6.1. casamento inexistente:

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DIREITO DE FAMÍLIA DIREITO DE FAMÍLIA 6 6 DIREITO CIVIL DIREITO CIVIL Sílvio de Salvo Venosa

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6.1. Casamento inexistente: – no casamento inexistente não há consentimento, há ausência de autoridade celebrante, ou há identidade de sexos; – os efeitos materiais do casamento nesta situação precisam ser extirpados do mundo jurídico; - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: 6.1. Casamento inexistente:

DIREITO DE FAMÍLIADIREITO DE FAMÍLIA

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DIREITO CIVILDIREITO CIVIL

Sílvio de Salvo Venosa

Sílvio de Salvo Venosa

Page 2: 6.1. Casamento inexistente:

6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 22

6.1. Casamento inexistente:

– no casamento inexistente não há consentimento, há ausência de autoridade celebrante, ou há identidade de sexos;

– os efeitos materiais do casamento nesta situação precisam ser extirpados do mundo jurídico;

– o cancelamento do casamento inexistente será através de decreto judicial.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 33

6.2. Nulidade e inexistência do casamento:

– o sistema de nulidades em matéria de casamento é específico do

direito de família, ao qual se aplicam as nulidades textuais;

– contra o casamento inexistente não corre prescrição;

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 44

– pode ser declarado de ofício pelo juiz ou qualquer interessado pode demandar sua declaração;

– o tratamento especial concedido pelo legislador ao casamento advém da natureza do instituto;

– a boa-fé deve servir de proteção ao agente na hipótese do casamento inexistente.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 55

6.3. Nulidades do casamento:

– na perspectiva atual, apenas se recorre às ações de nulidade do casamento

quando se tratar de um vício patente e evidente;

– o pensamento social evoluiu no sentido da irrelevância definidora do estado de

solteiro ou de casado;

– os vícios insanáveis e os vícios sanáveis em matéria de matrimônio;

– as anulabilidades sanáveis, no rol do art. 1.550 do Código.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 66

6.3.1. Legitimação para argüir nulidade:

– a ação direta do interessado ou na atuação do Ministério Público

(art. 1.549).

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 77

6.3.2. Casos de nulidade:

– o casamento contraído com a infração aos impedimentos descritos no art. 1.521:

1) bigamia;

2) matrimônio incestuoso.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 88

6.3.3. Ação de nulidade e de anulação. O curador de vínculo no Código de 1916:

– a ação de estado visa decretar a nulidade ou anular o

casamento;

– para essa ação se estabelece o rito ordinário, podendo a reconvenção ser pleiteada.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 99

6.4. Casamento anulável. Legitimação. Prazos:

– o interesse público nos casos de nulidade do casamento (art. 1.548);

– a anulação surge na proteção dos interesses individuais.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1010

6.4.1. Hipóteses de anulação. Coação:

– o art. 1.550 descreve que é anulável o casamento por vício de

vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;

– o vício de coação, do art. 1.558, é específico da vontade

matrimonial, manifestado quando da celebração do casamento;

– somente o cônjuge que sofreu a coação pode demandar a anulação do casamento;

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1111

– no novo Código o prazo de 4 anos para reclamar a higidez do casamento (art. 1.560, IV);

– não se anula o casamento do incapaz se à celebração seus representantes, por qualquer modo, manifestaram sua aprovação.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1212

6.4.2. Erro essencial sobre a pessoa:

– a forma de representação psíquica desacertada, incorreta, contrária à verdade (art. 1.556);

– o art. 1.557 define a compreensão legal e o alcance do erro essencial quanto a pessoa;

– o erro em matéria de casamento é a especificação do conceito de

erro substancial contido na parte geral do Código.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1313

6.4.3. Erro quanto à identidade, honra e boa fama:

– a identidade referida na lei pode ser a identidade natural da pessoa ou

a identidade civil;

– o exame pelo juiz da prova e das circunstâncias que envolvem o casamento em conjunto à situação social,

cultural, econômica dos cônjuges;

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1414

– o ordenamento refere-se à honra e boa fama, situação que deve ser vista principalmente em relação ao cônjuge enganado, se tinha conhecimento ou as circunstâncias denotavam que devia saber com quem estava se casando, o casamento não pode ser anulado.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1515

6.4.4. Ignorância de crime:– pressupostos objetivos a serem aferidos:

a) a prática de crime segundo a lei penal;

b) sua ocorrência antes do casamento;

c) que seja fato ignorado pelo outro cônjuge ao casar-se.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1616

6.4.5. Defeito físico irremediável ou moléstia grave. Doença mental:

– o defeito físico que não permite a consumação do matrimônio,

isto é, a capacidade de o agente perfazer o ato sexual;

– a esterilidade, conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial, não constitui causa de anulação;

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1717

– a ignorância de moléstia grave e transmissível por contágio ou herança, que seja capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge e sua descendência;

– o atual Código menciona a doença mental grave anterior ao casamento, devendo esta ser de tal forma que torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1818

6.4.6. Defloramento da mulher no Código de 1916:

– o legislador do século passado entendia que o fato de a mulher não ser virgem, e desconhecê-lo o marido, tornaria o casamento anulável;

– o dispositivo foi suprimido na atual lei civil;

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 1919

– a pressuposição da lei anterior não dizia respeito ao desvirginamento em si, mas se relacionava ao mau comportamento pretérito da mulher;

– a menção nas obras doutrinárias revela-se um estudo histórico.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 2020

6.4.7. Prazos para ação de anulação:

– o art. 1.563 estatui que a sentença que decreta a nulidade do casamento retroagirá à data

de sua celebração;

– os prazos decadenciais para ser intentada a ação de

anulação de casamento estão relacionados no art. 1.560 do Código.

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6. CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL

V. VI 2121

6.5. O dolo não é causa de anulação:

– nosso ordenamento não se refere ao dolo como causa de anulação;

– busca-se a estabilidade da instituição do casamento, não permitindo a

lei que desilusões sejam admitidas como causa de anulação;

– os fatos graves ocultados propositalmente por um dos cônjuges

podem caracterizar erro essencial.