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PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ Estudo de Impacto Ambiental - EIA Coordenador: Técnico: Índice 3095-00-EIA-RL-0001-00 Setembro de 2016 Rev. nº 00 1/1 ÍNDICE 5.2 - Meio Biótico .................................................................................. 1/57 5.2.1 - Diagnóstico de Fauna............................................................... 1/57

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PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ

Estudo de Impacto Ambiental - EIA

Coordenador: Técnico:

Índice

3095-00-EIA-RL-0001-00

Setembro de 2016 Rev. nº 00

1/1

ÍNDICE

5.2 - Meio Biótico .................................................................................. 1/57

5.2.1 - Diagnóstico de Fauna............................................................... 1/57

PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ

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Índice das Legendas

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1/1

Legendas

Quadro 5.2.1-1 – Lista das espécies da ictiofauna de potencial ocorrência para a região dos

blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165. .............................................. 5/57

Quadro 5.2.1-2 - Lista de espécies da herpetofauna de potencial ocorrência para a região dos

blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165. ............................................ 12/57

Figura 5.2.1-1 – Imagens ilustrativas de espécies da herpetofauna de potencial ocorrência na

região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165. ............................... 17/57

Quadro 5.2.1-3 - Lista de espécies da avifauna de potencial ocorrência para a região dos blocos

exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165. .................................................... 20/57

Figura 5.2.1-2 – Imagens ilustrativas de espécies da avifauna de potencial ocorrência na região

dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165. ....................................... 33/57

Quadro 5.2.1-4 - Lista de espécies da mastofauna terrestre de potencial ocorrência para a região

dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165. ....................................... 35/57

Figura 5.2.1-3 – Imagens ilustrativas de espécies da mastofauna de potencial ocorrência na região

dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165. ....................................... 39/57

Quadro 5.2.1-5 - Espécies de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos terrestres)

de potencial ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e

PN-T-165 identificadas nas listas nacional e internacional de espécies

ameaçadas. ............................................................................................. 41/57

Quadro 5.2.1-6 - Espécies endêmicas de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos)

de potencial ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e

PN-T-165. ................................................................................................ 44/57

Quadro 5.2.1-7 - Lista das espécies de vertebrados (répteis, aves e mamíferos) de potencial

ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165

listadas pela CITES e respectivos Apêndices. ....................................................... 47/57

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5.2.1 - Diagnóstico de Fauna

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5.2 - MEIO BIÓTICO

5.2.1 - Diagnóstico de Fauna

5.2.1.1 - Introdução

O Brasil possui alta diversidade de vertebrados, sendo considerado o país que abriga a maior

biodiversidade do mundo. Essa alta diversidade se deve à presença de seis biomas distintos: Mata

Atlântica, Pampa, Pantanal, Amazônia, Cerrado e Caatinga (IBGE, 2004a, 2004b). O estado do

Piauí está inserido em uma zona de transição ecológica única, entre três biomas brasileiros:

Amazônia, Cerrado e Caatinga (AB’SABER, 1977). Como resultado, é possível encontrar um

mosaico de vegetação complexo, desde uma vegetação xérica de Caatinga, passando pelo

Cerrado, até habitats florestais mais úmidos da Amazônia. Especialmente na porção do estado

onde localiza-se o projeto há uma predominância da zona de transição entre a Caatinga e o

Cerrado (NIMER, 1972; AB’SABER, 1974).

O Cerrado, segundo maior bioma do Brasil (depois da Amazônia), cobria originalmente

2.031.990 km2, constituindo a mais extensa região de savana da América do Sul (CONSERVAÇÃO

INTERNACIONAL, 2005), além disso, é considerado hotspot mundial, por apresentar elevada

riqueza de espécies e grande número de endemismos para vários grupos de organismos (MYERS

et al., 2000; RODRIGUES, 2005). Este bioma sofre intensas pressões antrópicas, como a

fragmentação e a substituição de áreas de vegetação nativa por áreas antropizadas como, por

exemplo, fazendas para criação de gado ou agricultura (AQUINO et al., 2007). Estima-se que

cerca de 80% de sua área estão sob alguma forma de uso pelo homem, o que significa que apenas

21 se conservam intactos (CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL, 2005).

A Caatinga, outro bioma brasileiro de significativa importância biológica, ocupa aproxima-

damente, 800.000 km² (AB’SABER, 1974; FERNANDES, 1999), sendo um dos poucos biomas que se

restringe totalmente ao Brasil (FERRI, 1980). Contudo, é a região natural brasileira menos

protegida, pois as unidades de conservação cobrem menos de 2% do seu território (LEAL,

2003).No estado do Piauí estão presentes 10 das 82 áreas prioritárias para a Conservação deste

Bioma (SILVA et al., 2004). A Caatinga é também, proporcionalmente, a região brasileira menos

estudada, com grande parte do esforço científico estando concentrado em alguns poucos pontos

em torno das principais cidades da região (LEAL, 2003).

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A comunidade de fauna presente no estado do Piaú é resultante da coexistência de influências

advindas dos domínios morfoclimáticos do Cerrado e Caatinga, bem como das atividades

antrópicas presentes na área. Atividades que exigem remoção da vegetação e mesmo que

provocam aumento da circulação de pessoas e máquinas em hábitats de animais silvestres

ocasionam alterações na fauna local. A relevância destas alterações irá variar não apenas de

acordo com características do projeto, mas também conforme o grau de susceptibilidade do

componente ambiental afetado. Algumas espécies são mais sensíveis às alterações em relação a

outras, cabendo uma análise específica da relação entre o empreendimento e o meio afetado.

Deste modo, a partir das características da fauna regional é possível analisar o impacto que a

instalação de um empreendimento pode causar na biota local, e propor medidas de prevenção,

mitigação ou compensação desses impactos.

Com base neste contexto, visando atender às demandas do licenciamento ambiental para a

perfuração de poços na Bacia do Parnaíba, Piauí, o presente documento apresenta o diagnóstico

de fauna na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165, elaborado por meio

de dados secundários, sobre a herpetofauna, avifauna, mastofauna e ictiofauna.

5.2.1.2 - Métodos

Para a elaboração do diagnóstico de fauna da região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151

e PN-T-165, foi realizada seleção e análise de dados secundários, permitindo conhecer as

espécies de potencial ocorrência para a localidade pretendida. Os dados secundários fornecem

informações gerais sobre a composição da fauna da região, bem como sobre aquelas espécies

importantes do ponto de vista da conservação e que são, em geral, de difícil detecção em

levantamentos rápidos. Foram consultados sítios de pesquisa reconhecidos pela comunidade

científica, livros, artigos (pontuais ou mais abrangentes), relatórios técnicos, compilações e

mesmo publicações em congressos.

O diagnóstico a partir de dados secundários prevê a fauna de potencial ocorrência para a área

dos três blocos exploratórios (PN-T-165, PN-T-137 e PN-T-151), uma vez que foi realizado com

base em estudos que abrangem a região centro oeste do estado do Piauí para os grupos terrestres

e que para a ictiofauna representam a bacia do Rio Parnaíba. Ademais, considerando que a área

de estudo (área dos blocos exploratórios) é formada por cerca de 52% de vegetação natural,

majoritariamente representada por um gradiente de ambientes savânicos que, para a escala ora

considerada, indica a ocorrência de uma fauna similar. A partir do detalhamento das áreas que

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receberão as intervenções, será possível realizar levantamento de dados primários capaz de

identificar as especificidades da fauna local, bem como atestar a ocorrência de hábitats e

espécies sensíveis para cada local. Para isso, serão definidos métodos específicos, de acordo com

cada grupo faunístico, e de forma a contemplar as diversas fisionomias vegetacionais das áreas.

Para a classificação taxonômica das espécies de anfíbios utilizou-se FROST (2016), para os répteis

BÉRNILS & COSTA (2014), PIACENTINI et al. (2015) para aves, PAGLIA et al. (2012) para

mamíferos e FROESE & PAULY (2016) para peixes. Para a análise do status de conservação de

todos os grupos foi utilizada a lista de espécies ameaçadas nacional (MMA, 2014) e internacional

(IUCN, 2015). Além disso, foram levantas as espécies cinegéticas, conforme CITES (2016).

O grau de endemismo das espécies de mamíferos terrestres seguiu PAGLIA et al. (2012). Para a

avifauna, foram consultados DE LUCA et al. (2009) para o bioma Cerrado e PACHECO (2000) para

a Caatinga. Já para a herpetofauna, como não há bibliografia específica para grau de endemismo

foram consultadas e refinadas as distribuições geográficas das espécies com base em FROST

(2016) e UETZ (2016).

5.2.1.3 - Resultados

5.2.1.3.1 - Ictiofauna

Para a elaboração da lista de espécies da ictiofauna de ocorrência potencial para a área do

empreendimento foi feito um levantamento com base em estudos realizados em rios da Bacia do

Parnaíba, listados a seguir.

Espécies identificadas apenas até gênero foram excluídas da contagem quando outra espécie do

mesmo gênero já havia sido registrada em outro estudo, para que não houvesse um aumento

artificial da riqueza de espécies da área. Apesar de não serem consideradas na contagem, esses

táxons são apresentados na listagem geral (Quadro 5.2.1-1).

Reis et al. (2003) – o documento intitulado Checklist of Freshwater Fishes of South and Central

America (Checklist dos peixes de água doce da América do Sul e Central), compila dados sobre as

espécies de peixes neotropicais, incluindo distribuição geográfica. Aqui consideramos 65 espécies

como de provável ocorrência para a área de estudo.

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Rosa (2004) e Rosa et al. (2004) – apresentam compilação de dados da ictiofauna da Caatinga.

Aqui utilizamos os dados da ecorregião Maranhão-Piauí, que inclui as bacias costeiras do leste do

Maranhão e a do rio Parnaíba, para a qual foram listadas 86 espécies.

Buckup et al. (2007) – apresentam compilação dos dados de ocorrência dos peixes de água doce

brasileiros. Aqui consideramos 36 espécies que estavam listadas como de ocorrência para o rio

Parnaíba e para rios do nordeste de uma maneira geral.

Projetec (2009) – apresenta, de forma separada, os Estudos de Impacto Ambiental de cinco

aproveitamentos hidrelétricos no rio Parnaíba – AHEs Cachoeira, Castelhanos, Estreito, Ribeiro

Gonçalves e Uruçui. O levantamento da ictiofauna foi realizado em março/abril (estação

chuvosa) e julho de 2005 (estação seca). De forma complementar, em março e maio de 2009

foram realizados acompanhamentos de pesca através da avaliação do material pescado e de

entrevistas com pescadores da colônia local. Para a captura de peixes foram utilizadas redes de

arrasto, puçá e tarrafa.

AHE Cachoeira (CC): foram amostrados 3 pontos, no rio Parnaíba no reservatório da UHE Boa

esperança, no rio Gurguéia e no riacho da prata. Foram encontrados 60 táxons na

amostragem de ictiofauna e 21 junto aos pescadores, das quais 14 ainda não haviam sido

amostradas anteriormente, totalizando 74 espécies. A riqueza foi maior (59) do que dos

demais trechos a jusante da UHE Boa Esperança. Após revisão, consideramos 55 espécies.

AHE Castelhanos (CA): nesta região foram amostradas 12 estações de captura, distribuídas

entre o rio Parnaíba, rio Canindé e em riachos e alagados próximos. A amostragem da

ictiofauna identificou 59 táxons e o levantamento junto aos pescadores sete, três que ainda

não haviam sido registradas. Aqui, após atualização, consideramos 54 espécies.

AHE Estreito (ES): a amostragem em quatro pontos de amostragem identificou a ocorrência

de 33 táxons nas campanhas de campo e 19 nas campanhas de pesca, 10 destas não

registradas anteriormente, totalizando 44 espécies. Destas, incluímos na listagem

39 espécies.

AHE Ribeiro Gonçalves (RG): a amostragem de ictiofauna ocorreu em cinco pontos localizados

no rio Parnaíba e em tributários. Foram identificados no total 50 táxons, 48 sendo 43 nos

pontos de amostragem e 11 junto aos pescadores, dos quais sete não haviam sido amostrados

nos pontos. Desta região, consideramos 48 espécies após revisão.

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AHE Uruçuí (UR): dezesseis pontos foram amostrados nos rios Parnaíba, Balsas e em seus

afluentes. No total, foram identificados 95 táxons, sendo 82 nos pontos de amostragem de

ictio e 21 nas avaliações da pesca local, das quais 13 ainda não haviam sido amostradas.

Consideramos 84 espécies deste trabalho.

Ramos et al. (2014): realizaram amostragem em 244 pontos, distribuídos por toda bacia do rio

Parnaíba, entre os anos de 2004 e 2011, registrando 146 espécies.

Foram identificadas 187 espécies de ocorrência na bacia do rio Parnaíba. Esta riqueza é bastante

elevada e não deve refletir, porém, o encontrado próximo à área do empreendimento, por incluir

estudos que englobam uma área muito maior. Assim, quando consideramos apenas os dados de

estudos localizados próximos à área do empreendimento (PROJETEC, 2009), esta riqueza cai para

92 espécies.

PROJETEC (2009) destacam que os dados levantados em campo quando comparados com os dados

de bibliografia, têm poucas espécies em comum, o que eles argumentam ser devido a problemas

na identificação das espécies e ponderam que o número real de espécies deve ser menor do que

o apresentado.

Characiformes foi a ordem com maior número de espécies, com 81, seguida por Siluriformes com

57. Para a Caatinga, estas também são as ordens com maiores riquezas, porém, Siluriformes

apresentam uma riqueza maior (ROSAS et al., 2004). As famílias com maiores riquezas foram

Characidae com 55 espécies, Loricariidae com 20 espécies e Cichlidae com 16 espécies.

Quadro 5.2.1-1 – Lista das espécies da ictiofauna de potencial ocorrência para a região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165.

Fontes Bibliográficas: 1- Reis et al. (2003); 2 – Rosa (2004) e Rosa et al. (2004); 3 – Buckup et al. (2007); 4 – Projetec (2009); 5- Ramos et al. (2014); * - Táxons não considerados nas contagens.

Classificação Taxonômica Nome Comum Fontes Bibliográficas

ORDEM BELONIFORMES

Família Belonidae

Pseudotylosurus microps peixe-lápis 4, 5

ORDEM CHARACIFORMES

Família Acestrorhynchidae

Acestrorhynchus falcatus peixe-cachorro 1, 2, 5

Acestrorhynchus sp.* peixe-cachorro 4

Família Anostomidae

Leporinus friderici piau 1, 2, 4, 5

Leporinus obtusidens piau 4, 5

Leporinus piau piau 2, 3, 4, 5

Leporinus reinhardti piau 4, 5

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Classificação Taxonômica Nome Comum Fontes Bibliográficas

Leporinus sp. piau 1, 4

Schizodon dissimilis piau 2, 3, 5

Schizodon fasciatus piau 1, 2

Schizodon knerii piau 4, 5

Schizodon rostratus piau 3, 4, 5

Família Characidae

Apareiodon davisi canivete 5

Apareiodon machrisi canivete 5

Apareiodon sp.* canivete 4, 5

Astyanax bimaculatus lambari 1, 2, 4, 5

Astyanax fasciatus lambari 4, 5

Astyanax sp. lambari 4

Brachychalcinus parnaibae - 2, 3, 4, 5

Bryconamericus sp. piaba 4, 5

Cheirodon sp.* - 1

Compsura heterura piabinha 5

Creagrutus sp. - 5

Ctenobrycon hauxwellianus marupiri 2

Gymnocorymbus thayeri lambari 1, 2

Hemigrammus gracilis lambari 4

Hemigrammus marginatus lambari 5

Hemigrammus sp. lambari 4, 5

Hemigrammus unilineatus lambari 3

Hyphessobrycon santae piabinha 4

Hyphessobrycon sp. 1 piabinha 1, 4, 5

Hyphessobrycon sp. 2 piabinha 4, 5

Jupiaba polylepis - 5

Knodus victoriae - 1, 2, 3, 5

Moenkhausia dichroura lambari 1, 2, 4

Moenkhausia lepidura lambari 2

Moenkhausia sanctaefilomenae piaba 2, 3, 4, 5

Moenkhausia sp.* lambari 5

Phenacogaster calverti - 5

Phenacogaster sp.* - 4

Piabina sp. pequira 4

Poptella compressa - 2, 4, 5

Psellogrammus kennedyi piaba 4, 5

Roeboides gr. affinis madalena 4

Roeboides margareteae madalena 3, 4, 5

Roeboides sazimai - 4, 5

Serrapinnus heterodon lambari 1, 2, 5

Serrapinnus piaba lambari 2, 5

Serrapinnus sp. lambari 5

Tetragonopterinae* - 4

Tetragonopterus argenteus lambari 1, 2, 5

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Classificação Taxonômica Nome Comum Fontes Bibliográficas

Tetragonopterus chalceus lambari 4

Família Chilodontidae

Caenotropus labyrinthicus cabeça-de-ferro 1, 2, 3, 4, 5

Família Crenuchidae

Characidium bimaculatum canivete 3, 5

Characidium cf. bahiense canivete 5

Characidium sp. 1 canivete 1, 4, 5

Characidium sp. 2 canivete 5

Characidium zebra canivete 5

Família Curimatidae

Curimata cyprinoides Tamboatá 1, 4

Curimata macrops Tamboatá 1, 2, 3, 5

Curimatella aff. dorsalis piaba 4

Curimatella immaculata piaba 5

Cyphocharax gilberti piaba 4

Psectrogaster rhomboides coró-branco 2, 3, 5

Steindachnerina notonota biru 2, 5

Steindachnerina sp. biru 4

Família Erythrinidae

Hoplerythrinus unitaeniatus iuiú 1, 2, 4, 5

Hoplias malabaricus traíra 1, 2, 4, 5

Família Hemiodontidae

Hemiodus argenteus voador 2

Hemiodus parnaguae voador 1, 2, 3, 4, 5

Hemiodus unimaculatus voador 1

Família Iguanodectidae

Bryconops affinis piaba 1, 2, 4

Bryconops melanurus piaba 2, 5

Família Prochilodontidae

Prochilodus argenteus curimatã 4

Prochilodus brevis curimatã 4

Prochilodus costatus curimatã 4

Prochilodus lacustris curimatã 1, 2, 3, 4, 5

Prochilodus nigricans curimatã 4

Prochilodus sp.* curimatã 4

Família Serrasalmidae

Colossoma macropomum tambaqui 4, 5

Colossoma sp. tambaqui 4

Metynnis sp.* pacu 1

Metynnis lippincottianus pacu 1, 2, 4, 5

Myleus asterias pacu 1, 2, 4, 5

Mylossoma aureum piranha 2

Pygocentrus nattereri piranha vermelha 1, 2, 4, 5

Serrasalmus rhombeus piranha 1, 2, 4, 5

Serrasalmus sp. piranha 4

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Classificação Taxonômica Nome Comum Fontes Bibliográficas

Família Triportheidae

Triportheus angulatus sardinha-papuda 1

Triportheus signatus sardinha 2, 3, 4, 5

ORDEM CLUPEIFORMES

Família Engraulidae

Anchovia surinamensis manjuba 5

Anchoviella guianensis sardinha 5

Anchoviella lepidentostole sardinha 5

Anchoviella sp.* sardinha 4

Lycengraulis batesii arenque 1, 5

Pterengraulis atherinoides sardinha 5

Família Pristigasteridae

Pellona flavipinnis sardinha 1, 4, 5

ORDEM CYPRINODONTIFORMES

Família Poeciliidae

Pamphorichthys hollandi barrigudinho 3, 5

Poecilia reticulata barrigudinho 2, 5

Poecilia sarrafae barrigudinho 5

Poecilia vivipara barrigudinho 4, 5

Poecilia sp. barrigudinho 1, 4

Família Rivulidae

Cynolebias parnaibensis - 5

Cynolebias porosus peixe-de-nuvem 3

Hypsolebias coamazonicus - 5

Melanorivulus parnaibensis - 3, 5

Pituna compacta - 4

Pituna schindleri - 5

ORDEM GYMNOTIFORMES

Família Apteronotidae

Apteronotus sp. - 5

Família Gymnotidae

Gymnotus carapo morenita 1, 2, 4, 5

Família Hypopomidae

Brachyhypopomus sp. - 5

Família Rhamphichthyidae

Rhamphichthys marmoratus lampreia 5

Rhamphichthys rostratus lampreia 1, 2, 4

Família Sternopygidae

Eigenmannia macrops tuvira 5

Eigenmannia virescens tuvira 2, 5

Eigenmannia sp. 1 tuvira 4

Eigenmannia sp. 2* tuvira 4

Sternopygus macrurus tuvira 1, 2, 4, 5

ORDEM MYLIOBATIFORMES

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Classificação Taxonômica Nome Comum Fontes Bibliográficas

Família Potamotrygonidae

Potamotrygon orbignyi raia 5

Potamotrygon signata raia-do-parnaíba 1, 2, 3, 4, 5

ORDEM OSTEOGLOSSIFORMES

Família Arapaimidae

Arapaima gigas pirarucu 5

ORDEM PERCIFORMES

Família Cichlidae

Aequidens tetramerus acará 2, 5

Apistogramma agassizii acará 2

Apistogramma piauiensis acará 2, 3, 5

Astronotus ocellatus acará 5

Cichla monoculus tucunaré 5

Cichla sp. tucunaré 4

Cichlasoma orientale acará 2, 5

Cichlasoma sanctifranciscense acará 1, 2, 4, 5

Cichlasoma sp.* acará 1, 4

Crenicichla lepidota cará 1

Crenicichla menezesi cará 2, 5

Crenicichla sp.* cará 1, 4

Geophagus brasiliensis cará 2

Geophagus parnaibae cará 4, 5

Geophagus surinamensis acará-tinga 1, 2, 4

Oreochromis niloticus tilápia 5

Satanoperca jurupari cará 4, 5

Tilapia rendalli tilápia 5

Família Sciaenidae

Plagioscion squamosissimus curvina 1, 2, 4, 5

Família Synbranchidae

Synbranchus marmoratus pirambóia 1, 2, 4, 5

ORDEM PLEURONECTIFORMES

Família Achiridae

Trinectes cf. paulistanus linguado 5

ORDEM SILURIFORMES

Família Aspredinidae

Aspredo aspredo viola 2, 5

Família Auchenipteridae

Ageneiosus inermis fidalgo 1, 2, 4, 5

Ageneiosus sp.* fidalgo 5

Ageneiosus ucayalensis fidalgo 2

Auchenipterus menesezi mandi 2, 3, 4, 5

Auchenipterus nuchalis mandi 1

Trachelyopterus galeatus cachorro-de-padre 1, 2, 5

Trachelyopterus sp. - 1, 4

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Classificação Taxonômica Nome Comum Fontes Bibliográficas

Família Callichthyidae

Aspidoras raimundi cascudinho 2, 3, 4, 5

Callichthys callichthys tamoatá 1, 2, 5

Corydoras julii coridora-leopardo 1, 2, 3, 5

Corydoras treitlii coridora 2, 3, 4, 5

Corydoras vittatus coridora 3, 4, 5

Hoplosternum littorale cascudo 5

Megalechis thoracata cascudo 1, 2

Família Doradidae

Hassar affinis mandi 1, 2, 3, 4, 5

Hassar orestis mandi 2

Platydoras brachylecis graviola 5

Platydoras costatus graviola 1, 2, 4

Família Heptapteridae

Heptapteridae sp. 1* - 4

Heptapteridae sp. 2* - 4

Imparfinnis sp. bagrinho 4, 5

Phenacorhamdia sp.* bagrinho 5

Pimelodella cf. steindachneri mandi 5

Pimelodella cristata mandi 2

Pimelodella parnahybae mandi 2, 3, 5

Pimelodella sp. 1* mandi 1, 4

Pimelodella sp. 2* mandi 4

Rhamdia quelen bagre 2, 5

Família Loricariidae

Ancistrus damasceni cascudo 2, 3, 5

Ancistrus sp. 1 cascudo 4, 5

Ancistrus sp. 2 cascudo 4, 5

Hypoptopomatinae sp.* - 4

Hypostomus johnii cascudo 3, 5

Hypostomus plecostomus cascudo 1, 2

Hypostomus sp. 1 cascudo 4, 5

Hypostomus sp. 2 cascudo 4, 5

Hypostomus sp. 3 cascudo 4, 5

Hypostomus sp. 4* cascudo 5

Limatulichthys griseus uacari 3, 4

Limatulichthys punctatus uacari 2

Loricaria parnahybae cascudo 1, 2, 3, 4, 5

Loricaria sp. cascudo 5

Loricariichthys derbyi - 2, 5

Loricariichthys maculatus - 2

Otocinclus hasemani - 2, 3, 5

Parotocinclus cearensis - 5

Parotocinclus haroldoi - 2, 5

Parotocinclus sp. - 5

Pterygoplichthys parnaibae - 2, 3, 5

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Classificação Taxonômica Nome Comum Fontes Bibliográficas

Rineloricaria sp. cascudo 5

Família Pimelodidae

Bagropsis sp. - 4

Brachyplatystoma filamentosum pirapitinga 1, 2, 5

Brachyplatystoma vaillantii branquim 1, 2, 3, 4, 5

Hemisorubim platyrhynchus mandubé 2, 4, 5

Hypophthalmus cf. edentatus mapará 5

Pimelodus blochii mandi 1, 2, 5

Pimelodus maculatus mandi 1, 2, 4, 5

Pimelodus ornatus mandi 1, 2, 5

Pimelodus sp. 1 mandi 4, 5

Pimelodus sp. 2 mandi 4, 5

Pinirampus pirinampu barbado 4

Pseudoplatystoma fasciatum surubim 1, 2, 4, 5

Sorubim lima bico-de-pato 1, 2, 3, 4, 5

Família Trichomycteridae

Ituglanis sp. - 5

5.2.1.3.2 - Herpetofauna

A herpetofauna do estado do Piauí ainda é pouco estudada no que se refere à amostragem de

anfíbios e répteis. Os poucos estudos disponíveis concentram-se mais ao litoral do estado e no

Parque Nacional Serra da Capivara. Estudos estes que não foram utilizados para compor a presente

lista, uma vez que a região de ecótono em que está inserido o empreendimento pode refletir em

maiores especificidades ecológicas de anfíbios e répteis, onde um estudo realizado a uma maior

distância não refletirá a realidade da composição da herpetofauna local. Dessa forma, para a

elaboração do diagnóstico da herpetofauna de potencial ocorrência para o empreendimento em

questão, foram levantados cinco estudos, dentre artigos científicos, relatórios técnicos e resumos

de congressos, conforme descritos detalhadamente a seguir.

Benício & Fonseca (2009): os autores apresentam um resumo em congresso intitulado

“Herpetofauna da Caatinga, Município de Picos, Piauí”. Por meio de buscas ativas e encontros

ocasionais realizados em 2010 e 2011, foi possível encontrar 26 espécies de répteis, onde, por

incertezas taxonômicas, duas espécies foram desconsideradas para a composição desta lista.

Vechio et al. (2013): o autor levantou, por meio de armadilhas de interceptação e queda, a

herpetofauna da Estação Ecológica de Uruçuí-Una, localizada no município de Baixa Grande do

Ribeiro (PI), a cerca de 70 km do bloco PN-T-165. O levantamento de campo foi realizado entre

2000 e 2001, onde foram identificadas 84 espécies da herpetofauna, sendo 61 répteis e

23 anfíbios.

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IENE/Ecology (2010): o documento apresenta a consolidação das duas campanhas de

monitoramento, bem como das duas campanhas do EIA/RIMA da LT 500 Kv Colinas – São João do

Piauí. Em virtude da grande distância, os dados provenientes dos municípios de Palmeirantes

(TO) e Goiatins (TO) foram desconsiderados para a elaboração da presente lista. Dessa forma,

por meio de buscas ativas e armadilhas de interceptação e queda, foi possível obter uma riqueza

de 63 espécies da Herpetofauna, distribuídos em 27 anfíbios e 36 répteis.

Roberto et al. (2013): os autores levantaram, de maneira preliminar, os anfíbios em pontos

distintos distribuídos em 18 municípios, todos no estado do Piauí. Em virtude da grande distância

de alguns municípios para a área de estudo do empreendimento em questão, foram utilizados

apenas os dados provenientes de três, a saber: Uruçuí, Valença e Gurguéia. Dessa forma, foi

possível identificar oito espécies de anfíbios.

Lima (2008): o autor apresenta uma pequena lista da herpetofauna do Cerrado no Centro-Oeste

do Piauí. Para elaboração de tal lista, o autor delimitou um raio de 100 km a partir do município

de Floriano (PI) e respeitado o limite estadual. Com seis áreas de estudo, foi possível obter um

esforço de 72h de busca ativa. Muitas espécies não foram identificadas ao nível específico, dessa

forma, para compor a presente lista foi possível obter 16 espécies de anfíbios e 14 espécies de

répteis, totalizando uma riqueza de 30 para a herpetofauna.

Com base nos cinco estudos consultados, foi possível compilar uma lista de 133 espécies, onde 47

são anfíbios e 86 são répteis, distribuídas em cinco Ordens e 30 Famílias (Quadro 5.2.1-2 e

Figura 5.2.1-1).

Quadro 5.2.1-2 - Lista de espécies da herpetofauna de potencial ocorrência para a região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165.

Fontes Bibliográficas: 1 – Benicio & Fonseca (2009); 2 - Vechio et al. (2013); 3- IENE/Ecology (2010); 4 – Roberto et al. (2013); 5 - Lima (2008)

Nome Científico Nome Comum Dados secundários

CLASSE AMPHIBIA

ORDEM ANURA

Família Hylidae

Dendropsophus minutus pererequinha 2, 3, 5

Dendropsophus nanus pererequinha 2, 3

Dendropsophus rubicundulus pererequinha 2, 4

Dendropsophus soaresi pererequinha 2, 3

Dendropsophus cruzi pererequinha 3

Hypsiboas multifasciatus perereca 2, 3

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Nome Científico Nome Comum Dados secundários

Hypsiboas boans perereca 3

Hypsiboas creptans perereca 5

Hypsiboas punctatus perereca-verde 3

Hypsiboas raniceps perereca 5

Osteocephalus taurinus perereca-gosmenta 2, 3

Phyllomedusa azurea prereca-verde 2, 3

Phyllomedusa hypocondrialis perereca-verde 5

Scinax nebulosus raspa-cuia 3

Scinax fuscuvarius raspa-cuia 5, 3

Scinax fuscomarginatus raspa-cuia 2, 3

Trachycephalus typhonius perereca 2, 3

Família Leptodactylidae

Adenomera andreae rãnzinha 3

Adenomera hylaedactyla rãnzinha 3

Leptodactylus labyrinthicus rã 3

Leptodactylus latrans rã 5, 3

Leptodactylus labirinticus rã 5

Leptodactylus fuscus rã 2, 3, 5

Leptodactylus podicipinus rã 2

Leptodactylus syphax rã 5

Leptodactylus troglodytes rã 2, 3, 4

Leptodactylus vastus rã 2, 3, 4

Physalaemus centralis rãnzinha 2

Physalaemus cicada rãnzinha 5

Physalaemus cuvieri rãnzinha 2, 3, 5

Pleurodema diplolister rãnzinha 5

Pseudopaludicola mystacalis rã 2, 4

Família Odontophrynidae

Odontophrynus carvalhoi sapo 4

Proceratophrys cristiceps sapo-de-chifre 5

Família Bufonidae

Rhaebo guttatus sapo-dourado 2

Rhinella veredas sapo 2, 4

Rhinella jimi sapo-boi 2, 3

Rhinella granulosa sapo-de-verruga 3

Rhinella marina sapo-cururu 3

Rhinella mirandaribeiroi sapo-do-folhiço 2, 4

Rhinella schneideri sapo-cururu 3, 5

Rhinella ocellata sapo-cururu 2, 3

Família Craugastoridae

Pristimantis conspicillatus sapo 4

Família Microhylidae

Dermatonotus muelleri sapo-grilo 2, 5

Elachistocleis carvalhoi rã 2

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Nome Científico Nome Comum Dados secundários

Família Ranidae

Lithobates palmipes rã 3

ORDEM GYMNOPHIONA

Família Siphonopidae

Siphonops annulatus cobra-cega 5

CLASSE REPTILIA

ORDEM SQUAMATA

Família Hoplocercidae

Hoplocercus spinosus calango 2, 3

Família Iguanidae

Iguana iguana iguana 1, 2, 3, 5

Família Tropiduridae

Tropidurus oreadicus calango 2, 3

Tropidurus semitaeniatus calango 2

Stenocercus fimbriatus calango 3

Tropidurus hispidus calango 1, 3, 5

Família Dactyloidae

Norops chrysolepis papa-vento 3

Norops meridionalis papa-vento 2

Norops brasiliensis papa-vento 2

Polychrus acutirostris calango-preguiça 2

Família Phyllodactylidae

Gymnodactylus geckoides briba-de-folhiço 1, 3

Família Polychrotidae

Phyllopezus pollicaris briba-grande 1, 2, 3

Família Sphaerodactylidae

Coleodactylus brachystoma lagartixa 2

Família Gekkonidae

Hemidactylus brasilianus lagartixa-de-parede 2

Hemidactylus mabouia lagartixa 1, 2, 3, 5

Lygodactylus klugei largatixinha 1

Família Mabuyidae

Notomabuya frenata calango-liso 1, 3

Varzea bistriata calango-liso 3

Copeoglossum nigropunctatum calango-liso 2, 3

Família Gymnophthalmidae

Cercosaura schreibersii lagartinho 3

Colobosaura modesta lagartinho 2, 3

Micrablepharus maximiliani lagartinho-do-rabo-azul 2, 3

Vanzosaura rubricauda lagartinho-do-rabo-vermelho 1

Família Teiidae

Ameiva ameiva bico-doce 1, 2, 3, 5

Ameivulla ocellifer labigó 1, 3

Kentropyx calcarata labigó 2, 3

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Nome Científico Nome Comum Dados secundários

Salvator merianae teju 1, 2

Tupinambis teguixin teju 5

Tupinambis quadrilineatus teju 2

Família Amphisbaenidae

Amphisbaena alba cobra-de-duas-cabeças 2, 3

Amphisbaena polystega cobra-de-duas-cabeças 2

Amphisbaena miringoera cobra-de-duas-cabeças 2

Amphisbaena vermicularis cobra-de-duas-cabeças 1, 2

Família Typhlopidae

Amerotyphlops brongersmianus cobra 2

Família Leptotyphlopidae

Tricheilostoma brasiliensis cobra-cega 2

Família Boidae

Boa constrictor jibóia 1, 2, 5

Corallus hortulanus cobra-verdadeira 2

Epicrates assisi salamanta 2

Eunectes murinus sucuri 2, 5

Família Colubridae

Chironius exoletus cobra-cipó 2

Chironius flavolineatus cobra-cipó 2

Chironius carinatus cobra-cipó 5

Drymarchon corais cobra 3

Leptophis ahaetulla cobra-cipó 1, 2

Mastigodryas bifossatus cobra 2

Mastigodryas boddaerti cobra 2, 3

Oxybelis aeneus cobra-bicuda 1

Spilotes pullatus caninana 2, 3

Tantilla melanocephala cobrinha 2

Família Dipsadidae

Apostolepis cearensis coral-falsa 2, 3

Apostolepis polylepis coral-falsa 2

Boiruna sp. cobra 2

Helicops angulatus cobra-d’água 2

Hydrops triangularis cobra-d’água 2

Erythrolamprus poecilogyrus cobra-d’água 1, 2, 5

Erythrolamprus miliaris cobra-d’água 3

Erythrolamprus reginae cobra-d’água 2

Erythrolamprus taeniogaster cobra-d’água 2

Erythrolamprus viridis cobra-d’água 1, 5

Leptodeira annulata cobra-cipó 3

Lygophis paucidens cobra 2

Imantodes cenchoa cobra-cipó 3

Oxyrhopus rhombifer coral-falsa 2

Oxyrhopus trigeminus coral-falsa 1, 2, 3

Philodryas nattereri corre-campo 1, 2, 3

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Nome Científico Nome Comum Dados secundários

Philodryas olfersii cobra-cipó 2

Rodriguesophis iglesiasi cobra 2, 3

Pseudoboa nigra cobra 1, 2, 3

Psomophis joberti cobra 2

Sibynomorphus mikanii jararaquinha 2

Taeniophallus occipitalis cobra 2

Thamnodynastes sp. cobra-corredeira 2

Xenopholis undulatus cobra 3

Xenodon merremii jararaca-do-brejo 2, 3

Xenodon nattereri cobra-nariguda 2, 3

Família Elapidae

Micrurus lemniscatus coral 3

Micrurus ibiboboca coral 1, 2

Família Viperidae

Bothrops lutzi jararaca 2

Bothrops moojeni jararaca 2

Bothrops jararaca jararaca 5

Bothrops erythromelas jararaca 1

Crotalus durissus cascavel 2, 3, 5

ORDEM CROCODYLIA

Família Alligatoridae

Caiman crocodilus jacaré-tinga 2, 3

Paleosuchus palpebrosus jacaré-coroa 5, 1

ORDEM TESTUDINES

Família Chelidae

Phrynops geoffroanus cágado-de-barbicha 1

Família Testudinidae

Chelonoidis carbonaria jaboti-piranga 5

Dentre os anfíbios, as famílias mais representativas foram: Hylidae (n=17), Leptodatylidae (n=15)

e Bufonidade (n=8). As demais famílias apresentaram três ou menos espécies. Já Dipsadidade

(n=26) foi a mais representativa dentre os répteis, seguida por Colubridae (n=10). Para ambos os

casos, as famílias mais representativas do estudo, Hylidae (anfíbios) e Dipsadidae (répteis), são

as que possuem maior diversidade dentre suas Classes, Amphibia e Reptilia, respectivamente

(FROST, 2016), o que explica a alta riqueza associada.

O levantamento de dados secundários reflete uma herpetofauna diversa, desde espécies

oportunistas (Tropidurus spp., Rhinela marina, Rhinella jimi), generalistas (Tupinambis

teguixim, Salvator merianae, Ameiva ameiva) e de ampla distribuição (Dendropsophus minutus,

Dendropsophus nanus, Scinax fuscovarius, Leptodactylus latrans, Boa constrictor, Helicops

angulatus, Spilotes pullatus, Iguana iguana e Caiman crocodilus) e bioindicadoras da qualidade

ambiental (Dermatonotus muelleri, Phyllomedusa azurea, Gymnodactylus geckoides). Essa

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diversidade pode ser reflexo da área de inserção do empreendimento, que compreende desde

plantações de babaçu, pastagem e agropecuária a ambientes naturais representados por

majoritariamente por um ecótono entre os biomas Cerrado e Caatinga.

Foto: Camila Nunes

Epicrates cenchria (salamanta).

Foto: Claiton Machado

Rhaebo guttatus (sapo-dourado).

Foto: Rafaela Antonini

Iguana iguana (iguana).

Foto: Claiton Machado

Spilotes pullatus (caninana).

Foto: Claiton Machado

Tantilla melanocephala (cobrinha)

Figura 5.2.1-1 – Imagens ilustrativas de espécies da herpetofauna de potencial ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165.

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5.2.1.3.3 - Avifauna

Para o levantamento da avifauna, foram encontradas nove fontes bibliográficas, sendo sete

artigos científicos, um relatório técnico e o banco de dados Wikiaves (2016). Estes documentos

abrangem a avifauna registrada na porção centro-oeste do estado do Piauí, abrangendo áreas do

Bioma Cerrado, Caatinga e áreas de transição entre estes dois Biomas. A descrição de cada

estudo encontra-se a seguir:

1. Santos (2001): os autores realizaram campanhas de amostragem, entre os anos de 1995 e

2000, nas regiões da Área de Proteção Ambiental Serra da Tabatinga e Chapada das

Mangabeiras, locais de predominância do bioma Cerrado. Para o estudo, foram utilizadas

redes de neblina e busca ativa, sendo registradas 252 espécies de aves.

2. Olmos & Brito (2007): os autores realizaram levantamentos de aves na região da área de

influência da usina hidrelétrica (UHE) Boa Esperança, abrangendo áreas de cerrado, veredas,

matas de babaçu e florestas semidecíduas, localizada na fronteira do Piauí com o Maranhão.

Foram registradas 209 espécies no período de fevereiro/março e junho de 2005 em

aproximadamente 50 horas de censo.

3. IENE/Ecology (2010): o documento apresenta o diagnóstico consolidado das duas campanhas

do Programa de Monitoramento de Fauna da área de influência da LT 500 kV Colinas-São João

do Piauí. As campanhas, realizadas em fevereiro/março (estação chuvosa) e julho/agosto

(estação seca) de 2010, em quatro municípios nos estados de Tocantins e Piauí. Para

utilização como fonte de dados secundários, foram considerados apenas os registros obtidos

no estado do Piauí (municípios de Ribeiro Gonçalves e Eliseu Martins). Com isso, a riqueza

obtida foi de 233 espécies.

4. Santos (2004): o autor fez o levantamento de aves em seis áreas de Caatinga nos municípios

de Curimatá, Morro Cabeça no Tempo e Parnaguá. A amostragem das espécies ocorreu entre

os meses de fevereiro e abril de 2000 por meio do método de pontos fixos. Com isso, a riqueza

obtida foi de 118 espécies.

5. Santos (2008): este estudo realizou o levantamento da avifauna em 33 áreas da região

centro-sul do estado do Piauí, porção do estado onde predomina áreas de transição entre o

cerrado e a Caatinga. Foram encontradas 280 espécies entre os meses de abril e setembro de

2010 por meio da metodologia de pontos fixos.

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6. Guzzi et al. (2011): os autores apresentam uma lista da riqueza de avifauna de quatro

municípios do Piauí (Eliseu Martins, Rio Grande do Piauí, Paes Landim e Itaueira) em áreas de

transição entre Cerrado e Caatinga. Utilizando pontos fixos, foram registradas 87 espécies em

dezembro de 2008.

7. Silveira & Santos (2012): os autores realizaram o levantamento de aves no Parque Nacional

da Serra das Confusões durante o período de setembro/outubro de 2000 e janeiro de 2002.

O Parque está localizado em uma região de Caatinga e, para este estudo, foram utilizadas as

metodologias de censo e redes de neblina, possibilitando o registro de 225 espécies.

8. Santos et al. (2012): estudo realizado na região da Serra Vermelha (PI), área de transição

entre o Cerrado e a Caatinga, no mês de setembro de 2008. Para o levantamento da avifauna

foram utilizadas as metodologias de censo e redes de neblina, com uma riqueza registrada de

177 espécies.

9. Wikiaves (2016): trata-se de um site (www.wikiaves.com.br) que organiza e disponibiliza

registros de espécimes de aves de todo o Brasil a partir de registros sonoros e/ou fotográficos

enviados, principalmente, por ornitólogos e observadores de aves. Com base neste banco de

dados, foi realizada uma pesquisa considerando as espécies registradas a um raio de 50 km de

cada município de inserção dos blocos PN-T-151 (Marcos Parente, Jurumenha, Sebastião Leal,

Landri Sales e Canavieira), PN-T-137 (Floriano, Amarante, Arraial, Regeneração, Francisco

Ayres, Cajazeiras do Piauí, Nazaré do Piauí, Oeiras e São Francisco do Piauí) e PN-T-165

(Ribeiro Gonçalves e Baixa Grande do Piauí). Como resultado, foi elaborada uma lista com 231

espécies de aves possíveis de ocorrer ao redor da área do empreendimento.

O levantamento de todos os estudos totalizou 406 espécies de aves, pertencentes a 68 famílias,

distribuídas em 26 ordens (Quadro 5.2.1-3 e Figura 5.2.1-2).

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Quadro 5.2.1-3 - Lista de espécies da avifauna de potencial ocorrência para a região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165.

Fontes Bibliográficas: 1 – Santos (2001); 2- Olmos & Brito (2007); 3- IENE/Ecology (2010); 4 – Santos (2004); 5- Santos (2008); 6 – Guzzi et al. (2011); 7 – Silveira & Santos (2012); 8 – Santos et al. (2012) e 9 - Wikiaves (2016).

Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

ORDEM RHEIFORMES

Família Rheidae

Rhea americana ema 1, 5, 9

ORDEM TINAMIFORMES

Família Tinamidae

Tinamus tao azulona 3

Crypturellus undulatus jaó 1, 3, 5, 6, 9

Crypturellus strigulosus inhambu-relógio 3

Crypturellus parvirostris inhambu-chororó 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Crypturellus tataupa inhambu-chintã 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8

Crypturellus noctivagus jaó-do-sul 4, 5, 7, 8

Rhynchotus rufescens perdiz 1, 2, 3, 5

Nothura boraquira codorna-do-nordeste 1, 2, 4, 5, 7, 8

Nothura maculosa codorna-amarela 6

ORDEM ANSERIFORMES

Família Anhimidae

Anhima cornuta anhuma 1, 2, 3, 9

Família Anatidae

Dendrocygna viduata irerê 1, 2, 3, 7

Dendrocygna autumnalis asa-branca 1, 3

Cairina moschata pato-do-mato 3, 7

Sarkidiornis sylvicola pato-de-crista 1

Amazonetta brasiliensis pé-vermelho 1, 2, 3, 7

Netta erythrophthalma paturi-preta 1

Nomonyx dominicus marreca-de-bico-roxo 1

ORDEM GALLIFORMES

Família Cracidae

Penelope jacucaca jacucaca 1, 4, 5, 6, 7, 8

Penelope superciliaris jacupemba 1, 3, 4, 7, 8

Ortalis superciliaris aracuã-de-sobrancelhas 1, 8, 9

ORDEM PODICIPEDIFORMES

Família Podicipedidae

Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno 1

Podilymbus podiceps mergulhão-caçador 1

ORDEM CICONIIFORMES

Família Ciconiidae

Mycteria americana cabeça-seca 3

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

ORDEM SULIFORMES

Família Phalacrocoracidae

Nannopterum brasilianus biguá 1, 2, 3, 7

Família Anhingidae

Anhinga anhinga biguatinga 2, 3

ORDEM PELECANIFORMES

Família Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi 1, 2, 3, 9

Cochlearius cochlearius arapapá 1

Ixobrychus exilis socói-vermelho 1

Nycticorax nycticorax savacu 1, 2

Butorides striata socozinho 1, 2, 3, 7, 9

Bubulcus ibis garça-vaqueira 1, 2, 3, 7, 8, 9

Ardea cocoi garça-moura 2, 3, 7

Ardea alba garça-branca-grande 1, 2, 3, 6, 7, 9

Egretta thula garça-branca-pequena 1, 2, 3, 6, 7

Família Threskiornithidae

Phimosus infuscatus tapicuru 1

Theristicus caudatus curicaca 1, 2, 3, 5, 6, 9

ORDEM CATHARTIFORMES

Família Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9

Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9

Sarcoramphus papa urubu-rei 1, 3, 5, 7, 8, 9

ORDEM ACCIPITRIFORMES

Família Pandionidae

Pandion haliaetus águia-pescadora 2

Família Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza 2, 3, 5, 8

Elanoides forficatus gavião-tesoura 1, 2, 5, 8, 9

Gampsonyx swainsonii gaviãozinho 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Elanus leucurus gavião-peneira 1, 5

Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande 5, 7, 9

Accipiter superciliosus gavião-miudinho 5

Ictinia plumbea sovi 3, 8, 9

Busarellus nigricollis gavião-belo 5, 9

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro 1, 2, 5, 9

Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo 1, 5, 7, 8, 9

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo 1, 3, 5, 7, 8, 9

Urubitinga urubitinga gavião-preto 5, 6

Urubitinga coronata águia-cinzenta 2

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Rupornis magnirostris gavião-carijó 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco 1, 5, 7, 8, 9

Geranoaetus melanoleucus águia-serrana 1, 5, 7

Buteo nitidus gavião-pedrês 2, 4, 7

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta 2, 7, 9

Buteo albonotatus gavião-de-rabo-barrado 2, 3, 7, 9

Spizaetus melanoleucus gavião-pato 2

ORDEM GRUIFORMES

Família Aramidae

Aramus guarauna carão 1, 2, 3, 9

Família Rallidae

Aramides ypecaha saracuruçu 3, 4, 5, 9

Aramides cajaneus saracura-três-potes 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9

Laterallus melanophaius sanã-parda 1, 2, 3, 4, 5

Gallinula galeata frango-d'água-comum 1, 2, 7

Porphyrio martinicus frango-d'água-azul 1, 2, 7, 9

Porphyrio flavirostris frango-d'água-pequeno 2

ORDEM CHARADRIIFORMES

Família Charadriidae

Vanellus cayanus batuíra-de-esporão 1, 2, 7

Vanellus chilensis quero-quero 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9

Charadrius collaris batuíra-de-coleira 7

Família Recurvirostridae

Himantopus melanurus pernilongo-de-costas-brancas 7

Família Scolopacidae

Gallinago paraguaiae narceja 1, 5

Actitis macularius maçarico-pintado 1, 7

Tringa solitaria maçarico-solitário 7, 9

Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco 7

Família Jacanidae

Jacana jacana jaçanã 1, 2, 3, 7

ORDEM COLUMBIFORMES

Família Columbidae

Columbina passerina rolinha-cinzenta 7, 8

Columbina minuta rolinha-de-asa-canela 1, 3, 4, 5, 7, 9

Columbina talpacoti rolinha-roxa 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Columbina squammata fogo-apagou 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Columbina picui rolinha-picui 1, 2, 5, 7, 8, 9

Claravis pretiosa pararu-azul 1, 3, 4, 5, 7, 8

Uropelia campestris rolinha-vaqueira 5

Columba livia pombo-doméstico 1, 9

Patagioenas picazuro pombão 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Patagioenas cayennensis pomba-galega 3, 9

Zenaida auriculata pomba-de-bando 1, 3, 5, 7, 8, 9

Leptotila verreauxi juriti-pupu 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira 3, 5, 8

ORDEM CUCULIFORMES

Família Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado 3, 5, 7, 9

Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler 7

Crotophaga major anu-coroca 1, 3, 4, 5, 6, 9

Crotophaga ani anu-preto 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Guira guira anu-branco 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Tapera naevia saci 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8

Dromococcyx phasianellus peixe-frito-verdadeiro 1, 2, 5, 7, 8

ORDEM STRIGIFORMES

Família Tytonidae

Tyto furcata coruja-da-igreja 1, 2, 3, 7, 8

Família Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato 1, 2, 3, 5, 7, 8

Pulsatrix perspicillata murucututu 2, 7

Bubo virginianus jacurutu 2, 7

Strix huhula coruja-preta 1, 3, 5

Glaucidium brasilianum caburé 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Athene cunicularia coruja-buraqueira 1, 2, 5, 6, 7, 8, 9

Aegolius harrisii caburé-acanelado 3

Asio clamator coruja-orelhuda 8

ORDEM NYCTIBIIFORMES

Família Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua 2, 5, 7, 8, 9

ORDEM CAPRIMULGIFORMES

Família Caprimulgidae

Antrostomus rufus joão-corta-pau 7

Podager nacunda corucão 4, 5

Nyctidromus albicollis bacurau 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9

Nyctidromus hirundinaceus bacurauzinho-da-caatinga 4, 5, 7, 8, 9

Hydropsalis parvula bacurau-chintã 3, 5

Hydropsalis longirostris bacurau-da-telha 3

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Nannochordeiles pusillus bacurauzinho 2, 3, 7, 9

Chordeiles acutipennis bacurau-de-asa-fina 7, 8

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

ORDEM APODIFORMES

Família Apodidae

Cypseloides senex taperuçu-vermelho 8

Streptoprocne biscutata taperuçu-de-coleira-falha 5, 7

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca 1

Chaetura spinicaudus andorinhão-de-sobre-branco 2

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal 2, 3, 5, 7, 8, 9

Tachornis squamata andorinhão-do-buriti 1, 2, 3, 5, 7, 8

Família Trochilidae

Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto 9

Anopetia gounellei rabo-branco-de-cauda-larga 3, 4, 5, 7, 8

Phaethornis maranhaoensis rabo-branco-do-maranhão 2

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro 3

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Campylopterus largipennis asa-de-sabre-cinza 1, 4

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza 5

Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta 1, 3, 5

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta 3, 7, 8

Chrysolampis mosquitus beija-flor-vermelho 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Chlorestes notata beija-flor-de-garganta-azul 9

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8

Thalurania furcata beija-flor-tesoura-verde 2, 3, 5, 6, 8, 9

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca 3, 5, 7, 8

Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde 1, 2, 3, 5, 7, 8

Heliothryx auritus beija-flor-de-bochecha-azul 3, 5

Heliactin bilophus chifre-de-ouro 1, 3, 9

Heliomaster squamosus bico-reto-de-banda-branca 9

Calliphlox amethystina estrelinha-ametista 3, 5, 9

ORDEM TROGONIFORMES

Família Trogonidae

Trogon viridis sucuá-de-barriga-amarela 5

Trogon curucui surucuá-de-barriga-vermelha 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

ORDEM CORACIIFORMES

Família Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande 1, 2

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde 1, 2, 7

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno 1

Família Momotidae

Momotus momota udu-de-coroa-azul 5

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

ORDEM GALBULIFORMES

Família Galbulidae

Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Família Bucconidae

Nystalus chacuru joão-bobo 1, 2, 3, 5, 6, 9

Nystalus maculatus rapazinho-dos-velhos 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Nonnula rubecula macuru 1, 3, 5, 9

Monasa nigrifrons chora-chuva-preto 2, 3, 9

Chelidoptera tenebrosa urubuzinho 5, 9

ORDEM PICIFORMES

Família Ramphastidae

Ramphastos toco tucanuçu 1, 2, 5, 8, 9

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto 3, 5

Pteroglossus inscriptus araçari-miudinho-de-bico-riscado 2, 9

Pteroglossus aracari araçari-de-bico-branco 9

Família Picidae

Picumnus pygmaeus pica-pau-anão-pintado 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9

Picumnus albosquamatus pica-pau-anão-escamado 3

Melanerpes candidus pica-pau-branco 1, 2, 4, 5, 6, 8, 9

Veniliornis affinis picapauzinho-avermelhado 2

Veniliornis passerinus picapauzinho-anão 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Veniliornis mixtus pica-pau-chorão 9

Piculus chrysochloros pica-pau-dourado-escuro 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado 1, 2, 4, 5, 7, 9

Colaptes campestris pica-pau-do-campo 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9

Celeus ochraceus pica-pau-ocráceo 9

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela 1, 2, 3, 5, 7, 8

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Campephilus rubricollis pica-pau-de-barriga-vermelha 9

Campephilus melanoleucos pica-pau-de-topete-vermelho 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

ORDEM CARIAMIFORMES

Família Cariamidae

Cariama cristata seriema 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

ORDEM FALCONIFORMES

Família Falconidae

Ibycter americanus gralhão 5

Caracara plancus caracará 1, 3, 5, 6, 7, 8, 9

Milvago chimachima carrapateiro 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Herpetotheres cachinnans acauã 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Micrastur gilvicollis falcão-mateiro 5

Micrastur ruficollis falcão-caburé 2, 3, 5, 7, 8, 9

Micrastur semitorquatus falcão-relógio 3, 4, 5, 7, 9

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Falco sparverius quiriquiri 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Falco rufigularis cauré 1, 5, 9

Falco deiroleucus falcão-de-peito-laranja 5

Falco femoralis falcão-de-coleira 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9

ORDEM PSITTACIFORMES

Família Psittacidae

Anodorhynchus hyacinthinus arara-azul-grande 1, 5, 8

Ara ararauna arara-canindé 1, 5

Ara chloropterus arara-vermelha-grande 1, 5, 7, 8, 9

Orthopsittaca manilatus maracanã-do-buriti 5

Primolius maracana maracanã-verdadeira 1, 5, 7, 8

Diopsittaca nobilis maracanã-pequena 1, 2, 3, 5, 9

Thectocercus acuticaudatus aratinga-de-testa-azul 1, 5

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã 2, 5, 6, 9

Aratinga jandaya jandaia-verdadeira 1, 3, 5, 7, 8

Eupsittula aurea periquito-rei 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9

Eupsittula cactorum periquito-da-caatinga 3, 4, 5, 7, 8, 9

Forpus xanthopterygius tuim 1, 3, 4, 5, 7, 8

Brotogeris versicolurus periquito-de-asa-branca 1

Brotogeris chiriri periquito-de-encontro-amarelo 2, 3, 4, 5, 8, 9

Alipiopsitta xanthops papagaio-galego 1, 2, 3, 5

Pionus maximiliani maitaca-verde 1, 2, 3, 5, 8, 9

Amazona amazonica curica 1, 2, 3, 5, 7, 8

Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 1, 2, 3, 5, 7, 9

ORDEM PASSERIFORMES

Família Thamnophilidae

Myrmorchilus strigilatus piu-piu 2, 3, 4, 5, 7, 8

Formicivora grisea papa-formiga-pardo 1, 2, 3, 4, 5

Formicivora melanogaster formigueiro-de-barriga-preta 2, 3, 7, 8, 9

Formicivora rufa papa-formiga-vermelho 1, 2, 3, 5, 9

Herpsilochmus sellowi chorozinho-da-caatinga 3, 4, 5, 7, 8, 9

Herpsilochmus atricapillus chorozinho-de-chapéu-preto 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Herpsilochmus longirostris chorozinho-de-bico-comprido 3, 5

Sakesphorus cristatus choca-do-nordeste 3, 5, 7, 8

Thamnophilus doliatus choca-barrada 1, 2, 3, 4, 6, 9

Thamnophilus capistratus choca-barrada-do-nordeste 3, 5, 7, 8, 9

Thamnophilus torquatus choca-de-asa-vermelha 1, 2, 3, 5, 7, 9

Thamnophilus palliatus choca-listrada 3

Thamnophilus pelzelni choca-do-planalto 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Thamnophilus punctatus choca-bate-rabo 1

Taraba major choró-boi 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Pyriglena leuconota papa-taoca 2

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Família Melanopareiidae

Melanopareia torquata tapaculo-de-colarinho 1, 2, 3, 5, 9

Família Conopophagidae

Conopophaga roberti chupa-dente-de-capuz 2, 3, 6, 7, 8, 9

Família Grallariidae

Hylopezus ochroleucus torom-do-nordeste 3, 4, 5, 7, 8, 9

Família Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha 7, 8

Família Dendrocolaptidae

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Xiphorhynchus guttatus arapaçu-de-garganta-amarela 2, 3

Campylorhamphus trochilirostris arapaçu-beija-flor 1, 3, 5, 7, 8, 9

Dendroplex picus arapaçu-de-bico-branco 1, 2, 3, 4, 5, 8, 9

Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Lepidocolaptes wagleri arapaçu-de-wagler 5

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Xiphocolaptes falcirostris arapaçu-do-nordeste 2, 5, 7, 8, 9

Família Xenopidae

Xenops rutilans bico-virado-carijó 1, 2, 3, 4, 5, 9

Família Furnariidae

Berlepschia rikeri limpa-folha-do-buriti 1, 5, 9

Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama 1, 2, 4, 5, 7, 9

Furnarius leucopus casaca-de-couro-amarelo 1, 3, 5, 7, 9

Furnarius rufus joão-de-barro 6, 9

Megaxenops parnaguae bico-virado-da-caatinga 3, 4, 5, 7, 8, 9

Pseudoseisura cristata casaca-de-couro 4, 5, 6, 7, 8, 9

Phacellodomus rufifrons joão-de-pau 1, 2, 3, 5, 9

Certhiaxis cinnamomeus curutié 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Synallaxis frontalis petrim 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9

Synallaxis albescens uí-pi 1, 5, 7

Synallaxis hellmayri joão-chique-chique 4, 5, 7, 8

Synallaxis scutata estrelinha-preta 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9

Synallaxis spixi joão-teneném 6

Cranioleuca vulpina arredio-do-rio 1, 5, 9

Família Pipridae

Neopelma pallescens fruxu-do-cerradão 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Antilophia galeata soldadinho 1, 3, 5, 9

Família Onychorhynchidae

Myiobius barbatus assanhadinho 1, 3, 4, 5, 7

Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta 2, 9

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Família Tityridae

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda 1, 3, 4, 5, 9

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto 1, 2, 3, 4, 5, 8, 9

Tityra semifasciata anambé-branco-de-máscara-negra 3

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto 1, 5, 9

Pachyramphus viridis caneleiro-verde 1, 5, 7

Xenopsaris albinucha tijerila 1, 5

Família Cotingidae

Procnias averano araponga-do-nordeste 1, 2, 7, 8

Família Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho 4, 5, 7

Família Rhynchocyclidae

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo 1, 2, 4, 5, 7, 8

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta 2, 3, 5, 7

Tolmomyias flaviventris bico-chato-amarelo 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Poecilotriccus fumifrons ferreirinho-de-testa-parda 2

Hemitriccus striaticollis sebinho-rajado-amarelo 2, 3,4, 5, 8, 9

Hemitriccus margaritaceiventer sebinho-de-olho-de-ouro 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Família Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro 1, 4, 5, 7, 9

Stigmatura napensis papa-moscars-do-sertão 7

Stigmatura budytoides alegrinho-balança-rabo 5, 8

Euscarthmus meloryphus barulhento 5, 7

Euscarthmus rufomarginatus maria-corruíra 1, 5, 8

Ornithion inerme poiaeiro-de-sobrancelha 2

Camptostoma obsoletum risadinha 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8

Elaenia spectabilis guaracava-grande 2

Elaenia mesoleuca tuque 6, 7

Elaenia cristata guaracava-de-topete-uniforme 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8

Elaenia chiriquensis chibum 2, 3, 8

Suiriri suiriri suiriri-cinzento 2, 5, 6, 8, 9

Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta 2, 3, 4, 5, 7, 9

Myiopagis viridicata guaracava-de-crista-alaranjada 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Phaeomyias murina bagageiro 1, 5, 7, 8, 9

Phyllomyias fasciatus piolhinho 1, 2, 5, 6, 7

Phyllomyias reiseri piolhinho-do-grotão 5

Serpophaga subcristata alegrinho 5

Attila spadiceus capitão-de-saíra-amarelo 3

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata 3, 7, 8

Myiarchus tuberculifer maria-cavaleira-pequena 2

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Myiarchus swainsoni irré 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Myiarchus ferox maria-cavaleira 1, 2, 3, 5, 6, 8

Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9

Sirystes sibilator gritador 2, 3, 5, 9

Casiornis fuscus caneleiro-enxofre 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Pitangus sulphuratus bem-te-vi 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8

Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo 1, 2, 4, 5, 9

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro 1, 2, 5, 7, 9

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Megarynchus pitangua neinei 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea 1, 2, 3

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Tyrannus melancholicus suiriri 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Tyrannus savana tesourinha 1, 5, 7, 8, 9

Griseotyrannus aurantioatrocristatus peitica-de-chapéu-preto 1, 2, 8, 9

Empidonomus varius peitica 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Colonia colonus viuvinha 1, 5

Myiophobus fasciatus filipe 3, 5, 7

Sublegatus modestus guaracava-modesta 1, 2, 5, 7, 8, 9

Pyrocephalus rubinus príncipe 1, 5

Fluvicola pica lavadeira-do-norte 5, 7

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9

Arundinicola leucocephala freirinha 1, 2, 7, 9

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Lathrotriccus euleri enferrujado 2, 3, 5, 7

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento 1, 2, 3, 5, 9

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno 1, 3, 5

Xolmis cinereus primavera 1, 5, 6

Xolmis velatus noivinha-branca 5

Xolmis irupero noivinha 5, 7, 8

Família Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Hylophilus amaurocephalus vite-vite-de-olho-cinza 1, 5, 7, 8, 9

Vireo chivi juruviara 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Família Corvidae

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo 1, 2, 3, 5

Cyanocorax cyanopogon gralha-cancã 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Família Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa 2, 5, 7

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Progne tapera andorinha-do-campo 7, 9

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande 1, 2, 7, 8, 9

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Tachycineta albiventer andorinha-do-rio 1, 2, 5, 9

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco 7

Família Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Pheugopedius genibarbis garrinchão-pai-avô 1, 2, 3, 9

Cantorchilus leucotis garrinchão-de-barriga-vermelha 1, 2, 3, 4, 5, 9

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande 3, 5, 7, 9

Família Donacobiidae

Donacobius atricapilla japacanim 1, 2, 5, 7, 9

Família Polioptilidae

Polioptila plumbea balança-rabo-de-chapéu-preto 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Polioptila dumicola balança-rabo-de-máscara 3

Família Turdidae

Turdus leucomelas sabiá-barranco 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8

Turdus amaurochalinus sabiá-poca 1, 3, 5, 7, 8

Família Mimidae

Mimus saturninus sabiá-do-campo 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Família Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9

Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo 1, 2, 3, 5, 7, 8

Arremon taciturnus tico-tico-de-bico-preto 1, 2, 3, 5, 8, 9

Família Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9

Geothlypis aequinoctialis mariquita-de-connecticut 7

Basileuterus culicivorus pula-pula 1, 3, 4, 5, 6

Myiothlypis flaveola canário-do-mato 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Família Icteridae

Psarocolius decumanus japu 1, 2, 3, 5, 8, 9

Procacicus solitarius iraúna-de-bico-branco 5

Cacicus cela xexéu 1, 5, 9

Icterus cayanensis inhapim 1, 3, 4, 5, 7, 8

Icterus jamacaii corrupião 1, 3, 4, 5, 6, 7, 9

Icterus pyrrhopterus encontro 9

Gnorimopsar chopi graúna 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Chrysomus ruficapillus garibaldi 1, 2, 5, 7, 9

Agelaioides fringillarius asa-de-telha-pálido 3

Agelaioides badius asa-de-telha 7

Molothrus bonariensis vira-bosta 1, 5, 6, 7, 8, 9

Sturnella militaris polícia-inglesa-do-norte 7

Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul 9

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Família Thraupidae

Coereba flaveola cambacica 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Saltatricula atricollis bico-de-pimenta 2, 3, 5, 6, 9

Saltator maximus tempera-viola 1, 2, 3, 5, 9

Saltator coerulescens sabiá-gongá 1, 3, 5, 9

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro 3, 5

Compsothraupis loricata tiê-caburé 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Nemosia pileata saíra-de-chapéu-preto 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Emberizoides herbicola canário-do-campo 1, 5, 9

Thlypopsis sordida saí-canário 1, 5, 7

Cypsnagra hirundinacea bandoleta 1, 3, 5

Tachyphonus rufus pipira-preta 1, 2, 3, 5, 8

Ramphocelus carbo pipira-vermelha 1, 2, 3, 5, 8, 9

Coryphospingus pileatus tico-tico-rei-cinza 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Eucometis penicillata pipira-da-taoca 1, 3, 9

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Tangara cayana saíra-amarela 2, 3, 5, 7, 8, 9

Neothraupis fasciata cigarra-do-campo 1, 2, 5

Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo 1, 3, 5, 6, 7, 8, 9

Paroaria dominicana cardeal-do-nordeste 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Tersina viridis saí-andorinha 3, 9

Dacnis cayana saí-azul 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9

Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Porphyrospiza caerulescens campainha-azul 1, 2, 5, 9

Sicalis columbiana canário-do-amazonas 1, 5, 9

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro 1, 2, 3, 4, 5

Sicalis citrina canário-rasteiro 5, 9

Sicalis luteola tipio 9

Volatinia jacarina tiziu 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

Sporophila albogularis golinho 4, 5, 7, 8, 9

Sporophila leucoptera chorão 5

Sporophila bouvreuil caboclinho 5, 9

Sporophila plumbea patativa 1, 3, 5, 6, 9

Sporophila lineola bigodinho 1, 3, 5, 7, 9

Sporophila nigricollis baiano 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9

Sporophila caerulescens coleirinho 6

Sporophila angolensis curió 1, 2, 5, 6, 9

Charitospiza eucosma mineirinho 1, 2, 5, 9

Família Cardinalidae

Piranga flava sanhaçu-de-fogo 1, 3, 5, 7, 9

Cyanoloxia brissonii azulão 3, 5, 6, 7

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Família Fringillidae

Euphonia chlorotica fim-fim 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro 3

Spinus magellanicus pintassilgo 1, 5

Família Passeridae

Passer domesticus pardal 1, 2, 7, 9

A família mais representativa registrada para a região foi Tyrannidae (n=52), seguida por

Thraupidae (n=39), Trochilidae e Accipitridae (20), Psittacidae (n=18) e Thamnophilidae (16).

O alto número de espécies registradas da família Tyrannidae pode estar associado ao fato desta

ser a família de aves mais representativa nos neotrópicos (SIGRIST, 2009). As espécies que

compõem essa família são, em sua maioria, de ampla distribuição geográfica, além de ocuparem

hábitats diversos (SIGRIST, 2009).

A segunda família com maior representatividade, Thraupidae, também possui espécies de ampla

distribuição que habitam áreas florestadas e semi-abertas, sendo facilmente avistadas em bordas

florestais (SIGRIST, 2009). Além disso, as espécies dessa família possuem uma ampla variedade

de dietas (frugívora/insetívora, granívora ou nectarívora), permitindo que sejam frequentes em

diferentes ambientes (HILTY & BONAN, 2013).

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Foto: Rafaela Antonini

Guira guira (anu-branco).

Foto: Evair Legal

Eupsittula aurea (periquito-rei).

Foto: Rafaela Antonini

Athene cunicularia (coruja-buraqueira).

Foto: Cid Espíndola

Cathartes aura (urubu-de-cabeça-vermelha) e Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta).

Foto: Evair Legal

Columbina squammata (fogo-apagou).

Foto: Rafaela Antonini

Rupornis magnirostris (gavião-carijó)

Fotos: Acervo Ecology.

Figura 5.2.1-2 – Imagens ilustrativas de espécies da avifauna de potencial ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165.

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5.2.1.3.4 - Mastofauna

A mastofauna da área onde está prevista a perfuração nos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-

151 e PN-T-165 ainda é pouco estudada, o que pode ser observado pelo baixo número de

publicações científicas para a mastofauna desta região. Portanto, devido às poucas publicações

existentes até o momento, foram utilizados, como fonte de dados secundários, estudos oriundos

de levantamentos realizados em locais relativamente próximos aos blocos exploratórios, além de

artigos científicos e resumos para congressos. Tais informações foram utilizadas como base para

a análise da composição das espécies de potencial ocorrência para a área, permitindo uma

melhor avaliação dos impactos provenientes da perfuração de poços sobre a mastofauna

terrestre. Dessa forma, foi levantado um total de seis estudos, conforme apresentado a seguir:

1. IENE/Ecology (2010): este estudo apresenta o diagnóstico consolidado das duas campanhas do

Programa de Monitoramento de Fauna da área de influência da LT 500 kV Colinas-São João do

Piauí. As campanhas foram realizadas em fevereiro/março de 2010 (estação chuvosa), e entre

julho/agosto de 2010 (estação seca), em quatro municípios nos estados de Tocantins e Piauí.

Para utilização como fonte de dados secundários, foram considerados apenas os registros

obtidos no estado do Piauí (municípios de Ribeiro Gonçalves, Eliseu Martins, Bertolínia e Canto

do Buriti). Com isso, considerando apenas essas localidades, a riqueza obtida foi de 34

espécies;

2. Figueiredo et al. (2007): os autores realizaram levantamento de pequenos mamíferos

terrestres no Parque Nacional Serra Das Confusões-Piauí, Brasil. Com 20 dias de coleta por

meio de armadilhas do tipo Sherman, Tomahawk e Pitfall, foi possível registrar sete espécies

desse grupo, consideradas aqui apenas seis, uma vez que Thrichomys apereoides apresenta

sua distribuição apenas para o estado de Minas Gerais;

3. Lustosa et al. (2007): nesse estudo, houve a amostragem de pequenos mamíferos terrestres

em três fitofisionomias na fazenda bonito, município de Castelo do Piauí, resultando num

total de seis espécies identificadas em nível específico;

4. Henrique et al. (2007): nesse estudo, os autores realizaram levantamento de mamíferos de

médio e grande porte na área do riacho dos bois no Parque Nacional Serra Das Confusões,

Piauí, Brasil. As coletas foram realizadas nos meses de fevereiro e outubro de 2006,

totalizando 20 dias de amostragem, o que resultou em uma lista de 17 espécies identificadas

para a região;

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5. Silva & Lima (2015): os autores levantaram a riqueza de mamíferos terrestres do Parque

Nacional da Serra da Capivara (PI), entretanto, devido a maior proximidade à área de estudo,

foram utilizadas apenas as informações provenientes das amostragens no município de

Floriano (PI). Foi feita uma campanha de campo com duração de oito dias, resultando em três

espécies encontradas nessa região;

6. Lima (2009): este estudo é o resultado de uma dissertação de mestrado que ocorreu no

Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba (PI, MA, TO e BA). O objetivo era verificar a

composição, riqueza, abundância relativa e padrão de atividades da mastofauna de médio e

grande porte do Parque. Para tal, foram utilizadas armadilhas fotográficas, entrevistas

estruturadas e outros métodos complementares de amostragem. Foram registradas 37

espécies, sendo 16 por armadilhas fotográficas. Para este estudo, foram consideradas apenas

36 espécies devido às revisões taxonômicas;

Com os dados compilados a partir destes estudos, foi possível listar um total de 52 espécies,

distribuídas em oito Ordens e 18 Famílias (Quadro 5.2.1-4).

Quadro 5.2.1-4 - Lista de espécies da mastofauna terrestre de potencial ocorrência para a região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165.

Fontes Bibliográficas: 1 – IENE/Ecology (2010); 2 – Figueiredo et al. (2007); 3 – Lustosa et al. (2007); 4 - Henrique et al. (2007); 5 - Silva & Lima (2015); 6 – Lima (2009).

Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

ORDEM DIDELPHIMORPHIA

Família Didelphidae

Didelphis albiventris gambá-de-orelhas-brancas 1, 2, 3

Gracilinanus agilis catita 1, 2, 3, 5

Marmosa demerarae catita 1, 2, 3

Marmosa murina catita 1

Thylamys karimii catita 1

Monodelphis domestica catita 1, 2, 3

ORDEM PILOSA

Família Myrmecophagidae

Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim 1, 4, 6

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira 4, 6

ORDEM CINGULATA

Família Dasypodidade

Cabassous unicinctus tatu-do-rabo-mole 6

Dasypus novemcinctus tatu-galinha 1, 6

Dasypus septemcinctus tatuí 1, 6

Euphractus sexcinctus tatu-peba 1, 6

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

Priodontes maximus tatu-canastra 4, 6

Tolypeutes tricinctus tatu-bola 4, 6

ORDEM PRIMATES

Família Cebidae

Sapajus libidinosus macaco-prego 6

Família Callitrichidae

Callithrix jacchus sagui-de-tufos-brancos 1, 4, 6

Família Atelidae

Alouatta caraya bugio 1, 6

ORDEM CARNIVORA

Família Canidae

Cerdocyon thous cachorro-do-mato 1, 4, 6

Chrysocyon brachyurus lobo guará 1, 6

Lycalopex vetulus raposinha 1, 6

Speothos venaticus cachorro-vinagre 6

Familia Felidae

Leopardus tigrinus gato-do-mato-pequeno 1, 6

Leopardus wiedii gato-maracajá 4

Leopardus pardalis jaguatirica 1, 6

Panthera onca onça-pintada 4, 6

Puma concolor onça-parda 4, 6

Puma yagouaroundi gato-mourisco 4, 6

Familia Mephitidae

Conepatus semistriatus jaratataca 1, 6

Família Mustelidae

Eira barbara irara 1, 4, 6

Lontra longicaudis lontra 6

Família Procyonidae

Procyon cancrivorus mão-pelada 4, 6

Nasua nasua quati 1, 4, 6

ORDEM ARTIODACTYLA

Família Cervidae

Mazama gouazoubira veado-catingueiro 1, 6

Mazama americana veado-mateiro 1

Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro 6

Blastocerus dichotomus cervo-do-pantanal 6

Família Tayassuidae

Tayassu pecari queixada 1, 6

Pecari tajacu cateto 1, 4, 6

ORDEM PERISSODACTYLA

Família Tapiridae

Tapirus terrestris anta 6

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Classificação Taxonômica Nome comum Fontes Bibliográficas

ORDEM RODENTIA

Família Cricetidae

Calomys expulsus rato-do-mato 1

Oecomys bicolor rato-do-mato 1

Hylaeamys megacephalus rato-do-mato 1

Necromys lasiurus rato-do-mato 1, 3

Wiedomys pyrrhorhinos rato-de-palmatória 1, 2, 3, 5

Família Caviidae

Galea spixii preá 1, 2

Cavia aperea preá 1

Kerodon rupestris mocó 4, 6

Hydrochoerus hydrochaeris capivara 6

Família Dasyproctidae

Dasyprocta prymnolopha cutia 1, 6

Família Cuniculidae

Cuniculus paca paca 1, 4, 6

Família Echimyidae

Thrichomys laurentius punaré 1, 5

Família Erethizontidae

Coendou prehensilis Ouriço-caixeiro 4, 6

Dentre os pequenos mamíferos não voadores, a família Didelphidae foi a mais rica, com seis

espécies identificadas, seguida por Cridetidade, com cinco. Este resultado não reflete a riqueza

esperada para os pequenos mamíferos não voadores, nos quais a família Cricetidae, da ordem

Rodentia, é a mais especiosa, com 45 espécies previstas para o Cerrado e 18 para a Caatinga,

enquanto para a família Didelphide, são esperadas 25 para o Cerrado e oito para a Caatinga

(PAGLIA et al., 2012). Entretanto, essa variação pode ser apenas reflexo dos estudos disponíveis

como fonte de dados secundários e não devido a características da biota.

Para os mamíferos de médio e grande porte, as famílias Dasypodidae e Felide foram as mais

representativas, ambas com seis espécies. Para este grupo, esse resultado era esperado, uma vez

que, para a região de Cerrado e Caatinga, essas são as famílias com mais espécies dentre os

mamíferos de médio e grande porte (PAGLIA et al., 2012). A maioria das espécies dessas famílias

possui ampla distribuição e é capaz de habitar diferentes tipos de ambientes, desde áreas

florestadas às de vegetação mais aberta, como as da região de inserção dos blocos exploratórios.

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Foto: Priscilla Cobra

Wiedomys pyrrhorhinos (rato-da-palmatória).

Foto: Priscilla Cobra

Thrichomys laurentius (punaré).

Foto: Renan Caires

Didelphis albiventris (gambá-de-orelhas-brancas).

Foto: Priscilla Cobra

Monodelphis domestica (catita).

Foto: Priscilla Cobra

Tolypeutes tricinctus (tatu-bola).

Foto: Claiton Machado

Euphractus sexcinctus (tatu-peba).

Foto: Camera Tigrinus - Priscilla Cobra

Leopardus tigrinus (gato-do-mato-pequeno)

Foto: Daniela Behs

Kerodon rupestris (mocó).

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Foto: Rafaela Antonini

Cerdocyon thous (cachorro-do-mato).

Foto: Grecieli Nogueira

Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim).

Foto: Grecieli Nogueira

Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira).

Foto: Sonia Carvalho

Mazama gouazoubira (veado-catingueiro)

Acervo ecology

Figura 5.2.1-3 – Imagens ilustrativas de espécies da mastofauna de potencial ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165.

5.2.1.3.5 - Espécies Ameaçadas, Quase Ameaçadas e com Informações

Insuficientes

Para a avaliação das espécies ameaçadas de extinção, foram consultadas as listas internacionais

e nacionais oficiais (IUCN, 2015; MMA, 2014). Dentre as espécies de vertebrados terrestres e

aquáticos levantadas neste estudo, 24 constam como ameaçadas em algum grau nas listas

nacional (MMA, 2014) e internacional (IUCN, 2015) de espécies ameaçadas de extinção. As

espécies classificadas como “Dados insuficientes” (DD) e “Quase Ameaçadas” (NT), por não

estarem efetivamente ameaçadas não foram contabilizadas, porém, como estão mencionadas nas

listas consultadas, tais espécies são apresentadas no Quadro 5.2.1-5.

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Para a ictiofauna não foram registradas espécies ameaçadas nas listas nacional e internacional,

porém diversas delas não foram avaliadas pela IUCN. Duas espécies estão classificadas como

Deficiente em dados pela IUCN: o pirarucu Arapaima gigas, que é uma espécie introduzida na

região, e a raia-do-Parnaíba Potamotrygon signata. Para estas duas espécies a IUCN (2015) indica

que seja feita revisão sobre seu status de conservação.

Da mesma forma, para a herpetofauna, também não foram registradas espécies ameaçadas

nacional (MMA, 2014) ou internacionalmente (IUCN, 2015). Embora não ameaçadas, ressalta-se

que duas espécies (a perereca-verde, Phyllomedusa azurea e a cobra, Apostolepis polylepis)

encontram-se listadas como “Dados insuficientes” (DD) e uma (o calango, Stenocercus

fimbriatus) como “Quase ameaçada” (NT). (Quadro 5.2.1-5).

Para o grupo da avifauna, oito espécies estão ameaçadas de extinção, seis delas incluídas na lista

internacional (IUCN, 2015), sendo cinco classificadas como “Vulnerável” (VU) (a azulona,

Tinamus tao, a jacucaca, Penelope jacucaca, o tucano-do-bico-preto, Ramphastos vitellinus; a

arara-azul-grande, Anodorhynchus hyacinthinus e o arapaçu-do-nordeste, Xiphocolaptes

falcirostris) e uma “Em Perigo” (EN) (a águia-cinzenta, Urubitinga coronata). De acordo com a

lista nacional (MMA, 2014), seis espécies estão ameaçadas de extinção, sendo a espécie

Urubitinga coronata e Lepidocolaptes wagleri (arapaçu-de-wagler) classificadas como “Em

Perigo” (EN), enquanto outras quatro estão classificadas na categoria “Vulnerável” (VU) (Quadro

5.2.1-5).

Dentre as aves classificadas como “Em Perigo”, destaca-se Urubitinga coronata (águia-cinzenta)

por ser um gavião de grande porte associado a áreas abertas, porém bem conservadas. A águia-

cinzenta é muito rara em toda a sua distribuição, sendo dificilmente encontrada, mesmo em seus

habitats preferenciais. A principal ameaça a esta espécie é a perda de habitat (BAUMGARTEN,

2008).

Penelope jacucaca (jacucaca) é uma ave frugívora de grande porte, endêmica da Caatinga,

considerada “Vulnerável” (VU) em nível Nacional (MMA, 2014) e global (IUCN, 2015), além de

compor a lista de espécies do Plano de Ação Nacional Para Conservação de Aves da Caatinga

(MMA, 2011). É considerada uma espécie altamente sensível às perturbações antrópicas (STOTZ

et al., 1996; SILVA et al., 2003), com densidade populacional estimada em menos de 10.000

indivíduos que se encontra atualmente em declínio (DEL HOYO & KIRWAN, 2015).

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Com relação à mastofauna terrestre, 15 espécies encontram-se ameaçadas de acordo com a lista

nacional (MMA, 2014) como 14 “Vulneráveis” (VU) e uma “Em perigo” (EN) de extinção,

enquanto, para a lista internacional (IUCN, 2016), cinco constam como “Vulnerável” (VU)

(Quadro 5.2.1-5). Algumas dessas espécies merecem destaque por estar inseridas em ambas as

listas consultadas, indicando que há maior preocupação, tanto regional quanto global, com

relação aos seus status de conservação, são elas: Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira),

Priodontes maximus (tatu-canastra), Tolypeutes tricinctus (tatu-bola), Leopardus tigrinus (gato-

do-mato-pequeno) e Tayassu pecari (queixada).

De maneira geral, a despeito do Tolypeutes tricinctus (tatu-bola), que apresenta distribuição

mais restrita dentre estas espécies, as demais, apesar de possuírem ampla distribuição (REIS et

al., 2011; PAGLIA et al., 2012), apresentam grande área de vida se tornando assim,

vulneráveis aos processos de fragmentação e perda de habitat provenientes de atividades

antrópicas (IUCN, 2015). Essas são as principais pressões antrópicas que, de maneira geral,

colocam essas espécies em risco de extinção e classificadas em ambas as listas oficiais

consultadas.

Quadro 5.2.1-5 - Espécies de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos terrestres) de potencial ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165 identificadas nas

listas nacional e internacional de espécies ameaçadas.

Legenda: DD – Dados insuficientes; NT – Quase Ameaçada; VU – Vulnerável; EN – Em Perigo. MMA (2014) e IUCN (2015).

Classificação Taxonômica Nome comum MMA IUCN

CLASSE PISCES

Potamotrygon signata raia-do-Parnaíba DD

Arapaima gigas pirarucu DD

CLASSE AMPHIBIA

Phyllomedusa azurea perereca-verde DD

CLASSE REPTILIA

Stenocercus fimbriatus calango NT

Apostolepis polylepis serpente DD

CLASSE AVES

Rhea americana ema NT

Tinamus tao azulona VU VU

Crypturellus noctivagus jaó-do-sul VU NT

Penelope jacucaca jacucaca VU VU

Urubitinga coronata águia-cinzenta EN EN

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto VU

Falco deiroleucus falcão-de-peito-laranja NT

Anodorhynchus hyacinthinus arara-azul-grande VU

Primolius maracana maracanã-verdadeira NT

Alipiopsitta xanthops papagaio-galego NT

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Classificação Taxonômica Nome comum MMA IUCN

Hylopezus ochroleucus torom-do-nordeste NT

Lepidocolaptes wagleri arapaçu-de-wagler EN

Xiphocolaptes falcirostris arapaçu-do-nordeste VU VU

Synallaxis hellmayri joão-chique-chique NT

Euscarthmus rufomarginatus maria-corruíra NT

Neothraupis fasciata cigarra-do-campo NT

Porphyrospiza caerulescens campainha-azul NT

Charitospiza eucosma mineirinho NT

CLASSE MAMMALIA

Thylamys karimii catita VU

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira VU VU

Priodontes maximus tatu-canastra VU VU

Tolypeutes tricinctus tatu-bola VU VU

Chrysocyon brachyurus lobo guará VU NT

Lycalopex vetulus raposinha VU

Speothos venaticus cachorro-vinagre VU NT

Leopardus tigrinus gato-do-mato-pequeno EM NT

Leopardus wiedii gato-maracajá VU NT

Panthera onca onça-pintada VU NT

Lontra longicaudis lontra NT

Puma concolor onça-parda VU

Puma yagouaroundi gato-mourisco VU

Tapirus terrestris anta VU VU

Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro NT

Blastocerus dichotomus cervo-do-pantanal VU VU

Tayassu pecari queixada VU VU

Kerodon rupestris mocó VU

5.2.1.3.6 - Espécies Raras e Endêmicas

Para a região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165, estão listadas 75 espécies

de vertebrados endêmicos. Da ictiofauna, 24 espécies são possivelmente endêmicas da bacia do

rio Parnaíba (RAMOS et al., 2014) (Quadro 5.2.1-6).

A herpetofauna apresentou 23 espécies, sendo 10 de anfíbios (FROST, 2016) e 13 de répteis

(UETZ, 2016) endêmicos de algum dos biomas brasileiros (Quadro 5.2.1-6). Para os anfíbios, o

maior número de endemismos está associado ao bioma Amazônico, com seis espécies, seguido

pelo Cerrado, com quatro. Dentre os répteis, o Cerrado possui o maior número de espécies

endêmicas registradas, com sete, seguido pelo bioma Amazônico, com cinco, e uma para a

Caatinga. A inferência desses dados merece cautela, uma vez que não há bibliografia base para

referenciar o grau de endemismo da herpetofauna. Em adição, notas pontuais sobre novas

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distribuições geográficas das espécies não são atualizadas com frequência nas fontes de dados

onde essas informações foram refinadas.

Das espécies da herpetofauna listadas, é possível destacar algumas, a exemplo da serpente

Apostolepis cearensis, endêmica da Caatinga, no qual pouco se sabe sobre sua ecologia e

biologia, e Physalemus centralis (rãnzinha), considerada endêmica do Cerrado, mas pode ser

encontrada em outros biomas (VASCONCELOS et al., 2014).

Também estão registradas, de acordo com os dados secundários levantados, 25 espécies de aves

endêmicas (uma da Amazônia, 12 do Cerrado e 12 da Caatinga) (PACHECO, 2000; DE LUCA et al.,

2009). Por exemplo, Anopetia gounellei (rabo-branco-de-cauda-larga), única espécie do gênero

Anopetia, é endêmica da Caatinga, habitando áreas mais úmidas e florestais deste bioma

(SCHUCHMANN, 1999; PACHECO, 2004). Por sua vez, Cyanocorax cristatellus (gralha-do-campo),

é um endemismo de Cerrado que, em virtude do desmatamento de áreas florestadas, vem

ampliando a sua distribuição para áreas desmatadas pertencentes ao domínio de outros biomas

(MACIEL et al., 2009). Já Synallaxis hellmayri (joão-chique-chique), é encontrada em boa parte

do nordeste e norte de Minas Gerais, é endêmica da Caatinga e associada a vegetação arbustiva

densa deste Bioma (WHITNEY & PACHECO, 1994; REMSEN, 2003).

Algumas espécies são consideradas raras nos habitats onde ocorrem, como Conopophaga roberti

(chupa-dente-de-capuz), que está associada a habitats florestais do leste do Pará ao Piauí e

Ceará (PRATT, 2003) e é pouco conhecida do ponto de vista da história natural, hábitos

reprodutivos e migratórios (DE LUCA et al., 2009). Anhima cornuta (anhuma) possui ampla

distribuição no Brasil, sendo, porém rara no Nordeste e pouco comum na bacia do Rio Parnaíba

(SANTOS et al., 2010), onde costuma utilizar brejos e pequenos corpos d'água. Sua presença

geralmente está associada a lugares que possuem uma rica avifauna aquática (SICK, 1997). Por

fim, Spizaetus melanoleucus (gavião-pato) ocorre do México à Argentina e, de forma disjunta,

em todo o Brasil, habitando matas e campos adjacentes próximos a rios (SICK, 1997), porém raro

na maior parte de sua área de ocorrência (OLMOS et al., 2006).

Para a mastofauna, duas espécies de mamíferos são endêmicas da Caatinga e uma da Mata

Atlântica, de acordo com PAGLIA et al. (2012) (Quadro 5.2.1-6). Os roedores Wiedomys

pyrrhorhinos (rato-da-fava) e Kerodon rupestris (mocó), apesar de serem considerados por Paglia

et al. (2012) como endêmicos do bioma Caatinga, também apresentam distribuição restrita no

bioma Cerrado nas áreas de ecótono entre esses dois domínios morfoclimáticos (BONVICINO &

DANDREA, 2008). Entretanto, é interessante destacar que o Kerodon rupestris ocorre apenas

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onde há formações rupestres e, por esse motivo, é uma espécie bastante sensível do ponto de

vista da conservação.

O primata Callitrix jacchus, apesar de endêmico da Mata Atlântica nordestina, atualmente é

encotrado em outros biomas como Caatinga e Cerrado. Por se uma espécie de habito generalista

se adaptou bem nos ambientes que ocupa fora do seu bioma de origem e pode ser considerada

uma espécie exótica invasora fora da sua área original de distribuição, por exercer pressão sobre

outras espécies devido ao grande pontencial de ocupação de habitats, hibridação com

populações nativas, predação e transmissão de patógenos (REIS et al., 2011)

Quadro 5.2.1-6 - Espécies endêmicas de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) de potencial ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165.

Nome do Táxon Nome Comum Endemismo

CLASSE PISCES

Potamotrygon signata raia-do-parnaíba Bacia do Parnaíba

Curimata macrops tamboatá Bacia do Parnaíba

Prochilodus lacustris curimatã Bacia do Parnaíba

Schizodon rostratus piau Bacia do Parnaíba

Schizodon dissimilis piau Bacia do Parnaíba

Hemiodus parnaguae voador Bacia do Parnaíba

Knodus victoriae - Bacia do Parnaíba

Roeboides margareteae Madalena Bacia do Parnaíba

Roeboides sazimai - Bacia do Parnaíba

Brachychalcinus parnaibae - Bacia do Parnaíba

Aspidoras raimundi cascudinho Bacia do Parnaíba

Corydoras treitlii coridora Bacia do Parnaíba

Parotocinclus haroldoi - Bacia do Parnaíba

Ancistrus damasceni cascudo Bacia do Parnaíba

Hypostomus johnii cascudo Bacia do Parnaíba

Pterygoplichthys parnaibae - Bacia do Parnaíba

Pimelodella parnahybae mandi Bacia do Parnaíba

Hassar affinis mandi Bacia do Parnaíba

Auchenipterus menesezi mandi Bacia do Parnaíba

Pituna schindleri - Bacia do Parnaíba

Melanorivulus parnaibensis - Bacia do Parnaíba

Poecilia sarrafae barrigudinho Bacia do Parnaíba

Apistogramma piauiensis acará Bacia do Parnaíba

Geophagus parnaibae cará Bacia do Parnaíba

CLASSE AMPHIBIA

Dendropsophus rubicundulus pererequinha Cerrado

Dendropsophus cruzi pererequinha Cerrado

Physalaemus centralis rãnzinha Cerrado

Rhinella veredas sapo Cerrado

Hypsiboas boans perereca Amazônia

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Nome do Táxon Nome Comum Endemismo

Osteocephalus taurinus perereca-gosmenta Amazônia

Trachycephalus typhonius perereca Amazônia

Adenomera andreae rãnzinha Amazônia

Leptodactylus podicipinus rã Amazônia

Pristimantis conspicillatus sapo Amazônia

CLASSE REPTILIA

Norops meridionalis papa-vento Cerrado

Norops brasiliensis papa-vento Cerrado

Coleodactylus brachystoma lagartixa Cerrado

Tupinambis quadrilineatus teju Cerrado

Apostolepis polylepis cobra Cerrado

Lygophis paucidens cobra Cerrado

Bothrops moojeni jararaca Cerrado

Stenocercus fimbriatus calango Amazônia

Norops chrysolepis bribra Amazônia

Varzea bistriata lagarto Amazônia

Epicrates cenchria cobra Amazônia

Hydrops triangularis cobra Amazônia

Apostolepis cearensis cobra Caatinga

CLASSE AVES

Crypturellus strigulosus inhambu-relógio Amazônia

Penelope jacucaca jacucaca Caatinga

Nyctidromus hirundinaceus bacurauzinho-da-caatinga Caatinga

Anopetia gounellei rabo-branco-de-cauda-larga Caatinga

Picumnus pygmaeus pica-pau-anão-pintado Caatinga

Alipiopsitta xanthops papagaio-galego Cerrado

Herpsilochmus sellowi chorozinho-da-caatinga Caatinga

Herpsilochmus longirostris chorozinho-de-bico-comprido Cerrado

Sakesphorus cristatus choca-do-nordeste Caatinga

Thamnophilus capistratus choca-barrada-do-nordeste Caatinga

Melanopareia torquata tapaculo-de-colarinho Cerrado

Xiphocolaptes falcirostris arapaçu-do-nordeste Caatinga

Megaxenops parnaguae bico-virado-da-caatinga Caatinga

Synallaxis hellmayri joão-chique-chique Caatinga

Antilophia galeata soldadinho Cerrado

Phyllomyias reiseri piolhinho-do-grotão Cerrado

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Cerrado

Icterus jamacaii corrupião Caatinga

Saltatricula atricollis bico-de-pimenta Cerrado

Compsothraupis loricata tiê-caburé Cerrado

Cypsnagra hirundinacea bandoleta Cerrado

Neothraupis fasciata cigarra-do-campo Cerrado

Paroaria dominicana cardeal-do-nordeste Caatinga

Porphyrospiza caerulescens campainha-azul Cerrado

Charitospiza eucosma mineirinho Cerrado

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Nome do Táxon Nome Comum Endemismo

CLASSE MAMMALIA

Callithrix jacchus sagui-de-tufos-brancos Mata Atlântica

Wiedomys pyrrhorhinos rato-de-palmatória Caatinga

Kerodon rupestris mocó Caatinga

5.2.1.3.7 - Espécies de Importância Econômica e Cinegética

A Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em

Perigo de Extinção (CITES) regulamenta a exportação, importação e reexportação de espécies de

animais e plantas, e estabelece por meio dos seus Apêndices se um determinado tipo de

comércio afeta ou não a sobrevivência da espécie.

Dessa forma, no Apêndice I estão todas as espécies que são ou possam ser afetadas pelo

comércio, classificadas como ameaçadas de extinção. O Apêndice II lista todas as espécies que,

embora não estejam atualmente ameaçadas de extinção, podem chegar a esta situação em

função da livre comercialização. Já o Apêndice III lista as espécies que necessitam de algum tipo

de regulamentação que impeça ou restrinja sua exploração.

De acordo com a compilação dos dados bibliográficos levantados, da ictiofauna, foram

identificadas algumas espécies como alvo de pesca, como os piaus (Leporinus spp. e Schizodon

spp.), branquim (Brachyplatystoma vaillantii), o pirapitinga (Brachyplatystoma filamentosum),

os surubins (Pseudoplatystoma spp.), mandubé (Hemisorubim platyrhynchos), bico-de-pato

(Sorubim lima) e os curimatãs (Prochilodus spp.), já outras, por seu tamanho reduzido, são

pescadas apenas para consumo local (PROJETEC, 2009).

Em entrevista feita com os pescadores da região, foi identificado que as espécies preferidas por

eles são alóctones, como o tucunaré Cichla sp., o tambaqui Colossoma macropomum e o piau-açu

Leporinus sp. (PROJETEC, 2009).

Já entre a fauna terrestre, 12 répteis estão listados na CITES (2016), sendo 11 no Apêndice II e

uma no Apêndice I. Duas espécies de aves e nove de mamíferos terrestres estão listadas no

Apêndice I, 80 de aves e dez de mamíferos terrestres estão listadas no Apêndice II (Quadro

5.2.1-7).

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Quadro 5.2.1-7 - Lista das espécies de vertebrados (répteis, aves e mamíferos) de potencial ocorrência na região dos blocos exploratórios PN-T-137, PN-T-151 e PN-T-165 listadas pela CITES e respectivos Apêndices.

Legenda: I - espécies que são ou possam ser afetadas pelo comércio, classificadas como ameaçadas de extinção; II - espécies que, embora não estejam atualmente ameaçadas de extinção, podem chegar a esta situação em função da livre comercialização.

Nome do Táxon Nome Comum Apêndices

CLASSE REPTILIA

Iguana iguana iguana II

Salvator merianae teju II

Tupinambis teguixin teju II

Tupinambis quadrilineatus teju II

Boa constrictor jibóia II

Corallus hortulanus cobra-verdadeira II

Epicrates assisi salamanta II

Eunectes murinus sucuri II

Caiman crocodilus jacaré-tinga II

Paleosuchus palpebrosus jacaré-coroa II

Phrynops geoffroanus cágado-de-barbicha I

Chelonoidis carbonaria jaboti-piranga II

CLASSE AVES

Rhea americana ema II

Pandion haliaetus águia-pescadora II

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza II

Elanoides forficatus gavião-tesoura II

Gampsonyx swainsonii gaviãozinho II

Elanus leucurus gavião-peneira II

Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande II

Accipiter superciliosus gavião-miudinho II

Ictinia plumbea sovi II

Busarellus nigricollis gavião-belo II

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro II

Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo II

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo II

Urubitinga urubitinga gavião-preto II

Urubitinga coronata águia-cinzenta II

Rupornis magnirostris gavião-carijó II

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco II

Geranoaetus melanoleucus águia-serrana II

Buteo nitidus gavião-pedrês II

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta II

Buteo albonotatus gavião-de-rabo-barrado II

Spizaetus melanoleucus gavião-pato II

Tyto furcata coruja-da-igreja II

Megascops choliba corujinha-do-mato II

Pulsatrix perspicillata murucututu II

Bubo virginianus jacurutu II

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Nome do Táxon Nome Comum Apêndices

Strix huhula coruja-preta II

Glaucidium brasilianum caburé II

Athene cunicularia coruja-buraqueira II

Aegolius harrisii caburé-acanelado II

Asio clamator coruja-orelhuda II

Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto II

Anopetia gounellei rabo-branco-de-cauda-larga II

Phaethornis maranhaoensis rabo-branco-do-maranhão II

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro II

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado II

Campylopterus largipennis asa-de-sabre-cinza II

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura II

Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza II

Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta II

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta II

Chrysolampis mosquitus beija-flor-vermelho II

Chlorestes notata beija-flor-de-garganta-azul II

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho II

Thalurania furcata beija-flor-tesoura-verde II

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca II

Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde II

Heliothryx auritus beija-flor-de-bochecha-azul II

Heliactin bilophus chifre-de-ouro II

Heliomaster squamosus bico-reto-de-banda-branca II

Calliphlox amethystina estrelinha-ametista II

Ramphastos toco tucanuçu II

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto II

Ibycter americanus gralhão II

Caracara plancus caracará II

Milvago chimachima carrapateiro II

Herpetotheres cachinnans acauã II

Micrastur gilvicollis falcão-mateiro II

Micrastur ruficollis falcão-caburé II

Micrastur semitorquatus falcão-relógio II

Falco sparverius quiriquiri II

Falco rufigularis cauré II

Falco deiroleucus falcão-de-peito-laranja II

Falco femoralis falcão-de-coleira II

Anodorhynchus hyacinthinus arara-azul-grande I

Ara ararauna arara-canindé II

Ara chloropterus arara-vermelha-grande II

Orthopsittaca manilatus maracanã-do-buriti II

Primolius maracana maracanã-verdadeira I

Diopsittaca nobilis maracanã-pequena II

Thectocercus acuticaudatus aratinga-de-testa-azul II

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Nome do Táxon Nome Comum Apêndices

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã II

Aratinga jandaya jandaia-verdadeira II

Eupsittula aurea periquito-rei II

Eupsittula cactorum periquito-da-caatinga II

Forpus xanthopterygius tuim II

Brotogeris versicolurus periquito-de-asa-branca II

Brotogeris chiriri periquito-de-encontro-amarelo II

Alipiopsitta xanthops papagaio-galego II

Pionus maximiliani maitaca-verde II

Amazona amazonica curica II

Amazona aestiva papagaio-verdadeiro II

CLASSE MAMMALIA

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira II

Priodontes maximus tatu-canastra I

Sapajus libidinosus macaco-prego II

Callithrix jacchus sagui-de-tufos-brancos II

Alouatta caraya bugio II

Cerdocyon thous cachorro-do-mato II

Chrysocyon brachyurus lobo guará II

Speothos venaticus cachorro-vinagre I

Leopardus tigrinus gato-do-mato-pequeno I

Leopardus wiedii gato-maracajá I

Leopardus pardalis jaguatirica I

Panthera onca onça-pintada I

Puma concolor onça-parda II

Puma yagouaroundi gato-mourisco II

Lontra longicaudis lontra I

Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro I

Blastocerus dichotomus cervo-do-pantanal I

Tayassu pecari queixada II

Pecari tajacu cateto II

A despeito do comércio ilegal de espécies silvestres, a caça é uma atividade tradicional exercida

pelas populações humanas em boa parte do Nordeste brasileiro. A caça de subsistência é uma

atividade antiga e representa uma forma tradicional de manejo da fauna silvestre (ALVES et al.,

2009; BARBOSA et al., 2011). Essa atividade desempenha importante papel socioeconômico na

região, por fornecer carne de valor nutritivo às famílias locais. Além do uso da fauna como

alimento (carne e ovos), os animais ainda são aproveitados para uma gama de finalidades, tais

como uso como remédios (animais medicinais), couro, pele e peças ornamentais (chifres, cascos,

ovos e peles), além de serem também utilizados para lazer e ornamentação (pássaros canoros,

animais de estimação e ornamentais). Algumas espécies são também perseguidas e mortas por

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representar riscos à saúde das pessoas ou das criações domésticas (serpentes peçonhentas e

mamíferos carnívoros) (ALVES et al., 2009; BARBOSA et al., 2011).

Dentre as espécies cinegéticas da herpetofauna, ressaltam-se o Caiman crocodilus (jacaré-tinga)

e Paleosuchus palpebrosus (jacaré-coroa) que, assim como outros crocodilianos, a caça ainda é

um fator agravante de ameaça para esses jacarés, movida principalmente pelo interesse em seu

couro e carne. Seu encontro nas áreas do empreendimento é esperado por fazer parte da sua

área de ocorrência e da existência de um curso d’àgua na proximidade.

A jibóia Boa constrictor, além de constar na lista da CITES, é uma espécie que também sofre

pressão de caça, seja para captura para fins de domesticação, seja por sua carne e/ou couro.

Outra jibóia, a Epicrates assisi (jibóia-arco-íris), é encontrada principalmente na Caatinga e

Cerrado, mas também pode ser encontrada em zonas de contato com outros biomas. Como o

próprio nome popular sugere, a iridescência de suas escamas faz com que atinja um espectro de

cor similar a um arco-íris, sendo desta forma intensamente procurada por colecionadores de

serpentes, o que por contrapartida gera uma forte pressão de caça sobre os estoques naturais.

Da mesma forma, Corallus hortulanus (cobra-verdadeira) é alvo de caça para comercialização

como pet em solo nacional e estrangeiro devido à beleza de seu padrão de cores.

Os quelônios Chelonoidis carbonaria (jabuti-piranga) e Phrynops geoffroanus (cágado-de-

barbicha), além de serem apreciados como animais de estimação, são comumente caçados para

fins alimentícios. Por fim, a Iguana iguana (iguana), a única representante da família Iguanidae

presente no continente sul-americano, é alvo da caça predatória para uso de sua pele na

confecção de peças do vestuário e mesmo para consumo de sua carne.

As aves são um importante recurso alimentar en todo o Nordeste Brasileiro e, além disso, é uma

prática cultural no Brasil manter estas espécies em gaiolas como animais de estimação, tanto em

áreas urbanas como nas áreas rurais (ALVES et al., 2013). As aves cinegéticas da Família

Psittacidae (araras e papagaios) merecem destaque. Devido à sua beleza, coloração de suas

penas, adaptação ao cativeiro e por imitarem a linguagem humana, representam um dos grupos

mais ameaçados do mundo. O interesse por estas espécies é antigo e por séculos elas têm sido

capturadas por suas penas e seu uso como animais de estimação (GUEDES, 2004). A arara-azul-

grande (Anodorhynchus hyacinthinus) é principalmente ameaçada pelo comércio ilegal, no

mínimo dez mil destas aves foram retiradas da natureza na década de 80, e 50% delas foram

absorvidas pelo mercado brasileiro (MITTERMEIER et al., 1990). Por outro lado, as aves da Famíla

Falconidae, representada pelas aves de rapina, animais considerados predadores de topo de

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cadeia, acabam por ser alvo de caça para evitar que predem animais domésticos (FERNANDES-

FERREIRA et al., 2012).

Conforme vem sendo mencionado, espécies consideradas de interesse cinegético são assim

chamadas por motivos variados, desde o interesse para o consumo de carne para subsistência,

até para o comércio ilegal da carne ou de produtos animais, como couro, penas e dentes, dentre

outros.

Dentre os vertebrados terrestres listados neste estudo, é possível citar exemplos de algumas

famílias e ordens inteiras de mamíferos que contemplam espécies cinegéticas, todas

representadas por mamíferos de médio e grande porte. Por apresentarem tamanho corporal e

valor energético maiores, esses mamíferos são alvo constante de caça em regiões rurais

nordestinas. Pelo mesmo motivo, a pressão de caça sobre essas espécies exerce forte ameaça às

suas populações, pois normalmente são espécies de baixa taxa reprodutiva e elevado tempo de

geração, o que dificulta o recrutamento e, consequentemente, a manutenção de suas populações

saudáveis.

Dentre os mamíferos, os membros da família Dasypodidae são bastante apreciados para consumo

da carne e comumente caçados, a exemplo dos tatus-galinha (Dasypus spp.) e tatu-peba

(Euphractus sexcinctus). No Nordeste, dos roedores da família Caviidae, o mocó (Kerodon

rupestris) é muito caçado por ser facilmente encontrado e capturado, além de possuir boa

quantidade de carne. A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) também é alvo de caça,

entretanto, mesmo sendo de grande porte, não é tão apreciada devido ao sabor forte de sua

carne. Esta espécie pode ocorrer nas proximidades do empreendimento, justamente por estar

associada a cursos dágua. Por fim, a ordem Artiodactyla, composta pelos veados e porcos-do-

mato, e a Perissodactyla, representada por uma única espécie no Brasil, o Tapirus terrestris

(anta), são dentre os mamíferos apontados neste estudo os mais afetados pela caça no Nordeste

brasileiro, chegando à extinção local em determinadas localidades (P. COBRA, Obs. Pessoal)

5.2.1.3.8 - Espécies Potencialmente Invasoras, Oportunistas ou de Risco

Epidemiológico, inclusive Domésticas

A introdução de espécies exóticas é um fator que ameaça espécies nativas de todo o mundo

(ZILLER, 2001; ALLENDORF & LUNDQUIST, 2003; DIRZO & RAVEN, 2003; LEVINE et al., 2003;

CARVALHO & JACOBSON, 2005; OPORTO & LATINI, 2005). Essas introduções podem ser

provocadas direta ou indiretamente pela ação humana. Uma vez introduzidas, algumas espécies

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conseguem desenvolver uma população autossustentável, sem necessitar mais do aporte de

indivíduos da sua região nativa (WILLIAMSON & FITTER, 2006). A perda de predadores naturais, a

abundância de presas sem defesas naturais e o habitat perturbado dão às espécies invasoras uma

vantagem sobre as nativas (SAKAI et al., 2001). Espécies invasoras muitas vezes causam

alterações no habitat ou transmitem doenças que podem levar espécies nativas à extinção (MACK

& D'ANTONIO, 1998).

Dentre as espécies da ictiofauna listadas nos dados secundários, foram registradas espécies

introduzidas na bacia, como o pirarucu (Arapaima gigas), o tucunaré (Cichla spp.), o piau-uçu

(Leporinus sp.), o barrigudinho (Poecilia reticulata), o acará (Astronotus ocellatus), os curimatãs

(Prochilodus argenteus e Prochilodus costatus), as tilápias (Oreochromis niloticus e Tilapia

rendalli) e o tambaqui (Colossoma macropomum), possivelmente devido a presença de atividades

de criação (PROJETEC, 2009).

Dentre as espécies da fauna terrestre, para a região do empreendimento, estão registradas duas

espécies de aves e uma de réptil introduzidas. Hemidactylus mabouia (lagartixa-de-parede) é um

exemplo de espécie introduzida oriunda da África onde, na época do Brasil colonial,

provavelmente foi trazida por navios negreiros (VANZOLINI, 1978). Esta espécie apresenta hábito

generalista, ocupa desde ambientes naturais a áreas perturbadas e compartilha espaço e

recursos alimentares com pequenos vertebrados (sapos, lagartos e pequenos mamíferos) (ROCHA

& BERGALLO, 2011). Tem contribuído para a diminuição e até mesmo a extinção da fauna de

lagartos nativos em diferentes regiões do planeta (CRISCIONE & FONT, 2001; ANJOS et al., 2005).

O pombo-doméstico, Columba livia, foi introduzido no país no século XVI como ave doméstica,

tornou-se independente de cuidados humanos (SICK, 1997) e, atualmente, é um grande problema

de saúde pública devido ao acúmulo de suas excretas e como transmissores de doenças (SALINAS

et al., 1993; TORO et al., 1999). Destaca-se a Cryptococcus neoforman, basidiomiceto agente

etiológico da criptococose, doença oportunística que se manifesta principalmente por

meningocefalite principalmente em paciente com depressiação no sistema imune (COSTA et al.,

2010). Além disso, este basidiomiceto tem sido encontrado em fezes de Psittaciformes,

Passeriformes, Columbiformes e Falconiformes (COSTA et al., 2010).

Dentre as aves, Passer domesticus (pardal), é considerada como uma das espécies de aves

exóticas mais bem sucedidas do planeta, com uma distribuição invasora nas Américas, África,

Austrália e Nova Zelândia (LONG, 1981). Foi introduzida no país por volta de 1900 e se adaptou

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rapidamente a ambientes antropizados (SICK, 1997). Atualmente é bastante comum e abundante

em todo o território brasileiro, restringindo-se às áreas urbanas e abertas, não ocorrendo no

interior de remanescentes florestais.

Com relação aos mamíferos, não houve registro de espécies exóticas intercontinentais, apenas

exótica regional, como o primata Callithix jacchus, que é endêmica da Mata Atlântica nordestina

e foi introduzida pelo homem em outras regiões e biomas brasileiros. Por ser uma espécie com

poucas restrições de recursos, adaptou-se bem fora da sua região de origem, assumindo aspecto

invasor com consequências graves a outras espécies de vertebrados nativos. Além dos problemas

relacionados à invasão, a exemplo da predação e da hibridação com espécies nativas, podem ser

hospedeiros de patógenos nocivos a outros mamíferos (REIS et al., 2011).

Com relação ao risco epidemiológico, juntamente com os morcegos, os canídeos são considerados

os principais reservatórios silvestres do vírus da raiva. No Nordeste do Brasil, a doença tem sido

cada vez mais frequente em Cerdocyon thous (cachorro-do-mato), sendo também encontrado

outro ciclo epidemiológico da raiva em Callithrix sp., espécie em que a distribuição da doença é

desconhecida (KOTAIT et al., 2007).

Os roedores da sub-família Sigmodontinae (família Cricetidae) estão associados com a síndrome

pulmonar por Hantavírus (SPH), cuja transmissão se dá por contato com ambientes contaminados

por excretas destes roedores. O protozoário Trypanosoma cruzi possui uma gama ainda mais

ampla de hospedeiros entre os mamíferos, sendo considerado qualquer mamífero não aquático

um potencial hospedeiro desse protozoário (OLIVEIRA, 2008). Ainda em relação ao T. cruzi, as

espécies do gênero Didelphis apresentam-se especialmente importantes, pois as mesmas podem

fazer o ciclo completo sem a presença do hospedeiro intermediário, o barbeiro. Assim, o

protozoário causador da Doença de Chagas desenvolve-se nas glândulas anais de forma

semelhante ao que ocorre no barbeiro, tornando o líquido desta glândula potencialmente

infectante a outros animais e seres humanos. Os tatus também podem ser hospedeiros de T.

cruzi, além de serem reservatórios do bacilo Mycobacterium leprae, que causa a doença

infecciosa conhecida como lepra ou hanseníase (TRUMAN, 2005; ANTUNES, 2007).

5.2.1.3.9 - Espécies Migratórias e suas Rotas

O termo migração é utilizado para definir os deslocamentos direcionais de um grande número de

indivíduos de uma mesma espécie de uma região para outra (BEGON et al., 1990). Todos os anos,

milhares de aves provenientes do Ártico migram para a América do Sul, devido à proximidade do

outono boreal. Movimentam-se no sentido sul (HARRINGTON et al., 1986), onde várias espécies

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invernam, no período de setembro a abril. Dentre os deslocamentos de aves que ocorrem no

Brasil, destacam-se as migrações do inverno do Norte (Migrantes Neárticos) e do inverno do Sul

(Migrantes Austrais). Na área de estudo não são documentados sítios de invernada da avifauna

migratória.

Para a ictiofauna, a bacia do Parnaíba apresenta poucas espécies migradoras e/ou reofílicas de

maior porte, provavelmente devido às alterações sofridas na composição original da ictiofauna

local, como pela implantação da UHE Boa Esperança e impactos antrópicos em geral, como

poluição e alteração das margens (PROJETEC, 2009). Dentre as espécies registradas como

reofílicas estão: Brachyplatystoma vaillantii (branquinho), Colossoma macropomum (tambaqui),

Hemisorubim platyrhynchus (mandubé), Leporinus spp. (piaus), Pseudoplatystoma fasciatum

(surubim), Prochilodus spp. (curimatãs), Schizodon rostratus (piaus) e Sorubim lima (bico-de-

pato). Outras são capazes de movimentos limitados a pequenos trechos de rio, ou entre o rio

principal e áreas marginais, como é o caso de Schizodon kneri (piau), Leporinus spp. (piaus),

Curimata cyprinoides (tamboatá), Pellona flavipinnis (sardinha) e Metynnis spp. (PROJETEC,

2009).

De acordo com os dados bibliográficos levantados, estão registradas quatro espécies de aves

migratórias (PIACENTINI et al., 2015) para a região do empreendimento: Pandion haliaetus

(águia-pescadora), Tringa solitaria (maçarico-solitário), Actitis macularius (maçarico-pintado) e

Calidris fuscicollis (maçarico-de-sobre-branco). Todas estas espécies se caracterizam por serem

migrantes neárticas, ou seja, que se reproduzem na América do Norte e regularmente migram

para o hemisfério sul durante a estação não reprodutiva.

A ave Pandion haliaetus (águia-pescadora), por exemplo, é originária da América do Norte e

migra para o hemisfério sul (Brasil, Chile e Argentina) no período de novembro a março. De

hábito piscívoro, costuma habitar próximo a grandes extensões de água (SICK, 1997; ANTAS &

PALO JR, 2009). A Tringa solitaria (maçarico-solitário) é migrante neártica que se desloca para o

sul durante o inverno do continente norte-americano, podendo ser encontrado do México à

Argentina (SICK, 1997). Por fim, Actitis macularius (maçarico-pintado), espécie descrita por

utilizar uma variedade de habitats, tanto em áreas costeiras como interior do continente

(HAYMAN et al., 1986, SIGRIST, 2009) (porém foi relatada a associação desta espécie com áreas

de manguezais) (KOBER, 2004), é um migrante do norte, com reprodução no Ártico, iniciando os

movimentos para o sul em junho (HAYMAN et al., 1986).

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5.2.1.4 - Considerações Finais

A região do empreendimento está localizada em uma área de transição entre os biomas Cerrado

e Caatinga, formando uma paisagem complexa e com alta diversidade potencial. A riqueza de

vertebrados identificada foi de 591 espécies, sendo 406 de aves, 133 da herpetofauna e 52 da

mastofauna. Por ser uma área sob influência de diferentes biomas, houve registro de 52 espécies

endêmicas no conjunto dos dados secundários (12 Amazônicas, 15 da Caatinga, 23 do Cerrado e

uma da Mata Atlântica nordestina).

Foram registadas 24 espécies ameaçadas de extinção pelas listas internacional da IUCN (2016) e

nacional do MMA (2014), sendo 21 classificadas como “Vulnerável” (VU) (seis pertencentes à

avifauna e 15 à mastofauna) e três classificadas como “Em Perigo” (EN) (duas aves e um

mamífero). A fragmentação e a perda de habitats configuram uma das maiores ameaças a

espécies da fauna como, por exemplo, Tinamus tao (azulona), Urubitinga coronata (águia-

cinzenta), Penelope jacucaca (jacucaca), Xiphocolaptes falcirostris (arapaçu-do-nordeste),

Thylamys karimii (catita), Tolypeutes tricinctus (tatu-bola), entre outras. Além disso, a prática

da caça merece destaque, já que a abertura de novos acessos favorece esta atividade, ilegal em

nosso país, que tem contribuído para a extinção local de algumas espécies e diminuição de

populações, mesmo em grandes áreas de mata contínua. No nordeste do Brasil, a fauna é muito

utilizada como recurso complementar na alimentação, além de algumas espécies serem usadas

para fins medicinais, ornamentação, pets, além de algumas serem perseguidas e mortas por

representarem risco às criações domésticas. Representantes da família Boidae, Alligatoridae

(jacarés), da ordem Testudines, aves da família Psittacidae, Accipitridae e Falconidae,

mamíferos da família Dasypodidae, da ordem Artiodactyla e Perissodactyla, listados nesse

estudo, são bastante visados para caça, seja pela carne ou por outros produtos de origem animal.

Os dados secundários indicam uma elevada diversidade de espécies que pode ocorrer na área dos

blocos exploratórios, muitas delas podendo ser observadas em todos os blocos, inclusive, porém

em proporções diferentes. Por exemplo, o bloco PN-T-167 apresenta ambientes mais propícios

para abrigar aquelas que possuem hábitos campestres, como Bothrops spp., Ameivula ocellifer,

Kentropyx calcarata, Crotophaga ani, Chrysocyon brachyurus, Mirmecophaga tridactyla, entre

outras), enquanto os blocos PN-T-151 e PN-T-165 devem abrigar uma maior proporção daquelas

que se adaptam facilmente a ambientes antropizados (Rhinella jimi, Columbina talpacoti,

Furnarius rufus, Euphactus sexcinctus, Cerdocyon thous, dentre outras).

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A área dos três blocos faz parte de um grande mosaico, com fragmentos de vegetação nativa, e

predominância de ambientes Savânicos, entremeados por áreas de pastagem e cultivo (IPF,

2016). Analisando-os individualmente, é possível perceber que as proporções das fitofisionomias

variam entre eles. Por exemplo, no bloco PN-T-137, apenas 10% da sua área possui influência

antrópica (Uso Agropecuário e Influência Urbana), enquanto os blocos PN-T-151 e PN-T-165

apresentam 61,2% e 67,8%, respectivamente. No entanto, esses dois blocos apresentam uma

vegetação florestal que merece atenção, uma vez que representa uma área propícia para a

ocorrência de algumas das espécies listadas nos dados secundários e sensíveis às perturbações

ocasionadas pela supressão da vegetação, como os pequenos mamíferos arborícolas, como as

catitas (Thylamys karimii, Gracilinanus agilis e Marmosa spp.), os primatas, como o bugio

(Alouatta caraya), as espécies de aves insetívoras de sub-bosque do gênero Lepidocolaptes, o

bico-virado-carijó (Xenops rutilans) e o vira-folha (Sclerurus scansor), dentre outras.

A perda e fragmentação do hábitat ocasionada pelas obras de implantação do empreendimento,

bem como a movimentação de pessoas e máquinas na área constituem as maiores intervenções

sobre a fauna silvestre de ocorrência na área do estudo. Os efeitos das atividades do

empreendimento sobre a fauna irão variar conforme os locais que receberão estas intervenções.

De modo geral, espécies dependentes do ambiente florestal são mais susceptíveis à perda e

fragmentação do hábitat, que pode ocasionar desde o afugentamento temporário de indivíduos

da fauna, perda de indivíduos durante a supressão vegetal até mesmo isolamento de populações

pela perda de qualidade e fragmentação do hábitat. São também vulneráves, espécies de hábito

semifossorial ou fossorial, como os mamíferos da famiíla Dasypodidae e alguns da família

Didelphidae.

Deste modo, os efeitos mais relevantes estarão associados às intervenções em áreas de

importância para a fauna, como fragmentos florestais, corpos hídricos, suas áreas de preservação

permanente e fisionomias associadas. Especial atenção deve ser dada a fragmentação ocasionada

pela supressão da vegetação, que conforme quantitativo e localização poderá afetar a qualidade

dos hábitats, bem como a distribuição das populações animais na área.

A perda de hábitat ocasionada pela supressão de vegetação requer a adoção de medidas para

mitigação dos impactos sobre indivíduos durante o desenvolvimento desta atividade. Enquanto

que alterações nos parâmetros ecológicos podem ser percebidas e controladas a partir do

conhecimento da fauna existente no local antes do período de obras e por meio de seu

acompanhamento. A necessidade de adoção destas medidas de gestão é dependente do

planejamento das intervenções na área a ser diretamente afetada, o que determinará os efeitos

sobre a fauna.

PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ

Estudo de Impacto Ambiental - EIA

Coordenador: Técnico:

5.2.1 - Diagnóstico de Fauna

3095-00-EIA-RL-0001-00

Setembro de 2016 Rev. nº 00

57/57

Vale considerar que tanto a abertra de novos acessos quanto a circulação de pessoas na área

podem induzir um aumento da pressão exercida pela caça. De modo semelhante, o aumento do

fluxo de veículos nas estradas de acesso ao empreendimento pode agravar o atropelamento da

fauna, em especial os répteis, que buscam ambientes ótimos na absorção de calor como

acostamentos e margens de estradas para a termorregulação.