii) estar impedido de receber transferncias voluntrias da

    Unio.

    Caso seja o ltimo ano mandato do Chefe do Executivo, as

    vedaes (i) e (ii) se aplicam de imediato37.

    10.2. Operaes de Crdito e ARO

    As operaes de crdito, que compem a dvida consolidada

    conforme vimos no tpico anterior, so os compromissos financeiros

    assumidos em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de

    ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores

    provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento

    mercantil e outras operaes assemelhadas, inclusive com o uso de

    derivativos financeiros.

    Equipara-se a operao de crdito a assuno, o

    reconhecimento ou a confisso de dvidas pelo ente da Federao,

    sem prejuzo do cumprimento das exigncias dos arts. 15 e 16 da LRF

    (gerao das despesas).

    Ainda sobre o tema operaes de crdito. So ainda consideradas

    operaes de crdito, porm esto vedadas38:

    373doArt.31daLRF.38 Art. 37 LRF.

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    - Captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de tributo

    ou contribuio cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido;

    - Recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder

    Pblico detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com

    direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislao;

    - Assuno direta de compromisso, confisso de dvida ou

    operao assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou

    servios, mediante emisso, aceite ou aval de ttulo de crdito, no se

    aplicando esta vedao a empresas estatais dependentes;

    - Assuno de obrigao, sem autorizao oramentria, com

    fornecedores para pagamento a posteriori de bens e servios.

    Vamos fazer uma questo pra firmar estes conceitos.

    14. (DPU/Cespe/2010/Economista) Para efeito do disposto na LRF,

    equipara-se s operaes de crdito:

    I. a captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de

    contribuio cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido.

    II. a assuno direta de compromisso com fornecedor de mercadorias,

    mediante emisso de ttulo de crdito.

    III. o recebimento antecipado de dividendos regulares de empresa cuja

    maioria do capital social votante pertena ao poder pblico.

    IV. a captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de tributo

    cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido.

    V. a assuno de obrigao com fornecedores, sem autorizao

    oramentria para pagamento a posteriori de bens e servios.

    Esto certos apenas os itens

    a) I, II e III.

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    b) I, IV e V.

    c) I, II, III e V.

    d) I, II, IV e V.

    e) II, III, IV e V.

    COMENTRIOS QUESTO

    14. (DPU/Cespe/2010/Economista) Para efeito do disposto na LRF,

    equipara-se s operaes de crdito:

    I. a captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de

    contribuio cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido.

    CERTO, conforme disposto na LRF.

    II. a assuno direta de compromisso com fornecedor de mercadorias,

    mediante emisso de ttulo de crdito.

    CERTO, conforme disposto na LRF.

    III. o recebimento antecipado de dividendos regulares de empresa

    cuja maioria do capital social votante pertena ao poder pblico.

    ERRADO, o recebimento de lucros e dividendos no se equipara a uma

    operao de crdito.

    IV. a captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de tributo

    cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido.

    CERTO, conforme disposto na LRF.

    V. a assuno de obrigao com fornecedores, sem autorizao

    oramentria para pagamento a posteriori de bens e servios.

    CERTO, conforme disposto na LRF.

    Assim, a opo correta a alternativa D.

    O Ministrio da Fazenda verificar o cumprimento dos limites e

    condies relativos realizao de operaes de crdito de cada ente da

    Federao, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou

    indiretamente.

    Para tanto, o ente interessado formalizar seu pleito

    fundamentando-o em parecer de seus rgos tcnicos e jurdicos,

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    demonstrando a relao custo-benefcio, o interesse econmico e

    social da operao e o atendimento das seguintes condies

    constantes no Quadro 8.

    Quadro 8: Condies para pleitear uma operao de crdito

    1 Existncia de prvia e expressa autorizao para a contratao, no

    texto da lei oramentria, em crditos adicionais ou lei especfica.

    2

    Incluso no oramento ou em crditos adicionais dos recursos

    provenientes da operao, exceto no caso de operaes por

    antecipao de receita

    3 Observncia dos limites e condies fixados pelo Senado Federal

    4 Autorizao especfica do Senado Federal, quando se tratar de

    operao de crdito externo

    5

    Atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituio Regra de Ouro vedada a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as

    autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com

    finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria

    absoluta.

    6 Observncia das demais restries estabelecidas na LRF.

    Aps apresentar os conceitos das operaes de crditos e os

    requisitos necessrios para realizao das mesmas, apresento na

    sequncia os conceitos relacionados s ARO.

    A operao de crdito por antecipao de receita destina-se a

    atender insuficincia de caixa durante o exerccio financeiro39 e

    cumprir as exigncias mencionadas no Quadro 8 e mais as

    seguintes constantes no Quadro 9.

    39Art.38daLRF.

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    Quadro 9: Demais condies para se realizar uma ARO

    1 Realizar-se- somente a partir do dcimo dia do incio do exerccio.

    Dever ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o

    dia dez de dezembro de cada ano. 2

    No ser autorizada se forem cobrados outros encargos que no a

    taxa de juros da operao, obrigatoriamente prefixada ou indexada

    taxa bsica financeira, ou que vier a esta substituir.

    3

    4

    Estar proibida:

    a) enquanto existir operao anterior da mesma natureza no

    integralmente resgatada;

    b) no ltimo ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito

    Municipal.

    As ARO no sero computadas para efeito do que dispe o

    inciso III do art. 167 da Constituio, desde que liquidadas at o

    dia dez de dezembro de cada ano.

    As operaes de crdito por antecipao de receita realizadas por

    Estados ou Municpios sero efetuadas mediante abertura de crdito junto

    instituio financeira vencedora em processo competitivo eletrnico

    promovido pelo Banco Central do Brasil.

    O Banco Central do Brasil manter sistema de

    acompanhamento e controle do saldo do crdito aberto e, no caso

    de inobservncia dos limites, aplicar as sanes cabveis instituio

    credora.

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    15. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico Gesto de Oramento) Em atendimento

    chamada regra de ouro constante da LRF, as operaes de crdito por

    antecipao de receitas oramentrias, quando liquidadas no prprio

    exerccio de sua contratao, devem ser computadas.

    COMENTRIO QUESTO

    15. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico Gesto de Oramento) Em atendimento

    chamada regra de ouro constante da LRF, as operaes de crdito por

    antecipao de receitas oramentrias, quando liquidadas no prprio

    exerccio de sua contratao, devem ser computadas.

    ERRADO, somente sero computadas as ARO no liquidas at o

    dia 10 de dezembro.

    Por fim, apresento as penalidades relacionas s Operaes de

    Crdito e s ARO.

    Figura 8: Penalidades relacionadas s ARO

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    Figura 9: Penalidades relacionadas s Operaes de Crdito

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    10.3. Garantias e Contragarantias

    Inicialmente apresento o Quadro 10 que traz algumas definies

    que sero utilizadas ao longo deste tpico.

    Quadro 10: Conceitos relacionados ao demonstrativo de garantias e

    contragarantias

    Garantia

    Fianas e avais concedidos pelo ente federativo, em

    operaes de crdito, inclusive com recursos de fundos

    de aval, a assuno de risco creditcio em linhas de

    crdito, o seguro de crdito exportao e outras

    garantias de natureza semelhante que representem

    compromisso de adimplncia de obrigao financeira

    ou contratual.

    Garantia relativa a obrigaes contradas no Pas junto

    a credores no pas. Garantia Interna

    Garantia relativa a obrigaes contradas junto a

    organizaes multilaterais de crdito, agncias

    governamentais estrangeiras ou outros credores

    sediados no exterior.

    Garantia Externa

    Contrapartida oferecida pelo ente federativo que ir

    receber uma garantia, de forma que seja em valor

    igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e que

    abranja o ressarcimento integral dos custos financeiros

    decorrentes da cobertura de eventual inadimplemento.

    Contragarantia

    Operao de

    Crdito

    o compromisso financeiro assumido em razo de

    mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo,

    aquisio financiada de bens, recebimento antecipado

    de valores provenientes da venda a termo de bens e

    servios, arrendamento mercantil e outras operaes

    assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos

    financeiros.

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    Operao de

    Crdito Interna

    Operao de crdito relativa a obrigaes contradas

    no Pas junto a credores no Pas.

    Operao de

    Crdito Externa

    Operao de crdito relativa a obrigaes contradas

    junto a organizaes multilaterais de crdito, agncias

    governamentais estrangeiras ou outros credores

    sediados no exterior.

    Aval em

    Operao de

    Crdito

    a garantia de pagamento de ttulo de crdito, de

    natureza pessoal, dada a terceiros. Pelo aval, o

    avalista torna-se co-devedor, em obrigao

    solidria, e o pagamento da obrigao pode ser

    imputado diretamente a ele, sem que o seja,

    anteriormente, contra o avalizado.

    Fiana em

    Operao de

    Crdito

    Pelo contrato de fiana, uma pessoa garante satisfazer

    ao credor uma obrigao assumida pelo devedor, caso

    este no a cumpra. Como a fiana obrigao

    subsidiria, o fiador responde apenas quando o

    afianado no o faz. O contrato pode ser firmado, no

    entanto, com renncia do benefcio de ordem,

    tornando-se obrigao solidria.

    Os entes podero conceder garantia em operaes de crdito

    internas ou externas, observado o disposto no Quadro 8, e no caso da

    Unio, tambm os limites e as condies estabelecidos pelo Senado

    Federal 40.

    A garantia est condicionada ao oferecimento de

    contragarantia, comprovao de adimplemento da entidade que a

    pleitear, relativamente a suas obrigaes junto ao garantidor e s

    entidades por este controladas, e prestao de contas de recursos

    anteriormente deles recebidos, observado o seguinte 41:

    40Art.40daLRF.411odoart.40daLRF.

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    a) no ser exigida contragarantia de rgos e entidades do

    prprio ente;

    b) a contragarantia exigida pela Unio a Estado ou Municpio, ou

    pelos Estados aos Municpios, poder consistir na vinculao de

    receitas tributrias diretamente arrecadadas e provenientes de

    transferncias constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor

    para ret-las e empregar o respectivo valor na liquidao da dvida

    vencida.

    No caso de operao de crdito junto a organismo financeiro

    internacional ou a instituio federal de crdito e fomento para o repasse

    de recursos externos, a Unio s prestar garantia a outro ente que

    atenda, alm das condies citadas no pargrafo anterior, as

    exigncias legais para o recebimento de transferncias

    voluntrias 42.

    nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado

    Federal43.

    vedado s entidades da administrao indireta, inclusive

    suas empresas controladas e subsidirias, conceder garantia, ainda que

    com recursos de Fundos 44. Esta vedao no se aplica concesso

    de garantia 45:

    a) por empresa controlada a sua subsidiria ou controlada, nem

    prestao de contragarantia nas mesmas condies;

    b) por instituio financeira a empresa nacional, nos termos da lei.

    Quando honrarem dvida de outro ente em razo de garantia

    prestada, a Unio e os Estados podero condicionar as transferncias

    constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento46.

    422odoart.40daLRF.435odoart.40daLRF.446odoart.40daLRF.457odoart.40daLRF.469odoart.40daLRF.

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    O Ente da Federao, cuja dvida tiver sido honrada pela

    Unio ou por Estado em decorrncia de garantia prestada em operao

    de crdito, ter suspenso o acesso a novos crditos ou

    financiamentos at a total liquidao da mencionada dvida 47.

    O no cumprimento dos limites e a falta de medidas saneadoras nos

    prazos e condies estabelecidos em lei podem sujeitar o titular do Poder

    ou rgo s punies citadas na Figura 10.

    Figura 10: Penalidades relacionadas s Garantias

    4710odoart.40daLRF.

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    11. TRANSFERNCIAS VOLUNTRIAS

    Para efeito LRF, entende-se por transferncia voluntria a

    entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federao,

    a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira, que no

    decorra de determinao constitucional, legal ou os destinados ao

    Sistema nico de Sade.

    O Quadro 11 contm as exigncias para a realizao de

    transferncia voluntria, alm daquelas que vierem a ser estabelecidas na

    lei de diretrizes oramentrias (LDO).

    Quadro 11: Condies para realizar uma Transferncia Voluntria

    1 Existncia de dotao especfica.

    Observncia do disposto no inciso X do art. 167 da Constituio vedada a transferncia voluntria de recursos e a concesso de

    emprstimos, inclusive por antecipao de receita, pelos Governos

    Federal e Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento

    de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    2

    3

    Comprovao, por parte do beneficirio, de:

    a) Que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos,

    emprstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor,

    bem como quanto prestao de contas de recursos anteriormente

    dele recebidos;

    b)Cumprimento dos limites constitucionais relativos educao

    e sade;

    c)Observncia dos limites das dvidas consolidada e mobiliria,

    de operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, de

    inscrio em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;

    d) Previso oramentria de contrapartida.

    vedada a utilizao de recursos transferidos em finalidade diversa

    da pactuada.

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    Para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias

    voluntrias constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a

    aes de educao, sade e assistncia social.

    Ou seja, mesmo que o ente ultrapasse o limite total de despesas com

    pessoal e o limite da dvida consolidada, ainda assim, este ente pode

    receber de transferncias voluntrias relativas a aes de educao,

    sade e assistncia social.

    Vamos a outra questo.

    16. (Cespe/IPEA/2008/Tcnico Gesto de Oramento Se um convnio

    firmado entre a Unio e um municpio do estado do Rio de Janeiro e se

    esse municpio no tem previso oramentria para a contrapartida

    exigida, tal transferncia no pode ser realizada.

    COMENTRIO QUESTO

    CERTO, conforme consta na LRF.

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    12. PRESERVAO DO PATRIMNIO PBLICO

    vedada a aplicao da receita de capital derivada da

    alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o

    financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos

    regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores

    pblicos 48.

    A lei oramentria e as de crditos adicionais s incluiro novos

    projetos aps adequadamente atendidos os em andamento e

    contempladas as despesas de conservao do patrimnio pblico,

    nos termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias 49.

    Em suma, possvel aplicar recursos de receitas de capital de alienao

    de bens em despesas correntes.

    13. INSTRUMENTOS DE TRANSPARNCIA

    So instrumentos de transparncia da gesto fiscal, aos quais

    ser dada ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de acesso

    pblico: os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias;

    as prestaes de contas e o respectivo parecer prvio; o Relatrio

    Resumido da Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto

    Fiscal; e as verses simplificadas desses documentos50.

    48Art.44daLRF.49Art.45daLRF.50Art.48daLRF.

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    A transparncia ser assegurada tambm mediante 51:

    (I) incentivo participao popular e realizao de audincias

    pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei

    de diretrizes oramentrias e oramentos;

    (ii) liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da

    sociedade, EM TEMPO REAL, de informaes pormenorizadas sobre a

    execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso

    pblico52;

    (iii) adoo de sistema integrado de administrao financeira e

    controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo

    Poder Executivo da Unio.

    O Decreto 7185/2010 estabelece que a liberao em tempo real

    consiste na disponibilizao das informaes, em meio eletrnico que

    possibilite amplo acesso pblico, at o primeiro dia til subseqente

    data do registro contbil no respectivo SISTEMA, sem prejuzo do

    desempenho e da preservao das rotinas de segurana operacional

    necessrios ao seu pleno funcionamento.

    51Pargrafonicodoart.48daLRF.52 Para os fins a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 48, os entes da Federaodisponibilizaroaqualquerpessoafsicaoujurdicaoacessoainformaesreferentesa:Iquantodespesa:todososatospraticadospelasunidadesgestorasnodecorrerdaexecuodadespesa,nomomentode sua realizao, comadisponibilizaomnimadosdados referentesaonmerodocorrespondenteprocesso,aobemfornecidoouaoservioprestado,pessoafsicaoujurdicabeneficiriadopagamentoe,quandoforocaso,aoprocedimentolicitatriorealizado;IIquanto receita: o lanamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras,inclusivereferentearecursosextraordinrios.

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    14. ESCRITURAO E CONSOLIDAO

    Quanto escriturao das contas pblicas que deve obedecer

    tambm s demais normas de contabilidade pblica a LRF estabelece

    que53:

    -A disponibilidade de caixa constar de registro prprio, de modo que

    os recursos vinculados a rgo, fundo ou despesa obrigatria

    fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

    - a despesa e a assuno de compromisso sero registradas segundo o

    regime de competncia, apurando-se, em carter complementar, o

    resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

    - as demonstraes contbeis compreendero, isolada e

    conjuntamente, as transaes e operaes de cada rgo, fundo ou

    entidade da administrao direta, autrquica e fundacional, inclusive

    empresa estatal dependente;

    - as receitas e despesas previdencirias sero apresentadas em

    demonstrativos financeiros e oramentrios especficos;

    - as operaes de crdito, as inscries em Restos a Pagar e as

    demais formas de financiamento ou assuno de compromissos

    junto a terceiros, devero ser escrituradas de modo a evidenciar o

    montante e a variao da dvida pblica no perodo, detalhando,

    pelo menos, a natureza e o tipo de credor;

    - a demonstrao das variaes patrimoniais dar destaque origem

    e ao destino dos recursos provenientes da alienao de ativos.

    Vamos fazer mais trs questes. Agora sobre escriturao das

    contas pblicas.

    53Art. 50 LRF.

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    17.(SECONT-ES/Cespe/2009/Contador) A receita e a despesa sero

    registradas segundo o regime de competncia, apurando-se, em carter

    complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa.

    18. (SECONT-ES/Cespe/2009/Contador) As demonstraes contbeis

    compreendero, isolada e conjuntamente, as transaes e as operaes

    de cada rgo, fundo ou entidade da administrao direta, autrquica e

    fundacional, excetuando-se empresa estatal dependente.

    19. (SECONT-ES/Cespe/2009/Contador) As operaes de crdito e as

    inscries em restos a pagar devero ser escrituradas de modo a

    evidenciar o montante e a variao da dvida pblica no perodo,

    detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor.

    COMENTRIOS S QUESTES

    17.(SECONT-ES/Cespe/2009/Contador) A receita e a despesa sero

    registradas segundo o regime de competncia, apurando-se, em carter

    complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa.

    ERRADO, a receita conforme a LRF no so registradas seg