50732864 direito previdenciario unopar londrina

Upload: tiago-dalan

Post on 28-Oct-2015

46 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • DIREITO PREVIDENCIRIO

    LUIZ GUSTAVO BOIAM PANCOTTI ADVOGADO, CONSULTOR JURDICO,

    PROFESSOR UNIVERSITRIO, ESPECIALISTA EM DIREITO PROCESSUAL PUC/SP, E MESTRE EM DIREITO DIFUSOS E COLETIVOS UNIMES

    DOUTORANDO EM DIREITO PREVIDENCIRIO NA PUC/SP

  • BIBLIOGRAFIA BSICABALERA, Wagner. Noes Preliminares de Direito Previdencirio. Atualizado com a Reforma Previdenciria. Editora Quartier Latin do Brasil. So Paulo. 2004.

    CUTAIT NETO, Michel (org.); BALERA, Wagner (colab.). Contribuies sociais em debate. Leme: JH Mizuno, 2003.

    CHAMON, Omar. Introduo ao direito previdencirio. Barueri, SP: Manole, 2005.

    HORVATH JUNIOR, Miguel. Direito Previdencirio. 6 Edio. Editora Quartier Latin do Brasil. So Paulo.2006.

    MARTINS, Srgio Pinto. Direito da Seguridade Social. 21 Edio. So Paulo. Atlas. 2005.

    MARTINEZ, Waldimir Novaes. Comentrios lei bsica da previdncia social. 7 Edio. So Paulo: LTr, 2006.

    NASCIMENTO, Srgio. Interpretao do Direito Previdencirio. Editora Quartier Latin do Brasil. So Paulo. 2008.

    PANCOTTI. Luiz Gustavo Boiam. Conflitos de Princpios Constitucionais na Tutela de benefcios previdencirios. So Paulo: LTr, 2009.

    RUSSOMANO, Mozart Victor. Curso de Previdncia Social. 3 Edio. Rio de Janeiro: Forense, 1988.

  • CARNCIAConceito e Natureza JurdicaDiante da seguridade social, a carncia conceito afeto apenas Previdncia Social.

    No h que se falar em carncia na Sade e na Assistncia Social, pois so sistemas que independem de contribuio.

    Mesmo com a filiao ao RGPS durante um lapso de tempo os beneficirios no tem direito a determinadas prestaes, em razo de ainda no terem pago o nmero mnimo de contribuies mensais.

    Celso Barroso Leite: o perodo durante o qual o segurado, apesar de estar contribuindo, ainda carece do direito aos benefcios.

    requisito ntido de carter securitrio.

    A Carncia que o perodo de tempo em que o segurado paga a sua contraprestao mas que a Previdncia Social no est obrigada a dar cobertura se ocorrer o evento danoso.

  • CARNCIAConceito e Natureza JurdicaO Decreto n 48.959/60 (antigo Regulamento da Previdncia Social) definia o perodo de carncia como o lapso de tempo durante o qual os beneficirios no tem direitos a determinadas prestaes, em razo de ainda no haverem pago o nmero mnimo de contribuies mensais exigidos para este fim.

    Carncia o nmero mnimo de contribuies mensais necessrio para que o beneficirio faa jus ao benefcio (artigo 24 da Lei 8.213/91).

    Perodo de Carncia o tempo correspondente ao nmero mnimo de contribuies mensais indispensveis para que o beneficirio faa jus ao benefcio, consideradas a partir do primeiro dia dos meses de suas competncias.

  • CONVEO 102 DA OITNormas Mnimas da Seguridade Social

    Aprovada na 35 reunio da Conferncia Internacional do Trabalho (Genebra 1952), entrou em vigor no plano internacional em 27.4.55.

    A Conferncia Geral da Organizao Internacional do Trabalho, Convocada em Genebra pelo Conselho de Administrao da Repartio Internacional do Trabalho, e reunida nessa cidade a 4 de junho de 1952, na sua trigsima quinta sesso; Aps ter decidido adotar diversas proposies relativas s normas mnimas para a seguridade social, questo que est compreendida no quinto ponto da ordem do dia da sesso; Aps ter decidido que essas proposies tomariam a forma de uma conveno internacional, Adota, neste vigsimo oitavo dia de junho de mil novecentos e cinqenta e dois, a seguinte conveno, que ser denominada Conveno Concernente s Normas Mnimas para a Seguridade Social, 1952:

    PARTE IDISPOSIES GERAIS

    Art. 1 1. Para os efeitos da presente conveno:

    f) o termo perodo de carncia significa seja um perodo de cotizao, seja de emprego ou de residncia, seja uma combinao qualquer desses perodos, segundo o que for determinado.

  • CONTAGEM DO PERODO DE CARNCIAO incio da contagem da carncia inicia-se a partir:

    Segurado empregado e avulso a partir da filiao - incio da prestao de servio nos termos dos artigo 27, inciso I da LBPS.

    Segurado domstico; contribuinte individual e segurado especial inicia-se com a inscrio e o pagamento da primeira contribuio sem atraso, nos termos do artigo 27, inciso I da LBPS. O Decreto 3048/99, no seu artigo 28, II, diz que no sero consideradas para esse fim as contribuies recolhidas com atraso referentes a competncias anteriores.

    As contribuies devem ser mensais. Exemplo: carncia de 12 meses deve ser paga em 12 meses; no permitido pagar contribuies atrasadas ou antecipar o recolhimento de contribuies futuras para suprir perodo de carncia.

    As contribuies que integraro a carncia no precisam ser consecutivas, ou seja, contam-se para efeito de carncia todas as contribuies vertidas ainda que entre elas haja um intervalo de tempo.

  • PERODO DE CARNCIA DOS BENEFCIOSNA VIGNCIA DO DECRETO N 83.080/79:

    I 12 (doze) contribuies mensais: para o auxlio doena, a aposentadoria por invalidez, a penso por morte, o auxlio recluso e o auxlio natalidade;II 60 (sessenta) contribuies mensais: para as aposentadorias por velhice, por tempo de servio e especial.

    NOTA: Independia de carncia:

    a) o auxlio funeral, o peclio, o salrio famlia e o salrio maternidade;

    b) o auxlio doena ou aposentadoria por invalidez para o segurado que , aps a filiao Previdncia Social urbana, acometido de tuberculose ativa, lepra, alienao mental, neoplasia malgna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquiliosante, nefropatia grave ou estado avanado da doena de Paget (ostete deformante), bem como a penso por morte aos seus dependentes.

    OBSERVAO: - No se consideram para efeito de carncia as contribuies anteriores perda da qualidade de segurado. Quem perde a condio de segurado da Previdncia Social urbana e nela reingressa fica sujeito a novos perodos de carncia, salvo no caso de direito adquirido.

  • PERODO DE CARNCIA DOS BENEFCIOSNA VIGNCIA DA LEI 8.213/91:

    I 12 (doze) contribuies mensais, nos casos de auxlio doena e aposentadoria por invalidez;II 180 (cento e oitenta) contribuies mensais, nos casos de aposentadoria por idade, tempo de contribuio e especial;III 10 (dez) contribuies mensais, no caso de salrio maternidade, para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa.

    Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuies anteriores a essa perda somente sero computadas para efeito de carncia depois que o segurado contar, a partir da nova filiao ao Regime Geral de Previdncia Social, com, no mnimo, um tero do nmero de contribuies exigidas para o cumprimento da carncia, conforme incisos I, II e III, acima.

  • PERODO DE CARNCIA DOS BENEFCIOSAPOSENTADORIA POR INVALIDEZ E AUXLIO-DOENA

    O perodo de carncia de 12 contribuies mensais.

    Se a causa for doena relacionada com o trabalho (doena profissional ou doena do trabalho), dispensa-se a carncia.

    Dispensa-se tambm a carncia se o segurado for portador de molstia grave. O artigo 151 da Lei n. 8.213/91 traz o rol das molstias graves; esse rol elaborado pelos Ministrios da Sade, do Trabalho e da Previdncia e Assistncia Social, a cada trs anos, por meio de portaria conjunta, de acordo com os critrios de estigma, deformao, mutilao, deficincia, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que meream tratamento particularizado. Portaria Interministerial 2.998 MS/MPAS de 23.08.2001. Exemplo: AIDS, cegueira total, hepatopatia grave, etc.

    O segurado facultativo, para que seja considerado filiado ao sistema, deve ter contribudo pelo menos uma vez. Ressalta-se que essa contribuio no diz respeito carncia, mas sim ao aperfeioamento da sua filiao ao Regime Geral de Previdncia.

  • CONTINUAO...APOSENTADORIA POR IDADE, APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIOAPOSENTADORIA ESPECIAL

    A carncia exigida de 180 contribuies mensais.

    Todavia, para se definir a carncia destas aposentadorias, deve-se primeiramente indagar se o segurado era filiado Previdncia Social at 24.07.1991, hiptese em que ser aplicada a regra transitria do artigo 142 da LBPS.

    Deve-se observar, nesses trs casos, a tabela progressiva do artigo 142 da Lei n. 8.213/91, aplicvel queles que j eram segurados da previdncia quando da publicao da Lei 8.213/91, que de 27 de julho de 1991. Para o ano de 2005, a carncia para esses benefcios de 144 contribuies mensais.

    A cada ano a carncia aumenta em 6 contribuies. No ano 2011, chegar ao nmero de 180 contribuies mensais, patamar no qual se estabilizar.

  • REGRA DE TRANSIOA carncia das aposentadorias por idade, tempo de contribuio e especial para os segurados inscritos na previdncia social urbana at 24 de julho de 1991, bem como para os trabalhadores e empregadores rurais amparados pela previdncia social rural, obedecer seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todos as condies necessrias obteno do benefcio:

    ANO N CONTRIBUIES1991 60 MESES1992 60 MESES1993 66 MESES1994 72 MESES1995 78 MESES.......2011 180 MESES

    A tabela de transio visa adequar os nveis de carncia anteriormente previstos aos nveis previstos atualmente pela legislao previdenciria. A legislao anterior Lei 8.213/91 previa como maior perodo de carncia 60 meses, enquanto a atual prev como maior carncia 180 meses. Assim, atravs da tabela de transio vai-se adequando, paulatinamente, as duas previses at que em 2011 tenhamos apenas uma regra acerca do perodo de carncia. A tabela de transio parte da carncia de 60 meses para quem implementou as condies as condies no ano de 1991 at chegar unificao das regras referentes ao perodo de carncia para quem implementar as condies para concesso da prestao previdenciria em 2011 (180 contribuies).

  • CONTINUAO...SALRIO-MATERNIDADE

    A carncia de 10 contribuies mensais.

    As seguradas: empregada, empregada domstica e trabalhadora avulsa esto, porm, dispensadas do perodo de carncia.

    Para as demais seguradas, a carncia de 10 meses. Essa carncia, porm, mvel, sendo possvel ser menor. Exemplo: se o beb nasce com oito meses, a carncia de nove meses; se o beb nasce com sete meses, a carncia de oito meses.

  • BENEFCIOS EM QUE NO EXIGIDA A CARNCIApenso por morte;auxlio-recluso;auxlio-acidente;salrio-famlia;servio social;habilitao e reabilitao profissionais;benefcios previstos no artigo 39 e no artigo 143 da Lei 8213/91.

    Bastam os segurados ou dependentes serem filiados para receberem o benefcio. Isto quer dizer, basta a condio de segurado do RGPS. Na ltima hiptese devem o segurado especial e/ou trabalhador rural comum comprovar essa sua condio nos meses imediatamente anteriores ao requerimento dos benefcios previstos naqueles artigos, por perodo igual ao exigido como carncia para prestao.

    Exemplo: o segurado especial no precisa provar que contribuiu doze meses para ter direito ao auxlio-doena, no valor de um salrio mnimo; basta provar que exerceu essa atividade nos doze meses anteriores ao requerimento da prestao, ainda que de forma descontnua.

  • CURIOSIDADES SOBRE CARNCIA...Para o segurado especial, considera-se perodo de carncia o tempo mnimo de efetivo exerccio de atividade rural, ainda que de forma descontnua, igual ao nmero de meses necessrio concesso do benefcio requerido.

    Ser considerado, para efeito de carncia, o tempo de contribuio para o Plano de Seguridade Social do Servidor Pblico anterior Lei n 8.647, de 13 de abril de 1993, efetuado pelo servidor pblico ocupante de cargo em comisso sem vnculo efetivo com a Unio, autarquias, ainda que em regime especial, e fundaes pblicas federais.

    O perodo em que esteve em gozo de auxlio-acidente no pode ser computado como carncia ou tempo de servio (art. 55, II, LB).

    No computado para efeito de carncia o tempo de atividade do trabalhador rural anterior competncia novembro de 1991.

    Para efeito de carncia, considera-se presumido o recolhimento das contribuies do segurado empregado, do trabalhador avulso as contribuies dele descontadas pela empresa na forma do art. 216.

  • CONTAGEM DE CARNCIA APS A RECUPERAO DA QUALIDADE DE SEGURADOHavendo perda da qualidade de segurado, as contribuies anteriores a essa perda somente sero computadas para efeito de carncia depois que o segurado contar, a partir da nova filiao ao Regime Geral de Previdncia Social, com, no mnimo, um tero do nmero de contribuies exigidas para o cumprimento da carncia.

    Esta regra tem grande significado para os benefcios por incapacidade, uma vez que a perda da qualidade de segurado ser considerada para a concesso de aposentadoria por idade, tempo de servio e especial.

  • EXEMPLO:Jos, com a apenas 07 meses de contribuio versada ao INSS, deixou de contribuir por 10 anos. Posteriormente, ele volta a exercer atividade remunerada, contribuindo ao INSS, e aps seis meses de nova filiao ele fica incapacitado para o seu trabalho por mais de 15 dias consecutivos em virtude de uma patologia que no o isenta de cumprir carncia e requer o benefcio de auxlio-doena. A doena surgiu no momento da nova filiao e a percia mdica constatou a incapacidade por trs meses.

    O benefcio devido? O segurado possui um nmero de contribuies mensais suficientes para atender o prazo de carncia do auxlio-doena?

  • RESPOSTACarncia do auxlio doena 12 meses

    Art. 24, p.u. da Lei 8.213/91 cumprimento de 1/3 da carncia do benefcio pretendido para computar com as contribuies anteriores perda da condio de segurado do RGPS.

    Portanto, 1/3 de 12 contribuies mensais = 4 contribuies

    Concluso: com a nova filiao, Jos readquire a qualidade de segurado e com 6 contribuies mensais vertidas para o INSS ele poder somar com as contribuies anteriores. Assim, soma-se as 07 contribuies versadas h 10 anos com as 06 atuais, resultando 13 contribuies no total, mais do que necessria para a concesso do benefcio.

    Jos faz jus ao benefcio.

  • Antes da Lei 10.666/03O problema surgia quando o filiado perdia a condio de segurado e, aps um perodo, voltava a ser filiado. Nesse caso, surgia-se a indagao: deve-se contar novamente a carncia?

    Por exemplo:

    trabalhou 15 anos = fez 180 contribuies mensais;

    A lei diz que se pode aproveitar a contribuio da 1. filiao para efeito de carncia, desde que, na 2. filiao, o segurado cumpra pelo menos 1/3 da carncia exigida.

    Exemplo: Em caso de aposentadoria por idade quando o segurado ingressou no RGPS antes de 1991? 1/3 de 180 contribuies ou das contribuies previstas no artigo 142?

  • DUAS CORRENTESPREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. NORMA TRANSITRIA. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. CONTRIBUIES ANTERIORES. CMPUTO. REGRA. O segurado inscrito na Previdncia Social antes de 24/07/91 encontra-se protegido por norma transitria constante no art. 142 da Lei n 8.213/91, que estabelece uma tabela progressiva do perodo de carncia para as aposentadorias por idade, por tempo de servio e especial. A legislao previdenciria fixou regra acerca do aproveitamento das contribuies anteriores em caso de perda da qualidade de segurado, exigindo que o beneficirio contribua com, no mnimo, 1/3 do nmero de contribuies necessrias para o cumprimento da carncia do benefcio a ser requerido para que se possa computar as contribuies efetuadas em filiao anterior. Agravo regimental a que se nega provimento. (Agravo Regimental no RESP n 512.598/PR, Rel. Min. Paulo Medina, DJ 19.08.03).

    Contudo, existem decises em sentido contrrio, entendendo que o segurado que perde essa condio deve cumprir 180 contribuies, sendo permitida a contagem das anteriores desde que sejam vertidas 60 contribuies aps a nova filiao:

    PREVIDENCIRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR IDADE. CONCESSO. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. NECESSIDADE DE CUMPRIMENTO DE CARNCIA. PARGRAFO NICO DO ARTIGO 24 DA LEI N 8.213/91. RECURSO A QUE SE D PROVIMENTO. 1. A regra insculpida no artigo 142 da Lei n 8.213/91 refere-se to-somente ao segurado inscrito na Previdncia Social Urbana quando da data de publicao da Lei n 8.213/91, restando excludos aqueles que perderam a qualidade de segurado e somente voltaram a contribuir para a Previdncia Social j na vigncia do citado diploma legal. 2. Verificado que a parte autora perdeu a qualidade de segurada, passando a contribuir novamente para a Previdncia Social na vigncia da Lei n 8.213/91, somente faz jus aposentadoria por idade aps cumprida a carncia estabelecida no pargrafo nico do artigo 24 da Lei 8.213/91. 3. Recurso especial provido.

  • ANOTAO EM CTPS SEM INFORMAO NO C.N.I.S.Muita das vezes, o segurado se direciona P.S., mas o seu benefcio indeferido em razo da falta de carncia, apesar de que na sua CTPS constar o nmero suficiente de contribuies.

    Qual a responsabilidade? Do segurado?

    Segunda as lies de WLADIMIR NOVAES MARTINEZ, em sua obra Prova de tempo de servio, Editora LTr, 2 edio, pgina 38:

    os documentos a seguir arrolados dispensam justificao administrativa. Per se comprovam o tempo de servio, bem como o valor do salrio e outros de interesse do beneficirio da Previdncia social (...)28.2 Carteira de Trabalho e Previdncia Social

  • CONTINUAO...O artigo 30 da Lei 8.212/91 determina que a responsabilidade tributria para os recolhimentos de Contribuio Previdenciria dos empregados em folhas de salrios do empregador, sendo invivel atribuir ao segurado a torpeza pela falta patronal.

    Portanto, as informaes trazidas pelo C.N.I.S. pouco importa se no trouxer todos os registros em CTPS. Assim, o vnculo empregatcio provado atravs do registro em CTPS prova suficiente da contribuio, ainda que no constem do CNIS, conforme aduz o Decreto 3048/99 a seguir colacionado:

    Art. 19. A anotao na Carteira Profissional ou na Carteira de Trabalho e Previdncia Social e, a partir de 1o de julho de 1994, os dados constantes do Cadastro Nacional de Informaes Sociais - CNIS valem para todos os efeitos como prova de filiao Previdncia Social, relao de emprego, tempo de servio ou de contribuio e salrios-de-contribuio e, quando for o caso, relao de emprego, podendo, em caso de dvida, ser exigida pelo Instituto Nacional do Seguro Social a apresentao dos documentos que serviram de base anotao. (Redao dada pelo Decreto n 4.079, de 2002).

    TST ENUNCIADO N 12 - RA 28/1969, DO-GB 21.08.1969 - MANTIDA - RES. 121/2003, DJ 19, 20 E 21.11.2003 - ANOTAES - EMPREGADOR - CARTEIRA PROFISSIONAL - JURE ET DE JURE - JURIS TANTUM - As anotaes apostas pelo empregador na Carteira Profissional do empregado no geram presuno jure et de jure, mas apenas juris tantum.

  • MANUTENO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADOO sistema previdencirio brasileiro contributivo, em razo do princpio do equilbrio financeiro-atuarial.

    Logo, para ter acesso s prestaes previdencirias necessrio os pagamentos das contribuies.

    A manuteno da qualidade de segurado est relacionada ao exerccio de uma atividade remunerada, efetiva ou eventual, com ou sem vnculo empregatcio.

    Assim, enquanto estiver abrangida pela Previdncia Social, no pode o segurado perder esta qualidade, independente do recolhimento das contribuies previdencirias, que devero ser cobradas em tempo oportuno.

  • MANUTENO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADOEm princpio, o segurado mantm esta qualidade enquanto estiver desenvolvendo atividade obrigatoriamente vinculada ao RGPS (art. 11, LB) ou estiver recolhendo contribuies (art. 13, LB). Entretanto, cessado o exerccio de atividade ou o recolhimento das contribuies, haver perda da qualidade de segurado.

    O contribuinte individual, embora seja enquadrado como segurado pelo simples exerccio da atividade, para fazer jus a algum benefcio deve recolher as contribuies, pois o nico responsvel por elas.

    Diferente o caso dos segurados empregados, empregados domsticos e avulsos que no necessitam comprovar o recolhimento das contribuies, apenas o exerccio da atividade, j que no so responsveis por ele.

  • MANUTENO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADOA qualidade de segurado mantm viva a proteo do ente estatal ao trabalhador.

    Para evitar prejuzos aos segurados que deixaram de exercer atividade remunerada e/ou interromperam as contribuies, o artigo 15 da Lei de Benefcios prev determinados perodos (chamados perodos de graa) nos quais mantida a qualidade de segurado e conservados todos os seus direitos perante a Previdncia Social.

    Mas se mantm apenas a qualidade de segurado, no sendo este dispositivo responsvel pelo cmputo do perodo como carncia ou tempo de servio.

  • PERODO DE GRAA - ART. 15 DA 8.213/91Entretanto, a legislao prev que, em determinadas circunstncias, mesmo havendo a interrupo das contribuies e no estando o trabalhador exercendo atividade que o vincule obrigatoriamente previdncia, o segurado mantm o seu vnculo com a previdncia social. Exemplo: estiver de gozo de benefcio.

    Este perodo denominado pela doutrina de Perodo de Graa.

    Perodo de Graa, portanto, aquele perodo em que, mesmo sem contribuir e/ou sem exercer atividade que o vincule obrigatoriamente previdncia, o segurado mantm seu vnculo com o Sistema, com todos os direitos inerentes a essa condio.

    Exemplos: Quem est recebendo auxlio-doena no est contribuindo, mas este perodo, apesar de no haver contribuio, contado como se tivesse ocorrido. Quem trabalha, mas vai prestar o servio militar. Durante trs meses, aps o trmino do servio militar, o segurado encontra-se no Perodo de Graa; o preso tem um Perodo de Graa de 12 meses aps o livramento.

  • ARTIGO 15, DA LEI 8.213/91Mantm a qualidade de segurado, independentemente de contribuies:

    I sem limite de prazo, quem est em gozo de benefcio;

    II At doze meses aps a cessao do benefcio por incapacidade ou aps a cessao das contribuies, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdncia Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remunerao;

    III at doze meses aps cessar a segregao, segurado acometido de doena ou segregao compulsria;

    IV at doze meses, aps o livramento, o segurado recluso;

    V at seis meses, aps a cessao da contribuies o segurado facultativo;

    VI at trs meses, aps o licenciamento, o segurado incorporado as foras armadas para prestar servio militar.

  • QUEM EST EM GOZO DE BENEFCIOO inciso I determina que aquele que est em gozo de qualquer benefcio previdencirio no perde a qualidade de segurado. Se ele estava recebendo aposentadoria e vem a falecer, o dependente ter direito penso porque o falecido ainda era segurado.

    No caso de auxlio-acidente?

    Como ele encerrado com o bito do segurado (86, 1, da LB) e o seu percebimento pressupe que o trabalhador ainda possua capacidade laborativa, embora reduzida, no h como transform-lo em penso.

    Para que o segurado venha a requerer outro benefcio com base neste artigo em virtude de fato posterior, tem que ser benefcio que pressuponha a excluso do trabalhador, mesmo que temporariamente, do mercado de trabalho (auxlio-doena ou aposentadoria), j que o perodo em que esteve em gozo de auxlio-acidente no pode ser computado como carncia ou tempo de servio (art. 55, II, LB).

  • CONTINUAO...Se no requereu o auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez ou a administrao cancelou-o indevidamente, mas faz prova de que fazia jus, tambm no perde esta qualidade.

    o exemplo de algum que esteve doente, incapacitado para o trabalho, mas no requereu auxlio-doena, ou percia administrativa conclui pela capacidade e em juzo ele prova que no estava apto para o trabalho desde antes da perda da qualidade de segurado.

    Enunciados das Turmas Recursais do Juizado Especial Federal de So Paulo/SP:

    Smula n 23 - A qualidade de segurado, para fins de concesso de auxlio-doena e aposentadoria por invalidez, deve ser verificada quando do incio da incapacidade.

  • DEIXAR DE EXERCER ATIVIDADE REMUNERADAPelo inciso II o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdncia Social (segurado obrigatrio) ou estiver suspenso ou licenciado sem remunerao mantm-se segurado por at doze meses aps a cessao das contribuies.

    O RPS estendeu este dispositivo queles que se desvinculam de regime prprio de previdncia social (art. 13, 4).

    Este prazo de 12 meses poder ser prorrogado quando (art. 15, 1 e 2):

    + 12 meses quando o segurado obrigatrio j tiver pago mais de 120 contribuies mensais sem interrupo que acarrete a perda da qualidade de segurado;

    + 12 meses quando segurado desempregado, desde que comprove esta situao por registro no rgo prprio do MTE ou SINE. Como muitas vezes ele nem sabe que tem este direito, o registro no feito. Por isto, temos entendido que para fazer jus a esta prerrogativa, basta a comprovao da resciso do contrato de trabalho na CTPS, com o comprovante de recebimento do seg-desempreg.

  • SEGREGAO COMPULSRIAA doena de segregao compulsria aquela que exige um afastamento obrigatrio da pessoa normal do convvio social comum. O artigo 151 da LBPS exemplifica as doenas, tais como: tuberculose ativa; hansenase; alienao mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversvel e incapacitante; cardiopatia grave; doena de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avanado da doena de Paget (ostete deformante); sndrome da deficincia imunolgica adquirida-Aids; e contaminao por radiao, com base em concluso da medicina especializada.

    O inciso III deixa claro que o segurado acometido de doena de segregao compulsria mantm a qualidade de segurado por at 12 meses aps cessar a segregao.

    Enquanto da segregao o segurado estar em gozo de benefcio por incapacidade, mantendo a qualidade em razo disto.

  • SEGURADO FACULTATIVO

    Para o segurado facultativo, aquele prazo de seis meses, conforme inciso VI, sem prorrogaes.

    Com efeito, se o segurado no exerce atividade remunerada a sua permanncia no RGPS meramente deliberativa, sendo que a interrupes de sua permanncia ocorrera por sua livre e espontnea vontade.

    PREVIDENCIRIO. EMBARGOS INFRINGENTES. CONTRIBUINTE FACULTATIVO. FIGURA INEXISTENTE NO SISTEMA ANTERIOR. APOSENTADORIA POR IDADE. 1. O art. 201, 1, da CF/88, possibilitou a participao de qualquer pessoa, independentemente de ser empregado ou empregador, a participar dos benefcios da Previdncia Social, mediante contribuio, com a finalidade de cobrir uma maior parcela da populao. O art. 13 da Lei n 8.213/91 criou a figura do segurado facultativo para regulamentar tal previso constitucional. 2. Contribuies vertidas com incio no sistema anterior, sem previso legal, e termo final no novo sistema, que convalidou as situaes fticas pretritas, enquadrando-a na figura do segurado facultativo, a embargante tem direito ao aproveitamento vlido de suas contribuies Previdncia Social se, aps largo lapso de tempo de recolhimento, a Autarquia no orientou a contribuinte de que eram irregulares, beirando tal negativa m-f, que no deve pautar as relaes jurdicas de direito pblico. 3. Hiptese em que a demandante preenche os requisitos necessrios de idade e carncia para a concesso de aposentadoria por idade. (Relator Juiz Fernando Quadros da Silva, DJU 03/12/2003, p. 588)

  • SEGURADO RETIDO OU RECLUSORetido preso provisoriamente

    Recluso preso definitivo

    O segurado retido ou recluso, que antes de ser preso era segurado da pevidncia social, mantm esta qualidade at doze meses aps o livramento.

    Isto , ele tem doze meses para procurar emprego e voltar a contribuir para a Previdncia Social. Durante a priso ele mantm intacta a sua qualidade de segurado (inciso IV).

  • FORAS ARMADASPor fim, mantm a qualidade por at trs meses aps o licenciamento o segurado incorporado s foras armadas (inciso V).

  • PRAZOS INTERRUPTVEISCabe salientar nossa posio que defende serem esses prazos interruptivos.

    Isto , se durante o prazo de 12 meses do inciso II o segurado for acometido de alguma doena incapacitante, reinicia-se a contagem do perodo de graa aps o trmino do benefcio previdencirio.

    que, na ausncia de norma explcita a respeito, por se tratar de regramento que tem a finalidade de proteger o trabalhador na ocorrncia de risco social, no h como interpret-la em favor do Estado, em detrimento do segurado.

  • IN DUBIO PRO MISEROO princpio in dubio pro misero acatado pela doutrina, ainda mais se considerarmos que na relao jurdica previdenciria, devedor e legislador por vezes se confundem, chegando ao ponto de no mais se distinguir, na prtica, o direito de origem estatal das convenincias do devedor, tambm estatal.

    Se o Poder Executivo no legisla diretamente por meio de Medidas Provisrias, pode influir decisivamente na elaborao de leis em proveito prprio ou editar orientaes administrativas incorretas.

    Tanto assim, que o prprio rgo estatal em afronta direta norma Constitucional que probe a expedio de decreto ou instruo normativa autnoma (art. 84, VI, CF), estabelece no artigo 4, 5, 2, da IN 95/03 a natureza suspensiva dos prazos:

    Art. 4. A contagem do prazo para a perda da qualidade de segurado, para o recolhido priso, ser suspensa no perodo de graa, devendo, porm, ser reiniciada a partir da fuga, se houver.

    Art. 5, 2. A ocorrncia da percepo de benefcio por incapacidade, aps a interrupo das contribuies, suspende a contagem do prazo para perda da qualidade de segurado, reiniciando-se aps a cessao do benefcio.)

  • CONTAGEM DO PRAZO DO PERODO DE GRAADispe o 4 do artigo 15 que: A perda da qualidade de segurado ocorrer no dia seguinte ao do trmino do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuio referente ao ms imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus pargrafos.

    Por exemplo, o preso que libertado em fevereiro. Tem doze meses para voltar a contribuir. Este prazo esgota-se em maro. Mas a contribuio de maro s recolhida em abril.Ento at abril do ano seguinte deve ter voltado a contribuir, seja na qualidade de segurado obrigatrio ou facultativo. O RPS (art.14 que fixa expressamente o dia 16) unificou o prazo para todos os segurados, levando em conta o prazo dos contribuintes individuais, facultativos e empregados domsticos (dia 15 de cada ms).

    Segurado em 31 de dezembro de 2010 perde o emprego aps 12 anos de trabalhar para uma nica empresa ininterruptamente. A partir de que dia ele perder a qualidade de segurado do INSS?

  • ARTIGO 102 DA LBPSREDAO ANTIGA:

    Art. 102. A perda da qualidade de segurado aps o preenchimento de todos os requisitos exigveis para a concesso de aposentadoria ou penso no importa em extino do direito a esses benefcios.

    REDAO ATUAL:

    Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade. (Redao dada pela Lei 9.528, de 1997)

    1 A perda da qualidade de segurado no prejudica o direito aposentadoria para cuja concesso tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislao em vigor poca em que estes requisitos foram atendidos. (Includo pela Lei 9.528, de 1997)

    2 No ser concedida penso por morte aos dependentes do segurado que falecer aps a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obteno da aposentadoria na forma do pargrafo anterior.(Includo pela Lei 9.528, de 1997)

  • ART. 102 - LBPS C.C. ART. 3 - LEI 10.666/03A perda da qualidade de segurado aps preenchidos todos os requisitos para usufruir de aposentadoria ou penso no extingue o direito a esses benefcios (art. 102, Lei n 8213/91). Desta maneira, se o segurado completar carncia e idade para usufruir de aposentadoria por idade, mas no requer-la e ocorrer a perda da qualidade de segurado, posteriormente poder requerer o benefcio, ainda que sem efeitos financeiros retroativos.

    Cumpre salientar que o artigo 3 da Lei 10.666, de 08 de maio de 2003, que converteu a MP 83, de 12/12/2002, expressamente determina que a perda da qualidade de segurado no ser considerada para a concesso das aposentadorias por tempo de contribuio, especial e por idade.

  • ARTIGO 3 DA LEI 10.666/03REDAO:

    Art. 3. A perda da qualidade de segurado no ser considerada para a concesso das aposentadorias por tempo de contribuio e especial. 1o Na hiptese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado no ser considerada para a concesso desse benefcio, desde que o segurado conte com, no mnimo, o tempo de contribuio correspondente ao exigido para efeito de carncia na data do requerimento do benefcio.

    Nesta ltima hiptese, o segurado, quando completar a idade, dever contar com, no mnimo, o tempo de contribuio exigido para efeito de carncia na data do requerimento do benefcio.

    O valor desta aposentadoria seguir o disposto no artigo 3, caput e 2, da Lei 9.876/99, ou, no havendo salrios de contribuio recolhidos no perodo a partir de julho de 1994, ser de um salrio mnimo.

  • DEBATESPERGUNTASJoo Pedro trabalhou como empregado para uma empresa por 9 anos. No ms seguinte sua sada, voltou a contribuir na qualidade de segurado obrigatrio do RGPS por mais 14 meses, sendo a ltima em fevereiro de 2010. Pergunta:

    Qual a data final do seu perodo de graa?

    Mudaria a resposta se a sada foi em razo de demisso?

    A resposta seria diferente se Jos voltasse a contribuir como segurado facultativo?

  • DEBATESPERGUNTASMarcos durante 3 meses ininterruptos ficou sem receber remunerao de seu empregador. Ingressou na Justia do Trabalho com uma reclamao trabalhista para discutir a existncia da resciso indireta. No curso da reclamao trabalhista, aps 1 ano e meio do seu ingresso, Marcos sofre de uma patologia que o incapacita para o trabalho. O INSS indefere o seu pedido sob o argumento que o requerente no possui a qualidade de segurado do RGPS. Pergunta:

    A justificativa da autarquia est certa?

    Se a reclamao trabalhista versasse sobre o recebimento de horas-extras, a resposta seria a mesma?

    H necessidade do prvio recolhimento da contribuio previdenciria por parte do empregador?

    Se ao final, esta reclamao trabalhista julgada improcedente?

  • DEBATESPERGUNTASOlga, ex-cnjuge de Felipe, recebia uma penso alimentcia mensal correspondente a 1/5 de sua remunerao. Felipe aposenta-se no Regime Prprio de Previdncia Complementar e rescinde o seu contrato de trabalho com a empregadora depois de 20 anos ininterruptos de servios prestados, nunca mais contribuindo ao RGPS. Olga, ex-mulher, continua a receber 1/5 de sua remunerao devidamente descontados em folha do benefcio. Aps 05 anos aposentado, Felipe falece. Olga ao pedir o benefcio de penso por morte de Felipe perante o INSS, recebe a informao que seu benefcio fora indeferido, uma vez que Felipe no mais tinha a condio de segurado do RGPS. Pergunta-se:

    Houve perda da manuteno da qualidade de segurado de Felipe?

    possvel a reverso desta deciso no Poder Judicirio?

  • DEBATESPERGUNTASAntonio completou 65 anos de idade em 2002, ocasio em foi pedir a concesso da aposentadoria por idade. A Previdncia Social indeferiu a concesso do benefcio sob o argumento de que, apesar de possuir mais de 200 contribuies vertidas ao INSS (art. 142. 2002 - 126 meses), no mantinha mais a qualidade de segurado do RGPS. Com base neste indeferimento administrativo, Antonio ingressa em juzo em 2004, pedindo a concesso de benefcio retroativo data do indeferimento.

    Antonio ter direito ao recebimento do benefcio?

    Qual a resposta correta que o Poder Judicirio dever dar neste caso?

    Quando ser a R.M.I.?