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  ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COLISÕES ACADÊMICOS: Ghaith Khalil A. Suleiman Marcos Lucas de Oliveira PROFESSOR: DR. EDUARDO CERETTA  LAB. DE FÍSICA I BAGÉ JULHO/2010

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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

COLISÕES

ACADÊMICOS: Ghaith Khalil A. Suleiman

Marcos Lucas de Oliveira

PROFESSOR: DR. EDUARDO CERETTA LAB. DE FÍSICA I

BAGÉJULHO/2010

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Colisões

Resumo

Neste trabalho vamos demonstrar as características das colisões, com base

numa experiência realizada no laboratório de física, e, também evidenciaremos opesquisador do movimento. Analisaremos atreves dos dados experimentais a energiacinética (K) antes e depois da colisão, o momento linear (p) antes edepois da colisão; e verificaremos se existe conservação de energia cinética e potencial.Esse relatório tem como objetivo comprovar a existência de dois tipos de colisões, assuas diferenças e aplicações.

Introdução

A colisão é um evento isolado, no qual dois ou mais corpos em movimentoexercem forças relativamente fortes entre si, e a mesma quando atua sobre o corpo tem

curta direção, módulo elevado e muda bruscamente o momento do corpo [3]. A energiacinética está associada à velocidade do corpo e à sua massa, e, se a energia cinética totalnão for alterada pela colisão, a energia cinética do sistema é conservada (é a mesmaantes e depois da colisão), este tipo de colisão é chamado de colisão elástica. Nascolisões entre corpos comuns, que acontecem no dia-a-dia, como entre dois carros ouentre uma bola e um taco, parte da energia é sempre transferida de energia cinética paraoutras formas de energia, como a energia térmica e a energia sonora. Isso significa que aenergia cinética não é conservada, portanto esse tipo de colisão é chamado de colisãoinelástica.

Teoria

Para um melhor entendimento vamos ver alguns conceitos:

1.  Forças internas: Interação de dois componentes do sistema;2.  Forças externas: Interação de um componente do sistema com corpos que não

sejam do sistema.

Durante as colisões os corpos trocam forças muito intensas que podem provocardeformações. Essas forças recebem o nome de forças impulsivas, e são forças internas

em relação ao sistema constituído pelos corpos que realizam o choque. Mesmo quandoexistem forças externas agindo durante o choque, os impulsos dessas forças sãodesprezíveis, pois o intervalo de tempo de uma colisão é extremamente pequeno, porém,a energia que um corpo possui em virtude de seu movimento é denominada energiacinética e a mesma está associada à velocidade do corpo e à sua massa [1]. Em vistadisto, percebemos que colisão está intimamente ligada à terceira lei de Newton, ou seja,lei da ação e reação e para comprovação pegaremos um exemplo:

Duas pessoas vêm caminhando pela rua em sentido contrário quando,inadvertidamente, esbarram uma na outra, o impacto provocado pelo esbarrão é sentido

pelas duas pessoas. Esse exemplo mostra que, toda vez que um corpo age sobre outro,esse corpo sofre, imediatamente, a ação do outro, esta ação de um corpo sobre outro se

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chama interação. Observando as forças que aparecem na interação de dois corpos,Newton chegou à conclusão de que é impossível a existência de uma força única,isolada, o que existe é par de forças, que são chamadas indiferentemente de ação ereação, uma não existe sem a outra; A partir desse fato, ele formulou sua terceira lei  – Oprincipio da ação e reação- cujo enunciado é o seguinte:

“Se um corpo A aplica a um corpo B uma força FAB, o corpo B aplica ao corpo A umaforça FBA, de mesmo módulo e mesma direção, mas com sentido oposto”. [1]

Assim, notamos que num sistema em que só atuam forças internas, a quantidadede movimento se conserva. É o caso, por exemplo, do sistema formado por duas bolasde bilhas que se chocam durante o jogo. Portanto todo corpo em movimento possuienergia cinética. Partindo disso vamos analisar a energia cinética de um sistema em quesó atuam forças internas, após a interação entre dois corpos.

- Choques perfeitamente elásticos

A figura abaixo mostra duas bolas de bilhas em movimento durante um jogo,sofrendo um choque frontal:

No momento da interação, a bola 1(azul) exerce uma ação sobre a bola 2(vermelha),

obrigando-a a aumentar sua velocidade, já que essa ação é exercida no sentido contráriodo movimento. A bola 2, por sua vez, exerce uma reação sobre a bola 1, fazendo comque sua velocidade se reduza (a reação atua sempre em sentido contrário aomovimento), por isso após o choque, a velocidade da bola 2 será maior que a bola 1.Assim, quando dois corpos se chocam e, após a interação, cada corpo se move com suavelocidade própria, dizemos que houve um choque perfeitamente elástico.

As características do choque elástico são:

  A quantidade de movimento do sistema antes do choque é exatamente igual à

quantidade de movimento do sistema depois do choque, embora as partes dessesistema tenham variado suas quantidades de movimento;

V’1< v’2

V1> v2

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  A energia cinética do sistema antes do choque é exatamente igual à energiacinética do sistema depois do choque, embora as partes tenham variado suasenergias cinéticas.

E o choque inelástico apresenta as seguintes características:

  A quantidade de movimento do sistema antes do choque é exatamente igual àsua quantidade de movimento depois do choque embora as partes do sistematenham variado sua quantidade de movimento isoladamente;

  A energia cinética do sistema antes do choque é maior que sua energia cinéticadepois do choque. Nesta interação, parte da energia cinética se transforma emoutras formas de energia, como calor, som, etc.

- Pegaremos como exemplo a seguinte situação:

Um carrinho de rolimã está se deslocando sobre o asfalto de uma rua. Numdeterminado momento, um menino vem correndo, salta sobre o carrinho e os doispassam a se mover juntos. Quando o menino salta sobre o carrinho, exerce sobre eleuma ação (para frente), fazendo aumentar sua velocidade. O carrinho, por sua vez,exerce uma ração sobre o menino, diminuindo sua velocidade original. Contudo, após ainteração, carrinho e menino passam a constituir um único bloco, que se move parafrente, com uma única velocidade. Dizemos, neste caso, que houve um choqueinelástico entre o carrinho e o menino.

Segundo [2] momento linear de uma partícula é um vetor p definido através daequação p= m.v, onde m é a massa da partícula e v a sua velocidade. Newton formuloua sua segunda lei em termos de movimento; pois a taxa de variação de um momento deuma partícula é proporcional à resultante das forças que agem sobre a partícula e tem amesma direção e o mesmo sentido da força. No memento linear de n partículas cada um

com sua massa, velocidade e momento linear. As partículas podem interagir uma comas outras e podem também estar sujeitas a forças externas. O sistema como um todo

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possui um momento linear total P, definido como a soma vetorial dos momentoslineares de todas as partículas. Portanto o sistema de partículas de um momento linear éigual ao produto da massa total M do sistema pela velocidade do seu centro de massa.

- Com base nos experimento realizado e demonstrado neste relatórioformulamos a figura 03 sobre colisão:

Choques perfeitamenteelásticos

Choques perfeitamenteinelásticos

Características Seguem separadas Seguem juntas

Quantidade de movimento Q antes = Q depois Q antes = Q depois

Cálculo ma.va+mb.vb= ma+va’+mb.vb’  ma.va+mb.vb = (ma+mb).v

Energia cinética EC (antes) = EC (depois) EC (antes) > EC (depois) Coeficiente de Restituição e = 1 e = 0

Figura 03

Parte experimental

Os materiais utilizados neste experimento foram: Trilho de ar, dois carrinhos,cronômetro, sensores fotoelétricos e trena graduada. Para melhor análise doexperimento utilizou-se dois carrinhos com massas diferentes, dispostos em um trilhode ar, cronometrando o tempo percorrido dos mesmos em dois percursos de 10 cm cada.

  Colisão elástica:

Neste experimento dois carrinhos, atraídos entre si por um imã, foram colocados demaneira que se chocassem. Fez-se uma pesagem dos carrinhos e cronometraram-seos tempos percorridos pelos carrinhos durante o 10 cm do percurso.

 

A

 

(V= 0)V0 V0

v

VBVA

B

A

 

B

A

 

B

BA

 

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m1 0,293g t1 0,707s

m2 0,291g t2 0,695s

Para verificar se há uma colisão elástica, calculamos a Ec (energia cinética) e P(momento linear) antes e após a colisão dos carrinhos. Para que haja conservaçãodesses valores de energia e momento, o somatório destas deve ser exatamente igualantes e após da colisão.

  Colisão inelástica:

Neste experimento dois carrinhos, impulsionados por um pino, foram colocadosde maneira que se chocassem. Fez-se uma pesagem dos carrinhos e

cronometraram-se os tempos percorridos pelos carrinhos durante o 10 cm dopercurso.

m1 0,284g t1 0,722s

m2 0,283g t2 0,594s

Para verificar se há uma colisão inelástica, calculamos a Ec (energia cinética) eP (momento linear) antes e após a colisão dos carrinhos. Para que hajaconservação desses valores de energia e momento, o somatório destas deve serexatamente igual antes e após da colisão. Na colisão inelástica, o somatório domomento deve ser exatamente igual antes e depois da colisão e que a energiacinética inicial maior que a final.

Resultados e análises de dados

 Colisão elástica:Como o segundo carrinho parte do repouso, a energia cinética e o momentolinear iniciais deste são nulos. Para verificar se há conservação, calculamos avelocidade final dos carrinhos após a colisão destes através das equações(Halliday):

v1f=[(m1-m2)/(m1+m2)]*v1i

v2f=[(2m1)/(m1+m2)]*v1i

Após este calculo verificamos que tanto a energia cinética quanto o momento

linear do experimento se conserva:

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Antes Depois

Ec 2,91E-05 2,91E-05P 4,13E-03 4,13E-03

Verificamos que com isso há conservação de Ec e P nos corpos após a colisão.

  Colisão inelástica:Como o segundo carrinho parte do repouso, a energia cinética e o momentolinear iniciais deste são nulos. Como após a colisão os dois corpos ficamgrudados um ao outro, eles tem a mesma velocidade. Calculamos a velocidadefinal dos carrinhos após a colisão destes através da equação (Halliday):

vf=[(m1)/(m1+m2)]*v1i

Após este calculo verificamos que o momento linear se conserva e a energiacinética inicial do carrinho é maior que a final:

Antes DepoisEc 2,72E-05 1,36E-05

P 3,93E-03 3,93E-03

Verificamos com os dados que há uma colisão inelástica nestes dois corpos e

que a energia cinética se conserva.

Discussão e conclusão

Concluímos através dos dados experimentais que em qualquer tipo de choquemecânico, a quantidade de movimento do sistema se conserva. Porém, a energia cinéticasó se conserva no choque elástico. No choque inelástico, a energia cinética do sistema

diminui, ao transformar-se em outras formas de energia. Percebemos portando que acolisão está intimamente ligada a terceira lei de Newton, “ação e reação”.

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Referências bibliográficas

[1] LENZ, Urbano; MORETTO; Vasco Pedro, Física em Módulos de Ensino, 7ª ed,Editora Ática,1982.[2] Halliday, Resnick, Walker, Fundamentos de Física, v.1, 7ª ed., Editora LTC.

[3] Bonjorno e Clinton, Física: História e Cotidiano; Editora FTD: 2 ed.; São Paulo:2005.Figura01http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000000537/0000004564.pngFigura02http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000000537/0000004565.png