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Prof. Msc. Roseana Maria Alencar de Prof. Msc. Roseana Maria Alencar de Araujo Araujo 1

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Prof. Msc. Roseana Maria Alencar de AraujoProf. Msc. Roseana Maria Alencar de Araujo

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Aspectos IntrodutóriosAspectos IntrodutóriosEtimologicamente quer dizer “o estudo do homem.” Etimologicamente quer dizer “o estudo do homem.”

Anthropus: Anthropus: homem; lhomem; logos:ogos:estudoestudo..

A Antropologia não é apenas o estudo de tudo que compõe a uma sociedade. Ela é o estudo de todas as sociedades humanas (a nossa inclusive), ou seja, das culturas da

humanidade como um todo em suas diversidades históricas e

geográficas.

François Laplantine

LAPLATINE, 2000, p.20

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33

Estudo das diferenças e semelhanças humanas.Estudo das diferenças e semelhanças humanas.

Na Antigüidade pensadores efetuaram registros sobre Na Antigüidade pensadores efetuaram registros sobre os costumes de povos diferentes.os costumes de povos diferentes.

Considerada uma Ciência recente, no final do Século Considerada uma Ciência recente, no final do Século XIX se consolida a busca pelo elo perdido da transição XIX se consolida a busca pelo elo perdido da transição entre os primatas e o homem, bem como a entre os primatas e o homem, bem como a preocupação com o diferente, com o estranho.preocupação com o diferente, com o estranho.

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Propõe-se conhecer o homem em três Propõe-se conhecer o homem em três perspectivas:perspectivas:

Roseana
Roseana
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Objeto e Objetivo da AntropologiaObjeto e Objetivo da Antropologia

Foco de interesse da Antropologia: Foco de interesse da Antropologia:

o homem e a cultura. o homem e a cultura.

Objetivo: o estudo da humanidade.Objetivo: o estudo da humanidade.

Objeto: o homem e suas obras.Objeto: o homem e suas obras.

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Divisão da AntropologiaDivisão da Antropologia Três Campos de Estudo:Três Campos de Estudo:

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a) Antropologia Física ou Biológica: estuda a evolução do ser a) Antropologia Física ou Biológica: estuda a evolução do ser humano humano desde o seu surgimento na África e a migração para desde o seu surgimento na África e a migração para outros continentes, numa jornada até os dias atuais.outros continentes, numa jornada até os dias atuais.

77

O objetivo é compreender como os processos de O objetivo é compreender como os processos de evolução biológica e social contribuíram para que nos evolução biológica e social contribuíram para que nos tornássemos o que somos hoje.tornássemos o que somos hoje.

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88

b) Antropologia Geral ou Arqueológica: estuda b) Antropologia Geral ou Arqueológica: estuda os vestígios deixados pelas sociedades já os vestígios deixados pelas sociedades já desaparecidas procurando reconstruir sua desaparecidas procurando reconstruir sua história.história.

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c) Antropologia Cultural: concentra o seu c) Antropologia Cultural: concentra o seu estudo nas culturas humanas, procurando estudo nas culturas humanas, procurando revelar diferentes aspectos de sua organização revelar diferentes aspectos de sua organização passada, presente e futura, constituindo o seu passada, presente e futura, constituindo o seu objeto de análise:objeto de análise:

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ExercícioExercício

Em duplas, os acadêmicos deverão Em duplas, os acadêmicos deverão apresentar, no próximo encontro, as apresentar, no próximo encontro, as subdivisões da ANTROPOLOGIA FÍSICA subdivisões da ANTROPOLOGIA FÍSICA E DA ANTROPOLOGIA CULTURAL.E DA ANTROPOLOGIA CULTURAL.

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1111

DIFICULDADES DO ESTUDO DA DIFICULDADES DO ESTUDO DA ANTROPOLOGIAANTROPOLOGIA

1. A primeira dificuldade se situa nos termos 1. A primeira dificuldade se situa nos termos utilizados:utilizados:

Segundo LAPLANTINE Segundo LAPLANTINE (2000, p. 25-30):(2000, p. 25-30):

Estudo das instituições ou dos comportamentosEstudo das instituições ou dos comportamentos

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1212

5. É possível os pesquisadores dominarem 5. É possível os pesquisadores dominarem conteúdos tão vastos da Antropologia ao conteúdos tão vastos da Antropologia ao mesmo tempo?mesmo tempo?

2. Como o homem poder ser cientifico 2. Como o homem poder ser cientifico estudando a si mesmo?estudando a si mesmo?

3. Qual a diferença entre o estudo histórico e o 3. Qual a diferença entre o estudo histórico e o antropológico?antropológico?

4. A antropologia comporta estudos 4. A antropologia comporta estudos fundamentais e aplicados?fundamentais e aplicados?

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1313

Uma perspectiva histórica – Uma perspectiva histórica – A pré-história da AntropologiaA pré-história da Antropologia

Uma perspectiva: a recusa do estranho.Outra perspectiva: Uma perspectiva: a recusa do estranho.Outra perspectiva: a fascinação pelo a fascinação pelo estranhoestranho. .

(LAPLATINE, 2000, p. 54-92)(LAPLATINE, 2000, p. 54-92)

A descoberta das diferenças A descoberta das diferenças pelos grandes navegadores do pelos grandes navegadores do século XVI e a dupla resposta século XVI e a dupla resposta ideológica. A descoberta do Novo ideológica. A descoberta do Novo Mundo e seus habitantes. Mundo e seus habitantes.

O selvagem têm alma? São O selvagem têm alma? São passíveis de serem salvos do passíveis de serem salvos do pecado original?pecado original?

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1414

Uma perspectiva históricaUma perspectiva histórica

Em outras palavras: a figura do mau Em outras palavras: a figura do mau selvagem e do bom civilizado ou a figura selvagem e do bom civilizado ou a figura do bom selvagem e do mau civilizado?do bom selvagem e do mau civilizado?

A partir do enfrentamento destas duas A partir do enfrentamento destas duas posições chega-se a uma evidência: o posições chega-se a uma evidência: o selvagem não é inferior ou superior e sim selvagem não é inferior ou superior e sim diferente.diferente.

A pré-história da Antropologia:A pré-história da Antropologia:

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O Século XVIII na Antropologia: O Século XVIII na Antropologia:

1) A construção de um certo número de conceitos, 1) A construção de um certo número de conceitos, começando pelo próprio conceito de homem, não começando pelo próprio conceito de homem, não apenas enquanto sujeito, mas enquanto objeto do apenas enquanto sujeito, mas enquanto objeto do saber; abordagem totalmente inédita, já que saber; abordagem totalmente inédita, já que consiste em introduzir dualidade característica das consiste em introduzir dualidade característica das ciências exatas (o sujeito observante e o objeto ciências exatas (o sujeito observante e o objeto observado) no coração do próprio homem:observado) no coração do próprio homem:

A invenção do conceito do homem. Segundo A invenção do conceito do homem. Segundo LAPLANTINE (2000, p. 55-57) “o projeto LAPLANTINE (2000, p. 55-57) “o projeto antropológico (...) supõe:antropológico (...) supõe:

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1616

2. A constituição de um saber que não seja 2. A constituição de um saber que não seja apenas de reflexão e sim de observação, isto é, apenas de reflexão e sim de observação, isto é, um novo modo de acesso ao homem, que passa um novo modo de acesso ao homem, que passa a ser considerado em sua existência concreta, a ser considerado em sua existência concreta, envolvida nas determinações de seu organismo, envolvida nas determinações de seu organismo, de suas relações de produção, de sua de suas relações de produção, de sua linguagem de suas instituições, de seus linguagem de suas instituições, de seus comportamentos. Assim começa a constituição comportamentos. Assim começa a constituição dessa positividade de um saber empírico (e não dessa positividade de um saber empírico (e não mais transcendental) sobre o homem enquanto mais transcendental) sobre o homem enquanto ser vivo(biologia), que trabalha (economia), ser vivo(biologia), que trabalha (economia), pensa (psicologia) e fala (lingüística)...(...)pensa (psicologia) e fala (lingüística)...(...)

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1717

4. Um método de observação e de análise; o 4. Um método de observação e de análise; o método indutivo. Os grupos sociais (que método indutivo. Os grupos sociais (que começam a ser comparados a organismos começam a ser comparados a organismos vivos, podem ser considerados como sistemas vivos, podem ser considerados como sistemas naturais que devem ser estudados naturais que devem ser estudados empiricamente, a partir da observação de fatos, empiricamente, a partir da observação de fatos, a fim de extrair princípios gerais que hoje a fim de extrair princípios gerais que hoje chamaríamos de leis.” chamaríamos de leis.”

3. Uma problemática essencial; a da diferença. (...)3. Uma problemática essencial; a da diferença. (...)

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1818

O Século XIX - tempo dos pioneiros: O Século XIX - tempo dos pioneiros:

Antropologia como disciplina autônoma: a ciência das Antropologia como disciplina autônoma: a ciência das sociedade primitivas em todas as suas dimensões sociedade primitivas em todas as suas dimensões (biológica, técnica, econômica, política, religiosa, (biológica, técnica, econômica, política, religiosa, lingüística , psicológica....) (LAPLATINE, 2000, p. 63)lingüística , psicológica....) (LAPLATINE, 2000, p. 63)

O indígena das sociedades extra-européias não é O indígena das sociedades extra-européias não é mais o selvagem do século XVIII, tornou-se o mais o selvagem do século XVIII, tornou-se o primitivoprimitivo, isto é, o ancestral do civilizado, , isto é, o ancestral do civilizado, destinado a reencontrá-lo (LAPLATINE, 2000, p. destinado a reencontrá-lo (LAPLATINE, 2000, p. 65)65)

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1919

Conhecimento da origem do homem , das formas Conhecimento da origem do homem , das formas simples de organização social às mais complexas simples de organização social às mais complexas das sociedades modernas, numa perspectiva das sociedades modernas, numa perspectiva evolucionista, passando por várias etapas até evolucionista, passando por várias etapas até chegar ao estágio final, ou seja a civilização.chegar ao estágio final, ou seja a civilização.

Autor: MorganAutor: Morgan

Justificação teórica ao neocolonialismo.Justificação teórica ao neocolonialismo.

Ênfase ao estudo do parentesco e da religião. Ênfase ao estudo do parentesco e da religião. Destaca-se a Austrália e suas populações Destaca-se a Austrália e suas populações aborígines como as mais arcaicas do mundo.aborígines como as mais arcaicas do mundo.

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2020

Criação das primeiras cadeiras Criação das primeiras cadeiras universitárias , das sociedades científicas universitárias , das sociedades científicas de etnologia, do museu do palácio de de etnologia, do museu do palácio de Trocadero em 1879, que se tornou, Trocadero em 1879, que se tornou, posteriormente, o Museu do Homem.posteriormente, o Museu do Homem.

Reconhecimento da unidade humana, sem Reconhecimento da unidade humana, sem a qual não se teria ultrapassado o estudo a qual não se teria ultrapassado o estudo das etnologias regionais.das etnologias regionais.

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2121

O Século XX - os fundadores da O Século XX - os fundadores da Etnografia – Boas e Malinowsky:Etnografia – Boas e Malinowsky:

Fim da repartição das tarefas: não há Fim da repartição das tarefas: não há mais o observador viajante, missionário, mais o observador viajante, missionário, que coleta os dados e o pesquisador que coleta os dados e o pesquisador erudito que os analisa. O pesquisador vai erudito que os analisa. O pesquisador vai a campo, e permanece em estadias a campo, e permanece em estadias prolongadas.prolongadas.

Destaques: Franz Boas (americano de Destaques: Franz Boas (americano de origem alemã) e Bronislaw Malinowsky origem alemã) e Bronislaw Malinowsky (polonês naturalizado inglês).(polonês naturalizado inglês).

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2222

Exercício : os acadêmicos cujo o Exercício : os acadêmicos cujo o nome inicie com as letras do nome inicie com as letras do alfabeto até a letra k (inclusive) alfabeto até a letra k (inclusive) pesquisarão sobre a vida e a obra pesquisarão sobre a vida e a obra de Franz Boas.de Franz Boas.

Franz Boas (1858-1942) Franz Boas (1858-1942)

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2323

Exercício : os acadêmicos cujo Exercício : os acadêmicos cujo nome inicie com a letra l e as nome inicie com a letra l e as demais letras do alfabeto em demais letras do alfabeto em diante pesquisarão sobre a vida e diante pesquisarão sobre a vida e a obra de Malinowsky.a obra de Malinowsky.

Bronislaw Malinowsky Bronislaw Malinowsky (1858-1942)(1858-1942)

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2424

Registro minucioso de todos os aspectos Registro minucioso de todos os aspectos culturais: cada sociedade torna-se uma culturais: cada sociedade torna-se uma totalidade autônoma. Um costume só tem totalidade autônoma. Um costume só tem significado, se contextualizado.significado, se contextualizado.

BOAS:BOAS:

Culturas e locais de estudo: Kwakiult e Chinook Culturas e locais de estudo: Kwakiult e Chinook – Colúmbia Britânica.– Colúmbia Britânica.

Não existe objeto nobre ou indigno para a Não existe objeto nobre ou indigno para a Ciência.Ciência.

Necessidade de acesso à língua da cultura Necessidade de acesso à língua da cultura a ser pesquisada.a ser pesquisada.

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2525

Obra que o tornou fundamental para a Antropologia do Obra que o tornou fundamental para a Antropologia do século XX: século XX: Os Argonautas do Pacífico Ocidental Os Argonautas do Pacífico Ocidental (Ilhas Trobriand). Realizou suas observações a partir do (Ilhas Trobriand). Realizou suas observações a partir do convívio com os nativos, afastando-se do contato com o convívio com os nativos, afastando-se do contato com o mundo europeu. A sociedade a ser estudada deve ser mundo europeu. A sociedade a ser estudada deve ser entendida como uma totalidade no momento em que se entendida como uma totalidade no momento em que se observa.observa.

MALINOWSKI: MALINOWSKI:

A Antropologia se torna a Ciência da Alteridade, A Antropologia se torna a Ciência da Alteridade, estudando as lógicas particulares de cada estudando as lógicas particulares de cada sociedade, numa perspectiva biopsicossocial. sociedade, numa perspectiva biopsicossocial. Fundador do método da observação participante e Fundador do método da observação participante e da teoria funcionalistada teoria funcionalista

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Para DURKHEIM os fatos sociais devem ser tratados como Para DURKHEIM os fatos sociais devem ser tratados como coisas – dando autonomia à perspectiva social dos coisas – dando autonomia à perspectiva social dos fenômenos humanos. A Antropologia era considerada um fenômenos humanos. A Antropologia era considerada um ramo da Sociologia.ramo da Sociologia.

2626

OS PRIMEIROS TEÓRICOS DA OS PRIMEIROS TEÓRICOS DA ANTROPOLOGIAANTROPOLOGIA

MAUSS : deve-se ao autor o conceito de fenômeno social MAUSS : deve-se ao autor o conceito de fenômeno social total , constituído pela integração dos aspectos biológico, total , constituído pela integração dos aspectos biológico, econômico, jurídico, histórico, religioso, estético...., econômico, jurídico, histórico, religioso, estético...., constituindo uma realidade que deve ser apreendida em sua constituindo uma realidade que deve ser apreendida em sua totalidade. A Sociologia como parte da Antropologia.totalidade. A Sociologia como parte da Antropologia.

DURKHEIM E MAUSS disponibilizam o quadro teórico e os DURKHEIM E MAUSS disponibilizam o quadro teórico e os instrumentos que faltavam à Antropologia. instrumentos que faltavam à Antropologia.

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2727

ANTROPOLOGIA JURÍDICAANTROPOLOGIA JURÍDICA

““A Antropologia do Direito se ocupa do A Antropologia do Direito se ocupa do aspecto legal ou normativo das aspecto legal ou normativo das sociedades, abrangendo também a sociedades, abrangendo também a questão da justiça, como elementos questão da justiça, como elementos integrantes da organização social e integrantes da organização social e cultural.” (ALVES, 2007, p. 63)cultural.” (ALVES, 2007, p. 63)

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2828

ANTROPOLOGIA JURÍDICAANTROPOLOGIA JURÍDICA

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2929

““O poder não é senão um tipo particular de O poder não é senão um tipo particular de relações entre os indivíduos. E tais relações são relações entre os indivíduos. E tais relações são específicas: por outras palavras, elas nada tem a específicas: por outras palavras, elas nada tem a ver com a troca, a produção e a comunicação, ver com a troca, a produção e a comunicação, mesmo que lhes estejam associadas . O traço mesmo que lhes estejam associadas . O traço distintivo do poder é o de determinados homens distintivo do poder é o de determinados homens podem, mais ou menos, determinar inteiramente a podem, mais ou menos, determinar inteiramente a conduta de outros homens – mas jamais de modo conduta de outros homens – mas jamais de modo exaustivo e coercitivo.” (2006, p.67)exaustivo e coercitivo.” (2006, p.67)

O PODER:O PODER:

Segundo Foucault:Segundo Foucault:

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3030

““... Toda a probabilidade de impor a vontade numa relação ... Toda a probabilidade de impor a vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade.” (WEBER apud Alves, 2007,p. 64)dessa probabilidade.” (WEBER apud Alves, 2007,p. 64)

O PODER:O PODER:

Direito e Lei: Conceitos diferentes.Direito e Lei: Conceitos diferentes.

O Direito, enquanto norma, é instrumento de O Direito, enquanto norma, é instrumento de controle socialcontrole social

A idéia de poder é aliado ao conceito de A idéia de poder é aliado ao conceito de Sociedade e EstadoSociedade e Estado

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3131

Núcleos de Interesse da Antropologia Núcleos de Interesse da Antropologia Jurídica:Jurídica:

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3232

A Antropologia Jurídica é a ciência A Antropologia Jurídica é a ciência humana que estuda os aspectos humana que estuda os aspectos multiculturais do Direito Consuetudinário multiculturais do Direito Consuetudinário desde as suas origens pré-modernas nas desde as suas origens pré-modernas nas sociedades simples e que acompanha o sociedades simples e que acompanha o seu desenvolvimento dentro das seu desenvolvimento dentro das organizações jurídicas nas sociedade organizações jurídicas nas sociedade complexas da globalização.complexas da globalização.

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3333

ANTROPOLOGIA JURÍDICAANTROPOLOGIA JURÍDICA CONCEITO OPERACIONAL CONCEITO OPERACIONAL

Pesquisa Antropológica no âmbito do Direito:Pesquisa Antropológica no âmbito do Direito:

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3434

Utilidade da Antropologia Jurídica: Utilidade da Antropologia Jurídica:

A Antropologia Jurídica pode ser-nos útil A Antropologia Jurídica pode ser-nos útil para descobrir melhor o nosso Direito, para descobrir melhor o nosso Direito, seu sistema e códigos, as evolução do seu sistema e códigos, as evolução do direito frente a novas situações jurídicas.direito frente a novas situações jurídicas.

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3535

ANTROPOLOGIA NAS ANTROPOLOGIA NAS PROFISSÕES JURÍDICASPROFISSÕES JURÍDICAS

Antropologia Jurídica como disciplina independente:Antropologia Jurídica como disciplina independente:

Inserção da Antropologia do Direito nas Inserção da Antropologia do Direito nas matrizes curriculares dos cursos de matrizes curriculares dos cursos de graduação em Direito , demonstra de uma graduação em Direito , demonstra de uma maneira salutar que a prática interdisciplinar maneira salutar que a prática interdisciplinar está cada vez mais presente no cotidiano está cada vez mais presente no cotidiano profissional.profissional.

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3636

Perspectiva antropológica em relação ao exercício das Perspectiva antropológica em relação ao exercício das profissões jurídicas:profissões jurídicas:

Promover uma reflexão mais profunda da Promover uma reflexão mais profunda da produção legislativa e sua aplicabilidade.produção legislativa e sua aplicabilidade.

Desvalorização das disciplinas fundamentais Desvalorização das disciplinas fundamentais no estudo do Direito:no estudo do Direito:Acelera e materializa o processo de Acelera e materializa o processo de formação dogmática repetindo o modelo formação dogmática repetindo o modelo tradicionalista que embora criticado e tradicionalista que embora criticado e refutado ainda se encontra forte e presente refutado ainda se encontra forte e presente em grande parte das instituições de em grande parte das instituições de formação jurídicaformação jurídica

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3737

ANTROPOLOGIA JURÍDICA E O ANTROPOLOGIA JURÍDICA E O SISTEMA ADADÊMICO COMO SISTEMA ADADÊMICO COMO

FONTE DO DIREITOFONTE DO DIREITO

Desempenha papel de instrumentalização Desempenha papel de instrumentalização do controle social, o que o transforma em do controle social, o que o transforma em patamar simbólico pela inoperância quanto patamar simbólico pela inoperância quanto a diminuição das desigualdades sociais e a diminuição das desigualdades sociais e até mesmo legitimando sua realidade.até mesmo legitimando sua realidade.

Formação jurídica técnico-legalista:Formação jurídica técnico-legalista:

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Exige que o conhecimento esteja voltado Exige que o conhecimento esteja voltado para a formação jurídica humanista e social. para a formação jurídica humanista e social. Ensina ao acadêmico de Direito a pensar por Ensina ao acadêmico de Direito a pensar por si mesmo, a ter uma visão crítica e si mesmo, a ter uma visão crítica e interdisciplinar do fenômeno jurídico. interdisciplinar do fenômeno jurídico. Somente assim teremos o espaço Somente assim teremos o espaço acadêmico como verdadeira fonte de Direito acadêmico como verdadeira fonte de Direito em sua forma integral.em sua forma integral.

Revela um novo paradigma pedagógico com Revela um novo paradigma pedagógico com foco humanista e democrático que exige foco humanista e democrático que exige também novas formas didáticas de também novas formas didáticas de incentivar o aprendizado do acadêmico do incentivar o aprendizado do acadêmico do direitodireito

Formação interdisciplinar acadêmico-jurídica:Formação interdisciplinar acadêmico-jurídica:

--

--

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Antropologia Jurídica e as Antropologia Jurídica e as Religiões – visão da históriaReligiões – visão da história

Ocidental: Visão linear da história, isto é, a Ocidental: Visão linear da história, isto é, a história tem um começo e um fim; o mundo história tem um começo e um fim; o mundo foi criado num certo ponto e um dia irá foi criado num certo ponto e um dia irá terminar.terminar.

Oriental: Visão cíclica da história, isto é, a Oriental: Visão cíclica da história, isto é, a história se repete num ciclo eterno e o história se repete num ciclo eterno e o mundo dura de eternidade em eternidade.mundo dura de eternidade em eternidade.

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Antropologia Jurídica e as Antropologia Jurídica e as ReligiõesReligiões

Ocidental: Deus é o criador; Ele é todo-Ocidental: Deus é o criador; Ele é todo-poderoso e é único. O monoteísmo é poderoso e é único. O monoteísmo é tipicamente ocidental.tipicamente ocidental.

Oriental: O divino está presente em tudo. Ele Oriental: O divino está presente em tudo. Ele se manifesta em muitas divindades se manifesta em muitas divindades (politeísmo), ou como uma força impessoal (politeísmo), ou como uma força impessoal que permeia tudo e todos. (panteísmo)que permeia tudo e todos. (panteísmo)

Conceito de Deus:Conceito de Deus:

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4141

Ocidental: Há um abismo entre Deus e ser Ocidental: Há um abismo entre Deus e ser humano, entre o Criador e a criatura. O humano, entre o Criador e a criatura. O grande pecado é o homem desejar se grande pecado é o homem desejar se transformar em Deus em vez de se sujeitar à transformar em Deus em vez de se sujeitar à vontade de Deus.vontade de Deus.

Oriental: O homem pode alcançar a união Oriental: O homem pode alcançar a união com o divino mediante a iluminação súbita e o com o divino mediante a iluminação súbita e o conhecimento.conhecimento.

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4242

Salvação:Salvação:

Ocidental: Deus redime o ser humano do Ocidental: Deus redime o ser humano do pecado, julga e dá a punição. Existe a pecado, julga e dá a punição. Existe a noção de vida após a morte, no céu ou no noção de vida após a morte, no céu ou no inferno.inferno.

Oriental: A salvação é se libertar do eterno Oriental: A salvação é se libertar do eterno ciclo da reencarnação da alma e do curso da ciclo da reencarnação da alma e do curso da ação. A graça vem por meio de atos de ação. A graça vem por meio de atos de sacrifício ou do conhecimento místico.sacrifício ou do conhecimento místico.

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4343

Ética:Ética:

Ocidental: O fiel é um instrumento da ação Ocidental: O fiel é um instrumento da ação divina e deve obedecer à vontade de Deus, divina e deve obedecer à vontade de Deus, abandonando o pecado e a possibilidade abandonando o pecado e a possibilidade diante do mal.diante do mal.

Oriental: Os ideais são a passividade e a Oriental: Os ideais são a passividade e a fuga do mundo.fuga do mundo.

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4444

Culto:Culto:

Ocidental: orar, pregar, louvar.Ocidental: orar, pregar, louvar.

Orientar: meditação, sacrifícioOrientar: meditação, sacrifício

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4545

Antropologia Jurídica e a Antropologia Jurídica e a GlobalizaçãoGlobalização

Inicialmente voltada à economia sendo Inicialmente voltada à economia sendo estendido a outras áreas.estendido a outras áreas.

Busca a integração econômica.Busca a integração econômica.Globalização: expansão geopolítica.Globalização: expansão geopolítica.

Globalização: neoliberal, a segunda é a Globalização: neoliberal, a segunda é a globalização neokeynesiana e a terceira é a globalização neokeynesiana e a terceira é a globalização jurídica.globalização jurídica.

Globalização: conceito plural e divergente. Globalização: conceito plural e divergente.

A globalização multifacetada:A globalização multifacetada:

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4646

Efeitos da globalização: Efeitos da globalização: Divergência teórica entre autores no que se Divergência teórica entre autores no que se refere ao aumento das desigualdades refere ao aumento das desigualdades sociais.sociais.

Pontos fracos da globalização:Pontos fracos da globalização:Ausência de controle supra-estatal para a Ausência de controle supra-estatal para a diminuição das desigualdades, bem como diminuição das desigualdades, bem como falta de políticas públicas de falta de políticas públicas de desenvolvimento, segurança e crescimento desenvolvimento, segurança e crescimento econômico.econômico.

Pontos fortes da globalização: Pontos fortes da globalização: Oportunidade e diversificação de trabalho, Oportunidade e diversificação de trabalho, acesso aos mais diversos produtos e acesso aos mais diversos produtos e serviços, aquisição de cultura geral sobre serviços, aquisição de cultura geral sobre outros povos.outros povos.

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AA crise de identidade cultural das etnias crise de identidade cultural das etnias nacionais dentro das sociedade complexas nacionais dentro das sociedade complexas globalizadas:globalizadas:

Com o processo de globalização multifacetada, a Com o processo de globalização multifacetada, a Antropologia Jurídica se aproxima cada vez mais do Antropologia Jurídica se aproxima cada vez mais do estudo das sociedade complexas, onde essa crise estudo das sociedade complexas, onde essa crise de identidade das etnias nacionais se reflete nas de identidade das etnias nacionais se reflete nas normas e suas interpretações dentro de um País, ou normas e suas interpretações dentro de um País, ou seja, cada intérprete utiliza seus valores e seus seja, cada intérprete utiliza seus valores e seus filtros pessoais, carregados pelas tradições culturais filtros pessoais, carregados pelas tradições culturais no momento da produção legislativa ou sua no momento da produção legislativa ou sua aplicação.aplicação.

Antropologia Jurídica e a globalização:Antropologia Jurídica e a globalização:

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4848

Identidade Cultural: A identidade cultural Identidade Cultural: A identidade cultural entre os membros das etnias nacionais e entre os membros das etnias nacionais e entre as próprias etnias, facilita a entre as próprias etnias, facilita a comunicação, permite a interação, troca de comunicação, permite a interação, troca de idéias, de cultura, informações, debates, idéias, de cultura, informações, debates, negociações comerciais e muitas outras negociações comerciais e muitas outras trocas.trocas.

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A crise da democracia frente a A crise da democracia frente a globalização:globalização:

Democracia: Democracia: Simbolicamente representativa da Simbolicamente representativa da autodeterminação das pessoas, ou seja, uma autodeterminação das pessoas, ou seja, uma identificação coletiva no processo de escolhas e de identificação coletiva no processo de escolhas e de igualdade de condições em relação a essas igualdade de condições em relação a essas escolhas.escolhas.

Crise na Democracia: tem origem no processo de Crise na Democracia: tem origem no processo de exclusão social e na crise do próprio Estado porque exclusão social e na crise do próprio Estado porque ela se torna inexeqüível na medida em que se deixa ela se torna inexeqüível na medida em que se deixa de reconhecer que seus pressupostos são de reconhecer que seus pressupostos são simbólicos e imaginários.simbólicos e imaginários.

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A crise de identidade cultural das etnias A crise de identidade cultural das etnias nacionais dentro das sociedade nacionais dentro das sociedade complexas globalizadas:complexas globalizadas:

Implica em provocar profunda mudança Implica em provocar profunda mudança mental e comportamental dos atores mental e comportamental dos atores sociais, ou seja, é preciso que o indivíduo sociais, ou seja, é preciso que o indivíduo apático do ponto de vista político apático do ponto de vista político participativo dê lugar a um sujeito coletivo.participativo dê lugar a um sujeito coletivo.

Ideal Democrático: Ideal Democrático:

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Um olhar antropológico jurídico sobre a Um olhar antropológico jurídico sobre a globalização nas sociedades complexas:globalização nas sociedades complexas:

Antropologia e as sociedades complexas: o olhar Antropologia e as sociedades complexas: o olhar antropológico jurídico faz a partir da compreensão antropológico jurídico faz a partir da compreensão do ser humano e do processo de desenvolvimento do ser humano e do processo de desenvolvimento em que se insere, seus interesses, seus limites e a em que se insere, seus interesses, seus limites e a relação entre os grupos sociais. Sendo a relação entre os grupos sociais. Sendo a globalização também um processo de integração , globalização também um processo de integração , há naturalmente reflexos jurídicos importantes a há naturalmente reflexos jurídicos importantes a analisar, também com o objetivo de compreender a analisar, também com o objetivo de compreender a inter-relação entre os indivíduos, porém, sobre o inter-relação entre os indivíduos, porém, sobre o aspecto de controle social e produção normativa aspecto de controle social e produção normativa provocados pelo sistema legal numa sociedade.provocados pelo sistema legal numa sociedade.

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Parecem estar cada vez mais longe da Parecem estar cada vez mais longe da relação com a natureza e mais perto da relação com a natureza e mais perto da integração com vários grupos sociais. Se por integração com vários grupos sociais. Se por um lado essa integração proporciona o um lado essa integração proporciona o conhecimento sobre outros organismos conhecimento sobre outros organismos sociais, por outro coloca em risco a sociais, por outro coloca em risco a identidade cultural quando os indivíduos identidade cultural quando os indivíduos passam a adotar e vivenciar os hábitos das passam a adotar e vivenciar os hábitos das culturas com as quais se relacionam.culturas com as quais se relacionam.

Sociedades complexas: Sociedades complexas:

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Função social da Antropologia Jurídica Função social da Antropologia Jurídica nas sociedade complexas:nas sociedade complexas:

Na compreensão de Rolland, a Antropologia Na compreensão de Rolland, a Antropologia Jurídica, dentro do contexto de globalização Jurídica, dentro do contexto de globalização multifacetada, é intimada a assumir uma multifacetada, é intimada a assumir uma abordagem interdisciplinar. Intercultural, abordagem interdisciplinar. Intercultural, pluralista jurídica nas relações entre pluralista jurídica nas relações entre sociedade civil, mercado e Estado, dentro sociedade civil, mercado e Estado, dentro das sociedade complexas globalizadas.das sociedade complexas globalizadas.

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Antropologia Jurídica e a Antropologia Jurídica e a Violência EstruturalViolência Estrutural

Produto de problemas sociaisProduto de problemas sociais

Intervenção Estatal e descrédito das Intervenção Estatal e descrédito das instituições que deveriam promover a instituições que deveriam promover a segurança jurídica.segurança jurídica.

Visão invertida sobre as penas como Visão invertida sobre as penas como forma de vingança social e fato inibidor de forma de vingança social e fato inibidor de novos crimes.novos crimes.

A construção cultural da criminalidade:A construção cultural da criminalidade:

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RotulaçãoRotulação

Aumento da criminalidade e violênciaAumento da criminalidade e violência

SeletividadeSeletividade

EstigmatizaçãoEstigmatização

Falta de políticas públicasFalta de políticas públicas

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A função social da dogmática nas A função social da dogmática nas sociedades complexas:sociedades complexas:

Dogmática nas sociedades complexas: Dogmática nas sociedades complexas: Expectativa social em relação à Expectativa social em relação à

aplicabilidade normativa no controle da aplicabilidade normativa no controle da violência.violência.

Finalidade : Finalidade : Controle da Criminalidade com fator Controle da Criminalidade com fator preponderante da diminuição da violênciapreponderante da diminuição da violência

Immanuel Kant

Descrição das regras jurídicas em vigor: Dever Descrição das regras jurídicas em vigor: Dever serser

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Os estigmas sociais provocados pelo Os estigmas sociais provocados pelo sistema penal sob a ótica da sistema penal sob a ótica da criminologia crítica:criminologia crítica:

Sistema Penal:Sistema Penal:

Conjunto de atividades oriundas das instituições Conjunto de atividades oriundas das instituições detentoras do poder de controle social (ocorrência detentoras do poder de controle social (ocorrência do fato até execução da punição imposta)do fato até execução da punição imposta)

Labelling aproach:Labelling aproach:

CCrítico ao sistema penal, surgido na rítico ao sistema penal, surgido na segunda metade do Século XXsegunda metade do Século XX

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Os estigmas sociais provocados pelo Os estigmas sociais provocados pelo sistema penal sob a ótica da sistema penal sob a ótica da criminologia crítica:criminologia crítica:

Criminologia Contemporânea:Criminologia Contemporânea:

Experimenta uma troca de paradigma Experimenta uma troca de paradigma mediante a qual está a se deslocar e mediante a qual está a se deslocar e transformar de uma Ciência das causas da transformar de uma Ciência das causas da criminalidade (paradigma da reação social) criminalidade (paradigma da reação social) ocupando-se hoje, especialmente, do ocupando-se hoje, especialmente, do controle sócio penal e da análise da controle sócio penal e da análise da estrutura, operacionalidade e reais funções estrutura, operacionalidade e reais funções do sistema penal. do sistema penal.

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Um olhar antropológica jurídico sobre Um olhar antropológica jurídico sobre a violência estrutural nas sociedades a violência estrutural nas sociedades complexas:complexas:

Observação do fenômeno “violência Observação do fenômeno “violência estrutural”:estrutural”:

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Os estigmas sociais provocados pelo Os estigmas sociais provocados pelo sistema penal sob a ótica da sistema penal sob a ótica da criminologia crítica:criminologia crítica:

Desenvolvimento da violência estrutural – Desenvolvimento da violência estrutural – desapego de valores (morais, sociais, religiosos, desapego de valores (morais, sociais, religiosos, éticos); éticos);

Origem plural (produto das desigualdades Origem plural (produto das desigualdades econômicas e sociais, quebra dos laços familiares, econômicas e sociais, quebra dos laços familiares, pela facilidade do acesso às armas e na falta de pela facilidade do acesso às armas e na falta de políticas públicas capazes de reestabelecer as políticas públicas capazes de reestabelecer as perspectivas sociais.perspectivas sociais.

A exclusão social;A exclusão social;Deterioração da credibilidade institucionalDeterioração da credibilidade institucional

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Antropologia Jurídica e a diversidade Antropologia Jurídica e a diversidade cultural da famíliacultural da família

Sociedades Simples: Estágio de revelação Sociedades Simples: Estágio de revelação da natureza.da natureza.

Sociedades Complexas: Estágio de Sociedades Complexas: Estágio de aproveitamento da natureza.aproveitamento da natureza.

Diferenças entre as Sociedade Simples Pré-Diferenças entre as Sociedade Simples Pré-globalizadas e as Sociedade Complexas globalizadas e as Sociedade Complexas Globalizadas:Globalizadas:

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Diferenças entre as Sociedade Simples Diferenças entre as Sociedade Simples Pré-globalizadas e as Sociedade Pré-globalizadas e as Sociedade Complexas Globalizadas:Complexas Globalizadas:

Sociedades simples: Sociedades simples:

Realizações interiores, instituições sociais, Realizações interiores, instituições sociais, políticas, arte.políticas, arte.

Sociedades complexas:Sociedades complexas:

Atividades exteriores, materiais e Atividades exteriores, materiais e intelectuaisintelectuais

Constituição de 1824

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Sociedades complexas: “Fase de Sociedades complexas: “Fase de decadência da cultura, em que esta se torna decadência da cultura, em que esta se torna repetidora e mecânica”.repetidora e mecânica”.

Sociedades simples: Sociedades simples: Força misteriosa, Força misteriosa, independente dos processos materiais e independente dos processos materiais e intelectuais da vida.intelectuais da vida.

Sociedades simples: Sociedades simples: Domínio dos Domínio dos valores, dos estilos, das ligações valores, dos estilos, das ligações emocionais, das aventuras intelectuais.emocionais, das aventuras intelectuais.Sociedades complexas: Veículo da cultura; Sociedades complexas: Veículo da cultura; seu aperfeiçoamento não é garantia de seu aperfeiçoamento não é garantia de melhor qualidade daquilo que ela comunica.melhor qualidade daquilo que ela comunica.

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Sociedades simples: Sociedades simples: . .

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Diferenças entre as Sociedade Simples Diferenças entre as Sociedade Simples Pré-globalizadas e as Sociedade Pré-globalizadas e as Sociedade Complexas Globalizadas:Complexas Globalizadas:

Sociedades complexas: Progresso no domínio Sociedades complexas: Progresso no domínio das Ciências, Artes, Religião, Política, meios de das Ciências, Artes, Religião, Política, meios de comunicação (expressão e circulação) de idéias, comunicação (expressão e circulação) de idéias, das técnicas econômicas e científicas, e mesmo das técnicas econômicas e científicas, e mesmo certo refinamento dos costumes. certo refinamento dos costumes.

É alto grau de Cultura.É alto grau de Cultura.

Sistema de idéias, conhecimento, técnicas, artefatos, de padrões de

comportamento e atitudes, que caracteriza uma sociedade. Emilio Willems

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Sociedades complexas: Realização dos Sociedades complexas: Realização dos valores culturaisvalores culturais

Sociedades simples: Realização dos valores Sociedades simples: Realização dos valores vitaisvitais

Sociedades simples: Teoria da vida socialSociedades simples: Teoria da vida social

Sociedades complexas: Prática da Teoria da Sociedades complexas: Prática da Teoria da vida socialvida social

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Elizete L. ALVES, Elizete L. Antropologia jurídica: Antropologia jurídica: por onde caminha por onde caminha

a humanidade. Florianópolisa humanidade. Florianópolis:: Conceito Editorial, 2007.    Conceito Editorial, 2007.   

FOUCAULT, Michel. FOUCAULT, Michel. Omnes et singulatimOmnes et singulatim: para uma : para uma crítica da razão política. Trad. Selvino j. Assman. crítica da razão política. Trad. Selvino j. Assman. Florianópolis: Nephelibata, 2006.Florianópolis: Nephelibata, 2006.

LAPLANTINE, François. LAPLANTINE, François. Aprender antropologiaAprender antropologia. . São Paulo: Brasiliense, 1988. São Paulo: Brasiliense, 1988.