5. consciencia fonologica

101
Consciência Fonológica

Upload: pactoufba

Post on 03-Jun-2015

1.140 views

Category:

Education


1 download

DESCRIPTION

2º. Seminário de 24horas realizado em 17 a 19.06.2013 Os conteúdos abordados nas Unidades 3 e 4 – Sistema de Escrita Alfabética e Ludicidade na aprendizagem.

TRANSCRIPT

Page 1: 5. consciencia fonologica

Consciência Fonológica

Page 2: 5. consciencia fonologica

Consciência fonológica

reflexão fonológica

análise fonológica

É a consciência dos sons que compõem a fala.

Consciência de que a fala pode ser segmentada em

unidades e a habilidade de manipular essas unidades.

Page 3: 5. consciencia fonologica

Refere-se ao conhecimento explícito das unidades

abstratas que compõem as palavras faladas: sílabas,

rimas, fonemas, partes maiores e menores que as

sílabas...

...antes mesmos de tratar com essas unidades no âmbito

da escrita.

Page 4: 5. consciencia fonologica

ACHE:

...começa com ssssssssssssss

... começa como CASA

...rima com avião

...começa com xxxxx

...onde tem LEÃO

...começa igual a MACACO

...começa com jjjjjj

... começa com trrrrr

...rima com aquarela

...a palavra maior

Page 5: 5. consciencia fonologica
Page 6: 5. consciencia fonologica
Page 7: 5. consciencia fonologica

Assim, além de usarmos as palavras para nos comunicar,

podemos assumir diante delas uma atitude metacognitiva,

refletindo sobre sua dimensão sonor .

A consciência fonológica é um vasto conjunto de habilidades

que nos permite refletir sobre as partes sonoras das palavras.

metacognitiva

dimensão sonora

vasto conjunto de habilidades

Page 8: 5. consciencia fonologica

A atividade metafonológica, no campo

da PSICOLINGUÍSTICA, se constitui em

um tipo de atividade metacognitiva

Page 9: 5. consciencia fonologica
Page 10: 5. consciencia fonologica

A consciência fonológica envolve, assim, um conjunto de

habilidades metalinguísticas de diferentes níveis, que

permite ao indivíduo refletir explicitamente sobre diversos

segmentos sonoros das palavras em diferentes níveis de

complexidade: silábico, intra e intersilábico, fonêmico...

É, pois, um subtipo do conhecimento

metalinguístico.

Page 11: 5. consciencia fonologica

Não confunda...

Pensar sobre a linguagem

Com... sobre a linguagem falar

A atividade metalinguística no campo da linguística e da poética

refere-se à linguagem que volta-se sobre si mesma, que fala da

própria linguagem, seja cientificamente, seja nas interações

cotidianas, seja poeticamente...

PARÊNTESE: Vamos tomar emprestada Eva Furnari para dizer:

Com

Page 12: 5. consciencia fonologica

Como toda atividade metalinguística, a reflexão

fonológica envolve também um nível EPILINGUÍSTICO

(jogo espontâneo com os sons) e um nível propriamente

METALINGUÍSTICO (de manipulação explícita das

unidades fonológicas).

Page 14: 5. consciencia fonologica

A identificação de rimas por crianças bem pequenas, por exemplo, pode

indicar a existência de uma consciência implícita, de uma sensibilidade às

similaridades fonológicas.

Essa sensibilidade se dá no nível epilinguistico e é diferente de poder usar

a rima para comparar segmentos escritos em duas palavras rimadas, que

já exige um monitoramento explícito por parte da criança – nível

metalínguistico.

A rima é o nível mais remoto de reflexão fonológica.

Page 15: 5. consciencia fonologica

Refletir sobre os segmentos sonoros da língua, pensar sobre as

unidades menores que as palavras, no entanto, não é a mesma

coisa que treinamento fonêmico, com atividades para treinar a

pronúncia de fonemas isoladamente, de modo artificial.

Concepção empirista de aprendizagem, linguagem como código

Page 16: 5. consciencia fonologica

Diferentes pesquisas têm demonstrado que mesmo crianças já

alfabetizadas (inclusive por métodos fônicos) são praticamente

incapazes de:

Page 17: 5. consciencia fonologica

Consciência fonológica

Consciência fonêmica

Page 18: 5. consciencia fonologica

Consciência fonológicaA consciência fonológica não constitui uma entidade

homogênea, que se tem ou não se tem em bloco, mas é

expressa em termos da consciência de diferentes unidades

linguísticas e em diferentes níveis de complexidade.

Page 19: 5. consciencia fonologica

...e qual a relação da consciência

fonológica e fonêmica e a leitura?

Page 20: 5. consciencia fonologica

Consciência fonológica

e a leitura e escrita

Page 21: 5. consciencia fonologica

A aprendizagem da leitura e escrita em um

sistema de base alfabética pressupõe prestar

atenção à estrutura fonológica da língua falada.

...independentemente do conhecimento dos

valores sonoros das unidades gráficas.

Page 22: 5. consciencia fonologica

Consciência fonológica SEM presença da escrita

Consciência fonológica EM presença da escrita

Page 23: 5. consciencia fonologica

Década de 70 estudos revelam uma

relação entre a reflexão fonológica – ou

consciência fonológica – e o aprendizado

da escrita alfabética, da leitura.

Page 24: 5. consciencia fonologica

A natureza precisa dessa relação entre

consciência fonológica e leitura,

entretanto, ainda gera muitas questões,

controvérsias e pesquisas.

Page 25: 5. consciencia fonologica

Pré-requisito

Consequência

Causalidade recíproca

Page 26: 5. consciencia fonologica

Consciência fonológica (fonêmica) como pré-requisito para

a leitura e a escrita:

Perspectiva do método fônico

Consciência fonológica como consequência do

aprendizado da leitura e escrita no sistema alfabético:

Perspectiva do construtivismo inicial

Page 27: 5. consciencia fonologica

Consciência fonológica como um conjunto de diversas

habilidades de diferentes níveis, algumas necessárias à

apropriação do SEA, outras estabelecidas e aprimoradas a

partir de sua apropriação (Causalidade recíproca)

Perspectiva interativa de abordagens que

consideram a reflexão fonológica dentre as atividades

metafonológicas que favorecem a os avanços no processo

de construção de conhecimentos Inclusive o PNAIC

Page 28: 5. consciencia fonologica

Ou seja, algumas habilidades fonológicas são

essenciais para os avanços na leitura e escrita.

Outras são aprimoradas à medida que a

criança entra em contato com o sistema de

escrita alfabético.

Page 29: 5. consciencia fonologica

O desenvolvimento da consciência fonológica ocorre à

medida que a criança tem oportunidades de refletir sobre as

formas orais e escritas das palavras.

Papel da escola em favorecer situações lúdicas de reflexão sobre

os segmentos sonoros das palavras e sobre a relação entre sons e

a escrita.

Ex. jogos, jogos orais, textos poéticos da tradição oral e literária...

Page 32: 5. consciencia fonologica

Tente falar bem rápido:

O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA

E A RAINHA RUIM RESOLVEU REMENDAR...

Agora tente falar bem rápido, sem pronunciar o som do /R/

SEM LER!!!

Por fim, tente falar bem rápido, trocando o som do /R/... ...pelo som do /p/

Page 34: 5. consciencia fonologica

A aranha arranha a rã.

A rã arranha a aranha.

Nem a aranha arranha a rã.

Nem a rã arranha a aranha.

Agora diga o trava-língua todo com o som forte /R/

E agora tente só com o som fraco /r/

A aranha arranha o jarro também, heim?

Page 35: 5. consciencia fonologica

Vamos formar três grupos? O que as palavras têm em comum?

Dica: que palavras estão dentro de outras palavras?

Page 36: 5. consciencia fonologica

Consciência fonológica EM presença da escrita

Page 37: 5. consciencia fonologica

Para compreender a relação entre partes orais e escritas

das palavras, as crianças se beneficiam muito da

materialização que a forma escrita das palavras lhes

proporciona. Por isso é importante o trabalho de

consciência fonológica em presença da escrita,

especialmente – mas não exclusivamente – quando se

trata da consciência fonêmica.

Page 38: 5. consciencia fonologica

QUEM COCHICHA,O RABO ESPICHA.QUEM CUTUCA,

O RABO ENCURTA.VIVA EU,VIVA TU,

VIVA O RABODO TATU.

COCHICHA

ESPICHA

CUTUCA

ENCURTA

Page 39: 5. consciencia fonologica

Pensando sobre as palavras que têm sons parecidos no final

(ou no início), as crianças se beneficiam da notação escrita,

para refletir sobre a relação entre partes faladas e partes

escritas no Sistema de escrita alfabética.

Além de darem conta de que palavras orais diferentes

compartilham pedaços sonoros iguais, eles podem ver os

pedaços semelhantes e diferentes em suas formas escritas.

Page 40: 5. consciencia fonologica

Assim, montar e desmontar palavras – literalmente ou mentalmente

– e poder observar a sequência de letras de palavras parecidas são

importantes suportes cognitivos para as crianças pensarem nos

segmentos sonoros, muito mais abstratos e sem uma aparência

material.

Ou seja, a partir do primeiro ano, é muito produtivo, em atividades

de reflexão fonológica, especialmente fonêmica – mas não

exclusivamente –, apresentar, simultaneamente, as formas escritas

daquelas mesmas palavras.

Page 41: 5. consciencia fonologica

Rimas

Page 44: 5. consciencia fonologica

Pinte as palavras dentro das palavras (ou pinte a letra que muda a palavra):

MAR

GATO

LAÇO

LAMA

LUVA

MAR

GATO

LAÇO

LAMA

LUVA

Page 46: 5. consciencia fonologica

Uma Letra puxa a outra

É com o HQue a filha sai da fila,

Que malha sai da mala.Com H a mana faz manha.

O L é uma letra loucae faz a uva andar de luva

transforma a nota mi em 1000cabra descobrir o Brasil

José Paulo Paes

Page 47: 5. consciencia fonologica

Ache o par: Mais uma letra e...

Page 48: 5. consciencia fonologica

BOLA

POTE

PATO

VARA

BOLHA

POSTE

PRATO

VARAL

Page 49: 5. consciencia fonologica

PATO VIRA P....ATO

PACA VIRA P....ACA

POTE VIRA PO....TE

Vamos completar...

Experimente vários sons/letras e complete:

Page 50: 5. consciencia fonologica

Para a consciência fonêmica, a reflexão em presença

da escrita é particularmente importante, pois os

fonemas são unidades abstratas, mais difíceis de

serem isoladas na fala.

Page 51: 5. consciencia fonologica

Vamos brincar com o nome

próprio?

Papel e caneta na mão...

Substitua a primeira letras por outras

possíveis e se surpreenda com as pseudo

palavras engraçadas que podem surgir...

Acrescente letras possíveis no início do seu

nome;

Acrescente letras possíveis no final do seu

nome;

Subtraia, se possível a letras final e inicial

do seu nome;

Vamos compartilhar as descobertas?

Page 52: 5. consciencia fonologica

...sistematizando...

Page 53: 5. consciencia fonologica

ao tipo de operação que o sujeito realiza em sua mente

(separar, contar, comparar quanto ao tamanho ou quanto à

semelhança sonora, suprimir, acrescentar etc.)

As habilidades de consciência fonológica se

diferenciam quanto:

Page 55: 5. consciencia fonologica

à posição em que as “partes sonoras” enfatizadas

ocorrem no interior das palavras (início, meio, fim) .

Page 56: 5. consciencia fonologica

Rimas e sílabas iniciais...

...início e final...

Ache os pares

Page 59: 5. consciencia fonologica

ao tipo de segmento sonoro envolvido (palavras,

rimas, fonemas, sílabas, segmentos maiores que um

fonema e menores que uma sílaba, segmentos maiores

que uma sílaba)

Page 60: 5. consciencia fonologica
Page 61: 5. consciencia fonologica

Unidades de análise fonológica

Palavra

Sílaba

Unidades maiores que a sílaba (intersilábicas)

Rimas...

Unidades menores que a sílaba (intrasilábicas)

Encontros consonantais

Vogais seguidas de consoantes (s, r, m, z...). Ex. /p-ar-t-es/

Aliterações e assonâncias

Fonemas

Page 62: 5. consciencia fonologica

A consciência fonológica diz respeito à consciência

de diferentes unidades linguísticas e em diferentes

níveis de complexidade.

Page 64: 5. consciencia fonologica

Quando digo digo

digo digo não digo Diogo,

Quando digo Diogo

digo Diogo não digo digo.

Agora troque DIGO e DIOGO por pares de palavras antônimas:

CLARO/ESCURO CURTO/COMPRIDO ALTO/BAIXO

Page 65: 5. consciencia fonologica

Quem cochicha o

rabo...encurta...

Page 66: 5. consciencia fonologica

Apresentar oralmente textos conhecidos com algumas mudanças, e pedir que as identifiquem:

Page 69: 5. consciencia fonologica

Como é também a um só tempo de RIMA e PALAVRA inventar parlendas a partir de outras:

Hoje é quinta

Pé de cinta

A cinta é de prata

Deu no pirata...

O pirata é doente

Quebrou o dente

O dente é imundo

Acabou-se o

mundo...

Page 70: 5. consciencia fonologica

Unidades intra-silábicas

Aliterações e

assonâncias

Encontros consonantais

Vogais seguidas de consoantes (s, r, m, z...). Ex. /p-ar-t-es /

Lá vai a barca carregadinha de truta,

trombone, trator, trigo, treco...

Um prato de trigo para três tigres tristes...

Reflexão

fonêmica em

contexto

textual

Page 71: 5. consciencia fonologica

Rimas

Aliterações

Jogos poéticos com várias unidades da linguagem

Sem esquecer a literatura...

Page 73: 5. consciencia fonologica

Como já enfatizado, para a consciência fonêmica a reflexão

em presença da escrita é particularmente importante, pois

os fonemas, especialmente os fonemas consonantais, são

unidades abstratas, mais difíceis de serem isoladas na fala.

A percepção dos fonemas consonantais se dá com a

apropriação do Sistema de escrita, em atividades de

consciência fonológica em presença da escrita.

Mas...

Page 74: 5. consciencia fonologica

Em sua repetição em textos poéticos, como trava-línguas e poemas, produzindo aliterações;

Isoladamente, em brincadeiras com os sons, quando é o caso dos fonemas consonantais fricativos e vibrantes.

Entretanto, na ORALIDADE, o fonema consonatal pode ser explorado em duas direções, principalmente:

Vamos ver como é isso...

Page 75: 5. consciencia fonologica

O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPO

QUANTO TEMPO O TEMPO TEM,

O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPO

QUE O TEMPO TEM TANTO TEMPO

QUANTO TEMPO, TEMPO TEM.

Ênfase nos fonemas consonantais, aliteração do /t/ e /p/:

Page 76: 5. consciencia fonologica

O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPO

QUANTO TEMPO O TEMPO TEM,

O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPO

QUE O TEMPO TEM TANTO TEMPO

QUANTO TEMPO, TEMPO TEM.

...e nos fonemas vocálicos, orais e nasais, produzindo assonâncias:

Page 77: 5. consciencia fonologica

O Violão e o VilãoCecília Meireles Havia a viola da vila.A viola e o violão.

Do vilão era a viola.E da Olivia o violão.

O violão da Olivia davavida a vila, a vila dela.

O violão duvidava da vida, da viola e dela.

Não vive Olivia na vila.Na vila nem na viola.O vilão levou-lhe a vida,levando a violão dela.

No vale, a vila de Oliviavela a vidano seu violão vividae por um vilão levada.

Vida de Olivia - levadapor um vilão violento.Violeta violadapela viola do vento.

Olha o som do /v/ no jogo com os fonemas vocálicos

Page 78: 5. consciencia fonologica

...e o “começa com /sssssssssssss/

“começa com /ffffffffff/”?

...mas...

Page 79: 5. consciencia fonologica

Vamos começar com duas perguntas,

pensando no som, não na grafia:

O que é uma vogal?

O que é uma consoante?

Page 80: 5. consciencia fonologica

Consciência Fonêmica

Mesmo no âmbito da consciência fonêmica, há diferentes níveis

de complexidade, a depender das unidades fonêmicas

consideradas e sua maior ou menor possibilidade de serem

isoladas/enfatizadas na corrente da fala (coarticulação).

Page 81: 5. consciencia fonologica

FONEMAS CONSONANTAIS

CONSTRITIVOS

Page 82: 5. consciencia fonologica
Page 83: 5. consciencia fonologica

Assim, a fonologia nos ensina que, no caso dos

fonemas consonantais fricativos e vibrantes, é possível

brincar com eles isoladamente na oralidade.

Já o trabalho com os oclusivos se dá, no entanto, por

repetição, na oralidade, e por contraste, em presença

da escrita (gato/pato/rato/mato/bato).

Page 84: 5. consciencia fonologica

Consciência Fonológica

e Hipóteses de Escrita

Page 85: 5. consciencia fonologica

Quais habilidades de consciência fonológica

uma criança precisa desenvolver à medida

que vai se apropriando do Sistema de escrita

alfabética e para avançar nessa apropriação?

Page 86: 5. consciencia fonologica

Tem-se constatado que certas habilidades fonológicas parecem especialmente importantes no avanço nas hipóteses de escrita:

Quadro 2 p. 22 Caderno U3, Ano 1

Page 87: 5. consciencia fonologica

À medida que avançavam em direção a uma

hipótese alfabética de escrita, as crianças

também tendem a avançar em suas capacidades

de refletir sobre as partes sonoras das palavras.

Page 88: 5. consciencia fonologica

A capacidade de refletir sobre partes sonoras das palavras é

uma condição necessária para a criança avançar em direção

a uma hipótese alfabética, mas não é condição suficiente

para dar conta de reconstruir as dez propriedades do SEA.

É preciso avançar para a reflexão sobre a relação entre a

pauta sonora e a escrita.

Page 89: 5. consciencia fonologica

As atividades que envolvem a reflexão fonológica

auxiliam tanto os alunos que ainda não compreenderam

que existe relação entre escrita e pauta sonora, quanto

os alunos que já compreenderam o princípio alfabético

da escrita, mas apresentam dificuldades em estabelecer

relação som-grafia.

Por fim...

Page 91: 5. consciencia fonologica

Entender as implicações da surdez na

alfabetização passa também pela compreensão

da importância da audição para alfabetizar em

uma língua oral auditiva, cuja escrita alfabética

é um sistema notacional da linguagem oral.

Page 93: 5. consciencia fonologica

Como é que a criança surda se

alfabetiza? Qual é o ponto de

partida na alfabetização da criança

surda? Que atividades propor? Eu

tenho um aluno surdo, o que fazer?

Pensar a alfabetização da pessoa

surda requer pensar em possibilitar

o acesso à construção do

conhecimento por meio da língua

de sinais.

O ponto de partida é ter uma

língua que sirva ao sujeito de

arcabouço para pensar,

hipotetizar, se expressar. No

caso dos deficientes auditivos,

essa língua é a língua de sinais.

O ensino de língua portuguesa na

sua modalidade escrita vem a partir

da língua primeira, que é visual,

não auditiva.

A oralização é uma opção da família

e do aluno.

Page 95: 5. consciencia fonologica

De qualquer modo, é necessário conhecer quem são essas

crianças, quais as suas especificidades, pois há algumas

pessoas surdas que falam e fazem leitura labial; outras

comunicam-se apenas por gestos ou mímicas; outras por

língua de sinais, e algumas usam LIBRAS e oralização em

situações diferentes – são os surdos bilíngues.

Page 96: 5. consciencia fonologica

A questão aí já não é a sonoridade, eles já

aprenderam a linguagem falada. A questão é a

especificidade no estabelecimento das relações entre

a pauta sonora da língua e suas notações gráficas.

E os deficientes visuais?

Page 97: 5. consciencia fonologica

A alfabetização das crianças com

deficiência visual também precisa

promover as construções conceituais a

respeito da escrita, em particular, da

apropriação da escrita alfabética, com a

compreensão dos princípios desse

sistema e a análise fonológica.

A alfabetização de crianças com

deficiência visual conta com a linguagem

oral que elas já possuem. Para os cegos, a

alfabetização é através do Braile. O

estabelecimento das relações se dá entre

a pauta sonora e os signos do Braile,

assimilando-se os segmentos gráficos (em

Braile) aos quais se atribui o devido som.

As letras romanas, em relevo, podem ser

ensinadas depois, como a aprendizagem

de um código.

Há instrumentos adaptados à escrita,

como regletes e punção para a escrita

em Braile, dentre outros. Entretanto,

considerando as diferenças de

visualização, não é possível padronizar

um único material para todas as

crianças.

Apenas apresentar a escrita em braile

às crianças ou fazê-las reconhecer o

registro de cada letra não garante, no

entanto, a alfabetização.

Page 98: 5. consciencia fonologica

O deficiente visual não tem as mesmas possibilidades de

contato com a riqueza de material gráfico que circula no

contexto social e escolar. Não tem contato com a escrita na

rua, na televisão, nos jornais e em muitos outros contextos,

ele não vê pessoas lendo e escrevendo. Assim, demora mais

tempo a entrar em contato com as práticas sociais de leitura

e escrita, a pensar sobre as funções e propriedades da

escrita.

Mas é certo que...

Page 99: 5. consciencia fonologica

Além disso, há também a preponderância de recursos

pedagógicos referenciados na exploração e na

comunicação visual.

Há, ainda, uma escassez de material acessível e

adaptado.

Page 100: 5. consciencia fonologica

O Caderno de Educação Especial do PACTO contém

reflexões sobre a aprendizagem das crianças com

deficiência auditiva, que não podem aprender por

meio das atividades de consciência fonológica; e de

crianças com deficiência visual, que têm suas

particularidades de aprendizagem relativas à

representação gráfica da pauta sonora da língua.

Page 101: 5. consciencia fonologica

...obrigada, irei sim...se você convidar TODAS as crianças...

Bruxa, bruxa, por favor...venha a minha festa...