71168825 apostila de psicomotricidade

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  • APOSTILA DE PSICOMOTRICIDADE

    Ementa: Psicomotricidade: histrico e conceito. Os aspectos instrumentais do

    desenvolvimento: aprendizagem, linguagem, o brincar, os processos prticos de

    socializao. O brincar psicomotor. Os subfatores que interferem na aprendizagem:

    tnus, lateralidade, estruturao espao-temporal, equilbrio, percepes sensoriais,

    esquema e imagem corporal, praxias globais e finas. A educao psicomotora e

    suas implicaes na aprendizagem.

    Os fundamentos tericos bsicos; observao e avaliao do desenvolvimento

    psicomotor; distrbios psicomotores; reas de interveno da psicomotricidade;

    avaliao psicomotora; a prtica psicomotora, articulando o campo psicomotor e

    psicopedaggico. Os princpios e as prticas da educao psicomotora.

    Objetivos especficos: Aprofundar articulaes entre a psicomotricidade e os

    processos de aprendizagem propiciando experincias prticas neste sentido.

    1. Conceitos da psicomotricidade segundos diversos autores:

    Ajuriaguerra, mdico psiquiatra, considerado pela comunidade cientfica como o

    Pai da Psicomotricidade, define assim: Psicomotricidade se conceitua como

    cincia da sade e da educao, pois indiferentes das diversas escolas,

    psicolgica, condutista, evolutista, gentica, e etc, ela visa a representao e a

    expresso motora, atravs da utilizao psquica e mental do indivduo.

    Dalila M. M. de Costallat, A Psicomotricidade como Cincia de Sntese, que

    com a pluralidade de seus enfoques, procura elucidar os problemas que afetam

    as inter-relaes harmnicas, que constituem a unidade do ser humano e sua

    convivncia com os demais.

    Germaine Rossel, A Educao Psicomotora a educao de controle mental

    e da expresso motora.

    Giselle B. Soubiran Psicomotricidade e Relaxao, bases fundamentais da

    estrutura psico corporal, esttica e em movimento, precedente e condicionante a

    toda atividade psquica.

  • Vtor da Fonseca, A psicomotricidade visa privilegiar a qualidade da relao

    afetiva, a mediatizao, a disponibilidade tnica, a segurana gravitacional e o

    controle postural, noo do corpo, sua lateralizao e direcionalidade e a

    planificao prxica, enquanto componentes essenciais e globais da

    aprendizagem e do seu ato mental concomitante. Nela o corpo e a motricidade

    so abordados como unidade e totalidade do ser. O seu enfoque , portanto,

    psico somtico, psico cognitivo, psiquitrico, somato-analtico, psico neurolgico

    e psico teraputico.

    P. Vayer, a educao da integridade do ser, atravs do seu corpo.

    Beatriz Loureiro, Psicomotricidade a otimizao corporal dos potenciais

    neuro, psico- cognitivo funcionais, sujeitos s leis de desenvolvimento e

    maturao, manifestadas pela dimenso simblica corporal prpria, original e

    especial do ser humano.

    Hurtado (1983), diz que a psicomotricidade a educao dos movimentos, ou

    atravs dos movimentos, visando a melhor utilizao das capacidades

    psicofsicas da criana. Neste caso utiliza-se o movimento como meio e no

    como fim a ser atingida. A Psicomotricidade o suporte bsico que auxilia a

    criana a adquirir tanto sensaes e percepes como conceitos, os quais lhe

    daro o conhecimento de seu corpo e, atravs desse, do mundo que o rodeia.

    Coste (1981), define a Psicomotricidade como uma tcnica em que cruzam e se

    encontram mltiplos pontos de vista, e que utiliza numerosas cincias

    constitudas, entre a biologia, psicologia, psicanlise, sociologia e lingstica.

    considerada como uma terapia, a terapia psicomotriz a qual desenvolve a

    capacidade de expresso do indivduo, fazendo com que haja um novo

    conhecimento do corpo.

    Schinca (1992), o controle e conhecimento do prprio corpo so essenciais para

    o estabelecimento da ligao entre o indivduo e o meio externo. A relao entre

    cada ser e o exterior se manifesta atravs de atos e comportamentos motores,

    adaptados e ajustados mediante as sensaes e percepes.

    Meur e Staes (1984), relatam que o estudo da psicomotricidade recente sendo

    que s no incio deste sculo abordou-o assunto ainda que superficialmente. Em

    uma primeira fase, a pesquisa terica fixou-se, sobretudo no desenvolvimento

    motor da criana. Depois se estudou a relao entre o atraso no desenvolvimento

    motor e o atraso intelectual da criana. Seguiram-se estudos sobre o

  • desenvolvimento da habilidade manual e aptides motoras em funo da idade.

    Hoje em dia os estudos ultrapassam os problemas motores, pesquisando

    tambm as ligaes com a lateralidade, a estruturao espacial e a orientao

    temporal por um lado e, por outro, as dificuldades escolares de crianas com

    inteligncia normal. Faz tambm com que se tome conscincia das relaes

    existentes entre o gesto e a afetividade.

    Para De Meur (1984), a psicomotricidade quer justamente destacar a relao

    existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global

    da criana por meio de uma tcnica. A psicomotricidade baseia-se em princpios a

    partir da vivncia do corpo no espao e no tempo, desenvolvendo a conscincia de

    si mesmo, como um ser capaz de sentir expressar e o mais importante, ser capaz de

    partilhar e comunicar-se com os demais.

    O estudo da psicomotricidade envolve cinco temas distintos: tomada de conscincia

    do corpo, a formao da personalidade da criana, isto desenvolvimento do

    esquema corporal, atravs do qual a criana toma conscincia do seu prprio corpo

    e das possibilidades de expressar-se por meio desse corpo; tomada de conscincia

    da lateralidade, a criana percebe que seus membros no reagem da mesma forma,

    percebe uma maior dominncia dos movimentos de um hemicorpo do que no outro

    (assimetria funcional); tomada de conscincia do espao, tomada de conscincia da

    situao do seu prprio corpo em um meio ambiente, tomada de conscincia da

    situao das coisas entre si, possibilidade do sujeito se organizar perante o mundo

    que o cerca, de organizar as coisas entre si; tomada de conscincia do tempo, que

    diz respeito a como a criana se localiza no tempo, capacidade de situar-se em

    funo da sucesso dos acontecimentos (antes, durante, aps), da durao dos

    acontecimentos (longo, curto), da seqncia (dias da semana, meses ano), carter

    irreversvel do tempo (ontem, hoje, amanh) e renovao cclica do tempo

    (orientao temporal); tomada de conscincia da relao corpo-espao-tempo, como

    a criana se expressa tambm atravs do desenho, completa com o domnio

    progressivo do desenho e do grafismo.

    Sociedade Brasileira de Psicomotricidade - a cincia que tem como objeto de

    estudo o homem atravs do seu corpo em movimento e em relao ao seu mundo

    interno e externo, a psicomotricidade um assunto que todos os profissionais de

    Educao Fsica devem tomar conhecimento. O site da SBP vale uma visita com

  • calma e ateno. A lista de cursos de formao, especializao e ps-graduao

    bastante detalhada, assim como a programao de eventos que acontecem em todo

    o Brasil.

    Para quem se interessar pelo assunto, antes de ir livraria adquirir as indicaes da

    seo publicaes deve visitar a seo glossrio, para inteirar-se dos termos

    tcnicos mais usados.

    2. Elementos da psicomotricidade

    A psicomotricidade envolve os seguintes elementos: esquema e imagem corporal,

    coordenao global, equilbrio, dominncia lateral, orientao espacial e latero-

    espacial, orientao temporal, coordenao dinmica das mos.

    Estes elementos so considerados bsicos para o desenvolvimento global da

    criana, so pr-requisitos necessrios para a criana adquirir aprendizagem da

    leitura e da escrita; vivenciar a percepo do seu corpo com relao aos objetos,

    saber discriminar partes do seu corpo e ter controle sobre elas e obter organizao

    de espao e tempo.

    2.1. Esquema corporal

    um elemento bsica indispensvel para a formao da personalidade da criana.

    a representao da imagem que a criana tem de seu prprio corpo. A criana se

    sentir bem na medida em seu corpo lhe obedece, em que o conhece bem, em que

    pode utiliza-lo no somente para movimentar-se, mas tambm para agir. Uma

    criana cujo esquema corporal mal constitudo no coordena bem os movimentos,

    na escola a grafia feia, e a leitura expressiva, no harmoniosa: a criana no

    segue o ritmo da leitura ou ento para no meio de uma palavra. Segundo De Meur

    (1989), uma criana que se sinta vontade significa que ele domina o seu corpo,

    utiliza-o com desenvoltura e eficcia, proporcionando-lhe bem estar, tornando fceis

    e equilibrados seus contatos com os outros.

    2.2. A organizao do corpo no espao (organizao espacial)

    a capacidade de movimentar o prprio corpo de forma integrada, dentro de um

    ambiente contendo obstculos, passando por eles. Movimentos com rastejar,

  • engatinhar, e andar, iro propiciar a criana o desenvolvimento das primeiras noes

    espaciais: perto, longe, dentro, fora. Para De Meur (1989), os problemas quanto

    orientao temporal e espacial, como por exemplo, com a noo antes-depois,

    acarretam principalmente confuso na ordenao dos elementos de uma slaba. A

    criana sente dificuldade em reconstruir uma frase cujas palavras estejam

    misturadas, sendo a analise gramatical um quebra-cabea para ela. Uma m

    organizao espacial ou temporal acarreta fracasso em matemtica. Com efeito,

    para calcular a criana deve ter pontos de referncia, colocar os nmeros

    corretamente, possuir noo de fileira, de coluna; deve conseguir combinar as

    formas para fazer construes geomtricas. Diante de problemas de percepo

    espacial uma criana no capaz de distinguir um b de um d, um p de um q,

    21 de 12, caso no perceba a diferena entre a esquerda e a direita. Se no se

    distingue bem o alto e o baixo, confunde o b e o p, o n e o u, o ou e o on.

    2.3. A dominncia lateral

    refere-se ao esquema do espao interno do indivduo, que o capacita utilizar um lado

    do corpo com melhor desembarao do que outro, em atividades que requeiram

    habilidade, caracterizando-se por uma assimetria funcional. A definio da

    lateralidade ocorre medida que a criana se desenvolve. A lateralidade na criana

    no deve ser estimulada at que no tenha sido definida, quando a criana

    forada a usar um lado do corpo torna-se prejudicial para a lateralidade, devido a

    fatores culturais os mais antigos acham que no correto a criana escrever com a

    mo esquerda, forando-a a utilizar a mo direita par tal ao, os pais devem

    favorecer a escolha feita pelas crianas. Na idade onde ainda prevalece a

    bilateralidade, se ainda a criana tiver tendncia para o sinestrismo e os pais tentar

    fazer algo para que impea, pode levar a criana a apresentar danos na motricidade

    e contribuir para o surgimento de problemas de aprendizagem.

    2.4. O equilbrio

    a funo na qual os indivduos mantm sua estabilidade corporal durante os

    movimentos e quando em estado de imobilidade (Masson,1985). Shinca (1992),

    relata que o bom equilbrio essencial para a conquista da locomoo assim como a

  • independncia dos membros superiores. A dificuldade de equilibrar-se produz

    estados de ansiedade e insegurana, pois a criana no consegue manter um

    estado esttico ou de movimento e isto atrapalha a relao entre equilbrio fsico e

    psquico. Picq e Vayer (1985), diz que na presena de algum distrbio do equilbrio

    pode-se observar uma indisponibilidade imediata dos movimentos, desequilbrio

    corporal global, marcha no harmoniosa, tenses musculares locais,

    desalinhamentos anatmicos e imprevisibilidade de atitudes. Socialmente a criana

    pode apresentar tendncia inibio ou desejo de esconder, e falta de confiana em

    si mesmo.

    2.5. A organizao latero-espacial

    Desenvolve da seguinte maneira, aos 6 anos a criana tem conhecimento do lado

    direito e esquerdo do seu corpo, aos 7 anos reconhece a posio relativa entre dois

    objetos, aos 8 anos reconhece o lado direito e esquerdo em outra pessoa, aos 9

    anos consegue imitar movimentos realizados por outras pessoas com o mesmo lado

    do corpo no qual a pessoa realiza o movimento, isto transpe o lado da pessoa

    para o seu, aos 10 anos reproduz movimentos de figuras esquematizadas, e aos 11

    anos consegue identificar a posio relativa entre 3 objetos.

    2.6. A coordenao dinmica

    A coordenao dinmica geral da a criana um bom domnio do corpo suprindo a

    ansiedade habitual, diminui as sincinesias e as tenses trazendo um controle

    satisfatrio e confiana com relao ao prprio corpo.

    Com relao coordenao dinmica das mos Le Boulch (1982) diz que a

    habilidade manual ou destreza constitui um aspecto particular da coordenao

    global. Reveste muita importncia nas praxias, no grafismo, pelo que deve dar se

    muita ateno particular. A criana quando apresenta algum distrbio no

    desenvolvimento da coordenao (tanto global como da dinmica das mos), poder

    apresentar dificuldades escolares com disgrafia, ultrapassa linhas e margens do

    caderno, pode ter dificuldades na apreenso de dedos e nos gestos.

    Os potenciais humanos, so apoiados nas reas bsicas da Psicomotricidade, seu

    estudo e pesquisa constantes do esquema e da imagem corporal, da lateralizao,

    da tonicidade, da equilibrao e coordenao, so enriquecidos instrumentalmente,

  • estimulando o sentimento de competncia, de auto-estima, entendendo o ser

    humano em constantes e complexas adaptaes, fazendo-o concluir que amado e

    aceito, tornando-o transformador e produtor social.

    Sintetizando, a Psicomotricidade subtende uma concepo holstica de

    aprendizagem e de adaptao do ser humano, que tem por finalidade, associar

    dinamicamente, o ato ao pensamento, o gesto palavra, o smbolo ao conceito.

    3. A Histria da Psicomotricidade no Brasil

    A histria da Psicomotricidade no Brasil, segue os passos da escola francesa. Era

    clara e ntida a influncia marcante da Escola Francesa de Psiquiatria Infantil e da

    Psicologia na poca da 1 guerra em todo mundo. O Brasil foi tambm invadido,

    ainda que tardiamente, pelos primeiros ventos da Pedagogia e da Psicologia. Nos

    pases europeus, pesquisadores se organizavam em grupos de trabalho: era preciso

    responder as aspiraes e necessidades da sociedade industrial, que levava as

    mulheres ao trabalho formal, deixando as crianas em creches.

    Os franceses se conscientizavam sobre a importncia do gesto e pesquisavam

    profundamente os temas corporais. Andr Thomas e Saint-Ann Dargassie,

    iniciavam suas pesquisas sobre tnus axial. A maturao, os reflexos tnicos

    arcaicos do nascimento dos primeiros anos de vida, produziram as primeiras

    palavras-chave da Psicomotricidade.

    No entanto, Henri Wallon ousou falar em Tnus e Relaxamento e Dr. Ajuriaguerra

    combinou s suas pesquisas, a importncia do tnus falada por Wallon em seus

    escritos sobre o dilogo tnico. Dra. Giselle Soubiran iniciou sua prtica de

    relaxao psicotnica e fez seguidores. Empenhada cada vez mais em mostrar ao

    mundo, a importncia do tnus no dia a dia, ela apontou aos pesquisadores,

    caminhos a serem seguidos e estudados e deixou clara a sintomatologia tnica

    corporal do sculo. No Brasil, Antonio Branco Lefvre buscou junto s obras de

    Ajuriaguerra e Ozeretski, influenciado por sua formao em Paris, a organizao da

    primeira escala de avaliao neuromotora para crianas brasileiras.

    3.1 A evoluo da Psicomotricidade

  • 1790 Maine de Brian, primeiro a valorizar o movimento como componente essencial da estruturao do eu. Para ele, na ao que o EU toma conscincia de si mesmo e do mundo. O eu no pensa, vive-se;

    1874 C. Koupernik foi o principal indicador do que poderamos chamar de Psicomotricidade do adulto;

    1885 Jean M. Charcot a partir do estudo sobre o membro fantasma, histeria, evidncia as interferncias do psiquismo sobre o corpo e do corpo sobre o psiquismo, encaminhando uma mudana progressiva da viso dualista;

    1890 Freud ressalta a noo do inconsciente, do corpo pulso, do corpo relao, ou seja, o corpo passa a desempenhar um papel importante nas formaes inconscientes;

    1900 Karl Wernicke usou pela primeira vez o termo psico-motricidade;

    1901 Phillipe Tisi falou que por Educao Fsica no se deve entender apenas exerccio muscular do corpo, mas tambm e principalmente o treinamento dos centros psicomotores pelas associaes mltiplas e repetidas entre movimento e pensamento;

    1906 Dupr publicou na Revue de Neurologie o resultado dos estudos sobre a Psicomotricidade, nos quais define a sndrome da debilidade motora, para evidenciar o paralelismo psicomotor, ou seja, a associao estreita entre desenvolvimento da motricidade, da inteligncia e da afetividade;

    1909 Ajuriaguerra foi considerado o iniciador da psicomotricidade da criana com o relatrio sobre a debilidade motora. A psicomotricidade seria a experincia do corpo, como dilogo tnico, podendo ser lida como uma linguagem. Ajuriaguerra que afirmou que o papel da funo tnica no apenas o de servir de pano de fundo da ao corporal, mas tambm um modo de relao com o outro;

    1925 Dupr retoma o termo psicomotricidade na obra Pathologie de limagination et de lmotivit, empregado, tambm, na mesma poca, por Wernicke;

    Henri Wallon apresenta a famosa classificao das sndromes psico-motoras e sustenta um paralelismo das manifestaes motoras e psquicas, impregnado do reducionismo neurolgico, fruto do dualismo corpo-alma;

    1930 H. Wallon distingue dois tipos de atividades motoras e faz uma escala de desenvolvimento da criana, alm de relacionar diretamente o movimento com o desenvolvimento psquico;

  • 1935 E. Guillmain, alm de montar um teste psicomotor, analisou o paralelismo entre o comportamento geral da criana e o teste psicomotor e descobre trs funes essenciais: atividades tnica, relacional e intelectual;

    1937 Jean Piaget demonstra a importncia do movimento, com base de toda a estruturao da inteligncia humana. Reafirma que a atividade motora o ponto de partida para o desenvolvimento das inteligncias. A partir da, a funo tnica e a coordenao dos esquemas sero reconhecidos pelas psicologias como objeto de estudo;

    1948 Heuyer fala da psicomotricidade como a associao estreita entre o desenvolvimento da motricidade, da inteligncia e da afetividade;

    1960 1 edio da obra Educao Psicomotora e Retardo Mental de Picq e Vayer, que significa o ponto em que a educao psicomotora ganha verdadeiramente uma autonomia, e se converte em uma atividade educativa original e com objetivos prprios;

    1963 No quadro universitrio do Hospital Salptrire, na Frana, expediu-se um certificado de Reeducao da Psicomotricidade;

    1963-1973 Institucionalizao e disperso das doutrinas e do mtodo;

    1974 Existe, na Frana, o diploma de Estado de Psicomotricista, obtido atravs dos Ministrios da

    Sade e da Famlia, envolvendo trs anos de estudos, aps o Bacharelado;

    1980 Com o incentivo de Franoise Desobeau, foi criada a SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA PSICOMOTORA (SBTP), integrada sociedade Internacional de Terapia Psicomotora (SITP), num encontro em Araruama, onde estiveram presentes 40 profissionais de oito profisses diferentes e de oito Estados do Brasil.

    1982 I Congresso Brasileiro de Psicomotricidade;

    Foram iniciadas as primeiras publicaes na rea de Psicomotricidade atravs dos Anais do congresso, dos exemplares IPERA, da prpria Sociedade, alm de revistas como CONTINUIDADE, do CESIR e CORPO E LINGUAGEM, da Editora Jacob, que era dirigida por um dos membros da Sociedade;

    1983 Foram criados cursos de Ps-graduao de Psicomotricidade, na Universidade Estcio de S e no Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitao (IBMR), constituindo um passo importante na histria da Psicomotricidade.

    1985 Decreto 85.188, de 7.02.1985, rebatizou o diploma de Estado de

    Psicomotricidade.

  • 1989 em Julho foi aberto, no IBMR, o curso de formao de Psicomotricidade com durao de 4 anos, a nvel de graduao.

    Sinopse do Reconhecimento da Psicomotricidade Primeiro com Tissi (1894), com Dupr (1925), depois com Janet (1928), e

    fundamentalmente com Wallon (1925, 1932 e 1934), a Psicomotricidade ganha

    definitivamente o reconhecimento institucional.

    4 - DESENVOLVIMENTO MOTOR O desenvolvimento motor o resultado da maturao de certos tecidos nervosos,

    aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central, crescimento dos

    ossos e msculos. So portanto comportamentos no aprendidos que surgem

    espontaneamente desde que a criana tenha condies adequadas para exercitar-

    se. Esses comportamentos no se desenvolvero caso haja algum tipo de distrbio

    ou doena. Podemos notar que crianas que vivem em creches e que ficam presas

    em seus beros sem qualquer estimulao no desenvolvero o comportamento de

    sentar, andar na poca adequada que futuramente apresentaro problemas de

    coordenao e motricidade.

    As principais funes psicomotoras um bom desenvolvimento da estruturao do

    esquema corporal que mostre a evoluo da apresentao da imagem do corpo e o

    reconhecimento do prprio corpo, evoluo de preenso e da coordenao culo-

    manual que nos proporciona a fixao ocular e prenso e olhar e desenvolvimento

    da funo tnico e da postura em p e reflexos arcaicos da estruturao espao-

    temporal (tempo, espao, distncia e retina).

    Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo ocorre no somente mecanicamente,

    mas sim que so aprendidos e vivenciados junto a famlia, onde a criana aprende a

    formar a base da noo de seu 'eu corporal'.

    No podemos esquecer de citar a importncia dos sentimentos da criana na fase

    do conhecimento de seu prprio corpo, pois um esquema corporal mal estruturado

    pode determinar na criana um certo desajeitamento e falta de coordenao, se

    sentindo insegura e isso poder desencadear uma srie de reaes negativas como:

  • agressividade, mal humor, apatia que s vezes parece ser algo to simples poder

    originar srios problemas de motricidade que sero manifestados atravs do

    comportamento.

    5 . AS REAS DA PSICOMOTRICIDADE

    Para fins didticos subdividiremos a psicomotricidade em reas que, embora citadas

    isoladamente, agiro quase sempre vinculadas umas s outras; entenderemos por

    "Prtica Psicomotora" todas as atividades que visam estimular as vrias reas que

    mencionaremos a seguir:

    5.1. REAS PSICOMOTORAS

    5.1.1. COMUNICAO E EXPRESSO

    A linguagem funo de expresso e comunicao do pensamento e funo de

    socializao. Permite ao indivduo trocar experincias e atuar - verbal e

    gestualmente - no mundo.

    Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da articulao e da respirao,

    incluem-se nesta rea os exerccios fono articulatrios e respiratrios.

    5.1.2. PERCEPO

    Percepo a capacidade de reconhecer e compreender estmulos recebidos. A

    percepo est ligada ateno, conscincia e a memria.

    Os estmulos que chegam at ns provocam uma sensao que possibilita a

    percepo e a discriminao. Primeiramente sentimos, atravs dos sentidos: tato,

    viso, audio, olfato e degustao. Em seguida, percebemos, realizamos uma

    mediao entre o sentir e o pensar. E, por fim, discriminamos - reconhecemos as

    diferenas e semelhanas entre estmulos e percepes. A discriminao que nos

    permite saber, por exemplo, o que verde e o que azul, e a diferena entre o 1 e o

    7.

    As atividades propostas para esta rea devem auxiliar o desenvolvimento da

    percepo e da discriminao.

    5.1.3. COORDENAO

    A coordenao motora mais ou menos instintiva e ligada ao desenvolvimento

    fsico. Entendida como a unio harmoniosa de movimentos, a coordenao supe

  • integridade e maturao do sistema nervoso.

    Subdividiremos a coordenao motora em coordenao dinmica global ou geral,

    visomanual ou fina e visual.

    A coordenao dinmica global envolve movimentos amplos com todo o corpo

    (cabea, ombros, braos, pernas, ps, tornozelos, quadris etc.) e desse modo

    'coloca grupos musculares diferentes em ao simultnea, com vistas execuo de

    movimentos voluntrios mais ou menos complexos".

    A coordenao visomanual engloba movimentos dos pequenos msculos em

    harmonia, na execuo de atividades utilizando dedos, mos e pulsos.

    A coordenao visual refere-se a movimentos especficos com os olhos nas mais

    variadas direes.

    As atividades psicomotoras propostas para a rea de coordenao esto

    subdivididas nessas trs reas.

    5.1.4. ORIENTAO

    A orientao ou estruturao espacial/temporal importante no processo de

    adaptao do indivduo ao ambiente, j que todo corpo, animado ou inanimado,

    ocupa necessariamente um espao em um dado momento.

    A orientao espacial e temporal corresponde organizao intelectual do meio e

    est ligada conscincia, memria a s experincias vivenciadas pelo indivduo.

    5.1.5. CONHECIMENTO CORPORAL E LATERALIDADE

    A criana percebe seu prprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu corpo

    ocupa um espao no ambiente em funo do tempo, capta imagens, recebe sons,

    sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo centro, o

    referencial. A noo do corpo est no centro do sentimento de mais ou menos

    disponibilidade e adaptao que temos de nosso corpo e est no centro da relao

    entre o vivido e o universo. nosso espelho afetivo-somtico ante uma imagem de

    ns mesmos, do outro e dos objetos.

    O esquema corporal, da maneira como se constri e se elabora no decorrer da

    evoluo da criana, no tem nada a ver com uma tomada de conscincia sucessiva

    de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabea, iriam pouco a pouco

    encaixar-se uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um corpo

    desmembrado. O esquema corporal revela-se gradativamente criana da mesma

  • forma que uma fotografia revelada na cmara escura mostra-se pouco a pouco para

    o observador, tomando contorno, forma e colorao cada vez mais ntidos. A

    elaborao e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente

    cedo, uma vez que a evoluo est praticamente terminada por volta dos quatro ou

    cinco anos. Isto , ao lado da construo de um corpo 'objetivo', estruturado e

    representado como um objeto fsico, cujos limites podem ser traados a qualquer

    momento, existe uma experincia precoce, global e inconsciente do esquema

    corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da

    representao de si.

    O conceito corporal, que o conhecimento intelectual sobre partes e funes; e o

    esquema corporal, que em nossa mente regula a posio dos msculos e partes do

    corpo. O esquema corporal inconsciente e se modifica com o tempo.

    Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, j que a

    bssola de nosso corpo e assim possibilita nossa situao no ambiente. A

    lateralidade diz respeito percepo dos lados direito e esquerdo e da atividade

    desigual de cada um desses lados visto que sua distino ser manifestada ao

    longo do desenvolvimento da experincia.

    Perceber que o corpo possui dois lados e que um mais utilizado do que o outro o

    incio da discriminao entre a esquerda e direita. De incio, a criana no distingue

    os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os dois braos

    encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam "direito" e

    "esquerdo". Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mo da outra e um p do

    outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criana tem

    noo de suas extremidades direita e esquerda e noo dos rgos pares,

    apontando sua localizao em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas,

    mamilos, etc.). Aos sete anos, sabe com preciso quais so as partes direita e

    esquerda de seu corpo.

    As atividades psicomotoras auxiliam a criana a adquirir boa noo de espao e

    lateralidade e boa orientao com relao a seu corpo, aos objetos, s pessoas e

    aos sinais grficos.

    Alguns estudiosos preferem tratar a questo da lateralidade como parte da

    orientao espacial e no como parte do conhecimento corporal.

    5.1.6. HABILIDADES CONCEITUAIS

  • A matemtica pode ser considerada uma linguagem cuja funo expressar

    relaes de quantidade, espao, tamanho, ordem, distncia, etc.

    A medida em que brinca com formas, quebra-cabeas, caixas ou panelas, a criana

    adquire uma viso dos conceitos pr-simblicos de tamanho, nmero e forma. Ela

    enfia contas no barbante ou coloca figuras em quadros e aprende sobre seqncia e

    ordem; aprende frases: acabou, no mais, muito, o que amplia suas idias de

    quantidade.

    A criana progride na medida do conhecimento lgico-matemtico, pela

    coordenao das relaes que anteriormente estabeleceu entre os objetos. Para

    que se construa o conhecimento fsico (referente a cor, peso, etc.), a criana

    necessita ter um sistema de referncia lgico-matemtico que lhe possibilite

    relacionar novas observaes com o conhecimento j existente; por exemplo: para

    perceber que um peixe vermelho, ela necessita um esquema classificatrio para

    distinguir o vermelho de todas as outras cores e outro esquema classificatrio para

    distinguir o peixe de todos os demais objetos que conhece.

    5.1.7. HABILIDADES PSICOMOTORAS E PROCESSO DE ALFABETIZAO

    As habilidades psicomotoras so essenciais ao bom desempenho no processo de

    alfabetizao. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como:

    dominncia manual j estabelecida (rea de lateralidade);

    conhecimento numrico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas existem

    nas letras m e n, ou quantas slabas formam uma palavra (rea de habilidades

    conceituais);

    movimentao dos olhos da esquerda para a direita, domnio de movimentos

    delicados adequados escrita, acompanhamento das linhas de uma pgina com os

    olhos ou os dedos, preenso adequada para segurar lpis e papel e para folhear

    (rea de coordenao visual e manual);

    discriminao de sons (rea de percepo auditiva);

    adequao da escrita s dimenses do papel, reconhecimento das diferenas dos

    pares b/d, q/d, p/q etc., orientao da leitura e da escrita da esquerda para a direita,

    manuteno da proporo de altura e largura das letras, manuteno de espao

    entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (reas de percepo visual,

    orientao espacial, lateralidade, habilidades conceituais);

  • pronncia adequada de vogais, consoantes, slabas, palavras (rea de

    comunicao e expresso);

    noo de linearidade da disposio sucessiva de letras, slabas e palavras (rea de

    orientao tmporo-espacial);

    capacidade de decompor palavras em slabas e letras (anlise);

    possibilidade de reunir letras e slabas para formar novas palavras (sntese).

    6. Distrbios Psicomotores

    "O que no percebeu, negais que exista; o que no calculastes, mentira; o

    que vs no pensastes, no tem peso, metal que no cunhais, dizeis que

    falso." (Goethe)

    Que h com ela? O que acontece com essa criana desajeitada? Porque, apesar de

    sua aparncia cheia de torpor e inabilidade, quando consegue aproximar-se, mostra-

    se com encanto e interesse?

    O que h com ela? Andou tarde, caiu quantas vezes... precipitava-se pelas escadas

    ao invs de desce-las, ou morria de medo como se fosse um grande

    empreendimento... escal-las e no apenas subi-las. E vestir-se... O que seria a

    manga, onde estariam os braos, as pernas das calas? Enfiam-se pela cabea?

    Por que existem laos de sapato? Para atormentar crianas? Ou talvez, a sua me

    que, desoladamente, contempla sua dificuldade? E um caderno? Comea-se de que

    lado? Por que as coisas so assim? Que estranho este mundo de lados que no

    tem lados... O que h com esta criana?

    Seus movimentos so desajeitados, lentos e pesados. Quando andam, apoiam

    duramente o calcanhar no solo. Quando crianas custam a aprender a subir e

    descer escadas, nas escolas, evitam participar de jogos, nas quais geralmente so

    ridicularizadas e afastadas: t-las como parceiras perder na certa.

    Tal ser uma questo e uma dificuldade para seus pais, para seus mestres, para

    todos ns. Como entend-lo. Como ajud-lo?

    DEFINIO DE DISTRBIO PSICOMOTOR

    A criana descrita na histria acima apresenta um distrbio de motricidade: uma

    dispraxia.

    Praxias: So sistemas de movimentos coordenados em funo de um resultado ou

  • de uma inteno. No so nem reflexos, nem automatismos, nem movimentos

    involuntrios. O estudo sobre os distrbios das praxias foram primeiramente,

    sistematizados em adultos. Estas perturbaes consistiam em perda ou alteraes

    do ato voluntrio, como de leso no sistema nervoso central. So as apraxias.

    Pesquisas foram desenvolvidas com crianas que mostraram serem algumas delas

    portadoras de um determinado distrbio cujos sintomas assemelhavam-se aos

    adultos. Por outro lado mesmo existindo a leso, ela incidia sobre um crebro ainda

    em desenvolvimento e portanto em condies diferentes a dos adultos.

    A partir destas consideraes e da preocupao em estabelecer-se uma

    psicopatologia diferencial da criana e do adulto passa-se a encontrar, na literatura,

    a denominao de dispraxia ou apraxia de evoluo quando se trata de distrbios

    das praxias na criana.

    Apraxia aparece referindo-se ao distrbio infantil.

    Classificao das apraxias. Distinguem trs variedades:

    a) Apraxia sensrio-cintica - que se caracteriza pela alterao da sntese sensrio-

    motora como a desautomatizao do gesto. No h nela distrbios de representao

    do ato.

    b) Apracto-somato-gnosia espacial - caracterizada por uma desorganizao do

    esquema corporal e do espao.

    c) Apraxia de formulao simblica que se caracteriza por uma desorganizao da

    atividade simblica e da compreenso da linguagem.

    A finalidade de estabelecer os diferentes tipos de distrbios.

    ESTUDOS INICIAIS SOBRE O DISTRBIO PSICOMOTOR

    Debilidade Motora uma condio patolgica da mobilidade, s vezes hereditria e

    familiar, caracterizada pela exagerao dos reflexos tendinosos, uma perturbao do

    reflexo plantar, um desajeito dos movimentos voluntrios intencionais que levam a

    impossibilidade de realizar voluntariamente a ao muscular.

    Distrbio Psicomotor: significa um transtorno que atinge a unidade indissocivel,

    formada pela inteligncia, pela afetividade e pela motricidade.

    Paratonia: a possibilidade que apresentam certas crianas de relaxar

    voluntariamente um msculo.

    Sincinesias: So fenmenos normais em crianas.

    Catalepsia: uma aptido anormal para a conservao de uma atitude.

  • Outros sinais so marcados como certas epilepsias, espasmos dos msculos lisos,

    alguns estados de excitao e de agitao e a instabilidade.

    Assim muitos anos, os distrbios de psicomotricidade e portanto, as dispraxias,

    foram vistos sob o nome de debilidade motora que uma insuficincia de

    imperfeio das funes motoras consideradas do ponto de vista da sua adaptao.

    Os distrbios da Psicomotricidade definido sob o nome de Disfunes

    Psicomotoras.

    Pesquisas feitas com crianas deficientes mentais focalizando os processos que

    estariam na base das deficincias da aprendizagem. Adotaram a classificao das

    deficincias mentais, proposta por Straus (1933) em endgenas aquelas crianas

    com antecedentes familiares de distrbios mentais; em exgenas as crianas

    portadoras de leso cerebral.

    LEVIN, Esteban. A infncia em cena. Petrpolis: Vozes, 1997.

    FONSECA, Victor da. Psicomotricidade: perspectivas multidisciplinares. Porto

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    LE BOULCH, O desenvolvimento psicomotor. Porto Alegre: Artmed, 1992

    LEVIN, Esteban. A clnica psicomotora: o corpo na linguagem. Petrpolis: Vozes,

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    Levin, Esteban / Orth, Lucia Endlich / Alves, Ephraim Ferreira. A

    Infancia em cena: construcao do sujeito e desenvolvimento psicomotor.

    Vozes. 2a ed. (1998) Petropolis. Cdu: 159.9:612.7 Cutter: L665i.

    Levin, Esteban / Rosenbusch, Ricardo. A funcao do filho : espelhos e

    labirintos da infancia. Vozes. (2001) Petropolis. Cdu: 159.922.7 Cutter:

    L665f.

    ANEXOS

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADEASSOCIAO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADEASSOCIAO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADEASSOCIAO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE CDIGO DE TICA DO PSICOMOTRICISTACDIGO DE TICA DO PSICOMOTRICISTACDIGO DE TICA DO PSICOMOTRICISTACDIGO DE TICA DO PSICOMOTRICISTA

  • Introduo

    Os princpios ticos que orientam nossa atuao, tambm, fundamentam nossa imagem. O presente Cdigo de tica rene as diretrizes que devem ser observadas em nossa ao profissional, para atingirmos padres ticos cada vez mais elevados

    no exerccio de nossas atividades.Reflete nossa identidade cultural e os compromissos que assumimos no mercado em que atuamos.

    Abrangncia

    Este Cdigo de tica um instrumento norteador das prticas psicomotoras, e, pertence e aplica-se a todos os scios desta Associao, at que a profisso seja

    regulamentada, estando o mesmo j anexado ao Projeto de Lei.

    CAPTULO ICAPTULO ICAPTULO ICAPTULO I Dos PrincpiosDos PrincpiosDos PrincpiosDos Princpios

    Art 1Art 1Art 1Art 1 - A Psicomotricidade uma cincia que tem como objetivo, o estudo do homem atravs do seu corpo em movimento, em relao ao seu mundo interno e

    externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Est relacionada ao processo de maturao, onde o

    corpo a origem das aquisies cognitivas, afetivas e orgnicas. Psicomotricidade, portanto, um termo empregado para uma concepo de movimento organizado e

    integrado, em funo das experincias vividas pelo sujeito, cuja ao resultante de sua individualidade e sua socializao.

    Art 2Art 2Art 2Art 2 - Podem intitular-se Psicomotricistas e, nesta qualidade, exercer profissionalmente essa atividade em todo territrio Nacional, os seguintes

    profissionais: Graduados na rea de Sade e/ou Educao, os Titulados que se enquadrem no

    Estatuto regulamentador da A.B.P. - Associao Brasileira de Psicomotricidade, e / ou assemelhados.

    Art 3Art 3Art 3Art 3 - Os Psicomotricistas devem ter como objetivo bsico, promover o desenvolvimento das pessoas sob seu atendimento profissional devendo utilizar

  • todos os recursos tcnicos teraputicos disponveis (principalmente a interdisciplinaridade) e proporcionar o melhor servio possvel.

    Art 4Art 4Art 4Art 4 - O Psicomotricista deve exercer a Psicomotricidade com exata compreenso de sua responsabilidade, atendendo a nvel educativo e clnico, sem distino de

    ordem poltica, nacionalidade, cor ou credo e tendo o direito de receber remunerao pelo prprio trabalho.

    Art 5Art 5Art 5Art 5 - O trabalho do Psicomotricista prestado s Instituies, comprovadamente filantrpicas e sem fins lucrativos, poder ser gratuito.

    CAPTULO IICAPTULO IICAPTULO IICAPTULO II Das responsabilidades Gerais do PsicomotricistaDas responsabilidades Gerais do PsicomotricistaDas responsabilidades Gerais do PsicomotricistaDas responsabilidades Gerais do Psicomotricista

    Art 6Art 6Art 6Art 6 - So deveres Gerais do Psicomotricista

    a) Esforar-se por obter eficincia mxima em seus servios, mantendo-se atualizado quanto aos conhecimentos cientficos e tcnicos, necessrios ao pleno

    desempenho da atividade;

    b) Assumir, por responsabilidade, somente as tarefas para as quais esteja habilitado;

    c) Recorrer a outros especialistas, sempre que for necessrio;

    d) Colaborar para o progresso da Psicomotricidade como cincia e como futura profisso;

    e) Colaborar sempre que possvel, e desinteressadamente, em campanhas de Educao e Sade, que visem difundir princpios da Psicomotricidade, teis ao bem

    estar da coletividade;

    f) Resguardar a privacidade do cliente.

    Art 7Art 7Art 7Art 7 - Ao Psicomotricista Vedado:

  • a) Usar ttulos que no possua, ou, anunciar especialidades para as quais no esteja habilitado;

    b) Fornecer diagnstico em Psicomotricidade, sem conhecimento prvio do paciente, atravs de qualquer meio de comunicao.

    c) Realizar atendimento em Psicomotricidade, atravs de qualquer veculo de comunicao;

    d) Praticar atos que impliquem na mercantilizao da Psicomotricidade;

    e) Acumpliciar-se, por qualquer forma, com pessoas que exeram ilegalmente esta atividade;

    f) Avaliar ou tratar distrbios da Psicomotricidade, a no ser no relacionamento profissional;

    g) Usar pessoas no habilitadas para a realizao de prticas em substituio sua prpria atividade;

    CAPTULO IIICAPTULO IIICAPTULO IIICAPTULO III Das responsabilidades para com o clDas responsabilidades para com o clDas responsabilidades para com o clDas responsabilidades para com o clienteienteienteiente

    Art 8Art 8Art 8Art 8 - Define-se como cliente, a pessoa, entidade ou organizao a quem o Psicomotricista preste servios profissionais e em benefcio do qual, dever agir com

    o mximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.

    Art 9Art 9Art 9Art 9 - So deveres dos Psicomotricistas nas suas relaes com os seus clientes:

    a) Informar ao cliente e ou a seu representante legal, sobre resultados obtidos na avaliao de Psicomotricidade: objetivos do tratamento previsto e sua orientao, a fim de que o cliente possa decidir-se pela aceitao ou no do tratamento indicado;

  • b) Informar Instituio Educacional, sobre o projeto a ser desenvolvido, seus objetivos gerais e especficos, dar orientao equipe educacional, a serem

    seguidas, e sobre os resultados obtidos aps interveno teraputica;

    c) Limitar o n de seus clientes, respeitando as normas da tcnica e prtica da Psicomotricidade, visando a eficcia do atendimento;

    d) Esclarecer ao cliente, sobre os possveis prejuzos de uma interrupo do tratamento que vem recebendo, ficando isento de qualquer responsabilidade;

    e) Certificar-se da realizao do diagnstico de outras especialidades ao assumir compromisso teraputico com seu cliente, e, encaminh-lo, quando se fizer

    necessrio, para os especialistas adequados;

    f) Garantir a privacidade do atendimento realizado, impedindo a presena de elementos alheios na sala de atendimento, a no ser com autorizao prvia

    documentada.

    Art 10Art 10Art 10Art 10 - Ao Psicomotricista, em sua relao com o cliente, vedado:

    a) Prolongar desnecessariamente o tratamento ou prestao de servio;

    b) Garantir resultados de qualquer procedimento teraputico ou interveno institucional, atravs de mtodos infalveis sensacionalistas, ou de contedo

    inverdico;

    c) Emitir parecer, laudo ou relatrio, que no correspondam a veracidade dos fatos;

    d) Usar para fins meramente promocionais e/ou comerciais, pessoas ou instituies a quem prestar servios profissionais;

    e) Usar pessoas ou instituies para fins de ensino ou pesquisa, sem seu consentimento expresso e documentado, ou de seu representante legal;

  • f) Dar diagnstico clnico de qualquer patologia que no seja da rea da psicomotricidade, assim como, promover qualquer interveno, tambm, fora da

    rea da psicomotricidade;

    CAPTULO IVCAPTULO IVCAPTULO IVCAPTULO IV Das relaes com outros Das relaes com outros Das relaes com outros Das relaes com outros Psicomotricistas:Psicomotricistas:Psicomotricistas:Psicomotricistas:

    Art 11Art 11Art 11Art 11 - O Psicomotricista deve ter para com seus colegas, a considerao, o apreo e a solidariedade, que refletem a harmonia da classe e lhe aumentem o

    conceito pblico.

    Art 12Art 12Art 12Art 12 - O Psicomotricista, quando solicitado, dever colaborar com seus colegas e apresentar-lhes servios profissionais, salvo impossibilidade de motivo relevante.

    Art 13Art 13Art 13Art 13 - O esprito de solidariedade, no pode levar o Psicomotricista a ser conivente com ato ilcito praticado por colega.

    Art 14Art 14Art 14Art 14 - O Psicomotricista atender o cliente que esteja sendo assistido por um colega, somente nas seguintes situaes:

    a) A pedido do prprio colega;

    b) Se for procurado, espontaneamente pelo cliente, dando cincia ao colega e atuando em comum acordo.

    Art 15Art 15Art 15Art 15 O Psicomotricista, em relao ao colega, vedado:

    a) Emitir julgamento depreciativo sobre o exerccio da profisso, ressalvadas as comunicaes de irregularidade, transmitidas ao rgo competente;

    b) Explor-lo profissionalmente e financeiramente;

    c) Avaliar os servios prestados pelo colega, para determinar sua eficcia.

    CAPTULO VCAPTULO VCAPTULO VCAPTULO V Das responsabilidades e relaes com as instituies empregatcias e outrasDas responsabilidades e relaes com as instituies empregatcias e outrasDas responsabilidades e relaes com as instituies empregatcias e outrasDas responsabilidades e relaes com as instituies empregatcias e outras

  • Art 16Art 16Art 16Art 16 - O Psicomotricista funcionrio de uma organizao, deve sujeitar-se aos padres gerais da instituio, salvo quando o regulamento ou costumes ali vigentes

    contrarie sua conscincia profissional e os princpios e normas deste Cdigo.

    Art 17Art 17Art 17Art 17 - O Psicomotricista poder formular junto s autoridades competentes, crticas aos servios pblicos ou privados, com o fim de preservar o bom

    atendimento da psicomotricidade e o bem estar do cliente.

    Art 18Art 18Art 18Art 18 - O Psicomotricista no cargo de direo ou chefia, dever preservar normas bsicas eficcia do exerccio da Psicomotricidade, respeitando os interesses da

    classe.

    CAPTULO CAPTULO CAPTULO CAPTULO VIVIVIVI Das relaes com outros profissionaisDas relaes com outros profissionaisDas relaes com outros profissionaisDas relaes com outros profissionais

    Art 19Art 19Art 19Art 19 - O Psicomotricista procurar desenvolver boas relaes com os componentes de outras reas, observando para esse fim o seguinte:

    a) Trabalhar nos restritos limites das suas atividades;

    b) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especializao profissional, encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o

    atendimento.

    Art 20Art 20Art 20Art 20 - O Psicomotricista, nas suas relaes com outros profissionais, dever manter elevado conceito e padres de seu prprio trabalho;

    Art 21Art 21Art 21Art 21 - O Psicomotricista dever estabelecer e manter o relacionamento harmonioso com os colegas de outras profisses, informando-os:

    a) A respeito de servio de psicomotricidade;

    b) Emitindo parecer em Psicomotricidade sobre seus clientes, a fim de contribuir para a ao teraputica da outra profisso.

  • CAPTULO VIICAPTULO VIICAPTULO VIICAPTULO VII Das relaes com as Associaes congregantes, representativas dos Das relaes com as Associaes congregantes, representativas dos Das relaes com as Associaes congregantes, representativas dos Das relaes com as Associaes congregantes, representativas dos

    Psicomotricistas.Psicomotricistas.Psicomotricistas.Psicomotricistas.

    Art 22Art 22Art 22Art 22 - O Psicomotricista procurar filiar-se s Associaes que tenham como finalidade, a difuso e o aprimoramento da Psicomotricidade como cincia, bem

    como os interesses da classe.

    Art 23Art 23Art 23Art 23 - O Psicomotricista dever apoiar as iniciativas e os movimentos de defesa dos interesses morais e materiais da classe, atravs dos seus rgos

    representativos.

    CAPTULO VIIICAPTULO VIIICAPTULO VIIICAPTULO VIII Do sigilo profissionalDo sigilo profissionalDo sigilo profissionalDo sigilo profissional

    Art 24Art 24Art 24Art 24 - O Psicomotricista est obrigado a guardar segredo sobre fatos que tenha conhecido, em decorrncia do exerccio de sua atividade.

    Pargrafo nicoPargrafo nicoPargrafo nicoPargrafo nico - no se constitui quebra de sigilo, informaes a outro profissional envolvido com o caso, ou, no cumprimento de determinao do poder Judicirio.

    Art.25Art.25Art.25Art.25 - O psicomotricista no poder, em anncios, inserir fotografias, nomes, iniciais de nomes, endereos, ou qualquer outro elemento que identifique o cliente,

    devendo adotar o mesmo critrio nos relatos ou publicaes, em sociedades cientificas e jornais.Salvo com autorizao livre e esclarecida, devidamente

    documentada.

    CAPTULO IXCAPTULO IXCAPTULO IXCAPTULO IX vedado ao Psicomotricista: vedado ao Psicomotricista: vedado ao Psicomotricista: vedado ao Psicomotricista:

    a) Apresentar, como original, qualquer idia descoberta, ou ilustraes, que, na realidade, no o sejam;

    b) Anunciar na recuperao de clientes, sobretudo em casos considerados impossveis o emprego de mtodos infalveis ou secretos, de tratamento.

  • CAPTULO XICAPTULO XICAPTULO XICAPTULO XI Dos honorrios profissionaisDos honorrios profissionaisDos honorrios profissionaisDos honorrios profissionais

    Art.2Art.2Art.2Art.26666 - O piso dos honorrios devero ser estabelecidos pelo Conselho profissional, logo que a profisso for regulamentada.

    CAPTULO XIICAPTULO XIICAPTULO XIICAPTULO XII Das disposies geraisDas disposies geraisDas disposies geraisDas disposies gerais

    Art.27Art.27Art.27Art.27 - As dvidas na observncia deste Cdigo e os casos omissos encaminhados pelos Captulos Regionais da A.B.P.- Associao Brasileira de

    Psicomotricidade, sero apreciados pela A.B.P. - Colgio Nacional.

    Art.28Art.28Art.28Art.28 - Compete a A.B.P.- Associao Brasileira de Psicomotricidade, firmar jurisprudncia nos casos omissos e faz-los incorporarem-se neste Cdigo.

    Art.28Art.28Art.28Art.28 - O presente Cdigo de tica, elaborado pela A.B.P. -Associao Brasileira de Psicomotricidade, entrar em vigor na data de sua substituio, no Registro de

    Pessoas Jurdicas e/ou de sua publicao no Dirio Oficial da Unio.

    Art.34Art.34Art.34Art.34 - Cumprir e fazer cumprir este Cdigo, dever de todo Psicomotricista.

    Bibliografia:Bibliografia:Bibliografia:Bibliografia:

    Cdigo de tica Mdica Cdigo de tica da Fonoaudiologia

    Cdigo de tica Profissional de Psicologia

    Teorias e Exerccios em Psicomotricidade

    ESQUEMA CORPORAL Conhecimento intuitivo imediato que a criana tem do prprio corpo, conhecimento capaz de gerar as possibilidades de atuao da criana sobre as partes do seu corpo, sobre o mundo exterior e sobre os objetos que a cercam. Exerccio 1 : Reconhecendo as partes essenciais do corpo - O profissional diz os nomes das seguintes partes do corpo: cabea, peito, barriga, braos, pernas, ps, explorando uma parte por vez. A criana mostra em si mesma a parte mencionada pelo profissional, respeitando o nome que designa. Primeiramente o

  • trabalho dever ser realizado de olhos abertos, e a seguir de olhos fechados. Olhos abertos: Aprendizado. Olhos fechados: Quando dominar as partes do corpo. Exerccio 2: A criana dever reconhecer tambm as partes do rosto: nariz, olhos, boca, queixo, sombrancelhas, clios, trabalhar tambm com os dedos com a mo apoiada sobre a mesa a criana dever apresentar o pulso, o dedo maior e o dedo menor, os nomes dos dedos so ensinados a criana pedindo que ela levante um a um dizendo os respectivos nomes dos dedos. Exerccio 3: Trabalhar com os olhos - Em p ou sentado a criana acompanha com os olhos sem mexer a cabea, a trajetria de um objeto que se desloca no espao. Exerccio 4: Sentir os rins - Deitada com as pernas estendidas e as mos sobre os rins a criana dobra os joelhos e encosta-os no peito. Comentar com a criana que a parte do corpo que se apoia com fora sobre suas mos chama-se rins. Exerccio 5: Automatizando a noo de direita e esquerda Conhecendo a direita e a esquerda do prprio corpo mostrar a criana qual a sua mo direita e qual a sua mo esquerda. Dominando este conceito, realizar o exerccio em etapas: - fechar com fora a mo direita; - depois a esquerda; - Levantar o brao direito; - depois o esquerdo; - bater o p esquerdo; - depois o direito; - mostrar o olho direito; - depois o esquerdo; - mostrar a orelha direita; - depois a esquerda; - levantar a perna esquerda; - depois a direita. Trabalhar com os olhos abertos, e quando a criana estiver dominando o exerccio trabalhar com os olhos fechados. Exerccio 6: Localizando elementos na sala de aula. A criana dever dizer de que lado est a porta, a janela, a mesa da sala de aula, etc. em relao a si mesma. Durante a realizao do exerccio, no deixar a criana cruzar os braos, pois isso dificulta sua orientao espacial.

    COORDENAO CULO-MANUAL

    A finalidade dos exerccios de coordenao culo-manual tm como finalidade o domnio do campo visual, associada a motricidade fina das mos. Exerccio - Realizar este jogo em duas etapas: A criana bate a bola no cho, apanhando-a inicialmente com as duas mos, e depois ora com a mo direita, ora com a mo esquerda. No incio a criana dever trabalhar livremente. Numa segunda etapa o professor determinar

  • previamente com qual das mos a criana dever apanhar a bola. A criana joga a bola para o alto com as duas mos, apanhando-a com as duas mos tambm. Em seguida, joga a bola para o alto com uma s mo, apanhando-a com uma s mo tambm. Variar o uso das mos. Ora com a direita ora com a esquerda. Jogo de Pontaria no Cho - Desenhar um crculo no cho ou utilizar um arco. As crianas devero jogar a bola dentro do crculo. Aumentar gradativametne a distncia. Variar jogando a bola na frente, atrs, do lado esquerdo, do lado direito do crculo. COORDENAO DINMICA GERAL Estes exerccios possuem a funo de equilbrio que a base essencial da coordenao dinmica geral que possuem a finalidade de melhorar o comando nervoso, a preciso motora e o controle global dos deslocamentos do corpo no tempo e no espao. Constituem-se de exerccios de marchas e saltos. Apresentamos exerccios em que a criana a nvel de experincias vividas, manipula conceitos espaciais importantes para o seu preparo para a alfabetizao. Os conceitos espaciais: direita, esquerda, atrs, na frente, entre, perto, longe, maior, menor; so vivenciados atravs de movimentos especficos. A partir da propomos exerccios com maior intensidade. Se coloca a medio de um raciocnio, de uma reflexo sobre os dados vivenciados no primeiro nvel. Dessa forma permite a criana passar para a etapa de estruturao temporal requerida para o aprendizado da leitura e da escrita. Exerccio: Andando, saltando e equilibrando-se. 1. Andando de cabea erguida A criana anda com um objeto sobre a cabea ( pode ser um livro de capa dura). Dominada esta etapa a criana para, levanta uma perna formando um angulo de noventa graus e coloca-se lentamente no cho. O mesmo trabalho dever ser feito com a outra perna. 2. Quem alcana ? O professor segura um objeto a uma determinada altura (pode ser um lpis, uma bola ) a criana dever saltar para alcana-lo . Inicialmente fazer o exerccio em p, depois de ccoras.

    MOTRICIDADE FINA DAS MOS E DOS DEDOS

    Os exerccios de motricidade fina so muito importantes para a criana, na medida em que educam gesto requerido para a escrita, evitando a apreenso e a priso inadequados que tanto prejudicam o grafismo, tornando o ato de escrever uma experincia aversiva a criana. CUIDANDO DAS MOS Exerccio de Motricidade Fina : Trabalhando s com os braos - Este exerccio tem como objetivo desenvolver a independncia segmentar do brao em relao ao tronco, o que beneficia e facilita o trabalho da mo no ato de escrever. Apresentamos uma srie de

  • grficos (traados) que o professor dever reproduzir em tamanho grande no quadro de giz ou program-los em cartes. As crianas por sua vez devero reproduz-los com gestos executados no ar. AMASSANDO A MASSA Fazendo Bolas de Massa - O professor distribui a classe bolas de massa de tamanhos variados (usar massa para modelar) sentada, com o cotovelo apoiado sobre a carteira, a mo para o alto, a criana aperta as bolas de massa com fora, amassando-as. Orientar a criana para que trabalhe com dois dedos por vez. Trabalhar primeiro uma das mos, depois com a outra e, finalmente, com as duas juntas. Fazendo as bolas de massa - Realizar o mesmo trabalho do exerccio anterior, neste caso, porm a massa apresentada em forma de disco, com a qual a criana dever fazer uma bola. ORGANIZAO E ESTRUTURAO TEMPORAL Esse mediador trabalha com noes importantes para o aprendizado da escrita e particularmente da leitura, favorecem o desenvolvimento da atuao da memria. A estruturao temporal fornecer as possibilidades de alfabetizar-se. Exerccio: Reproduzindo ritmos com as mos. O professor executa um determinado ritmo, seguindo algumas estruturas rtmicas (.. ... ...) por exemplo, batendo a mo sobre a carteira, durante um certo tempo, a criana apenas escuta, depois reproduz o rtmico executado pelo professor, batendo a mo sobre a carteira tambm. Variar o ritmo. Lento, normal e rpido. Fazer o exerccio inicialmente com os olhos abertos e em seguida, de olhos fechados. EXERCCIO DE ORGANIZAO E ESTRUTURAO ESPACIAL Deslocando um objeto no espao, a criana coloca um objeto qualquer ora a sua frente, ora atrs, ora a direita, ora a esquerda, segundo o

    comando do professor.