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MOÇAMBIQUES.TOMÉE PRÍNCIPE

ÁFRICA DO SUL

VENEZUELA

EUA

BRASIL

URUGUAI

COLÔMBIA

ARGENTINA

CABO VERDE

MARROCOS

REINO UNIDOALEMANHA

NOVOS HOTÉIS/NEW HOTELS

PORTUGAL

MOÇAMBIQUES.TOMÉE PRÍNCIPE

ÁFRICA DO SUL

VENEZUELA

EUA

BRASIL

URUGUAI

COLÔMBIA

ARGENTINA

CABO VERDE

MARROCOS

REINO UNIDOALEMANHA

NOVOS HOTÉIS/NEW HOTELS

PORTUGAL

RELATÓRIODE GESTÃO

CONSOLIDADO

Relatório de Gestão Consolidado do ano de 2011

1. Introdução _6

2. Enquadramento económico _9

2.1 Economia mundial _9

2.2 Economia portuguesa _10

2.3 Actividade turística _12

2.3.1 Turismo mundial _122.3.2 Turismo português _142.3.3 Destino Madeira _152.3.4 Destino Algarve _182.3.5 Destino Lisboa _20

3. Ano de 2011 do Universo Consolidado da Grupo Pestana, S.G.P.S., S.A. _23

3.1 Introdução _23

3.1 Resultados obtidos pelas áreas geográficas _25

3.3 Os resultados obtidos por área de negócio _26

3.4 A estrutura da Demonstração da posição Financeira Consolidada (“Balanço”) _27

3.5 meios libertos consolidados _29

4. Objectivos e políticas do Grupo Pestana em matéria da gestão dos riscos financeiros _31

4.1 Factores do risco financeiro _31

4.2 Gestão do risco de capital _32

5. O futuro _35

6. Factos relevantes já ocorridos em 2012 _37

7. Agradecimentos _39

8. Lista Anexa ao Relatório Anual Consolidado _41

ÍNDICE

1.

606

Senhores Accionistas,

Nos termos estabelecidos pelo Código das Sociedades Comerciais, temos a honra de submeter à Vossa apreciação e aprovação o Relatório de Gestão Consolidado e as Demonstrações financeiras consolidadas do ano de 2011.

O Grupo Pestana teve o seu início em 1972, com a constituição da sociedade M & J Pestana - Sociedade de Turismo da Madeira, S.A., para investir no actual Pestana Carlton Madeira, desenvolvendo a sua actividade principalmente no sector do Turismo. O Grupo Pestana é liderado pelo seu accionista maioritário, Dionisio Pestana, filho do fundador do Grupo.

No final da década de 90 iniciou o seu esforço de internacionalização, primeiramente no continente africano e depois no continente sul-americano.

Em 2003, o Grupo Pestana ganhou o concurso para a gestão da rede das Pousadas de Portugal, assumindo assim a exploração das 40 Pousadas existentes no território nacional e promovendo a sua internacionalização.

Hoje em dia o Grupo Pestana é claramente o maior grupo português no sector do Turismo, com uma actuação centrada na vertente hoteleira, mas complementada pelas vertentes de habitação periódica, turismo residencial, golfe, animação turística e respectiva distribuição. Inclui, ainda, alguns investimentos na área industrial e de serviços financeiros.

Através da dinamização de duas marcas (PH&R - Pestana Hotéis & Resorts e Pousadas de Portugal) explora actualmente 86 unidades de alojamento turístico totalizando aproximadamente 9.450 quartos o que a torna a maior cadeia de origem portuguesa, encontrando-se no top 25 do ranking das cadeias hoteleiras da Europa e no top 75 a nível mundial.

Na área do lazer, o Grupo Pestana possui actualmente além dos 45 hotéis (10 na Madeira, 9 no Algarve, 5 em Lisboa/Cascais/Sintra, 1 no Porto, 9 no Brasil, 2 na Argentina, 1 na Venezuela, 3 em Moçambique, 1 na África do Sul, 1 em Cabo Verde e 3 em S. Tomé e Príncipe, 1 em Londres 1 em Berlim), 9 empreendimentos de Vacation Club, 6 campos de golfe, 4 empreendimentos imobiliário/turístico, 2 concessões de jogo para casino, Casino da Madeira e Casino em S. Tomé e Príncipe, participação numa companhia de aviação charter, uma agência de viagens, um operador turístico e a gestão da rede das 40 Pousadas de Portugal. Adicionalmente, no ano de 2011, o projecto de Tróia teve o seu arranque em definitivo.

Para além disso, encontram-se em curso processos de investimento ou contractos de gestão que levarão nos próximos anos o Grupo a expandir-se para os Estados Unidos da América, Marrocos, Colômbia e Uruguai e a reforçar a presença em Cascais e na Argentina.

De forma a estruturar as participações financeiras do Grupo, foi criada em 2003 a Grupo Pestana S.G.P.S., S.A. que agrega no essencial as participações nos negócios em território português, sendo por isso o “pulmão” financeiro do Grupo. Adicionalmente, inclui controlo dos negócios na Argentina, Venezuela, Londres e Berlim, tendo participações minoritárias nas restantes áreas.

1. INTRODUÇÃO

7

As contas consolidadas da Grupo Pestana S.G.P.S., S.A. relativas ao exercício de 2011 incluem o seguinte conjunto de sociedades:

2.

909

2.1 Economia mundialA actual crise económica que afecta toda a eco-nomia a nível mundial teve a sua génese na crise financeira internacional de 2007 e 2008. Esta, é bom recordar, iniciou-se no sector imobiliário norte-americano e, posteriormente, alastrou-se a todo o sistema financeiro, culminando na fa-lência de um dos mais reputados bancos de in-vestimentos à escala global o Lehman Brothers. Em reacção a esta inesperada falência assistiu-se à intervenção de múltiplos Governos, nome-adamente através da injecção de fundos de ele-vada dimensão na economia e do desenho de pacotes de estímulo fiscal.

Todas estas intervenções e medidas tiveram um impacto de arrefecimento e/ou adiamento da recessão económica mas não conseguiram var-rer o espectro da crise económica, a qual tem vindo a chegar de forma brutal a alguns Países (como Portugal), ao longo de 2011 e já do ano em curso.

As condições de acesso ao crédito deterioraram-se significativamente, com a subida dos spreads e comissões cobradas pelos bancos, que regis-taram perdas avultadas através de provisões de imparidade de activos. As dificuldades de aces-so ao crédito, resultaram numa contracção dos investimentos das empresas e na contracção do consumo das famílias.

Como referido em 2010, assistiu-se, ainda, a uma ligeira recuperação da economia mundial, motivada essencialmente pelo crescimento das economias emergentes. Na Europa, o cresci-mento registado, foi essencialmente consegui-do pela recuperação da economia da Alemanha, que cresceu 3,6%.

No entanto, a pressão que a crise financei-ra impôs sobre as dívidas soberanas dos paí-ses da Zona Euro, com especial expressão nos países do sul da Europa e na Irlanda, com a consequente deterioração dos seus níveis de

Rating, resultou em pedidos de auxílio financei-ro internacional materializados na Irlanda, Gré-cia e Portugal.

Em 2011, o crescimento económico mundial di-minuiu para 3,7%. A União Europeia e os Esta-dos Unidos registaram crescimentos reduzidos, inferiores a 2%, motivados pela incerteza dos mercados financeiros sobre a sustentabilida-de das dívidas soberanas, assim como os seus impactos nas políticas fiscais destes países. O Japão decresceu 0.5%, consequência do terra-moto e acidente nuclear de Fukushima.

As economias com maior crescimento em 2011 continuam a ser as dos países BRIC, com excep-ção do Brasil que apresentou um crescimento de 2,8%, uma redução de 4,7% em relação a 2010. A produção do sector industrial foi a que mais sofreu com a redução da procura por parte dos países Europeus. Por outro lado, a política do Banco Central do Brasil com o objectivo de reduzir os elevados níveis de inflação contribuiu para a desaceleração do crescimento económi-co neste país. A China (+9,5%) e a Índia (+7,8%) mantiveram altas taxas de crescimento, no en-tanto inferiores às de 2010.

À semelhança do ano anterior a taxa de desem-prego nos Países da OCDE aumenta em 2011, como consequência do arrefecimento do cresci-mento económico.

2. ENqUaDRamENTO ECONómICO

2011 2010 2009

PIB Mundial (Biliões de USD) 78,98 76,16 72,53

Crescimento 3,7% 5,0% 1,3%

PIB Mundial Per capita (USD) 11.800 11.500 11.100

Fonte: US Government

10

De acordo com as previsões do FMI, o impacto da pressão dos mercados financeiros sobre os juros das dívidas soberanas da Zona Euro e a consolida-ção fiscal adicional imposta a estes países, amea-çam o crescimento económico em 2012. Adicio-

nalmente, perspectiva-se uma desaceleração das economias emergentes, originada pela deteriora-ção do mercado externo e fraco crescimento da procura interna nestes países.

2.2 Economia portuguesaNo contexto da crise das dívidas soberanas na zona euro, o país assistiu à degradação do ra-ting da República Portuguesa, que aliado aos problemas económicos estruturais, ao cresci-mento acelerado da dívida pública e à falta de crescimento económico, contribuíram para a deterioração das condições de acesso aos mer-cados de financiamento internacionais. O País, incapaz de inverter esta tendência, acaba por ser forçado a recorrer a um pedido de ajuda externa, que se materializou num programa

de assistência financeira, no qual o Governo Português se comprometeu com a adopção de medidas de consolidação orçamental e reformas estruturais da economia que visam garantir as condições necessárias para aumentar o poten-cial de crescimento sustentável do país a longo prazo.

A nível da Banca, a deterioração das condições de financiamento do Estado português nos mer-cados internacionais reflectiu-se num considerá-

ENqUaDRamENTO ECONómICO

Global GDP Growth(Percent; quarter over quarter, annualized)

Source: IMF

2007 08 09 10 11 12 13-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

Advancedeconomies

World

Emerging anddeveloping economies

11

vel aumento do financiamento do sector público junto dos bancos, que reforçou a ligação entre os riscos soberano e bancário, agravando as difi-culdades dos bancos portugueses no acesso aos mercados de dívida. O agravar da crise da dívida soberana na zona euro e o consequente aumen-to do risco sistémico a nível europeu contribuiu para adensar o problema de financiamento dos bancos portugueses que, juntamente com o au-

mento do risco de crédito associado aos agentes económicos nacionais, resultou numa maior res-trição da oferta de crédito.

A curto prazo, perspectiva-se uma contracção significativa da actividade económica, com redu-ção acentuada do consumo interno, acompanha-do pela redução do défice da Balança Comercial.

ENqUaDRamENTO ECONómICO

Peso da procura interna e exportações no PIB

Fontes: INE e Banco de Portugal

EM PERCENTAGEM DO PIB NOMINAL

Procura internaExportações (esc. dir.)

1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013(p) (p)

90

115

110

105

100

95

0

50

40

30

20

10

12

2.3 actividade turística

World: Inbound TourismINTERNATIONAL TOURIST ARRIVALS

(million)

Source: World Tourism Organization (UNWTO)

1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 20111995400

1000

900

800

700

600

500

528

561586

603 625

674 673693

682

753

797

842

898917

882

939

980

ENqUaDRamENTO ECONómICO

2.3.1. Turismo mundial

Apesar da estagnação da economia mundial, dos conflitos registados em Países do Médio Oriente e Norte de África, como o Egipto e Tunísia, e do terramoto do Japão, o fluxo de turistas a nível mundial cresceu 4,4%, seguindo a tendência de

recuperação do ano anterior. Com a perspectiva da manutenção do crescimento deste indicador, embora a uma taxa inferior, espera-se atingir 1 bilião de turistas internacionais no final de 2012.

13

Por região, a Europa foi a que registou melhor per-formance, recebendo mais 6% de turistas interna-cionais que em 2010. Este crescimento resultou do desvio da procura de destinos no Médio Oriente e Norte de África, como resultado dos conflitos que eclodiram nestes países.

Em termos de mercados emissores, o crescimen-to em 2011 foi liderado pela China (+38%), Brasil (+32%), Índia (+32%) e Rússia (+21%).

Source: World Tourism Organization (UNWTO)

INTERNATIONAL TOURIST ARRIVALS

-10

20

15

10

5

0

-5

6.5

4.43.0

6.0

13

5.4 6.04.2

7.0

0.0

15

-8.0

World Europe Asia andthe Pacific

Americas Africa Middle East

10/09 11*/109

(% change)

ENqUaDRamENTO ECONómICO

14

2.3.2 Turismo português

Com forte dependência do mercado externo, o turismo nacional beneficiou do aumento do fluxo internacional de turistas, compensando a quebra da procura no mercado interno.

Em 2011, regista-se um aumento de 5,7% dos proveitos totais no sector hoteleiro, sendo de

salientar que cada vez mais se acentua a sazo-nalidade dos fluxos turísticos. Em 2011 observa-se um crescimento mais evidente nos meses de Março a Outubro em detrimento dos meses de Novembro a Fevereiro. Acentua-se, deste modo, o fenómeno da sazonalidade que se tinha tenta-do combater no passado.

PROVEITOS TOTAIS, POR MÊS - 106€

Fonte: INE

FEV MAR ABR JUNMAI JUL AGO SET NOVOUT DECJAN0

200

250

300

350

150

100

50

77,9

87,8

74,9

82,2

114,

111

8

136,

6

2010 2011

153,

8

164,

217

6,5

170,

519

5,4

216,

823

6,9

206,

222

6,8

164,

817

0,5

96,1

92,2

88,1

81,4

284,

330

1,8

ENqUaDRamENTO ECONómICO

15

O crescimento de 2011 foi mais acentuado na região da Madeira, que recuperou da quebra de receita originada pelas catástrofes naturais de 2010, como foram as inundações, as cinzas vulcânicas e os in-cêndios. As restantes regiões apresentam crescimentos positivos, à excepção da ligeira quebra na região Centro e da Região Autónoma dos Açores que continua em quebra depois de ter atingido o seu melhor resultado em 2008.

Proveitos Globais Hotelaria por NUTS Valores em milhares de Euros

Anos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Norte 164.705 183.465 208.400 213.701 207.591 218.295 224.880

Centro 150.738 163.061 180.883 189.448 179.091 187.689 187.311

Lisboa 443.175 497.850 577.119 570.533 492.820 525.310 560.481

Alentejo 45.770 48.253 59.284 56.906 57.588 59.456 63.272

Algarve 485.425 531.971 581.116 581.532 521.848 541.143 574.333

Açores 52.556 54.155 54.965 54.634 49.163 48.905 46.852

Madeira 248.903 262.700 281.824 297.847 255.852 226.738 253.033

Total Global 1.591.272 1.741.455 1.943.590 1.964.602 1.763.954 1.807.536 1.910.162

Fonte: INE

Proveitos Globais Hotelaria por NUTS (valor anual)Anos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Norte 11,4% 13,6% 2,5% -2,9% 5,2% 3,0%

Centro 8,2% 10,9% 4,7% -5,5% 4,8% -0,2%

Lisboa 12,3% 15,9% -1,1% -13,6% 6,6% 6,7%

Alentejo 5,4% 22,9% -4,0% 1,2% 3,2% 6,4%

Algarve 9,6% 9,2% 0,1% -10,3% 3,7% 6,1%

Açores 3,0% 1,5% -0,6% -10,0% -0,5% -4,2%

Madeira 5,5% 7,3% 5,7% -14,1% -11,4% 11,6%

Total Global 9,4% 11,6% 1,1% -10,2% 2,5% 5,7%

Fonte: INE

2.3.3 Destino madeira

Após um ano marcado pela sucessão de catástrofes naturais, como cheias e incêndios que afectaram sig-nificativamente a estrutura turística da ilha e que provocaram um decréscimo acentuado da procura da região, como destino turístico, 2011 apresenta-se como um ano de recuperação e de forte crescimento das receitas hoteleiras. A Madeira foi mesmo a Região do País que apresentou um maior crescimento dos proveitos hoteleiros (+11,6%).A Região beneficiou, igualmente, do desvio para os destinos tradicionais da procura turística dos países do Norte de África e do Médio Oriente, originada pelos conflitos que eclodiram nestes países, nomeada-mente no Egipto e Tunísia.

ENqUaDRamENTO ECONómICO

16

Nos últimos anos, a Madeira tendo registado um acentuar da sazonalidade da procura turísticas nos meses de Verão e na passagem de ano, com o crescimento do comércio electrónico e dos voos low cost. O ano de 2011 confirmou esta al-teração nos padrões de consumo turístico com a maior concentração das receitas hoteleiras nos meses de Março a Outubro. O Reino Unido continua como principal mercado emissor para a Madeira, recuperando das perdas dos anos de 2009 e 2010, motivadas pela signi-ficativa desvalorização da libra esterlina face ao Euro em 2009 e pelos acontecimentos trágicos verificados na Região em 2010.

A Alemanha, embora mantendo o segundo lu-gar em termos do peso relativo dos mercados emissores para a Madeira, perdeu 0,6% do seu

peso no total dos proveitos hoteleiros. Em con-trapartida, assiste-se a um aumento do peso do mercado Francês (+2,4%).A dependência da Madeira face ao Reino Unido e Alemanha (45,4%) continua a ser muito signi-ficativa, existindo uma enorme diferença de di-mensão para os 3 mercados exteriores seguintes.

Em 2011 o mercado português foi o que mais decresceu, quer em volume (-15,2%), quer em termos do peso relativo (-4,1%). Esta quebra esta directamente relacionada com a perda de poder de compra originada pela crise nacional e as me-didas de austeridade impostas.

ENqUaDRamENTO ECONómICO

17

ENqUaDRamENTO ECONómICO

Madeira - Dormidas por mercado emissor PesoOrigem 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011

Reino Unido 1.764.068 1.252.573 1.156.289 1.347.842 28,4% 22,8% 23,2% 24,2%

Alemanha 1.327.142 1.215.600 1.087.322 1.181.248 21,4% 22,1% 21,8% 21,2%

Top 2 3.091.210 2.468.173 2.243.611 2.529.090 49,8% 44,9% 44,9% 45,4%

França 376.438 382.432 318.204 487.982 6,1% 7,0% 6,4% 8,8%

Países Baixos 220.441 212.762 206.889 224.492 3,6% 3,9% 4,1% 4,0%

Espanha 222.467 210.944 147.161 188.177 3,6% 3,8% 2,9% 3,4%

Top 5 3.910.556 3.274.311 2.915.865 3.429.741 63,0% 59,6% 58,4% 61,6%

Finlândia 183.087 153.420 2,9% 2,8%

Dinamarca 138.483 129.092 2,2% 2,3%

Suécia 171.029 101.293 2,8% 1,8%

Noruega 79.523 95.907 1,3% 1,7%

Escandinávia 572.122 479.712 466.462 449.687 9,2% 8,7% 9,3% 8,1%

Outros Países 962.242 852.385 741.565 949.349 15,5% 15,5% 14,8% 17,1%

Estrangeiro 5.444.920 4.606.408 4.123.892 4.828.777 87,7% 83,8% 82,6% 86,7%

Portugal 763.224 890.518 870.864 738.630 12,3% 16,2% 17,4% 13,3%

Total 6.208.144 5.496.926 4.994.756 5.567.407 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Variação

Reino Unido 316.385 -511.495 -96.284 191.553 21,9% -29,0% -7,7% 16,6%

Alemanha -135.034 -111.542 -128.278 93.926 -9,2% -8,4% -10,6% 8,6%

Top 2 181.351 -623.037 -224.562 285.479 6,2% -20,2% -9,1% 12,7%

França 67.670 5.994 -64.228 169.778 21,9% 1,6% -16,8% 53,4%

Países Baixos 16.339 -7.679 -5.873 17.603 8,0% -3,5% -2,8% 8,5%

Espanha -27.302 -11.523 -63.783 41.016 -10,9% -5,2% -30,2% 27,9%

Top 5 238.058 -636.245 -358.446 513.876 6,5% -16,3% -10,9% 17,6%

Finlândia 33.360 -29.667 22,3% -16,2%

Dinamarca 771 -9.391 0,6% -6,8%

Suécia 3.461 -69.736 2,1% -40,8%

Noruega -74.784 16.384 -48,5% 20,6%

Escandinávia -37.192 -92.410 -13.250 -16.775 -6,1% -16,2% -2,8% -3,6%

Outros Países 59.864 -109.857 -110.820 207.784 6,6% -11,4% -13,0% 28,0%

Estrangeiro 260.730 -838.512 -482.516 704.885 5,0% -15,4% -10,5% 17,1%

Portugal -42.601 127.294 -19.654 -132.234 -5,3% 16,7% -2,2% -15,2%

Total 218.129 -711.218 -502.170 572.651 3,6% -11,5% -9,1% 11,5%

Fonte: INE

18

2.3.4 Destino algarve

Apesar de, nos últimos 5 anos os voos low-cost terem ganho quota de mercado face ao modelo charter e tradicional, proporcionando uma maior flexibilidade e maiores volumes, em 2011 assistiu-

se a uma ligeira diminuição do volume de passa-geiros neste segmento, motivado pelo decréscimo dos voos das empresas Easy Jet e Ryanair para o aeroporto de Faro.

Nos últimos anos registou-se uma alteração dos padrões de consumo no Algarve, sendo que o desenvolvimento das reservas on-line aumentou o leque de escolha dos clientes, pressionando a redução de preços e aumentando a capacida-de de reacção do mercado, o que levou a uma maior incerteza quanto aos resultados das uni-dades hoteleiras.

No que respeita aos mercados emissores, veri-fica-se uma franca recuperação do Reino Unido

(+13%), reforçando a liderança em termos de procura no Algarve. Este crescimento foi impul-sionado, não só pela retoma da economia neste país assim como do desvio da procura de outros destinos de praia, nomeadamente da Tunísia e Egipto, fruto dos conflitos registados em 2011.

Após uma ligeira recuperação em 2010, o mer-cado alemão voltou a decrescer o volume de estadias no Algarve, sendo já ultrapassado pelo Holandês em peso no total da região.

ENqUaDRamENTO ECONómICO

AEROPORTO DE FAROPassageiros desembarcados

Fonte: Ana

2006 2007 2008 2009 2010 201120050

3.000.000

2.500.000

2.000.000

1.500.00

1.000.000

500.000

Tradicionais Charters Low-cost TOTAL GERAL

19

De assinalar o forte crescimento do mercado espa-nhol durante os últimos 3 anos, com especial inci-dência em 2011. O esforço promocional efectuado neste mercado aliado aos baixos preços foram fac-tores atractivos para os espanhóis, que enfrentan-do uma conjuntura económica adversa acabaram por privilegiar destinos de férias de proximidade e com custos reduzidos.

O mercado nacional que no ano anterior tinha apresentado um forte crescimento acabou por es-tagnar no ano de 2011 fruto das restrições orça-mentais das famílias portuguesas, que enfrentando a redução do seu poder de compra optaram por menores estadias, sobretudo no período de férias de Verão.

Algarve - Dormidas por mercado emissor PesoOrigem 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011

Reino Unido 4.748.598 3.824.516 3.736.821 4.244.744 33,3% 29,6% 28,2% 30,2%

Alemanha 1.424.655 1.300.597 1.335.370 1.321.353 10,0% 10,1% 10,1% 9,4%

Top 2 6.173.253 5.125.113 5.072.191 5.566.097 43,3% 39,6% 38,3% 39,6%

Holanda 1.375.557 1.223.260 1.245.153 1.347.508 9,6% 9,5% 9,4% 9,6%

Espanha 635.724 697.662 763.874 886.825 4,5% 5,4% 5,8% 6,3%

Irlanda 809.714 677.218 635.857 671.428 5,7% 5,2% 4,8% 4,8%

Top 5 8.994.248 7.723.253 7.717.075 8.471.858 63,1% 59,7% 58,3% 60,2%

Finlândia 80.435 104.884 0,6% 0,8%

Dinamarca 107.965 83.016 0,8% 0,6%

Suécia 98.078 83.460 0,7% 0,6%

Noruega 110.233 57.409 0,8% 0,4%

Escandinávia 396.711 328.769 418.244 348.842 2,8% 2,5% 3,2% 2,5%

Outros Países 1.337.147 1.228.392 1.305.568 1.431.332 9,4% 9,5% 9,9% 10,2%

Estrangeiro 10.728.106 9.280.414 9.440.887 10.252.032 75,2% 71,8% 71,3% 72,9%

Portugal 3.537.058 3.647.189 3.797.393 3.816.328 24,8% 28,2% 28,7% 27,1%

Total 14.265.164 12.927.603 13.238.280 14.068.360 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Variação

Reino Unido -650.400 -924.082 -87.695 507.923 -12,0% -19,5% -2,3% 13,6%

Alemanha -101.543 -124.058 34.773 -14.017 -6,7% -8,7% 2,7% -1,1%

Top 2 -751.943 -1.048.140 -52.922 493.906 -10,9% -17,0% -1,0% 9,7%

Holanda 120.077 -152.297 21.893 102.355 9,6% -11,1% 1,8% 8,2%

Espanha -76.383 61.938 66.212 122.951 -10,7% 9,7% 9,5% 16,1%

Irlanda -9.301 -132.496 -41.361 35.571 -1,1% -16,4% -6,1% 5,6%

Top 5 -717.550 -1.270.995 -6.178 754.783 -7,4% -14,1% -0,1% 9,8%

Finlândia 1.427 24.449 1,8% 30,4%

Dinamarca 9.305 -24.949 9,4% -23,1%

Suécia -4.991 -14.618 -4,8% -14,9%

Noruega 664 -52.824 0,6% -47,9%

Escandinávia 6.405 -67.942 89.475 -69.402 1,6% -17,1% 27,2% -16,6%

Outros Países 83.206 -108.755 77.176 125.764 6,6% -8,1% 6,3% 9,6%

Estrangeiro -627.939 -1.447.692 160.473 811.145 -5,5% -13,5% 1,7% 8,6%

Portugal 188.719 110.131 150.204 18.935 5,6% 3,1% 4,1% 0,5%

Total -439.220 -1.337.561 310.677 830.080 -3,0% -9,4% 2,4% 6,3%

Fonte: INE

ENqUaDRamENTO ECONómICO

20

Durante os últimos anos a oferta de campos de Golfe no Algarve aumentou como forma de redu-zir a sazonalidade da procura turística na região, atingindo um total de 40 campos no final de 2011. A recuperação da procura hoteleira em 2011 in-verteu a tendência de decréscimo do número de voltas de Golfe verificada nos últimos anos. No último ano, os campos de Golfe do Algarve ultra-passaram o milhão de voltas, o que representa um crescimento de 4,9% em relação a 2010.

O Reino Unido continuou a ser o principal emis-sor para o golfe, seguido da Alemanha, Escandi-návia, Irlanda e Holanda. Em 2011, por meses, os maiores crescimentos ocorreram em Março, Abril e Outubro.

2.3.5 Destino LisboaOs segmentos com maior preponderância na re-gião de Lisboa são os segmentos MICE (reuniões de empresas, congressos e incentivos) e os short breaks (estadias de curta duração).

À queda na ocupação hoteleira de Lisboa, ori-ginada pela crise económica mundial, que origi-nou cortes nas despesas com congressos, acções de promoção e eventos de incentivos em 2008 e 2009, seguiu-se um período de recuperação alicerçado essencialmente nos mercados brasilei-ro e nacional. O mercado brasileiro registou um aumento significativo da procura motivada pelo seu forte crescimento económico e valorização da sua moeda.

21

Lisboa - Dormidas por mercado emissor Peso

Origem 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011

Espanha 1.131.658 1.181.217 1.266.208 1.197.117 0,134555 0,149409 0,146448 0,132371

Brasil 414.971 375.099 533.739 646.499 4,9% 4,7% 6,2% 7,1%

Top 2 1.546.629 1.556.316 1.799.947 1.843.616 18,4% 19,7% 20,8% 20,4%

Alemanha 555.465 484.060 518.789 527.768 6,6% 6,1% 6,0% 5,8%

França 500.737 491.468 505.010 587.846 6,0% 6,2% 5,8% 6,5%

Itália 444.450 400.768 435.159 441.458 5,3% 5,1% 5,0% 4,9%

Top 5 3.047.281 2.932.612 3.258.905 3.400.688 36,2% 37,1% 37,7% 37,6%

Reino Unido 521.958 381.341 414.518 438.718 6,2% 4,8% 4,8% 4,9%

EUA 324.950 308.538 358.039 365.653 3,9% 3,9% 4,1% 4,0%

Outros Países 2.013.454 1.890.610 1.989.961 2.249.265 23,9% 23,9% 23,0% 24,9%

Estrangeiro 5.907.643 5.513.101 6.021.423 6.454.324 70,2% 69,7% 69,6% 71,4%

Portugal 2.502.762 2.392.836 2.624.721 2.589.329 29,8% 30,3% 30,4% 28,6%

Total 8.410.405 7.905.937 8.646.144 9.043.653 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Variação

Espanha -201.036 49.559 84.991 -69.091 -15,1% 4,4% 7,2% -5,5%

Brasil 63.002 -39.872 158.640 112.760 17,9% -9,6% 42,3% 21,1%

Top 2 -138.034 9.687 243.631 43.669 -8,2% 0,6% 15,7% 2,4%

Alemanha 19.804 -71.405 34.729 8.979 3,7% -12,9% 7,2% 1,7%

França 11.255 -9.269 13.542 82.836 2,3% -1,9% 2,8% 16,4%

Itália -44.619 -43.682 34.391 6.299 -9,1% -9,8% 8,6% 1,4%

Top 5 -151.594 -114.669 326.293 141.783 -4,7% -3,8% 11,1% 4,4%

Reino Unido -33.670 -140.617 33.177 24.200 -6,1% -26,9% 8,7% 5,8%

EUA -49.413 -16.412 49.501 7.614 -13,2% -5,1% 16,0% 2,1%

Outros Países -20.161 -122.844 99.351 259.304 -1,0% -6,1% 5,3% 13,0%

Estrangeiro -254.838 -394.542 508.322 432.901 -4,1% -6,7% 9,2% 7,2%

Portugal -13.797 -109.926 231.885 -35.392 -0,5% -4,4% 9,7% -1,3%

Total -268.635 -504.468 740.207 397.509 -3,1% -6,0% 9,4% 4,6%

Fonte: INE

Em 2011, verifica-se a consolidação do crescimento da procura de Lisboa nos vários mercados emissores, com excepção de Espanha e Portugal. O peso do mercado nacional decresceu no último ano como con-sequência da implementação pelo governo de novas medidas de austeridade que provocaram uma nova redução do crescimento da economia portuguesa e contracção das despesas das empresas nacionais.

ENqUaDRamENTO ECONómICO

223.

23

3.1 Introdução

Na actividade de 2011 do universo das empresas do Grupo Pestana destacamos os seguintes In-vestimentos:

A abertura do “Pestana Berlim Tiergarten Ho-tel” em Maio, a mais recente unidade do Gru-po Pestana, e mais um passo no processo de expansão pelas principais capitais europeias, é uma unidade de 4 estrelas com design mo-derno que segue os elevados padrões da ar-quitectura envolvente, com 142 unidades de alojamento, de excelente qualidade e com uma óptima localização perto da conhecida praça Ku Dam no centro de Berlim;

A continuação dos trabalhos na Cidadela de Cascais, com vista à sua conversão em unida-de hoteleira de qualidade superior, no segui-mento da assinatura do contrato de concessão para instalar naquele monumento nacional uma nova unidade da rede Pousadas de Por-tugal, e cuja abertura ocorreu, entretanto, em Março de 2012;

As vendas da primeira fase e respectivas obras do Pestana Eco Resort de Tróia iniciaram-se durante o ano de 2011. Este projecto de imobi-liária turística tem atraído uma procura muito acima do esperado, face à situação económica existente. Apesar do entusiasmo face à boa re-acção do mercado, o Grupo Pestana continua a desenvolver o projecto de forma a adequar o ritmo da despesa à entrada de fluxos financei-ros proveniente das vendas;

No âmbito deste projecto de Tróia, o Grupo Pestana acordou a compra da participação do accionista minoritário tornando-se assim o ac-cionista único da sociedade promotora;

O Grupo Pestana acordou com uma Institui-ção Financeira assumir a gestão do complexo turístico de Vila Sol, constituído por um hotel de 5 estrelas e um prestigiado campo de golfe, tornando possível que aquelas infra-estruturas turísticas continuassem abertas ao público;

As obras do futuro Pestana Miami continuaram igualmente em ritmo acelerado com vista à sua inauguração no Verão de 2012. Esta unidade de 100 quartos enaltece o estilo Art Deco da cidade americana e aproveita a excelente loca-lização a 100 metros da praia e do Centro de Convenções;

Continuou a desenvolver-se o projecto de in-vestimento com vista à construção do futuro Pestana Montevideo, uma unidade hotelei-ra de qualidade superior a criar na capital do Uruguai, assim que for possível contratualizar o seu financiamento com uma entidade finan-ceira;

A continuação do processo de remodelação das Pousadas de Portugal, programa global de “upgrade” das estruturas físicas das unidades da rede Pousadas de Portugal, que está sob a gestão do Grupo;

O Pestana Options, novo modelo de comer-cialização de habitação periódica, que permite maior flexibilidade na sua utilização incluindo a integração com a actividade hoteleira, en-trou em velocidade cruzeiro;

O lançamento do novo programa de fideliza-ção – Pestana Priority Guest – tem-se revela-do um grande sucesso, com níveis de adesão muito elevados que permitiram no final de 2011 ter mais de 65.000 membros. No ano em curso entraremos na segunda fase de imple-mentação do programa com o seu lançamento no Brasil e incorporando de forma transversal os outros negócios turísticos do Grupo. Este programa impulsiona a fidelização dos clientes Pestana e Pousadas de Portugal, permitindo por um lado premiar os melhores clientes e por outro alavancar as vendas;

No segundo semestre de 2011 foi decidido efectuar um processo de reestruturação das operações das marcas Pousadas de Portugal e Pestana Hotels & Resorts, como continua-

3. aNO DE 2011 DO UNIvERsO CONsOLIDaDO DO GRUpO pEsTaNa, s.G.p.s., s.a.

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ção do programa estratégico do Grupo para o conjunto das actividades em território na-cional. Esta medida permitiu a fusão completa entre os back-offices das duas marcas e obter sinergias nas áreas operacionais que funcio-nam centralmente (equipe de Vendas, Central de Reservas, Recursos Humanos, Compras, Financeiro e Manutenção). Apesar de ser pre-servado a actuação no mercado com as duas marcas esta reestruturação teve também ga-nhos de eficiência ao nível da organização e gestão operacional dos Hotéis e Pousadas. A poupança esperada com estas medidas é su-perior a 2 milhões de Euros por ano, a começar já em 2012, para além de se ter pretendido ob-ter uma melhor funcionalidade e interligação nos diferentes departamentos da organização;

Na sequência do desenvolvimento tecnológico do site Pousadas, iniciado no ano anterior, em 2011 também o site Pestana foi alvo de sig-nificativos desenvolvimentos tecnológicos e gráficos que permitiram um novo visual, faci-litaram a interactividade e potenciaram novas formas de divulgação e comercialização, onde se destaca as vendas pré-pagas em condições especiais;

A continuação do projecto integrado de Sus-tentabilidade que visa implementar as melho-res práticas ambientais e sociais em toda a operação Pestana, onde se inclui com especial

relevo o Projecto “Criamar” - Instituição de So-lidariedade Social cuja finalidade é o apoio ao desenvolvimento pleno de jovens Instituciona-lizados: Este projecto, que se iniciou em 2008, teve no seu quarto ano de actividade já em funcionamento um trabalho com mais de duas centenas e meia de jovens em perto de uma dezena de Instituições;

O Grupo prosseguiu a concretização da sua es-tratégia implementando as medidas necessárias para se adaptar às novas condições de mercado e que têm por objectivo ter ganhos de eficiência e ter mais eficácia na sua actuação. Estes objec-tivos foram prosseguidos através de uma aposta forte e concertada em duas das Marcas que tem sob gestão: “Pestana Hotels & Resorts” e “Pou-sadas de Portugal”. A nossa Visão – Crescer com solidez e paixão nos cinco Continentes continua-rá a nortear a actividade do Grupo. Logicamente que o ritmo e o modo são condicionados pelo enquadramento económico de cada momento mas não nos desviarão do objectivo central.

Este objectivo só será atingível se estivermos per-manentemente focados na procura da melhoria da eficiência e do serviço a prestar aos clientes, se formos inovadores e combatermos o confor-mismo concretizando as mudanças que são im-prescindíveis e tendo capacidade de implementar as decisões que são tomadas.

aNO DE 2011 DO UNIvERsO CONsOLIDaDO DO GRUpO pEsTaNa, s.G.p.s., s.a.

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3.2 Resultados obtidos pelas áreas geográficas

Valores em milhões de Euros

Áreas Volume de Négocios EBTIDA

Geográficas Valor ∆ 2011/10 Valor ∆ 2011/10

2011 2010 2011 2010

Madeira 77,6 67,5 14,96% 32,5 31,2 4,17%

Algarve 46,6 41,0 13,66% 10,2 10,4 -1,92%

Grande Lisboa Porto 49,9 49,2 1,42% 4,0 2,9 37,93%

Internacional 26,1 30,7 -14,98% 7,3 8,7 -16,09%

Total 200,2 188,4 6,26% 54,0 53,2 1,50%

aNO DE 2011 DO UNIvERsO CONsOLIDaDO DO GRUpO pEsTaNa, s.G.p.s., s.a.

O ano de 2011 veio confirmar a consolidação da recuperação efectuada nos resultados durante o ano de 2010. O Grupo Pestana continua a imple-mentar no terreno a sua estratégia de diversifica-ção do risco, apostando continuamente no desen-volvimento de novos mercados, sem descorar os negócios na sua região berço, que já representa apenas cerca de 40% do volume de negócios do Grupo.

Importa salientar que o aumento no volume de negócios (6,26%) é superior à variação no EBITDA (1.5%) porque em 2011 foram registados cerca de 3 milhões de Euros de custos não recorrentes su-portados pelo processo de reestruturação que foi implementado. Sem esses custos não recorrentes o EBITDA teria sido de 57 milhões de Euros e a variação face ao ano anterior teria sido, em conse-quência, de 7,1%.

O volume de negócios na Madeira verificou uma evolução muito positiva face ao ano de 2010, sen-do explicado na grande maioria dos casos pelo

aumento do preço médio do alojamento, facto assinalável face à conjuntura existente e que é sintomático da crescente capacidade negocial do Grupo Pestana no mercado.

No Algarve, a entrada de um novo hotel na rede Pestana – o Pestana VilaSol e a excepcional perfor-mance do Pestana Delfim, convertido com gran-de sucesso no regime de “tudo incluído”, vieram confirmar uma excelente performance durante o Verão 2011.

O decréscimo nos mercados internacionais é provo-cado pela saída do perímetro de consolidação em 2011 do Pestana Trópico (Cabo Verde).

A continuidade da aposta nos ganhos de efici-ência provenientes da organização dos serviços partilhados, e da manutenção de estruturas fixas reduzidas, tem permitido ao Grupo Pestana de-monstrar uma forte resiliência face aos efeitos da crise económica.

26

3.3 Os resultados obtidos por área de negócio

Valores em milhões de Euros

Áreas Volume de Négocios EBTIDA

de Negócio Valor ∆ 2011/10 Valor ∆ 2011/10

2011 2010 2011 2010

Hotelaria 140,8 124,7 12,91% 25,1 22,9 9,61%

DRHP/Imob. Turistica

e Golfle38,9 43,1 -9,74% 16,4 22,1 -25,79%

Animação Turistica 11,5 12,4 -7,26% 6,0 6,1 -1,64%

Distrib. Turistica

e outos9,0 8,2 9,76% 6,5 2,1 209,52%

Total 200,2 188,4 6,26% 54,0 53,2 1,50%

O Grupo Pestana continuou a apostar nestes mo-mentos de crise na sua actividade “core” – a Ho-telaria, onde conseguiu um significativo aumento do volume de vendas, quer pela incorporação de novas unidades na rede – Pestana Vila Sol, quer através da alteração do modelo de negociação de algumas unidades que foram convertidas em “tudo incluído” – Pestana Porto Santo e Pestana Delfim.

Importa salientar que foi no segmento da Hotela-ria que os custos não recorrentes já referenciados tiveram particular impacte, pelo que é nesta área de negócio que poderemos crescer mais em 2012.

Tanto a Animação Turística como a Habitação Periódica e Imobiliária Turística, são as unidades

de negócio que têm sofrido de forma mais sig-nificativa com os efeitos da crise económica. Em especial, como é fácil de supor, a Imobiliária turís-tica tem sido a área em que a retracção do mer-cado é maior. No entanto, é necessário salientar que apesar das condicionantes económicas, estas actividades ainda continuam a ter um contributo muito relevante para os resultados do Grupo, em consequência das características de complemen-taridade face à actividade “core” que permite ob-ter sinergias significativas e alavancar os negócios.

A recuperação dos resultados do segmento “Dis-tribuição Turística e outros” está relacionado com registo em 2010 de imparidades de valores a rece-ber que não se repetiram em 2011.

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aNO DE 2011 DO UNIvERsO CONsOLIDaDO DO GRUpO pEsTaNa, s.G.p.s., s.a.

3.4 a estrutura da Demonstração da posição Financeira Consolidada (“Balanço”)

Valores em milhões de Euros

APLICAÇÕES DE CAPITAL 2011 %Total ∆ 11/10 2010 ∆ 10/09 2009

Investimentos Activos Fixos 725,0 83,5% 1,19% 716,5 3,53% 692,0

Investimentos Financeiros 106,5 12,3% 1,06% 105,4 -6,99% 113,3

Activo – Passivo Funcionamento 37,0 4,3% -0,99% 37,4 -25,19% 50,0

TOTAL APLICAÇÕES DE CAPITAL 868,5 100,0% 1,08% 859,2 0,46% 855,3

2011 %TOTAL ∆ 11/10 2010 ∆ 10/09 2009

Capital Próprio 300,0 34,5% -2,31% 307,1 6,13% 289,4

Rendimentos já recebidos por reconhecer 185,1 21,3% -0,10% 185,3 -2,37% 189,8

Impostos diferidos 29,0 3,3% -24,54% 38,4 -3,88% 40,0

Total das Origens não remuneradas 514,1 59,2% -3,15% 530,8 2,25% 519,1

Passivo Financeiro M/L Prazo 272,8 31,4% -12,54% 311,9 -3,14% 322,0

Outros passivos não correntes 27,4 3,2% 668,66% 3,6 -20,90% 4,5

Total Capitais Permanentes 814,3 93,8% -3,78% 846,3 0,08% 845,7

Passivo Financeiro Curto Prazo 95,7 11,0% 68,59% 56,8 -3,23% 58,6

Disponibilidades -41,5 -4,8% -5,31% -43,8 -10,59% -49,0

Endividamento corrente líquido 54,2 6,2% 318,74% 12,9 34,13% 9,6

TOTAL ORIGENS DE CAPITAL 868,5 100,0% 1,08% 859,2 0,46% 855,3

Endividamento Total 327,0 37,6% 0,66% 324,9 -2,05% 331,7

Racio de endividamento 37,7% - -0,41% 37,8% -2,50% 38,8%

EBITDA 54,0 6,2% 1,50% 53,2 5,98% 50,2

Racio Divida x EBITDA 6,1 - -0,83% 6,1 -7,58% 6,6

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As Aplicações de Capital concentram-se nas ru-bricas de Imobilizado que representam mais de 95% do total. Este facto resulta de a Hotelaria ser o “Core Business” e de, ao contrário de outras cadeias hoteleiras, o Grupo Pestana ter optado por ser proprietária dos Activos da maioria das unidades que explora. Esta opção implica, por um lado, um crescimento mais lento do número de unidades e camas, mas, por outro lado, solidi-fica o Balanço do Grupo e dá sustentabilidade ao crescimento obtido.

De salientar também que o valor total do Endi-vidamento líquido é cerca de 45% do total dos Investimentos em Activos Fixos. Por outro lado, o Total dos Capitais Permanentes é desde 2009 su-perior a 90% e as origens não remuneradas são 59% do total dos fundos aplicados. Estes rácios demonstram o conservadorismo que o Grupo sempre adoptou na sua política de Investimentos apesar do crescimento significativo que se alcan-çou na última década.

É esta política que, apesar dos problemas que afectam o sistema financeiro e consequentemen-te o financiamento às empresas, permitiu manter em andamento, conforme inicialmente previsto, os investimentos que já se havia iniciado nos anos anteriores. Logicamente que as restrições actuais prejudicam o lançamento de novos projectos.

Face à falta de liquidez no sistema financeiro, o crescimento do Grupo orientou-se mais para

o aumento da actividade através da gestão de unidades detidas por terceiros em detrimento de unidades com investimento directo. São conse-quência deste movimento estratégico os projec-tos de Casablanca e Bogotá que estão previstos abrirem no segundo semestre de 2012 sob a bandeira Pestana e não implicaram qualquer in-vestimento do Grupo.

Esta política tem permitido cumprir com todos os compromissos financeiros existentes, nos prazos inicialmente previstos. Em 2012 estava previsto o vencimento de algumas linhas de crédito de valor substancial. Apesar de o Grupo ter capaci-dade para satisfazer esses compromissos recor-rendo a meios libertos e a linhas de curto prazo, entendeu-se por prudência renegociar os prazos de vencimento de cerca de metade dessa dívida, o que tem vindo a ser concretizado com suces-so, através do reescalonamento dos vencimentos pelos próximos 5 anos, aliviando desta forma a pressão sobre os fluxos de tesouraria previstos para o ano 2012.

Não estão previstos neste momento investimen-tos significativos que possam colocar em causa o cumprimento dos compromissos financeiros as-sumidos. Os investimentos em curso, Pousada de Cascais, entretanto concluída, primeira fase do projecto de Tróia e Miami encontram-se devida-mente financiados, pelo que deverão continuar a desenrolar-se conforme inicialmente previsto.

aNO DE 2011 DO UNIvERsO CONsOLIDaDO DO GRUpO pEsTaNa, s.G.p.s., s.a.

29

O valor do Cash Flow Operacional em 2011, ape-sar dos custos não recorrentes derivados do pro-cesso de reestruturação, foi superior ao obtido no ano anterior. É de salientar que este resulta-do foi obtido num contexto de grande retracção económica e num clima de significativa volatilida-de da procura, muito dependente das constantes medidas de austeridade, e grande mediatização das “más” notícias.

Este resultado só foi possível de alcançar atra-vés de uma gestão muito rigorosa das estruturas existentes e demonstram a capacidade de resis-tência do conjunto das unidades de negócio a cenários macroeconómicos muito adversos.

O Cash Flow Operacional ronda os 18% do To-tal dos Capitais Próprios e a dívida total líquida

mantém-se nas 6,1 vezes o EBITDA gerado no ano. Faz-se notar que, estando investimentos em curso que já afectam o total da dívida mas ainda não geram meios libertos, o EBITDA tenderá a aumentar mesmo que se mantenha a actual con-juntura económica.

A obtenção deste registo num contexto tão difícil como o de 2011, em sectores como o da hotela-ria, que têm “pay-backs” de investimento rela-tivamente prolongados e leverages operacionais elevados, traduz a boa capacidade do Grupo Pes-tana para gerar meios libertos que lhe advêm da sua eficiência operacional.

aNO DE 2011 DO UNIvERsO CONsOLIDaDO DO GRUpO pEsTaNa, s.G.p.s., s.a.

3.5 meios libertos consolidados

Valores em milhões de Euros

2011 ∆ 11/10 2010

+ Resultados Operacional 23,5 16,92% 20,1

+ Amortizações 33,3 -2,63% 34,2

+ Imparidade de activos tangíveis -2,8 154,55% -1,1

Cashflow Operacional (EBITDA) 54,0 1,50% 53,2

304.

31

4.1. Factores do risco financeiro

As actividades do Grupo Pestana estão expostas a uma variedade de factores de risco financeiro, incluindo os efeitos de alterações de preços de mercado: risco de crédito, risco de liquidez e ris-co de fluxos de caixa associado à taxa de juro, entre outros.

A gestão de risco do Grupo Pestana é controla-da pelo departamento financeiro de acordo com políticas aprovadas pelo Conselho de Administra-ção. Nesse sentido, o Conselho de Administração tem definido os princípios de gestão de risco glo-bais e bem assim políticas específicas para algu-mas áreas.

O Conselho de Administração define os princí-pios para a gestão do risco como um todo e polí-ticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos finan-ceiros não derivados, bem como o investimento do excesso de liquidez.

I. Risco de taxa de câmbio

Os riscos de taxa de câmbio referem-se a activos ou passivos denominadas em moeda diferente da moeda da Empresa, o Euro.

A actividade operacional do Grupo Pestana é desenvolvida essencialmente nos países em que opera e consequentemente a grande maioria das suas transacções são efectuadas em Euros. A po-lítica de cobertura deste risco específico passa por evitar, na medida do possível, a contratação expressa em divisas.

No caso do investimento em países estrangei-ros, os cashflows são gerados essencialmente na moeda de cada uma das suas subsidiárias pela operação, sendo que o respectivo financiamento é igualmente contratado nessa mesma moeda. Desta forma, obtêm-se uma cobertura natural para o risco de câmbio sobre os cashflows. As contas do Grupo Pestana, sendo expressas em Euros, estão sujeitas ao impacto cambial origina-do pela revalorização periódica da dívida, que no longo prazo se tenderá a esbater.

II. Risco de crédito

O risco de crédito resulta, essencialmente, do ris-co de crédito dos clientes “empresa” e operado-res turísticos e das restantes dívidas de terceiros. O acompanhamento do risco de crédito é efec-tuado de forma centralizada pelo departamen-to financeiro do Grupo Pestana, supervisionado pelo Conselho de Administração, pela adequada avaliação de risco efectuada antes da aceitação e pelo regular acompanhamento dos limites de crédito atribuídos a cada cliente face aos mon-tantes em dívida.

III. Risco de liquidez

As necessidades de tesouraria são geridas de forma centralizada pelo departamento financei-ro do Grupo Pestana, supervisionado pelo res-pectivo Conselho de Administração, que gere os excessos e défices de liquidez de cada uma das empresas do Grupo. As necessidades pontuais de tesouraria são cobertas, primeiro pelos excessos de tesouraria existentes em outras empresas do Grupo e depois pela manutenção de linhas de crédito negociadas com entidades financeiras.

O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como por exemplo os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de opera-ções de financiamento, não satisfizerem as ne-cessidades de financiamento, como sejam as sa-ídas de caixa para actividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos Accionistas e o reembolso da dívida.

São efectuadas análises regulares aos fluxos de tesouraria estimados quer no curto prazo quer no médio e longo prazo de modo a adequar atempadamente as formas e volumes de finan-ciamento apropriados.

Iv. Risco de taxa de juro

O risco associado à flutuação da taxa de juro tem impacto no serviço da dívida contratada. Os riscos da taxa de juro estão essencialmente relacionados com os juros suportados com a contratação de diversos empréstimos com taxas de juro variáveis.

4. OBjECTIvOs E pOLÍTICas DO GRUpO pEsTaNa Em maTéRIa Da GEsTÃO DOs RIsCOs FINaNCEIROs

32

Para os empréstimos de longo prazo e como forma de cobrir uma eventual variação da taxa de juro a longo prazo, o Grupo Pestana contra-ta, sempre que apropriado, instrumentos finan-ceiros derivados de cobertura de “cashflows” (“swaps”) os quais representam coberturas des-ses empréstimos de longo prazo, podendo em algumas situações optar igualmente por fixar a taxa de juro dos empréstimos nos primeiros anos desses contractos e analisar, posteriormente, a eventual possibilidade de contratar “swaps” de taxa de juro, para cobrir os seus fluxos de caixa no período remanescente desses contractos de financiamento.

O Grupo Pestana procede ao registo de instru-mentos financeiros derivados em conformidade com a IAS 39 que, no exercício de 2011, tradu-ziu-se numa diminuição dos capitais próprios, já liquida de impostos diferidos activos, de aproxi-madamente 2.700.000 Euros (total acumulado em 31 de Dezembro de 2011: diminuição dos ca-pitais próprios de, aproximadamente, 6.750.000 Euros). No entanto, não pode deixar de referir que os empréstimos bancários subjacentes a es-tes derivados têm um “all-in” inferior às condi-ções actuais de mercado.

4.2. Gestão do risco de capital

O objectivo do Grupo Pestana em relação à ges-tão de capital, que é um conceito mais amplo do que o capital relevado na face da Demonstração da posição financeira consolidada, é manter uma estrutura de capital óptima, através da utilização prudente de dívida.

A contratação de dívida é analisada periodica-mente através da ponderação de factores como o custo do financiamento e as necessidades de investimento.

Por regra, os financiamentos são contratados com o objectivo de alavancar os investimentos, estando directamente afectos aos mesmos. No entanto, existe sempre a preocupação de garan-tir que os fluxos de caixa estimados a obter do investimento asseguram a sua sustentabilidade no longo prazo, sendo suficientes para cumprir o serviço da dívida e remunerar os capitais investi-dos pelos Accionistas.

Antes do início de cada ano, são preparados or-çamentos detalhados por unidade de negócio que, depois de aprovados servirão de guia à sua gestão corrente durante o ano. Os resultados gerados pelas operações são monitorizados de forma regular e detalhada de modo a assegurar que são atingidos ou superados os resultados previstos.

OBjECTIvOs E pOLÍTICas DO GRUpO pEsTaNa Em maTéRIa Da GEsTÃO DOs RIsCOs FINaNCEIROs

335.

34

Dos anos turísticos futuros, pelas tendências que o mercado vem apresentando, poder-se-á espe-rar um comportamento dual, quase “bipolar”.

Nos Destinos onde predomina o segmento de la-zer – Algarve e Madeira – esperam-se Invernos difíceis, com uma forte pressão sobre o preço, devida à redução da procura e às dificuldades de Tesouraria de alguns dos “players”. Em con-trapartida as expectativas para os Verões são positivas, com aumento de procura, e preocu-pação dos parceiros turísticos da distribuição de assegurarem disponibilidade, designadamente nas unidades hoteleiras que pertencem a grupos económicos que asseguram um serviço com a qualidade prometida. No segmento MICE vem-se acentuando a ten-dência para a redução de eventos no primeiro se-mestre e para a diminuição significativa no prazo que medeia entre a marcação e a realização do evento. Assim, as ocupações ocorrem sobretudo no segundo semestre e muitas delas em “Last mi-nute” o que obriga a uma maior flexibilidade e capacidade de adaptação das unidades hoteleiras.

Outra tendência que se tem revelado fundamen-tal no desempenho turístico tem sido a adapta-ção dos destinos à nova forma de organização

do transporte aéreo. E neste capítulo se tem havido destinos com evoluções muito positivas, Porto e mais recentemente Lisboa, outros têm tido dificuldades na definição de uma estratégia clara que permita captar maior tráfego aéreo que se traduza em maiores fluxos turísticos, designa-damente em novos segmentos da procura.

Finalmente a dualidade referida também se com-prova pelo comportamento dos mercados em função da sua origem. Deste modo, enquanto se espera retracções significativas no mercado nacional e espanhol, há expectativas de cresci-mento em vários mercados emissores. Estes com-portamentos positivos tanto são esperadas para os mercados mais importantes, Reino Unido e Alemanha, como para outros mercados interna-cionais, quer sejam tradicionais, França e Escan-dinávia, quer sejam de países emergentes, como a Rússia, no Verão e o Brasil, no nosso Inverno.

O Grupo Pestana espera assim um ano que sen-do globalmente positivo será claramente melhor no segundo semestre e com os muito bons de-sempenhos concentrados na época alta.As operações mais afectadas serão aquelas que dependem mais do mercado nacional e da vizi-nha Espanha. Aquelas onde se espera melhores desempenhos serão as mais requeridas pelos

5. O FUTURO

35

mercados turísticos internacionais. O desafio está em conseguir adequar a estratégia das dife-rentes unidades a estas tendências de mercado.

Das operações Internacionais espera-se um con-tributo ainda mais positivo que o registado em 2011. Londres poderá ter um ano excepcional, porque poderá aliar a excelente aceitação que a unidade tem tido com a subida da procura que se espera particularmente acentuada este ano. Berlim, que terá o seu primeiro ano completo de operação, é natural que esteja com tendência crescente como os primeiros resultados do ano já demonstram. Das operações da América do Sul espera-se a continuação dos bons desempenhos que têm ocorrido nos últimos anos, Finalmente, é com grande expectativa que estamos planeando as novas operações, em especial a de Miami, que pela força do Destino será uma unidade muito importante para a afirmação da Marca Pestana.

O sector do Turismo pode tornar-se deste modo num forte atenuante da crise que afecta alguns Países europeus, incluindo Portugal. Com efeito, as fortes medidas restritivas, necessárias para a correcção do excesso de dívida e dos desequilí-brios orçamentais, têm tido forte impacte na re-tracção da economia nacional e de outros países da União Europeia e têm provocado, nomeada-mente pelos altos níveis de desemprego, proble-mas graves às famílias desses países. Em Portu-gal, para sairmos desta crise, importa apostar em sectores de actividade que se possam impor nos mercados internacionais. O Turismo quer por ter uma crescente procura global quer por ser um sector onde temos inegáveis vantagens compara-tivas terá de ser uma das apostas fundamentais.

É neste enquadramento que o Grupo Pestana delineou as suas operações, tendo empreendido uma reestruturação empresarial importante. Os objectivos que nortearam este processo foram os de potenciar sinergias significativas e dotar a organização da flexibilidade necessária para po-der reagir rapidamente às tendências detectadas. Neste contexto, torna-se fundamental para a so-brevivência das organizações que as estratégias

empresariais incorporem as medidas necessárias que visem aumentar os níveis de competitivida-de, o que só se consegue pelo aumento da efici-ência empresarial.

Prossegue, assim, a estratégia delineada no início deste período de crise financeira e que se pauta pelos seguintes vectores:

Melhoria contínua da sua flexibilidade opera-tiva, eliminando ao máximo custos fixos e do-tando a organização de poder de resposta rá-pida aos diferentes desafios e conjunturas que o mercado lhe venha a oferecer;

Aposta permanente na mudança e na inova-ção, como forma de, através de novos modelos de negócio e de novos serviços ou processos, aumentar a criação de valor aos seus clientes, proporcionando-lhes maior satisfação e, com isso, promover a sua fidelização;

Continuar a reforçar a ligação aos diferentes “stakeholders”, designadamente, reforçando parcerias comerciais com operadores turísticos ou aéreos e mantendo o diálogo transparente com os seus parceiros financeiros;

Redobrar o compromisso com os seus colabo-radores de forma a permitir que em conjunto todos possamos passar esta fase de dificulda-des económico-financeiras e sociais;

Não perder a visão de longo prazo preparando a Organização para os novos desafios e opor-tunidades;

Reforçar o seu compromisso com as comuni-dades em que está inserido, continuando a desenvolver os nossos projectos de Sustentabi-lidade, ambiental, social e económica, de for-ma a promover a implementação das melhores práticas não apenas dentro da empresa como na Sociedade em que esta se insere.

O FUTURO

366.

37

Em 13 de Janeiro de 2012, a subsidiária Grupo Pes-tana Pousadas chegou a acordo com a senhoria respectiva no sentido da cessação no dia 15 ime-diatamente subsequente do contrato de arrenda-mento das instalações onde funcionava a Pousada de S. Vicente, em Braga. De igual modo, foi aliena-do à entidade que tomou o arrendamento das di-tas instalações o inventário móvel do mesmo esta-belecimento a quem o transmitiu na referida data de 15 de Janeiro. No entanto, o impacto financeiro das situações acima identificadas foi incorporado nos resultados do exercício de 2011. Nessa data, o referido estabelecimento deixou de integrar a rede das Pousadas de Portugal.

No dia 19 de Janeiro de 2012, a subsidiária ITI, S.A. foi notificada pela AICEP da aprovação da atribuição do prémio de realização da candidatu-ra. Desta forma, a Empresa vê confirmada a sua estimativa no que respeita à conversão do subsí-dio reembolsável em não reembolsável.

No início do mês de Março de 2012, foi inaugu-rado a Cidadela de Cascais, propriedade da sub-sidiária Pestana Cidadela, S.A..

6. FaCTOs RELEvaNTEs já OCORRIDOs Em 2012

387.

39

A terminar, todos os membros do Conselho de Administração das empresas do Grupo Pesta-na, querem deixar expresso o seu, reconhecido, agradecimento a todas as entidades públicas e privadas que, directa ou indirectamente, têm apoiado e colaborado com o nosso Grupo.

É, particularmente, gratificante assinalar com ele-vada estima, o relacionamento de confiança que os nossos clientes, fornecedores e outros parcei-ros de negócio, nomeadamente instituições fi-nanceiras e prestadores de serviços qualificados, nos têm honrado.

Agradecemos o apoio e a colaboração dos outros Órgãos Sociais das empresas do Grupo, mem-bros da Mesa da Assembleia-Geral e Órgãos de Fiscalização, no desempenho das suas funções.

Finalmente, e não é demais salientar, que é mere-cedor de reconhecimento, o elevado espírito de profissionalismo e sentido de dever dos colabo-radores do Grupo Pestana. O seu esforço e dedi-cação são o motivo que torna possível a criação de valor de que o Grupo Pestana é responsável.

7. aGRaDECImENTOs

Funchal, 30 de Abril de 2012

O Conselho de Administração

Dionísio Fernandes Pestana - PresidentePietro Luigi Valle - VogalJosé Alexandre Lebre Theotónio – Vogal

408.

41

(Organizada para efeitos do disposto no n.º 4 do art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais)

Accionistas titulares em 31 de Dezembro de 2011 em mais de metade, em mais de um terço e em mais de um décimo do capital:

Nome %

Dionísio Fernandes Pestana 74,24%

Pestana Luxembourg, S.A. 25,76%

8. LIsTa aNExa aO RELaTóRIO aNUaL CONsOLIDaDO

Funchal, 30 de Abril de 2012

O Conselho de Administração

Dionísio Fernandes Pestana - PresidentePietro Luigi Valle - VogalJosé Alexandre Lebre Theotónio – Vogal

429.

DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS

CONSOLIDADAS

43

9. Demonstrações Financeiras Consolidadas _42

Demonstração da posição financeira consolidada _46

Demonstração dos resultados consolidados _47

Demonstração do rendimento integral consolidado _48

Demonstração da alteração dos capitais próprios _49

Demonstração dos fluxos de caixa consolidados _50

1. Informação geral _51

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras _53

3. Principais políticas contabilísticas _57

4. Políticas de gestão do risco financeiro _73

5. Principais estimativas e julgamentos apresentados _76

6. Activos fixos tangíveis _77

7. Activos intangíveis _80

8. Propriedades de investimento _82

9. Interesses em associadas _83

10. Interesses em Entidades conjuntamente controladas _83

11. Outros investimentos financeiros _84

12. Activos e passivos por Impostos diferidos _85

13. Activos financeiros disponíveis para venda _87

ÍNDICE

44

14. Activos e passivos financeiros _87

15. Clientes e outras contas a receber _89

16. Inventários _91

17. Imposto sobre o rendimento _91

18. Caixa e equivalentes de caixa _92

19. Activos não correntes detidos para venda _92

20. Capital _93

21. Prémios de emissão _93

22. Outras reservas _94

23. Ajustamentos partes de capital _94

24. Resultados acumulados _95

25. Interesses não controlados _95

26. Provisões para riscos e encargos _96

27. Empréstimos obtidos _97

28. Instrumentos financeiros derivados _99

29. Rendimentos a reconhecer _100

30. Fornecedores e outras contas a pagar _100

31. Vendas e Prestação de serviços _102

32. Contratos de construção _102

45

33. Fornecimentos e serviços externos _102

34. Gastos com pessoal _103

35. Outros rendimentos e ganhos _103

36. Outros gastos e perdas _104

37. Gastos e rendimentos financeiros _104

38. Imposto do exercício _104

39. Operações descontinuadas _105

40. Compromissos _105

41. Contingências _106

42. Perímetro da consolidação _107

43. Concentrações de actividades empresariais _112

44. Partes relacionadas _114

45. Eventos subsequentes _117

10. Certificação Legal das Contas _119

11. Relatório e Parecer do Fiscal Único _121

46

DEmONsTRaÇÃO Da pOsIÇÃO FINaNCEIRa CONsOLIDaDa

(Montantes expressos em Euros) 31 de Dezembro 31 de Dezembro

Notas 2011 2010

Activo

Não corrente

Activos fixos tangíveis 6 707.530.282 697.096.566

Activos intangíveis 7 17.514.905 19.373.896

Propriedades de investimento 8 51.999.861 53.475.716

Investimentos em associadas 9 14.303.165 13.812.744

Investimentos em entidades conjuntamente controladas 10 6.364.004 6.600.081

Outros investimentos financeiros 11 33.863.427 31.394.448

Activos por impostos diferidos 12 8.233.171 5.435.920

Activos financeiros disponíveis para venda 13 - 125.499

Clientes e outras contas a receber 15 2.742.769 2.182.129

842.551.585 829.496.999

Corrente

Inventários 16 37.444.916 36.317.446

Clientes e outras contas a receber 15 51.309.553 52.298.969

Imposto sobre o rendimento a receber 17 3.076.251 1.623.652

Caixa e equivalentes de caixa 18 41.483.376 43.808.863

Activos não correntes detidos para venda 19 7.579.535 7.559.499

140.893.632 141.608.428

Total do Activo 983.445.217 971.105.427

Capital Próprio

Capital 20 132.030.000 134.530.000

Prémio de emissão 21 33.690.973 33.690.973

Outras reservas 22 6.964.337 10.035.216

Ajustamentos partes de capital 23 898.625 2.039.387

Resultados acumulados 24 63.869.689 63.173.086

Resultado liquido atribuível a detentores de capital 7.212.072 7.919.953

Interesses não controlados 25 55.357.174 55.705.811

Total capital próprio 300.022.870 307.094.427

Passivo

Não corrente

Provisões 26 402.946 286.868

Empréstimos obtidos 27 272.809.463 301.098.205

Instrumentos financeiros derivados 28 9.053.705 5.459.916

Passivos por impostos diferidos 12 37.279.847 43.865.193

Rendimentos a reconhecer 29 168.371.389 166.687.126

Fornecedores e outras contas a pagar 30 20.655.043 10.818.729

508.572.393 528.216.037

Corrente

Provisões 26 1.069.906 1.358.069

Empréstimos obtidos 27 95.733.511 55.343.815

Rendimentos a reconhecer 29 16.752.327 18.613.805

Fornecedores e outras contas a pagar 30 59.272.651 57.892.974

Impostos s/ rendimentos a pagar 17 2.021.559 2.586.300

174.849.954 135.794.963

Total Passivo 683.422.347 664.011.000

Total do capital próprio e passivo 983.445.217 971.105.427

O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira consolidada para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

47

DEmONsTRaÇÃO DOs REsULTaDOs CONsOLIDaDOs

(Montantes expressos em Euros) 31 de Dezembro 31 de Dezembro

Notas 2011 2010

Operações continuadas

Vendas e serviços prestados 31;32 200.224.039 188.377.193

Variação nos inventários de produto acabado e produtos em construção 16 - 437.391

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 16 (24.846.987) (22.935.035)

Fornecimentos e serviços externos 33 (61.511.440) (57.858.320)

Gastos com o pessoal 34 (63.510.759) (58.681.091)

Gastos/ reversões de depreciação e de amortização 6;7;8 (33.264.363) (34.189.960)

Imparidade de activos depreciáveis / amortizáveis 6;7;8 2.782.457 1.121.442

Imparidade de contas a receber 15 (515.359) (295.024)

Imparidade de inventários 16 1.526.869 -

Provisões 26 (63.691) 878.614

Outros rendimentos e ganhos 35 15.505.468 16.425.457

Outros gastos e perdas 36 (12.778.295) (13.132.296)

Resultado operacional 23.547.938 20.148.372

Gastos financeiros 37 (18.755.597) (17.937.353)

Rendimentos financeiros 37 5.334.335 5.432.100

Ganhos/ (Perdas) de interesses em subsidiárias, associadas, entidades conjuntamente controladas e outros investimentos financeiros" 9;10;11 789.674 6.232.717

Resultados antes de impostos 10.916.351 13.875.837

Imposto sobre o rendimento do exercício 38 (810.057) (503.976)

Resultado das operações continuadas 10.106.294 13.371.860

Operações descontinuadas

Resultado das operações descontinuadas 39 (159.201) 54.465

Resultado líquido do exercício 9.947.093 13.426.325

Resultado líquido atribuível a:

Detentores do capital da Empresa-Mãe 7.212.072 7.919.953

Interesses não controlados 2.735.021 5.506.372

9.947.093 13.426.325

Resultado por acção 0,12 0,16

Resultado por acção das operações continuadas 0,12 0,16

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados consolidados para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

48

DEmONsTRaÇÃO DO RENDImENTO INTEGRaL CONsOLIDaDO

(Montantes expressos em Euros) Exercício

Notas 2011 2010

Resultado líquido do exercício 9.947.093 13.426.325

Outros rendimentos do exercício:

Diferenças de conversão cambial 23 (753.796) 3.786.743

Variação do justo valor de derivados de cobertura 28 (3.593.789) (1.397.111)

Outros ganhos e perdas reconhecidos directamente no capital próprio resultantes de empresas associadas

23 (386.967) 341.052

Ganhos/ (perdas) em activos financeiros disponíveis para venda, valor bruto - (605)

Imposto sobre os itens registados directamente em capital 12 2.187.722 276.349

Efeito da alteração da taxa de imposto na Região Autónoma da Madeira 12 (4.194.640) -

Outros rendimentos do período - líquidos de imposto (6.741.469) 3.006.428

Total do rendimento integral do exercício 3.205.624 16.432.753

Rendimento integral atribuível a:

Detentores do capital da Empresa-Mãe 671.184 10.926.381

Interesses não controlados 2.534.440 5.506.372

3.205.624 16.432.753

Resultado por acção

- básico 0,12 0,16

- diluído 0,16 0,20

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

49

DEmONsTRaÇÃO Da aLTERaÇÃO DOs CapITaIs pRópRIOs

(Montantes expressos em Euros) Atribuível aos detentores de capital

Capital social

Instrumentos de capital próprio

Prémios de emissão

Outras reservas

Ajustamentospartes capital

Resultados acumulados

Resultado liquido do exercício

Interesses não

controladosTotal

A 1 de Janeiro de 2010 80.000.000 54.500.000 33.690.973 10.848.655 (2.088.407) 52.228.684 8.165.565 52.007.992 289.353.461

Alterações no período

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras - - - - 3.786.743 - - - 3.786.743

Ajustamentos por impostos diferidos - - - 276.349 - - - - 276.349

Outras alterações reconhecidas no capital próprio - - - (1.089.788) 341.052 10.944.402 (8.165.565) 1.156.539 3.186.641

- - - (813.439) 4.127.795 10.944.402 (8.165.565) 1.156.539 7.249.733

Resultado líquido do exercício 7.919.953 5.506.372 13.426.325

Resultado integral 80.000.000 54.500.000 33.690.973 10.035.216 2.039.387 63.173.086 7.919.953 58.670.904 310.029.519

Realizações de capital 1.530.000 - - - - - - - 1.530.000

Realizações de prémios de emissão - - - - - - - - -

Distribuições - (1.500.000) - - - - - (2.965.093) (4.465.093)

Entradas para cobertura de perdas - - - - - - - - -

Outras operações - - - - - - - - -

1.530.000 (1.500.000) - - - - - (2.965.093) (2.935.093)

A 31 de Dezembro de 2010 81.530.000 53.000.000 33.690.973 10.035.216 2.039.387 63.173.086 7.919.953 55.705.811 307.094.426

Alterações no período

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras - - - - (753.796) - - - (753.796)

Ajustamentos por impostos diferidos - - - 882.756 - (4.194.640) - - (3.311.884)

Alterações de Perímetro - - - (909.390) - (7.138.877) - (3.196.572) (11.244.839)

Outras alterações reconhecidas no capital próprio - - - (3.044.245) (386.967) 12.030.120 (7.919.953) 3.281.176 3.960.131

- - - (3.070.879) (1.140.763) 696.603 (7.919.953) 84.604 (11.350.388)

Resultado líquido do exercício 7.212.072 2.735.021 9.947.093

Resultado integral 81.530.000 53.000.000 33.690.973 6.964.337 898.625 63.869.689 7.212.072 58.525.436 305.691.132

Realizações de capital - - - - - - - 1.081.773 1.081.773

Realizações de prémios de emissão - - - - - - - - -

Distribuições - (2.500.000) - - - - - (4.250.035) (6.750.035)

Entradas para cobertura de perdas - - - - - - - - -

Outras operações - - - - - - - - -

- (2.500.000) - - - - - (3.168.262) (5.668.262)

A 31 de Dezembro de 2011 81.530.000 50.500.000 33.690.973 6.964.337 898.625 63.869.689 7.212.072 55.357.174 300.022.870

O anexo faz parte integrante da demonstração da alteração dos capitais próprios para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

50

DEmONsTRaÇÃO DOs FLUxOs DE CaIxa CONsOLIDaDOs

(Montantes expressos em Euros)

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Recebimentos de clientes

Pagamentos a fornecedores

Pagamentos ao pessoal

Caixa gerada pelas operações

Pagamento/ recebimento do imposto sobre o rendimento

Outros recebimentos/ pagamentos

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais

Fluxos de caixa das actividadades de investimento

Aplicações financeiras de curto prazo

Activos tangíveis e intangíveis

Investimentos financeiros

Outros activos

Juros e rendimentos similares

Dividendos

Pagamentos respeitantes a:

Activos tangíveis e intangíveis

Investimentos financeiros

Outros activos

Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos

Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio

Doações

Outras operações de financiamento

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos

Juros e gastos e similares

Dividendos

Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio

Outras operações de financiamento

Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento

Variação de caixa e seus equivalentes

Efeitos das diferenças de câmbio

Caixa e seus equivalentes no início do período

Caixa e seus equivalentes no fim do período

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

Exercício findo em 31 de Dezembro

Notas 2011 2010

234.334.061 232.790.857

(121.987.080) (131.198.466)

(62.360.866) (57.880.097)

49.986.115 43.712.94

(4.976.169) (342.735)

(11.062.407) (10.049.185)

33.947.539 33.320.374

897.048 640

3.429.911 (312.182)

1.923.250 21.996.925

125.499 4.707.076

1.037.835 4.019.039

- 333.856

(52.668.493) (37.242.009)

(6.634.644) (7.925.772)

- (6.611.251)

(51.889.594) (21.033.680)

242.621.987 342.306.021

1.081.773 9.680.205

- 1.600

10.462.176 36.816.359

(236.827.288) (369.925.302)

(18.142.497) (18.126.838)

(4.250.035) (2.965.093)

(2.500.000) (2.875.000)

(4.738.521) (17.511.308)

(12.292.405) (22.599.356)

(30.234.460) (10.312.661)

(661.401) (496.367)

18 29.665.262 40.474.291

18 1.230.599 29.665.262

51

1. INFORmaÇÃO GERaL

O Grupo Pestana teve o seu início em 1972, com a constituição da sociedade M & J Pestana - Socieda-de de Turismo da Madeira,S.A., para investir no ac-tual Pestana Carlton Madeira, desenvolvendo a sua actividade principalmente no sector do Turismo. O Grupo é liderado pelo seu accionista maioritário, Dionisio Pestana, filho do fundador do Grupo.

No final da década de 90 iniciou o seu esforço de internacionalização, primeiramente no continente africano e depois no continente sul americano.

Em 2003, o Grupo Pestana ganhou o concurso para a gestão da rede das Pousadas de Portugal, assumindo assim a exploração das 40 Pousadas existentes no território nacional e promovendo a sua internacionalização.

Hoje em dia o Grupo Pestana é claramente o maior grupo português no sector do Turismo, com uma actuação centrada na vertente hoteleira, mas com-plementada pelas vertentes de habitação periódica (igualmente referido neste documento como timesha-re), turismo residencial, golfe, animação turística e res-pectiva distribuição. Inclui ainda alguns investimentos na área industrial e de serviços financeiros.

Através da dinamização de duas marcas (PH&R - Pestana Hotéis & Resorts e Pousadas de Portugal)

explora actualmente 86 unidades de aloja-mento turístico totalizando aproximadamente

9.450 quartos o que a torna a maior cadeia de origem portuguesa, encontrando-se no top 25 do ranking das cadeias hoteleiras da Europa e no top 75 a nível mundial.

Na área do lazer, o Grupo Pestana possui actualmen-te além dos 45 hotéis (10 na Madeira, 9 no Algarve, 5 em Lisboa/Cascais/Sintra, 1 no Porto, 9 no Brasil, 2 na Argentina, 1 na Venezuela, 3 em Moçambique, 1 na África do Sul, 1 em Cabo Verde e 3 em S. Tomé e Príncipe, 1 em Londres 1 em Berlim), 9 empreendi-mentos de Vacation Club, 6 campos de golfe, 4 em-preendimentos imobiliário/turístico, 2 concessões de jogo para casino, Casino da Madeira e Casino em S. Tomé e Príncipe, participação numa companhia de aviação charter, uma agência de viagens, um opera-dor turístico e a gestão da rede das 40 Pousadas de Portugal. Adicionalmente, no ano de 2011, o projec-to de Tróia teve o seu arranque em definitivo.

Para além disso, encontram-se em curso proces-sos de investimento ou contratos de gestão que levarão nos próximos anos o Grupo a expandir-se para os Estados Unidos da América, Marrocos, Colômbia e Uruguai e a reforçar a presença em Cascais e na Argentina.

(a) Inclui Pestana Vacation Club (b) Inauguração em Março de 2012(c) Contrato de gestão (d) Apenas propriedade(e) Inauguração no segundo semestre de 2012

Pestana Carlton Madeira (a) Madeira Pestana Alvor Park (a) AlgarvePestana Casino Park Hotel Madeira Pestana Dom João II (a) AlgarvePestana Grand (a) Madeira Pestana Delfim AlgarvePestana Porto Santo Madeira Pestana Viking (a) AlgarvePestana Promenade (a) Madeira Pestana Levante AlgarvePestana Miramar (a) Madeira Pestana Alvor Atlantico AlgarvePestana Village (a) Madeira Pestana Porches Praia (a) AlgarvePestana Palms (a) Madeira Pestana Gramacho Golf Resort AlgarvePestana Bay Madeira Pestana Vale da Pinta Golf Resort AlgarvePestana Atlantic Gardens Madeira Pestana Silves Golfe Resort AlgarveMadeira Magic Madeira

Unidade Local

Pestana Alto Golfe Resort AlgarveCasino da Madeira Madeira Pestana Vilasol Golfe Resort (c) AlgarveCentro Intern. Neg. Madeira Madeira Pestana Convento Carmo BrasilPestana Palace Lisboa Pestana Buenos Aires ArgentinaPestana Porto Porto Pestana Bariloche (c) ArgentinaPestana Cascais Cascais Pestana Caracas VenezuelaPestana Sintra Golf Sintra Pestana Londres (d) Reino UnidoPestana Beloura Golf Resort Sintra Pestana Berlim AlemanhaPousadas de Portugal (Rede) Portugal Pestana Miami (e) E.U.A.Pestana Cidadela (b) Cascais Pestana Bogotá100 (e) ColômbiaPestana Alvor Praia (a) Algarve

Unidade Local

52

De forma a estruturar as participações financei-ras do Grupo, foi criada em 2003 a Grupo Pesta-na S.G.P.S., S.A. que agrega no essencial as par-ticipações nos negócios em território português, sendo por isso o “pulmão” financeiro do Grupo. Adicionalmente, inclui controlo dos negócios na Argentina, Venezuela, Londres e Berlim, tendo participações minoritárias nas restantes áreas.

Estas demonstrações financeiras consolidadas fo-ram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 30 de Abril de 2012. É da opinião

o Conselho de Administração que estas demons-trações financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações consolidadas da Gru-po Pestana S.G.P.S., S.A., bem como a sua posi-ção e performance financeira e fluxos consolida-dos de caixa, incluindo as unidades de negócio abaixo indicadas.

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana e respectivas notas deste anexo são apresentadas em Euros.

1. INFORmaÇÃO GERaL

53

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) conforme adoptadas pela União Europeia (UE). As IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respectivos órgãos antecessores. Este normativo foi adoptado pelo Grupo Pestana pela primeira vez no exercício fin-do em 31 de Dezembro de 2010.

As políticas contabilísticas apresentadas foram aplicadas de forma consistente em todos os exer-cícios apresentados nas demonstrações financei-ras consolidadas.

A preparação das demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as IFRS re-quer o uso de estimativas, pressupostos e jul-gamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adoptar pelo Grupo Pestana, com impacto significativo no valor con-tabilístico dos activos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de reporte.

Apesar de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência do Conselho de Administra-ção e nas suas melhores expectativas em relação aos eventos e acções correntes e futuras, os re-sultados actuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressupostos e estimativas sejam signi-ficativos para as demonstrações financeiras con-solidadas são apresentadas na Nota 5 (Principais estimativas e julgamentos apresentados).

Novas normas

a) Os impactos da adopção das normas e inter-pretações que se tornaram efectivas a 1 de Janei-ro de 2011, são os seguintes:

Normas

IAS 32 (alteração), ‘Instrumentos financeiros: Apresentação – classificação de direitos emiti-dos’. Esta alteração refere-se à contabilização de direitos emitidos denominados em moeda diferente da moeda funcional do emitente. Se os direitos forem emitidos pro-rata aos accio-nistas por um montante fixo em qualquer mo-eda, considera-se que se trata de uma transac-ção com accionistas a classificar em Capitais próprios. Caso contrário, os direitos deverão ser registados como instrumentos derivados passivos. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana.

IFRS 1 (alteração), ‘Adopção pela primeira vez das IFRS’. Esta alteração permite às entidades que adoptem IFRS pela primeira vez, usufru-írem do mesmo regime transitório da IFRS 7 – ‘Instrumentos financeiros – Divulgações’, o qual permite a isenção na divulgação dos com-parativos para a classificação do justo valor pe-los três níveis exigidos pela IFRS 7, desde que o período comparativo termine até de 31 de Dezembro de 2009. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras conso-lidadas do Grupo Pestana por já aplicar as IFRS.

IAS 24 (alteração) ‘Partes relacionadas’. A al-teração à norma elimina os requisitos gerais de divulgação de partes relacionadas para as entidades públicas sendo contudo obrigatória a divulgação da relação da Entidade com o Es-tado e quaisquer transacções significativas que tenham ocorrido com o Estado ou entidades relacionadas com o Estado. Adicionalmente a definição de parte relacionada foi alterada para eliminar inconsistências na identificação e divulgação das partes relacionadas. Esta al-teração não teve impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana.

2. REFERENCIaL CONTaBILÍsTICO DE pREpaRaÇÃO Das DEmONsTRaÇõEs FINaNCEIRas

54

Melhoria anual das normas em 2011, a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011. O processo de melhoria anual de 2011 afecta as normas: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 27, IAS 34 e IFRIC 13. Estas melhorias foram adoptadas pelo Grupo Pestana, quando aplicáveis, excepto quanto às melhorias à IFRS 1 pelo Grupo Pestana já aplicar IFRS.

Interpretações

IFRIC 14 (alteração) ‘ IAS 19 - Limitação aos activos decorrentes de planos de benefícios definidos e a sua interacção com requisitos de contribuições mínimas’. Esta alteração clarifica que quando é apurado um saldo activo resul-tante de pagamentos antecipados voluntários por conta de contribuições mínimas futuras, o excesso positivo pode ser reconhecido como um activo. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana.

IFRIC 19 (alteração) ‘Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital’. Esta interpretação clarifica qual o tratamento con-tabilístico a adoptar quando uma entidade re-negoceia os termos de uma dívida que resulta no pagamento do passivo através da emissão de instrumentos de capital próprio (acções) ao credor. Um ganho ou uma perda é reconheci-do nos resultados do exercício, tomando por base o justo valor dos instrumentos de capital emitidos e comparando com o valor contabilís-tico da dívida. A mera reclassificação do valor da dívida para o capital não é permitida. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana.

b) Existem novas normas, alterações e interpreta-ções efectuadas a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 1 de Julho de 2011 ou em data pos-terior, que o Grupo Pestana decidiu não adoptar antecipadamente:

Normas

IFRS 1 (alteração), ‘Adopção pela primeira vez das IFRS’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Europeia. Esta alteração visa incluir uma isenção específica para as entidades que ope-ravam anteriormente em economias hiperinfla-cionárias, e adoptam pela primeira vez as IFRS. A isenção permite a uma Entidade optar por mensurar determinados activos e passivos ao justo valor e utilizar o justo valor como “cus-to considerado” na demonstração da posição financeira de abertura para as IFRS. Outra alte-ração introduzida refere-se à substituição das referências a datas específicas por “data da transição para as IFRS” nas excepções à apli-cação retrospectiva da IFRS. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana.

IRFS 7 (alteração), ‘Instrumentos financeiros: Di-vulgações – Transferência de activos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração à IFRS 7 refere-se às exigências de divulgação a efec-tuar relativamente a activos financeiros transfe-ridos para terceiros mas não desreconhecidos do balanço por a entidade manter obrigações associadas ou envolvimento continuado. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana.

IAS 12 (alteração), ‘Impostos sobre o rendi-mento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2012). Esta altera-ção está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Europeia. Esta alteração requer que uma Entidade mensure os impostos diferidos relacionados com activos dependendo se a En-tidade estima recuperar o valor líquido do ac-tivo através do uso ou da venda, excepto para as propriedades de investimento mensuradas de acordo com o modelo do justo valor. Esta alteração incorpora na IAS 12 os princípios in-cluídos na SIC 21, a qual é revogada. Esta al-teração não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana.

2. REFERENCIaL CONTaBILÍsTICO DE pREpaRaÇÃO Das DEmONsTRaÇõEs FINaNCEIRas

55

IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demons-trações financeiras” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Europeia. Esta alteração requer que as Entidades apre-sentem de forma separada os itens contabi-lizados como Outros rendimentos integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não no futuro por resultados do exercício e o res-pectivo impacto fiscal, se os itens forem apre-sentados antes de impostos. O Grupo Pestana adoptará esta alteração quando a mesma se tornar efectiva.

IFRS 9 (novo), ‘Instrumentos financeiros – clas-sificação e mensuração’ (a aplicar nos exercí-cios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao proces-so de adopção pela União Europeia. A IFRS 9 refere-se à primeira parte da nova norma sobre instrumentos financeiros e prevê duas catego-rias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumen-to financeiro é mensurado ao custo amortiza-do apenas quando a Entidade o detém para re-ceber os cash-flows contratuais e os cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os instrumentos financeiros, são valorizados ao justo valor por via de resultados. O Grupo Pestana aplicará a IFRS 9 no exercício em que a mesma se tornar efectiva.

IFRS 10 (novo), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adop-ção pela União Europeia. A IFRS 10 substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, al-terando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O prin-cípio base de que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma en-tidade única mantém-se inalterado. O Grupo Pestana aplicará a IFRS 10 no exercício em que a mesma se tornar efectiva.

IFRS 11 (novo), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Europeia. A IFRS 11 centra-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos podem ser Operações con-juntas (direitos sobre activos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos (direitos sobre o activo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidação pro-porcional deixa de ser permitida. O Grupo Pes-tana aplicará a IFRS 11 no exercício em que a mesma se tornar efectiva.

IFRS 12 (novo) – ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Europeia. Esta norma es-tabelece os requisitos de divulgação para to-dos os tipos de interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, asso-ciadas e entidades de fim específico, de forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos fi-nanceiros associados ao interesse da Entidade. Uma Entidade pode efectuar algumas ou todas as divulgações sem que tenha de aplicar a IFRS 12 na sua totalidade ou as IFRS 10 e 11 e as IAS 27 e 28. O Grupo Pestana aplicará a IFRS 12 no exercício em que a mesma se tornar efectiva.

IFRS 13 (novo) – ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ (a aplicar nos exercícios que se ini-ciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adop-ção pela União Europeia. A IFRS 13 tem como objectivo aumentar a consistência, ao estabe-lecer uma definição precisa de justo valor e constituir a única fonte dos requisitos de men-suração e divulgação do justo valor a aplicar de forma transversal por todas as IFRSs. O Grupo Pestana aplicará a IFRS 13 no exercício em que a mesma se tornar efectiva.

IAS 27 (revisão 2011) ‘Demonstrações finan-ceiras separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de

2. REFERENCIaL CONTaBILÍsTICO DE pREpaRaÇÃO Das DEmONsTRaÇõEs FINaNCEIRas

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adopção pela União Europeia. A IAS 27 foi re-vista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em subsidiárias, e empreendi-mentos conjuntos e associadas quando uma Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. Esta revisão não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana.

IAS 28 (revisão 2011) ‘Investimentos em asso-ciadas e empreendimentos conjuntos’ (a apli-car nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Eu-ropeia. A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 e prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas e estabelece os requerimentos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. O Grupo Pestana aplicará a IAS 28 revista quando a mesma se tornar efectiva.

IAS 19 (revisão 2011),’Benefícios aos empre-gados’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Europeia. Esta revisão introduz diferen-ças significativas no reconhecimento e men-suração dos gastos com benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a efectuar para todos os benefícios concedidos aos empregados. Os desvios actuariais passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos “Outros rendimentos integrais (não é permitido o método do corre-dor). O custo financeiro dos planos com fun-

do constituído é calculado na base líquida da responsabilidade não fundeada. Os Benefícios de cessação de emprego apenas qualificam como tal se não existir qualquer obrigação do empregado prestar serviço futuro. Esta revisão não terá impacto nas demonstrações financei-ras consolidadas do Grupo Pestana.

IFRS 7 (alteração), ‘Divulgações – compensa-ção de activos e passivos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Europeia. Esta alteração é parte do projecto de “com-pensação de activos e passivos” do IASB e in-troduz novos requisitos de divulgação sobre os direitos de compensação (de activos e passi-vos) não contabilizados, os activos e passivos compensados e o efeito destas compensações na exposição ao risco de crédito. O Grupo Pes-tana aplicará esta alteração no exercício em que a mesma se tornar efectiva.

IAS 32 (alteração) ‘Compensação de activos e passivos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta norma está ainda sujeita ao pro-cesso de adopção pela União Europeia. Esta al-teração é parte do projecto de “compensação de activos e passivos” do IASB a qual clarifica a expressão “deter actualmente o direito legal de compensação” e clarifica que alguns siste-mas de regularização pelos montantes brutos (câmaras de compensação) podem ser equiva-lentes à compensação por montantes líquidos. O Grupo Pestana aplicará esta alteração no exercício em que a mesma se tornar efectiva.

2. REFERENCIaL CONTaBILÍsTICO DE pREpaRaÇÃO Das DEmONsTRaÇõEs FINaNCEIRas

57

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras con-solidadas são as que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a to-dos os exercícios apresentados.

3.1. Consolidação

3.1.1 Subsidiárias

Subsidiárias são todas as entidades (incluindo as entidades com finalidades especiais) sobre as quais o Grupo Pestana tem o poder de decidir so-bre as políticas financeiras ou operacionais, a que normalmente está associado o controlo, directo ou indirecto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados quando se avalia se o Grupo detém o controlo sobre uma entidade. As Subsidiárias são consolidadas a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo Pestana sendo excluídas da consolidação a partir da data em que esse controlo cessa. As entidades que se qualificam como Subsidiárias encontram-se listadas na Nota 42.

A aquisição de Subsidiárias é registada pelo método de compra. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entre-gues, instrumentos de capital emitidos e passi-vos incorridos ou assumidos na data de aquisição acrescido dos custos directamente atribuíveis à aquisição. Os activos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial, são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisi-ção relativamente ao justo valor da participação do Grupo Pestana nos activos identificáveis ad-quiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida directamente na demonstração dos resultados consolidados.

No caso de aquisições e diluições de interesses não controlados sem perda de controlo, as di-ferenças resultantes entre o valor de aquisição e o dos interesses não controlados adquiridos/alienados são registadas por contrapartida de re-sultados acumulados.

Transacções, saldos e ganhos não realizados em transacções com empresas do grupo são elimi-nados. Perdas não realizadas são também elimi-nadas, mas consideradas como um indicador de imparidade para o activo transferido.

O Grupo Pestana adopta a política de tratar tran-sacções com interesses não controlados como transacções internas ao Grupo. Os prejuízos apu-rados pelas subsidiárias são atribuídos aos inte-resses não controlados na quota-parte da parti-cipação destes no capital da empresa subsidiária.

As políticas contabilísticas das Subsidiárias são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente por todas as empresas do Grupo.

3.1.2 Associadas

As Associadas são entidades das quais o Grupo Pestana detém entre 20% e 50% dos direitos de voto, ou sobre as quais detenha influência sig-nificativa na definição das políticas financeiras e operacionais.

O excesso do custo de aquisição relativamente à quota-parte do justo valor dos activos e passivos identificáveis adquiridos, o goodwill, é reconhe-cido como parte do investimento financeiro na Associada. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da Associada adquirida, a diferença é reconhecida como um ganho directamente na Demonstração dos resul-tados consolidados.

Nas demonstrações financeiras consolidadas os investimentos em associadas são mensurados pelo valor resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial. Segundo este método, as demonstrações financeiras incluem a quota-

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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parte do Grupo Pestana no total de ganhos e perdas reconhecidos desde a data em que a in-fluência significativa se inicia até à data em que efectivamente termina.

Na aplicação do método da equivalência patrimo-nial os ganhos ou perdas não realizadas em tran-sacções entre o Grupo Pestana e as suas Associa-das são eliminados. Os dividendos atribuídos pelas Associadas são reduzidos ao valor do investimen-to, na demonstração da posição financeira conso-lidada. As políticas contabilísticas das Associadas são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente por todas as empresas do Grupo.

Quando a quota-parte das perdas de uma Asso-ciada excede o investimento na associada, o Gru-po reconhece perdas adicionais se tiver assumido obrigações ou tenha efectuado pagamentos em benefício da Associada.As entidades que qualificam como Associadas encontram-se listadas na Nota 9 e 42.

3.1.3 Entidades conjuntamente controladas

O Grupo Pestana tem um interesse numa Enti-dade conjuntamente controlada quando tenha acordado contratualmente partilhar o controlo sobre uma actividade económica ou entidade, e apenas existe quando as decisões financeiras e operacionais estratégicas relacionadas com essa actividade ou entidade têm de ser tomadas por unanimidade de todos os investidores na Entida-de. O interesse neste tipo de entidades está su-portado por Acordos parassociais assinado com os restantes investidores.

A classificação como Entidade conjuntamente controlada cessa quando o Grupo Pestana passa a controlar a Entidade, o que pode ocorrer quan-do: i) o Grupo Pestana adquire a quota-parte dos outros investidores e o acordo parassocial cesse; ou ii) quando o Grupo Pestana adquire o direito incondicional de comprar (opção de compra) a participação dos restantes investidores, mesmo que não tenha exercido esse direito mas o possa fazer a todo o tempo.

Nas demonstrações financeiras consolidadas, os interesses em Entidades conjuntamente contro-

ladas são contabilizados pelo método de equiva-lência patrimonial. A quota-parte do Grupo nos ganhos ou perdas da Entidade conjuntamente controlada é reconhecida na demonstração dos resultados consolidados e a quota-parte nos mo-vimentos de reservas da Entidade conjuntamen-te controlada é reconhecida no Capital próprio. Transacções e ganhos ainda não realizados entre o Grupo Pestana e as Entidades conjuntamente controladas são eliminados na quota-parte do interesse do Grupo Pestana.

As políticas contabilísticas das Entidades conjun-tamente controladas são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente com as do Grupo Pestana.

As entidades que qualificam como Entidades conjuntamente controladas encontram-se lista-das na Nota 10 e 42.

3.1.4 Participações financeiras – Outros investi-mentos financeiros

Os outros investimentos financeiros são entida-des das quais o Grupo Pestana detém menos do que 20% dos direitos de voto, ou sobre as quais a Empresa não tenha influência significativa na definição das políticas financeiras e operacionais.

Os investimentos nestas Participadas são mensu-rados ao custo de aquisição deduzido de perdas de imparidade, quando existentes, sendo que os dividendos distribuídos são reconhecidos como ganhos do exercício em que são atribuídos.

As entidades que qualificam como Outros inves-timentos financeiros encontram-se listadas na Nota 11 e 42.

3.2. Concentrações de actividades empresa-riais sob controlo comum

Concentrações de actividades empresariais sob controlo comum referem-se a transacções re-alizadas entre empresas do mesmo grupo ou controladas por um mesmo accionista, e podem consubstanciar-se numa aquisição ou fusão.

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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O Grupo Pestana regista as transacções de aqui-sição de participações/negócios entre entidades sob controlo comum, que configurem a obten-ção de controlo sobre um negócio de acordo com os princípios associados à aplicação do método da compra, tal como previsto na IFRS 3 – ‘Concentrações de actividades empresariais’. Assim, a entidade identificada como adquirente na transacção, procede à alocação do justo valor da contraprestação paga/ entregue ao justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes ad-quiridos e qualquer excesso é reconhecido como goodwill. Caso a diferença apurada seja negati-va, é reconhecido um ganho no exercício.

3.3. Conversão cambial

i) Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Pestana e respectivas notas deste anexo são apresentadas em Euros, a moeda de apresen-tação do Grupo Pestana.

ii) Transacções e saldos

As transacções em moedas diferentes do Euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transacções. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes do paga-mento/ recebimento das transacções bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do re-lato financeiro, dos activos e dos passivos mone-tários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidados, na rubrica de custos de financia-mento, se relacionadas com empréstimos ou em outros ganhos ou perdas operacionais, para to-dos os outros saldos/transacções.

iii) Unidades operacionais estrangeiras

Os resultados e a posição financeira das unida-des operacionais estrangeiras do Grupo Pestana que têm uma moeda funcional diferente do Euro, mas não pertencente a um país com hiper-infla-ção, são convertidas para a moeda de apresenta-ção como segue:(a) Os activos e passivos das demonstrações da

posição financeira das unidades operacionais estrangeiras são convertidos à taxa de fecho;

(b) Os proveitos e custos das demonstrações do rendimento integral das unidades operacio-nais estrangeiras são convertidos à taxa de câmbio média; e

(c) Todas as diferenças de câmbio apuradas são reconhecidas como uma componente sepa-rada no Capital próprio.

Os resultados e a posição financeira das unida-des operacionais estrangeiras do Grupo Pestana que têm moeda funcional diferente do Euro, per-tencente a países com hiper-inflação, são con-vertidos para a moeda de apresentação à taxa de fecho do período de relato, o mesmo acon-tecendo para os saldos e transacções do período comparativo.

Na alienação de participações financeiras em subsidiárias residentes no estrangeiro, as diferen-ças cambiais associadas à participação financeira previamente registadas em reservas são reconhe-cidas em resultados.

iv) Cotações utilizadas

As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda estran-geira, foram como segue:

Moeda 31/12/11 31/12/2010

USD 0,7729 0,7484

GBP 1,1972 1,1618

ARS 0,1796 0,1882

BRL 0,4139 0,4509

VEF 0,1800 0,1743

UYU 0,0387 0,0376

ZAR 0,0954 0,1124

CVE 0,0091 0,0091

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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3.4. activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis encontram-se valori-zados ao custo deduzido das depreciações acu-muladas e eventuais perdas por imparidade. Este custo inclui: (a) o “custo considerado” determina-do à data de transição para IFRS, que no caso dos terrenos e edifícios afectos às actividades hotelei-ras, de timeshare e de golfe, foram mensurados na sua quase totalidade ao justo valor e todos os restantes activos foram mensurados pelo va-lor líquido transitado do normativo anterior, in-cluindo reavaliações legais então existentes, e (b) o custo de aquisição dos activos adquiridos ou construídos após essa data.

O custo de aquisição inclui o preço de compra do activo, as despesas directamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do activo para que este seja colocado na sua condição de utilização. Os custos financei-ros incorridos com empréstimos obtidos para a construção de activos tangíveis são reconhecidos como parte custo de construção do activo.

No caso dos edifícios afectos em parte ou no seu todo à actividade de timeshare, em conformida-de com a IAS 17 – Locações, os custos directos iniciais incorridos ao negociar e aceitar estes contratos, como sejam as comissões pagas aos angariadores, foram adicionados à quantia escri-turada do activo locado.

Os custos subsequentes incorridos com renova-ções e grandes reparações, que se traduzam no aumento da vida útil, ou da capacidade de gerar benefícios económicos dos activos são reconhe-cidos no custo do activo.

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são reconhecidos como um gasto do período em que são incorridos.

As vidas úteis estimadas para os activos fixos tan-gíveis mais significativos são conforme segue:

Anos

Edificios e outras construções Entre 40 e 50 anos

Equipamento básico Entre 10 e 20 anos

Equipamento de transporte Entre 4 e 8 anos

Ferramentas e ustensilos Entre 4 e 10 anos

Equipamento administrativo Entre 3 e 10 anos

Outras activos tangíveis Entre 10 e 20 anos

Os custos directos iniciais incorridos ao negociar e aceitar os contratos de timeshare, adicionados aos edifícios locados, são reconhecidos como um gasto durante o prazo da locação na mesma base do rendimento da locação, conforme previsto na IAS 17, sendo que este período varia entre 3 e 30 anos. O Grupo Pestana estima o valor residual dos acti-vos fixos tangíveis em zero uma vez que a expec-tativa da gestão é utilizar os activos pela totalida-de da sua vida económica.

Os activos fixos tangíveis associados à concessão das Pousadas de Portugal e do Jogo (Casino) são reversíveis no final do contrato a título gratuito pelo que a vida útil atribuída corresponde à vida económica dos activos ou o prazo da concessão, dos dois o mais baixo.

As vidas úteis dos activos são revistas em cada relato financeiro, para que as depreciações prati-cadas estejam em conformidade com os padrões de consumo dos activos. Alterações às vidas úteis, quando existentes, são tratadas como uma alteração de estimativa contabilística e são apli-cadas prospectivamente.

3.5. activos intangíveis

Os activos intangíveis apenas são reconhecidos quando: i) sejam identificáveis; ii) seja provável que dos mesmos advenham benefícios económi-cos futuros; e iii) o seu custo possa mensurado com fiabilidade.

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Quando adquiridos individualmente os activos intangíveis são reconhecidos ao custo, o qual compreende: i) o preço de compra, incluindo custos com direitos intelectuais e taxas após a dedução de quaisquer descontos; e ii) qualquer custo directamente atribuível à preparação do activo, para o seu uso pretendido.

Quando adquiridos no âmbito de uma concen-tração de actividades empresariais, separáveis do goodwill, os activos intangíveis são valorizados ao justo valor, determinado no âmbito da aplicação do método da compra, conforme previsto pela IFRS 3 – Concentrações de Actividades Empresariais.

Os activos gerados internamente, nomeadamen-te as despesas com desenvolvimento interno, são registados como gasto quando incorridos, sempre que não seja possível distinguir a fase da pesquisa da fase de desenvolvimento, ou não seja possível determinar com fiabilidade os custos incorridos em cada fase ou a probabilidade de fluírem bene-fícios económicos para o Grupo Pestana.

Os dispêndios com estudos e avaliações efectua-dos no decurso das actividades operacionais são reconhecidos nos resultados do exercício em que são incorridos.

Os activos intangíveis do Grupo Pestana são, fun-damentalmente: concessões, web sites e software.

O Goodwill refere-se à diferença apurada entre o justo valor do preço de aquisição de investi-mentos em subsidiárias ou negócios e o justo valor dos activos e passivos dessas empresas ou negócios à data da sua aquisição. O Goodwill é um residual pelo que não tem vida útil associa-da compreendendo, (a) o valor líquido do goo-dwill transitado do normativo anterior e sujeito a testes de imparidade a essa data e nos períodos anuais subsequentes; e (b) o goodwill apurado nas aquisições realizadas após a data da transi-ção, sujeito a testes anuais de imparidade.

O Goodwill é alocado às unidades geradoras de caixa a que pertence, para efeitos de realização dos testes de imparidade, os quais são efectua-

dos pelo menos uma vez por ano e no mês de Dezembro. As perdas de Goodwill não são re-versíveis.

O “Web site” e software, respeita aos dispêndios incorridos no desenvolvimento de “sites” na in-ternet para a realização das marcações/vendas de serviços. O montante capitalizado refere-se aos custos suportados com o desenvolvimento da infra-estrutura aplicacional, desenho gráfico e conteúdos base.

Os dispêndios subsequentes com web site re-lativamente ao desenvolvimento de conteúdos para a promoção da Empresa e dos seus serviços são registados na demonstração dos resultados quando incorridos.

O Grupo Pestana determina a vida útil e o méto-do de amortização dos activos intangíveis com base na estimativa de consumo dos benefícios económicos associados ao activo, tendo defini-das a esta data as seguintes vidas úteis:

Anos

Concessões Entre 20 e 50 anos

Software 3 anos

Outros Entre 2 e 6 anos

Os activos que pela sua natureza não possuam uma vida útil definida não são amortizados, es-tando sujeitos a testes de imparidade anuais ou sempre que os mesmos apresentem sinais de im-paridade.

3.6. propriedades de investimento

As propriedades de investimento são imóveis (terrenos, edifícios ou partes de edifícios) deti-dos com o objectivo de capitalização de valor, obtenção de rendas, ou ambas, e por isso não utilizados na actividade operacional da Empresa. Na data da transição para as IAS/IFRS, as pro-priedades de investimento foram valorizadas ao justo valor ou ao valor líquido transitado do nor-mativo anterior, sendo valorizadas subsequente-

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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mente de acordo com o modelo do custo, o qual é aplicado a todos os activos classificados como propriedades de investimento.

São classificados nesta rubrica os imóveis que se encontrem em fase de construção ou de desen-volvimento com vista à sua utilização como pro-priedade de investimento.

3.7. Imparidade de activos não financeiros

Os activos com vida útil indefinida não estão su-jeitos a depreciação/amortização, sendo objecto de testes de imparidade anuais. O Grupo Pes-tana realiza os testes de imparidade no mês de Dezembro de cada ano, sempre que eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas demonstrações financeiras consolidadas não seja recuperável.

Quando o valor recuperável é inferior ao valor contabilístico dos activos é registada a respectiva imparidade. Nos casos em que a perda não seja considerada permanente e definitiva, é efectuada a divulgação das razões que fundamentam essa conclusão.

Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia contabilística do activo face ao seu valor recuperável, sendo o valor recuperável, o maior entre o justo valor de um activo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso. Para a determinação da existência de imparidade, os activos são alocados ao nível mais baixo para o qual existem fluxos de caixa sepa-rados identificáveis (unidades geradoras de caixa).

Os Activos não financeiros, que não o goodwill, para os quais tenham sido reconhecidas perdas por imparidade são avaliados, a cada data de relato, sobre a possível reversão das perdas por imparidade.

Quando há lugar ao registo de uma perda por imparidade ou a sua reversão, a depreciação/amortização dos respectivos activos são recalcu-ladas prospectivamente de acordo com o valor recuperável ajustado da imparidade reconhecida.

3.8. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre rendimento do período com-preende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração dos resultados con-

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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solidados, excepto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos directamente no Capital próprio. O valor de imposto corrente a pagar é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo com base na demonstração da posição financeira consolidada, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferen-ça entre a base fiscal de activos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras con-solidadas.

Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor ou já oficialmente comunicada à data do relato financeiro, e que se estima que seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos activos ou na data do pa-gamento dos impostos diferidos passivos.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos na medida em que seja provável que existam lucros tributáveis futuros disponíveis para a uti-lização da diferença temporária. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis, excepto as relacionadas com: i) o reconhecimento inicial do goodwill; ou ii) o reconhecimento inicial de ac-tivos e passivos, que não resultem de uma con-centração de actividades, e que à data da tran-sacção não afectem o resultado contabilístico ou fiscal. Contudo, no que se refere às diferenças temporárias tributáveis relacionadas com inves-timentos em participações financeiras, estas não devem ser reconhecidas na medida em que: i) a empresa-mãe tem capacidade para controlar o período da reversão da diferença temporária; e ii) é provável que a diferença temporária não re-verta num futuro próximo.

3.9. activos financeiros

O Conselho de Administração determina a clas-sificação dos activos financeiros, na data do re-conhecimento inicial, de acordo com o objectivo da sua aquisição, reavaliando esta classificação a cada data de relato.

Os activos financeiros podem ser classificados como:

i) Activos financeiros ao justo valor por via de resultados - incluem os activos financeiros não derivados detidos para negociação respeitando a investimentos de curto prazo e activos ao justo valor por via de resultados à data do reconhecimento inicial;

ii) Empréstimos concedidos e contas a receber – inclui os activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num mercado activo;

iii) Investimentos detidos até à maturidade – incluem os activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, que a entidade tem intenção e capacidade de manter até à maturidade;

iv) Activos financeiros disponíveis para venda – incluem os activos financeiros não derivados que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou não se enquadram nas categorias acima referidas. São reconhecidos como activos não correntes excepto se houver intenção de alienar nos 12 meses seguintes à data do relato financeiro.

Compras e vendas de investimentos em activos financeiros são registadas na data da transacção, ou seja, na data em que o Grupo Pestana se com-promete a comprar ou a vender o activo.

Activos financeiros ao justo valor por via de resul-tados são reconhecidos inicialmente pelo justo valor, sendo os custos da transacção reconheci-dos em resultados. Estes activos são mensurados subsequentemente ao justo valor, sendo os ga-nhos e perdas resultantes da alteração do justo valor, reconhecidos nos resultados do período em que ocorrem na rubrica de custos financeiros líquidos, onde se incluem também os montantes de rendimentos de juros e dividendos obtidos.

Activos financeiros disponíveis para venda são re-conhecidos inicialmente ao justo valor acrescido dos custos de transacção. Nos períodos subse-quentes, são mensurados ao justo valor sendo a variação do justo valor reconhecida na reserva

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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de justo valor no capital. Os dividendos e juros obtidos dos activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos em resultados do perío-do em que ocorrem, na rubrica de outros ganhos operacionais, quando o direito ao recebimento é estabelecido.

O justo valor de activos financeiros cotados é baseado em preços de mercado (“bid”). Se não existir um mercado activo, o Grupo Pestana esta-belece o justo valor através de técnicas de avalia-ção. Estas técnicas incluem a utilização de preços praticados em transacções recentes, desde que a condições de mercado, a comparação com instrumentos substancialmente semelhantes, e o cálculo de “cash-flows” descontados quando existe informação disponível, fazendo o máximo uso de informação de mercado em detrimento da informação interna da entidade visada.

Empréstimos concedidos e contas a receber são classificados na demonstração da posição finan-ceira como “Clientes” e “Outras contas a rece-ber”, e são reconhecidos ao custo amortizado usando a taxa de juro efectiva, deduzidos de qualquer perda de imparidade. O ajustamento por imparidade das contas a receber é efectua-do quando existe evidência objectiva de que o Grupo Pestana não irá receber os montantes em dívida de acordo com as condições iniciais das transacções que lhe deram origem.

O Grupo Pestana avalia a cada data de relato, se existe evidência objectiva de que os activos finan-ceiros sofreram perda de valor. No caso de par-ticipações de capital classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, um decrésci-mo significativo ou prolongado do justo valor (+ 20%) abaixo do seu custo é considerado como um indicador de que o activo financeiro está em situação de imparidade.

Se existir evidência de perda de valor para activos financeiros disponíveis para venda, a perda acu-mulada – calculada pela diferença entre o cus-to de aquisição e o justo valor corrente, menos qualquer perda de imparidade desse activo fi-nanceiro reconhecida previamente em resultados – é retirada do capital próprio e reconhecida na demonstração dos resultados consolidados. As perdas de imparidade de instrumentos de capital

reconhecidas em resultados não são reversíveis na demonstração dos resultados consolidados.

Os activos financeiros são desreconhecidos quan-do os direitos ao recebimento dos fluxos monetá-rios originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios associados à sua posse.

3.10. justo valor de activos e passivos

Na determinação do justo valor de um activo ou passivo financeiro, se existir um mercado activo, a cotação de mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7 – Instrumentos financeiros.

No caso de não existir um mercado activo, o que é o caso para alguns activos e passivos financeiros, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7.

O Grupo Pestana aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros não cotados, tais como derivados, instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados e para activos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais frequen-temente são modelos de fluxos de caixa descon-tados e modelos de avaliação de opções que in-corporam, por exemplo, as curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado.

Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais avançados contendo pressupostos e dados que não são direc-tamente observáveis em mercado, para os quais o Grupo Pestana utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7.

3.11. Clientes e outras contas a receber

As rubricas de Clientes e outras contas a rece-ber são reconhecidas inicialmente ao justo valor,

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por im-paridade, quando aplicável. As perdas por impa-ridade dos clientes e contas a receber são regis-tadas, sempre que exista evidência objectiva de que os mesmos não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transacção. As perdas por imparidade identificadas são registadas na de-monstração dos resultados consolidados, em “Imparidade de contas a receber”, sendo subse-quentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de imparidade diminuam ou deixem de existir.

3.12. Inventários

Os inventários referem-se a mercadorias, a pro-dutos acabados e trabalhos em curso e a mate-riais utilizados nas actividades de prestação de serviços e de construção.

Os inventários são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, o qual inclui todas as des-pesas directas suportadas com a compra. Sub-sequentemente, os inventários são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o valor líquido de realização.

O custo de aquisição refere-se a todos os cus-tos de compra e outros custos directos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição actual. Por outro lado, o valor realizável líquido é o preço de venda estimado no decur-so ordinário da actividade empresarial menos os custos estimados de acabamento e os custos es-timados necessários para efectuar a venda.

No âmbito das actividades de construção, as mer-cadorias dizem respeito a terrenos desenvolvidos para venda futura e moradias construídas para comercialização. Os terrenos e as moradias são mensurados ao menor entre o custo de aquisição/ construção e o valor realizável líquido. O valor re-alizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal do negócio deduzido do custo para completar a obra e das despesas de venda.

Os produtos em curso referem-se a terrenos em desenvolvimento (em processo de aprovação e loteamento) e moradias em construção, mensu-rados ao custo de construção. O custo de cons-trução inclui o custo de aquisição do terreno, os custos incorridos com a obtenção de alvarás e licenciamentos e no caso das moradias, os custos relativos aos materiais e mão-de-obra incorpora-dos nas obras de construção.

Os inventários incluem também materiais, maté-rias-primas e de consumo inicialmente mensura-dos pelo preço de compra adicionado das despe-sas directamente relacionadas com a aquisição.

O método de custeio utilizado para o registo do consumo/venda dos inventários em geral é o Custo médio ponderado. No entanto, no caso dos terrenos e das moradias são reconhecidos pelo método do custo específico.

3.13. Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, de-pósitos bancários e outros investimentos de cur-to prazo, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses.

Os descobertos bancários são apresentados na Demonstração da posição financeira consolida-da no passivo corrente, na rubrica “Empréstimos obtidos”, e são considerados na elaboração das demonstrações dos fluxos de caixa consolidados como “Caixa e equivalentes de caixa”.

3.14. activos não correntes (ou grupos para alienação) detidos para venda

Os activos não correntes (ou grupos para aliena-ção) são classificados como activos detidos para venda quando o seu valor contabilístico destina-se a ser recuperado principalmente através de uma transacção de venda em vez do uso con-tinuado, e existe uma decisão do Conselho de Administração com a consequente definição do

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preço e procura de comprador que permite clas-sificar a transacção da venda, como de realização altamente provável, no período até 12 meses.

Estes activos são mensurados ao menor entre o valor líquido contabilístico e o justo valor menos custos de vender, na data da classificação como detido para venda. Os activos com vida útil de-finida deixam de ser depreciados/amortizados desde a data da classificação como detido para venda, até à data da venda.

São classificados como operações descontinua-das o grupo de activos para alienação que consti-tua um segmento operacional reportável, sendo as transacções associadas apresentadas de forma separada das transacções das operações continu-adas, na demonstração dos resultados.

No que se refere à classificação de participações financeiras como detidas para venda:

i) no caso das subsidiárias estas continuam a ser consolidadas até à data da sua alienação, deven-do contudo o conjunto dos seus activos e passi-vos ser classificados como detidos para venda e registados ao menor entre o valor contabilístico e o justo valor menos custos de vender, cessando o registo de depreciações/amortizações;

ii) no caso das Associadas e Empreendimentos conjuntos mensurados pelo método da equiva-lência patrimonial, estas passam a ser mensu-radas ao menor entre o valor contabilístico e o justo valor menos custos de vender, cessando a aplicação da equivalência patrimonial.

Quando o Grupo Pestana toma a decisão de aban-donar uma actividade não altera a classificação dos activos não correntes ou grupos de activos e passivos para ‘detidos para venda’. Mas quando qualifique como um segmento operacional repor-tável, as transacções realizadas no exercício do abandono são apresentadas de forma separada das transacções das operações continuadas, na demonstração dos resultados consolidados.

3.15. Capital

As acções ordinárias são classificadas no capi-tal próprio. Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções ou opções são apre-sentados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao montante resultante da emissão.

3.16. provisões

As provisões são reconhecidas quando o Grupo Pestana tem: i) uma obrigação presente legal ou construtiva resultante de eventos passados; ii) para a qual é mais provável de que não que seja necessário um dispêndio de recursos internos no pagamento dessa obrigação; e iii) o montan-te possa ser estimado com razoabilidade. Sem-pre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, o Grupo Pestana divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avalia-ção da exigibilidade da saída de recursos para o pagamento da mesma seja considerada remota.

O Grupo Pestana reconhece uma provisão para contratos onerosos, na data em que para os con-tratos em curso determine que o custo de satis-fazer a obrigação assumida excede os benefícios económicos estimados. Esta análise é efectuada contrato a contrato de acordo com a informação prestada pelos responsáveis dos projectos.

O Grupo Pestana reconhece uma provisão para os custos estimados a incorrer no futuro com a garantia de construção prestada sobre as mo-radias e apartamentos vendidos. Esta provisão é constituída na data da alienação, afectando o ganho aí obtido. No final do período legal de ga-rantia qualquer valor remanescente da provisão é revertido por resultados do exercício.

Quando existentes, o Grupo Pestana reconhece uma provisão para contratos onerosos, na data em que para as obras em curso determine que o custo de satisfazer a obrigação assumida excede os benefícios económicos estimados. Esta análise

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

67

é efectuada contrato a contrato de acordo com a informação prestada pelos responsáveis dos projectos.

As provisões são mensuradas ao valor presente dos custos estimados para pagar a obrigação uti-lizando uma taxa antes de impostos, que reflecte a avaliação de mercado para o período do des-conto e para o risco da provisão em causa.

3.17. passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados em duas categorias:

i) Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados;

ii) Outros passivos financeiros.

Os Outros passivos financeiros incluem os “Em-préstimos obtidos” e “Fornecedores e outras contas a pagar”. Os passivos classificados como “Fornecedores e outras contas a pagar” são re-conhecidos inicialmente ao justo valor e subse-quentemente são mensurados ao custo amorti-zado de acordo com a taxa de juro efectiva.

Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram.

3.18. Empréstimos obtidos

Os Empréstimos obtidos são inicialmente reco-nhecidos ao justo valor, líquido dos custos de transacção incorridos. Os empréstimos são sub-sequentemente mensurados ao custo amortiza-do sendo a diferença entre o valor nominal e o justo valor inicial reconhecida na demonstração dos resultados consolidados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa de juro efectiva.

Os empréstimos obtidos são classificados no pas-sivo corrente, excepto se o Grupo Pestana possuir um direito incondicional de diferir o pagamen-to do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do relato financeiro, sendo neste caso clas-sificados no passivo não corrente.

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

68

3.19. Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são regista-dos inicialmente ao justo valor da data da transac-ção sendo valorizados subsequentemente ao justo valor. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da designação que é feita dos instrumentos financeiros derivados. Quando se tratem de instrumentos financeiros derivados de negociação, os ganhos e perdas de justo valor são reconhecidos no resultado do exer-cício nas rubricas de custos ou proveitos financei-ros. Quando designados com instrumentos finan-ceiros derivados de cobertura, o reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor dependem da natureza do item que está a ser coberto, podendo tratar-se de uma cobertura de justo valor ou de uma cobertura de fluxos de caixa.

Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo (“fair value hedge”), o valor desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado de forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconheci-das em resultados, conjuntamente com as varia-ções de justo valor dos activos ou dos passivos coberto atribuíveis ao risco coberto.

Numa operação de cobertura da exposição à va-riabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (“cash flow hedge”), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de co-bertura são reconhecidas em reservas de cober-tura no Capital próprio, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respectivo item coberto afecta resultados. A parte ineficaz da cobertura é registada em resultados no mo-mento em que ocorre.

3.20. Locações

Locações de activos fixos tangíveis, relativamen-te às quais o Grupo Pestana detém substancial-mente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do activo são classificados como lo-

cações financeiras. São igualmente classificadas como locações financeiras os acordos em que a análise de uma ou mais situações particulares do contrato aponte para tal natureza. Todas as outras locações são classificadas como locações operacionais.

As locações financeiras são capitalizadas no iní-cio da locação pelo menor entre o justo valor do activo locado e o valor presente dos pagamen-tos mínimos da locação, cada um determinado à data de início do contrato. A dívida resultante de um contrato de locação financeira é regista-da líquida de encargos financeiros, na rubrica de “Fornecedores e outras contas a pagar”. Os en-cargos financeiros incluídos na renda e a depre-ciação dos activos locados, são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidados, no período a que dizem respeito.

Nas locações consideradas operacionais, as ren-das a pagar são reconhecidas como custo na de-monstração dos resultados consolidados numa base linear, durante o período da locação.

3.21. subsídios e apoios do Governo

O Grupo Pestana reconhece os subsídios do Es-tado Português, da União Europeia ou organis-mos equiparados (“Governo”) pelo seu justo va-lor quando existe uma certeza razoável de que o subsídio será recebido.

Os subsídios à exploração são reconhecidos como rendimentos na demonstração dos resul-tados consolidados no mesmo período em que os custos associados são incorridos e registados.

Os apoios do Governo sob a forma de atribuição de financiamentos reembolsáveis a taxa bonifica-da, são descontados na data do reconhecimento inicial com base na taxa de juro de mercado à data da atribuição, constituindo o valor do des-conto o valor do subsídio a amortizar pelo perío-do do financiamento ou do activo cuja aquisição pretende financiar.

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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Os subsídios atribuídos ao Grupo Pestana, não re-embolsáveis, para financiamento de imobilizações corpóreas, são registados na Demonstração da posição financeira como rendimentos a reconhe-cer e reconhecidos na Demonstração dos resulta-dos consolidados proporcionalmente às amortiza-ções das imobilizações corpóreas subsidiadas.

3.22. Gastos e Réditos

Os gastos e réditos são registados no período a que se referem, independentemente do seu pa-gamento ou recebimento, de acordo com o prin-cípio contabilístico da especialização dos exercí-cios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes réditos e gastos são reconhecidas como activos ou passivos, se qualificarem como tal.

3.23. Rédito

O rédito corresponde ao justo valor do montante recebido ou a receber relativo à venda de produ-tos e/ ou serviços no decurso normal da activida-de do Grupo Pestana. O rédito é registado líqui-do de quaisquer impostos, descontos comerciais e descontos financeiros atribuídos.

O rédito da venda de produtos é reconhecido quando: i) o valor do rédito pode ser estimado com fiabilidade; ii) é provável que benefícios eco-nómicos fluam para o Grupo Pestana; e iii) parte significativa dos riscos e benefícios tenham sido transferidos para o comprador.

O rédito da prestação de serviços é reconhecido de acordo com a percentagem de acabamento ou com base no período do contrato quando a prestação de serviços não esteja associada à exe-cução de actividades específicas, mas à presta-ção contínua do serviço.

i) Hotelaria

Na actividade hoteleira, o rédito corresponde maioritariamente a serviços de alojamento, e às vendas relacionadas com o consumo de comidas

e bebidas nos bares, restaurantes e mini-bares, que são registados na data do consumo. Para os restantes serviços de hotelaria o rédito é regista-do no dia da prestação do serviço.

Nos casos de venda de contratos do programa Options, em que o cliente adquire o direito de utilização de alojamento sem ter que definir nes-se momento qual a Unidade hoteleira específica que pretende utilizar, este direito é representado em pontos. O rédito associado a esses pontos é reconhecido consoante a sua utilização e pelo seu prazo de validade.

As rendas obtidas de contratos de locação ope-racional, dos espaços de loja incluídos nas uni-dades hoteleiras, são reconhecidas como rédito ao longo do contrato de arrendamento. Não são pagos incentivos aos locatários no inicio do con-trato de arrendamento, pelo que o rédito não se encontra deduzido destes montantes ao longo do período do contrato.

O Grupo Pestana tem em vigor um programa de pontos, denominado PPG - “Pestana Priority Guest”, de acordo com o qual os clientes fre-quentes podem usufruir de descontos e ofertas em serviços futuros. No registo das transacções que dão direito a pontos, é efectuada a segre-gação do valor facturado ao cliente entre o ré-dito do produto ou serviço prestado e o valor dos pontos atribuídos, com base no justo valor de cada elemento. Assim, o rédito do produto vendido ou serviço prestado é reconhecido de imediato no resultado do exercício, e o valor atri-buído aos pontos é diferido até à data em que o cliente utilize os pontos na aquisição de um produto/serviço, conforme convencionado no programa de pontos.

ii) Timeshare

O Grupo Pestana reconhece o rédito obtido na venda de contratos de timeshare consoante a transmissão de riscos e benefícios associados a cada contrato.

Por regra, o contrato de venda de timeshare con-fere ao comprador o direito de utilização de um imóvel ou parte de um imóvel durante um perío-

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

70

do definido (semanas), que se repete anualmente ao longo de um determinado número de anos, que pode variar entre 3 e 30 anos.

Neste caso, o rédito obtido com a venda do con-trato de timeshare é diferido linearmente pelo período do contrato, uma vez que o Grupo Pes-tana mantém todos os riscos e benefícios asso-ciados ao activo subjacente (o edifício) para além de manter a gestão activa do mesmo (possibi-lidade de locação a terceiros durante o período não vendido em timeshare).

Quando o valor da venda do timeshare é rece-bido de forma diferida, ou seja a crédito, e não há lugar à cobrança de juros, o valor do rédito a diferir é apurado com base no valor presente a receber. Quando há lugar à cobrança de juros o valor do rédito é registado pelo valor nominal.

Os custos de manutenção relativos aos períodos de timeshare alienados são debitados aos compra-dores do timeshare, independentemente da utili-zação do activo, durante o período estabelecido, constituindo um rédito a reconhecer anualmente.

iii) Imobiliária turística

O rédito refere-se a essencialmente à venda de terrenos e apartamentos, existindo ainda lugar ao reconhecimento de rédito relativo a rendas obti-das de propriedades de investimento e serviços de gestão de condomínios e empreendimentos.

O Rédito da venda de terrenos e apartamentos é reconhecido quando: i) o valor do rédito pode ser estimado com fiabilidade; ii) é provável que be-nefícios económicos fluam para a Empresa; e iii) parte significativa dos riscos e benefícios tenham sido transferidos para o comprador.

No caso dos terrenos, o rédito da venda é reco-nhecido, regra geral, na data em que a escritura pública de venda é assinada. No entanto, quando determinadas condições estejam reunidas, o ré-dito poderá ser reconhecido na data da assinatu-ra do contrato promessa compra e venda, como seja: i) o rédito recebido seja significativo, o que por regra terá de exceder 50% do valor total; ii) o comprador inicie obras de edificação contratadas

à Empresa, que evidenciem um compromisso de compra; e iii) os custos e as receitas possam ser estimados de forma fiável.No caso dos apartamentos, construídos por con-ta e risco da Empresa para alienação a terceiros, o rédito só é reconhecido quando é efectuada a escritura pública sobre o imóvel, mesmo que já tenha sido previamente efectuado o pagamento total, data em que se consideram transferidos to-dos os riscos e benefícios para o comprador.

O rédito dos serviços de gestão de condomínios é reconhecido no período a que corresponde a prestação do serviço. O rédito a reconhecer cor-responde à comissão negociada não incluindo os montantes da “repassagem” dos custos ineren-tes à gestão do edifício/empreendimento, para os condóminos.

iv) Animação turística

As receitas dos jogos apuradas diariamente, tanto nos jogos bancados como nos jogos em máquinas, são reconhecidas como rédito na de-monstração dos resultados na rubrica de “Presta-ções de serviços”, pela diferença entre as apostas efectuadas e os prémios ganhos, deduzidos da estimativa de prémios de jogo acumulados a pa-gar e imposto sobre o jogo.

v) Distribuição turística

O Grupo Pestana reconhece o rédito de acordo com o tipo de serviço prestado ou produto vendido:

Bilhetes de avião, hotéis, rent-a-car, transfers, pacotes turísticos de operadores: o rédito da Empresa corresponde às taxas de serviço, que são reconhecidas com a emissão dos bilhetes/ vouchers, e às comissões pagas pelos fornece-dores, reconhecidas como rédito na data da prestação do serviço pelo fornecedor.

Programas e pacotes turístico em nome próprio: o rédito associado a estas transacções corres-ponde às taxas de serviço, que são reconheci-das com a emissão dos bilhetes/ vouchers, e aos serviços prestados incluídos no pacote, na data em que o cliente deixa de poder fazer o cancelamento do pacote adquirido, sob pena

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

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da perda total do valor pago ou quando se ini-cie a prestação do serviço, pro-rata da duração do mesmo.

vi) Contratos de gestão

Os serviços de gestão representam os honorários recebidos pela gestão de hotéis propriedade de terceiros geridos por parte do Grupo Pestana, habitualmente acordados sob contratos de lon-ga duração. O rédito corresponde, normalmente, a uma percentagem das receitas do hotel mais um pagamento de incentivos que tendem a ser calculados através da aplicação de uma percen-tagem (fixa ou variável) dos proveitos e/ou resul-tados operacionais de hotelaria (G.O.P.).

3.24. Contratos de construção

As empresas do Grupo Pestana que se dedicam à actividade imobiliária negoceiam contratos com clientes para a construção de activos (ex. mora-dias), cujo período de duração abrange mais do que um exercício. O rédito deste tipo de contra-tos que não constitui a venda de um activo, é

reconhecido com base na percentagem de aca-bamento, ao longo da prestação do serviço de construção.

A percentagem de acabamento é determinada com base nos custos incorridos em cada período versus os custos totais orçamentados do contra-to, havendo lugar ao reconhecimento da mar-gem estimada para o contrato. Nos casos raros em que não é possível estimar com fiabilidade a margem do contrato, o Grupo Pestana regista um montante de rédito igual ao custo incorrido, não reconhecendo qualquer margem.

Os acertos de preço apenas são considerados como rédito quando tenham sido aceites pelo cliente.

Sempre que se estime que os custos associados à prestação do serviço de construção excedam os réditos contratados, o Grupo Pestana reconhece uma provisão para Contratos onerosos.

No que se refere à garantia do serviço de cons-trução, a potencial responsabilidade estimada é registada durante a fase de construção do con-

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

72

trato, constituindo uma componente dos custos orçamentados para efeitos de determinação da percentagem de acabamento do contrato. O cál-culo desta responsabilidade é efectuada contrato a contrato, sendo qualquer valor remanescente revertido no final do período da garantia de cada contrato.

3.25. acontecimentos subsequentes

Os acontecimentos após a data da demonstra-ção da posição financeira que proporcionam in-formação adicional sobre condições que existiam a essa data (adjusting events ou acontecimentos

após a data da demonstração da posição finan-ceira que dão origem a ajustamentos) são reflec-tidos nas demonstrações financeiras consolida-das. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionam informação sobre condições ocorridas após essa data (non adjusting events ou acontecimentos após a data da demonstração da posição financeira que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações financeiras consolidadas, se fo-rem considerados materiais.

3. pRINCIpaIs pOLÍTICas CONTaBILÍsTICas

73

4.1. Factores do risco financeiro

As actividades do Grupo Pestana estão expostas a uma variedade de factores de risco financeiro, incluindo os efeitos de alterações de preços de mercado: risco de crédito, risco de liquidez e ris-co de fluxos de caixa associado à taxa de juro, entre outros.

A gestão de risco do Grupo Pestana é controla-da pelo departamento financeiro de acordo com políticas aprovadas pelo Conselho de Administra-ção. Nesse sentido, o Conselho de Administração tem definido os princípios de gestão de risco glo-bais e bem assim políticas específicas para algu-mas áreas.

O Conselho de Administração define os princí-pios para a gestão do risco como um todo e polí-ticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos finan-ceiros não derivados, bem como o investimento do excesso de liquidez.

i) Risco de taxa de câmbio

Os riscos de taxa de câmbio referem-se a activos ou passivos denominadas em moeda diferente da moeda da Empresa, o Euro.

A actividade operacional do Grupo Pestana é desenvolvida essencialmente nos países em que opera e consequentemente a grande maioria das suas transacções são efectuadas em Euros. A po-lítica de cobertura deste risco específico passa por evitar, na medida do possível, a contratação expressa em divisas.

No caso do investimento em países estrangei-ros, os cashflows são gerados essencialmente na moeda de cada uma das suas subsidiárias pela operação, sendo que o respectivo financiamento é igualmente contratado nessa mesma moeda. Desta forma, obtem-se uma cobertura natural para o risco de câmbio sobre os cashflows. As contas do Grupo Pestana, sendo expressas em

Euros, estão sujeitas ao impacto cambial origina-do pela revalorização periódica da dívida, que no longo prazo se tenderá a esbater.

ii) Risco de crédito

O risco de crédito do Grupo Pestana resulta, essencialmente, do risco de crédito dos clientes “empresa” e operadores turísticos e das restantes dívidas de terceiros. O acompanhamento do ris-co de crédito é efectuado de forma centralizada pelo departamento financeiro do Grupo Pestana, supervisionado pelo Conselho de Administração, pela adequada avaliação de risco efectuada an-tes da aceitação e pelo regular acompanhamento dos limites de crédito atribuídos a cada cliente face aos montantes em dívida.

iii) Risco de liquidez

As necessidades de tesouraria são geridas de forma centralizada pelo departamento financei-ro do Grupo Pestana, supervisionado pelo res-pectivo Conselho de Administração, que gere os excessos e défices de liquidez de cada uma das empresas do Grupo. As necessidades pontuais de tesouraria são cobertas, primeiro pelos excessos de tesouraria existentes em outras empresas do Grupo e depois pela manutenção de linhas de crédito negociadas com entidades financeiras.

O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como por exemplo os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de opera-ções de financiamento, não satisfizerem as ne-cessidades de financiamento, como sejam as sa-ídas de caixa para actividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos Accionistas e o reembolso da dívida.

São efectuadas análises regulares aos fluxos de tesouraria estimados quer no curto prazo quer no médio e longo prazo de modo a adequar atempadamente as formas e volumes de finan-ciamento apropriados.

4. pOLÍTICas DE GEsTÃO DO RIsCO FINaNCEIRO

74

A tabela seguinte analisa os passivos financeiros do Grupo Pestana e os instrumentos financeiros derivados pelo líquido, por grupos de maturidade relevantes, tendo por base o período remanescen-

te até à maturidade contratual, à data do relato financeiro. Os montantes que constam da tabela são cash-flows contratuais não descontados:

iv) Risco de taxa de juro

O risco associado à flutuação da taxa de juro tem impacto no serviço da dívida contratada. Os ris-cos da taxa de juro estão essencialmente relacio-nados com os juros suportados com a contrata-ção de diversos empréstimos com taxas de juro variáveis.

Para os empréstimos de longo prazo e como forma de cobrir uma eventual variação da taxa de juro a longo prazo, o Grupo Pestana contra-ta, sempre que apropriado, instrumentos finan-ceiros derivados de cobertura de “cash flows” (“swaps”) os quais representam coberturas des-ses empréstimos de longo prazo, podendo em algumas situações optar igualmente por fixar a taxa de juro dos empréstimos nos primeiros anos

4. pOLÍTICas DE GEsTÃO DO RIsCO FINaNCEIRO

Menos de 1 ano

Entre1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Empréstimos.obtidos: 95.733.511 185.937.117 86.872.346

- empréstimos bancários 43.854.251 147.577.229 86.872.346

- empréstimos obrigacionistas - 30.000.000 -

- papel comercial 6.500.000 8.000.000 -

- descobertos bancários 42.713.975 - -

- juros a pagar - especialização 2.665.285 359.888 -

Caixa e equivalentes de caixa (41.483.376) - -

Fornecedores e contas a pagar 59.272.651 15.636.801 5.018.242

Instrumentos financeiros derivados - 9.053.705 -

Menos de 1 ano

Entre1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Empréstimos obtidos: 55.343.815 194.029.881 107.068.324

- empréstimos bancários 32.684.516 158.603.007 107.068.324

- empréstimos obrigacionistas - 30.000.000 -

- papel comercial 6.500.000 5.000.000 -

- descobertos bancários 14.143.600 - -

- juros a pagar - especialização 2.025.596 426.874 -

- juros pagos - antecipação (9.897) - -

Caixa e equivalentes de caixa (43.808.863) - -

Fornecedores e contas a pagar 57.892.974 4.712.279 6.106.450

Instrumentos financeiros derivados - 5.459.916 -

75

desses contractos e analisar, posteriormente, a eventual possibilidade de contratar “swaps” de taxa de juro, para cobrir os seus fluxos de caixa no período remanescente desses contractos de financiamento.

Análise de sensibilidade dos custos finan-ceiros a variações na taxa de juro:

Foi efectuada uma análise de sensibilidade com base na dívida total do Grupo Pestana subtraída das aplicações de fundos e das disponibilidades, com referência a 31 de Dezembro de 2011 e 2010.

Tendo por referência a dívida líquida do Grupo Pestana em 31 de Dezembro de 2011, um acrésci-mo de 1% nas taxas de juro resultaria num incre-mento dos custos financeiros líquidos anuais de, aproximadamente, 3.300.000 Euros (31 de De-zembro de 2010: aproximadamente, 3.200.000 Euros).

4.2. Gestão do risco de capital

O objectivo do Grupo Pestana em relação à ges-tão de capital, que é um conceito mais amplo do que o capital relevado na face da Demonstração da posição financeira consolidada, é manter uma estrutura de capital óptima, através da utilização prudente de dívida.

A contratação de dívida é analisada periodica-mente através da ponderação de factores como o custo do financiamento e as necessidades de investimento.

Por regra, os financiamentos são contratados com o objectivo de alavancar os investimentos, estando directamente afectos aos mesmos. No entanto, existe sempre a preocupação de garan-tir que os fluxos de caixa estimados a obter do investimento asseguram a sua sustentabilidade no longo prazo, sendo suficientes para cumprir o serviço da dívida e remunerar os capitais investi-dos pelos Accionistas.

Antes do início de cada ano, são preparados orça-mentos detalhados por unidade de negócio que, depois de aprovados servirão de guia à sua gestão corrente durante o ano. Os resultados gerados pe-las operações são monitorizados de forma regular e detalhada de modo a assegurar que são atingi-dos ou superados os resultados previstos.

Os rácios de gearing em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 eram os seguintes:

31/12/2011 31-12-2010

Empréstimos totais 368.542.974 356.442.020

Menos: Caixa e equivalentes de caixa

41.483.376 43.808.863

Dívida líquida 327.059.599 312.633.157

Capitais próprios 300.022.870 307.094.427

Capital Total 627.082.469 619.727.584

Gearing 52% 50%

Se considerássemos os rendimentos a reconhecer de vendas de timeshare (Nota 30) como parte in-tegrante do capital próprio e não do passivo, con-forme preconizado pela IAS 17 – Locações, uma vez que não respeitam a futuros pagamentos de caixa, o gearing corrigido seria como segue:

31/12/2011 31-12-2010

Empréstimos totais 368.542.974 356.442.020

Menos: Caixa e equivalentes de caixa

41.483.376 43.808.863

Dívida líquida 327.059.599 312.633.157

Capitais próprios corrigidos 463.989.211 481.180.887

Capital Total 791.048.810 793.814.044

Gearing corrigido 41% 39%

4.3. Contabilização de instrumentos finan-ceiros derivados

Em 31 de Dezembro de 2011 e sempre que apro-priado, o Grupo Pestana tem efectuada a cober-tura económica da sua exposição ao risco de flu-xos de caixa dos empréstimos existentes, através

4. pOLÍTICas DE GEsTÃO DO RIsCO FINaNCEIRO

76

da contratação de swaps de taxa de juro.As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Gru-po Pestana são continuamente avaliados, repre-sentando a cada data de relato a melhor esti-mativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futu-ros que, nas circunstâncias em causa, se acredi-tam serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes es-timados. As principais estimativas e julgamentos que apresentam um risco de originar um ajusta-mento material no valor contabilístico de activos e passivos no decurso do exercício seguinte são as que seguem:

5.1. activos tangíveis e propriedades de in-vestimento

A determinação das vidas úteis dos activos, bem como o método de depreciação a aplicar é es-sencial para determinar o montante das depre-ciações a reconhecer na demonstração dos resul-tados consolidados de cada exercício.

Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho de Admi-nistração para os activos e negócios em questão, considerando também as práticas adoptadas por empresas do sector a nível internacional.

5.2. Imparidade

A determinação de uma eventual perda por im-paridade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da es-fera de influência do Grupo Pestana, tais como: a

disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital, bem como por quaisquer outras alte-rações, quer internas quer externas, ao Grupo.

A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determi-nação do justo valor de activos implicam um ele-vado grau de julgamento por parte do Conselho de Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de impari-dade, fluxos de caixa esperados, taxas de descon-to aplicáveis, vidas úteis e valores residuais.

5.3. provisões

O Grupo Pestana analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objecto de reconheci-mento ou divulgação.

A subjectividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos, quer por varia-ção dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente di-vulgadas como passivos contingentes.

5.4. percentagem de acabamento

A determinação da percentagem de acabamento é efectuada com base nos custos incorridos ver-sus os custos totais estimados. Os custos totais estimados correspondem à melhor estimativa à data da obtenção do contrato dos custos totais associados à prestação do serviço de construção, podendo ocorrer desvios na execução do mes-mo, que obrigue à revisão da percentagem de acabamento e da margem associada ao contrato.

5. pRINCIpaIs EsTImaTIvas E jULGamENTOs apREsENTaDOs

77

6. aCTIvOs FIxOs TaNGÍvEIs

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 os movimentos registados em rubricas do activo fixo tangível foram como segue:

TerrenosEdifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento transporte

Ferramentas e utensílios

Equipamento

administrativo

Outros Acti. Tangíveis

Activos em curso

Total

A 1 de Janeiro de 2010

Custo de aquisição 117.379.472 721.519.515 191.795.251 3.012.688 708.385 16.659.776 765.953 35.460.625 1.087.301.665

Depreciações acumuladas - (278.859.203) (104.281.752) (2.473.732) (528.286) (14.272.948) (139.057) - (400.554.978)

Imparidade acumulada (491.527) (12.679.747) - - - - - (344.049) (13.515.324)

Valor líquido 116.887.944 429.980.564 87.513.499 538.956 180.099 2.386.828 626.897 35.116.576 673.231.363

Movimento de 2010

Adições 8.987.565 6.028.825 3.800.478 289.755 211.497 134.857 85.181 32.565.312 52.103.469

Alienações (15.798) (561.184) (3.033.719) (3.519) - - - - (3.614.220)

Transferências e abates 1.987.396 4.603.928 (4.180.630) (108.377) (328.381) 562.624 18.892 (620.036) 1.935.415

Depreciação - (18.338.715) (5.983.567) (350.533) (1.718) (1.663.967) (220.961) - (26.559.462)

Imparidade - reforço - - - - - - - - -

Imparidade - reversão - - - - - - - - -

Valor líquido 127.847.107 421.713.417 78.116.062 366.281 61.496 1.420.342 510.009 67.061.852 697.096.566

31 de Dezembro de 2010

Custo de aquisição 128.338.635 731.591.083 188.381.380 3.190.546 591.501 17.357.257 870.026 67.405.901 1.137.726.329

Depreciações acumuladas - (297.197.919) (110.265.319) (2.824.265) (530.004) (15.936.916) (360.017) - (427.114.440)

Imparidade acumulada (491.527) (12.679.747) - - - - - (344.049) (13.515.324)

Valor líquido 127.847.107 421.713.417 78.116.062 366.281 61.496 1.420.342 510.009 67.061.852 697.096.566

78

6. aCTIvOs FIxOs TaNGÍvEIs

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 os movimentos registados em rubricas do activo fixo tangível foram como segue:

TerrenosEdifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento transporte

Ferramentas e utensílios

Equipamento

administrativo

Outros Acti. Tangíveis

Activos em curso

Total

1 de Janeiro de 2011

Custo de aquisição 128.338.635 731.591.083 188.381.380 3.190.546 591.501 17.357.257 870.026 67.405.901 1.137.726.329

Depreciações acumuladas - (297.197.919) (110.265.319) (2.824.265) (530.004) (15.936.916) (360.017) - (427.114.440)

Imparidade acumulada (491.527) (12.679.747) - - - - - (344.049) (13.515.324)

Valor líquido 127.847.107 421.713.417 78.116.062 366.281 61.496 1.420.342 510.009 67.061.852 697.096.566

Movimento de 2011

Adições 1.209.305 16.958.990 2.739.722 22.925 513 - 4.354 22.975.778 43.911.586

Aterações do perímetro (5.074.049) (6.264.431) 2.692.452 269.667 29.351 (517.476) (15.077) 872.106 (8.007.457)

Alienações - (1.818.767) (405.814) (3.289) - (11.021) - - (2.238.891)

Transferências e abates 3.590.113 27.526.180 3.014.654 - 889 (84.057) (74.681) (32.905.833) 1.067.265

Depreciação - (22.316.268) (9.069.194) (85.710) (1.906) (140.554) (15.201) - (31.628.832)

Deprec. - Alterações do perímetro - 3.480.571 667.247 10.716 12.216 581.696 5.068 - 4.757.512

Imparidade - reforço - (202.215) - - - (3.855) - - (206.070)

Imparidade - reversão - 2.778.602 - - - - - - 2.778.602

Valor líquido 127.572.476 441.856.078 77.755.129 580.591 102.559 1.245.075 414.471 58.003.903 707.530.282

31 de Dezembro de 2011

Custo de aquisição 128.064.003 767.993.054 196.422.395 3.479.850 622.254 16.744.704 784.622 58.347.952 1.172.458.833

Depreciações acumuladas - (316.033.616) (118.667.266) (2.899.259) (519.694) (15.495.774) (370.151) - (453.985.759)

Imparidade acumulada (491.527) (10.103.360) - - - (3.855) - (344.049) (10.942.791)

Valor líquido 127.572.476 441.856.078 77.755.129 580.591 102.559 1.245.075 414.471 58.003.903 707.530.282

79

6. aCTIvOs FIxOs TaNGÍvEIs

O Grupo Pestana tem reconhecido nas suas de-monstrações financeiras activos relacionados com a exploração de jogos de fortuna ou azar e com a concessão da rede das Pousadas de Por-tugal que são reversíveis no final das respectivas concessões para o Estado, sem direito a qualquer contraprestação.

O valor líquido destes activos a 31 de Dezem-bro de 2011 ascende a 11.730.139 Euros (em 31 de Dezembro de 2010: 14.809.913 Euros), sendo que a sua vida útil corresponde à vida económica dos mesmos ou o prazo da concessão, dos dois o mais baixo.

As alterações de perímetro respeitam, funda-mentalmente, à saída da Empreendimentos Tu-rísticos, Lda. e à entrada da Pinheiro Mar, S.A..

Os valores mais significativos incluídos na rubrica de “Activos em Curso” referem-se aos seguintes projectos/activos:

2011 2010

Projecto Quinta da Amoreira 15.859.598 15.832.248

Pousada de Cascais 15.262.269 4.331.508

Projecto de Tróia 10.290.065 -

Projecto Montevideu 1.163.738 1.163.738

Edifício na baixa de Lisboa 3.246.730 -

Terrenos D. Fernando 1.926.288 1.926.288

Terrenos a Norte Gramacho 1.916.700 1.908.700

Projecto campo de Golfe 1.236.445 1.782.334

Projecto ampliação da Pousada de Óbidos 895.507 618.074

Projecto Pestana Mar 778.953 870.460

Aqusição e ampliação do Pestana Porto 528.220 4.062.404

Pestana Carlton - Remodelação Piscina Atlântico

344.901 119.709

Projectos Pestana Caracas 330.514 175.848

Hotel Pestana Berlim - 12.542.109

Projecto Terreno da Alameda - 7.301.543

Remodelação Torre C - 3.689.868

Outros 3.008.580 9.521.624

58.003.903 67.061.852

O movimento de reversão da perda por impa-ridade, ocorrida no exercício de 2011, respeita essencialmente à conversão do subsídio reem-bolsável, concedido pelo SIPITER, em não reem-bolsável no montante de 2.576.387 Euros. Esta conversão está relacionada com o cumprimento das condições previstas no contrato, celebrado com a Agência Portuguesa para o Investimento, que já se encontravam cumpridas pela subsidiária ITI, S.A. faltando apenas a comunicação formal, o que acabou por ocorrer em 19 de Janeiro de 2012.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o valor líquido dos activos fixos tangíveis, adquiridos sob o regime de locação financeiras, é como segue:

2011 2010

Valor bruto 14.066.229 17.698.309

Depreciações acumuladas (4.510.586) (5.875.699)

9.555.644 11.822.610

80

A evolução registada nos activos intangíveis para os períodos apresentados é como segue:

Concessões Website Software Outros Total

1 de Janeiro de 2010

Custo de aquisição 28.712.725 - - 1.055.465 29.768.190

Depreciações acumuladas (9.621.870) - - (712.827) (10.334.696)

Imparidade acumulada (634.423) - - - (634.423)

Valor líquido 18.456.432 - - 342.638 18.799.070

Adições - - - 1.562.022 1.562.231

Alienações - - - - -

Transferências e abates (59.855) - - (222.259) (282.113)

Depreciação (695.944) - - (9.140) (705.292)

Imparidade - reforço - - - - -

Imparidade - reversão - - - - -

Valor líquido 17.700.633 - - 1.673.262 19.373.896

31 de Dezembro de 2010

Custo de aquisição 28.652.870 - - 2.395.229 31.048.099

Depreciações acumuladas (10.317.813) - - (721.966) (11.039.780)

Imparidade acumulada (634.423) - - - (634.423)

Valor líquido 17.700.633 - - 1.673.262 19.373.896

Concessões Website Software Outros Total

1 de Janeiro de 2011

Custo de aquisição 28.652.870 - - 2.395.229 31.048.099

Depreciações acumuladas (10.317.813) - - (721.966) (11.039.780)

Imparidade acumulada (634.423) - - - (634.423)

Valor líquido 17.700.633 - - 1.673.262 19.373.896

Adições - 143.821 265.741 371.861 781.423

Aterações do perímetro - - - (218.499) (218.499)

Alienações - - - - -

Transferências e abates - 173.892 457.968 (2.004.494) (1.372.634)

Depreciação (568.274) (66.784) (591.883) - (1.226.941)

Deprec. - Alterações do perímetro - - - 177.870 177.870

Imparidade - reforço - - (209) - (209)

Imparidade - reversão - - - - -

Valor líquido 17.132.359 250.929 131.617 - 17.514.905

31 de Dezembro de 2011

Custo de aquisição 28.652.870 317.713 723.708 544.097 30.238.388

Depreciações acumuladas (10.886.087) (66.784) (591.883) (544.097) (12.088.851)

Imparidade acumulada (634.423) - (209) - (634.632)

Valor líquido 17.132.359 250.929 131.617 - 17.514.905

7. aCTIvOs INTaNGÍvEIs

81

A rubrica de concessões, no montante de 17.132.359 Euros, diz respeito a:

Direito à exploração da Rede de Pousadas até 2023 inclusive, obtido ao abrigo do contrato de Cessão de Exploração da Rede de Pousadas, celebrado em 8 de Agosto de 2003 com a Enatur - Empresa Nacional de Turismo, S.A..

Direito concessão de jogo, nomeadamente a exploração de jogos de fortuna e azar na zona permanente do Funchal, até 2023 inclusive, correspondendo o valor capitalizado ao valor pago ao Governo Regional da Madeira.

Direito de concessão da Cidadela de Cascais, por um prazo de 70 anos, através de contrato celebrado em 26 de Novembro de 2009 com a Fortaleza de Cascais, E.M., onde funciona a Pousada de Cascais desde Março de 2012.

Direito à concessão do Palácio do Freixo, por um prazo de 50 anos, obtido através do contrato de cessão de exploração celebrado com a Câmara Municipal do Porto, onde funciona a Pousada do Porto.

O custo de aquisição de concessões inclui o montante de 4.250.000 Euros referentes ao valor pago pela concessão dos jogos de fortuna e azar na zona permanente do Funchal, para o período compreendido entre 2014 e 2023 inclusive, bem como o montante de 2.854.738 Euros relativos ao direito de concessão da Pousada de Cascais, com entrada em funcionamento em Março de 2012. Consequentemente, estes activos não fo-ram objecto de qualquer amortização nos anos de 2011 e 2010.

7. aCTIvOs INTaNGÍvEIs

82

As propriedades de investimento apresentaram a seguinte evolução:

2011 2010

A 1 de Janeiro

Custo de aquisição 68.633.456 70.126.641

Depreciações acumuladas (11.977.886) (11.371.402)

Imparidade acumulada (3.179.853) (3.179.853)

Valor líquido 53.475.716 55.575.386

Adições - -

Aterações de perímetro - (1.493.185)

Alienações - -

Transferências para imobilizado corpóreo (1.067.265) -

Depreciação (408.590) (606.484)

Imparidade - reforço - -

Imparidade - reversão - -

(1.475.855) (2.099.670)

A 31 de Dezembro

Custo de aquisição 67.566.191 68.633.456

Depreciações acumuladas (12.386.476) (11.977.886)

Imparidade acumulada (3.179.853) (3.179.853)

Valor líquido 51.999.861 53.475.716

8. pROpRIEDaDEs DE INvEsTImENTO

As propriedades de investimento destinam-se, fundamentalmente, ao arrendamento.

A linha de alterações de perímetro respeita à saí-da da empresa Eurogolfe, S.A. (Nota 43).

À data do balanço, o justo valor de cada um dos activos classificados como propriedades de inves-timento não é inferior ao valor escriturado.

83

A variação registada na rubrica de investimentos em Associadas durante os exercícios de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010

1 de Janeiro 13.812.744 15.787.191

Aquisições - 684.434

Transferências 477.598 (3.285.866)

Ganhos / (Perdas) por equivalência

475.581 845.806

Outros movimentos no capital

(462.758) 507.463

Alienações - (726.284)

31 de Dezembro 14.303.165 13.812.744

Em 2011 e 2010, os ganhos por equivalência pa-trimonial respeitam, fundamentalmente, à par-te correspondente do resultado do exercício da Enatur, S.A.

Em 2010, o Grupo Pestana procedeu à alienação de 5% do capital da EuroAtlantic, S.A. pelo mon-tante de 3.486.500 Euros, tendo gerado uma mais-valia de 3.120.216 Euros. Consequentemen-te, a participação no capital desta participada passou de 20% para 15%, tendo sido transferida em 2010 para a rubrica de outros investimentos financeiros.

9. INTEREssEs Em assOCIaDas

A 31 de Dezembro de 2011, os investimentos em Associadas referem-se às seguintes entidades:

% detida Custo aquisição 31/12/2011

Designação / sede 31-12-2011 31-12-2010Valor

InvestimentoPerda

imparidade TotalTotal

investimentoGoodwill incluído

Enatur - Empresa Nacional de Turismo, S.A. 49,00% 49,00% 9.799.620 - 9.799.620 9.799.620 3.837.382

Albar - Sociedade Imobiliária do Barlavento, S.A. 49,98% 49,98% 999.663 - 999.663 999.663 -

SDEM - Sociedade de Desenvolvimento Empresarial da Madeira, SGPS, S.A. 25,00% 25,00% 1.146.863 - 1.146.863 1.146.863 -

Pestana Miami LLC 45,95% 45,95% 2.357.019 - 2.357.019 2.357.019 -

Leite Creme - Agência de Viagens e Turismo, S.A. 24,00% 24,00% 24.000 24.000 - - -

14.327.165 24.000 14.303.165 14.303.165 3.837.382

A variação registada na rubrica de investimentos em Entidades conjuntamente controladas durante os exercícios de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010

1 de Janeiro 6.600.081 6.845.696

Aquisições - -

Empréstimos concedidos / (reembolsados) (236.078) (245.615)

31 de Dezembro 6.364.004 6.600.081

10. INTEREssEs Em ENTIDaDEs CONjUNTamENTE CONTROLaDas

84

A 31 de Dezembro de 2011, os investimentos em Entidades conjuntamente controladas referem-se às seguintes entidades:

% detida Custo aquisição Empréstimos concedidos 31/12/2011

Designação / sede 31-12-2011 31-12-2010Valor

investi-mento

Perda imparidade

Total

Valor investi-mento (Nota 44)

Perda imparidade

TotalTotal

investi-mento

Goodwill incluído

Wildbreak 29 (PTL), Lda 50,00% 50,00% 5.125.685 - 5.125.685 1.238.318 - 1.238.318 6.364.004 -

Southern Escapes Travel and Tourism (PTY), Ltd

50,00% 50,00% - - - - - - - -

5.125.685 - 5.125.685 1.238.318 - 1.238.318 6.364.004 -

O valor do investimento na Wildbreak 29 (PTL), Lda. respeita a prestações suplementares, sendo que a informação resumida das demonstrações financeiras individuais encontra-se apresentada na Nota 42.

10. INTEREssEs Em ENTIDaDEs CONjUNTamENTE CONTROLaDas

A variação registada na rubrica de Outros investimentos financeiros durante os exercícios de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010

1 de Janeiro 31.394.448 34.995.819

Aquisições 3.468.872 2.336.142

Empréstimos concedidos (reembolsados) 1.925.705 (5.270.315)

Transferências (1.677.764) (491.131)

Alienações - (176.067)

Perdas por imparidade (1.247.833) -

31 de Dezembro 33.863.427 31.394.448

A 31 de Dezembro de 2011, os outros investimentos financeiros referem-se às seguintes entidades:

Entidade % detida 31/12/2011 31-12-2010

Salvintur, Sociedade de Investimentos Turísticos, S.A. 19,00% 26.352.052 23.685.048

Brasturinvest Investimentos Turísticos, S.A. 6,36% 13.096.068 12.575.947

Eurogolfe, S.A. 14,29% 3.544.440 3.432.996

EuroAtlantic, S.A. 15,00% 3.285.866 3.285.866

Outros 10.512.583 10.094.341

56.791.010 53.074.197

Imparidade em investimentos financeiros (22.927.583) (21.679.750)

33.863.427 31.394.448

A informação resumida das demonstrações financeiras individuais das empresas de Outros investimen-tos financeiros encontra-se apresentada na Nota 42.

11. OUTROs INvEsTImENTOs FINaNCEIROs

85

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os saldos reconhecidos relativamente a impostos diferidos são apre-sentados no balanço pelo seu valor bruto.

O impacto dos movimentos nas rubricas de impostos diferidos, ocorrido para os exercícios apresentados, foi como se segue:

2011 2010

Impacto na Demonstração dos resultados

Activos por impostos diferidos 609.529 543.607

Passivos por impostos diferidos 9.419.661 1.818.258

10.029.191 2.361.865

Impactos no capital próprio

Activos por impostos diferidos 2.187.722 (276.349)

Passivos por impostos diferidos (4.194.640) -

(2.006.918) (276.349)

Impacto líquido dos impostos diferidos 8.022.273 2.085.516

Com a alteração da taxa de imposto de 20% para 25%, na Região Autónoma da Madeira, a partir de 2012 inclusive, os impostos diferidos foram recalculados, tendo sido apurado um impacto global nega-tivo nos capitais próprios da Empresa no montante de 3.967.823 Euros, nomeadamente, 226.817 Euros em activos por impostos diferidos e 4.194.640 Euros em passivos por impostos diferidos.

12. aCTIvOs E passIvOs pOR ImpOsTOs DIFERIDOs

86

Os movimentos ocorridos na rubrica de passivos por impostos diferidos para os exercícios apresentados são como se segue:

Perdas de imparidade

Prejuizos fiscais

Reservas de cobertura Provisões Outros Total

A 1 de Janeiro de 2010 4.050.575 - 926.869 36.723 689.011 5.703.178

Período findo em 31 de Dezembro

Constituição/reversão por capital - - 276.349 - - 276.349

Reversão por resultados (846.487) - - (22.715) (200.615) (1.069.817)

Constituição por resultados 371.097 - - 62.171 92.942 526.210

Movimento do período (475.390) - 276.349 39.456 (107.673) (267.258)

A 31 de Dezembro de 2010 3.575.185 - 1.203.218 76.179 581.338 5.435.920

Perdas.de.imparidade

Prejuizos.fiscais

Reservas de cobertura Provisões Outros Total

A 1 de Janeiro de 2011 3.575.185 - 1.203.218 76.179 581.338 5.435.920

Período findo em 31 de Dezembro

Constituição/reversão por capital (831.503) 2.087.876 655.939 - 275.410 2.187.722

Reversão por resultados (255.166) (121.948) - (4.743) (59.884) (441.741)

Constituição por resultados 1.062.737 - - 7.782 (19.249) 1.051.270

Movimento do período (23.932) 1.965.929 655.939 3.039 196.277 2.797.252

A 31 de Dezembro de 2011 3.551.253 1.965.929 1.859.157 79.218 777.615 8.233.171

Os movimentos ocorridos na rubrica de passivos por impostos diferidos para os exercícios apresentados são como se segue:

Custo considerado activos tangíveis'

(IFRS 1)

Reavaliação normativo anterior

Outros Total

A 1 de Janeiro de 2010 45.165.868 446.954 70.629 45.683.451

Período findo em 31 de Dezembro

Constituição/reversão por capital - - - -

Constituição por resultados - - - -

Reversão por resultados (1.712.174) (102.571) (3.513) (1.818.258)

Movimentos do período (1.712.174) (102.571) (3.513) (1.818.258)

A 31 de Dezembro de 2010 43.453.694 344.383 67.116 43.865.193

Custo considerado activos tangíveis'

(IFRS 1)Reavaliação

normativo anterior Outros Total

A 1 de Janeiro de 2011 43.453.694 344.383 67.116 43.865.193

Período findo em 31 de Dezembro

Constituição/reversão por capital 4.141.243 53.397 - 4.194.640

Alteração de perímetro (1.360.324) - - (1.360.324)

Constituição por resultados - - - -

Reversão por resultados (9.260.772) (158.889) - (9.419.661)

Movimentos do período (6.479.853) (105.493) - (6.585.346)

A 31 de Dezembro de 2011 36.973.841 238.890 67.116 37.279.847

As reavaliações no normativo anterior, denominadas como fiscais, resultam da actualização do valor dos activos efectuada no normativo POC, com base em diplomas do Governo onde são definidos os coe-ficientes de desvalorização monetária. O efeito destes impostos diferidos reflecte a não dedução fiscal de 40% da reavaliação efectuada. No ano de 2011, houve necessidade de se reapreciar a estimativa de imposto diferido, cujo impacto encontra-se reflectido na Demostração dos resultados.

10. aCTIvOs E passIvOs pOR ImpOsTOs DIFERIDOs

87

No decorrer do exercício de 2011, estes activos foram todos alienados, apresentando a seguinte compo-sição em 2010:

Entidade UP's detidas 31/12/2011 31-12-2010

Fundos Investimento - Santandermultiobrigações - - 56.935

Fundos Tesouraria (BPI) - - 35.544

Fundos Caixa Geral Gest Obr Mais - - 33.021

Total participação UP's - 125.499

Total - 125.499

As políticas contabilísticas de mensuração para instrumentos financeiros de acordo com a IAS 39 foram aplicadas aos seguintes activos e passivos financeiros:

31-12-2011Créditos e valores a receber

Activos financeiros disponíveis para venda

Outros passivos

financeiros

Activos/ passivos não financeiros

Total

Activos

Caixa e equivalentes de caixa 41.483.376 - - - 41.483.376

Clientes e outras contas a receber 40.236.320 - - 13.816.003 54.052.323

Activos financeiros disponíveis p/ venda - - - - -

Total activos financeiros 81.719.695 - - 13.816.003 95.535.698

Passivos

Empréstimos obtidos - - 368.542.974 - 368.542.974

Instrumentos financeiros derivados - - 9.053.705 - 9.053.705

Fornecedores e outras contas a pagar - - 66.253.113 13.674.580 79.927.694

Total passivos financeiros - - 443.849.793 13.674.580 457.524.373

13. aCTIvOs FINaNCEIROs DIspONÍvEIs paRa vENDa

14. aCTIvOs E passIvOs FINaNCEIROs

88

31-12-2010Créditos e valores a receber

Activos financeiros disponíveis para venda

Outros passivos

financeiros

Activos/ passivos não financeiros

Total

Activos

Caixa e equivalentes de caixa 43.808.863 - - - 43.808.863

Clientes e outras contas a receber 42.156.392 - - 12.324.706 54.481.098

Activos financeiros disponíveis p/ venda - 125.499 - - 125.499

Total activos financeiros 85.965.255 125.499 - 12.324.706 98.415.460

Passivos

Empréstimos obtidos - - 358.420.959 - 358.420.959

Instrumentos financeiros derivados - - 5.459.916 - 5.459.916

Fornecedores e outras contas a pagar - - 46.123.068 10.363.193 56.486.261

Total passivos financeiros - - 410.003.943 10.363.193 420.367.136

De acordo com os requisitos da IFRS 7, a Empresa enquadrou a forma como é obtido o justo valor dos seus activos e passivos financeiros reconhecidos ao justo valor. Os níveis apresentados são os seguintes:

31 de Dezembro de 2011 31 de Dezembro de 2010

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Activos financeiros

Instrumentos financeiros derivados - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - 125.499 - -

- - - 125.499 - -

Passivos financeiros

Instrumentos financeiros derivados - 9.053.705 - - 5.459.916 -

- 9.053.705 - - 5.459.916 -

14. aCTIvOs E passIvOs FINaNCEIROs

89

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a decomposição da rubrica de Clientes e outras contas a receber é como se segue:

31-12-2011 31-12-2010

Corrente Não corrente Total Corrente Não

corrente Total

Clientes (i) 25.130.508 - 25.130.508 23.308.267 - 23.308.267

Outros devedores (ii) 14.183.420 - 14.183.420 15.436.956 - 15.436.956

Pré-pagamentos (iii) 4.058.485 2.742.769 6.801.255 3.681.742 2.182.129 5.863.871

Acréscimo de rendimentos (iv) 922.392 - 922.392 3.411.168 - 3.411.168

Estado e Outros Entes Públicos (v) 7.014.748 - 7.014.748 6.460.835 - 6.460.835

51.309.553 2.742.769 54.052.323 52.298.969 2.182.129 54.481.098

(i) Clientes31-12-2011 31-12-2010

Corrente Não corrente Total Corrente Não

corrente Total

Clientes - grupo (Nota 44) 1.121.256 - 1.121.256 1.458.487 - 1.458.487

Clientes - outros 24.009.252 - 24.009.252 21.849.780 - 21.849.780

Clientes de cobrança duvidosa 7.748.142 - 7.748.142 6.768.299 - 6.768.299

32.878.650 - 32.878.650 30.076.566 - 30.076.566

Imparidade clientes (7.748.142) - (7.748.142) (6.768.299) - (6.768.299)

25.130.508 - 25.130.508 23.308.267 - 23.308.267

Imparidade – movimentos do ano:

2011 2010

A 1 de Janeiro 6.768.299 6.369.148

Aumentos 681.997 875.903

Utilizações 464.484 104.128

Reversões (166.639) (580.879)

A 31 de Dezembro 7.748.142 6.768.299

15. CLIENTEs E OUTRas CONTas a RECEBER

90

(ii) Outros devedores

31-12-2011 31-12-2010

Corrente Não corrente Total Corrente Não

corrente Total

Outros devedores - grupo (Nota 44) 7.292.523 - 7.292.523 4.774.396 - 4.774.396

Outros devedores - restantes 6.847.404 - 6.847.404 10.586.600 - 10.586.600

Pessoal 43.493 - 43.493 75.960 - 75.960

Imparidade - - - - - -

14.183.420 - 14.183.420 15.436.956 - 15.436.956

Em 31 de Dezembro de 2011, os Outros devedores – grupo incluem o montante de 3.850.000 Euros a receber da Pestana Luxembourg, S.A. relativos à alienação da Capegreen, S.A..

(iii) Pré-pagamentos

31-12-2011 31-12-2010

Corrente Não corrente Total Corrente Não

corrente Total

Comissões 407.030 2.742.769 3.149.799 242.459 2.182.129 2.424.588

Rendas 1.303.740 - 1.303.740 1.362.228 - 1.362.228

Seguros 456.404 - 456.404 285.069 - 285.069

Manutenção 26.337 - 26.337 46.193 - 46.193

Investimento 407.102 - 407.102 7.013 - 7.013

Outros serviços 1.457.873 - 1.457.873 1.738.780 - 1.738.780

4.058.485 2.742.769 6.801.255 3.681.742 2.182.129 5.863.871

(iv) Acréscimo de rendimentos

31-12-2011 31-12-2010

Corrente Não corrente Total Corrente Não

corrente Total

Facturação a emitir 124.714 - 124.714 776.688 - 776.688

Juros 54.085 - 54.085 48.387 - 48.387

Rappel 455.087 - 455.087 265.800 - 265.800

Rendas - - - 1.055.997 - 1.055.997

Subsídios atribuídos - - - 1.199.686 - 1.199.686

Outros 288.506 - 288.506 64.609 - 64.609

922.392 - 922.392 3.411.168 - 3.411.168

(v) Estado e Outros Entes Públicos

Esta rubrica respeita, fundamentalmente, a IVA a recuperar.

15. CLIENTEs E OUTRas CONTas a RECEBER

91

O detalhe de inventários em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010 é como segue:

2011 2010

Mercadorias 258.407 366.447

Produtos acabados 4.284.303 4.592.393

Produtos em construção 31.787.456 31.185.815

Matérias primas e subsidiárias 1.264.690 1.850.232

37.594.856 37.994.888

Imparidade de inventários (149.940) (1.677.443)

37.444.916 36.317.445

No exercício de 2011 a rubrica “custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas” totalizou o montante de 24.846.987 Euros (em 2010: 22.935.035 Euros).

2011 2010

A 1 de Janeiro (1.677.443) (1.678.528)

Aumentos (34.262) -

Utilizações 634 1.085

Reversões 1.561.131 -

A 31 de Dezembro (149.940) (1.677.443)

A reversão da perda de imparidade é explicada pelos significativos avanços ocorridos no ano de 2011 na apro-vação do Plano de Urbanização da UP1, sito na zona do Carvoeiro, a Norte do Gramacho, Algarve, tendo sido já ouvidas todas as entidades responsáveis para esse efeito e obtido a sua aprovação na sua quase totalidade.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os saldos referentes a imposto sobre o rendi-mento corrente são como segue:

31-12-2011 31-12-2010

Devedor Credor Devedor Credor

Imposto s/ rendimento - IRC 3.076.251 2.021.559 1.623.652 2.586.300

3.076.251 2.021.559 1.623.652 2.586.300

O saldo de IRC tem a seguinte decomposição:

2011 2010

Pagamentos por conta 910.859 758.917

Retenções na fonte 2.165.392 864.735

Estimativa de IRC (2.021.559) (2.586.300)

Total 1.054.692 (962.648)

16. INvENTáRIOs

17. ImpOsTO sOBRE O RENDImENTO

92

O detalhe de Caixa e equivalentes de caixa apresentam os seguintes valores:

31-12-2011 31-12-2010

Caixa 766.837 780.741

Depósitos bancários 40.716.538 43.028.122

41.483.376 43.808.863

O detalhe do montante considerado como saldo final na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” para efeitos da elaboração da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 é como segue:

31-12-2011 31-12-2010

Caixa 766.837 780.741

Descobertos bancários (autorizados) (42.713.975) (14.143.600)

Depósitos bancários 40.716.538 43.028.122

(1.230.599) 29.665.262

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os Activos não correntes detidos para venda apresentam a seguinte decomposição:

2011 2010

Participação financeira na Djebel, S.G.P.S., S.A. 5.251.253 5.251.253

Activos tangíveis do Hotel Pestana Levante 2.328.282 2.308.246

7.579.535 7.559.499

(i) Djebel, S.G.P.S., S.A.

Esta classificação não teve qualquer impacto na demonstração dos resultados, bem como nos fluxos de caixa associados a este negócio, sendo que o seu justo valor não é inferior ao montante escriturado.

(ii) Hotel Pestana Levante

O Grupo Pestana, após a aprovação do Conselho de Administração da subsidiária Salvor, S.A., em Dezem-bro de 2010, decidiu alienar o activo fixo tangível onde explora actividades hoteleiras sob a designação “Hotel Pestana Levante”, tendo procedido à reclassificação do activo para esta rubrica.

O activo fixo tangível corresponde ao terreno, edifício e respectivo “recheio” deste Hotel.

Uma vez que a alienação de ambos os activos não ocorreu por acontecimentos e circunstâncias fora do controlo do Grupo o Conselho de Administração mantém, com referência a 31 de Dezembro de 2011, a convicção na alienação dos activos acima identificados, tendo vindo a efectuar todos os esforços no sentido de encontrar um comprador para estes activos detidos para venda.

18. CaIxa E EqUIvaLENTEs DE CaIxa

19. aCTIvOs NÃO CORRENTEs DETIDOs paRa vENDa

93

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o capital é composto por:

2011 2010

Capital social (i) 81.530.000 81.530.000

Outros instrumentos de capital proprio:

Prestações acessórias (ii) 50.500.000 53.000.000

132.030.000 134.530.000

(i) Capital social

Em 31 de Dezembro de 2011, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 81.530.000 acções, com o valor nominal de 1 Euro cada.

O detalhe do capital social a 31 de Dezembro de 2011 é como segue:

Accionistas Número de acções Capital social

Dr. Dionísio Fernandes Pestana 60.530.000 60.530.000

Pestana Luxemburgo, S.A. 21.000.000 21.000.000

81.530.000 81.530.000

(ii) Outros instrumentos de capital

As prestações acessórias de capital não podem ser reembolsadas até ao momento em que essa operação reduzir os capitais próprios a um valor inferior ao da soma do capital social e da reserva legal, nas demons-trações financeiras separadas da Grupo Pestana, S.G.P.S., S.A..

No decorrer do exercício de 2011, foi reembolsado o montante de 2.500.000 Euros de prestações acessórias aos Accionistas da Empresa.

A rubrica de “Prémios de emissão” refere-se ao excesso do justo valor das contrapartidas entregues pelos Accionistas à Grupo Pestana, S.G.P.S., S.A. na realização do capital social. Os saldos da rubrica de “Prémios de emissão” apenas podem ser utilizados para incorporação em aumentos de capital futuros.

20. CapITaL

21. pRémIOs DE EmIssÃO

94

A rubrica “Outras reservas” registou os seguintes movimentos durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010:

Reserva legal

Reservas livres

Reserva cobertura

Outras Reservas

Total

A 1 de Janeiro de 2010 10.397.621 2.819.731 (3.500.496) 1.131.800 10.848.655

Distribuição de dividendos - (875.514) - - (875.514)

Aplicação Resultado líquido 1.157.909 145.521 - - 1.303.430

Transferências - - (1.120.762) (120.594) (1.241.356)

A 31 de Dezembro de 2010 11.555.530 2.089.738 (4.621.258) 1.011.206 10.035.216

Aplicação Resultado líquido 175.494 - - - 175.494

Transferências - 182.062 132.156 59.832 374.051

Efeito da alteração da taxa de imposto na Madeira - - 226.817 - 226.817

Alteração do Perímetro (146.194) (763.196) - - (909.390)

Variação nas outras reservas (cobertura de fluxos de caixa) líquida de imposto

- - (2.937.850) - (2.937.850)

A 31 de Dezembro de 2011 11.584.830 1.508.604 (7.200.135) 1.071.038 6.964.337

De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual, se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação de uma empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (“cash flow hedge”), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de cobertura é reconhecida em reservas de cobertura no Capital próprio (Nota 3.19).

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os ajustamentos em partes de capital são detalhados como segue:

Ajustamentos transição

Outrasvariações capital

próprioTotal

A 1 de Janeiro de 2010 8.419.521 (10.507.929) (2.088.407)

Aplicação método equivalência patrimonial (94.194) 4.130.262 4.036.068

Distribuição de lucros não atribuidos - 91.727 91.727

Alienações de participações - - -

A 31 de Dezembro de 2010 8.325.327 (6.285.940) 2.039.387

Aplicação método equivalência patrimonial - (1.140.763) (1.140.763)

Distribuição de lucros não atribuidos - - -

Alienações de participações - - -

A 31 de Dezembro de 2011 8.325.327 (7.426.703) 898.625

Pela aplicação da IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das IFRS, o Grupo Pestana optou por mensurar, à data da transição, os interesses em associadas e empreendimentos conjuntos ao custo considerado, correspondente ao valor contabilístico transitado do normativo anterior.

22. OUTRas REsERvas

23. ajUsTamENTOs paRTEs DE CapITaL

95

Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica registou os seguintes movimentos:

Resultados transitados

Ajustamentos transição IFRS

Revalorização normativo anterior

Total

A 1 de Janeiro de 2010 63.814.072 (23.553.034) 11.967.646 52.228.684

Distribuição de dividendos - - - -

Aplicação Resultado líquido 8.165.565 - - 8.165.565

Transferência para outras reservas 15.423.478 (9.947.750) (2.696.890) 2.778.838

A 31 de Dezembro de 2010 87.403.114 (33.500.784) 9.270.756 63.173.086

Distribuição de dividendos - - - -

Aplicação Resultado líquido 7.919.953 - - 7.919.953

Realização de ganhos/ perdas - - - -

Cobertura de perdas - - - -

Efeito da alteração da taxa de IRC na Madeira - (4.141.243) (53.397) (4.194.640)

Alteração do Perímetro (1.626.015) (5.512.862) - (7.138.877)

Transferência para outras reservas (26.316.266) 31.719.104 (1.292.672) 4.110.166

A 31 de Dezembro de 2011 67.380.787 (11.435.785) 7.924.687 63.869.689

Os montantes incluídos na rubrica de Resultados acumulados relativos aos ajustamentos de transição para as IFRS não se consideram disponíveis para distribuição, antes realizados pela venda ou depreciação dos activos subjacentes ou pelo pagamento dos passivos associados.

Os montantes incluídos na rubrica de Revalorização pelo normativo anterior não se consideram disponíveis para distribuição, antes realizados pela venda ou depreciação dos activos subjacentes.

O valor de interesses não controlados registou a seguinte evolução:

2011 2010

1 de Janeiro 55.705.811 52.007.993

Dividendos (4.250.035) (2.965.093)

Aquisições de participações - 7.982.935

Resultados do exercício 2.735.021 5.506.372

Outras variações nos capitais 4.362.949 664.978

Alienações de participações (3.196.572) (7.491.373)

31 de Dezembro 55.357.174 55.705.811

24. REsULTaDOs aCUmULaDOs

25. INTEREssEs NÃO CONTROLaDOs

96

O saldo de interesses não controlados refere-se às seguintes participações:

2011 2010

% participação Valor %

participação Valor

SDM - Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, S.A. 85,00% 19.838.802 85,00% 21.571.792

Ponta da Cruz - Sociedade Imobiliária e de Gestão de Hotéis, S.A. 48,35% 8.905.507 48,35% 7.606.876

Inversiones Vistalparque C.A. 28,58% 8.826.700 28,58% 6.886.033

Pestana Inversiones, S.L. 41,64% 7.321.594 41,64% 6.722.650

Grupo Pestana Pousadas - Investimentos Turísticos, S.A. 31,07% 4.085.417 33,14% 4.291.434

Hotel Rauchstrasse 22, S.A.R.L. 41,50% 2.142.152 41,50% 2.370.949

Salvor - Sociedade de Investimento Hoteleiro, S.A. 1,03% 1.187.978 1,03% 1.171.330

Proalameda - Projectos Imobiliários, S.A. 15,61% 1.123.244 15,61% 54.630

Porto Carlton - Sociedade de Construção e Exploração Hoteleira, S.A. 40,00% 949.423 40,00% 843.263

Herdade da Abrunheira - Projectos de Desenv.Turístico e Imobiliário, S.A. 33,33% 538.530 33,33% 444.996

Mundo da Imaginação – Projectos de Animação Turística, S.A. 11,25% 336.461 11,25% 350.106

Pestana Berlim S.A.R.L. 41,50% 85.572 41,50% 388.560

Hoteis Atlântico - Sociedade Imobiliária e de Gestão de Hotéis, S.A. 0,08% 12.384 0,08% 12.818

Pinheiro Mar, S.A. 12,00% 2.628 0,00% -

Sociedade Investimento Imobiliário Eira da Loba, Lda. 2,50% 706 2,50% 905

ITI - Sociedade de Investimentos Turísticos na Ilha da Madeira, S.A. 0,01% 70 0,01% 67

Rio de Prata - Consultadoria e Participações, S.A. 0,02% 6 0,02% 9

Sociedade Imobiliária Troia B3, S.A. 0,00% - 20,01% 2.989.284

CapeGreen - Consultadoria Económica e Participações, S.A. 0,00% - 0,01% 65

Cota Quarenta - Gestão e Administração de Centros Comercias, S.A. 0,00% - 0,01% 44

Rolldown - Golfe, Lda. 0,00% - 46,00% -

Convento do Carmo, S.A. 25,00% - 25,00% -

55.357.174 55.705.811

25. INTEREssEs NÃO CONTROLaDOs

A evolução das provisões para riscos e encargos é como segue:

Contratos onerosos

Garantias a clientes

Processos judiciais em

curso

Outras provisões

Total

A 1 de Janeiro de 2011 353.837 469.603 157.986 663.511 1.644.937

Dotação - - 16.894 86.757 103.651

Utilizações - (218.106) - (17.670) (235.776)

Redução - (9.085) (18.875) (12.000) (39.960)

Movimentos do período - (227.192) (1.981) 57.088 (172.085)

A 31 de Dezembro de 2011 353.837 242.411 156.005 720.598 1.472.852

Saldo corrente 353.837 130.037 156.005 430.027 1.069.906

Saldo não corrente - 112.374 - 290.571 402.946

353.837 242.411 156.005 720.598 1.472.852

26. pROvIsõEs paRa RIsCOs E ENCaRGOs

97

Contratos onerosos

Garantias a clientes

Processos judiciais em

curso

Outras provisões

Total

A 1 de Janeiro de 2010 529.904 2.584.385 228.030 1.457.230 4.799.549

Dotação - - 110.669 75.222 185.891

Utilizações (176.067) (1.998.927) (35.000) (66.005) (2.275.998)

Redução - (115.855) (145.713) (802.937) (1.064.505)

Movimentos do período (176.067) (2.114.782) (70.044) (793.719) (3.154.613)

A 31 de Dezembro de 2010 353.837 469.603 157.986 663.511 1.644.937

Saldo corrente 353.837 469.603 157.986 376.643 1.358.069

Saldo não corrente - - - 286.868 286.868

353.837 469.603 157.986 663.511 1.644.937

Detalhe das provisões constituídas e principais motivos para as variações ocorridas:

i) Provisões para garantias: com base no histórico e na tipologia das obras desenvolvidas, esta provisão inclui a estimativa dos custos a incorrer no futuro com a garantia de construção prestada sobre as moradias e apartamentos vendidos.

ii) Processos judiciais em curso: existem processos judiciais e arbitrais em curso intentados contra algumas empresas do Grupo, classificados como processos com perda provável, de acordo com a IAS 37. Estas provisões foram registadas com base na opinião dos consultores judiciais internos e externos, para fazer face à saída provável de recursos do Grupo com estes processos.

iii) Contractos onerosos e outras provisões: decorrem de riscos usuais e inerentes aos negócios.

26. pROvIsõEs paRa RIsCOs E ENCaRGOs

A classificação dos empréstimos obtidos quanto ao prazo (corrente e não corrente) e por natureza de empréstimo, no final do exercício, é como segue:

31-12-2011 31-12-2010

Corrente Não corrente Total Corrente Não

corrente Total

Papel comercial 6.500.000 8.000.000 14.500.000 6.500.000 5.000.000 11.500.000

Empréstimos obrigacionistas - 30.000.000 30.000.000 - 30.000.000 30.000.000

Empréstimos bancários 43.854.251 234.449.575 278.303.827 32.684.516 265.671.331 298.355.847

Descobertos bancários 42.713.975 - 42.713.975 14.143.600 - 14.143.600

93.068.226 272.449.575 365.517.801 53.328.116 300.671.331 353.999.447

Juros a pagar - especialização 2.665.285 359.888 3.025.173 2.025.596 426.874 2.452.470

Juros pagos - antecipação - - - (9.897) - (9.897)

95.733.511 272.809.463 368.542.974 55.343.815 301.098.205 356.442.020

27. EmpRésTImOs OBTIDOs

98

A Empresa é subscritora de programas de papel comercial no montante de 14.500.000 Euros, estando utilizados na sua totalidade em 31 de Dezembro de 2011. A parte não corrente corresponde a linhas plurianuais, que não serão liquidadas em 2012.

Os empréstimos bancários têm como garantia real atribuída activos do Grupo Pestana (Nota 41).

No decorrer do exercício de 2012, já foram negociados, a renovação do papel comercial corrente e a renovação da quase totalidade das linhas de curto-prazo, isto é dos descobertos bancários.

No final do exercício de 2011, o Grupo Pestana possuía ainda linhas de crédito contratadas e não utilizadas no montante de 40.303.268 Euros, repartidos por 37.412.069 Euros correntes e 2.891.199 Euros não correntes.

Os pagamentos futuros do capital em dívida dos empréstimos bancários e papel comercial, por moeda de denominação são apresentados como segue:

2012 2013 2014 2015 2016Anos

seguintesTotal

Empréstimos bonificados:

Euro 7.859.273 7.420.581 6.418.940 5.517.097 4.235.079 4.729.564 36.180.534

7.859.273 7.420.581 6.418.940 5.517.097 4.235.079 4.729.564 36.180.534

Empréstimos bancários:

Euro 33.077.407 22.309.747 32.215.024 31.768.753 25.186.401 58.897.660 203.454.992

Real Brasileiro 827.998 517.255 517.255 504.460 501.549 16.844 2.885.362

Libras esterlinas 748.234 748.234 808.093 838.022 897.881 22.297.378 26.337.843

Bolívar Fuorte 2.262.633 2.648.827 650.734 650.734 650.734 2.581.433 9.445.095

36.916.273 26.224.064 34.191.106 33.761.969 27.236.565 83.793.315 242.123.292

Papel comercial:

Euro 6.500.000 8.000.000 - - - - 14.500.000

6.500.000 8.000.000 - - - - 14.500.000

51.275.546 41.644.644 40.610.047 39.279.066 31.471.644 88.522.879 292.803.827

De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual, se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação de uma empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (“cash flow hedge”), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de cobertura é reconhecida em reservas de cobertura no Capital próprio (Nota 3.19).

27. EmpRésTImOs OBTIDOs

99

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Empresa tinha negociado instrumentos financeiros derivados relati-vos a “swaps” de taxa de juro (derivados de cobertura), como segue:

31/12/20101 31/12/2010

Activos Passivos Activos Passivos

Swap taxa de juro - não corrente - 9.053.705 - 5.459.916

Swap taxa de juro - corrente - - -

- 9.053.705 - 5.459.916

Informação detalhada das características e valor dos swaps contratados:

Subsidiária Derivado Valor de referência

Periodo de pagamento

Taxas a receber/ a pagar

Justo valor31-12-2011

Justo valor31-12-2010

Grupo Pestana SGPS, S.A. 19771 10.000.000 Semestral Eur 6M / 3,04% 577.972 192.240

Grupo Pestana SGPS, S.A. 2010007500 15.000.000 Semestral Eur 6M / 2,71% 495.898 260.860

Grupo Pestana SGPS, S.A. 36773 30.000.000 Semestral Eur 6M / 3,08% 518.717 1.061.559

Grupo Pestana SGPS, S.A. 802373 10.000.000 Semestral Eur 6M / 3,56% 594.501 215.228

M & J Pestana, S.A. 19974 5.000.000 Semestral Eur 6M / 3,04% 288.986 96.120

M & J Pestana, S.A. 2008009800 15.000.000 Trimestral Eur 3M / 3,7 % 158.336 457.048

M & J Pestana, S.A. 802374 5.000.000 Semestral Eur 6M / 3,08% 297.251 107.614

ITI Soc.Inves. Turísticos Ilha Madeira, S.A. 11688 7.000.000 Semestral Eur 6M / 4,74% 1.018.847 806.499

ITI Soc.Inves. Turísticos Ilha Madeira, S.A. 28450 4.285.714 Semestral Eur 6M / 4,82% 358.757 373.001

Hoteis Atlantico, S.A. 3347087 (Pounds) 11.000.000 Trimestral Libor GBP 3M / 3,43% 1.530.014 167.881

Ponta da Cruz, S.A. 802080 3.125.000 Semestral Eur 6M / 4,245% 74.665 200.172

Carlton Palácio, S.A. 19980 5.000.000 Semestral Eur 6M / 3,04% 288.986 96.120

Carlton Palácio, S.A. 2010007700 6.000.000 Semestral Eur 6M / 2,71% 198.359 104.590

Carlton Palácio, S.A. 802376 5.000.000 Semestral Eur 6M / 3,08% 297.251 107.614

Quinta Beloura, S.A. 4555 6.981.816 Semestral Eur 6M / 4,77% 782.737 715.597

Salvor, S.A. 19977 5.000.000 Semestral Eur 6M / 3,04% 287.847 96.120

Salvor, S.A. 2010007600 7.000.000 Semestral Eur 6M / 2,71% 231.418 122.021

Salvor, S.A. - 5.000.000 Semestral Eur 6M / 3,08% 297.566 107.614

Salvor, S.A. 28552 1.750.000 Semestral Eur 6M / 4,77% 116.979 157.315

Salvor, S.A. 716048 6.500.000 Semestral Eur 6M / 5% - 14.703

Intervisa Viagens Turismo, S.A. 25831 500.000 Trimestral Eur 3M / 4,16% 22.591 -

Hotel Rauchstrasse 22 4340244 2.000.000 Semestral Eur 6M / 3% 104.936 -

Hotel Rauchstrasse 22 4022679 2.000.000 Semestral Eur 6M / 3% 203.840 -

Hotel Rauchstrasse 22 4123706 2.000.000 Semestral Eur 6M / 3% 140.357 -

Hotel Rauchstrasse 22 4075739 3.000.000 Semestral Eur 6M / 3% 166.893 -

9.053.705 5.459.916

O justo valor das operações de swap corresponde ao valor “mark-to-market” determinado com base nas condi-ções acordadas e a curva de taxas de juro de mercado estimadas, à data do balanço.

O Grupo Pestana procede ao registo de instrumentos financeiros derivados em conformidade com a IAS 39. No entanto, não pode deixar de referir que os empréstimos bancários subjacentes a estes derivados têm um “all-in” inferior às condições actuais de mercado.

28. INsTRUmENTOs FINaNCEIROs DERIvaDOs

100

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe da rubrica de rendimentos a reconhecer é como segue:

31-12-2011 31-12-2010

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Vendas timeshare (i) 10.351.098 153.615.244 163.966.342 13.395.708 160.690.752 174.086.460

Subsídios ao investimento (ii) 829.411 7.232.121 8.061.532 717.315 5.996.374 6.713.689

Outros proveitos diferidos (iii) 5.571.819 7.524.024 13.095.842 4.500.782 - 4.500.782

16.752.327 168.371.389 185.123.716 18.613.805 166.687.126 185.300.931

(i) Vendas timeshare

O saldo desta rubrica refere-se aos valores obtidos com a venda de timeshare, que se encontram diferidos pelo período da atribuição do direito temporário de utilização de hotéis e apartamentos do Grupo Pestana (Nota 3.23 ii)).

(ii) Subsídios ao investimento

Respeitam aos subsídios obtidos cujo rédito são reconhecidos pelo período de vida útil do activo financiado.

(iii) Outros proveitos diferidos

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica inclui o montante de 8.155.590 Euros e 1.089.000 Euros, respectivamente, relativos à venda do programa Options, cujo rédito é reconhecido consoante a sua utilização (Nota 3.23 i)).

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2011, o detalhe da rubrica de Fornecedores e outras contas a pagar é como segue:

31-12-2011 31-12-2010

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Fornecedores

Fornecedores (i) 18.948.083 1.093.007 20.041.090 16.306.445 - 16.306.445

Outros credores

Credores diversos (ii) 5.922.445 10.506.626 16.429.071 15.225.380 1.978.939 17.204.319

Outros credores - grupo (Nota 44) 3.980.984 1.668.454 5.649.438 1.372.046 - 1.372.046

Fornecedores de activos tangíveis (iii) 2.317.940 7.262.100 9.580.040 2.634.931 8.839.790 11.474.721

Adiantamentos de clientes (iv) 4.185.556 - 4.185.556 3.178.487 - 3.178.487

Estado e outros entes públicos (v) 4.892.976 - 4.892.976 3.640.518 - 3.640.518

Acréscimos de gastos

Pessoal 10.367.919 - 10.367.919 8.812.493 - 8.812.493

Outros 8.656.748 124.856 8.781.604 6.722.674 - 6.722.674

59.272.651 20.655.043 79.927.694 57.892.974 10.818.729 68.711.703

29. RENDImENTOs a RECONhECER

30. FORNECEDOREs E OUTRas CONTas a paGaR

101

(i) Fornecedores

31-12-2011 31-12-2010

Descrição Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Fornecedores - grupo (Nota 44) 847.899 1.093.007 1.940.907 758.461 - 758.461

Fornecedores 18.100.183 - 18.100.183 15.547.983 - 15.547.983

18.948.083 1.093.007 20.041.090 16.306.445 - 16.306.445

(ii) Credores diversos

Este saldo inclui o valor a pagar pela aquisição, efectuada em 2011, de 20% do capital da subsidiária Sociedade Imobiliária Tróia B3, S.A., no montante de 2.457.492 Euros em corrente, e de 4.914.984 Euros em Não corrente, correspondendo ao valor que ainda falta pagar do total de custo de aquisição no montante de 9.215.596 Euros.

(iii) Fornecedores de activos tangíveis

Esta rubrica respeita, fundamentalmente a contractos de locação financeira, cujo resumo das responsabilidades apresenta-se como segue:

31-12-2011 31-12-2010

Até 1 ano 1.562.379 1.406.714

Entre 1 e 5 anos 3.128.875 4.712.279

Mais de 5 anos 4.133.225 4.127.511

8.824.479 10.246.504

(iv) Adiantamento de clientes

Respeitam, fundamentalmente, a reservas de operadores turísticos bem como a valores recebidos para a aquisição de apartamentos.

(v) Estado

31-12-2011 31-12-2010

Descrição Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares 743.549 - 743.549 820.551 - 820.551

Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.477.474 - 2.477.474 1.509.825 - 1.509.825

Contribuições para a Segurança social 1.221.201 - 1.221.201 1.182.015 - 1.182.015

Outros 450.752 - 450.752 128.127 - 128.127

4.892.976 - 4.892.976 3.640.518 - 3.640.518

30. FORNECEDOREs E OUTRas CONTas a paGaR

102

O montante de vendas e prestações de serviços reconhecido na demonstração dos resultados, é detalhado como segue:

2011 2010

Vendas de produtos

Alimentação e bebidas 6.235.847 6.711.381

Apartamentos 7.044.382 8.314.567

Sub-total 13.280.230 15.025.948

Prestação de serviços 186.943.809 173.351.245

Sub-total 186.943.809 173.351.245

200.224.039 188.377.193

No ano de 2011, as prestações de serviços incluem o montante de 3.314.491 Euros (31 de Dezembro de 2010: 2.244.927 Euros) referentes à renda cobrada pela utilização do Pestana Chelsea Bridge Hotel.

As vendas e prestações de serviços relativas a unidades hoteleiras, cuja abertura ocorreu em 2011, nomeadamente, Pestana Vilasol e Pestana Berlim, foram de 8.374.911 Euros.

O detalhe dos gastos com fornecimentos e serviços externos é como segue:

2011 2010

Subcontratos 2.205.365 1.943.242

Rendas 14.626.179 14.026.113

Conservação e reparação 4.332.527 4.231.745

Publicidade 2.805.190 2.207.235

Seguros 824.282 728.597

Serviços especializados 12.821.650 12.067.398

Energia 9.525.741 8.717.511

Higiene/Limpeza/Conforto 11.026.333 11.300.531

Outros 3.344.174 2.635.949

61.511.440 57.858.320

Os custos incorridos com as unidades hoteleiras, cuja abertura ocorreu em 2011, nomeadamente, Pestana Vilasol e Pestana Berlim, foram no montante de 3.392.497 Euros.

A 31 de Dezembro de 2011 e 2010, todo o rédito de contratos de construção foi reconhecido com referência à fase de acabamento dos contratos existentes a essas datas, pela aplicação do método da percentagem de acabamento.

Para todos os contratos de construção em curso foi possível estimar de forma fiável o seu desfecho. Deste modo, foram reconhecidos os seguintes custos incorridos e réditos reconhecidos, até à data:

Descrição do contratoCustos incorridos

2011Custos incorridos

2010Rédito

reconhecidos 2011Rédito

reconhecidos 2010

Contratos Construção 1.455.998 2.576.011 1.760.682 3.984.320

31. vENDas E pREsTaÇÃO DE sERvIÇOs

33. FORNECImENTOs E sERvIÇOs ExTERNOs

32. CONTRaTOs DE CONsTRUÇÃO

103

Os gastos com pessoal, incorridos durante o exercício de 2011 e de 2010, foram como segue:

2011 2010

Orgãos Sociais

Remunerações 3.827.431 4.284.095

Encargos sobre remunerações 598.019 888.744

Outros - 263.770

4.425.450 5.436.609

Pessoal

Remunerações 44.609.398 42.113.635

Encargos sobre remunerações 9.762.897 8.727.302

Outros 4.713.013 2.403.545

59.085.309 53.244.482

63.510.759 58.681.091

O número médio de empregados da Empresa em 2011 foi de 3.023 (2010: 3.091).

Os gastos incorridos com as unidades hoteleiras, cuja abertura ocorreu em 2011, nomeadamente, Pestana Vila-sol e Pestana Berlim, foram no montante de 3.081.578 Euros.

Na rubrica de Pessoal – outros, estão incluídos gastos não recorrentes com indemnização por rescisão amigáveis de contratos de trabalho de 2.811.829 Euros (31 de Dezembro de 2010: 994.589 Euros).

A rubrica de Outros rendimentos e ganhos pode ser apresentada como segue:

2011 2010

Proveitos suplementares 4.245.431 5.137.010

Rendas de propriedades de investimento 19.218 10.550

Amortização de subsídios ao investimento 664.320 420.531

Ganhos na alienação de activos tangíveis 585.304 1.660.531

Ganhos na alienação de investimentos financeiros 1.471.341 1.608.270

Outros 8.519.854 7.588.566

15.505.468 16.425.457

34. GasTOs COm pEssOaL

35. OUTROs RENDImENTOs E GaNhOs

104

O detalhe da rubrica de Outros gastos e perdas é apresentado no quadro seguinte:

2011 2010

Impostos 5.488.064 4.471.514

Comissões de cartões de crédito 1.368.013 1.207.757

Perdas em inventários 24.001 20.977

Alienações activos tangíveis 90.535 897.525

Diferenças cambiais desfavoráveis 1.010.107 967.346

Outros 4.797.575 5.567.177

12.778.295 13.132.296

Em 2011, os impostos incluem o montante de cerca de 630.000 Euros relativos ao aumento da taxa de IVA aplicada aos greenfees, a partir de 1 Março de 2011.

A decomposição do montante de imposto do exercício reconhecido nas demonstrações financeiras individuais é conforme segue:

2011 2010

Imposto s/ rendimento corrente 2.794.661 2.638.324

Imposto s/ rendimento diferido (1.984.604) (2.134.348)

810.057 503.976

O detalhe dos gastos financeiros incorridos e rendimentos financeiros obtidos é como segue:

2011 2010

Gastos financeiros

Juros empréstimos 17.193.678 15.686.894

Comissões e taxas aval 476.531 462.282

Outros 1.085.388 1.788.178

18.755.597 17.937.353

Rendimentos financeiros

Juros obtidos 2.088.566 2.083.963

Dividendos investimentos financeiros - 1.089.763

Outros 3.245.769 2.258.374

5.334.335 5.432.100

Em 2010, a rubrica de dividendos respeita na sua totalidade aos dividendos recebidos da Euroatlantic, S.A.

36. OUTROs GasTOs E pERDas

38. ImpOsTO DO ExERCÍCIO

37. GasTOs E RENDImENTOs FINaNCEIROs

105

Em 2011, o Conselho de Administração da subsidiária Intervisa, decidiu alienar as suas duas áreas de negó-cio: incoming e outgoing.

Uma vez que as linhas de negócio acima referidas foram descontinuadas no decorrer de 2011, para efeitos de comparabilidade, foram identificados na linha de “Resultado de operações descontinuadas” da De-monstração dos Resultados Consolidados os resultados dessas operações para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010.

Os impactos, na Demonstração dos resultados consolidados, por rubrica apresentam-se como segue:

31 de Dezembro

2011 2010

Vendas e serviços prestados 956.495 3.027.315

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas - (95.351)

Fornecimentos e serviços externos (529.439) (908.352)

Gastos com o pessoal (836.450) (1.808.203)

Gastos/ reversões de depreciação e de amortização (46.641) (162.891)

Imparidade de activos depreciáveis / amortizáveis (3.855) -

Imparidade de contas a receber (189.783) (23.265)

Outros rendimentos e ganhos 618.005 308.965

Outros gastos e perdas (198.252) (228.710)

Resultado operacional (229.920) 109.508

Custos financeiros (27.538) (53.298)

Proveitos financeiros 207 155

"Ganhos/ (Perdas) de interesses em subsidiárias, associadas, entidades

conjuntamente controladas e outros investimentos financeiros" 98.050 (1.899)

Resultado das operações descontinuadas (159.201) 54.465

Os compromissos assumidos pelo Grupo Pestana à data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são como segue:

2011 2010

Compra de acções da Grupo Pestana Pousadas à C.G.D. 5.710.891 6.450.245

Opção de Compra participação do Fundo Turismo na Hotel Rauchstrasse (a) (a)

Compra acções da Salvor – Contrato Allianz 577.708 1.022.102

Opção de Compra participação do Fundo Turismo na Pestana Berlim (a) (a)

Opção de compra participação da SDEM na Mundo Imaginação (a) (a)

Aquisição de Associada - 46% Rolldown - 700.000

Aumento Capital social Associada - Salvintur, S.A. - 189.960

6.288.599 8.362.307

(a) valor a ser apurado com base numa avaliação a efectuar no momento do exercício da opção de compra.

39. OpERaÇõEs DEsCONTINUaDas

40. COmpROmIssOs

106

A Empresa tem os seguintes passivos contingentes decorrentes das garantias bancárias prestadas, conforme segue:

Hipotecas 2011 2010

Hipotecas sobre unidades hoteleiras 108.146.521 108.204.914

Hipotecas sobre terrenos 38.782.426 38.782.426

146.928.948 146.987.340

Garantias

Avales e Coberturas de responsabilidade 27.880.472 29.349.972

Garantias Bancárias 40.034.644 43.262.619

Fianças 252.195 2.195

68.167.312 72.614.787

Passivos contingentes

Em 31 de Dezembro de 2011, foram avaliados como passivos contingentes no montante de cerca de 315.000 Euros decorrentes da actividade normal das empresas que compõem o Grupo Pestana.

Activos contingentes

Como já foi referido no ano anterior, a subsidiária Grupo Pestana Pousadas solicitou à Enatur a alteração da interpretação do Contrato de Cessão de Exploração no que concerne à redução da renda aquando da saída de Pousadas da rede por motivo de exploração deficitária.

Assim, a solicitou o reembolso do pagamento feito em excesso até 15 de Outubro de 2010, no montante total de 1.805.842 Euros, e solicitou que desde então a renda aplicável seja apenas aquela que resulta da aplicação do critério da proporcionalidade.

O assunto transitou para 2012 mas com a perspectiva de que a Enatur não aceite o entendimento da Grupo Pestana Pousadas, estimando-se para muito breve a resposta a esse propósito e o início de um processo de arbitragem que a esta subsidiária não deixará de levar por diante no sentido de tentar fazer valer o seu entendimento de acordo com as regras previstas no Contrato de Cessão de Exploração.

41. CONTINGêNCIas

107

As Subsidiárias incluídas no perímetro de consolidação, pelo método integral, à data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são apresentadas como se segue:

Designação Sede Actividade Data de referência

Capital próprio Activos Passivos Volume de

négociosLucro /

(Prejuízo)%

Interesse%

Controlo

Amoreira - Aldeamento Turístico, Lda. Portugal Imobiliária 31/12/2011 4.848.553 6.378.513 1.529.959 - 25.201 98,97% 100,00%

Aplicações Múltiplas 2, S.A. Portugal Consultoria 31/12/2011 (5.798) 64.849 70.647 43.800 (53.344) 100,00% 100,00%

Argentur Inversiones Turisticas, S.A. Argentina Hotelaria 31/12/2011 5.255.763 7.185.459 1.929.695 4.340.374 925.186 58,35% 100,00%

Carlton Palácio - Sociedade de Construção e Exploração Hoteleiras, S.A.

Portugal Hotelaria 31/12/2011 17.385.000 49.917.823 32.532.824 11.616.307 499.811 100,00% 100,00%

Carolgud, SA Uruguai Hotelaria 31/12/2011 893.090 7.778.596 6.885.506 - (118.933) 58,35% 100,00%

Carvoeiro Golfe Sociedade Mediação Imobiliária, Lda.

Portugal Imobiliária 31/12/2011 187.474 323.405 135.931 449.891 160.118 98,97% 100,00%

Carvoeiro Golfe, S.A. PortugalGolfe e

Imobiliária31/12/2011 30.732.585 46.504.796 15.772.210 13.715.179 3.039.572 98,97% 100,00%

Convento do Carmo, S.A. Brasil Hotelaria 31/12/2011 (3.056.832) 6.383.542 9.440.374 2.725.834 (1.387.083) 51,70% 75,00%

Cota Quarenta, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2011 625.664 760.840 135.176 - (15.270) 100,00% 100,00%

Grupo Pestana Pousadas - Investimentos Turísticos, S.A.

Portugal Hotelaria 31/12/2011 23.537.264 83.670.969 60.133.704 32.863.578 (3.429.245) 68,93% 68,93%

Herdade da Abrunheira, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2011 1.615.591 5.802.458 4.186.868 - (28.298) 66,67% 66,67%

Hotéis Atlântico - Sociedade Imobiliária e de Gestão de Hotéis, S.A.

Portugal Hotelaria 31/12/2011 25.985.092 63.133.370 37.148.277 3.404.726 358.378 99,92% 99,92%

Hotel Rauchstrasse 22 S.À.R.L Luxemburgo Hotelaria 31/12/2011 5.161.813 21.564.025 16.402.212 311.157 (27.695) 58,45% 58,50%

Intervisa - Viagens e Turismo, S.A. PortugalDistribuição

Turística31/12/2011 (2.212.592) 3.754.141 5.966.733 93.330 (507.647) 99,90% 99,90%

Inversiones VistalParque, S.A. Venezuela Hotelaria 31/12/2011 28.939.877 50.782.366 21.842.490 13.639.918 1.005.251 41,68% 71,42%

ITI - Sociedade de Investimentos Turísticos na Ilha da Madeira, S.A.

PortugalHotelaria e Animação

31/12/2011 58.676.476 93.557.900 34.881.425 24.201.563 6.567.550 100,00% 100,00%

M. & J. Pestana - Sociedade de Turismo da Madeira, S.A.

PortugalHotelaria /

DRHP31/12/2011 131.845.019 327.457.155 195.612.135 39.273.947 4.563.598 100,00% 100,00%

Mundo da Imaginação, S.A. PortugalAnimação Turística

31/12/2011 2.990.761 6.159.885 3.169.124 743.075 (110.332) 89,17% 88,75%

42. pERÍmETRO Da CONsOLIDaÇÃO

108

Designação Sede Actividade Data de referência

Capital próprio Activos Passivos Volume de

négociosLucro /

(Prejuízo)%

Interesse%

Controlo

Natura XXI, Lda. Portugal Imobiliária 31/12/2011 1.566.651 1.571.203 4.553 3.044 (9.836) 98,97% 100,00%

Pestana Berlin S.À.R.L Luxemburgo Hotelaria 31/12/2011 206.198 4.820.627 4.614.429 2.352.821 (730.092) 58,45% 58,50%

Pestana Cidadela - Investimentos Turísticos, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2011 4.005.887 18.448.306 14.442.419 - (80.116) 100,00% 100,00%

Pestana Inversiones, S.L. Espanha Serviços 31/12/2011 18.032.919 26.134.271 8.101.352 - 1.892.613 58,35% 58,35%

Pestana Investimentos - Projectos Industriais e Serviços, S.G.P.S, S.A.

Portugal Serviços 31/12/2011 10.372.318 10.381.401 9.083 - 917.757 100,00% 100,00%

Pestana Management, S.A. Portugal Serviços 31/12/2011 2.149.477 9.977.362 7.827.885 2.428.438 (586.607) 100,00% 100,00%

Pinheiro Mar, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2011 21.896 5.511.953 5.490.057 6.174.143 (28.104) 88,00% 88,00%

Ponta da Cruz - Sociedade Imobiliária e de Gestão de Hotéis, S.A.

PortugalHotelaria /

DRHP31/12/2011 11.751.737 31.213.710 19.461.973 6.424.528 184.382 51,65% 51,65%

Porto Carlton - Sociedade de Construção e Exploração Hoteleira, S.A.

Portugal Hotelaria 31/12/2011 2.373.558 7.853.748 5.480.190 1.964.574 265.399 49,80% 60,00%

Prolameda - Actividades Imobiliárias, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2011 6.885.133 7.597.184 712.050 - (102.934) 84,39% 84,39%

Quinta da Beloura Golfe, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2011 2.106.617 19.819.161 17.712.545 3.489.825 (827.899) 100,00% 100,00%

Rio de Prata - Consultadoria e Participações, S.A. Portugal Serviços 31/12/2011 31.842 44.830 12.988 - (11.738) 99,90% 99,98%

Rolldown Golfe, Lda. Portugal Golfe 31/12/2011 315.178 6.604.622 6.289.444 1.294.091 (183.070) 98,97% 100,00%

Salvor, Sociedade de Investimento Hoteleiro, S.A. PortugalHotelaria /

DRHP31/12/2011 115.539.367 193.898.514 78.359.147 22.683.180 6.424.624 98,97% 98,97%

SDM - Sociedade Desenvolvimento da Madeira, S.A.

Portugal Serviços 31/12/2011 25.061.524 27.921.805 2.860.281 8.892.108 3.373.343 15,00% 70,00%

Sociedade de Investimento Hoteleiro D. João II, S.A.

PortugalHotelaria /

DRHP31/12/2011 1.243.710 4.773.607 3.529.897 639.288 215.983 98,97% 100,00%

Sociedade Imobiliária Troia B3, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2011 14.506.539 20.602.668 6.096.129 79 (457.290) 98,97% 100,00%

Sociedade Investimento Imobiliário Eira da Loba, Lda.

Portugal Imobiliária 31/12/2011 114.721 117.965 3.244 - (7.978) 96,50% 97,50%

Surinor, S.A. Uruguai Hotelaria 31/12/2011 893.090 916.370 23.280 - (118.933) 58,35% 100,00%

Viquingue, Sociedade Turística, S.A. PortugalHotelaria /

DRHP31/12/2011 11.057.150 20.068.834 9.011.684 3.982.945 714.395 98,97% 100,00%

42. pERÍmETRO Da CONsOLIDaÇÃO

109

Designação Sede Actividade Data de referência

Capital próprio Activos Passivos Volume de

négociosLucro /

(Prejuízo)%

Interesse%

Controlo

Amoreira - Aldeamento Turístico, Lda. Portugal Imobiliária 31/12/2010 4.695.730 6.373.644 1.677.914 - (14.880) 98,97% 100,00%

Aplicações Múltiplas 2, S.A. Portugal Consultoria 31/12/2010 47.547 76.187 28.641 58.883 (2.453) 100,00% 100,00%

Argentur Inversiones Turisticas, S.A. Argentina Hotelaria 31/12/2010 4.875.861 6.392.758 1.516.897 4.185.658 837.297 58,35% 100,00%

CapeGreen - Consultadoria Económica e Participações, S.A.

Portugal Serviços 31/12/2010 3.350.786 3.358.106 7.320 3.806 1.486.602 99,92% 100,00%

Carlton Palácio - Sociedade de Construção e Exploração Hoteleiras, S.A.

Portugal Hotelaria 31/12/2010 17.233.845 45.814.278 28.580.433 10.947.886 (351.138) 100,00% 100,00%

Carvoeiro Golfe Sociedade Mediação Imobiliária, Lda.

Portugal Imobiliária 31/12/2010 1.537.991 1.687.318 149.327 553.386 210.635 98,97% 100,00%

Carvoeiro Golfe, S.A. PortugalGolfe e

Imobiliária31/12/2010 28.993.013 49.140.393 20.147.379 17.923.137 2.515.014 98,97% 100,00%

Convento do Carmo, S.A. Brasil Hotelaria 31/12/2010 (1.868) 7.729 9.597 2.921 (473) 50,15% 75,00%

Cota Quarenta, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2010 640.934 815.697 174.763 9 (14.624) 99,99% 99,99%

Empreendimentos Turísticos, Lda. Cabo Verde Hotelaria 31/12/2010 2.110.065 2.687.562 577.497 2.321.132 623.619 99,92% 100,00%

Grupo Pestana Pousadas - Investimentos Turísticos, S.A.

Portugal Hotelaria 31/12/2010 28.410.742 86.590.971 58.180.229 33.801.887 (3.965.617) 66,86% 66,86%

Herdade da Abrunheira, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2010 1.643.979 5.475.288 3.831.309 73 161.078 66,67% 66,67%

Hotéis Atlântico - Sociedade Imobiliária e de Gestão de Hotéis, S.A.

Portugal Hotelaria 31/12/2010 26.639.921 59.051.498 32.411.577 3.314.897 (1.642.800) 99,92% 99,92%

Hotel Rauchstrasse 22 S.À.R.L Luxemburgo Hotelaria 31/12/2010 5.713.130 18.262.918 12.549.788 145.468 (532.624) 58,45% 58,50%

Intervisa - Viagens e Turismo, S.A. PortugalDistribuição

Turística31/12/2010 (967.046) 5.440.687 6.407.733 19.979.560 (383.169) 99,90% 99,90%

Inversiones VistalParque, S.A. Venezuela Hotelaria 31/12/2010 23.460.619 46.097.525 22.636.906 11.642.903 3.481.108 41,68% 71,42%

ITI - Sociedade de Investimentos Turísticos na Ilha da Madeira, S.A.

PortugalHotelaria e Animação

31/12/2010 56.552.885 92.901.464 36.348.580 24.176.808 4.327.983 100,00% 100,00%

M. & J. Pestana - Sociedade de Turismo da Madeira, S.A.

PortugalHotelaria /

DRHP31/12/2010 138.005.773 340.688.055 202.682.282 46.705.668 3.506.071 100,00% 100,00%

Mundo da Imaginação, S.A. PortugalAnimação Turística

31/12/2010 3.101.093 8.142.038 5.040.945 925.025 (451.748) 89,17% 88,75%

Natura XXI, Lda. Portugal Imobiliária 31/12/2010 1.552.956 1.559.246 6.290 2.278 (61.979) 98,97% 100,00%

Pestana Berlin S.À.R.L Luxemburgo Hotelaria 31/12/2010 936.290 1.072.623 136.333 - (55.891) 58,45% 58,50%

42. pERÍmETRO Da CONsOLIDaÇÃO

110

Designação Sede Actividade Data de referência

Capital próprio Activos Passivos Volume de

négociosLucro /

(Prejuízo)%

Interesse%

Controlo

Pestana Cidadela - Investimentos Turísticos, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2010 4.086.002 7.319.357 3.233.354 - (23.759) 100,00% 100,00%

Pestana Inversiones, S.L. Espanha Serviços 31/12/2010 16.143.129 22.877.363 6.734.234 627.408 1.034.864 58,35% 58,35%

Pestana Investimentos - Projectos Industriais e Serviços, S.G.P.S, S.A. Portugal Serviços 31/12/2010 11.414.585 11.629.679 215.095 781.731 1.960.024 100,00% 100,00%

Pestana Management, S.A. Portugal Serviços 31/12/2010 (2.213.916) 9.453.392 11.667.309 14.893.485 (3.073.791) 100,00% 100,00%

Ponta da Cruz - Sociedade Imobiliária e de Gestão de Hotéis, S.A. Portugal Hotelaria /

DRHP 31/12/2010 8.756.728 28.569.874 19.813.147 6.860.858 519.980 51,65% 51,65%

Porto Carlton - Sociedade de Construção e Exploração Hoteleira, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2010 2.108.158 6.594.862 4.486.704 2.160.613 365.434 49,80% 60,00%

Prolameda - Actividades Imobiliárias, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2010 58.067 7.324.512 7.266.445 - (115.980) 84,39% 84,39%

Quinta da Beloura Golfe, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2010 483.864 18.071.756 17.587.892 4.059.953 (45.206) 100,00% 100,00%

Rio de Prata - Consultadoria e Participações, S.A. Portugal Serviços 31/12/2010 43.580 52.522 8.942 - (11.071) 99,90% 99,98%

Rolldown Golfe, Lda. Portugal Golfe 31/12/2010 (901.752) 6.190.388 7.092.141 1.441.446 102.849 51,04% 54,00%

Salvor - Sociedade de Investimento Hoteleiro, S.A. Portugal Hotelaria / DRHP 31/12/2010 109.452.798 187.510.640 78.057.841 21.342.405 (1.686.823) 98,97% 98,97%

SDM - Sociedade Desenvolvimento da Madeira, S.A. Portugal Serviços 31/12/2010 27.542.221 30.766.198 3.223.977 9.351.866 5.324.654 15,00% 70,00%

Sociedade de Investimento Hoteleiro D. João II, S.A. Portugal Hotelaria /

DRHP 31/12/2010 4.413.669 8.447.830 4.034.160 1.610.396 543.406 98,97% 100,00%

Sociedade Imobiliária Troia B3, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2010 14.963.829 16.812.112 1.848.282 1.287 (81.448) 75,61% 80,00%

Sociedade Investimento Imobiliário Eira da Loba, Lda. Portugal Imobiliária 31/12/2010 117.199 118.228 1.028 - (3.476) 96,50% 97,50%

Surinor, S.A. Uruguai Hotelaria 31/12/2010 983.329 7.743.123 6.759.794 - (207.976) 58,35% 100,00%

Viquingue, Sociedade Turística, S.A. Portugal Hotelaria / DRHP 31/12/2010 10.342.756 21.141.994 10.799.239 4.172.989 (48.776) 98,97% 100,00%

42. pERÍmETRO Da CONsOLIDaÇÃO

111

As Associadas e Interesses em Entidades conjuntamente controladas incluídas na consolidação, pelo método de equivalência patrimonial, à data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010, apresentam-se como segue:

Designação Sede Actividade Data de referência

Capital próprio Activos Passivos Volume de

négociosLucro /

(Prejuízo)%

Interesse%

Controlo

Albar - Sociedade Imobiliária do Barlavento, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2011 2.006.997 2.009.911 2.914 - (27.213) 49,81% 49,81%

Enatur - Empresa Nacional de Turismo, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2011 74.412.817 115.492.424 41.079.607 2.792.890 1.126.193 33,77% 49,00%

Leite Creme - Agência de Viagens

e Turismo, S.A. Portugal Hotelaria /

DRHP 31/12/2011 (304.902) 67.939 372.841 18.949 (72.688) 24,00% 24,00%

Pestana Miami, LLC USA Hotelaria 31/12/2011 16.140.306 25.778.763 9.638.457 - 1.441.070 45,91% 45,95%

SDEM - Sociedade de Desenvolvimento

Empresarial da Madeira, S.G.P.S., S.A. Portugal Serviços 31/12/2011 4.567.348 4.609.920 42.572 22.919 (165.994) 3,75% 25,00%

Southern Escapes Travel And Tourism (PTY),

Lda. ZAR África do

Sul Hotelaria 31/12/2011 (106.243) 262.298 368.541 - (106.252) 58,89% 50,00%

Wild Break 29 (PTY), Lda. ZAR África do Sul Hotelaria 31/12/2011 2.810.944 4.772.754 1.961.810 1.922.863 203.844 58,89% 50,00%

Os principais indicadores financeiros dos Outros investimentos financeiros incluídos na consolidação, ao custo de aquisição deduzidos de perdas por imparidade quando existentes, à data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são apresentados como segue:

Designação Sede Actividade Data de referência

Capital próprio Activos Passivos Volume de

négociosLucro /

(Prejuízo)%

Interesse%

Controlo

Brasturinvest Investimentos Turísticos, S.A. Brasil Hotelaria 31/12/2011 37.032.162 180.582.392 143.550.230 56.202.737 2.902.053 22,26% 6,04%

Djebel, S.G.P.S., S.A. Portugal Serviços 31/12/2011 14.101.914 38.534.867 24.432.953 - (2.101.874) 39,50% 39,50%

EuroAtlantic Airways, Transportes Aéreos, S.A. Portugal Aviação 31/12/2011 15.072.698 104.694.939 89.622.241 62.955.545 584.906 15,00% 15,00%

Eurogolfe, S.A. Portugal Golfe 31/12/2011 8.419.816 12.265.048 3.845.232 345.247 83.313 14,14% 14,29%

Salvintur, Sociedade de Investimentos

Turísticos, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2011 13.455.105 21.297.194 7.842.089 190.001 (71.068) 18,80% 19,00%

Designação Sede Actividade Data de referência

Capital próprio Activos Passivos Volume de

négociosLucro /

(Prejuízo)%

Interesse%

Controlo

Brasturinvest Investimentos Turístico, S.A. Brasil Hotelaria 31/12/2010 41.973.666 200.794.968 158.821.301 50.123.668 1.770.225 22,26% 6,04%

Djebel, S.G.P.S., S.A. Portugal Serviços 31/12/2010 16.203.788 40.688.237 24.484.448 6.833 (2.919.072) 39,50% 39,50%

EuroAtlantic Airways, Transportes Aéreos S.A. Portugal Aviação 31/12/2010 16.710.605 112.979.889 96.269.284 68.639.378 845.975 15,00% 15,00%

Eurogolfe, S.A. Portugal Golfe 31/12/2010 1.271.687 7.648.832 6.377.144 695.427 105.253 14,14% 14,29%

Salvintur, Sociedade de Investimentos Turísticos, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2010 9.487.429 15.457.087 5.969.658 - (309.222) 18,80% 19,00%

Designação Sede Actividade Data de referência

Capital próprio Activos Passivos Volume de

négociosLucro /

(Prejuízo)%

Interesse%

Controlo

Albar - Sociedade Imobiliária do Barlavento, S.A. Portugal Imobiliária 31/12/2010 2.034.211 2.036.596 2.385 - (50.978) 49,81% 49,81%

Enatur - Empresa Nacional de Turismo, S.A. Portugal Hotelaria 31/12/2010 75.986.368 111.751.195 35.764.827 2.658.562 1.371.649 29,34% 49,00%

Leite Creme - Agência de Viagens

e Turismo, S.A. Portugal Hotelaria /

DRHP 31/12/2010 232.214 120.559 352.773 294.483 (79.555) 24,00% 24,00%

Pestana Miami, LLC USA Hotelaria 31/12/2010 6.717.595 11.461.052 4.743.457 274.888 (363.092) 45,91% 45,95%

SDEM - Sociedade de Desenvolvimento

Empresarial da Madeira, S.G.P.S., S.A. Portugal Serviços 31/12/2010 4.733.343 4.766.190 32.847 25.087 796.360 3,75% 25,00%

Southern Escapes Travel And Tourism (PTY),

Lda. ZAR África do

Sul Hotelaria 31/12/2010 11 703.417 703.405 - - 58,88% 50,00%

Wild Break 29 (PTY), Lda. ZAR África do Sul Hotelaria 31/12/2010 3.036.837 6.271.375 3.234.537 247.046 22.592 58,88% 50,00%

42. pERÍmETRO Da CONsOLIDaÇÃO

112

No exercício de 2011, o Grupo Pestana passou a incluir no perímetro de consolidação as seguintes subsidiárias:

(i) Por constituição de nova sociedade

- Pinheiro Mar, S.A.

(ii) Por aquisição

- Carolgud, S.A.

No que respeita ao exercício de 2010, o Grupo Pestana incluiu no perímetro de consolidação as seguintes subsidiárias:

(i) Por aumento de capital

- Pestana Berlim S.A.R.L.- Hotel Rauchastrasse 22, S.A.R.L.

(ii) Por aquisição

- Intervisa Viagens e Turismo, S.A.

(iii) Por constituição de nova sociedade

- Aplicações Múltiplas 2, S.A.

A posição financeira das empresas incluídas no perímetro de consolidação com referência a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, apresenta-se como segue:

31/12/2011 31/12/2010

Activo

Activos intangíveis - 7.616

Activos fixos tangíveis 5.075.231 18.491.162

Investimentos financeiros - 58.641

Inventários 26.583 -

Clientes e outras contas a receber 552.057 2.827.336

Activos por impostos diferidos 7.523 -

Imposto sobre o rendimento a receber - 157.765

Caixa e equivalentes de caixa 34.762 1.770.867

Total do Activo 5.696.157 23.313.387

Passivo

Empréstimos obtidos 4.200.000 14.392.004

Fornecedores e outras contas a pagar 1.202.213 2.381.955

Imposto sobre o rendimento a a pagar 6.188 -

Total Passivo 5.408.401 16.773.959

- -

Participação Grupo Pestana 285.128 3.779.920

Interesses minoritários 2.628 2.759.510

43. CONCENTRaÇõEs DE aCTIvIDaDEs EmpREsaRIaIs

113

No exercício de 2011, o Grupo Pestana passou a não incluir no perímetro de consolidação as seguintes subsidiárias:

(i) Por venda

- Capegreen - Consultadoria Económica e Participações, S.A., tendo gerado uma mais-valia de cerca de 1.400.000 Euros.

- Empreendimentos Turísticos, Lda. (detida pela Capegreen - Consultadoria Económica e Participações, S.A.)

No exercício de 2010, o Grupo Pestana passou a não incluir no perímetro de consolidação as seguintes entidades:

(i) Por aumento de capital não subscrito pelo Grupo Pestana

- Eurogolfe, S.A.

(ii) Por fusão

- Aplicações Múltiplas – Sociedade de Aplicações Financeiras, S.A.

(iii) Por venda

- Carlton Life – Residência e Serviços, S.A.- Carlton Life – Cuidados de Apoio, S.A.- Carlton Life – Serviços de Consultoria, S.A.- Carlton Life, SGPS, S.A.- Energólica – Produção de Energia Eléctrica, S.A.

A posição financeira das empresas excluídas do perímetro de consolidação com referência a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, apresenta-se como segue:

31/12/2011 31/12/2010

Activo

Activos intangíveis 40.630 1.348

Activos fixos tangíveis 3.615.148 4.862.330

Inventários 34.517 3.333.478

Clientes e outras contas a receber 394.296 2.868.796

Imposto sobre o rendimento a receber 3.444 12.855

Caixa e equivalentes de caixa 662.825 354.793

Total do Activo 4.750.859 11.433.600

Passivo -

Empréstimos obtidos 40.846 7.502.271

Passivos por impostos diferidos 1.747.327 -

Provisões - 72.250

Fornecedores e outras contas a pagar 77.507 4.464.532

Imposto sobre o rendimento a a pagar 82.533 2.741

Total Passivo 1.948.213 12.041.794

- -

Participação Grupo Pestana 2.802.581 (1.203.782)

Interesses minoritários 65 595.589

43. CONCENTRaÇõEs DE aCTIvIDaDEs EmpREsaRIaIs

114

Em 31 de Dezembro de 2011, o Grupo Pestana é detido e controlado pelo Dr. Dionísio Pestana, que detém 74,2% do capital, e que controla, indirectamente, igualmente como último Accionista, a parte remanescente do capital.

Remuneração do Conselho de Administração

Os membros dos Conselhos de Administração das empresas que compõem o Grupo Pestana foram considerados de acordo com a IAS 24 como sendo os únicos elementos “chave” da gestão. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as remunerações auferidas pelo Conselho de Administração são conforme referido na Nota 34.

Transacções e saldos entre partes relacionadas

Durante o exercício de 2011, o Grupo Pestana efectuou as seguintes transacções com aquelas entidades:

Serviçosobtidos

Jurossuportados

Vendas deinventários

Vendasparticipações

financeiras

Serviçosprestados

Jurosobtidos

Accionistas - - - 3.850.000 9.392 -

Pestana Luxemburgo, S.A. - - - 3.850.000 9.392 -

Associadas 2.940.509 39.046 - - 341.594 1.008

Djebel, S.G.P.S., S.A. - 39.046 - - 12.963 1.008

SDEM - Sociedade de Desenvolvimento Empresarial

da Madeira, S.G.P.S., S.A.13.417 - - - - -

Enatur - Empresa Nacional de Turismo, S.A. 2.927.092 - - - 254.125 -

Pestana Miami LLC - - - - 74.506 -

Interesses em empreendimentos conjuntos 143 - - - 40.092 -

Wildbreak 29 (PTL), Lda. 143 - - - 40.092 -

Outras participadas e outras empresas do grupo 726.738 - - - 1.017.842 558.473

Euro Atlantic Airways - Transportes Aéreos, S.A. 1.732 - - - 178.603 -

Salvintur, Sociedade de Investimentos Turísticos, S.A. 2 - - - 113.336 104.292

Eurogolfe, S.A. 255.858 - - - 11.882 -

Brasturinvest Investimentos Turísticos, S.A. 469.147 - - - 714.021 454.181

Pessoal chave da gestão - - - - - -

3.667.390 39.046 - 3.850.000 1.408.920 559.481

44. paRTEs RELaCIONaDas

115

Durante o exercício de 2010, o Grupo Pestana efectuou as seguintes transacções com aquelas entidades:

Serviçosobtidos

Jurossuportados

Vendas deinventários

Vendasparticipações

financeiras

Serviçosprestados

Jurosobtidos

Accionistas - 20.853 - 3.846.500 6.185 -

Pestana Luxemburgo, S.A. - 20.853 - 3.846.500 6.185 -

Associadas 2.710.634 96.200 - - 134.698 6.348

Djebel, S.G.P.S., S.A. - 96.200 - - 12.223 6.348

SDEM - Sociedade de Desenvolvimento Empresarial da Madeira, S.G.P.S., S.A. 8.674 - - - 31.200 -

Enatur - Empresa Nacional de Turismo, S.A. 2.701.960 - - - 68.312 -

Pestana Miami LLC - - - - 22.963 -

Interesses em empreendimentos conjuntos - - - - 19.957 -

Wildbreak 29 (PTL), Lda. - - - - 19.957 -

Outras participadas e outras empresas do grupo 1.350.522 - - - 553.605 891.852

Euro Atlantic Airways - Transportes Aéreos, S.A. 3.189 - - - 57.782 -

Salvintur, Sociedade de Investimentos Turísticos, S.A. - - - - 286.396 41.272

Eurogolfe, S.A. 883.033 - - - 11.374 -

Brasturinvest Investimentos Turísticos, S.A. 464.300 - - - 198.053 850.580

Pessoal chave da gestão - - - - - -

4.061.156 117.053 - 3.846.500 714.445 898.200

No final do exercício de 2011 e 2010, os saldos resultantes de transacções efectuadas com partes relacionadas são como segue:

31/12/2011 31-12-2010

Empréstimosobtidos

Empréstimosconcedidos

Empréstimosobtidos

Empréstimosconcedidos

Interesses em empreendimentos conjuntos - 1.238.318 - 1.474.391

Wildbreak 29 (PTL), Lda. - 1.238.318 - 1.474.391

Outras participadas e outras empresas do grupo - 18.655.390 - 16.729.685

Salvintur, Sociedade de Investimentos Turísticos, S.A. - 3.559.321 - 2.350.000

Eurogolfe, S.A. - 3.400.000 - 3.203.738

Brasturinvest Investimentos Turísticos, S.A. - 11.696.068 - 11.175.947

Pessoal chave da gestão - - - -

- 19.893.708 - 18.204.075

44. paRTEs RELaCIONaDas

116

Os saldos, por rubrica de balanço, para o exercício de 2011 apresentam-se como segue:

Contas areceber

correntes

Contas areceber não

correntes

Imparidadecontas areceber

Contas areceberlíquidas

Contas apagar

correntes

Contas apagar nãocorrentes

Totalcontas a

pagar

Accionistas 5.778.307 - - 5.778.307 - - -

Pestana Luxemburgo 5.778.307 - - 5.778.307 - - -

- - - - - - -

Associadas 1.914.232 - - 1.914.232 3.987.114 1.093.007 5.080.122

Djebel, SGPS, S.A. 48.927 - - 48.927 3.680.984 - 3.680.984

SDEM Sociedade de Desenvolvimento Empresarial da Madeira, SGPS, S.A. 1.500 - - 1.500 300.000 - 300.000

Enatur Empresa Nacional de Turismo, S.A. 1.514.216 - - 1.514.216 6.131 1.093.007 1.099.138

Pestana Miami LLC 349.589 - - 349.589 - - -

Interesses em empreendimentos conjuntos 82.313 - - 82.313 - - -

Wildbreak 29 (PTL), Lda. 75.419 - - 75.419 - - -

Southern Escapes Travel and Tourism (PTY), Ltd 6.893 - - 6.893 - - -

Outras participadas e outras empresas do grupo 1.807.098 - - 1.807.098 841.769 1.668.454 2.510.223

Euro Atlantic Airways Transportes Aéreos, S.A. 122.096 - - 122.096 - - -

Salvintur, Sociedade de Investimentos Turísticos, S.A. 1.168.170 - - 1.168.170 - - -

Eurogolfe, S.A. 2.489 - - 2.489 39.608 - 39.608

Brasturinvest Investimentos Turísticos, S.A. 514.342 - - 514.342 802.161 1.668.454 2.470.614

Pessoal chave da gestão - - - - - - -

9.581.949 - - 9.581.949 4.828.883 2.761.461 7.590.344

Os saldos, por rubrica de balanço, para o exercício de 2010 apresentam-se como segue:

Contas areceber

correntes

Contas areceber não

correntes

Imparidadecontas areceber

Contas areceberlíquidas

Contas apagar

correntes

Contas apagar nãocorrentes

Totalcontas a

pagar

Accionistas 3.846.500 - - 3.846.500 - - -

Pestana Luxemburgo 3.846.500 - - 3.846.500 - - -

-. . - - -. . - - -

Associadas 437.220 - - 437.220 607.301 - 607.301

Djebel, SGPS, S.A. 69.582 - - 69.582 - -

SDEM - Sociedade de Desenvolvimento Empresarial da Madeira, SGPS, S.A. 1.500 - - 1.500 600.000 - 600.000

Enatur - Empresa Nacional de Turismo, S.A. 91.890 - - 91.890 7.301 - 7.301

Pestana Miami LLC 274.248 - - 274.248 - - -

Interesses em empreendimentos conjuntos 692.673 - - 692.673 - - -

Wildbreak 29 (PTL), Lda. 692.568 - - 692.568 - - -

Southern Escapes Travel and Tourism (PTY), Ltd 105 - - 105 - - -

Outras participadas e outras empresas do grupo 1.256.490 - - 1.256.490 1.523.208 - 1.523.208

Euro Atlantic Airways - Transportes Aéreos, S.A. 53.199 - - 53.199 3.603 - 3.603

Salvintur, Sociedade de Investimentos Turísticos, S.A. 911.479 - - 911.479 79.721 - 79.721

Eurogolfe, S.A. 51.472 - - 51.472 176.016 - 176.016

Brasturinvest Investimentos Turísticos, S.A. 240.340 - - 240.340 1.263.868 - 1.263.868

Pessoal chave da gestão - - - - - - -

6.232.883 - - 6.232.883 2.130.509 - 2.130.509

44. paRTEs RELaCIONaDas

117

Em 13 de Janeiro de 2012, a subsidiária Grupo Pestana Pousadas chegou a acordo com a senhoria res-pectiva no sentido da cessação no dia 15 imediatamente subsequente do contrato de arrendamento das instalações onde funcionava a Pousada de S. Vicente, em Braga. De igual modo, foi alienado à entidade que tomou o arrendamento das ditas instalações o inventário móvel do mesmo estabelecimento a quem o transmitiu na referida data de 15 de Janeiro. No entanto, o impacto financeiro das situações acima identificadas foi incorporado nos resultados do exercício de 2011. Nessa data, o referido estabelecimento deixou de integrar a rede das Pousadas de Portugal.

No dia 19 de Janeiro de 2012, a subsidiária ITI, S.A. foi notificada pela AICEP da aprovação da atribuição do prémio de realização da candidatura. Desta forma, esta subsidiária vê confirmada a sua estimativa no que respeita à conversão do subsídio reembolsável em não reembolsável (Nota 7).

No início do mês de Março de 2012, foi inaugurado a Cidadela de Cascais, propriedade da subsidiária Pestana Cidadela, S.A..

45. EvENTOs sUBsEqUENTEs

Funchal, 30 de Abril de 2012

O Conselho de Administração

Dionísio Fernandes Pestana - PresidentePietro Luigi Valle - VogalJosé Alexandre Lebre Theotónio – Vogal

O Técnico Oficial de Contas

Luis Miguel Miranda Fernandes

11810.

119

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO PESTANA – S.G.P.S., S.A., as quais compreendem o Demonstração da posição financeira consolidada em 31 de Dezembro de 2011, (que evidencia um total do activo de 983.445.217 Euros e um total de capital próprio de 300.022.870 Euros, incluindo um resultado líquido consolidado do exercício de 9.947.093 Euros, sendo 7.212.072 Euros atribuível aos accionistas da Empresa e 2.735.021 Euros a interesses não controlados), as demonstrações consolidadas dos resultados, do rendimento integral, das alterações dos capitais próprios e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, e as correspondentes notas às demonstrações financeiras consolidadas. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards (“IFRSs”)), tal como adoptadas na União Europeia.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, os resultados e rendimento integral consolidados das suas operações, as alterações no seu capital próprio consolidado e os seus fluxos de caixa consolidados, a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado, bem como a informação de quaisquer factos relevantes que tenham influenciado a actividade, posição financeira ou resultados das empresas incluídas no perímetro da consolidação.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o exame incluiu a verificação, numa base de amostragem,

do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação, a verificação das operações de consolidação e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empreasa incluídas na consolidação, a apreciação da adequação das políticas contabilísticas adoptadas, da sua aplicação uniforme e da sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, e a apreciação da adequação, em termos globais, da apresentação das demonstações financeiras consolidadas.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada do GRUPO PESTANA – S.G.P.S., S.A. em 31 de Dezembro de 2011, os resultados e rendimento integral consolidados das suas operações, as alterações no seu capital próprio consolidado e os seus fluxos de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards (“IFRSs”)), tal como adoptadas na União Europeia, aplicadas de forma consistente com o exercício anterior.

Relato sobre outros requisitos legais

8. É também nossa opinião que a informação financeira constante do relatório de gestão consolidado é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Funchal, 30 de Maio de 2012

Neves da Silva e Maria J. Pimenta, SROCRepresentada por:Manuel António Neves da Silva (ROC 625)

10. CERTIFICaÇÃO LEGaL DEs CONTas

12011.

121

Exmos, Senhores Accionistas da GRUPO PESTANA - S.G.P.S, S.A.

Dando cumprimento ao disposto na lei e nos estatutos da Sociedade, vimos apresentar o nosso relatório anu-al relativamente à fiscalização que exercemos sobre a Administração de GRUPO PESTANA – S.G.P.S., S.A. em referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

Com a regularidade que considerámos apropriada e necessária, e na generalidade, acompanhámos a acti-vidade da Sociedade através de informações prestadas pela Administração e pela Direcção Financeira e da verificação do registo contabilístico das transacções mais significativas, que validámos com adequada do-cumentação de suporte. A nossa acção de fiscalização foi extensiva à verificação dos valores patrimoniais e complementada com a obtenção de informações e es-clarecimentos sobre as principais operações realizadas e sobre as perspectivas de desenvolvimento do negócio da Sociedade, os quais em todas as circunstâncias os Serviços e a Administração nos disponibilizaram.

O Relatório do Conselho de Administração, pela quali-dade da informação que sintetiza a actividade desen-volvida pela Sociedade em 2011 e as suas perspectivas futuras, merece que os senhores Accionistas lhe dedi-quem cuidada leitura.

Verificámos a exactidão das demonstrações financeiras – individuais e consolidadas – reportadas a 31 de De-zembro de 2011, que foram submetidas à nossa apre-ciação pela Administração, e a sua conformidade com o Relatório do Conselho de Administração, bem como a adequada divulgação das políticas e critérios contabi-lísticos que presidiram à sua preparação, os quais consi-deramos que conduzem a uma apropriada avaliação do património e dos resultados da Sociedade e do Grupo.

Como nos competia, procedemos nesta mesma data e na qualidade de Revisor Oficial de Contas à emissão da Certificação Legal das Contas sobre as demonstrações financeiras da Sociedade, individuais e consolidadas.

Em conclusão, entendemos que os documentos atrás mencionados permitem, quando lidos em conjunto, uma boa compreensão da posição financeira – indivi-dual e consolidada – do Grupo Pestana – S.G.P.S., S.A. em 31 de Dezembro de 2011 e satisfazem as dis-posições legais e estatutárias.

Face ao que antecede, o Fiscal Único é de Parecer:

1º Que aproveis o Relatório de Gestão e as demonstra-ções financeiras – individuais e consolidadas – apresen-tadas pelo Conselho de Administração.

2º Que aproveis a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração.

Funchal, 30 de Maio de 2012

Neves da Silva e Maria J. Pimenta, SROC

Representada por:Manuel António Neves da Silva (ROC 625)

11. RELaTóRIO E paRECER DO FIsCaL úNICO

122

Largo António Nobre 9004-531 Funchal, Madeirawww.pestana.com