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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | DEZEMBRO 2017 | JANEIRO 2018 | EDIÇÃO 198 | ANO 16 54 3452.4723 | [email protected] Rua General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS André Pellizzari Fotografia Para brindar Vinícolas da Serra Gaúcha comemoram aumento nas vendas de espumantes

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54 3452.4723 | [email protected] General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS

André Pellizzari Fotografia

Para brindar

Vinícolas da Serra Gaúcha comemoram aumento nas vendas de espumantes

PARA BRINDAR JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 20182

Por Kátia Bortolini

O brasileiro vai comemorar a virada de ano – e estou-rar garrafas de espumante. A bebida está pop. Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o cres-cimento na comercialização de espumantes moscatel e brut, de janeiro a outubro de 2007, em comparação ao mesmo período de 2017, foi de 125,9%. O destaque des-te ano é o crescimento, até o último mês de outubro, de 13,8 % na comercialização de espumantes moscatéis, em relação ao mesmo período de 2016. Os números, prove-nientes do Cadastro Vinícola, são referentes as empresas gaúchas, responsáveis por 90% da produção nacional. O espumante produzido no Brasil lidera as vendas no mer-cado nacional, com 70% das comercializações. Em 2016, os principais destinos dos espumantes gaúchos no mer-cado interno foram Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco, Paraná, Bahia e Goiás.

Pinto Bandeira terá a primeira denominação de origem para espumantes do Hemisfério Sul

O terroir do Brasil é próprio para a elaboração de espumantes de qualidade superior. Em áreas frias e de pouca insolação, como a Serra Gaúcha, a uva consegue amadurecer completamente mantendo a acidez alta, característica ideal para a produção da bebida. A Serra Gaúcha, principal produtora do país, deverá ter, em 2018, a primeira denominação de origem para espumantes do Hemisfério Sul - assim como Champagne, na França, a ci-dade de Pinto Bandeira terá a qualidade de seus rótulos reconhecida oficialmente.

Gilmar Gomes

Espumante

Bebida símbolode comemorações

Comercialização do produto, que cresce no gosto popular, aumenta ano a ano

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 PARA BRINDAR 3

A venda de espumantes nos últimos dois meses do ano representa 30% do faturamento anual da Coopera-tiva Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves. A empresa vai fechar 2017 com acréscimo de faturamento de 5% em relação a 2016. Já o resultado financeiro aumentou 30% em relação ao ano passado. Nos últimos anos, a Aurora cresceu 10% a cada ano, tanto na produção, quanto na comercialização das linhas de espumantes.

A direção da cooperativa atribui o crescimento do consumo do espumante brasileiro, tanto no mercado in-terno como externo “a qualidade, imbatível em relação a produtos semelhantes de outras partes do mundo”. Além disso, o clima tropical do Brasil favorece bebidas que re-frescam, como o espumante. “A bebida é muito utilizada em celebrações e os brasileiros celebram muito, desde um aniversário, até um casamento, uma premiação, uma festa de final de ano... tudo é motivo para celebrar, para brindar. E tudo que pede brinde, pede Aurora”.

Ainda conforme a direção da Aurora, os espumantes brasileiros estão sendo cada vez mais reconhecidos no Exterior, onde, nos últimos dez anos, receberam mais de 1,5 mil premiações internacionais. Além disso, críticos im-portantes, como Steven Spurrier, responsável pelo lendá-rio Julgamento de Paris, e Oz Clarke, um dos mais reno-mados críticos de vinhos do mundo, são fãs declarados das bebidas verde-amarelas.

Espumantes representam 30% da vendaanual da Cooperativa Vinícola Aurora

André Pellizzari Fotografia

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018PARA BRINDAR4

Cooperativa Vinícola Garibaldi dobraprodução de espumantes em três anos

A Cooperativa Vinícola Garibaldi co-memora 2017 com muitas borbulhas. A linha de espumantes registra um cresci-mento de 30% em 2017, dobrando assim sua produção nos últimos três anos e atin-gindo a venda de dois milhões de garrafas de espumante. Com as ótimas vendas, a Cooperativa prevê fechar o ano com fatu-ramento de R$ 132 milhões, acréscimo de 9% em relação ao ano passado. “Atualmen-te as vendas não estão mais concentradas apenas no fim do ano, a sazonalidade di-minuiu bastante e vendemos espumantes o ano todo. Mesmo assim, o fim de ano promete ser mais otimista para os consu-midores e nada melhor que brindar com um espumante entre família e amigos”, destaca o presidente da Cooperativa Oscar Ló. Os mercados que mais compram rótu-los Garibaldi são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Distrito Federal, Minas Gerais, Pa-raná, Mato Grosso e Espírito Santo.

Presente há 86 anos no cenário da vitivinicultura brasileira e com grande preocupação ambiental, a Cooperativa Garibaldi, atualmente, possui 396 famílias associadas, de 12 municípios gaúchos, res-ponsáveis pelo cultivo de 900 hectares de vinhedos.

Janice Prado

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 PARA BRINDAR 5

Via del Vino 3452.4163 | Shopping Bento 3055.2218 | L´América Shopping 3451.7696

Seja um

Ligue

A qualidade dos espumantes brasileiros segue sendo reconhecida mundo afora. Desta vez foi na França, no 15th Effervescents du Monde, re-alizado de 15 a 17 de novembro, em Dijon. Com a distinção o Brasil amplia seu ranking com uma premiação es-pecial, uma Medalha de Ouro e oito de Prata.

O concurso reuniu 548 amostras de 21 países, que foram avaliadas por um júri formado por mais de 100 de-gustadores internacionais.

Top 10 – Best SparklingAurora Espumante Brut – Coope-

rativa Vinícola Aurora

Medalha de OuroAurora Espumante Brut – Coope-

rativa Vinícola Aurora

Medalha de PrataAurora Espumante Moscatel – Co-

operativa Vinícola AuroraGaribaldi Espumante Prosecco –

Cooperativa Vinícola GaribaldiMiolo Almadem Espumante Brut –

Miolo Wine GroupPanizzon Espumante Prosecco

Brut - Sociedade de Bebidas PanizzonPeterlongo Elegance Brut Cham-

penoise – Estabelecimento Vinícola Armando Peterlongo

Peterlongo Presence Moscatel – Estabelecimento Vinícola Armando Peterlongo

Ponto Nero Blanc de Blanc Espu-mante Brut – Domno do Brasil

Salton Espumante Prosecco – Vi-nícola Salton

França premiaespumantes brasileiros

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos

Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 | Redação: Natália Zucchi | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria Basso | Editor de Fotografia: André

Pellizzari | Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancila Dall´Onder Zat, Bruno Nascimento, Melissa Maxwell Bock, Padre Ezequiel Dal Pozzo, Rogério Gava, Thompsson Didoné

GESTAÇÃO MÚLTIPLA6

As gêmeas quíntuplas Evelin, Isa-dora, Poliana, Samanta e Vitória, de 7 anos, que residem no município de Braço do Norte, região sul de Santa Catarina, são “ as meninas do coração” de Jurema Milani, 78 anos, moradora de Bento Gonçalves. Em visita a uma tia que mora em Braço do Norte, Ju-rema ficou sabendo do nascimento das cinco meninas e quis conhecê-las. Desde então acompanha a vida das meninas, que acabaram de concluir o primeiro ano do Ensino Fundamental no Colégio Espaço, com notas acima da média, todas estudando na mesma sala de aula. As cinco meninas são fru-to de concepção natural. A mãe Sid-néia Daufemback Batista, hoje com 38 anos, descobriu a gravidez das quíntuplas logo no segundo mês da gestação.

Em agosto de 2010, na manhã do dia 20, Sidnéia deu à luz cinco me-ninas, prematuras, com 7 meses, na maternidade Carmela Dutra, em Flo-

Gêmeas quíntuplas de Santa CatarinaHistória das meninas, de 7 anos, é acompanhada de perto por moradora de Bento Gonçalves

rianópolis. As bebês, que pesavam en-tre 1050 e 1280 gramas, tiveram que permanecer em incubadoras nos 41 dias seguintes para ganho de peso. A mãe, Sidnéia, recebeu o auxílio dos pais e demais familiares e também da comunidade. O nascimento das gê-meas foi noticiado pela emissora SBT em rede nacional, sensibilizando inú-meras pessoas que enviaram fraldas, mamadeiras e vestuário, entre outros donativos, para as recém-nascidas. Sidnéia trabalha fora somente nos fi-nais de semana, organizando e fazen-do coberturas fotográficas em festas infantis. Durante a semana, o tempo da mãe é focado na rotina das cinco fi-lhas e nos afazeres domésticos. “Nun-ca pude imaginar o calor, a alegria, o amor e a satisfação de ser mãe. Eu não sabia que era capaz de ter sentimen-tos tão fortes. Agradeço a Deus pela maternidade, que me tornou alguém tão frágil e tão forte ao mesmo tem-po”, ressalta Sidnéia.

Fotos: Arquivo Pessoal

A mãe Sidnéia com as gêmeas

As quíntuplas concluem o ano escolar de 2017 aprovadas com excelentes notas

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 7

INHASV

Meridiane Predebon e Luís Soares oficializaram enlace matrimonial no dia 22 de setembro

Augusto Vaccaro, o nono Gusto do roteiro Estrada do Sabor, comemorou 84 anos no último dia 12 de dezembro, em companhia da “eterna namorada”

Maria Lazzari Vaccaro

Arquivo PessoalSandro Vaccaro

André Pellizzari Fotografia André Pellizzari Fotografia Arquivo Pessoal

Dâmares Canceto / André Pellizzari

Kátia Bortolini

Em pose, a linda Ana Luiza Bettinelli Rasche

Chancelaine Marius e Lenet Smith em dia do sim

A família médica Corbellini aumentando com a nova Doutora, Louise CorbelliniRenata Amoni Rangel, Marco Aurélio Villar Cesar, André Luís Thompson Claro e Alice De Ávila em evento de final de ano da Ceran - Cia. Energética Rio das Antas

Pietro Bortolini comemorou 13 anos no último dia 18 de dezembro, recebendo muitos elogios por ser

bimedalhista de Prata Obmep 2016-2017

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018ENTIDADES8

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

O empresário Elton Gialdi assumiu a Presidência do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Ben-to Gonçalves, afirmando que sua Diretoria vai traba-lhar pela criação de oportunidades de negócios, de parcerias, de relacionamento e de qualificação. Pro-prietário da Mérica Transportes e Logística, empresa com dez anos de tradição no setor de transportes, Gialdi acumula vivências institucionais a partir de experiências como diretor de Comunicação e Ma-rketing do CIC gestão (2016/2017), Presidente da Fundação Consepro desde janeiro de 2017 e vice--presidente da CICS Serra. Sua eleição ocorreu em assembleia realizada no dia 1º de dezembro.

A solenidade de posse da diretoria executiva do CIC-BG gestão 2018/2019, ocorreu na noite de 14 de dezembro na nova sede da entidade, prestigiada por mais de 250 pessoas. Na ocasião, também foi en-tregue o Troféu Mérito Empresarial e apresentada a equipe que está preparando a Expobento 2018.

“Assumo com o desafio de tornar a entidade ainda mais forte e atrativa, capaz de agregar novos associados. Para tanto, temos o compromisso de fazer um exercício intenso de gestão, inovação e criatividade, encontrando formas de efetivamente contribuir para o desenvolvimento das indústrias, do comércio e dos prestadores de serviço de Bento Gonçalves. Acredito que as oportunidades não sur-gem ao acaso. Somos nós quem as criamos”, disse.

Laudir Piccoli consagrado como liderança

Elton Paulo Gialdi sucede Laudir Miguel Piccoli na presidência do CIC-BG, que deixa o cargo para assumir a condição de presidente do Conselho Su-

Elton Gialdi assumiu o CIC com o desafio de criar oportunidades

Diretoria Executiva do CIC-BG para o biênio 2018-2019 Diretoria Executiva da ExpoBento 2018 Agraciados com o Mérito Empresarial

Fotos: Jeferson Soldi

perior da entidade pelos próximos dois anos. Publi-camente chancelado como líder nato e gestor, ele encerrou seu ciclo de comando deixando um legado de união, integração e diálogo. “Coloco-me diante da comunidade com a sensação de dever cumprido. Trabalhamos duro e podemos olhar para trás com orgulho daquilo que fizemos e ajudamos a construir. Nós cumprimos nossa missão. Tenho certeza que mi-nha diretoria ajudou a construir uma sociedade me-lhor para nós e um futuro melhor para as próximas gerações”, avaliou.

Tomado por uma forma de atuação pró-ativa, Piccoli propôs uma gestão colaborativa, buscando a aproximação da entidade com os poderes executi-vo, legislativo e judiciário, além de fortalecer os elos com a iniciativa privada e, também, outras entidades representativas. “Finalizo minha gestão com um dos maiores aprendizados que tive nessa jornada: quan-do agimos juntos temos o poder de transformar a realidade”, disse.

ExpoBento 2018 anuncia Leocir Glowacki como diretor geral

A noite de 14 de dezembro marcou, também, o início oficial da contagem regressiva para a 28ª edi-ção daquele que é um dos mais emblemáticos pro-jetos encampados pelo CIC-BG: a ExpoBento, maior feira multissetorial do país, agendada para ocorrer de 07 a 17 de junho de 2018, nos pavilhões do Par-que de Eventos de Bento Gonçalves.

Comandando os trabalhos desta edição, a en-tidade anunciou Leocir Glowacki como diretor ge-ral da ExpoBento 2018. “Temos aproximadamente seis meses de muito trabalho para dar conta de um

enorme desafio: apresentar uma ExpoBento surpre-endente, capaz de superar o sucesso absoluto desse ano. A inspiração para enfrentar essa missão é muito clara para todos nós: a ExpoBento é uma feira que faz a diferença para Bento Gonçalves, contribuindo para o desenvolvimento econômico da cidade e região por meio da geração de empregos, renda e, principalmente, criação de oportunidades para as famílias fortalecerem seus negócios, para as empre-sas ampliarem seus contatos, conquistarem novos mercados”, disse.

Continuando os preparativos e trabalhos de or-ganização, a diretoria está focada em duas frentes prioritárias de ação: comercialização de espaços de exposição e captação de recursos junto a patrocina-dores e apoiadores. A ExpoBento 2018 ocorrerá de 07 a 17 de junho, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.

Mérito Empresarial

Os empresários que foram expoente de empre-endedorismo, destacando-se em seus segmentos de atuação nos últimos dois anos, receberam o mere-cido reconhecimento durante a entrega do Mérito Empresarial de Bento Gonçalves 2017. A premiação revela os nomes mais lembrados pelos associados do CIC-BG, que, por meio do voto, elegem os con-templados. Nesta edição, o troféu Mérito Empresa-rial – categoria Indústria, foi conferido ao empresário Carlos Bertuol, diretor da Meber Metais. Já no seg-mento Comércio, a outorga coube a Daniel Ferrari, da BG Ferramentas. Na categoria Serviços, o agracia-do foi Valdomiro Cruzeta, da empresa Bento Refei-ções.

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 QUATRO PATAS 9

Integração - Qual é o seu plano de ação para a ONG após assumir a coordenação?

Simone - O termo de adoção será mais rígido para preservar o bem-es-tar e a saúde do animal. Reforçaremos junto à comunidade de Bento Gonçal-ves a informação de que maltratar ani-mais é crime. Uma série de informati-vos físicos e virtuais serão distribuídos no município e estaremos cobrando mais fortemente do poder público leis mais severas para o abandono e maus tratos. Não podemos deixar que situ-ações cruéis e extremas, como o caso do cachorro que foi enterrado vivo, continuem acontecendo sem repre-sálias.

Integração - A ONG se mantém como?

Simone - Por ser uma Organiza-ção Não Governamental, a Patas e Fo-cinhos não recebe apoio financeiro do poder público, seja ele municipal, es-tadual ou federal. A ONG depende de doações de pessoas físicas e jurídicas para manter sua atuação no municí-pio. Muitas pessoas acham que ONG é um órgão público, com dever de aten-der a todo tipo de chamado e de cus-tear qualquer procedimento. A equi-pe da Patas e Focinhos é formada por voluntários que dispõe do seu próprio tempo para ajudar a causa animal. É mantida com doações da comunida-de, a maioria de pessoas físicas, uma vez que poucas empresas se sensibi-

Patas e FocinhosIntegração na rede de apoio a animais abandonados ou vítimas de violência

Conta para doações:Banco do BrasilAgência 0181-3CC: 74908-7CNPJ: 18483041/0001-41

lizaram com a nossa causa até agora. Também arrecadamos dinheiro em pedágios e vendas de produtos, re-vertido ao atendimento veterinário e a gastos com alimentação, enquan-to o animal estiver sob o cuidado da ONG. Hoje, o que mais faz falta para a Patas e Focinhos é um veterinário disponível para atender 24 horas, a valores acessíveis.

Integração - Por que a ONG aco-moda gatos e cachorros para adoção em lares temporários?

Simone - A organização não pos-sui nem sede nem canil, por isso a ne-cessidade de lares temporários para abrigar os cães e gatos resgatados. Nosso único ponto de referência é uma página no Facebook. As pessoas precisam entender que somos pes-soas comuns, com poucos recursos. Muitas vezes somos julgados por não conseguirmos atender todos os cha-mados. Nossa equipe é reduzida, pre-cisaríamos de no mínimo 30 voluntá-rios, e estamos priorizando casos em que a vida do animal está em risco.

Integração - Nos casos de resga-te de animais em risco, o que mais chama a atenção?

Simone - Em muitos casos de res-gate, pessoas comuns vestem a cami-sa da causa e conseguem, na própria comunidade, alocar o bichinho em um novo lar e encontrar recursos para

os tratamentos necessários. Já outras querem transferir imediatamente a responsabilidade pelo animal à ONG. Mesmo que tenham boas intenções, o comodismo de algumas pessoas dificulta nosso trabalho. Nós entende-mos que nem todos possuem recur-sos, tempo livre e espaço para cuidar de um animal, mas atitudes pequenas no momento do resgate podem ser o diferencial para o futuro desses ca-chorros e gatos abandonados ou víti-mas de maus tratos.

Integração - Como a ONG admi-nistra indicações de recolhimentos de animais nas ruas ou em locais onde estão sendo maltratados pelos donos?

Simone - Os animais só são reco-lhidos se houver um lar temporário, seja pela própria pessoa que o encon-trou, por algum voluntário ou outro interessado em ajudar. Hoje estamos muito carentes desses lares e precisa-mos de mais espaços para abrigar os bichinhos. Não há critérios fixos para ser lar temporário, basta ter boa von-tade, espaço suficiente para receber o animal em segurança, com o básico para mantê-lo. A única restrição, de um ano, é para lugares onde estive-ram animais com a doença cinomose, para evitar que ocorra novo contágio. A ONG fornece todo suporte necessá-rio para manter o animal no lar tem-porário, mas não é responsável por custear despesas de animais que já têm dono.

Integração - Há muitos casos de cachorros perdidos em que popula-res entram em contato com a ONG. O que os proprietários de cães com possibilidades de se perderem de-vem fazer?

Simone - É indispensável aos cães terem coleira de identificação com o nome e número do telefone do dono para contato. Isso resolveria 60% dos casos de animais perdidos no muni-cípio. Também ressalto a importância da cirurgia de castração, não apenas para a evitar a reprodução, mas, tam-bém, para prevenir doenças. A ONG exige do novo dono, antes de liberar a adoção, que seja feita a castração, principalmente se for fêmea.

Integração - Nos doze meses de atividades da ONG em 2017, cerca de quantos foram atendidos, entre ga-tos e cachorros?

Simone - Em levantamento reali-zado no último dia 15 de dezembro, recolhemos 64 cães e 90 gatos. Des-tes, foram doados 54 cães e 77 gatos. Durante o período também apenas três cachorros resgatados não sobre-viveram.

Por Natália Zucchi

Nesta última edição de 2017 do Jornal Integração da Serra iniciamos uma série de ações voltadas à cons-cientização sobre a responsabilidade das pessoas com os animais domésticos e rurais, entrevistando a próxima rela-ções públicas da ONG Patas e Focinhos, Simone Lunelli. No decorrer de 2018 faremos mais entrevistas, reportagens e artigos, tanto para os exemplares físicos como para as redes sociais do veículo, destacando informações relevan-tes no cenário atual, no qual o bem-estar dos animais é garantido pela lei federal de crimes ambientais nº 9.605, de 1998. Conforme o artigo 32 dessa lei, é crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silves-tres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A pena é detenção de três meses a um ano, e multa. Incor-re nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorrer a morte do animal.

A ONG Patas e Focinhos, de Bento Gonçalves, desde 2012 atua no município no resgate e realocação de ani-mais em vulnerabilidade, principalmente os que sofrem abandono e maus tratos. Atualmente, 12 pessoas tra-balham na ONG como voluntárias. A partir de janeiro de 2018, a organização será coordenada pela vendedora Si-mone Lunelli, que hoje atua como voluntária.

Divulgação

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018GERAL10

Como vou viver o Natal?

PadreEzequiel

[email protected]

Dal Pozzo

elebrar o Natal não é lembrar um acontecimento passado. Jesus não veio e nem virá. Jesus vem! O acontecimento é atualizado na história. Por isso,

não é a celebração do aniversário de Jesus. Celebrar o Natal é a oportunidade de atualizar na minha vida, na vida de minha família, no meu trabalho, na sociedade inteira, o sentido do nascimento de Jesus. Que signifi-cado Jesus tem para a minha vida? Se acolho em mim, no meu coração, o menino do Belém, o que isso pro-duz em mim?

O tempo de Advento, que são as quatro semanas que antecedem o Natal, nos convida à preparação para esse acontecimento. Uma palavra importante

que aparece na Palavra de Deus é VIGILÂNCIA. O vigia deve ficar acordado, atento ao que se passa em sua volta. Não pode dormir enquanto vigia. O sentido da vigilância nos coloca em atenção com a nossa vida. Como eu vivo? O que tenho feito de bom com a minha vida? Estou cumprindo a minha missão neste mundo? Ou tenho desper-diçado muitas energias com futilidades? Vigiar é acordar para a vida, para o bem, para o amor.

Outra palavra importante que acompanha os dias que antecedem o Natal é PREPARAÇÃO.

Preparai a sua casa e sua vida para a chegada de Jesus. É o convite à atitude concreta. Pode significar fazermos uma faxina em nossa casa onde habitamos e nossa casa interior. Muitos têm o costume de ajeitar a casa, pintá-la talvez, fazer uma limpeza geral, trocar alguns móveis, deixar o pátio limpo, enfeitar com luzes, arru-mar a calçada, jogar fora tralhas e coisas velhas que não servem para nada. Essa faxina faz da casa um am-biente mais agradável. Ali me sinto bem. A nossa casa interior também precisa dessa limpeza. É bom deixar de lado sentimentos negativos, velhas queixas com a vida e com as pessoas, ir ao encontro daquela pessoa que não consegue me olhar no trabalho, ligar para al-guém que magoamos ou nos magoou, pedir perdão numa atitude de humildade, entrar em sintonia com Deus no silêncio e na oração, visitar algum conhecido doente, largar aquelas vontades que me fazem pensar somente em mim, nas minhas coisas e nos meus pro-blemas. Essa faxina da alma nos fará muito bem. Nos sentiremos mais em casa. Encontraremos uma paz que só o amor pode dar. E, assim, o meu e o teu Natal pode-rá ser mais verdadeiro. O menino que vem será acolhi-do nos corações de quem é vigilante e se preparar com a faxina completa.

A Fundação Parque de Eventos e Desenvolvimento de Bento Gonçalves, Fun-daparque, que administra a utilização da estrutura público do Parque da Fenavi-nho, começa 2018 com agenda lotada para o primeiro semestre, se consolidando no cenário nacional como um dos melhores destinos para feiras e evento. Com calendário de eventos variados, internacionais e nacionais, a entidade desponta como um dos maiores polo indutores de negócios do Rio Grande do Sul.

A Fundaparque iniciou suas atividades em 1998, com a missão apoiar e pro-mover o desenvolvimento cultural, social, econômico e técnico de Bento Gon-çalves. A área territorial do parque, de 322.566 metros quadrados, sedia um dos maiores espaços cobertos e climatizados para eventos da América Latina, repre-sentados por 58 mil metros quadrados de área construída.

Fundaparque com agenda lotadapara o primeiro semestre de 2018

Intensificados os preparativospara a Fiema Brasil 2018

Estão se intensificando os preparativos para a próxima edição da Fiema Brasil 2018 – Feira de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas, Efluentes e Energia, que será promovida pela Fundação Proamb, de 10 a 12 de abril de 2018, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves . A cada edição da Fiema Brasil acentua-se o perfil de público com poder de decisão no processo de compra das soluções ambientais apresentadas pelos expositores.

Em 2018, a Fiema Brasil mais uma vez vai mobilizar e integrar as diferentes ini-ciativas que impulsionam o setor: indústrias de máquinas e equipamentos para tratamento de resíduos sólidos urbanos, industriais e de reciclagem, entidades de educação e pesquisa tecnológica, setor público e empresas industriais que busquem melhorias em processos e gestão ambiental. Um evento que apresenta soluções completas para o meio ambiente. E que, a cada ano, se consolida como um espaço catalisador de negócios, conhecimento, atualização, pesquisa e ne-tworking.

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 RURAL 11

ThompssonDidoné

EnólogoEmater/RS - AscarBento Gonçalves

Safra da Uva2017/2018

stamos findando dezembro com a safra de uvas 2017/2018 já iniciada em Bento Gonçalves, com pelo menos 10 dias de antecedência do início normal de safra e previsão da colheita de um produto com mui-ta qualidade. A boa sanidade e elevado teor de açúcar possibilitarão

que a matéria-prima chegue às vinícolas com ótima perspectiva sobre a elaboração de bons vinhos e derivados da uva.

Tivemos um inverno com frio abaixo do normal, fator que para as videi-ras não é o desejável, pois o acúmulo de horas de frio abaixo de 7,2 °C fa-vorece a ocorrência de uniformidade na brotação, bem como regularidade na produção. Além disso, as videiras que foram podadas tardiamente bro-taram com baixa umidade no solo, fator que contribuiu para que houvesse uma quantidade menor de fertilidade de gemas.

A safra em Bento Gonçalves iniciou em novembro, com a variedade Vê-nus, que é cultivada basicamente para o consumo in natura. Esta variedade possui área plantada bastante reduzida e os cultivos estão localizados no Vale do Rio das Antas, onde o microclima daquele local praticamente eli-mina os riscos de geadas, com temperaturas médias mais elevadas, o que contribui para a antecipação da colheita.

Na segunda semana de dezembro algumas vinícolas já começaram a receber uvas para elaboração de vinhos e derivados. As primeiras varieda-des colhidas para a indústria foram a Isabel Precoce, BRS Magna, Niágara Branca e Rosada. No decorrer do mês de dezembro, outras variedades co-meçarão a ser colhidas, como Violeta, Bordô, Concord, Clone 30, Pinot Noir e Chardonnay, entre outras.

Até o momento observou-se que a qualidade e a sanidade das uvas estão muito boas, sem a presença de doenças fúngicas que prejudicam a qualidade dos produtos elaborados, principalmente as podridões como a botritys, glomerella e podridão amarga. Também o teor de açúcar (Grau Brix) está acima da média dos últimos anos.

Como o tempo está seco, o ataque de oídio tem sido encontrado prin-cipalmente em vinhedos cobertos. A previsão climatológica indica que te-remos chuvas abaixo das médias anuais, fator que deve ser considerado no manejo das variedades de ciclo médio e tardio, principalmente as viníferas e as uvas sob cobertura plástica, pois esta condição é favorável ao apareci-mento de oídio nas videiras.

O início da safra de uvas 2017/2018 mostra-se bastante promissor, com indicativo de uvas colhidas de muito boa qualidade e teor de açúcar acima das médias anuais. Porém o manejo das videiras em variedades que serão colhidas de janeiro/2018 em diante requerem atenção especial para o con-trole de podridões e oídio.

Recomendamos que os viticultores procurem um técnico de sua con-fiança para obter a melhor orientação no manejo de seus vinhedos. Ou-tra observação importante é quanto a definição do momento ideal para a colheita das uvas. O agricultor não deve apressar-se para fazer a colheita, deve observar o ponto ideal de maturação das uvas, obtendo assim maior graduação e consequente melhor remuneração de seu produto.

Aproveitamos também para, em nome do Escritório Municipal da EMATER/RS-ASCAR, desejar a todos um Feliz Natal e um Próspero 2018, com muita SAÚDE, PAZ, UNIÃO e TOLERÂNCIA.

Numa estimativa prévia, realizada com uma amostra de 30% dos exposi-tores da 2ª edição da Tecnovitis - Fei-ra de Tecnologia para Viticultura, que ocorreu a de 6 a 8 de dezembro, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçal-ves, as vendas no evento superaram a casa dos R$ 2 milhões. Já a previsão do montante de negócios decorrentes de contatos na feira, promovida pelo Sin-dicato Rural da Serra Gaúcha, sediado em Bento Gonçalves, gira em torno de R$ 5 milhões.

A feira recebeu visitantes de 180 munícipios, de sete estados do Brasil produtores de uva. Também recebeu italianos que ficaram interessados em promover feiras voltadas à vitivinicul-tura em Bento Gonçalves.

VENDAS NA 2ª TECNOVITIS

A próxima edição já tem data marcada: 4 a 6 de dezembro de 2019

R$ 2 milhões na feira e R$ 5 milhões pós, decorrentes de contatos

A 3ª edição da Tecnovitis já tem data marcada, de 4 a 6 de dezembro de 2019.

O presidente da entidade, Elson Schneider, comemora os resultados e também vibra pelos expositores que, segundo ele, ficaram satisfeitos com o interesse e o nível de conhecimento demonstrado pelos visitantes. O coor-denador geral da Tecnovitis, Claimar Zonta, ressalta que mais de 100 ex-positores apresentaram tecnologias voltadas para facilitar o trabalho e aumentar os resultados da atividade vitícola. “Além disso, o público lotou a maioria das palestras e seminários de capacitação, o que demonstrou o interesse dos visitantes nos temas téc-nicos abordados”, acrescenta Zonta.

Wedron Drones | Imagens

I N D I C AT U R I S M O

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Dezembro 2017 | Janeiro 2018ESPECIAL12

Cenário ao ar livre para fotose espaço gastronômico

Uma propriedade rural, situada num dos pontos mais altos do roteiro Caminhos de Pedra, foi ambien-tada como cenário natural para ensaios fotográficos de turistas que desejam ter, através da fotografia, a experiência da imigração italiana, registrada pela Persona Fotos à Moda Antiga. Localizada na Estrada Caminhos de Pedra, 98, na comunidade de Santo Antoninho, a propriedade fica no início do roteiro turístico. O empreendimento é gerenciado pelos proprietários José Luiz Magnani e Nelsa Wendt, com o auxílio de Paula Machado da Silva. Há sete anos trabalhando no roteiro, Magnani e Nelsa estão há pouco mais de dois anos na nova propriedade. Eles iniciaram as atividades em 2010, em anexo a Viníco-la Strapasson, de São Pedro, distrito de Bento Gon-çalves. Nos quatro anos seguintes, trabalharam em anexo a Casa do Tomate, também em São Pedro. Se estabeleceram no atual cenário em junho de 2015.

“Quando trabalhava como motorista para gru-pos de turistas, passava meu tempo de espera ti-rando fotos das paisagens. Em um dos passeios no distrito de São Pedro, fotografei um casal de idosos trabalhando na lavoura e acabei editando em casa, dando à estética das fotos um ar envelhecido. Foi aí que eu pensei na oportunidade do turista levar como lembrança o registro da visita em Bento Gon-çalves, da forma mais descontraída e fiel possível a história dos imigrantes italianos”, explica José Luiz Magnani.

Vinho de jaboticabaAo contrário de cenários de estúdios, elementos

como a pipa de vinho e a carroça são dispostos pelo jardim do estabelecimento. O deck, com uma vista linda para as montanhas de Pinto Bandeira e para parte da cidade de Veranópolis, é mais um dos es-paços para os registros. A calmaria da natureza pre-domina no ambiente familiar do estabelecimento. Numa das plataformas do deck principal, que liga a loja de bebidas e produtos coloniais e outros artigos da região, há um espaço com várias redes para des-canso tomando chimarrão ou degustando produtos oferecidos pela Persona. São sucos orgânicos, vi-nhos, espumantes e cervejas artesanais. O estabele-

FuncionamentoNa alta temporada, de abril a novembro, de segunda a segunda

Em baixa temporada, de terça a domingo

Horário de atendimento, tanto na alta como na baixa temporadas, das 9 às 18 horas

Telefones para contato: 54 34550191 ou 999583984 e 999233984

cimento é o único na região que comercializa vinho de jabuticaba, vindo da cidade de Santa Teresa no Espirito Santo. A gastronomia é representada por tábuas de frios, salada de frutas com sorvete e, em breve, por pizzas, encomendadas de uma produção artesanal de Carlos Barbosa nos sabores filé, gaúcha, copa com figo, favorita, calabresa e marguerita.

Típicos imigrantes ItalianosA criatividade fica por conta dos turistas, que se

vestem com roupas típicas da imigração. Elas com o lenço na cabeça, eles de colete e boina. Trajados como europeus que imigraram para a região da Ser-ra Gaúcha a partir de 1875, interagem com as baga-gens e instrumentos de trabalho da época. Uma das performances mais procuradas é a do casamento. O casal, caracterizado com as roupas dos noivos, ence-na o beijo nupcial e a clássica atirada do ramalhete. A produção leva cerca de dez minutos. Depois, as fo-tos são editadas e aplicadas com filtros que deixam o material final muito fiel às fotos da época. O material é todo digital, entregue em um CD, incluindo tam-bém as coloridas originais. As fotos não são impres-sas na hora, mesmo assim, o cliente já encontra uma série de opções de porta retratos.

Bebidas com rótulos personalizadosQuem visita a Persona também encontra be-

bidas com rótulos personalizados. São garrafas de vinho, espumante e sucos elaborados na região da Serra Gaúcha. Em apenas dois minutos, as encomen-das ficam prontas. Também podem ser encomenda-das, em qualquer quantidade, bebidas com rótulos personalizados como brindes para festas de empre-sas, aniversário e formaturas, entre outros eventos. Magnani ressalta que aprendeu o processo de fabri-cação de rótulos com o amigo Rodrigo dos Santos, que atendeu suas primeiras encomendas.

Aos sábados e domingos tem música ao vivo a partir das 18 horas. A Persona também disponibili-za seu espaço para casamentos e aniversários, entre outros eventos. O local tem capacidade para 50 pes-soas. Para visitação, o custo é de R$ 2 reais por pes-soa. Há estacionamento para ônibus, carros e motos.

Fotos: Divulgação

Caderno de Cultura e Arte | Jornal Integração da Serra | Nº 51 | Dezembro 2017 | Janeiro 2018

Fernanda Turchetto

Moda retrôno Youtube

Clara Pasqualini, de Bento Gonçalves, compartilha sua experiência como profissional da moda dentro do seu universo retrô no canal Clara Retro Channel. Dona de atelier, Clara dita tandências para o verão 2018

2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018

O início da colheita da uva na Serra Gaúcha é sempre motivo de festa, de celebração. E disso o Hotel Villa Michelon entende muito bem. O estabelecimento, que há mais de dez safras integra hóspedes no período da colheita da uva no Vale dos Vinhedos, vai sediar a abertura oficial da Vindima 2018 no roteiro turístico, no próximo dia 28 de janeiro, a partir das 17 horas. Além disso, o hotel promoverá a 2ª edição da La Bella Vendemmia, nas sextas--feiras compreendidas entre 12 de janeiro a 18 de março de 2018, a partir das 17 horas.

Na La Bella Vendemmia, o Villa Michelon se transformará num palco onde a colheita da uva será a protagonista. Na programa-ção do evento, que ocorre no complexo do hotel, os hóspedes conhecerão um pouco da história da região que se tornou o prin-cipal roteiro enoturístico do Brasil. Eles também participarão da colheita de uvas no Parreiral Modelo, entre outras programações, como a da Casa do Filó, com degustações de pão caseiro, copa, queijo, salame, vinhos e suco de uva, ao som de cantorias italia-nas da época da imigração.

Atrativos culturais

A infraestrutura do Villa Michelon oferece ainda como atrati-vo cultural aos hóspedes o Memorial do Vinho, com acervo de peças preservadas pelos descendentes dos imigrantes, contem-porizadas em uma linha do tempo. Com esses objetos, textos, fotos e mapas é possível acompanhar a evolução das técnicas empregadas no cultivo das uvas e na elaboração do vinho numa concepção museóloga e museógrafa. O acervo se estende até a Casa do Filó, um centro de lazer e convivência onde as pesso-as poderão visualizar a caminhada da fé dos imigrantes, assim como o cotidiano e as atividades da comunidade.

Hotel Villa Michelon promoverá a 2ª edição do La Bella Vendemmia

Ragazzi Dei Monti agraciado com o prêmio Vitor Mateus Teixeira

O Grupo Ragazzi Dei Monti, de Monte Belo do Sul, foi agraciado com o Prêmio Vítor Mateus Teixeira 2017, na categoria Conjunto ou In-térprete de Música Ítalo-rio--grandense, no último dia 6 de dezembro. A cerimônia ocorreu no Teatro Dante Ba-rone, na Assembleia Legisla-tiva, em Porto Alegre.

O Prêmio Vítor Mateus Teixeira foi instituído pela As-

sembleia Legislativa através da resolução nº 2708, de 19 de agosto de 1997, com o objetivo de reconhecer e valorizar artistas gaúchos que contribuem para a preservação e fortalecimento da riqueza cultural do Estado. A indicação do Grupo Ragazzi Dei Monti foi feita pelo deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) e aco-lhida por um colegiado de músicos, compositores e representantes de artistas gaúchos, bem como pela unanimidade dos deputados estaduais gaúchos.

O trabalho do Grupo Ragazzi Dei Monti vem sendo desenvolvido há quase 27 anos, buscando preservar a memória da história italiana através de CDs, DVDs e espetáculos, a fim de divulgar não somente o município, como também a região e o Estado em diferentes partes do Brasil e internacionalmente, como na Itália. O Grupo já acumula algumas premiações significativas em sua história, dentre elas o Mérito da Cultura Gaúcha outorgada pela Secretaria de Estado da Cultura, Mé-rito Talian da Federação Ítalo Brasileira do Estado do RS, a Medalha de Honra ao Mérito Padre José Ferlin da Câmara de Vereadores de Monte Belo do Sul e o 1º CD de Ouro da música folclórica italiana no Brasil, dentre outros. O diretor do gru-po, Álvaro Manzoni, salienta que “esse reconhecimento se deve a um trabalho sé-rio realizado com humildade e fé, enfrentando as mais diferentes adversidades”.

Divulgação

A redação leu

Repr

oduç

ão

A Sutil Arte de Ligar o F*da-se

Autor: Mark MansonPáginas: 224Editora: IntrínsecaAno: 2017Valor: R$ 29,90

Dicas deFilmes

Programe-seMosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 | 3

A Janela IndiscretaAno: 1954Direção: Alfred HitchcockRoteiro: John Michael Hayes, Cornell Woolrich (autor do conto)Elenco: James Stewart, Grace Kelly, Raymond Burr, Thelma Ritter

BrunoNascimento

[email protected]

VOCÊ ENCONTRA ESTE LIVRO NA DOM QUIXOTE LIVRARIA & CAFETERIA

ão se engane com o título um tanto mal-educado: A Sutil Arte de Ligar o F*oda-se é um livro como poucos. Escrito para ser um manifesto “antiautoajuda”, acaba

sendo aquilo a que justamente não se propõe: um texto re-flexivo da mais alta qualidade. E que – ironicamente – nos auxilia em muito a pensar (e repensar) a vida. Repleta de boas histórias, bem-humorada e de agradável leitura, a obra é uma verdadeira bofetada na forma como tratamos nossos fracassos e dificuldades. Sem meias palavras, o autor – que se tornou popular nos EUA com seu blog de conselhos e reflexões – diz o que precisamos ouvir para vivermos melhor e evoluirmos em nossa jornada. Trata-se de um novo olhar sobre nossas limitações, sobre o poder da força de vontade e o significado dos reveses inevitáveis à vida. Uma ótima pedida para colocar na mala das férias.

Natal Com ArteO quê: Ação onde artistas estarão pintando e comercializando pequenas obras com temas natalinos e regionaisQuando: até 23 de dezembro, 14h às 18hLocal: Casa do Artesão e do Artista Plástico

ArtesanatoO quê: Feira de Artesanato e Artes Plásticas de Bento GonçalvesQuando: 21 a 23 de dezembro, 9h às 18h Local: Via Del Vino

Mercatino di Natale O quê: Mercado de artesanato, produtos típicos, apresentações culturaisQuando: 22 e 23 de dezembro, 16h às 23h Local: em frente à Fundação Casa das Artes

Capoeira e outras dançasO quê: Encerramento das Oficinas 2017 da Ciclos de PercussãoQuando: 23 de dezembro, às 18 horasLocal: Praça da Igreja Cristo Rei

Festival da Vinália O quê: Resgate da mítica festa romana que há mais de 2.000 anos encantava as províncias e cidades do Império RomanoQuando: 6 de janeiro, 9h às 19hLocal: Complexo Espaço Uva e Vinho - Vale dos Vinhedos

Noite de EpifaniaO quê: Notte Dei Rè Maggi Quando: 6 de janeiro, às 19hLocal: Vale dos Vinhedos

Mercado de RuaO quê: 3ª edição da feira com produtores independentes e locaisQuando: 13 de janeiro, às 14h30minLocal: Rua Coberta

Festival gratuito na PlanaltoO quê: Trip Holiday FestivalQuando: 21 de janeiro, às 15 horasLocal: Rua Doutor Rolando Gudde, Planalto

GuapoRockO quê: 2º Festival Multicultural GuapoRock Quando: 2, 3 e 4 de fevereiro, às 18 horasLocal: Guaporé

Ferrovia Live

O quê: La Cumbia Loka - Especial Merry Christmas!Quando: 22 de dezembro, às 23 horas

O quê: Acústico pop rock com Moisés JacobsQuando: 23 de dezembro, às 23 horas

O quê: Jingle Bells Rock com The Madalena Rock BandQuando: 25 de dezembro, às 00h30

O quê: BEATS #3 - UPSIDE DOWN - festa temática sobre a série original Netflix Strager ThingsQuando: 12 de janeiro, às 22h30

Jeff é um fotógrafo que está na cadeira de rodas devido a uma fratura na perna. Enquanto se recupera, inquieto, ele observa pela sua janela as curiosas vidas de seus vizinhos. Seus cotidianos e conflitos são expostos à observação afiada do homem. Mas o seu voyeurismo, aparentemente inofensivo, pode agora ser testemunha de um assassino.

Alfred Hitchcock é um manipulador de tensões. Sua câmera passeia pelo cenário e cap-tura objetos e acontecimentos com significados eficientes para o desenrolar da trama. O que vemos penetra nosso subconsciente e cria pequenas emoções que não passam por uma racionalização imediata. Desta forma ele aquece o público, preparando ele para algo que está sempre prestes a ser revelado. O mesmo ele faz com o som que, por vezes, é inserido dentro do contexto da história e ouvido pelo personagem junto do público – seja uma sirene que sobe ao fundo ou a trilha sonora montada pelo vizinho pianista. Desta forma estamos com Jeff, observando aquelas vidas e fazendo nossos julgamentos.

Um dos tantos clássicos que o legado de Hitchcock deixou. Graças ao seu alto nível de experimentação, é uma obra que resiste ao tempo e se mantém como um dos thrillers de mistério mais influentes do cinema.

Repr

oduç

ão

4 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018

No próximo dia 20 de janeiro, será lançada o livro “Vale do Bu-ratti: História e Vida”, uma obra de histórias coletadas e organizadas pelas palavras de Nelson e Claudino Piletti e traduzidas pelas fotografias de Luciano André Lemos. O evento de lançamento ocorrerá no salão da comunidade do Burati, a partir das 17 horas. A obra terá 230 páginas e cinco capítulos com histórias, depoi-mentos e colaborações de mais de

História e VidaVale do Buratti

Livro reúne histórias e depoimentos de moradores da comunidade

Fotos: Luciano André Lemos Por Natália Zucchi

30 representantes das famílias que residem na localidade. Hoje, cerca de 100 pessoas residem no Burati. “Uma característica fundamental é a coletividade da obra. Todas as fa-mílias da comunidade estão dentro do livro, pessoas que antes nunca escreveram para fins de publicação contribuíram para a obra”, destaca Piletti. Em Bento Gonçalves, será realizado o segundo lançamento, ainda sem data definida, na Dom

Quixote Livraria e Cafeteria.

Pelo Rio do Burati

Vale do Buratti começou a ser escrito por Nelson Piletti ainda em 2015, transcrevendo uma série de entrevistas gravadas com persona-lidades locais durante anos antes, a fim de preservar as lembranças e as histórias. Entre o conteúdo abor-dado, “Histórias do Burati” escritos

por João Adelino Tonelo, “O Moinho” escrito por Remiro Justi e “Geraldo Bellé e suas histórias” - contos en-graçados do cotidiano buratense, escrito por Volmir Bellé.

“Lembro de quando eu tinha seis anos e minha mãe lavava roupa no rio do Burati, e eu ficava brincan-do bem no meio do rio, no pocinho, como a gente chama”. Num sábado de janeiro de 2017, Nilson e Luciano foram a procura dos fragmentos da infância. Uma das paradas foi no Rio Burati. “Ele entrou naquele rio e sa-bia exatamente onde estava pisan-do. Naquele dia eu vi o Nelson voltar a ser uma criança”, afirma Lemos. Segundo Piletti, como na época não tinha outro meio de conservar e refri-gerar os alimentos, entre eles carnes e bebidas, eram colocadas no meio do rio para mantê-los fresquinhos. “Era típico da região”, destaca.

Após 65 anos de vida, para Pi-letti, lembrar da infância é “reviver experiências”. No mergulho ao pas-sado, entre os materiais e objetos antigos encontrados nos galpões e nas residências da família e de vizi-nhos, um caniz, espécie de armadi-lha para pesca. O objeto era típico da época e era seguidamente usado para garantir os pescados da famí-lia, segundo o ex-morador.

Outro objeto é a Slitta, que em italiano significa trenó, um meio de transporte comum da época. Cons-truído com troncos de árvores e ga-lhos cortados, pregados e montados para sustentar cargas medianas, era preso à um gancho ligado às cor-das do cavalo, que a puxava. A Slitta era muito usada na colheita da uva, transportando as cestas com a fruta, além de carregar o pasto para ali-mentar as vacas.

Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 | 5

Obra independente financiada por recursos privadosDurante o mês de novembro de 2017, Piletti, que hoje mora em Florianópolis, passou 15 dias hospedado em

Bento Gonçalves junto ao amigo Luciano Pacheco, para realizar a captação de recursos e para finalizar o conteúdo destinado ao livro. Só para as despesas com a gráfica, era preciso R$ 27 mil. A obra teve financiamento totalmente privado, vindo de pessoas físicas residentes e ex-moradores da região e de empresas locais. “É um trabalho por real amor ao tema. É um tributo a essa terra e a todas as pessoas que nela viveram”, destaca Piletti.

Uma das fotos do livro: armadilha para pesca conhecida como caniz

6 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018

RogérioGava

[email protected]

de percursoAnotacoesaudade, palavra tão sublime. Que só mora na casa da língua portuguesa. Difícil buscar em outro idioma um equivalente. Descubro que vem do latim solitate, significando solidão. O de-samparo de sentir-se sozinho. Quem sente saudade está só, portanto. Mas, podemos sentir

saudade juntos. Em qualquer situação ela pode bater à nossa porta, aliás. Até em meio a uma festa. A saudade, portanto, mostra que possui muitos sentidos. Ela é a tristeza por alguém que já partiu; e aí estamos diante da saudade mais profunda e dolorosa de todas. Mas há a saudade também por quem está momentaneamente longe: um filho que foi viajar; o pai que se ausenta a trabalho. E então nos invade a incompletude de ter afastado quem amamos; a ausência causada pela distância.

A saudade pode ser uma felicidade que ficou no passado. Uma espécie de nostalgia feliz, mas nem por isso menos melancólica, como quando dizemos: “que saudade dos Natais da infância”. Outra saudade é uma do tipo mais branda, corriqueira; uma falta que não dói, um simples desejo. Se estou com saudade de comer pudim de leite vou à confeitaria mais próxima e resolvo o problema. A saudade, noutras vezes, habita o futuro. Vendo meus filhos que hoje são crianças já sinto saudade deles pequenos, pois sei que algum dia não mais o serão. A saudade, nesse caso, é uma lembrança de algo que ainda não passou. Do que ainda vivo. Saudade do passado habitada no presente. Enfim, a saudade – essa sensação tão ímpar, memória triste ou feliz, nostalgia, falta, dor e amargura – é um camaleão, transmutando cores e significados. Tal como o céu, que muda ao sabor das nuvens. Ao capricho dos ventos. A saudade é uma sábia e temperamental senhora, dona de muitos vestidos.

izia Camus que a felicidade “é também uma longa paciência”. Aprender que “amanhã é outro dia”, e que o tempo é senhor do mundo. Saber que há a hora da semeadura e da colheita, e que não adianta levantar o fogo para apressar o assado. O escritor e psica-

nalista Hélio Pelegrino, certa vez, disse que a impaciência era o pior dos pecados. E que, na vida, precisamos ter uma longa e interminável resignação. Verdade. A felicidade é uma velha panela de ferro, lentamente esquentando sobre o fogão a lenha.

m rio, é claro, tem apenas duas mar-gens. Um dos contos mais belos e conhecidos de Guimarães Rosa – “a

terceira margem do rio” – desafia justamente essa obviedade. Com só Rosa sabia fazê--lo. O que será essa terceira margem? Um rio com três margens é uma impossibilidade matemática, física. Um absurdo, portanto. Impossível de conceber, assim como é im-possível imaginar o infinito e seu contrário, o finito. O nada e o tudo. O ser e o não-ser, cada qual tão longe da compreensão quanto o outro. Gosto de pensar que a terceira mar-gem, esse enigma, é justamente tudo o que não enxergamos, não alcançamos, não to-camos. Além das margens visíveis está uma beira metafísica que não conhecemos, mas sentimos existir. A terceira margem é tudo aquilo que não sabemos.

Saudade

A felicidade paciente

A terceiramargemdo rio

Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 | 7

todos os leitores meus sinceros votos de um Feliz e abençoado Natal, e um 2018 com muita saúde, paz e felicidade. Que o verdadeiro amor esteja mais próximo de todos nós neste ano que inicia.

gape: era assim que os gregos de-nominavam a forma mais elevada de amor. Em um sentido cristão, é

o amor segundo Jesus Cristo. Os latinos o traduziram como Caritas, a caridade (o amor que torna caro), representando o amor puro e desinteressado. No oriente, fala-se muitas vezes em Ren, a humanida-de, a benevolência, ou em Metta, a com-paixão. Na teologia cristã, sabemos, Ágape pressupõe amar até os próprios inimigos. Algo muito difícil, por certo, e cujo enten-dimento nos escapa na maioria das vezes. Mas Ágape é justamente isso, um amor ili-mitado.

Se Ágape é um amor distante de nos-sas qualidades, isso não afasta que muitas vezes nos aproximemos de sua essência, mesmo que de forma rarefeita. Nesses mo-mentos roçamos a bainha das vestes de Ágape. Basta ver o amor dos pais pelos filhos: que pai ou mãe não morreria incon-dicionalmente no lugar deles? Com quem mais tanta paciência, tanta abdicação, do que por aqueles pequenos que nos encan-tam e sucedem? Esse amor espontâneo, gratuito, totalmente desinteressado, pode ser compreendido como uma pequena amostra, talvez, do ilimitado poder de Ága-pe. Esse desinteresse, aliás, é o que difere Ágape de Éros, sempre egoísta, egocêntri-co e insaciável. É o que também o afasta de Philía, nunca destituído de algum resí-duo de interesse, nunca totalmente gratuito ou livre. Ágape é o amor em essência. Luz que ilumina as trevas. Algum dia, nos será dado conhecê-lo em plenitude?

m um ano de tanto lamaçal em terras tupiniquins, a pergunta: é possível um cana-lha ser feliz? Um corrupto viver a verdadeira felicidade? Não me parece. Porque na desonestidade se perde algo de substancial para a vida: se perde a verdade. Como

pode uma pessoa desonesta, que rouba e ludibria, verdadeiramente amar seus filhos, sua mulher ou marido, se ela não conhece o significado da palavra “amor”? Como terá verdadeiras amizades, relações desinteressadas, se ela só se preocupa em levar vanta-gem de tudo e sobre todos? Como confiará, no que acreditará, se vive imersa na traição e na mentira? Eu sei, a vida muitas vezes nos mostra o contrário: canalhas “felizes” a gozar o produto da falta de caráter. Enquanto muitos homens de bem padecem ao sabor das intempéries. Doenças, acidentes e dores atacam a todos: honestos e desonestos. A virtude, de fato, não é garantia de dias afortunados. Mas, serão mesmo felizes os pústu-las? Creio que não. Penso que o egoísmo violento e patológico do homem imoral afasta a autêntica felicidade. Na mente perniciosa do canalha só há espaço para o prazer vazio e desmedido. Uma felicidade travestida de prazer, de mentirinha, e que não deve, nunca, nos deixar enganar.

uis escrever prosa poética e fiquei sem ideia; meus sentimentos alça-ram voo como pássaros de arriba-

ção. Pude vê-los, ao longe, sumirem no horizonte azul sem fim. Até parecerem pontinhos negros, e depois, nem isso. Ficou só o céu, a fitar-me. E o mar. E eu, ali, com a brisa salgada acariciando meu rosto, em paz. Lembrei então das praias perfeitas da infância. Hoje, fotografias desbotadas perdidas em um álbum qual-quer. Larguei o lápis e o papel na areia. Que foram levados pelas ondas. Ven-to suave revoou lembranças. Restou o doce perfume da memória.

s livros, com certeza, não substituem a vida. A experiência espantosa de viver. No entanto, vivemos melhor por

causa e a partir dos livros que lemos. Não seria quem sou se não tivesse lido os livros que li. Este ser que vejo no espelho, com todos os seus defeitos e qualidades, que me agrada e desagrada, também foi cons-truído por inestimáveis leituras e releituras. Como escreveu Morin, magnificamente, os livros agem sobre o viver, guiam a existên-cia, constituem “experiências de verdade”. Livros pegam a vida pela mão, a conduzem até certo ponto, para depois largá-la aos próprios passos, melhor do que era...até que uma nova leitura se faça necessária. Somos, também, o que lemos. Embora a vida esteja sempre adiante dos livros.

ÁgapeO canalha feliz

À beira marLivros

8 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018

Modajovemcom pegada

O Jornal Integração da Serra entrevistou a aca-dêmica Clara Pasqualini, 23 anos, moradora de Bento Gonçalves que, em setembro de 2017, criou o canal Cla-ra Retro Chanel na plataforma de vídeos Youtube. O canal está com 4.070 visualizações.

Reportamos um pouco da história da jovem, que dei-xou a graduação em Jornalismo para cursar Design de Moda. Também mostramos algumas de suas criações para o verão 2018. Clara se forma em Moda na metade de 2018, mas desde 2014 é proprietária do Amelie Atelier Criativo, que confecciona camisas, saias e blazers, en-tre outras peças, na maioria das vezes exclusivas.

Sobre o CanalClara Retro Chanel é um canal com vídeos sobre os

assuntos que Clara mais ama: brechós, moda, fotografia, decoração, tattoos, viagens, beleza, livros e receitas, todos caracterizados pelo humor e também pela pegada retrô. O conteúdo do canal de Clara narra também um pouco da experiência dela como profissional de moda. “Tenho faci-lidade com trabalhos manuais, costura, colagem e dese-nho. Gosto de todo o universo retrô: ouvir discos de vinil, revelar fotografias analógicas, fazer curta metragens. Acre-dito que herdei esse gosto da minha mãe, Ângela Maria Postal, que sempre teve um cuidado nos detalhes da de-coração de casa, principalmente móveis antigos, madeira, flores e muitas louças vintage”.

Retrô

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Tuany Areze

Por Natália Zucchi

Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 | 9

Por que Clara Retro Channel? O que te motivou a criar o canal?

Seguidamente recebia mensagens de pessoas pedindo informações sobre tatuagens, roupas e brechós. Então, decidi fazer vídeos para os Stories do aplicativo de fotos Instagram, mostrando esses lugares e contando um pouco sobre eles. Tive um retorno muito bacana. Logo comecei a receber men-sagens da galera sugerindo a criação de um canal no Youtube. No primeiro momento fiquei com muita vergonha e pensei muito se devia criar ou não, mas acredito que temos que “colocar a cara a tapa”, né? Então fui lá e fiz!

O que você quer transmitir neste canal no Youtube?

O meu canal é sobre muita coisa e também sobre tudo o que eu amo. A ideia é fazer algo bem autêntico e mostrar muita coisa linda e retrô para o pessoal.

Teu público é regional ou nacional?Por enquanto meu público é regional, mas logo

quero estar fazendo vídeos em diferentes lugares do mundo para alcançar mais pessoas e mostrar coisas novas!

Tem alguém que ajuda com o canal ou você grava e edita sozinha?

Às vezes, eu gravo sozinha, às vezes minha irmã, Joana, me ajuda a captar as imagens. O pessoal da Âncora Produções edita. Toda identidade visual do canal foi desenvolvida pelo designer Rafael Frozi. A da marca Amelie foi feita pela designer Pâmela Rosa.

No vídeo de apresentação, você fala que primeiro escolheu o curso de Jorna-lismo e depois migrou para a Moda. Você quer contar um pouco mais sobre isso?

Claro, comecei minha vida acadêmica no Jor-nalismo por medo de cursar Moda. Na época, as pessoas achavam que a carreira na moda era muito difícil e sofrida e acabei me deixando influenciar. Decidi pelo Jornalismo, para mais tarde escrever sobre Moda, mas no meio do curso senti muita falta de criar, de “colocar a mão na massa”, sabe? Aí eu

“O canal é sobre tudo que eu amo”

Tendências da Amelie para o verão 2018

O verão Amelie feminino é cheio de flores, listras, laços e muito amor em forma de ciganinhas, conjuntinhos de tope + short, tope + saias e vestidinhos! Peças leves, românticas e criativas!

O verão masculino tem camisas de manga curta muito estampadas, com florais e folhagens principalmente!

decidi trocar de curso e me joguei na Moda, onde eu deveria estar desde o começo!

Você também está promovendo bre-chó/bazar?

No dia 19 de novembro organizei a 2ª edição do Brechó e Bazar na Amelie, onde reuni peças garim-padas e também peças do atelier em promoção. Além disso, neste ano organizei o primeiro Amelie’s & Zero54’s Fashion Festival, em Caxias do Sul, no Zero54. Foi um dia inteiro de programações como feira com marcas locais, workshop, bate-papos, desfiles e festa. Foi muito bacana!

Quando você criou a marca Amelie?

Porque este nome?A Amelie nasceu em 2014. O nome Amelie veio

do filme francês “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Quando vi o filme senti que tinha que tirar algo dele para a minha marca e logo pensei: claro, Amelie! Esse filme me encantou, simplesmente. Tan-to pela história, com mensagens delicadas, quanto pela paleta de cores da fotografia. As lições e valo-res do filme combinaram comigo e com a marca que estava criando, foi algo especial.

O atelier começou trabalhando apenas com ca-misaria masculina, logo vi que poderia expandir meu mix de produtos e alcançar ainda mais pessoas. Hoje faço de tudo, masculino e feminino, camisas, saias, blazers, vestidos, mas o carro-chefe ainda são as camisas.

Como funciona o teu processo de cria-ção de peças? Onde buscas inspiração?

Minhas coleções são feitas conforme o que eu sinto do mercado e do meu público. Crio me base-ando no que me inspira no momento. É muito sobre mim, sobre minhas diversas “personalidades” e inspirações. É claro que estou sempre de olho nas grandes marcas e tendências que a rua está adotan-do, mas não uso isso de forma direta. Esses mo-dismos acabam influenciando um pouco qualquer criador. Nas minhas coleções é muito mais pessoal, tem muito a ver comigo.

Lanço uma grande coleção por ano, e durante o ano lanço coleções cápsulas. E isso também está bastante relacionado ao fato de ser um atelier, não tenho fábrica e minha mão de obra é artesanal.

Fernanda Turchetto

Dirson Vinicius Arndt

Tuany Areze

Amelie Atelier CriativoRua Recife, 119

Bento Gonçalves54 99105 9824

[email protected]

Divulgação

Dirson Vinicius Arndt

10 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018

Por Natália Zucchi

William Hamom Do Amaral, 18 anos, que divide seu tempo entre apresentações de shows acústicos e a faculdade de Di-reito, é mais um jovem da região que vai utilizar as redes sociais para mostrar seus talentos musicais. De Bento Gonçalves, com-põe desde os 12 anos, idade em que iniciou aulas de violão, gui-tarra, teclado e também de técnicas vocais. No decorrer de 2018, pretende lançar várias composições no YouTube e no Facebook. Ele vai usar as plataformas digitais como termômetro para os primeiros videoclipes que pretende gravar posteriormente, após interações e avaliações dos usuários. Essas autorais são compo-sições ao violão com letras em português, inglês e espanhol, que focam experiências e visões de mundo do músico.

AcústicosHá cerca de um ano, Hamom apresenta acústicos em Bento

Gonçalves e outros municípios da região, com cover eclético, de repertório variado. “Gosto de não me prender a uma única in-fluência musical, porque há bons artistas em todos os gêneros. Prefiro buscar em cada um algo a aprender”, destaca o estudan-te de Direito. Hoje, Hamom busca referências em artistas como John Mayer, Bruno Mars, Sam Smith, Ed Sheeran e James Arthur.

“Sempre fui muito eclético no que diz respeito a música, e com o meu repertório não é diferente. Tem vários estilos com os quais me identifico. Mas costumo organizar o repertório de cada show na proposta do local ou do evento”, destaca. Hamom se apresenta em restaurantes, pubs, bistrôs e eventos, como inau-gurações, casamentos e aniversários de 15 anos.

Contatos pelo telefone e WhatsApp: 54 981090050 ou 54 981126346 ou pelas redes sociais.

A Electric Jack, de Garibaldi, que interpreta covers de grandes bandas como Aerosmith, Whitesnake, Guns n’Roses, Scorpions, Bon Jovi, Black Sabbath e Ozzy Osbourne, entre ou-tras, a cada apresentação aumenta seu reconhecimento entre jovens e adultos da região que curtem rock and roll. O estilo da banda mescla os gêneros hard rock, rock clássico e heavy metal das décadas de 70 e 80. Os covers são adaptados para ver-sões acústicas também, ampliando a performance da Electric Jack.

A banda foi formada na meta-de de 2015 e Norberto Jr. (Norberto Roque Frighetto Júnior) e Leo BC (Leonardo Bianchetti Corrêa) são os únicos integrantes que permanecem desde o início. Norberto liderando os vocais e Leo na guitarra. Com eles,

na SerraAcústicos

William Hamom

Lançamento de músicas autorais no Facebook e no YouTube a partir de janeiro

ElectricJack

“Queremos fugir do clichê de que acústico é música de fundo

de barzinho”

Igor Flach no baixo, Eduardo Moro na guitarra e Bruno Ne-ves na bateria. Nesse ano, a banda ainda contou com a participação do baterista Artur Tra-montina em alguns shows.

“Para um show acústico, nos pre-ocupamos em adaptar nosso reper-tório com as mesmas canções, mas em versões que não as descaracteri-zem, mantendo a essência do show tradicional. Queremos fugir do clichê de que ‘acústico é música de fundo de barzinho’, assim conduzimos um show para ser assistido de fato”, ex-plica o guitarrista Leo BC.

As produções autorais também já estão a caminho. Até agora, três canções próprias estão sendo finali-zadas, uma delas intitulada The Mur-der of a Man. Os músicos adiantam

que no decorrer de 2018 estarão entrando em estúdio para gravar um disco só de composições autorais, com lançamento para o fim do próxi-mo ano. As letras, escritas em inglês, inicialmente são criadas pelo vocalis-ta Norberto e após, trabalhadas em conjunto com o restante da banda. “O legal do rock é que a gente pode falar de tudo um pouco, entre temas de amor e morte mesclando baladas românticas e sons mais agressivos, porque tudo se encaixa no estilo. Nossas letras são inspiradas em ex-periências que vivenciamos e nos covers que já fizemos, do som que a

gente curte”, explica Norberto.

Por que Electric Jack? “O Norberto e eu estávamos en-

saiando e olhamos para o interruptor da tomada. Aí pensei “como é toma-da em inglês?”. Escolhemos “Jack” porque no idioma, ele possui vários significados. O Electric vem de eletri-cidade. Mesmo sendo duas palavras estrangeiras, o nome é fácil de falar”, explica Leo BC.

Contato pelo telefone e Whats--App: 54 999272423 ou 54 992030035 ou pelas redes sociais.

André Pellizzari Fotografia

Sofia Pivatto Fotografia

Mosaico | Jornal Integração da Serra | Dezembro 2017 | Janeiro 2018 | 11

O Maestro Alves Rossatto foi home-nageado durante a solenidade dos 42 anos do 6º Batalhão de Comunicações (BCcom) Presidente Ernesto Geisel, de Bento Gonçalves, ocorrida no último dia 28 de novembro. O Maestro foi convida-do a se posicionar junto a autoridades para ouvir da Banda do 19º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMTZ), de São Leopoldo, o dobrado musical composto por ele, em 1975, a pedido do ex-prefeito Darcy Pozza (in memorian) para a vin-da do então presidente Ernesto Geisel a Bento Gonçalves, por ocasião da 3ª edição da Festa Nacional do Vinho (Fe-

Maestro Rossatto homenageado pelo 6º BComnavinho).

Rossatto, que chorou ao ouvir a execução do dobrado “Presidente Gei-sel”, também foi homenageado com a entrega da Medalha Símbolo do Bata-lhão Ernesto Geisel. A cerimônia, que incluiu formatura oficial de militares, foi comandada pelo ex-comandante Lúcio Guerra. O Maestro ressalta que a honraria compensou um pouco do desolamento pela Banda Municipal, regida por ele, que enfrenta dificulda-des financeiras por não estar contando com apoio, nem do setor público, nem do privado.

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Que o Natal seja festejado em paz e harmonia e o Ano Novo recebido com muita alegria.Desejamos a todos os clientes e colaboradores um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.