53741389 arte indigena brasileira

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ANTÔNIO JOÃO Nº: 05

DIEGO GOMES Nº: 11

KATHIA HELLEN Nº: 19

KELLY AFONSO Nº: 20MARCELA BRITO Nº: 22

PABLO STUART Nº: 25

RODRIGO SANTOS Nº: 27

ARTE INDÍGENA BRASILEIRA

CEM 10

DF, CEI , Abril de 2011



GDF-SEE-GREC-CENTRO DE ENSINO MÉDIO 10 DE CEILÂNDIA

Componente curricular: Artes Visuais

Professor: Pedro

Alunos: ANTÔNIO JOÃO Nº: 05DIEGO GOMES Nº: 11

KATHIA HELLEN Nº: 19

KELLY AFONSO Nº: 20

MARCELA BRITO Nº: 22

PABLO STUART Nº: 25

RODRIGO SANTOS Nº: 27

Série: 3°do Ensino Médio Turma: C Turno: Matutino

Índio

Arte brasileira

CEM 10

DF, CEI, Abril de 2011



1. Introdução

Nestas terras colonizadas por portugueses, aonde viria a se formar um país chamadoBrasil, já havia populações humanas que ocupavam territórios específicos dizemos que são"nativos" porque estavam por aqui antes da ocupação européia.

Segundo a Funari, muito se perdeu da História. ³Uns 99%´, diz, pois o que se preservou foram cerâmicas, pedras e pinturas nas cavernas. ³Mas das danças, casas ecostumes do cotidiano restou quase nada´, lamenta.

Em pleno século XXI a grande maioria dos brasileiros ignora a imensa diversidadede povos indígenas que vivem no país. Estima-se que, na época da chegada dos europeus,fossem mais de 1.000 povos, somando entre 2 e 4 milhões de pessoas.



2. Arte em pedra

A confecção de instrumentos de pedra (ex.: machadinhas, colares) foram de extremaimportância no passado indígena, mas nos dias atuais os índios não mais costumam produzir artefatos em pedra devido à inserção de instrumentos de ferro, que se mostraram mais

eficientes e práticos, embora algumas tribos ainda utilizem estes artefatos para ocasiõesespeciais.

Apesar de a pedra estar sendo substituída pelo ferro, por questões de eficiência, aindahá atualmente que utilizam artefatos de pedra. Um exemplo é o índio da tribo Awaeté ouParakanã, que fica no Pará. O instrumento de pedra usado por eles é o labrete, que é umadorno usado num orifício sob o lábio inferior.

3. Arte em Madeira

Cada povo indígena tem uma maneira própria de expressar suas obras. As artes indígenassão diferentes em várias localidades do mundo, já que manuseiam pigmentos, madeiras,fibras, plumas, vegetais e outros materiais da maneira em que estes estão disponíveis naslocalidades. Os artefatos produzidos são objetos de troca entre os diferentes povos (atémesmo com o branco), e podem ser utilizados como uma alternativa de renda.

A madeira é utilizada para a fabricação de diferentes trabalhos nas tribos indígenas. Osartefatos produzidos são utilizados como ornamentos, máscaras, bancos, bonecas, parareproduzir a imagem de animais e homens, canoas, entre vários outros.

Ao pesquisar sobre a técnica da arte em madeira dos indígenas, são encontradasinformações limitadas. Ao se ouvir a palavra ³Arte´, o que nos vem à cabeça é algo que sejafeito para enfeitar, para embelezar e transmitir a realidade em uma forma livre e única. Masesquecemos que arte vai além da pura estética, em sua forma bela e equilibrada. A arteenvolve a idéia que se tem do mundo de forma que o produto final seja útil de algumamaneira.

A técnica da arte em madeira dos indígenas vai além da cuia, da figura representandoanimais e homens, do enfeite para estante ou da bijuteria. Está incluído também: canoas, oarco e flecha, as bacias, os bancos, os instrumentos musicais entre diversos outros utensílios

que os índios usam em seu dia-a-dia e que não apresentam valor comercial aparente.

4. Cerâmica

O contato manual com a terra levou o homem a descobrir no barro, uma forma deexpressão. A confecção de cerâmica é muito antiga e surgiu ainda no período Neolítico (8000a.C), espalhando-se aos poucos, pelas diversas regiões da Terra.



As peças de cerâmica que se conservaram no tempo testemunham muitos costumesdos diferentes povos indígenas e uma linguagem artística que ainda nos impressiona. As peçasda Ilha de Marajó, no Brasil, são exemplos. Elas se dividem em dois tipos: Santarém eMarajoara. Sendo peças de Santarém, pequenas, porém bem detalhadas; e Marajoara comtamanho grande e normalmente contendo pinturas de deuses ou animais, sempre com cores

avermelhadas.

A fabricação de cerâmicas por índios não é uma característica de todas as tribos.Porém, o mais importante de se saber é que, atualmente, por mais elaborado que seja oartefato, sua produção é sempre feita sem a ajuda da roda de oleiro. Tudo é feitomanualmente.

Como dito anteriormente, a cerâmica é milenária, e por se desenvolver de formaisolada nas várias partes do mundo, acarretou no desenvolvimento distinto, dandocaracterísticas próprias em cada região onde é feita. Até hoje ela é realizada pelas várias tribosindígenas como utilitárias, mas alguns estilos são comercializados por sua complexa

elaboração e desenhos. Que é o caso da cerâmica Marajoara.

A argila é a matéria prima básica na fabricação da cerâmica. São utilizadosinstrumentos rústicos, bem variados, para auxiliar na confecção das peças, como cacosquebrados de potes antigos para ajudar a alisar os roletes, pincéis feitos com penas de aves oucom raízes para pintar a superfície, etc. A forma como é feita a superfície das peças variamuito de povo para povo e de acordo com o uso que será dado a cada objeto. A superfície

pode ser tosca, alisada, polida, decorada e revestida por outra camada de argila específica paraeste fim, que é chamada de engobo. A cerâmica pode ser queimada ao ar livre, ficando comuma coloração alaranjada ou avermelhada, ou pode ser queimada em fornos de barro,fechados, sem contato com o oxigênio, deixando com uma coloração acinzentada ou negra.

A cerâmica é utilizada na produção de objetos utilitários, como potes e panelas.Também utilizada na criação de objetos votivos ou rituais, instrumentos musicais, cachimbos,objetos de adorno e outros.

Nas sociedades indígenas brasileiras, a cerâmica é geralmente confeccionada pelasmulheres. Todas aprendem a fazê-la. Mas algumas se sobressaem por terem mais habilidadeou criatividade. Atualmente, algumas já se utilizam de tintas e instrumentos industrializados

para produzir sua cerâmica.

5. Pintura Corporal

Geralmente quando escutamos falar de pintura corporal temos em mente sempre osíndios, mas a pintura corporal esta presente ate os dias de hoje. A tatuagem e a maquiagem éum grande exemplo de pintura corporal que é usada por pessoas de diversas partes do mundo,mas devemos lembrar que a pintura realizada na atualidade, não tem características nenhumasda pintura primitiva, nem traços e nem objetivos similares, a pintura contemporânea é objetode beleza, ousadia e arte.



A pintura corporal indígena se equivale pela necessidade à roupa que usamos, essetermo é sempre usado, mas podemos ir mais além, seria como uma ³carteira de identidade´ dequem a exibe, ao revelar dados sobre sua etnia. É no corpo humano que o indígena encontra osuporte por excelência de sua pintura, ³tela onde os índios mais pintam, e aquela que pintamcom mais primor´, desempenhando diversos valores como: vaidade, usada em rituais,

determinar o estado civil, sexo, idade, determinar função ou funções, diferir povos,demonstrar luto, se o povo estava em guerra, até para defendê-lo do sol, dos insetos ou aindaespíritos maus, pode ser complexa ou simples, enfim relacionava de modo geral o índio comos espíritos e o meio ao qual ele vive.

Muito é discutido sobre a denominação apropriada para a variação artística dosíndios observando a pintura corporal observa-se o ³abstrato´, não devendo ser confundidocom primitivo, pois é so se lembrar das formas geométricas que por eles são usados. E aocontrario do que os europeus pensavam aquela atividade não era o mero prazer da decoração,mas um modo de comunicação complexa que varia.

As matérias-primas mais usadas pelos índios são: sementes, carvão, pau-de-leite,seiva de frutos, plantas nativas, extrato de folhas, polvilho de mandioca, calcário, babaçu,tabatinga, etc.

Sua aplicação faz-se com auxílio de gravetos, penas, com os dedos ou ainda feitoscom caroços de frutas partidos ao meio e mergulhados na tinta. As formas são as maisvariadas como: meandros, gregas, círculos, triângulos, pontilhados, caprichosas estilizaçõesgeométricas.

De acordo com Lévi Strauss, ³as pinturas do rosto conferem, de início, ao indivíduo,sua dignidade de ser humano; elas operam a passagem da natureza à cultura, do animal

estúpido ao homem civilizado. Em seguida, diferentes quanto ao estilo e à composiçãosegundo as castas, elas exprimem, numa sociedade complexa, a hierarquia dos status. Elas

possuem assim uma função sociológica ́

6. Arte plumária

É conhecida no mundo inteiro e está presente nos museus mais importantes, tanto noBrasil quanto em outros países sendo famosa pela sua beleza e riqueza.

Todos os grupos têm estilos e técnicas próprias, mas a grande preocupação é fazer

com que a arte plumária saia com perfeição assim como na pintura, uma forma decomunicação. Cada acessório feito carrega inúmeros signos, e somente os povos do mesmogrupo pode interpretar esse significado.

São utilizados em ocasiões especiais como os ritos, adornos para o corpo ou para adecoração de artefatos como, por exemplo, brincos, pulseiras, testeira, colares braçadeiras,máscaras, mantos, cocares, etc. São peças delicadas, sobre faixas de tecidos de algodão emque há grande preocupação com a combinação do colorido. As penas geralmente sãosobrepostas em camadas, como nas asas dos pássaros. Esse trabalho exige uma cuidadosa



execução que é feita exclusivamente pelos homens, que obedecem a um ritual de caça, coleta,separação, tingimento, corte, amarração, etc, a fim de dar uma forma específica a ela.

O uso dos objetos plumários é privativo aos homens principalmente nos cerimoniaisonde eles possuem um papel mais destacado que as mulheres. A matéria prima são as

seguintes:y Penas: são retiradas das assas e da calda do pássaro.

y Plumas: se localiza na costa e no peito da ave.

y Plumagem: encontra-se no pescoço, nas costas e no peito das aves.

Existe a procura da perfeição adequada a efeitos formais, decorativos e técnicos. Osgrupos indígenas possuem técnicas de transformação desta matéria-prima.

A arte plumária exige do índio processos a serem executados até chegar a arte final, podem ser colocado como: Matéria prima + domínio técnico + senso estético

7. Trançado e Cestaria

A variedade de plantas que são apropriadas ao trançado no Brasil dá ao índio umainesgotável fonte de matéria prima. É trançando que os índios constroem a sua casa e umagrande variedade de utensílios, como cestos para uso doméstico, redes para pescar e dormir,instrumentos musicais para uso em rituais religiosos, etc.

Quanto à decoração, os objetos de trançados possuem uma imensa variedade,explorada através de formas geométricas, espessuras diferentes, corantes e outros materiais.Os índios possuem grande habilidade para tecelagem, já que sua prática e conhecimento dos

trançados e cestarias é bastante desenvolvida. A cestaria é o conjunto de objetos - cestos-recipientes, cestos-coadores, cestos-cargueiros, armadilhas de pesca e outros -, obtidos pelotrançado de elementos vegetais flexíveis ou semi-rígidos usados para transporte de carga,armazenagem, receptáculo, tamis ou coador. Varia em tamanho, forma, decoração, técnica demanufatura, mas obedecem basicamente às exigências ditadas por sua funcionalidade.

As sociedades indígenas no Brasil são detentoras das mais variadas técnicas deconfecção de trançados, utilizando-se delas para a confecção de cestos, que estão entre osobjetos mais usados, pois estão associados a vários fins. A cestaria produzida e utilizada por uma determinada sociedade indígena está associada à sua cultura, principal característicahumana.

A cestaria diz respeito ao conhecimento tecnológico, à adaptação ecológica e àcosmologia, forma de concepção do mundo daquelas sociedades. O conjunto de objetosincorporados à vivência de uma determinada sociedade indígena expressa concretamentesignificados e concepções daquela sociedade, bem como a representa e a identifica. Enquantoarte, em cada peça produzida existe também uma preocupação estética, identificando oartesão que a produziu e aquela sociedade da qual ela é cultura material.



Para uso e conforto doméstico, podem-se citar os cestos-coadores, que se destinam afiltrar líquidos; os cestos-tamises, que se destinam a peneirar a farinha e os cestos-recipientes,que se destinam a receber um conteúdo sólido ou armazená-lo, sendo também utilizados paraa caça e a pesca, para o processamento da mandioca, para o transporte e para a guarda deobjetos rituais, mágicos e lúdicos.

Em algumas sociedades indígenas, a confecção dos cestos é tarefa, exclusivamente,masculina e sua utilização, essencialmente, feminina. Em outras, sua execução e utilizaçãosão tarefa de ambos os sexos, como entre os Guaranis que vivem em Bracuí, município deAngra dos Reis no Rio de Janeiro. Os cestos-recipientes Guarani são confeccionados de lascade taquara previamente pintada, em trama cerrada, apresentando desenhos geométricosrepresentativos de losangos. Em geral, apresentam as cores, verde, rosa, roxo, vermelho,amarelo e azul e possuem tampa. A venda desse tipo de artesanato, no acostamento da EstradaRio-Santos, é uma importante fonte de renda para a sobrevivência das famílias Guarani.

8. Renda

O artesanato indígena é de extrema beleza e de grande valor artístico, poisrepresenta a expressão cultural do povo indígena brasileiro. Ele é expressado de váriasformas uma delas é a renda. Já na época do descobrimento do Brasil, os portuguesesficaram impressionados com a beleza deste tipo de arte, que utiliza os elementos danatureza para a transformação em objetos de enfeite ou utensílios domésticos.

Cada grupo ou tribo indígena tem seu próprio artesanato. Em geral, a tinta usada pelas tribos é totalmente natural, vinda de árvores ou de frutos.

No caso da renda ela foi trazida pelos portugueses e pelos colonos açorianos, estatécnica é um trabalho tradicional de vários pontos do litoral brasileiro. Os papelões são

passados de geração a geração e alguns motivos são exclusivos de uma família. Apesar de arenda não ser um produto originalmente brasileiro, tornou-se um produto local através daaculturação.

9. Arquitetura

Taba ou Aldeia é a reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem várias famílias. Olugar ideal para erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a vizinhança,

próxima de rios e da mata. A terra, própria para o cultivo da mandioca e do milho.

No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reúnem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes festas. Dessa praça partem trilhas chamadas pucu que levam a roça, ao campo e ao bosque.



Destinada a durar no máximo 5 anos a oca é erguida com varas, fechada e cobertacom palhas ou folhas, medem mais ou menos 20 metros de comprimento por 10 metros delargura e 6 metros de altura. Fazem uma espécie de parede dupla com um espaço entre ambaso que permite uma ventilação adequada, tornando o ambiente, no seu interior bastanteagradável, seja no frio ou no calor. Não recebe reparos e quando inabitável os ocupantes a

abandonam. Não possuem janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma parede ou divisão aparente. Vivem de modo harmonioso.

Esta descrição descreve um tipo de aldeia e maloca, mas de acordo com o grupoindígena e região onde habitem existem outras variedades de malocas. Os índios sabem muito

bem onde e como construir suas aldeias, e para cada necessidade adaptam sua construção commuita habilidade e funcionalidade.



10. Conclusão

Após algumas discussões, pesquisas e análises, percebemos que a abordagem dotema o índio ainda é feita de forma superficial, vemos ³o índio´ e sabemos que esse termo éum equivoco, pois não existe apenas o índio em si , mas diversas tribos como os bororos, os

guaranis, os terenas e etc.O artesanato indígena comercial ajuda a reforçar essa identidade forjada,

principalmente os objetos tipicamente ritualísticos ou clichês, pois eles mantêm aquelesvelhos estereótipos do índio: o do cacique com o seu cocar e trajes típicos, com sua maracá eseus enfeites; ou o do índio guerreiro, com suas pinturas e seu arco e flecha.Essa fantasia nos atrai, pois ela difere de nossa cultura, ainda mais na pós-modernidade, ondeo diferente é exaltado e valorizado. Quando vemos um índio vestido com as roupas do³civilizado´, totalmente descaracterizado, o encanto do cacique e do índio guerreiro se acabae tendemos a ver de forma negativa a integração do índio em nossa sociedade.

Devemos lembrar que o modo de viver dos índios influenciou muito os hábitos e o

dia-a-dia de todos os brasileiros, como: Descansar ou dormir em redes ou esteiras; tomar banho todos os dias, comer farinha de mandioca, angu de farinha com pimenta, mingau demilho, batata doce, aipim, milho cozido e, ainda, a tapioca, um alimento comum em todo o

Nordeste brasileiro, usar chás feitos de plantas especiais, colhidas no mato, para tratar doenças além das várias palavras que usamos normalmente vêm de línguas indígenas, como

jacaré, caju, mandioca, tatu e arapuca. Além disso, muitas lendas do folclore brasileiro vêmdos índios, como a do curupira, da caipora e do bôto.

Mesmo depois de todas essas demonstrações é comum pensarmos o índio é um³bicho do mato´, muitos até tem vergonha por seus ancestrais serem índios, estudamos sobreeles desde o jardim e nunca paramos para refletir e se paramos foi por pouco tempo, talvez só

naquele breve comentário de reflexão. Não temos ideia do valor que é ter a figura indígena naformação de nossa identidade, dispensamos de maneira preconceituosa sua cultura e não nosdamos conta de que estamos cercados por grande parte dela, mas o pior de tudo é saber quenão temos a capacidade de valorizá-la, estudá-la, compreende-la, apreciá-la e acima de tudorespeitá-la

Respeitar não somente o que chamamos de arte, mas ao que diz respeito à natureza,talvez se pensássemos e agíssemos como os índios, seriamos uma sociedade mais complexa.

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