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LED ILUMINAÇÃO COM UMA NOVA FONTE DE LUZ Sexta edição, novembro 2015 DOSSIER

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LED

ILUMINAÇÃOCOM UMA NOVAFONTE DE LUZSexta edição, novembro 2015

DOSSIER

2 | ETAP 6.ª edição, novembro 2015. Última versão em www.etaplighting.com

Introdução

Os LED são o novo standard no mundo da iluminação. Ainda que a tecnologia esteja lentamente a atingir a maturidade, mesmo assim os nossos conhecimentos sobre a vida útil, os materiais e as propriedades dos LED ainda aumentam a cada dia que passa. Como sempre, este relatório fornece-lhe todas as informações necessárias para o manter a par desta matéria complexa.

Gostaria de saber mais acerca da vida útil das luminárias LED? Interroga-se sobre quais serão as mais recentes tendências em reprodução de cor? Gostaria de saber quais são as obrigações legais respeitantes à segurança fotobiológica? Encontra resposta a todas essas questões na sexta edição do presente relatório sobre LED. Indicámos as atualizações na margem. A mais recente versão desta publicação pode ser encontra-da no nosso website, em www.etaplighting.com.

Sexta edição, novembro 2015© 2015, ETAP

3 | ETAP6.ª edição, novembro 2015. Última versão em www.etaplighting.com

ILUMINAÇÃO COM UMA NOVA FONTE DE LUZÍNDICE 1. OS LED como fonte de iluminação ....................................................................................................................................................................... 4 1. Como funcionam os LED? ................................................................................................................................................................................. 4 2. Fontes de luz LED .................................................................................................................................................................................................. 5 3. Vantagens dos LED ............................................................................................................................................................................................... 9 4. Fabricantes de LED .............................................................................................................................................................................................15 5. O futuro dos LED .................................................................................................................................................................................................15 6. OLED .........................................................................................................................................................................................................................15 2. A concepção de luminárias LED ............................................................................................................................................................................18 1. Opções e desafios ...............................................................................................................................................................................................18 2. Distribuição adequada da luz ........................................................................................................................................................................19 3. Luminância sob controlo .................................................................................................................................................................................21 4. Design térmico bem planeado ......................................................................................................................................................................21 5. Binning para uma qualidade de iluminação constante ......................................................................................................................23 6. Segurança eléctrica ............................................................................................................................................................................................24 7. Publicar dados correctos .................................................................................................................................................................................25 8. Informação de qualidade objectiva .............................................................................................................................................................26 9. Segurança fotobiológica ..................................................................................................................................................................................27 10. Tubos LED ............................................................................................................................................................................................................29 3. Drivers para luminárias LED ....................................................................................................................................................................................32 1. Critérios de qualidade para drivers .............................................................................................................................................................32 2. Fontes de corrente vs. fontes de tensão ...................................................................................................................................................33 4. A iluminação com LED – aspectos fotométricos .........................................................................................................................................35 1. Depreciação e factor de manutenção ........................................................................................................................................................35 2. Vida útil das luminárias LED ...........................................................................................................................................................................39 3. Integração de sistemas de poupança de energia ..................................................................................................................................41 5. Perguntas e Respostas ................................................................................................................................................................................................43 Terminologia .........................................................................................................................................................................................................................44 Anexo 1: fatores de manutenção dos produtos LED ......................................................................................................................................46

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0.00

0.25

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0.75

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200 400 600 800 1000 1200

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Secção 1: OS LED como fonte de iluminação

1. COMO FUNCIONAM OS LED?

LED significa Light Emitting Diode (Díodo Emissor de Luz). Um LED é um semicondutor (díodo) que emite luz ao ser atravessado por corrente eléctrica. Os materiais semicondutores utilizados pelos LED convertem a energia eléctrica em radiação electromagnética visível, ou seja, em luz.

O estímulo é, portanto, criado pela corrente eléctrica que atravessa o díodo (mais especificamente, a derivação). O díodo atravessado pela corrente eléctrica, tal como todos os díodos, é unidireccional: só é produzida luz se a corrente contínua atravessar o díodo na direcção “certa”, ou seja, do ânodo (pólo positivo) para o cátodo (pólo negativo).

A quantidade de luz gerada é quase proporcional à quantidade de corrente que atravessa o díodo. Para fins de iluminação, utilizam-se sempre fontes de alimentação controladas por corrente (“corrente constante”) (“tensão constante”), consulte a secção 3.

Ao conjunto formado pelo LED (semicondutor), pela caixa e pelas ópticas primárias dá-se o nome de componente LED. Esse componente LED cobre e protege o LED, garante a dissipação do calor internamente gerado e inclui um sistema de ópticas primárias, ou seja, uma pequena lente, para captar e emitir a luz gerada pelo LED num padrão definido.

Fig. 3: Montagem de um componente LED

Fig. 2: Impacto da corrente no fluxo luminoso

Luz visível

Fluxo de corrente CC

Ânodo (+) Cátodo (-)

Flux

o llu

min

oso

norm

aliz

ado

Corrente directa (mA)

Ópticas primáriasLED

Junção

Substrato

Terminal eléctrico

Fig. 1: Funcionamento de um LED

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O LED emite luz monocromática. A cor da luz depende dos materiais utilizados durante a produção e pode ser qualquer uma das cores saturadas do espectro visível, do violeta e do azul ao verde e ao vermelho.

A luz branca pode ser produzida das seguintes formas:

1. Bicromática:- O método predominante consiste em utilizar um LED azul com material luminescente (emissor de luz) que converte parte

da luz azul em luz branca (ou melhor, “amarela”). A composição do referido material luminescente determina a temperatura de cor dessa luz. (Pode ler mais acerca de temperaturas de cor mais abaixo, nesta secção).

2. Tricromática- Misturando as cores vermelha, verde a azul (RGB).- Combinando LED brancos - de acordo com o primeiro princípio - com LED vermelhos ou âmbar. Neste caso, é possível obter

diversas temperaturas de cor com um único módulo.

2. FONTES DE LUZ LED

As fontes de luz LED têm muitas aplicações. Segundo a norma internacional IEC 62504/CIE TC 2-66 (“Terminologia dos LED e montagens de LED”), é possível distinguir os seguintes níveis de integração:

1. Pacote LED ou componente LED. É um único componente constituído por um ou mais chips LED, com ou sem óticas e com interfaces térmicas, mecânicas ou elétricas.

Por ex.

2. Módulo LED. Um módulo LED é constituído por vários componentes LED, montados num PCB (circuito impresso), com ou sem sistemas eletrónicos integrados.

Por ex.

3. Lâmpada LED. É um módulo LED equipado com um casquilho de lâmpada.

Por ex.

componente LED da Bridgelux

UM2 PCB (ETAP)

Tubo de luz TG

componente LED XP-G da Cree

Projetor TG

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4. Motor de luz LED. Módulo ou lâmpada LED com controlador, adequados para ligação direta à corrente.

Por ex.

Para o design de uma luminária LED, um fabricante escolhe um destes quatro níveis de integração. O nível 1 oferece a maior liberdade no que diz respeito ao controlo criativo, quer na área do design, quer na do desempenho e da fotometria. Trabalhar com os níveis 3 ou 4 proporciona outras vantagens, como por exemplo, as capacidades logísticas do fornecedor e, possivelmente, também um preço de custo mais reduzido. Para cada série, a ETAP escolhe o nível adequado tendo em vista o resultado final.

Na maior parte dos casos (por ex., luminárias DUAL•LENS ou LED+LENSTM), a ETAP desenvolve motores de luz baseados em pacotes de LED.

Tipos de construção de pacotes LED

Distinguimos entre três diferentes tipos de conjuntos na categoria de pacotes LED, dependendo da potência:

- LED de baixa potência ( 1W) - LED de alta potência (1-10W) - COB Chip-on-board (5-500W)

Nos LED de baixa potência (Fig. 4 - esquerda) o chip LED está normalmente instalado na denominada “moldura principal” (ver Fig. 5), à volta da qual a caixa de plástico é depois montada. A cavidade central é preenchida com uma camada de silicone que contém fósforo. Tanto a moldura central como a caixa atuam como refletores neste design para uma parte da luz radiante. E também por este motivo que as propriedades óticas - incluindo a potência de reflexão e a degradação do material - contribuem para a manutenção da luz a longo prazo: Quanto melhor o material retém as suas propriedades de reflexão, menor é a degradação. A opção pelo plástico é também considerada não só com base nas propriedades óticas, como também no custo e na capacidade de processamento. Entre os materiais mais utilizados para a caixa incluem-se

Luminária LED

2. Módulo LED

3. Lâmpada LED

1. Pacote LED 4. Motor de luz LED

Osram PrevaLED AC

Fig. 4: tipos de estrutura de LED (da esquerda para a direita): caixa de plástico, substrato de cerâmica, chip-on-board

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TOPO

caixa de plástico

moldura principal

contatos elétricos

dissipação do calor

dissipação do calor e reflexão (opcional)

FUNDO

lente de silicone

chip LED

ligação de fios

dissipação do calor

substrato de cerâmica

contactos elétricos

Fig. 5: Moldura principal LED com caixa de plástico (LED de baixa potência)

Fig. 6: Estrutura de um LED de alta potência

os materiais termoplásticos, tais como PPA e PCT, e as resinas termoconsolidantes, tais como EMC e, em alguns casos, até mesmo os silicones.

A maioria dos LED de alta potência (Fig. 4 - meio) consiste num chip de LED montado num substrato de cerâmica, coberto por uma camada de fósforo e ótica primária, geralmente de silicone. Esta construção tem as seguintes propriedades:

- Boa dissipação do calor para a PCB (menor resistência térmica interna)- Emissão direta da luz e pouca reflexão- Boa estabilidade de cor em todo o ângulo de desenho

Tecnologia chip-on-board (COB; Fig. 4 - direita) diversos chips instalados num único substrato e ligados entre si. Uma camada de silicone é aplicada com fósforo. De modo geral, o substrato é composto por material de cerâmica ou alumínio (polido) extremamente refletor.

UP

DA

TE

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O pacote à escala de chip (CSP – veja a Figura 7) é uma miniaturização do LED de (baixa ou alta) potência. Este pacote de LED apresenta uma base mínima e é notavelmente compacto: tanto o chip como o substrato mal chegam a medir 1 mm2. Muito provavelmente, no futuro, serão desenvolvidas versões ainda mais pequenas (0,5 mm2).

O desenvolvimento das propriedades óticas em função do tempo sob a influência da luz e do calor tem um impacto decisivo no fator de depreciação dos LED. A estabilidade é ideal para os componentes de alta potência (por ex., alta potência e COB) e reduzida para os LED de baixa potência de plástico. Os LED de baixa potência também vão atingir um maior rendimento com um design sofisticado.

substrato

(cerâmica ou alumínio) chips LED

camada refletora

bordo elevado

ligação de fios

ligação

elétrica

ABERTO

silicone +

fósforo

FECHADO

Fig. 8: Tecnologia de construção Chip-on-board

Fig. 7: Estrutura de um pacote à escala de chip

camada de silicone com fósforo

contactos elétricos

substrato (cerâmico)

Chip LED

díodo de proteção

TOPO FUNDO

contacto térmico

1

0

10

20

30

40

80

70

60

50

100

90

10 100

0 10000

5000

8000

10000

12000

20000

50000

20000 30000 40000 50000* 60000 60

0

20

40

60

80

100

120

70 80 90 100 110 120

B50/L70LED = 18x Cree XP-G2 4000K @ 350 mA

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3. VANTAGENS DOS LED

Vantagem 1: Longa vida útil

O tempo de vida útil dos LED é fortemente afectado por condições específicas de utilização, das quais a potência e a temperatura interna (e, portanto, também a temperatura ambiente) são os factores mais importantes. Por norma estima-se o tempo de duração em 50.000 horas. Isto refere-se ao tempo que o fluxo luminoso leva, em média, a cair para 70% do seu valor inicial (veja a caixa sobre o MTTF). Essa vida útil concretiza-se desde que o LED seja utilizado dentro dos limites de temperatura estabelecidos (tipicamente, 80 a 85°C). Quando se utilizam os LED correctos, em conjunto com um bom conceito, estes valores poderão ser significativamente mais elevados (consulte secção 4).

Vida útil dos LEDPara determinar a vida útil do LED, é necessário distinguir entre falha paramétrica (degradação do rendimento luminoso) e falha catastrófica (ausência de emissão de luz por parte do LED). Quando os fabricantes se referem a uma vida útil de L70 estão a falar do tempo em que uma percentagem específica dos LED diminui para 70% do fluxo luminoso original. Essa percentagem de LED é expressa em B. Por exemplo, B50 indica 50%. Porém, na determinação dessa vida útil, não se tem em conta qualquer possível avaria dos LED, factor que é excluído dos testes. Um LED defeituoso é, no entanto, importante para os utilizadores. Quando a determina-ção da vida útil tem em conta os LED avariados, faz-se referência à vida útil F, que é tipicamente inferior à vida útil B. Por exemplo, L70F-10 expressa o intervalo de tempo em que 10% dos LED caem para menos de 70% do fluxo luminoso original ou falham por qualquer outro motivo. As normas e recomendações internacionais vão promover e até impor cada vez mais a definição F para a vida útil dos LED. A ETAP não especifica qualquer valor L70/B50 para as suas luminárias, porque esse valor não pode ser utilizado para estudos de iluminação. Partimos do número especificado de horas de funcionamento (específico de cada projeto), com base no qual calculamos a manutenção de lúmenes. Para aplicações de escritórios e industriais, as horas de funcionamento padrão são 25 000 e 50 000, respetivamente (consulte também o anexo 1).

Os LED têm uma vida útil mais longa, mas são sensíveis a tensões térmicas cíclicas e a influências químicas e eletrostáticas. Nunca se deve, portanto, tocar nos circuitos dos LED. A ligação directa dos LED a uma fonte de alimentação activa deve ser evitada. Os picos de tensão podem destruir completamente um LED.

Fig. 9: Depreciação do fluxo luminoso ao longo do tempo

Fig. 10: Valores típicos de tempo de vida útil (simplificado) Fig. 11: Influência da temperatura de derivação na vida útil

Flux

o lu

min

oso

rela

tivo

(%)

Tempo (h x 1000)

Halogéneo

Fluorescente compacta

HID Compacta (CDM-T)

Vapor de mercúriode alta pressão (HID)

Fluorescente linear

LED

horas

Tem

po fu

ncio

nam

ento

(khr

s)

Temperatura da derivação do LED Tj (°C)

Aplicações ETAP com LED de alta potência

Chip-on-board

LED de média potência

* Baseado em dados de medição de 10 000 horas, no mínimo (TM-21)

2015

0

20

40

60

80

100

120

2010 2011 20132012 2014

140

2016

0 20 40 60 80 100 120 140

20 40 60 80 100 110 120

140 lm/W

111 lm/W

89 lm/W

87 lm/W

129 lm/W

120 lm/W

U7/R7 (G1)U7/R7 (G2)

U7/R7 (G3)

D4 (G1)

D1 (G1) D4 (G2)

D4 (G3)

R8

UP

DA

TE

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Vantagem 2: Possibilidade de elevada eficiência energética

Actualmente, os LED brancos frios com uma temperatura de cor de 5.000 K (kelvin) atingem mais de 180 lm/W nas condições de referência Os LED com uma temperatura da cor de 2700 a 4000 K (mais frequentemente utilizados para aplicações de iluminação na Europa ) costumam oferecer um rendimento inferior. Nessas temperaturas da cor, estão hoje disponíveis no mercado rendimentos de 130 lm/W e superiores.

Esta curva baseia-se no desempenho real dos LED em aplicações concretas, que difere dos dados publicados pelo fabricante devido ao controlo elétrico e ao comportamento térmico que são específicos do produto.

Fig. 12: Evolução do fluxo luminoso específico das luminárias LED a 3000 K, com a indicação de diferentes gerações (G1-2-3) de alguns produtos da ETAP, com

temperatura de derivação em condições de utilização normal (lumens quentes)

T5 de elevado rendimento ECO (a 35°C)

lumen/watt

Lâmpada fluorescente com balastro (90%)

Luminária com lâmpada fluorescente (incluindo refletor HRSilverTM)

lumen/watt

Fig. 13: U7

Fig. 14: Luminária U5 com reflector

Eficácia: lm/WO fluxo luminoso específico reflete a relação entre o fluxo luminoso e o consumo de energia. Tal como no caso das fluorescentes, há que fazer a distinção entre o fluxo luminoso específico da fonte de luz (componente LED, medido a uma temperatura de derivação de 25° ou 85°C e com corrente de controlo padrão) e o de uma luminária, incluindo o controlador e as óticas.Como forma de ilustração, um exemplo de U7 com LED:

Para fins de comparação: luminária U5 com reflector equipada com lâmpada fluorescente 1 x 32W

LED medido em teste de impulsos, a 85°C, em condições

de utilização reais.

LED com controlador (92%)

Luminária LED (incluindo ópticas e lente)

Ao contrário do que se passa com a iluminação fluorescente, o rendimento de uma luminária LED é determinado pelo design total: densidade do fluxo luminoso, óticas e mantimento térmico. Ao passo que, na iluminação fluorescente, as lâmpadas são sempre concebidas para uma temperatura de funcionamento de 35° (influência do mantimento térmico = 1) e o controlo é sempre nominal (as lâmpadas de 34W são controladas por 34W, daí a influência de controlo = 1), o rendimento na iluminação LED é, em larga medida, determinado pelo design da luminária.

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220

2016-2018

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

8,000

9,000

10,000

0.00.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.70.6 0.8

y

x

520

500

490

480

470460 380

540

560

580

600

620

7000.0

0.0

10000

6000

Tc (°K)5000

3000

2000 1500

Blue Led chipPhosphor 6000KPhosphor 3000K

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Os LED com elevada temperatura de cor e, portanto, com luz mais fria, têm um nível de eficiência superior ao dos mesmos LED com temperaturas de cor mais baixas. O material luminescente utilizado para criar o branco quente contém mais vermelho e a eficiência desse componente vermelho é inferior à do amarelo, razão pela qual a eficiência geral do LED é mais baixa.

Comparação:

Vantagem 3: Boa qualidade da cor, escolha de temperatura de cor

Temperatura de cor

A temperatura de cor de uma fonte de luz branca define-se como “a temperatura de um corpo negro cuja luz emitida produz a mesma impressão de cor que a fonte de luz”. A temperatura de cor expressa-se em kelvin (K). A luz azulada tem uma temperatura de cor mais elevada e é sentida como sendo “mais fria” do que a luz com uma temperatura de cor mais baixa.

Existem várias subdivisões e designações; cada uma com referência a temperaturas de cor reconhecíveis:

Na luz branca dos LED RGB (que incluem vermelho, verde e azul), são possíveis todas as temperaturas de cor, mas o controlo ao longo do tempo é complexo, pois as três cores têm um tipo diferente de dependência da temperatura. Por esse motivo, essa opção não é utilizada com tanta frequência para fins de iluminação.

Para os LED com conversão por meio de material luminescente, a temperatura da cor é determinada pela escolha desse material.

Fig. 15: Valores típicos de eficiência de fontes de luz

Fig. 16: Indicação das temperaturas de cor Fig. 17: Princípio da geração de luz branca por meio de material luminescente

OLED

LED

Lâmpadas de haleto metálico

Lâmpadas fluorescentes

Lâmpadas de halogéneo incandescentes de baixa tensão

Lâmpadas de halogéneo incandescentes de baixa tensão

Lâmpadas incandescentes

lumen/W

Luz do norte (Céu Azul)

Luz de dia enevoado

Luz do meio-dia, sol directoFlashes electrónios

Lâmpadas domésticasNascer do sol da madrugadaLuz de tungsténioLuz de vela

Chip de LED azulFósforo 6000 KFósforo 3000 K

0.56

0.48

0.18 0.20 0.22 0.24 0.26 0.28 0.30 0.32

0.49

0.50

0.51

0.52

0.53

0.54

0.55

3000K CCT

UP

DA

TE

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E quanto à iluminação de segurança?

Na iluminação de segurança, a ETAP opta decididamente por temperaturas de cor elevadas. Os LED com temperaturas de cor elevadas são mais eficientes, portanto, requerem menos potência de bateria. Além disso, o olho humano é mais sensível a luz azulada em baixos níveis de iluminação.

Qualidade da cor

A qualidade da cor é determinada pela fidelidade da cor (intervalo <0 - 100) por um lado, e pela gama de cores (GAI, intervalo 0 - 100) por outro. A fidelidade da cor de uma fonte de luz – quantificada pelo índice de reprodução da cor (CRI – Colour Rendering Index) – reflete a fiabilidade da reprodução da cor de um objeto iluminado pela referida fonte de luz. Para medirmos esse índice, comparamos a reprodução da cor de objetos iluminados pela fonte de luz de teste com a reprodução de cor dos mesmos objetos iluminados por uma fonte de luz de referência (corpo negro com a mesma temperatura de cor).

O índice de reprodução de cor dos LED é comparável ao das lâmpadas fluorescentes, e varia entre 60 e 98.

• Para aplicações de iluminação comuns em branco quente ou neutro, a ETAP utiliza LED com uma reprodução de cor de 80 (de acordo com a norma NEN-EN 12464-1).

• Em sistemas de iluminação de segurança alimentados por bateria, o rendimento é mais importante do que a reprodução da cor (neste caso, o índice mínimo necessário de reprodução de cor é de 40). É por isso que, na iluminação de segurança, utilizamos LED brancos frios altamente eficientes com um índice de reprodução de cor de, aproximadamente, 70.

Nos LED brancos, o índice de reprodução de cor é determinado pela composição do material luminescente (fósforo).

Comparação: Fluorescente: Ra de 60 a 98 LED: Ra de 60 a 98 Lâmpada incandescente: Ra de 100 CDM: Ra de 80 a 95 Luz de sódio: Ra < 0

A gama de cores refere-se ao intervalo de cores que um aparelho ou uma fonte de luz consegue reproduzir, e é refletida pelo Índice da Área da Gama (GAI). Quanto maior ou mais ampla a gama, mais rica a paleta de cores, e melhor a reprodução das cores saturadas.

Fonte de luz de referência da Área da GamaFonte de luz testada da Área da Gama

Curva de radiação negra

Fig.18: Exemplo de um GAI para um módulo branco vibrante (luz branca rosada 3000K). (Fonte: Xicato)

-30,0 -25,0 -20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0

90,085,080,075,070,065,060,055,050,045,040,0

95,0100,0105,0110,0115,0

0:00 0:05 0:10 0:15 0:20 0:25 0:30 0:35 0:40 0:45 0:50 0:55 1:00

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

140,0

120,0

UP

DA

TE

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A linha vermelha na figura acima reflete as coordenadas de cor IEC para uma fonte de luz de referência (3000 K) – a linha azul, as coordenadas de cor da fonte de teste. Ao passo que CRI/Ra é uma medida do desvio médio entre os pontos azuis e vermelhos, o GAI é a relação das superfícies entre os polígonos azuis e vermelhos. Neste exemplo, o GAI é superior a 100, o que significa que a fonte de teste reflete uma paleta de cores mais rica do que a fonte de luz de referência. Por definição, Ra é inferior a 100. Um CRI elevado nem sempre garante uma gama elevada. De igual modo, um CRI baixo não exclui uma boa qualidade de cor – graças a um valor elevado da gama.

Nos últimos tempos, tem-se prestado atenção crescente à qualidade da luz e à reprodução de cores da iluminação LED. Especialmente em contextos de retalho, estão a aparecer novas tendências, como brancos especializados. Por exemplo, algumas lojas pedem iluminação branca nítida (com azul extra como branqueador – por ex., branco Crisp da Philips), e lojas de vestuário pedem iluminação com tonalidades de rosa (por ex., branco vibrante da Xicato), para uma qualidade mais aceitável da cor.

Vantagem 4: Desempenho estável numa vasta gama de temperaturas

Em comparação com as lâmpadas fluorescentes, os LED são menos sensíveis à temperatura ambiente. Enquanto que o fluxo luminoso das lâmpadas fluorescentes desce drasticamente em temperaturas ambiente superiores ou inferiores a 25°, os LED apresentam apenas uma diminuição gradual em temperaturas ambiente superiores. Isso representa uma vantagem importante em ambientes com temperaturas invulgares (< ou > 25°) ou sujeitos a oscilações da temperatura (por ex., na indústria).

Porém, isso não diminui a importância do design térmico: um controlo bem concebido da temperatura é vital para alcançar o tempo de vida e o rendimento luminoso máximos (consulte também o capítulo 2.4).

Vantagem 5: Eficiência de iluminação imediata ao ligar a luz

As lâmpadas fluorescentes não atingem o fluxo luminoso máximo assim que são ligadas. Os LED, por sua vez, reagem imediatamente às alterações na fonte de alimentação. Assim que são ligados, atingem imediatamente o fluxo luminoso máximo. São, portanto, altamente indicados para aplicações em que a luz é ligada/desligada com frequência e permanece ligada apenas por breves períodos de tempo.

Isto aplica-se também a ambientes com temperaturas mais baixas, em que o funcionamento é ainda melhor.Essa vantagem é oferecida, por exemplo, através da E1 com LED para aplicações de ultracongelação.

Além disso, os LED - ao contrário, por exemplo, das lâmpadas CDM - também podem voltar a ser ligados, sem problemas, mesmo quando ainda estão quentes, na maioria dos casos, comutação frequente não tem qualquer impacto negativo no tempo de vida útil.

Fig. 19: Influência da temperatura ambiente no fluxo luminoso relativo

% d

e flu

xo lu

min

oso

rela

tivo

Lâmpada fluorescente

LED

Temperatura ambiente em °C

Fig. 20: Comparação do comportamento de arranque entre LED e lâmpadas fluorescentes a -30°

Flux

o lu

min

oso

rela

tivam

ente

à

tem

pera

tura

am

bien

te

LED

FLUORESCENTE COM LÂMPADAS E BALASTRO ADAPTADOS PARA ESPAÇOS DE REFRIGERAÇÃO

FLUORESCENTE COM BALASTRO PARA ESPAÇOS DE REFRIGERAÇÃO

Tempo (h:mm)

100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,00% 20% 40% 60% 80% 100%

500mA

400mA

300mA

200mA

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Vantagem 6: Fácil e vasta amplitude de regulação

Os LED têm uma vasta e eficiente amplitude de regulação (de quase 0% a 100%) e podem ser controlados dinamicamente, com base nos métodos de regulação normalizados como o DALI, 1 - 10 V ou TouchDim. As perdas com as regulações para níveis mais baixos são comparáveis às perdas com a regulação de luzes fluorescentes através de balastros. Quando plenamente atenuadas, o consumo residual de energia é praticamente insignificante. Os LED são, portanto, altamente indicados para integração em ambientes programados e dinâmicos.

Fig. 21: Efeito da regulação no consumo energético

Cons

umo

de e

nerg

ia (W

)

Nível de atenuação (%)

Geralmente, o rendimento e o fluxo luminoso específico descem com o baixo consumo. Por exemplo, downlights com consumo de energia inferior a 20W costumam ser menos eficientes do que luminárias de 40W ou mais.

Vantagem 7: Ecológicos

Com base nos ACV (estudos de Análise de Ciclo de Vida, que examinam o impacto ecológico de um produto desde a sua produção até à reciclagem e processamento), parece que os LED, comparativamente a outras fontes de luz, terão o potencial para, no futuro, virem a ter uma pegada ecológica mais pequena. Além disso, ao contrário das lâmpadas fluorescentes, não contêm mercúrio.

* Avaliação de Lâmpadas Ultra-Eficientes; Navigant Consulting Europe; 5 de Maio de 2009.

Vantagem 8: Ausência de radiação IF ou UV

O feixe luminoso dos LED não desenvolve radiação ultravioleta (UV) ou infra-vermelha (IF), o que os torna altamente indicados para ambientes em que é necessário evitar esse tipo de radiação, como é o caso dos museus e de lojas de produtos alimentares ou de vestuário.

O próprio LED não gera calor, mas é conduzido para o fundo, para longe do objecto a iluminar (voltaremos a este assunto mais à frente: consulte a secção 2.4). Além disso, o feixe de luz irradiado representa energia que é convertida em calor à medida que é absorvida.

* A base, pelo contrário, não gera radiação IV (através do calor).

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4. FABRICANTES DE LED

Na ETAP, temos vários critérios para selecção dos fabricantes com quem colaboramos. Os principais critérios são o desempenho, o preço, a documentação (dados demonstráveis com referência a normas válidas) e a disponibilidade a longo prazo (importante para a continuidade da nossa produção de luminárias).

A ETAP trabalha com diversos fornecedores, conforme a plataforma, aos quais se aplicam os requisitos acima referidos.

5. O FUTURO DOS LED

A tecnologia LED está lentamente a atingir a maturidade.

• O fluxo luminoso específico dos LED continua a aumentar. Hoje, estão muito à frente das lâmpadas de halogéneo, incandescentes e fluorescentes no que diz respeito a rendimento luminoso. No que diz respeito a eficiência e/ou potência específica, as luminárias LED deixam para trás as mais eficientes soluções fluorescentes. De um modo geral, pode dizer-se que, nos últimos anos, o preço de uma mesma quantidade de lúmenes caiu 25%, ou que, pelo mesmo preço, se compra agora mais 10% de fluxo luminoso específico. Atualmente, espera-se que o limite seja entre 200 a 240 lm/W para as cores quentes.

• Estão ainda a ser desenvolvidas novas tecnologias destinadas a melhorar, a longo prazo, a qualidade da cor e os custos.• O aperfeiçoamento do controlo da cor continuou, dando origem a um binning mais apertado, pelo que cada vez mais fabricantes

disponibilizam agora apenas um bin [3 SDCM (Desvio padrão da reprodução da cor)]. Encontra mais informações sobre binning na secção 2.

6. OLED

OLED significa díodo emissor de luz orgânico. Como o nome indica, envolve uma variante do LED tradicional. Contudo, embora os LED se baseiem num material cristalino e inorgânico (por exemplo, nitreto de gálio), os OLED utilizam macromoléculas orgânicas à base de compostos de hidrocarboneto para produzirem luz.

OLED em diferentes formatos (por ex. Philips Lumiblade)

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Pontual vs. superfície

A diferença entre OLED e LED não reside apenas no material, mas também no seu modo de funcionamento. Embora um LED seja uma fonte de luz pontual, os OLED são utilizados para a dispersão de luz numa superfície específica. Em termos práticos, as partículas emissoras de luz orgânicas são aplicadas numa camada extremamente fina de um substrato de vidro ou de outro material transparente que está ligado a um cátodo e a um ânodo. A camada ilumina-se sempre que é aplicada tensão no cátodo e no ânodo. Através da combinação dos materiais corretos, os OLED conseguem gerar luz com uma cor específica.

Fig. 22: Estrutura do OLED

TFE (Thin Film Encapsulation)

cátodo de metal camada orgânica

ânodo transparente

substrato de vidro

luz

Roteiro OLED

Ano 2015 2016 2018

Eficácia de iluminação 50 lm/W 90 lm/W 120 lm/W

Vida útil (L70@ 3 000 cd/m2) 20 000 h 40 000 h 60 000 h

Luminosidade 3 000 cd/m2 4 000 cd/m2 5 000 cd/m2

Fluxo luminoso 10 000 lm/m2 15 000 lm/m2 20 000 lm/m2

Reprodução de cor (CRI) > 90 > 92 > 95

Dimensões máx. 130*130 mm 320*320 mm 400*400 mm

Fig. 23: Desempenho atual e previsto do OLED (Fonte: LG)

Complemento aos LED

Esta diferença fundamental entre LED e OLED explica também o porquê de as duas tecnologias serem complementares e continuarem a coexistir no futuro. Os OLED produzem uma luz difusa e dispersa numa superfície específica, enquanto os LED criam na perfeição feixes de luz que podem ser orientados e distribuídos. O facto de os OLED serem uma fonte de luz de superfície com uma iluminação perfeitamente uniforme faz com que sejam indicados para aplicações como a iluminação de emergência. Além disso, são também bastante promissores em termos de aplicações de iluminação geral, como painéis emissores de luz.

Desempenho

A tecnologia OLED está atualmente em desenvolvimento. Em termos de desempenho e durabilidade, os OLED não se encontram certamente de momento na mesma posição que os LED. Os OLED obtêm uma eficiência de iluminação de 60 lm/W em comparação com os 160 lm/W dos LED. Para fins de sinalização, são tão eficientes quanto os produtos LED, visto serem mais indicados para essas aplicações devido à sua natureza. Tal como os LED, espera-se que o desempenho dos OLED aumente consideravelmente com os novos desenvolvimentos.

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Encontra-se ainda em desenvolvimento uma superfície capaz de ser iluminada com um único módulo OLED. Nas televisões, o ecrã é constituído por diversos pixels OLED, visto a respetiva resolução ser o fator mais importante. Contudo, no que diz respeito às aplicações de iluminação, esforçamo-nos por iluminar a maior superfície possível com um único módulo. Os pontos a favor desta iluminação são o seu controlo fácil e o facto de não criar um efeito de pixelização. Atualmente, estão disponíveis painéis de iluminação de 15 cm x 15 cm como equipamento de série. Porém, no futuro, poderão vir a estar disponíveis dimensões até 1 m2.

A presença de materiais orgânicos, que se desgastam relativamente depressa e são bastante sensíveis ao ar e à humidade, resulta numa vida útil bastante reduzida. Hoje em dia preveem-se 20 000 horas de funcionamento (com uma redução de 30% no rendimento luminoso e um controlo contínuo de 3 000 cd/m2). Os futuros desenvolvimentos dos materiais utilizados, das camadas de proteção e das técnicas de produção conduzirão a uma melhoria substancial desta área.

Flexível e transparente?

Atualmente, os OLED são quase exclusivamente montados em vidro. A pesquisa foca-se atualmente nas opções de montagem de OLED em materiais mais flexíveis, tendo como objetivo a criação de painéis de iluminação moldáveis. Cada superfície, suave, curvada ou até elástica, torna-se uma potencial fonte de luz. Imagine paredes, mobiliário, cortinas ou vestuário emissores de luz.

Outra área de pesquisa tem sido o desenvolvimento de painéis OLED transparentes. Os OLED sem iluminação continuam a consistir numa superfície refletora. Os painéis transparentes poderiam funcionar por exemplo como janelas durante o dia e proporcionar à noite uma iluminação ambiente agradável. Estes fatores fazem com que os OLED sejam uma tecnologia extremamente promissora com um número infindável de novas áreas de aplicação.

OLED como um espelho interativo

K4, série de sinalização com OLED

A ETAP introduz a tecnologia OLED na ilumi-nação de segurança

No fim de 2013, a ETAP foi a primeira a lançar uma luminária de sinalização baseada em OLED. Com os seus baixos níveis de luz e o seu rendimento homogéneo, os OLED são perfeitamente adequados a esse fim.

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Secção 2: A Concepção de Luminárias LED

1. OPÇÕES E DESAFIOS

Os LED são bastante mais pequenos do que as fontes de luz mais tradicionais, como as lâmpadas fluorescentes. Por outras palavras, a fonte de iluminação total de uma luminária pode ser difundida pela superfície total, o que permite criar luminárias mais esguias e com um design muito mais inovador.

Mas, na concepção das luminárias LED, enfrentamos mais do que um desafio. Primeiro, temos de escolher os LED certos para a aplicação em questão. A potência, a emissão de luminosidade, o comportamento da temperatura, a vida útil e o custo são parâmetros importantes para essa escolha. O design e a integração de ópticas (lentes, difusores, reflectores) garantem a distribuição de luz desejada. Também a gestão de calor das luminárias LED é decisiva para o desempenho. E nós preferimos combinar tudo isso com um belo design.

Design térmico

Seleção da fonte de iluminação

Design 3D e métodos de produção

Design mecânico

Design ótico

Fig. 24: Design da downlight D1

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2. DISTRIBUIÇÃO ADEQUADA DA LUZ

A maioria dos LED proporciona uma ampla distribuição de luz e emite luz a um ângulo de 80 a 140° (ângulo completo). As óticas secundárias e terciárias (refletores, refratores e difusores) podem ser utilizadas para alcançar distribuições de luz específicas. Uma distribuição adequada da luz é importante para minimizar a potência específica e, consequentemente, o consumo de energia em qualquer aplicação.

a. Reflexão

A distribuição pretendida da luz é criada mediante a reflexão da luz numa superfície.

b. Refração

A luz é enviada através de um material transparente (por ex., a lente) e dobra-se devido à densidade ótica (índice de refração) e ao formato da superfície material, sendo subsequentemente enviada na direção certa.

por ex., D1 LED

por ex., E4 com tecnologia DUAL•LENS, provida de lente de distribuição intensiva

por ex., R7 com tecnologia LED+LENSTM , provida de lentes de distribuição extensiva

por ex., iluminação de presença K9 com lente de distribuição extremamente extensiva

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c. Difusão ou deflexões múltiplas

A luz é difundida

A. Numa superfície material mediante uma estrutura de superfície

B. Num volume material mediante inclusões

por ex., U25 com película MesoOpticsTM

por ex., US com estrutura microprismática

por ex., R8 com difusor HaloOptics®

60 70 80 90 100 110 120

led = 18x Cree XP-G2 R2 4000K @ 350 mA

100%

98%

96%

94%

92%

90%

88%

102%

104%

106%

108%

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3. LUMINÂNCIA SOB CONTROLO

Com o aumento constante do desempenho e potência máxima dos LED, a luminância da fonte também aumenta rapidamente. Essa luminância pode facilmente chegar aos 10 a 100 milhões cd/m2. Quanto mais pequena for a superfície de onde emana a luz, maior se pode tornar a luminância da fonte.

Eis alguns exemplos de luminâncias de fontes:

• Fluorescente linear - T8 14.000 cd/m2 • Fluorescente linear - T5 15.000 – 20.000 cd/m2 17.000 cd/m2 (HE) e 20.000 - 33.000 cd/m2 (HO) • Fluorescente compacta, por ex., 26W 50.000 cd/m2 • LED nu 3W (100 lm) 100.000.000 cd/m2

• Luz solar 1.000.000.000 cd/m2 (=10x LED!)

Um design óptico bem planeado é, portanto, uma necessidade absoluta para difundir a luz desses pontos intensamente luminosos, evitar a exposição directa e diminuir o encandeamento. Para o conseguirmos, podemos utilizar lentes e reflectores, bem como difusores. Eis alguns exemplos:

• Downlights D4 (UGR<19, luminância <1000 cd/m2 a 65°): Difusão da fonte de luz ao longo de grandes superfícies para limitar a luminância. Utilização de superfície texturada para difusão da luminância de pico por fonte de luz.

• U2 com LED: a fonte de luz é distribuída ao longo de toda a luminária. O difusor MesoOpticsTM elimina as luminâncias incómodas e permite uma distribuição controlada da luz.

4. DESIGN TÉRMICO BEM PLANEADO

A gestão de temperatura (refrigeração) é, sem dúvida, o ponto de maior interesse específico no desenvolvimento de luzes LED de elevada qualidade. Dependendo do desempenho do LED, 35-40% da energia são convertidos em luz visível e 60-65% são convertidos em calor no interior do componente (dissipação).

Comparação: as lâmpadas fluorescentes emitem cerca de 25% da energia convertida em forma de luz visível. A diferença reside no facto de, na iluminação fluorescente, cerca de 40% da energia serem emitidos em forma de radiação infra-vermelha ou de calor. Os restantes 35% são convertidos em calor interno e UV.

A emissão de luminosidade dos LED diminui gradualmente, dependendo do aumento da temperatura de derivação.

A temperaturas mais baixas, a emissão de luminosidade aumenta: Os LED trabalham sempre melhor à medida que a sua temperatura de funcionamento diminui.

35-40% DE LUZ

60-65% DE CALOR

Rend

imen

to d

a lu

min

ária

(lm

)

Temperatura da derivaçao do LED (°C)

Fig. 25: Influência da temperatura de derivação na emissão de luminosidade da luminária (ref. 85°).

4

3

2

1

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A temperatura não tem impacto apenas no rendimento luminoso. Também o tempo de vida útil é afectado quando a temperatura crítica é ultrapassada.

Uma boa gestão da temperatura é, portanto, decisiva. A extracção de calor do LED para o ambiente ocorre em passos sucessivos (através de várias resistências de calor):

• O calor gerado pelos LED é conduzido pelo substrato até ao ponto de soldadura (1, interno do LED).

• A partir daí, o calor é distribuído pelo circuito do LED (2).

• Uma interface térmica (3) ou um TIM (Material de interface térmica) assegura uma transferência otimizada de calor entre o circuito impresso e o dissipador de calor (4).

• Por meio de convecção e radiação, o calor é extraído para o ambiente.

A livre circulação do ar em torno da luminária é essencial para uma emissão de calor adequada, razão pela qual existe uma diferença entre o comportamento térmico de um equipamento LED para luminárias de montagem saliente e para luminárias de encastrar. E tem de haver espaço livre suficiente em torno das luminárias de encastrar (portanto, nada de isolamento!). A manutenção do dissipador de calor (mantê-lo isento de poeiras) também é importante para um controlo adequado da temperatura.

Fig. 27-28 Design térmico da D1 (esquerda) e da E7 (direita)

Fig. 26: Depreciação do fluxo luminoso ao longo do tempo para diferentes temperaturas de derivação

Rend

imen

to lu

min

oso

rela

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Tempo de funcionamento (hrs)

BIN 1

BIN 2

BIN 3

0.00.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

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0.9

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.70.6 0.8

y

x

520

500

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480

470460 380

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560

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700

0.34

0.35

0.36

0.37

0.38

0.39

0.40

0.41

0.42

CC

Y

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0.3

4

0.3

5

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6

0.3

7

0.3

8

0.3

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0.4

0

0.4

1

0.4

2

4000K

3500K

4500K

3 SDCM

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5. BINNING PARA UMA QUALIDADE DE ILUMINAÇÃO CONSTANTE

Durante a produção, os LED do mesmo lote ou série apresentam diversas propriedades, como por exemplo, no que diz respeito à intensidade e à cor. A utilização de um misto de LED na mesma luminária conduziria, portanto, inevitavelmente, a vários níveis de intensidade luminosa e várias cores de luz, razão pela qual praticamos o “binning”.

“Binning” é a organização dos LED de acordo com critérios específicos, como:

• Binning de cor: organização de acordo com coordenadas de cor (x, y), centrado em torno temperaturas de cpr individuales;

• Binning de fluxo: organização de acordo com o fluxo luminoso, medido em lumen (lm);

• Binning de tensão: organização de acordo com a tensão directa, medida em volt.

Ao escolhermos um “bin de cor” específico, garantimos a qualidade constante da luz. Os LED no mesmo bin têm, portanto, a mesma aparência. As diferenças nos bins de cor chamam a atenção quando uma parede é uniformemente iluminada.

No estudo de visão das cores, é utilizada a chamada elipse de McAdam (veja a figura), uma região do diagrama CIE que inclui todas as cores que o olho humano normal não consegue distinguir da cor existente no centro da elipse.Os fabricantes de LED utilizam a escala SDCM (Desvio Padrão na Correspondência de Cores), segundo a qual 1 SDCM equivale a 1 MacAdam.

De que forma é que a ETAP aplica o binning às luminárias?

A ETAP segue a política de binning dos fabricantes de LED qualificados, que desenvolveram essa política de acordo com os avanços técnicos, a nova gestão de processos, os aspetos logísticos, etc. As alterações não afetam o utilizador final: os métodos corrigidos resultam numa temperatura de cor uniforme. As luminárias da ETAP (com LED de baixa potência, LED de elevada potência, assim como LED chip-on-board) satisfazem a 3 SDCM.

Fig. 29: O princípio do binning

Fig. 30: Visualização das elipses de MacAdam (fonte: Wikipedia)

Fig. 31: Ilustração do princípio de binning

AC DC

V< 25 VRMS (IRMS < 0,7 mA) < 60 VDC (IDC < 2 mA)

25 VRMS < V < 60 VRMS < 60 VDC < V < 120 VDC60 VRMS < V < 120 VRMS

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6. SEGURANÇA ELÉCTRICA

Segurança eléctrica não é motivo de preocupação. Actualmente, as soluções de iluminação com LED podem funcionar com tensões iguais ou superiores a 100V. Consequentemente, devemos instituir medidas adicionais para que seja seguro tocar nos componentes.

Os LED em série aumentam a tensão

Sempre que possível, os LED das luminárias de iluminação são preferencialmente ligados em série. O resultado lógico é o aumento da tensão. Uma das vantagens dos LED é o facto de funcionarem com baixa tensão, com um diferença de tensão de aproximadamente 3V por LED. Mas se forem ligados 30 LED em série numa só luminária, só aí, ficamos com 90V. Existem até controladores de LED capazes de gerar uma tensão de saída superior a 200V. Estes requerem maior protecção eléctrica.

Necessidade de isolamento adicional a partir dos 24V

As normas internacionais (IEC 61347) estipulam que acima dos 24V*, devem ser instituídas medidas adicionais para tornar as luminárias seguras. O acesso aos LED e a outros componentes condutores de corrente não deve ser possível a partir do exterior. Além disso, deve haver um bom isolamento básico entre todos os componentes condutores tocáveis da luminária e de todas as partes electrificadas. Na prática, a ETAP proporciona espaço suficiente para a circulação do ar e para a manutenção e utiliza material electricamente isolado sem afectar a gestão térmica.

Fonte de luz substituível ou não?

A nova edição da norma EN 60598 determina se a fonte de luz para luminárias LED é: A. não substituível (a luminária deve ser destruída para acesso à fonte de luz)B. substituível pelo utilizador (fonte de luz substituível com facilidade e segurança)C. substituível pelo fabricante (a fonte de luz deve ser resguardada por uma proteção contendo, no mínimo, duas fixações independentes, e não pode ser desmantelada sem ferramentas)

As luminárias que pertencem a esta última categoria C deverão, a partir de 2017, trazer um aviso de alta tensão.

Fig. 32: de acordo com as normas internacionais IEC 61347, com uma voltagem até 24V (AC) ou 60V (DC) não existe perigo no contacto (verde).Nos aparelhos de iluminação LED com tensão de saída mais elevada (vermelho), há medidas de segurança adicionais.

* O grau de isolamento do controlador determina se são necessárias medidas de segurança adicionais.

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7. PUBLICAR DADOS CORRECTOS

Fluxo luminoso específico como critério

Durante anos, a eficiência das luminárias fluorescentes foi expressa em termos percentuais, indicando o nível de eficiência com que uma luminária utiliza a luz. Mas na era dos LED, falamos em lumen por Watt, ou seja, rendimento luminoso por unidade de consumo. Neste contexto, é importante ter em conta a eficiência específica da solução global, Constituída pela fonte de luz e pela luminária.

A eficiência de uma luminária fluorescente é determinada através da comparação do fluxo luminoso da luminária com o de uma lâmpada nua. É muito fácil demonstrar uma indicação de eficiência em termos percentuais. Isso mostra o grau de eficiência com que uma luminária lida com uma determinada quantidade de luz. Foi por isso que essa indicação se tornou o padrão para soluções fluorescentes. É também muito fácil de determinar: basta medir o fluxo luminoso da luminária com a lâmpada e compará-lo com o fluxo luminoso da lâmpada nua.

LED nu não é uma referência utilizável

No entanto, em soluções com LED, algo assim não é possível. Em primeiro lugar, há muitos tipos diferentes de LED. Além disso, as condições de medição entre fabricantes nem sempre são comparáveis. Além do mais, as condições de medição do LED nu não cumprem as condições de utilização. O fluxo luminoso depende da densidade do fluxo e da temperatura de funcionamento; a 25°C, um LED tem um desempenho muito melhor do que depois de ter aquecido numa luminária, razão pela qual uma indicação percentual seria, no mínimo, enganadora.

Eficácia luminosa específica da lâmpada + luminária

O mercado da iluminação baseia-se num conceito diferente. Já não olhamos apenas para a luminária, mas para a combinação lâmpada/luminária. Trabalhos com lm/W, com base na quantidade de energia necessária numa luminária para obter um determinado fluxo luminoso. Poderá não ser uma indicação tão clara como uma percentagem, mas é mais rigorosa. O desempenho das soluções de LED depende de muitos factores, como a refrigeração, o controlador, a densidade de potência, o factor calor/frio (o nível de declínio do fluxo luminoso quanto a temperatura sobe), etc. A indicação lm/W tem isso em conta: quanto mais favoráveis os factores, maior será o fluxo luminoso para a mesma potência. Na ETAP, tentamos chegar cada vez mais longe com as nossas luminárias LED. Atualmente, é possível atingir, de forma economicamente acessível, valores até 130 lm/W.

Fig. 33: Nas fichas de produto no site da ETAP, os aparelhos de iluminação stromo são referidos como fluxo luminoso específico (site screenshot).

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Além do fluxo luminoso específico, encontram-se outros pormenores sobre os LED no site da ETAP:• Classe de segurança fotobiológica• Temperatura de cor• Consumo de energia• Tipo de controlador: regulável ou não• Factor de potência• Factor de depreciação

8. INFORMAÇÃO DE QUALIDADE OBJECTIVA

Não havia, anteriormente, qualquer enquadramento na Europa ao nível de diretivas ou normas sobre a publicação dos dados de qualidade das luminárias LED. Os fabricantes publicavam as informações, mas o consumidor tinha dificuldade em compará-las. Por exemplo: podiam ser publicados valores atrativos sobre o tempo de vida útil, sem menção à forma como esses valores tinham sido calculados. Ou então, os valores sobre rendimentos luminosos e tempos de vida útil eram referentes à própria fonte LED, apesar de serem grandemente determinados pelas óticas e pelo design da luminária. A falta de uniformidade era inconveniente para os consumidores, que frequentemente tinham de comparar alhos com bugalhos.

Regulamentações europeias

Foi por isso que, em 2012 a Lighting Europe publicou um Guia dos critérios de qualidade para luminárias LED, no qual a ETAP desempenhou um papel ativo. Entretanto, a Comissão Europeia publicou também legislação (Regulamento Europeu 1194/2012: Ecodesign para lâmpadas direcionais, luminárias LED e equipamento relacionado) que definiu e aprovou o abaixo mencionado. Esta legislação detalha os requisitos em termos de eficiência energética, funcionalidade e informações sobre os produtos. O regulamento descreve, entre outros elementos, a forma como os dados de rendimento e as características de qualidade das luminárias por completo são medidos e publicados, por exemplo:

• Potência (W) da luminária, incluindo alimentação, fluxo luminoso (lm) e rendimento = rendimento/potência (lm/W)• Visão geral da intensidade luminosa (cd) num diagrama polar• Código fotométrico que dá a indicação da qualidade da luz (temperatura da cor da luz, índice de reprodução da cor, cromaticidade

e fluxo luminoso).• Código de manutenção que indica a degradação do fluxo luminoso ao longo do tempo, especificando o tempo de vida útil esperado,

o fluxo luminoso restante e a percentagem de falha nesse momento (ver abaixo).• A temperatura ambiente (°C) à qual os valores publicados se aplicam.

A documentação da ETAP cumpre com estes requisitos europeus, assim como com as normas internacionais IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional) referentes aos requisitos de rendimento de:

• Luminárias (IEC 62722-1)• Luminárias LED (IEC 62722-2-1)• Módulos LED (IEC 62717)

Sabe se o seu fornecedor utiliza um fator de depreciação fiável?

O código citado para o fator de depreciação nas regulamentações europeias refere-se a uma característica de qualidade demonstrável e mensurável de uma luminária. Contudo, nos estudos de iluminação, preferimos trabalhar com depreciações após 25 000 (o que corresponde a 10 anos em bastantes aplicações padrão), ou 50 000 horas de funcionamento. Para tal, temos de extrapolar. Como a regulamentação não prevê um julgamento a esse respeito, a ETAP aplica a diretriz TM21 dos EUA. A ETAP extrapola os seus dados com base nesta diretriz, a fim de poder ter em conta o fator de depreciação correto para cada projeto com base em modelos de fiabilidade. Isso permite-lhe ter a certeza de que a sua iluminação vai corresponder na perfeição às suas expetativas até ao fim previsto do seu tempo de vida útil. Para além disso, o tempo de vida útil da luminária também é influenciado pela ligação dos LED (em série ou paralelos) e pelo envelhecimento das óticas. A ETAP também leva estes aspetos em conta. Por fim, a regulamentação europeia não impõe requisitos mínimos em termos de degradação. Ainda assim, um fator de depreciação elevado e calculado com cuidado é da maior importância. Por um lado, poderá ter a certeza de que o sobredimensionamento da sua instalação de iluminação

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será mínimo e, por outro lado, terá a certeza de que as luminárias continuam a atingir um nível de iluminação elevado no final do seu tempo de vida útil (ver 4.1).

Fig. 34: Para calcular o fator de depreciação, a ETAP aplica a diretriz americana TM21, combinada com os modelos de fiabilidade (por ex., U25).

ENEC+Foi lançada em 2014 a marca europeia de rendimento luminoso ENEC+. Enquanto que o certificado ENEC diz respeito à segurança elétrica e fotobiológica dos aparelhos elétricos, o certificado ENEC+ tem a ver com o rendimento das luminárias. Note o seguinte: aquilo que não é levado em conta na ENEC+ é a degradação e o tempo de vida útil das luminárias LED: o fluxo luminoso só é medido durante as primeiras 1000 horas de funcionamento. O nível de iluminação atingido pela sua instalação após 25 000 ou 50 000 horas de funcionamento é um dado de informação que a ETAP calcula através do método acima referido e que pode ser encontrado no Anexo 1 ou no nosso website.

9. SEGURANÇA FOTOBIOLÓGICA

A norma europeia para a segurança fotobiológica EN 62471 descreve um sistema de classificação que indica se uma lâmpada ou luminária de iluminação representa risco de lesões oftalmológicas e dermatológicas. Dada a luminância elevada de muitos LED de maior potência, não se pode excluir o risco de danos nos olhos. É portanto muito importante que a segurança fotobiológica medida seja comunicada e publicada com precisão e clareza.

A luz do LED (ou díodo emissor de luz) não contém praticamente qualquer tipo de luz resultante de ultravioletas ou infravermelhos, não sendo, por isso, perigoso para a pele. Contém, no entanto, um nível elevado de espectro azul, que pode provocar danos irreversíveis na retina no caso de se olhar prolongada e directamente para a fonte de luz, o chamado “Blue Light Hazard” (BLH) ou perigo da luz azul.

dados fotométricos LLMF (%)

F (lm) P (W) lm/W 25.000 h. 50.000 h.

U25 4047 32 126 99 98

Fig. 35: A iluminação LED contém um nível elevado de espectro azul, pelo que a devida atenção deverá ser dada às medidas de protecção.

0 cm

RG 2 RG 1...

x cm

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Quatro grupos de risco

Se o risco de dano é real, tal depende de vários factores: a potência e a temperatura de cor do LED, mas também a distribuição de luz e a distância relativamente ao suporte desempenham um papel importante. Para permitir que os consumidores possam calcular a margem de risco, a norma NE 62471 determina que lâmpadas e aparelhos de iluminação sejam classificados em quatro grupos de risco. Para os grupos Blue Light (luz azul) os níveis são calculados como segue:

• Grupo de risco 0 - (grupo “isento”): significa que não existe qualquer perigo, mesmo em caso de observação ilimitada da fonte de luz.• Grupo de risco 1: o risco é limitado, sendo permitidos até 10.000 segundos (pouco menos de 3 horas) de observação directa da fonte de luz.• Grupo de risco 2: permitido um tempo máximo de 100 segundos de observação.• Grupo de risco 3: permitido um período máximo de 0,25 segundos de observação da fonte de luz. Este período é inferior ao período

de reacção natural do olho.

Uma vez que a EN 62471 é uma classificação teórica definida com base numa distância de visualização fixa, foi desenvolvida, adicionalmente, uma diretriz prática (IEC/TR 62778), que irá substituir a atual norma EN62471 a partir de 2016. Na verdade, o BLH (perigo da luz azul) também depende da distância de visualização (distância entre os olhos e o LED). Normalmente, não se olha para uma luminária a curta distância, embora as curtas distâncias de visualização, efetivamente, ocorram; por exemplo, em trabalhos técnicos de manutenção. A norma IEC/TR 62778 descreve quais as distâncias em que uma determinada luminária pertence a um grupo de BLH específico (são as chamadas distâncias limite).

Alguns exemplos:- Os difusores pertencem ao GR 0 (Grupo de

Risco 0), independentemente da distância: por ex., Kardó , R8, U2.

- As downlights e as luminárias LED+LENSTM pertencem ao GR 1, independentemente da distância de visualização.

- Para a fonte de iluminação da Figura 36, aplica-se RG 1/RG 2 com uma distância limite x cm, o que significa que a fonte de luz pertence a RG 2 para distâncias de visualização abaixo de x cm.

Até que ponto são necessárias medidas de proteção depende da aplicação. Se as fontes de luz tiverem uma distância limite GR 1/GR 2, tal deve ser especificado, em conjunto com um aviso para não se olhar diretamente para as mesmas. Os atuais LED brancos nus (utilizados na iluminação geral) pertencem, na pior das hipóteses, ao grupo 2, e nunca ao grupo 3. A maior parte das luminárias tem por trás desses LED uma lente ou um difusor que amplia oticamente a imagem da fonte de luz, reduzindo assim as luminâncias de pico. Na maior parte dos casos, isso resulta numa classe de risco inferior.

Medir correctamente, comunicar de forma clara

O grupo a que pertence um aparelho de iluminação é determinado segundo um processo de medição específico, usando instrumentos especializados (espectrómetro). A ETAP possui a capacidade e o equipamento necessários para efectuar essas medições nas suas instalações. Isto significa que a ETAP pode controlar detalhadamente todos os aparelhos de iluminação no que diz respeito à sua segurança fotobiológica. O grupo de risco definitivo de cada elemento é publicado no site e incluído na documentação relativa ao produto.

A ETAP possui o equipamento necessário para efectuar as medicções

Fig. 36: Ilustração de distâncias limite

Distância de visualização

UP

DA

TE

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GR 2 GR 1

10. TUBOS LED

Os tubos LED são lâmpadas LED prontas a usar, que se encaixam nos suportes de aparelhos de iluminação fluorescente. Com luminárias especificamente concebidas para esse fim, as lâmpadas LED podem oferecer um grande número de vantagens. Contudo, se substituiu lâmpadas fluorescentes em luminárias antigas por tubos LED, a qualidade, o conforto e, por vezes, até mesmo a segurança podem sofrer consequências.

A UE vigia a segurança dos tubos LED

A União Europeia, através do Sistema Rápido de Alerta (Rapid Alert System) mandou retirar vários tubos LED do mercado (consultar o site da Comissão Europeia http://ec.europa.eu), porque estes não cumprem o estipulado na Directiva 2006/95/UE, relativa à baixa voltagem, e na norma NE 60598, relativa aos aparelhos de iluminação. Nestes produtos existe o risco de choque eléctrico porque durante a sua instalação, algumas das partes externas do aparelho poderão ficar sob tensão.

Fig. 37: Nas especificações relativas ao produto, no nosso site, o consumidor encontrará as informações correctas relativas ao grupo de risco de cada um dos aparelhos de iluminação LED da ETAP (screenshot website, estado outubro 2015).

UP

DA

TE

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Vantagens dos tubos LED

Os tubos LED têm um grande número de vantagens práticas: não só oferecem baixo consumo energético e longa vida útil, como também são de fácil manutenção. Em caso de defeito, o utilizador pode substituí-los (veja 6. Segurança elétrica), sem risco de choque. Existem ainda tubos LED em caixa totalmente hermética, adequada para utilização em ambientes com produtos químicos. Os tubos LED nas luminárias com refletor permitem a extração do ar pelo refletor, produzindo assim um efeito de autolimpeza.

Controlador interno ou externo?

Os tubos LED podem ter um controlador interno ou externo. Um controlador externo permite regular a intensidade das lâmpadas e substitui-las facilmente, se necessário.

Utilização responsável dos tubos LED

É importante saber que não se pode, simplesmente, trocar as lâmpadas fluorescentes por tubos LED. Muitas vezes, é necessário atualizar as cablagens, ou os componentes da luminária têm de ser trocados ou contornados. Isto elimina a responsabilidade do fabricante da luminária original, mas pode também deteriorar a qualidade da luz: cada luminária é concebida para um rendimento luminoso específico e uma distribuição de luz específica. Ao mudar para tubos LED sem tomar quaisquer outras providências, poderá obter níveis de iluminação mais baixos, menor constância e encandeamento; resumindo, poderá perder conforto.

A série LEDA com tubos LED.

Fig. 38: Enquanto um modelo E12/136HFW (com 1 x 36W lâmpada fluorescente) tem um fluxo luminoso nominal de 3350 lm e um fluxo de luz específico de 72 lm/W, com um tubo LED o mesmo dispositivo alcança apenas 1340 lm e 61 lm/W. A distribuição de luz com tubos LED (à

direita) é diferente do que com lâmpadas fluorescentes (central).

UP

DA

TE

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Mas pode ser diferente: se substituir toda a estrutura interna (lâmpada + refletor) por óticas adequadas, pode na mesma mudar facilmente para LED partindo da iluminação fluorescente existente. Por exemplo, nas luminárias E1, para um elevado fator de proteção, pode substituir facilmente a lâmpada e o refletor por um módulo de renovação, com tubo LED, e continuar a utilizar as suas velhas luminárias. O resultado: maior eficiência, substituição de lâmpadas significativamente menor (ou ausente) e conforto fácil inalterado.

Fig. 39: Se o módulo de iluminação (lâmpadas e refletor), numa E1 de distribuição extensiva com 2 lâmpadas de 58W, for substituído por um módulo LED com refletor e tubos LED adaptados, irá atingir quase o mesmo fluxo luminoso (6740 em vez de 6700 lm), ao passo que a eficiência

aumenta de 90 lm/W para 120 lm/W. A distribuição da luz da versão LED (direita) é também mais marcada do que na versão fluorescente (centro).

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Secção 3: Drivers para luminárias LED

1. CRITÉRIOS DE QUALIDADE PARA DRIVERS

O driver é um dos componentes mais críticos das soluções LED, como agora se reconhece de forma generalizada. A qualidade das luminárias LED depende não só da fonte de luz LED e do design das ópticas, mas também da eficiência e fiabilidade da driver. Um driver adequado para LED deve cumprir sete requisitos:

Vida útil. O driver deve ter, no mínimo, a mesma esperança de vida dos LED.

Eficiência. Um dos factores de sucesso dos LED é a eficiência energética. Assim, a conversão da tensão de rede em corrente deve ser o mais eficiente possível. Um bom driver de LED tem uma eficiência mínima de 85%.

Factor de potência. O factor de potência é um indicador técnico que mostra até onde a corrente da forma de onda se aproxima da referência sinusoidal da tensão. O factor de potência ( ) é constituído por duas partes: a mudança entre tensão e corrente, (cos

) e a distorção da corrente (harmonia ou Distorção Harmónica Total). Quanto menores forem a mudança e a distorção da forma de onda, menores serão as perdas e a poluição na rede de distribuição do fornecedor de energia. Os drivers de LED da ETAP, trabalhamos exclusivamente com um fator de potência superior a 0,9.

Fig. 40: Para drivers com factor de potência elevado (esquerda), a forma de onda da corrente (azul) apresenta pouca distorção e mudança, por comparação com a tensão (amarelo). No entanto, é esse o caso das drivers com baixo factor de potência (direita).

Compatibilidade electromagnética (EMC). O driver deve minimizar a interferência electromagnética na área envolvente e, simultaneamente, ser o menos influenciado possível por interferências electromagnéticas da área envolvente. Assim, uma compatibilidade electromagnética adequada é vital.

Corrente de comutação. Quando um driver de LED é colocado sob potência, há uma corrente de pico elevada na rede durante um breve período de tempo (uma fracção de milissegundo), porque no início, os condensadores estão a ser carregados. Em drivers com baixa corrente de comutação, os disjuntores não são desactivados quando um determinado número de luminárias é ligado.

Onda de corrente: Uma saída de corrente de boa qualidade impede oscilações de intensidade, de modo a que não ocorram efeitos tremeluzentes nem estroboscópicos.

Filtragem de corrente. A poluição da rede elétrica pode dar origem a luz tremeluzente devido a baixa frequência (+/- 50 Hz), entre outros problemas. A rápida capacidade de comutação dos LED torna-os altamente visíveis, o que faz com que sejam percebidos como muito incómodos. Um bom driver de LED assegura que a poluição da rede elétrica não afeta a saída de corrente, de modo a manter a estabilidade do fluxo luminoso. Recentemente, foi publicada uma nova norma que descreve o processo de medição para quantificar as oscilações de luz (IEC/TR61 547-1 Ed. 1: um método objetivo de teste de imunidade à oscilação da tensão).

230 V AC

230 V AC

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Fichas técnicasOs drivers são, portanto, componentes vitais em todas as soluções de LED. É possível reconhecer drivers de elevada qualidade solicitando as fichas técnicas ao fabricante para verificar se os requisitos supracitados se encontram cumpridos. A ETAP fornece sempre drivers de LED de elevada qualidade, perfeitamente adaptados à solução e amplamente testados nos nossos laboratórios.

2. FONTES DE CORRENTE VS. FONTES DE TENSÃO

Os LED são componentes controlados por corrente. A corrente é directamente responsável pelo rendimento luminoso e, portanto, deve ser cuidadosamente ajustada. São utilizados dois métodos de controlo:

• Fontes de corrente constanteConvertem directamente a tensão de rede em corrente constante. Este método oferece a eficiência mais elevada e a melhor relação qualidade/preço. A desvantagem consiste no facto de uma fonte de corrente constante só poder ser ligada em série, o que torna a instalação mais difícil. Além disso, para níveis mais elevados, a tensão de saída necessária aumenta rapidamente (>100 V).

Exemplos: Projector Flare 500 mA, etc. Downlight D4

• Fontes de tensão constanteFontes de alimentação que convertem a tensão de rede em tensão cuidadosamente controlada. Ao serem utilizados com LED ou módulos LED, esses drivers DC devem ser sempre equipadas com um limitador de corrente (por ex., uma resistência) ou um circuito electrónico que converta a tensão contínua em corrente constante. A principal vantagem das fontes de tensão é a possibilidade de ligar facilmente vários módulos em paralelo. Exemplo: Projector Flare 24 V (driver LED DC integrado no cabo) Sistema de distribuição de CC, por ex., PoE (Power over Ethernet)

corrente constante

Contro-ladorLED

Alimen- taçao

Tensão constante Controlador LED DC

Laboratórios de ensaios de ETAP

1,00

0,90

0,80

0,70

0,60

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00

25W75W

0% 50% 100%

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Também para luminárias reguláveisO driver deve ser não só fiável e eficiente, mas também ter a flexibilidade para ser utilizado em qualquer instalação de iluminação moderna. Em muitos casos, o nível de iluminação tem de ser ajustável, por exemplo, através de um sistema de regulação da luz como o ELS ou um regulador externo. Nota: é importante que a eficiência e o factor de potência permaneçam iguais quando se utiliza um regulador.

O rendimento máximo possível de um condutor é determinado pela potência nominal para a qual o driver foi projectado (ver figura 41). Para drivers com uma potência nominal <25W, o rendimento máximo nunca será superior a 80-85%. Para os condutores com uma potênciaacima dos 35W, poderão ser atingidos rendimen-tos máximos de 90% ou mais.

O gráfico acima demonstra que o desempenho real de um driver também depende do grau de sobrecarga. Para um condutor qualitativo, o rendimento será praticamente constante até uma carga mínima de 50-60%. Nas cargas ainda mais baixas, a eficiência é significativamente reduzida. Por isso é importante alinhar correctamente o módulo LED com driver, de modo a que este último funcione sempre dentro dos critérios ideais.

Na prática, existem duas técnicas de regulação: reduzir o nível de corrente (AM ou Modulação de amplitude) ou reduzir a corrente transformando-a em impulsos com uma duração cada vez mais curta (PMW ou Modulação por Largura de Impulso). Ambas as aplicações têm os seus prós e contras. Os nossos especialistas terão todo o prazer em ajudar com aconselhamento concreto.

Teoricamente, todos os sistemas de regulação conhecidos podem ser aplicados também à luz LED:

• DALI• 1-10V (aplicado com menos frequência em iluminação de LED)• TouchDim• DMX (aplicado com menos frequência a iluminação; utilizado essencialmente

na iluminação cénica)

Cont

rola

dor e

ficie

nte

Tensão do controlador como % da corrente nominal

Fig. 41: Impacto da tensão do controlador na eficiência, para um controlador de baixa potência (azul) e um controlador de alta potência (amarelo)

1

0

10

20

30

40

80

70

60

50

100

90

10 100

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Secção 4: A iluminação com LED – aspectos fotométricos

1. DEPRECIAÇÃO E FACTOR DE MANUTENÇÃO

Um fator de manutenção corretamente calculado é o alicerce de qualquer instalação de iluminação projetada com rigor. UM fator de manutenção que não tenha suficientemente em conta as propriedades específicas dos LED resulta, com frequência, em estudos e cálculos de iluminação pouco rigorosos.

Porquê utilizar um “fator de manutenção”? O nível de iluminação na superfície de trabalho diminui ao longo do tempo de vida de uma instalação de iluminação. O rendimento luminoso das lâmpadas diminui, as lâmpadas partem-se e as luminárias são contaminadas por pó e outros tipos de sujidade. O próprio espaço é contaminado por sujidade: por exemplo, uma parede acabada de pintar reflete melhor a luz. É por isso que, nos cálculos para uma instalação, é aplicado um fator de manutenção que leva em conta a diminuição do fluxo luminoso (veja o texto na caixa). Assim, você pode ter a certeza de que a instalação continuará a satisfazer o nível de iluminação estabelecido após 5 ou 10 anos.

O fator de manutenção (FM) é constituído por quatro parâmetros: FM = LLMF x LSF x LMF x RMF

LLMF: Fator de manutenção de lúmenes da lâmpada (Lamp Lumen Maintenance Factor) Diminuição do fluxo luminoso das lâmpadas

LSF: Fator de sobrevivência das lâmpadas (Lamp Survival Factor) Frequência de defeitos das lâmpadas sem substituição imediata

LMF: Fator de manutenção da luminária (Luminaire Maintenance factor) Declínio do rendimento das luminárias devido a poluição

RMF: Fator de manutenção da divisão (Room Maintenance Factor) Poluição do espaço

Fig. 42: Depreciação do fluxo luminoso ao longo do tempo

Flux

o lu

min

oso

rela

tivo

(%)

Tempo (h x 1000)

60

65

70

75

80

85

90

95

100

0 10 20 30 40 50 60

500

500500 500 500

500

500

500500500500

500

500

500

500

9.00 m8.50

0.500.00

0.00 14.40 m

500

500 500

500

500

500500

500

9.00 m8.50

0.500.00

0.00 14.40 m

5000

5500 5500

5000

5000

55005000

505505000000 5000

50005000 5000 5000

50000000000

50000000000000000

5000500050005000

5050505000000000

505050500000000

5050505000000000

505050500000000

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Regras claras para iluminação fluorescentePara fontes de luz tradicionais como as lâmpadas fluorescentes, existem regras claras e normas internacionais para o cálculo do fator de manutenção das instalações. Geralmente, são considerados quatro aspetos: diminuição do fluxo luminoso produzido pelas lâmpadas, frequência de defeitos das lâmpadas, contaminação das luminárias e contaminação do próprio espaço. Para a iluminação fluorescente, existe um consenso geral acerca do cálculo do fator de manutenção. A depreciação e a vida útil das lâmpadas já foram comprovadas na prática e divergem pouco ou nada de um fabricante para outro. Além disso, o design das luminárias não tem qualquer impacto na depreciação das lâmpadas e parte-se do princípio de que estas são substituídas com regularidade, pelo que, de um modo geral, não existe grande discussão em torno do fator de manutenção das luminárias fluorescentes.

Os LED são diferentesNão é assim, porém, com os LED cujo fator de manutenção depende de um grande número de outros fatores. Tudo começa com a escolha dos LED. Hoje, existe ainda uma grande diferença de qualidade entre fabricantes, e os tipos de LED – de alta ou baixa potência – também são decisivos no que diz respeito à manutenção do fluxo luminoso e à vida útil. Trata-se, além do mais, de uma tecnologia relativamente recente, que se encontra em muito rápida evolução. Devido à falta de conhecimentos e informações necessários, a maior parte dos fabricantes de LED e iluminação utiliza hoje, por uma questão de conveniência, um LLMF de 70% após 50 000 horas, o que significa que partem do princípio de que, após 50 000 horas de funcionamento, os LED, independentemente da sua qualidade, só atingem 70% do seu rendimento luminoso inicial.

Ao contrário do que se passa com a luz fluorescente, o design da luminária também desempenha um papel da máxima importância. O rendimento luminoso e o tempo de vida dos LED depende, em larga medida, da sua temperatura de funcionamento. Quanto melhor for a sua refrigeração, menor será a depreciação e maior a sua durabilidade. Por esse motivo, a dissipação de calor na luminária também é decisiva. No entanto, atualmente, o design das luminárias raramente é tido em conta para determinar o fator de manutenção. Na prática, cada luminária LED tem o seu próprio fator de manutenção, o que torna impossível determinar um valor genérico aplicável a todas as instalações.

Em instalações com lâmpadas fluorescentes, é necessário substituir regularmente as lâmpadas (curva azul). Com os LED, a substituição de lâmpadas deixa de ser necessária, mas a qualidade dos LED desempenha um papel da maior importância: Embora o LLMF geralmente utilizado seja próximo de 70% (curva amarela), para os LED numa luminária U7, aplica-se um LLMF de 97% (curva verde).

Grande impacto na sua instalaçãoNa prática, os cálculos imprecisos podem ter consequências profundas. Quando a avaliação do fator de manutenção é demasiado otimista, a instalação deixa de satisfazer o nível de iluminação desejado ao fim de muito poucos anos. Por outro lado, um fator de manutenção demasiado pessimista conduz a uma instalação de iluminação sobredimensionada, com demasiadas luminárias e uma potência instalada exageradamente elevada, o que faz subir o preço de compra e o consumo de energia. Por ex.: impacto do fator de manutenção num estudo de iluminação com luminárias U7 num espaço de escritórios com 9 x 14,4 m:

Segundo o estudo de iluminação com o fator de manutenção corretamente calculado, precisamos de 18 luminárias U7 e de uma potência instalada de 0,86W/m²/100 lx (esquerda) para este espaço. A utilização do fator de manutenção geral (direita) conduziria a uma instalação sobredimensionada: 24 luminárias U7 e uma potência instalada de 1,25W/m²/100 lx.

Fig. 43: O LLMF das luminárias LED em comparação com a iluminação fluorescente.

Ilum

inân

cia

rela

tiva

(%)

horas de funcionamento (h x 1000)

luminária U7 com L97 a 50 000 h (ETAP)luminária LED com L70 a 50 000 hlâmpada fluorescente T5

LLMF 70% após 50 000 h (fator de manutenção de 63%)LLMF 97% após 50 000 h (fator de manutenção de 87%)

90,0

95,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

0,0

100,0

20000 4000 6000 8000 10.000 12.000

~~

UP

DA

TE

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Elevado fator de manutenção devido a design inteligente Os fatores de manutenção utilizados pela ETAP nos seus estudos de iluminação são criteriosamente determinados de acordo com as normas internacionais. Na prática, constatamos que os fatores de manutenção da ETAP são geralmente muito superiores ao valor geralmente aplicado. Isso acontece porque nos centramos em dois itens específicos. Antes de mais nada, nas nossas luminárias, utilizamos sempre LED de alta qualidade (principalmente de cerâmica), de fabricantes que publiquem dados concretos e confirmáveis acerca do rendimento luminoso e da vida útil dos seus LED. Na prática, isto baseia-se nas normas LM80 e TM21, validadas pela Illuminating Engineering Society (IES), uma autoridade internacional no assunto, que nos fornece um critério de avaliação objetivo do desempenho dos LED.

Em segundo lugar, prestamos grande atenção à gestão do calor das nossas luminárias LED e incluímo-la nas nossas considerações. Nos nossos laboratórios, temos a infraestrutura certa para canalizar a temperatura de derivação entre o circuito impresso e o LED. Assim, conhecemos a temperatura de funcionamento do LED e podemos avaliar com maior rigor a depreciação efetiva e a esperança de vida dos LED. Incluímo-las depois no cálculo do fator de manutenção nos nossos estudos de iluminação.

Fig. 44: A manutenção dos lúmenes (LLMF) após 12 000 horas acelerava a obsolência.

horas de funcionamento

Procedemos a diversos testes (por ex. testes de resistência e medições de luz) nos nossos laboratórios, com o objetivo de determinar cuidadosamente os dados fotométricos e a degradação efetiva das nossas luminárias LED.

A U7 e a UM2 tiveram pontuação elevada num estudo independenteUm estudo recente da Laborelec, o centro de investigação independente da ENGIE (anteriormente denominada GDF), confirma que a nossa atenção para com a qualidade e o design inteligente da iluminação dá frutos. Num estudo comparativo de iluminação LED destinada a escritórios, a Laborelec testou seis luminárias de vários fornecedores do mercado belga, entre as quais os modelos U7 e UM2 da ETAP. A obsolescência foi determinada de acordo com dois métodos: Obsolescência acelerada numa sala de clima controlado a 45° após 12 000 horas de funcionamento (UM2 e U7) e obsolescência real à temperatura ambiente (UM2) após 2000 horas de funcionamento. Ambos os métodos de medição confirmaram que, apesar de o fluxo luminoso específico diminuir consideravelmente nas utras luminárias participantes, os valores da ETAP permaneceram absolutamente estáveis, mesmo após respetivamente 2000 horas de funcionamento e 12 000 horas de funcionamento.

Lich

tstr

oom

%

ETAP U7

ETAP UM2

FABRICANTE A

FABRICANTE B

FABRICANTE C

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Rumo a um cálculo corretoA ETAP fornece uma tabela onde se encontra o fator de manutenção correto para todas as luminárias LED da ETAP, de acordo com o ambiente estabelecido e o período determinado pelo utilizador. Assim, fornecemos aos nossos clientes um estudo de iluminação fiável, bem como a certeza de que o desempenho da instalação será o necessário.

Eis um exemplo:

Num estudo de iluminação com E7 num ambiente de escritórios, o fator de manutenção é calculado da seguinte forma: 99% (LLMF ou fator de manutenção das lâmpadas) x 1 (a avaria de lâmpadas em luminárias LED é quase inexistente e, portanto, não tem influência) x 0,94 (contaminação da divisão) x 0,95 (fator de manutenção para luminárias fechadas) = 88%. Isso significa que, após 25 000 horas, 88% do fluxo luminoso mantém-se. Após 50 000, 87% do fluxo luminoso mantém-se; um valor significativamente mais elevado do que o padrão de 70% após 50 000 horas.

A tabela completa dos fatores de manutenção encontra-se no anexo 1 ou nas fichas técnicas dos produtos na nossa página da Internet.

Fig. 45: Extracto da tabela dos factores de manutenção e LLMF do U7, ápos 25.000 e 50.000 horas (estado em meados 2015).

As luminárias U7 num ambiente de escritório têm um fator de manutenção de 87% após 50 000 horas de funcionamento (consulte a tabela).

Tipo LED Luminária LED 25kh 50kh LLMF (%)

25kh 50kh

High Power U7 88 87 99 97

UP

DA

TE

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2. Vida útil das luminárias LED

A vida útil das luminárias LED não é nenhum dado isolado, sendo sempre combinado com um cenário ou instalação concretos e, consequentemente, também com o fator de depreciação. Se olharmos para a fórmula do fator de depreciação (Fator de depreciação – MF, ver caixa p. 35), o elemento vida útil encontra-se no último parâmetro, LLMF.

LLMF como ponto de partida

Os números que refletem a diminuição do fluxo luminoso da fonte de luz (LLMF) levam em conta os LED com falhas e a deterioração do rendimento luminoso ao longo do tempo. Como determinamos o LLMF? Distinguimos entre a vida útil dos LED ao nível dos componentes e ao nível da luminária.

Ao nível dos componentes, levamos em conta a deterioração gradual do fluxo luminoso dos LED (falha paramétrica ou vida útil B) e a potencial avaria dos LED (falha catastrófica ou vida útil C).

Ao nível das luminárias, a falha total de uma luminária não é relevante (consulte Fator de sobrevivência das luminárias). O LLMF corresponde à vida útil B ao nível das luminárias e, consequentemente, tem em conta a falha paramétrica e catastrófica dos LED individuais das luminárias.

NOVO

Falha catastrófica

NÍVEL DOS COMPONENTES

NÍVEL DA LUMINÁRIA OU

= LLMF = LSF

DEPOIS DE USO

Falha paramétrica

0,000

0,200

0,400

0,600

0,800

1,000

1,200

1000 10000 100000

B10

0,000

0,200

0,400

0,600

0,800

1,000

1,200

1000 10000 100000

B50

25000 50000

B50

UP

DA

TE

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Dados relevantes e fiáveis

A fim de chegar a um LLMF rigoroso e fiável para as nossas luminárias, procedemos da seguinte forma:• Determinamos a falha paramétrica ao nível dos componentes de acordo com as normas objetivas LM80/TM21.• Não podemos calcular a falha catastrófica, mas preferimos colaborar com fabricantes que disponibilizam dados rigorosos. Sempre

que não são oferecidos dados de medição, contamos com modelos de fiabilidade eletrónica (MIL-HBK-217F).

Encontra o LLMF e o fator de depreciação para as nossas luminárias LED no nosso site. Publicamos sempre ambos os valores para dois períodos: 25 000 ou 50 000 horas de funcionamento. Assim, saberá qual a quantidade de luz emitida pelas luminárias após um período de utilização relevante para si.

Fig. 46: O LLMF é determinado de acordo com o método LM80/TM21 recomendado pela IES.

Fig. 47: A ETAP fornece o LLMF após 25 000 e 50 000 horas de funcionamento para todas as suas luminárias LED.

Horas de funcionamentoHoras de funcionamento

LM 80 medido TM 21 extrapolado

LLM

F

LLM

F

Fig. 48: Cinquenta luminárias (L98B50) bastam para iluminar um escritório de 29 x 14 m com difusores U25. Caso ilumine o espaço

com luminárias L80B50, precisará de mais de 60 unidades.

QUAL É A INTERPRETAÇÃO CORRETA DA FÓRMULA LxBy?

Exemplo: a vida útil das luminárias U25 é apresentada como L98B50 após 50 000 horas de funcionamento:

• Em que L é a percentagem do fluxo luminoso original ainda atingida após um dado período (= LLMF). As luminárias U25 citadas no exemplo continuam a atingir 98% do respetivo fluxo luminoso original (L98) após 50 000 horas de funcionamento (L98).

• Em que B é a vida útil B ao nível das luminárias. O número resultante reflete a probabilidade de o valor L fornecido não ser atingido. Geralmente, é utilizado o valor B50: uma média de 50% das luminárias atinge o valor L fornecido após o período de tempo estabelecido.

• De um modo geral, a ETAP fornece o valor após 25 000 e 50 000 horas de funcionamento, dois períodos representativos da vida útil da sua instalação.

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3. INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE POUPANÇA DE ENERGIA

Os LED não são apenas fontes de luz eficientes, funcionam também perfeitamente em conjunto com sistemas de regulação de iluminação. Esta combinação assegura um elevado potencial de poupança, mas cria também alguns benefícios adicionais: os LED podem ser regulados de forma mais eficiente do que as lâmpadas fluorescentes e sua duração de vida não é reduzida por comutações frequentes. Por fim, pode também compensar a degradação da sua instalação LED com uma regulação em função da luz do dia.

Os sistemas de regulação de iluminação mais conhecidos são todos eles dependentes do movimento do interruptor, para ligar ou desligar, quando o seu utilizador entra ou sai de um espaço e do controlo da luz natural, na qual a iluminação é ajustada à quantidade de luz natural que entra no espaço. Uma combinação dos dois sistemas pode, em certas situações, representar uma economia de energia de 55% ou mais. Actualmente, um em cada 6 aparelhos de iluminação lançados no mercado pela ETAP, dispõe de um sistema de controlo de iluminação individual.

Os LED são menos susceptíveis aos movimentos

Os LED têm uma série de características específicas que os tornam particularmente adequados para serem utilizados em sistemas de controlo de luz. Comutar frequentemente tem, por exemplo, muito pouca influência sobre o tempo de vida útil dos LED*, em contraste com as lâmpadas fluorescentes, nas quais o movimento constante de acender e apagar a lâmpada significa o desgaste da mesma. Poderá comprovar-se este facto pelas manchas escuras nas extremidades da lâmpada. Em áreas com presenças relativamente curtas - como por exemplo casas de banho ou corredores - podemos ver que a frequência de substituição de lâmpadas fluorescentes aumenta rapidamente.* Exceto aplicações em que os LED estejam sujeitos a temperaturas extremas.

Os LED não têm esse problema. Um LED é um componente electrónico insensível a movimentos frequentes. Além disso, os LED emitem logo após terem sido acesos, o fluxo de luz na sua totalidade, o que aumenta o conforto para o utilizador, ao entrar da sala.

Regulação da iluminação em função da luz do dia como controlo inteligente

Todas as instalações de iluminação vão perdendo uma percentagem do seu rendimento luminoso ao longo dos anos (ver 4.1). É por este motivo que as instalações de iluminação de ambientes profissionais são, na prática, ligeiramente sobredimensionadas, de modo a ainda atingirem o nível de iluminação normativo pretendido no final do respetivo tempo de vida útil. Ao utilizar LED de qualidade num design sofisticado com gestão térmica ótima, a degradação é reduzida a um mínimo (10 a 15%).

Existem, contudo, métodos para reduzir os restantes 10 a 15% de sobredimensionamento sem comprometer a qualidade da luz. Hoje em dia, estão disponíveis controladores topo de gama para programar uma corrente variável ao longo do tempo: a denominada função CLO (Constant Light Output - Rendimento Luminoso Constante). Contudo, estes controladores devem ser programados com base na diminuição prevista da intensidade luminosa. Esta programação é, em si mesma, uma projeção teórica que conduz à incerteza.

Também podemos trabalhar com um sensor de luz que mede o nível de luz real na superfície de trabalho e solicita mais ao controlador à medida que esse nível de luz vai diminuindo. Este modo aproxima-se mais daquilo que a regulação em função da luz do dia faz. Por conseguinte, a regulação em função da luz do dia tem, independentemente de ser aplicada à luminária ou ao sistema, uma dupla vantagem: Não vai apenas poupar energia, mas também utilizá-la para combater o sobredimensionamento da instalação, reduzindo assim os custos de investimento inicial.

U7 com regulador de luz natural integrado (ELS)

60

65

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A condição necessária é haver margem suficiente para aumentar a corrente. De modo geral, os LED de alta potência gastam apenas um terço da sua potência máxima, devido à eficiência e ao controlo da luminância. Por isso, há espaço para 10 a 15% de aumento no final do respetivo tempo de vida útil. O mesmo se aplica aos controladores usados atualmente.

E em relação à estabilidade e à fiabilidade dos sensores de luz natural? Estes pontos são cada vez mais importantes, pois a regulação em função da luz do dia é também responsável pelo rendimento da instalação. Também aqui não há muito problemas. Os sensores de luz natural não têm componentes que se alterem ao longo da vida útil. Trata-se de circuitos semicondutores que funcionam a baixa voltagem. Em teoria, têm um MTBF (tempo médio entre falhas) de várias centenas de milhares de horas. Isso torna-os extremamente estáveis e fiáveis para a regulação de uma instalação de iluminação.

Ilum

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lativ

a (E

, %)

Potê

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a( P

, %)

Horas de funcionamento (h x 1 000) Horas de funcionamento (h x 1 000)

Poupança*

E sem ELS

P sem ELSE com ELS

P com ELS

Luminária sem ELS

Luminária com ELS

Fig. 49: Um sensor de luz natural (ELS) garante que a instalação de iluminação não precisa de ser sobredimensionada. Deste modo, mantém o nível de luz constante e poupa energia.

* Poupanças adicionais para além da poupança de energia devido à incidência da luz.

UP

DA

TE

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Secção 5: Perguntas e respostas

P: Onde posso encontrar as normas internacionais relativas à iluminação LED?

R: Em www.lightingeurope.org encontra as mais recentes directrizes sobre dispositivos LED: “LightingEurope Guide for the application of the Commission Regulation (EU) No. 1194/2012 setting ecodesign requirements for directional lamps, light emitting diode lamps and related equipment”. Em conformidade com as orientações do Lighting Industry Liaison Group, estas são normas internacionais referentes à iluminação LED.

P: Qual é a política de garantia dos dispositivo LED da ETAP?

R: Há uma garantia de 5 anos em cada equipamento. Dado o tempo de vida dos LED, a sua substituição é muito rara, mas está igualmente assegurada. A ETAP usa dispositivos LED universais (em termos de design e “footprint”). Toda a eficiência e emissões de lúmen são alteradas. Quando os LED se danificam a ETAP poderá substituir as placas de circuito LED sem qualquer problema. A emissão de lúmen pode, se desejado, ser ajustado ao nível original. Ao analisar as placas de circuito defeituosas, podemos descobrir a que tipo de cor pertencem os LED e, desta forma, ajustar as cores de acordo com os LED originais.

Tipo de produto Requisitos de segurança Requisitos de rendimento

Sistema de controlo eletrónico para módulos LED

IEC 61347-2-13 IEC 61347-1

IEC 62717

Lâmpadas LED com balastro integrado para iluminação geral com tensão > 50 V

IEC 62560 IEC 62612

Tubos LED (com duplo casquilho de lâmpada) IEC 62776-1 IEC 62612

Módulos LED para iluminação geralIEC 62031

IEC/PAS 62717 (Public Available Specification)

Aparelhos de iluminação LED IEC 60598 IEC 62722-2-1

A segurança fotobiológica das lâmpadas e fontes de luz

IEC 62471

LED e Módulos LED IEC 62504 Termos e Definições para LED e módulos LED para iluminação geral

Comités técnicos CIE TC2-46 CIE / ISO medições de intensidade LED

TC2-50 Medição das propriedades ópticas dos agrupamentos LED e matrizes

TC2-58 Medição de radiância e luminância LED

TC2-63 Medição óptica de LED de alta potência

TC2-64 Métodos de teste LED extremamente rápidos

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Terminologia

BinningOrganização/classificação (neste caso) dos LED em grupos com propriedades semelhantes, por ex., no que diz respeito à temperatura de cor.

CDM Lâmpada de Ceramic Discharge Metalhalide

Chip LEDComponente de semicondutor gerador de luz

CIECommission Internationale de l’éclairage / International Commission on Illumination

Componente LEDCombinação de LED, caixa e ópticas primárias.

Cromaticidade Coordenadas de cor

Densidade de correnteA relação entre o fluxo luminoso através de um componente e da sua secção transversal.

DerivaçãoÁrea activa no material em estado sólido em que a luz é gerada.

DíodoSemicondutor ou condutor de corrente eléctrica, óptima numa direcção, mas não na direcção oposta.

Factor de duração Factor através do qual a poluição, o envelhecimento e a redução das fontes de luz são tidos em conta no processo de cálculo de luz.

Gamma ou ângulo de emissãoÂngulo em relação a um eixo vertical num diagrama polar

IECInternational Electrotechnical Commission

IESIlluminating Engineering Society - Sociedade de Engenharia da Iluminação. Autoridade reconhecida a nível internacional no campo da iluminação.

LED Abreviatura de Light Emitting Diode (Díodo Emissor de Luz).

Ligação de fios (“wire bonding”)Ligação – geralmente com ouro – mutuamente entre semicondutores ou entre semicondutor e moldura principal ou contactos elétricos externos.

LM-80Método americano aprovado pela IES para a medição da manutenção dos lúmens dos componentes LED (“Medição da manutenção dos lúmenes das fontes de luz LED”).

LM-84Método americano, aprovado pela IES para medir a manutenção dos lúmens das luminárias LED (Medição do fluxo luminoso e da manutenção de cor das lâmpadas LED, motores de luz e luminárias).

Lumens friosFluxo luminoso medido com uma temperatura de derivação de 25°C

Lumens quentesFluxo luminoso medido com uma temperatura de derivação próxima das temperaturas de utilização real (geralmente, 85ºC)

LuminescênciaProcesso através do qual uma partícula de luz (fotão) é gerada quando um átomo passa de um estado de energia mais elevado para um mais reduzido.

Luz hemisférica inferior A proporção do total de fluxo luminoso que é enviado no sentido descendente (numa fonte de luz horizontal suspensa).

Módulo LEDEquivalente a uma lâmpada tradicional, mas em versão LED.

Moldura principal (“leadframe”)Elemento básico para um LED de baixa potência, moldura metálica que permite ligações elétricas externas, dissipação do calor e reflexão da luz.

PCB Circuito impresso.

SDCM (Desvio padrão da igualização de cor)A medida para desvios observáveis da cor da luz.

SubstratoO material no qual o LED, juntamente com o reflector interno, é fixo.

Tecnologia do fósforo remotoTecnologia através da qual o fósforo necessário à geração de luz branca não é colocado directamente no LED azul, mas sim dentro ou sobre um suporte (de vidro ou plástico) a alguma distância do LED. Consequentemente, o fósforo funciona a uma temperatura inferior e, em casos específicos, é possível obter um ganho de eficiência e melhoria da vida útil.

Temperatura de derivaçãoTemperatura no interior do material semicondutor (na derivação PN: veja em baixo).

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Tempo de vida útilVida útil económica relevante para uma determinada aplicação, que é inferior à vida útil média.

TM-21Método recomendado pela IES para calcular o tempo de vida útil dos componentes LED (“Projeção de manutenção de lúmenes a longo-prazo das fontes de luz LED”), com base em dados de medição LM80.

TM-28Método recomendado pela IES para calcular a esperança de vida útil das luminárias LED (Projetando a manutenção do fluxo luminoso de lâmpadas e luminárias LED a longo prazo) com base nos dados de medição LM-84.

UGRUnified Glare Rating – é um modelo aproximado que expressa o risco de encandeamento. Os valores UGR padrão variam entre 16 UGR (risco reduzido) e 28 UGR.

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Anexo 1: fator de manutenção dos produtos LED

Factor de manutenção % (MF)

TIPO DE LUMINÁRIA APLICAÇÃO VERSÃO 25.000 h 50.000 h

D1 / D2 / D3 ESCRITÓRIO - 63%

D42 ESCRITÓRIO - 88% 88%

E1 INDÚSTRIA - 83% 81%

E2 INDÚSTRIA - 83% 81%

E4 INDÚSTRIAE4.0./ 84% 83%

E4.1./ 83% 80%

E5M - E3M INDÚSTRIAE5M.0./ 84% 83%

E5M.1./ 81% 78%

E7 INDÚSTRIA E7.1./ (1 FILA DE LEDS) 83% 81%

E7.2./ (2 FILAS DE LEDS) 82% 79%

FLARE ESCRITÓRIO - 87% 85%

RD16 ESCRITÓRIO - 63%

R7 ESCRITÓRIO

sem uplight 88% 88%

com uplight 88% 86%

mini 87% 84%

R8 ESCRITÓRIO - 84% 78%

U2 ESCRITÓRIOU25 88% 88%

U21 80% 80%

U7 ESCRITÓRIOmodulações standard 88% 87%

mini 87% 84%

UM2 ESCRITÓRIO - 83% 77%

US ESCRITÓRIOUS./LED.25 - /LED.30 88% 87%

US./LED.35 - /LED.40 87% 83%

UW ESCRITÓRIO - 86% 84%

V2M11 ESCRITÓRIO - 88% 88%

V2M17 ESCRITÓRIO - 86% 84%

V2M1F / J ESCRITÓRIO - 88% 85%

W1 ESCRITÓRIO - 71%

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Informativo - condições

• Todos os valores de desempenho para temperatura ambiente Tamb =

25°C

• MF acima é um valor indicativo: alterações do factor indicativo com nível

de poluição por poeira ou intervalo de limpeza diferentes

• MF = LLMF * LSF * LMF * RMF

(CIE97: publicação para iluminação interior)

LLMF: factor de manutenção de lúmen de lâmpada (Lamp Lumen

Maintenance Factor)

LSF: factor de sobrevivência da lâmpada (Lamp Survival Factor)

LMF: factor de manutenção da luminária (Luminaire Maintenance

Factor)

RMF: factor de manutenção da divisão (Room Maintenance Factor)

• O cálculo acima referido do fator de depreciação baseia-se nos seguintes

dados:

LSF = 1 (“spot replacement”: em caso de falha total do LED, luminárias

ou controladores avariados são substituídos)

LMF = 0,95 para um ambiente de escritório limpo; 0,89 para um

ambiente de indústria normal.

RMF = 0,94 para um ambiente de escritório limpo (fator de reflexão

70/50/20) ou 0,95 para um ambiente indústrial normal (fator de reflexão

50/30/20), sujeito a uma limpeza trienal. Conforme CIE 97 2005.

• LLMF com base em LM80(1)/TM21(2)

TIPO DE LUMINÁRIA VERSÃO 25.000 h 50.000 h

D1 / D2 / D3 - 70%(3)

D42 - 99% 98%

E1 - 98% 96%

E2 - 98% 96%

E4E4.0./ 99% 98%

E4.1./ 98% 95%

E5M - E3ME5M.0./ 99% 98%

E5M.1./ 96% 92%

E7E7.1./ (1 fila de LEDs) 98% 96%

E7.2./ (2 filas de LEDs) 97% 94%

FLARE - 97% 95%

RD16 - 70%(4)

R7

sem uplight 99% 98%

com uplight 98% 96%

mini 97% 94%

R8 - 94% 87%

U2U25 99% 98%

U21 90% 90%

U7modulações standard 99% 97%

mini 97% 94%

UM2 - 93% 86%

USUS./LED.25 - /LED.30 99% 97%

US./LED.35 - /LED.40 97% 93%

UW - 96% 94%

V2M11 - 99% 99%

V2M17 - 96% 94%

V2M1F / J - 98% 95%

W1 - 80%

(1) IES LM-80-08: Método aprovado para o teste de manutenção de lumens das fontes de luz LED.

(2) IES TM-21-11: Projecção da manutenção de lumens a longo prazo das fontes de luz LED.

(3) Fonte: Osram

(4) Fonte: Philips

LLMF (%)

ETAP.SCHREDER – Iluminação Interior, Lda. Rua da Fraternidade Operária, 3A 2791-701 CarnaxideTel. +351-(0)214 242 600 Fax +351-(0)214 171 203 e-mail: [email protected]

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