7 amor de deus,caridade,meios e maria

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O Caminho São josemaria Escrivá

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  • CAPTULO

    18Amor de Deus

    417 No h outro amor alm do Amor!418 O segredo para dar relevo s coisas mais humildes, mesmo s mais humilhantes,

    amar.

    419 Criana. - Doente. - Ao escrever estas palavras, no sentis a tentao de as prcom maisculas?

    que, para uma alma enamorada, as crianas e os doentes so Ele.

    420 Que pouco uma vida para oferec-la a Deus!...421 Um amigo um tesouro. - Quanto mais... um Amigo!..., que onde est o teu

    tesouro, a est o teu corao.

    422 Jesus teu amigo. - O Amigo. - Com corao de carne como o teu. - Com olhos deolhar amabilssimo, que choraram por Lzaro...

    - E, tanto como a Lzaro, te ama a ti.

    423 Meu Deus, eu Te amo, mas... ensina-me a amar!424 Castigar por Amor: este o segredo para elevar a um plano sobrenatural a pena

    imposta aos que a merecem.

    Por amor a Deus, a quem se ofende, sirva a pena de expiao; por amor ao prximopor Deus, jamais sirva a pena de vingana, mas de remdio salutar.

    425 Saber que me amas tanto, meu Deus, e... no enlouqueci?!426 Em Cristo temos todos os ideais: porque Rei, Amor, Deus.427 Senhor: que eu tenha peso e medida em tudo... menos no Amor.428 Se o amor, mesmo o amor humano, d tantas consolaes aqui, o que ser o Amor

    no Cu?

    429 Tudo o que se faz por Amor adquire formosura e se engrandece.

  • 430 Jesus, que eu seja o ltimo em tudo... e o primeiro no Amor.431 No temas a Justia de Deus. - To admirvel e to amvel em Deus a Justia

    como a Misericrdia; ambas so provas do Amor.

    432 Considera o que h de mais formoso e grande na terra..., o que apraz aoentendimento e s outras potncias..., o que recreio da carne e dos sentidos... E omundo, e os outros mundos que brilham na noite: o Universo inteiro.

    E isso, mais todas as loucuras do corao satisfeitas..., nada vale, nada e menosque nada, ao lado deste Deus meu! - teu! -, tesouro infinito, prola preciosssima,humilhado, feito escravo, aniquilado sob a forma de servo no curral onde quis nascer,na oficina de Jos, na Paixo e na morte ignominiosa..., e na loucura de Amor daSagrada Eucaristia.

    433 Vive de Amor e vencers sempre - ainda que sejas vencido - nas Navas eLepantos13 da tua luta interior.

    434 Deixa que o teu corao transborde em efuses de Amor e de agradecimento aoconsiderar como a graa de Deus te liberta todos os dias dos laos que te arma oinimigo.

    435 Timor Domini sanctus. - Santo o temor de Deus. - Temor que venerao dofilho por seu Pai; nunca temor servil, porque teu Pai-Deus no um tirano.

    436 Dor de Amor. - Porque Ele bom. - Porque teu Amigo, que deu a sua Vida por ti. -Porque tudo o que tens de bom dEle. - Porque O tens ofendido tanto... Porque tetem perdoado... Ele!... a ti!

    - Chora, meu filho, de dor de Amor.

    437 Se um homem tivesse morrido para me livrar da morte!...- Morreu Deus. E fico indiferente.

    438 Louco! - Bem te vi (julgavas-te s na capela episcopal) depor um beijo em cadaclice e em cada patena recm-consagrados: para que Ele os encontre, quando pelaprimeira vez descer a esses vasos eucarsticos.

    439 No esqueas que a Dor a pedra de toque do Amor.

    13 Navas de Tolosa: famosa batalha travada em 1212 no sul da Espanha, ganha pelos exrcitos dos reinos cristos daPennsula Ibrica contra os muulmanos da Andaluzia e do norte da frica. Lepanto: batalha naval travada noMediterrneo em 1571, entre as esquadras turca e crist, em que venceu a frota crist (N. do T.).

  • CAPTULO

    19Caridade

    440 Quando tiveres terminado o teu trabalho, faz o do teu irmo, ajudando-o, porCristo, com tal delicadeza e naturalidade, que nem mesmo o favorecido repare queests fazendo mais do que em justia deves.

    - Isso, sim, fina virtude de filho de Deus!

    441 Doem-te as faltas de caridade do prximo para contigo. Quanto no ho de doer aDeus as tuas faltas de caridade - de Amor - para com Ele?

    442 No admitas um mau pensamento acerca de ningum, mesmo que as palavras ouobras do interessado dem motivo para assim julgares razoavelmente.

    443 No faas crtica negativa; quando no puderes louvar, cala-te.444 Nunca fales mal do teu irmo, mesmo que tenhas motivos de sobra. - Vai primeiro

    ao Sacrrio, e depois procura o Sacerdote, teu pai, e desabafa tambm com ele a tuapena.

    - E com mais ningum.

    445 A murmurao crosta que suja e atrapalha o apostolado. - Vai contra a caridade,tira foras, rouba a paz e faz perder a unio com Deus.

    446 Se s to miservel, como estranhas que os outros tenham misrias?447 Depois de ver em que se empregam, por completo!, muitas vidas (lngua, lngua,

    lngua, com todas as suas conseqncias), parece-me mais necessrio e mais amvelo silncio. - E compreendo muito bem que peas contas, Senhor, da palavra ociosa.

    448 mais fcil dizer que fazer. - Tu..., que tens essa lngua cortante - de navalha -,experimentaste alguma vez, ao menos por acaso, fazer bem o que, segundo a tuaautorizada opinio, os outros fazem menos bem?

    449 Isso chama-se: bisbilhotice, murmurao, mexerico, enredo, intriga, alcovitice,insdia..., calnia?... vileza?

    - difcil que a funo de dar critrio de quem no tem o dever de exercit-la, no

  • acabe em negcio de comadres.

    450 Quanto di a Deus e quanto mal faz a muitas almas - e quanto pode santificaroutras - a injustia dos justos!

    451 No queiramos julgar. - Cada qual v as coisas do seu ponto de vista... e com o seuentendimento, bem limitado quase sempre, e com os olhos obscurecidos ouenevoados, com trevas de exaltao muitas vezes.

    Alm disso, tal como a desses pintores modernistas, a viso de certas pessoas tosubjetiva e to enfermia, que desenham uns traos arbitrrios, assegurando-nos queso o nosso retrato, a nossa conduta...

    Como valem pouco os juzos dos homens! - No julgueis sem peneirar o vosso juzo naorao.

    452 Esfora-te, se preciso, por perdoar sempre aos que te ofendem, desde o primeiroinstante, j que, por maior que seja o prejuzo ou a ofensa que te faam, mais te temperdoado Deus a ti.

    453 Murmuras? - Ento, ests perdendo o bom esprito. E, se no aprendes a calar-te,cada palavra um passo que te aproxima da porta de sada desse empreendimentoapostlico em que trabalhas.

    454 No julgueis sem ouvir ambas as partes. - Mesmo as pessoas que se tm porpiedosas esquecem muito facilmente esta norma de prudncia elementar.

    455 Sabes o mal que podes ocasionar jogando para longe uma pedra com os olhosvendados?

    - Tambm no sabes o prejuzo que podes causar, s vezes grave, quando lanasfrases de murmurao, que te parecem levssimas por teres os olhos vendados pelainconscincia ou pela exaltao.

    456 Fazer crtica, destruir, no difcil: o ltimo aprendiz de pedreiro sabe cravar a suaferramenta na pedra nobre e bela de uma catedral.

    - Construir: esse o trabalho que requer mestres.

    457 Quem s tu para julgar do acerto do superior? - No vs que ele tem maiselementos de juzo do que tu; mais experincia; mais retos, sbios e desapaixonadosconselheiros; e, sobretudo, mais graa, uma graa especial, a graa de estado, que luz e ajuda poderosa de Deus?

    458 Esses choques com o egosmo do mundo ho de fazer-te apreciar mais a caridade

  • fraternal dos teus.

    459 A tua caridade ... presunosa. - De longe, atrais: tens luz. - De perto, repeles:falta-te calor. - Que pena!

    460 Frater qui adjuvatur a fratre quasi civitas firma - O irmo ajudado por seu irmo to forte quanto uma cidade amuralhada.

    - Pensa um pouco e decide-te a viver a fraternidade que sempre te recomendo.

    461 Se no te vejo praticar a bendita fraternidade que continuamente te prego,lembrar-te-ei aquelas comoventes palavras de So Joo: Filioli mei, non diligamusverbo neque lingua, sed opere et veritate - Filhinhos, no amemos com a palavra oucom a lngua, mas com obras e de verdade.

    462 O poder da caridade! - A vossa mtua fraqueza tambm apoio que vos mantmerguidos no cumprimento do dever, se viveis a vossa bendita fraternidade: comomutuamente se sustm, apoiando-se, as cartas do baralho.

    463 Mais do que em dar, a caridade est em compreender.- Por isso, procura uma desculpa para o teu prximo - sempre as h -, se tens o deverde julgar.

    464 Sabes que certa pessoa est em perigo para a sua alma? - De longe, com a tuavida de unio, podes ser para ela uma ajuda eficaz. - Ento vamos l! E no teintranqilizes.

    465 Essa preocupao que sentes pelos teus irmos parece-me bem; prova da vossamtua caridade. - Procura, no entanto, que as tuas preocupaes no degenerem eminquietao.

    466 Escreves-me: - Regra geral, os homens so pouco generosos com o seu dinheiro.Conversas, entusiasmos ruidosos, promessas, planos. hora do sacrifcio, so poucosos que metem ombros. E, se do, h de ser com uma diverso de permeio - baile,bingo, cinema, coquetel - ou com anncio e lista de donativos na imprensa.

    - O quadro triste, mas tem excees. S tu tambm dos que no deixam que a moesquerda saiba o que faz a direita, quando do esmola.

    467 Livros. - Estendi a mo, como um pobrezinho de Cristo, e pedi livros. Livros!, queso alimento para a inteligncia catlica, apostlica e romana de muitos jovensuniversitrios.

    - Estendi a mo, como um pobrezinho de Cristo..., e sofri cada decepo!

  • - Por que ser que no entendem, Jesus, a profunda caridade crist dessa esmola,mais eficaz do que dar po de bom trigo?

    468 s excessivamente cndido. - Dizes que so poucos os que praticam a caridade! -Porque ter caridade no dar roupa velha ou uns trocados...

    - E me contas o teu caso e a tua desiluso.

    - S me ocorre isto: vamos tu e eu dar e dar-nos sem tacanhice. E evitaremos que osque convivem conosco adquiram a tua triste experincia.

    469 Saudai todos os santos. Todos os santos vos sadam. A todos os santos que vivemem feso. A todos os santos em Cristo Jesus que esto em Filipos. - Que comoventeesse apelativo - santos! - que os primeiros fiis cristos empregavam para sedesignarem entre si, no verdade?

    - Aprende a tratar com os teus irmos.

  • CAPTULO

    20Os meios

    470 Mas... e os meios? - So os mesmos de Pedro e Paulo, de Domingos e Francisco, deIncio e Xavier: o Crucifixo e o Evangelho...

    - Ser que te parecem pequenos?

    471 Nos empreendimentos de apostolado, est certo - um dever - que consideres osteus meios terrenos (2 + 2 = 4 ). Mas no esqueas - nunca! - que tens de contar,felizmente, com outra parcela: Deus + 2 + 2...

    472 Serve ao teu Deus com retido, s-Lhe fiel... e no te preocupes com mais nada.Porque uma grande verdade que, se procuras o reino de Deus e a sua justia, Elete dar o resto - o material, os meios - por acrscimo.

    473 Lana para longe de ti essa desesperana que te produz o conhecimento da tuamisria. - verdade: por teu prestgio econmico, s um zero..., por teu prestgiosocial, outro zero..., e outro por tuas virtudes, e outro por teu talento...

    Mas, esquerda dessas negaes est Cristo... E que cifra incomensurvel noresulta!

    474 Dizes que s... ningum. - Que os outros levantaram e levantam agora maravilhasde organizao, de imprensa, de propaganda. - Que tm todos os meios, enquanto tuno tens nenhum!... Est certo; mas lembra-te de Incio:

    Ignorante, entre os doutores de Alcal14. - Pobre, pauprrimo, entre os estudantes deParis. - Perseguido, caluniado...

    o caminho: ama e cr e sofre! O teu Amor e a tua F e a tua Cruz so os meiosinfalveis para levares prtica e para eternizares as nsias de apostolado que trazesno corao.

    475 Reconheces-te miservel. E s. - Apesar de tudo - mais ainda, por isso -, Deus teprocurou.

    - Sempre emprega instrumentos desproporcionados: para que se veja que a obra dEle.

  • - A ti, s te pede docilidade.

    476 Quando te entregares a Deus, no haver dificuldade que possa abalar o teuotimismo.

    477 Por que deixas esses recantos em teu corao? - Enquanto no te deres tu de todo, intil que pretendas levar outro a Deus.

    - Pobre instrumento s.

    478 Mas - nesta altura! - ser possvel que ainda necessites da aprovao, do calor, dasconsolaes dos poderosos, para continuares a fazer o que Deus quer?

    - Os poderosos costumam ser volveis, e tu tens de ser constante. - Mostra-teagradecido, se te ajudam. E continua em frente, imperturbvel, se te desprezam.

    479 No faas caso. - Sempre os prudentes tm chamado de loucuras as obras deDeus.

    - Para a frente! Audcia!

    480 Ests vendo? Um fio e outro e muitos, bem entranados, formam esse cabo, capazde levantar pesos enormes.

    - Tu e os teus irmos, unidas as vossas vontades para cumprir a de Deus, sereiscapazes de vencer todos os obstculos.

    481 Quando s se procura a Deus, bem se pode pr em prtica, para fazer vingar asobras de apostolado, aquele princpio que sustentava um bom amigo nosso: Gasta-seo que se deve, ainda que se deva o que se gasta.

    482 Que importa que tenhas contra ti o mundo inteiro, com todos os seus poderes? Tu...para a frente!

    - Repete as palavras do salmo: O Senhor a minha luz e a minha salvao, a quemtemerei?... Si consistant adversum me castra, non timebit cor meum - Ainda que meveja cercado de inimigos, no fraquejar meu corao.

    483 Coragem! Tu... podes. - No vs o que fez a graa de Deus com aquele Pedrodorminhoco, negador e covarde..., com aquele Paulo perseguidor, odiento e pertinaz?

    484 S instrumento: de ouro ou de ao, de platina ou de ferro..., grande ou pequeno,delicado ou tosco...

    - Todos so teis; cada um tem a sua misso prpria. como no mundo material:quem se atrever a dizer que menos til o serrote do carpinteiro do que as pinas

  • do cirurgio?

    - Teu dever ser instrumento.

    485 Certo. E da? - No entendo como te podes retrair desse trabalho de almas (se no por oculta soberba: julgas-te perfeito), s porque o fogo de Deus que te atraiu, almda luz e do calor que te entusiasmam, lana s vezes a fumaa da fraqueza dosinstrumentos.

    486 Trabalho... h. - Os instrumentos no podem estar enferrujados. - Normas htambm para evitar o mofo e a ferrugem. - Basta p-las em prtica.

    487 No te inquietes com o problema econmico que se avizinha do teuempreendimento de apostolado. - Aumenta a confiana em Deus, faz humanamente oque puderes, e vers com que rapidez o dinheiro deixa de ser problema!

    488 No deixes de fazer as coisas por falta de instrumentos; comea-se como se pode. -Depois, a funo cria o rgo. Alguns, que no prestavam, tornam-se aptos. Com osoutros, faz-se uma operao cirrgica, ainda que doa - bons cirurgies foram ossantos! -, e segue-se adiante.

    489 F viva e penetrante. Como a f de Pedro. - Quando a tiveres, disse-o Ele, afastarsas montanhas, os obstculos, humanamente insuperveis, que se oponham aos teusempreendimentos de apstolo.

    490 Retido de corao e boa vontade: com estes dois elementos e o olhar posto emcumprir o que Deus quer, vers transformados em realidade os teus sonhos de Amor esaciada a tua fome de almas.

    491 Nonne hic est fabri filius? Nonne hic est faber, filius Mariae? - Porventura no este o filho do arteso? No o arteso, filho de Maria?

    - Isto que disseram de Jesus, bem possvel que o digam de ti, com um pouco depasmo e outro pouco de troa, quando definitivamente quiseres cumprir a Vontadede Deus, ser instrumento: Mas este no aquele?...

    - Cala-te. E que as tuas obras confirmem a tua misso.

    14 Alcal de Henares, Universidade espanhola muito clebre no sculo XVI (N. do T.).

  • CAPTULO

    21A Virgem Maria

    492 O amor nossa Me ser sopro que atice em fogo vivo as brasas de virtude queesto ocultas sob o rescaldo da tua tibieza.

    493 Ama a Senhora. E Ela te obter graa abundante para venceres nesta lutaquotidiana. - E de nada serviro ao maldito essas coisas perversas que sobem esobem, fervendo dentro de ti, at quererem sufocar, com a sua podrido bemcheirosa, os grandes ideais, os mandamentos sublimes que o prprio Cristo ps emteu corao. - Serviam!15

    494 S de Maria e sers nosso.495 A Jesus sempre se vai e se volta por Maria.496 Como gostam os homens de que lhes recordem o seu parentesco com personagens

    da literatura, da poltica, do exrcito, da Igreja!...

    - Canta diante da Virgem Imaculada, recordando-lhe:

    Ave, Maria, Filha de Deus Pai; Ave, Maria, Me de Deus Filho; Ave, Maria, Esposa deDeus Esprito Santo... Mais do que tu, s Deus!

    497 Diz: - Minha Me (tua, porque s seu por muitos ttulos), que o teu amor me ate Cruz de teu Filho; que no me falte a F, nem a valentia, nem a audcia para cumprira vontade do nosso Jesus.

    498 Todos os pecados da tua vida parecem ter-se posto de p. - No desanimes. Pelocontrrio, chama por tua Me, Santa Maria, com f e abandono de criana. Ela trar osossego tua alma.

    499 Maria Santssima, Me de Deus, passa despercebida, como mais uma, entre asmulheres do seu povo.

    - Aprende dEla a viver com naturalidade.

    500 Traz sobre o teu peito o santo escapulrio do Carmo. - Poucas devoes (h muitase muito boas devoes marianas) esto to arraigadas entre os fiis e tm tantas

  • bnos dos Pontfices. Alm disso, to maternal este privilgio sabatino!

    501 Quando te perguntaram que imagem de Nossa Senhora te dava mais devoo, erespondeste - como quem j fez bem a experincia - que todas, compreendi que erasum bom filho. Por isso te parecem bons (enamoram-me, disseste) todos os retratos datua Me.

    502 Maria, Mestra de orao. - Olha como pede a seu Filho em Can. E como insiste,sem desanimar, com perseverana. - E como consegue.

    - Aprende.

    503 Soledade de Maria. S! - Chora, sem amparo.- Tu e eu devemos acompanhar Nossa Senhora, e chorar tambm; porque a Jesus Opregaram ao madeiro, com pregos, as nossas misrias.

    504 A Virgem Santa Maria, Me do Amor Formoso, aquietar o teu corao, quando tefizer sentir que de carne, se recorres a Ela com confiana.

    505 O amor Senhora prova de bom esprito, nas obras e nas pessoas singulares.- Desconfia do empreendimento que no tenha esse sinal.

    506 A Virgem Dolorosa... Quando a contemplares, repara em seu Corao. uma Mecom dois filhos, frente a frente: Ele... e tu.

    507 Que humildade, a de minha Me Santa Maria! - No a vereis entre as palmas deJerusalm, nem - afora as primcias de Can - hora dos grandes milagres.

    - Mas no foge ao desprezo do Glgota; ali est juxta crucem Jesu, junto cruz deJesus, sua Me.

    508 Admira a firmeza de Santa Maria: ao p da Cruz, com a maior dor humana - no hdor como a sua dor -, cheia de fortaleza.

    - E pede-lhe dessa firmeza, para que saibas tambm estar junto da Cruz.

    509 Maria, Mestra do sacrifcio escondido e silencioso! - Vede-a, quase sempre oculta,colaborando com o Filho: sabe e cala.

    510 Vedes com que simplicidade? - Ecce ancilla!...16 - E o Verbo se fez carne.- Assim agiram os santos: sem espetculo. Se houve, foi apesar deles.

    511 Ne timeas, Maria! - No temas, Maria!... - Turbou-se a Senhora diante do Arcanjo.- E depois disto, quererei ainda desprezar esses pormenores de modstia, que so a

  • salvaguarda da minha pureza?!

    512 Me, Me! Com essa tua palavra - fiat - nos tornaste irmos de Deus eherdeiros da sua glria. - Bendita sejas!

    513 Antes, sozinho, no podias... - Agora, recorreste Senhora, e, com Ela, que fcil!514 Confia. - Torna. - Invoca Nossa Senhora e sers fiel.515 Sentes que, por momentos, te faltam as foras? - Por que no o dizes tua Me,

    consolatrix afflictorum, auxilium christianorum..., Spes nostra, Regina apostolorum?17

    516 Me! - Chama-a bem alto, bem alto. - Ela, tua Me Santa Maria, te escuta, te v emperigo talvez, e te oferece, com a graa do seu Filho, o consolo do seu regao, aternura das suas carcias. E te encontrars reconfortado para a nova luta.

    15 Servirei! (N. do T.).16 Eis a escrava (N. do T.).17 Consoladora dos aflitos, Auxlio dos cristos..., Esperana nossa, Rainha dos apstolos (N. do T.).